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Published by Raquel Maciel, 2020-11-11 16:59:45

PASTA - 07

PASTA - 07

Keywords: GETÚLIO,POLÍTICA,DITADURA,CONSTITUIÇÃO,SUICÍDIO,JÂNIO,QUADROS

Antigos inimigos os que se prenden1 ao passado per- i<:
se reconciliaram de1n o futuro, estava i'l nossa frente,
incapaz de conduzir esse governo a
para nos guiar. Esta foi a filosofia do bon1 termo. Co1no achávamos que 11s.
dificuldades surgiriam rapidan1ent6,,j
nosso encontro. Não há originali- tal o radicalismo das pessoas envolvi-

na tentativa de dade. O perdão exige n1ais grandeza das - con1 um ministro da Marinha
do que o ódio. Demos o exe1nplo. como o Rademaker. u1n rninistro da
• t'~er a paz ~e Duas horas apenas bastaram para Aeronáutica con10 o Márcio Souza
finnarrnos a tese central dos nossos Melo e un1 rninistro do Exército conto
esforços para o futuro: a paz. Den- o Lira Tavares, 16 vezes chefe da Casa

1olta ao Brasil tro desse conceito. não verei obstá- Militar do Dr. Ranieri Mazzilfi.
quando este. con10 presidente da Cfi-
culos que me irnpeçam de fazer ali- mara. substituía Juscelino. Nurn qua-
anças. É uma bandeira que a nação dro desses, decidimos que era 1nelhor
preci'sa. "

olhar u1n pouco o que ia acontecer''.

AS CONVERSAS Aconteceu que. realmente. ruio
houve abertura dentocrática alguma

Frente An1pla foi urn pre- FECHADAS e, ao contrário. as nuvens da ditadura

sente divino para os articulis- total começavam a se _juntar no hori-

tas políticos. Alén1 do seu Lacerda, que era o único líder a zonte.
elenco de prin1eira linha , continha conservar os seus direitos políticos Lacerda tinha, desde o início, a in-

vários outros ele1nentos teatrais. ra- e. portanto , a ter liberdade de 1novi- tenç,io de procurar João Goulart em
ros de se juntaren1: o elemento sur- 1nentos tanto dentro como fora do Montevidéu para co1n ele assinar um

presa , que foi igual para o governo e Brasil , passou a desenvolver urna ar- docu1nenta con1um e atraí-lo par·a a
para o público: o dran1ático, co1n a ticulação política ainda mais inten- Frente An1pla. Encontrou resistên-
reconciliaçüo de ini1nigos que ha- sa, tendo sempre como escudeiro o cias a essa idéia, tanto por parte de
Juscelino con10 de alguns setores do
vian1 procurado se destruir ao longo Deputado Renato Archer.
de duas décadas de lutas e. final- Partido Comunista. No seu De11oi-
n1ente. o rnoral, porque a reconcilia- Muitos dos encontros se reali- n1e11to, relata um diálogo co1n o re-
ç,io se dava crn torno de um objetivo zaram no Rio, ern u1na lindíssima presentante do PC:
rnansão da Ladeira dos Guararapes.
1noralincntc valioso. o de trazer de no Cosme Velho, pertencente a um
''Curiosamente, um dos elemen-

' volta a paz i'l vida pública brasileira. refinado colecionador de livros e tos comunistas que estava lá 1ne de-
Por essas razões. ocupou vastos es- gravuras antigas, o saconselhou - engraçado como eles

paços nos _jornais. a partir da assina- ,- empresário de co- têm o senso do oportunisrno político
mércio exterior - com esse argun1ento: 'Eu receio
tura do cha1nado Pacto de Lisl>on. a "t;;' Alberto Lee. que com essa visita o senhor ponha

19 de nove1nbro de 1966. por Carlos !Ji: .

Lacerda e Juscelino Kubitschek, :i Zelinda, 1nulher tudo a perder. porque aí d,1 ao go-

pacto que. na verdade. era apenas de Alberto , era verno o pretexto para proibir isso.

un1 ,nanifesto pela reden1ocrntiza- parente de Ênio Porque isso vai ferir de1nais o~ brios

ç.io do pais. Silveira, dono da do Exército. Vai irritá-los den1ais' ."

OGENEROSO CORAÇA-O editora Civilização Eu disse: "Bom, os senhores têrn as
Brasileira e 1ne111- suas razões e eu tenho as ,ninhas. Vou
bro do Partido Co- falar claro: os senhores querem que.

DE JUSCELINO José n1unista, responsá- através da irnpopularizaçiio progres-
Gomes vel pela ponte en- siva da Revolução. a classe open1ria
Juscelino. con1 a generosidade Talarico tre os seus can1ara- acabe nas mãos dos senhores. E eu
~ das clandestinos e quero ver se cornpatibilizo a Revolu-
cometeu os articuladores da ção co,n os que representam camadas
que era o n1nis forte traço ela sua indiscrições Frente. A casa. da classe operária, con10 o Dr. Jofio
personalidade. descreveu o epi- ao levar cercada por um
sódio: parque con1 fron- Goulart, exatamente para impedir avi-
tória dos senhores.,.
"Estava1n ali. na sala da residên-

cia do n1eu longo exílio. dois hornens u,na carta dosas n1angueiras. As negociações com Jango. inter- 1
~ mediadas por Renato Archer, foran1
de Lacerda ficava atrás da de dernoradas. O ex-presidente achava t
cujas lideranças havian1 percorrido que um encontro com Lacerda en-
can1inhos bcrn opostos. Corno iria- a Jango. Roberto Marinho. fraqueceria a an1bos, pois os seus
Juntava. portanto. seguidores teriam dificuldades em
-rnos nos entender. falando língua-
as vantagens da se-
,g. ens tiio diferentes? l)isse a Carlos ~
Lacerda que. no rneu entender. o de
gurança. da insuspeiçúo e do con-

que o Brasil n1ais precisava era de forto. aco1npanhar a reconciliação. Final-

paz. Com a posse de Costa e Silva. en1 rnente. alguns dos contatos 1nilitares
"N:io houvt' discuss.io. Lacerda j:í ~
,narço de 67. conta Renato Archer.
da Frente informaran1 que. en1 face

trazia a n1es1na idéia. ln1punha-se. '·anuncian1os que a Frente 1-\rnpla sus- do crescimento da luta armada e dos

pois. virar a página e sepultar o pas- penderia as suas atividades por 90 atos de terrorismo, urna declaração

sado. A conccpçüo dos Grandes. de- dias. porque est.ívan1os convencidos de Jango contra o terrorisn10 seria

finida por Churéhill. segundo a qual de que o General Costa e Silva era be1n recebida nos quartéis. l' ti

i li l .M;!',;; Mao +11• e<





li \ ! 1 - Mas, Talarico, você aqui de
novo? E por que está preso dessa
•• vez?

\ Estou preso porque estava
solto, é claro- respondeu Talarico.

Talarico nega essa anedota, jura
•• "Duas "hmoeratselmefaoisnataordBer"ig' acdoenirtao O encontro que foi direto a Buenos Aires e·que
Ren;ito, no Uruguai, de lá tomou o primeiro barco para
A informação limitava-se a isso. Montevidéu. Como Renato mantém
Mas Lacerda interpretou-a con10 Francisco Teixeira perguntando por articulado a sua versão, a história é boa demais
uma procuração do seu grupo de que eu mandara Talarico a Montevi- para deixar de ser contada, mesmo
amigos militares para entender-se déu. Perguntei como. é que sabia. por Renato porque mostra que o zelo pelo segre-
com o presidente deposto, colheu Ele respondeu: Talarico acaba de Archer, do não era o forte dos pseudocons-
algumas assinaturas de generais e me telefonar de Porto Alegre. Nüo é piradores.
coronéis e buscou uma maneira de valeu a
fazê-las chegar a Jango, no Uruguai, O encontro entre Lacerda eJango
junta1nente com nova carta, pro- que ele saltou do avião, falou co1n Jango foi mais cordial do que se previa, e a
pondo um encontro. todo mundo co1n quem tinha de reações de declaração conjunta foi assinada.
falar. ou com quern não devia falar. antigos Nela, João Goulart não só conde-
nava o terrorismo, como reconhecia
e partiu para Montevidéu?" aliados e a que a Revoluçfio de 64, que o havia
derrubado, era irreversível e que ti-
UM EMISSÁRIO José Gomes Talarico, que La- Lacerda a nham que tocar o país adiante.
INDISCRETO cerda aprendeu a respeitar pela sua inimizade
absoluta fidelidade a João Goulart. dos Tal como Jango previra, o encon-
1 era um ex-deputado considerado militares. tro afastou Lacerda da maioria dos
seus amigos militares. Alguns, mais
t Renato convocou o emissário ofi- pelego do n1ovimento sindical. No exaltados. passararn a considerá-lo
u1n traidor e um inimigo. Outros,
cial de Jango, José Gomes Talarico, entanto, ao longo do exílio, sempre como a viúva do Major Rubem Vaz.
que perdera a vida no atentado que
à sua casa. expôs-lhe a missão e en- que podia viajava para o Uruguai, sofrera na Rua Toneleros, no auge
da campanha pela derrubada de Ge-
tregou-lhe uma carta. Mas, como de ônibus. de carro, de avião, o que túlio Yargas, deixaran1 de curnpri-
mcntá-lo.
desconfiava da indiscrição de Talari- fosse, para ver o an1igo e trazer de
Em relação a Jango, as reaçõe5
co. não pern1itiu que saísse da sua volta as suas opiniões sobre a polí- tamb'ém foram fortes. Leonel Bri-
zola, por exemplo, comentou o en•
vista. Mandou o motorista à sua casa tica nacional. Quase sempre era pre- contro com uma nota violentíssima,
so, rnas, assi.m que sai, a. arrumava na qual acusava Jango de se estar
buscar uma mala e levou-o até a fila aliando com o assassino de Getúlio
maneiras de viajar novamente. Era Yargas. Miguel Arraes, o outro im-
de embarque no aeroporto, se1n per- portante líder exilado. vivia na Ar-
preso com tanta freqüência que um gélia e n.io foi consultado. Quieto
. mitir que desse sequer um telefo- estava, quieto ficou, en1bora olhasse
dia, no DOPS, um delegado per- com desconfiança esse balé político
nema. guntou: onde não parecía haver lugar para o
povo.
l .. o
m- Ganhos. se houve. foram poucos.

OS MILITARES E
AFRENTE AMPLA

A fragilídade de urna frente com-
posta por antigos inirnigos. que não
dispunham de estrutura organiza-
cional alguma e que, para arnplia-
rem a sua influêncía, dependian1 da
boa vontade do regime que preten-
diam combater, para garantir-lhes o
acesso ao rádio e à TV, saltava aos
olhos de qualquer observador n1e-
díanamente atento.

+ ; § : 1 ' o •1 :.a: - · - = j r:,:• •• ,ll/ , , ,,,,,. , , U' .,., • t :

Os ilitares Na verdade, a Frente Ampla teve . i
exa·geraram a
ameaça da ·Frente a importância que os chefes mili- tava de corresponder ao seu ele'í- l'
Ampla para dar'o tares da ocasião quiseram lhe dar. torado estendendo ao máximo os li-
g!Wlpe dentro do Por si mesma, não tinha importância
golpe alguma, essencialmente por dois mites do exercício dos seus manÔc1)'
motivos: tos na contestação ao regime militar.
o entanto, a Comunidade de
Informações emprestou-lhe a) porque os seus líderes, Lacerda Esten_der os limites do mandato que-
uma importância que estava inclusive, tinham perdido toda a ca- ria dizer, para eles, usar permanen-
longe de ter no país. Exagerar a temente a tribuna para denunciar o
ameaça fazia parte dos seus planos pacidade de mobilizar a opinião pú- governo, responder com apartes ou
para desencadear o golpe dentro do blica, d~do que os adversários lhes discursos às tentativas de defesa que
golpe. barravam o ·acesso à TV; os deputados governistas acaso em-
Segundo o depoilnento de Renato prendessem, criar comissões parla-
Archer existente no CPDOC, Cen- . b) porque, no período da sua arti- mentares ·de inquérito, fazer con-
tro de Pesquisa e Documentação de culação, ou seja, 67 e 68, a classe
História Conten1porânea. da Fun- média estava começando a usufruir ferências onde lhes abrissem um es-
dação Getúlio Cargas. o General os resultados da concentração de paço, fiscalizar as condições de pri-
João Baptista Figueiredo ao encon- renda provocada pela política eco- são dos prisioneiros políticos, escre-
trar-se com ele no Aeroporto Santos ver artigos e dar entrevistas, partici-
Dumont, em 67, disse: "Se o Costa e nômica de Delfim Netto. A não ser par de asseml;>Iéias de intelectuais e
Silva não fosse tão burro. poria o no Rio de Janeiro, onde era grànde a estudantes, ir às passeatas, apoiar as
senhor e o Carlos Lacerda na cadeia, influência de funcionários federais greves, enfim, usar as imunidades
porque os senhores, com esse movi- submetidos ao arrocho salarial, e,
1ncnto, vão encurralar as Forças Ar- portanto,_mais disposta a protestar, que garantem as opiniões políticas ·
madas. Eu, se fosse ele , botava vo- a classe média estava muito contente dos congressistas para forçar o re-
cês dois na cadeia.'' da vida, entrando em consórcios gime ou a retroceder, ou a tirar defi-
Figueiredo sabia tão bem das coi- nitivamente a máscara e revelar-se
sas que foi chefe do SNI e presidente para comprar ~arros de passeio, como uma ditadura aberta. Nesta hi-
da República. Com essa observa- pensando em viajar à Europa , ou, pótese, acreditávamos que o perío-
ção, botou o dedo no coração do do de arbítrio seria encurtado pela
problema: a Frente An1pla não era pelo menos, em fazer compras em reação popular e pela pressão inter-
u1n n1ovin1ento político de massas, Buenos Aires. Era o início dos anos
de molde tradicional. Era uma ten- de glória dos sérgios dourados, e nacional.
tativa de 1nobilizar as opiniões de quem podia.tratava de conseguir um Gustavo Capanema, deputado de
setores da classe médiâ em favor da plano qualquer do BíJ,nco Nacional
redemocratização do país. única infinitos mandatos, espantou-se
possibilidade de os seus integrantes
prosseguire1n nas suas respectivas Costa e Silva e Jayme Portella. Aacomodação da classe
carre iras e alcançare ,n o poder. média dava bons motivos para brindes.
Co,no as Forças Ar1nadas são a
única grande instituição brasileira de Habitação para co1nprar um com o clilna da Câmara quando a ela
inteiran1ente nas nuios da classe mé- apartamento de três quartos. A clas- voltou em fevereiro de 67 . Comen-
dia e como o golpe de 64 as havia se média não queria saber de mu-
transformado na única organização tou: essa Câmara está cheia de pa-
política con1 influência real. u1na di- danças políticas, sobretudo se repre- dres, mulheres e meninos.
vis.io das classes médias produzia sentassem a possibilidade de un1a re-
tambén1. auton1atican1ente . a a1nea- abilitação de João Goulart, de cujo Os meninos eram jovens oposicio-
ça de divisão das Forças Arn1adas. governo guardava ainda péssimas nistas, vindos das lutas estudantis ou
Este é tun perigo que regin1e rnili- das redações dos jornais. eleitos no
tar algurn está disposto a correr sen1 recordações. além de um terrível
medo do comunismo. Ou seja. a triângulo Rio-São Paulo- Belo
oferecer resistência. b~se social da Frente An1pla estava Horizonte ou no Rio Grande do Sul,
sendo erodida pela política de Del- um estado onde as tradições parti-
dárias eram mais sólidas.
fi1n Netto .
Enquanto os grandes líderes do A Deputada Yvete Vargas, PTB
de São Paulo , era uma língua ferina
passado tentavam abrir alternativas e via com a maior desconfiança a
atividade extraparlamentar que
através da Frente An1pla, u1n grupo
de deputados eleitos em 1966, pelo exercíamos. Batizou-nos logo de
voto ideológico oposicionista. tra- Grupo dos Imaturos, nome que as-



Em conseqüência, perder o man-

d.ato era uma possibilidade antevista-

desde o início e que não me 'intirni-

dava. Temia n1ais não exercê-lo com

plenitude e dignidade.

Logo ao se iniciarem os trabalhos

da nova legislatura, em 67, juntei- f

me a três outros deputados. Eugênio r

Doin Vieira, economista, ele Santa

Catarina. David Lcrer, rnédico, do

Sindicado dos Metalúrgicos de São

Paulo. e Edgar da Mata Machado.

santo de carteirinha , líder e.ia es-

querda católica mineira. para alu-

garmos uma casa no Lago Sul . então •
um lugar semideserto, por onde pas-

tsava1n a noite lobos-guarás. corujas

e cobras.

Nossa casa. batizada pela impren-

sa de Rcpúblic,1 Sociafist;, do Lugo.

tornou-se um ponto de encontro.

sumimos com gosto, porque julgá- todos os que estivessem dispostos a Márcio Vivia sempre cheia de políticos e

varnos ser falsa a maturidade dos de- correr o risco da oposiç,10. jornalistas de oposição. rnisturados
Moreira Alves com amigas de David. mulherengo
putados antigos e a traduzíamos · Nas eleições parlan1entares de era um dos
incorrigível e o hornem 1nais valente
cgo1.mmeo. equivalente a um apoio ao re- 1966, as primeiras depois das cassa- jovens
lij ções de direitos políticos pro1novi- que já conheci. Por vezes, hospedá-
Padres não eram tantos, quatro deputados vamos estrangeiros de passagem,
'\ apenas, mas contrastavam com le- das a partir de 1964. saíra1n quatro. que ~e como Pablo Neruda. ou amigos em
gislaturas anteriores, onde a única deputados da redaç.io do C'orreio da levantavam visita a Brasília, coino Rubem Bra-
presença sacerdotal era a de Monse- ga, Arnaldo Pedroso Horta ou Otto
nhor Arruda Câmara. último repre- Manhã: Alberto Rajão e Fabiano Lara Rezende.
sentante de un1a velha linhagem Villanova, deputados estaduais. na Câmara
política pernambucana, que deitava l-iermano Alves e eu. deputados fe- contra o Reuniôes políticas eram várias
regime por semann. e nelas combináva1nos
derais. com os outros deputados do grupo o

A Câmara dos Deputados não me militar. Yvete

raí~es na Confederação do Equador era estranha: nela havia entrado Vargas (dir.) que! fazer. Hélio Navarro , que fora
e na Revolução Praieira. As mulhe- pela primeira vez aos 20 anos de considerava- presidente do Centro Acadernico XI
res era1n. co1n exceção de Yvete idade. como repórter, e dela não me os afoitos.
Vargas, espertíssima dona do PTB afastara corno articulista político. A de Agosto, da Faculdade de Direito

paulista , quase todas esposas de chamada 1najest;ide i11,c;titucionnl de São Paulo, procurava rnanter

não me inti1nidava ou deslun1brava . contatos co1n os 1novimentos estu-

políticos cassados. dantis. Mata Machado e eu nos en-

, Tinha co1n a Câmara tuna relação de carregávamos das conversas com
AREPUBLICA trabalho. ):)ara cumprir a tarefa que
bispos e padres. Otiívio Caruso da
me ·fora delegada pelos eleitores, e
SOCIALISTA DO lAGO não uma relação de e1nprego. dado l{ocha , jurista gaúcho que mantinha
contatos com Brizola , ajudava seu
que não considerava o n1anclato
O Correio da Manhã. do Rio de como emprego. contcrrftneo Mariano Beck nos
Janeiro , foi o principal jornal de pareceres ju rídicos sobre as ações do

oposição à perpefuação cio rcgi1ne governo . Maurílio Ferreira Lima.

militar. apesar de ter apoiado o Para saber mais pernambucano recé1n-saído do mo-

golpe contra João Goulart. A sua vimento estudantil. fazia ligações

proprietária. Nio1nar Moniz Sodré , As principais fontes testemunhais sobre a Frente Ampla co1n o Nordeste , n1as gostava

filha do senador baiano Antônio são os relatos de Carlos Lacerda, no seu Depoimento, mesmo era de um poste cm passea-
Moniz Sodré. vivera a política tradi- ta, para deitar o verbo.
Nova Fronteira, 1977, capitulo XXII/, iJ de Jusce/lno Kubits-
cional desde menina e. ao lado de ·rodos nós. estreantes. respeitáva-
chek, em JK: Memorial do Exílio, livro de Carlos Heitor Cony,

Bloch Editores, 1982, capítulo X, eode Renato Archer, em um
depoimento de 728 páginas que pode sêrconsultado no CPOOC mos e ouvíamos apenas três deputa-
Paulo Bittencourt, seu n1arido, par-
da Fundação Getúlio Vargas, do Rio de Janeiro. dos veteranos: o líder do MDB.
ticipara de todas as campanhas e de- Mário Covas , deputado por São
bates desde o fim da ditadura Var- Miguel Arraes explicoEJ as razões que olevaram anão apoiar Paulo. que, e1nbora jovem também.
gas, Rapidamente percebeu a amea- a Frente Ampla em entrevista a Cristina Tavares e Fernando

Mendonça, publicada no livro Conversações com Arraes, Belo
ça à influência do seu jornal que um Horizonte, 1979, pág. 105. Thomas Skfdmore comenta esse já estava no seu segundo mandato;
episódio e atuação dos deputados de esquerda no livro Brasil: Martins Rodrigues, um velho leão li-
governo militar representava. man- beral. oriundo do PSD do Ceará; e
tendo sempre suspensa sobre a sua de Castelo a Tancredo, Paz e Terra, 1988, págs. 148 a 165. Oscar Pedroso f-forta , advogado pau-
cab~ça a espada da censura. Em lista muito ligado a Jânio Quadros, de
conseqüência. acolheu nas colunas OGeneral Jayme Portel/a comenta a Frente Ampla, a ativi-
quem fora ministro da Justiça.
dade dos parlamentares, do PC e dos estudantes de forma um

tanto desordenada no seu livro ARevolução e oGoverno Costa
do conservador Correio da Manhã e Silva, Guavlra Editora, 1979, entre as páginas 519 e 568.

,

•·

Is ibvens . t
ferentes opções ideológicas com liber-
·deplltados dade. consonância com'ele, desenvolviam as
não ,acreditaram
na ·f. o1 rça do José Maria Alkimin, raposa mi- suas atividades subversivas nos meip.,.S ).1,, •··
governo militar. neira e vice-presidente da Repúbli- \!, ½M
eagal ram caro ca, costumava vir à República Socia- estudantis e nos sindicatos.''
lista do Lago almoçar com o seu pri-
s únicos senadores com quem mo Edgar da Mata Machado. Trata- Comentando a Passeata dos 100
mantínhamos afinidades va-nos com o cuidado de quem lida
eram Mário Martins, da Gua- com loucos furiosos e, um dia, entre Mil e o atentado a bomba contra o
nabara, jornalista que viera da UDN um pedaço e outro de galinha ao
e das lutas contra Getúlio Vargas, e molho pardo, virou-se para o primo Quartel-General do II Exército, em
.. seu suplente, com quem alternava a e disse:
cada seis meses, o advogado pete- São Paulo, Portella relata: "O secre-
bista Marcelo Alencar. Considerá- - Edgar, diga a esses meninos
vamos os demais um bando de ve- que o governo federal é uma coisa tário-geral do Conselho de Se-
lhos caquéticos, acomodados, pron- tão forte que não se derruba. Go-
tos a fazer reverências ao primeiro verno ca1•. gurança Nacional (que era ele
general que aparecesse. Era essa
mesma, alilís. a opinião que tínha- Não acreditamos. Pagamos caro a mesmo) apresentou ao presidente
mos de alguns deputados que a iriam incredulidade.
desmentir no futuro, mantendo um relatório com base nas apura-
acesa a chama da oposição e do com- N
ções de todo o sistema nacional de
AARMAÇAO DA COMUNIDADE
DE INFORMAÇOES informações, mostrando que o pla-

As atividades que desenvolvía- no de agitação tinha muita profundi-
mos eram acompanhadas de perto
pela Comunidade de Informações, dade e recebia apoio externo.
interessadíssima em pretextos para
justificar um novo Ato Institucional. "Os parlamentares de esquerda

O General Jayme Portella, chefe estavam compro1netidos com o pla-
da Casa Militar e, juntamente com o
chefe do SNI, General Garrastazu no e, usando as suas imunidades,
Médici, um dos líderes desse grupo
de golpistas, escreveu a respeito: insuflavam a agitação, pois que o

objetivo era enfraquecer o governo

e a Revolução, levando o país a ru- 1, ~~ ·;

mo imprevisível."

A Comunidade de Informações

exagerava a influência dos deputa-

dos sobre os movimentos populares,

porque isso convinha aos seus pla-

nos de golpe. Na verdade, era no-

tório que os deputados eram aceitos

com reservas pelos estudantes e

operários e sequer lhes era dada a

palavra em reuniões sindicais ou as-

sembléias, onde o controle dos ora-

dores ficava sempre em mãos das

correntes mais radicalizadas. A rea-

ção dessas correntes era mais exclu-

dente ainda em relação aos militan-

tes do Partido Comunista, de cuja

l linha divergiam por considerá-la 1

cúmplice, por exagerada prudência, 1

do regime militar.

Onde os deputados realmente in- l

fluíam era nos diretórios acadêmicos

que os convidavam a falar, especial-

mente sobre proble1nas que diziam

diretamente respeito aos estudan-

tes, como a negociação dos acordos

MEC-USAID, entre o Ministério da

Educação e o governo dos Estados

Unidos. Influíam, ainda, no público

em geral, através da imprensa, que

trans1nitia as suas opiniões e discur-

_,, sos. Alguns, como Hennano Alves,

21 ,t lcontinuavam a escrever nos jornais.

Hermano Alves e sua máquina irritaram os militares. Um artigo de Hermano sobre a situa-
ção militar. publicado no Correio da

bate democrütico durante os anos de "O Deputado Márcio Alves desen- Manhã, foi examinado como um pos-
chumbo, como Franco Montoro e volvia uma atividade fora do comum e
Ulysses Guimarães. estava em todos os lugares, ora fa- sível pretexto para o desejado con-

O que nos unia era , realmente, a zendo conferências nos sindicatos, ora fronto com o Cong~esso, caminho
vontade de dern1bar o regime militar. falando em programas de televisão no
substituindo-o por um regi1ne plena- Rio e em São Paulo. Outros deputa- para um novo Ato Institucional.
mente democrático, a partir do qual dos. como Mário Covas, Edgar da
cada um .poderia seguir as suas di- Mata Machado e David Lerer, em O pretexto veio, finalmente , com

la invasão da Universidade de Bra-

sília e o discurso que a respeito pro-
nunciei, em fins de agosto de 68.

Na próxima semana, o último capítulo: Ditadura, Nua s Crua "

•• .. ••

.• • ?aS'ta ~1° 001·• ~t.~ ·


"
'
'


..

•\

Márcio Moreira Alves

• . l OMinistro
ra un1a sexta-feira Gama e
L..,~ 13, lúgubre e aziaga, t Silva, autor
em dezembro de do texto,
1968. O locutor Alberto ! assiste.
Cury, .conhecido como a Alberto Cury
... •1ê o Al~5, no
J'OZ do Brasil, leu, com dic- Palácio das
}. Laranjeiras,
ção mais que perfeita, ao no Rio, ao
lado do ministro da Jus- • microfone da
tiça , Gama e Silva, o Ato Voz do
Institucional 11? 5. O go- .l .~ Brasil. A
verno militar se assumia ,'. ,, . ditadura
como ditadura nua e crua, tirava ·os
fechando o Congresso e su- 1~
pri~indo liberdades. Doi's disfarces. ·
discursos de Márcio ' •I
Moreira Alves, na Tribuna 1
da Cân1ara dos Deputados, 1 :(1
foram o pretexto dos gol-
pistas. Aqui, l\1árcio en- !
cerra sua análise de 68/ 0
Ano Que Nludou o Jl,fundo, .,
mostrando como os mili-
tares ·radiéais ma~obra- '
r.am· para 1nergulhar: o
Brasil nas '-trevas. • ''•

• •

.. .. ,



pern1ite a um deputado expressar li-

vremente as suas opiniões, ainda

que sejam elas altamente minori-

tárias, impopulares ou até crimino-

sas. Por exemplo: a Constituição

proíbe que se tente acabar com a

Federação, promovendo o separa-

tismo, ou acabar com a República,

defendendo a monarquia. Proíbe,

ainda, que se atente contra a ordem

democrática. No entanto, um depu-

tado pode tranqüilamente subir à

tribuna e defender a divisão do país

em várias repúblicas, a restauração

presidente da Câmara dos De- da família imperial no Palácio de
putados, José Bonifácio de
• São Cristóvão ou, até mesmo, o fe-
chamento do Congresso e a instau-
Andrada, mais apropriada- ração de uma ditadura. As suas pala-
mente conhecido como Zezinho,
vras, da mesma forma que os seus
proclamou o resultado da votação pareceres nas comissões especializa-
que acabara de se encerrar, às 3 ho- das ou os seus votos em plenário,
ras da tarde do dia 12 de dezembro:
não podem ser contra ele alegadas
"216 senhores deputados votaran1
nos tribunais ou servir de pretexto
contra a proposta; 141 senhores de- para qualquer tipo de punição.
putados votaram a favor; houve 12
O respeito à total inviolabilidade
votos em branco. A proposta foi re- da tribuna parlamentar foi o centro
cusada e será arquivada."
do episódio político chamado Caso
Alguém, nas galerias apinhadas, Mareio Moreira Alves. A preserva-
começou a entoar o Hino Nacional.
Zezinho acionou as campainhas com ção desta inviolabilidade por uma Oconflito cidadania
Câmara onde a proporção de gover-
energia, exigindo silêncio. Os versos versus Estado
do hino foram ganhando 1nais força. nistas para oposicionistas era de dois
para um serviu de pretexto à nas-
O son1 das campainhas foi coberto cente Comunidade de Informações,
pelo canto, até que deixaram de ser que tinha como um de seus líderes
tocadas. Tod~s se puseram de pé e A formalização jurídica do golpe

aderiram - O Pátria ,1mada, idola- 1nais visíveis o General Jayme Por- de 64 foi concretizada pelo Marechal

trnd,1. salve, salve! As palavras era1n tella, chefe da Casa Militar da Presi- Castelo Branco, que fez o Congres-

entrecortadas por soluços, as h1gri- dência, e ao ministro da Justiça, so aprovar, em 1967, uma nova

Luiz Antonio Gama e Silva, vulgo Constituição, em substituição à de
1nas escorriam pelos rostos até de Gaminha, para fecharem o Congres-
políticos calejados e céticos, como so em dezembro de 1968 e instituí- 1946. Essa Constituição mantinha

se ainda surpresos pela temeridade ainda algumas regras básicas da de- C r

rem, durante dez anos, a primeira e, mocracia, como a possibilidade de
do que acabavam de cometer, di- esperemos, única ditadura militar da
zendo não aos três ministros mili- História do Brâsil. os tribunais revogarem prisões arbi-

tares, recusando-se a ad1nitir as trárias através do habeas corpus, a

an1eaças do presidente da Repúbli-

ca. mantendo incólume a mais an-

tiga e a n1ais i1nportante proteção a

un1 deputado no exercício do seu

mandato: o direito de dizer o qu_e

bem entendesse da tribuna do Parla-

mento, sem que pudesse ser perse-

guido pelas opiniões que expres-

sasse.

Esse direito, que não pertence in-

dividualmente a deputado algum,

,nas sim à própria Cân1ai'a, fora con-

quistado na Inglaterra do século

XVII, quando eram comuns os con-

flitos entre o Rei e os representantes

do povo. A democracia, nos países

onde a inviolabilidade da tribuna

• parlamentar não é respeitada, tor- Ulysses Guimarães dá o seu voto: um não às ameaç'as
dos ministros militares.
na-se uma, mera fachada do autori-
tarismo. E essa inviolabilidade que

.

sidades era feita, em última instân-
cia , pela Secretaria do Conselho de
Segurança Nacional, chefiada pelo
General Jayme Portella. Em pales-
tra na Escola Superior de Guerra.
em 68, Portella defendeu ·a tese de
que o país deveria ser governado por
apenas dois Conselhos: o de Se-
gurança e o de Desenvolvimento. O
mesmo tipo de proposta havia sido
feito, dois anos antes, pelo ideólogo
da ditadura militar argentina, Ge-
neral Eduardo Senorans.

Logo, o principal articulador do
golpe dentro do golpe seria, tam-
bém, o seu principal beneficiário.
Nisso, aliás, o General Portella se-
guia uma velha tradição das oligar-
quias brasileiras, que não costumam
declarar claramente que estão de-
fendendo os seus próprios interes-
ses, posição legítima em uma socie-
dade pluralista, mas tratam de cha-
mar esses interesses pessoais de "in-
teresse nacional".

··- liberdade da imprensa escrita, o com o atentado a bomba contra o A Câmara 1 Amarcha da insensatez 1 ,•
direito de ir e vir e a liberdade de Quartel-General do II Exército, em dos
expressão. Mantinha, também, a li- junho de 68, a pressão contra essa Deputados A formação militar, no Brasil e
berdade de reunião pública e pací- velha conquista democrática tor- (Márcio em qualquer outro lugar, pode ser
fica, ou seja, o direito que têm os nou-se mais forte. Moreira
cidadãos, com prévia comunicação à Alves ao autoritária, como nota o Almirante
polícia, de se juntarem em lugares Na verdade, o conflito jurídico centro)
públicos para discutir as suas reivin- que eclodiu em 68 reproduzia a his- Mário César Flores, mas se os mili-
dicações, organizar comícios ou fa- tória da conquista das liberdades levantou-se tares brasileiros não têm noção clara
zerem passeatas. pelos povos do Ocidente, que é a para do que.seja democracia ou a ela não
história da contradição entre o direi- se apeguem exageradamente, têm ,
O habeas corpus, expressão que to do cidadão e o direito do estado. aplaudir o ao contrário, um incrível apreço
pela legalidade. O que vale, para
e) em latim quer dizer "apresentem o O homem deve ser o centro do não à eles, é o que está escrito nas leis,
sistema jurídico e, portanto, na sua sejam elas democráticas ou não,
corpo", foi uma conquista dos ingle- qualidade de cidadão, deve ser o tentativa de boas ou ruins. Essa a razão de o
ses, conseguida de armas nas 1nãos centro do regime político, reza a calar a voz General Eurico Dutra, quando pre-
contra o Rei João Sem Terra, em doutrina humanística defendida dos sidente da República, mandar bus-
1215. Impede que alguém seja preso pelos democratas. O estado tem, so- car "o livrinho", quer dizer, a Cons-
sem amparo da lei ou que seja detido bre o cidadão, direitos totais para parlamenta- tituição, sempre que estava em dú-
em lugar ignorado. Daí o poder dos que possa defender-se e sobreviver, res. vida. O General Costa e Silva falava
juízes de exigir que a autoridade devendo os direitos do cidadão da necessidade pe, antes de agir,
executiva "apresente o corpo", ou serem garantidos apenas quando mandar algum advogado'"fazer uma
seJ♦ a, que traga o pn•s1• one1• ro ao tri• - não entram em conflito com os direi- leizinha" que acobertasse a ação
bunal, onde a sua liberdade será de- tos do estado, reza a doutrina autori- planejada.
tária.
cidida. A característica legalista da for-
Em 68, os tribunais estavam A doutrina de segurança nacio-
nal, desenvolvida ao longo dos anos mação militar brasileira é, ainda,.
tirando da cadeia os estudantes pre- 60 na Escola Superior de Guerra,
sos em passeatas ou no congresso da adotada pela Comunidade de Infor- parte da permanente busca· da uni-
UNE, reunido em Ibiúna. Antes, a mações e disseminada nas Forças dade das Forças Armadas, principal
partir de 64, tinham libertado mui- Armadas através da teoria da guerra objetivo político dos seus coman-
tos dos perseguidos pelo golpe, o total anti-subversiva, era uma dou- dantes. Em 1968, ela teve uma con-
que já motivara um protesto formal trina autoritária. Portanto, exigia seqüência·desastrosa para a demo-
que o cidadão se submetesse às ne- cracia: reforçou o poder do ministro
Q contra a instituição do habeas cor- cessidades do governo, necessidades da Justiça, Gama e Silva, que desde
. pus por pa_rte do comandante do IV que eram apresentadas como sendo o início do ano andava com a pasta
as do país. A definição dessas neces-. cheia de rascunhos de atos institu- .
Exército, sediado em Recife, Ge- cionais, cada um mais totalitário que
o outro.
neral Antonio Carlos Muricy. Com
as primeiras ações de guerrilha ur-
bana já identificadas, e, sobretudo,



~.' ~ .,_ O procurador-geral da República, '
Délio Miranda, pinçou trechos de
• 8 :o neral Médici 'Pinga-Fogo, o horário das sessões ~~. . ·

reservado para pequenos pronun-

grovidenciou a ambos, na representação que fez ao cian1entos de, no máximo, cinco mi-
ilislribuição dos Supremo Tribunal Federal, acusan- nutos, teve o seguinte trecho pin-
do-me de "abusar dos direitos indi- çado: ''Vem aí o 7 de setembro. As
viduais e políticos, praticando aten- cúpulas militaristas procuram explo-
tado contra a ordem democrática , rar o sentimento profundo de patrio-

discursos a todas vilipendiando as Forças Armadas, tismo do povo e pedirão aos colégios
procurando contra elas criar senti- que desfilem junto com os algozes

mentos hostis da nação em que as dos estudantes. Seria necessário que

mesmas se integram como institui- cada pai, cada mãe, se compenetras-

Exé cito ções regulares e permanentes". se que a presença de seus filhos nes-
Do primeiro e longo discurso, pin- se desfile é um auxílio aos carrascos
que os espancam e os metralham nas
çou o seguinte trecho: "Uma vez

que no Brasil de hoje torturar presos ruas. Portanto, que cada um boico-

inermes parece ser ,notivo de pro- tasse esse desfile. Esse boicote pode

moção na outrora honrada e glorio- passar também - sempre falando

sa carreira n1ilitar, pergunto: de mulheres - às moças que dan-

m novembro e dezembro de quando pararão as tropas de ,netra- çam com os cadetes e namoram os

68, quando a Câmara exami- lhar na rua o povo? Quando uma jovens oficiais. Seria preciso fazer ( ; '
nava o pedido dos ministros bota, arrebentando u1na porta de la- hoje no Brasil com que as mulheres ·

militares para que eu fosse proces- boratório, deixar~í de ser a proposta · de 1968 repetissem as paulistas da
sado por delito de opinião, Gama e de reforma. universitária do go- Guerra dos Emboabas e recusassem

Silva mudou-se para o Palácio do verno? Quando teremos, como pais, a entrada à porta de suas casas àque-

Congresso. instalou-se no gabinete ao ver os nossos filhos saírem para a les que vilipendiam a nação, recu-

da liderança da ARENA, partido do escola, a certeza de que eles não vol- sassem aqueles que silenciam e, por-

governo, e praticamente assumiu o tarão em uma padiola, esbordoados tanto, se acumpliciam. Discordar

comando das manobras processuais. ou metralhados? Quando podere- em silêncio pouco adianta."

O líder do governo, Deputado Er- 1nos ter confiança naqueles que de- Eu não tinha .os meios materiais .
nani Sátiro, tinha infartado e fora vem executar e cumprir as leis? de implementar essas recomenda-

substituído por um vice-líder, o ,ni- Quando não será a polícia um bando ções de boicote, nem qualquer outro

neiro Geraldo Freire. político de

carreira e intelecto bastante ,nodes-
tos. A sua fraqueza• pern1itiu que a

condução do episódio passasse para

as n1ãos do 1ninistro, cujo interesse

era produzir o impasse entre o Exe-

cutivo e o Legislativo e criar uma

crise institucional a ser resolvida

pela instauração da ditadura com-

pleta.

Na verdade, a estratégia dos '' 1
adeptos da ditadura era uma espécie
de jogo de perde-ganha. Se perdes- 1. 1''''
sem na Câ,nara , ganharia,11 nos
'1

'

quartéis. fazendo prevalecer a sofu- '
ção do arbítrio. Caso ganhassem na

Cân1ara , perderia,n rnomentanea-

n1ente a possibilidade de implantar a

ditadura, n1as quebrariam a resis-

tência do Congresso a qualquer arbi-

trariedade. Após a cassação do n1eu

n1andato viria,n outras. Como chefe do SNI, Médlcl desempenhou um papel fundamental nos
meses que precederam a decretação do Al-5.
1 Opretexto
1 de facínoras? Quando não será o deputado os tinha. Portanto, eram
Exército um valhacouto de tortura-
O pretexto usado para fechar o dores? " ç ,recomendações vazias, puramente 1
Congresso fora,n dois pronuncia-
n1entos que fiz. a 2 e 3 de sete,nbro, Valhacouto quer dizer refúgio , teóricas, que não ocorreria a nin- !
na seqüência da brutal invasão da abrigo, asilo, e o procurador subli-
Universidade de Brasília por um co- nhou esse trecho. guém de bom senso ou de boa-fé
mando n1isto da Polícia Militar, da transformar em urna declaração de
O segundo discurso, o que afinal guerra de um poder da ~epública
contra o outro.

polícia civil e do Exército. ficou famoso , foi pronunciado no Um discurso inútil, poder-se-ia di-

. •;,,-r,--:,--:;:--;,-,:-:;;:,.= ••.-:,:r.Q'J....--:,,:,..-,.......~.,,,,...,.,.~~....,"'-">'=,., 11(>,.,,.:i? oil"ioW7il'i 1<'31UF.,_. q 7!'t /,llstfl:°"'•e- St ; , r,i:rtllf";IS tt . . .)::1 -.

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1

'

1 ções indiretas que, na verdade, eram

... ..! decididas pelos altos-con1andos das
Forças Annadas, sobretudo no Alto-
\ J zer, ou, .para alguém irritado, po- vares, oficiava ao presidente da Re- Os ministros do Con1ando ·do Exército.
pública citando os discursos e di- Exército, Lyra
deria ser considerado um discurso zendo que "a coibição de tais violên- Tavares, da O General Afonso Albuquerque
bobo. No entanto, ele continha um cias e agressões verbais injustificá- Marinha, Lima, que ainda não descobrira a
elemento de fundamental valia para veis contra a Instituição Militar Augusto sua vocação para o mercado finan-
os que tramavam o golpe: o ele- constitui medida de defesa do pró- Rademaker, e ceiro e se arvorava em líder nacio-
mento machisrn~. Recomendar que prio regime, sobretudo quando da Aeronáutica, nalista, estava em campanha aberta,
as moças não namorassem os tenen- parecem obedecer ao propósito de Márcio Mello e fazendo conferências nos círculos
tes era algo que até o pior aluno da uma provocação que só poderia con- Souza, militares das diversas regiões do
Academia Militar entenderia como correr para comprometê-lo". Afir- levantaram-se país. O General Sizeno Sarmento,
mava que os· pronunciamentos ha- contra o que comandante do I Exército, sediado
uma ameaça. Poderia, portanto, ser viam tido grande ressonância no seio consideraram no Rio,de Janeiro, ron1pera com o
usado para desviar a raiva dos jo- do Exército. Os ministros da Mari- ofensas às seu líder de sempre, Carlos Lacerda,
vens oficiais, que estava voltada nha e da Aeronáutica oficiariam em Forças
contra o governo, conforme se tor- solidariedade ao do Exército so- Armadas. e movimentava os seus apoios. Ha-
nara público, a 1 de novembro, atra- via conversas em torno do General
mente duas semanas mais tarde, nos Meira Matos, que dispunha de um
vés da divulgação do manifesto dos dias 19 e 20 de setembro, o que deixa dispositivo militar próprio, como
capitães que cursavam a EsAO, Es- claro ter a articulação do conflito coordenador das polícias militares
cola de Aperfeiçoamento de Ofi- partidõ de comandantes da força estaduais, e do chefe do Esta-
ciais. Esses capitães acusavam o go- terrestre. Apesar disso, nem Lyra do-Maior do Exército, General An-
verno de corrupto e de não se preo- Tavares, nem o ministro da Aero- tonio Carlos Muricy. que tinha liga-
._...,__" cupar com o adestramento e o equi- náutica, Márcio Mello, falavam em ções com políticos nordestinos. Até
cassação de mandato. Limitavam-se se mencionavam dois coronéis que
pamento do Exército. Diziam-se a mencionar "providências legais".
1 cansados de ouvir falar de Corpo de Somente o ministro da Marinha, participavam do Ministério, Jarbas
1' Exército e de foguetes, quando lida- Augusto Rademaker, o último a Passarinho, ministro do Trabalho, e
1 vam no seu dia-a-dia com o mosque- pronun•ci• ar-se, tratava dess~ as- Mário Andreazza, ministro dos
sunto, ainda que por ·hipótese, es.- Transportes e um dos auxiliares fa-
tão 1908. crevendo: "Parece ser o Deputado voritos de Costa e Silva.
Um exército não se põe em mar-
Márcio Moreira .Alves passível de Só não era candidato aquele que,
\ cha se os capitães não quiserem. São enquadramento no Artigo 151 da pela lógica dos tempos deveria ser: o
eles os oficiais mais numerosos e, Constituição do Brasil." Quem
comandantes de companhias, os que ministro do Exército, General Au-
diretamente lidam com a tropa que agravou a ação para propor uma cas- rélio Lyra Tavares. É que Lyra Ta-
vai entrar em ação. Foram , por- sação de mandato avalizada pela Câ- vares era considerado uma pe_rso-
tanto, o alvo preferencial dos cons- mara, objetivo sabidamente difícil nalidade fraca, incapaz de liderar
de ser alcançado, foi o ministro da
piradores. Corno nenhum dos dois Justiça. um governo. Ao longo de 68 tivera
discursos havia sido registrado pela de apoiar-se na presidência da re-
imprensa - o máximo de divulga- Ojogo da sucessão 1 pública pelo menos duas vezes para
ção conseguido pelo segundo fora resolver conflitos de ambições no
urna minúscula menção na Folha de Em fins de 68 já se discutia a suces- âmbito de sua pasta. Na primeira
S. Paulo - o General Emílio Gar- são do Presidente Costa e Silva, a ser vez, tratava-se de conseguir do Ge-
( ,rastazu Médici, chefe do SNI, provi- homologada pelo Congresso, em elei-
neral Moniz de Aragão, Diretor
!1 denciou a sua distribuição na íntegra Geral de Ensino do Exército, que
a todas as unidades do Exército. parasse a ~olêmica que mantinha,
A 5 de setembro, portanto dois através das páginas de O Globo,
dias apenas após o discurso, o minis- com seu antigo líder político, Carlos
Lacerda. Aragão acabou removido
tro do Exército, General Lyra Ta- para a Diretoria Geral de Remonta
do Exército, embora tratar de ca-
valos não fosse propriamente a sua
especialidade.

