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Published by Raquel Maciel, 2020-11-11 16:59:45

PASTA - 07

PASTA - 07

Keywords: GETÚLIO,POLÍTICA,DITADURA,CONSTITUIÇÃO,SUICÍDIO,JÂNIO,QUADROS

.•' A UNIÃO Domingo, 01 de agosto de 1999

.'•

..•

••

12 T GERAL

.••

•• Tecnologia combate fome na Paraíba

• Carlos Edson Verber
Chagas
••''• Esp<:cial para A UNIÃO

••
'•

•• ECNOLOGIA e conhecimento. São essas as

Tempo de sucessão•••••••••' duas eficientes am1as que o Governo da Pa-

B' raíba vem utilizando, com sucesso, para com-

bater a fome e a miséria, principalmente no

rasília (Alô) - Até Napoleão pronunciou- interior do Estado. Para la.Jlto, o n1cio usado é o
se a respeito da narureza das coisas, con•
tra a qual ninguén1 investe impunemente por PPTA (Prograina Paraibano de Tecnologias Apro-

priadas), implementado por un-ia competente equipe

muito tempo. As dificuldades, perplexidades de técnicos, há mais de quatro anos, abrangendo mu-

e confusões increntes ao segundo mandato nicípios desde os nuúorcs, como João Pessoa, até Barra

estão sendo a mola mestra da precipitação de Santa Rosa, no pobre Curimataú paraibano.

,•••• do processo sucessório presidencial de 2002. O 1nais recente projeto implementado com su-
E1n condições nonnais de temperatura e
cesso, pelo PPTA, foi o de produção de artesanato

• pressão, nern de longe estariam os meios po• cm corda, do Sítio Cuiuiú, no Município de Barra

••' líticos cogitando da sucessão, quando ainda de Santa Rosa. Lá, foi construída, através de uma

falta111 três anos e meio para o témúno do parceria com a Prefeitura tvlunicipal, uma sede para

•• segundo n1andato. No entanto, pela fragilida· a Associação para o Progresso dos ~1oradores de

de da ação governamental,, mesclada à crise Cuiuiú, que também está servindo como centro de

' produção para os associados da entidade.

•• cconôn1ica c à falência do modelo globalizan· O presidente da Associação, Luiz José da Sil•
te, os partidos, que não são bobos, percebe•
va, di.ssc que as peças são feitas em corda de sisai,

ram a veracidade daquele provérbio árabe: e vão desde chapéus, tapetes, esteiras; a bolsas,

quem chega primeiro à fonte bebe água lim- caminhos de mesa e suportes para plantas. Tudo é
, pa.
vendido, principalmente, em João Pessoa (Mcrca•

Lula já se encontra cm campanha pelo do d~ Artesanato de Tambaú) e Campina Grande.

país, devendo pelo n1enos ser o candidato a E o próprio Luiz José quem fala dasgrandes trans•

candidato do PT, ainda que imagine aglutinar fonnaçõcs que o povo de Cuiuiú vem experimentan•

• outras forças oposicionistas. E até admita, num do: "Antes da vinda dos técnicos do Governo a gente
esforço jamais acontecido, mas teoricamen-
vendia a corda para o con1ércio e, em 20 quilos, ga•

te possível, apoiar um candidato oposicionis• nhava, por semana, R$ 5,00. Depois que a gente fez

ta de consenso, capaz de reunir o leque dos os dois cursos para aprender a fuzer o artesanato, Quem conhece o PPTA, não Zerinho Rodrigues. A Secretaria vida das populações menos favo-

que se insurgem contra o goven10. Do rnes- vamos ganhar uma faixa de R$ 80,00, porque ao Ín· se admirar que tenha dado e mantém outras parcerias com o recidas, através da geração de

mo lado, Ciro Gomes tainbén1 se movimenta, vés de cordas a gente vai vender tapetes e outras continue dando tão bons resul- Sebrae Nacional e local, UFPB/ emprego e Tenda, aproveitando

sem falar num novo ator que entra na peça: o peças que custam mais ou menos R$ 8,00 cada, e que tados. Isto, porque o PPTA é o Nuppa/Peasa, Cinep, Bancos, as potencialidades naturais e vo-

govc_mador fluminense Anlhony Garotinho. a gente produz umas IOpor semana. Foi muito bom, resultado de uma bem sucedida Compet, Comunidade Solidária, cacionais das localidades a serem

· : E nos arraias governistas, porém, onde porque a gente vai poder melhorar nossas vidas, co- parceria, que envolve órgãos e EAF de Sousa, En1atcr, Emepa, trabalhadas".

·' · mais evoluem as quadrilhas (sem nenhuma mer mell1or, comprar um remédio". instituições bem administradas. Empasa, Cefet, Fapep, Fapesq, Com relação aos beneficiári-

segunda intenção na referência). Porque ape- INAUGURAÇÃO. O Centro de Produção de A começar pelo CNPq (Conse- OCEPB, Prefeituras, Projeto Co· os, Marco disse que "são .os p_e•

Artesanato de Cuiuiú foi inaugurado no final de sema- lho Nacional de Desenvolvimen- operar, Secretaria da Agricultura, quenos negócios urbanos e rurais,

sar dos desmcntindos do senador Antônio Car- na, com a presença dos representantes dos principais to Científico e Tecnológico), que Senai, Senar, Secretaria do Pia- e pessoas interessadas em desen-

los Magalhães, sua proposta para combater parceiros do Governo do Estado, na implantação do mantém convênio com o Gover- . nejamento e Sine. volver suas potencialidades e vo-

a pobreza apenas confirma ser ele candida- PPTA O coordenador estadual do PPTA, Marco no do Estado e paga bolsas para O PPTA, conforme explica o cações,- de -forma associativa ou

tíssimo a ocupar o Palácio do Planalto. Sem• Petrucci, representou o secretário José Fernandes técnicos oriundos da UFPB, e seu coordenador, Marco Petruc• individual".

pre haverá a hipótese da candidatura do vice• Neto, que se encontrava em compronússo fora da até de outras universidades, ci, é um programa do Governo do A atuação do PPTA se dá

presidente Marco Maciel, entre os liberais, Paraiba; José Cauby Pitta, assessor do PPTA acompanharem os projetos em Estado, coordenado pela SIC- com a disponibilização dos conhe•

mas ao menos por enqua.Jtto o nome de ACM Adalberto Lúcio Rosas de Albuquerque repre- implantação e ministrar cursos, TCT, em convênio com o CNPq, cimentos da ciência e tecnologia

reina absoluto. Existe até um "regra três", no sentou a Emater-PB; Carlos Minar, do Peasa (Pro- nas mais longínquas localidades que visa desenvolver e/ou.difun- às comunidades, de forma práti-

caso, terceiro mesmo, que é o governador do grama de Estudos e Ações para o Semi-Árido), da paraibanas. dir tecnologias apropriadas às ca e eficiente, oferecendo-lhes

Paraná Jaime Lerner. UFPB; Eliete Alencar de Almeida Pereira, prefei• Da parte do Governo do Es- condições sócio-econômicas, cul- oportunidades de profissionaliza-

No PMDB, a n1ovimentação é a mesma. ta municipal; Cláudio Brasileiro, do Pronaf (Pro• tado, o órgão executor é a Secre- turais e ambientais das comuni- ção e de negócios, através de in-

A cada d.ia se tornam mais delicadas e chei- grama Nacional para o Desenvolvimento da Agri- taria da Indústria, Comércio, Tu- dades situadas nas periferias ur- formações tecnológicas, produção

; •:· as de arestas as relações do partido com o cultura Familiar) e Secretaria da Agricultura; Ja- rismo, Ciênciae Tecnologia (SIC- banas e no meio rural. O objeti- tecnológica, extensãotecnológica,

i governo, imaginando-se não rompimento, mas ckson Nagornni, do Ministério da Agricultura; Dé· TCT), atualmente dirigida por vo principal é criar condições capacitação tecnológica e crédito

um lento, gradual e seguro afastamento que cio Alves, do Projeto Cooperar e Elma Leal, bolsis- José Fernandes Neto e José Nelo para melhoria da qualidade de orientado.
terá como um dos resultados a abertura de
•.•', espaços para o governador Itamar Franco. ta do CNPq/PPTA, que coordenou o treinamento

dos associados de Cuiuiú.

ía:Sé,éle não déve CQntar con1 o apoio qa cúpu• dâi1üiiâ cíe capoêiraj•á/, ~ · · ~ ,.__ , .., , , _ ' • ..1 . + , \ ~ '1,- ~
iriâs até isso é discutível, ccrta1nentc con•
tará com o respaldo óbvio das bases, prcci- CIDADANIA E JUSTIÇA EM FOCO

san1entc por se opor ao goven10 federal. Na está sendo aperfeiçoada

1nes1na faixa está o senador Roberto Requião, Racismo: um crime contra a cidadania

cujo non1e, se assustava, agora assusta me- Enquanto e1n Cuiuiú, o PPTA agregou valor à Da Assessoria de Imprensa

nos, tanto que foi len1brado até pelo presi- corda, transformando-a, pelas mãos de pobres agri•

dente nacional do PT, José Dirceu. cultores, em artesanato, com valor 17 vezes maior,

Há que1n suponha o próprio e pequeno no Sítio Poleiros, também em Barra de Santa Rosa

PTB articulando-se para abrir espaço ao ex- o caminho escolhido foi a produção de frangos de Congresso Mw1dial sobre Ra·

presidente Fernando Collor, que não desiste capoeira, que era feita, há séculos, de forma rudi- cismo e FeiraInteniacional Multi-

de retomar à cadeira da qual foi retirado. Pelo 1nentar. Os técnicos do PPTNCNPq (Conselho cultural. Estes são os temas dos
eventos que o Governo do Estado,
menos legenda ele teria para se lançar numa Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecno-
atravésda Secretariada Cidadania
aventura 1nais ou menos igual à anterior, de lógico) treinaram os moradores e introduziram, na
e Justiça, vai participar no periodo
1989, qua.Jtdo saiu vitorioso. localidade, o frango Label Rouge, que já está sen- de 28 de seten1bro a 2 de outubro,

De tudo, fica a indagação: e o PSDB, do vendido para a cidade de Campina Grande, numa em Salvador, Bahia, no Centro de

partido que hoje detêm o poder, admitiria dei- fase inicial. Convenções. O eventocontaracom
órgãos ligados aos direitos huma-
tá-lo ao mar sem mais aquela? O resultado desse trabalho é que o presidente
nos de todo o mundo.
Imaginar um terceiro n1andato é loucura, da Associação dos Moradores do Sítio Poleiros, um O Congresso e a Feira Inter-

menos por conta da possibilidade de a Cons- agricultor pobre, que recebe cesta básica do Go- nacional serão realizados pelo

tituição ser outra vez emendada, mais por- verno, já pressente que vai melhorar de vida e dei- Centro de Estudos Sociais e Po-

que, até agora, o segundo mandato só tem xar de pedir a ajuda governamental. Isto porque a pularesErnesto Çluevara/Coletivo

contribuído para o desgaste do presidente Fer- produção, que é de 250 animais a cada 20 dias, vai Afro Brasileiro Alémasá-Cespeg/
Àlémásá, em parceria com a Uni•
nando Henrique. Tivesse ele completado ape- passar para 380 animais a cada 15 dias. Paratanto,
facs, Fapex, Universidade Federal
nas o primeiro periodo administrativo e teria estão sendo construídos galpões que propiciarão quase três quinto da população mun• Assuntos • Entre os assuntos a
da Balúa e apoios do Abrcvida,
saído pleno de admiração e apoio popular, pois condições adequadas para o crescimento dos pin- dial, que viven1 à nmgen1 da socieda• seremdebatidos nos eventos estão:
Cecrt, Comissão das Comunida·
até o final do ano passado o Pla.Jto Real des• tos que, atualmente, são criados nos quintais das des Européias,ÇDCN, CPDCN, de, econômica, socialepolitican1cntc. Adiá.lpara africana eafounação das
" O Congresso Mundial sob.re
pertava elogios gen~ralizados. O que viesse casas, após adquiridos em Caicó, no Rio Grande do Embaixada da Africa do Sul, An• comwúdade~ locais. Uma aborda-
Racismo procurá dar uma 1naiorain•
depois com outro presidente, ou seja, a crise Norte. Cada galpão vai abrigar 400 pintos. gola, Israel, Moçan1bique, Portu• gen1 histórica, antropologia esócio-
plitude sobre esta prática, desca- --politica; A
gal, EscolaPanAmericana, Fun-
dação Cultural Palmares, Fórum racterizando o pensa•nento de que o nu.a e ~s
atual, poderia até servir de munição para o Reginaldo Guedes, bolsista do CNPq/PPTA, racismo limita-seao impedimento fi. gcolonbsaclqiuzeançãCoJ.adsa Econo-
des Migrant.s, lseres, OUA,
retomo de FHC em 2002.,A precipitação, de disse que o projeto só está sendo viável, economi- PNUD, Revista Raça, SOS Racís· sicode um sercn1 determinado local, para as

braços dados con1 a ambiç.io, levou os tuca- camente, porque estão sendo utilizados todos os me, OAB/SP, Uruon Interafricaine e avança através da constataç.10 de cornunidades Afro-descendentes;

nos a perder o plano de vôo e até ser abatido recursos que a Micro-Região do Curimataú propi- des Droits deL" Hommee vblens. sua cumplicidade política, econô1ni- Atualizaçãodas Estratégias de Ex-
O evento tem como objetivo
em pleno ar. cia. "Por exemplo, o piso dos galpões vai ser de ca e cultural", afirma Edson Bomfim, clusão, Novas formas de Racismo
criarreflexões, avaliaçõeseabusca coordenador geral dos eventos, e1n
Mesmo assim, precisarão definir-se. de propostas paraa lutaanti-racis- nas Sociedades Contempor.ineas;
oficio en,iiado aci Governo do Esta•
agave, que existe em quantidade aqui; a ração só ta no mwido, levando-seem conta MulherNegra (Raça e Gênero); Ra-
âaproximação do novo milênioea do que encontra-se em poder do se•
Apoiarão a candidatura de Antôrúo Carlos virá de fora nos primeiros 35 dias, depois será pro- cis1no no Continente Afriacano;
grandedesigualdadeenfrentada por cretárioda Cidadaniae Justiça da Pa-
t l\fagalhães? Ou la.Jtçarão candidato próprio? duzida a partir da palma, núlho, leucena e soja" • r.uõa, Adalberto Torgino. Raça e Classe; Juventude Negra e

Nesse caso, seria Mário Covas? Por que não explicou Regínaldo, a técnicos representantes dos AçãoSóciocultural; Agênciade Co-

'' José Serra? E Tasso Jereissati? Governos federal, estadual e municipal. operaçãoe osincentivos ao contba•

Para o PSDB, a nova escalada que ironica- Para poder tocar o projeto, os membros da te anti-racista;entreoutros.

mente evitará a queda surge hpje como nús- Associação dos Moradores de Poleiros tiveram que Anistia política para exilados •~i&~,1,:~~
•''· são quase impossível. Ama.Jthã, quem sabe?
fazer cursos especiais, e já estão aptos para, a cada
Porque se as dificuldades ·econônúcas forem
87 d.ias, abater frangos ecologicamente corretos'
', superadas, o desemprego puder ser reduzido, com uma média de peso de 1.800 a l.900 gramas. Uma ampla proposta de come- A programaç;io é a seguinte, para to, Mário Silveira, o secretário de
as comemorações do dia 28 de agosto: municação, Jório Machado, e outros
•• . se as empresas privatizadas fornecerem 1nes• Paralelamente está sendo desenvolvido um projeto morações alusi\lllS aos 20 anos da E:-ibiç;1o no CineBangüê,comentrada além de home1iagensa Abelardo Ju )
'' mo melhor serviços, se a indústria se recupe- Anistia no Brasil, está sendo elabo- franca, do filme O Velho, do cineasta ma, OtacilioQueiroz, Osmarde Aqui
de produção de peixes, para utilizar a água existen- Tony \éntura, que trata do liderconm• no, José Joffilye Francisco Souto. \
rar do sucateamento e a agricultura sair do rada pelo Governo do Estado. Na nista LuizCarlos Prestes. O secretário
te no poço (que foi perfurado na localidade), as fe- Adalberto Targino infonnou que tam- Relatos históricos sobre cassa
• sufoco, por que não imaginar um novo presi- Parafoo,a Conússãodesignada pelo bélnJiavei:á wnacoruerênciadewn po· ções, prisões e de atos de anistia.
zes e as vísceras das aves. governador José Maranhão é com• líticode renomenacionalque tenhasido Secrelariada Educ:aç;io e Culturap
dente tucano? postapelosecretárioda Cidadaniae ~guido, ouseja, preso deconsciên•
.. Tudo são especulações que não inclu- O técnico do PPTA disse que, "antes de inicia- Justiça, AdalbertoTargino; secretá- eia, e que tenha formação nas áreas de moverá palestras cm escolas da red
antropologia, sociologia e história O pública estadual, sobre osignificad
em o inesperado nem o inusitado, ou seja: o do o projeto do Sítio Poleiro foi feito um estudo que rio da Educação e Cultura, Carlos conferencista que ainda será convida· da anistia, suaorigem através de mo
aparecimento de um nome, sabe-se lá de Pcreil1l; o secrctírio de Comunicação vhnentos populares junto ao Con
•••• •• 01de, capaz de empolgar a opinião pública identificou um nicho de mercado para este tipo de do, será membro da ComissãoNacional grcsso Nacional, durante o Govem
do Governo, Jório Machado; o pre•
produto que, mesmo custa.Jtdo R$ 4,00 o quilo, tem deParlamentaresfoonadapeloCongres- João Batista de Figueirêdo.
sidentedaFunesc, Danúão Rainos; a Osecretário da Cidadaniae Jus
•• e repetir fenômenos já verificados na his· consumo garantido, devido a sua excelente quali- soNacional, para~comemorações.
presidenteda Cehap, EmíliaCorreia liça acrescentou que haverá cult
tó:ia do país.·E sem marcas ou definições dade, atestada por técnicos da UFPB. Em Campi- Lima; ocoordenador técnico da Se- Ainda constará da programação,
idtológicas tradicionais. Aliás, pode ser o com, Otto Marcclo Navarro; o secre- ecun1ênico, e que out-doors serã
..••• müs provável, porque o _quadro,.até agora, na Grande, se come o frango do Sítio Poleiro nos debate com a presença de anistiados produzidos, registrando as comemo
ap:es_enta figuras já co'}heeidas e eviden- tário adjuntoda EducaçãoeCultura, paraiõanos como o governador José
:•;: tenente desgastadas. restaurantes La Costa e Picanha 200, aos sábados LuiZAugusto Cri.spimeosub-secre· rações do 20° Aniversárioda Anisti
tário de Cultura, Francisco Pereira. Maranhão,o secretário de Plariejamen• no Pais.
•• - e domingos". 1 Estacomissãoteráapoio das demais

1 ~• Ainda sobre a qualidade do frango do Sitio secretarias e órgãos estaduais.

