CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM COPA DO MUNDO 2014
A Copa do Mundo FIFA de 2014 será a vigésima edição do
evento e terá como país-anfitrião o Brasil. A competição será
disputada entre 12 de junho e 13 de julho,e ocorrerá pela
quinta vez na América do Sul, a primeira após 36 anos já que
a Argentina acolheu o evento em 1978. Foi a última sede de
Copa do Mundo escolhida através da política de rodízio de
continentes implementada pela FIFA, iniciado a partir da es-
colha da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul.
O logotipo é chamado de “Inspiração” e foi criado pela
agência brasileira “África”. O projeto resulta de uma foto-
grafia icônica de três mãos vitoriosas juntas levantando o
Troféu da Copa do Mundo FIFA. Bem como para descrever
a noção humanitária das mãos em interligação, a repre-
sentação das mãos também é simbólica no amarelo e
verde do Brasil, dando calorosas boas-vindas ao mundo. O
logotipo foi apresentado em uma cerimônia realizada em
Joanesburgo, África do Sul, em 8 de julho de 2010.
As 64 partidas serão disputadas em 12 cidades do País.
São Paulo receberá o jogo de abertura no dia 12 de junho
de 2014, enquanto Rio de Janeiro no dia 13 de julho acol-
herá a Final da 20ª edição do mais importante torneio de
futebol do planeta.
Foto acima: Sepp Blatter, presidente da FIFA, no momento em que o
Brasil foi sorteado para a Copa 2014. Foto à direita: A presidente Dilma
Roussef, junto ao ex-jogador Pelé e políticos durante visita à maquete do
estádio do Mineirão. Foto abaixo: Panorama do estádio do Maracanã.
100
ATUALIDADES
Foto acima: Parque Aquático Maria Lenk. Foto à direita: Praia de
Copabana. Foto abaixo: Abertura dos Jogos Panamericanos de 2007.
OLIMPÍADAS 2016
Os Jogos Olímpicos de Verão de 2016, oficialmente de-
nominados Jogos da XXXI Olimpíada, serão um evento
multiesportivo realizado no segundo semestre de 2016,
no Rio de Janeiro, Brasil. A escolha foi feita durante a 121ª
Sessão do Comitê Olímpico Internacional, que aconteceu
em Copenhague, Dinamarca, em 2 de outubro de 2009.
Os Jogos Paralímpicos de Verão de 2016 serão sediados
na mesma cidade e organizados pelo mesmo comitê. Será
a primeira vez que os Jogos Olímpicos serão sediados na
América do Sul.
O evento ocorrerá entre os dias 5 e 21 de agosto de
2016, e as Paralimpíadas serão entre 7 e 18 de setembro
do mesmo ano. O local de abertura e encerramento será o
Estádio do Maracanã. Serão disputadas 28 modalidades,
duas a mais em relação aos Jogos Olímpicos de Verão de
2012. O Comitê Executivo do COI sugeriu as inclusões do
rugby sevens e do golfe, que foram aprovados durante a
121ª Sessão. O programa dos Jogos ainda poderá ser ex-
pandido após o sucesso de novas modalidades incluídas
nos primeiros Jogos Olímpicos da Juventude realizados em
Cingapura em 2010.
101
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM
ATENTADO EM OSLO: Noruegueses levam flores em passeata em homenagem às vítimas do
atentado. Na imagem seguinte, a Ilha de Utoya momentos depois do atentado.
O ultradireitista Anders Behring Breivik, autor confesso
dos atentados de 22 de julho de 2011 na Noruega, que
tiraram a vida de 77 pessoas, tinha a intenção de explodir
o escritório do primeiro-ministro do país, Jens Stoltenberg.
Ao fracassar em sua tentativa de derrubar o edifício sede
do governo da Noruega, decidiu ir à ilha de Utoya para
cometer o massacre, revela jornal de Oslo VG, que publi-
cou trechos dos interrogatórios policiais aos quais Breivik
foi submetido após sua prisão.
Behring explodiu um carro-bomba no bairro que abriga o
governo do país, causando oito mortes, e em seguida se
dirigiu à ilha Utoya, onde matou a tiros 69 participantes de
um acampamento da juventude social-democrata.
O fanático ultranacionalista de 32 anos foi submetido a
18 interrogatórios pela polícia, totalizando 130 horas, se-
gundo o VG.
Breivik confessou que seus principais alvos eram a ex-
premiê Gro Harlem Brundtland, o titular das Relações Ex-
teriores, Jonas Gahr Store, e o presidente da juventude
social-democrata (AUF) Eskil Pedersen, aos quais chamou
102 de “traidores de classe A”.
BRASIL TORNA-SE ATUALIDADES
A 6ª MAIOR ECONOMIA DO MUNDO
Segundo a Economist Intelligence Unit (EIU), empresa
de consultoria e pesquisa ligada à revista The Economist,
em 2011, o Brasil ultrapassou a Grã-Bretanha, tornando-
se a sexta maior economia do mundo, atrás apenas dos
Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e da França. De
acordo com a empresa, o Produto Interno Bruto (PIB) do
Brasil supera o inglês em cerca de US$ 37 bilhões. En-
tretanto, os jornais britânicos afirmaram que a troca no
ranking se deveu mais à crise econômica que afeta o país
desde 2008 do que ao crescimento brasileiro.
De acordo com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, o
país poderá chegar à posição de quinta maior economia
mundial antes de 2015, superando a França.
Foto acima: Avenida Paulista, um dos polos financeiros do Brasil. Foto à
direita: Agroindústria. Foto abaixo: Usina de Itaipu.
103
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM O NOVO ENEM
MUDANÇAS E TENDÊNCIAS
O ENEM, desde seu princípio, foi caracterizado por como, continuamente, é construído o conhecimento. É
seu estilo diferenciado de prova, sendo uma avaliação uma prova que deixa a memorização em segundo plano;
que se baseia nas habilidades do aluno, testando seu mesmo tendo a sua importância, não fica como o único
conhecimento de maneira ampla. Dessa forma, a prova elemento de compreensão das informações.
sempre fez justiça àqueles que possuem o conhe-
cimento, mas não são dados à “decoreba”. Outro ponto pretendido pelo Ministério da Educação é
alterar a seleção no Programa Universidade para Todos,
Desde o ano de 2009, o Exame Nacional do Ensino como o ENEM tem alterações em sua estrutura e avaliação,
Médio passou por mudanças significativas, que essas alterações passam para a seletiva do ProUni.
alteraram desde o número de provas até a forma de
aplicação das questões. O modelo do vestibular convencional, que é considerado
uma prova de mero acúmulo de conhecimento, sofre
O MEC, juntamente com o INEP (Instituto Nacional de mudanças com o Novo ENEM. Essas alterações têm
Estudos e Pesquisas Educacionais), desenvolveu um relação direta com o vestibular aplicado em várias
critério de avaliação partido de matrizes referenciais. universidades públicas, de maneira geral, ou em uma
São quatro matrizes, dividas em competências de área – das fases do vestibular.
a essas competências serão atribuídas especificações e,
em cada uma, se identificará habilidades. Com essa nova proposta, o MEC visa a mobilizar o maior
número de alunos possível, já que é grande o número de
Esse modelo de avaliação, que foi adotado pelo ENEM, educandos que não participam do ENEM, por estarem
foi desenvolvido com destaque na análise da maneira preocupados com o vestibular convencional.
110044
Vejamos as mudanças na prova a serem realizadas e Até então, as matérias abordadas no ENEM eram ATUALIDADES
como ficou o processo seletivo para o ProUni: aplicadas de maneira interdisciplinar. Significa que
não haviam apenas questões específicas, as questões
A AVALIAÇÃO DO ENSINO variavam sem uma relação direta, com 63 questões de
múltipla escolha.
COMO ERA:
A prova era aplicada em um único dia.
Logo após o ENEM, o Ministério da Educação fazia uma
avaliação geral, comparando os anos anteriores. COMO FICOU:
A avaliação por meio do formato da prova dificultava sua O Novo ENEM é dividido em quatro áreas de
análise, de maneira que os resultados tardavam a sair. conhecimento, além da redação, com provas diferentes
em cada processo seletivo. Serão perguntas objetivas nas
A PROVA quatro áreas de conhecimento: Linguagens, Códigos e
suas Tecnologias (onde está inclusa a redação); Ciências
COMO ERA: Humanas e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e
suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias.
A prova tem 45 questões de múltipla escolha em cada
uma das quatro Matrizes de Conhecimento.
SÃO DOIS DIAS DE PROVAS.
Prova I: Ciência da Natureza e suas Tecnologias; e
Ciências Humanas e suas tecnologias.
Prova II: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e
Redação; Matemática e suas Tecnologias.
DICA...
Como o Novo ENEM traz novidades para tentar
eliminar de vez o fantasma do vestibular, que há tanto
tempo persegue aqueles que almejam uma faculdade,
absorva esses novos conceitos. Não se prepare para a
prova como quem vai pra guerra. Relaxe! Não esquente
a cabeça, nem antes nem depois! Lembre-se, o ENEM
é realizado duas vezes por ano, se não der na primeira
haverá a segunda, e assim por diante. Sempre haverá
vagas em universidades, lembre-se disso.
105
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM QUESTÕES COM PESOS DIFERENTES CORREÇÃO DA PROVA
COMO ERA: COMO ERA:
Não havia diferenciação de uma questão para outra, A prova era corrigida da forma convencional, de acordo
todas 63 questões possuíam o mesmo valor; quando era com os números de acertos e erros de cada questão.
feita a correção, somavam-se os acertos e tirava-se o Com exceção da redação, que era avaliada por cinco
resultado final. quesitos diferenciados.
COMO FICOU: COMO FICOU:
As questões agora têm peso diferente, variam em A correção é feita de acordo com as áreas de
grau de dificuldade. Com isso, na hora da correção, conhecimento, sendo possível o candidato se destacar
são considerados os pesos de acordo com a questão. mais em uma área e menos em outra; além disso, a
Quanto mais difícil for a questão, maior será o seu nota pode variar de acordo com o grau de dificuldade da
valor. questão. Para a redação continua o mesmo critério.
106
A INCLUSÃO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA CERTIFICAÇÃO DO ENSINO MÉDIO ATUALIDADES
NO ENEM
COMO ERA:
COMO ERA:
O ENEM não servia como certificado de conclusão do
Até o ENEM de 2009 não havia prova de Língua Ensino Médio.
Estrangeira.
COMO FICOU:
COMO FICOU:
O Novo ENEM serve de certificação de Ensino Médio,
A partir do ano de 2010, foi incluída no Exame Nacional ou seja, todos aqueles que terminaram o Ensino Médio e
do Ensino Médio a aplicação da prova de Língua prestarem o ENEM terão direito a um certificado.
Estrangeira, na área de conhecimento de Linguagens e
suas Tecnologias. Foram inclusas as provas de Língua
Inglesa e Espanhola.
107
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM O ENEM COMO FORMA A UTILIZAÇÃO DA PROVA
DE OBTER BOLSA NO PROCESSO SELETIVO
COMO ERA: COMO ERA:
Desde 2004, com a criação do Programa Universidade A seleção era feita apenas por meio da nota obtida pelo
para Todos (ProUni), para aqueles que concluíam o candidato. A universidade dispunha de uma quantidade
Ensino Médio e prestavam o ENEM, era possível pleitear de bolsas nos respectivos cursos, o candidato fazia a
uma bolsa de estudos nas universidades privadas que inscrição e informava a nota obtida no ENEM – a vaga
estavam escritas no Programa. era ocupada por quem tivesse a maior nota.
COMO FICOU: COMO FICOU:
Desde 2009, além das universidades privadas, diversas Como a prova tem áreas de conhecimentos específicos,
universidades públicas em todo o país passaram a em algumas instituições de ensino são utilizadas as
integrar o ProUni; todavia, não são todas que utilizam o notas de acordo com a vaga, ou seja, cada curso tem
ENEM como única prova, substituindo o vestibular – a variação de peso, relacionando o curso e a nota obtida
Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, utiliza o nas áreas de conhecimento – Linguagens, Códigos e
ENEM somente na segunda fase de seu vestibular. suas Tecnologias (incluindo redação); Ciências Humanas
108
e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas A PERIODICIDADE DO ENEM ATUALIDADES
Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias.
COMO ERA:
É feita uma seleção de acordo com a relação curso/nota
na área de conhecimento. Por exemplo, quem pretender Exame Nacional do Ensino Médio era realizado uma vez
uma bolsa numa faculdade de arquitetura, terá suas por ano.
chances aumentadas se tiver uma boa nota na área de
Matemática e suas Tecnologias.
DICA... COMO FICOU:
Quando você for pesquisar em qual faculdade se Outra novidade é o ENEM ser realizado duas vezes
inscrever, considere o curso que você pretende, qual por ano. Desde 2010, há outra prova no meio do ano. Isso
acha que se adequa melhor, qual tem relação com a facilita, ainda mais, para os candidatos ao ProUni, que
profissão que você quer seguir ou com o que você gosta pretendem buscar uma bolsa em universidades, pois há
e fazer. universidades que fazem sua seleção semestralmente.
Com isso, as chances aumentam consideravelmente.
Não ponha, em primeiro plano, fatores como
universidade próxima da sua casa ou curso mais fácil,
não se esqueça de que essas considerações trarão
facilidades imediatas, porém, a longo prazo, essa
escolha inadequada poderá afetar sua vida profissional
e pessoal.
109
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM DISPONIBILIDADE COMO FICOU:
DE MATERIAL DE APOIO Com o Novo ENEM, o Ministério da Educação irá
disponibilizar (além do material que o estudante já
COMO ERA: recebia em casa) material de apoio. Serão cadernos
de simulados com questões-modelo, respondidas e
Ao fazer inscrição para prestar o Exame Nacional do comentadas.
Ensino Médio, o candidato recebia em casa os dados
referentes à prova, relativos ao local e ao conteúdo que O material estará disponível na internet com alguma
seria abordado. antecedência.
Veja na página 979 questões da prova do ENEM 2011.
110
PORTUGUÊS
LÍNGUA PORTUGUESA
BLOCO 1
FONOLOGIA
INTRODUÇÃO um fonema, que é capaz de estabele- Os ditongos podem ser:
cer diferenças de significado.
Leia o poema a seguir: • Crescentes: em que a semivogal
As unidades sonoras que formam vem antes da vogal.
Lembrem de mim uma palavra são chamadas de fone-
(...) Como quem assiste a missa mas e estes são representados entre Ex.: água, qual, mágoa, glória, man-
Como quem hesita, mestiça, barras inclinadas. dioca.
Entre a pressa e a preguiça
Veja o exemplo a seguir: • Decrescentes: em que a vogal vem
Fonte: <http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/ antes da semivogal.
poema_paulo_leminski.pdf> Ex.: gato e mato
Essas duas palavras são diferencia- Ex.: mãe, céu, caule.
Nesse poema, de autoria de Paulo das pelos fonemas / g / e / m.
Leminski, pode-se observar a definição Os ditongos podem ser classificados
que o eu lírico faz sobre si mesmo. Nos II – REPRESENTAÇÃO DOS FONEMAS também em:
três últimos versos, temos as palavras
“assiste”, “missa”, “mestiça”, “pressa” Sons e letras não são a mesma coisa. • Orais: em que, no processo de
e “preguiça”. Se lermos em voz alta es- A letra é a representação gráfica dos emissão, a corrente de ar ressoa
sas palavras e observarmos as letras fonemas da língua. Necessariamente, apenas na cavidade oral. Podem
grifadas, poderemos perceber que to- não ocorre correspondência entre as ter pronúncia fechada ou aberta.
das elas representam o mesmo som. letras e os fonemas. Na língua portu-
Dessa forma, é possível concluir que guesa, existem 33 fonemas e 26 repre- Ex.: peixe, muito, jaula.
existem diferentes maneiras de regis- sentações gráficas (letras) desses fo-
trar um mesmo som. nemas. Essa falta de identidade entre • Nasais: em que, no processo de
os fonemas e as letras leva a inúmeras emissão, a corrente de ar ressoa
A fonologia é a parte da gramática situações, como: na cavidade nasal. Têm pronúncia
que estuda os sons da língua e tam- sempre fechada.
bém aspectos relacionados à divisão • uma só letra pode representar mais
silábica, à ortografia e à acentuação de um fonema. Ex.: cão, pão, mãe.
das palavras. Ex.: êxito – xadrez – máximo – táxi;
Ditongos orais decrescentes:
A palavra “fonologia” é formada a par- • um só fonema pode ser represen-
tir dos elementos gregos fono (que sig- tado por um grupo de duas letras /ay/ ai pai
nifica “som” ou “voz”) e log (que signi- (dígrafo). /aw/ au mau
fica “estudo”). Os sons que a fonologia Ex.: cachorro – colher – apanhar – /ey/ ei sei
estuda são conhecidos como fonemas. assado – garra. /éy/ éi réis
Para compreender o que é um fonema, /ew/ eu meu
acompanhe a explicação a seguir. III – ENCONTROS VOCÁLICOS /éw/ éu véu
/iw/ iu viu
FICHA 1 – FONEMA Encontros vocálicos são agrupamen- /oy/ oi boi
tos de vogais e semivogais, sem que /óy/ ói rói
I – CONCEITO haja consoantes entre elas. /ow/ ou sou
/uy/ ui azuis
Leia a frase abaixo: Existem três tipos de encontros vocá-
licos: ditongos, tritongos e hiatos.
“Ciência é conhecimento organizado. 1. Ditongos: quando há o encontro, Ditongos nasais decrescentes:
Sabedoria é vida organizada.” numa mesma sílaba, de:
/ãy/ ãe, ãi mãe, cãibra
(Immanuel Kant) /ãw/ ão, am mão, vejam
/ẽy/ em, en vem,
Na frase, pode-se observar que as pa- vogal + semivogal ou semivogal + /õy/ õe benzinho
lavras “organizado” e “organizada” são vogal /ũy/ ui põe
diferenciadas pelos fonemas o / e / a /. Ex.: pai, muito, rei. muito
Cada uma dessas letras representa
112
É interessante notar que os ditongos • Imperfeito: quando os fonemas são Obs.: Em final de palavras como em LÍNGUA PORTUGUESA
nasais são geralmente grafados com separáveis (aparecem em sílabas “falam” e “batem”, am e em não
o sinal de til (~). No entanto, isso nem diferentes). são dígrafos, mas sim ditongos
sempre ocorre, pois há palavras com Ex.: ad-vo-ga-do, rit-mo, pac-to. nasais, pois representam dois
ditongo nasal que não são grafadas fonemas diferentes.
com o til. V – DÍGRAFOS
FICHA 2 – SÍLABA
Ex.: muitos, vem, benzinho, vejam. Os dígrafos são formados por um gru-
2. Tritongos: quando há o encontro, po de duas letras que representam um I – CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
só fonema. Podem ser:
numa mesma sílaba, de: QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS
semivogal + vogal + semivogal • Separáveis na divisão silábica: rr, Sílaba é um fonema ou grupo de fo-
Os tritongos podem ser orais ou ss, sc (antes de “e” ou “i”), sç (an- nemas emitido num só impulso de voz.
nasais. tes de “a” ou “u”), xc (antes de “e” Por exemplo, na palavra resumir, há
ou “i”). três sílabas: re-su-mir.