O segundo caso, mais grave, foi o
conflito entre o ministro e o chefe do
Estado-Maior do Exército, Orlando

Geisel, um general que realmente
tinha liderança entre os seus compa-
nheiros.

Jayme Portella relata esse epis~-
dio com um surpreendente grão de
humildade. Conta que Orlando Gei-
sel não vinha se acertando com Lyra
Tavares, a quem criava dificuldades.

...

. tros partidos. A partir do Palá'cio da por um grupo de militares cujo prin- ~
Liberdade, organizara a conspira-
Go e Silva ção contra João Goulart e consi- cipal porta-voz era o Coronel Fran-
derava-se o líder civil do golpe de 64, cisco Boaventura Cavalcanti, oficial
·11ei ou seus portanto com direito a disputar a de prestígio entre os seus colegas. O
• presidência, sonho que perseguiu· a Coronel Boaventura esteve em Bra-
aa iliares. vida inteira. .sflia na véspera da votação para as-
gol istas com segurar aos mais tímidos que nada
liberdade para ' Para que a pretensão de Maga- aconteceria se garantissem o. meu
am açar -a Arena lh,ã. es Pinto tivesse alguma chance de mandato. O risco estaria em ce-
êxito, era indispensável ·que a Câ- derem, pois seria mais difícil defen-
ministro, autorizado pelo Ge- mara dos Deputado~· conquistasse a der a sobrevivência de um poder que
sua autonomia frente às pressões não se defendesse com honradez.
neral Costa e Silva, propôs- militares: O primeiro e mais impor-
tante passo dessa autonomia seria a Acólera dos mansos· 1
lhe o lugar de observador mili- rejeição do pedido para processar-
me. Em conseqüência, inexplicavel- "Temei a cólera dos mansos", ad-
tar nas Nações Unidas, um cargo mente para um observador pouco i verte o Evangel'ho. O Presidente
informado, vários deputados da an- Costa e Silva, q~e não desejava um
considerado confortabilíssimo, pelo tiga UDN, mineiros sobretudo, vo-
taram contra a reivindicação dos mi- Qnovo ato institucional que o colocas-
alto salário que envolvia. Orlando nistros militares.
se nas mãos da's lideranças militares
Geisel queria poder, não dinheiro, e Na verdade, esses antigos udenis- radicais, não ouviu a advertência e
tas não estavam primordialmente in- deixou os seus auxiliares golpistas
recusou. Depois, foi-lhe oferecida a teressados na inyiolabilidade da tri- com liberdade para ameaçar a Are-
buna do parlamento, embora até)>u- na, partido do governo, e prati-
chefia do EMFA, Estado Maior das éiessem desejar mantê-la. Estavam carem arbitrariedades na Câmara.
interessados em colocar Magalhães
Forças Armadas, lugar que tem mais Pinto no Palácio do Planalto. A Comissão de Justiça é. a mais
tradicional e prestigiosa da Câmara
pompa que poder. Geisel teria hesi- Adiversidade das dos Deputados, porque por ela pas-
motivações sam, obrigatoriamente, todas as
tado.. entre outras razões porque o propostas legislativas, tanto as de
' A maioria dos deputados da Are- iniciativa do governo, como dos par-
na que abando• nou o .governo para lamentares. Os partidos tratam de
chefe do EMFA despachava com o defender a inviolabilidade da tri- para ela designar os seus melhores
buna da Câmara o fez movida por quadros jurídicos que, geralmente
chefe da Casa Militar. Perguntou a convicções jurídicas e pelo respeito por consenso, elegem para presidi-la
à instituição para a qual havia sido um deputado .da maioria que goze
Lyra Tavares: "E você acha que es- e)e.ita. Estes deputados apoiavam-se do respeito da oposição.
politicamente no presidente do seu
tou disposto a despachar com o Por- partido,- Senador Daniel Krieger Em 68 o presidente da Comissão
que, apesar de amigo do Presidente de Justiça era o rio-granden- ~ -
telinha?" Não estava, n1as acabou Costa e Silva, preferira ficar com,a
sua consciência de advogado a servi- •
ficando. Aceitou o cargo e terminou lo nesse·confronto. Outros, no en-
tanto, obedeciam a motivações di- Magalhães Pinto era um
tninistro do Exército do governo ferentes . dos presidenciáveis fora
da área militar.
l\ttédici, quando preparou a sucessão Um primeiro e reduzido grupo era
o dos que punham as próprias bar-
para o seu irmão Ernesto. bas de molho. Acusa'dos de variados
crimes comuns, desde assas's.inatos a
Os generais candidatos depen- peculatos e desvios de verb~s, pro-
curavam preservar as imunidades
diam do apoio que pudessem an- parlamentares. que, no Brasil, em
uma interpretação abusiva que só
gariar entre os seus companheiros desmoraliza o Congresso, cobrem
esse tipo de delito.
de farda para chegar à presidência.
Outros, do grupo político de Car-
Já os candidatos civis e os dois coro- los Lacerda, procuravam uma cisão
nas Forças Armadas, que poderia
néis-n1inistros dependiam da susten- permitir ao seu líder candidatar-se à
presidência nas eleições indiretas
tação que pudesse,n obter entre os pelo Congresso . Eram assessorados

•políticos, sustentação que só serv.iria

para alguma coisa caso o Congresso

se fortalecesse diante do poder

1nilitar.

O principal candidato civil era o

ex-governador de l\tlinas Gerais,

Magalhães Pinto, que ocupava o

cargo de ministro das Relações Ex-

teriores. ·

Magalhães era u,n político que ali-
~

ava a esperteza dos mineiros tradi-

cionais a uma imensa fortuna pes-

soal. Canaidato da UDN , derrotara

Tancredo Neves nas eleições para o

governo do estado, usando a conver-

~

sa ao pé do ouvido e um generoso

talão de cheques para abrir cisões no

PSD e entre os seus aliados de ou-

Ia~mou emprestada ·de Calderon de

. Barca para justificar ó seu posicio-

. namento no dia da votação na Co-

.' missão de Justiça, quando renun-

1 ciou à sua presidência, entrou para.a._.

t .. história do Parlamento: "Ao Rei,
tudo. Menos a honra." Pouco divul-
r ..,l. gadas foram as justificativas que.

I1 deu:

. "O que está em jogo neste lance é

se-do-norte Djalma Marinho, ho- saber se poderemos praticar a Cons- .
mem afável, conhecedor das leis,
deputado que se orgulhava de ter tituição, adotando métodos totali-
conseguido mandatos por exercê-los
com lisura e eficiência. Vários ou- tários de sufocação da liberdade de
tros representantes da Arena na Co-
missão tinham um perfil seme- palavra, ou s.e defenderemos essa li-
lhante.
berdade, mesmo quando a palavra é
Quando o Ministro Gama Filho e
o seu pau-mandado, o líder em exer- injustamente usada, confiando que
cício Deputado Geraldo Freire, exi-
giram dos membros da Arena que possa ser contestada não pela bru-
votassem contra a inviolabilidade da
tribuna parlamentar, permitindo talidade do silêncio forçado, mas,
que eu fosse processado, provo-
caram uma rebelião. pelo contrário, pela ampla discus-

Onze dos 20 deputados arenistas são, a fim de que o abuso seja final-
da Comissão de Justiça comuni-
caram a intenção de votar contra o 1nente corrigido. Não somente a mi-
governo por estarem convencidos de
que um delito de opinião praticado Carlos Guerra, o paraense Monte- O General nha formação impunha-me esse
da tribuna da Câmara era o que os negro Duarte, o velho cearense Vi- Costa e Silva comportamento, como também o le-
cente Augusto, Luís Ataíde, da (aí ao lado de gado que recebera desta Comissão
juristas chamam de crime impossí- Bahia, Raymundo Diniz, de Sergipe que, em repetidas decisões, admitira
vel. Em conseqüência, em medida Monsenhor o respeito absoluto ao princípio da
inviolabilidade do mandato que,
inédita na história parlamentar bra- e Yukishigue Tamura, de São Paulo. Walfredo não pertencendo a qualquer depu-
sileira, nove foram substituídos por Não se sabe por que foi poupado o Gurgel) não tado, é atributo supremo da própria
deputados que de Direito pouco en- Instituição."
tendiam, sendo mestres apenas em baiano Rubem Nogueira e, pelo seu queria cair •
fisiologismo. Monsenhor Arruda Ahistória nos
Câmara, um pernambucano cujo lu- prestígio, Djalma Marinho. nas mãos dos julgará
gar na Comissão fora respeitado, di-
zem que por ter ameaçado enfiar a A frase que Djalma Marinho to- militares Pronunciei o meu último discurso
peixeira na barriga do Geraldo Frei-
re, hÓmenageou os que saíam e cha- rad icais .

mou os que entravam de mamulen- ''
gos. Mamulengo, no Nordeste, quer
RIRA .SIBER f(41S
dizer fantoche, boneco de ventrí-
loquo. . •, diante de uma casa tensa, silenciosa
e atenta em defesa do meu mandato,·
Saíram os mineiros Francelino • ,0 ch_!lfflaílo ,Gáso'Mar,cfo Mor.elra A1ve$itey,ê.oseu mas em defesa, sobretudo, da honra
Pereira e Murilo Badaró, os per- do Rarlamento. Churchill, neto do
nambucanos Geraldo Guedes e José ilesenyo,rJniep~ facfüJiji ~~plamente cob"ê_qo pillos Duque de Marlborough, disse ser
J(p"ôais ti, revis da ~~. a 1P&r:W, de oµtul>r:o de um filho da Casa dos Comuns, tal
, era o seu respeito pelo voto dos elei-
ll-968 e 1!:!Kle sen acotDparíbaélÔnas coleções existéo~ tores. Essa era a sensação que eu
•! •
tinha, sabendo que subia, pela der-
~as,r:lncipais1tilbijotetas. 0 Dláiio 'do Oõngressp'!!!11- radeira vez, à tribuna dá Câmara dos
clonãllêifonte:inílubstitufyel J>JIDI guem. qúeira to.!l'ar
.conhe7élmento jlos discursos e V,Ofos:lPronUÍléiados a Deputados, onde fora precedido por
i espeitQ': Q Q!é~ úJtln.!o discurso, de Í/2 de t_l~zem,bro, uma longa sucessão de antepassa-
nele-nã~,fol,publicaêloem~de da--:ce.nsu11a es~le• dos. Desde a Constituinte de 1823,
rara terá sido a legislatura que não
~da. no cllit ~aeJdnetzeem. Sbraoi,u, D3 í~tégli no Jor.11.11~ do contara com algum membro da mi-
. nha família. Essa tradição moldou o
'B,rasJl•d'e 13 enfoque do meu discurso:

em· 0s lt~os q\!e tratam do assllQtQ sif~ "ó~ mesmos "Marcou-me o acaso para que me

lndicaéfó.5' reponaiens antérlOl'ql llrJfSll, de Çps- transforn1asse no símbolo d. a .mais

tilo ,a '!fifii(redo, di 'Jlho.mas SRldmore, 1968:.~ .ifáo essencial das prerrogativas do Poder
.·"GfJo.uveeNrnãooAC:c,oasbtoaut1·dSel'l.yZ_uae,riiJfro. :Ve.ntur:a,, ~;Rtifóluç4.o:el()· Legislativo", disse, inicialmente.
Generãl tamitfortella, , "Independente do meu desejo,
~pgffiúnto, de (:arlos l)jacerda. transmudaram-me no símbolo da li-
O, livro ele memõr'Jas do General l!.yra 11av~, O berdade de pensamento, expressa
na tribuna desta Casa. Sei bem que a
'Bftis/1, ile Mútha ~taçãa,~2,: ~olwne, BJ~~ tio prova a que me submeteram está
~ t o , J.'Jl7, trata,do ~ t o por altQ. No•entanf9.; muito acima das minhas forças e da
detalha .com minúcila do ceiimOi1Ja1,dê'5m:eb.ln,lenfo1. '•
1
Monumento Qos 'NJo.rfÓs éla ;o Gra,nde:Guel!l'a, ino
D0

Aterro d.o Flâniengo, d~ ,Rainfui éla lngJ~te)Ta, que
.'fvoüiSitJo1u5•poe:nBsi,aã,pdQr-eami)nuo~va,etnei,ldir-vol,sPit(iurffotednoãeompTe(bjusea;au,,éels'lesér ·

o Jlr.4$11 umQ replibllca bapanelr.a, at!1$85 oni;te bs .
genet.Jsiec~ o Congresso+'poli (14 cã a,guela,Ralba.
~~el\es da•e unha PtlJma~lmr.eàciT>tUfairébuíha"Anie,edmót·&9f1Bfro.a.,,nele!m~

dep:ê;tní~tos sobre

,o'n!,oeque Pln{lfn_,Caflllo4)Azufai<Cüniu-a,do, ~uCados,e
~to.ra ~98~ . · . . , _,
• ,s,,-,
'1

minha capacidade."

'.

um~ sexta-feira Terminei colocando a questão de um amigo que me levaria para os
~a, . egra e central: "Não se julga aqui um depu-
tado. Julga-se uma prerrogativa es- caminhos da clandestinidade e, de-
sencial do Poder Legislativo. Livre
como o ar, livre como o pensamento pois, para os do exílio.

No Palácio das Laranjeiras, no

Rio de Janeiro, o Marechal Costa e

ag11 renta, deu à a que dá guarida, deve ser a tribuna · Silva recusava-se a receber os ge-
da Casa do Povo."
nerais e ministros que vinham pedir-

·1111 DAl-5.- OBrasil OAto Institucional n~ 5 lhe u'ma decisão imediata. O chefe

da sua segurança pessoal assegura

mer~ulhou na tê-lo visto, à noite, fazendo as malas

dibÍ ura · e decidido a entregar o governo, na

"Entrego-me agora ao julga- manhã seguinte, aos três ministros
mento dos meus pares. Rogo a Deus
que cada um saiba julgar, em cons- militares, por não querer ser o chefe

de uma ditadura militar latino-ame-

ciência. se íntegra deseja manter a ricana. Essa informação não corres-

liberdade dessa tribuna, que livre re- ponde ao relato do General Jayme

cebemos das gerações que construí- Portella, que diz tê-lo visto rascu-

ram as tradições políticas do Brasil. nhando, no avião, as medidas de cer- •

Rogo a Deus que mereça a Câmara ceamento da liberdade que iriam inte-

' ' as transcendeu, a causa o respeito dos brasileiros, que possa- grar o AI-5, Ato Institucional n? 5.
que a Câmara julgará, à mos, no futuro, andar pelas ruas de
A' s 11 horas da manhã da sex-

minha pessoa, ao meu cabeça erguida, olhár nos olhos os ta-feira, 13 de dezembro , o Presi-

mandato, aos partidos. É incômoda nossos filhos, os nossos amigos. Ro- dente Costa e Silva reuniu o seu

e angustiante a posição que me to- go a Deus, finàlmente, que o Poder ministério e pediu a opinião de

cou. Suporto-a sem temor, embora Legislativo se recuse a entregar a um cada um sobre o que fazer. O Mi-

não merecesse a honra de simbolizar pequeno grupo de extremistas o cu- nistro Gama e Silva apresentou um

a liberdade de toda a Casa do Povo. telo da sua degola. Volta-se o Brasil esboço de ato institucional tão vio-

As grandes causas exemplares, que para a decisão que tomaremos. Mas lento que foi rejeitado. Fez-se ou-

na vida das nações firmam as garan- só a História nos julgará." tro, com o auxílio do chefe da Casa

ti as da democracia, Civil, Deputado Rondon Pacheco.

sempre ultrapassam os Às 17 horas reuniu-se o Conselho

que as hajam motivado. de Segurança Nacional , do qual

"A .impessoalidade · participavam, além dos ministros,

das conquistas do o vice-presidente e algumas autori-

Direito é uma das mais •• dades militares, 22 pessoas ao
belas realidades da luta
todo.

dos povos pela liber- Zuenir Ventura, que descreve

dade. O. nome dos bem essa reunião com base nos ar-
barôes que , nas pra-
quivos a que teve at::esso, registrou

darias de Windsor, fi- apenas um voto contra o Al-5, o do

zeram o Rei João Sem Vice-Presidente Pedro Aleixo, ilus-

Terra assinar a Magna tre jurista de Minas Gerais. Todos

Carta perdeu-se nas os outros, inclusive Magalhães

brumas do tempo. Mas Pinto, foram favoráveis ao fecha-

o julgamento por jura- mento do Congresso, à cassação de

dos. o direito dos cida- mandatos, à extinção do habeas cor-

dãos de um país livre- pus, à censura à imprensa. Enfim,

mente atravessarem as fizeram coro com o Coronel Jarbas

suas fronteiras, a neces- Passarinho que, em um rompante,

sidade de lei penal an- Jarbas Passarinho, após o anúncio ~o exclamou: "A' s favas, senhor presi-

terior e de testemunhas Al-5 (com Delfim Neto), declarou: "As dente, todos os escrúpulos de cons-

idôneas para determi- favas todos os escrúpulos de ciéncia."

nnuaramumaaseprriusmãoi,.mcoornrtei-- consciência." Na noite de 30 de dezembro, ante-

cipando as comemorações do

douro monumento àqueles homens Não esperei as comemorações da Ano-Novo, divulgava-se a primeira

e a todos os homens... Até mesmo as vitória . As últimas estrofes do Hino lista de cassações: 13 nomes, 12 de

decisões iníquas podem ser fonte de Nacional ecoavam ainda no plenário deputados, encabeçados por mim, e

liberdade . Ninguém sabe ao certo emocionado e eu encerrava o curto Carlos Lacerda.

onde jazem os restos do escravo período em que a minha vida coinci- Começavam os Anos de Chumbo,

• Dred Scott, contudo, a decisão da diu com a vida política da minha Pá- o reino da Comunidade de Informa-

Corte Suprema Americana que o tria. Acompanhado pelo bravo De- ções, os tempos da violência, da intri-

manteve escravo foi o estopim para . putado Martins Rodrigues e por al- ga, da espionagem, das negociatas im-

a libertação de todos os negros da guns outros, saí da Câmara pelo cor- punes, enfim, começava a ditadura,

América do Norte." redor da Biblioteca e entrei no carro nua e crua.

- i E C $ a.;;: f i il - ;fi (O \<llii !) PP::=<• d " li 1 i i' .l -""141~1 • e ;

• FIM

•1

\

' brir as pesadas gavetas me-
tálicas do Dops - Departa-
·QEMÓRIA mento de Ordem Política e
Social ....:... e da DPPS - Dele-
gacia de Policia Política e Social - Cláudia, emocionada, descobriu uma velha foto de seu pai, o capitão da guerrilha Carlos Lamarca)
com fichas de comunistas históricos,
como Luiz Carlos Prestes, e de re-
volucionários de costumes, como
Leila Diniz, foi, para MANCHETE,

como levantar a tampa de uma pe-
quena caixinha de surpresas. O
acervo, agora à disposição dos in-
teressados no Arquivo Público Es-
tadual, em Niterói, é o maior do
país, com cerca de 95 mil prontuá-

, · ·- · ,,.r------=---• -J 1 , 1 urbana. Equívo- ·· ··
~""~ :rJ,,b_:..,..,f, '·►i ~ j ,7 ;4 $!
~''?. io;l----..:;::,.·~' ..(,,::-:~ ~--=-~ -·7 ..... . 1-.,;....1.::::11, cos como es te
j ,-._..., L- ,, vêm dando traba-

' '- ..--7 [ ~- ~- - lho às bibliote-
~ ,\l.o._,. j1 cárias incumbi-
-- das da organiza-
-, '"'ª 1:.=,1.. -1- ·, ' ção, na sala ilumi-
1 nada por três 1·a-
- - 1 ... nelões, com vista
para o porto de
-l A • Niterói.

Hoje. os rachas
e dissidências

- 1 ,_.. políticas da es-
querda brasileira
;_
1 ,., a estão esquec i- •
-~·- -: dos, pelo menos
""C7 nas gavetas do
• -~ ' arquivo. O líder
- :7 ..... da Guerrilha do
Araguaia, Maurí-
'
cio Grabois- um

dos fundadores

No Arquivo Público Estadual, as pesadas gavetas metálicas escondem cerca de do PC do 8 -, re-

95 mil prontuários, que reescrevem a História do Brasil dos anos sombrios. pousa ao lado de

' Luiz Carlos Pres-

tes, de quem di-
rios pessoais, além de 400 metros vorciou-se politicamente em 1962.
lineares de documentação e 106 E está bem perto de militantes da
arquivos verticais. Nele, quem guerrilha urbana, como Nelson

nada sabe da cultura arquivista dos Rodrigues Filho e Stuart Angel , do
policiais do Dops dos anos 60 e 70 MR-8. Estão todos lá, empoeira-
pode espantar-se. ao encontrar a dos, entre 15 mil fotos a serem
peça "subversiva" Morte e Vida Se- catalogadas por quatro bibliote-
verina. de João Cabral de Melo cárias. duas pesquisadoras e a
u Neto, junto à relação de nomes fe-
mininos envolvidos com a guerrilha diretora-geral, Waldecy Maga-
lhães Pedreira.

[M;;;;J54 17 OE OUTUBRO OE 1992

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' brir as pesadas gavetas me-
tálicas do Dops - Departa-
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volucionários de costumes, como
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como levantar a tampa de uma pe- ! _ _ ,...Á_;~ - . .""'-
quena caixinha de surpresas. O
acervo, agora à disposição dos in- Cláudia, emocionada, descobriu uma velha foto de seu pai, o capitão da guerrilha Carlos Lamarc
teressados no Arquivo Público Es-
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• urbana. Equívo-
cos como este
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No Arquivo Público Estadual, as pesadas gavetas metálicas escondem cerca de do PC do B-. re-

95 mil prontuários, que reescrevem a História do Brasil dos anos sombrios. pousa ao lado de

Luiz Carlos Pres-

tes, de quem di-
rios pessoais, além de 400 rnetros vorciou-se politicamente em 1962.
lineares de documentação e 106 E está bern perto de mil itantes da
a rquivos verticais. Nele. quem guerrilha urbana, corno Nelson
nada sabe da cultura arquivista dos Rod rig ues Filho e Stuart Angel . do
policiais do Dops dos anos 60 e 70 f\4R-8. Estão todos lá, empoeira-
pode espantar-se, ao encontrar a dos , entre 15 mil fotos a serem
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ca. morto em 1971. Jean-Marc, o último presidente da UNE nos anos rebeldes, encontrou o relato de sua prisão, após "arruaças estudantis" no centro do Rio.

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vida fascin '. t

turbulenta

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da esquer

brasileira

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como Pres f.l ~

Marighe/a

Jornalista

Waíner.

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Para Danuza •

EM TEMPO DE MEDO, A Leão, ter urna fi- .,,,, ções, debates políticós etc. - e
IGREJA CONSULTAVA A cha no Dops da- registros de prisões às vezes deta-
quela época "é e lh.ados, como foi o caso do então
POLÍCIA ATÉ SOBRE AMISSA estudante de química Jean-Marc
DE 7~ DIA DE UM z:, Von Der Weid, de 22 anos, "detido
GUERRILHEIRO· no interior de um coletivo, quando
uma condecora- se dirigia para o pentágono (ponto
de encontro dos estudantes càrio-
ção". Remexendo cas, em 1968), de regresso das ar-
ruaças estudantis verificadas nas
no baú da me- ruas centrais da cidade" . Jean-
Marc, hoje com 46 anos, examinou
mória, ela admite detidamente uma boa parte de seu
dossiê - incluindo as laudas sobre
que suas opi- o seqüestro do embaixador suíço

niões, no júri de

Flávio, "realmente

não eram muito or-

todoxas". Já Ziral-

do ganhou o úl~

timo de seus 19

registros por con-

ta de uma simples

lguns prontL1ários. como é o contratação, pelo

caso de Giocondo Dias, que entáo prefeito de
foi secretário geral do PCB,
são extensos: outros são mí- Niterói, Moreira
nimos, como é o caso da atriz Leila
Diniz, celebrizada, na polícia, pelos Franco, para fazer
palavrões disparados na imprensa
contra a ditadura - numa famosa o logotipo da Pre-
entrevista ao Pasquim, em 1968.
Leila, no entanto, era tida pelos ara- feitura. Em 12 de
pongas como "ben1 menos peri-
gosa" do que a elegante promoter maio de 1968, o
Danuza Leão, que em 1971 integra-
va a equipe de jurados do Progra- Dops registrou:
ma Flavio Cavalcanti. Em suas ano-
tações, eles enxergavam "elemen- "Editor do Pas-
tos de esquerda ligados à subver-
são" e "infiltrados nos meios artísti- quim e colabora-
cos e culturais", que eram "em
grande parte conduzidos pela ar- dor de vários jor-
tista Oanuza" ao programa de tele-
visão. A ex-directrice do Hippopo- nais e revistas,
tamus, em 1976, pregava idéias
"que não condizem corn os pa- Ziraldo é bastante
drões morais de nossa sociedade e
com os condicionarnentos próprios conhecido por
de nossa cultura".
Em 1971, os policiais chegaran1 suas charges polí-
a expedir um rnandado de busca
contra Danuza, que não chegou a ticas. em que pro-
ser levado à prática. Já Leila, que
abriu picadas importantes para a cura satirizar o go- ••
liberação da mulher, tem apenas verno e a Revolu-
uma ficha, que fala de un1a mani-
ção. realizando
festação nas escadarias da Câ-
mara Municipal do Rio, ao lado de um eficiente trabalho de desgaste
Tõnia Carrero, Norrna Bengell. Chi-
co Buarque e Paulo Autran . Moles- do regime."

tado por um sargento da PM. o gru- Dossiês, relatórios e fichas fo-
po iniciou uma vaia, puxada justa-
mente por Leila - coisa que era gem, quase sempre, aos critérios 1,
bem do seu feitio. Com isso, ga-
do profissionalismo e da isenção.
nhou a anotação policial.
Como diz a diretora do arquivo. Num dos prontuários, a frase final

Waldecy Pedreira. "nem sempre trai o desprezo - ou a ignorância
uma pessoa irnportante para a cul-
tura era importante para a repres- - pelos que faziam cultura no país:
são". O cantor e compositor Chico
Buarque, por exen1plo, não encon- "O grupo" - (referindo-se a Cony,
trou en1 seu prontuário - o de nú-
mero 6.601 - nada que justificasse Leandro Konder. Otto Maria Car-
as prisões que sofreu e o auto-exílio
ern Roma. O que leva Cecília Coim- peaux e outros) - é apelidado de

bra, do grupo Tortura Nunca Mais. intelectuais."

a protestar: "Os papéis foram mexi- No arquivo. há inúmeras cartas .
dos." Waldecy, serena. comenta:
"Nunca tive a esperança de que de pessoas comuns dedurando ou-
estariam incólun1es."
tras - por discursos em associa-

O General -:,
Nilton
Cerqueira, -a":
comandante da -i,• ~ ..,.;;-.4
L ../ •.._ J,
operaçao que •
matou o

Capitão
Lamarca,

criticou a
abertura dos

dossies. Teme
que Prestes e

outros virem
heróis.

ltt,,·.,;\SG 17 OE G, TIJBRO DE 1992

Giovanni Enrico Bucher, do qual á o Capitão Carlos Lamarca, o General Nilton Cerqueira - hoje Qualquer coisa

participou - e atesta que, apesar mais célebre comandante da presidente do Clube Militar. Antes servia para

de tudo, a documentação está in~ guerrilha brasileira. não teve a de morrer, Lamarca ainda respon- engordar o
1 completa. Não está lá, por exem- mesma sorte. Todos os seus deu a algumas perguntas de Cer- arquivo dos
plo, a história final de sua eleição passos foram seguidos, como de- queira e admitiu: " Sei quando arapongas:
,. como presidente da UNE, após a monstra o extenso e minucioso perco. " Cerqueira continuou inter- desde a carta
queda do XXX Congresso. em lbiú- prontuário, que vai até a chamada rogando e chamou-o de "traidor do enviada por um

na, São Paulo. "Eu consegui um sí- "Operação Pajussara", num rela- Exército Brasileiro". Mas eram dedo-duro até

tio de um empresário, tio de uma tório assinado pelo General Argus 15h40min do dia 17 de setembro os manuais de
amiga, que ficava próximo à Pedra Lima, comandante da 6? Região de 1971 e o capitão já não o ouvia. marxismo e
da Gávea, e lá, à beira da piscina, Militar, em 1971. Nele, estão os de-
derrotei o outro candidato, que era talhes sobre os últimos momentos A certidão de óbito emitida por filosofia,
o José Dirceu. Este episódio nunca da vida do capitão, abatido a tiros um cartório de Salvador dá corno
foi revelado e escapou aos órgãos em Brotas de Macaúbas, no interior causa mortis "anemia aguda, he- passando por
de repressão", vangloria-se. da Bahia, pelo grupo chefiado pelo morragia interna e externa e lesões
em ambos os pulmões". Morto e um simples
sepultado, Lamarca ainda foi vítima estudo da obra

de Monteiro

de delatore~. Em papel timbrado Lobato.

da Irmandade do Divino Espírito

Santo, um secretário de assinatura

• Nem todos estão satisfeitos com a parte. Do contrário, não sobraria um ilegível (só se lê o sobrenome Me-
abertura ao público das gavetas do único dos qu_e foram presos para contar nezes Jardim) pede orientação ao

Dops. "Chega a ser ridículo o espalha- a história. E que nós conhecíamos o Oops sobre a missa de sétimo dia,
encomendada pela família para 27
fato em torno desses dossiês", reage o grau de fanatismo deles. O fato de um de setembro. Resposta do departa-
comunista ser um grande cantor, com- mento: "O altar deve estar apa-
GeneralNilton Cerqueira, o homem que gado, não deve haver canto ou ór-
positorou arquiteto não lhe dava o direi- gão , e tampouco sermão e
aos 42 anos seguiu as pegadas de Car- apologia."
los Lamarca, o capitão da guerrilha, to de subverter a ordem e fazer propa-
Hoje, 21 anos depois, a filha de
pelo interior da Bahia, e, atualmente, ganda comunista'', argumenta. Quanto Lamarca, Cláudia Pavan Lamarca
aos 62 é o presidente do Clube Militar. da Silva, de 29 anos e mãe de dois
à "Operação Pajussara" - que levou à filhos emociona-se com a docu-
O protesto, embora em tom cordial, é morte de Lamarca, ainda dormindo, mentação sobre a vida política de
seu pai, sem esconder o velho res-
enérgico: "A ideologia comunista tinha atingido, segundo consta, pelo próprio sentimento contra o General Nilton
Cerqueira. Se um dia ó encontrar
de ser acompanhada pelas autorida- Cerqueira-, o general tergiversa, sem cara a cara, garante , ela o cha-
maria de assassino.
des, pois seus partidários queria'!" a im- conter uma gargalhada: "Isto é o que
vocês dizem. Mas quando você está no
plantaÇá(! da_ ditadura d~ proletan~do. A
fogo, tem de atirar. Se ele esta~'! dor-
polícia na<? tinha outr~ 1e1to... A nao ser mindo na hora do combate, eu d1na que
que se quisesse aqu, o mesmo massa-
a esquerda escolheu um péssimo com-
cre acarretado nos países onde foi ado-
batente... Quanto a esse arquivo ser
tada. Agora, estão fazendo este escar-
aberto, acho ruim. Transformar La-
céu. Alguns dele~,. naq!)~la ~poca, eram
verdadeiros fanaltcos ,1us1tflca ele, ne- marca e Prestes em heróis nacionais é
gando que o fanatismo tenha existido
péssimo para a nossa História."

em ambos os fados. D.A. DENISE ASSIS
"Não, não havia fanatismo de parte a

~17 DE OUTUBRO DE 1992 57

• ••••••••

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-.. ~-·'..,,. •••••••••••••••••••••• ' t

ANOVIÇA CONTRA-ATACA i ,-J.

■ Um dia. Mary Poppíns virou A Noviça Rebelde, e. ' •
depois de muito andar e cantar por es te mundo afora. OVOTODOCORPO■ Quando entrou na 17:' Zona Eleitoral do •••'
acabou virando Victor/ Victoria. Agora. a eterna Julie
Andrews comparece no Hotel Dorchester. em Londres, •
para o lançamento mundial do disco do musical O Rei e
Rio para votar, Enoli Lara. candidata a verea-
Eu, que ela interpreta com Ben Kingsley. Outro sucesso
dora pelo PFL, estava vestida normalmente.
à vista.

--------------------'•

Mas, na hora da urna, abriu o robe e mostrou o

jogo. Enoli, que elegeu a sensualidade corno .

plataforma de campanha, fez boca de urna : A....
: protegida por dois rapazes que vestiam pre: •

servativos gigantes. Mas no quinto boletirn do

TRE ela caía pelas tabelas da apuração. com

298 votos apenas.

VANESSA VIVE v

■ Todo o mundo
pensou que Vanes-

sa Williams estava

morta para a carrei-

ra' artíslica. quan-

do. em 1983. teve
de renunciar ao tí-

tulo de tvliss Améri-

ca . Ela aparecera

nua na revista Pen-

thouse, simulando

um ato sexual com
ou tra mulher. Mas

Vanessa reagiu e.
com a ajuda do

marido , Rarnon

Herve y, tornou-se

cantora. foi indi-

cada para o Gram-

my, ano passado. :

pelo LP The Comfort Zone. Agora, depoís de •

fazer papéis secundários no cínema, ela faz
sucesso no filme Stompin 'at lhe Savoy. E

garante: " Nunca vou esconder minha sexuali-

dade."

~17 DE OUTUBRO OE 1992 53

•• pio, na proibição do aborto e na
dificuldade de galgar postos mais
' Durante a sua visita ao Brasil, a altos no mundo profissional, como
autora de O Mito da Beleza já acontece nos Estados Unidos."
BELEZA descobriu, com prazer, que nem Em cerca de uma semana, esta fe-
todas as mulheres sucumbem à minista, formada em Literatura na
fantasia de serem altas, magras, · Universidade de Yale, ob-
jovens e sensuais. Naomi Wolf
andou pelas ruas, participou de servou as brasileiras na
Inúmeros debates e conheceu a rua, nos encontros cul-
nossa TV. Apesar de torcer o turais e na televisão. Teve a
nariz aos "anúncios machistas", .oportunidade de constatar
a existência de uma nova
rendeu-se à naturalidade das 1nulher e, por via das dúvi-
das, tratou de difundir sua
brasileiras, bem menos afeitas à tese, a do mito da beleza.
ditadura dos padrões estéticos. Segundo ela, o mito encer-
Fez questão de advertir as ra um pad(ão de aparência
mulheres, no entanto, para um fem.ini~a inatingfvel pela
problema geral: os baixos salários maioria, que, por 1sso
e a postura de glamour
profissional. Além disso, mostrou mesmo, acaba vendo 1ninguar a
o bom feminismo dos anos 90: sua auto-estima, o que desenca-
leve, afetuoso com o sexo oposto deia uma verdadeira obsessão
e sem restrições ao prazer. pelo fisiculturismo. É a corrida aos
salões de beleza e tratamentos es-
V inicius que nos perdoe, mas téticos, aos consultórios de nutrólo- imagens de como deveria ser a
beleza (sobretudo a im- gos e até às cirurgias plásticas - aparência das mulheres. Com o
posta) já não é fundamental. uma febre que pode ser fatal, passar dos tempos, o mito acabou
Quem garante é a feminista nor- quando a busca do emagreci- se constituindo numa verdadeira
te-americana Naomi Wolf, 29 anos, mento causa a morte por anorexia. contra-ofensiva social (leia-se ma-
que aqui lançou recentemente o chista, mas que acaba sendo ali-
seu livro O Mito da Beleza, onde Por aqui, felizmente, não se che- mentada pelas próprias mulheres)
denuncia a subserviência feminina gou a tais excessos. No entanto, à integração e ascensão feminina
aos padrões estéticos impostos Naomi observou que a cultura inte- no mercado de trabalho.
pela sociedade. No Brasil, no en- grante do mito da beleza já está se
tanto, Naomi regozijou-se com o globalizando, através dos meios de "0 mito da beleza écriado pelo
que viu em sua rápida passagem. comunicação. "No Brasil. vocês
"A pressão sobre as mulheres é têm as mesmas revistas Playboy e medo masculino"
bem menor", admiliu, diante da Vogue, por exemplo, assistem aos
descontração do contingente femi- filrnes que vêm de Hollywood, aos Naomi diz que agora, quando as
nino, já não tão disposto a subme- mulheres estão mais fortes sob o
ter-se aos sacrifícios da dieta e ao mesmos video~lipes de roei< e a
desconforto do excesso de cosmé- alguns anúncios muito semelhan- oaspecto material, o mito vem enfra-
ticos. Aqui. felizmente, nem todas tes aos da TV dos Estados Unidos.
querem ser altas, magras e eterna- , Além disso, a cirurgia plástica é re- quecê-las no sentido psicológico. E
mente jovens. Não se sabe se esta ' levante." Ela não soube dizer até atinge os seus objetivos, ao solidifi-
independência em relação às re- que ponto a brasileira resistirá aos car a imagem de uma mulher eter-
gras tem qualquer coisa a ver com apelos sociais e comerciais, mas
o nosso tropicalismo ou com a pi- aconselhou suas leitoras a se livra-
cardia natural do brasileiro. O fato é rem dos grilhões do maléfico ideal
que a opressão, ainda segundo a de aparência. Para isso, segundo
ela, será necessário revitalizar o
bela e joven'l Naomi. vem travestida movimento feminista, a partir de
de outros rigores. "Está, por exem- uma militância diária, peque~ina,
particular. "Por que não escreve-
1 ~ss 17 DE OUTUBRO DE 1992 mos cartas às revistas femininas,
sugerindo a adoção de outros pa-
drões de beleza, diversos daquele
já conhecido, da mulher alta, ma-
gra e branca?", questionou. "E por
que não tratar de esclarecer nos- •
sas lilhas sobre o assunto, além de
manter um relacionamento agradá-
vel e respeitoso com homens e mu-
lheres?"

Para Naomi, o feminismo de hoje
resume-se a uma simples preocu-
pação: valorizar-se, valorizando,
ao mesmo tempo, a questão do
prazer. É o que ela diz em seu livro

famoso - um verdadeiro dossiê de
mais de 400 páginas - , que inclui
uma enxurrada de dados estatlsti-
cos sobre o que ela considera a
nova forma de opressão às mulhe-
res. Segundo Naomi, este mito foi
gerado·a partir da Revolução In-
dustrial, quando os figurinos pas-

saram a reproduzir em massa as

' __. 1/JO.,ti:;[(c0L. 'fb-:.JJolu w5 Pasta N°Q22: "FL~

.. ·Murilo Melo Filho reconstitui os Terminava oagourento mês de ágosto de 1968. OExército acabava de comemorar
dias dramáticos que antecederam
oanúncio feito pelo Ministro Gama a sua semana e já iniciava os preparativos para o Desfile da Pátria, no dia 7 de
eSilva no rádio ena TV
setembro. A sessão da Câmara corria morna emonótona naquele 27 de agosto,.
.anchete:
quando o Deputado Márcio Moreira Alves, falando no Pinga-Fogo, fez um discur-
DOCUMENTO
so que passara completamente despercebido, no qual concitava "as mocinhas

casadoiras anão dançarem com cadetes ejovens oficiais das Forças Armadas nos

bailes comemorativos da Independência". Aconselhava também o povo a não

comparecer às paradas militares do dia 7de setembro, para d_em?~strar d_esapoio

aos rumos da política econômico-social do governo revoluc1onano. Odiscurso,

N que não merecera sequer
uma resposta do líder da

maioria, foi impresso em
mimeógrafo edistribuído a
todas as guarnições mili-
tares do país, como uma
prova do achincalhe e do insulto às ~orças Armadas. A lin~a dura, af!nal,
encontrava ali um excelente pretexto, tao procurado, para enn1ecer o regime,
deflagrando uma crise militar que só terminaria na noite de 13 de dezembro de

1968, quando foi editado o Al-5.

Com apoio do ministro da Mari- Ao lado do SUGESTO,-ES RECUSADAS PELO decisão para
nha, Augusto Rademaker e do mi- locutor Alberto março seguinte,
• nistro da Aeronáutica, Márcio de Cury, o PALACIO DO PLANALTO após as férias legis-
....) Souza Melo, o ministro do Exército, Ministro Gama lativas, quando os
Aurélio de Lyra Tavares, fez uma Sabendo que o Deputado Djalma parlamenta·res
representação ao Presidente Costa e Silva Marinho era contrário à concessão teriam oportuni-
e Silva, na qual solicitava um desa- da licença e por saber que os parla- dade de consultar
gravo às Forças Armadas, coritra convocou uma mentares tinham imunidades no suas bases e re-
um "discurso que teve enorme res- cadeia nacional exercício dos seus mandatos. o gressarem a Bra-
sonância no Exército". Presidente Costa e Silva convidou- sília menos apaixo-
de rádio e TV nados em torno do
O presidente mandou a repre- º para uma conversa a sós, quando problema.
sentação ao Ministro Gama e Silva, para anunciar
a fim de que fosse providenciado o lhe fez idêntica exigência. Duas su- Com o fracasso
respectivo processo contra o De- o Al-5. A gestões fora:n então recusadas de ambas as solu-
putado Márcio Alves. O ministro ofi- pelo Palácio do Planalto: ções, o Senador
ciou ao Supremo Tribunal, que se medida foi Daniel Krieger re-
dirigiu à Câmara, solicitando a de- 1. A do Senador Daniel Krieger. nunciou à liderança
vida licença para processar o par- provocada por para uma punição intramuros do da maioria do Se-
lamentar. um discurso no parlamentar, que sofr_eria ei:itão nado e retirou-se de
Congresso uma espécie de advertenc1a d1sc1- Brasília, refugian-
Enquanto a crise fermentava, o Nacional do plinar, interna corporis, numa idéia do-se na sua pro-
Presidente Costa e Silva não se Deputado apoiada pelos ministros Aliomar priedade Lami, a
cansava de advertir os líderes polí- Márcio Alves Baleeiro e Luís Galloti. 37km de Porto Ale-
gre. Sabendo que
ticos, aos quais dirig ia velad~s (acima) e 2. A do Deputado Djalma Mari- deputados da Are-
ameaças, como aconteceu_ no dia nho, que propunha o adiamento da na, na qualidade de
usada pelos
em que eles o foram cump_nme~t~r militares para membros da Co-
pela passagem do seu aniversario missão de Justiça,
natalício: endurecer estavam dispostos a votar contra a
oregime. concessão da licença, o Palácio do
- Não confundam tolerância Planalto determinou ao líder
com fraqueza. Estamos fortes e Geraldo Freire que fizesse a substi-
nossa reação será igualmente tuição desses parlamentares por
forte. Fomos provocados e vamos outros mais fiéis à determinação do
reagir, porque estamos diante de governo. O Deputado Djalma Mari-
irresponsáveis que querem, mas nho renunciou à presidência da Co-
n;:io conseguirão, desgraçar este missão de Justiça: "Ao meu rei,
tudo. menos a honra."
país. Com essas substituições, foi
Depois, convocou os deputados conseguida a maioria favorável ao
processo contra o deputado e a
da Comissão de Justiça da Câmara Comissão de Justiça deu parecer a
para uma reunião no Palácio do favor do pedido de licença. Mar-
Planalto. que foi realizada sem a cou-se a votação em plenário para
presença do presidente da Comis- o dia 12 de dezembro. Os radicais
são, Deputado Ojalma Marinho, re- do Congresso garantiam ao Presi-
cebido posteriormente numa au- dente Costa e Silva que a Câmara
concederia a licença. Mas o go-
diêndia privada. A todos eles, que verno tinha informações em con-
iam votar o pedido de licença, o trário.
Presidente Costa e Silva pratica-
mente exigia que ela fosse conce-
dida. explicando-lhes que estava
sob insuportáveis pressões dos
quartéis. Estavam presentes, entre
outros, os Deputados Francelina

Pereira, Raimundo Diniz, L1,1ís Atai-

de e Rubem Nogueira.