'•••{. Poleiro, Reginaldo Guedes disse: "o nosso pró•

t duto é tão bom como o melhor vinho. Quanto

~ mais velho melhor".

J

A UNIÃO CIDADES -., 9

• -
s c o a e n s i n a a I, nDo,ningo, 08 de agosto de 1999
os sur •

Preconceito não existe .para aqueles que têm deficiência na comunicação por fala

Sucursal ele Audiocomunicação • Edac e, sua sucesso do ensino e integração : ~-
Campina Grande nova sede no bairro do Catolé j un- do surdo à sociedade. A Escola deAudiocomunicação, em Campina, atende pessoas surdas de todas as faixas de idade
to ao Terrninal Rodoviário de
EGUN DO dados da Or- Carnpioa Grande. A Edac depois "Nós temos essa pilha de fi·
ganização rvtu ndial de de funcionar durante 16 anos, pre- xas de exames de audiometria
Saúde, OlvlS, cerca de cariamente, cn1 residências com (n1cde o grau de surdez), diz Fran-
1Opor cento da hun1ani- salas abarrotadas de alunos, ba- cisca, diretora da Edac, e fàlta-nos
dadc tcrn algu1n problcrna de au- nheiros quebrados, enfin1 conquis- un1 fonoaudiólogo para avaliá-las".
dição. Deste total, 1por cento são tou sede própria com salas am- Segundo ela, esse profissional é de
pessoas surdas. Crianças, jovens, plas, consultórios, salas de reuni- uma importância tal que não sen,j-
adultos, que cnfrcnta1n cnonncs ria somente estudantes surdos,
barreiras para i11tcgrare1n-se às ões e outros cquipan1entos. como a sociedade em geral
Faltan.1 profissionais
fan1ilias, às co1nunidadcs deles, e A Edac é uma escola de Atualn1ente são 18 o número
de professores assistindo à Edac.
à sociedade. Tudo isto por causa surdos para o século XXI. Ain- A maioria deles tem licenciatura
de problemas de con1unicação. da é 111uita baixa sua ocupação, plena cm Pedagogia e habilitação
apenas 19 6 alunos de todo
Nonnahncnte os s urdos se Con1partimento da Borborema no ensino de surdos. A profes-
con1unican1 através de 1ni1nicas e (há n1ilhares deles surdos), se-
dcsconhcccrn a sua própria língua quer essa instituição de_ensino sora Elcny Gianini, da UFPB,
de gestos e sinais que é ensinada tem um fonoaudiólogo à dispo- que assessora a Edac, tem mes-
cn1todo Brasil, a charnada Libras, sição. Faltam ainda médico, psi- trado na área da comunicação
a qual tc1n uma n1ctodologia pró- cólogo, dentista assistente soci- humana. Enquanto a pedagoga
pria, diferente da língua portugue• al. O sonho das pedagogas da
sa e outros idio1nas. Edac é realizar esse trabalho Niédja Ferreira está fazendo es-
n1ultidisciplinar para o melhor
A Libras é ensinada cm nos- pecialização na UFPB sobre a
sa cidade na Escola Estadual de eficácia da comunicação de pro-
fessores e alunos surdos do en-
sino fundamental.

·Entidade é uma extensão da UFPB. Audiocomunicação tem Programa de
Alfabetização
A Escola Audiocomunicação diólogos, assistente social, psicó- cursos para a comunidadequalquerpessoa deveriainteressar• chega ao Sertão
de Cmupi11a Grande é fruto de pro-
jeto de cxtcosão da Universidade loga - para bem assistir o surdo e se em aprender essa língua silenci-
Federal da Paraíba-Campus 11, ini- osa dos surdos. Profissionais da
ciado cru 1983, e posterionneotc sua familia. AEscola Estadual Audiocomu- surdez, como o funcionamento do
assumidos pela Prefeitura 1\1uni- Outradificuldade inicialda Edac, área de comunicação, atendentes de
cipal e Governo do Estado com consultórios, caixas de supermer- nic•ação oferece cursos para a co- aparellto auditivo, as causas da sur-
verbas, professores e outros ser- é a bai.-.,;a ocupação. São apenas 196 São José dos Ramos - Cer-:
viços. A Fundação Apoio e Assis- alU11os rnatriculados até a quarta sé-
tência aos Portadores de Defici- cado, cobradores de ônibus, mis- munidade toda quarta-feira das 19 dez, oficinas de línguas e sinais e ca de 400 jovens e adultos foram
ência • Funad, é um órgão do rie. A escola ainda sonha cm implan- sionários religiosos, e demais pro- às 21h30, e na quinta-feira das 16 outras atividades.
Estàdo que assiste à Edac. tar a segunda fase escolar da 5' a 8' alfabetizados no município. Essas.
Séries. Para isso os alunos surdos
Os resultados da parceria aguardam com expectativa a in1plan- fissôes que têm mais contato dire- às 17 horas. Mais infonnações so- Nos próximos meses de novo pessoas :fu.zem parte do Progra-·
UFPB, Prefeitura, Estado, são de tação do telecurso. to com pessoas, todos esses deve• bre como fazer esse curso da Edac os alunos da Edac vão participar ma de Alfabetização Solidária, :
grande valor no sentido do resgate riam aprender a Libras, assim como pelo telefone 337-1090, em Cam- com sucesso da Olimpíada dos executado pela Universidade Es•
da dignidade do surdo, mas ainda Além de estudantes cainpinen- estuda-se o inglês, o francês e ou- pina Grande. Portadores de Deficiência, dos jo- tadual de Campina Grande. O
11iio é tudo. A. Edac atualn1ente fun- Fetec e olimpíadas • Foi-se o gos internos da escola. A prática Programa tem o objetivo de re-
ciona c111 amplas instalações no alto ses, a Edac tem alunos de Espe- tros idiomas. tempo que surdo era só motivo de esportiva é uma atividade importan-
do bairro do Cato.lé, donde contem- rança, Lagoa Seca, Solânea, lngá,
pla-se linda vista panorâmica da O Edac oferece curso de Li- graeejo e pilhérias das pess®s di- tíssima para socializar os surdos ao ciclar profes.sores, ensinando no-.
Riachão, Barra de Santa Rosa, Fa- bras para professores, familiares de
c jd:'ICIC' , m:,,,;;: :1inrb n.:i,;-i Íf\m1ou ~CII gundes, lvlogeiro, Boqueirão e Boa tas nonnais, tratando-os como pcs- ambiente escolar inten10 e externo. vas técnicas de metodologia, tor-:
Vista. Eles viajam a Campina Gran- surdos, como também para gual- nando-os aptos para assumir sala:
corpo multidisciplinar de profissi- de em carros de estudantes da es- quer pessoa interessada. Não pre- soas incapazes para o estudo cien- Os surdos, quem diria, tam- de aula e, assim ensinar pessoas·
l>n;11s - alem de pedagogas, Jonoau- cisa ser formado, nem alfabetiza- adultas a ler.
cola nonnal. tífieo, para os esportes. Já faz dois bém estão se unindo para juntar
Curso - O curso de língua e do para aprender a língua dos sur• O progran1a é dividido em:
dos. É só querer ajudar na melho- anos que os estudantes surdos da forças em prol da melhoria de sua módulos que equivalem ao perí-·
.c:•nn•::u•t::;.1,l .,íh;r:i~/ '...1 e. cin 1• n·te,re,~se•1e;xclu- ria da qualidade de vida dos sur-
'do~.°inÍegranêlô,•õs''às s1í:is Tainili- Escola Estadual de Audiocomuni- qualidade de vida. Já funciona na 2do de .cÁJ}<;P.rm,eses.. E~.--~ão
si vo de surdos c profissionais que ,.José do.s;lt!'llllQ.S•Q·program~(l:stá-
os assistem dircta111c111c'! Não, a·i; e µsç,cicdade crn·gcral que ~in- cação de Crunpina Grandesão atra- Edac, a Associação de Surdos de

,11ções na...Fcira;d,e,íl'ecnologia ~Fe-'-''~Gampilla 1Gráride,' contando· com

a c,c.1,:,Jo1v.cn1,;.,;;,,aptesentando, as-· ·de:Zen·as de membros de todas as·

da os discrinünà. 1 suntos é1cniiiicos rélacionados à idades. encerran(jo seu terceiro módu-

lo. Segundo o secretário de Edu-

Professor faz habilitação cação, Antônio Azenildo, exis-
tem dez salas de aulas destina-
das para o programa: duas n~

O professor com curso de li- sistema de sinais e gestos envol- zo,na urbana e oito na zo11a ru~

cenciatura plena em Pedagogia, in- vendo braços, mãos, dedos, ex- ral. As aulas são sempre notur-
teressado no ensino de surdos, faz pressões do corpo do olhar, capaz nas para que as pessoas que tra-
uma habilitação de ano e meio na de comunicar qualquer pensamen- , balham durante o dia tenham
Edac onde estuda patologias da to, emoção, sentunento do surdo. oportunidade de estudar.
audição, dos órgãos fonadores-la- Para início de conversa, o surdo 1 Os professores reciclado~
ringe, faringe, cordas vocais e ou- expressa todo um alfabeto através recebem bolsa equivalente a um
tras, além de problemas de saúde dos dedos. Exige-se atenção cons-
'''· no Nordeste e assuntos outros re- tante na comunicação con1 surdos, salário mínimo, durante o perío-
lacionados à surdez. prestando a atenção às mãos e ges- do em que participam do ·Alfa-
tos do rosto, ao contrário da Jín. be,tização Solidária. No encerra-
Hoje a Edac oferece ainda a mento de cada módulo os alu-
cadeira de estudos da lingua de si- gua oral cuja interação independe nos recebem certificado. "Isso
nais, a Libras. O Brasil conhece até mesmo da presença fisica das
esse sistema de comunicação des- pessoas, a exemplo da comunica- é .Lm i~cen!ivo ~uito grande a
e!µcaçao, e por isso que esta-
de o século passado, época cm que ção telefônica.
Os surdos falam - Por ter rrlôs pleiteando com o Governo
o imperador D. Pedro 11 fundou o
Instituto de Educação de Surdos, essa língua própria tão rica de si- Federal, a continuidade do pro-
no Rio de Janeiro. Nessa época um nais e capaz de comunicar-se inte- grama, criando assin1 uma tur,
educador francês introduziu a lín- gralmente, os surdos não gostam ma de 1• série", afirma Azenil:
gua de surdos do seu país, a qual de ser tratados de mudos. l1npos- do. Ele disse ainda que se tudo

influenciou a Libras brasileira. Os sibilitado de falar, privado do uso der certo as aulas já podem ser

mesmos educadores franceses in- da palavra por defeito orgânico, iniciadas em setemb.ro. Para

fluenciaram a língua de surdos nos como diz o dicionário do Aurélio. isso, vão ser criadas mais salas

Estados Unidos. Os surdos "falam" sim e com a de aula e os professores vão re-

A Libras brasileira é uma lín• mesma intensidade e emoção dos ceber treinamento para assumir

gua não oral com um sofisticado que se comunicam oralmente. as novas turmas.

Aids e sexo: será que estamos (cons)cientes desta relação? Itaporanga_inaugura nova

* Joseilton Brito de Freitas corporais, tais como: sangue e lei- dividuos sexualmente reprimidos, sóbrio da existência humana, sem- sede da prefeitura local
te matemo, também sejam impor- procurando criar o hábito (refle- pre estivemos condicionados a
A farnília, u1údade socialexten- tantes neste processo, esta descon- xo...) de conversar em família so· percebê-los e a aceitá-lo de for- ltaporanga • A sede da prefei- totalmente informatizada. Segundo
sa ligada por laços de consangüini- trolada contaminação pelo HIV está ma proibida, constrangedora e tura do município encontra-se total- Kátia, esse processo teve irucio na
dade, de afinidade e de adoção ain- se dando com ma.ior incidência pela bre as coisas quesão eminentemen• vulgar. Esta acirrada inibição pro- mente restaurada, e já retomará seu gestão do engenheiro José Silvino
da continua sendo o berço do flo- te naturais (o sexo para ser mais posta pela família dificulta a dis- funcionamento normal a partir _de
resc1•mento do ruuor. E• nesta uni- relação sexual. preciso) que acontecem com a gén• cussão sobre a problemática da Sobrinho, e foi .finalmente conclu-
dade que se aprende an1ar! (...) Até Estas implicações resultam na Aids. A Aids e o sexo são indis- segunda-feira. A inauguraçãode suas ído na atual administração. Para ela,
mesmo os egoístas, egocêntricos te, a partir da inf'ancia, com cari- sociáveis ao discorrer quanto à novas instalações aconteceu ontem, a prestação dos serviços municipais·
e narcisistas eocontram em algum dificuldade de sefalar de Aids quan- prevenção e à vida, não há como quando a prefeita Kátia Brasileiro ganhou acentuado impulso, a par-
monolítico a essência para a cons- nho, informação e compreensão. falar de Aids sem falar de sexo! (PMDB) entregou a galeria de todos
trução de seus espelhos. do o bojo de discussão é•o sexo. A Decerto se estas orientações os ex-prefeitos do município. tir desse processo, tomando a má•
O sexo deve ser aceito como quina burocrática local cada vez
Na maioria das vezes o que um sociedade ainda alimenta preconcei- forem aplicadas de fonna adequa· uma realidade natural e deve ser Para ela, será um momento de mais ágil e eficiente.
indivíduo oferece a outro para ser da, servirão para mostrar ao con- vivido com naturalidade e liber- intensa alegria para a população do
an1ado é o sexo! Não querendo ser tos e suscita tabus da sexualidade junto social que o sexo não é ape- dade, pois é um fenômeno indu- município, que terá a oportu1údade Histórico • Conforme Kátia
absoluto ao afinnar que a felicida- humana. Em muitos "lares doces nas o desen\·olvimento de estrutu- bitavelmente inerente à natureza - sobretudo a faixa mais jovem - Brasileiro, a sede da prefeitura de,
de do an1or depende exclusivamen- lares", o diálogo continua sendo ras funcionais biológicas, uma vez humana. de conhecer, com fidelidade foto- ltaporanga está instalada no local
te da satisfação sexual, sabemos marginalizado. O sexo é sistemati-
que existem outras importantes re- camente repreendido e privado em que nele atuam também elementos Aids e·Sexo - É preciso estar- gráfica, a imagem dos homens (Ká- em que foi construído o primeiro
alizações an1orosas que transcen- sua liberdade de expressão. sócio-culturais. Não nascemos se• mos conscientes da existênciadesta tia foi a única mulher; em toda a mercado ·público municipal, obra
dem à prátíca sexual. :-..-uados, no transcorrer da evolu- relação, antes que n.os 1ornemos história de Itaporanga, a comandar que ren1onta à bem-distai1te admi~
Por estas razões, a função da ção psicossocial vamos nos sexu: meros reprodutores de uma cons- os destinos da localidade) que con- nistração Sebastião Rodrigues, en-•
l'vtas, é nesta perspecti\·a se:-.-ual familia é de suma importância ao ciência distorcida!!! tribuíram para o desenvolvimento tão destacado comerciante .da lo-
que1a disse1ninação do contágio do tentar desmistificar o sexo como ando, atra\'és de um complexo pro- geral da antiga Misericórdia. calidade. O veU10 mercado, segun~-
vírus da Aids está se propagando cesso de desenvolvimento do • Aluno do Curso de Ciências do a prefeita, teve seus alicerces
em escala alarmante. Embora, as siuônin10 de pornografia: pênis e aprendizado e educação. É a união Sociais- UFPB/D Além desses serviços de res- construídos (ainda) na administra-
\'ias de transmissão por fluídos vagina, erotismo e excitação!!, coi- da maturação biológica com a ma- tauração, a sede da Prefeitura Mu- ção. Antônio Vital • que pertencia à
sa proibida e masturbação. E tan1- turidade psicológica. nicipal de ltaporanga encontra-sé familia Gomes da Silva.
bém da responsabilidade da família
ampliada - escolas, igrejas, empre- Nunca fomos educados ou
sas e comunidades - que dessacra- orientados a vivenciar o sexo
lizem a máxima de que somos in- como fator elementar, natural e

1O T ESPEGIAL A UNIA- O Domingo, 08 de agosto de 1999
~-1. .:,_·_· ••-C:''-.<.",,_·.,-,. ;', ,'.,
DOCUMENTO ESPECIAL

Carlos Chagas escreve

Bastidores de

um d14ama acontecido

há 30 anos - ID .. . . ..,., . j ,::-,.~- ':,-:/)'.J.,>/:'