• Tritongos orais Uruguai
averiguei Ex.: As sílabas são divididas de acordo
/way/ uais redarguiu rr = car-ro, ca-chor-ro com a soletração.
/wey/ uei enxaguou ss = pás-sa-ro, as-sa-do
/wyw/ uiu sc = pis-ci-na, des-ci-da Ex.: a-mi-go, som-bra, sol, a-pa-ga-
/wou/ uou sç = des-ça, cres-ça dor.
xc = ex-ce-der, ex-ce-ção
• Tritongos nasais saguão, De acordo com o número de sílabas,
/wãw/uão, enxáguam • Inseparáveis na divisão silábica: as palavras podem ser:
uam enxaguem, ch, lh, nh, gu (antes de “e” ou “i”),
/wẽy/ uem ninguém qu (antes de “e” ou “i”). • Monossílabas: possuem apenas
saguões uma sílaba.
/wõe/ uõe Ex.: Ex.: céu, eu, som, lhe.
ch = cha-to, cha-ve
3. Hiato: sequência de duas vogais lh = i-lha, pa-lha • Dissílabas: possuem duas ou mais
em sílabas diferentes. nh = ga-nho, ni-nho sílabas.
gu = guer-ra, guer-ri-lhei-ro Ex.: casa (ca-sa), amor (a-mor), bei-
Ex.: qu = le-que, che-que, qui-lo jo (bei-jo).
País – pa-ís
Ciúme – ci-ú-me Obs.: Em palavras como linguiça, • Trissílabas: possuem três sílabas.
Saída – sa-í-da frequentemente, escorregar, Ex.: cafuné (ca-fu-né), Teresa (Te-
Ruim – ru-im exclamação, em que as duas re-sa), escola (es-co-la).
são pronunciadas, não ocorre
IV – ENCONTROS CONSONANTAIS dígrafo. • Polissílabas: possuem quatro ou
mais sílabas.
É o agrupamento de duas ou mais • Dígrafos vocálicos: representam Ex.: determinar (de-ter-mi-nar), sim-
consoantes em uma palavra, que pode vogais nasais (am /ã/, em /ẽ/, im plesmente (sim-ples-men-te).
ocorrer na mesma sílaba ou em síla- /ĩ/, om /õ/, um /ũ/, an /ã/, en /ẽ/, in
bas diferentes. /ĩ/, on /õ/, un /ũ/). II – TONICIDADE
Ex.: trave, festa. Ex.: Toda vez que a palavra apresentar
O encontro consonantal pode ser: am = tampa, rampa mais de uma sílaba haverá uma sí-
• Perfeito: quando os fonemas são im = limpo laba pronunciada com mais intensi-
um = tumba, jejum dade. A sílaba pronunciada de forma
inseparáveis (permanecem na em = venda mais intensa recebe o nome tônica,
mesma sílaba). on = ronda, tonto enquanto a sílaba pronunciada de
Ex.: pra-to; Bra-sil; A-tlân-ti-co. em = tempo, lembro forma menos intensa é denominada
om = tombo, ombro átona.
an = santa, janta
in = tingir, linda Conforme a posição da sílaba tô-
un = nunca, mundo nica, as palavras de duas ou mais
sílabas recebem a seguinte classifi-
cação:
• Oxítonas: quando a sílaba tônica é
a última sílaba da palavra.
113
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM Ex.: bebê – material – sabiá– jaca- Ao longo dessa estrofe, chama à Usos gerais
ré – saci. atenção a afirmação do eu lírico sobre
a pronúncia das paulistanas: 1. Uso do h: esta é uma letra que
• Paroxítonas: quando a sílaba tônica não representa um fonema. A le-
é a penúltima sílaba da palavra. “As mina de Sampa dizem mortan- tra “h” é utilizada nos seguintes
Ex.: hoje – poderosa – pedra – livro deila, berinjeila, apartameintu! casos:
– palavra.
Sotaque do bixiga, nena, cem pur • No início de algumas palavras:
• Proparoxítonas: quando a sílaba ceintu”. hora, hotel, hoje, helicóptero.
tônica é a antepenúltima sílaba da
palavra. Nesse trecho, percebe-se que as pa- • No final de algumas interjeições:
Ex.: médico – sólido – ângulo – últi- lavras “mortadela”, “berinjela”, “apar- oh!, ah!, eh!, ih!
ma – fantástico. tamento”, “por” e “cento” não foram
grafadas de acordo com as regras orto- • No interior de palavras, quando
As palavras monossílabas, confor- gráficas, pois o eu lírico quis represen- faz parte do ch, do lh e do nh: cha-
me a intensidade com que são pro- tar a fala das paulistanas, destacando veiro, filhote, farinha, chuva, ilha,
nunciadas, podem ser classificadas o sotaque italiano. ninho.
em:
• Átonas: vocábulos pronunciados de É comum as palavras serem pro- 2. Uso da letra x:
nunciadas de forma diferenciada, de a) Com som de ch: no início e no inte-
forma fraca. acordo com o contexto ou a situação
Ex.: me, te, si, da, a, o. comunicativa. No entanto, a escrita rior de palavras.
exige uma forma unificada de registro Ex.: xale, peixe, xadrez, caixote.
• Tônicas: vocábulos pronunciados das palavras. b) Com som de cs: no meio e no fim
fortemente. das palavras.
Ex.: nós, sol, é, céu. A ortografia – formada pelos ele- Ex.: complexo, tórax, crucifixo.
mentos gregos orto (correto) e grafia c) Com som de z: no prefixo exo ou em
Obs.: Algumas palavras dissílabas (escrita) – é a parte da gramática ex seguido de vogal.
também são átonas, como é o que fixa padrões para a grafia das Ex.: exame.
caso de: uma (artigo), para (pre- palavras. d) Com som de s: em final de sílaba.
posição), como e porque (con- Ex.: texto, pretexto.
junções). As normas ortográficas são produ-
tos de um acordo entre os países, 3. Uso da letra j:
FICHA 3 – ORTOGRAFIA onde a língua portuguesa é oficial, a) Em palavras de origem árabe, afri-
sendo dessa forma uma convenção.
Leia o trecho da canção de Rita Para grafar corretamente as pala- cana ou ameríndia.
Lee e Roberto de Carvalho: vras, é importante conhecer algumas Ex.: canjica, cafajeste.
regras. b) Palavras derivadas de outras que
“As mina de Sampa tem j:
(...) As mina de Sampa são modernas, I – ORIENTAÇÕES ORTOGRÁFICAS GERAIS Ex.: laranjinha (laranja), enrijecer
(rijo).
eternas dondocas! O alfabeto da língua portuguesa é for- c) Formas verbais com infinitivo em
(...) As mina de Sampa estão na moda, mado por 26 letras: -jar:
Ex.: bocejar, bocejei, bocejou.
na roda, no rock, no enfoque! a–b–c–d–e–f–g–h–i–j
(...) As mina de Sampa dizem mortan- –k–l–m–n–o–p–q–r–s d) Em final -aje:
Ex.: ultraje, traje, laje.
deila, berinjeila, apartameintu! –t–u–v–w–x–y–z
Sotaque do bixiga, nena, cem pur cein- 4. Uso da letra g:
As letras k, w, y são normalmente uti- a) Em substantivos terminados em
tu (...).” lizadas em:
-gem:
Rita Lee e Roberto de Carvalho. As mina de Sampa. • Em abreviações, símbolos e pala- Ex.: coragem, vertigem.
Balacobaco. Som Livre, 2003 vras estrangeiras: b) Palavras terminadas em -gio:
Ex.: Ex.: ágio, pedágio.
Nesse trecho, é possível notar que é K = potássio. c) Verbos terminados em -ger ou -gir:
feita uma descrição sobre as garotas kg = quilograma. Ex.: ranger – fugir.
da cidade de São Paulo, carinhosa- kw = quilowatt.
mente chamada “Sampa”. Em um tom
humorístico e poético, o eu lírico apre- • Em derivados portugueses de no-
senta um ponto de vista sobre o modo mes estrangeiros:
de ser das paulistanas. Ex.: darwinismo, kantismo.
114
LÍNGUA PORTUGUESA
BLOCO 1
EXERCÍCIOS
FICHA 1 – FONEMA d) cir-cuns-cre-ver, trans-cen-den-tal, tran-sal-pi-no
e) co-o-pe-rar, dis-tân-cia, bi-sa-vô
1. (PUC-SP) Nas palavras anjinho, carrocinhas, nossa e
recolhendo, podemos detectar oralmente a seguinte 6. (UnB-DF) De acordo com a separação silábica, qual o
quantidade de fonemas: grupo de palavras abaixo que está totalmente correto?
a) três, quatro, dois, quatro a) as-as-ssi-na-da, chei-ro, ma-de-i-ra
b) cinco, nove, quatro, oito b) pers-pi-caz, felds-pa-to, des-cer
c) seis, dez, cinco, oito c) avi-so, mi-nha, in-fân-cia
d) três, seis, dois, cinco d) per-spi-caz, em-pa-pa-da, pa-i-nei-ra
e) sete, onze, cinco, dez e) extra-or-di-ná-rio, ve-lha, fel-ds-pa-to
2. (UFURG-RS) Assinale a sequência em que todas as pa- 7. (Fac. Franciscanas-SP) Classificou-se, corretamente, o
lavras estão separadas corretamente: grupo vocálico da palavra dada em:
a) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar a) caótico – ditongo decrescente
b) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu b) cardeal – ditongo crescente
c) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar c) estoico – ditongo crescente
d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver d) filosofia – hiato
e) cis-an-di-no, es-pé-cie, a-teu e) pequei – tritongo
3. (Aeronáutica) Assinalar a alternativa em que todos os 8. (M. Sobrinho-Juiz de Fora-MG) Em que conjunto a letra x
ditongos são decrescentes: apresenta o mesmo valor fonético?
a) mais, espontâneo, saiu a) exame – exíguo – xale – exceção
b) beiço, mágoa, maneira b) exilar – exorbitar – próximo – excêntrico
c) põe, irmão, possui c) exalar – exonerar – queixa – hexacampeão
d) áurea, nódoa, tênue d) trouxe – texto – sintaxe – léxico
e) sexo – tóxico – axilas – nexo
4. (Cescea-SP) Em que conjunto a letra x representa o
mesmo fonema? 9. (AMAN-RJ) Assinale a opção em que a divisão de sílaba
não está corretamente feita:
a) tóxico – taxativo
b) defluxado – taxar a) a-bai-xa-do
c) têxtil – êxtase b) si-me-tria
d) enxame – inexaurível c) es-fi-a-pa-da
e) intoxicado – exceto d) ba-i-nhas
e) ca-a-tin-ga
5. (PUC-RS) Aponte o único conjunto em que há erro de
divisão silábica: 10.(Unb-DF) Marque a opção em que todas as palavras
apresentam dígrafo:
a) con-vic-ção, tung-stê-nio, rit-mo
b) ins-tru-ir, an-te-pas-sa-do, se-cre-ta-ri-a a) fixo – auxílio – tóxico – exame
c) flui-do, sa-guão, dig-no
b) enxergar – luxo – bucho – olho
115
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM c) bicho – passo – carro – banho a) lei-tu-ra, a-char, gno-mo
d) choque – sintaxe – unha – coxa b) na-scer, exce-to, inte-lec-ção
c) psi-ca-náli-se, p-neu, qu-en-te
FICHA 2 – SÍLABA d) afri-ca-no, pas-so, pa-lha
e) ca-ra-cte-res, ap-to, exc-e-to
1. (UFAC-AC) Todas as palavras recebem a mesma clas-
sificação, no que diz respeito ao número de sílabas, na
RTOGRAFIA
F 3 – Oalternativa:
ICHA
a) oram / rugiam / ruim / tia
b) roído / saudade / ainda / bainha 1. (TC) O x foi empregado incorretamente em:
c) orgia / podiam / câimbra / saíam a) enxada, feixe, ameixa
d) coimbra / atchim / mosaico / dueto b) enxame, enxugar, lixa
e) cambraia / caíam / câimbra / querias c) xale, bruxa, mexerica
d) xampu, xícara, graxa
2. (ITA) Dadas as palavras: e) xaranga, xuxu, xarque
I – des-a-ten-to
II – sub-es-ti-mar 2. (TJ) Todas as palavras estão grafadas corretamente em:
III – trans-tor-no
Constatamos que a separação silábica está correta: a) rabujice, espontâneo, frieza
b) refúgio, obsessão, vazilha
a) apenas em 1 c) ultraje, revés, cortezia
b) apenas em 2 d) trajetória, esvaziar, análize
c) apenas em 3 e) gorjeta, pesquisa, franqueza
d) em todas as palavras 3. (TJ) Ambas as palavras estão grafadas incorretamente
e) n.d.a. em:
3. (UNISO-SP) Assinale a alternativa em que as palavras a) capitalizar, catalizar
estão corretamente divididas. b) agonisar, batisar
c) improvisar, anarquisar
a) má-go-a, goi-a-ba, su-blo-car, ra-ízes d) modernizar, concretizar
b) ar-gu-ém, pa-da-ri-a, ri-tmo, sub-ins-pe-tor e) oficializar, repizar
c) lei-a-is, I-as-í-as- cóc-cix- ab-ru-pto
d) a-ve-ri-gu-a, co-am, in-tu-i-to, cul-tue 4. (UFES) O acento gráfico de três justifica-se por ser o
e) ca-rac-te-rís-ti-ca, a-poi-o, bi-sa-vô, i-guais vocábulo:
4. Assinale a alternativa em que as palavras estejam se- a) monossílabo átono terminado em “es”
paradas em desacordo com as regras da divisão silá- b) oxítono terminado em “es”
bica. c) monossílabo tônico terminado em “s”
d) oxítono terminado em “s”
a) vo-o, ses-são- rus-so e) monossílabo tônico terminado em “es”
b) ex-ces-si-vo, ru-im, ma-go-a
c) piau-i-en-se, pass-á-ro, jo-ia
d) néc-tar, flui-do, ca-a-tin-ga 5. (UFSCar-SP) Assinale a série em que todas as palavras
e) a-in-da, ex-por-tar, dis-rit-mi-a estão acentuadas corretamente.
5. Assinale a alternativa em que todas as palavras es- a) ideia – urubú – suíno – ênclise
tejam separadas de acordo com as regras da divisão b) bíceps – heroico – ítem – fóssil
silábica. c) tênis – fôsseis – caíste – japonêsa
116
d) fútil – hífen – ânsia – decaído 9. Assinale a alternativa em que as palavras são acen- LÍNGUA PORTUGUESA
e) epoia – tapête – órfã – ruína tuadas com base na mesma regra que a palavra do
quadro:
6. (F. C. CHAGAS-PR) O era grande. Os exportado- herói
res de tentavam, inutilmente, a) heroico, área
b) jiboia, jóquei
a) prejuízo – têxteis – reduzi-lo c) chapéu, papéis
d) assembleia, doído
b) prejuizo – tésteis – reduzilo
c) prejuizo – têxteis – reduzí-lo
d) prejuizo – téxteis – reduzí-lo
e) prejuízo – testis – reduzi-lo 10. Assinale a alternativa que apresenta palavras acentu-
7. (FCMSC-SP) Assinale a alternativa em que a palavra adas de acordo com as mesmas regras das palavras
do quadro, respeitando sua ordem de aparecimento.
que está grafada erradamente, isto é, não deveria ser já – atônito – memória – fácil – bebê – também
acentuada.
a) Quê! Você ainda não tomou banho este mês! a) lá, túnica, glória, difícil, até, além
b) Depois de tomar banho, ficou um quê irresistível. b) fé, óbvio, telescópio, frágil, café, parabéns
c) Você vive de quê? De brisa? c) gás, relâmpago, jóquei, útil, você, táxi
d) Quê beleza! Estou acertando tudo. d) pá, flácido, grátis, incrível, jacaré, armazém
e) Poderiam ajudar em quê? Se nada entendiam... 11 . Assinale a alternativa que justifique a acentuação das
8. Assinale a alternativa que apresenta palavras que obe- palavras do quadro.
corrói – fiéis – céu
decem à mesma regra de acentuação.
a) agrônomo, índex, fóssil, ímpar a) São paroxítonas terminadas em ditongo.
b) amêndoa, mágoa, supérfluo, pônei b) São oxítonas com ditongos abertos.
c) míope, ímã, volúvel, baía c) São acentuadas como todas as proparoxítonas.
d) herói, amável, imundície, viúvo d) São hiatos que formam sílaba isoladamente.
Respostas Ficha 2 Ficha 3
1-b 01 - e
Ficha 1 2-c 02 - e
01 - b 3-e 03 - b
02 - c 4-c 04 - e
03 - c 5-a 05 - d
04 - c 06 - a
05 - a 07 - d
06 - b 08 - b
07 - d 09 - c
08 - e 10 - a
09 - b 11 - b
10 - c
117
LÍNGUA PORTUGUESA
BLOCO 2
MORFOLOGIA
INTRODUÇÃO Nesse trecho, o apelido do persona- de palavras pertencentes a uma
gem é Cascão. No contexto apresen- mesma família. O radical é o nú-
A morfologia é o estudo da palavra tado, a palavra “Cascão” tem relação cleo do vocábulo, onde está a sig-
ou vocábulo. As palavras (ou vocábu- com o termo casca, já que os fatos nar- nificação externa. Ele é o elemento
los) podem ser divididas em unidades rados mostram que esse personagem comum e irredutível de uma família
menores. não gosta de tomar banho, por isso es- de palavras.
taria com “cascas” pelo corpo.
Ex.: menina: menin-a. Ex.: mar
menininha: menin-inh-a. Agora observe a semelhança das pa- alunas
lavras casca e Cascão com o seguinte livrinhos
Lembre-se: Existem algumas pala- grupo: comida
vras que não podem ser divididas, comer
pois não comportam unidades me- Casc – u – do comilão
nores. Casc – a – lho
Casc – o Obs.: As palavras pertencentes a uma
Ex.: sol, mar. As palavras “cascão”, “casca”, “cas- mesma família e que possuem o
cudo”, “cascalho” e “casco” têm pelo mesmo radical são chamadas “cog-
A análise mórfica segmenta a palavra menos um elemento em comum: a natas“
em elementos mórficos, que são as for- forma “casc”. Todas elas, além dessa Ex.: ferro, ferreiro, ferradura
mas mínimas portadoras de significa- forma comum, apresentam elementos
do (menor parte a que se pode reduzir destacáveis, responsáveis pelo acrés- 2. Afixos: elementos acrescentados às
uma palavra, sem que ela perca seu cimo de algum significado. palavras e que mudam o sentido
significado). Cada um desses elementos formado- delas (formam novas palavras). São
res da palavra atribui um novo significa- de dois tipos:
FICHA 1 – ESTRUTURA do a ela. Esses elementos não podem
sofrer divisão, já que são elementos • Prefixos: formas presas à esquer-
DAS PALAVRAS significativos que não se decompõem, da dos vocábulos, que aparecem
os quais denominamos morfemas. atreladas a verbos (des-fazer) e
I – MORFEMA Morfema é a menor unidade de signi- adjetivos (in-fiel). Os prefixos não
ficação que constitui um vocábulo ou mudam a classe gramatical das
Leia o trecho a seguir, retirado de os elementos do vocábulo. palavras.
uma crônica de Luís Fernando Verís- Ex.: a palavra “garotinhas” é consti- Ex.: in - completo, des - neces-
simo: tuída por quatro morfemas sário.