~9 DE NOVEMBRO DE 1991 31

·•,•' .f '. f1
'
l '•
reunião dos três ministros militares
' - com o titular da Justiça para logo de-
pois da cerimônia.
NO DIA 12 DE DEZEMBRO DE '
1968, VÉSPERA DA EDI ÃO O primeiro a falar foi o ministro da
DO Al-5, OMARECHAL OSTA 1 ......,! _ :.,_,,,____ '----'- Marinha, Almirante Augusto Ráde-
ESILVA QUASE FOI DEPOSTO
POR PRESSÕES MILITARES neral Orlando Geisel, que lhe trans- maker, favorável à edição de mais um
mitiram o ambiente reinante na tropa
esse mesmo dia, o Presidente e a necessidade de serem adotadas ato institucional. Recebeu o apoio
Costa e Silva viajara de Belo imediatamente as providências do dos Ministros Lyra Tavares, Márcio
Horizonte para o Rio e, no tra- governo. de Sou.za Melo e Ga_ma e Silva, sendo
jeto de automóvel, entre o que o titular da Justiça chegou a ler a
Galeão e o Pa_lácio das Laranjeiras, Os dois generais saíram do palácio justificativa que já havia preparado
tomou conhecimento, pelo rádio do seriamente preocupados porque o para o novo ato.
carro. do resultado da votação: 141 chefe do governo lhes disse que na-
deputados haviam votado a favor da quela noite nenhuma medida seria . CONVOCADA REUNIÃO DO
licença, enquanto 24 se abstinham, adotada: ele preferia esperar pelo dia CONSELHO DE SEGURANÇA
seguinte.
12 votavam em O. presidente encerrou a reunião e
branco e a maioria _Despencou-se .então sobre o. ga- solicitou ao General Jayme Portella
de 216 recusava a binete presidencial a mais violenta que convocasse uma reunião do
'• 1 sua concessão. das pressões, exigindo uma toma- Conselho de Segurança Nacional
Confirmavam-se da de posição para aquela mesma para as 17 horas daquele mesmo dia.
as previsões do Se- noite. Essas pressões partiam dos 13 de dezembro. Já estavam então
nador Daniel Krie- Ministros Gama e Silva, Afonso no Rio todos os membros do conse-
ger, feitas ao go- de Albuquerque Lima, Costa Caval- lho. inclusive o Vice-Presidente Pe-
verno. vários dias canti, Augusto Rademaker, Márcio dro Aleixo.
antes. de Souza Melo, dos Generais Si-
zeno Sarmento, Antônio Carlos Falou inicialmente o Presidente
GENERAIS Muricy e Moniz de Aragão, entre ou- Costa e Silva. que expôs os motivos
ADVERTIRAM. tros. daquele encontro. destinado a san-

SOBRE O O Presidente Costa e Silva esteve a
AMBIENTE . pique de ser deposto naquela noite
NA TROPA de 12 de dezembro. No dia seguinte.
dedicado ao marinheiro. deslocou-se
No Palácio das do Palácio das Laranjeiras para o Ar-
Laranjeiras, o Pre- senal de Marinha, onde presidiu uma
sidente Costa e solenidade. Já havia convocado uma
Silva reuniu-se com
o ministro do Exér-
cito, General Lyra
Tavares e com o
chefe do Esta-
do-Maior das For-
ças Armadas, Ge-

OSenador Daniel Krieger, o Os jornais deram
a importância
Vice-Presidente Pedro Aleixo
que o Al-5 tinha.
e o Deputado Djalma
OJornal da
Marinho, três personagens
importantes naqueles dias Tarde salientava
difíceis. aprisão de
Juscelino; O
lM;;J32 9 DE NOVEMBRO DE 1991
Globo

apresentava os

cinco itens do

novo ato; e o

Estado de São
Paulo destacava

o recesso do

Congresso.

cionar o novo ato institucional ela- por uma trombose. no Kubitschek, na saída do Teatro OGeneral Lyra
Esclarecidas algumas dúvidas Municipal, o ex-Governador Carlos
borado como resposta à decisão do Lacerda, o Deputado Rafael de Al- Tavares, o
suscitadas pelos Ministros_Jarbas meida Magalhães, além de numero-
Congresso que havia negado licença Almirante
para processar o Deputado Márcio Passarinho e lasso Outra. foi colo- sos outros parlamentarés, artistas, Augusto
Alves. cado em votação o Al-5, aprovado jornalistas, líderes políticos e empre-
unanimemente pelos presentes. Es- Rademaker e o
Quem se pronunciou em seguida se ato, em suma, autorizava o presi- sários.
foi o Ministro Gama e Silva, que en- dente da República, mantida a Cons- Brigadeiro
careceu a necessidade de ser re- tituição de 1967, a: 2. Cassª_dos os mandatos de 1i O Márcio de Souza
tomado o processo revolucionário, Melo
pois do contrário o governo seria de- 1. Legislar como se fosse o Poder deputados federais, 161 deputados constituíram a
Legislativo. estaduais, 22 prefeitos e 163 verea- Junta Militar,
posto. dores, num total de 6 milhões e 453 que cumpriu um
Foi a vez de ouvir-se a única voz 2. Decretar o recesso do Congres- mil votos. mandato-tampão
so, das Assembléias Legislativas e
discordante, partida do Vice-Presi- das Câmaras de Vereadores. 3. Assinados vários c1tos institucio- entre os
dente Pedro Aleixo, que mostrou os nais posteriores, que cassaram, en-
perigos de uma revogação do es- 3. Suspender direitos políticos e tre outros, o Senador Wilson Campos, Marechais Costa
tado de direito, advertindo para os cassar mandatos parlamentares por os Deputados Marcelo Gatto, Nelson
usos e abusos de cada autoridade dez anos. sem direito de defesa dos Fabiano Sobrinho, Nadyr Rosseti , e Silva e Emílio
no seu respectivo escalão de compe- cassados. Amaury Muller, Lysãneas Maciel,
tência: Alencar Furtado, Marcos Tito, Ney Médici.
4. Suspender as garantias da ma- Lopes de Souza, o ex-Governador
- Além do mais, estou perce- gistratura. Cortez Pereira e o Vereador Marcos '
bendo que a reação é desproporcio-
nal a um discurso que não teve a 5. Decretar o estado de sítio e Klasmann.
menor importância no Congresso. prorrogá-lo por tempo indetermi- 4. Confiscados os bens do grupo
Não estará sendo ele usado como nado.
mera justificativa para a violência que J.J. Abdalla.
se quer consumar? 6. Suspender os direitos e garan-
tias individuais, inclusive o ha- 5. Seqüestrados os embaixado-
Essa corajosa atitude do Vice-Pre- beas-corpus, censurar a imprensa, res Charles Elbrick, Von Holleben,
sidente Pedro Aleixo iria custar-lhe, confiscar bens e baixar qualquer ato Enrico Bücher e o Cônsul Nobuo
logo em seguida, o direito de suceder
o Presidente Costa e Silva, atingido neçessário à execução do Al-5. O g u c h i.
6. Decretado o recesso do Con-
A noite, o Ministro Gama e Silva
compareceu a uma rede de rádio e gresso a partir de 1? de abril de 1977,
TV, apresentado pelo locutor Alberto pela necessidade de promulgar a re-
Cury, para anunciar a decretação do forma do Judiciário, bloqueada na
Al-5. O Congresso fechou as portas Câmara.
nessa sexta-feira, dia 13 de dezem-
bro de 1968, só voltando a reabri-las 7. Decretado o famoso pacote de
em outubro de 1969, quando voltou a abril, com a invenção do chamado
reunir-se para confirmar a eleição do senador biônico, a extensão das
General Médici, na sucessão do
Marechal Costa e Silva, acometido férias dos trabalhadores para 30
de uma trombose. dias e as alterações na Lei do lnquili-

O Al-5 só seria revogado a partir de nato.
1? de janeiro de 1979. Uma longa noi- 8. Demitidos os Generais Ednardo
te de arbítrio abateu-se sobre o país,
D'Avila Melo, do comando do li Exér-
durante os 1O anos seguintes , cito; Sylvio Frota, do Ministério do
Exército; e Hugo de Abreu, do Gabi-
quando foram cassados milhares de nete Militar da Presidência da Repú-
mandatos e d ireitos civis. blica.

CONSEQÜÊNCIAS DO Al-5, MURILO MELO FILHO
AO LONGO DE ·uMA DÉCADA FOTOS MANCHETE

Como conseqüência do Al-5, •

foram, nos 1O anos seguintes: OMarechal Costa e Silva chega para o desfile militar de
25 de agosto e é recebido pelo Ministro Lyra Tavares.
1. Presos o ex-Presidente Jusceli-

~9 OE NOVEMBRO DE 1991 33

'. l •

Pasta NºOOl - FL.021. t

28 JotG '11.-, domingo, 12 CM dezembro CM 1K3 e 111 1 / ª!

,, AUNIÃO'

come ou na ves era '

-

Alarico Correia Neto (*) .

Uma semana antes •

N a quinta-feira. '.2 de de- • General Albuquerque Lima. • A Abril Cultural lança a cole-
zen1bro. o comandante do ministro do Interior. é chamado de ção Grande Compositores da Música
li Exército. general Carva- ··o general da nova revolução". An- Universal), com a Sinfonia n• 5 cm

lho Lisboa. en1 comunicado ao au- ti-comunista ferrenho. mas naciona- Dó Menor. Opus 67. de Beethoven.
lista. é 1ído. então, como um militar
ditor Arvlton da Cunha Henri- • José Celso Martinez Corréa,

que s. da· Segunda Auditoria da qu':· n~ opinião do presidente da As- que havia despertado a ira do Co-
Segunda Região Militar (São Pau- soc1açao Comercial do Rio de Janei- mando de Caça aos Comunistas
lo)~ determinou que nenhum estu- ro. Rui Gomes de Almeida. "cmpol- (CCC), dá os últimos rctorqucs no
dante fosse solto, apesar das or- seu novo espetáculo teatral ··Galileu
Sªrá também as esquerdas com suas Galílei", de Bertolt Brccht.
idéias.

dens do Supermo Tribunal Fede- • Os juízes do Trabalho. que • Em Brasília, o Festival de Ci-

ral. ·•pois algo de importante esta- reclamavam aumento de 100 por nema enfrenta problemas de pouco )
cento. começaram a assinar sentença dinheiro. chuva e o Congresso rou-
va para acontecer". ·bando o espetáculo. l
Ele se referia aos estudantes autorizando majorações acima dos
24 por cen10 determinados pelo Go- • O Congresso Nacional sofria
, que haviam sido presos às cente- verno Federal. A inflação prevista pressões do Executivo no sentido de
nas no 30' Congresso da já extinta para o ano de 1969 era de 20 por que concedesse licença para q·uc o

União Nacional dos Estudantes cento. percentual de aumento con- deputado Márcio Moreira Alves fos-
cedido aos servidores civis e milita- se processado. Seu discurso de ape-
( UNE). iniciado en1 lbiúna (SP) res . nas 10 minutos protestando contra
a invasão da Universidade de Brasí-
e interrompido justan1ente por O "não" à cassação de Márcio Moreira Alves ca.ssou todo o Congresso ' A --pena de morre brasileira". lia. por policiais. foi considerado
,nativo dessas prisões. o chamado Esquadrão da 11,1one. es- .ofensivo às Forças Armadas. Os par-
tava em destaque na imprensa. que
Naquela quinta-feira . .o Su• lamentares tentavam a obstrução na
rcgis1rava mais de 200 execuções nos ·comissão de Justíça da Câmara, pa-
premo havia concedido habeas Estados da Guanabara e do Rio,
corpus aos líderes estudantes Vla-

dimir Palmeira. José Dirceu. Luís ê:heck. o ex-governador Carlos Fernandes (Tribuna da Impren- com uma média de quatro por sema- ra que o assunto não fosse decidido '
·rravassos e Antônio Rihas . Mas Lacerda. o rnarechal Cordeiro de na. Os corpos dos marginais assassi- até o recesso do Congresso cm 30 1
sa). Joel Silveira (O Paiz), escritor nados surgiam à margem das estra-
as Auditorias Militares n,io fun- Farias. os deputados federais Hé- de novembro. Os ministros milita-
Carlos Heitor Conv. radialis1a das. no fundos dos buracos, em ruas res, através do seu colega da Justiça
cio naram na sexta-feira. Dia da lio Navarro (MDB-SP), Renato Ga1na e Silva, aumentavam a pres-
Marinha. n;io recebendo os ha- Mário Lago. , abandonadas. Policiais eram suspei-
beas corpus concedidos na véspe- Archer (MDB-MA). Rafael de tos de serem os autores. são. A questão foi levada à decisão ,
Escondidos em lugar ignora- mas nada menos de 80 deputados
Aln1eida Magalh,ies (Arena-G B): • Comemorava-se um a110 dos
ra. os deputados estaduais da Gua- dos estavarn os deputados Márcio
1r;1nsplantes cardíacos iniciados pelo do MDB se inscreveram, o que, ma-
Além desses estudantes que nabara Ciro Kurtz e general Sal- Moreira Alves e Germano Alves. Dr. Christian Barnard , cm Cape .
nüo tivera,n reconhecido os seus vador Mandin: professor Dacv os dois que os n1inistros militares Town. África do Su1. 87 pessoas já tematicamente seria impossível até
habeas co rpus. embora tenha sido Ribeiro. ex-ministro da Educação queriarn processar por emitirem à meia-noite do dia 30 de novembro, l
conce didos antes do Al-.'i. ah~ o opini.io considerada ofensiva às haviam 1rocado de coração. sendo
con1eço da noite do sübado. 14. de Jo.io Goulan: Tenório Caval- Forças Arrnadas. Tambén1 os de- que apenas 37 sobreviviam, No Bra- todos eles fazer seus pronunciamen- •
jü estavarn também presos o ex- canti. ex-deputado federal. jorna- putados Gastone Righi e David tos . A obstrução foi obtida. O pró-
rresidente Juscclino Kubits- listas Osvaldo Peralva, Francisco Lerer permaneciam cn1· Brasília. ~il. essa cirurgia era realizada pela prio ministro da Justiça telefona ao
da mesma forn1a escondidos. prim<:ira vez pelo Dr. Euryclides J.
Pinto (Correio da Manhã). Hélio Zcrbini. cm São Paulo. presidente da Câmara, José Bonifá-
cio. e garante que nada haveria con-
• Millõr Fernandes iniciava sua tra o Congresso, qualquer que fosse
scç;io de humorismo na revista Veja.
a decisão da Comissão de Justiça,

Uma vitória de Pirro do Congresso Reco.m. eça a •As músicas carnavalescas reto- ou mesmo que não houvesse nenhu-

mavam sua importância. com o ma decisão. A reunião foi suspensa •

anúncio do I Festival de Música Car- e todos foram repousar. Não imagi-
navalesca. em São Paulo, e o Con•
O Con,:rc,so h' a\'i;, rc1n m;1d,, ,ua, marajá havia dado o seu ··n,io·· ao pedi- Revolução navam, sequer, que, no dia seguinte,
ai ivid.td<·, .•e xtrao rdina riamente. por d,) de licença. o que levou o seu prcsi- curso de Músicas Carnavalescas, no o presidente Costa e Silva iria convo-
dt·ntt·. deputado Djalma Marinho. à re- O cpi~ódio t.l;ir~iu Moreira Alves foi
,·c111w,ra,;;io J o prcsidt,ntc Co,rn e Silv:1. Rio. Tomé adere à onda com "Eu car o Congresso extraordinariamen-
Sl' ah~o rcct.•,~t... v::~lamenlar. i:m Jfl d1..· núncia. ma~ a liderança are nista insistiu :•pena~ o ~:-topim O gov1.:rnq milit(~~ qu~ ~'-= sou de lansã", e Caetano Veloso vai
110\'cmhro. a ohs1ruç;io ao pedido de li- ..Atrás do Trio Elétrico'". te para o período de 2 de dezembro
cença par:, que fosse proccss:id11 o dt·pu- n.i votaç:io imediata da ma1éria. inslalara (."lll .,J <lL· março d~ 196-t Ja estava a 21 de fevereiro.
wfrendo o dc,'1.:d\10 da populaç,io que o ·,
1:odn M:í rrio 1\-loreir:o Alve, n,í<> p,rmi- Quando o líder da Arena, deputado havia apoi;,do com a, --m,Hcha~ com Deus.
'i
Geraldo Freire (substiiuía Ernani Sti1 v- pela lihcrdad,·... O, csludanres vollavarn ás
lira que houvesse urna decis;io da Comis- """· havia crise cnrrc o governo e:, Igreja. l
rn. enfermo). discursou defendendo 'a onda, J c a,salros e a1cnt:1dos rerroristas. ,lu•
s;io d<· Just iça da C.imara Fed<·ral. agnra .J'J1-u\,.•..·Uco.~•.,!lUJ-b.ww.l'l r p•~~.U. l"!lCHto.p.:::.r.l ;} opo.~--- .1'
c;1ssaç;io de M,írcio !\,foreira Alves. os
n~i() tinha 1.·,)m() t' \'itar o ( o nfrnnh) C<lm O gcncr;,I Albu<jucrque l.ima. influente f-
tn~.a)Uo~( )H tpla u '.""C.)':"- J• •a• - : tntec1p' a,..•a 11 1 •qJ u• at-s• c-- -
- -- o·Pnctcr·l\1j11nrrtn~:nauo-:-r1tJ Exél:ul1,,,,. omprado junto ;,10~ militan:s. defondi\·1 a necessidade l
rc sult a dp da votação, c
' · Os militares insis1iam no pon10 d<' <lc :-l"r rccncon1rai.lo o cspirilo to ritmo da J
vista de que o hrcvc discurso do dcpu• ao discursos cm defesa própria pro ferido
iado l\-1;4rcio Moreira Ah•es. protestando R.:voh,çi1o. ,Di ~1ntc U..::~sa situaçiiO. veio o .!
<'Onta a invasão da Univcr:-idade d<' Bra- pcln parlamentar acusado de ler inju- (
'1li;1 pelo, policiais. ha via injuriado a, Alo lns1>1ucional n 5. porque. seeundo o 1
Forças Armadas. Tarnhé m na mira dos riado as Forças Armadas. Márcio l'vfo- pensamento mili1ar dominante. a Revolução
• militares. estava o deputado Hermano l
Alves. cujos ;1rtigos puhlicados na im- r<:ira Alves negou que tenha cometido t:!'llitvc1 a caminho da autodt:struição. Aére-
prt·nsa. da sua autoria. for:1m conside-
r;idos igu;ilmcntc of<:nsivos i1 s Força, ta l injúria. <litam o ~ militares no poder que . com o Aí-5.
Armadas.
Apuraç;iu a votaç;io. o presidente fon,: ap,:nas por precauç;io - para que outros
Na quinta-feira. 12 de novemhro. José Bonifácio <1nunciou o resultado. cm
,·oz ~ra,·c: "N,io. ~16 v111os: sim. 1-11 nà<> fos::.1!m necessários -. o regime não seria
a Câmara dos Dcpu1ados. con1ava cm
,cu plcn;irio com 2-16 parlamentares da vo1os' : branC(h. 12. O projCtCl fica rcjei- i,fr:rado. já <juc as medida~ excepcionais só
• Arena e 123 do lvlDB. Naquela sess;lo
1;1do". Dc pé. o pknário aplaudia. hou- :-.crio1m aplicad,c, St.! fossem int!vic:iveis.
dt·,·eri;1 s.:r voiada. cm plenário. a con- \'l' choro e )!.ritos de alegria de deputados
cessão Ja licença ou n:io pal'a que o de• e funcionário,: nas galerias i:1noa,•a-sc O Al-5 fechou o Congresso Nacional
pu1adC1 1\-lárcio Moreira Alves fo~sc pro- e arrihuiu ao Poder Execu1ivo poderes para .
,·cssado . A Comissão de Justiça da Cá- n Hino Nacional. Em algum lugar. dis- o confísco de bens daqueles que se enrique•
1an1c dali. um documento estava sendo
uhimado. pois. como dissera o general c,:('r<!1~1 1lic1tam~n1y L' a susp:nsâ<? de ~ir~~tos

Carvalho Lisboa. naquele mcs,no dia 12. poh11cos. dem,ss.10. remoçao. d1spon1b1hda-
"algo· de impor1an1c está para (ICOrllc• dc. aposen1:1doria de servidor público e
cer..: o Ato Institucional n" 5. transferência para a reserva ou reforma de

rnifü..irc s.

O Judiciário. com o Al-5. ficou os seus
poderes limiwdos. já <1uc ficou suspenso o
habeascorpus para ··oscasos de crimes polili•

co~ t: contra a seguranç~ nacional e a ordem
econômica e soc,al" e também as medidas
As palavras que dos interrompendo noúcias importante~ de_ segurança passaràm a ser aplicadas relo
- disposição gráfica nomialménte in, Mmrstro da Jusuça. O Supremo Tribuna Fe-
um bom concebível. deral leve o seu poder rcstri10 aos casos de
Direiro Privado. mesmo assim quando não
redator não usa u·Vl&lando - Foi o caro.inho que ,')J_óÍ•, fossem de iniciariva do Poder Rcvoludoná-
no.
na! do Brasil" escolheu para evita'.r'i)ro'.-:
blemas com as autoridades, depois 1.da Mas o Al-5 1amhém possibili1ou ao
promulgação, sexta-feira, do Ato 'ln-sti~;. Governo Revolucionário um instrumento
que poderia melhorar muito a sua popula-
O cronis1a Nélson Rodrigues transíor- cional n.0 5. O Alo prevê · a· possi; ridade . Isso veio com um decreto-lei baixado
bilidade de ceosura à impreOSll, mesmo pdo prcside1•1c ~osla e Silva. perseguia a~
mou o "copy-desk"' do matutino carioca sem haver estado de sítio.. E a ·censura; empresas que deviam por ma,s de 1rês meses -Márcio Moreira Alves, o pivô do Al-.S
não oficial, apareceu em episódios iso~, aos seus empregados. não permitindo a elas
"Jornal do Brasil" em lllXla das perso- lados. As edições dos jornais paulistas· acesso ;, empréstimos oficíais ou isenções fis-
"O Estado de S. Paúlo" e "Jornal da cais. Essas empresas não poderiam pagar
nagens favoritas em seus comen16rios Tarde", sexta-feira, foram parcialmen~ gratificações ou honorários aos seus diretores
1c apreendidos por agentes da Policia• nem distribuir lucros ou dividendos a seus
diários na imprensa. Nas redações de Federal - e posteriormentc'liberadas·.:.:..: acionistas. E mais: só poderiam dessolver a
porque seús .editoriais poderiam contri• firma depois que fossem pal(as iodas as suas
jornais, o "copy-desk'" '- expressão in• buir para "o acirramento dos ânimos", dividas.
segundo a. explicação do General Si1vio
glas& cujo significado Jitenil é mesa de Correia 'lie Andrade, delegado regional Eles defenderam o Ato Institucional •

.cópia - é o homem en,:arrcgado de ··o País sai neste momento de um ' .

reescrever o material redigido pelo. re• "Somente quem tem consciência:

pórter (os doia são inimigos cordiais). estado de direito para um estado de de ser criminoso.pode temeria ameaça
dando-lhe uma linguagem
•da. coerência e unidade. emagisereallambeonrate• fato. Desejo que o País progrida, en- da punição do crime, sobretudo se é :

um homem ~rio, imperturbável e extre- da Polícia Federal em São Paulo. Aos contre seu destino. Obedecendo ao no- corrupto ou subversivo". (General Ly-·
mamente atento aos menores desliz.cs e jornais; havia sido recomendado que não,
vícios de linguagem - Nélson Rodri• comentassem opioativam,:nte o rcsului,. • • ' • ,. vo regime. declaro <;ue a nossa missão ra Tavares, ministro d.o Exérci.to) .
. - ~stá encerrada". (José Bonifácio de
gues costuma dizer que De? dia cm que do da votaçãó·_sôbre o caso Márcio Mo- "Agora o Goven10 está realmente
:Andrada e Silva, presidente da Câmara
o mundo acabM', o "copy-desk." do "Jor- reira Alves. Os cditorlaü de "O Estado ,de posse dé todos os instrumentos para
por.nal- do Brasil" notici&ri o fato sem um· de S. Paulo" e ''Correio da Manhã"," <los Deputados)
porponto de cxclama?o, Responsável exemplo,• foram a respeito de políticà. .promover a refonna das estruturas su-
' "As ruas, os quartéis e es~a escola
iurna da.s revoluções na imprensa brasi• internacional. A edição de "O Paiz", do aqui estão para dizer-lhe também que :peradas e que resistiam aos esforços:
.povo e soldados, profundamente de-
.leira, h'- mais ou menos dez anos, quan• Rio;,foi apreendida porqúe continha ma- de atualização pelos caminhos nor-:
mocráticos, depositamos total confian-
do contribulu para o seu aperfei~oàmcn- túias "de cunho subversivo". O único ça em Vossa Excelência, no sentido de :mais". (General Albuquerque Lima,:

10. êMe jornal carioca tez do "copy" jornal local. de Brasilia, "Correio Brazi- que o ato extremo do Presidente, rea-· .ministro do Interior) :
iuma figura importante nas redações. Po~. . Jlcnsc", saiu sexta-feira com algumas co:. brindo o processo revolucionário, para
isso multos estranharam a ~ do !unas cm branco. Em Goiás, "O PopU'· salvação da obra em que todos estamos "O objetivo principal do AI-5 é :•

"Jornal do Braall" de sábado passádo:. lar". "'e a ."Tribuna de Goiú" tiveram empenhados, terá .a duração e a ener- .tomar possív,el a obra de reconstrução :
•gia de um raio. Confiamos em Vossa
Em. uma legenda sôbre.os jogadores, 11<!. suu·ediçóe,s_apr~ndidas. O "Correio d~ nacional cujo desenvolvimento nor- ;
'futebol do Braail, por exemplo, U&OU ii Manhã", .do .Rio, foi cercadó por age(!•
'mal, toda a Nação sabe, exige oclima :
expéeoão,. "balipodisw", patavra· . quo· tcs da· DOPS. e •·da Po)lcia Federal, , ha
normalmente ,eus redatores jamais ado: · sexta~fein., sendo liberawcdépÕis ·a eãi,: de ordem, o fonalecimento da autori- :

"°tarilm. Em outrá legenda. falou de ·~Po- ção. No Estac!Q. Rli>, . as edições d~ .. Excelência para que, assegurada a in- dade e o combate sem tréguas àsubver~:•

oslE. o festejado era.que do Santos", lugar.· quase todos jornais foram apreendi, teireza da autoridade presidencial e ga- são, responsável pelos fatores oegati.J!

comum que rep11goa ao DWJ ilisplicen- das. As emissoras de rádio e televisão rantida a continuidade revolucionária; vos que cumpre eliminar con10 condi· .

ic "copy-desk". Oesseesspdanettaolhdeoss~clenitiócroeas foram convidadas a não comentar o "ca- possamos bem cedo encontrar os bons ção imprescindível para que a Revo-'~
,1âô se limitou a so Márcio" e' suas conseqüencias. A As-
caminhos da plenitude da vida demo- .lução prossiga o seu grande programa•!

Na página destinada aos editoriai~ - sociação Brasileira de Imprensa proles~ crática, os únicos que valem a pena de realizações. Ele não será mais deti- :
trilhar pela vida afora". (General Rei- ,do pelos que procuravam perturbá-lo,,~•
que não salram ~ duas fotografias: uma, tou, em ·ofício ao Ministro da Justiça
naldo Melo de Almeida, diretor da Es- abusando do direito da liberdade pró··:
gn.nde, de um adulto cosinaodo a um Gama e ·Silva, contra "os ato,· de ·cenl
sura prtvia praticados nas redações, eni
menino luta de judô, e oobuettráacvdJeo,um~::c1'a:f~t' cola de Comando e Estado-Maior do pria para penurbar a das outras e da)
valeiro transpondo um .flagrante desrespeito à Consti~ção · 4t
gÚue ~o o jom-1, anúncios clusifice-; "R,ep6blica". Exército, dirigindo ao presidente Co~ta, própria Nação". (Ministro Lyra Tava- -~
-------------------------~-- -e Silva)
. res) . . :;;

Rtprt>duçõo/MSÍMÜ4r da V•já rdlçio d• 111./1.2/68 Mdrio Cowu, PMD!, lúhrou a obllnlfcw '.
ao ~dido ik licen;o . '
'

.(*) Prolessor do f?epartameQ1o de Comunkaçjo da·llFPb.

AUNI.Ao .' ' .

27·Joio ""-· domingo, 12 d e ~ de 1113

Pek>s termos fÚJ Tratado de Amizndt.e Consu/J.afinnado entre o Brasil e Portugal,

para você ir em visiJa àquele país precisa fÚJ passaporte, mas está dispensando fÚJ

visto. No entanto, COrrt o risco de ser tralado como um estrangtir:azua/quer, qut

esuja, profissionabMntt, conco"tndo co,,. eles. Como os demais es da Europa,
Portugal é muiJa xenófobo quando se traia de rtstrva fÚJ mercado de trabalho, mtsmo

com relação aos "amigos" brasileiros, como Um acontecido com os dintistas qut
foram daqui para exercer a profissão 14. ·

Além da questão @s delllistas, ltmos, mais rtcenúmenú, o caso da alriz. Christiant

Torloni, que tem uma monJagem de espelátuk> uatralna cidade da Porto, subvtncionada
pek> governo português, e que so/rtu protestos por parU dos aJorts k>cais, apesar

de, num eknco de cinco artistas, contar com trts portugueses.

Prtparando-st paro ser a capilal turopiia da cultura, em 1994, e sede da /tiro

mundial de 1998, Portugal se deixa acomenter pela síndrome da europeização,

aproveita ascomemorações dos 500 anos das navegações edos descobrimentos (quando

o império português, incluindo as terras brasileiras, abrangia mais de 10 milhões

de quilômetros quadrados, boje reduzidos a 92 quilômetros quadrados em que
comporta 10,S milhões de habitantes) e passa a rejeitar o Brasil, esse velho amigo

., que já lhe serviu tanto.

--- .. Embora um brasileiro possa se sentir um tanto á vontade em Portugal, devido
,.
'l ao idioma ser igual (com exceção de algumas palavras com significados incomuns),

Juiz Nestor Alves de Melo Filho conta sua vivência em Portugal o nível de civilidade deles está muito além do nosso. Aqui, os mal-educados urbanos

fumam dentro dos ônibus, falam alto nos elevadores, cortam filas, tocam a buzina
dos veículos quando o sinal abre, soltam palavrões em ambientes públicos. Lá, ~

não existe e, como observou o juiz Nestor Alves de Melo Filho, paraibano, que

esteve em Portugal recentemente, os portugueses são tão educados e se descupam

tanto, que até se tornam monótonos. _

Em breve relato que escreveu com exclusividade para A.UNIAO, o juiz Nestor

Alves de Melo Filho apresenta as observações e conclusões da sua vivência em Portugal

e nos seus tribunais judiciais.

Alarico Correia Neto

.. m •DI•Z arai• ano em

Nestor A/•·es de Mélo Filho ahia aérea deles. Para ob.te( A prova• os depoimentos· ',
. testemunhais não é registrada,
um simples adiamento da data limitando-se o Juiz a fazer pe•
. ediante escolha da As- marcada para o retorno foram• quenas anotações a determina-
sociação dos Magistra- dos quesitos submetidos às
me colocadas as maiores difi-
M dos Brasileiros•AMB. culdades, inclusive com a
eu e mais quatro juízes brasi- ameaca de ali permanecer in- panes. Ora, se com o registro
leiros. dentre eles uma Juíza ,detinidamente até o Natal, em da prova, como se faz aqui no
Federal e uma Juíza do Traba- sucessivas listas de espera - isto Brasil, os Juízes ainda são pas•
lhoJesta última Vice-Presiden• . secamente, na sede da mesma síveis de erro.' como todo e
te o Tribunal Regional do Companhia, em Lisboa. De- qualquer ser humano, tendo,
Trabalho do Estado do Espí· sesperado, procurei a "fada às mais das vezes, as suas deci-
sões modificadas pelos tribu-
criatodeSa1n5todi)a.~e.s~tisvteamgíoansd, poojrucnetro• madrinha" (a Varig), onde me nais. Imaginem, sem tal regis•
foi dispensado o melhor trata-
aos tnbuna1s Jud1c1a1s ae ·Lts- mento, facultando-se-me a da- tro!
Inexistência de prisão es-
boa (há outros tribunais que ta que entendesse para retor-
não são considerados ou deno- no, sem paçamento de qual- pttial até mesmo para os pró-
minados "tribunais judiciais", quer acresc1mo. Parecia que prios juízes, o que fez com que ._, ... .
- expressãOTesrrira-aos·tribunais·· -.:crestava:no-Brasil quando en· um dos nossos colegas irdagas-· •
se de alguns colegas ponugue:
singulares e coletivos de 1º trava na Agência <la Varig.
ses o que aconteceria se um
f,er_aguu1,·vaa_o1esnttersib_uanq'a:1i1s· da relação e' mbaNroquaeerofpoorar·1mo-.ma· ehocro·abrdao-· magistrado, agredido em au-
aos nossos qfuunacs1~o1n' 5á·n0.o00oeusc1s:11dm?1Sla,rpdoar diência ou fora dela, tivesse de
tnbuna,s de 1usuça) e ao Su- dos sacar uma anna e matar ou fe-
~Prem. o T.ribunal de Justi.ça um rir alguém. A resposta que nos
outra Companhia, porque eu foi dada a de que em Portugal
aqui equivalent~ ao Supenor iria retoma ~d1asIcn.Vml11:nn.ga.ça_o tal nunca aconteceu. Contra-
nbunal de Justiça. Ah.ás, ar respondemos, argumentando
A..lém das. o. bservaçõ. e.s que no Brasil, também não, só
propnamente ditas em matena so- Nestor ·
frida pela Varig naquela Capi- que poderia ocorrer tanto Alves
âneidaDd1cred1eto.fatziveremouotsraas opa roensu--· tal é notó n·a• descre_vendo-a aqui, como lá ou em qualquer
pe1·,.o de portugaI e dO-s' eu po- cbiermcunostsaenuci_agdeoreanrtetigaoh peumbliucma- outra parte do mundo. Rende- sentill
a.
vo. Gostaria primeiro de en- do nuCma revista editada por ram-se aparentemente aos lwstilidade
fatizar a existência de duas vi- erescsaenteo. nipanhia, em edição
sões para quem pretende dei- npssos argumentos. dbs

xar a sua terra, o seu país, cm A Sociedade Portuguesa é . ASPECTOS POSITIVOS "palricios"

..

demanda de outra ou de outro. altamente introvenida e con• Inexistência de meninos de • ..l \,~- j\
Existe a "visão turística", servadora. Esse negócio de rua e de roubos: batedores de
carteira, existem (por sinal o ' •\ '
que é similar à do sujeito que "país innão", na prática, não
adquire um ingresso para ver funciona. Sentimo-nos, eu e os nosso colega, Friedman. foi ''-
um filme de aventuras colori- rreofse••ridcoosmCoooleugtraos,s "qeustari.asnqgueeir- bado dentro do Metrõ), assal- '\ ••
naquele país. Parece que era tantes, não. Quanto aos meni-
do. no qual tudo é previamen- até pior quando nos deixáva- nos de rua, não tive uma expli- )\
te programado e. conscqüen- cação convincente. Não sei
temente. bonitinho e diveni- mos identificar pelo sotaque e bem se é porque .Portugal é:
pelo emprego dos nossos vocá• um país essenc1almentê de ve-
do: e a "visão realística.., que bulos corriqueiros.
é a de quem foi executar deter·
minado trabalho, consistente O Salário-Mínimo, pelo
menos até o mês passado, cor- lhos, vistos em grande número '• .
em um curso, um estágio, etc.. respondia a quatro vezes o e em toda pane, com um índi-
integrando-se à comunidade ce de natalidade baixo. ou se , 1(;
locar e vivendo ou panicipan- há uma outra razão.
,' ":;

do do seu dia a dia. nosso. Todavia, não passa de Respeito absoluto ao tran-
Enquadramo-nos, eu e os mera ilusão, diante do elevado.
caros e respeitáveis Colegas - preço das utilidades: um quilo seunte ou pedestre• que lá eles
chamam de ..peões"•, de mo-
Drs. Valdir Leôncio, do Dis- de carne de primeira custando
do que se você atravessar uma
trito Federal; Regina Uchõa, mais de dois mil cruzeiros
do TRT do Estado do Espírito reais; um quilo de tomate, cen-· rua ou uma avenida com o si•
nal fechado ou vermelho, todo
Santo; Valéria, Juíza Federal to e cinquenta cruzeiros reais;
mundo pára e deixa você pas-
no Rio de Janeiro; e Friedman um de cenoura, cento e qua•
Anderson , Juiz de Direito na renta cruzeiros reais; uma ba- sar.
Não é só por uma questão
Comarca de Andirá, no Esta•. nana cento e vinte cruzeiros de cultura ou de educação, co- gue haja risco de ouvir um pa- como melhores conclições de Conchilndo: a um deno-
mo observei. mas, sobretudo, lavrão ou de sofrer qualquer acerto. Ouvi. de alguns colegas minador comum chegamos
do do Paraná - na segunda das reais - esclareça-se, banana porque a lei, lá, neste aspecto, uma forma de agressão. portugueses, referências ao nós, juízes brasileiros, e eles.
visões referidas. Fundamenta- anã, pois ali não vi banana pra- juízes ponugueses -cadeia não
nosso Tribunal do Júri, mode- resolve o problema da violên-
do nas observações que fiz a ta ou maça -; aluguel de um é para valer. Por exemplo, se Tal tamhém não é só pro• lo copiado do Júri none-ame- cia e da criminalidade. nela 50·
ricano, como o "tribunal dos mente devendo permanecer.
respeito e que dariam, sem cubículo, a que chamam de alguém ultrapassar um sinal duto da educação e da cultura 7 patetas". Aliás, eles não em•
exagero algum, um livro-, {>TO- apanamento, e que serve de pregaram exatamente essa ex- se_possível indefinidamente. os
vennelho ou dirigir com exces- deles, mas porque existe um pressão, mas o equivalente. reincidentes, indivíduos pro•
curei sintetizá-las ao máximo moradia para a classe menos so de velocidade, além da mul- policiamento ostensivo nas pensos aos crimes. Para com
Justiça II • ausência de es-
para o not;ível público leitor abastada, equivalendo merisal- ta • que não é pequena ·, res- ruas, de modo que em cada es- pecializações: a Justiça é una. estes a legislação penal portu-
ôe A UNIAO, circunscreven- mente a cinquenta mil cruzei- como o próprio Estado Ponu- guesa é severfssima. Agora. o
ponderá mais a um processo quina, nas ruas e avenidas do cidadão que delinqüiu em de-
do-as em dois blocos - o dos ros reais, e assim por di.arite. contravencional, do qual resul- centro, você se depara com guês, pelo que não existem juí-
"aspectos negativos" e o dos Justiça: mal instalada e zes federais e juízes estaduais terminadas circunstâncias,
tará inapelavelmente a proibi- dois policiais uniformizados e como aqui, mas uma só cate• sem que o seu crime seja quali-
"aspectos positivos". . dispondo de poucos recursos: ção de o infratordirigir por um convenientemente armados, ficado, deve merecer sempre
goria de J.uízes. Partindo do
ASPECTOS NEGATIVOS com exceção do Palácio.da Jus• mínimo de sessenta dias. comunicando-se por rádio com uma segunda oportunidade,
princípio e que o bacharel em retendo-se o mesmo o menos
CompanhiadeTransporte tiça e um prédio que lhe fica Vi um médico e um moto- centrais próximas. Direito deve ter um conheci- possível no interior das pri-
rista de caminhão serem julga- Tribunal do Júri: o réu, mento universal da ciência que sões.
Aéreo: se Você, um dia, leitor anexo, os demais tnbun~is fun- dos e assim condenados: multa abraçou, lá o juiz, hoje, é juiz
(equivalente a vinte mil cruzei- acusado por crime de homicí• do trabalho; amanhã, juiz de Poderia dizer muito mais,
amigo, tiver de conhecer Pór- cionam em prédios velhíssi• ros reais) • proibição de condu- dio, é jufgado por um tribunal uma vara • que eles chamam caros leitores, mas o espaço
tugal, procure a Varig, mesmo mos, não proporcionando con- zir veículos durante 60 dias. Se denominado "tribunal coleti• de tribunal singular • cível ou não o permite.
se tratar de motorista embria- vo", composto unicamente de criminal. As vagas vão se suce-
pagando um pouco mais. · dições de tra6alho condizentes gado, então a coisa é mais séria magistrados. Se, em tempo há· dendo e os interessados vão re- Agradeço à gentileza do
ainda. bil, a Defesa ou a Acusa~ão querendo, de modo que. ao fi. meu particular amigo, jorna-
Trata-se de uma compa- como as qu_e se vêe~ aqui na o requerer, é que ele será Jul• nal de carreira, o juiz já pode lista CARDOSQ, aos seus co-
Segurança absoluta nas gado eelo Tríbu_nal do J~ri. ter passado por todas as varas, legas de A UNIAO e a Você
nhia aérea que nos trata huma- mesma at1V1dade. : que nao é_ constJt_uído un1ca• inclusive as da Justiça Militar. que teve a paciência de me atu:
na e cavalheirescamente, so- Uma das nossas garantias viti públicas: yoc6:pode andar mente porJuízes leigos, 'Como: rar por ,alguns instantes.
à vontade, inélusive acompa- aqui, mas mesclado de· Juízes
bretudo naquele País, como constitucionais• o habeas cor- leigos e de juízes de direito,
nhado de sua mulher, por conferindo, inegavelmente.
ocorreu comigo e os demais pus• lá é julgado em processo exemplo, como ocorreu comi- mais seriedade ao órgão, assim
go,-à·hora que o entender, sem
colegas. - · · contencioso, dispondo o Juiz
O meu bilhete de passa- de oito dias para decidir, como

gem • gentilmente custeado se o Estado estivesse acima do

pelo Sr. Governador do Esta• homem, conceito não esposa•

do Dr. Ronaldo da Cunha Li- -do pelo Direit9 Penal moder-
mà. -. foi adquüido na Campa- no. ·

••

#/< .;,, '/L ) /4 . /

Pasta N°00i . Fl.~ A3

O NORTE João Pessoa, quarta-feira, 13 de dezembro de 2000

■ TRANSIÇÃO NO TJ l ~

'r
Nonato Guedes---


[email protected]

OAI-5, 32

ANOS DEPOIS

Hoje faz32 anos que uma lon-

ga "noite de trevas" instaurou-se no

País. No dia 13 de dezembro de 1968,

pressionado pela "linha dura" do

regime militar, o então presidente

Arthur da Costa e Silva decreta o Ato Institucional-nú- •

Escolha ocorre mero 5, fechando temporariamente o Congresso esus-
pendendo direitos políticos de n1ilhares de lideranças

durante sessão em todo o País. O pretexto foi um discurso pronunciado
na Câmara Federal pelo então deputado Márcio Morei-

e:ctraordinária ra Alves (MDB-R)), considerado ofensivo às Forças Ar·
madas. Odiscurso, na verdade, era a gota d'agua. Havia

,narcada para um clima de agitação popular, com passeatas de estu•
dantes en1 confronto com o Exército.