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01no sábado, 30 de agosto, que se engendrou o ,nais solerte :--~~~ª"wrr~.,,. :"';; ~-~·.-... -:~;:/~y},.~":-;~s:;--:·
dos golpes de estado \1\'Í dos pela república brasil eira. Na
véspera, os 1ninistros nul ita res ha\rian1 sido a\risados pelo chefe -~, :,s: ·:.._::,:.,~Jt-m·;o,,i,&...(,:e.:;; \....
do Gabinete l\1ilitar que o presidente Costa e Silva enfrentava
u1n processo de trombose, ainda não consu1nado, que o impediria ao ~-:>Wi!E.~w-t;:_·_,- -~:--..·. .d_.. ~- ;,-.~,-- '/4;, ;;;_x;~~l(
1ne11os por algun1ten1po de continua r exercendo o governo. t• t;:·.~.:.-:.':::"·>::>v· , ~-~,:¼~ W•
Em vez de avisar o vice-p residente Pedro Al eixo, então em .~:,.1.·,,;:,,:✓_-{:..;-:.·>·:.-~~:·-t-,;./;:-·t-~:.:.Y,.·.-.·;::'..~:·.-:
Brasília, o General Lyra Tavares, o Almirante Augusto Rade1naker e ..,·,:rJ.-'•-.f
o Brigadeiro tvlárcio de Souza Mcll o iniciara,n consultas aos seus :,~;.,:r•..:·:<.:.:~;·".~'·: -e~. .
subordinados de maio r grad uação. Fonnulavan1 u1na pergunta
irnpossivcl de ser feita e induz.iam a resposta: "Devemos entregar o ;.~~:~
..,,v,:;/.,,'.•""':;:,.;.:.é-),')vr.s--:,/",,''~.f.·{_,.,:-.:-...i.-' ·•,·•.,..-...~.,-:~-·;:,::.
país ao Dr. Pedro, que é favorá vel ao fim do .A.1-5, ou o ocuparemos !}/J. ~:-5::..-~()·::~f,.
...::<". t::· },~r:'l/~:;~·;':..:.·:·~:-
nós n1esmos, durante o impedimento do presidente?" ~~?:-.::•ii(·~~( ;·'::.:-.?,.f·{,:,
Os·três 1ninist ros, e a n1aior parte de seus subordinados, estavam .:t...-iú-.·--···;:~~.\-.-,·~,.."•.:i..-:.~-'(.:,..:.=.v,:,,·:.c.·;.-i.;~,...·•..-·· ,"...:..
~l~·./.:~;,~:~:: :t~~t/ ~~t~t:~;
contra o fin1 da exceção e se opunham à volta da nonnalidade ~f
·:{· ,•
constitucional. Tmham engolido a mudança em vias de se ~ •::~ftj1ffi-,t~,a.. v;,:;..-;· •••• , .($ ,., .,
concretizar, porque havi a sido proposta por seu comandante-em- f,$.'iht
chcfe, o 1'.1aredial Costa e Silva, mas iam aproveitar a oportunidade
. ,;- .1,:;:~•, :J-¾t' .-~ ,. •:·, V,)/~.;.:,-;,,..- .:·.p::.> •;. . •
:;J .,;,:·1....~~.~. f~.-;:)f;¼}~:1;:;.f~..:.:/.'·,:·~·:;
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···- . == =.. r

para dar o dito pelo não dito, j á que se encontra va impossibilitado de eneraI•S !

governar. 1
Na madrt1gada do sábado, por volta das 4 horas, no Palácio
1
Laranj eiras, o n1édico Hélcio Sirnões Gornes é chamado ao telefone
por D. Yolanda. En1 poucos segundos, percebe que a trombose do

presidente acaba de se caracterizar definiti vamente. A herniplegia

do1nina o seu e-0rpo, exceç,io do braço e da perna esquerda. De

inicio ele acompanha co111 os olhos a rno\rirnentação dos enfenneiros Cúpula n1ilita1" l 8 horas. Fazem parte dele os três Portella de, na manhã seguinte, pro- e, e,n detenninado momento, foram

postos á sua disposiç,io, mas. em seguida, vai perdendo a ministros militares, o chefedo Ga- curar o advogado Carlos l'vtedei- à escrivaninha de Medeiroi . Na

consciência. Perrnanecerá vários dias assirn, apagado, até

recuperar-se en1 parte, percebendo o que acontece à sua volta, mas decide que o binete l'vlilitar, o chefe do Estado- ros e Silva, u,n dos autores do Ato cesta de lixo estava o rascunho de
vi.ce na~o Maior das Forças ..~rmadas, Ge-
i111possibilitado de se connuúcar senão por curtos gestos. O derrame neral Orlando Geisel, e os chefes Institucional número 1, para elabo- várias folhas de papel onde se lia,
cere.bral atingiu o centro de cornunicação de seu cérebro, deixando do Estado-Maior das três forças,
livre o apa relho receptor, n1as colocando en1 curto o transnussor. raras fónnulas juridicas. escrito a mão, o tradicional "À Na-
pode1"á assitn1i1" General Antônio Carlos Murici Na rnanhã de donungo o pais
O s rnédicos Abraão Ackennann e Paulo Niernayer estão à sua (Exército), Almirante Barros Nu- ção... ". Entenderam tudo, ainda
cabeceira e, após un1 encefalog rarna, concluen1: o processo está coalhado de boatos, inclusi- que nada lhes fosse revelado. Pou-
nes {Nlarinha)e Brigadeiro Oliveira ve sobre a ,norte de Costa e Sil- co depois, o advogado aparece de
tenninou, 1nas deixará seqüelas pennane11tes. va. Antes das 9 horas o General temo preto, pronto para sair. O fi-

Carlos or volta de oito horas da ,na Sampaio (Aeronáutica). Portella - Portella chega à casa de Carlos lho indaga onde vai e ele descon-

Medeiros e nhà a 1novin1entaçào é gran faz u,na explanação sobre o esta- iVledeiros, no Leblon. Explica a si- versa, dizendo ir ao Jockey Club. O

de no Palácio. O Gabinete do de saúde do presidente. Consi- tuação e fala que o Alto Co111an- jonialista é irônico: "tvtas Jockey

Silva disse ao tvlilitar dá a in1pressão de derações são tecidas a respeito do do gostaria que elaborasse u111 Ato Club com essa pasta preta?"

filho que Oà •· ser un1 corpo á parte, con1 os ofi- fato novo e logo concluen1 todos Institucional transferindo o poder Consultas, ou melhor, partici-

ao Jockey , · · ciais telefonando para os co111an- os presentes que o \rice-presiden- para a Junta Ivlilitar, e unia pro- pações, são_feitas em cascata,

- CJ!,!b ,._Q_',2:,:_:__c.dP.s .d9 Exército; fy!aririhil e A.e-,--t~llào-pode.assuroir..Eora.éÓotr.à a _ cla1W1.ç.'io_explicando,..p.ouiuê'--- -Pelos..ministros..mili1".1:es.aos_<e)tS1
• ••
· rapaz ,,,;~ roná utica."Ü General Jai111e·Por- edição do Al-5 e vinha-colocando
O jurista indagou apenas: principais subórdiíí~dos'. '

estranhou a ·"· tella serve de n1aestro, co111unican- n~ cabeça do presidente a{]uela "Para quando o senhor quer?" Tomados pela surpresa, em
pasta pre-t-a-.--. do-se co111 os três rninistros. \ 'ai ~1reo'pit~ç.ão da a~ert~,~a poh•t1.ca. Resposta: "O n1ais cedo possível. maioria os oficiais-generais acei-

mentirá ·-,:

•• "-' ,•.e..:.
:~~:~;:;::i:Er3 ao Palácio Laguna, residência ofi- Era, ass1 n1, contrano a cont111u1- Gostaria de contar con1 sua pre- tan1 a solução da Junta. Sizeoo
eia! carioca do General Ly ra Ta- sença numa reunião co,n os três Sat;1nento, Comandante do I.Exér-
ld' ade revo1uc1. on.an.a" ... núnistros nulitares, às 15 horas. cito, é uma das exceções. Comen-
vares. Acertam que, à noitinha , o Falam da i~\riabilidade da so-

,....·.. Alto Con1ando das Forças Anna- lução constitucional, etn meio "a Mandarei um carro buscá-lo." ta com o General Afonso Albu-

militares ·''' das se reunirá, para exanúnar a ~n1a nação conturbada". Não ex- Contou na época o jornalista querque Li,na que não havia sido

levando O ·,,; ·• situação. plicam onde estava a conturbação, Elio Gaspari, antigo de Marcelo, fi. consultado netn participado de

ato que Ninguém fala no e nen1 para mas decidem que uma Junta l\tlili- lho de Carlos Ivledeiros, que che- nada. Ouvia rumores sobre um
o •legitimaria
o vice-presidente Pedro Aleixo, tar exerceria o poder até a defini- gou para almoçar con1 eles. O ad- fato consumado e criticava deci-

golpe dos •::_ e1n Brasília. ção se Costa e Silva poderia ou não vogado nada falou, mas os dois jo- sões tomadas em petit comitê. No

generais O Alto Comando se reúne às reassumir. Encarregam o General vens sentiram alguma coisa no ar final, acabarão aceitando tudo.

~ . _." . . ,~ A UNIA- O coloca a
~
. / '. ; Paraíba nas
~ comemorações dos
-~~ · y;. '
',' ' 500 anos dõ
. .~ descobriinento do

. '
.,
Brasil. Todo domingo
, o leitor recebe

1' encarte de quatro
pa/ gi.nas com art.igo -
~ ;i,i;#' ~ ~·w de autor reconhecido
- situando a Paraíba,
. ~ -~ 1

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através de tema livre,

APARAÍBA NOS 500 AN.os.DO BRASIL na História do Brasil.

Dorningo, 08 de agoslo d \' 1999 A UNIÃO ESPECIAL T 11

DOCUMENTO ESPECIAL

Carlos Chagas escreve

Bastidores de

um dram.a acontecido
há 30 anos -ID

1• ' • 1• r o s na-o ver

n e necessidade de
deslocar-se para o
em , mas Rio. Olham-se nos
olhos, o coronel
• /111,1 insiste. O velho
político cede.
, eixo nao Mais tarde dirá ter
percebido,
toma osse naquele

mn-aoomaessnutmo,1.qr1u.ae.a

presidência

ntes das 9 horas da cede. Mais tarde dirú ter per-

rn anhà o Co ro nel cebido. naquele n1on1cnto,

Louri vai 1\1assa. do que não assurni ria a presidên-

Gabinete Mil itar da ci a. Fosse para isso e os três

Presidênci a. é ch:u_nado pelo rninistros rnilitares é que te-

General Portel la e 111andado ria111 ido ao seu encontro.

para o aeroporto. onde dc\·c- () telefone toca pouco que seria o Ato Institucional n1as para se dirigiren1 ao Rio. consu111ado. Lan1ento, não ve poderia partir. Mas não ha-

ria ernbarcar no avião presi- depoi s. Ennn o (,ovc111ador nú111ero 12, tr1u1sferindo o po- Do Aeroporto do Galeão, já pelo que 1ne causará de 1nal, verá vôo para acapital federal.

-denl:ial e diri !!.ir-se até 13ra- Israel Pinheiro. de Minas. e der te111porarian1ente à Junta. às l 7h30n1in, Pedro 'Aleixo tnas pelo 1nal que fará ao país. Pelo telefone, ànoite, manclan1

sília. con, a n1i ssno cspccí li- seu secretúrio de Educação. Lyra'favares quer saber quen1 · é conduzido ao Ministé1io da Essa solução fere os princí- avisar que o Bac-.One Eleven

ca de trazer de qualquer 111.1- José Maria 1\l ki rnin. Tvlani- a presidirá. O advogado res- Marinha, onde o espera111 os pios constitucionais. " "estava con1 defeito". O Dr.

nci ra o vicc-prcsidcnte para fcstara111 prcocupaçiio diante ponde que nenhun1 dos três. três -ministros. Estão farda- Irritados, os n1inistros aci- Pedro responde não haver pro-

o Rio. Chega ao aparta,nento da saúde de Costa e Si lva e Apenas, por unia questão de dos. O diálogo é áspero, eles onam un1gravador,ouvindo-se ble1na, que iráde avião comer-

do Dr. Pedro. por Yolta do solidariedade ao co11terr.à- precedência, por ser a am1a participan1 estar assun1indo o todo o telefone111a dado horas cial, mas o ministro da Aero-
n1cio-di a, _cheio de deputa- neo. Por ,netúforns, pois já '1!íli~antiga, a Marinha terá a go1ve1110. Revelam ter certe- antes por Israel Pinheiro e vne.álu,tpioc·ar·q·pu-oe-n-~tdoed~roa.s.ne.ãsto.a.vsaenr,1pno1swsí.--
+t• ... , ... . José Mària Alkin1in, de Belo to preocu6ados co111 a segu-
rega!i.ª ;a.~.ter o seu ministro ' z½·ae·que o vice-presidente, Horizonte para Brasília. Os te-
sabian1tln i111inência. do !!.OI- en1possado, extinguiria o AI-
pe. sugcren1 que o vice-pre- assinando prirneiro os docu-
-' dos. -sen 'i1dórc s e ate rnini s-

tros. Alguns..rnais alcH tos. j.í

o cun1pnn1enta111 ,co1110 o sidente vú para Belo 1-lori- n1entos oficiais. Medeiros S, tnas não havia condições lefones do vice-presidente es- rança do <,ice-presidente, te-

novo presidente. n zonte, quer di zer. crie ta111- aconselha que, junto cotn o militares para tanto. Era u111a tavrun gran1peados, porque o mendoque aigo lhe aconteces-

-Che!!.a o Coronel Massa e bé111 uni làto consu1nado as- Al-12 e a proclan1ação que o questão de segurança nacio- gran1pojáera 1noda, trintaanos se por i.nici'ativa dos comunis-
sutnindo· a presidência da justificava, deveria ser disni- nal. Rade111aker ainda acres- atrás. Não há n1ais nada a tra- tas. Pergunta.se lhe faltava ai-
parti. ci. pa que os trc~s n11.111.s-
tros n1ilitares peden1 que vá República a pnrti r do solo buído à in1prensa u111 laudo centa: "Além do tnais, o se- tar, Pedro Aleixo se despede, guma co.isa 'e ele agradece:

ao Rio. O oficial est,1 inqui e- n1ineiro. () Dr. Pedro revela 111édico, dando conta da i1n- nhor foi contra o Al-5..." con1unicando que se lhe fos- "Não, não preciso de mais

to, e piora quando o Dr. Pe- jú ter sido chan1ado pelos possibilidade de Costa e Sil- O vice-presidente con- se1n dados os 111eios, quer di- naq.'l Agradeço-lhespelas pro-

dro responde não ver neces- n1inistros n1ilitares e eles va continuar goven1ando. corda prin1eiro, dizendo que zer; o avião presidencial, gos- vidências tomadas, que já es- ·

sidade de deslocar-se para a não insisten1. O Bac-One Eleven tra- certan1ente extinguiria o AI- tiuia dereton1ar aBrasília Eles tou notando. Ele1nentos des-

antiga capital. Olha111-se nos No Rio. Carlos Tvledeiros zendo o vice-presidente j á S. E retruca: "Os senhores desconversam, sugere111 que conhecidos estão interrogan-

olhos. o Coronel insiste, di- chega ao Ministério do Exér- prisioneiro é aproveitado pe- tne convocaram não para u,n ele vá para a casa da filha, em do todas as pessoas que vêm

zendo estar cun1prindo 11111a cito, onde o esperan, os três los Ministros Jarbas Passari- exan,e da situação, rnas para Copacabana, quedepois avisa- me visitar. Isso deve ser parte

n1i ssão . O velho pol ítico n1inistros. Mostra a n1inuta do nho, Tarso Dutra e Carlos Si- a participação de um fato rirun da hora e111_que a aerona- tje ~,uas preocupações".

iis

Federais montam guarda na Rua Cons~ante Ramos

).~::: l t~~.i:.;-,·~:q-~ü~iti:::];·~.r.:~:')-~pf•::?~::·\:::~\~'"i1:~-_-.~sr.t:;r~~,J::t'<.1.·.:.~~!'::ri~::),•r::·...;.~.·--<~..-:'°--l«•:•:f?t~.x,~,.r:.::.;:,::::~~:~:r?...:-.:-.:::~:·=-:-'
.,,,.. ' • 1.J: :.-.•~~ :: . ·:--.~· r~sJ~~-}';.'~ ' · -~~··:;r ' 1::,;:-~;~t~tt;t:~J}f~~\zjfii)~~-~~;~;_r/~{\\Y~~:i~;_f:J;ir~r~·-i-: rrJ/t:· :rt,;.•· No edifício onde fica o apar- tantas preciosidades, · o General tarde o Brasil acabara de se clas-
--~.::-::~ir ..i 1·-
., •.. ~- ;~/· ••• • • .. ta1nento de Heloísa Aleixo, na Rua Lyra respondeu: "Muito obrigado, sificar para a Copa do Mundo de
"'·;;::l...: .:. .~..,,,.-} :• ·.:.:t·'-(·.:,:-,-:,.:~:~."--·.~:-,.::• .. :::>i~t./:.+_...,_f:·,:", .... •~•
~~í~~.i_·{~~~~:f.t?~t ~,"#¾J~i?~~':t3.:>~:~:;.~~ti~):t.r,.:_:».,:,~,.~.-~, Constante Ramos, depois da che- ministro, n1as nós já ternos o nos- 1970, no México, que venceria. No
t'.<·:Y>·::~ _:~~t}~F(
.~;i..~._.",;- < ~\ • V. X..,, ( , •• • gada do pai, ninguén1 n1ais ent rou so ato..." Do l'vlinistério do Exér- Maracanã, num jogo difícil, a Se-

•y • ',. , nem saiu sem responder a um cito seguem todos para o Palácio leção Brasileira vencera a para-

..?~f:~\~:,:•J<.,;_:·.:~,.•~,,::t:.~::~~-;:~~.>:--0."r verdadeiro inquérito. Agentés da Laranjeiras, onde a Agência Na~ guaia por um a zero. Gol de Pelé,
Can1a e • • ·-e,,.....:• : •
Silva, da
Polícia Federal ocuparam a por- cional havia preparado o equipa- após rebatida do excelente golei-
Justiça,
declarada- taria, a calçada e até o outro lado mento para uma transmissão em ro Aguilera. Aquele era o grande
mente um
da rua, constrangendo visitas e, cadeia nacional de rádio e televi- assunto da noite.
radical,
c o n,r;ratu - ~ 'i;):"- '( -~ mais importante, atentos para que são. O locutor, Alberto Cuiy, lê a Um a um, retiram-se os mi-
lou-se con1
a usurpação i-~fl'll ~..::;) ii-:, .
•·J:t .•f~,t~-= -~.;!:{ ,
e até apre- o Dr. Pedro não saísse. Essa situ- proclamação e a íntegra do Ato nistros. Cabe-me providenciar
sentou a :::.y,,'<'~.,s:. . ·.•: .>

minuta de ,,.;~,· >,,a.• '•>fA, .:~...•. . •
outro ato ~cor:,.:·.:.;,.~,~~..-.:.•••; ... ,> ,,••, ,.. ,. aç.10 irá durar alguns dias. Institucional número 12, con1 os cópias dos docun1entos para dis-
institucio-
nal, de sua ,-, 1;:,.,, , Y-. ,..,..v'v,,,
?~~::ij~:~:.:·~+.:~.i:
autoria, Mais reuniões. Os ministros três núnistros núlitares en1 prirnei- tribuir à in1prensa, nos portões do
onde os
groevses,nera,.daom- militares convocam o Conselho de ro plano e en1 silêncio, já de roupa Laranjeiras, já noite avançada.
depostos
Segurança Nacional para, ás 20 trocada, quer dizer, de terno e não Os repórteres perguntarn-,ne o

horas, no l'vtinistério do Exército, de farda . A justificativa para o que não sei responder. Sou se-

uma con1unicação. Diantede todo acontecido repous·a nos co1npro- cretário de linprensa do Presiden-

o ministério, o Almirante Augusto 1nissos das forças annadas com te Costa e Silva. Tambén1 ignoro