Adolescência garot inh a s • Sufixos: formas presas à direita
das palavras e que podem mudar a
“O apelido dele era “Cascão” e vinha da base do indicação indicação indicação classe gramatical delas. São mais
infância. Uma irmã mais velha descobri- significado de de gênero de plural próximos ao radical que os prefixos.
ra uma mancha escura que subia pela feminino São de três tipos:
sua perna e que a mãe, apreensiva, a diminutivo – nominais: formam substantivos e
princípio atribuiu a uma doença de pele. adjetivos
Em seguida, descobriu que era sujeira Os morfemas apresentam uma sig- Ex.: mento = arma + mento = arma-
mesmo. nificação externa (noções do nosso mento
– Você não toma banho, menino? mundo, em geral) e uma significação vel = deseja + vel = desejável
– Tomo, mãe. interna (noções gramaticais).
– E não se esfrega? (...)” – verbais: formam verbos.
II – RADICAIS, PREFIXOS E SUFIXOS Ex.: -jar – desejar
VERÍSSIMO, Luís Fernando. Pai não entende nada. Porto 1. Radical: parte invariável que dá a -zar – realizar
Alegre: LP&M; 1996, p. 68. base de significação de um grupo -ecer – envelhecer
118
– adverbial: existe apenas um. – Derivação: forma-se o masculino ou Singular Plural LÍNGUA PORTUGUESA
Ex.: -mente = fielmente, finalmen- o feminino por meio de um sufixo. funil funis
te, completamente. canil canis
Ex.: galo/galinha; imperador/impe- fuzil fuzis
III – VOGAIS TEMÁTICAS E ratriz; conde/condessa.
DESINÊNCIAS – Flexão: masculino em “o”, feminino -eis, se o -il for átono.
em “a”.
1. Vogal temática: vogal que se une ao Singular Plural
radical para formar o tema da pa- Ex.: noivo/noiva; menino/menina; projétil projéteis
lavra. Tema é a parte do vocábulo moço/moça. réptil répteis
pronta para receber uma desinên-
cia ou um sufixo. Obs.: O “e” não está associado à – palavras terminadas em -ão fazem
noção de masculino, é vogal temá- plural em:
A vogal temática é que torna possível tica. -ãos
a ligação entre radical e desinência. As
vogais temáticas podem ser: Ex.: mestr-e (vogal temática); mes- Singular Plural
• Verbais: unem-se aos radicais de tr-a (desinência do feminino). mão mãos
órgão órgãos
verbos. A vogal temática verbal Em casos como este, diz-se que a
caracteriza cada uma das conjuga- desinência do masculino é ausente ou –ães Plural
ções verbais. zero. Singular pães
– primeira conjugação = am-a-r pão cães
– segunda conjugação = com-e-r Ex.: cantor-ø (desinência do mascu- cão escrivães
– terceira conjugação = dorm-i-r lino ausente); escrivão
As vogais “a”, “e” e “i” são as três vo-
gais temáticas verbais. cantor-a (desinência do femi-
• Nominais: em português são: -a, -e, nino).
-o (não confundir com as desinên-
cias de gênero). • Número: singular e plural. Respec- –ões Plural
Importante: as vogais temáticas são tivamente caracterizados pela au- Singular corações
sempre átonas. sência e/ou presença do “–s”. coração eleições
Ex.: ferr-o, cart-a. Ex.: banco/ ø (singular); eleição multidões
Portanto, uma vogal tônica nunca é banco-s (plural). multidão
uma vogal temática.
Ex.: cafe-zinho Algumas regras de formação do – palavras terminadas em vogais fa-
“Café” é o radical, logo a palavra não plural: zem plural em -s.
possui vogal temática, sendo conside-
rada atemática. – palavras terminadas em “-r”, “-z”, Singular Plural
Palavras terminadas por consoantes “-s” fazem plural em –es. parede paredes
também são atemáticas e seu plural se menina meninas
dá por variantes. Singular Plural casa casas
Ex.: mar/mares. O “e” nesse caso mar mares jabuti jabutis
não é vogal temática. pilar pilares urubu urubus
embaixador embaixadores
2. Desinências: são os elementos ter- raiz raízes • Modos e tempos verbais:
minais de palavras variáveis. Indi- juiz juízes - Modo: indicativo, subjuntivo, infiniti-
cam em nomes: matriz matrizes
país países vo, gerúndio, particípio.
• Gênero: masculino e feminino. - Tempo: presente, pretérito (perfeito,
Ex.: menino/menina. Obs.: Palavras não oxítonas termina-
das em –s são invariáveis. Ex.: óculos, imperfeito ou mais-que-perfeito), futu-
• Tipos de formação do gênero femi- lápis, ônibus. ro (do presente ou do pretérito)
nino:
– palavras terminadas em -l fazem Ex.: -va: (imperfeito do indicativo da
– Heteronímia: as formas do mascu- plural em -is. 1ª conjugação) andava.
lino e do feminino são completamente -ra: (átono) (mais-que-perfeito do
diferentes. Singular Plural indicativo) andara.
papel papéis -r: (futuro do subjuntivo) andar.
Ex.: bode/cabra; boi/vaca; homem/ jornal jornais -ria: (futuro do pretérito do indicati-
mulher; cachorro/cadela. álcool alcoóis vo) partiria.
– palavras terminadas em -il fazem • Número e pessoas
plural em: – Número: singular ou plural.
– Pessoa: primeira, segunda ou terceira.
-is, se o -il for tônico.
Obs.: Ver também o capítulo “Verbos”.
119
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM ADJETIVO Ex.: 3. De grau: o grau do adjetivo desig-
Brasil – brasileiro na maior ou menor intensidade
I – CONCEITO Brasília – brasiliense, brasiliano, de uma qualidade atribuída a um
candango substantivo. Assim, como nos
Palavras que designam qualidades, Alemanha – alemão, germânico substantivos, o grau pode ser for-
condições ou estados de um ser. Filipinas – filipino mado por dois processos:
Índia – indiano, hindu
Ex.: mar imenso Equador – equatoriano a) Sintético: adiciona aos adjetivos su-
subst. adj fixos de intensificação.
III – FLEXÃO Ex.: facílimo, chatíssimo, belíssi-
menina bonita mo, espertíssimo.
subst. adj Os adjetivos flexionam-se em gênero,
camisa verde número e grau. b) Analítico: adiciona aos adjetivos
subst. adj. palavras que denotam intensifica-
1. De gênero: como os substantivos, ção.
Obs.: O adjetivo modifica o substanti- os adjetivos apresentam os gêne- Ex.: mais fácil, muito bonito, muito
vo ou qualquer palavra com o mesmo ros masculino e feminino. fácil.
valor deste. Ex.: homem corajoso/mulher corajosa
garoto esperto/garota esperta Há dois tipos de graus do adjetivo:
Ex.: massa crua.
Alguns adjetivos apresentam so- a) Comparativo: indica intensidade
adj. mente uma forma que acompanha maior ou menor de uma qualidade atri-
substantivos masculinos e femininos buída a um substantivo. Compara-se
Palavras que, tradicionalmente, (geralmente são terminados por: -a, -e, a mesma qualidade entre dois seres.
são utilizadas como adjetivos po- -l, -m, -r, -s e -z). Esses adjetivos são Pode ser:
dem ser substantivadas (tomar a chamados de uniformes. • de igualdade: A garota é tão bonita
posição de um substantivo).
Ex.: Os maus podem ser punidos. Ex.: quando a irmã.
o exame breve/a prova breve • de superioridade: A garota é mais
adj. o aluno jovem/a aluna jovem
o garoto alegre/a garota alegre bonita do que a irmã.
O azul é uma bela cor. Outros adjetivos apresentam duas • de inferioridade: A garota é menos
formas, uma que acompanha o mas-
adj. culino e outra que acompanha o fe- bonita do que a irmã.
minino. São chamados de adjetivos
Além do adjetivo, pode ocorrer a locu- biformes e flexionam-se como os subs- Grau normal Comparativo de
ção adjetiva, que é formada por prepo- tantivos. bom superioridade
sição + advérbio, com valor de adjetivo.
Ex.: 2. De número: o adjetivo tem o mesmo nú- melhor
homem corajoso = homem de coragem mero do substantivo que acompanha.
Ex.: grande maior
adj. loc. adj. mulher bondosa - mulheres bondosas
(prep. + subst.) menino espanhol - meninos espanhóis b) Superlativo: indica uma qualidade
de um substantivo em grau inten-
patas traseiras = patas de trás Nos adjetivos compostos, só o último so. Pode ser:
adj. loc. adj. varia.
(prep. + advérbio) • Absoluto: quando a qualidade atri-
Ex.: nacionalidades luso-brasileiras buída ao substantivo é apresenta-
II – CLASSIFICAÇÃO adj. composto da sem comparação com outros
seres. Pode ser apresentada sob
Os adjetivos podem ser classificados meninos mal-educados as formas:
como simples ou compostos. adj. composto
• Os adjetivos simples têm uma só – sintética: A vida é belíssima.
Obs.: Exceto nos vocábulos: surdo- Principais sufixos usados:
palavra. mudo e verde-claro. –íssimo: riquíssimo, belíssimo, ha-
Ex.: ruim, espanhol, fraco, amoro- bilíssimo, amaríssimo, dulcíssimo.
so, leal, esperto, inteligente. Ex.: surdo-mudo – surdos-mudos –imo: facílimo, agílimo, docílimo,
• Os adjetivos compostos têm duas surda-muda – surdas-mudas humílimo.
palavras. Obs.: Se o último elemento do adje- –rimo: macérrimo, celérrimo, ce-
Ex.: azul-marinho, branco-gelo, tivo composto for um substantivo, ne- lebérrimo, aspérrimo, paupérrimo,
vermelho-sangue. nhum elemento varia: libérrimo.
Ex.: colchas amarelo-canário
Os adjetivos também podem ser calças cor-de-rosa – analítica: A vida é muito bela.
classificados como pátrios: adjetivos adj. + subst. ou cor-de + subst. = Advérbios utilizados: muito, demais,
que se referem a países, cidades, con- invariáveis
tinentes, regiões, estados etc. extremamente, bastante.
120
• Relativo: quando a qualidade é res- 2. Número: Ex.: primeiro/primeira – primeiros/ LÍNGUA PORTUGUESA
saltada em relação ou comparação • Singular: o, a, um, uma – usado primeiras.
com outros seres.
Ex.: Ela é a mais bela dentre as ir- para substantivos singulares. 3. Multiplicativos:
mãs. Ex.: o papel, a bolsa, um cão, uma • Variam em número.
vaca.
Pode ser: • Plural: os, as, uns, umas – usado Ex.: dúplices, tríplices etc.
– de superioridade: Maria é a mais in- para substantivos plurais. • Os numerais multiplicativos usados
Ex. os trabalhadores, as operárias,
teligente de todas. uns alunos, umas garotas. com valor de adjetivo são flexiona-
dos em gênero e número.
– de inferioridade: Maria é a menos rá- NUMERAL Ex.: Comeu dois sanduíches triplos.
pida de todas.
I – CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO 4. Fracionários:
Exemplos de locuções adjetivas: • O numeral fracionário “meio” con-
Numeral é a classe de palavras que
de açúcar sacarino dá nome aos números. Os números corda em gênero com a palavra a
são classificados em: que se refere.
de anjo angelical • Números cardinais: são os núme- Ex.: Duas horas e meia.
de cabelo capilar Um ano e meio.
ros que exprimem a quantidade em
de campo campestre, rural si ou a quantidade certa de seres 5. Coletivos:
de circo circense ou objetos. • Todos os numerais coletivos são
Ex.: um, dois, três, quatro etc.
de direito jurídico • Numerais ordinais: são os números flexionados em número.
que indicam a ordem dos seres ou Ex.: uma década/duas décadas.
de gado pecuário dos objetos dentro de uma série.
Ex.: primeiro, segundo, terceiro, PRONOME
de mãe maternal, materno quarto etc.
• Numerais multiplicativos: são os I – CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
de mar marítimo, marinho números que indicam uma multipli-
cação. Pronomes são termos que acompa-
de nariz nasal Ex.: dobro (ou duplo), triplo, quádru- nham ou substituem outras palavras,
plo, quíntuplo etc. principalmente os substantivos, e
de umbigo umbilical • Numerais fracionários: são os nú- também podem fazer referência a pa-
de verão estival meros que indicam proporções (di- lavras, orações e frases apresentadas
visão). anteriormente. Os pronomes são clas-
ARTIGO Ex.: meio (ou metade), terço, quar- sificados em:
to, quinto, onze avos etc. • Pronomes pessoais: substituem
I – CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
Obs.: Há certos numerais, chamados os substantivos e representam as
Artigo é o nome que se dá às palavras de coletivos, que exprimem um conjun- pessoas do discurso, indicando
(o, a, os, as, um, uma, uns, umas) que to de seres ou objetos e indicam um quem fala, com quem se fala e de
se antepõem aos substantivos. Nesse número exato. Ex.: novena, dezena, dé- quem se fala.
ponto de vista, classificam-se em: cada, dúzia, centena, certo, milhar. • Pronomes possessivos: indicam
• Artigos definidos: designam um ser relação de posse por parte de uma
II – FLEXÃO das pessoas do discurso.
ou objeto determinado, conhecido. • Pronomes demonstrativos: situam
Ex.: Conheço toda a cidade. 1. Cardinais: uma pessoa ou algo no espaço, no
A vizinha de Carlos é bonita. • Os numerais cardinais um e dois tempo ou no próprio texto, em re-
• Artigos indefinidos: designam um lação às três pessoas do discurso.
ser ou objeto qualquer dentre ou- variam de gênero (um/ uma, dois/ • Pronomes de tratamento: são
tros. duas), assim como as centenas, a utilizados quando se dirigem ao
Ex.: Comprarei um livro. partir de duzentos (duzentos/ du- interlocutor. Conforme a situação
Uma mulher foi assaltada. zentas, trezentos/ trezentas, qua- de uso, podemos utilizar um pro-
trocentos/ quatrocentas etc.). nome de tratamento mais ou me-
II – EMPREGO DOS ARTIGOS • Milhão, bilhão, etc. variam em nú- nos formal.
mero. • Pronomes indefinidos: referem-se
Usa-se o artigo associado ao subs- Ex.: milhão/ milhões, bilhão/ bilhões. ao substantivo de modo vago, im-
tantivo e ele nunca aparece depois do • Ambos (= os dois) variam em gênero. preciso.
substantivo. O artigo flexiona-se em: Ex.: ambos/ambas. • Pronomes interrogativos: são os
pronomes indefinidos (que, quanto,
1. Gênero: 2. Ordinais: como, qual, (o) que, quando) utiliza-
• Masculino: o, os, um, uns – usado • Variam em gênero e número. dos em frases interrogativas.
Veja as tabelas a seguir, nas quais
para substantivos masculinos. são apresentados os diferentes pro-
Ex.: o garoto, os garotos, um boi, nomes:
uns bois.
• Feminino: as, as, uma, umas – usa- 121
do para substantivos femininos.
Ex.: a menina, as meninas, uma rã,
umas rãs.
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM Pronomes pessoais Pronomes pessoais do caso reto Pronomes pessoais do caso oblíquo
Pessoas do discurso eu me, mim, comigo
1ª (singular) tu te, ti, contigo
2ª (singular) ele/ela
3ª (singular) nós se, lhe, o, a, si, consigo
1ª (plural) vós nos, conosco
2ª (plural) eles/elas vos, convosco
3ª (plural)
se, lhes, os, as, si, consigo
Pronomes possessivos Pronomes possessivos
Pessoas do discurso meu, meus, minha, minhas
1ª (singular) teu, teus, tua, tuas
2ª (singular) seu, seus, sua, suas
3ª (singular)
1ª (plural) nosso, nossos, nossa, nossas
2ª (plural) vosso, vossos, vossa, vossas
3ª (plural)
seu, seus, sua, suas
Pronomes demonstrativos Masculino Feminino Neutro
este, estes esta, estas isto
Pessoa do discurso esse, esses essa, essas isso
1ª aquele, aqueles aquela, aquelas
2ª aquilo
3ª
Os pronomes este(s), esta(s) e isto são utilizados para fazer referência a pessoas ou objetos próximos à pessoa
que fala (1ª pessoa do discurso).
Pronomes de tratamento Abreviatura Usado para
Tratamento v. Pessoas com as quais temos intimidade
Você V.A.
Vossa Alteza Príncipes e duques
V. Exa.
Vossa Excelência Altas autoridades do governo e das forças armadas
V.M.
Vossa Majestade V.S. Reis e imperadores
Vossa Santidade Papa
Senhor, senhora Sr., Sra. Pessoas com as quais temos pouca intimidade ou a
quem queremos tratar com cerimônia e distanciamento
Vossa Eminência V. Ema. Cardeais
Vossa Magnificência V. Maga. Reitores
Funcionários públicos graduados, oficiais e pessoas de
Vossa Senhoria V. Sa. cerimônia
Pronomes indefinidos Pronomes interrogativos
Quem, quanto, qual, (o) que, quando etc.
Variáveis Algum, nenhum, todo, outro, certos, bastante, qualquer,
Invariáveis quanto, qual etc.
Alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, quem, que etc.
122
VERBO Singular 1ª eu amo fala, mas que se prolongou. Tam- LÍNGUA PORTUGUESA
Plural pessoa bém pode expressar um fato habi-
Leia as frases abaixo: tu amas tual.
2ª ele/ela Ex.: A moça escrevia um diário.
Crise econômica pode ameaçar era pessoa ama – Pretérito mais-que-perfeito: expres-
histórica de mobilidade nas finanças sa um fato passado em relação a
mundiais. 3ª nós outro também no passado, algo
pessoa amamos que aconteceu antes de outro fato
Consumidor brasileiro está mais também passado.
consciente de seus direitos. 1ª vós Ex.: A moça escrevera um diário.
pessoa amais – Futuro do presente: expressa uma
Choveu no final da tarde. elas/ ação que ocorrerá no futuro em
2ª eles relação ao momento em que se
As palavras “ameaçar”, “está” e “cho- pessoa amam fala.
veu”, presentes na tira, expressam ações Ex.: A moça escreverá um diário.
e são classificadas como verbos. Normal- 3ª – Futuro do pretérito: expressa uma
mente, os verbos são lembrados como pessoa hipótese, uma possibilidade, rela-
palavras que indicam ações. Além de cionada a um fato passado:
ações, os verbos indicam estado (ser/es- • Modo: o modo exprime a atitude Ex.: A moça escreveria um diário.
tar), fenômeno natural (chover/ amanhe- que o falante assume em relação
cer), desejos (almejar) e outros processos. ao processo verbal que ele está ADVÉRBIO
enunciando. O falante pode assu-
O que caracteriza os verbos são as mir a atitude de certeza, de dúvida, I – CONCEITO
flexões, ou seja, a possibilidade de ex- de ordem, entre outras. Os diferen-
pressar número (singular/plural), pes- tes modos verbais buscam traduzir Advérbios são vocábulos que deno-
soa (1ª, 2ª, 3ª pessoas do discurso), essa atitude do falante. tam circunstância (de modo, tempo,
modo (indicativo, subjuntivo e imperati- lugar, dúvida etc.) a um verbo, a um ad-
vo), tempo (presente, pretérito e futuro) Existem três modos do verbo: jetivo ou a outro advérbio.
e voz (ativa/passiva).