às 8 horas O jornalista Carlos Chagas,' que foi secretário de
Imprensa de Costa e Silva, em depoimento ao ex-minis-

!-lá rn uito ten1po o Tri- tro Ronaldo Costa Couto para o livro "Memória viva do
regime militar·: confirma:''.Agotad'agua foi dada por um ~
bunal de Justiça do Estado
não realiza un1a transiç.ão tão jovem deputado inexperiente, muito amigo meu, e é por
isso que eu posso falar. Um boboca, naquela época, o
pacífica quanto a que irá con-
duzir o desernbargador Mar- •• Márcio Moreira Alves. Diante daquilo tudo, faz um dis• "•
curso no pinga-fogo, que são aqueles períodos de três
cos Antônio Souto Maior à
minutos antes das sessões da Câmara, em que o deputa-
presidência daquela Corte.
do interessado faz breves comunicações, normalmente
Souto Maior será eleito hoje
em reunião extraordinária -, . para sair na"Voz do Brasil" e no "Diário Oficial''.. •
marcada para às 8 horas, jun-
. Chagas prossegue: "Mas o Marcito vai láe diz:"Se- 1:,
tamente com o seu futuro ..... . •.
vice-presidente e o correge- .., · \ \ '- ,I tnhor presidente, comemora-se daqui a alguns dias o 7 f
dor geral de Justiça. A posse \_, / / ~
será em fevereiro, no dia 3. de Setembro. O Governo militar, a ditadura, os militares
FUTURO • O desembargador Marcos Antônio Souto Maiorserá hoje eleito novo presidente do TJ
O clin1a da eleição é de estão preparando grandes comemorações. Mas faço '

absoluta tranqüilidade, tal o atualmente a Primeira Câ- âmbito do legis,Jativo. nização Judiciária do Estado 1•aqui um apelo ao povo para que deixe as ruas vazias e ,

não compareça aos desfiles militares, para mostrar o 1
, seu repúdio à ditadura. Peço mais ainda: que as moci-

conceito que o futuro presi- mara Cível do TJ. A expectativa, sem des- (Loje) que diz o seguinte: ''os nhas, jovens- donzelas, não dancem com os cadetes e "

Souto Maior assumirá merecer o atual presidente- integrantes da Mesa serão jovens oficiais fardados nos bailes do dia 7".

dente do Tribunal de Justiça

desfruta perante os demais a presidência do Tribunal de desembargador Martinho Lls- eleitos entre os desembarga- Os ''ouRos'' AGEM
desembargadores que inte· Justiça do Estado em plena boa ou os dirigentes anterio- dores mais antigos, por mai- ·

gram a Co rte. Souto !\1aior vigência da Lei ele Respon- res, équeoTribunaldeJustiça oria dos 1ne111bros efetivos, Carlos Chagas lembra que, desse discurso,
passou por di versos cargos sabilidade Fiscal, que passou nem o líder do Governo, o paraibano Erna.ni Sá·
a vigoraretn outubro passa- entre numa linha de atuação observado o que dispuser o tyro, tomou conhecimento. Mas, a linha dura, sim.
no TJ. inclusive o de vice- do, tendo sido indicado pe• "E aí a gente vai ver como é que a extrema direita
los dcrnais desen1bargadores rnais rígida a partir do próxi- Regin1ento Interno". De age. Vinte e quatro horas depois, esse discurso es-
presiden1e, de vice-presi- para aco111panhar as diver- tava min1eografado e distribuído para todos os
den1e cio Conselho da Ma- sas sessões da Assen1bléia mo ano. O desembargador acordo com a Loje, na penúl- quartéis e estabelecimentos rnilitares do Brasil, com
gistratura, presidente da Co• Legislativa. quando a LRF un1 preân1bulo: "Vejam como a Câmara dos Depu-
n1issão Perrnanente ele Pes- l'vlarcos Souto Maior irá dirigir thna sessão de cada período tados trata as Forças Armadas. Vejam como os de-
soal do Tribunal de Justiça da "'"º ,eudo d;scu<id• no
Paraíba • Copepe · e preside o TJ no biênio 2001/2002. adn1inistrativo o Tribunal de putados nos tratam".
. Costa e Silva dizia que iria governar com a
JULGAMENTO Ele será eleito pelo cri- 1Justiça esco}he, en1 sessão

1tério de antigüidade, confor- , plenária, a nH:sa diretora
'."~do::;~~~:º"" (::~~-~:•~:~-~•,~;::•:,,,' '

-.

.
:- . ., ,.. "--)'., ' . ..._ .. ,~_..~.. ~,~, ,~. ,~, .". ,,", '..,~,, .1.'.~.--a.::-'. ; ~...-_ .·t-......-..... -....- . · - ----. ... - ·-IJ . co·nstituição _e que não faria n'ada fora dela, mas a ,
-DE· PREFEITOS , · :t '\.·- _.:,ia. . ~ 7ffihaãura msl~lã no- r&Jr-ooirro-:·E;~ri1au;ór;'tié;°-' .,,_.,___,,..
Ãntônio . procUrador da Con1paiihia --'do..1\dvógado", promovi-· ;
M·arcos

Em sessão o~dinái-lJ Souto !\1aior nasc'eu no · de industriãl1zação do·Es- dtlepela ·Escola-SupeFiorn~ - núnistro-s·mi:litares - um deles, o paraibano Auré- 1

prevista para con1eçar its dia 31 ele n1aio de 1946, tado da Paraíba - Cinep, de de Advogacia (ESA), com ' lio de Lyra Tavares, que comanpava o Exército -

14h00, o Pleno do Tribuna.! dirigem-se ao núnistro da Justiça, através de _um

vai julgar tu1u1 paula con- do e111 Ciências Jurídicas reito da Unipê, de fundador norte-arnericanos e espa- aviso por eles assinado, pedindo que Márcio fosse

tendo 17 processos, entre e Sociais pela Faculdade e coordenador do escritó- nhóis; Curso de aperfei• processado por ofensa à honra das Forças Arma-

!os quais, três notícias-cri- ele Direito da UFPB e pro- rio de Prática Forense da çoamento de oficiais da das, quando a Constituição trazia o instituto da 1
imunidade e da inviolabilidade". ·
tne contra os prefeitos An- fessor titular da Unipê • Faculdade de Direito da Polícia l\1ilitar de outros Â
tônio Martiniano dos San- • "Prática Forense e Orga- ,Unipê, de conselheiro da
estados, sobre o tema "O D j
OAB • secção do Estado da Poder Judiciário e a Segu• ~
tos (de Assunção). Ivanildo nização Judiciária".
Ocupou vanas Paraíba por diversos 1nan- rança Pública"; da XVIII '
Soares Nogueira (de An1pa- ''UM FERRABRÁS"
ro) e José Agrício de Sousa tfunções públicas, a datos: d_"e vice-presidente Sernana do Advogado ·
Filho (do rnunicípio de Pir- Chagasrelata adiante: "O ministro da Justiça (esse
exernplo de secretário de da OAB/PB • por algumas te111a ·•o advogado e o lt
Estado de Serviços Soei- meses exercendo a presi- novo processo Civil Bra- ~
pirituba). pelo menos tinha que conhecer a Constituição, era o

Nos três casos, o au- ais, da Cultura, Esporte e dência; de conselheiro do sileiro" e Se111inário de Di- , Gama e Silva, um ferrabrás terrível. Desconhece a Cons-
tor das notícias-crirne con- .. Turisn10, de superinten- Conselho Regional de Des- tituição e manda o documento para o procurador-geral ,
reito Penal e Direito Pro- ~

tra os prefeitos é o !\1inisté· • dente da Rádio Tabajara. portos da Paraíba e repre- cessual Penal. [1 da República, para oferecer a denúncia. Aquilo era um

rio Público. Na quarta-feira de superintendente da senta da Paraíba no Conse- Afo ra isso, várias complô. Adenúncia vai ao Supren10.Alioma.r Baleeiro é ·•

da próxirna sernana, o Ple- Sudepar. de presidente lho Regional de Desportos publicações, en1re elas no ,, o relator (...) um baiano espertíssimo". ;i ·
no do Tribunal de Justiça re- da Funesc (Fundação Es- e consultor jurídico da As• jornal "Correio Brazilien- ~
Apesar disso, conforme Chagas, Aliomar era úm

aliza a últirna sessão ordi- paço Cultural, de subse- sociação Comercial da Pa- se". um dos 111ais concei- democrata. "Viu de onde estava soprando o vento. De-

nária deste ano. cretário de Segurança raíba. tliaclos cio país; escreveu ,, via ter se esquivado, ,nas não! Ele também percebeu

' Acusações • O prefei- Pública, de procurador Participou, ainda. um artigo i.ntitulado"Des- ' que estava tudo armado. En1ão, Jldfa poupar o Supre-

to ele Assunção é acusado , jurídico da Supcrinten- comoconferencistaepales- monte do Judiciário" e mo, acha uma solução salomônica: manda consultar a •
pelo !\11' de. no exercício fi. dência do Plano de Obras D:~irante do "Painel lnternaci• "Fala, Sepulveda", na re- Câmara para saber se ela dá ou não licença para pro-
nanceiro de 1997, "efetuar o.:_al,~ n1~1: :::ivo: o vista "In-~ rbis". .,=-=~ cessar o Marcito. O présidente da Cârnara, José Bonifá-
~ a Paraíba-~~t.1~ ). de cio (Zezinho Bonifácio)' marca a sessão. A Arena, em
a pron1oção de licitações
que não foran1 realizadas, peso, nega a licença, o MDB idem".

'~A~no valor de RS 27.208,12; .O NÚMERO 0 "DAY-AFTER''

fraudes e111 todas as licita- ESPORTE CLUBE
ções no valor de RS I\ CABO BRANCO
2.833.448, 15; superfatura- No dia seguinte, veio o Al-5. No dia 13 de dezem-
mento do valor das horas de Rua Cel. Sou.la Lemos, 167 - Miramar• João Pessoa-PB-CEP: 58.43-190
trator trabalhadas", entre Tel: (083) 225•3715/225,385S•Fax: 244,0410 • CGC. 09.113.507/0003·96 bro de 68, Costa e Silva reúne o Conselho de Segurança
outras irregularidades.
lnlemel: ~WIW-CabObraQço,çQ!!!J2! - e-mail: ~~r@openline,çom.J;u: Nacional, no Rio, no Palácio das Laranjeiras. Pergunta a
Já o prefeito de Arnpa-
ro, Jvanildo Nogueira, foi INFORME: todos os ministros e chefes de Estado-Maioro que fazer
~enunciado, acusado de no
exercício financeiro de MISSA Ç)E AÇÃO DE GRAÇAS EM CO· processos serão julga- diante da crise. Todos eles vão se pronunciando. Dizem
1997, haver con1etido uma MEMORAÇAO AO ANIVERSARIO DE 85 dos hoje à tarde pelo
série de irregularidades ad- ANOS DO ESPORTE CLUBE CABO BRAN· pleno do Tribunal de que a subversão está nas ruas, exemplificarn com as
ministrativas, importando CO. Fundado em 13/12/1915 Justiça do Estado, entre
na prática dos crimes de os quais três notícia' s- passeatas, alertam que queren1 derrubar o Governo. ff
responsabilidade, a exen1- Local: Igreja de Miramar crimes contra os prefei·
plo de inexigibilidade lici• Dia: 13 de dezembro tos de Assunção, Ampa- Peden1 Ato Institucional. O vice-presidente Pedro Alei• ~
tatória em concomitância Horário: às 17:00h ro e do município de
con1 celebração contratual Pirpirituba xo discorda da violência. i_l
com e111presa duvidosa, r~.
Aleixo, conforme o depoimento de Chagas, ponde-

r rou que a crise era política e não militar e que o remédio,
rpara tanto, eraa Constituição. Enquanto Aleixofalava, todo
jmundoriadele.ApontodoGamaeSilvaindagar-lhe:"Mas, t

doutor Pedro, o senhor desconfia das mãos honradas do
r_presidente Costae Silva? É elequem vaiaplicaro Ato". Alei-

xo respondeu: "Das mãos honradas do presid_ente, eu não
desconfio. Eu desconfio é do guarda da esqtúna".

con1 o intuito de obter van- SOLENIDADE DE POSSE DA NOVA Os PARAIBANOS
1agem para si ou para ou-

tren1. DIRETORIA Costa e Silva, tempos depois, já acometido de der- ~
O presidente do Cabo Branco, Guilherme rame c:erebral, tentou revogar oAI-5, mas não tinha mais
Por fin1. o prefeito Carvalho, comunica que a posse solene dos mobilidade para tanto. Logo no mês de janeiro de 69,
novos dirigentes da entidade bcorrerá, hoje começava a vez da Para,ba. Hélio Zenaide lembra que,
José Agrício de Sousa Filho (13.12), às 20:0Qh, no Restaurante Panorâmico mil reais é o valor das paradoxalmente, o Governo Costa e Silva havia super- ·,
do Esporte Clube Cabo Branco. licitações que não foram
foi denunciado por fraude realizadas, entre outras prestigiado a Paraíba em ministérios e cargos de lide-
Atenciosamente, irregularidades, pela ' rança política e, ao n1esmo ten1po, foi quem mais mas-
. no pagan1en10 por n1eio de Guilherme Carvalho administração do prefei-
to de Assunção, que sacrou a Para.rba. No dia 16 ele janeiro, foram cassados
cheque, falsidade ideológi- PRESIDENTE está na pauta de julga- os deputados federais Vital do Rêgo, Osmar de Aquino.
mento de hoje do TJ
ca e peculato. Consta ain- ' J No dia 7 de fevereiro, Pedro Gondim. E no dia 13 de r
:::,::.,
' da nos autos que ele teria março, os deputados estaduai~ Sílvio Porto, Robson Es- ,.
icsado o erário público nos ll pínola, Chico Souto e o prefeito Ronaldo Cunha Lima.
'•e1x99e7rc; í1c9i9o8sef!in9a9n.9c, beeirnoesfi·cdie-
.. .
ando-se corn o dinheiro da

população.

A 4 João Pessoa . quarta -feira , 13 de de ze mbro de 2000 O NORTE

! Walter Santos,_ _ __ ■ 32 ANOS DE Al-5

,v,l'o ni~•'l~li1ck.con1.l>r

Novo PARTIDO DOS

CUNHA LIMA

U prc~ ide n te nacional do

l'SOB. s <:na do r ·1eo1onio Vile la. revelou
' on1c1n i.1 tarde ao deputado federal tu-

ca no ln a ldo Le i1{10 o in teresse d o Gru-

po C11nha l.i ni:r de ingressar no pa rt ido

d o pres ident e r-crna ndo I lcn r ique Cardusu.

- De fa to fui in fo n n ado por ·1e o1onio Vilela dessa Gover,iador le,nbra, TÍTULO

intençf10 - ex plicou lnaldu. i\'h1~. o pa rla1ne n1ar so usc n-

sc ac ha qul· é cedo para d a r co rno certo o in gresso de ato elo governo ~~~~:~~;_ •' · A ~: :gado título l
tod o o grupo IH> P"rtido tu ca no porque. coníorn1c an -
~\,\ ~~~,J~1,'
tecipou. 0111en1 ainda fora infonnado p or u n, outro de- ' 1nilitar co,no u,n de Cidadão Campinense
pulado da possibilid,,d c d a ida d os Cunh a l.i rn a 11ara o
rn,onu.1nento da -=t .:G.•',;:;: ~ ,, \ ' ~--· ao presidente do Tribu-
'1 í,,-~t·/ - ~ nal Regional Eleitoral,
"f,,
PTB. ~ ,,ij'. ~'li'~,•
1\ revela~:üo de Vilela 11iio chega corno novidade '6t-·· desembargador Raphael

1 porque já h á algurn ternpo ve n til;r-se (vide declarações ' 1\ - - - '""'~ . . à. :~~.ªCarneiro Arnaud, antes

I recen tes do depu tado :\rn1ando Abílio) ta l situa~:ão. trucitlência '- ·- C--"- PI1 d ~:!~~~s:~a~
i ~ ·• -'..~r.1~·\~,~~~•1'~!â, ' fo~
l\1as, inde pend c ntc111e11tl' d esse 1101·0 capítu lo da 'X!; "'~~
i:,,.'-::::;::,l:!:.t:· 1 1- ·•
1 novela partidária paraibana. o fato é que e stá en, curso Ademilson José ;. ..,_•,..:.,, próximo dia 29, às 20 ho-
o processo d e definiçiio e 1nudança partidüria dos Cu- Repórter .
~-~'~- 1-•· . _L ras, no Auditório da Fe- ~~
1 nha Lin,a. i\ estratégia serve con10 segurança para a ~ ,.. deração das Indústrias da

cons trução sen, tn n11n as da cancl ida1 ura ele Cássio ao "O A15 foi um 1nonu- / r ·• ~ Paraiba,conformesuges- R
~~ /
1 gol'erno. vis to que o grupo jü d c1cctou a ação do gover- n1ento à tn1culência e ao ar- íltão do homenageado.
1 nador José l\1aranhfio e do senador Ney Suassuna bus- bitrio". A afirn1ação foi feita •< • •_ ,;,,, ~l
t:i:-.,, ,, 1 Proposto pelo ve- _,I
·.,,,.. .tf. _\",r'J~f
1 cando novan1cnte un, a uni dos dirctoria nos do PivlDB ontem pelo governador José t.. · ''- reador Romero Rodri-
d,<"~ ,. . , )
no interior cio Estado. l\1aranhão(PMDB) ao ser gues e unanimemente

Nào é à tõa qu e o C,issio confirn1ou a o colunista questionado sobre O Ato lns- Al-5 - Maranhão e Ronaldo duas vítimas do regime militar aprovado pela Câmara

, ter re cel>ido • e le e todo o gru po - i1nín1cros convites de titucional n° 5, que exatamen- 3lvlunicipal, o título de ci-
1filiaçiio. desde o PT passando pelo PTB, PSDB e PFL. te hoje, completa 32 anos. cio ele, ''a me1nória nacional "atendera111" a sugestão de dadania ao atual presi-
não poderá esquecer jan1ais Jvloreil'a Alves e já que amai- ~ dente do TRE contempla
• 1 - Van,os. na hora cena. re uni r todo o grupo de to- Editado pelo Governo ivlUitai· cio J\15. tvlas não deve esque- oria da Cân1ara derrubou o
a 13 de dezembro de 1968, o cê-lo por uma raziio funda- pedido de licença, o Governo 1 uma dedicação de lon-
n1a r a decisão n1~1is co rreia - disse C,íssio. mental: Paraque jarnaisse re- verde oliva b aixou o AJ5 e a
Trocand o e m 111ití<los. onde h á furnaça há fogo, referido ato, alén1de fechai· o produzarn inales iguais ou pa- De111ocracia, que já bailava, gos anos a Campina
portanto, certan1ente o processo é de contagem re- Congresso Nacional, cassou recidos aosn1ales queelecau- dançou. Aqui mesmo na pe- ~ Grande. Ali, ele atuou
sou à nossa histór ia e ao nos- quena Paraíba, os destroços Ndurante muito tempo na
gressiva. mandatos de políticos expe- so país'; clisse José Jvlaranhão. foran1 grandes demais. Depu-
rientes do Oiapoque ao Chuí. tados cassados, estudantes f! Advocacia do Banco do
Urgidodaira1nilitarque presos e até proibidos de es-
atingindo até 1nes1no un1a sesentiuagredidaedebocha- tudar, um alvoroço. Para fica ij Brasil e festejou o nasci-
da com wna proposta que o ~ mento dos quatrofilhos.
REUNIFICAÇÃO EM PAUTA assanhada juventude estu- e1n sornente alguns exemplos,
então deputado federal cario- o c1Hiio governador JoãoAgri- # Quando exerceu a t1
O rniJ1istro Elizeu PadHha, dos Transpones, pro- dantilque, praticamenteain- ca /Vlürcio l\1o·rein1i\lves apre- pino tirou o final de tarde da-
sentou. /Vloreirai\Jvcs sugeri u quele 13 de dezen1bro para,
curou o senador Ronaldo Cunh a Lirna para falar sobre da de calça curta, já movi- que as111oçasniio d ançasscrn de casa en, casa, procurai·aca- · Presidência do Tribunal i
con1 cadetes e, e1n represália, lentarR01neuAbrantes, Sílvio deJustiçado Estado, du-
o interesse do pa rtido re ton1ar ,1s negociações na Para- mentava as ruas os centros o Governo enviou à Cân1ara Porto, Robson Espínola e Chi-
Federal u1n pedido de licença
fua vi sand o a reaproX.i111ação ti o seu grupo con1 o do acadênücos em todos os re- rante o biênio 1997/98,

governador José ivla ra nluio. cantos do pa ís. io desembargador Ra- '

O senado r, que não respondeu de pronto ao ace- Unia das vftin1as não phael Carneiro Arnaud ~
deu 11 cidade um dos
1 no, tern conversado co n1 n1ernbros do seu grupo para sornentedoAJ5111astambén1
dar a resposta na altura certa.
de outros atos do Regime Mi- l maisamplos e imponen-
litar, é con1 certa tristeza e pa- tes fóruns do país: um

1 vor que o governador José prédio de seis pavimen-

AFRÂNIO MELO NO TRT Maranhão se dispôs a acres- f1 para que o parlan1entar fosse co Souto, os deputados esta- tos edificado no Bairro
centa comentários e afirma- processado. duais cassados pelo Al5 na :: do Catolé, que então

Os priJ1cipais gabinetes do Palácio do Planalto re- ções·sobreo.as~t1nto. .Segun-.. ' . , Já que mu i1 as rnoças Pararôa.. , , .. , , ,.,, .. ,, ,;.." ,l _passava._a substitu~r as
produzlan1 on tc111con10 fa to cotífl rn1ado a assinatura pelô · - - - - ...._ - , · r-1nstalaçoes precánas e
p residente Fernando Henrique Card oso do ato de no1ne- • - - - ...u;_ • •• : •-"•-~ • • •-til. -
ação do advogado t\Irànio M.elo con10 n ovo juiz do Tribu-
nal Regional cio Trabalho. NA~ CHA NEGRA, , l\ /f A ,.. T' ' ', ' ·' 0 '''· ,, ~ a}c~a:n:h~a~dia~s~d~o~~cetn:t~r~o:c~o;-

1VJ.fü D E M OCRACIA

O ato, inclusive, está se ndo publicado hoje no Diá- Cassado pelo Al5 com dantes con1 atu2ção política ção precisa ficar atenta por- espaços comprometiam

rio Oficial. apenas 42 dias de 1nandato à mais intensa au1nentassern que o Poder e a repressão o bom andamento dos

frente da Prefeitura de Can1- cada vez n1ais as manifesta- continuarn n1uito forte e en- serviços, prejudicando o

REPERCUSSÃO DO ATO pina Grande, o hoje senador ções con1raa ditadura. "E con1 contra111 outras fonnas de re- ·6""ª.:.:e::,,.~"~"i"ln'"e·n""to'-a'"o"'p·~úb=lic=o. ;:il
o decreto 477, por indicação prin1ir os n1ovin1entos soei-
Onte1n , no progra rna 'i\bra o Jogo", na 100.5, o novo 1i Ronaldo Cunha Lilna diz que da reitoria, os alunos passa- ais", disse. QUINTANS:
é con1 profunda 111elancolia e ran1 a ter urna graduação de
juiz falou con1 ca11tcla. 1nas falou. pcdculosidade eera co,n base Antõ nio Ivo, tan1bém SEMI-ÁRIDO
tristeza que lembra hoje do nessa graduação que cada urn doP!VID.B, con,entaque, nies-
- Esta rn os sendo c on1un icado por fon1es seguras , dia 13 de deze1n bro de 1968. recebia pun ição". n10 garoto, já estava partici- É VIÁVEL
desse ato, ponanto. no aguardo da publicação an1anhã 1. "O Al5 foi urna n1ancha negra panelo dos n1ovin1entos de
(hoje), agradece1nos ao gesto solidário e decisivo dos na história democrática do O deputado estadual protestos contra o /\J5 não O deputado Francisco
advogados da Paraíba. através da Oi\B, bcrn corno o apoio pe lista Luiz Couto len1b ra, sornente en1 San ta l uzia de Assis Qtúntans solicitou ao
país", alirn1a Ronaldo, ao fa- por sua vez. que no períod o con10 ta1nbé1n en1 João Pes- Escritório Técnico de Estudos •
do governador José l\~aranluio.do se nador Ney Suassuna, 1' zer questão de co111pletar: "O Econômicos do Nordeste -
ETENE, através do seu dire-
de toda a bancada federal, se 111 exccção - observou. AIS foi un1a vergonha, Al5 tor, Éverton Chaves Correia,
com sede em Fortaleza, que
r nunca,nais!". do Al5 era es tuda n te ele Fi- soa. "Len1bro, inclusive, que priorize a pesquisa que trata
Na ala da juventude losofia e panicipava do Oi- aqui os protestos fonun mai- do uso do farelo de àlgaroba
EQUIPE DE CíCERO retório Estudantil. "O AI5 é ores no diaseguinte", afinnou para ovinos, que será desen-
paraibana punida pelo Al5 o parla1nentar. · volvido no Campus VII da
O prefeito Cícero Lucena garantiu onten1 que não estava, entre tantos outros, o arepudiável e hoje popula- Universidade Federal da Pa-
raíba, na cidade de Patos.
convidou a consultora Ãnia Ribeiro. do Ceai~í, pai·a a Se- hoje deputado estadual Ze- MISSA DE 1 ANO
nóbio Toscano(Plv!DBJ. "Fo- O deputado Francisco
'cretaria de Tt1ris1no. nia, revelou o interesse de conhecer l n1os proibidos de concluir o BENJAMIN ROSAS DE VASCONCELOS Quintans, ao apresentar sua
curso de engenharia e de fa- reivinéiicação aos demais par-
seu trabalho, não ncl'cssaria1n~·nte corno secretária. ) zer qualquer outro curso na ~, Gtáucia (esposa), lv1arilia, Ana Luisa e Gláucia (filhas), lamentares da Assembléia Le-
UFPb", le,nbra Zenóbio, inte- _ 'Fábio (genro) , Carol e Pau linho (netos) convidam gislativa, disse que acreditá
Cícero disse ai nd a que não vai criar novas secre- •' grantes divulgada pelo então que o semi-árido nordestino
reitor Guilhardo Jvlartins, na __.; - parentes e amigos para assistirem à Missa de 1 Ano, é viável, porque acreditamos
tarias con10 se especulou nos úhilnos dias. O pre(eito qual tan1b érn constavan1 Si- '• que mandam celebrar em sufrágio da alma do na capacidade do seu povo. O
n1ão Aln1eida, Paulo Souto, inesquecível BENJAMIN, a realizar-se ~oje (dia 13/12/ parlarnentar disse que como -
assegurou o interesse de conl'ocar o ve read or 1-lervá- entre outros. 2000), às t 7:00h, na Igrej a Nossa Senhora da produtor rural, tem se empe-
nhado de corpo e alma para
zio Bezerra para u rna secretaria, cuja pasta ainda não Segundo Zenóbio, o Conceição (ao iado do Espaço Cultural).
Governo ten1ia que os estu- Antecipadamenle agradecem a todos que comparecerem a este
'definiu. alo de fé e solidariedade cristã.
i- Conversei con1 ele sobre sua convocação -disse.

r Nú!vIEROS DO IBGE J
1

1 O Secretário d e Con1un icaçáo do Es tado, Luiz Au-

lgusto Crispirn, explicou onten1, por telefone, que as a ten-

ções do seu setor tê1n estado redobradas quanto aos índi-

ces ou esta tísticas, a exen1plo das que forarn publicadas provar que a pecuária, princi-

MINISTÉRIO DOTRABALHO EEMPREGOnanúdia nacional. paln1cnte a de animais peque-
no porte, é viável no Cariri
- Para se ter unia idé ia, basta levar ern conta as inü- DELEGACIA REGIONAL DO TRABALHO NA PARAÍBA
111eras discussões públicas que ternos a ssunlid o para pro- SEÇÃO DE INSPEÇÃO DO TRABALHO paraibano, o que significa que
var que os nün1eros do governo i\1aranhão, inclusive no I será viável em todo o semi-
JBGE, são positivos - disse ele.
CUR~O~~PRA1ICA1RABAlHI~1A árido nordestino.
UMAS & ÜUTRAS Disse ainda o deputa-
:>CONTRATO A TEMPO PARCIAL :> ESTRUTURA EFORMAÇÃO
...O deputado federal Danúão Feliciano revelou em do que o Campus \/li da Uni-
rápida conversa por telefone que ht-í oito n1eses não vê o DO CONTRATO POR HORA :>ASPECTOS INTRÍNSECOS :>ASPECTOS versidade Federal da Paraíba,
governador l\1aranhão.
EXTRÍNSECOS :>CÁLCULOS TRABALHISTAS CORRELATOS em Patos, encaminhou a pes-
...En1presários de expressão con1pareceran1 ao Parahy- quisa do dr. Ivon Macedo Th-
bosa, intitulada como '.'Into-
ba Café para receber cerúficados de reconhecimento pelo xicação Experimental com
apoio dado aos projetos culturais, arravés da Lei\liva Culrura. Vagens e Farelo de Algaroba

... l\1as, justiça precisa ser feita à aura inigualável de em Ovinos e Animais de La-

• Dona Creuza Pires, rcs pons,ivel co111 insistência para que Período: 18 a 20 de janeiro de 200 J boratório, o qual recebeu pelo

li houvesse a entrega de outorgas aos e1npresários . Horário: 19:00 h às 2 1:00 h Banco do Nordeste.
... O trornbonista R11clegundes í-eitosa não p{u-a de exi- , É para essa pesquisa
bir corn seu talento an1bu.Jante a pcrfor111ance de 11111 dos 1 Auditório do CEFET
111ais completos iJ1stn11nen tistas do rnunclo e111 seu naipe. 1 que o parlamentar paraibano
... O inundo das con1u11icações na Panu1,a vive a Rua José Antônio da Silva., s/n - Jardin1 Oasis - Cajazeiras - PB
perspectiva de, a pa rtir de 2001, registrar novida, '.es esp e- está pedindo ao ETENE que
taculares . PÚBLICO ALVO: CONTABILISTAS ECHE~ES DE PESSOAL DE EMPRESAS , priorize a sua aprovação e li•
,.,.
Apoio: Conselho Regional de Contabilidade ~ beração de recursos, pois re-
ULTIMA banho ovino da Paralba e do
CEFET-PB
"P:\l'AGIO CO;\IE: ~IILIIOÍ semi-árido. nordestino pode-·
Inscrições: Agência de Atendlmento'do Ministério d~ Trabalho e En1prego rá 'ser viabilizado economica-
Pf:RIQUITO LEVA A FA;\IA ..." mente, com uma ração pre-

parada com insumos da pró-
pria região, como é a algaro-
ba, hoje já difundida em todo

o senli-áridoi do Nordeste.·

Il , V

Pasta Nº011 -~l.~

Especial •= -AUNIÃO. JoãoPe~soa, 22 e' 23desetembrode 2001 9

4 Joacil de
Brito
D--i-re-t-as--J-á- fr'i,n,_,~' -~.,. Pereira
teve inci-
A presen a da Paraíba na .\ dente com
grupo
vota ão da Emenda .,.,;;r_•I Pró=
.=.:,__::,;;1 Diretas
,/
.' '

"---'onstitucional nº 5

5ª Par-t-e

--· _____M:_N.:.e:i:l:s:=o~n C=o=elh=o to. Quero crer que João Agripino, cuja bra,·ura e destemor ningué,n
Oorc1or T~cníco de A União
ignorava, representava a própria história da Paraíba, toda ela
' ' ... /úb n ,1;," , lit·gou 110 Cr,11gressu !Vacio11a!,
feita de altivez e de coragen1 cívica inexcedíveis. A verdade é
di rigi11do·SL o.-, ;,uhi1I( t t! do s<!n,.ulor l-/11111/Jerto Lucena,
,, da /í, l..-u111\ u ,/,, P,11l)B 110 Senado Federal, J ocio que João Agripino, mes1no sendo contestado ta!nbém aos.
Agri1111,u 111" tul!•·c-deu rt11u1 en1r,,1·ista, 11a qual ele
relatou o e111rt·1·ero co111 o general P.ie11·to11 c·r11:. i\,Jais gritos. protestou com veen1ência contra os arreganhos de um
tarde. o,i1p1111do a 1ribr1110 clu (~011gresJn tVaciona/,
oficial general que se prestava. naquele instante, a proceder
J r,fio Agrip i1111 r e°' i.;r11111 para z1história a sua
como uni beleguim.
indignação (cu <' c1,, co111port<1111ento policiolesco do
Não era ainda nove horas da nianhã quando fiz esta entrevista
general co111111ulontc dr• Co111alido ,1/ilitar do Planalto.
Quero crer qu,: !oâu -\g, ipino. cuja bran,ra e des1e111or coni o 'deputado João Agripino. Foi no instante da entrevista que
11i11g11é111ig11oro1 ·,1. n ·preJcnta1·a a p,·ópria histári(t d(t
Para (l.ia, todo c/(t feita de aliire::. e de corogent cívica a atriz Regina Duarte, engajada
i11 excedíi·ei.1. 4 1 , uladi: ,: lfll'! Joâo Agripi110. 11u•.1·1110
sendo ,·0111e.1t11,lu 111111!>/111 uo.\ grito.1·. protestou co111 "O interiordo Congresso na luta pelas Diretas Já, fez pre-

l'ee111ê11cia c,,,ura 0 1· anegonhos de 11111 oficial general ,...__ _ _ , ,___ __ _ __ _ _ __ __ _.,,.!!,__ _ _ _ _ _.J era atrincheira onde se sente a Agripino de uma grava-
alojavam delegações ta an1arela, cor símbolo dobe-
que se ,,rcsta,·o. 11,11111<·1<· i11sto11te, a proceder co1110 11111 O jornalista Nelson c:oclho cun1priu missão importante que, dehora em hora,
beleg11i111 "... líssimo movi1nento institl!cio-
nal. A gravata me foi repassa-
da e, logo depois, o deputado

chegava dosmais Dante de Oliveira, chegando ao
diversos Estados"
gabinete do líder do PMDB no
. Senado Federal, deu uni outra
•s.:,· ...::::;;;;::JD ::ç , ·n •• o e ~ ~
ao seu colega paraibano.
Novamente abro um espa-

ço para o jornalista Nonato Guedes. para en1 escrito inédito, trazer

ao conhecimento dos leitores, 1nais um página histórica versando

sobre pequenos incidentes ocorridos no Congresso Nacional. no

dia anterior- 25/04, dos quais ele fora testemunha. Vejan10s o que

Ten1 razão í'\on.11,>(it,edc, 4u,u1do disse. cn, ,apílulo ante ii- diz Nonato Guedes:

or. "que Bra~• l>a aprc,.,;111,1\·a um qu;idro exótico". F. c,.>mpreensí-

vd este C.\Óli,o u,;.do pcl,, jl•rn:,li, 1a para ilx,no. pois. naque le '.!5 ...e.haja adrenalina...

de ahril. a u,t>c .:,1.11,, o,11p.1da. mi li1an11.:111c. por sold;,dos do Brasília. terça-feira. 24de abril de 1984. véspera da votação·da

Exé rc110 n, , ,·11 mp1a:ier,10 d.L, ,11dc n, do general N~\,·ton Cruz, o Nonato Guedes emenda Dante de Oliveira.

exec utor ' 'dJi- 111~did.,, d.: l' ll\,·1géncia". ,\ c«pit.11 da repíiblka es-

1;iva si111~, l.1.T1>mai ~-•" · pela fon;a d;,:, annas do autorilari srno que afu·n1ou que O dia prenunciava-se tenso, especialmente nas cercanias da
Praça dos Três Poderes. O interior do Congresso era a trincheira
cs1en or.1v<1, ·'zona de e xclu- ·'•' Brasília apre- onde se alojavan1 delegações que , de hora e1n hora, chegava dos
1nais diversos estados. En1 con1um. havia entre elas o desejo de
são" . E isso parecia parado- ,. sentava u1u viver um n1on1ea10 histórico, e, aléni disso, a circunstância de tere1n
burlado as célebres niedidas de e.n1ergência que o todo-poderoso
"Não havia número :\'.al , poi~, e ndo Bras ília, por ·-:/ J. \ quadro exótico

estabelecidodeconvites excel ência, o centro das '---"'-'~·""'-- -- - - ------- - ~
a1e n~·ôc- ~ polític as. o nde o
general Newton Cruz. o "Nini", fizera irnplantar na Capital da
para cadaacompanhante pluralismo ideológico dcve-
n.1 ponti ficar. oco rri a o con- República. _
do deputadooudo
1r(i ri o face ao se u csvaóa- ., _ Não obstante ser unia instituição frágil, p Çongresso oferecia
nosenador·• ' ' ''
1 1nc11Ín qu.:- ela repres~i'i, ,, ·naqrrcla oporianidade umá estranha· sen·sação1de segurança~·O·'
ta, a de ,nai~ boni10 que" e'ra
j_..., . a presença de representant es ''- ··-y _, ' prédio, con1 seus intrincados gabinetes e corredores sen1 fim,


1:0 ....- ,.J- -. .... ~ .., servi.i ao ,nes1110 tempo de refúgio e sírnbolo da resistência. Era uni

, ..... , 411; '

dos n1ais variados seg111en- ,. ..'~- . . bunkcr, unia espécie de en1baixada, pronta para dar asilo a tantos

~,. -.--. . quantos se sentian1 eni perigo do lado de fora, na n1.ira do reben-

ltls nacio n.ii~ propugna11d0 Pl'f seus interesses. ' • .> . •• que do general Newton Cruz e do trote in1previsível de sua cava-

T inha que c heg,1r ao Congre:,so Nacional be n1 cedo, necessi- ' laria, desfilando con1 ele à frente, na pose de 11111 tvtussolini do

t:iva in$tal.u- um .,rrcn ,edo ck estúdio, de onde cu poderia transni il.ir >lc 1

o desen1 ol,11 da hi ~t ü1ic.1 , e.,,ão para a R:ídio Cultura de Guara- João , -~~·\,~· ,- }. cerrado, conio se estivesse coniandando urna parada tuilitarde Sete

bira e. durante :, tr.111, rni ,,;i,,. mandar algun, llashes para as Rá- ..\giipino de Setenibro.
Pouco a pouco, a população anibulante foi crescendo dentro
dio Espinharas til.' l'.llos, e Progrcs,u. de Sousa. .tvlandci-nic de teve entre-
. A .,f . do Congresso. de fonna desordenada. enchendo corredores, inva-
.,otáxi. Por e,,colha pníprin. pt!d i 1no1ori, rn que não fo~se pela Es- general
Ne,,1011 . ' dindo salas privativas e esbarrando na muralha de agentes de se-
planada d0s l\ li ni,,1~rio, Tc•n1 ia. coni j usta razão. um conges1iona- • •◄ •
Cn11.
n1ento de transpun.:, ntili1ares. al.:n1 das barreirJSde identificação. gurança que, atordoados, tentavani inutilmente controlar o fluxo.

Diferen1c1ncnte dn que ,.., anunciara ,rn l~s. o acesso às dependên- ' Nos salões an1plos da Casa. grupos eran1 in1provisados. rnanifes-
" 1ações era,n forjadas com tanto alarido que, às vezes, ecoavam
r ias d a Cà1n~r<1 d,;s Dc:putadl'~ <:s1,1va , de u111 ~ certa ,na ne ira,

facil itado. Não ha via nu mi ro estabelecido de co nvites para cada para o interior do plenário, onde as sessões regulares corriam

acon1panhank llOdqiu1.i<l<>ou do , c nador. Acredito que liberaram tan1bé1n em clirna de agitação. Pela ,nanhã, uni incidente envol-

o ingresso do 111ai<1r ntímcro pos,,vel de pessoas no Congresso vera o depntado paraibano Joacil de Brito Pereira. e nien1bros da

Nacional. por r , 1ratcg1a. tah·.:z. fosse melhor confinar. este é real- Frente l'vlunicipalista Pró-Diretas, eni Jobby ostensivo pela apro-

mente. o 1c rn10 ,111c <"ncontro. milha res de pessoas .:111 um só vação da ernenda Dante de Olive ira. Joacil sentiu-se insultado

anibiente. on.:k ,~ria fáci l contro lá-la,. do que deixá-las nas vias por um dos men1bros do grupo, o assessor da Secretaria do

públicas cni;ro, ,~nJo .i, 111.inil'esta,;ões que ocorrcriant durante Interior de.São Paulo. Eli sc u Gabrie l, e reagiu, chamando-o de
~

todo aquek di,1. paulista "besta" e dizendo que não aceitava provocações.

O estüdio, cio qu al gu a.1J0 gratas rc,ordaçõcs, cons istia nun1a O "sururu" foi assistido por niin1 e por Fernando Melo, e

linha telefón ica ligaJ a ,:,,111a R:ídio Cu ltura, en1Guarabira. um n1i- ocorreu na porta de uni dos elevadores que dão acesso ao corres

crofone acopl:idu e uni monitor de tdc, i,ão que \fansniilia iniagcns A.Inérico dor que leva ao plenário da Cârnara. Joacil saíra do seu gabinete en1
Sérgio nossa companhia quando foi abordado por un1 grupo de dez pes-
de de zenas d..: a1nbic·111cs do Concre, so Nacion al e uni fone de soas. de que fazia parte o suplente de vereador pelo PMDB de João

ouvidos. pelo qual lon1ava conheci;ncnlo do que acontecia na casa !Vlaia Pessoa, Camilo Macedo. O grupo e ra um·dos que perambulava
prestigiou a pelo Congresso pedindo adesões à e1nenda, mas o diálogo com
através do perfeito serviço elesont que irradiava os pronunciamen- ,•otaçãoda
en1enda Joaci.l. naturalmente. não foi fácil.
tos dos senhores congressistas. Por este estúdio. diferente de O parla1nentar parilibano tinha pressa, pois era esperado para

ou~s penem:e ntcs a grandes e,nissoras de rádio. pude trabalhar um con1pron1isso cn1 plenário, mas 1nesn10 assim concordou em

o dia todo e grande p<.tílt: da noi te. não temendo a fúria d a cen-

s ura que funcionou naquele recinto. tan1pouco n1e an1edron1ando conversar com os niunicipalistas no percurso. O elevador demo-

coni as _agressõcs que recebia. pelo re1omo da linha telefô nica. rou a abrir e travou-se, então. uni diálogo que parecia cordial mas

Minha 1nis.,;ão era jornalís1ica e cu a cu1npri da fonna corno pude. logo se revelou áspero. A conü-

João Agripino. guiando o seu próprio automóvel, 1rouxe os de- Li va insistia com Joacil para vo-
tar na enienda Dante de Oliveira,
put ados Edi valdo l\,lotl a e Aniérico Sé rgio Maia. do PMDB da "Ogrupo era um dos que

Paraiba , seus hóspede~. O carro de representação de Agripino era ele dizia já estar, definido pela perambulava pelo

uni Galaxk, uu1orná1ico. mndelo 1976. que ele possuía desde o emenda Figueiredo. _Eliseu Ga-
briel, 1101 senhor de boa-aparên-
1e1npo em que for,1 diretor d:t, Cau1argo·correia. Todos os direto- Congresso pedindo

res desta cm_prcsl, por dec-i~ão de Sebastião Camargo - seu pro- cia e de meia idade, tomou a adesões à emenda,mas o

prietário, deve ria possui r lllll :llllOmóve l Galaxie par.1 a sua repre-

sentação pessoal. Co,no J\gripino não dispunha. segundo ele pró- palavra e passou a conduzir a diálogo com Joacil,
conversação, advertindo Joacil
prio confidenci ava. de rec ursos para co111prar aquele tipo de car- para a pressão popular ein tomo naturalmente, não foi fácil"

ro. carí~sin10 n:1 época. a e mpresa financ iou a aqu i~ição do seu

Gala.xie e ele p.igou em ~11:"'"S pre~tações ,nensais. Pois es1e carro, EdiYaldo das Diretas-Já. Recebeu o troco: I:::<-==-=-=""""'"'"""-""
l\1otta - Eu não n1e deixo dirigir pela
por sinal uni do~ rnelhoresjá fub1icado~ pela indúsn·ia nacional, era
integrou a
rn11i to largo. Todas as vezes que João Agripino ent rava ou saía loucura das n1uhidões. Fui eleito para ser líder, não para ser lide-

do edificio onde-n1or,1v.1, e111 Bras iliu. e le bati:, con1 o seu pára- rado. Minha convicção é arraigada, partidária e jurídica.

choque nas laternis da garagen1. delegação - Em que aspecto jurídico o senhor se baseia para dizer isso?

E isso ocon·i.a porqu e ck 1iaha paraibana - contra-atacou Eliseu.