Raden1aker participa a decisão a nação, ~m pon1e da segurança .por que Pedro Aleixo não tomou

tomada. Ninguén1 protesta, se- nacional. E afinnado que o presi- posse. Uni colega irreverente

quer os ministro cívis tidos co,no dente Costa e Silva havia concor- comenta: "Viraram a n1esa e nin-

liberais, como Delfim Netto, da dado com a solução, constituindo- guém ouviu o barulho... " Uns

Fazenda, Hélio Beltrão, do Plane- se a afirn1ação ná mais desla- querem saber se o presidente

jan1ento, Tarso Dutra, da Educa- vada n1entira. Naquela hora, no está morto e embalsamado. ·O. u-
ção, Leonel Miranda, da Saúde, e segundo andar, o já então ·ex- tro, se concordo com a solução

Magalhães Pinto, das Relações presidente não ton1ava conheci- dos três ministros núlitares. Res-

Exteriores. Muito menos Gania e rnento de nada. O rádio estava ta-me sorrir, enquanto distribuo

Silva, da Justiça, declarada,nente ligado à sua cabeceira, n1as ele, as últimas cópias do Al- 12, da

uni radical, que se congratulou con1pletan1ente desligado, ape- proclan1açào e do la udo 111édico.

co,n a usurpação e até apresen- nas vegetava. Percebo uma querida an1iga, jor-

tou a minuta de outro ato institu- .O país preferiu não ton1ar co- nalis.ta, Teresa Cesário Alvim. É ·

cional, de sua autoria, oQde todos nhcciinentó da ba rbaridade prati- a un1ca que, nun1 sussurro, acen-

~s governadores seriam depostos, cada, na rnedida em que a reação tua: "Agüente ti nne, sei que você

o Supren10 Tribunal Federal fe- popular foi nenhun1a. Já vivian1os nada te1n a ver con1 isso!" bO

chado e as prefeituras colocadas . uma ditadura, ela apenas acaba- pior é que tinha, pois estava lá.

sob intervenção n1ilitar. Diante de va de ser prorrogada. Naquela Apenas, deu tudo errado...

12 T GERAI; A UNIÃO Don1ingo, 08 de agosto de 1999

Carlos Mutirão da Catarata supera meta

Chagas Paulo Cosme or do Estado, as pessoas estão "'"m W{w.~§"""/'~,a. ",' "v.,"11
sendo atendidas no Hospital Flá-
Feito sorvete no sol... Esp<,clal pa ra A U NIAO vio Ribeiro Coutinho (Santa Rita), m~~• ·/,, 1/.v,iZ: W,
Hospital de Belém, Hospital da
Brasília (1\lô) - Conteste quem quiser, mas a base parlamcn SECRETARIA de Saú FAP e nas clinicas Roberto Pinto ~-$~
ta r do governo corneçou a dissolver-se feito sorvete no sol. de do Estado já ultra e Saulo Freire(Campina Grande),
Basta atentar para o comportamento dos grandes caciques do passou a meta estimu Hospital de Piancó, Hospital ,r~iJr.WaWmJ,ff/Pivi,~,m.m:W,iW:,r!~et,:fof~/i/'4iY''<-'·-~~,.,.·.~)1~Z~ ·.
PFL, do PMDB, do PTB e do PPB. Para não falar na postura ada para a realização Municipal de Catolé do Rocha, ,, ~~
de certos tucanos. Há uma unanimidade, um denominador co- de cirurgias de catarata. Desde o Hospital Santa Luzia, em Patos, W,:,"?,
mwn entre eles: senão batendo - e alguns batem - estão todos dia 8 de maio, quando o mutirão e nos hospitais regionais de Caja- ,~,wÕ~&•~.r, fw.~,,
se distanciando do Palácio do Planalto. ~1enos fisicamente, por- foi iniciado, 3.175 pessoas já fo- zeiras, Picuí, Sousa e Patos. 1/Y@, ,!lf'~;. ~ X
que freqüentar os gabinetes, do poder sempre acaba dando al- ram submetidas a cirurgias de ca- ,~;~./',
guns di videndo, mas, em especial, politicameme. tarata na Paraíba quando a meta Segundo o coordenadores- 0,,
era atender 2,4 mil pessoas. Até tadual da Campanha, Ginaldo w" fi. .
Estão na raiz dessa mutação diversos fatores. O atual mo- o final de agosto, a SES pretende Lago de Melo Filho, antes da ci-
delo econômico e a conseqüente queda da popularidade do pre- realizar mais 1.500 cirurgias, per- rurgia, o paciente passa pela pré- : ~ . •W.
sidente Fernando Henrique puxam a fila . Não dá para apoiar fazendo wn total de 4.675. O Mu-
um governo que continua privilegiando as elites, favorecendo tirão foi desencadeado pelo Minis- triagem e a seleção começa nas •,
tério da Saúde em todo o Brasil e unidades básicas de saúde, atra-
potentados, abrindo-se à especulação interna e externa e apre- faz parte de um leque de ações vés do enfenneiro/instrutor/super- ..:/,:,.~'.··,'~.,,-7.,..;-,,,.-;.,,.·;;•,t·-·~"..;Y,/..:.
(cirurgias de hérnia inguinal, vari- visor do PACS/PSF. Logo após a
sentando tudo isso como se fosse passaporte para o crescimen- ze e próstata), alusivas ao Ano In- pré-triagem, o paciente é encanú- ::' '_?~~::f;~i~~g,f;~=
to econômico. ternacional do ldoso-1999.
A campanha está sendo re- nhado ao oftalmologista creden- :/;t :?í.;~·.:J%m;:ir?..:.:..:::--~~-=· ~;.=.4.!.:-;:;.':;.·.·,;:";:·'_.~:t;Ó.,1✓~•.r:-,:,y-:.?,.'·.:.·«'l:~,',{..9½#.r:.~,~\:;.).:-,:,?~,:,}.✓~,.,
Porque os preços dos remédios, dos combustíveis, das ta- alizada em João Pessoa e no inte- ciado, onde serão feitas as tria- 2
xas e tarifas continuam subindo, o desemprego se multiplicando rior do Estado. Para esta primeira
e as falências aumentando, enquanto os privilegiados dobram fase da campanha, o Ministério da gens e o agendamento dos casos ,• . • ~-✓{',;::: . ;.,-, :,w~ ç;,; ~f:r:?,:"
seus pri vilégios. Durante algum tempo é possível transmitir à Saúde, investiu cerca de R$ 19 nú- cirúrgicos, após a realização dos 11
opinião pública que tudo isso é inevitável, mera transição para o lhões. Em João Pessoa, a assis- exames pré - operatórios. Pesso- ~~rfijlf00~~~1:-;, ..,;';.;;;·.}~;f',;r :~1;:r~f1[í#l~;.;~r .. %'Y/.'/ ' '•
Nirvana, mas depois de quase cinco anos fica impossível per- tência nessa área está concen- as com mais de cinqüenta anos ~~~'%~~-~n:-"'.:
n1anecer de braços cruzados. Deputados e senadores retorna- trada no Hospital Edson Ramalho que sentirem dificuldade para :_;:::r=:..i. -:~~=·.;.:, :, • •
ra rn de suas bases, há uma semana, trazendo na bagagem o e nas Clínicas de Olhos da Paraí- enxergar devem• procurar os )·ét:2.;:r.;::J?J
clan1or e a voz rouca das ruas, que até custaram a ouvir. Podem ba (Clinopa). Gilberto Stropp, Dr. Centros de Saúde próximos de :<:"i(!:'.>;~x:<, : ~. . : . : . : :!'. . ..
ter nú1e uni defeitos, menos o de insensibilidade diante do seu Rodrigues e São Camilo. O interi- sua residência para fazerem o ··, •• •••••• ··::.~,-z,.,,,J,{rt~~
eleitorado. exame preliminar, que identifi- :
cará a diminuição ou perda da ;f:·l·.::::.::·:
acuidade visual. }~i~ÍIIiJJt,[~i[?:/f-: :)t·•.' ::;}jí~I!itj A)'./:i._ i,~if.'¼:-:·:: ~(.~,,,:;::· .,, ·
;.rr, ··· ·<- ••,•• • ••

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~:t~r~rlr:tt~ir /il;:;,!-~~i~~t~1t.'.·:·..:::~.·~:~:~
f_.;•,i·~.-,·kw1(1'i}r?f-~)'t/}i.•~••';'t°: :•:·.:.:--.....,,::...:: ;;•;:. ~• • • •· •.•,..,•,~•i•H•••t•:• ::4:.t.r.r.t.i.J;.-,~fZ✓-:(\~;:•;•

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1\s eleições n1unicipais serão no ano 2000, e os dirigentes

Principais vítimas são idosospartidários sabein que se o cruel modelo econômico não mudou

até agora, não n1udará mais. Quem pedir votos em nome do Em João Pessoa, a pré-sele- um ou mesmo os dois olhos. Esse
governo arriscar-se a ficar no fim da fila . A escolha dos prefei-
ção está a cargo da Secretaria de tipo de cegueira é curável. A ca-
tos das capitais é de importância quasé igual à escolha dos go- Saúdedo mwiicípio, cujotrabalho
vernadores, e se os partidos de oposição fizerem maioria, esta- vem sendo feito em cinco distri- tarata é uma opacidade da lente
rá quebrado o eixo de poder. tos sanitários, espalhados pelos
intra ocular do olho (cristalino),
Est.10 todos de olho, mesmo, é nas eleições presidenciais bairros da cidade. Vale ressaltar
de 2002. Qualquer n1enino de jardim da infância concluirá que, que nem todos os pacientes que inviabilizando a função visual.
apoiado pelo governo, Antônio Carlos Magalhães não terá a demonstrarem alguma deficiência
menor chance. Ninguém duvida da sua sinceridade quando se durante o exame seletivo poderão Vários tipos de cataratas po-
lança de peito·aberto na luta contra a miséria, mas parece estar realmente com catarata. Só
óbvio, tan1bén1, que se no futuro dispuser-se a disputar o Pla- o ofalmologista poderá fazer o di- dem ser elencados, dentre eles,
agnóstico preciso da doença, du-
nalto, essa será sua n1aior bandeira. Não custa desfraldá-la está a congênita, (a partir de uma
desde já, em especial en1 ,neio as farpas·e estocadas no Mi- rante o processo de triagem.
doença sistêmica); a secundária

(a partir de uma de'oaencçaataoracutala1.rn);-
e a ma.is comum

volutiva da idade, chamada cata-

rata senil, que acomete pessoas

nistério da Fazenda, aquele que nunca recebeu um pobre em Responsável por cerca de acima de 50 anos de idade. Para

seu gabinete. 50% das cegueiras evitáveis, a os especialistas, a campanha é

Do lado do PMDB, a mesma coisa. O partido ainda é o catarata acomente, principalmen- uma ação louvável por parte do

maior do país, mas perderá essa condição se continuar susten- te, pessoas da terceira idade. O Ministério da Saúde, uma vez que

tando supressões de direitos sociais e apoiando imposições do processo de perda da visão pode o problema de catarata no Brasil . -... ......... 1'
demorar an9s ou meses atingindo é muito sério.
Fundo Monetário Internacional. O presidente Jàder Barbailio • a
...., •.J l Juu, ~Jjj t.' J(,;.._,,, ,J, IU, . 11.,(.h J ... - .,,
anunciou· e n1arcou data pàra as Õases peemedebístas' sé j:,tO:
Doença deixa o
nunciarem sobre se queren1 continuar apoiando o governo ou

adotar uma posição de independência. Imaginem qual será a cristalino opaco CIDADANIA E JUSTIÇA EM FOCO
resposta. Vale acentuar também, que para ter candidato próprio

o PMDB precisará aproximar-se cada vez mais de Itamar Fran- A catarata é wna doença que ~
co. Para lançá-lo ou para que ele apóie quem vier a ser escollú- afeta o cristalino, tomando-o opa-
do. E o governador mineiro corresponde hoje à antitese do pre- Conferência vai reunir secretári6s de Justiça
co e dificultando parcial ou total-

sidente da República. mente a visão, que se torna emba- Da Assessoria da Imprensa tado para-acabar com as maze- de reeducação e profissionali-
O PTB acaba de desligar-se da aliança parlamentar do go- çada a curta e longa distâncias. A las do sistema penitenciário, a zação do apenado; celebração
pessoa com catarata toma-se ex- AParaíba vai sediar, no dia de convênios multilaterais com
verno para formar wn bloco com o PFL. Não está na oposição, tremamente sensível à claridade, 23 próximo a I Conferência exemplo da superlotação carce-
mas distancia-se do poder. O presidente do partido, José Carlos fica com os olhos lacrimejantes e Nacional dos Secretários de rária; treinamento de agentes e di- segmentos diversos da socieda-
Matinez, reafirma que sua bancada não voltará mais um mísero pode passar a ver imagens dupli- Justiça do Brasil, em evento que
aumento de imposto, e o líder Roberto Jefferson, que Fernando cadas. A dificuldade de enxergar acontecerá no Hotel Tambaú, retores; reforma do Judiciário. de, especialmente ligados à de-
Henrique está n1uito enganado se pensa que a era Vargas ter- aumenta gradativamente com o na Capital.
minou. Pior ainda, se pretende extingui-la. Ainda são objetivos da I Con- fesa dos direitos humanos.
passar do tempo e a velocidade A Conferência está sendo Alémdos secretários de Jus-
Até o PPB de Paulo ~1alufpede licença para desarmar sua com que ela aumenta varia de uma organizada pelo secretário da ferência dos Secretários de Justi-
barraca. O governador Esperidião Amin, por motivos óbvios, pessoa para outra. Quando a ca- Cidadania e Justiça da Paraí- tiça de quase todos os Estados
precisa ficar próximo do Tesouro, tendo em vista os precatórios tarata acarreta limitações e preju- ba, Adalberto Targino; secre- ça do Brasil: entrosamento entre da Federação, marcaram pre-
que não pode saldar. Mas é voz isolada, pretendendo cantar dica o desempenho das atividades tário de Justiça e Segurança do os secretários de Justiça, Clero,
ópera no meio de wn conjunto que adora o rock. diárias no paciente, é indicada a Distrito Federal, Paulo Castelo Imprensa, Poder Judiciário e ~1i- senças ainda na Conferência, o
Branco; secretário de Justiça governador José Maranhão; o
Não adi.anta tapar o sol com a peneira, o processo come- cirurgia.O cristalino é uma lente de Pernambuco, Humberto Vi- nistério Público; formas de se bus- ministro José Dias; o secretário
çou. O sorvete está no sol e breve.só restará a casquinha, natural dentro do olho, wndos ins- eira de Melo; secretário de Jus- car plenitude do exercício da cida-
que se for de biscoito ainda será deglutida pelo primeiro fa- trumentos responsáveis pela gra- tiça do Rio Grande do Norte, dania; cornbate a toda forma pre- nacional de Direitos Humanos
minto que passar... duação da visão. A perda de pro- deputado Carlos Eduardo Al- do Ministério da Justiça, José
teínas e de água são algumas cau- ves; e secretário de Justiça de conceituosa e tratamento discrimi-
Começamcirurgias de hérnia sas que contribuem para o surgi- São Paulo, João Benedito. natório; empregomoderado da for- Gregori e; a secretária nacio-
nal de Justiça, Sandra Valle.
mento da catarata. Segundo Adalberto Taigino, çapública policial e nova doutrina
De acordo com os especia- quase todos os secretários de