– Indicativo: refere-se a uma atitude Ex.: Rezava ardorosamente. (“ar-
I – CONJUGAÇÃO de certeza em relação ao processo dorosamente” modifica o verbo
verbal. rezava)
Conjugar um verbo é apresentá-lo Ex.: Eu amo o meu filho. Tinha uma beleza muito arrebata-
em todas as suas formas, nas diversas dora. (“muito” modifica o adjetivo
pessoas, em números, tempos, modos – Subjuntivo: refere-se a uma atitude arrebatadora)
e vozes. Na língua portuguesa existem de dúvida, incerteza, possibilidade Não entendia muito bem as expli-
três conjugações caracterizadas pelas e/ou desejo em relação ao proces- cações. (“muito” modifica o advér-
vogais temáticas. so verbal. bio bem)
Ex.: Se amasse a moça, certamen-
• 1ª conjugação – vogal temática a: te estaria namorando. II – CLASSIFICAÇÃO
falar, cantar, amar.
– Imperativo: refere-se a uma atitu- De acordo com a circunstância que
• 2ª conjugação – vogal temática e: de de ordem, convite, pedido ou denota, o advérbio pode ser:
comer, vender, fazer. conselho em relação ao processo • de modo: O garoto olhou tristemen-
verbal.
• 3ª conjugação – vogal temática i: Ex.: Ame a cada dia! te (= de modo triste) para o pai.
partir, sentir, sumir. • de lugar: Aqui está a casa sobre a
• Tempo: o tempo verbal indica o mo-
Obs.: O verbo “pôr” pertence à 2ª mento em que o processo verbal qual falei.
conjugação, no entanto, com o tem- acontece. De acordo com a situa- • de tempo: Ontem saí com meus
po, perdeu sua vogal temática. No ção, o verbo é conjugado em um
passado o verbo “pôr” tinha a forma determinado tempo. Existem os se- amigos.
“poer”. guintes tempos verbais: • de dúvida: Talvez eles venham para
II – FLEXÕES – Presente: expressa o fato no mo- o jogo.
mento em que se fala. • de intensidade: Ela estava muito
Os verbos se flexionam em: Ex.: A moça escreve um diário.
cansada.
• Pessoa e número: as formas ver- – Pretérito perfeito: expressa um fato • de afirmação: Eles realmente gos-
bais exprimem as três pessoas do já ocorrido, concluído, um aconteci-
discurso, no singular e no plural. mento que se situa perfeitamente taram do filme.
no passado. • de negação: Não saia sem aga-
Ex.: A moça escreveu um diário.
salho.
– Pretérito imperfeito: expressa o
passado inacabado, um processo 123
anterior ao momento em que se
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM Principais advérbios: à esquerda, à toa, à tarde, passo b) com artigo indefinido:
• de afirmação: sim, certamente, re- a passo, em domicílio, ao vivo, em em + um = num
breve, à vontade, a cavalo, a pé, em em + uns = nuns
almente, deveras. geral, à noite, de vez em quando, em + uma = numa
pela manhã, por ora, de tempos em em + umas = numas
• de dúvida: acaso, talvez, porventu- tempos. de + um = dum
ra, quiçá, provavelmente, possivel- de + uns = duns
mente. Palavras denotativas são palavras de + uma = duma
semelhantes aos advérbios, mas que de + umas = dumas
• de lugar: abaixo, acima, adiante, não podem ser classificadas como tal.
aí, além, aqui, atrás, lá, defronte, Indicam circunstâncias de: c) com pronome demonstrativo:
dentro, detrás, junto, longe, onde, • explicação: por exemplo, isto é, a a + aquela = àquela
aquém. a + aquelas = àquelas
saber. a + aquele = àquele
• de modo: assim, bem, depressa, • inclusão: inclusive, também, até. a + aqueles = àqueles
devagar, mal, melhor, pior e quase • exclusão: menos, só, somente. a + aquilo = àquilo
todos os terminados em –mente • designação: eis. de + aquela = daquela
(rapidamente, velozmente, alegre- • situação: então, mas, se. de + aquelas = daquelas
mente, popularmente etc.). • realce: mas, é que, é porque. de + aquele = daquele
• retificação: isto é, aliás etc. de + aqueles = daqueles
• de negação: não, absolutamente, de + essa = dessa
tampouco. PREPOSIÇÃO de + essas = dessas
de + esse = desse
• de intensidade: bastante, muito, I – CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO de + esses = desses
pouco, demais, mais, meio, menos, de + isso = disso
tanto, tão, quase, quanto etc. de + esta = desta
de + estas = destas
• de tempo: agora, ainda, amanhã, de + este = deste
anteontem, ontem, antes, breve, de + estes = destes
cedo, depois, então, hoje, sempre, de + isto = disto
logo, nunca, já, tarde, diariamente em + aquele = naqueles
etc. em + aqueles = naqueles
em + aquela = naquelas
III – EMPREGO Preposição é uma palavra invariá- em + aquelas = naquelas
vel, que liga palavras entre si, es- em + aquilo = naquilo
O advérbio pode se prender a nomes tabelecendo uma subordinação da em + esse = nesse
ou pronomes e, por isso, pode ser um segunda pela primeira. A preposi- em + esses = nesses
advérbio nominal ou pronominal. ção poder ser: em + essa = nessa
• Advérbios nominais: geralmen- • Essencial: palavra que só tem fun- em + essas = nessas
em + isso = nisso
te formados por adjetivo + sufixo ção de preposição. em + este = neste
-mente. Ex.: a, de, para, por, com, sem, sob, em + estes = nestes
Ex.: agradavelmente (= de modo entre. em + esta = nesta
agradável) • Acidental: palavra que assume ou- em + estas = nestas
tras funções além de preposição. em + isto = nisto
• Advérbios pronominais: Ex.: conforme, visto, como, fora,
– relativos: onde, em que, quando, mediante etc. d) com pronome pessoal:
como (por que). Esses advérbios de + ela = dela
figuram como ligação entre duas II – COMBINAÇÃO E CONTRAÇÃO de + elas = delas
orações. de + ele = dele
– demonstrativos: aqui, lá, cá, aí. A preposição pode combinar-se com de + eles = deles
– indefinidos: que, muito, pouco. palavras de outras classes grama- em + ele = nele
– interrogativos: onde?, quando?, ticais: em + eles = neles
como? por quê? em + ela = nela
em + elas = nelas
IV – LOCUÇÕES ADVERBIAIS E a) com artigo definido:
e) com advérbio:
PALAVRAS DENOTATIVAS Masculino Feminino de + aí = daí
de + aqui = daqui
Locução adverbial é uma expressão a + o = ao a+a=à de + ali = dali
formada por preposição + substantivo a + os = aos a + as = às
e que tem função de advérbio. em + o = no em + a = na
em + os = nos em + as = nas
Ex.: de + o = do de + a = da; de
Ele executava a tarefa em silên- de + os = dos + as = das
cio. (= silenciosamente) prep. + para + o = pro para + a = pra
subst. para + os = pros para + as = pras
• Outras locuções adverbiais: com
certeza, com honestidade, à direita,
124
LÍNGUA PORTUGUESA
BLOCO 2
EXERCÍCIOS
FICHA 1 – ESTRUTURA c) radical fareja – vogal temática a – sufixo ndo
d) tema farej – radical fareja – sufixo ndo
DAS PALAVRAS
1. (UFAL) Tendo em vista a estrutura das palavras, o ele- 5. (ITA) Com relação ao poema, é CORRETO afirmar que:
mento sublinhado está incorretamente classificado
nos parênteses em:
“Beijo pouco, falo menos ainda. / Mas invento palavras
/ Que traduzem a ternura mais funda / E mais cotidia-
na. / Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. / Intransi-
a) velha (desinência de gênero) tivo: / Teadoro, Teodora.”
b) legalidade (vogal de ligação)
(Manuel Bandeira)
c) perdeu (tema)
d) organizara (desinência modo-temporal) a) o verbo “teadorar” e o substantivo próprio “Teodo-
e) testemunhei (desinência número-pessoal) ra” são palavras cognatas, pois possuem o mesmo
radical.
2. (UFMG) “Achava natural que as gentilezas da esposa b) as classes das palavras que compõem a estrutura do
chegassem a cativar um homem.” Os elementos cons- vocábulo “teadorar” são pronome e verbo.
titutivos da forma verbal grifada estão analisados cor-
retamente, exceto: c) o verbo “teadorar”, por se tratar de um neologismo, não
possui morfemas.
a) cheg – radical d) a vogal temática dos verbos “beijo”, “falo”, “invento” e
b) a – vogal temática “teadoro” é a mesma, ou seja, “o”.
c) chega – tema 6. (PUC-RJ) Indique em que par de palavras abaixo encon-
d) sse – sufixo formador de verbo tramos prefixos com os mesmo sentidos presentes em
e) m – desinência número-pessoal “alargando” e “incrédulo”.
3. (TRE) O elemento mórfico sublinhado não é desinência a) ajoelhando / introduzir
de gênero, que marca o feminino, em: b) acomodando-se / injetável
c) amaciando / infalível
a) tristonha d) alistando-se / indiferente
b) mestra e) abstendo-se / impassível
c) telefonema
d) perdedoras 7. (Univ. Alfenas-MG) Assinale a alternativa que contém a
e) loba correspondência correta entre o composto de origem
grega e o seu significado.
4. (ITA) “Farejando” apresenta em sua estrutura:
a) radical farej – vogal temática a – tema fareja – desinên- a) anarquia = falta de cabeça 125
b) aristocracia = governo dos plebeus
cia ndo c) teocracia = governo de religiosos
b) radical far – tema farej – vogal temática e – desinência
ndo
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM d) oligarquia = governo de um pequeno grupo 12. (TC) O processo de formação das palavras grifadas
e) plutocracia = governo exercido por estrangeiros não está corretamente indicado em:
8. (UM-SP) Dentre as alternativas abaixo, assinale aque- a) As grandes decisões saem do Planalto. (composição por
la em que ocorrem dois prefixos que dão ideia de ne- justaposição)
gação.
b Sinto saudades do meu bisavô. (derivação prefixal)
a) impune, acéfalo c) A pesca da baleia deveria ser proibida. (derivação re-
b) pressupor, ambíguo
c) anarquia, decair gressiva)
d) importar, soterrar d) Procuremos regularmente o dentista. (derivação sufixal)
e) legal, refazer e) As dificuldades de hoje tornam o homem desalmado.
(derivação parassintética)
13. (TC) O processo de formação da palavra sublinhada
está incorretamente indicado nos parênteses em:
9. (UFPel-RS) Os vocábulos da primeira coluna possuem a) Só não foi necessário o ataque porque a vitória estava
prefixos latinos; os da segunda, prefixos gregos. A al- garantida. (derivação parassintética)
ternativa em que os dois prefixos não se correspondem
semanticamente é: b) O castigo veio tão logo se receberam as notícias. (com-
posição por justaposição)
a) subdesenvolvimento / sintonia
b) ambidestro / anfíbio c) Foram muito infelizes as observações feitas durante o
c) previsão / programa comício. (derivação prefixal)
d) infiel / anêmico
e) transparente / diálogo d) Diziam que o vendedor seria capaz de fugir. (derivação
sufixal)
e) O homem ficou boquiaberto com as nossas respostas.
(composição por aglutinação)
10. (UNIRIO-RJ) Marque a opção correta quanto à classifi- 14. (TJ) Tendo em vista o processo de formação de pala-
cação dos elementos mórficos destacados nos vocá- vra, todos os vocábulos abaixo são parassintéticos,
bulos abaixo. exceto:
a) mundo: desinência de gênero a) entardecer
b) sagacidade: sufixo formador de substantivo b) despedaçar
c) compõem: vogal temática c) emudecer
d) destroem: desinência modo-temporal d) esfarelar
e) amor: radical e) negociar
11. (UFRJ) Assinale a alternativa, cujo prefixo -sub tem o 15. (CM) É exemplo de palavra formada por derivação pa-
sentido de posteridade. rassintética:
a) sublinhar a) pernalta
b) subsequente b) passatempo
c) subdesenvolvido c) pontiagudo
d) subjacente d) vidraceiro
e) submisso e) anoitecer
126
16. Todas as palavras abaixo são formadas por derivação, 21. (ITA) Está INCORRETO afirmar que: LÍNGUA PORTUGUESA
exceto:
a) “malcheiroso” é formada por prefixação e sufixação
a) esburacar b) “televisão” é formada por prefixação que significa ao
b) pontiagudo
c) rouparia longe
d) ilegível c) “folhagem” é formada por derivação sufixal que significa
e) dissílabo
noção coletiva
d) em “amado” e “malcheiroso”, ambos os sufixos signifi-
cam provido ou cheio de
17. (UCMG) O processo de formação de palavras é o mes- 22. (FATEC-SP) Observe os termos destacados das frases
mo em: a seguir:
a) desfazer, remexer, a desocupação I. É bom lembrar que os césares contemporâneos vêm
b) dureza, carpinteiro, trabalho efetivamente tentando impor uma ruptura conservadora
c) enterrado, desalmado, entortada diante de grave impasse socioeconômico.
d) machado, arredondado, estragado
e) estragar, olho, sustento II. Os críticos, mesmo os mais autorizados, refugiam-se,
superficialmente, em considerações de moral política
18. (TC) O processo de formação da palavra “amaciar” (fisiologismo, oportunismo, narcisismo, ilegitimida-
está corretamente indicado em: de...).
a) parassíntese III. A laranja ajuda a regular o metabolismo e a combater
b) sufixação a anemia. Muita gente desconfia do valor nutritivo do
c) prefixação suco pronto para beber em comparação com a laranja
d) aglutinação espremida na hora.
e) justaposição
IV. Sabemos que Minas, Paraná e São Paulo, os Estados
19. (TJ) O processo de formação de palavras está indicado que levaram a sério o desafio de melhorar suas escolas
corretamente em: primárias, são justamente aqueles que estão disparan-
do na frente.
a) barbeado: derivação prefixal e sufixal
b) desconexo: derivação prefixal Os vocábulos destacados são formados pelos processos:
c) enrijecer: derivação sufixal
d) passatempo: composição por aglutinação a) I. sufixação; II. aglutinação; III. sufixação; IV. derivação
e) pernilongo: composição por justaposição imprópria
b) I. sufixação; II. justaposição; III. parassíntese; IV. prefi-
xação
c) I. derivação imprópria; II. sufixação; III. sufixação; IV. de-
rivação regressiva
d) I. derivação imprópria; II. sufixação; III. prefixação; IV. de-
rivação regressiva
e) I. sufixação; II. justaposição; III. sufixação; IV. prefi-
xação
20. (CP) Apenas um dos itens abaixo contém palavra que 23. (Univ. Alfenas-MG) O infinitivo correspondente à forma
não é formada por prefixação. Assinale-o. verbal “negrejava” está formado por:
a) anômalo e analfabeto a) derivação imprópria
b) átono e acéfalo b) derivação parassintética
c) ateu e anarquia c) derivação sufixal
d) anônimo e anêmico d) derivação regressiva
e) anidro e alma e) composição
127
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM 24. (UF-MG) Em que alternativa a palavra sublinhada resul- d) quietação, sabonete, nadador
ta de derivação imprópria?
e) religião, irmão, solidão
a) Às sete horas da manhã começou o trabalho principal: a 29. (VUNESP) As palavras “perda”, “corredor” e “saca-ro-
votação. lhas” são formadas respectivamente, por:
b) Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo...Voto Se- a) derivação regressiva, derivação sufixal, composição por
creto... Bobagens, bobagens! justaposição
c) Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições continu- b) derivação regressiva, derivação sufixal, derivação paras-
ariam sendo uma farsa! sintética
d) Não chegaram a troca um isto de prosa, e se entende- c) composição por aglutinação, derivação parassintética,
ram. derivação regressiva
e) Dr. Osmírio andaria desorientado , senão bufando de raiva. d) derivação parassintética, composição por justaposição,
composição por aglutinação
25. (Univ. Alfenas-MG) Assinale a alternativa que contém,
ordem, o nome do processo de formação das seguin- e) composição por justaposição, composição por aglutina-
tes palavras nessa ordem: “ataque”, “tributária” e “ex- ção, derivação prefixal
patriar”.
a) prefixação, sufixação, derivação imprópria 30. (UFPR) A formação do vocábulo destacado na expres-
b) derivação imprópria, sufixação, parassíntese são “o canto das sereias” é:
c) prefixação, derivação imprópria, parassíntese
d) derivação regressiva, sufixação, prefixação e sufixação a) composição por justaposição
e) derivação regressiva, sufixação, parassíntese b) derivação regressiva
c) derivação sufixal
26. (ESALq-SP) São palavras formadas por prefixação: d) palavra primitiva
e) derivação prefixal
a) luminoso, fraternidade
b) liberdade, sonhador 31. (CPCAR) O termo destacado é um substantivo desem-
c) conselheiro, quimado penhando função adjetiva em:
d) linguagem, escravidão
e) percurso, ingrato a) “Vovô, o senhor é um monstro!”
b) “Vocês me deixam esbodegado...”
27. (ACAFE-SC) Quanto à formação de palavras, aponte o c) “Que fim se pode dar a velhos implicantes?”
exemplo que não corresponde à afirmação: d) “E sem empregadas, sua presença ainda é mais ter-
a) infeliz – derivação prefixal rível.”
b) inutilmente – derivação prefixal e sufixal
c) couve-flor – composição por justaposição 32. (CPCAR) Nas seguintes frases, a expressão destacada
d) planalto – composição por aglutinação foi corretamente substituída por pronomes oblíquos,
e) semideus – composição por aglutinação EXCETO em:
28. (FUVEST-SP) Foram formadas pelo mesmo processo a) “No trocar de roupa, atira ao chão as peças usadas.”
as seguintes palavras: (= No trocar de roupa, atira-as ao chão.)
a) vendavais, naufrágios, polêmicas b) “A obrigação dos pais é acompanhar as filhas...” (= A
b) descompõem, desempregados, desejava obrigação dos pais é acompanhar-lhes.)
c) estendendo, escritório, espírito
c) “As netas adolescentes recebem amigos.” (= As netas
128 adolescentes recebem-nos.)
d) “Que fim se pode dar a velhos implicantes?” (= Que fim
se pode dar-lhes?)