_que se aproxio1ar, dt' 1tn1 lado ou "Minhamissão era e111 Brasília • Ora, n1eu filho , se forn1os discutir esse assunto, van1os
jornalísticaeeu a
cio o utro. para Jcionar o cli,pn;;i- ' gastar o dia todo - redarguiu Joacil.

tivo elctrôuicn que abre ,is por- • Então. quer dizer que o senhora está contra o país?

iões da garJge111. cumprí da forma naquele dia, o depu tado João Aoe ripino, do PMDB da Paraíba,• te- • Não. senhor, eu sou tão patriota quanto vocês...
Até hoje eu não con1p1c::e-ndu ria um cnco111ro, apesar de rtipido. corn o general Newton C_ruz.
Trocai~un C,uz e Agripino. en1 plena Rodoviária de Brasflia, sonoros - Mas sua posição mostra que o senhor está contra o povo bra-
desaforos. Agripino d irigindo o seu Galax ie e Cruz niontado en1
porque Joi,o Agripino, naquela como pude" silei ro... .
manhã. ton1ou u111.:a ,ninho n1ab seu cavalo branco. Saiu fogo, se"undo a discrição dos deputados
Edi\'Hldo 1\'lol'l a e An1t'riro Sérgi~ Maia. A histórica sessão é aberta. O prinieiro orador a falar foi o de-

longo, urn verd adeiro arrodeio, Logo que chegou no Congresso Nacional, dirigindo-se ao ga- putado João Cunha, do P~1DB de São Paulo. Tratava-se de um
binete do senador Hu mbcno Lucena, o da Lideranç.a do Pi\1D8 no
l= _. .,....para vir do ,eu apar1an1en10 até,u ,s, r:NL...-..,, Senado Federal, Jo:io Agripino me concedeu unia cn1revis1a, na grande orador e tinha 1101 característica própria quando falava 1ías
qual el e re.latou o e nrrevero com o !!eneral Newto n Cruz. 1'1ais
o Anexo 1\ 1 da Cã111ara do; De- " tarde, ocupando a tribu na do Congr(sso Nacional. João Agripino sessões do Congresso Nacional. Ele con1eçava assi,n: "Senhores

pulados, on de e le tinha gabinete e vaga no es1acionan1en10 do deputados, senhores senadores e senhores funcionários do Sena-

s ubsolo do prtÍdio. Ele sai u da SQN, onde estão vários blocos de do Federal, estes últimos referidos eran1 os senadores biônicos!"

apanan1e1110 funcionais de.,1inados aos deputados, veio pela \V3 e A sone estava lançada.

tomou rumo da rodo, iária para, e1nseguida, ingressar na Esplanada registrou para a hb 1ória a sua indignacão face ao comportamento
policialesco do general comandante do'co111ando Ivlilitardo Planai-
(jos Miois1é1io~e. na ahura tio llainaraty, voltar para a L 2 e che- Continua

ia~ ao Anéxo f\' da Ciln1ara do Deputados. Estava escrito que,

.. ,

Editor: Geraldo Varela ~ 1o
Fone: 218-6511

- -- - ~ ~ -- - - - - - - - - - -E-_m_au_-__w_-'_ª_v_"'ª_ºe__u~_~_m_b_,_ _________ __A_U_N_I_AO~--J~o~ã~o~Pe=s~so=ª:·2=2~e~2~3:de~s=e=te~m=b~ro~d:e:2º=º~1~~-

-TROFÉU IMPREN-S-A- ------------

1 1 l"V ,.., •

orna 1s as n1ao es ao 1n

l'l· "'.C l; JR A \'.;r, :io C he fe d.: Rcponage ni dc~ tc -
UII / 111.f,'11 ! 111p!l'I/I (/ ve~penino).
1..-l.:1<:nh; a,1,- llh.: 1110 ----
Co1no Rcpón cr Setorizado
1.:, prof1~, io na i, da \
.:oncorren1 pe la A União os
.i r<.:a de 1.:01111111i,,1çâo I.' Jn Helder Pinto: re velação na categoria fotojornalismo O repórter Clóvis Roberto: indicado como nomemasculino
111c· ,., .11 u ,t rc,1 <lo anu 2/lOll jornali sta, C11i//1e1111c Cahral
e ( ºi lia Leal. a ni bos do Ca- ·-.. ..,: ~
'il' I :"ic, l"1Jllht.:" tdti, 101e•-~, 111:.ii, ' denio Dnis. dl." .:u ll ura. Na
Di agr:unaç5u Eletrônica. t:Hll· -~ ;,""'
., , 2 1h .... 11) "d e· 111 d~ d.: 11 .i ~
B uJ tc· d11 E,ronc C lu b (' h..'111 dois prolis~ion,tis e,tào no Jv,.t.--
páreo . /),1111ti<io Noherto e
( '.iho 1Jra,1c<1. Op11111c1ro jnr- ..
-Gero/do 1-"lor e na catc2oria
n ,tl I c,p.:r1 in11 da Par.11ba :\ Guilhern1e Çabr.a.l{aj ~1di~do coino repórtersetorizado •· Célia.I,ealtambén1 foi indicada comor epórtersetori_µcJa
ll u trador, dos quatro no1nes
L' ll.l;tll - \'I\(' Ulll lll<tfli('1lt O
d,· , .,ti ,l.1\·:i,, p..:~soa l ,1<1 te r ind i<.:ados . doi siio de A União

.:1111c ,~, 111d1cad o,. 15 <lll, 1Ci/r()11 Lira e Tó11io ) e l)o-

p1..ti,\l,, n.11, qu<: ,..- th:,taca- 11ii11xos Sci t·io que perten cia
1 1111 ,, J no p.1,,ad(> no cxcrl.'.Í· :ios quadro~ o ano passado.
c' III d a ,11 ,1 pr,,1 is, áo.
;,, !ais dois no 111es da ca1e-
.\ kn t d(" que intcgr,1111
J lll,dni..-1111.: a e qu ip e d e,\ goria j orna l de A União estão
1 11i:i11., ,11 11" 111111\is indie:1díi-.
J1:1di s put a do /// TrofJu /111-
1, 11,1111 p.trtl' d.i no,,a ..:q uipc
qu.1nd11 1111..1111 ap ,,ntado~ /ll'<'11 sa. Jo <i<J Lobo. co rno
,11111n o~ n1c lhor<:~. Só na çate-
-Non1c .\la,cu lino cn1foto2ra-
~11111 1,, 1c l.1,;:in Fcn, ínina c rn
li~ O:: Ht,Jcler Pi11Eo, conio Rc-
.111111.il. :i- I"' 11alhta , E/is Sn11 -
-,·da~·ão i\-lasc ulin,úFoto!!rafia.
lrt1<:" ç \ ,il,111íria G11i11ll1•
l'otrícia llro:. que ta111bérn .;
'''"'· ,1111b.:~ ck ,\ Uni ão. di~-
p111:,11111n1e,1110 1rofi?u. atriz e repórter do Caderno
Dois. di ~puta o troféu Re,·cla-
t: 111 Rcv~l:ic; f,o :\·lasc uli- ç ão/Cincnia. pela sua atuação
11a. 1n,,b ,J,1i, profi~sionni~ de 11 0 fi ltnc Centra l do· Bra~ il. O
repórter , i11gelu Si111õe.r, de A
.-\ l •ní:10 dl',put.1111 o prên1io. União, concorre ao troféu na
/ 1111< Ido \forac., (a tua l cdi1or categoria Revelaç,io Televisão
J<: ul1ur;i Lk, C',1cl(' n11J D"i' 1e e o Editor Gera l, Eduorclo
\)/:,f!JH.' I Lilll(I, llllÇ fo i r,·púr- Carneiro. ta1nbé1n co nco rre

lt 1 1';11 <1 o Nu111(' :- lascu li no. -ao tro féu na catci!o ri a No1ne
, H"f"n,1 j1111wl. ire ~profis, iú•
l\~asc ulin o de Asses~oria de
'" d," c111co indic-ados dispu- Coniu nicação (in1prensa).

1.1111 o Ili Troféu J111pre11sa. 1\ escolha foi reali2ada nas
Cl, ii·i, f<oli,•rro \ re pórt e r). redações dos l'cículos de co•
1nunicaçào. atravé.s d e pesqui -
f;, /il(/ltl" Car11,·1ro (Edito r
sa feita pe lo Sindicato dos Jor-
( ,cr~,1) e Suctoni Souto. que foi nalistas Profi ssionais do Esta-
cdttor J., Cidack·s c ni ~000 t.le
-do da Paraíba. onianizad or do
,\ 1lni:in. Para o Non1c Fc,ni-
..:vento, durante a Sen1ana de
J111 lL>tjnn1:ill. o dc$taquo:: .: pa,-:1 Cornunicação. iniciada no últi -
Co11rciçal' C.:0 111/11 /10 (,1tual
ni o-d-i4a ,·e-t~-deste rné.s.

'

O c, tLíd it• \Va rner Bro- de de eles viren1 a controlar a • Agência Es1ado dramatizar fatos policiais c uidartan1bémdaorganização
thc rs J nunr11>u na qui nt a-fe ira vida das pessoas. (participou dos filmes Lúcio da coleção Primeira Página, a
que , ,ti nd:1n,;:1r cni ou tubro, ar cn1 5 d é ou tubro no Cine- Flávio o Passageiro da Ago- ser lançada pela editora Nova
.:111 , crs:io di:.:ita hne ntc rc - A nova 1·e rs ão d o filn1e nia e Pixote, a Lei do Ivlais Fronteira. São volunies escri-
original de 70 111ilín1ctros foi -ra nia. c1n Scattk. E,11 scé! ui- São Paulo - O escritor e Fraco . an1bos de Hcctor tos por autores brasileiros (al- l
~ Babenco), ele decidiu co- g uns estreantes no gêner.o)
-cli2italrn..:ntc retocada. e a tri - da. será 111os trada e ni Sa n roteirista José Louzeiro ficou mandar o curso. que ocorre- que tratam de histórias polici-
1na ~ti.:ritad:1 . o L' lá~, i<:o de Francisco. l-l o ll y,vood it \Va- inconforn1ado com a atitude rá no Ten1po Glauber, no Rio ais...Todas são inspiradas e,n
Stanlc,v Kubrick "200 1 • Urna lh a so no ra fo i re1nasteri zada shington. dos j o rnal istas durante o se- de Janeiro (tel.: Oxx21 3684- casos verídicos e discutimos
Odisséia n,, E~paço •·. unw re- pa ra adequar-se aos c incn1as <Jiics tro do empresário Sílvio 1207)...São várias situações com escritores como se fosse
flc'\ào sobre o ho1ncn1 e a de hoje. "2001. unia Odisséia no Santos. e n1 30 d e agosto. drarnáücas: o Sílvio com o urna reunião de pauta", conta
rn.iquina . Espaço" foi indicado par., q ua- ' ·Con10 nincué111 se atreveu a seqüestrador, os policiais ao Louzeiro, autor do primeiro
"Estanios rnuito felizes e1n lro Oscars, incluindo o de 111e- redor da casa, os jornalistas volume a ser lançado, A Fina
O fih nc de ficção cienúfi- poder oferecer à legião de fãs lhor direção para Stanley Ku - ~ espera nd_o um a so lução", Flor da Sedução.
c:i cstr.::ou c: rn 1968 e c han1ou de ' 200 1· essa cópia nova e m brick, e ganhou o Oscar de afirma. "E possível criar di-
:1 ..11<:nç~n do inundo co111 sua fol ha, con1 so111 de a lta quali - efeitos visuais. se dis farçar de n1éd ico ou po- versos pontos de interesse". Outros volumes já foram
hi~lória ~ob1 e a, excursões do dade. e apresentar este fihne licial para entrar na casa e definidos e todos serão vendi-
ho111en1 no csp:IÇl' sideral e s ua extraordin ário a u,na nova ge- Kubrick, dire to r de fi ln1es acon1panhar o caso?''. questi- Louzeiro elogia a atitude
int<.'.r,11rio con1un1 con1putador ração de eint:fi los, en1 versão conio " Espártaco". d os a nos ona ele. veterano repórter de do en1presário, que soube dos ao preço d e R$ 1Ó. E1n
ntali;;no d1an1Jdo 1-IAL. da n1ais alta qualidade", disse 1960. e "Laranja iVlecânica". publicações co1no Última controlar seu raptor. " Ele vol-
o presidente de distribuição de 1971. n1orreu en1 1nar•co de Hora e 1\-lanch e te. " Eu teria tou a ser o came lô dos velhos Juízo Final, N ani revela as di-
t\'a época de seu lança- nos EU A d a \1/arner, e1n co- 1999 pou co ante s do lança- feito isso". Corno não partici- te111pos e usou s u a lábia", ficuldades do delegado Epifâ-
n1c1110. ··.?.OOI" kvantou polê- rnunicado à i111prensa. niento de seu últiino u·abillho, pou do ato real. Louzeiro par- acredita o roteirista, que vai nio, titular de uma delegacia
1nic,1 <obre o u~o futuro dos "De Olh os Ben1 Fechados' '. tiu para a ficção: uni jornalis- em Copacabana. " Mes,no
co111putadorcs <.'. :i possibilid a- A nol'a l'ersão vai estre- protagoni zado porToni C 111ise ta d is farçado será uni dos convidar Síl vio Santos a fi- estreantes, muitos têm de-
e Nicole Kidn1an. personagens do roteiro cine- n1onstrado uma boa perícia
nanciar a filinage1n do longa. em histórias policiais", co-
~ "Afinal ele é o herói". n1enta Louzeiro.

n1 atognífico que ele pretende

e screver, junto dos alunos de

. .uni c urso que começa a tni -

n1s1rar no pro" xun o 1nc.,..s .

A idéia partiu do próprio

MinC recebe inscrições de filmes t

brasileiros para oOscar 2002

Agência Folha tos filmes que tenha1n sido Depois da indicação,
lançados comercial mente no o fil me será for malmen-
Entre 25 de setembro Brasil entre os di as 12 de no- te inscrito na Academia
e 15 de o utubro, a Secre- venlbro de 2000 e 3 1 de ou- de Holly\vood, que pos-
taria do Audiovisual do Mi- tubro de 2001. O filme será teriormente fará a sele-
ni stério d a Cultura recebe- ind icado pela Cornis são Es- ção das produções de
rá as in scrições de fihnes pecial de Seleção. compos ta língua estrangeira que
bras il e iros de lo nga-1ne- por Gustavo Dahl, Luís Car- participarão da cerimô- 1
trage1n para concorrer na los Merten , Ana Maria Bahi- nia de entrega do Oscar
categoria de me lhor fi lo1e ana, José Carlos Avelar e 2002. Cada país pode
estra ngeiro a urna indica- Andrucha Wadding ton. concorrer somente com
ção para o Oscar 2002. a um filn1e.
74• Prcn1iação Anual pro- A divulgação do no1n e do
1novida pela ;\cade rny of filtne escolhido acontecerá Mais informações
Motion Picture Arts and no dia 25 de outubro. às J5h, podem ser obtidas na _
Sc ie nces de Holly,vood. no Salão Portinari, na Dele- Secretariado Audiovisual
gacia do l\1inistério da Cultu- pelo tel. O/xx/6 1/316-
Só poderão ser inseri- ra, no Rio de Janeiro.
2239ou316-233 I.

Cena do longa -n1etragen12001 - U111a Odisséia 110 Espaço, de S tanley Kubrick

\

.: . -:-~ \~. ~ .·· r..



I

I

Joio P11aoe, domingo, 12 do cMnmblo de 1"3

00 anos

se assaram

J oão Evangelista

Hã exatos 25 anos, o então Grito que
·não saiu
Presidente da República, general da garganta

Costa e Silva. tomou uma das

deci_o;ões mais exdrúxulas e

autoritárias. dentre as inúmeras , "Depois do trauma do Al-5. a nação
brasileira começou a scn1ir a necessidade da
arbitr a riedades praticadas pelos democracia a1é o ponto cm qu.: d.i chegou.
e agora nós estamos vivcndv um f)Críodo di:-
"comandantes" do regime de mocrático onde ·se tira um prc,idente e o
vice assume semtraumas: onde se aposentam
exceção no Brasil, com o objetivo juízes e onde se cas,am mandatosparlamcn•
tares sem que a democracia seja ameaçada.
de suprimir os efeitos dos • Isso é a pro,·a de que a geração posterior
ao A1·5 condenou o Al-5".
d ispositivos da Constituição

FederaJ de 1967, que pre\·iam

eleições para governadores de

Estados em 1970. Com essa observação. o deputado c,1;i-
dual Pedro Adelson (PSDB) lembrou o "c,-
Temendo perder as eleições cárnio" que toi o Aro Institucional n · 5. bai-
xado pelo então presidcnic'Costa e Silva em
na m'aioria dos Estados brasileiros, 13 de dezembro de 1968. salien1ando que
o controle impoMo ao, veículos de ,omuni•
no dia 13 de dezembro de 1968 o cação do país e a vigiláncia inrcnsa dos atos
da população por pane dos militares fizeram
go\·erno federal baixou o Ato com que. na época, o povo brasileiro reagisse
à edição da Al-5 com uma espécie de choro
Institucional nº S (o famoso e preso, de um grito que não saiu da garganta
e que ficou éontido nos pulmóes.
indesejado AI-5). fechando o

Congresso Nacional e as

A~mbléias Legislativas

Estaduais. Apesar de considerar que a democracia

O AI-5 deu ao Presidente da tem seus inimigos eque nã,) se pode descarwr

República plenos poderes para a possibilidade de um novo golpe. o parl3·
mentar tucano entende que isso se loma mais
cassar mandatos, suspender .difícil hoje pelo fato de se ter no Brasil muito

direitos políticos e governar por mais liberdade. den1ro do rei:imc democrá-

decretos-leis. Por força desse ato. tico. de o povo cnírcniar um prcsidenre. co-
mo ocorreu cm relação ao ex-presidente Co-
o governo da ditadura militar llor de Mello. quando :1 população. aliada

passou a exercer, sem nenhum ·ao Congresso Nacional. con1ou. inclusive.

escnípulo. o seu poder de com a garantia de sua vonradc por parte das

perseguir e punir, sem pern1itir _ _ "'. . Forças Armadas. •- - - •.• -- - .
,, • ~ ---.----........,êílro-AIJêlsonõõsCrva.nõ-elírãnrõ. que
nenhum direito de defesa·, todos os · . ,••,;,,, ·, todos os brasileiros 1cm que se unir e 1rabr1-

cidadãos que ousassem se • ,::,J lhar para que a democrac,a não seja banida.
- ·· mas que continue sendo um princípio perma•
contrapor aos seus princípios nentc e imurável.

autoritários. •ara gltrantir a supremacia do seu
p_od,·r. o Governo volt<?u a pra-
esiados da Federação. já que isso pode· ria cm favor dos militares era conseguida
P ticar com mais 1ntcns1dade os ria significar uma perda de terreno e. sem maiores dificuldadés. tendo em vista
atos levados a efeitos em 1964, quando conseqüentemente, de poder. que as Casas Legislativas. tanto muni-
junto .:om o então presidente João Gou- cipais quanto estaduais, ge ralmente
lart (ekito vice-presidente de Jànio Qua• Os efeitos do Al-5. no que diz res- atendiam aos interesses dos militares·
dros. cm 1960. e que assun1iu a Prc~i- peito ao Congresso Nacional. perdura· sem a necessidade de recepção de uma
déncia da República em fins de agosto ram até o fin.il de setembro de 1969. ordem expressa.
quando uma junta militar integrada pc·
de 1961} tiveram cassados os seus m<1n· los ministros.do Exército. da Marinha ..A Asse1nbléia Legislativa da Pa-
dato~ diversos senadores. deputados fe- e da Aeronáutica, que substituiu o prcsr· raíba não era uma exceção dentro do
derais e es1aduais. governadores e vice- dente Cosia e Silva_por um período de qu<1dro geral de tibieza que ·dominava
governadores. prefeitos. vice-prefeitos e um mês. reabriu o Congresso para refe- as casas legislativas do país. A simples
rendar o nome do general Emílio Gar• manifestação coloquial de militares já se
vereadores. Con1 isso. centenas de cida- rastazu Médici para a Presidência da Re- constituía numa ordem a ser cumprida
dãos tiveram seus direitos políticos sus- pública. Como não haviam eleições para com rigor inexorável", diz Jóriô Macha-
pensos de forma injusra e sem que pu• governadores. as Assembléias Legisla• do em seu livro 1%4: A Opressão dos
1ivas também tinham a prerrogativa de Quartéis, editado pela segunda vez em
dessem se defender. referendar ou não os nomes dos gover· 1991 pela Editora O Combate.
Os alvos principais foram os milita- nadares escolhidos pelos militares sen1-
pre tinham $Cus nomes aprovados pelas Igualmente. Antônio Augusto Ar·
res políticos. partidários. csrndantis o.u Assen1bléias Estaduais. já que o Gover· roxeias lembra a post1,1ra servil éla Câma•
sindicais. que faziam oposição atl gover- no sempre garantia a maioria do partido ra ti.i unicipal de João Pessoa, que. con-
governista sobre as oposições. através forme observou. sob a presidência do
no militar. Nos Estados mais populosos. da cassação de mandaras de parlamen- então vereador Cabral Batista, se anteci•
onde as populações eram mais esclare- tares oposicionistas. pou a uma ordem n1ilitar e cassou o seu
cidas. as oposições venciam f;ícil as elei- mandato en1 1964, antes mesmo de sair
ções. Por isso. não interessava aos n1ili- De acordo com algumas vítimas do a primeira lista de parlamentares que de-
tarcs. que tinham o apoio dos integran• regime de exceção, como o jornalista Jó· vcrian1 ter seus mandatos cassados se•
rio Machado e o ex-deputado estadual .gundo a vontade e o prazer mesquinho
( tes da Arena (Aliança Renovadora Na- Antônio Au11usto Arroxeias. essa maio• e anti-patriótico dos militares.
cional) e a oposição do MDB (~lovi•
mento Dcmocr;itico Brasileiro). a r.:ali-

zação de eleições para governadores nos

AIIIÕ11io A.rro:rtúu: casJOÇõo anttcipada tws, MIES ##1± ! 1 ne'&&&d: 1,#2! & ,4':'.! :.z• ;;A':rF;;~,;sv,iB> :,' ' , m i J Jório ': sob a so1'Ú>ra da ptl'StffUf90

Página ,1egra da história A censura instalada nas redações

O aniversário de 25 anos do do em vista o grau de organização Durante o período da ditádura Considerado elemento perigoso Para o jornalista Jório Mahca-
Al-5 coincide com um momento po- dos movimentos sociais no Brasil. militar no Brasil, diversos jornalistas ao regime, Jório lembra que foi proi-
" Alé_m disso. _g_uem viveu o terror paraibanos. a exemplo de Jório Ma- do, a possibilidade de um novo golpe
lítico brasileiro em que. diante das da ditadura militar. sabe que não é chado, Gonzaga Rodrigues e Seve- bido (não publicamente) de traba• militar no Brasil praticamente des-
inún1eros denúncias de atos de cor- com o regime de exceção que se pode rino Ramos, foram privados de suas
resolver os problemas do país··. res- liberdades em razão de suas posturas, Íhar em jornais. "Eles simplesmente cartada. Fazendo um paralelo entre
rupção contra o erário nacional. se sal ta. ideológicas com relação ao regime· o momento de 64 e o momento atual ,
cogita da possioilidade de haver um de exceção. O autoritarismo dos mi- procuravam os responsáveis pelas
nov-0 golpe militar no país. e há inclu- SUJEIRA NO VENTILADOR litares da época, no entanto. não empresas e mandavam demitir aque- ele diz entender que os dois são intei-
sive q~uem defenda que os militares atingiu ape nas alguns profissionais les que não rezavam em suas carti- . ramente diferentes. " Na época havia
Arroxeias. apesar de não crer d_e comunicaçã?, mas toda a catego· ·lhas ·, lembra, informando que di-
deverian1 voltar ao poder para "por na possibilidade de um novo golpe, na, tendo em vista a censura inconse- versos outros ofícios provenientes do uma insatisfação com a incapacidade
a casa em ordem". lamenta o fato de que setores da Im- qüente que se instalou no país e que SNI chegaram a outras empresas, co- dos civis de governarem o país e acre-
prensa nacional estejam fase ndo. de castrou a liberdade de todos os for- mo Saelpa, BNB e até a Secretaria
Diante desse quadro. conforme certa forma. apologia ao militarismo, madores da opini~o pública de fazer das Finanças do Estado, onde pres- ditava-se, isto em alguns setores da
na medida em que •josam sujeira no qualquer comenta~o, por mais dis- ·_tou serviços, pedindo sua demissão.
o ex-deputado estadual Antônio Au· ventilador· para atinglf qualquer po· creto que fosse, contra o sistema. sociedade, que ela pudesse ser supe-
gusto Arroxeias. é ~reciso que sejam lítico. independentemente de eles se- Hoje, há 25 anos da edição do rada com os militares. Hoje a coisa
rem culpados ou não por atos ilícitos. O controle dos militares sobre Alto Institucional nº 5. Jório Macha-
utilizados todos os instrumentos ne- as empresas de comunicação esten- do lembra que, dentre todos os atos está totalmente diferente. Os milkos
cessários para esclarecer alguns seto· Mesmo assim , conforme obser- dia-se inclusive, confonne lembra Jó· arbitrários levados a efeito pelos co-
res da sociedade brasileira de que o va, o que leva à certeza da manu- rio Machado, ao poder de contratar mandantes da ditadura, o Al-5 foi estão desacreditados administrativa
tenção e do fortalecimento das insti- ou não determinados profissionais.. a maior violência praticada pelos mi- e politicamente, especialmente por-
regime de exceção correspondeu a tuições democráticas no país, além Com seus direitos Políticos cassados litares, especialmente porque dele-
uma das páiinas mais negras da his- do processo de conscientização cres- por força do Al-5, tendo sido inclu- gou ao governo o· direito à própria que, em 64, receberam um país com
cent_e d~ popula~~o. é a postura de sive preso e torturado pelos milita• vida dos cidadãos. "Qualquer cida-
tória do pats. equ1hbno dos m1htares e a consciên- res, Jório Macbado_observa que por dão poderia ser condenado sem ne- uma dívida externa de 3,2 bilhões de
Lembrando que o golpe militar cia que eles têm de que não vale a d~versas ve~es os dttadores de plan• nhum direito de defesa ou a qualquer -dólares e, ao saírem do poder, deixa-
pena fazer o·pa~I que se fez durante tao 1nterfenram em sua vida profis• tipo de recurso a instâncias superio-
de 64 contou com o apoio de grande os 2! anos de ditadura que atingiu sional. res, e os que perdiam a vida as famí• ram uni país com uma dívida de mais
parte da população, espeeiafmente o pais. lias também não tinham o di1eito de
reclamar", observou. Je 100 bilhões de dólares. um país
pelo fato de que as cl~sses conserv~-
doras detinham os meios de comuni- liquidado, com uma profunda crise
cação e também apoiavam os milita-
social e econômica e de soberania".
res Arroxeias disse. no entanto, que ressaltou.
ap;sar de os meios de comunicação
ainda se encontrarem em poder de · No entendimento de Jório Ma-
pequenos grupos dominantes, não hã
chado, haverá o perigo.de um novo
possibilidade de um novo golpe, ten-
golpe militar se não houver a apura-
ção e a conseqüente punição dos res-

ponsáveis por atos çle corrupção con-

tra o patrimôniçi público nacional.

• , .' ,. . ..

e •• • ~l!f'.:PWIAO-. '

l l .Joto Peaaoa, domln510, 12 de dezembro d• ;~93 '
•• •
..,





Praia de Tamb.Dha, on<llYJ na1ura/ismo é atração turlsticá . Os turistas também admiram alieleza·e origin~lidade do·';utesf'!'âlO

A Paraíba .~ '

esta no ponto

para consolidar ·s·eu turismo
••
José Nunes da Costa

Os vôos charter começam a conjunto com a CTI-Nordcste. Operadora CVC enviará dois vezes neste final de ano. O Costa

Temos certeza de que este chegar em João Pessoa a partir visando mostrar o produto aviões por semana, sendo um na Marine terá uma única escala no
da próxi,na quinta-feira. dia 15. turístico do Nor_dc::ste naquele
verão será o que vai consagrar a terça-feira e outro na quinta-feira. dia 31 de deze1nbro. Ambos serão
a TURNAC/POOL, mandará um ,responsáveis pela vinda de pelo
Paraíba', a garantia é do procedente de São Paulo e a partir mercado. vôo todos os sábados. a partir de menos dois mil turistas. neste

presidente da PB-Tur, Savigny de 31 de dezembro, virão da A cidade â e São Paulo janeiro. A período.
Argentina. novamente de São continua sendo a principal
Cunha Lima, lembrando que no P.A.NEXPRESS/COSTA
Paulo e do Rio. Semanalmente emissora de tu_ristas para a· Para garantir uTT1a boa
próximo dia 31 iniciará a Festa do terá um vôo de Buenos Aires a Paraíba. De lá virão , a partir da também vai .enviar um vôo
receptividade, a PB-l'ur está
Sol, evento que se estenderá até
João Pess9a, a partir de janeiro. próxima semana, cinco vôos -especial para desembarcar em tomando todas as providência .
o mês de março, com João Pessoa a partir, dos festejos inclusive facilitando o
..Afora os argentinos que virão charter seman~is. As principais
apresentações artísticas todos ·natalinos. A Operadora Previsão deslocamento do pessoal para os:
,nandará um avião por sen1ana restaurantes, shopping cênters e
finais de semana. · via Varig. que está trabalhando operadoras de turismo do país também a partir deste final de
nessa operação". comentou. estão divulgando os pacotes para os mercados de art~sanalo , já
Também·para dar uma

dimensão de come vai ser o Pel_o menos "50 argentinos Jtuonã.SotaPse.esfs!ol.acqeqb' h~inçteerr· eassse dos _dezembro, sempre aos domingos. ·que permanecerãçi apenas oito .
cheearão todas as semanas a João , , ,,., , Quem•!}ãO qui~er CQ!1~ec;r _e•
período de verão, a PB-Tur . . desfrutar das belezas'das, praias ·. horªs na cidade ._Q.<Jir~tor d~ j
- Mãrléeting da"PB-T,ur: 1-'lilton'. .
programou uma série de eventos P1.:s~oa. chegando .ao final da ': ··' ·pote~c(a!ic;lac!et da ~~raíba t~m , l1

que vão tornar ainda mais t1.:mporada a cerca de cinco mil crescido bastante. Sao pacotes . Motta, acha que a vinda dos dois
.. transatlânticos consolida João
emocionante. A começar pela promocionais de sete dias e cada da Paraíba vindo em vôos, terá
tunst.is. somente d a Argentina. avião trará unia média de 120 quatro oportunidades de vir de
chegada·de vôos charter e a vinda

de ~ransatlânticos, trazendo ·1udo i~so graça" a um trabalho turistas. _ navio. O Funchal, que já esteve :Pesso.a como rota marítima no
rc,1hzado pela PB-Tur.. e,n . Estádefin,ido que a .no ano passado entre nós, virá três' N9rdeste .
turistas paulistas, carioq15 e

.argentinos.

. • Tudo ponto
.
,João Pessoâ ..
para receber
é a preferida

dos argentinos estrangeiros

· Segundo destacou o presidente • . Os dois transatlânticos interna-
cionais, o Funchal'e o Costa Mari-
da PB-Tur, a cidade de João Pessoa .... ne. definiram recentemente suas
• é, neste momento , a cidade que tem
despertado mais o interesse dos ar- /. datas de atracamento no Porto de
gentinos, depois de terem "invadido" - Cabedelo durante o verão. O Fun-
ciçades como Recife, Salvador e Ma- •• chal estará por três ocasiões na Pa-
ceió. E destaca que o interesse é jus- ra1ba, com data prevista pafã"6 de-
tamente porque é uma cidade 9ue •
tem tranquilidade, oferece praias lim- janeiro e mais duas vezes cm datas
.' seguintes. O Costa Marine terá co-
pas, um~ o~la natural. "Os argentinos mo-únic;i~scala o dia 31 de dezem-
que aq_u, .vieram para conhecer suas •
potenc,ahdades, gostaram e estão fa- l brQ...Ambos serão responsáveis pela
zen~o pacotes turisticos", comentou vinda de pelo menos dois mil turis-
• Sav,gny. 1•
tas p~ra ª.Grande João Pessoa.
I O primeiro atracamento do
Depois de fazer um trabalho de
conscientização junto ãs o~radoras ·Costa Marine. integrante da fa,nosa
~e São Paulo, a PB-Tur foi àatArarigreons-· icompanhia de navios italianos "C::",
lln~ para também procurar -no Porto de Cabedelo, levará ape-
t':(!]S!as ~aq';lele país. São duas re-
g1oes que deixarão aqui bastante dó- 'nas oito horas. Seus 800 passageiros
•encontrarão uma estrutura monta-
íares. porque vão encontrar um mer- ~ pela PB-Tur, que inclui boxes
cado de artesanato e uma culinária
especifica da região e diferente da ~e locadoras de automóveis de em-
'presas especializadas na realização·
existente em seus locais de origem. de city0 tours-;-fáxis com tarifas dife-
Para atender à demanda de turis-
tas estrangeiros,.a PB-Tur está pro- renciadas e uma pequena feira de
artesanato .
movendo treinamento com todas as _ A·che'gada do Funchal tam~m
pessoas que trabalham em hotéis res-
t~~rantes_. motoris~as de iáxi e poli-
e1a1s. A 1nt<;nção e ensinar algumas te,rá uma grande recepção. A PB-
Tur quer oferecer aos seus passa-
.. palavras mais usadas para identificar • geiros a mesma estrutura oferecida
produt~s elocais pelos tui:istas. Savig-
ny considera esses cursos importantes !Quando esteve pela primeira vez na
. 'Paratba. Uma pesquisa entre os tu- ,
para que eles tenham uma boa recep- ristas constatou que João Pessoa foi ·
tividaaa na cidade.
Outra grande preocupação da a cidade nordestina visitada na oca-
PB-Tur é quanto à garantia de entre- pião que mais gostaram, sobretudo
tenimento diário aos turistas brasilei- pela recepção, limpeza e :irrativos
ros~ estrangeiros que prometem lotar
o Litoral paraibano no verão. O dire- lur'is-.t·icos... . --
Mesmo sem ter tempo.para se
tor de Marketing da PB-Tur vem rea-. :hospedarem em hotéis, já que fica-
lizando constantes reuniões com os
donos dos bares e restaurantes locali-· rão em terra apenas oito horas; não
poderão consumir o que existe de
zados na orla marítima a fim de con-·
eretizar uma parceria J>ara promover ~elhor na éulinária de João Pessoa,
nas noites de segunda à quinta-feiras - mas encontrarão-à. disposiç_ão toda
3!g_uma programação destinada aos · uma rede de restaurantes, SfJopping
vts1tantes. ~enters e mercados de artesanato.
"Os turistas vão passar uma se- 1 •• ' •

mana em João Pessoa. Além das .. · b diretor de Marketing da Pb-
íl'ur, Hilton Motta, disse que a v:inda
pr!,Üas e ~os passeios, eles vão querer
.sairà no1~e e temos qui: f!OS preocupar. ~os dois navios consolida J~ão Pes-
isoa como rota marítima no,Nordes-
em oferecer a esses v1s1tantes noites 'te. ~le acre.dita que a Paraíba nunca r' '
·apadáveis e animadas e de preferén-·
..aa,com músicas regionais", comen- recebeu dois transatlânticos repie•,
Jpu\ijilton Motta.
itos de JU-ri~tas.de uma úníca _vez. .



I





10r
Editor: Geraldo Varei~
--------':2..- - - - - - - - - -- -- -- - - - -- -- +-- - - -- - -- - -- - - - -- -- --;-- -- -- - -
Fone: 218-6511 AUNIÃO- João Pessoa, 08 e09 de setembro de 2001
E-mail • W\\Sv.auniao @uol.com.br

CAMPEON--A--T-·©1I B-RA.SILE.IRO-- - - -- ~ ,.,,

asco e or ~uscam recu era_ao

• • • . . • • .... - ...... . 1 Fo:os· A<sulvo 10 DE JANEIRO - Mal colo-
• cados na tab~l a, Vasco e Sport
Série Btem briga :• ~ YF"~;:-:;.j,7t~ ~ ~ ~~?::~ ~ 1nedirão forças neste domin-
go, na Ilha do R e1 iro, em
acirrada pela liderança : ' 'te.;;
• o~Rcci fe. pela I rodada do Can1pe-
A s.:rie 13 do Can1 pconato •• '. .
onato Brasileiro. O time cruzmalti-
B ra~ i leiro pro~s e g uc co m 14 • no. 172 com 11 pontos, e o Leão do
partidas ne ste final de se rnana . •• Nor1e , na zona· de rebaixa,nento
co1n sete pontos, precisam dos três
O líder do grupo A. N.íutico. vai •• • pontos para ganhar um novo ânimo
até :-.1acciél defender sua pos ição na co1npetição.
.-' ~"·· ..,·,., -· .
1:ontra o CRB. que se vencer • ~ l r. No Vasco, a dúvida é Bebeto,
que teve uo1a infecção intestinal e
chega ,1 14 po ntos na cornpeti- • t >• não treinou nesta sexta-feira. Se for
ve tado, Léo Macaé entra.em seu
\'ão. uhrapas~a ndo o Tin1 bu e as- : I}~~·~l ~ 1 l. • . lugar.-0 técnico Hélio dos Anjos
exige a vitória, n1esmo atuando fora
su111 ind o o prime iro posto caso o , •1 / .". ..Í'Í .'i de casa,já que o tin1e perdeu pontos
in1portante em São Jànuário.
Paysandu. hoje co111 12, não ven- : ' J,"~ . .o
O treinador, que trabalhou no
ç~ o Rcrnn. .1 . ' --.,"',. '~- - .. ~ Sport durante dois anos, pretende
--.....,( e xplorar o 111on1en10 ruim do adversá-
No out ro grupo. o B. a briga • ' rio para sair de Recife com um bom
• resu hado. "Eles es1ão nu111a siluação
.. 1nuito difícil e te,nos de saber tirar
• proveito disso. Se não levam10s gol no
pela liderança é ainda n1ai s ape r• • "1',, ·• . 1/ ,...
início. a torcida vai começar a pressi-
l<lda: Desportiva. X V de Piracica- : - .\ -j

1

ba. Joi nville e Avaí estão todos ••, ' ~-.."..".... j Jl·
""b: ' .
com 12 po111os. l)cs1es. Drsporti-

\·a e Joi nville lê111 rnais chances de· •
c0n1inuar np prime iro lugar,já que •

jogarn rn1 casa. contra Serra e •

Cric iLírn a. respec1iva111en1e.

011 lro~ j ogos deste don1ingo: ••

f),-,,1x>rt n·a-ES x Serra (ES). Figuei-

r.:nsc ~SC) xAl'aí(SC). Sergipe (SE) • • onar e isso nos ajudará a vencer".
disse Hélio dos ;\ojos.
, .-\napolina (GO). União São João • f...:;;li- .I .k
Ocupando a 25' colocação no
(SP) x XV de Piracicaba (SP), Nla- '•, •
lutron1 (PR) x Lond1ina (PR). San1- Brasileiro, o Sport terá muitas altera-

paio Corrca (i'vl.A) xTuna Lu~o. CRB • ções em relação à equipe que foi

(.\L1 x Náutico (PE), Join,iJlt: (SC) x • derrotada pelo Atlélico-lvlG, na últi-

C,1r iú1na (SC). SãoRai1nundo (AJ'vl) : • ma rodada. Recuperados de lesões,

x '.!acional (AJ\1). An1érica (Ri'l) x • -Ainda sen1 Ron1,írio, o Vasco tenta a sua reabilitação no Can1peonato Brasileiro·, agora diante do Sport os 1neias Marcelo Passos e Ricardi-
nho já estão à disposição do técnico
1-\BC (Ri\'). Fo11alcza (CE) x Cear.í : NO MARACANA Júlio Espi nosa. O retomo desses dois
jogadores será un1 alívio para Edu
(CE). Paysandu (PA) x Rcn10 (PA). • Astros do Fia voltam contra oAmérica lvlanga, que estava ficando sobrecar-
regado na armação das jogadas
• Rio de Janeiro - Em péssi1na
• Co1no os zagueiros Alex Pinho
e Érlon e o volante Rogério Mello
Juventude e Grêmio : estão suspensos. o treinador será

fazem tira-teima :


Ju vcnlude e Grên1io real izam :

às 15h deste don1ingo, 110 es1á- • colocação na tabela de elass ifica- obrigado a resgatar o esque ipa 4-4-

dio A lfre d o Jaconi. e rn Caxias • ção do Campeona10 Bras ileiro, Fla- 2, com T inho e Sandro Bium na
11d O,S. u1. um e )a' ~s1. co gau, c110 '"l·\1·1- ·•• •·'"fflcngo e América-•MG se enfrcn-
1do pe lo Ca,npeonato Brasileiro. : ta111 nesle dorningo. às 17 horas, no ri/-~'!· N<;> .l~fl\!=;qO tap.:j!',éf1 suspen-

so Júnior Amorim. Espinosa deverá

No prin1eiro se111estre. a equipe : Maracanã, e111 busca de reabilita- escalar Balão, que fonnará a dupla

da capi1al le vou vantagen1 sobre • ção. O Rubro-negro ten1 1Opontos de ataque co1n Robinho.

o time do interior'e conquistou o : na competição e es1á em J9!! lugar. ' Já o Vasco terá duas alterações

título do Es1adual. • Já o Alvi verde está na zona do ré- ern relação ao lime que en1patou co1n

ApcsardeoTrieolortervencido : baixa1nento e conquistou apenas o Botafogo-SP, em 2 x 2, no último

as du.1., pan:idas da decisão (3,x 2 e • unia vitória em nove jogos. don1ingo, no Rio. Rafael. contratado
~
3 x 1J. a cno1111erivalidade entre os : A boa notícia é que Zagallo terá.
ao Guarani. estréia na lateral direita.

dois clubes ficou n1ais u1na vez evi- • a Yolta de Edílson, que cumpriu sus- no lugar de Giuliano, e Euller retoma

de nte. Neslc fi na l de se1nana. os : pensão auto1nática na vitória sobre da Seleção Brasileira para formar o

grenüstas tenlarão realim1ar a sobe- • o San10s, e de Petkovic, que s~ re- ataque con1 Bebeto, já que Romário
rania local. e nquanto os caxienses •• cuperou de unia c ontratura no joe- só deverá ter condições de jogo na

f.u-ão de tudo para revcner adcsvan- : lho. "Estou be1n. Claro que terei próxin1a quinta-feira, contra o Uni-

tage111obtidanosúltúnosconfrontos. , que fazer um pouco ele fisioterapia versidad Católica, pela Mercosul.
"Vai seru111jogo muitoequilibra- : até a hora do jogo, n1as esse é o mo- Petkovic(D) volta a equipe no jogo deste domingo diante do América
Além do Baixinho, Hélio dos

do. se111 favoritos". revelou Roger, • mento de nos superar. Espero que a jogo antecipado da \si rodada-, o Fla- adequada para a co,npetição, perdeu ,A.njos aguarda a chegada do n1eia
que atuará 111ais unia vez co1no za- : vários jogadc,rcs e es1á sofrendo Fernandão, contratado ao Oly mpi-
gueiro. no Grên1io. "Retrospecto é • gente consiga recuperar os pontos mengo continua apresentando o pior com as contusões, suspensões e con- que de lvlarselha, e a recuperação
passado", acrescen1ou o atleta. Sér- : perdidos deste início de campeona- ataque do Ca1npeonato Brasileiro, vocações para a Seleção Brasileira. física do volante Donizele A,norirn
gio Ton1azzoni, direlorde futebol do • to", afinnou Petkovic. Não conseguin1os n1anter uni 111es- para escalar a equipe que conside-
Juventude. ten1 a mesn1a opinião. "É : con1 apenas sete gols marcados e1n 1O mo tin1e em duas partidas. Isso difi- ra ideal. O treinador prevê que po-
urn clássico da nossa região. Tenho • Mesrno com umjogo a mais que a culta", disse o Velho Lobo. derá fazê-lo dia 16, contra o Bahia.
accnezadcqueserán1ui10 parelho". •• maioria dos adversários - venceu o partidas, o que não desanin1a Zagallo,
Santos por 2 x Ona quin1a-feira, en1
"Não poden1os esquecer que o

Flamengo não fez uma preparação

co111entou o diJ.igenle. ••

• Santos comemora neste.domingo mais um aniversário

São Caetano xGama :

no duelo de opostos :
1

• Para comemorar n1ais um aniversário do
São Caetano e Gania enfren- •• clube, a diretoria do Santos vai reunir torce do-
res, dirigentes e imprensa numa feijoada neste
1an1-se neste domingo, pelo Cam- ••• domingo nocampodo alvinegro,no Ernesto Gei-
peonato Brasileiro, en1 situações sel.Tido como um dos clubes n1ais organizados
ddoosfun11aeibsoal nptaigraoisbdaonoE.sotaSdaon.•t?ovs1eésmtao1nabdéont1anudmo
opostas na tabela. : uma política puramenle amadorista, em que
seus jogadores basicamenle não têm salário, o
Enquanto o Azulão, que joga , Santos sen1pre panicipoudos Can1peonatos de '
Profissionais do Estado.
em .:~~a e vem de vitórias sobre' •• -.:-----.i--
Paln1eiras e Ponte Preta, briga por • O clube se111pre teve como organizado-
res a faJTIJlia Leal de J\1enezes, inclusive con1 •,.:'! .:,
urn lugar entre os oito que vão à : n1ui1os de seus jogadores filhos do ex-presiden-
,te da Federação Paraibana de Futebol. Geni- i
segunda fase, o A Iviverde do Dis- • val Lea l de l\1enezes, falecido há alguns anos.
trito Federal luta para deixar as •• Vai, Givaldo e Babá (filhos de Genival Mene-
zes) se deslacaram no Santos con10 goleiros.
últinias posições da tabela e espan• • O Santos tarnbén1 revelou jogadores para ou- J
tar o fantas1na do re baixamento. •• tros centros. tais como Renê, que jogou no
Spon Recife.. Aden1ar, que foi goleiro do Ná- l1'
Curiosa111ente, o destaque do • utico durante n1uito tempo,e Fininho, hoje uni il
dos grandes non1es do futebol de salão e inte-
1 grante da Seleção Brasileira.

Azulão para a partida ficará no : Durante muito ten1po o clube teve na
presidência José \Valter tvfarsicano (Tereré).
banco: o atacante tl1uller. que : também jií falecido, e hoje o Santos tem na pre-
sidência Leonardo Marsicano Menezes, filho
marcou três gols contra a Ponte •
de José Waher e Neto de Genival l\1eneze.s.
Preta e voltou a ter unia boa atu- ••
ação quando entrou no segundo • ,

tempo da vitória por l x Osobre o ••

-. Palmeiras, nest a quinta, deve •
••
permanecer no banco.

• "O MuUer chegou lesionado e •••
den1orou para entrar em fonna.