Dando prosseguimento a Coutinho, (Santa Rita), Alcides listas, a catarata senil é o tipo mais Justiça do paísjá marcaram pr~ ,
Campanha de Cirurgias Eletivas, sEnças na I Conferência Naci-
teve irúcio no último sábado em Carneiro, FAP e João XXIII, comum e é responsável por mais onal, quedeve contar ainda com 1 ,}f
todo o Estado, as cirurgias de hér- de 50% dos 40 milhões de cegos representantes do Ministério da ~~~
• nia inguinal. A meta, somente no Pedro I e AntôoioTargino (Cam- Justiça e do recém nomeado '' "••··'
Hospital Universitário de João pina Grande); Fundação Cientí- que existem atualmente em todo ministro, José Carlos Dias. .,->4{&'1~l~&~fu . ~.;,,'.f,f~t,il~;.t l
Pessoa, é atender a cerca de 120 fica Cultural Manoel Araújo o mundo. Apesar disso, a ceguei- ·w,...,.,.~ . •"'"'¾'·"'·· •" ,
pessoas durante dois meses. Na (Massaranduba), Hospital Muni- ra causada pela catarata é rever- A I Conferência Nacional ;._..,.:f1
Paraíba, segundo o médico Ginal- cipal (Pedras de Fogo) e nas re- sível através de cirurgia, cujo ín- OpadreAntônioMariaf~•:;:~•= :~;;;::~::,~;•",·",._p. .'r.,e,so
do Lago de l\1elo Filho, a Secre- gionais dos municípios de Guara- dice de rejeição é praticamente dos Secretários de Justiça do
taria Estadual de Saúde, pretende bira, Picuí, Monteiro, Patos, Pi- nulo. Após a cirurgia, o paciente Brasil tem o objetivo de traçar
atender 1,4 mil pacientes. ancó, Catolé do Rocha, Cajazei- deve ter alguns cuidados para políticas uniformes de comba-
• A prin1eira fase do traba- ras, Sousa, Belém e Princesa Isa- garantir uma boa recuperação.
lho compreende a triagem dos bel. Nos próxim·os meses serão Durante o pós-operatório não se te à violência nos presídios; di-
pacientes que em João Pessoa realizadas mais duas etapas da deve abaixar a cabeça ou fazer
poderão recorrer aos hospitais Campanha, onde serão realizadas qualquer esforço fisico. ~:::!minuir fugas e rebeliões; traçar
Edson Rarnalho, Napoleão Lau- cirurgias de próstata e varizes. ~~':f:~~e~~a:~
reano, HU e Valentina de Figuei- As pessoas com mais de,cin-
redo e as cirurgias serão realiza- Para a realização das ci- qüenta anos devem procurar um Apenados recebem d1.plomas,rU~S:Wr.-t0.t,,.1w;:~ ~¼-?"1' ·rWwh. :rW0.1"1i1~õ~l<m~~w~~«.i~!•fw~m~~,·,IwDI@.(~ ..
das o mais rápido possível. Os rurgias de hérnia inguinal, o Mi- centro de saúde próximo de suas
atendimentos destinam-se as pes- nistério da Saúde está investin- residências para fazer o exame de A Secretaria da Cidadania reunião do Conselho Estadual de "a conclusão do curso não fique 1
soas com idade acima de 16 anos do·atiroximadamente R$ 260,00 seleção que identificará a existên- e Justiça entregou, recente- apenas no papel, mas que o ape- 1
e a meta, segundo o Ministério da pof P,e_;i~Qa. A_doença é carac- cia de algum tipo de problema visu- Penas Alternativas, presidido pelo
Saúde, é beneficiar principalmen- t~rifaltá pela presença de um al. Nesse exame ainda não dá para mente, a diversos apenados do secretário Adalberto Targino. Os nado, vítima do destino, a partir
te os usuários do Sistema Único saber se o paciente tem catarata. Projeto de Penas Alternativas, concluintes dos cursos profissio- de então caia no mercado de tra-
de Saúde, o SUS. ·ca~oço-na·½rilha, com tamanho certificados de conclusão de nalizantes, diretores de unidades balho e, com muita dignidade,
P.oucas Cirurgias - Nos pa- penais, autoridades ligadas a ór- exerça sua profissão".
No interior do Estado, os variável. A hérnia inguinal sur- íses subdesenvolvidos ou em de- vários cursos profissionalizan-
pacientes deverão procurar aten- ge em decorrências de fatores senvolvimento existe uma expres- tes. A solenidade aconteceu no gãos de direitos humanos, bem O padre Antônio Maria,
dimento nos hospitais São Do- como esforços físicos (carregar siva demanda reprimida de cirur- Memorial da Cidadania e Jus- como representantes do ~1inisté- também presente à solenidade,
mingos (Bayeux); Flávio Ribeiro peso), tosse, gravidez, dificulda- rio Público e da Justiça ejornalis-
des para urinar e intestino pre- gias de catarata. No Brasil, 90 mil tiça, no Centro Administrativo, benzeu os concluintes dos cur-
so. Após a cirurgia, o paciente pessoas se operam de catarata em João Pessoa, e contou com tas participaram da reunião. sos profissionalizantes. Antes
deve ficar em repouso por um O presidente do Conselho e
período de pelo menos dez dias. por ano, quando o necessário se- a presença de várias autorida- da parte festiva, todos fizeram
ria 640 mil cirurgias, segundo da- des, sendo presidida pelo secre- tambémsecretáriode Justiça, Adal-
dos da Organização Mundial de orações. Entre os cursos feitos
Saúde, (OMS). Nos Estados Uni- tário Adalberto Targjno. berto Taigino, fez 1nenção aos ape- estão: auxiliar de portaria, au-
dos, o número de cirurgias chega Antes da entrega dos cer- nados que, com participação exem-
a I milhão e 300 mil por ano. plar terminaram os cursos profissi- xiliar deserviços, uma vez que,
tificados aos detentos benefi- malii.antes. Targino, após elogiarto- os apenados já exerciam essas
ciados com as penas alternati- dos, fez apelo aos mesmos para que
funções, mas não tinham quali-
vas na Paraíba, aconteceu a ficação adequada.

.)

· Pasta ~✓º CXJ} - FL.3.91)
~-
• /?. / ·,-t,., A UNIÃO ESPECIAL . T 11

J/cz t1v' 'Domingo, 15 de agosto de 1999

DOCUMEN'l'.0 ESIP!ECBAL

Carlos Chagas escreve

Bastidores de

um drama acontecido
há 30 anos - KV

·Começa a grande

caça às bruxas •

Vão acontecer polêmicas sem couta entre os próprios chefes

1nilitares. Pelas páginas de O Globo, e depois em cartas endereça-

das ao minjstro do Exército, o general lvloniz de Aragão questiona a

Junta Militar. Faz o 1nesmo o general Afonso Albuquerque Lima,

recebendo respostas também ei>istolares. Ele acabará preso nas de-

peodênci6s do ministério. Poucos se entendem, osânimos estão acir-

rados tanto pela usuwação do poder quanto pelo sequestro do em-

baixaÍ!or a,nericano. Seiia isso o pretendido pelos sequestradores,

entre osquais se encontravam Frau.kliu Martins, hojejornalista polí-

tico do primeiro tunc, e Fernando Gabeira, deputado federal? Não

perceberam que com o gesto radical estavam apenas fornecendo

munição ao adversário? Passado o clímax, lançou-se o governo numa

das mais formidáveis caça às bruxas, com operações de prisão em

massa~ suspeitos, arbitrariedades, violência e cassações.

Logo na semana seguinte ao sequestro a Junta Militar, por su- ;1

gestão do ministro da Justiça, Gama e Silva, editou osAtos Instituci- ,1
onais 14 é 1~, modificando a Constituição e a Lei de Segurança
, . )j
Nacional para criarinúmeros casos de pena de morte por fuzilamen-

to, par? terroristas, bep cot o de prisão perpétua. oras; no
. Quanto à imprensa, fo o ho1Tor. A censura, que Costa e Sil-
va suspendera por alguns eses, volt.ou com toda a intensidade. ·

Eis como exemplo algumas ordens e>..-peclidas nominalmente pelo • ·•
menistério da Justiça, mas oritmdas de diversos setores militares, aran eiras

dos ministros aos comandantes de Exér.cito: ''Nada sobre Costa

e Silva, sua recuperação e as possibilidades de seu retomo ao
governo". ''Nenhuma informação do Secretário de Imprensa que
· não se limite aos atos oficiais". ''Nenhuma informação de D. Io-

landa sobre o marido". "Andreazza só pode falar sobre pontes,

estradas e portos. Nada sobre política". s jornais do Rio sofriam questraóam o presidente enfenno, governo. ·o primeiro denominador mais apagado de todos, uma es-

dupla censura: do ministé levando-o para um hospital, de comum a ficar claro era de que a pécie de denominador comum

óo da Justiça e do I Exér modo a retirar da Junta Militar o J~Militarnãopoderiacontinu- , .negativo,.começa,a surgir outro

.un1pouco mâ,s' 'cito. .Os. de..São..I.>anlo.J!:, .....escudo,.humano em_que..se..refu~--ar..No gabinete.do.general$izeno.,-hom<P--Eirultó-G,11:rãstazu-Méd.ici;r=-- -
nhám dé'iÍberdá-- - gíavain.Nõ-cãsô,-õ prÔprio Costâ . Sannento, comandánte dói Exér- cõ.õüindante ció·:ifi: Exército,-ex-

de, tendo em vista que o coman- e Silva... A ordem era fazer fogo cito, os generais servindo no Rio chef~ do Serviço Nacional de In-

dante do II Exército, general Ca- ap primeiro sinal de movimenta- haviam decidido: "A Junta não é fonn?ções . Também foram lem-

navarro Pereira, não era candida- ção estranha. O geoeral Portela solução, nem~ longo nem a curto brados ·militares da reserva que

to e ligava-se a grupos militares e,o seu pessoal do Gabinete Mili- prazo. Se vai ser substituída, que ocupavam postos civis, como ]ar-

mais n1oderados. A TV-Tupi do tardonniamnoprópriopalácio,em o seja Jogo". bas J,>assarinho, ministro do Tra-

Rio de Janeiro chega a ser posta camas de campanha estendidas ao Deveria ser escolhido um balho, Costa Cavalcanti, ministro

fora do ar por dois dias, porque o làdo de suas escrivaninhas. novo presidente. Agora, como do Iilterior e Mário Andreazza,

jornalista Heron Domingues havia •t Sucederan1-se as reuniões escolhê-lo, se tantos chefes mili- ministro dos Transportes. Uma

pulado por cima da censura e lido fqnnais e informais, nos dias ime- tares eram candidatos, mesmo frase afastou-os de quaisquer co-

nota oficial do Laranjeiras, dando diatos. Aquelas, uma ou duas ve- com a maioria não tornando pú- gitações, pronunciada pelo gene-

conta de pequena 1nelhoria no es- zes por semana, entre os Alto blícas suas candidaturas? ral Orlando Geisel: "Eu não faço

tado de saúde de Costa e Silva. C,omandos do Exército, Marinha Entre os múltiplos nomes fa- continência para coronel!" Os três

Para muitos candidatos, essa me- e Aeronáutica e o Alto Cornando lados para ocupar definitivamen- tinham deixado o Exército como
lhoria estava fora de questão. das Forças Armadas. Estas, diá- te a presidência estavam: Sizeno coronéis...

Houve noites em que os boa- rias, entre grupos os mais varia- Sarmento, comandante do I Exér- Com outro possível presiden-

tos eram tão grandes e desbara- dos, que se alternavam nos quar- cito, Antonio Carlos Murici, che- ciável aconteceu pior. O brigadei-

tados que o chefe de Segurança téís e residências. Nunca, em toda fe do Estado Maior do Exército, ro Faria Lima, cujo irmão seria,

13 dos 15presospolíticos liberadosfizeram da presidência da República, 1na- a história republicana, registrou- Afonso Albuquerque Lima, che- depois, governador do Rio de Ja-
pose a11tes cio en1!Jarque para o México. jor Hilton Vale, viu-se obrigado a seebulição igual. fe do Departamento de Produção neiro, começou a ser lembrado
Fuzileiros 11avaisguard(1vf1m o aeroporto, distribuir metralhadoras pesadas e Obras do n:unistério do Exérci- em setores menos radicais. Vi-
ao seu pessoal, espalhado pelos Aos poucos ia-se definindo a to, Orlando Geisel, chefe do Es- ajou de São Paulo para a antiga
devido a run,1. otes ele unz ataque militar jardins do palácio Laranjeiras e do situação, em especial à 1nedida em tado-Maior das Forças Armadas, capital, a fim de participar dos
Parque Guinle. Havia temores de que ficáva clara a i1npossibilidade e Lira Tavares, ministro do Exér- entendimentos, mas morreu fui-
ataque dos paraquedistas, que se- de o presidente Costa e Silva res- cito. Lentamente, talvez por ser o minado por um enfarte.
tabelecer-se e voltar a chefiar o

í

A UNIÃO coloca a

• Paraíba nas comemorações dos

500 anos do descobrimento do

Brasil. Todo domingo o leitor

recebe encarte de q1:1atro

\~ páginas com artigo - ·de autor
reconhecido - situando a
'
Paraíba, através de tema livre,
:.: ~ , ,
na História do ·Brasil.
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1
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. . . . .✓

~-

APARA·ÍBA NOS 500 ANOS DO BRASIL

12 T GERAL A UNIÃO Dontingo, 15 de agosto de 1999

1•• 0 e1• so •CI•

S UPERI NTE NDE NTE

de A UNL.\O, Zélio /vtar-

ques, pa rticipou do XX ll

Encontro da Associação

Brasilei ra de lrnprensas Oficiais

( Abio). ocorrido em Maceió-AL,

entre os dias 5 e 6 deste mês. O

Evento teve con10 objetivo prin-

cipa l di s cuti r os problema s en-

frenta dos por essas entidades e

soluções para resol vê-los. O En-

contro foi prestigi ado por repre-

sentantes das hnprensas Oficiais

de 23 estados brasileiros, a lém de

autoridades como o governador de

Alag oas, Ronaldo Lcssa; o secre-

tário de Cicncias e Tecnologia de Zélio Marques participou do Encontro da Abio, em Maceió

Pema1nbuco, Cláudio Marinho

Lúcio, e diretores da Gráfica do

Propostarevolta dirigentesSenado.

No Encontro da Abio deste Como res ultado das discus- ções legais, na medida em qúe
ano, o tenta mais i1nportante en- sões acontecidas no Encontro da às primeiras será permitida a
tre os discutidos diz respeito ao Associação Brasileira de Im- publicação de fonna condensa-
anteprojeto de alteração da lei que prensas Oficiais, os presidentes da ou consolidada.
regula as Sociedades Anônimas. das entidades participantes do
A polêmica foi acirrada graças a evento manifestaram profundo As críticas ao anteprojeto
unia proposta de alteração do ar- descontentamento con1 a pro- apresentado pela CVM tam-
tigo 289, apresentado pela Conlis- posta apresentada pela Comis- bém se fundamentam no fato
são de Valores Mobiliários (CVM) são de Valores Mobiliários ao de os n1embros filiados da Abio
ao nlinistro Pedro Malan, que pre- ministro Pedro Malan. considerarem as pretensões da
judica os Diá rios Oficiais, limitan- Comissão de Valores Mobiliá-
do essas en1presas a simples for- A estranheza dos represen- rios de estabelecer meios ele•
necedoras de "demonstrações tantes das Imprensas Oficiais se trônicos para a divulgação dos
contábeis de fonna condensada". baseia no fato de justamente a resultados das companhias
Vale salientar que tafposição con- CYM ser responsável pela garan- abertas fere, fundamentalmen-
traria o "princípio da publici<!3de", tia de ampla divulgação das de- te, os princípios da legalidade,
garantido por lei, no artigo 37 da monstra,;:ões financeiras das em- de competência do Poder Le-
Constituição Federal e ainda os presas de capital aberto, nos ór- gislativo. Além disso, atentam
princípios fundamentais da Cer- gãos oficiais e nos jornais de gran- contra a regulamentação da pu-
teza do Direito e da Fé Pública. de circulação. Segundo a Abio, a blicidade legal, que não pode
Comissão de Valores Mobiliári- ser substituído por meios pri-
Como resposta à proposta do os, ao propor a faculdade legal vados de informação.
CVM, a Abio encaminhou ao mi- (artigo 289, parágrafo 2) de publi-
nistro e ao Congresso Nacional No Encontro, também che-

uma aprofundada defesa propon- cação das demonstra,;:ões contá- gou-se á conclusão de que caso

do a inalteração do artigo 289. A beis "de fonna condensada ou essas infonnações sejam confi-

iniciativa da Comissão Mobiliária somente demonstra,;:ões consoli- adas aos meios eletrônicos pri-

provocou a indignação de muitos dadas de forma completa" está vados, como a Internet, esses

dos representantes das Imprensas contrariando fundamentalmente o dados vão correr o risco de en-

Oficiais de todo o Pais. "Causa principio da ampla divulgação ao frentarem toda sorte de falsifi-

perplexidade que a iniciatif te- público, sob re os resultados de ca,;:ões. Com isso, por unanimi- 1

nlia sid_o _da Comissão de V" ores en1presas operacionais.• ,v• •• dade, os, -23- representantes da -'
1
Mob1hanos, a·queíri cabenª ·gil~ " De acordo com os filiados da ABIO afirmaraii( que"só as"píi- \
l
rantir a e.xigência constitucional de Abio, essa franquia legal afron- blicações dos Diários Oficiais

publicar a n1ovimmtação financei- ta os princípios da isonomia en- dos Estados e do Distrito Fede-

ra das empresas", explica Zélio tre as en1presas abertas e fecha- ral preenchem os requisitos fun-

l\1arques . das, no tocante às suas publica- damentais de Fé Pública. 1

\

GOVERNO DO ESTADO DA PARAIBA l CARLOS ULYSSES
SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE COMlJNICAÇÃO INSTITUCIONAL
C3E,t\'.!C! CQWEQ li1 S/.!,:pj~!L D~ ÇCfi9C,\C!Ç: ?ic?.O os acionista.> dast! e~p:-ese.,
A 1/NIÃO • SUPERINTENDtNCIA DE ll\lPRENSA E EDITORA
COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO co~vocaios e ::tunir-sa an !!'JJ/!.rl, a ~iliza..-.sa en 2),08,991 E.S 08:0)ils,na seàe eg_ Serviço Notarial do I'Oficio eRegislra/ lmobirrário da Zona Sul

AVISO DE LICITAÇÃO ciel1 locelizefa a Er 101 m96-Conie-!B,,cc!:i a se~t! orõEm do dia: 1) A]l!'ova;~o TITULAR: Bel Walter Ulysses de Carvalho 1 !'
TOMADA DE PREÇO N." 007199
das cont;s do exerefoio fi.Mo E~ Jl,l.2lS8i 2)Zlet,jisC'is;êo,'l'.lt~ão 1o EllatÓ~io . 1
EDITAL DE LOTEAl\tENT'O
Pr-o«s.t-o: 012121'99 ce !d:1Jústrc.;e.,13e1Mço ?atri~ciel,ri.:~nstraçõea Ft~..~:eirasi 3)0--t~os assuntos •

A UNIÃO • Supuinlcndincia de lmpnG.J• e Editora. atravb de sua Comisslo socieis, :li !IB: l)iltera;~ l'arcial. d1estatuto, Conr.e-??,, 12 da "6-iSt) de 1999 • •
Pirnn.c1cnte de LicitaçJo, daie,nadaipc-la Portaria n.• 002, de 12 de janeiro de l999,
Co!l..«llio de J.mnistra.•ã?, l 1 •
com publi<"aclo ao D.O. de 14 de jaodro de 1999, nalirarii lidb~o a• ,nodalidade
TOMADA DE PREÇO, do tipo MENOR PREÇO, nc!d• pelo Lei o." 8.66&'93, • o Bel. Waller Ulysses de Carvalho, infra assiuado,_na quali~de de Olicral. 1
•ltcraç6u posttriorts, na ui■ de fflloJlo da CPL. dluada na sr-de do jorzul A
UNIÃO, à BR 101, Km 03, Disnifo 1Ddusrrla1 dt Joio Peuoa • PB., (ooc (083) do Registro de Imóveis da Zona Sul, da Comarca desta Capital, por vutude da Lei,• 1

133.1210 t lJJ.3000 (íu). c-oaformt tsptdtlcaçlo aball:o: l!IC. 1
OBJ'ETO: aqui.siç-Jo de cbapu, lilmt e nnbdoru para jon,1J t criOca.
CO~fPANHIA SISAL' DO BRASIL- COSIBRA f AZ SABER a todos os interessados que a filma PLANTERRA - 1.
DATA DE ADERTlJRA: Jll d< acosto d< U,,, is J5h Jllm 1
DOTAÇÃO ORÇAMEl\ãÁRIA: Pl'oJ«o Aàridodt 2179 t 2180, El<mtolD dt D«pesa C.G.C N'09.092.610/0091-37 PLANEJAf.iENTO DE TERRA LTDA. com cnderc~.à Av. Agamcoon Magalhães~
I'
3120. Fonlt 0 70. EDITAL DE CO:.'l'OCAÇÁD-ASSEMllúlA CM IXTRAORDINÁFJA • fnm oml'ihdo. o, S... ,',dot,w d! 107 bairro do Deroy, na cidade de Recife-PE mscnta no CG~/MF sob .n.
f
Joio Pcs101, 1l dt •s:.osto de 1999 )cio,_.G,c,pr.'riJ S':s,l do E""1,ccrultl, 1" lfWIÍltm <ali AA<lll~liii G,,,l E:dnordir.i.,;,, t:>.,. i,d, s«itl1At. c.cil, de 01 104 13910001-78 representad.l pelos seus sócios gerentes Sr. \\!1aslungton de l1111a
. ~ 19 -e..-~· fll, i.i lO:OOmdo &lbde ~dt im.•/'m, d,ddi!>cmm..ti,'"~""'""do .
rSoMARIA ~AJUO LIMA dia: •l [)ajo dt t~, di faww .llw,a..,, '!" <>li clq.it por di"'"' i'"""'": bl t,il!ll$ asrut« J, inl= di ?Is;~tos.•inscrito 00' CPF 865.879.515-20, C.l. RG n.º 3.521002-SSPIPE e o Sr.
Presldcou da CrL t• &l &• 41 Í Jt ,a f
Rodri;o Correa Lacerda de Melo, insc~to. ~o 'CP_F 8.492.374-33_ e C.I. RG n.º
' l t,~•J• 11J'4 J. _'.'.U"-),, ,•:":,l , ...,'J.•,l!" 1
IOÓtd>d<j,ioP...,._ ! 2 d t ~ d e 1m..IR\WiOOKI.À!IN•D'.ttl,r ~ ~-967.800-SSP/PE, na qua!id.lde·de pr~pnetana do ,movei i~fra dcscr,10,_depost~
ucstc serviço os docu1nentos ni:cessãnos exigidos pelo arugo 18 da Lc,_Fedml n. !