33. (CPCAR) Em todas as alternativas abaixo, o pronome c) masculino – feminino – masculino – masculino LÍNGUA PORTUGUESA
que, em destaque, está corretamente interpretado, d) feminino – masculino – masculino – masculino
EXCETO em: e) feminino – feminino – masculino – masculino
a) “Cordulina, que vinha quase cambaleando, sentou-se 37. (CESGRANRIO) Assinale a opção, cujo adjetivo com-
numa pedra...” (que = Cordulina); posto não se flexiona como “latino-americano” (países
latino-americanos).
b) “Vicente contava agora a história de uma mulher que
endoidecera...” (que = uma mulher);
c) “... provavelmente, Vicente nunca lera o Machado ... a) vice-presidente
Nem nada do que ela lia.” (que = nada) b) histórico-geográfico
c) herói-cômico
d) “Eu vim falar ao senhor mode um filho meu, que desde
ontem tomou sumiço.”(que = um filho meu).
34. (TC) O plural da expressão “bandeira rubro-negra” está d) cívico-religioso
correto em:
e) vermelho-sangue
a) bandeiras rubras-negras 38. (UCMG) O nome grifado funciona como substantivo em:
b) bandeiras rubra-negras a) Aos quinze anos ele ainda parecia menino.
c) bandeiras rubro-negras b) O coração aqui no peito de Irapuã ficou tigre.
d) bandeiras rubros-negra c) Os animais querem andar mais ligeiro.
e) bandeiras rubro-negra d) Passaram próximo a um porto.
35. (TC) A opção em que o superlativo sintético está IN- e) Tem nos olhos o azul triste das águas profundas.
CORRETO é: 39. (UCMG) O nome composto entre parênteses deverá
a) cruel – cruelíssimo permanecer invariável para preencher corretamente a
b) difícil – dificílimo lacuna em:
c) notável – notabilíssimo a) E os escorpiões, perseguidos pela correição das
d) atroz – atrocíssimo , pulavam no terreiro. (lava-pés)
e) sério – seriíssimo
b) E os construíram casa nova. (joão-de-
-barro)
36. (TRT) Escolha a alternativa, cujos gêneros, pela or- c) No meio das rasas relvas , uma poldra: dei-
dem, correspondem aos seguintes vocábulos: “alface”, tada sobre sua sombra. (verde-água)
“grama” (peso), “dó” (nota musical) e “telefonema”.
d) Pensa à toa, como os que debicam
na terra ciscada pelas galinhas. (tico-tico)
a) masculino – feminino – masculino – feminino e) Tobias da Venda jogou a carga no chão e correu ao en-
b) feminino – feminino – masculino – feminino contro dos (recém-chegado)
Respostas:
Ficha 1: 1 - c; 2 - d; 3 - c; 4 - a; 5 - b; 6 - c; 7 - d; 8 - a; 9 - a; 10 - b; 11 - b; 12 - a; 13 - a; 14 - e; 15 - e; 16 - b; 17 - c;
18 - a; 19 - b; 20 - e; 21 - b; 22 - d; 23 - d; 24 - d; 25 - e; 26 - e; 27 - e; 28 - d; 29 - a; 30 - b; 31 - a; 32 - b; 33 - c; 34 - c;
35 - a; 36 - d; 37 - e; 38 - e; 39 - c
129
LÍNGUA PORTUGUESA
BLOCO 3
SINTAXE
FICHA I – ANÁLISE SINTÁTICA – somente uma forma verbal.
Ex.: O menino chegou apressado.
Leia a frase: O que você faz pelo planeta?
– duas ou mais formas verbais que
constituem uma locução verbal.
Obs.: Locução verbal é formada por
dois ou mais verbos com valor de um
só verbo.
Ex.: Poderiam ter vindo mais rápido.
locução verbal = verbo auxiliar + verbo principal
Ex.: Vou comprar.
↓↓
auxiliar + principal
Estou estudando.
↓↓
auxiliar + principal
Ao observarmos a imagem apresenta- I – IMPORTANTES DEFINIÇÕES PARA 3. Período
da é possível analisar o sentido expres- USO NA ANÁLISE SINTÁTICA: É um enunciado formado por uma
so pela linguagem verbal – na qual são oração (período simples) ou mais ora-
utilizadas palavras – e pela linguagem 1. Frase ções (período composto), ou seja, uma
não verbal – expressa por imagens, co- É qualquer enunciado que possua frase organizada em orações.
res etc. A utilização da linguagem ver- significado, sendo constituído de O período pode ser:
bal e não verbal produz sentido, a fim uma ou mais palavras. Pode ter ou
de atingir um ou mais objetivos: divul- não verbos. • Simples: quando é formado por
gar uma ideia, apresentar uma ação, uma só oração.
vender um produto, entre outros. Ex.: Quietos! (frase sem verbo) Ex.: As estradas estavam cheias no
As crianças choram. (frase com feriado.
Além de interpretarmos o texto, po- verbo)
demos fazer uma análise da estrutu- Nesse caso, a única oração do perío-
ra e das relações entre as palavras 2. Oração do é chamada oração absoluta.
de uma frase. A parte da gramática É uma frase que possui verbo (ou lo-
que estuda essa relação é conhecida cução verbal). A frase “O que você faz • Composto: quando é formado por
como “sintaxe”. pelo planeta?”, apresentada na capa duas ou mais orações.
da revista, é considerada uma oração, Ex.: Ana colocou o casaco, pegou a
A análise sintática tem como objetivo pois possui verbo (faz). bolsa e saiu sem pressa.
examinar a estrutura de organização A oração contém:
dos enunciados, com base na decom- Para ser analisado, o período deve
posição dos elementos que consti- ser dividido em orações e, para identifi-
tuem a frase. car uma oração, é necessário verificar
o verbo que a compõe.
130
(1 oração = 1 verbo, 2 orações = 2
verbos, etc.)
Ex.: Mariana entrou em casa de-
pois da hora combinada, levou uma
bronca do pai e trancou-se em seu
quarto. (3 orações, pois há 3 ver-
bos no período)
A frase apresentada na propaganda • Sujeito indeterminado: quando não A arte enriquece a vida LÍNGUA PORTUGUESA
é classificada como período simples, já é identificável. ↓↓
que apresenta um único verbo: Ex.: Quebraram a vidraça.
sujeito predicado
“O que você faz pelo planeta?” O sujeito indeterminado ocorre em
dois casos: O predicado é uma afirmação (ou ne-
FICHA 2 – ANÁLISE – Verbo na 3ª pessoa do plural, sem gação) que se faz sobre o sujeito; por-
tanto, é tudo que, numa oração, não é
SINTÁTICA DA ORAÇÃO referência a nenhum sujeito ex- o sujeito.
presso.
I – TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO Ex.: Alugaram a casa da esquina. Ex.:
– Verbo na 3ª pessoa do singular + índi-
a) Sujeito ce de indeterminação do sujeito (se). Um caminhão atropelou dez
Releia a frase: Ex.: Precisa-se de funcionário. desgovernado pessoas num
ponto de ônibus.
sujeito predicado
O que você faz pelo planeta? • Sujeito inexistente: aparece em Dica: Para separar sujeito e predica-
orações com verbos impessoais, do numa oração, pergunte:
Ao observarmos a estrutura dessa como fazer, haver (com sentido de
frase, verificamos que há uma interro- acontecimento ou tempo), ser (com Quem + verbo?
gação em relação à palavra “planeta”. sentido de espaço), chover, nevar, A resposta será o sujeito, e o restante
Nesse caso, a frase interrogativa ques- trovoar. da oração será o predicado.
tiona ao leitor e o leva a refletir sobre Ex.:
sua postura em relação à preserva- Haverá uma reunião neste salão no Ex.: Tobias comeu toda a torta de
ção ambiental. Na análise sintática, próximo sábado. morango.
chama-se de sujeito o termo da oração Há muito tempo estou com essa Quem comeu?
(pessoa ou coisa) sobre o qual se faz ideia na cabeça. R.: Tobias = sujeito
um questionamento (ou afirmação ou Faz dois dias que Jorge não vai à
negação). Na frase observada, o sujei- escola. comeu toda a torta de morango
to é a palavra “você”. São 3 km de praia ininterrupta. = predicado
Neva o dia inteiro em Bariloche.
Tipos de sujeito: Trovejou muito à noite. Obs.: O predicado caracteriza-se por
• Sujeito simples: possui somente possuir um verbo.
Obs.: As orações com sujeito inexistente
um núcleo (que pode ser singular denominam-se orações sem sujeito. Tipos de predicado:
ou plural). • Predicado nominal: quando o ele-
Ex.: Maria foi à feira. • Sujeito oculto ou elíptico: ocorre
Os gatos fizeram barulho durante quando o sujeito é omitido (por elip- mento principal do predicado é um
toda a noite. se), mas é identificável pela desi- nome. É formado por um verbo de
Os rapazes foram ao baile. ligação e um predicativo.
Ela sabia de toda a verdade.
nência verbal. Predicativo é a atribuição que o verbo
• Sujeito composto: possui dois ou Ex.: Infelizmente tomamos o ôni- de ligação dá ao sujeito ou ao objeto –
mais núcleos (que podem estar no bus errado. ↓ direto ou indireto.
singular ou no plural). desinência
Ex.: Mário e Teresa vão casar na verbal da 1ª pessoa do plural: nós Ex.:
Igreja de Santa Rita. O sócio de Antônio é casado.
Eu e Juca brigamos. Naquela manhã não acertei o alvo.
Os carros e caminhões congestio- ↓ ↓ ↓↓
nam o trânsito daquele bairro.
Cães e gatos fugiram juntos do in- desinência verbal da 1ª pessoa do sujeito verbo de lig. pred. do suj.
cêndio. singular: eu
Existem dois tipos de predicativo:
• Sujeito determinado: quando é identifi- b) Predicado • Predicativo do sujeito: refere-se
cável. Pode ser simples ou composto. Agora, leia a frase abaixo:
ao sujeito da oração. É usado:
– Sujeito determinado simples:
Ex.: Ela é bonita. A arte enriquece a vida. com verbo de ligação (em predica-
Nós vamos ao teatro. dos nominais):
– Sujeito determinado composto: Nessa frase, pode-se notar que há Ex.: O cachorro estava sujo.
Ex.: Rafael e Márcia são amigos antigos. uma afirmação sobre o sujeito simples ↓ ↓↓
Eu e eles iremos viajar. “a arte”. Essa informação é a de que
a arte “enriquece a vida”. O termo da sujeito verbo predicativo
oração que afirma algo sobre o sujeito de ligação do sujeito
(ação, qualidade ou estado) é chama-
do predicado. Nesse caso, temos a se- A toalha é amarela.
guinte estrutura na oração: ↓ ↓↓
sujeito verbo de pred. do suj.
ligação
131
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM II – TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
1. Adjunto adverbial
Leia a tira a seguir:
Fonte: <www.terra.com.br/niquel/niquel2/bau/15.htm>
Nessa tira, pode-se notar que o rato – Modo Este homem vive para o trabalho.
e a baratinha são iludidos por uma em- Ex.: Comeu apressadamente. ↓
balagem na qual há o desenho de um
gato. No último quadrinho, a baratinha ↓ adj. adv. de finalidade
afirma que o rato não pode sair, pois
o gato ainda não foi embora. Para fa- adj. adv. de modo – Dúvida
zer referência ao local em que o gato Ex.: Talvez ela goste desta música.
está, a baratinha utiliza o termo “lá”. – Tempo ↓
Nessa mesma oração, é utilizado o ter- Ex.: Ontem os dois amigos conver-
mo “ainda”, expressando a noção de saram na aula. adj. adv. de dúvida
tempo.
Ontem adj. adv. de tempo – Negação
Na frase “O gato faminto ainda está Ex.: Não gostei daquela mulherzinha.
lá”, os termos “lá” e “ainda” relacio- os dois amigos ↓
nam-se ao verbo “estar”, expressando conversaram na
noção de espaço e tempo. adj. adv. de negação
aula.
Os termos que modificam ou inten-
sificam o sentido de um verbo ou de O gato faminto ainda está lá. Não desejo mal a ninguém.
um predicado, atribuindo-lhes uma cir- ↓ ↓
cunstância, é chamado de adjunto ad-
verbial. Na tira lida, os termos “ainda” adj. adv. de tempo adj. adv. de negação
e “lá” são adjuntos adverbiais.
– Lugar – Intensidade
O adjunto adverbial pode ser repre- Ex.: Ex.: A noiva o ama demais.
sentado por: Os capangas estão na cidade.
• Um advérbio ↓ ↓
Ex.: adj. adv. de lugar adj. adv. de intensidade
Renata respondeu nervosamente
↓ ↓ O gato faminto ainda está lá. – Meio
↓
Ex.: Pegaremos nosso dinheiro
adj. adv. de lugar nem que seja a unha.
↓
verbo adjunto – Causa
adverbial Ex.: Experimentaram os doces adj. adv. de meio
às perguntas. de modo por gula.
– Companhia
• Uma locução adverbial ↓
Ex.: Ex.: Minhas colegas viajaram comigo.
Luciano saiu com seus colegas. adj. adv. ↓
de causa
↓ ↓ adj. adv. de companhia
verbo adjunto adverbial – Finalidade pararam – Afirmação
de companhia Ex.: Com certeza Ana estava er-
Ex.: Os trabalhadores rada.
O advérbio ou adjunto adverbial ex- para o almoço. ↓
pressa ideias de:
↓ adj. adv. de afirmação
132
adj. adv. de finalidade
Sem dúvida ela é muito bonita. Ei, garçom, pode me trazer uma cerveja? LÍNGUA PORTUGUESA
↓
Ei, interjeição
adj. adv. de afirmação garçom, vocativo
pode me trazer
– Assunto uma cerveja
Ex.: O professor falava de mate-
mática. FICHA 3 – ANÁLISE
SINTÁTICA DO PERÍODO
↓
Leia a tira a seguir:
adj. adv. de assunto
adj. subst.
2. Aposto adn.
(pron. demon.)
Termo associado a um nome, que o Fonte: <www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira96.htm>
explica, desenvolve ou resume. Geral-
mente, vem colocado entre vírgulas (ou
depois de uma vírgula, dois pontos ou
travessão).
Ex.: José, dono da fazenda,
↓
aposto
não estava contente com sua pro-
dução de arroz.
O aposto pode ser: Nessa tira, podemos notar que os Os policiais perseguiram os ladrões.
• Explicativo: quando explica o nome. personagens Cascão e Mônica se
divertem com as possibilidades de ↓
Ex.: Fernando Henrique Cardoso, período simples/oração absoluta
ex-presidente do Brasil, é formado manuseio oferecidas pela cama hos-
em Sociologia. pitalar.
• Enumerativo: quando enumera (de- Na primeira fala de Mônica: “E pra lá 2. Período composto: formado por
senvolve) o nome e a ele equivale. ela desce”, verifi ca-se a presença de duas ou mais orações.
Ex.: As crianças esperam dos um verbo (desce). Já na segunda fala
adultos: carinho, atenção, amor. de Mônica: “Nunca pensei que fosse Na tira, a frase “Nunca pensei que
• Resumidor: quando sintetiza o tão divertido fazer visita em hospital”, fosse tão divertido fazer visita em
nome. observa-se a existência de dois verbos hospital” é classifi cada como período
Ex.: No carnaval, bebida, alegria, e de uma locução verbal (pensei/fos- composto, pois apresenta dois verbos
confusão, tudo vale. se/fazer visita). e uma locução verbal verbo; portanto,
• Distributivo: apresenta três orações.
Ex.: João e Pedro são bons alunos: Ex.:
aquele em matemática e este em De acordo com o número de verbos Nunca pensei que fosse tão diver-
português. presentes em uma frase, podem ocor- tido fazer visita em hospital
rer dois tipos de período:
• Aposto de oração: quando se refere 1. Período simples: formado por ape- Período Composto
a toda uma oração. nas uma oração, chamada de ab-
Ex.: Luísa mal comia, sinal de sua soluta. 1ª Nunca pensei
tristeza. Oração
• Especifi cativo: quando restringe o Na tira, a frase “E pra lá ela desce” 2ª que fosse tão
ser. é classifi cada como período simples, Oração divertido
Ex.: Oceano Atlântico pois apresenta um único verbo, portan- 3ª fazer visita no
Vale do Paraíba to apresenta uma única oração. Oração hospital
Obs.: Período = Frase André almoçou, vestiu o casaco e
saiu apressado.
3. Vocativo: Ex.:
Termo que não faz parte da oração e, Os trabalhadores Período Composto
por esse motivo, vem sempre isolado.
Serve para chamar, invocar e nomear fizeram → período simples/
o ser, sendo sempre marcado por vír-
gulas (pausa). Pode ser precedido por a reunião no oração absoluta 1ª André almocou
uma interjeição. galpão da escola. Oração
Ex.: Nasceu o filho de Luzia. 2ª vestiu o casaco
Ó, Jesus, por que tanto sofrimento? ↓ Oração
↓ ↓
período simples/oração absoluta 3ª e saiu apressado
interj. vocativo Oração
133
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM No período composto, existem três tivo oracional, podem aparecer vírgu- – Aditiva: expressa a ideia de soma,
tipos de orações: la, ponto e vírgula ou dois-pontos. adição.
– oração principal Ex.: O tempo passa, Ex.:
– oração coordenada a vida continua a mesma. Edgar tomou o remédio e depois se
– oração subordinada 2 Orações coordenadas assindé- deitou.
• Oração principal: é a oração que ticas
Obs.: Nesse caso, não há oração prin- Edgar tomou o oração coordenada
detém a ideia principal do perío- cipal. remédio assindética
do, não desempenhando nenhuma Sérgio gritou
função sintática em relação às ou- chorou, e conjunção aditiva
tras orações. sofreu à toa.
• Oração coordenada: coloca-se ao 3 Orações coordenadas assindéticas depois se deitou. oração coordenada
lado da oração principal, mas não sindética aditiva
desempenha nenhuma função sin-
tática em relação a ela. Tomás não fez a tarefa nem procurou
• Oração subordinada: tem função fazê-la.
sintática (de sujeito, objeto direto,
objeto indireto, adjunto adverbial, Tomás não fez a oração coordenada
adjunto adnominal, complemento tarefa assindética
nominal, agente da passiva ou apos-
to) em relação à oração principal. • Orações coordenadas sindéticas: nem conjunção aditiva
orações introduzidas por conjunção
Assim, de acordo com a natureza das coordenativa (conectivos). procurou fazê-la. oração coordenada
orações que o compõem, o período Ex.: sindética aditiva
pode ser: composto por coordenação Doe e ajude 11 mil crianças em Pa-
ou composto por subordinação. raisópolis. Principais conjunções e locuções adi-
tivas:
a) Período composto por Doe oração coordenada
coordenação assindética e
nem ( e não)
O período composto por coordenação e conjunção coordenativa também
é formado por orações independentes não só... mas também
que se justapõem ou se ligam umas às tanto...quanto
outras (por meio de uma conjunção co- assim... como
ordenativa) sem função sintática. Tra-
ta-se de orações autônomas que pos- ajude 11 mil oração coordenada – Adversativa: expressa a ideia de
suem, cada uma, um sentido próprio. crianças de sindética contrariedade, adversidade.
Paraisópolis.