Aos poucos sei que ele vai ganhar :

espaço e entrar na equipe", justili- •

co u o treinador Jair Picemi. · :

Quem não vai ne1n ficar no •

b anco de reservas é o vo lante ·: A festa vai acontecer no complexo desportivo localizado no conjunto Ernesto Geisel
,
Serginho; expulso na partida •••
contra o Palmeiras. .,
e,_ .·~t:;;;:t:;;;0 , ----- ..:.' e ., ,:-;·

t

Especial AUNIÃO-João Pessoa, Oe09 de setembro de 2001 9

--- .....~---~:.,,1%; "1fl'

-- ------- -- ----- -- __._ • . ,._•

. .••

-~~i~ ~~~L
... ,,. ;

vota ão da Emen I a l -- ~ .'-!.. .
Constitucional nª 5
,....~ .....

·. ,/4

,.s. ~ . .

4ª P rte. t Ernani Satyro, deputado federal pelo PDS, votou contra a entenda

■ N elson Coelho t: lc$ propi(>~ que. no dL·,·ido 11101ncuto, escolhcria,n os interlocu- pequeno. 111as na horas seguintes ton1ou-se in1enso. Alén1 de de-

0:1elo, Técn,co de A União l(•re~ que li.1~se1n conli,íveis''. pulados e senadore~, co111eçavan1 a chegarprefeitos e ,·ert:ado-

Algu.ini quis saber de 1\gripino con10 a Paraiba estava po- res de vários Estados. delegações de jomalis1as. estudantes e cu•

, 111 ,. ' , , / '• ' ,, 1,111,111•, 11111 d, 7i 111c rt!du /ileres. sa- , 1cionada diantede 1ào in1po11an- e ' riosos inliltrados. Nas
t<:. n1n1nen10 institucional.() ex- - - roda.~. o assunto era u111
' ' /,1 , ,,.11,1, , ,l\ 1111, ,, <t!1•111 d, 1,1a1.1 1.-·n11fiú1·el. c11q11a11- governador conhecia 1odos os ,... só: - a votação da

1.. / '"' ' ". ,,,,,, " ·' 1t1 t!1 1<11 , ). P.-,r ,,11110 lodo, 1\ gr1pi11n

'/•• 111,, 1,. 1 1 ,,,, , <;,1111111111t·.,. u111 pol111co populista 11111iu, parlan1e111arcs da Panuba. corn ~ ~i. en1enda e seus dcsdo-
eles tinha feito políticae. incl~i-
, . •·i1 " ' , 111, ,,,,,, , · , "' , ·,,1110 1,·11 {(der e c o111a1u/(111fc. ~\ Joacil de brJ111en1os.
-o,, e. 20,·,·rnadl> o Estado. No
/,., •:.1111 , 1111,· 1, , ,,,rJ,, ,,,,, di,-,111111 1•• casv jnsn' apro1·ada ~ Brito, Co111 a n1edidas de
PDS. c11n2ressis1a~ eran1: de-
,11c ..,J, 1, /,,, ,1;,..,,,, 1,i ,11 <'lei~6rs presidenciais. E se deputa- en1ergência en1 vigor. e

,,.·/o1,, 111, ,,,11, ,11111 11,io /0,i:_1 <1.1" ' c.1i10 a c11u' 1ula. ele se - pu1adoi;Áll'~Gaudênci0Fílho, . •\ , do urna expectativa an-
!.',,·! 111 . ,,. , 11 , 11 ,1111 1 , · :. 11r11, 11f;,rc1 prc:::a11do o 1.-tor- ·\dau10 Per..:ira. Ed111eTavares. l·i • , ..... ~ 1~e.deraI e s-geusun1i1acne1ne an,no.oapr.rcorpii,ocui.o-
·rarcísio.8urllv. Ernani'S,ítyro. r vice- a tudo. até n1esn10 ao
·:, ./,, li 11",I ,, d ,·11111, "'t i1111/, 11t1. Elt! e:,1aro no lucro. de .'\nlónio Gon,;s. Joacil de Brito \ 'w\,,-l

Pereira e o, senadores lvl,u-con- .• líder do sun·calis1110. E111 dado

\ I'' " ,1111 1111,:11,1,: h1,·HJ.1p,1111c1p:i~ao Jo J1Jrna11SI,1 Nonai., ues Gad.:lh;1 e 1'vlilton Cabral. - ~, ~ governo, ,no111en10,quando.i1ra-

1;u_-,J'-', , ..,111,· .iq11ck .ln111111gn. 22 lk abri l <lt' l98~. volten1os a ..Sobre Ed1ncTavares.AgripiJ10 ~,._ votou vessava o corredores

11:1n açiic , 1•l'I!! 111,11 , 11111<·1,cln n~ acnn1cci111l'nlo~. nos quais n1c dizia qui: ele era "doido por go- , . '-• contra a eni direção ao seu ga-

,·1\\ olvL•1~1. .l,1 1.:rç,1-kira.2~ Je ahri1.Troc-:1ndo Je roupil.disp11s- \'Crno'·. por isso não votaria. de ""~:.. _ .. , e,nenda binetc, aco1npa11hado

n1<· .1cnn, L' I, ,11 1J1 n p1111t:n ,-,11110 J cp111ad1> loân Agripino. Fa- fornia algu,na. contra o Palácio - · ........ ' dosjonialistas p.u·aiba-

' 1:1 ,J~, ,11, 11111111111~ q11,: L'k h:t\'Ja Jitu. por tekf()Jli:. dura~vcrda- Jo Planalto.Somente1àrcísio Burity, incon1odado e agastado no nos, Ed1neTavares foi abordado por uni senhor de 50 anos .ipa-

d,:, a P:.1ulu Ai',>11,u. ~L·L"1i:1.iriu gL· r.il da 111esa din:toradaCâinara PDS. não se su,ieit.iria a disciplina partidária. votaria con1 toda rente~. trajando pal~tó azul-n1arinho e portando uni cachin1bo

lo, IJ.:111,1...ln,. l:h.: nii,, 1u11111ia1·.11" ,b~u111os tnil..tdos. EsqlJC· cer1eza con1 a oposição. E quanto aos senadores, ele afim1ava e111re os dedos.

, ,., l '~, nn1 .:, u npk_·• que os dois votari:un pela rcjci- E11110111 sinistro, perguntou a Edn1e qual o seu partido e.

lol 11,l •1.'<fllL'llt:1,1!111, ção do proje10. Es1ava1n. desde depois de ouvir a 1nenção ao PDS, afinnou. apocalípti~o: "Re-

d1,!I, ';!"" '-'"'"' fl t\ :, • 1nuito te1npo. con1pron1elidos''. .iln1ente. a hor.i é de bo1n senso...''. Logo depois passou a de-
, Sabían1os que a Parar1>a es- ~env(ll\'er. en1 ton1 cada vez n1ai~ leatral. uni estranho raciocínio
\ ~• .. t'! IJ I)~ H\ll' f ln :,. 1illon
~ . i tava dividida,dos quinze ,·010~ a ldentilicando-se co1110 \'iden1c - previra. segundo ele. co111 an-
~ u hif~1-'. '-llh. ,tp .u~ ( 'a hral, t.:cedência. a 111011c de Petrônio Ponclla - o cidadão infonnou
~ que tinha direi10 no Congresso
"- \'.''flll ~111..!Ul" lll que u111ja10 da Air France eslava pousando no Rio para recru-
"''"~~:~ Nacional, novc vnlarian1 contra lar. de volta à França. ú e,nbaixador e funcioná1ios da represen-
i111h,,i.1,,1,L, ,-'..n.:11 à aprovação das Oirc1as Já e
( l ,..l ,J,• l)ll L' \. J, p..11,t lação diplorn,ítica no Br.isil se não fosscn1 revogados as 111edi-
sd s vo1.iriau1 a fal'Or. .A.. panir
t-:t>11, ,· lh.111\ll llh.:, ·

dé$te quadro não haveri.i re,·er- da'.~ de c1nergência. A reação de Edn1c e do~ jornali~tas foi de

são.O senador Hurnberto Luce- 11111 ,:eti,is,110 conês e divertido. l\1as o cidadão ainda insistiu: -

na. os deputados Carneiro Ar- Eu já avisei o l\•larchezan, e ele t:nnbén1não acreditou...

J ' naud,João Agripino FiU10.José Enun as prin1eiras de unia série'de estórias que i~ia brotar

i\1aranhão. A\u isio cà,npo.~. - na11·atj~:~ .\!~\i11Jp)ada~p~la paranóia c1ue topo,s C,Sjí\V:.Ull vivcn~,,

-----"'~R-airnundoAs-fora-o-TiU"CÍ~io,Bu·- - do:J)i!pf i~jl,!'(f<>,i>:ͺJ'i!'!fi~t"s f~""lherl.\111 J!l!ÍIUC)'!ts,q,u1ras Yfr..-11
ri1y CO.!)Stavarn cn11cxl.as·as \is1:rs sõc~. no n1es1110 diapasão de n1is1ério e cat;ístrofe. favorecido

dos que se posicionarian, p.:lo pela boal,uia que. e111 Brasíli.a, é tuna instituiçf10 sagrada. Diri-

pc,,11.~a, p.tl;,vr,1,. reton10 in1edia10 da.~eldçõcs di- gindo-se ao Con1itê de Iniprcnsa da Cfünara para se credenci-

, ,1111,) 111111;1 ,i,ln ,, 111eu dia d,· repóncr na Cfünara dos Depu1a- rctas en1 todos os níveis. & 1áva111os diante de un1111on1enlo his- ar. os jon1alis1as paraibanos 1iveran1 u1n encontro cordial co111 o

J," e· lll' Scn~dn FL'lkr~1!. Quais os liclcres de non1eada na polí- lórico da vida públicabrasileira,parecendoque os seus pulíLicos. escritor e ativista político Fernando Gabeira, 1an1bén1 ele à pro-

1,L,1n.1:io11.1l •IIIL' ha, 1,1 ,:1111e,·i,1,nlo e. principaln1enle. qual er.i vivendo instantes de definição r cura de credenciais -est.i-

,1 11u11h.1 1111111.:,,:11, Jll i111eira ,obr,: o 1110111enlo,o assunto. Não para o Brasil. teriatn que encon- va. e1n Brasília. con10 re-

L1.11np,e, nd1,1. p,11 ,, ,.:.1npl,1. a fonn,1 relic..:nte con10 o gove111a• trar,o 1naiscedo possível. fónnu- póner da "Folha de Sã_o

,lor1 ,,1" 1ccd,, i\e, ,·~. Je 1\ li nas Gera,~. con,·ersava con1 a in1- las capazes de cvi1.ir 111:liores di- Paulo" para cobrir a l'Ota-

pren~., "'bJI.' c,,1!;1,eguin1.: da v1.11ação da "En1enda Con,stituci- visões na sociedade pátria. çãoda en1enda.'sob un1 ân-

,111,.i n" -;· .: 1,1111h.:111, ,1\'úhípia de pod.:r co1n que o deputado Tinha 111ui1.is indagações a !• guio n1enos factual e 111.iis
L1h- , se~ e:ui111:11 :ic, d1, ron-ia sobr,: o fu1uro <lo Brasil de1nocra- laLcr. entretanto con10 já era Lar- hurnano. Os deputados pa-
dc. beirandLJ as dole horas, não .• raibanos. aos poucos. ia,n
ta_ -\rr.n1,·,1r:1111.11, i11 ror111açô,·s de UI) ~~es Guilnarães do que 1n1lei 1nais do assu nto. até porque aparecendo no prédio. Es·
João Agripino se recolheu. Regi, - l \ · ~~"" t· 1avan1quase todos defini-
de r.111, r,,do N,·, L'~ F.,11.: 11,in qui~falar ~0111 n1ais profundida-
· ·
Jt· ,1 1.:~p..-11" d., ,i1u,1,J1,, i11~1i1u.:il)l1al J o país. Ois,e, aind.i, a ., ~ · · ·