6.766. de 19/12/1979, para o registro do Loteamento CJDAI!E VERDE,_localu.a~o 1

110 bairro das lndusJrias, no município de João Pessoa - PB, circunscn~o 1mob1hária

. '{;;TELEMAR da Zona Sul, imóvel à ser loteado na propriedade de nome Fazenda Mares ou F3;2toda .

Ven•za localizada na zona wbana, atingido pela ,.ona ZR2, com uma arca total de ,

l.219.200m2 e :irca a ser loteada de 70,02 há, compo&~ de 47 (quarcota_e sete)

sQcuteandtr.aas'enudmoiesr)adlaostesso,b1no•d•o(ss)c6a0ra0ctàer6iz4a6d•oesssansa subd1vid11las em 2.072 (dois m.il e
planta. aprovada pela Prefe,1~

Comunicado TELEMAR Municipal de Joào Pessoa, em data de 30/04/99, alvara de hcença de aprovaça~

A TELEMAR comunica, que de acordo com o Regulamento do Serviço n"0588199, expedido através do processo 0794/994, conforme ~ecreto Mumcr~al n.
Telefônico Fixo Comutado - STFC, Resolução 85, de 30/12/1998 da
ANATEL; o não Pagamento da conta telefônica implica nas seguintes 3:778199 de 02 de março de 1999; titulo de propriedade ~Vldameote mscnto no
medidas: registro Geral de Imóveis da Zona Sul, desta Com~ca, no hvro 2-FS, lls:225, sob
• Vencimento+ 30 dias : Bloqueio Parcial (Art. 67 e 68)
,natn·cu1a n.• 47.009· E, para que chegue ao conhcc1me.nto de 1odos·, expe-d,i,u1-sedeoste
• Vencimento+ 60 dias: Bloqueio Total . (Art. 69) ediial que será publicado no jornal local, por três dias ooosecuhvos, l""'e~ . o

1 registro ser impugnado oo prazo de 15 (qu~) dias, contados da dala da últuna
lei Federal n0 6.766n9. Eu,
• Vencime·nto + 90 dias: Rescisão do Contrato, com perda deíinitiva do pWubalh1.ccraçU.ãloy,ss••e·•dsode110Csartevnalnhoos, do anigo 19 da citada Regt·stro de 1mo·vei·s e r•w-exos,
Oficial do Registro do
número do telefone, sem prejuízo da cobrança do débito e acréscimos
legais, mais a possibilidade de inclus.ão do CPF/C~C do Assinante em ~ditei opicsente e subscrc,i Jo~PessM !J-~e agosto de 1999. '
Sistemas de Proteção ao Crédito. (Art. 70).
. .----- J ~
Comunica ainda, que os titulares de telefones locados ou cedidos a terceiros,
procurem as lojas de serviço da TELEMA~ para atualizar os se~s d~d~s G=-== 12ti1i1~ $ ...
cadastrais. Esta medida visa proteger o assinante em caso de 1nad1mplenc1a
do locatário. lll\ll.AA

Gerência Administrativa Financeira PARAI DAN-BANCO 00 ESTADO DA PARAIBA S-A.
CCC N•. o,.O,J.J52/000l-03
..
Na qualidade de administrador do Paraiban fundo de lnve-,stimen,o Financeiro - CUcto
".'
rn=

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

ficam os Srs. Condôminos do Fundo acima mencionado, convidados a compartcCtcm i,

Assembléia Geral de_Condôminos, •. ser realiuda na sua Direç!o 0ml, nesta cidade, na

Av. Scn. Rut Cunc,ro, s/n, Ed,fic,o do Mercado de Artesanato P,raib•no Tmeo •

Tambaü, em prime;ra convoca?'o no dia 19.08.1999, _LS .ªhoras.obedecidos ~s quorwa

regiJ1a.~larc~ A fim de deliberarem sobre a segu1n1c Ordem do Dia: a) Ahetar a

denomtnaçio do fundo; b) Altcnr a laU de administnção; e) Outros assunlos de intcrc:ssc
geral ·

Nio se realizando em r Convoc.ação. a Assemblêia realizar.se-à cm 2• e última

Coiwucação no dia 24.08.1m, no mesmo hotàrio.

Jolo Pessoa, li de Julho de 1999.

Paraiban-Banco do Estado d• Paraíba S.A.
Administrador

// •

:Oon1ingo, 22 de agosto de 1999 A UNIÃO ~IDADES T 9

•• 1

a az• e1ras, anos e ro resso l

Gove1!4nado1!4 pa114ficipa de festa e presenteia o município inaugurando obras

GOVERNADOR José bandeiras, apresentação de esco·

l\1aranhào panicipa hoje, las e torneios esportivos.

en1 Cajazeiras, das hon1e O governador José l\-lara-

nag cns aos 136 anos de nhâo, o prefeito da cidade, Epi-

e1nanci paç.'io política da cidade e tácio Roli 111, e a deputada esta•
da abertura das festividades co- dual Zarinha Gadelha, acompa·
me111orativas ao bicentenário de nhados de lideranças políticas

nascin1ento do padre Inácio de da região, deran1 inicio as sole• -·.., .
Souza Rolin1 , o fundador do n1u- nidades de inaughração às 9h.
nicípio. Pela progra111ação, o Pela progran1ação, o governa• ;.,
governador participará dos de- dor fez, prin1eiramente, a inau•
bates sobre a história de Caja- guração da Unidade de Terapia ' : .·

, zeiras e da obra do padre Rolin1, intensiva do Hospital Regional _.~;:!3,~rt;

na Biblioteca Pública l\1unicipal de Cajazeiras. En1 seguida eles

Cast ro Pinto. fizeran1 unia visita às obras de

I En1 seguida l\'laranhão presti- construção do He,nocentro da

g iará o desfile civico co1ne1norati- cidade, bem como as ob_ras de

vo ao Ano do Bicentenário alusivo recuperação do Teatro lracles

ao Dia da Cidade. O desfile terá a Pires. •
participação de escolas da rede
pública e privada, da Universida- Saúde• Em seguida, a conlÍ·

tiva fez uma visita á feira livre de

de, da Cefet · antiga Escola T éc- Cajazeiras, onde o governador fez

nica Federal da Paraíba e de enti- a abertura do Progran1a Estadual

dades civis, 1nilitares e eclesiásti- "Vivendo Saúde e Cidadania na

cas. Após o desfile as autoridades Feira''. Segundo o secretário de

se deslocarão para a avenida Pre- Saúde, José l'vlaria de França, an-

sidente Jo5o Pessoa para assisti- tes do atcndin1cnto na feira, o pro•

rcn1 á cht,gada do Fogo Sin1bólico, gran1a vinha atuando con1 o J\.1u·

que acenderá a pira no local onde tirão da Cirurgia, co111 a realiza-

será construido o 111onu1nento Mar- ção de 300 cin1rgias de catarata

co do Bicentenário do ano 2000, e 50 de hérnia inguinal, no Hospi·

uma ho1nenage111 justa ao fi.u1da- tal Regional. O Projeto Vivendo Saúde na Feira, da Secretaria da Saúde do Estado, estará atendendo a comunidade de Cajazeiras e região

dor da cidade, Padre Roli111. Hoje, co111 as barracas do pro•

A grande festa que os caja- grama instaladas na feira, a popu·

Cidade que ensinou a Paraíba a lerze1re11ses preparara1n para co- lação local está recebendo assis-

mc1norar o ani versário dos 136 tência de n1édicos ho111eopáticos e

anós de e111ancipação política da assistência 111édico-odontológica, A cidade que ensinou a Para- Padre Cicero, que foi aluno do de se confunde com as comemo-
cidade co1neçou ontein, con, a
chegada do goven1ador José 1'vla- con1 àdistribuição de escovas, cre- iba a ler está co111pletando 136 padre Rolim. rações do bicentenário de nasci-
ranhão. Pa ra o prefeito do 111uni-
cipio, Epitácio Leite Roli111 , apre- 111e dental, 1nedica1nentos e preser- anos en1 grande estilo. Localiza- O colégio atendeu, não ape- 1nento do Padre Rolim. Duas pro-
sença do goven1ador na cidade vàtivos. O Progran1a Cidadania
está sendo de sun1a i111portância, tan1bé111 integra o Saúde na Feira, da no Alto Sertão paraibano, Ca- nas filhos de Cajazeiras, mas de gran1ações forain elaboradas, sen-
porque ele não ve111 apenas co1no
n1ai s u111 convidado. Ele ve111 con1 a expedição de docrnnentos e jazeiras conta atuahnente co1n cidades vizinhas e até de outros do que as festividades cotn rela-
µ:ira 1r:izcr sa i,de, culcur;i e de- assistência jurídica gratuita, alê111
sr n,·ol vin1r11to co111 11111:i scríc dt> de orientações ao consu1nidor e u1na população e111 ton10 de 60 n1il Estados. Na galeria do Colégio ção aquele religioso se prolonga-
inaugurações de obras nas zo- trabalhadores rurais.
nas urbana e rural de Cajazci- habitantes. Te111 uni cli111a quente Diocesano ainda são guardadas rão até o próximo ano quando se
ras . As co1ne1norações alusivas Eucrgia e E111 seg\1ida o go-
ao aniversário de en1ancipaçâo vernador. j1111ta1nt,1te c(1111 o c<)e>r• na n1aior pa1te do ano, sendo lnna vá rias recordações de tunnas con- comen1ora, efetivamente, os 200
politica da cidade de Cajazeiras denador do Projeto Cooperar, José
coinciden1 co111 o aniversário de \Villams de Freitas Gouveia, fez a das características 1narcantes do cluintes do passado. anos de nascimento.
nascin1ento de seu fundador, Iná- inauguraç.ão sinibólica do projeto
cio de Souza Roli1n. De acordo de cletrific.--ição rural nas connmi- lllllllÍCÍpib. Co,n llllH'I áreã ele .,,.. . Ainda com relação a educa• Co1nércio • Cajazeiras não
co1n a progran1açâo da prefei- dades Riacho Fw1do, Sítio Fuá, Sí-
tura do 1nunicípio, os festejos 57°k111°. a cidadefaz cxtren10 co1n cão en1 Caiazeiras, o n1unicipio .. deve nada aos 2.randes centros da
prosseguiu co111 hastean1ento de tio Calil\"to e Sítio Caiçar•a 1, loc.--ili-
o Estado do Ceará e representa o possui o Campus V, da Universi- Paraíba. O con1ércio local éum dos
zados na zona rural de Cajazei ras .
Essa obra segundo José \1/illia1ns, 1naior 1C1\1S do Sertão superan· dade Federal da Paraíba, onde n1ais 1novimentados, muita gente se
beneficiará 129 fumilias, con1 a ins-
do Patos e Sousa. fi.ulciona vários cursos. Atualmen- desloca do Rio Grande do Norte e
talação de 220 postes, num inves-
tin1ento de R$ 70.581,92. Cajazei ras te1n co1110 ponto te conta con1 1.200 alunos do Ser- do Ceará para fazer co1npras na

alto a educação e, por conta disso tão e cidades vizinhas. O Centro cidade. A feira também é uma das

te1n o slogan de a cidade que en• Federal de Tecnologia (ex-Esco- mais variadas. Tem de tudo, desde

sinou a Paraíba a ler. Tudo con1e- la Técnica Federal) é outra gran- roupa até alimento. Um pouco da

çou quando o padre Inácio Rolin1 de conquista e representa o orgu- cultura regional também é visto no

fundou, en1 1843 o hoje Colégio lho para quem mora na cidade. Alto Sertão, o forró na feira com

Diocesano Padre Rolim, ex-sale- IEstá instalada nu1na grande área sanfuna, triângulo e zabumba é uma

siano, por onde passaram pesso- e possui até ginásio de esportes. atração a mais para os feirantes e

as ilustres co1no Irineu Joffily, A festa de fundação da cida- para quem vem de fora.



Cidade possui vários pontos turísticos

, A estátua do Cristo Redentor Carnaval, vaquejada e semana do Estado, que conta con1 trios elé-

,éum dos pontos turísticos. Loca- município transformaram-se em tricbs, o tradicional can1aval rno-

lizada no 1norro do mesmo nome, atrações turísticas, atraindo, não lhaáo, além de desfiles de blocos

na entrada da cidade, oferece uma só o visitante da região sertaneja, carnavalescos.

bela visão de toda a cidade. Tem como também dos grandes cen· Março/abril se realiza a Se-

um bom acesso, é pitoresco e aco- tros, co1110 João Pessoa, Recife, mana Santa com o drama da Pai-

lhedor. O pôr do sol en1 Cajazei• Natal e Fortaleza. xãq de Cristo, no estádio de fute-

ras também é algo deslumbrante A cidade possuí um número bolliigino Pires.

e bastante apreciável, principal- invejável de emissoras de rádio, ··Junho o Xamegão, e111 agosto

mente pelos turistas. na sua maioria FM, com noticias vaqueja e semana do murucípio,

Cajazeiras tem unia vida no- locais, nacionais e internacionais. além de setembro, quando se co-

turna bastante alegre com vários Possui um aeroporto e tetn vários rne111ora a festa da padroeira Nos-

bares e restaurantes abertos, bas- hotéis, todos em condições de re- sa .Senhora da Piedade.
T~tante fre.quentados, principalmente ceber turistas. As principais fes- ~ Teatro Íracles Pires também
,pela juventude da cidade. tas acontecem nos meses de fe- é ponto turístico de Cajazàras

Os grandes eventos, tais vereiro/1narço, que é o Carnaval, que se encontra em refonna e será

como o São João (Xamegão), considerado um dos melhores do reinàugurado dentro em breve.

O Campus V da UFPB, instalado em Cajazeiras, atende alunos do Sertão e de outros Estados

UFPB; 20 anos de ensino e p~squisa •

'l

1 ve con1 dois Projetos de Extensão de privilegiada posiçãogeográfica, o Cristo Redentor é considerado o ponto alto da visitação na cidade de Cajazeiras
financiada pelo Unicef. o CFP, na qualidade de pólo catali-
O Centro de Fonnação, no V sador da den1anda regional no se-
Can1pus da Universidade Federal O Centro, considerado con10 tor de educação, congrega u1na
da Paraíba, en1 Cajazei ras, foi cri- referência no ensino profissional grande área do se1ni-árido nordes-
da região sertaneja, conta atual- tino, abrangendo sobretudo os Es-
ado no dia 1° de agosto de 1979, mente com 1.348 alunos matricu• tados da Paraíba, Ceará, Rio Gran-
lados nos seguintes cursos: Licen- de do Norte, Piauí e Peman1buco.
pelo Conscll10 Universitário da ciatura Plena en1 Geografia, 250;
UFPB.Este ano con1pletou 20 anos Licenciatura Plena e111 História, O CFP é dirigido pelo profes-
de ensino e pesquisa, tendo ainda 295; Licenciatura ein Letras, 248; sor José l\1aria Gurgel, conta com
unia efutiva participação na co1nu- Licenciatura Plena·em Pedagogia, unia biblioteca, inaugurada em
nidade sertaneja, con1 diversos pro- 191; Licenciatura Plena en1 Ciên- modernas instalações e amplas
jetos de e.,-tensão, envolvendo pro- cias, 174; Curso Técnicos em salas de leitura, com 111n acervo de
fessores, funcionários e a!UJ1os boi• Enfénnagen1, 194; Curso de Es· 28 mil livros, 51 cartas topográfi-
sistas, atuando direta1nente nas pecialização em Teoria e Ivleto- cas, 130 n1apas, entre outras op-
escolas de educação básica, esta• dologia da História., 11 . O corpo ções. O Laboratório de lnfonnáti-
bclecendo parcerias con1 as Secre- docente é fom1ado por 124 pro- ca está sendo a111pLiado co111 a aqui-
tarias de .Educação Estaduais e fessores e mestres. sição de novos con1putadores que
Municipais, con1 trabalhos de ex· estão sendo colocados em rede.
tensão na zona urbana e rural, en• Situado en1 Cajazei ras, cidade
volvendo diversas entidades dos
setores público e privados, inclusi-

Pasta NºOOi'-Fl.39J. A UNIÃO Don1ingo, 22 de agosto de 1999

10 T ESPECiAL

...:.._J.,..,,,..,.,,,..,•......•.•.. . ~.•. " " " '.. ' ·;~.·,.·.e~.-. .•: ,.' ,~".~'.•....-..._.