Ex.: Ex.:
Doe e ajude 11 mil crianças. O tempo passa mas a vida continua João esforçou-se muito mas não foi
a mesma. compreendido.
↓↓
João esforçou-se oração coordenada
1ª oração + 2ª oração muito assindética
O tempo passa, oração coordenada mas conjunção adversativa
assindética
não foi
compreendido. oração coordenada
sindética adversativa
mas conjunção coordenativa Fugi, ainda assim não me libertei.
}} a vida continua oração coordenada Fugi, oração coord. assind.
período composto por coordenação a mesma. sindética ainda assim conj. adversativa
Maria assistiu ao filme, sofreu e chorou. não me libertei. oração coord.
↓ ↓↓ sindética adversativa
1ª oração + 2ª oração + 3ª oração = Sérgio gritou e chorou mas sofreu Principais conjunções
à toa. adversativas:
período composto por coordenação mas
Sérgio gritou oração coordenada porém
e assind
conj. coord.
O período acima possui três orações chorou, oração coord. todavia
coordenadas. mas sindética entretanto
contudo
conj. coord.
As orações coordenadas podem ser: sofreu à toa. oração coordenada no entanto
sindética senão
• Orações coordenadas assindéticas: De acordo com a conjunção que a ainda assim
orações que não são introduzidas inicia, a oração coordenada sindética – Alternativa: expressa ideias alter-
por uma conjunção coordenativa pode ser:
nadas.
134 (são justapostas). No lugar do conec-
Ex.: 1. Vírgula: indicação de uma pequena • Para separar orações coordenadas LÍNGUA PORTUGUESA
Eles itão viajar, quer queira, quer pausa, em que a voz fica em suspen- assindéticas.
não queira. so, para logo depois retomar a conti- Ex.: João pulou, a menina gritou, to-
nuação do período. Usa-se a vírgula: dos olharam.
Eles irão viajar, oração coordenada
quer queira, assindética a) no interior de uma oração, para des- c) em datas e endereços:
tacar: Ex.: São Paulo, 1º de janeiro de
quer não queira. oração coordenada 1996.
sindética • Conjunções Rua Senador Queiroz, 1275.
Ex.: Chovia muito, a cidade, entre-
alternativa tanto, não estava alagada.
oração coordenada
sindética alternativa
quer... quer = conjunções alternativas • Adjuntos adverbiais d) em elipses (omissão de um termo já
Ex.: Os rapazes estiveram, com declarado):
FICHA 4 – PONTUAÇÃO certeza, passando férias aqui. Ex.:
Alguns acreditavam na amizade;
Leia o texto a seguir: • Apostos outros, no dinheiro.
Ex.: Erundina, candidata a prefei-
O testamento ta, fará um comício no domingo. 2. Ponto: indica pausa maior que a
da vírgula, marcando fim de uma
Um milionário redigiu seu testa- • Expressões explicativas (isto é, por oração.
mento desta forma: exemplo, quer dizer, ou melhor etc.). Ex.: “Deolindo não quis ouvir mais
“Deixo a minha fortuna para o meu Ex.: Mariana dizia a verdade, isto é, nada. A velha Inácia, um tanto ar-
irmão não para o meu sobrinho ja- parecia dizer a verdade. rependida, ainda lhe deu avisos
mais para o meu advogado nada de prudência, mas ele não escu-
para os pobres.” • Adjunto adverbial no início da frase. tou e foi andando (...)” (Machado
Como se vê, ninguém entendeu, Ex.: Aqui, todos gostam de cinema. de Assis)
porque não há nenhuma pontua-
ção e houve enorme confusão en- • Vocativos 3. Ponto e vírgula: indica uma pausa
tre os interessados na herança. Ex.: Vamos, Maria, estou com pres- um pouquinho maior que a da vírgu-
O irmão achou que o certo seria sa! la, servindo para separar orações
assim: com relação de sentido, deixando-
“Deixo minha fortuna para o meu b) entre orações: as num mesmo período.
irmão; não para o meu sobrinho, • Para separar orações subordinadas Ex.: “Tínhamos falado de viagens;
jamais para o meu advogado, nada eu contei-lhe a vida do sertão cea-
para os pobres.” adverbiais (principalmente quando rense (...)” (Machado de Assis)
Veio o sobrinho e disse que o certo aparecem antes da O.P).
era: Ex.: Embora não fosse feliz, Luísa 4. Dois-pontos: usados para introduzir:
“Deixo a minha fortuna: para o meu estava sempre sorrindo. a) uma citação:
irmão, não; para o meu sobrinho;
jamais para o meu advogado, nada Embora não oração subordinada Ex.:
para os pobres.” fosse feliz, adverbial concessiva “Logo no primeiro dia ficara muito
Por sua vez, o advogado sustentou surpreendido quando Julian lhe dis-
que a redação era: Luísa estava O.P. se: ‘Está com um sujeito! Um rapaz
“Deixo a minha fortuna: para o sempre sorrindo. novo que cá já esteve ontem!’” (Eça
meu irmão, não; para o meu sobri- de Queirós)
nho, jamais; para o meu advogado, • Para separar orações adverbiais b) uma explicação ou desenvolvimento
nada para os pobres.” reduzidas (quando aparecem antes de uma ideia:
Finalmente, um defensor dos pobres da O.P.). Ex.:
disse que o certo na realidade era: Ex.: Avião cai em São Paulo: 98 mortos.
“Deixo a minha fortuna: para o Terminada a festa, o povo saiu. c) fala direta de uma personagem (pre-
meu irmão, não; para o meu sobri- ↓ ↓ cedem o travessão):
nho, jamais; para o meu advogado, Ex.:
nada; para os pobres.” Oração subordinada adverbial O.P. “Uma mulher chegou-se para mim,
temporal reduzida de particípio e toda cheia de brandura:
Fonte: http://www.nlnp.net/pontuac.htm – Que menino bonitinho! Onde está
• Para isolar orações subordinadas a sua mãe, meu filho?”
Ao lermos esse texto, é possível veri- adjetivas explicativas. (José Lins do Rego)
ficar como determinada utilização dos Ex.:
sinais de pontuação pode modificar Antônia, que era feliz, não se preo- 5. Reticências: indicam uma interrup-
seu sentido. Os sinais de pontuação fo- cupava com esses detalhes. ção da frase. São usadas para:
ram empregados conforme a intenção
de cada um dos possíveis herdeiros. Antônia, O.P. 135
que era feliz, oração subordinada
adjetiva explicativa
não se
preocupava com O.P.
esses detalhes.
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM a) deixar o sentido da frase em aber- –‘É hoje!’, foi seu primeiro pensa- Ex.:
to, para uma interpretação pessoal mento (...)” Suas propostas eram idênticas às
de quem lê: (Eça de Queirós) dos outros políticos.
Ex.: 9. Travessão: usado para indicar a fala • de preposição a + vogal a inicial
“Era um belo homem e, se ele ler direta de um personagem ou para dos pronomes demonstrativos
isto, não me leve a mal. Recorda- realçar e destacar um elemento aquele/aqueles, aquela/aquelas,
ções de menino...“ (Lima Barreto) dentro de uma frase (geralmente o aquilo:
b) para expressar surpresa ou hesi- aposto). Ex.:
tação: Ex.: Não sabia mais se era àquele ho-
Ex.: “– Mas onde esteve você, Jaime? mem que se referia.
“Está claro que deve ver seu primo, – Onde estive?
recebê-lo...” (Eça de Queirós) – Sim; onde você esteve? II – CRASE DA PREPOSIÇÃO A COM OS
c) em citações de outros autores, quan- – Estive no xadrez.” ARTIGOS A/AS
do não estão completas (quando (Lima Barreto)
citamos apenas a parte do período Esse tipo de crase ocorrerá quando:
que nos interessa): “Só ele falava, contava histórias – o • o verbo regente exigir a preposição
Ex.: último cerco que os ‘macacos’ lhe
“Era de alta estatura, tinha as deram em Cachoeira de Cebola – a:
mãos delicadas; a perna ágil e ner- numa fala de tártaro, querendo Ex.:
vosa (...)” (José de Alencar) fazer-se de muito engraçado.” (José Dirigir-se a... assistir a... referir-se
Lins do Rego) a...
6. Ponto de interrogação: indica uma • o termo regido aceitar o artigo defi-
pergunta direta e é utilizado após a 10. Parênteses: usados para isolar nido feminino.
frase (ou a palavra). uma parte do texto (comentário, re- Ex.:
Ex.: Quem? Você sabia disso? flexão ou explicação). a montanha, a peça, a menina
preposição artigo
↓↓
7. Ponto de exclamação: indica sur- Ex.: } Referiu-se a a menina.
presa, alegria, espanto. É utilizado “Na igreja no meio de outras da- }
após a frase (ou palavra). mas, na sala, sentada no sofá (o à
Ex.: estofado que forrava este móvel,
“Ai, Santo Deus!” (Eça de Queirós) assim como o papel de parede fo- Dica: para saber se a palavra aceita
“Olha a cheia! Olha a cheia!” (José ram sempre escuros para fazer so- ou não o artigo, empregue as combina-
Lins do Rego) bressair a tez de dona Camila) (...)” ções “da” ou “na” antes da palavra. Se
(Machado de Assis) for possível empregar, significa que a
8. Aspas: indicam o destaque de uma Obs.: Em caso de citações, o nome do palavra aceita o artigo.
parte do texto. São usadas para: autor e a bibliografia também aparece-
rão entre parênteses. Ex.:
a) indicar uma citação de outro autor: Estou na praia → aceita o artigo (a praia)
FICHA 5 – CRASE Vim da África → aceita o artigo (a África)
Ex.: Se só for possível empregar as pre-
Segundo Evanildo Bechara: “(...) as as- I – CONCEITO posições “em” ou “de”, a palavra não
pas são empregadas para dar a certa aceita o artigo.
expressão um sentido particular (...)”. Crase é a contração ou fusão do ar- Ex.:
b) chamar a atenção para palavras tigo definido “a” com a preposição “a”. Estou em Belo Horizonte → não aceita
ou expressões que desejamos
destacar: preposição artigo o artigo
Ex.:
Lúcia não era mais uma “garoti- ↓↓ Vim de Florianópolis → não aceita o
nha”; já contava trinta anos. Ex.: Assistiram a a peça.
artigo.
c) indicar expressões estrangeiras ou
gírias: Nunca ocorre crase antes de palavras
que não aceitam o artigo a, por exem-
plo, antes de:
à – Masculino: Andei a cavalo.
– Verbo: Estou pronto a discorrer
Ex.: Obs.: para distingui-la, usa-se o acen- sobre este assunto.
Mário é um “cowboy” do asfalto. to grave (`).
Obs.: Se num trecho entre aspas for – Pronome de tratamento: Dirijo-
me a V. Sa. com prazer.
necessário usar novamente aspas, A crase pode resultar da fusão:
utilizam-se as aspas simples (‘ ’). • de preposição a + artigo definido Obs.: exceto quando se trata de se-
nhora, senhorita e dona (esta tem de
Ex.: a/as: estar especificada.).
“Àquela hora Luíza acordava. Ex.: Fui à feira.
E sentando-se bruscamente na • de preposição a + pronome demons- Ex.: Dirijo-me à senhora com prazer.
cama: trativo a/as (= aquela/aquelas): - Pronome: Não faltou a qualquer
reunião.
136
- Palavras repetidas: Os bandidos Ex.: à beira de..., à força de..., I – REGÊNCIA VERBAL LÍNGUA PORTUGUESA
estavam cara a cara. à medida que...
- Nomes de cidades: Fui a Santos. A regência verbal ocorre quando o ter-
Obs.: se o nome da cidade estiver es- 2. Casos facultativos da crase: mo regente é um verbo.
pecificado ocorrerá crase. a) antes de nomes próprios femininos Ex.: Obedecemos ao chefe.
Ex.: Fui à Santos histórica. ↓↓
- Quando o a anteceder um nome plu- (pessoas). termo regente termo regido
ral: Fui a lugares exóticos. Ex.: Não me referia a (à) Lúcia.
Obs.: no caso de a no plural (igual a b) antes de pronomes possessivos fe- (verbo) (complemento)
artigo), ocorrerá a crase. mininos.
Ex.: Fui às cidades exóticas da Índia. Ex.: Dirija-se a (à) sua cidade. De acordo com sua predicação, o ver-
c) após a preposição até (se o nome bo pode ou não ter um complemento.
III – CRASE DE PREPOSIÇÃO A aceitar o artigo “a”, pode ou não
ocorrer a crase). a) Verbos intransitivos: não possuem
COM PRONOMES DEMONSTRATIVOS Ex.: Fui até a igreja. nem complemento, nem pronome
Fui até à igreja. oblíquo.
Sempre que o verbo exigir preposi- Ex.: Os pássaros cantam.
ção “a” e vier seguido dos pronomes 3. Casos especiais de crase:
demonstrativos “aquele/aqueles”, a) antes da palavra casa (residência, b) Verbos transitivos: possuem com-
“aquela/aquelas” ou “aquilo”, ocorre- plementos
rá crase. lar): somente se for determinada
por um adjunto adnominal, aceita o Diretos
Ex.: Referia-me a aquele garoto. artigo e ocorre a crase. – vêm com complementos sem pre-
à → Referia-me àquele garoto. Ex.: dirigi-me à casa de minha avó.
Você deveria aspirar a aquela car- posição.
reira. ↓ – pronomes oblíquos: o, a, os, as.
à → Você deveria aspirar àquela Adjunto adnominal
carreira. b) antes da palavra terra (no sentido Ex.: Ela comprou a bolsa.
de chão, terra firme): somente se Ela comprou-a.
Obs.: a crase da preposição a com vier determinada por adjunto ad-
o pronome demonstrativo a/as (com nominal, aceita o artigo e ocorre a Indiretos
o valor de aquela/aquelas) ocorre crase. – possuem complementos com pre-
sempre antes do pronome relativo Ex.: A carga do navio voltou à terra
que ou da preposição de; igual ao de origem. posição.
masculino: se ocorrer ao que/aos ↓ – vêm com pronomes oblíquos: lhe, lhes.
que no masculino, no feminino ocor-
rerá crase. Adjunto adnominal Ex.: Ele obedeceu ao pai.
Ele obedeceu-lhe.
Ex.: Era um desejo igual ao que c) antes de pronomes relativos: ocor-
você tinha. rerá a crase antes dos pronomes Direto e indireto
Era uma vontade igual à que você relativos a qual/ as quais (somen- - possui um complemento com e outro
tinha. te se o masculino correspondente
for ao qual/aos quais). sem preposição.
IV – OUTROS CASOS DE CRASE Ex.: Esta é a placa à qual me re- - vêm com pronomes oblíquos: o, a, os,
feria.
1. Casos obrigatórios de crase: (Este é o anúncio ao qual me refe- as, lhe e lhes.
a) na indicação de número de horas. ria. → masculino) Ex.:
Estas são as senhoras às quais me Júlio entregou o bilhete ao irmão.
Ex.: Sairemos às doze horas. referia. Júlio entregou-lhe o bilhete.
b) na expressão “à moda de” (com a (Estes são os senhores aos quais Júlio entregou-o ao irmão.
me referia. → masculino)
palavra moda explícita ou oculta). c) Verbos de ligação: não possuem com-
Ex.: Sapatos à (moda) Luís XV. FICHA 6 – REGÊNCIA plementos nem pronomes oblíquos.
c) em expressões adverbiais femininas. Ex.: Regina está cansada.
Ex.: à tarde (tempo), à esquerda (lu- Regência é um mecanismo que regu-
gar), à mão (instrumento) la as relações entre um verbo ou um
d) em locuções conjuntivas e preposi- nome e seus complementos.
tivas femininas.
137
LÍNGUA PORTUGUESA
BLOCO 3
EXERCÍCIOS
FICHA 2 4. (G1) Marque as frases que são orações:
1. (FEI) Assinalar a alternativa que indica a função sintá- a) Que dia maravilhoso!
tica exercida pelas orações entre aspas, nos seguintes b) Eles estão na praça.
períodos: c) Cabeça baixa. Toda nervosa.
I – Insistiu “em que permanecesse no clube”. d) Venha já aqui, querido.
II – Não há dúvida “de que disse a verdade”. e) Calças rasgadas, joelhos de fora.
III – É preciso “que aprendas a ser independente”. 5. (FGV) Assinale a alternativa em que ESTRELAS tem a
IV – A verdade é “que não saberia viver sem ela”. mesma função sintática que em:
a) sujeito – objeto direto – complemento nominal – predi- “Brilham no alto as estrelas.”
cativo do sujeito
a) Querem erguer-se às estrelas.
b) predicativo do sujeito – complemento nominal – objeto b) Gostavam de contemplar as estrelas.
direto – sujeito c) Seus olhos tinham o brilho das estrelas.
d) Fui passear com as estrelas do tênis.
c) sujeito – predicativo do sujeito – objeto indireto – com- e) As estrelas começavam a surgir.
plemento nominal
6. (G1) Assinalar a alternativa que indica a função da ex-
d) objeto indireto – complemento nominal – sujeito – predi- pressão “dona Maria” na frase “– Ô, dona Maria, vá pi-
cativo do sujeito lotar fogão.”
e) complemento nominal – sujeito – predicativo do sujeito a) vocativo
– objeto indireto
2. (Fuvest) Nos enunciados a seguir, há adjuntos adnomi-
nais e apenas um complemento nominal. Assinale a
alternativa que contém o complemento nominal:
a) faturamento das empresas b) sujeito
b) ciclo de graves crises c) aposto
c) energia desta nação d) objeto direto
d) história do mundo e) adjunto adnominal
e) distribuição de poderes e renda 7. (G1) O pronome relativo exerce função de objeto direto
3. (Fuvest) Assinalar a oração que começa com um adjun- em três das frases a seguir. Assinalar a alternativa que
indica essas frases.
to adverbial de tempo:
I – Descobriu-se o ladrão que assaltou o banco.
a) Com certeza havia um erro no papel do branco. II – A casa que comprei fica perto daqui.
b) No dia seguinte, Fabiano voltou à cidade. III – Os alunos que o diretor suspendeu perderam a
c) Na porta, (...) enganchou as rosetas das esporas... prova.
d) Não deviam tratá-lo assim.
e) O que havia era safadeza. IV – Aquele que julga o outro precisa ser inocente.
V – Os amigos que ela convidou vieram prontamente.
138
a) I, II, IV a) O sujeito da oração principal está no primeiro verso. LÍNGUA PORTUGUESA
b) I, III, IV b) O primeiro verso apresenta três adjuntos adnominais.
c) III, IV, V c) O segundo verso introduz uma oração subordinada
d) II, III, V substantiva subjetiva.
e) I, II, V
d) A estrofe apresenta um período composto por três ora-
ções.
8. (G1) Assinale o item em que o sujeito foi incorretamen- e) O terceiro verso funciona como objeto direto de CAN-
te analisado: TASTE.
a) Decorreram alguns minutos de estranho silêncio. (deter- 12. (Mackenzie) Na frase de Otto Lara Resende, “Mineiro
só é SOLIDÁRIO NO CÂNCER”, a expressão em desta-
minado simples) que é:
b) Só me restam poucas economias. (indeterminado) a) predicativo do sujeito
c) Meus amigos e eu viemos auxiliá-lo. (determinado com- b) aposto
c) objeto direto
posto) d) adjunto adverbial de modo
d) Ainda está fazendo muito frio. (oração sem sujeito)
e) Volte cedo! (elíptico)
e) adjunto adnominal de MINEIRO
9. (Mackenzie) “Há uma gota de sangue em cada poema.”