• ,\ gnp11hi que R.11111u11d1, r-\~ t,ird. pr<11ir ,u11enle. es1i,·~ra ausen- 1ro. cn1rctanto, que a ,ninha curi- J?.', dos sobre a1na1éria. A ban-
~~~ cada de 5 deputados li.!dc•
' te J ,1Can1,,r,1dn, D..:p111aJo,, n:tljlidc dia. uni fato que conside- osiJade ,naior. naquele r11on1ento.

r.l\ ,11111.0111p1"c:cn, 1, el l:1111r111.11·~1. era sobre a des~nvolturacomque rais do Pi'vlDB e uni sena-

O dcput.1do.ln:il) Ag npino. ac,uiciando tun i1naginário sinal og.ol'en1ador Franco l\-1ontoro,de Jornalista dor era. con1pacta. pela

no "-'li 1os1n. qua,,· dl'il.1do c111 u·111 snfá, analisava o quadro São Paulo. 1r.1nsitav,1e111 todcL~as i-;a;.>- _ - - - - Fernando aprovação da en1enda. l)os

pol11ico. a partir, !:, ,11,1 1111 ej;h,.., ,·id;i pliblica con10 congrcssis- cd:oLn~,-neontCesodnegroepssinoiãNoarceiporneasle. Tntaal-- / / ~ l eio, 7 deputados do PDS. o ex-
la. ,nino 111i11i,11-.1 dc C11111." c conio 11iini&1ro de Estado.--Enten- g.ovemadorTarcísio Buri1y

dia o po,icio11a1111.:n1l1 J,:TancrcJo Ne, es. sabia-o 111ui10 astuto. 1'el, esrives~e a lhe n1order a · enviado assun1ia idêntica postura.

alé1n de 111ai, l·,111Ílá\'CI. enquanto político. para os rnilitares. Por 1110,ca azul da sucessão presiden• de A de forma, inclusive. desas-

• outro lado. .iponla\'a Uly~scs Guin1a.rães, un1político populista, · cial. E indagava a niin11nesmo, União sombrada. Ele soube que o
seu nome chegara a ser in-
,nuito en,·olvido no J)l\"'1Cessocon10 seu lídere comandante. bas- será que eletem topete para pei- para

t.lntc in1,~re,$ado en1 dispu1ar. caso fosse aprov.id.i a en1enda tar. no PMDB. o doutor Ulysses • cobrir O cluído na lista de políticos
d:1, l)irc1;1, J:í. a, c ku;<ic~presidenciais. E se fo,se ao contrá- Guin1arües? Não e não. Qualquer , evento convocadospor Figueiredo,

n•\ nã11 log11b,c .::-.i1l1,, c111cnda.elescguiria. n1ai, unia vez. pclo 11eóli10 na polític.i responderia 1nas fora vetado dc último

, pai, .1for;1 p1.: assi1n. apesarde r.1ontoro ser goven1adordo Estado 111ais hora: - o Plan.iho o dava con10 caso perdido.

g.ando n 10.:111r110 poderoso do Brasil. fato que não contava ,nuito face a ·cincoou1ros pedcssisl,L~eran1 inflexíveis na posiçãocontrá-

do Bra.<-il .1 de·· tan1bé1n o doutor Ulysses· Gui,narães ser parl:unen1arpor ria à e111enda -Joacil de Brito. Adauto Pereira, Ernan iSályro.

111111:rac,a ple11,1. São Paulo. Recon-o, 1nais un1ávez. aojon1alis1a Nonmo Antônio Gon1es e Á!varo Gaudêncio. Só o deputado Edn1eTa-

f ie e~1a1 ,l n,1 l11- Guedes que ilus1ra est.: trabalho, encarecendo un1rela- vares destoava do grupo e se 15rocl:nnava indeciso. No Sena-

rro. dc 11111a r'or 10 seu sobre a segunda-feira, dia 23 de abril, nos an1bicn- do. l'vlilton Cabr.il cst.iva definido contra a en1..:nda, n1as :\!ar-

lllil ~lll ele <lllll:1, 1: tes que frequentouno Congresso Nacional Nona10 Gue- condes Gadelha. fazia channe. an1eaçando volar nela. Pela ,na-

tc:nn1 na1 a p<,rdi- des, na forn1.i abaixo. assi1u se expressou: nhã, osjo111.ilistas paraibanos conseguir.1111 uni briefing exclusi-

1.::1~ r..: r~rind<• -~l' i1\ la rcon- "Cenas de Surrealismo" vo co111 o deputado Nelson Marchezan e,n seu gabinete. Asse-
a R,11111undo :\.,,. diado pt:1111anenten1cnte por deputados e senadores. Marche-

for,1, qu,· o "nc des zan. graças à niediação de Ed1ncTavares, concordou em dedi-

l!ro.. ,::r., i111pubi <.~acl(•\ha, "Na segunda-feira.dura.nico café da n1anhã. lfaça- car cinco n1in utos de conversa aos repórteres. Oseu n1otc era
~ o. .:111<1 11•nal 1.: senador n1os nossa estrJ1égia de coberturajon1alística do~ acon- o n1esn10 de Leitão de Abreu - negociação-já e diretas penn,\•

atirad11. c:1111 ~1.1n- pelo ~ , ::;· tecirncntos Ligados à ,·otaç-ãodae,nenda Drune de Oli,·ei- ncntes. A base da negociação. segundo deu .i entender. era a
ra. lrí:1n10s dar plantão no Congresso, onde estava con- emenda Figueiredo,'que propunha eleições diretas para 1988.
toh,1, ,a 111,1an1.:., POS, .-i;;
centrada a no~sa n1a1éria-prin1a. O noticiário sobre cenas Marchezan, oti1nis1a, chegou a dizerque a en1enda Dante de Oli-
e1 n que ,·k Je\'c- go, cr- • ·. ;.,,! de rua e 111ovin1ento de
11.1 c.,,Lar pr.:,~n1c nisia aeroporto poderia ser veira era u1na "en1enda pobre,
e ;nuar. porqui.: . . suprido.pela Agências
sin1plista", enquanto à do Go-
ct:1 <i111plcs111en1e lcgituno verno era 1nais abrangente..."

brílh:u11c. 1ui cn1:in10 ele cl~:iparecia". ·de notícias,e só eveutualn1en- Na rn.inhã da q4arta-fei-

c,1n,·e1";.a1110~ n111i10 auh!Sdojan1:u·serservido. és1ávan1os 1e 111andarian10s a.lgunia infor- r.1, 25. o anfitrião reuniu os ami-

nu111J nxJ,.1do 111ui101- p:iraibanos, político& na sua 1naioria, que n1ação ncs~c sentido. gosque hÓSpcdava. infon1K1ndo-

q1Jl'ri::11n saberde João Agripino a sua opinião sobre tão con1pli- O depu1ado Ed1ncTavares ·os que deveria1n esperá-lo na

L'ado quadro in~ti1ul"io11alque o pars vivia.Ele não úrava ilaçôes. ,,isitou-nos no café da n1.inhã, enlrada do Anexo Ili, isso em

enueu1n10 ":1,h:1, a que n1ui10, parlanicmarcs envolvidos naquele nias insistia en1 nos oferecer face dele não tertransporte para

pro.:c. so cn,ni pn:..~,uro,ú. , prerendi.:un,d.i noite p:u-.i o dia, aca- unia conven,a de on1en1. De- todos. pois nüoqueriasurpresas

bar <'On1 ,1q11l'la ~,t uaç5o au1nri1ária e,n poucos n1cses ou dias. pois das 9h chega.110sao 1nonu- . quanto a possibilidade de ser

E 1¼0 c:rJ 11111110 nrirn. E.sta\'a ciente de que o go,·emo não pcr- 111en1al edifício d0Con2ressoe vedada o ingresso destes seus
an1igos no recintodoCongresso
-n1iuii.i :, L'onvoc.,ç-iin in1cdi,1tadas eleiçõe~ diretas. Eniendia. por aí nosdi vidiinos. porentre cor-

ou11n lado. que o, p1óp1io. 1nili1are~. prnfund::unente de~gasta- redores e gabinetes de dcput,1- Nacion:11.

do~co,n O e1)1hidl"l~Íl'I.'! 1en1pOt'lll que t!Sl,l\'lllll no poder. e-\t:t- dos paraibano, dc tcxlos os par-

na111 dl~p,1>LOS ;1 negociar 11111a:.aída honro a. contudo serian1 tidos. O movin1ento. então, era TarcísioBurity, deputado federal pelo PDS e dissidente - - - - (continua)

1

A dança do ventre Paraíba - s,ibado, 16 de maio de 1998 i
conquista 111ais adep-
tos a cacla dia en1 1
João Pessoa. Para
aten.dera esse interes- '
se, nouos cursos s11r-
<~e111 na cidade.

Ptígi11a 5

O ro111ancistc1 Carlos Heitor COIIJ' (fotq) estei·e en1 Rec!/e (Pi:.J oncle pa11icipou recenten1ente do con.gresso i11.tern.acional de Jo_r- ~1 1
11r1listc1s. t),tre os clebcl/es, tece te111po para 111na rcípidct concersa co1n a jorrzalista Tânia Roc!Ja Doni.iciario. Leia na Pdgina 5 • 1
J'
~'



1f

- ••



1

E,l11n/do ,lo egypto lVJ.Sol/Jn

1'

Jãmarri Nogueira ..'......... ...,,,... sura e tinha até medo de ser con-
siderado um dedo duro", falou
,llaio d" 1968. Período con- ' Egypto. Alguns autores, segundo
ele, ficaran1 famosos por terer11
1urb;1Jo. As pal:t\'r:ts d.e: ordcni g:1• "trabalhos de esqueráa". Corno fi,n
11h:l\·an1 as 11.J:tS. t\., ditad ur:1s. qu:il da d itadura militar, ainda de acor-
do com Egypto, caíram todos no
n1<'t;íswscs ickolúgic1s. dC\'!)ral'a111 esquecin1ento abismal porque
o, qu3tro c:1ntos do n111 ndo. J\les-
1110 1:"111 p:iises ' d enioc r5ticos", "não sabian1 mais sobre o que es-

conio os E.st;~dos L'niclos, Ji;í 30 anos, -crever". Hoje, aos 62 anos, Ednal-

acontL'Ci:lni nianifestações ,;(x;io-p<>- do do Egypto acha que o teatro
lític1s de ('Stucbntcs e tr:1balhado• brasileiro está n1elhor, ernbora es-
res, 11:1lu ta por justiça ~ocial e re- teja inenos engajado.
fo nnulas~•o d:i estrutur:1 go,·erna•
rnental. No B1~1sil. surg,.i:1o d esbun• "Êrarnos rornânticos; não
de rropic 1list:1. E o rnol'iniento es- éra1nos in1aturos", afirn1ou o artis-
tucl:intil ainda tinha urn nome a ze-
1:tr, adicionando, nos ~ll5 cunicula ta plástico Flávio Tavares, d e 48
,·itae. atos e des:1c:i1os contra :1 di• anos. Para ele, a niaturidade polí-
tadur.1 rnilirar. A Franç:1, na época,
_go,·emacla por De Gau lle. e r:1 urna tica da época era beni n1aior do
que a de hoje', reunindo trabalha-
dores n.arais e es.tud,1ntes. "Fo i utn:1

Paraibanos d i s c u t e m: o s acontecimentos de 19-·~6- 8
' ..

1•

c:i.ldeirJ de desejos diS<.-cnrcs. O ~ún• sen1,1ções nos rnunic.:ípios ele l'orn- te, não ha,·ia 111:ituridade o bastan- rhen1. 1968 nos ensinou nn1i10 so• to, nunca fui preso", declarou, iro- época efervescente. culturJlmen-
bolo das re,·oltas continu:i sendo a bal e João Pessoa. "Foi' o n1eu pri- te. illas, ér.unos niaL~ polili,.ados que te. E marcou rnuito, iníluindo, até
n1:1nifes1aç:10 de estl1dan1cs parisi• rneiro texto para teatro. :\ peça erJ os jo\'ens de hoje", con1entou ele. bre isso", concluiu Viwl.Panicipar de nica,nente, o ator e diretor teatral hoje. em nossa produção artística",
enscs que, líder.idos por Dan iel O ano de 1968, poréni, não pode atos públicos, assinar rnanifestos e disse Tavares.
Colut•Bendit. reivindicavan1 rnelhc>- sobre a n1one do estucbnte Edson ser av:iliado. de acordo co111 o anis- gritar contra a ditadur:1 er.i111 proce- Ednaldo do Egypto.
rcs condições na univer.;icbde. Três ta, ele rnaneira isohida. Ele acredita dimentos comuns entre os "politi- Ele contou que tinha um Para a professora da UFPB,
décadas niais tarde, finclo o sonho, Luís [durJnte urn:1 111:1nifesta~':io con- que outros acon1ecir11en1os, con10 c:unente corretos", na década de J\1oenia Selma D'andrea, de 62 anos
os "filhos c.Je ,naio", en1 todo o rnun• tra o reg ime rnilitarl, que descnca• a fonnaç:1o elas Ligas Carnponcsas, an1igo, conhecido como ''.João Ma- de idade, doutora em Teoria Literá-
deou o Al-5 [Ato Institucional nú- 1960:Ser desinteressado pelo pen- 111ão", que, de tanto visitar os ami- ria, é uma pena que a juvenrude
do, fai.en1 un,a re,1v;1liaç10 cio ":ano ern 1962, e o golpe rnilitar de 1964, gos na cadeia, terminou sendo pre- brasileira tenha poucas infonnações
n1ero 5, que dissoh·eu a ,\ssernbléia san1en10 do guerrilheiro cubano Er- so também. ''Ele fazia de propósi-
que rüo tenninou•. fonnar:un a base ideológico•subver- nesto Che GuevarJ er:1 urn pecado to. Todos os dias, ia ao 152 Ba_ta- sobre maio de 1968. "Na verdade,
H:i uni cheiro de ::eb:11,1ianis- Nacional Constituinte, c:1ssando di- mor1aL Coca-cola er:1 cicuta na go- lhão de Infantaria J\,lotorizada, o
reitos polític:osl. A Políci:1 Federal si,·a dos n1:1nifestan1es de 30 anos ela subversiva dos cor11unis1as. Tor- Quinze, levar lanches para os ami- os jovens não sabern nada sobre a
-n10 iugosb\'o no :ir. Os estudantes caiu cni cinta. Nunca n1ais a pe\':l cer pela seleção br:tsileira de fuce- gos' presos. Até que un1 belo dia, época. Naquele ternpo, nós lían1os
foi :ipresentada", declarou Solha. atr:ís. ·fon10s rnuito recha~.idos. Na boi cm sinônin10 de pouco esc:lare- desconfiados da posição política muito". Com ernbasarnento ideoló-
s1.1b1·em1·0.5 e iina11.1ros de en15o s:1o, :íre:1 c:uln1ml, principaln,ente, os ciniento político. Tudo er:1 justifica- de João lvlamão, os.soldados re- gico, segundo ela, foi possível alte-
hoje, intelectuais que niorren1 de A censura foi unia :irana po· censores atuavam co,n força. 1\las, solverarn prendê-lo. Foi a glória. r.ir o panorJnta sócio-político brasi-
$.1Ud:1de daquilo que foi e n:\o n1ais foi irnportante cudo o que aconte- do por uma "causa". A rnaior con- Na época, erarn 1nuitos os que se leiro. "A universidade brJSileira está
ser~í. Tan1bén1 cho r~1111 lx1ixinho derosa e burr:1, segu ndo o c:1n1or e ceu. Até hoje, ,ninha produção envaidecia1n por terem sido pre• mais aberta à cornunid:ide. Acredito
pelo que não foi , n1as poderi:1 ter n1usical 1en1 a \'er córn a questão decoração que urn rnanifes1an1e sos. Eu conheci.1 o pessoal da cen- que o saldo é positivo", fu1alizou ela.
sido. :\ reponagen1 do CORREIO cornposi\or par:1ibano Vital Farias. social, abordando a política do Ho- poderia obter era ser preso pela
ouviu, pelo telefone, i,n1elec1l1ais Polícia. ·'É rneu único :trTependinien•
p:iraibanos que 1·ivenci;i1~1ni o perí· Quando :is nianifestações de 1968
odo. Para uns, o brncnto é inel'itá-
vel. "1968 foi todo por água abai- con1cçara1n, Vital ainda er:i urn
xo. Hoje, a esquerda polític:i brasi- rnenino: tinh:1 19 a nos. ·Realrnen•
leira teni \'Crgonh;i de ter a foice o
n1;ine lo con10 símbo los de luta·, • Densitornetria óssea ,•
declarou o paraibano \'ilJ.Solha. es-
critor, cineasta e te:.ttrólogo. Ele dis• • Raios X(odontol6gico) ~-~-_.. t<' '!,-.• .,
:::e que aquele ano foi de expectati-
1·:1 no cen:irio sócio •politico brJsi• • Mamografia deAlto Resolução \9 ' ' ,..
leiro. "O problen1a é que éranios
rnuito in1:1turos. N:io s:ibi:Jrnos ao • U'P'ftJ ra6a com Doppler Colorido -lhidição - Trabalho • Tecno\o~"
cen o o que queríarnos··. Ern 1968. Atcndin1cnto cn1 horário
aos 27 anos de idade. Solha cscre- • Tomografia Com • ada Helical Integral Sábado: 111anhà
1·eu :i peç;i "Ve m1elho e branco·.
at:1c::i d:1 pela censur:1, após apre- • ROÕIOlógia Geral João i\lachado,461

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24i ..~6~~

2 AGENDA CORREIO DA PARAÍBA liP~aíba - sábado, 16 de maio de 1998

Pega na mentira

1V CORREIO O ator l.in1a Duarte parece que, depois de velho, deu para mentir. ~f
Andou dizendo em público que já deu uns "pegas" nas atrizes Maitê Pro-
Canal 12 RECORO ença, na epóca da novela Salvador da Pátria; em Cássia Kiss, durante a ~

05h30 • Despertar da Fé novela Fera Ferida, e até em Betty Ferida, no ano de J976, quando traba- '
07h00 - Ponto de Fé
1OhOO - Sessão Desenho lharam junt<>S na novela Pecado Capital.
.Cientes da conver.:,a, as atrizes con1eçan11n a dcs1nentir tudo se1n poupár

críticas a Li1na Duane.
i\·lesn10 sabendo que nenhun1a das três são santas, que já aparecem

peladas em revi~tas e nos cinenias, Liina Duarte rcsolvcü acatar o ''négo"

das "garotas"...

11 hOO - Thereza Madalena

11 h30 - Sales Dantas • Débora Rodrigues acaba de ,
13h00 · Quem Sabe... Sába-
do! renovar contrato com 6 SBT atéo t
16h00 - Campeonato Paulista
de Futebol fim de 99. !~
18h00 - Cidade Alerta
19h15 - Jornal da Record • Marcado para o pr6xi1110

111ês de 011t11b1·0, o casa111e11to
da loira Adria11e galistet, co11i

o e111J1resári0Júlio Lop_es.

· • O jogador.Raí é o novo garo·

20h00 - Nanny n,ereza Aladalena to propaganda dos eletrodomésti- \..
20h30 • Jornada nas Estrelas cos franceses 1vloulinez, que já es-
- A Nova Geração 03h00 - Falando de Fé tão no 1nerc:1do nacional. [
21 h30 - Campeões de Audiên- 05h00 - Programa Educativo
cia • Rosea11i Pi11l1eiro, u1na f
23h30 · Especial Universal f
00h30 - Fala Que Eu Escuto 111orenaça que disp11to1t u,11a
t\'_;
vaga 110 grupo É O Tchan,.COIII
, Scf,eila Ca1·val/Jo, estará 11a

1V TAMBAU capa da Playboy dej1111/Jo.

* Vestida e1n roupa das mais

sofisticadas, co1n griffes Jvtoschino,
Chanel, Yvcs Saint Laurent.e Bulgari
e ainda usando rubis, ouro e péro-

Canal 5 (SBD las, Rosane Collor, ex-prilneira
Dan1a cio país, compareceu ao lan-

06h58 - Palavra Viva 19h05 - Hércules ,..:.. çamento do livro de Carmen r
06h40 - Educativo 20h00 - Chiquititas l\•layrink Veiga.
07h00 - Refletindo a Vida 20h50 - Tambaú Notícias Giova1111a Gold, 11111a bela 11lore11a de 33 anos, atriz de novela, revela ter 111edo de e11velf,ecer
07h30 - Sábado Animado 1
21 h05 - Jornal do SBT - Pri- ..
TV no Ceará

12h00 - Blosson meira Edição Namoro · f Na França I Fusão De leve, o cantor Fagner vai ..
12h30 · Chapol)n 21 h40 - A · Praça engordando o nún1ero ele veículos
13h00 - Cinema em casa - é Nossa
"Street Fighter li - O filme 22h50 - Sabadão Luciano do Vallc, o fan10so · O apresentador Ratinho estará As gigantes Jvlercedez Benz, de comunicação que possui no Ce-
15h15 - Festival de Filmes - " 01 hOO - Jornal do SBT -
O Mistério da ilha" Reapresentação apresenwdor e locu1or esponiv6, · co1nanclando seu programa direto n1aiorgn1po industrial da Alemanha, ará. Há alguns anos comprou uma
17h00 - Longa Metragem 01 h30 - Fim de Noite 1- não esconde de ningué1n sua felid1- da frança durante a Copa do Jvlun- se uniu esta semana, e1n processo rádio no n1!Jnicípio de Orós, onde

dade en1 torno de seu novo an1Jr, do. Só que coin outras funções. de fusão empresarial, a montadora nasceu, e mais recen1en1ente, ga-
Tr.ita-se da joven1 Luci:1na ,,,.l:uianó, Alén1 de realizar comentários sobre · de veículos Chrysler, terceira niaior nhou a concessão de u1n canal de
de apenas 22 anos, e corno se ni o os jogos, vai enviar, à cada episó- dos Estados Unidos.
TV UHF para instalar em Fonaleza.
bastasse ter o 1nesn10 1101ne do lo- dio,. reca_dinhos para o técnico . O novo conglomerado envol-
cutor, a n1oca 1a111bén1 faz narração Con1 isso pretyende difundir a
1V CABO BRANCO de fu1ebol 1;ara a TV. Pode? · •, Zagallo. ve 1roca de ações num valor total cultura regional e valorizar os no-.

Canal 7 (GLOBO) P.rornete roubar a cena durante de 43 bilhões de dólares...
,Vo 111es1no co111passo, a Ford vos talentos.
a Copa. - Mas, se por acaso num futuro

Ingressos da Cop~ ••• a111ericana co11'1prou c1Jaguaringle-
Quc1n co1nprou ingressos par1a sa, e a Citroe11 ab1i11 joint ~·enture . próxin10 ele incursionar pela políti•
06h00 - Programa Ecumênico 13h1O- Jornal Hoje assistir aos jogos da Copa da FrJ~- Na França .II
06h05 - Telecurso 2000 - 13h35 - Vídeo Show , co111 a ta1nbé111 francesa Peugeot. ca, terá sido ",nem coincidência..."
Reapresentações 16h00 - Planeta Xuxa
07h1O - Globo Educação - 18h00 - Era Uma Vez ça, co1neçar.í a receber seus refe?• A Rede Record irá transmi-
Educação para o Trânsito 18h50 - JPB 2ª Edição
07h30 - Globo Ciência 19h00 - Corpo Dourado dos bilhetes pelo correio ou n1er tir ao vivo e com exclusiviade
08h05 - Globo 20h00 - Jornal Nacional
Ecologia 20h35 - Por Amor ,,no através da sua agência de via- para todo o Brasil a festa de
08h30 - Telejornal 2000 23p30 - A Progran:iar gen1. encerramento da Copado Mun-
091100 - Esporte 03h00 - Sessão
09h50 - Xuxa Park de Gala ,•,\ pa· ru.r e1o e11· a -?-?· do cm Paris.
11 h50 - Os Trapalhões 03h40 - O Mundo Mágico de
12h25 • JPB 1ª Edição Pingo Show com os tenores
12h50 - Globo Esporte 04h00 - Filme
---Acabou -, Luciano Pavarotti e Plácido Do-
ming•o.

O apresentador Luciano .- Na Paraíba, a Record é

Huckanda malda cabeça. Tudo trausmi~da pela 1V CORREIO.

porque seti badalado namoro

com a·também apresentadora , •..••\ l : .., .
Eliana, do SBT, acabou, e segun-
I~[ ~) [ 1V O NORTE do ele próprio, porque ela quis. Na França III

\ i --<1 Canal_10 (BADEIRANTES) "Foi a primeir-,1 vez que le- A cantora Daniela !Vlercury pre-
vei um não", disse o rapaz. pará-se para virar a 1nusa da Copa

05h00 - Programa Educativo com Bruna Lombardi - Japo- Padrinhos durante as apresentações do Brasil. Luciano Hllck e Elia11a,fi111 do 11a111oro e tentativa de n,anter
05h30 - Igreja dá Graça neses , Logo de.cara, será ela que vai 11111a boa a111izade
07h00 - Estação Criança 19h00 - Novela - Traição Xuxa divulga agora quen1 se-
08h00 - Seven Day Diet 19h45 - Rede Cidade nio os padrinhos de sua filha Sadtt cantar o Hino Nacional no jogo de f
08h30 - Estação Criança 20h00 - Jornal da Band - com lvlarlene i\·lattos,e o e1nprcsárioJoio
09h00 - Vídeo Imóvel - Grupo Geraldo Canali Queiroz Filho, prestdélit'é da Arisco. oabenura do t,,1undial marcado para i
Imagem 20h30 - Sábado Sem Lei - A dia 10 de junho, em panida cio
1OhOO- Primeira Mão-Top Dog Balada do Pistoleiro Brasil contra a Escócia. rl
1Oh30 - Canal Direto 42h30 - Festival de Aniversá-
11 hOO - lnformercial - com rio - Abrido o Zíper ............ .... . .. .. ...... .. .. ·-··· ··-····· ... ···• · ...... .. .. ········· ·· ······ · - \
Walter Mercado 00h30 - Cine Privé - Explosão
11 h30 - 1nformercial - com do sexo . •~•-,:. i ' 1
Dione 02h30 - lnformercial - com
11 h56 - Vamos Falar com WaltE;lr Mercado MALHAÇÃO ·-· Não há exi- \
Deus 03h00 - lnformercial - com
12h00 - Axé, se liga Brasil Dione bição. . -l
121130-·H + 03h30 - lnformercial - com
13h30 - Band Esporte Professor King ERA UMA VEZ... - SAN'f.A .' 1
18h25 - Gente de Expressão - 04h00 - Encerramento
DESPEJA sua decepção sobre 1

Horácio. Ele reage contra San- {

la e ela lhe e.lá un1 tapa. De-

pois, se arreperide. ,\nita de-

cide assumir a adn1inistraçào

do haras. Ru<ly vai ao hotel

pedir ajuda a Bruna.. Depois,

telefona para a an1ante 1nar-

cando un1 encontro. E1nília

desabafa con1 Chicão toda SLla

MlV. raiva por causa da aproxima-

Canal 32 ção entre Júlio e Isaura. As cri-

anças volta1n para o sítio e

07:00 - lnsomnia MTV 17:00 - Cine MTV encontran1 Pepe trancado na
09:40- MEC 17:30 - MTV Sports oficina. Santa vai à 1nansào de
Xistus pedir perdão a t-.1aneco.

10:00 - Compacto Abril pro 1-8:00 - Quiz MTV Rede Globo (TV Cabo 13ran-

Rock 98 19:00 - Top 20 Brasil co, Canal 7 - João Pessoa e
11 :30 - Yo! MTV Raps .21 :00 - Ultrasom MTV TV Paraíba - Ca1npina Gran-

12:30 - Semana Rock 22:00-Acústico MTV de), às 18h00.

13:00 - Hits MTV Maxwell . CORPO DOURADO
14:00 - Território Nacional 22:30 - Especial CHICO DIZ a A1.11anda que, se '
15:00 - Palco MTV 23:30 - Alto e Bom Som Selena for condenada, ele vai ·

15:30- Top 10 EUA 00:00 - MTV AI Dente , esperá-la o ten1po que for
16:30 - Amp 02:00 - lnsomnia MTV
preciso. Billy conta a Diana
!" -'., - ~-
que Silveira está apaixonado '
por A1nanda. Billy visita .,
Selena. Chico fica contrariado ª""' ' ..,:-:: ..
r·) Oualouet a/ ;ersção na p rogramação da TV é de responsabilidade
H11n1berto Marti11s interpreta o delegado "Cbico" e111 Corpo Dourado 11a Globo
das emissoras

con1 a presença de Billy, ·mas de), às 19h00. o pai. Atílio esquece un1 blo- repre~n.d. ~ j3rança por causa da

concorda que ele veja Selena. CHIQUITITAS · Não hã co na casa de Helena e con1- intromissão e eles brigam. Ir-
. A vaqueira diz a Billy que está bina passar lá para buscar. ritada, Branca ·diz ao marido
STREET FIGIITER 2 · Stre- · On dangerous ground. Record, exibição.
t-t 11i:hte r 2: l11e :1ni1n:11ed n1ovie. · con1 1nedo. Sérvulo conta -a Laura planeja viajar com Mar- gue tvlarcelo é filho de Atílió.
SBT. _131100. En1 corc~s; 97 n1inutos. 22h00. En1 cores; 90 minutos. Pro- . ESTREIA J?E FOGO - Não
I'rodu~~•o japo nesa de 199-4. Dire- duçào an1ericana de 1995. Dire- Isabel que ela deveria dar n1ais celo e1n lua-de-mel. Isabel e Os três filhos ouven1. Rede
ção: L:nvrence Gordon Clarke. uma chance a Judy e Tadeu. há_exibição.
ç:1.0 : Gisaburo Su.g.ií. Desenho ani- . POR A.MOR - ORESTES Branca vão à reunião. em que Globo (nr Cabo Branco, Ca-
Elenco: Rob Lo,ve,'jürgen Proch- Rede Globo (TV Cabo Bran-. Arnaldo passará a direção da nal 7 - Jofto Pessoa ~ TV '
1n:1do. Repri~c. TENTA se justificar, mas Lídia,
now, Deborah t-·loore. Aventura. co, Canal 7 - João Pessoa e· aborrecida, diz que ele preci- empresa para os filhos e dis- Paraíba - Campina Grande), às
E111 TERRENO PERIGOSO
Re prise. nr Paraíba - Can1pina Gran- sa de ajuda. Sandrinha consola cutem. Já em casa, Arnaldo , 20h40.

10 CULTURA A tJ'NI.Ã() João Pessoa, sexta-feira, 17 de janeiro de 1992

fí'ILMES NA TV T E L E V i SÃO :

ROTEIRO CANAL4

,.,. ,= .. - - .
.,,•, ' .
. ;;i · _ ·.-1

f."j a09:00 - Jornal da Maallã

09:20 - O M2z dD Clêilda
10:00 - Pluda vida

10:30 - Imagens da Itália

11:00 - Jlede Brasil (hfonutivo)
ll:3G - JUo Notir:fns .

12:00 - O Mlllldo da Clênda

12:30 - Planeta Vida

13:00 - Imagens da Itália

13:30 - Glub-Glub ''

14:00 - Canta Conto •

14:30 - Ra Tim Bum '

15:00 - Sem Censura

17:30 - Rio Notícias

18:00 - Taça S. Paulo

19:30 - Séries Internacionais

,- CANAL 5

~ 07:30 - Brasil 07:30h
08:00 - Cometa Alegria
"As TVUl'Ulti!VÍJ1jasD"o• matiDédo cioeiaa Mlll1ÍCÍ/JJÚ: opçlio pan, • prr,tMI• 12:00 - ·Maskman
12:25 - Manchete Esportiva
O,,t,a ~ ~ ~ /liofe D6 c.JJo Bnu,co • 12:40 - Esquetando os Tamborins
12:45 - Edição da Tarde
-O destaque CINEMA
13:15 - Sessão Super-Heróis
é ·p.ara ''Bom AS TARTARUGAS NINJAS 11 Pyne. Com Melanie Griffich, Mat- Lagoa Azul". Um jovem casal exr.õe
thew Modine e Michael Keaton. Um sua beleza e sensualidade numa ilha 15:30 - Clube da Criança
• Dia, Vietnã'' O Segredo de OOze. Produção casal se vê em sérios apuros depois - paradisíaca. Bom apenas para os que 18:10 - Ses.são Espacial- Jornada nas Es·
de alugar um apanamenco conjugado trelas
· :FESTIVAL DE FÉRIAS - - americana de 1991.. Direção de Mi· à sua casa , a um estranho. No início gostam de garapa. No cine Art-Ma- 19:10 - Tambaú Notícias
O· REGRESSO DO CORCEL NE- éhael Prés'sm3n.' Baseado em perso- ele parecia um normal e pacato cida- 19:30 - Pantanal - último capítulo
GRO :..._ Título Original: The Black nagens criados por Kevin Eastman e dão, mas depois revela-se um manía- naíra, às 14h30m, 16h30m, 18h30m 20:25 - Esquen"8Ddo os Tamborins
Peter Laird. Com Paigc Turco , David co perigoso. Encantador e sofistica• e 20h30m. 20:30 - Jornal da Manchete
Warner, Michelan Sisti, Leif Tilden, do , mas muito perigoso. Somente na 21:30 - Amazónia
Kenn Troum, Mark Caso e Kevin - 22:30 - Documento Especial
soriê do cinema Municip,1/, às DESAFIO TOTAL - Produção 23:25 - Momento Econômico
Clash. Os quatro super-heróis Ra- 23:30 - Noite e Dia
phael, Leonardo, M1chaelangelo e 18h30m e 20h30m. americana.· Direção de Thomas 00:10 - Versão Original - Todas Noites às
Donatellocontam com o apoio da be• Wright. Com Kun Fuller, Joan Seve• 9h (legendado)
la repórter de televisão, April, para DE VOLTA À LAGOA AZUL rance e Tiny Lister. O mestre dos
Staflion Returns Nacionalidade: lutar contra perigosos muito queridos - Produção americana de 1991. Di- músculos Hulk Hogan , o rei das lulas
pelo público infantil. Apenas no ma- reção de \Villiam Graham. Baseado reaparece nas telas paraderrotar seus
A·mericana - Ano de Produção: no livro "The Garden of God" (O contendores. No Plaza , às 14h30m,
tinê do cine Municipal, às 14h30m, Jardimde Deus) , de Henry De Ver3e 16h30m, 18h30m e 20h30m .
1983 ...:...:Direção: Robert Dalva - Scacppole. Com Milla Jo9vich , Brian
16h30m . Krausc e Lisa Pelikan. E a tentativa ( •) Nota da Redação Os cinemas
Elenco:· Kelly Reno, Allen Goor- de reviver as boas bilheterias de "A Banguê (Espaço Cultural) e Tambaú
MORANDO COM O PERIGO estão ocupados com Festival Nacio-
witz, Ferdinand Mayne, Vincent - Produção americana. Direção de nal de Cinema de Animação.
John Schlesinger. Escrito por Daniel

~ano, Woody Strode, Jodi Thelen, 06:30 - Telecurso 2• Grau
Teri Garr. · ·
07:00 - Bom-Dia Brasil
·. Um adolescente (Reno) perse-
MOSTRAS 07:30 - Bom-Dia Paraíba
.gue os seqüestradores do seu famoso 08:00 - Xou da Xuxa
13:00 - Globo Esporte
· cavàlo árabe rio deserto do Saara.
13:10 - Jornal Hoje
Cor. TV Cabo Branco, às 13h30m
' .. 'l ~ • • • 1 13:30 - Vale a Pena Ver de Novo - Fera

· ·:· · FESTIVAL J)E VERÃO - . . ACERVO DO ESTADO-A Fun- . Clarice Lins , Cláudio Santa ér~z: ,r Freitas, L'a'êét ,' ·sandoval Fagundes, Radical
dação Espaço Cultural -Oa• Paraíba
BOM-DIA VIETNA - Título Origi- apresenta o seu acervo de artes plásti- Chico Dantas Dalva Oliveira, Flávio Sérgio Lucena, Marlene Almeida e 15:00 - Festival de Férias. filme: O Regr=
cas. São quadros de Alex Fleming,
nal: Oood Moming Vietnam - Na- Alice Vinagre, Chico Ferreira, Cos• Tavares Fred' Svendsen Irene, Ivan Miguel dos Santos. Também há obras · do Corcel Negro · ·
me dos Santos, Flavio Tavares, Luís
i:ion'alidade: Americana .- Ano de Hermano , Miguel dos Sa ntos , Maria ·' ' de Antonio Pateiro (um portu_gue5 16:45 - Sessão Aventura - Gêmeos do Ou-
Helena Magalhães, Paulo Whitaker,
Rodolfo Athayde e Sérgio Lucena. radicado em Goiana, GO), o cearen• tro Mundo: Despidos para o sucesso
· Coorderuição de M_arlene Almeida.
Produção: 1987·- ·Direção: BaJ"_ry Na Galeria de Arte Archidy Picado se Ascal, o baiano Fernando Coelho, 17:40 - Escolinba do Professor Raimundo
(Espaço Cultural), acé amanhã.
Levinson - Elenco: Robin Wi-. . -. SEIS A" RTISTAS -~ São-desenhos, o alemão Dieter Ruckhaberle , (resi- 18:05 - Felicidade
pinturas, esculturas e xilogravuras do
lliams, Forest, Whitaker, Tun Thanh . ·· paulista Celso e dos paraíbanos Braz, dente ·em Berlim), os alagoanos So- 18:50- Vamp
Gáudio, Gilton, Luciano e Zaia. Na
Coisas de Terra (av. Almirante lange e Pierre Cbalica e os pernam- 19:45 - JPB
Tamndaré, Tambaú - ao lado do
Tran, Chintara Suka2atana, Bruno · Gambrinus), até o próximo dia 26. bucanos Corbiniano Lins e José Bar- 20:00 - Jornal Nacional

Kirby, Robert Wuhl, 7. T Wa/sh, No- . COLETIVA DA GAMELA • bosa. Na Galeria Gamela (av. Almi- 20:30 - Pedra Sobre Pedra
Uma exposiçãocom pequenos e gran-
ble Wiillingham, Hoyd Vivino. . des quadros de artistas que compõem rante Barroso, 144, Cencro • Fone:
o acervo da Gamela, em técnicas e
estilos os mais diversos, além de es- ·221-6857), até 29 de fevereiro. · '21:35 - Globo Repórter
culturas. São trabalhos dos paraiba-
Este li/me, baseado em ·. fatos nos Alexandre Filho, Alice Vinagre, 22:30 - },' estival de Verão. Filme: Bom-Dia

reais, segue ospassos de Adrian - ' ' ..--... EXPQSIÇÃO DE MOBILIÁ· Vietnã!
CJ"<?unauer (W,lfiams), que cqe_ga a
GERALDO AZEVEDO - O ·RIO DO SECULO XIX. Tendo cura- 00:30 - Jornal da Globo

Smgon em 1965, para transm1tJr um violonista, intérprete e compositor doria de Gabriel Bechara Filho, pro- 01:00 - Corujão I. Filme: A Hora da Zona
erograma dián"opara ossoldados das pernambucano, se_apresenta nos dias fessor de Estética da UFPb, trata-se
03 e 04 de fevereiro no teatro .Paulo Mortl(03:00 - Corujão II. Filme: Crimes
Poniê's do Espaço Cultural, às do acervo de móveis do Palácio Ar-
21h00m. A realização local doesjX'tá- quiepiscopal, em estilos neo-rococó, Vingados

Forças Annadas dos Estados-Unidos beranger e inglês. Destaque para a fqJ
lutando em todo o Vietnã. Com um
humor anti-militar e abertamente cadeira em que lodos os governado-
contra a censura nas informações so- res paraibanos da época se sentaram,
além, do trono destinado aos bispos.

bre a guerra nos seus programas, No Centro Cultural de São Francisco,

às 4'5 aos sábados, das 9h00 às 11h00 07:00 - Jornal do SBT (reapresentação)
Cbko Ferreira tem IT1lblllbOtS DO.. e das 14h00às 17h00, e aos domingos,
Cronauermostra-se gentJl e sensível, 07:30 - Sessão Desenho·e/ V. Mafalda
no contato direto com os vietnamis- acên-o do Estado das 14h00 às I7h00. 09:00 - Sessão Desenho e/ Eliana

tas. Cor TV Cabo Branco, às 10:30 - Show Maravilha

21h10m. .- 12:30 - Cbapolin

• • •i • -- - '. • ... . 13:00 - Cbaves

CORUJÃO I - A HORA DA • 13:30 - Cinema em Casa - A Mulher Inví-
ZONA MORTA - Título Orogina/:
The Dead Zone Nacionaliaade: sivel

Americana - Ano de Produção: 15:3-0 - Programa Livre e/ S. Groisman
1983 - Dire~o: David Cronenberg
- Elenco: Christopher Walken, 16:30 - Sessão Desenho e/ V. Mafalda
Brooke -Adams, Tom Skerrit, Her-
bert Lóm ·Colleen Dewhurst, An- ·culo é da Bobo1a Produções Arlis• rekêkê". O album foi todo gravado 17:00 - Dó Ré Mi
thQny Zerl>e, Martin Shen, Nicholas ricas , que anuncia a venda de ingres- 17:30 -
Campbell; Jackie Buurroughs. e mixado nos Estados Unidos e lanca- 18:00 - Chapolin
sos _Para a próxima semana . ao preço do em produção independente, assim 18:35 -
Aoós passar anos em estado de como "De Outra Maneira", que foi 19:42 - Chaves
coma devido·a um acidente de auto- de CrS 10.000,00 (a confirmar) um. dos maiore.s êxitos da carreira do 19:45 -
móvel, um homem (Walken) desco- Nestas duas apresentações, Ge- an,sta nordestino em questão. Aqui Agora (Telejornal)

b~_que adquiriu o poder da premo- Economia Popular e/ A. ·Tamer
n1çao, bastando apenas se encontrar TJ Brasil e/ Boris Casoy
com ·uma pessoa para saber o seu
· futuro, Aos poucos, ele· aprende a raldo mostaraá músicas do disco que Isso não implica dizer que os su• 20:3-0 - Carrossel
conviver com este poder e a utilizá-lo
acaba de lançar com o nome de "Be- cessos mais antigos como "Dia Bran- 21:08 - Ambição
.i>_a,ra. evitar sérias ocorrências. Cor:
.. . "'ii -. co.,, ..Caravelas.., ·'Táxi Lunar'\ 21:40 - Simplesmente Maria
Tv Cabo Branco, às OlhOOm "Talismã", "Príncipe Brilhante",
~ "Moça Bonita", "Canta Coração" e 22:30 - A Praça é N0658
"Bicho de 7 Cabeças"; serão deixa-
dos de lado. Na pane do show em 23:15 - Jornal do SBT d Llllian W. Fibe
23:30 - Jó Soares Ome e Meie

.00:30 - Jornal do SBT e/ Lilli•n W. Fibe

que Geraldinho fica só no palco com 01:00 - TJ Internacional e/ H. Henning

Ga-a/do: seu violão ele atende alguns pedidos (i> _CANAL .13
da platéia.
ÂRYedo
O show desta feita é com banda.
caoá Geraldo, da última vez que esteve

. , CORUJÃO D- CRIMES VIN-· dias aqui voz & violão, mas agora, como 05:30 - Igreja da Graça
GADOS - Título Original: Star in lança seu novo disco precisa da cozi• 07:00 - Realidade Rural - com Rafael M~
:tbe-Dust Nacionalidade: Americana ., 03e(U nha firme para mis1rar os arranjos no-
vos. O guitarrista Joca deve vir enca• reno
DO beçando o grupo. É esperar e curtir
esse execelente menestrel da nossa 07:25 - Local
Pllulo musicalidade. 07:55 - Boa Vontade

· Poaãs 08:00 - Dia a Dia - com OUvio Ceaclii

Jr. e Débora Meaeses

- Ano de Produção: 1956 - Dire- tO:IS - Cozinha Maravilh068 da Oftlia

_ção: :charles Haas - Elenco: Jonh 10:45 - Campeio - capttulo
11:3-0 - Casa de Irene - COll1 Nzir Bdlo
Ãgar; Richard Boone, Leif Erick- . ..
TEATRO. - capítulo
son, Coleen Gray, James Gleason, 12:00-:- Acontece - com F1'vio Gulmaries
12:30- Esporte Total- com EU.. Jr., M.te
Mamie Van Doren, Randy Stuart, • Rqnzrlti, Siao■e Mello, AM CMíz fl e <:w.
....
.Terry Gilsydon, Paul Fix, Henry Bnzdio

Morg_an. . LIGHT TO LIGBT - A estreia ,coreografia do espetáculo, em Dus- cidade da poesia novas formas de ex• 13:00 - Local

· · O xerife .(Agar) de umá cidade brasileira do espetáculo "Light to :5elford, Alemanha, onde realizou pressão do ato criador. Ém outras·pa- 15:11- rbe ■ n M Tsnle 7° O Vlf•l S

Ligbt" ou "Luz a Luz" acontecerá temporada e foi considerado o me- f~~== =~=-:.. .,. ,;.~·'. '·lavras,aaçãosedesenvoivédeformà

lhor espetá_culo apresentado "!º a mostrar que o ato criador depend~
exclusivamente de uma atitude inter-
do Oeste se depara com um dilema: em João Pessoa, neste sábado como Werkstatt Buhne na temporada 17:tl- ltil vln•Vlliz-;c::
90/91. Em .vista dos excelentes resul-
mandar enforcar ou não um P.isto- pane da progJ11D1açáo da abertura dó tados, após a toumêe brasileira, vol-
leiro (Boone) contratado por três di- tarão se apresentar na Europa ainda
D Festival Nacional de Teatro e Dan- na, um, olhar artístico sobre a reali- 855 J«#
dade.
_ferentes grupos - os coadores de Eça, que se estenderá, atf o dia 26 J• 21 Cnz I L t 2 - - e, a1
do mesmo mes no Teatro Paulo Pon• O espetáculo será levado ao pal-
e os -Iazendeiros e o banqueiro
tes do Cultural. • em 1992. co do Teatro Paulo Pontes as 21 horas :21.11 - Fata N••re t- .... ntt - 4 0.•"111•
· · nckson). iimão de sua noiva (Van "Li t to Ligbt" foi montado pe- "Light 10Light" é um espetáculo deste. sábado. Os ingressos, a preços
. ren).. Cor. TV Cabo Branco às -- • . cus
lo ator lobal Calque Ferreira junta• de danÇa-teatro que não se prende populares e com cadeirasnumeradas, '21:31- ,.._ Ncl11 ~ D O tk - ·-
02h40m. J1~r lt zz -
mente com o escocb Mark S;cc:zka- a nenhum padrão estrito do teatro estarão à venda a partir da própria·
,ou da dança e que bus<:a na simpli-
• relt que assina tem~ a direção e a sc:gvoda, çlia 13.

,,,• •·'';

,. • _.. . _ f ti.•~ ..

:~,,. -\' -,.'.">. ..,,;... , -.
.,;

JOÃO PESSOA

,.,

LEMBRANDO OS ANOS NEGROS DA CENSURA E REPRESSAO

•• e uma

Edonio alves Nascimento ato radical, inspirou o mais ro: CAIQUE FERREIRA E MARK
mântico, audacioso e também ra-
8 pecial para A UN IÃO SIECZKAREK, EM ''LIGHT TO LIGHT''
dical movimento de resistência já
Ufa! Esta interjeição. que registrado na história do Brasil, ..
scm·pre e.ai aos lábios empurrada cavando um fosso onde seriam
pelos braços fatigados do alívio enterrados os sonhos, os corpos
está af, desta vez, não como mera e as utopias de uma geração fada-
expressão linguística desta rela- da ao experimento.

xante sensação humana mas por Esses experimentos, natural- v1 ,,, Ii' . . '
uma outra razão, reconheçamos, mente, incluíam no campo da po-
bem mais nobre: a quele avassa- lítica, as famosas barricadas, as l j •....J•
lador sentimento de admiração passeatas, os discursos inflama-
estupefacta que por alguns instan- O escoeis Mark Sl,czkarek e o ator global Caíque Fe1Ttfni, namA ttC.A 'ile Li~bt
tes paraliza os nossos sentidos dos, as provocações e a conse-
quando os empe nhamos na leitu• to Ligbt (Luz a Luz), amanhã à noite, no Paulo Ponies
ra apaixonada de uma grande qúente resposta violenta da polí•
obra. -~...__.:J" " . ' . eia, signos de uma forma de resis- 2°Festival Nacional
tência à ditadura corajosamente
Tal foi o que experimentei .. de Teatro e Da·nça
(aquela grata certeza de ter valido ' forjada sob o caior da hora pelo
a pena) quando venci a últ.ima pa• ( influente movimento estudantil.
Mostravam também no terreno
lavra do excelente 1968. O ano
que não terminou: A A ventura da cultura, as experiências esté•
de uma Geração. escrito pelo jor-
ticas do tropicalismo, nos baru•
nalista ca rioca. Zue nir Ventura e lhentos festivais de música popu-
publicado pela editora Nova lar; do cinema novo, com as pro•
Fronteira, atualmente na sua 22' duções geniais de Gláuber Rocha;
edição. do teatro, com as inovadoras con•
cepções cênicas de Flávio Rangel,
Pane já de um valioso e cres- Al!gusto Boal e José Celso; do
comportamento, com o pro.vo-
cente acervo literário que tem co- cante desbunte dos jovens daque•
mo mérito oferecer aos leitores la geração de aquário.
brasileiros a oportunidade de co-
nhecer melhor a história do País Mas "1968, O Ano que não

(espécie de Pantheon da memo• acabou"não fica só no relato puro
rialística nacional, que inclui . e simples desses e de outros fatos
obras como "Olga", de Fernando começa amanhã
1 • que pintaram indelével e alterna•
~orais e " Minha Razão de Vi-
ver", de Samuel Wainer etc), o . - -~ .-.:- "'"' damente de cinza e azul a paisagem
livro de Zuenir Ventura, no entan- ,.,, -, " .. nacional. Ele tem, aléni de uma
to, estrapola em tudo os limites profunda e sutil interpretação dos
conceituais dessa plataforma de -:-... = ,_ =~~~ episódios e suas ligações, disfar- Amanhã, o ator carioca · na sobre a importãnciada cria-
propósitos que certamente ani-
mou o empenho dos autores ,ta Chico Buarque de Hollanda, Caetano Veloso, Cerã.Jdo Van- çadas nas entrelinhas do texto, ele Caíque Ferreira e o escocês tividade no Teatro e na Dança.
construção dessas obras integran- dré e Clauber J?ocha são alguns'dos nomes que marcaram tem o seu lado revelador.
te.s do chamado jornalis mo de "re- a culáJra brasileira em 1968 Mark Sieczkarek farão uma
1 Parte dessa novidade do li-.
c o ns t ru ç.ão ., vro, que lhe confere caracteres de única apresentação em João PRÊMIOS
• A começa r pela -a·rctílosa Pessoa do espetáculo "Light to
Dois espetáculos de dança
construção do personagem prin- urita excelente reportagem, é a Light" que também é a estréia
ci pal do livro. centrada na traje• brasileira desta montagem , di- e dois de teatro representarão
tória de um ano - o de 1968- para publicação pela primeira ·vez no o Estado da Paraiba neste 2º
metaforizar uma década , ou mais . Festival Nacional, Jodas,_na...
.i nda. um momento especial da -•.-..=-----•- ,....e.----=-- ~"· •·-~•· ~ ~..,,...~,~-~~ ~ ~~-- pá(s de trechos significativos de rigida e coreografada por Mark
vida nacional. que pela interven• -relatórios-seeretôs da- CIA, que --- -·Sieczkarek. A· apre~entação · · mostra competitiva. " Not
r;:io ora lúcida ora desvairada, Yet" coreografado por Ranieri
mas, sobretudo apaixonada. dos . para surpresa de todos, ao anali- será às 2lhs. no Teatro Paulo
seus atores teve a sua senha. de Pontes do Espaço Cultural,por
ent rada na galeria dos mais ricos sarem melhor do que o governo Dantas Maia, " De Jõnatas pa-
instantes da nossa história. Pelo perfeito de toda uma poderosa o registro de um fato-símbolo que ra Davi" dirigido e coreogra-
menos le levarmos em conta o ebulição que tomaria posterior- serviu de ponta-pé inicial para Costa e Silva a conjuntura política ocasião da abertura do 2º Festi•
vasto campo de abrangência das mente conta das ruas. dos lares. uma partida histórica que envol- brasileira de então "corriam o ris- vai Nacional de Teatro e Dan- fado por Maurício Germano e
suas manifestações: da arte à polí- dos cinemas e dos teatros; dos jor- veria jogadas brilhantes como a co de se confundirem com docu- ''Cuncaca" dirigido por Fer-
tica; da sexualidade à estética. nais e dos corpos. por este !)ais; ousada tentativa de José Celso mentos a serviço da subversão, o ça que terá início amanhã e se nando Texeira são os selecio-
a fora. Apenas um exemplo alvi - l\-1artinez Correia em colar, com estenderá até o dia 26, apre- nados de João ,Pessoa. A quar-
Concebida e sustentada pe· çareiro: em plena gestação da uma proposta nova. a estética do que não deixaria de ser engraça- sentando um total de mais de ta peça é "A Ultima Estação"
los pilares formais de uma das chamada revolução sexual nó teatro brasileiro a uma consciên• do", nas próprias palavras do au- 20 espet:iculos de todo o País de Campina Grande, montada
mais sólidas categorias do jorna- tor. entre as Mostras Competitivas pelo Grupo Teatro Vivo da
lismo. a grande reportagen1. a de Teatro e de Dança, além
obra de Zuenir Ventura nem por Brasil uma moça aproveitou o pi• cia nacional-libertária, através da Era já a época do recrudes- da Mostra Alternativa que
compõe a programação para- UFPB.
isso perde seu status de boa litera- leque da festa , deitou-se no gra- revolucionária montagem da peça cimento da ditadura, da decreta•
mado do jardim da casa da irmã "Roda Viva". de Chico Buarque ção do Al-5, da institucionaliza-
tura. Escrita em tom .refinado e de Chico Buarque e desfraldou de Hollanda, que a ditadura brin• ção da tortura, da luta armada, lela do Evento. OFICINA
cstilisticamentc coerente .com as
diferentes nuances dos fatos nar- a sua principal bandeira de luta dou com um incêndio ao teatro da sensura ã imprensa que fez o "Light to Light" foi convi- O paraibano Luiz Carlos
. ràdos: as veze.s bem humorado. dado para a abertura do En- Vasconcelos. há alguns anos
o utras nem tanto. a "reporta- da época. "Eu quero trepar, eu onde o espetáculo era encenado que pôde (e muitas vezes conse· contro em função do sucesso radicado no Rio de Janeiro.
gem" de Zuenir cabe perfeita- quero trepar". gritava ela para os e com uma ordem para que uma guiu) para burlar essa sombria que o espetáculo fez na Europa
n1ente na definição que g_ostaria presentes. atriz do elenco (Beth Gásper) re- mordaça. Era já a época das inva- nos últimos dois anos, sendo onde integra a " Intrépida
considerado o melhor da tem-
que seú livro merecesse. ·•E a ç~õ- Mas, para não ficar apenas petisse, para seis dos seus agen- sões das universidades, da caça porada 90/91' cm Dusseldorf, Troupe" estará em João Pes-
Alemanha. Trata-se de um es• soa, durante o 2° Festival Na-
nica da alma das pessoas", como no terreno do comportamento, tes, num tenebroso bosque de aos "comunistas", da prisão de in- petáculo de dança-teatro que cional e ministrará uma Ofici-
lhe disse certa vez um amigo. onde ritualisticament_e as mulhe- Porto Alegre, uma cena de sexo telectuais e artistas como Antônio busca resgatar a beleza do fa- ·na dirigida a atores e bailarinos.
res trintonas ensaiavam muitas que fazia parte do texto. zer artístico na simplicidade do sobre "Técnica do Clown - O
E é mesmo. Se não vejamos Callado, Caetano Veloso eGilber· ato criador. "Num momento Tempo Cômico do Ator", on-
o episódio que abre o livro: um em que somos bombardeados
réveillon organizado pelo casal das experiências de liberação se- Aliás, registre-se ainda que to Gil, enfim, era já a épóca da pela mídia pródiga em efeitos de pretende mostrar que um
Luiz-Heloisa Buarque de Hollan· especiais, "Light to Light" pe· palhaço também pode ser for-
da cm sua casa, no bairro do Jar• xual que hoje. excessões feitas. essa longa partida que começaria vingança de uma ditadura militar de um outro tempo para sua mado. Para isto, Luiz Carlos
ditn Botânico. no Rio de Janeiro, apreciação. A ação se desen• pretende lançar mão de sua ex-
compõem tranquilamente a roll- ali, flagrada e mostrada no livro que estigmatizou uma geração de volve lenta mas surpreenden- periência teatral e dos seus _15
para comemorar a entrada do ano anos como palhaço profissio-
na dos nossos jovens. registre-se em todos os seus principais mo- brasileiros como poucas existiu. nal.
que viria a ser o símbolo de uma
ger•ação. também que naquele réveillon es- mentos, através de uma rigorosa Uma geração que lutou sem medo
tavam presentes (junto com adis- pesquisa do autor, que teve aces- pelo seu projeto, ou no mínimo,
Por reunir num mesmo am- cussão de suas idéias) muitos dos so direto não só aos acontecimen- por sua utopia.
biente festivo todos os ingredien- que d.:pois constituiriam a lide-
tes que comporiam o entornado rança da luta campal contra o tos (ele era então um jovem.re- Mas era época também do
caldo cul tural e político que ali- monstro da ditadura, nas suas pórter do JB), mas também ava-
mentaria o país ao longo do ano, mais diferentes frentes de bata- liosos documentos da época, teve nascimento de uma outra igual-
este réveillon se ria o emblema lha: a imprensa (Hélio Gaspari. Já os seus lances de violência que
Millõr Fernandes, Henrique Cou- mente importante geração: a de temente e vem provar que o
tinho); o teatro (Flávio Rangel. a caracterizou como um dos ins- ato criador não depende de
Maria Lúcia Dahl); as artes plás- tantesda nossa história onde cam- excepcionais jornalistas como INGRESSOS
ticas (Carlos Vergara, Regina Vá- peou a mais desbragada baixaria.
Zuenir Ventura, que assistiu a to- condições econômicas espe- Os ingressos para o espe-
ter); o cinem: (Glàucer Rocha,, Foi, por exemplo, debaixo
Antônio Calmon); a música (üe- desse clima obscuro que a ditadu- dos esses fatos e embora também ciais, ou de uma tecnologia que táculo "Light to Light" estão
raldo Vandré); o movimento es- ra, contando com a cumplicidade
túdaotil (a ·nossa suplicante se- · vacilante do entãógovernador do levado pela correnteza violenta'- nunca podemos pagar, mas sim sendo vendidos na bilheteria
xual, então uma líder da AP. or- Rio, Negrão de Lima, eleito com
ganização política ligada a UNE) o voto de confiança de grande de suas águas, soube anotá-los na de uma atitude interna, um do Teatro Paulo Pontes, com
entre outros. parte da esquerda· e da ala mais
expressiva da intelectualidade ca- caderneta da memória e esperar olhar artístico sobre a realida- cadeiras numeradas, aos pre-
Começavam assim aquele rioca, assassinou o estudante, Ed-
ano·- e o livro de Zuenir • com o distanciamento necessário à de", explica Caíque Ferreira. ços de CrS 5.000,00 (geral) e
son Luis, e o transformou no he-
I rói que, ao ser atingido com um compreensão -crítica do que pre· Caique e Mark permanecerão de CrS 2.000,00 para artistas.

senc1ara para só então_ passar à até o dia 26, participando da Os ingressos para os demais es-

frente esse "êxtase da História" comissão Julgadora do Fe sti· petáculos do Evento custarão

· como bem definiu o sociólogo, vai, oportunidade cm que Cai- CrS 1.000,00 para artistas e CrS

Edgar Morin; àquele raro mo• que Ferreira ministrará Ofici• 2.000,00 para o público em ge-

mento experimentado das mais ral.

.diferentes maneiras por jovens de
quas. e todo o mundo.
'

EDILBERTO COUTINHO cotidiano por vezes de sufoco, mas ficativa fortuna crítica. Silviano Antônio Carlos Vilaça, o mestre
sempre querendo 'emergir (núnca Santiago soube ver sua garra de bem-amado e patrorio de seu lança-
.. submergir) e salvar-sê. Por isto es- poeta-narrador que o inclui de ime-
creve: diato-numa tradição que tem seus mento na praça intelectual, seqi me-
Vertigens do eco altos representantes na poesia uni-
Tanta espera pelo mundo. versal (um fernando Pessoa, um dir eo:ipenhos e louvores generosos
Vertígens do eco é um livro de "sem pestanejar", como se permitr
dizer Geraldo Carneiro em prefácio O mundo que desaparece e García Lorca) e brasileira (Drum- e , no caso. bem aolicados.
busca e afirmação. Poeta mais espe· Vale a pena ler André Pestana.
cular do que espetacular, André - nos versos de Vertigens do eco vem. mond, Cabral, não.menos, eis os