..' ..;.-...'.;.,..~,.,.-,.~;,'$.;
~-~ :~.,. •...~....,...~..,... ; -. ;,;..z-'7.- . ':/;:,:-t ::..:·· ,,~--:;,,. .. . .\,:':".>•/'<..,~:_.,.•.·....,.:.·.....·;.,-... ·.-~.:;:..,-..·-..,..,.,..· • ,
.; ,f'•~{.•.•:,.},.,"••··,1·,,·?/...;
DOCUMENTO ESPECIAL . .•· . •.• . . ~ .. .. :. , • .. .. ......,.'
~; ,.•.; • ,.., ... .
Carlos Chagas escreve ' .. ' ,. _. . .. , . · :, ;.,;.:, . .
; -~ ., )-
Bastidores de :_
um dram1 acontecido ".<-.J···R . ,. :::: ..: :1 ·- ;-:·:.. ·. ·:.:: -:·. -_ . · !;..:
há 30 anos - Final *,.....+ ~· . .. :~:-t::..·.:. •:.' :'f'.~~.~.::.,;~·.-..:.·1...,-;..~'?:.·.E.,A,.-_·..>'-,;i::-.~,',t-.it·:•'··:f.-·:_.·;.::.,.<~,::,.i:,·,1~·.'~...:...•J.........-:•.:s.,._.,-.:, ,,
•• : ;;"::,•J'· • .,,.. .
.- .. , ,t,•.;.-..-::~-'·.:/•._.;~..•.-:.,·,.~t.,<~,.,-,:•.~~-~~!..,--·~·..,.~:.:....:.r.-.._~...:i .::-··-.~-..::.·..... r.,,• ·x•,~-.7t-✓.,-, ,-"'.. ·:,:.·.-.:.,+,· ;:.r· ·~.;.:.;..
.~Y.;":.',.,.,..·.t.i...::"'
A penosa eleição .. --:-, ,. ;,;;
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",,,'',·St»-;)!?:·>;~•'._-,.-·,,·'4-t,i~•../z~,M·.-e4. ••i;·: •· • . ·•.~

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J ,;¼~:w:~.:' r : . : . :·

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de Médici .,~..~:·,y,::;~
.
, , H '/ '••/ i<,
Esta\'a resol"ida~ ainda que n1uito mal resolvida,
,~.,,>~~; .,<=;~~1JiJ;~~it
a crise do sequestro do embaixador dos Estados Uni-
,J:,w,,..\.·~"..-".~ •~r;+·.<.u-,.·.1.•.,

I·' • , ;~ - •~.

dos, Charles Burke Elbrick. São e salvo, em poucos

dias el e viajará para o seu país, de onde não retornará.

Alguns dos sequestradores, que já hav iam sido detec-

tados pelo CENl !VIAR, o serviço secreto da Marinha,

serão presos nas se1nanas e meses subsequentes, in-

clusi ve Fernando Gabeira, que vai levar um tiro, em

confronto con1 os órgãos de segurança. Os cabeças,

isto é, Carlos Lan1ar'ca e Joaquim Câmara Ferreira,

1 escaparão n101nentaneamente, para serem mortos mais

tarde, após in1placável perseguição.

Faltava resolver a crise maior, da escolha de um novo •
general-presidente,já que a Junta Militar, positivamente, I
não s e aguentaria muito mais tempo no poder. Conti-
nuava contestada ele todos os lados, por quase todos
os chefes militares.

Enquanto os órgãos ele segurança desenvolviam

total caçada não só aos co111unistas, mas a todos os dele retornar ao poder. O cialidade 1nilitar e publicar

adversários do regirne , Exército, Marinha e Aeronáuti- ■ TRAMAS E TRAMÓIAS ■ general Lira o interpela: coisas que revelavam as en-
ca cuida,·an1 de encontrar o sucessor de Costa e Silva dos gene,~ais para impedir que
e a fónnula de proceder a sucessão. "Olivio, qual é mes1no a tranhas da luta pelo poder.

sua especialidade?" "Ben, , civil ou militar.

Marcara1n-se para 15 de setembro re uniões em se- Afonso Albuquerque Lima, com sou otorrino" . "Ahhhh..." Na sexta-feira, 19 de

parado dos Altos Con, andos das três forças, nas sedes de A "Comissão dos Três M" setembro, é convocado o
cada 111.inistério. no Rio. Aliás, tudo se passava na antiga
maio1~ nit1rzero de votos individuais, prepara o roteiro do golpe fotó grafo Jáder Neves, da

capital. ficando n nova entregue às n1oscas. chegasse ao poder anunciado, estabelecendo Manchete, para fazer uma
Durou quas..: <.:tn<.:o horas amai~ Ín1J1ort,u1t.c da!- reu -
·.,. ,. ~-::fBs..~, i f -,\\r.t:"i,;~-~ ~~ . que deverá ser declarada a fotografia do presidente
.niões;--_do Alto Con1ando do Exército. porque Marinha e ., - ~·· ·
, vacância-dos- car.gos-d e..pie- _ cnfêuno ,.,.;;e.111,---q, ~1e ,ele per-
1•
•• p. • 'j ' •.J • • j •
sidetile e vice-presidente da cc:ba. Sc111ado nurna poliro-

Aeronáutica apenns reconheceram de n1aneira fonn al que ouve resistência a essa chal Castello Branco fora República, considerando-se a na , de robe-de-c ha n1bre ,

o novo presidente seria indicado pela maior das corpora- últin,a sugestão, ter eleito ta1nbén1 pelo Con- linha constitucional da suces- Costa e Silva é vi s,t.o de

ções nulitares. do o general Garrasta gresso para con1pletar o são sem funcionalidade. De- perfil, ao lado do médico

Coube ao chefe do estado-maior do Exército, general zu Médici, comandaJ- mandato que primeiro tinha pois, cada corporação pro- Hé lcio Simões G omes.

Antônio Carlos Murici. estabelecer o roteiro dos trabalhos. te do III Exército, cotnenta- sido de Jânio Quadros, e, moverá no seu âmbito o pro- Toda a imprensa divulgará
cesso de escolha do sucessor, o flagrante, que os mais
Ele começa falando da in1probabilidade da recuperação de do con1 toda singeleza: " Pri- depois, de João Goulart. com todos os generais, almi- radicais interpretarão
Costa e Silva e da necessidade revolucionária da indicação meiro a gente abre. Depoit O general Moniz de Ara- rantes e brigadeiros do ser- como tentativa de preser-
de tu11 chefe de goven10 investido de plena autoridade, com se precisar, a gente fecha..." viço ativo indicando três no- var o ·presidente na chefia
o apoio efetivo das forças annadas. O processo de escolha, gão irá sugerir que a esco- mes de oficiais-generais do formal do governo.
assim, deveria ser defi nido através de reuniões representati- Optou-se por dar ao novo lha, obrigatoriamente, venha Exército. O Alto Comando
vas e restritas ao Exército, Marinha e Aeronáutica. Un1a vez presidente un1 n1andato com- a recair sobre um general- das Forças Annadas recebe- A partir do dia 25 come-
pleto de quatro anos. Queri- de-exército, quer dizer, de çam as "eleições" presiden-
a1n evitar a repetição do que quatro estrelas. Mais tarde

-feita a indicação, seria reton1ado o processo constitucional, chamavam de "erro anterior" mudará de idéia e recomen- ria os resultados e indicaria ciais. Na Marinha, votaram 69
com o Congresso reabeho para le!ritimá-lo. quando, em 1964 , o mare- dará "um oficial-general das o mais votado ao Congresso, alrr(irantes, tendo preferido
•(
forças armadas''. A explica- para homologação. indrcar apenas wn general de

ção é de ter aderido à candi- Seguem-se reuniões su- suas preferências. O resulta-

datura do general-de-divisão cessivas dos altos-con1an-

Afonso Albuquerque de dos das três forças, com

muita gente em ca1npanha,
GARRASTAZULima, três estrelas.
Nesse demorado encon- enquanto continuan1 febrís ,

tro foi criada a "Comissão as atividades repressivas. MEDICI
hesitou, disse
dos Três M", para conduzir o O s ministros militares e o
processo sucessório. Signi- general Jaime Portella pre-

..' ..- . ficava dar encargos especiais param quase todos os dias que na~o
aos generais Murici (Antonio aceitava, mas,
' o,._; Carlos), Mamede (Jurandir listas de· cassações de polí-
Bizarria) e Médici (Emílio ticos, em especial deputa- docemente
', ~ v-- Garrastazu). const,~angido,
dos federais, deputados es- voltou ·atrás e
;, ~{ ...... Perm anecia ainda o taduais e vereadores de todo
problema de promover a
~ ~ ~\ substituição resguardan- o país. No dia 24 a "Tribuna
do-se a figura e a pessoa de da Imprensa" é proibida de
., ~·-,,. . ' s x~ , •
circular e a 1° de outubro
.....( ~:-,~t.. •
~~ seu diretor, Hélio Fernan-
. -',.:t·,.:iii·l' t-•,•
·• ~ -:;

Costa e Silva. Será chama- des, será preso e confinado virou presidente

do o general-n1édico Olí- por quinze dias em Campo

vio Vieira Filho, para dar a Grande, Mato Grosso. Hé- da República
chancela castrense ao di- lio tinha sofrido a mesn1a

agnóstico dos maiores pena em Fernando de Noro-

neurologistas do país, Pau- nha, ironicamente no regi- do final foi Afonso Albuquer-

lo Ni emayer e Abrazão me anterior, durante o go- que Lima, 37 votos, Orlando

Ackermann. O militar exa- verno João Goulart. Seu cri- Giesel, 12 votos, e Antônio

mina o presidente e con· me se,npre foi ter profun- Carlos Murici, 6 votos. O Al~

clui pela impossibilidade dos conhecimentos na ofi- mirantado, talvez agastado

com a supremacia do Exér-

,. ■ COSTA E SILVA ■ cito, deu também 14 votos ao
calado e desgostoso, 1norre vítima ministro da Marinha, Augus-·
' .. to Radetnaker.
de um infarto, levando para a
' E111 19 de seten1bro, o fotógrafo de Ma11chete, Jáder sepultura os planos de Na Aeronáutica, os briga-
deiros de1nonstrarani estar
· Neves, é cha111ado para fazer Zl111afoto do president~ reconstitucionalização do país igualmente divididos: Gar-

e1ifer1110. Sentado nit111a poltrona, de robe de rastazu Médici, Orlando Gei-
sel e Afonso Albuquerque
cl1a111bre, Costa e Silva é visto de·perjil ao lado da Lin1a tiveram o n1esrr.o nú-
n1ero de votos, 28.cada um.
111z1lhe1; l'ola11da



Don1ingo, 22 de agosto de J999 i E~ECIAL T 11

DOCUMENTO ESPECIAL ··· ·· ·· A UNIÃO

Carlos Chagas escreve 1• nua

Bastidores de • 1
um drama acontecido veio

há 30 anos - Final 1

U1Da eleição com r"w arrastazu1'.1édici hesitou, ml.DlÍcação oficial ainda naquela

cartas marcadas primeiro disse que não noite, no Rio, e indica para seu

•Estava se delineando o que os generais de quatro estrelas aceitava, depois aceitou. 1 vice-presidente o almirante Au-

não queriam, ou seja, a prevalência da candidatura do general Voltou outra vez atrás e, gusto Rademaker. Dos outros
Afonso Albuquerque Lima, escolhldo pela MarinJ1a e a Aeronáu-
tica. Seus partidários, os mais radicais, não mediam palavras e no fim, docemente constrangido, 11 membros da J1n1ta, o brigadeiro
anunciavam devassas e depurações no próprio sistema revoluci-
onário, como investigações sobre a atuação dos mini"1ros Delfim viroupresidente da República. A Márcio Mello continuaráministro
Netto e Mário Andreazza. Tambén1não poupariam a própria D.
Iolanda Costa e Silva. O que mais assustava o cha1nado sistema, esse respeito, uma historinha: os da Aeronáutica e o ministro do
porém, eram as posições nacionalistas do ex-ministro do Interi-
or, que não escondia a necessidade de uma politica externa des- generais do III Exército iam vo- Exército, Lira Tavares, será de-
vinculada dos interesses americanos. Era dele a frase-diagnósti-
co sobre a Amazônia: " Integrar para não entregar". tar quando o comandante, o pró- signado embaixadordo Brasil em

Para os quatro estrelas, era preciso barrar o general Afonso em prio Médici, convocou-os para Paris. Tudo como "missão", im- •
seu próprio pano-de-fundo, ou seja, no Exército. Estabeleceram, proibir que escolhessem o nome 1 possível de ser recusada ..
assim, a critério do ministro do Exército, general Lira Tavares, uma
singular divisão da força em onze "zonas eleitorais". Cada uma delas dele. Seu chefe de estado-maior, Faltava comllllÍcar a Costa e
teria peso igual na son1a daspreferências, ainda que algumas dispu-
sessem de 1nuito menos generais do que outras. Vale referir o qua- general de duas estrelas, João Silva que ele não er.i mais presi-
dro, com seus resultados, para que se tenha idéia de que manipula-
ções e golpes eleitorais não s<'io privilégio do poder civil: Baptista Figueiredo, deu um pas- dentedaRepública, queseuman-

l) l Exército ( 16 generais): Garrastazu Médici, Afonso Albu- so à frente e falou: "Peço demis- dato estava extinto. A família,
querque Lima e Sizeno Sannento. 2) li Exército ( 11 generais): Gar-
rastazu Médici, Afonso Albuquerque Lima e Sizeno Sarmento. 3) são de minhas fwções. Vou vo- agastada, recusa-se a fazê-lo. D.

mExército ( 12 generais): Gan·astazu J\,1édici, Afonso Albuquerque tar no senhor, vou desobedecer Iolanda, por duas vezes, tinha in-

Lima e Antonio Carlos Murici. 4) IV Exército (7 generais): Garras- suas ordens e não gostaria de terpelado aJunta Militar, uma de-
tazu Médici, Afonso Albuquerque Lima e Rod1igo Otácio Jordão
Ramos. 5) Departamento de Provisões Gerais ( 14 generais): Gar- fazê-lo ocupando cargo de sua las nafraite de diversosfwcioná-
rastazu Médic~ Orlando Geisel e Afonso Albuquerque Lima. 6)
Departamento Geral de Pessoal (5 generais): Ernesto Geisel, Orlan- coa.fiança!" Os demais generais rios do palácioLaranjeiras. Numa

presentes o imitaram, as ordens conversa constrangedora, dissera

não foram cumpridas e ninguém ao general Lira Tavares que du-

deixouo cargo. rante criseanteriorseumaridoga-

Dia 29, segunda-feira, reú- rantira a permanência do então

nem-seoutra vez em separado os presidente Castello Branco no p(r

altos-comandos das três forças, der, arrematando: "Maso Castello

para a formaliz.ação e aceitação tinhaministro doExército!"

do resultado das "eleiç§es". A 6 , O general Antônio Carlos

de outubro, o Alto Comando das ! Murici se oferece para relatar o

Forças Armadas oficializ.a a es- in1pedirnento ao antigo chefe, que

colhado general Emílio Garrasta- visita numatarde de sábado. Ex-

zu Médici. O avião presidencial é põe as medidas adotadas, demo-

despachado para Porto Alegre, a ra-se em explicações e sai dos

fim de buscá-lo. Ele recebe a co- aposentos presidenciais sem sa-

ber da reação do presidente. Im- No dia da posse, ao receber o

do Geisel eAntônio Carlos Muriri. 7) Departau1ento de Produção e possibilitado defalar, ovelhp ma- cargo da J1n1taMilitar, onovo pre-
Obras (1Ogenerais): Garrastazu Médici, Orlando Geisel e Antônio
recital não teve qualquer gesto de sidente surpreende. Dizendo-se o
\zCuarl\lJoésdMiciu.rOicri:la8n)dEosGtaediose-lMeaAionrtôdnoioECxéarrcliocsoj'v(17pgrieruie9r)aiEs)s:c.Gol'aat.TSausotae-- -
discordância ou de concordância, " minuano- que vem dos pampas",

àpêsâr de poder movimentar a . ~ . ,;
Qrorneteentr~ ao_S\Jcessoro~315 _ .

rior de Guerra ( IOgenerais): Garrastazu l\1édic~ Orlaaéío Geisei"e mão esquerda e deentendero que democratizado e fazer o jogo da
Afonso Albuquerque Lima. 1O) Estado-Maior das ForçasAnnadas
(4 kenerais): Garrastazu Médici, Orlando Geisel e Antônio Carlos se passava à sua volta. verdade, com universidadeslivres,

Muriii 11) Gabinete do Ministro (8 generais): Garrastazu Médic~ Ajáfalecida!unta Militaredi- partidoslivres,lgrejalivreeimprensa
Orlando Geisel eAntônio Carlos l'vlwi1i
ta, no dia 14 deoutubro, mais dois livre. Pelojeito, esqueceráripidoas
Na soma igualitária das zonas estará o segredo do "garfo"
aplicado no general Afonso, porque nas onze, Garrastazu Médi- Atos Institucionais, o 16 e o 17. É promessas, tendo sido oseugover-
co foi escolhido em dez, Orlando Geisel, em oito, e Antônio Car-
los Muriri, em seis. Afonso Albuquerque Lima chegou entre os declarada a vacância do cargo de noo que maisreprimiuos adversá-
três primeiros apenas em cinco zonas, pouco importando o nú- presidentedaRepública, suspensa n.os e censuroua1' 1Dprensa
mero total de votos recebidos, maior que o dos outros. Por isso
ficou em quarto lugar, não tendo seu nome computado no Exér- a linhaconstitucional sucessória e Costa e Silva, cada vezmais

cito e inviabilizado, apesar de ser tambémindividualmente o mais marcadapara o dia 25 a "eleição" prostrado, continuará no palácio
votado na Marinila1e na,Aeronáutica.
de Médici pelo Congresso, a ser Laranjeiras. Nem rádio ouvirá
As cri'ticas dos ;'afoqsistas" se sucederam, especialmente con-
testando o critério de divisão do "eleitorado" emonze seções. Por- reaberto três dias antes. A posse mais. Recusa-sea tomar as incoo-
quetomarem separado osvotosda Escola Superior de Guerra quan-
do ela estava subordinada ao Estado-Maior das Forças Annadas? dar-se-ia a30 deoutubro. táyeis pílulas recomendadaspelos
Porque incluiro Comando Militar da Amazônia, ondeo generalAfon-
so era absoluto, na chave do Gabinete do Ministro? No dia 17, uma demonstração m~dicos. Deixa de ir àjanela do

Como as cartas haviam sido colocadas na mesa, apesar de mar- de radicalismo absoluto: ao invés quarto para tomarsol e ver as cri-
cadas, o remédio foi aceitar o resultado dojogo, em especial porque
ninguém mais, entre os chefes1nilitares, aguentava tanta pressão ou de aguardar para enviar ao Con- ao1ças brincando lá embaixo, no
aceitava as idas e vindas daquele estranJ10 processo sucessório.
gressc;,o anteprojeto denovaCons- P~ que Guinle. As visitas irão es-

tituição, os três ministros militares casseando. Morrerá de um enfar-

resolvem editar umtexto emnada te fulminante a 17 de dezembro

parecido com aquele preparado daquele ano, levando para a se-

por Costae Silva e PedroAleixo, pultura osplanos de reconstituci-

porque, contraditoriamente, man- onalização do país. Mas não pas-

tém-se em vigoro Ato Institucio- sou à História como ditador, sua

nalnúmero 5. grande preocupação.

~~~ A -UNIÃO colocJ a
.,;x
!Í{~ ~ ;_..,
'
'
Paraíba nas comemorações dos
; -.à~~<-•i>;é%lm.<'t\ii. 500 anos do descobrim;ento do
Brasil. Todo domingo o leitor
:
·-::.·. ~.~*n~r~:~~'áu\- recebe encarte de quatro
·-~- ~... :<.., ·:.----·.-::-"-:--$·S ,,l.·~.,s,,~.J,>..».w.,.%~'~,::-,<:~:,,,,;. _páginas com artigo - de autor
.:·- >@p~:/t..~'.§J~1!'..~
•-_.,,-' - ' ..,"•. )i ~~ .reconhecido - situando a
-· ·• • Paraíba, através de tema livre,
:.,--:::
-~·=··,x<:•_~~'v·· na História do Brasil.