Assinale a alternativa que contém uma observação correta 13. (PUC-SP) Observe os fragmentos:
sobre a sintaxe dessa frase.
I – “... custou-lhe a história uma forte sarabanda...”
a) sujeito: uma gota de sangue II – “... o amor e o ciúme lhe ocupavam a alma...”
b) verbo intransitivo O “lhe”, pronome pessoal do caso oblíquo átono, pode exer-
c) adjuntos adverbiais: uma e de sangue
d) complemento nominal: em cada poema cer diferentes funções sintáticas.
e) predicado verbal: toda a oração Depois de analisar os trechos acima, assinale a alter-
nativa que indica a função exercida por esse pronome
em cada um dos fragmentos, respectivamente:
10. (Mackenzie) “Não NOS eram favoráveis tantas dúvidas, a) objeto indireto – objeto indireto
que NOS jogavam para campos opostos e causavam- b) complemento nominal – adjunto adnominal
NOS angústia.” c) adjunto adnominal – adjunto adnominal
Os termos em destaque apresentam, respectivamente, d) objeto indireto – adjunto adnominal
a função sintática de:
a) objeto indireto, objeto direto e objeto indireto e) objeto indireto – complemento nominal
b) complemento nominal, objeto direto e objeto indireto
c) objeto direto, objeto indireto e objeto direto 14. (UEL) Assinale a alternativa em que a função sintática
d) complemento nominal, objeto indireto e objeto direto do termo destacado está INCORRETA.
e) objeto indireto, complemento nominal e objeto direto “Faltariam ALGUMAS RESPOSTAS (a) para que o tra-
balho ficasse COMPLETO (b) e os meninos se dispu-
seram A OUTRAS TAREFAS (c) MAIS ADAPTADAS (d) A
SEU NÍVEL (e).”
11. (Mackenzie) a) objeto direto
“Não morrerá sem poetas nem soldados b) predicativo do sujeito
A língua em que cantaste rudemente c) objeto indireto
As armas e os barões assinalados.” d) adjunto adnominal
Assinale a alternativa correta. e) complemento nominal
139
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM FICHA 3 c) subjetiva
d) objetiva indireta
1. (PUCCamp) Apreciavam muito a região, embora não e) completiva nominal
tivessem tido oportunidade de conhecê-la muito.
A alternativa em que aparece a mesma circunstância 5. (UEL) Essa questão apresenta um período que você de-
expressa, na frase anterior, pela conjunção EMBORA é: verá modificar, iniciando-o conforme se sugere, MAS
SEM ALTERAR A IDEIA CONTIDA NO PRIMEIRO. Em
a) Parece que ela foi mesmo designada para o cargo, ainda consequência, outras partes da frase sofrerão altera-
que não tivesse terminado o estágio probatório. ções. Assinale a alternativa que contém o elemento
adequado ao novo período.
b) Desde que ela decidiu não lutar pelos seus direitos, tudo
se acalmou na sua casa. Fechado o debate, iniciou-se a votação.
COMECE COM: Iniciou-se ......
c) Como tudo continuasse sempre igual, resolveram eles
mesmos propor mudanças. a) para
b) à medida que
d) Ela fazia tudo conforme seu pai determinava. c) assim que
e) À proporção que os migrantes chegavam, eram atendi- d) de modo que
e) contudo
dos pelos funcionários de plantão.
FICHA 4
2. (PUCCamp) A alternativa em que se encontra uma ora-
ção subordinada substantiva objetiva direta iniciada 1. Observe a oração: “Alguns anos depois, a humanidade
com a conjunção SE é: assistia atônita ao holocausto nuclear em Hiroshima e
Nagasaki”. Assinale a alternativa que justifique correta-
a) Só obteremos a aprovação se tivermos encaminhado mente a pontuação da oração:
corretamente os papéis.
a) ocorrência de um adjunto adverbial no início da oração
b) Haverá racionamento de água em todo o país, se persis- b) ocorrência de vocativo
tir a seca. c) ocorrência de aposto
d) intercalação de uma oração subordinada adverbial
c) Falava como se fosse especialista no assunto. e) intercalação de uma oração coordenada assindética
d) Se um deles entrasse, todos exigiriam entrar também.
e) Queria saber dos irmãos se alguém tinha alguma coisa 2. (FEI) Assinalar a alternativa cujo período dispensa o
uso de vírgula:
contra o rapaz.
3. (UEL) Não é dado ao ser humano CONHECER TODA A
EXTENSÃO DA SUA IGNORÂNCIA, o que, em tese, lhe
poupa o perigo do desânimo.
A oração destacada no período anterior classifica-se
como:
a) subordinada substantiva predicativa a) Nesse trabalho ficou patente a competência dos jovens
b) subordinada substantiva objetiva indireta frente à nova situação.
c) subordinada substantiva subjetiva
d) subordinada substantiva objetiva direta b) O autor busca um meio capaz de gerar um conjunto po-
e) subordinada substantiva completiva nominal tencialmente infinito de formas com suas propriedades
típicas.
4. (UEL) Nada o demoveu do propósito DE PRESTAR AS-
SISTÊNCIA A TODOS AQUELES que a ele se dirigiram. c) Apreensivo ora se voltava para a janela ora examinava o
A oração em destaque no período acima classifica-se documento.
como subordinada substantiva
d) Suas palavras embora gentis continham um fundo de
ironia.
e) Tudo isto é muito válido mas tem seus inconvenientes.
a) objetiva direta 3. (FGV) Observe a seguinte frase:
b) apositiva – Quem quer ir, perguntou o chefe.
A respeito dela, pode-se dizer que:
140
a) Deveria ter sido colocado um ponto de interrogação a) Essa visão desemboca na busca ilimitada do lucro, na LÍNGUA PORTUGUESA
após a palavra IR. apologia do empresário privado como o “grande herói”
contemporâneo.
b) Deveria ter sido colocado um ponto de interrogação
após a palavra CHEFE. b) Pude ver a obra de Machado de Assis de vários ângulos,
sem participar de nenhuma visão “oficialesca”.
c) Deveria ter sido colocado um ponto de exclamação após
a palavra CHEFE. c) Nas recentes discussões sobre os “fundamentos” da
economia brasileira, o governo deu ênfase ao equilíbrio
d) Bastaria colocar entre aspas a oração “– QUEM fiscal.
QUER IR”.
d) O prêmio Darwin, que “homenageia” mortes estúpidas,
e) A frase está correta. foi instituído em 1993.
4. (Fuvest) Assinale a alternativa que está com a pontua- e) Em fazendas de Minas e Santa Catarina, quem aprecia
ção correta. o campo pode curtir o frio, ouvindo “causos” à beira da
fogueira.
a) Citando o dito da rainha de Navarra, ocorre-me que en- 7. (ITA) Assinale a opção que melhor reestrutura –
tre nosso povo, quando uma pessoa vê outra pessoa gramatical e estilisticamente – o seguinte grupo
arrufada, costuma perguntar-lhe: “Gentes, quem matou de frases:
seus cachorrinhos?”
b) Citando o dito, da rainha de Navarra, ocorre-me que en- “Uma tarde destas eu vinha da cidade para o Brás. En-
tre nosso povo quando, uma pessoa vê outra pessoa tão encontrei no Metrô uma garota aqui do bairro. E eu
arrufada costuma perguntar-lhe: “Gentes, quem matou conheço essa garota de vista e de chapéu.”
seus cachorrinhos?”
c) Citando, o dito da rainha de Navarra, ocorre-me que en- a) Ao vir da cidade para o Brás uma tarde destas, encontrei
tre nosso povo, quando uma pessoa vê outra pessoa no Metrô uma garota aqui do bairro que conheço de vis-
arrufada costuma perguntar-lhe: “Gentes quem matou ta e de chapéu.
seus cachorrinhos?”
b) Uma tarde destas, quando eu vinha da cidade para o
d) Citando o dito da rainha de Navarra, ocorre-me que en- Brás de chapéu, no Metrô aqui do bairro encontrei uma
tre nosso povo, quando uma pessoa vê outra pessoa garota, a qual conheço de vista.
arrufada, costuma perguntar-lhe: “Gentes quem matou
seus cachorrinhos?” c) Ao vir da cidade para o Brás uma tarde destas, encon-
trei, aqui do bairro, uma garota no Metrô que conheço de
e) Citando o dito, da rainha de Navarra, ocorre-me, que, vista e de chapéu.
entre nosso povo, quando uma pessoa, vê outra pessoa
arrufada, costuma perguntar-lhe: “Gentes, quem matou d) Eu conheço uma garota aqui do bairro, de vista e de cha-
seus cachorrinhos?” péu, que encontrei no Metrô, quando vinha da cidade
para o bairro.
5. (Fuvest) Das frases adiantes, a única inteiramente de e) Uma tarde destas, vindo da cidade para o Brás, encon-
acordo com as normas gramaticais é: trei no Metrô uma garota aqui do bairro, a qual conheço
de vista e de chapéu.
a) Os votos e as sentenças do ministro, por mais que se 8. (ITA) Assinale a opção que corresponde ao período com
os vejam de prismas diversos, atestam cultura jurídica a melhor pontuação:
indiscutível.
b) Soltam rojões contra o gabinete do ministro e depois se a) “Cada estação da vida é uma edição, que corrige a ante-
cotizam para pagar os vidros que as explosões dos ro- rior, e que será corrigida, também, até a edição definiti-
jões quebraram. va, que o editor dá, de graça, aos vermes.”
c) O maestro diz que lhe dói os ouvidos quando escuta b) “Cada estação da vida é uma edição que corrige a ante-
uma nota desafinada. rior, e que será corrigida; também, até a edição definiti-
va, que o editor dá de graça aos vermes.”
d) Deve haver uma lei geral e devem haver leis especiais.
e) Nós é que, senhor Presidente, não podemos concordar c) “Cada estação da vida é uma edição, que corrige a ante-
com tal ilegalidade. rior; e que será corrigida também; até a edição definitiva
que o editor dá de graça aos vermes.”
6. (Fuvest) As aspas marcam o uso de uma palavra ou d) “Cada estação da vida é uma edição que corrige a ante-
expressão de variedade linguística diversa da que foi rior, e que será corrigida também, até a edição definitiva,
usada no restante da frase em: que o editor dá de graça aos vermes.”
141
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM FICHA 5 a) Graças à essa nova visão de ensino, o professor desen-
volve atividades inovadoras.
1. (UEL) Assinale a letra correspondente à alternativa b) De aluno dedicado à profissional reconhecido: eis aí um
que preenche corretamente as lacunas da frase apre- homem de sucesso.
sentada.
c) Ele se dedica à várias espécies de pesquisa experimental.
O aluno recorreu escondidas várias autoridades, d) É sempre à partir da experiência que se aprende?
para chegar situação mais cômoda. e) O curso se destina àqueles que valorizam o saber que
a) as – a – àquela advém da experiência.
b) as – à – aquela 5. (FGV) Observe a palavra destacada na frase: “A campa-
c) às – a – àquela nha de meus adversários interpõe-se À dos meus par-
d) às – à – aquela ceiros”. Assinale a alternativa que JUSTIFICA o uso do
sinal de crase:
e) as – à – àquela a) “Interpor-se” rege preposição “a” e subentende-se um
objeto indireto feminino.
2. (FEI) Assinalar a alternativa que preenche corretamen-
te as lacunas das frases adiante: b) “Interpor-se” rege preposição “a” e “dos meus parcei-
ros” é masculino.
I – Enviei dois ofícios Vossa Senhoria.
c) “Interpor-se” rege preposição “a” e subentende-se um
II – Dirigiam-se casa das máquinas. objeto direto feminino.
III – A entrada é vedada toda pessoa estranha. d) “Interpor-se” rege preposição “a” e o objeto direto explí-
cito é masculino.
IV – A carreira qual aspiro é almejada por muitos.
V – Esta tapeçaria é semelhante nossa. e) “Interpor-se” é verbo intransitivo e “dos meus parceiros”
é adjunto masculino.
a a–a–à–a–a 6. (G1) Assinalar a alternativa em que está correto o uso
b) a – à – a – à – à da crase:
c) à – a – à – a – a
d) à – à – a – à – à a) Tenho um carro à álcool e outro à gasolina.
e) a – a – à – à – a b) Os turistas ficaram um bom tempo a contemplar à praia.
3. (FGV-Adaptado) Escolha a alternativa que preencha c) Escreva sempre à tinta, nunca à lápis.
corretamente as lacunas a seguir. d) Andávamos às escuras, à procura dos índios.
e) Aquela expedição esteve à andar pelas selvas durante
I – Nunca vi um acidente igual .
muito tempo.
II – Sempre vou loja para comprar roupas.
III – hora, eu estava viajando para o Rio de Ja- 7. (G1) Assinale a alternativa que completa corretamente
neiro. a frase:
IV – Na audiência, diga a verdade, mas limite-se que Agradeço todos oportunidade para
lhe perguntarem. manifestar minha opinião respeito.
V – Quero uma moto igual que estava venda na
exposição. a) a, a, a
a) àquele, àquela, àquela, àquilo, à, à b) à, à, a
b) aquele, aquela, aquela, aquilo, a, a c) à, a, a
c) àquele, aquela, àquela, àquilo, a, à d) a, à, a
d) aquele, àquela, aquela, àquilo, à, a e) à, a, à
e) aquele, àquela, àquela, aquilo, a, à 8. (G1) Assinale a alternativa que completa corretamente
a frase:
4. (FGV) Assinale a alternativa em que o sinal indicativo noite, todos os moradores voltaram fábri-
de crase foi empregado de acordo com a norma culta. ca e só deixaram o serviço uma hora da manhã.”
142
a) Há, à, à a) às – às – às – a – a – a LÍNGUA PORTUGUESA
b) A, a, a b) às – as – às – à – à – à
c) À, à, à c) as – as – às – a – à – à
d) À, a, há d) as – as – às – à – à – à
e) A, à, a e) às – as – as – à – à – à
9. (G1) Assinalar a alternativa correta quanto ao emprego FICHA 6
da crase:
Texto para a próxima questão:
a) Ele ficou à ver navios. “(...) Da garrafa estilhaçada,
b) Não assisto à filmes de terror. no ladrilho já sereno
c) Não vou a festas toda semana. escorre uma coisa espessa
d) Daqui à uma semana terminarei o curso. que é leite, sangue... não sei.
e) Dia à dia a inflação aumenta. Por entre objetos confusos,
mal redimidos da noite,
10. (G1) Assinalar a alternativa incorreta quanto ao empre- duas cores se procuram,
go do acento indicativo de crase: suavemente se tocam,
amorosamente se enlaçam,
a) Na primavera, à tardinha, quando o sol se põe, o céu se formando um terceiro tom
tinge de tons violáceos. a que chamamos aurora.”
b) Àquela hora, as desavenças foram esquecidas e todos (Carlos Drummond de Andrade)
se uniram em prece.
1. (PUC-SP) Assinale a alternativa que preencha, pela or-
c) O pai estava à janela esperando ansiosamente pelo re- dem, corretamente, as lacunas:
gresso do filho.
1 – A aurora é o terceiro tom fala o poeta.
d) O médico enfatizou que o remédio deveria ser tomado
gota à gota. 2 – A aurora é o terceiro tom se refere o poeta.
e) Às oito horas todos se encontraram no bar para come- 3 – A aurora é o terceiro tom propõe o poeta.
morar.
4 – A aurora é o terceiro tom faz menção o poeta.
11. (G1) Assinale a alternativa que completa corretamente
a frase:
Quanto reavaliação do esquema, fica a) de que, a que, a que, que
decisão critério do governo. b) que, a que, que, a que
c) de que, a que, que, a que
a) a, à, a d) a que, a que, que, que
b) a, à, à e) de que, que, de que, a que
c) à, à, a
d) à, a, a 2. A única frase em que a regência verbal está lNCOR-
e) à, a, à RETA é:
12. (Mackenzie) Assinale a alternativa que preenche com a) A ONU procura meios para assistir aos refugiados
exatidão as lacunas. hutus.
Estou aqui desde 8h, mas só poderei ficar até b) A História não perdoa aos povos atitudes levianas.
9h30min, porque 10h30min assistirei c) O continente africano aspira a melhores dias.
sessão solene de abertura de uma importan- d) As grandes potências internacionais só visam a seus in-
te exposição de arte moderna, precisando, para isso, teresses imediatos.
dirigir-me Rua 7 de abril e ir Galeria
“Sanson Flexor”. e) Os africanos estão em situação crítica; de certa forma o
Ocidente obrigou-os a lutas internas.
143
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM 3. (FGV) Escolha a alternativa que preencha corretamente 6. (UEL) Assinale a alternativa INCORRETA quanto à re-
as lacunas das frases a seguir. gência verbal e/ou nominal.
I – Por acaso, não é este o livro o professor se a) Admirou-se de ver o amigo tão desanimado com a gravi-
refere? dade de seus problemas e incapaz de resolvê-los.
II – As Olimpíadas abertura assistimos foram as b) Os assessores pediram ao presidente para que lhes dis-
de Tóquio. pensasse mais cedo, porque iriam viajar.
III – Herdei de meus pais os princípios morais tan- c) Ninguém se lembrou de avisá-la de que a reunião tinha
to luto. sido adiada para a semana seguinte.
IV – É bom que você conheça antes as pessoas d) Todos acabaram tendo de auxiliá-lo na execução da ta-
vai trabalhar. refa que lhe fora atribuída.
V – A prefeita construirá uma estrada do centro ao morro e) A quantia de que dispúnhamos não foi suficiente para co-
será construída a igreja. brir algumas despesas com as quais não contávamos.
VI – Ainda não foi localizada a arca os piratas 7. (UFPE) Assinale a alternativa em que as normas de re-
guardavam seus tesouros. gência, verbal e nominal, não foram inteiramente cum-
pridas.
a) de que, cuja, para que, com os quais, sobre que, em que
b) que, de cuja, com que, para quem, no qual, que a) O vocabulário e a sintaxe de que se utilizavam muitos
c) em que, cuja, de que, para os quais, onde, na qual autores modernistas constituem, muitas vezes, uma lin-
d) a que, a cuja, em que, com que, que, em que guagem mais difícil do que a linguagem culta.
e) a que, a cuja, por que, com quem, sobre o qual, onde b) Alguns dos modernistas não repudiavam aos clássicos,
4. (Fuvest) A única frase que NÃO apresenta desvio em re- nem lhes imitavam, mas conseguiam renovar o idioma
sob a influência da língua falada.
lação à regência (nominal e verbal) recomendada pela
norma culta é: c) No Brasil há muitas literaturas regionais que exibem as
características da fala local a que procuram ser fiéis.
d) Os defensores de uma literatura regional procuram
a) O governador insistia em afirmar que o assunto principal sempre apresentar explicações e evidências que lhes
seria “as grandes questões nacionais”, com o que dis- apoiem os argumentos.
cordavam líderes pefelistas. e) A aprendizagem de uma língua se faz, também, lendo-
b) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, se autores com que se possa aprimorar e fortalecer a
experiência pessoal.
do qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos
outros países passou despercebida.
c) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem 8. (ITA) Assinale a opção que completa corretamente as
a dedo aonde trabalhar, priorizando à empresas com lacunas do texto a seguir:
atuação social.