Pestana não se volta para o novo Acordo e chamo a vida. nomes a propósito lembrados). An- Um nome que veio para ficar. ,enri_.
a qualquer preço visa!)do a efeitos deixa ouvir as vozes de antepassa- Peço à vida que retome a mim. tônio Carlos Vilaça, Walmir Ayala
mirabolantes pseudo-vanguardis- .dos poéticos que ajudam a montar e Carmo Seffrin são outros que já quecendo e renovando com forte
O poeta ouv~ ".Os passos da- se renderam ao encontro lírico do
. tas. sua estrutura humana e literária. quele hqmem de temo branco", que sopro lírico nosso panorama cultu-
criador de Vertigens do eco.
Consciente de seu anesanato É um poeta que não se encas- é uma presença obsessiva, mas es- ral.
·. concreto com a palavra,. Pestana • pera_ o menino que foi (e todos não Para André Pestana (eis aí um
tel,a em nenhuma torre-de-marfim, traço positivo em sua visão-de-mun- André Pestana convida a conhe-
q·ue está no corpo-a-corpo de um · continuamos sendo?):
do)as coisas não são isto ou aquilo, cer seus mistérios, enigmas, indaga-
~•·espera do_sol
A espera do menino que toma~ mas isto e ·aquilo: dia-noite, rocha . _ções. E o mistério da poesia, lembra
va banho de sol. : · e. mar... ele hõmenageia mortos
bem a· propósito Carmo Seffrin,
• ilustres como Samuel Rawet.(não "está no poeta cpmo_no leitor". Ou,
sabemos se o ·conheceu) e o amigo .
André Pestana é um jovem au~ .como queria José Martí, •:tan poe-
que é mais viva presença em sua tas son los que entenden la poesía
tor • estreante,na poe, s.ia - de já sigoi- como los que la hacen". A poesia.
experiência humanacomo literária: de André-Pestana estabelece féneis

'• pontes de ligação. Incorpora o_.lei-.

tor, que logo empatiza.e a ela se

agrega.



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ão fora1n do mal, as flores proibido proibir". O adágio de maio de 1968. Risadas inspiradas
.., do maio de 68. uma difícil arte: destruir para re- nos sovietes de 1917, na revolução
Havia un1 poeta na rua. Jovens começar.
alemã de 1918, na Catalunha livre
que começavam a descobrir o cor- Filósofos con10 Sartre e Marcu- de 1936 e na autogestão dos operá-
JO e os labirintos da mente. Não se impulsionavam a juventude pa- rios húngaros de 1956.
ra a construção de uma sociedade
;ra um simples mês do ano. Havia distante dos preconceitos produ- No dia 22 de maio de 1968 um
sonhos entrincheirados nas basti-
zidos pelo Estado. Era preciso to- grupo de estudantes ocupou o pré-
- lhas do medo. Uma esperanç a en1 rnar o poder e dar gargalhadas dio da administração da faculdade
- toda a extensão do Quartier Latin, de Nanterre em protesto contra a
- o boulevard francês onde a geração diante de si. Este riso transfor-
- de 68 arn1ou suas trincheiras. F ra-, mou Daniel Cohn-Bendit em um dos prisão de seis companheiros que
-- ses corriam soltas nos muros: "E lutavam na "frente antiimperia-
maiores líderes do movimento de
lista". Este fato foi o bastante pa-

EmDia/5



.1 ', ... •

.' '
.)
..• •~ ·•

Maio de 68 é uma data fixa na \ '-

memória dos jovens de todo o 0ww '
mundo. No Brasil, o maio
ff
também não foi de flores. O país
esteve dividid' o entre as

exigências estéticas de Caetano
· Veloso, no Festival de Música da
TV Record, e os atos de barbárie,

como a morte do estudante
Edson Luiz. Maio de 68

representou, para os brasileiros,
a redescoberta antropofágica de

nossa cultura, através do
Movimento Tropicalista, que
guardou as nossas Ameias

culturais com o espírito de
Oswald de Andrade e Mário de

Andrade. Este texto procura
recuperar reflexos de maios, em

parágrafos que não estão
inscritos nos calendários e

folhin/1as de almanaques.

ra ser deflagrado o maior n1ovi- coração da doce Maria, que guar- preto e branco, mostrava que "a
rnento estudantil das duas últimas
décadas. dou pétalas ensangüentadas pela 1nassa não come os biscoitos de

O maio de 1968 foi muito mais fome en1 Biafra e nos gestos de massa fina", e que era preciso co-
do que un1 conflito de gerações.
l\1aio de 68 pode ser considerado bãrbárie no Vietnã. No Brasil, os nhecer o país. O governo militar
o n1omento em que a classe média
européia parou para revisitar seus protestos da geração 68 se insere- antecipou-se. Surge o Projeto
fantasmas, cujos vultos forarn le-
gitimados pelos movimentos ope- veram em maio ao crescin1ento das Rondon, cujo objetivo era integrar
rários e pelas revoluções culturais
de tendências marxistas. 1968 grandes cidades. O Rio de Janeiro estudantes de todos os Estados
tan1bém representou, para alguns
países do Terceiro ~fundo, a e São Paulo serviam como exemplo brasileiros,, utilizando um slogan
consolidação do urbanismo.
de modernização para o resto da f~scista: "E !?reciso integrar para
O movimento encabeçado pelos
estudantes franceses repre- América do Sul. Obras faraônicas nao entregar .
sentou a quebra dos mitos de uma
sociedade de consumo que parecia sur21am nas periferias das gran- "A imaginação no poder." Este
adormecer em paz, nos países de-
senvolvidos. Maio de 68 trouxe des• cidades. O país parava para foi o grande legado deixado pela
urna certa reflexão sobre a moder-
nização das sociedades. Os habi- consun1ir. Era quase o sonho de Geração 68. Os homens tinham
tantes das superpotências protes-
ir ao poema de Manuel Bandeira, que colocar a criatividade a servi-
taram contra o embargo de seus
sonhos. Todos tinham uma neces- Pasárgada, e encontrar telefone ço dos povos. Isto foi o que fez
sidade urgente de viver mel hor.
A vida não cabia mais neste plane- automático. o dr. Christian Barnard, autor do
ta. Era preciso sobreviver nas tan-
tas américas que sofriam com as Enquanto o Brasil se "moderni- primeiro transplante de coração.
picadas das drogas e os golpes das
baionetas. "Deus salve a Améri- zava", a geração 68 sofria uma Ele colocou o coração de um ho-
ca." Este pensamento rondava os
sonr.os dos homens q•Je vestiam as aguda angústia de fi~ de década. mem preto no peito de um branco,
túnicas do poder, enquanto jovens
cabeludos erguiam seus olhares Novos valores culturais sopravam no idos de 68, enquanto o Apolo
para além do emprego certo, da ca-
sa-e-con1ida, dos muros escolares. da Europa. A televisão, ainda em 8_ voava em torno ~a Lua. ~ra pre-

Maio de 68 foi uma explosão no ciso pensar para nao repetir os er-
5is ros das gerações anteriores. Sendo
6/EmDia assim, os movimentos culturais
~ surgidos em 68 assumiram uma
~ tonalidade própria. Na China, a

~ Revolução Cultural colocava nas

ruas a Guarda Vermelha, um dos

mais eficientes canais utilizados

por Mao para patrocinar o medo

e as mais violentas atrocidades,

naquele mês de maio.

Maio de 68 foi a explosão de

sentimentos e compromissos com

a felicidade. Um tempo em que a

juventude destruiu a torre de ba-

bel e criou uma simbologia muito

simples para se comunicar univer-

salmente: paz e amor. •

'

João Pessoa,20 a26de novcn1brode2000

!:.. --·-·--··· -------·--··-·-· ···------ ---·--·---· ... -----·--···· - ·--- -·-··-·-- -----·-··-

-

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1 . Jij

• ' iv--- ~

~"'!":· ..___ -- - - - - - - - · - . - - ----- =-- - -• --- .. -· ----- ----- --

!VEJA COBERTURA COMPLETA NAS P

---- ---···--·... -·--····--·-··-··--·. ..·-·, ,,5tt:tmt t:'t;J;";i:h.iart:.":'~7' • =A.;, =◄-MmeeAi='Wm

Documentos

secretos da

ditadura na

'

Assembléia

~1 ..· . . <· . ..

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..• 'IJ,?



E.frai,11 i\1orais, presidente do f>/~L

PFL disposto

a concorrer

l ao governo

.1 em 2002

-----. ------ - l1

-- .

PÁGINAS 4, 5 E 6 ;

•' ' ' -.

- - - - - - - -- - - -- -~ -_;____• ___..,..._ _________ _ ___ _ __:___ __.,--- - - - --------==--=---;-:::-'~.i;;.
-Opinião ;,jj
02 , Con_traponto '·

.. . '

. .'
'



-. elites.

f\ lei é sempre feita para be- res são eleitos pelo' critério do mai- · gesto be1n intencionado, porque ela, '.

néficiar as elites. Trata-se de uma or·volume d~ dinheiro gasto em suas faça-se justiça, contém disposições A TJei de Respons'.lbilidad.e .
respetivas ·can,panhas, não iinp9r- moralizad.o'ras. .,
regra sisstên1ica en1 vigor en1 qual- tando qual tenha sido a origem des- Fiscal tem, pois, na sua essência 9
Mas, no fundo, a redução do.s
guer lugar do mundo. E. essa dura objetivo de purúr os n1ais pobres, pois

realidade tem explicação n1uito ló - ses recursos. · gas~os púbijcos proposta por ela,
acarretará ainda mais: r~ces'são,.de- .·,

semprego e todas o~ seus cruéis eseLis · ,

gica, porque são exatamente as eli- Em consec1uência, a Câmara não tem pouco a ver com o i'nsuportáveis efeitos, s_em·se levar em

tes que elaboram as leis e estas sen1- dos Deputados e o Senado Federal interesse das Prefeituras, dos Esta- conta que ela é inconstitucional por-

pre refletirão os desígnios e objeti- passan1.a constituir-se instituições dos e do país. O objetivo do Gover- que viola o princípio da autonomia
viciadas e a representar, apenas, os
vos dos que detêm o Poder. interesses daqueles grupos, inclusi- no é equilibrar as contas, autncntar dos Estados· e municípios,,,pre~eito'
ve de corporações estrangeiras, que
J-Ioje, particularmente, essa financiaram as ca1npanhas dos seus o cai.xa do Tesouro, para beneficiar ·, básico d~ Estado federativo.
representantes, de Governadores e
/ .'

realidade se torna ainda mais crista- acordos · As ·elites se m o1.sm. trpaattnr1.,o; mt1.caa'iss.
com os bancos estrangeiros e uma vez, perversas .e
li_nà, na n1edida em que o éxercício _

do Poôer, no sem mais an1plo senti- transferir recursos para a finança in- Só legisla1n cm causa própria ou çm

o.do,se tornou u1n .privilégio dos que até do Presidente da República. ternacional, sem n1edir as consequ- favor do interesse externo, a que s~
"
detêm· poder e'conôµ1ico._, e s.uas Um exemplo prático e muito ências perversas dessas medidas so- deixam subordinar. Até hoje, na his-

práticas estao muito próxin-ias da atual dessa assertiva é a atualíssima bre o povo brasileiro'. que está em- tória, não há um único registro de

delinquência comu.
Lei de Responsabilidade Fiscal. D e- pobrecendo de forma célere e assus- que elas tenham defendido o inte-

o ·eputados federais e senado- fender essa lei pode até parecer um tadora. resse nacional


• .~ .' ' . ' .
.1 . no
a)' prÓ>\imo ano, quà nclo 'a J:;RF li:
.- . . '·· watdir ~rlírio
• mità essa despesa em até 60%. _

Documentos secretos Iraê

Em recente audiência com o go-

vernadQrJosé M:iranl,ão, a deputada l raê'

1\os' poucos a verdade sobre o que tes, já que os atu:iis detentores desses cargos Lucena (Pi'vIDB) reivindicou cio inquili-

aconteceu no 1,10lpe nulitar de 1964 esL'Í vin- não podem se reeleger. As p residências das no da-Granja Santana que o cargo da pri-

fru-do à tona, fruto das incessantes b uscas rea- comissões de Constituição eJustiça e de Or- meira vice-presidência da Assembléia Le-
, lizadas pelos nossos historiadores cm do- çamento serão as mais conco rridas.Já são gislativa continu:isse sendo ocupado por

._ . • 'R-ú.b.e.n.s Nóbrega cumentos cobertos pela pocim do tempo. to de negociações dos candidatos a candidato uma parlai11entar, já que a deputada Fran-

, • José Antônio Assunção'., Rcccntenicntc, pesquisadores do ao cargo máximo da mesa da Casa. cisca l\1otca, cio 1ncsmo partido, não pode

, .,, 1 •• ~ • ,1, \ , N úcleo de D t)cumentaçào e Informação concorrer à reeleição.

_... '\ ,.Luiz Ed~~dó Teixeiia.de· Histórica Rc~io nal da U FPB, que es tão or- Desconfiados

' ' : Carvalho ganizando o arquivo da t\sse1nbléia Lcgis- O cancelamento exorbitan te de valo- Contas
res de 9ucn1 de\'e ao Estado, !ltmvés da t1nis-
lati\'a da Paraíba, cncontraran, u1na pasta tia, ren1issào e débitos extintos por decisão Até agora as contas cio governa-
judicial, fe" con1 <Jlle o conselheiro Flávio S:í- dorJ osé i\<faranhiio estão estacionadas na
"Editoração Eletrônica: contendo docum entos sigilosos de troca C:is:i de E pitácio ·Pcsso:1, porque a presi-
tyro, rdacor ela contas de !\[aranhão de 1999, dente da Co1nissão de O rçamento, depu-
1 • .. • dc informações entre a ~l_csa D ireto ra cb tada So co rro l\-iart1ues; niio conseguiu
pedisse ao ·Tribu nal de Contas da Par:iíba quorum p:ira analisar o parecer do relato r
· Fern·ando Maradona Casa e o con,aoclo do Exército na P:iraíba. maior controle so bre o assunto, sugerindCJ da matéria, c1ue vem a ser o d eput:ido
quc solicitasse cópias de todos os processos Gervásio i\·laia, líder do governo.
Nós docun1entos, os 1nilico s pe- para jul~r a n:guL-uidadc desses cancelamen-
tos. Só no ano citadc), empresários tiveran, João Paulo
'- • ,. dian, in forn,açõcs sobre o con1portamcn- dívidas cancdadas que poderiam rendcr 62
n,ilhõcs de reais aos cofres públicos. .
. _,,,. .....'.. ---~..i.l,._,-"-~•....:,.e • .:. .. 10, discursos cate: reco rtes de jornais sobre
.
J parlamentares co1n asscnu) no Po der Le-
t
Endereço: gislativo, o quc era, de pronto, respondido •

1 Avenida Princesa Isabel, 261 - ' pelo presidente d a ,\sscmbléia, tlcpuL'ldO

Ccn1ro - João Pessoa. 1 Clóvis Bezerra.
1'clcfonc:
'r' niaçúes.Naitnég'n.u)éc1snnifoicoasvadedpeutfaodraosddaas infor-
l (83).241.6676 antii:,,a
1.
, 1 CGC: t\rena tinham as suas vidas.p olítica.~ bisbi- I l e ga l /\ lur:1 po líticà c.lc Bo,1uei.r:io entre
! lbo tndas pela ~ks:l e .:ncn:gi.u:s as suas cabe-
os deputados João Paulo (P FL) e J oiio
1;:t.< aos chefes tupi1ut1uins do autoritaris1no. rcrnandcs (PSDB) ultrapassa o s rnuros

• 03.875.577/000 1-35 Depois da Mesa ,\ pro p osta orç:inicnt:í ri a dó G o - daquela cidade e f:iz chover canivete. O
! Inscrição Estadual
ve rno do Es tado p ar:1 2001 prcvc <1u e a parla1nent:ir'pefelista disse que tcn1 certc- :

administr:içào públ ica cstadu:1I não respei- za de que o seu rival não será o canclid:110

16.1 27.839-6 f\pós a disputa pda ~lesa da As- tará os di1:1mcs da Lei de Responsabilida- do governador José ~!aranhão à Presi-

- ___E-mail: · sen1bléia Legislativa, os p,ul:unentarcs de- d e f-'iscal, no <1ue toca aos gas tos com os dência ela Assembléia. "Niio voto cm

[email protected] ...1 verão enfrenc:ir outra batalha - a da eleição salários dos seus servido res. É la advoga João Fernandes nem se ú governado r me

..,...._ ·- ,. ,bs prcsidcnci:is das conlÍssões pennancn- di spend e r 61 ,22% com despesa ele pesso- pedir", avisou J oão Paulo.

- ---·----- -- -- - ·----- ------- -------' . .



Política Contrap

.. João Ma_noel de Carvalho· -

Maranhão reedita o braguismó P

eDesde que insLauro~ o seu Gov·c,rno, nos idos de 95, o sr. José ~!aranhão f
t
den1onstrou tu1~1 esr~11nha até hoje não be1n csclarecida, inspiração no braguisn10. (
iviaranhao nao hesitou en1 buscar nas pcssoas que 0o-ozaran1 da intiini- .r
2
d.ade do ex-governador e achninistrara1n o Estado, sob seu con1ando, c>s ·t
auxiLiares para int~g.rar o ~'brain-trust" de seu Governo e ocupar os pontos- i
chave da sua acl1n1n1straçao. M

L-;;struturou a espinha.dorsal da adn,inistraçào estadual, basican1cnte d
co1n1,c:>ndo St~a equipe de .au:dliares de clen1critos, que se notabilizaran1 por g
suas ,,·11:c\1laço_cs e con1p~o~11ssos políticos e pessoais con1 o ex-governador.. d
, . 1·01 as~1n~ que convocou o dr. Pedro t\delson para a Secretaria de
S1:gurança Publica, o sr. Roosclvet Vira par:i funções estratégicas en1 seu s
Governo, tcr1ninanclo por concentrá-lo, atual,nente, na Chefia aa Casa Civil
recrutou o polivalente Luiz ,\ugusto Crispi1n para a Secretilria Institucionai
de ~01nunicaçiio -~ocial e o dr. Carlos iv[angucira, este con1 un1a passage1n
pos1t1va pela Prctc1rura de João Pessoa, a 9ue1n transferiu 1nissõcs delicadns
do seu Governo e hoje co111anda a Secretaria estadual da Educação.
_ Coino ~e vê, pel.~ in1portância dos cargos confiados aos antigos cori-

. ,'! cteoL111sst~1.ltot11~cl10·a~u"1·\nS11"~g<:;e1·º1,, Geºsevne1renlh,oadnçoasr,l.aJoadsén1~1,nf1~srtarnahç!aoo,drigoosr~r~."~'~1lsmoeontBcr,asgea.viu
Orn, se os homens, t1ue passaram a planejar e executar os progran1ns do

.seu Go\'erno, cn1 setores fundmnentais, tinham compromisso histórico com o
br~guismo, dificil1nente se p_odcrá adn1itir que os métodos·de governar e o
_ e.suJo de s;?,vcr~o do sr. Jose l\·laranhã'? P!-!dcssc dife~~nçar-se· muito d~ prá-
. ttcas ad!111n1stTaa,·as daquele controvcrudo grupo poliocq no passado.
- 1--~•.. • :,;E. óbvio que não se póderá dizer que o brag1.1ismo co,nnn~~" o Go-
verno :'\·laranhà<>. lv!uico ao contrário. !\,{aranhão ten1 se1npre den1onstrado,
no n1íni1no, ogcriza ao cx-Govcrnador. i\•las o sr. José ~!aranhão governa de
forn1a in1perial, ct>n10 un1 autêntico rei e ai daquele tJue úver a ousadia de
questionar suas decern1inações,

· No cnt:lnto, o Governador não pode fugir <la realidade dos fatos: pela
constiniiçào fisica da an1al adn-únistraçào estadual, o Governo do sr. José i\'lara-
nhào continua a ostentar uma marca ou um estigma, rigorosamente, braguista.

FHC e Lalau Suspeição

As primeiras investigações so- Enqu::uuo o senador Ner Suassun.'l
endurece as criticas ao grupoCunha Lima,in-
bre os vínculos entre o Juiz foragido clusive prometendo d~rrotá-lo n.'ls umas, em
Nicolaudos Santos Nero eo PaL-íciodo 2002,o PrefeitoCíceroLucenaainiudao con-
vívio político com Suassuna e, dessa forma,
Pbn.'llto jáinclic:uno esquemade &luar- faz aUJnentar, aincL'\ mais, asuspcição entreos
seguidores do grupo c:unpinense sobre sua
doJorge, e..x-Secrccirioda Presidênciada conduta polítie:t. Essa suspeita já era conside-.
República, ajudou, financciran1cnte na · r:ível, desde o mon1ento em que o Prefeito
reatou wna con,~vênciademasiadamentecor-
reeleiçãodo Pn..osiclcnte FJ-IC, con1cerca dial como Governadore criou sérios proble-

de 3,850 milhões de reais, inclusive:ura- mas políticos para o grupo Cunha Llma.
vés do cai.x.'\ 2. Ora,se &luardoJorge se
envolveu com o juiz 1.alau, na questão nutilidade
do desvio dos 196 milhões da consttu-
ção do prédio doTRT-SP, não seráclili-
cil esmbelecera ligação entTe ulau e a

reeleiçãodo Presidente FHC.

Indecência Tanto o Governador José l\-1ar
. ão e agora o Prefeito CíceroLucenainsi
Enq1J:1nto o Governador de .!\fulas em na mania de exibir fotografias de au
Gerais, lt:l.ffi.l! Franco,enfrentasozinhoa ar-
àas com o Presidente da República, com
rog,ü,cia e aprepotência cio Go\'eroo Federal, e isso acrescentasse alguma coisa a eles o
o go"emador Zeca do PT,do.!\lato Grosso o Estado ou município. Mera inutiliclad .

do Sul, juntamente com o idoológo Cristo- promessas de liberação de recursos q
e nunca se concretizam. E o pior é que;
v:un Buarque, fuzcrn rasi,,;tdoselogiosao Pre- residente não leva a sério Governadores •
nuito menos Prefeitos. Os Estados em
sidente R..orn.'llldo Henriquee propõem wna ·cipios continuamempobrecendo cadave •
:iliançapolítica do PTcom o Partidodo Pre- ais com as políticas do Presidente, qu •
sidente, o PSDB, JXlr3 a disputada sucessão ,en1 contando com a cun1plicidade d

presidenci.-u. Isso é o'que sepoderia chamar oio dos ró rios srs. l\laranhão e Cícer .

de unu proposta indecente.

\

ponto ••

.. • ,: •• 1, •

- ,. ..
·:. ,__' ~UCÊSSÃO ESTAD.UAL:
..,. • .1. ,
..
.. '.

PFE vài disputar sucessão

na PB em 2002,_.,

.

.~ .

E o que garante alto dirigente do Partido, que

afirma 11.ão estçir o deputado Efraim M.oráis

autorizad.o afalar sobre decisões que os

pefelistas ainda riâo.adotara.n1 forrnalme1ite

i\ afirn1açào do deputado Capitulação
federal E. fra in1 tvfo rai s, Presiden-
te Regional do P F.L, segundo a '

(Jual o seu Partido não apresenta- Parece (1ue o l'FJ~ é un1 Parti•-

rá candidato ao Governo e1n clo fadado il ,capitulaçã.o: já ·se disse
2.002 e gue os pefelistas se limi-
tariio a apoiar o candidato que fo r que o PFL na Paraíba não _passará
indicado pelo G overnador José·
jamais da condição de·-legenda de ·
.Maranhão ~.à sua própria .s.u.. cess...ã. o,
segunda classe. ~[esi:no:senclo apon-
pr.ovocoú ·pront~ reaçàó d e ai to
dirigente do Partido, no Estado, tado como um sucedâneo da antiga, •
gue afir1nou não es ta r o deputa-
extinta e saudosa .UDN, jámàis teve ' ·
do Efrai111 f\!Io.rais autorizado a .,. ·> '- . • - '::Jill'"
do- •
falar em no1ne do Partido e, mui- ... /~
to menos, para antecipar decisões a hombridndc dos seguidores bri-
sobre as quais os pefelistas ainda
não se pronunciaram formalmen- gadeiro Eduardo Gon1es e seus lí-

te, através dos órgãos partidários . deres de hoje - E frain1 J\1orajs, Wil-

competentes. son Braga, t\dauto Pereira, enstsré

outros - não poden1 jamais ser.com-

parados a João Agcipino, Ernani Sa-

tyro e Argemiro de Figueiredo, que

deram nome e dignidade à legenda

udenista, no passado, na P;iraíba e a

nível nacional.

Nomes Apêndice

O dirigente pefelista disse . Por suas atitudes dúbias e mar-
cadas por profunda subserviência ao
gue o PF dispõe de nomes com cre-· Poder, o PFL paraibano terminou se
transformando em mero apêndice do
denciais políticas e eleitorais sufi- PMDB e há cerca de quatorze anos
não ocupa o Palácio da Redenção,
cientes para as disputas majoritá- de.onde foi desalojado em 1986,
quand•o o PMDB retomou a hege-
rias, canto para o Governo do Es- monia política do Estado, ·

tado quanto para o Senado e por Naquela· ocasião, o peemede-

isso, declinar antecipadamente bista Tarcísio Burity obte\'.e consa-
gradora vitória nas urnas sobre o can-
des sma1,snd1.misop,untausm.ima pprleicca1.pe1.mtaçi-naocipdoir-, didato pefelista Marcondes qadelha.
no
Burity ingressou na legenda para
lítica imperdoavel. substituir, de 4ltima hora, o senador

- Respeito o deputado Efra- Humberto Lucena~ que havia renun-
ciado à caodida_tura para ampliar a
im Morais, como companheiro de
possibilidade de vitória d'o Partido; .
legenda e porque integramos jun~

tos o Diretório Regional doParti-
naquele pleito.
do, mas não posso concordar que

venha ele a declinar publicamen-

te de uma pretensão, que é natu-

ral e inerente a qualquer Partido

político: a dispuca·pelo Poder - fi-

nalizou o alto dirigente pefelista.

-------------------------- - -

04 ·-- - - - - ----C-o-n-t-ra·

u 1• tor

,..,,

es ua rao a mo

<) :iudiror de contas públicas Rivaldo: 1101·os doc11111e11tos q
Rivaldo 1..argino da Costa revelou
na quinta-feira. 16, q ue o secn::tá- ria. no con,·encin1enro de autorid.1•
rio da (;idad:1nia <: Jusciça cio E::sta- eles ct>l110 o próprio lídt.:r do gover-
do, ,-\dalberro 1:irgino, criou for1nal- no ,\ (ar:inhiio, dcpur:i<lo (;crvásio
n1ente, dt.:ntro da estrutura do ór- ~laia (P;\10B).
gào, "un1 grupo de extern1ínio es-
peciali;1,aclo torturas,,,terror e derra- Un)a cultur:i que não lin1i-
n1an1cnto e1e sangue . t:1-s<: ú pt·rvcrsidade dos agentes.
Serviria, con10 se con1p rovou r.:111
r\ denúncia fo i feita à Con1ís- p r<.:síclio~ dt.: Ca n1pina c; randt.:,
s:lo ele D ireitos.1·1l1111anos da ,-\ssc:n1- par:1 cxrorqui r dinheiro de apr.:na-
bléia e, 1nais un1a vez. acon1panha- dos l' fan1i li:1res dr.: t1uen1 se en-
da de docun1cnto:- c1ue dão suporte cnnrra preso.
e crcdibilidad~ às declarações e acu-
sações do denuncjanrc. 1.--::111 raz:'io de rais denúncias,
o :1udito r Ri,·aldo 1·argino d:1 Costa
;\ ec1uipe instituída por 1\dal- j:í sofreu agn::ssàn física e :1n1e:1ças
berto é o G.::ir - Grupo E.speci:il de de n1ortc do secri.:rário 1\dalbcrto
r\poío Tá'tico, form:ida por pelo 1·:1rgino. :icusaçàn :ui- hoje SClJUer
n1enos 19 funcion:írios !orados na col1)l'l1tad:l pelo gn,·ern(l.
Secretaria e 9ue gozarian1 d:i irres-
trita con tiança do secretário. ~e ~~ c :-cgund c, Jcpo i1nen10
11.l ,\ ~:-i:111 blL·i:1 . Ri,·,ddo rl·no,·nu
() grupo é apontado ainda
con10 responsável por horas segui-
das dr.: tortura contra 16 presos ela
Penitenciária ele S,:gurança ~láxin1a
de João Pe:--soa, f:110 ocorrido no dia
12 de julho deste ano e con1pro,·a-
do pela juíza titular d:is r~xccuçôcs
Penai~ d:1 c:apit:11 , ,\ lari:1 das Nc,·cs
do l·:,g. iro. :i Duu,ora '.\!c\'ita.

Segundo o auditor. ·•o Gi.:at
nada n1ais é do t\Ut.: :1 padronização
de un1 nu\'o '' J-:stJltadriio d:1 i\lortr.:"
<: seus 1nc111bros cun1prt.:n1 1nissões
especiais I rajados de ninj:1s.

1-~lc acredita 1.1ue a idéi:1 dt for-
n1ar u1n grupo especial con1 i.:ssc
perfil <: o bjetiYoS é coerente con1 o
pcnsan1cnto du stcrct:írio ,-\dalber-
10 T,1rgino. p:1ra tjlll:111 ' ·o hon1cn1
dt·ve andar cn1n un1:1 bíblia 1:n1 unia
1na-. o e 11111:1 arena na o utr:1 H ou H en1
110111c de Deus p o<lc•St: 111:1rar".

Frases co1no css:is :1tribuicl:1s
:10 secrec:irio t11ncion:1ri:1n1 co n10
un1:1 ..-~pécie de scnh:1 i11stir11cion:1-

li,:1do r:1 d" que 11corn: 1111 sisrt·111a

pcni,L·t1r i.iri,, v~1:1du;1J. onde :1 ror-

tur:1 ~c ri:1 ;li_!.!<, "ru! rur.il" e. p(lrf''.1 11-

H ). n:1tu r.1i. :1c.:L·i1.i,·cl e .ltL nccc.:s~{i-

a·p-o--n·t-o--- -·----- - - - -- ---- Política

e

orte no overno

é un1 n1en1bro do prin1ciro r.:scalào

do gov<.:rno c1uc figura con10 :1gres-

sor <: ;1111caç,ldor e este n1e~.n10 go-

\'(.'fll() l• ª• (l! l• SSe tJllC.: O ,1SSlllllO .: • ~

esr:1

encerrado... Sr.:111 contar c1uc a \'e-

readora Cosetc B:irbosa (PT). tan1-

bén1 an1eaçada de n1orre po r ter de-

nunciado es(1uen1a ele tortura e ex-

torsão en1 pccsíclio can1pinense, csr~

sob protcçiio federal porc1ue o gn-

Yerno da Pnraíba desconheceu in-

teira1nente o pedido de garantias de

vicl,1 para a vice-p refeita e leita ele

Can1pina c; rande.

Sen1 contar, ainda, que alén1

de Cosere e do auditor luvaldo, por

111o tivos idênticos an1eaças fora111 e

são dirigid:is à juíza das Exccuçües

Penais d:t·Gapital, 'i'vlaria das -Ne:ves

do E::giro.

l{ivaldo tan1bén1 afirmou na

.. • ' .~ •'..1,, t\ssen1blé ia que fan1 iliares clq secre-

- - ..-.,_...s--;,"1"·".,' tário ,\dalberrn 'f:1rgino, alén1 dr.:
~ ~, '.,# ~·
. _..,_ " .;',... funçôcs de gabinete, pcrcebcn1 un1

• sahírio 111íni1no por cada reunião do

.I' t, .i-- Conselho Estadua l de l~nto rper-

que co111pro111ete111 o governo cenrcs. O nud itor disse 9uc entre

~eu pedido de gar:intins d<.: vida e os pan:nrcs de r\dalbcrro está a pró-

recebeu do presidi.:ntc d:1 c: on)is- pria esposa do si.:cretário, Socorro
siio, de putado Luiz C:ouro (P"f), a
infor111:1çào de 9uc o ;\J inistérin da ;\l o nteneg ro 1":irgino, 111<:n1brn do
Justiça já reria concordado cn1 for-
necer tal proreçiio, :ttrn,·~s da Po- órgiio colc..:giado.
lícia Federal.
O auditor apresenrnu ainda
f.uiz Couro vai parricip;1r esta
sen1ana de evento 11:1 (~0111issiio de docun1entos pessoais c1uc conipro-

Dirciros J-lun1anos da Ciunara Fccle- vam a sua sa niclacle 1nental - ele

raJ. Deve viajar para Br:1sília nesta foi acusado por porra-vozes do go-
SCfT, \.111da-feira, ?O, e lá tentará agi li-
zar as proYidi·ncias <(llt.: poden1 in- verno d e ser un1 "dcseguiijbrado"
cluir Ri,·aldo cn1 proJ._,ram:1 dr.: pro-
r·eçào :i res1en1unh:1s. Solici1açiio do - e :1 sua capacidade e qualific:1-
µc'.· nero, len1brou o deputad<J, nàn
pode :,Cf encan1inhada :to c;()\'l:íl10 çào pnra o exercício d:1 funçiin pú-
do 1: ~tado.
blica. ~lostrot1, inclusive, a bate-
() dcpur:1d<> e:-; plicnu: afinal,
ri a de exames fís icos e psicológi-

cos a (JUC se subrncrcu para ingrcs-

sar na Pr.:trobrás. (~unnto à acusa-

çiio d e <JUe estaria arn1ado co1n

un1a f:ica e prr.:sn:s a 111arar ,\dal-

bcrto Targino, Riv:ildo disse que

sua única arn1:1, " :1fi:1d:i dc,s dois

la<los, i: ,1 rninh a intel igência e a

n1inha fi rn1c d e: di.:ci~:10 de \'t:r c:x-

tirpad< > du <,rgani~n1q do 1:surde, cs~c

run1or ele e, ,r rupc~u".

Política Contraponto • 05

'

Documentos comprovam a denúncia
. . '
..
A denúncia do auditor Rivaldo .. ··-
Targino veio acon1panhada por vários -- p Á'
documentos, de fichas de protocolo da ..
SCJ à cópia do cheque co1n que o ór- _ ..,<,,.
gão pagou pela aquisi.çào de materiais C.OVl:RNO DO E'S'l'Af)ô DA ''AltAtll._
no 111ÍIÚ\UO estranhos,pam qu'em ten1 a . '"° .r
atribuição constitucional de _zelar pela StC1tE'r,\lllh \),\ CUMHANIA 1-: .n,sn(;A _,:"'1\J ~ ...., ;,,,, . :,• ,~,
Cidadão.ia eJustiça. Esses materiais são . ... -,,,, ,,,~,, ...;.,~✓-:.,h. i. ,r
vesti.mentas, arman1entos e adereços
que conferen1 a seu~ usuários aspecto .. .,,. '• ,r. ,{; :,. ,,.-,,,._. . ., r / , ·' • .m1 ,.
deguerreiros ninjas ou militares em mis- .'· J.(i ,,.,
sões especiais de combate. -. ./
v . '.
As indurnentilrins e acessóri-
os foram co1nprados pela Secretaria ALMOXARIFAOO CENTRAI. ......r # ""' .,..,,. .

à Casa do i\.1ilitar, deJ)ão Pessoa (Ave- MEMO!V, u'lllO - -•' l ,,r,,, , _,, .,,i. r;--.• _,., .
. - ·........ .• e - •.....,.
nida .Cruz das 1\rn1as, 420), pelo va- ,I
lor de RS' 1.114,87. Os itens adquíri-
dos estão relacionados en1 vários do- -,
cumentos, entre eles um n1en1orando
do então chefe do f\lmoxarifado Cen- ..,,, ,
tral da SCJ, Miranez I\1atias do \fale, /' • v.,, ~..-
dirigido ao coordenador da Unidade
Setorial d(; i\dminisn-açiio, \X~alq_emar .... -'? ,

'l'vfiguel Ebrnhin1;-com pedido de aten- I

di1nento urgente. -\ISA 01111000 · ---,,• ----::;, ✓ka;.,;t;..<-.t..-:i..c:.v, 1
No docun1ento, o chefe do t\l-
SC:Mot Coorcku2,dor ., ' . .,,,,
n1oxarifaclo ressalta que o pedido de
urgência nas providências de aqui~ T/P
e'.& ,,.., .,, ~
--.7 "'
=-< I, -... ,,..._,,, .
,, ,,,
Venho pcto rrc...cnlc solicitar J~ Vou:a s~nhori~ que so d!BJle cm ,,
p1'0vtdcnc.ia1 n aquisif.!O J~ mi1criai1 a~ixo r.c.\11.c-ic>niJoJ.. cm ce.rAltf de un~ENClA,
m:itc,iois uks q,uc d~\-ttlo icr usados no GRUrO ESl'EC'1Al, OE. APOIO TATlCO - -'? fL: . . .;brA P
,_j!..,,''<,: 7., ~
G!AT, J1<ir o,u1ro lado, \AI u11;i!nci.1 pn:;ndc•S-< ao l:1to quo o tefcrid1> SfUpo nlo podcd J
I ,. ;.;,.~ .aJ,_/
asJr dnuncu:riz.ado. , - ~,. • ..
- - ..l } ' !• • '
- i....... . ' ....,,;;;.,. ,. '
;• '

, ,. . .,-,,.,' ( '1( . ..,

, ·,
, . 10 (dc.t) C<MUlllc» modc)o illilit..v, p(ClO, oU'1D.io. IUpt'I' li:vc~ /." ..,,,... . 'T
,. ,

,,. - -......
l• lO (viruc) c11lçu modelo militar prcla cm brhn u.n1lrtA~ .. .. ..·,r .,.,,;"' .I ' / ' ,. .
,.. ' . .
) . 20 (vinlc) a,nüsaY em nta.U1A prcu, lis.3.. -:otuinho redondo~ - ,,,' . '

st,-. 'oatO(Jct) cintos de gunmi~o. modelo nUliLi.r, ptcto; ~~,u~-wc .38 e. . pre\O: '- - -/
(oitã)wldre,do pcmn. modeto mi,ti,uir, cm ll~)'1vu, 11\td1~.

6· 02 (do,s) coldrC'$ Je perna modelo ttultt&r. c m naylo n. c"hbrc 380, p,rchl". - ." '.. ... •I

·7• tO (da) e:1puz preto modelo milito.r; •. ' t• o a ~ , . : , . _ . ,. . 1
,
S· Ol (Joio porb ~ttcs,'1.Jor dvpto. cni u")'hm. pmo. ru:iol1\ 3~0. I b :'11111 '
- · .-1' •.J"
!). 10 (dc.r.) p01~ :a\g~m.\ Jbtt101 em niy1on, rm:~o.
.. • .· _'
. ~ -··- · l u!O",U. • ~

," .

X . .~.-.,--,- -. ~,,.,<Al".O_....,J . ' .
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,,..,,,,,,.,,r•) . .

• ,""• ' . •

'
.• ..( . ........ ....oJ11)'1 l1tl; ..' ........ .
tVSCAHO DE e1tno So!W;<t i1:.t.o,..._1
Jln)i),, Sr. .• . .; ,_ .,.'_,.,...
1•0UC.IOO•HC.hlo "'
Jf'h• l"ouo•1,o} ' ' --~ ~ ê;'f'
n,,W ,\L\)EMAR MIOUEL EOllAHIM
o7~vÍD_o:
M,t), Coo1\lcu11d.>t d.~ 1,,,tSA

NE~n•A Ao lado, o pedido de co111pra urgente; aci111a, 110

círculo, o secretário Adalberto Targino autoriza

st:C\Um~HlA o ... CIUAl)ANJ;. I! ,l(JSI ICI\ o e111pe11/zo para posterior paga11ie11to das
i11du111entárias e acess6rios para o Geai
• A\, .fo~u d.; 1'1 ~ln, ':'!,!N • Dl0cç., li • 4• AollM·
cc ,v1.r1hs•s'.11'1,l1m~l-1tu1ut,h•\U,lhn•tl1,,•
J.+11:11~• i•t.i.ru

reuna
r • ,~.1t , \~lf\,n,.,,11IJl>l-?-lt,!S)ll - l 4 1•J~H

siçào "prende-se ao fato de que o

referido grupo (o Geac) não poderá contava con1 orçan1entos.fornecidos gucs por Rivaldo à Comissão de Di- .. / - " ",
pela Casa do i\·[ilirar (que cotou o pe- reitos J-lurnanos ela t\ssembléia.
agir descaracterizado?.'. E, para agir dido en1 RS 1.133,00), Forte· l\'1ilitar l<• ...· -~1 ,.,: ,\1,,.'.. J ',
O auditor colocou-se à dispo- <\ .,.
(de Ca111pina Grande, com proposta sição para fornecer novos clem~n-
con1 a segurança de que não scrian1 orçada en1 JlS 1.734,50) e Cavalcanti tos e docurnentos que pode1n apro- ti GOVERIIOOOESTAOODI< PARA!BA
& ivlorais Ltda., casa pessoensc espe- fu ndar as questões.envolvendo irre-
reconhecidos, os "ninjas" do secretá- glilaridadcs na SCJ. SECRElARIAOAClOAOM'IAi EJUS1,CA
ecializada <.:111 caça, pesca arn:ias, que (ONIUÃO ct' f\ttR.ff,(lnOO< "1.•U&'flOI r 1,l}lt[lfbl,(1,(AAM
;\fais u1na vez( o governo não
venderia tudo no preço de RS 2.396,00. compareceu netn n1andou represen- P,oc.euo •••
\ Tenccu, claro, a c:asa do l\1ili- tante para a sessão ela Con1issão de A', COIIIJll• dltt1•
Direitos I-lun1anos. Tambén1 não se . ..... ., ••>. LICl\aç.lo
rpiaor:1A11d1aelnbtaerrtcoonT1aragsinseogutc.irniatens1 que se tar, que recebeu a quantia devida por pronunciou de outra forma acerca Ordt ff'I dt (Otnpr• n•.
roupas, orclcn1 cio próprio 1\dalberto Targino, das novas acusaçôes formu ladas
pelo auditor Rivaldo Targino. TERMO OE RECEOIMENlOE ACEITAr"O N" 011012.000
con10 se vê na folha 09 do processo
-.1,-.1, iw, e, 1.t,b11!,.rll6' t,i,il,I -•ll•l!lt► fb.11(0 1.uc1~n.o,,ttl, ton .U~t'ltl
1563/00 da SCJ, que teve suas pe- 111(11 IW:..:,: ,1u.410 ,.. 0,00111
ças principais reproduzidas e enu·c- MAA~IOl W v lfAA,

Q11.....l!I..Sl(,I I Cj!/l!'G,,0. clo-t 11'.t.-.iOIO •fl"( lh(.t~\111) M '°'I V.l~tf> li• C9ffll/<I '

utensílios e disfarces, conforn1c deta- _,.,,, t,.ofl(I<, 1 0'4al'ILJ • \q,1111'V l{h ~ !Up(ll'IMbil~O• AO (:Mie 00 Ã'"l)•.o<lllllO f
, . .m~,. _.,. ~."9llO-lll:f/llf!,l1', IJ/ÔI <1 1~11-0 \tWIIIO l!••h•lfl
" º ~f f"ll'O)ch ~""I • 1tv1111! O

lhado no n1en1or:1ndo de t ,(iranez: ttllf ..,tde (l)UH Clffll f

• • -i•t<h' ... .i . , ••• ~•' • 1,... .

- ,....,...._._,,.. .,1,,. ' )w -;.:
- coturno n1odclo n1ilitar, prc:- ' >• 1• ' " '"'''
.'.. "º"'\
"..' " ......'
"L e.,_.,.,..-,,. . ... , -~~ ir,,.,
.•." ••.,I 1;:.... ,. •
to, atalaia super leYe; ,.·;.:. t:'............. ~!,• 1 li•tn
- calça 111odelo n1ilitar preta .. ',', ......, ,_,º '-" '\.C-• .-...i• ~
."...', ,,,. ..."",--.-........• !'!t:~"'.;•--t- -,-, ' Jl••,
en1 br!n1 santista; •
..,.., ,' 1t.«-
- camisa cn1 n1alba preta, lisa, ·!- -
' ~·--~·1 ,., !:f-r !·'r~' ,~)
colarinho redondo;

- cinto de guarnição, n1odclo -' . ' ,...,,._.,
- - -,.
~
'
'' \ ln:.-

nülitar, preto; - - - -....·. - . - - - - - - - • C. 20 .,,..,; .:-..,. _. _ _ _ _ _ _ .,.o,oe:, . . . .""'-"""':'!',e,,:/,.._..__... ~ ~ " " ' - - · . . .__•••-• J'-. , ~•I A.IV

,i. h, ....,."p,.,.,,I(,.'M..'.:,,.,_J,.-., ....,i~• 1\•
....... • w • w ... - AO. e, CUCOV[ •r .._--J,~i'-.. \.e "'..-,"'.€J , -·-~~ t._ .. !~,,I.;.,·..\..,

CC,.,P lw.c0 COH'TA e, Q "' ....., ~ú•,--.,..•' .- •

- coldre ele perna n1odelo mi- ..007 ·1'l30 OOOtl 1 O • '),Õi'.120010 3 001 OOISI 1 :1 / rJ
~ "'"' .,._,o,...,....., .,•.-i
' f"" li.)....;. •!IHI 4 "-"\"C, '" ti ,,u

litar, etn naylon, calibre 38 C. n1é- •<, • ·- •(;V l", 'fr,p.:.,t.......õ. u.ih .v,1,,,_,.,1,:u,:cm, ,r ll·,.:..-.;.~•

NGIIE'0AU1E OIIJM 1•111.. t:1:.NrCJ 1: (/lri-l1'1 Jl l~f-{ ilílc ll l ",; 1:: llf'ff.'t-l f/.J E $(:l'r:,. Cl:l·Jl/l'/1)'; • ' . .,......'7".'.-.:.:.;...'.;..).':r'-r;-;.-- .....,! ,1~·,-4 r..:JL'cr,,.M,.."J.Q,
.·:.•.'.· _...,:.
dio, preto; CHf().Jl! A QIJa.N11AOC

- coldre de perna n1odelo nu- ...;.•.•;..;;.>I.:,>.:.•..:•..-:'...:'..:•..:•:..~;...•::...:*:...:•:.:•:•..•;.;"':..•:..•;;.•,_)- - - - -- - - - -- - - - - - - , , . , . - - -- GCCHV..'VOS ~ Ao lodo, o cheque ernitido e111
no1;, de Maria Margarida de
p;;;man o ,• l:IA/l [/~ N~111l•l•Hll ll/~ O.F. CJL1VE I RA-~C 00 MJ :.; : :, Oliveira, da Casa Militar; aci111a,
• t,-. termo de recebi111cnto do ,naterial,
litar, cn1 naylon, calibre 380, preto; 0~~·~{;;,,,.I assinado por u111 dos me111bros do
Geai, Josc11ey ·Féitosa, então
- capuz preto n1odelo militar; presidente da CRAM • Co111issão
de Recebin1e11to de Ali111entos e
- porta carregador duplo, e1n ª"'H H l 1t.4• U , , ,.,.......
Materiais da SCJ
n:iylon, preto, pistola 380; 11.C. . th' ,'I O"S ""11/,~, ,,,,. 7 ."> ,1,n~1n1 . ·-.. ~

- porta algema aberto, cm AV . C1~.J/ UA~ t\ l.'!/..' •, ·,11 11

. fl''\h(\_ PL :;~ ' '" ... yp no ,~i'\ 1111 ••· . x1,r>:i
,,~.~.:•:? _.,, ,, .'i n-•: -.•
naylon, p reto.

No dia seguinte, :i Secretaria j,1




06 Contra

r •'• .... - .. ...

" s ·''nin· as''

.. tern1ínio formado pelo secret~rio de Ci-

Os i'ntegrantes _do Geat são to- dadani:i e Justiça do Estado da Paraíba,
dos funcionários que cxcrccn1 cargos en1
comissão da Secretaria de Cidadania e .José Adalb.erto Targino Araújo":
Justiça dú Estado ou foran1 •~0111cados - Jair César de lvliranda Coelho,

con10 pro /c111poni por i\dalberto Targi- coordenador do Siste1na Penitenciáí:io

no. !-lá, entre eles, Josen1ar Ivlendonça cio Estado; · •·
de 1\.hneicla, servidor efetivo, concursa-
-Joscney Feitosa de J\zçvedo, as-
do, t1ue atua junto a outros _18 ninjas.
sessor especial, sub-chefe ele Gabinete,
Essas inforn1ações constan1 de docu-
1nento entregue por Rivaldo Targino da cunhado cio sccret:ítio t\clalbcno Tar-
Costa à Co1nigsão de Direitos 1-lunia-
nos da 1\ssen1bléia. g1no; •

O aüditor afirn1a que o· Gear é - i\lirancz i\,fatias do Vale, chefe de
forn1ad o por pessoas _treinadas (pela
Acadepol - 1\caden1ia de Polícia) "para Segurança e cx-chctc do 1\Jmoxa1ifado·;
matar, torturar e espalhar o terror por
todo o Estado". Diz que o grupo atua - Paulo Heriberto 1vlagalhães So-
principaln1ente nas noites de sextas-fei-
ras e aos sábados, domingos e feriados. ares, diretor adjunto do Presídio de Se-
De acordo com a denúncia, são os se-
guintes os integrantes do "grupo de ex- gurança i\láxÍlna Sílvio Porto;

- Gilberto da Cunha Dias, chefe de

Tn,nsporte e ex-n1ototista do sccrctiirio;

- E1nerson J\ndrade de Carva-

lho, genro do chefe ele Transporte;

- Jcferson i\ndradc de Carvalho,_

irmão de Emerson;

..

:..Às denúncias sobre práticas Dois funcionários da Primor

de é~rrupção dentro da Secreta- . foram até a residência de Rivaldo

ria qa_' ,Çidadania e Justiça avolu- com o claro propósito de "amaciar"

ma_m:~·s_e na 1nes1na proporção da- o homem gue estava atrapalhando

quelá~ :sÇ>bre torturas, extorsão e uma rendosa tl'.ansação de forneci-

> \ .,, • mento de feijão vencido à Secretaria

amçaças de morte aos denuncian-

tes. .Eq!-)iparan1-se, também, ao d e Cidadania e Justiça. Com o agra-

tamànho da aparente indiferença vante de o negócio vir acompanha-

com que o Governo do Estado do de um pedido de elevação de pre-

vem tratando a questão, num es- ço da carga em mais 100 núl reais,

forço evidente para que o assun- Indignado com a abordagem,

to caia no esquecin1ento e na n1ais Rivaldo levou o fato ao conhecimen-

absoluta i111punid,1de. to da Delegacia de ~fangabeira. I~á,

Outro caso escabroso rela- os emissários da Prin1or apontara111

tado pelo auditor de contas pú- José J-Ienriquc Filho con10 autor da

blicas do Estado Rivaldo Targi- tentativa de suborno. Uma equipe

no da Costa, sobre o que se pas- da Tv Cabo Branco, de João Pessóa,

sa na SCJ, envolve José J--Ienric1ue con1pareceu ao local, .entrevistou

Filho, sócio da cn1prcsa Comér- 1neio n1undo de gente - o auditor,

cio e Representações 1'rin1or un1a delegada '(não identificada no

1-tda. E n1 dcze n1bro de 98', o relatório) e até n1esn10 o coordena-

c1npresário teria renr:-ido subor- dor do Sistcn1a Penitenciário, dr.

nar o ·auditor, of1.:rccenclo-lhe di- Serpa - filinou tudo e.., Nada!

' ,e prese ntes. " \ fc;io unia orden1 superior in1-

nheiro,

·- ---- --- ---------- -

• Política

aponto , .. .. ' '

. . .. '

ecretarto·



- Henilton Lucena da Silva, \;,.11-

go Diabo Loiro; .

- 1\ngelo i'vfarcelo Pessoa Leite,

chefe de Con1unicações; 1

• Ednaldo O liveira Correia, se- '

gurança do secretário;

- Evaristo, vulgo Hulk;

· - Luiz Carlos da Silva;

- 1\driano Batista de 1\ln1eida,

motoas ta;

- Edvaklo :tvfedeiros de Farias,

n1otorisra, vulgo Parafuso;

·. 1\ntônio lv.larcos, filho. de P.a-

rafuso;

-. Expedito Hélio da Silva;

- Josemar 1v1endonça de Al1, nei-
ela, agente penitenciário concursado, pra-

ticante de judô;

- Josenilton Porto \'(/anderley;

- Carlos Petrucci Gomes Bran-

dão, vulgo Petrúcio.

pedindo· a~veiculação da matéria'~, 2000, csta, me~tna,em.presa... (Bri~ · ,

rev~la o auditor, a quem cabia clat'; mor) continua a negociar com,a SCJ

parecer sobre , a compra do feijão · e há pou·co·tentou viciar pesquisa

podre e o pedido da grana a 11:ais de preço", informa o auditor na

para a empresa fornecedora. ··.. · denúncia: ao Ministério Público, ao

Rivaldo lembra ainda que egi. concluir seu relato sobre a estra-

junho do ano passado, a mesma em- nha persistência nas relações entre

presa continuava a fornecer comida José Henrique Filho, as outras.em- •
para os presídios e, desta vez, entre:
.presas citadas e a Secretaria-de Ci-
gou carne de charque deteriorada.. à
dadania eJustiça do Estado. ·

SCJ, "1'1ais uma vez, interferi na tràn- .

sação, inclusive levando o fato ao co~ ***
<

nhecimento do secretário daquela

Pasta (AdalbertoTargino)", acrescen- Na última quinta-feira, no-

ta. O jabá deu n1ais ibope que o fei- vos detalhes sobre comida estra-

jão e a_podridão terminou sendo ex- ga da estocada em presídios,

posta na tela da tevê e nas páginas n1ercadorias licit.-tdas de· um jeito

dos jornais. 1\pesar disso tudo, a Pri- e fornecidas de outro à Sccret.-tria

mor não recebeu 91:1alguer punição. de Cidadania e Justiça,. entre deze-

José J-lenrique Filho não se nas de irregularidades nessa área;

deu por ve~cido, feito 'suas merca- '

foram denuncia~los p"elo deputad<?

dorias. Dias depois, entrou na sala Arthur Cunha IJ1na (Pw!DB). E le

onde Rivaldo trabalhava. Desta vez, apresentou documentos que co' n-

nada de presentes netn propostas, firniall) as denúncias. l-\.pesar dis-

Foi lá portando ostensiva1ncnte um so tudo, previsível que o governo

rrêsoitào na cintura. O auditor co- r.-laranhão perca mais uma vez o

n1unicou o fato ao gabinete de 1\dal- olfato ou tape o nad%. Para não

bcrro 'fatgino, Nada aconteceu. sentir a podridão llue exala de suas

" ;\inda n este novo ano de próprias entranhas. ,-

------ -·-----



• • .

·Economfa . .. •

Contraponto '

07

.' . ..

Colá--- so.fin.anceiro ameaça ,o ·rnl.lndo


Quêda .das ações na Ásia ~:Európd"e am.eaça de banqueiros ocidentais não foi suficiente ;
.''crash'' ~a Bolsa de New Yorkpintam um quadro para conter"a queda da' n1oeda européia,
nos•dias s~guii1tes, pois a més1na voltou ·. • •

.Bolsa· de Valores ,de N<;\V York, já in-.

grc;:ssando em fasê inicial com o agra-
,vante de,que estaria. prevista ~una' dura·:

semelhante aos idos de·1929 eassombra oOcidente a cair até o patan1ar do 86 e 87 centavos. ção de dois anos, configurando Ün1a si'-
Outro fató ·assustado; ·dos mer- tuaç-ao sen1.eli1ant.e ao."c..ras.h" o. corn.c1o

Nunca o inundo esteve tão per- ricas cio n1u.ndo, que conseguiran1 con- cados internacinais foi a inesperada fu- nos idos.de 1929 t1ue levou à ·derrota-
ter a queda \:errtiginosa cio euro diante são dos gigantes bancários J.P. Morgan da todo o sistema econômi~~>-fin..a1.;cei-
to de ui:n colapso financeiro glo bal da n1oeda norte-americana: e Chase Bani~ Gro~p 'interpretado em ro n1úndial, com repercussõês ·sociais
todo o mun<1o co1no un1 casan1ento de gravíssimas particularmente'na Europa
quanto agora. Basta dizer que,,, a· 2. 7 de
setetnbrb últi1no, a Europa, a f\sia e os

própi:ios Estados U_nidos estiveran1 a Intervenção cónveniê. ncias arranjado _às p.ressas par.',l e nos Esados Unidos. ··
.
É lícito cons_idei:ár que ; trise de
un1 palmo de unia quebra generalizada socorrer o grupo Jvlorgan que estava às

d. e incalculáveis din1ensões nos n1. erca-·' 1\ intervenção cio G-7, coorde- voltas com grandes perdas e na i1ninên- 29 ocQrreu antecedidà por:u1n.período

dos de ações, seguida pC>r abalos nos nada entre os banqueiros centrais dos .cia de entrar em .bancarrota. de de dois anos 1narcado por uma in-
tensa volatilidade do mercado. f'inancei-
n1ercados internacionais de câ1nbio. Estadqs Unidos, Europa ~ Japão - a

É o que revelou o diário alemão pruneira desse tipo desde 1995 - con- Um novo 1929 ro norte-americano. Ui:11 processd se,

"Frankfurter .1\Jlge1neinc Zeitung"que se1:,,uiu elevar a cotação da moeda euro- nielhante parece apenas .ter começa~o

afirma que a derrocada global só foi péia a 90 centavos de dólar, contra a Para agravar ainda n1ais o qua- nos Estados.Unidos e essa circunstân-
dro crítico financeiro mundial, alguns in-·
evitada, em função de un1a ação con- qaixa histórica de 84,4 centavos àtigida dicadores econômicos apontam para o cia, por si só, já é suficiente para levar .
irrompi1nento de um novo "crash" na
junta fuhninantc por parte dos países no últin10 dia 19 de sete1nb~o ele 2000. ibcert_czas e insegurança ao mercado fi -
,
in'tegrantes.dó Grupo das 7 naçôes n1ais Esse esforço desesperado dos nanceiro de todo o 1nurído.

• . já são reconhecidan1ente ricos, e tor- . relato. de Redley, j.Qciden1, ·ap~-

.' _1. .. ....i:.ut~•• . '" ... ""' .'1~nnnd0..,.mis'ér'ávêi!f~aCjuel~squ'°e, esta-= n as:-;;ã figu~; típica â5>1~1e~o par-

A •• ~ - ....-..,..~•_,..a,,-.-:
to'ttura e·r·n As.censa·N·o ·:···tua11:# •illWi,......_. -

tistican1e~tc,c9~11;onha1n,at1:;~~tão, , , t!ci1~e, tr~~p?nsáve,!, assitn, _pela ,..
1 açã'-o
o ·rol dos que, ap.enas,. eran1 e có'nti- intin1idariva. · . -'~··i..•,.·-.
~

nuan1 pobres, acolitados, ta1nbé111, Outros, hão. Constitu-

f\ América Latina, sig ni- ra ,nilit~r, e de "fugimorizaçào", por- nesse processo hu.n1ilhante, por ne- en1-se e1n ·ver<ladei.í:os bandidos

ficativa p:irccla habitacional do tanto, con1 nuanças de disfarçada de- gros, gays e prosti tutas. e facínoras, com o n1acabro en-
Os grandes periódicos clp país
globo te rrestre, onde concentra- . n1ocracia, su'focando, por con1pleto, cargo da 111atança, for-n1and o
o grito iancinante _do an1argurados en1 recen te cdiçào e tiragen1, pro-
dos éstào os n1aiorcs b olsôes de da sorte, quando luta111 ordeira e, pa- clan1aran1 t1ue Nigel Rodle y, o re- "grupos ou quadrilhas ele ex-
cifican1ente, por um n1ínin10 d e dig- . lator especial' da Organi_zação das
1niséria do i'viundo, alén1 d e, ver- nidadc hun1ana, tên1-se revelado Nações Unidas para a Universida-. tern1ínio", co1no expiação final
ele çle Oxford, revelou-se estupe-
d adei ran1en te, co n vu Isionada enfraquecidos e pusilânimes, ante a_ fato con1 o g ravíssin10 índice de aos desviados da c, o.nduta a cio
pnlavra slÍpre111a das Nações' desen- tortura aplicada a apenados brn-
pelos díspares e n1ulti facetados sileiros por agentes estatais in- con1porta1ne nto et1co, c1n so-
volvidas, n. o iv!t;ndo, e, acin1a ·de cun1bidos da segurança pública,
problen1as sociais que atinge1n, verdugos esses egres_sos dos con- ciedàdc.
tudo, pelo predon1ínio secular do tingentes das políticas civil e mi-
de 111orte , os e n d.ên1 icos e pau- capital estrangeiro, que amesquinha litar, alé1n doutos pertencentes ao Na Pa~aíba, n1itigada área
pe~rr11. 11os pa1, e s a 1. n c g ran1 ,
s c1uc t e escravizan1 e,n todos os sentidos. falido., .sisten1a carcerário do nos- territorial .dessa mesrua A1nérica

avulta, agora, n1ais do c1ue nun- os cognominados países do terceiro so pais. I.,atina, sacudida pelo 1n.esn10 ca-
n1undo.
ca, de forn1a assustadora, o seu E o que é pior: se não com ·O taclisn10, · segundo consta,. te111
· Nesse fa1nigerado encarte, la-
leque de preocupações, con1 o n1entavelmente, situa-se o Brasil, apoio expresso dos governante, inas ocorrido· seqüenciadas torturas a
anabolizado por un1 sistema politi- con1 a velada _aprov_ação de todos
en1prego da tortura a presos co de corrupta globalização,.. con- eles, ante a deslavada omissão a·ta- preso$ da jusciça,.só que, no lim-
templando-se, pelas vias inconfes- manhas atrocidades.
políticos ·e apenados, por san- sáveis da ac1uisiçào indecente, com ..b.o da claridcstinidade e do esque-
sólido patrin1ônio todos aqueles que Alguns daqueles, segundo o
g uinários con1ponentfS do Po - cimento. • ,!
t•

de r J)úblico, traves tidos de Simplesmente, p ela morda-

agentes d a legalidade a ser,·iço ça imposta a gu!!nl tem, ainda, a

de Ul11 ti vi:1110 estado den1ocráci- felicida.de da e.star vivo, ..e n-atu-

co de .Di.reito. ·-i'.al i~possibiJidade ,de.. ressurrei-
lv(uiros desses países, ain-
çao para os-c1ue. .J,ª est·-ao morros.

da subn1crsos, vergonhosan1ente, A ONU, dec'ert.o, virá por aí. .

nu,n sórdid~ processo de ditadu- ··· ' Adv~do



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