“Todas as amigas estavam ansiosas
d) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por ler os jornais, pois foram informadas
um morador não muito consciente com a limpeza da ci- de que as críticas foram indulgentes
dade. rapaz, o qual, embora tivesse mais
aptidão ciências exatas, demonstrava
e) O roteiro do filme oferece uma versão de como consegui- uma certa propensão arte.”
mos um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho
à regra, a aventura à repetição.
a) meio – para – bastante – para com o – para – para a
5. (UEL) Assinale a alternativa que preenche corretamen- b) muito – em – bastante – com o – nas – em
te as lacunas da frase apresentada. c) bastante – por – meias – ao – a – à
d meias – para – muito – pelo – em – por
Nosso amigo pleiteia um dos melhores cargos se e) bem – por – meio – para o – pelas – na
tem em mira na cidade.
a) a que 9. (Cesgranrio) Indique a alternativa que completa, res-
b) que pectivamente, as lacunas das frases a seguir, de acor-
c) de que do com a norma culta.
d) no qual
e) do qual I – É uma situação nunca nos esqueceremos.
144 II – A situação chegamos é ímpar.
III – A reportagem, teor discordei, foi censurada. 13. (G1) Assinale a letra correspondente à alternativa que LÍNGUA PORTUGUESA
IV – É uma revelação completa adequadamente as lacunas dos períodos a
os fatos merecem uma seguir:
análise detalhada.
V – É uma situação se deve evitar. Quanto a amigos, prefiro João Paulo, quem
sinto simpatia.
a) que / em que / de cujos / cujos / que a) a – por – menos
b) da qual / a que / cujo / que / por que b) do que – por – menos
c) de que / a que / cujo / cujos / que c) a – para – mensal
d) da qual / em que / cujo /cujos / a que d) do que – com – mensal
e) de que / a que / de cujo /em que / que e) do que – para – menos
10. (FEI) Assinale a alternativa em que haja erro de regên- 14. (Cesgranrio) Assinale a opção em que a concordância
cia verbal. nominal indicada entre parênteses NÃO é aceita pela
NORMA CULTA:
a) Deu-lhe um belo presente de aniversário.
b) Levei-o para o médico esta manhã. a) Aprecio a cultura e a história (europeia).
c) Gostamos deste novo filme. b) Procure sempre comprar jornais e revistas (brasileiros).
d) Fui no cinema ontem. c) Esses meninos estão com os pés e as mãos (sujas).
e) O lenço caiu no chão. d) Encontrei (reformadas) as cadeiras e o sofá.
11. (FGV) Assinale a alternativa em que, CONTRARIANDO e) Essa professora contou-nos (antigos) lendas e contos.
A NORMA CULTA, usou-se ou deixou-se de usar uma
preposição antes do pronome relativo.
15. (Cesgranrio) Assinale a opção em que a NORMA CULTA
admite SÓ UMA concordância verbal:
a) No momento que os gaúchos chegaram, os castelhanos
soltaram vivas.
a) A maioria dos jovens acompanhando pelos jor-
nais as notícias sobre a Croácia. (vem/vêm)
b) A moça, que os amigos generosamente acolheram, por-
tou-se como uma verdadeira dama.
b) Naquela guerra entre quadrilhas, um dos chefes
e alguns moradores das proximidades. (morreu/morre-
c) Era uma flor belíssima, de cujo olor extraíra o poeta sua ram)
inspiração.
d) Tinha mãos sujas da graxa em que a peça estivera mer- c) Fui eu quem um manifesto contra as irregulari-
gulhada. dades dessa repartição. (encabeçou/encabecei)
e) A linguagem era recheada de palavras pretensamente d) haver campanhas educativas sobre o trânsito
eruditas, que o condenavam. de nossa cidade. (Deveria/Deveriam)
e) Quantos de nós realmente dispostos a ajudar o
próximo? (estarão/estaremos)
12. (Fuvest) A televisão tem de ser vista um prisma
crítico, principalmente as telenovelas, audiência
é significativa.
16. (Cesgranrio) “Torna-se , para o povo brasileiro,
Temos de procurar saber elas prendem tanto a percepção de que um estudo profundo se faz preci-
os telespectadores. so, haja os índices altos da criminalidade
no país.”
Preenchem de modo correto as lacunas do texto, res-
pectivamente, A opção que completa corretamente as lacunas é:
a) a nível de/ as quais a/ por que a) necessário / vistos 145
b) sobre/ que/ porquê b) necessária / visto
c) sob/ cuja/ por que c) necessária / vistos
d) em nível de/ cuja a/ porque d) necessário / vista
e) sob/ cuja a/ porque e) necessária / vista
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM 17. (Fatec) Assinale a alternativa correta quanto à concor- 22. (G1) Assinalar a alternativa incorreta quanto ao em-
dância verbal. prego dos verbos impessoais:
a) Devem haver outras razões para ele ter desistido. a) FAZ cinco anos que não saio de férias.
b) Foi então que começou a chegar um pessoal estranho. b) HÁ algumas semanas estou planejando uma viagem.
c) Queria voltar a estudar, mas faltava-lhe recursos. c) Segundo a previsão HAVERÁ ventos fortes e muita chuva
d) Não se admitirá exceções.
e) Basta-lhe dois ou três dias para resolver isso. no sul do país.
d) À tarde deve HAVER uma parada militar em comemora-
18. (Fatec) Assinale a alternativa que preenche correta-
mente as lacunas da frase, na sequência. ção à data cívica.
e) FAZEM dez dias que ela ficou de me dar notícias sobre o
Regina estava indecisa quanto mandar
faturas notas fiscais e se folha bas- concurso.
taria para o bilhete.
23. (ITA) Assinale a opção que preenche correta e respec-
tivamente as lacunas.
a) meia; à; as; anexo; às; meia. Embora muitos candidatos, que
b) meia; à; as; anexas; as; meia. deles poucas aprovações, visto que apenas 1 %
c) meio; a; às; anexo; às; meio. adequadamente.
d) meia; a; às; anexo; as; meio. a) haja – preveem-se – deva haver – preparam-se
e) meio; a; as; anexas; às; meia. b) sejam – prevê-se – hajam – prepararam-se
19. (FEI) Assinalar a alternativa em que a concordância c) haja – prevê-se – ocorrerão – se preparou
verbal está incorreta:
d) concorram – preveem-se – haja – se preparou
a) Crianças, jovens, adultos, ninguém ficou imune aos seus e) se tratem – prevê-se – ocorram – se preparou
encantos.
24. (Mackenzie)
b) Mais de mil pessoas compareceram ao comício.
c) Não só a educação mas também a saúde precisa de I – Todos estavam meios cansados, porque já era meio-
muita atenção do governo. dia e meia e fazia muito calor.
d) Bastam dois toques para sabermos que você chegou. II – Fazem trinta anos que nos conhecemos.
e) Boa parte das pessoas está preocupada com o futuro. III – Nenhum dos presentes à festa souberam dizer se hou-
veram tiros dentro ou fora da casa, durante o assalto.
20. (G1) Assinale a alternativa correta: Quanto à concordância nominal e verbal, assinale:
a) Aqui não choveu fazem dois anos. a) se apenas I está correta.
b) Vossa senhoria agiste bem. b) se apenas II e III estão corretas.
c) Os Andes é a maior Cordilheira da América do Sul. c) se todas estão corretas.
d) A multidão aplaudiu emocionada a apresentação. d) se apenas II está correta.
e) Deveriam haver mais aulas. e) se todas estão incorretas.
21. (G1) Assinale a alternativa em que não há erro de con- 25. (PUCCamp) A alternativa que contém forma verbal
cordância: INADEQUADA à norma culta é:
a) Aceita-se jornais velhos. a) Vai fazer dois meses que não nos vemos.
b) Era quatro horas da manhã, quando fomos dormir. b) Chegam de besteiras, pensem em coisas sérias!
c) Desde ontem, aconteceu muitos fatos importantes. c) Choveu três dias sem parar um minuto.
d) Neste estabelecimento, consertam-se televisores. d) Nessa cidade, faz frio e calor no mesmo dia.
e) O pessoal chegaram muito tarde. e) Pelo que nos consta, há duas páginas ilegíveis.
146
26. (PUCCamp) A única frase em que NÃO há erro de con- III – O zelo e o cuidado da mãe não foram capazes de im- LÍNGUA PORTUGUESA
cordância verbal é: pedir a desgraça de toda a família.
IV – No acidente, morreram o motorista, o trocador e dois
a) Será que não foi suficiente, neste tempo todo, as provas passageiros.
de fidelidade que lhes demos?
V – O bebê, o irmão mais velho, os pais e também a
b) Acredito que faltará, ao que tudo indica, acomodações empregada sofreu complicações gastrointestinais
para mais de um terço dos convidados. depois da festa.
c) Se tiver de ser decidido, no último instante, as questões Estão de acordo com a exposição de Cunha e Cintra:
ainda não discutidas, não me responsabilizo mais pelo
projeto. a) todas as frases
b) apenas I, II, III e IV
d) Houvessem sido mais explícitos com relação às normas c) apenas II, III, IV e V
gerais, os coordenadores de programa teriam evitado d) apenas I, II e IV
alguns abusos. e) apenas I, II e V
e) É da maioria dos estudantes que depende, pelo que nos
falaram os professores, as alterações do calendário es-
colar.
27. (PUCCamp) A frase em que a concordância está cor- 29. (UEL) Assinale a letra correspondente à alternativa
que preenche corretamente as lacunas da frase apre-
reta é: sentada.
realmente, aquelas peças com defeito; os
fabricantes .
a) O Grupo Ornitorrinco, em sua última montagem – aliás,
excepcionalmente bem cuidada –, ilustram a tendência
à mistura de linguagens, sobre a qual a crítica especiali- a) É caro – haverão de trocá-los
zada tanto tem chamado a atenção.
b) É caro – haverá de trocá-las
b) O pessoal do “Fora do Sério”, grupo teatral de Ribeirão
Preto, promove seu último espetáculo, e está dando de c) São caras – haverá de trocá-lo
presente dez ingressos aos leitores de um jornal paulis- d) São caras – haverá de trocá-las
tano que primeiro entrarem em contato com a redação. e) São caras – haverão de trocá-las
c) O último censo mostrou que a classe social menos pri-
vilegiada economicamente tiveram significativa piora na 30. (UEL) Está adequadamente flexionada a forma em
qualidade de vida nos dois últimos anos. destaque na frase:
d) A criançada veio para conhecer a exposição de animais a) Ele não deixou SATISFEITO nem a crítica, nem o público.
recém-chegados ao zoológico, mas acabaram por visitar b) Todos achamos DIFÍCEIS, nas provas de Física e Mate-
todas as instalações.
mática, a resolução das questões finais.
e) A família urbana parece ter mudado, nos últimos tem- c) O sofá e a banqueta ganharam outro aspecto depois de
pos, seus hábitos de lazer, pois são vistos constante-
mente participando de passeios ciclísticos pela cidade CONSERTADO.
ou de caminhadas por parques e regiões especialmente d) A culpa deles aparecia como que INSCRITAS em suas
arborizadas.
feições, denunciando-os.
28. (PUC-MG) Observe o que expõem Celso Cunha e Lind- e) Ele considerou INÚTEIS, na atual circunstância, as medi-
ley Cintra no trecho adiante, transcrito da 2ª edição da
Nova Gramática do Português Contemporâneo. Após das que ela sugeria.
isso, leia as frases que o seguem.
“Também o verbo que tem mais de um sujeito pode 31. (UEL) Assinale a alternativa que preenche corretamen-
concordar com o sujeito mais próximo: te as lacunas da frase apresentada.
a) quando os sujeitos vêm depois dele: [...] b) quando os su- sendo ao diretor os documentos à inscrição
jeitos são sinônimos ou quase sinônimos: [...] c) quando para o concurso.
há uma enumeração gradativa: [...] d) quando os sujei- 147
tos são interpretados como se constituíssem em con- a) Estão – entregues – relativo
junto uma qualidade, uma atitude: [...].” b) Está – entregues – relativos
c) Está – entregue – relativo
I – Na cama, encontrava-se o corpo de PC e o de sua na- d) Estão – entregues – relativos
morada. e) Estão – entregue – relativos
II – A essas alturas, já estava o dinheiro e as joias num
banco suíço.
CONCURSOS, VESTIBULARES & ENEM Texto para a próxima questão: 34. (FGV) Observe a ocorrência da mesóclise nos seguin-
tes exemplos:
SONETO DE SEPARAÇÃO
– veremos + o = vê-lo-emos;
“De repente do riso fez-se o pranto – faríamos + os = fá-los-íamos;
Silencioso e branco como a bruma – veríamos + a = vê-la-íamos.
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto. Assinale abaixo a alternativa em que a mesóclise ocor-
re de acordo com a norma culta.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama a) Fa-los-ei.
E da paixão fez-se o pressentimento b) Entende-los-ás.
E do momento imóvel fez-se o drama. c) Parti-las-ás.
d) Integrá-las-eis.
De repente, não mais que de repente e) Intui-las-emos.
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente 35. (G1) Assinalar a alternativa que apresenta ERRO na
colocação pronominal:
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante a) Não me calarei diante dessa injustiça.
De repente, não mais que de repente.” b) Quando se sentiu em dificuldade, telefonou-me.
c) Os alunos não o entendiam.
(Vinícius de Morais) d) Todos querem conhecê-lo.
e) Para não aborrecê-lo, calei-me.
36. (G1) Marque a alternativa que completa corretamente
a frase:
32. (Faap) “De repente do riso fez-se o pranto.” Se ninguém verdade, e se lutei para ,
À colocação do pronome “se” depois do verbo fazer nada a respeito.
(fez-se) dá-se o nome de:
a) me disse, encontrá-la, se falou
a) próclise b) disse-me, a encontrar, se falou
b) ênclise c) me disse, a encontrar, falou-se
c) mesóclise d) disse-me, encontrá-la, falou-se
d) tmese e) disse-me, encontrá-la, se falou
e) mesóclise imprópria
37. (G1) Relacione as colunas:
33. (FEI) Assinalar a alternativa correta quanto à coloca- (1) Próclise
ção do pronome pessoal oblíquo: (2) Ênclise
(3) Mesóclise
a) O lugar para onde nos mudamos é aprazível. a) ( ) Não ME arrisco tanto.
b) Embora falassem-me, não acreditei. b) ( ) Explicar-TE-ei o motivo.
c) Sempre lembrar-se-á de ti. c) ( ) Ela O decepcionou.
d) Darei-te o remédio conforme o prescrito. d) ( ) Sou eu – disse o homem – identificando-SE.
e) Isto abalou-me profundamente. e) ( ) A vaia deixou-O aborrecido.
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38. (G1) Leia as orientações que uma empresa, preocu- IV – “Ia saindo pra campear a pedra porém os manos não LÍNGUA PORTUGUESA
pada com o meio ambiente, passou aos seus funcio- deixaram. Não durou muito a cabeça chegou. Juque!
nários. bateu.
– Avalie se é mesmo necessário imprimir algo que já – Que há?
está gravado em seu computador. – Abra a porta pra mim entrar.”
(Mário de Andrade)
– Utilize melhor as folhas, NÃO JOGUE AS FOLHAS FORA V – “Não quero mais o amor,
e aproveite o verso para fazer anotações e rascunhos. Nem mais quero cantar a minha terra.
Me perco neste mundo.”
– Retire seu nome do “mailing” de empresas que não in- (Augusto Frederico Schmidt)
teressam.
O erro gramatical pode constituir, num texto literário,
– Leve os papéis já aproveitados para nosso posto de co- um recurso expressivo para construir determinados
leta seletiva. efeitos, que estão na intenção do autor. Os excertos
Assinale a alternativa em que o trecho, em destaque, desses autores apresentam esse recurso de persua-
está reescrito de acordo com a norma padrão da língua são. As “transgressões gramaticais” de mesma nature-
portuguesa. za estão nos excertos:
a) ... não jogue-as fora... a) I e III – concordância nominal
b) ... não as jogue fora... b) II e IV – uso do pronome oblíquo
c) ... não jogue elas fora... c) III e V – colocação do pronome oblíquo
d) ... não jogue-lhes fora... d) III e IV – concordância verbal
e) ... não lhes jogue fora... e) I e II – regência verbal
39. (ITA) Indique a alternativa em que há erro gramatical:
a) Disse que daria o recado a ele e lho dei. 41. (PUCCamp) Leia com atenção:
b) Prometeu a resposta a nós e no-la concedeu. Nos calamos, sim, mas antes eu e meu irmão que-
c) Já vo-los mostrarei, esperai. remos deixar claro que nunca vimos ele tão alterado
d) Procuravam João, encontraram-no. com nós, quando aproximamos dele; ambos sentimos
e) Quando lhe vi, espantei-me. embaraçados, porque só queríamos saudar ele.
A frase anterior está integralmente redigida segundo
padrão culto escrito em:
40. (Mackenzie) I – “TELESPECTADOR – Pois não... Senhor a) Calamos-nos, sim, mas antes eu e meu irmão queremos
Castro Alves, eu conhecia o senhor muito de nome (...) deixar claro que nunca o vimos tão alterado com nós,
e a... como é... a... a... “Canção da África” ... quando nos aproximamos dele; ambos sentimos-nos
embaraçados, porque só queríamos o saudar.
JORNALISTA – Vozes d’África.
TELESPECTADOR – Pois é, essa daí... (...) Gostei muito... b) Cala-mo-nos, sim, mas antes eu e meu irmão queremos
deixar claro que nunca vimo-lo tão alterado conosco,
Cheio de dramaticidade, muita verdade também...” quando nos aproximamos dele; ambos nos sentimos
(Gianfrancesco Guarnieri) embaraçados, porque só queríamos saudá-lo.
II – “Quando foi ali pela hora antes da madrugada a boiúna c) Cala-mo-nos, sim, mas antes eu e meu irmão queremos
Capei chegou no céu.” deixar claro que nunca o vimos tão alterado com nós,
quando aproxima-mo-nos dele; ambos nos sentimos
(Mário de Andrade) embaraçados, porque só queríamos saudá-lo.
III – “Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira d) Cala-mo-nos, sim, mas antes eu e meu irmão queremos
Dizem todos os dias deixar claro que nunca vimos-o tão alterado conosco,
(...) quando nos aproximamos dele; ambos sentimo-nos em-
Me dá um cigarro.” baraçados, porque só queríamos o saudar.
(Oswald de Andrade)
e) Calamo-nos, sim, mas antes eu e meu irmão queremos
deixar claro que nunca o vimos tão alterado conosco,
quando nos aproximamos dele; ambos nos sentimos
embaraçados, porque só queríamos saudá-lo.
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