~~~

~V



APARAISA NOS 500 ANOSDO BRASIL

12 T .. A U1NIA- O i,
E-
•t
Don1ingo, 22 de agosto de 1999
,. ~

ULTIMAS

A Polig,·an está instalada na cidade de Campina Grande e se,,.á con.cluída no 1nês de outubro deste ano

1 matéria-prima (blocos), para a Europa i11tei-
ra. "Mas nós estamos em negociação para ex-
1 Edson Verber portar para a Europa, ta1nbém o granito aca-
bado, com muito tnais valor de renda. Entre-
l Oa Strcom tanto, não é viável abandonar a exportação
O MÊS de outubro próxirno, estará con- dos blocos brutos, porque eles servenl como
marketing da 1nercadoria, quer dizer, faz par-
cluída, e111 Can1piua Grande, cidade dis- te da composição mercadológica do produto
final, que seriam os acabados - disse o diri-
tante 120 quilôn1etros da capital parai- gente rnáxin10 da Poligran.

bana, a 1naior e mais 1noderna indústria Potencial -1.udagado ~obre o potencial da

de processamento de granitos do Brasil e urna Paraíba, 7m termos de g (anitos, disse que "é

das 1naiores do mundo. Trata-se da Poligran enorme. E u1na coisa unpr~ssionante, ern virtu-
de não son1ente da quantidade e diversidade
(Polin1ento de Granitos S/A), localizada no Dis- corno, principaln1e11te, da qualidade e beleza da
textura dos blocos que são retirados dasjazi-
trito Industrial do Ligeiro, que foi visitada, 011- das. Em tennos de beleza e aceitação são pro-
dutos de primeira qualidade".
ten1, à tarde, pelo secretário da lndústria, Co-
Disse que existe granito em toda Paraíba e
mércio, Turisn10, Ciência e Tecnologia, José asjazidasexploradas pela Poligran, estão loca-
lizadas ern Cacerengue (Solânea), Pocinbos,
Fernandes Neto e assessores. O Executivo do Cabaceira, Umbuzeiro, Sumé, Picu~ Baraúnas,
1 Estado foi recebido pelo diretor presidente da Patos, enfim toda Paraíba. lmportarn ainda dos
Estados de Espírito Santo! Bahia, Ceará e Per-
en1presa, Antônio José Sarmento Toledo nambuco. Com relação ao mercado 1nw1dial, dis-
se que o Brasil somente se destaca corno ex-
(Tuca), pelo diretor comercial, Márcio Alneri- portador da matéria-prima. Em termos de aca-
bados ainda está numa fase inicial. " Para isso
cano da Costa, e pelo diretor administrativo, nós estamos aqui na Paraíba investindo, para
ajudar nosso país a sair da condição de expor-
Alexandre Aln1eida. tador de material bruto, que tem pouco valor de
mercãdo" • disse Tuca.
O secretário José Fernandes Neto visitou a fábrica, que é considerada a mais moderna do país Com projeto de 1992 e construção inicia-
Em tern1os de tecnologia, para fabricação
r oun:""" OOUl,IDO PAPAMleA Zé Fernandes: Poligran é da emjaneiro de 1994, a Poligran produzirá a de equipamentos, disse que a ltá)ja é campeã e
uma fábrica competitiva ' tatnbé111 em termos de mercado, que é quem
t"fK IEttrllAII.00 lWAIJ1Õ l AÇJo60CW. partir de outubro, quando totalmente concluí- tnais co1npra e mais vende, até agora. "Inclusi-

..\ l C04!!WO FERIWOTE Cl fjQIJWTO da, 70 mil rrietros quadrados de granito por ve t~do nosso equipan1ento é Ílnportado da Itá-

mês, destinando metade para o 01ercad_o inter- lia. E de última geração, no n1undo, e está sen-
do montado com a assistência técnica italiana"
lOrT~LPEQIAMAM010 Convidado a dá opinião sobre a Poligran, que no e outra n1etade para expottação. Hoje, a - destacou Tuca. .'

acabara de visitar, o secretário José Fernandes Neto Poligran produz 40 rniJ 1112 por tnês. Para tan- A Poligran ten1 con10 representante exclu- (
disse que "É sempre bom ver mais uma indústria na sivo en1 João Pessoa, Douglas Ribeiro Mon-
to, gerará, cerca de 500 empregos diretos, na teiro, cotn finna localizada na BR 230, kn1 11,
Paraíba. E é muito mais gratificante ainda, ver u,na fábrica nasjazidas. em Cabedelo.

indústria que está montada com tecnologia de pon- Com investin1ento de 25 n1ilhões de dólares,

p....._A Coai.Joio P-c 1k ~ • Aliwi::ini11 di Sia~1'ÍI 11 ta. Por que? Porque no n1udo de hoje se você i1n- oriundos do BNB (Banco do Nordeste), BN-

l11h1Llo e Aç10 Soei~~ ESl4o 41 cwiilJÔ& dl'rltl ia t«uris ~• 1(,1191. plantar uma fãbrica que não esteja paralela ao "topo DES (Banco Nacional de Desenvoh~rnento Eco-

l\,b:i~ ,o~05.-i,I &, E.uó>tr Pl'lbioiiaOI dtM<WDik 191'1, iz>l!ia:11 da linha" em tennos de processos, equipan1entos, nômico e Social) e Sudene, a Poligran é um com-

,. uà di Allcl»'ÍIl.-lxada td'"' tw, l:uliiw II bl O . ~ 5'do qualificação de pessoal e estrutura de marketing, plexo fabril cotnposto de pátio para estocage1n
M,i« 21& .- Ül'.1{ 1oio f~8, con'1.U OSct,\lcr ibtilO 1,a.:k,,ldo JI/I isto é, com condições concretas de alta co1npetivi-
dade, fatores determinantes na fonnação de preços . dos blocos ( cada bloco co1n IOtoneladas e até
~~~. ó,.iCIQÍ>llõ,16~de l!lMUdcrca epci6otiva deus fabs
e qualidade do produto, estee1npreendin1entojá nasce tnais), teares, onde se faz o corte dos blocos de
.,~,M).;111,n,»dc dc:-6u. de ,a,m m •~1<1Mijot l'll e~....as dl
lá Co.1>1~..= -l' J?ÍIS (E>w.-. li>t r.....-.it~, N,(ico, Cms fil Eu$> "

EFl!Wl .. falido. O mundo hoje é u1na aldeia. granitos, (que de1nora até tnais de uma sema-
r
~OMt 1 14\niClllA Se eu não produzir unia mercadoria co1n efici- na}, área de poli1nento de chapas e ladrilhos,

JOlt tWCLLI F. Dl SO=UU:::!.!.!Sl~W=NO:,._.l._.....:.11:.:I:.Í.l..-1;____. ência, na Paraíba, outro o fará na Itália. Se o granito área de coite, área de en1balagetn e, na parte

da Paraíba não for bom a Itália fará n1eU1or do que e;,..te111a, o local dos setores ad1ninistrativo, trei-

eu fuço e evidenten1ente venderá, inclusive no Bra- na1nento de pessoal e de exposição do produto
sil. Então é bom você constatar que u1n grupo en1- para cotnercialização no atacado.
presarial na Paraíba está preocupado não apenas
em fazer um bloco de pedra, ,nas fazer u1n bloco de O diretor presidente Autúuio José Tole-
qualidade, unia chapa de qualidade. E o que é in1- do, disse que os granitos são ,·endidos para o
portante, disputar com esses produtos, os ,nercados Brasil, Estados Unidos, Chile, México e, a

do mundo'\_

----- - O secretário conheceu en1 detalhes, todo pro- •• ••
cesso de niontagerii e funcicinan1ento da fábrica CIDADANIA E mSTIÇA EM FOCO

ED(fAl. oe1t0C,KA.MAMENTO Poligran e saiu impressionado co1n as din1e11sões e 1

A ~ r ~ ~ lrcr,Anl~ óa Socntw oa a modernidade dos equipan1entos. Lá tudo é gran-

, E ~ ~ C.Jt-..-.- ~ CIS MIMJ~ •-.O _...,.o-,.Jdi:.1 • 1m nC:t; .J êfe, dés.dêãs bases .dos teares, onde são co11ados

•P'TM!C'lt.Wtf'\\ oUUA t .rusnnci.çÃÕ-do-.. b.•.ü··.õ -..~ blocos de 12 toneladas, que consun1ira111 ci1nento e Governo declara guerra às drogas

;,ruo c:e ac.t \10) diu. e . e ~ C01T o dis;ieslo no Migo 3C1 e ~

CU l C'I Comçle-t,.nl,,I 39.'M

ferro suficientes para construir u,n prédio de 10 an-

w.rn.fcUt.A HOME dares, até o guindaste que suspende os blocos, que e protege cidadania
é um dos maiores do Nordeste e o 1naior da Paraí-
@ & ~1 E\'11..ÃSlOFER'R(IRA LACERDA ba, superando inclusive os existentes no Porto de E,n parceria com a Secretaria federal ( Secretaria Nacional Anti-<lro- 1
ECVAADO cov.ES
on.6M--7 MARLVCE "'~ES rEM.fJAA Cabedelo . Nacional Anti-drogas, dirigida gas ), que será assinado com base na to Penal frisou que ·'cerca de 70%
Mas na Poligran não são grandes son1ente os Lei Federal 11•9.804. de 30/06/99,obje-
O'A ,~1-4 JORGE OA\UAO NOVNS 00 HAStME.HTO pelojuiz federal \Valter Fa1iganie- dos jovens estudantes secundaris-
0')5 .l S 7.1 equipamentos e máquinas. São enonnes, ta1nbén1 os tivando o repasse de verbas para as
t.!"2371~ ....RAMUHOO t-.Off4TO E\ATtSTA.FILHO corações dos que dirigem, que se preocupan1 e1n llo /ltlaierovitch. e a Chefia da Cas.1 tas e universi1ários s.io consumido-
. ativicL1des e para educação preventiva
manterum can1po de futebol no interior do con1plexo, Militarda Presidência da Repúbli- res de bebidas alcóolicas, enqua.nto
' 'rF'{;.Rl.iEfSBJUOR€HfTf)E' ~~E 'f:•.:._. para os funcionários bateren1 a tradicional pelada; e voltada a cid.1dania,assim como parao
ainda, um açude com peixes que são distribuídos, pe- ca, comancL1da p:?lo general Alber- que 111ais de 15% são fi,mantes oca-
to Cardoso, o governador José tratrunento de dependentes qui,nicos.
riodicamente, para os funcionários que, no presente [ sionaisou pen11ai1entese30%jáusa-
estágio, são mais de 150. Eles tambéin recebe,n fur- Targino /lt1aranhão, através da Se- O professor Adalberto Targino ra111 111edicamentos contendo subs-
dan1ento e assistência médico odontológica. ressaltou que "o nobilitante trabalho
cretaria de Cid.1d.111ia e Justiça. Jânci~ psicotrópicas ( drogas anal-
Targino cria co1nissão para de defesa da cidacL1nia. de colabora-
garantir direitos dos presos declarou guerraàs drog,,s em todo ç,1o com a Justiça edeapoio~ fa1nilia gésicasedeôulros paraacalmar, dor-
território paraibano.
Os direitos dos apenados estão assegurados na paraibana serácoo~denado pelo Con- 111irOl¾perder peso.este último mais
Segundo o secretário Adalber- para o sexo feminino). As temidas
Paraíba e não haverá transgressão das detennina- selho Estadual de Entorpecentes, vi n•
toTargino,o governadorJosé /ltlara- drogas ilícitascomo maconha. LSD,
ções estabelecidas pelo Governo do Estado. Isso é culadoà Secretariada CidadaniaeJus•
nhào pretendeefetivar urgentemen- tiça e presidido pelosecretário adjun- cocaína. crack, solventes e heroína,
o que garante o secretário da Cidadania e Justi~, te as seguinres providências educa- repriJnick,spelaaçã'.> policial,atingem
to desta Pasta, que conta com repre-
Adalberto Targino, que baixou portaria criando a tiVllS, preventivas e cautelares: acifraalanna111esuperior a 11%de
sentantes das Secretarias da Saiide.
Comissão Técnica Multidisciplinar de Inspeção Pri- 1º· Selecionar em todos os da Educaçãoe Cultura, da Segurança pessoas viciackis.
Targino salientou que ·'esta
sional, para fazer acompanhan1ento sistemático e', numicípios do Estado, a começ;ir Pública e do Trabalho e Ação Social,
porJoão Pessoa, Campina Grande, terrível edestn1idora doença social
preventivo da situação geral dos presídios, notada- Universidade Federal, Ministério Pú-
Patos, Guarabira, Cajazeiras,Sou- endêmica deve ser con1batida por
mente no que diz respeito à saúde - fisica e psicoló~ blico, Sisten1a Penitenciário e Socie- todos • pais, cléricos, professores,
sa, Pombal, Catolé do Rocha, Mon- dade dos Psiquiatrasda Paraíba''. Imprensa., políticos, sindicalistas, li-
gica - dos presos. ··; · teiro,Solânea, Araima, Cuité, Picui,
Drogas legais aniquilam a ju- deres comunitários e não somente
De acordo com a ponaria, u1na das açõ~ ': Esperança, Santa Rita, Cabedeloe
ventude- E1n recente conferência pro- pelo Estado e 111enosaincL1 pela re-
efetivas da comissão é apur:ir denúncias de 01nis- 1 Bayeux, nomes de pessoas especi- pressão policial, exceto na prisão
sões nas postulações de direitos dos apenados, no ferida na Sociedade Brasileira do Di-
ais (prefeitos, vereadores, juízes, de traficantes, verdadeiros vem1es
tocante à progressão dos regimes prisionais, cu111- promotores cL1 Justiça, padres, pas- reito Criminal, intitulada" OGoven10
e a ação legilerante no combate às que corroem edebil ita,na atordoa-
primento de pena, constrangin1ento ilegal na dêino- tores, professores, advogados.jor-
drogas", o secretário AcL'llbertoTar- da sociedade.
ra excessiva do julgamento, descu,nprin1ento de nalistas, líderescomunitários), para Porfim, ele fez um apelo: "con-
gi no afinnou que o Governo Josê Ma-
determinações da Secretaria da Cidadania e Justi- fornecer 500 Bolsas de Estudos clamoos legisladores, magistrados,
ranhão, aliado ao esforço de prefei-
~. que recomenda a separação de detentos de alta paraa realfzaçàodo Curso Especial turas, Ministério Público, Judiciário advogadose promotores de Justiça
de Aprendizadoa Distância. volta- para uma cn,zada nacional pela1110-
periculosidade dos demais, ben1 con10 proíbe a pro- e de entidades privadas, ten1 dado
do à área de prevenção ás drog,,s den1ização da nossa ultrapassada
miscuidade dos presos con1 1nais de 60 anos de ida- ilícitas e de abuso; contribuição significativa na preven-
legislação, tendocomo parãn1etroa
de. 2°· Fornecimento de material ção, repressão e combate ao tráfico e
didático e informaçõcs técnicas· ao uso de entorpecentes, através da Convenção de \líma de 1988, cele-
., Para desenvolver as suas atividades, a Co-
necessárias para a formação de SecretariacL1 CidadaniaeJustiça (Co- ebrad.1 sobre drogas, entorpecemes
(;,nuar'1! ,ln C"piluJ. V11u1 J"' ~q:{slf4t l'\ih~ missão Técnica Multidisciplinar de Inspeção Prisio- Agentes Multiplicadores de De- psicotrópicps. O povo eas autori-
nen/ Aplasi, Conselho de Apoio às
nal contará com total apoio da Coordenação do Sis- fesa da Comunidade, com tutoria Vítimas e Testemunhas de Crimes), dades brasileiras devem acord.,r e
de apoio do governo federal;
(1 Hr.•1,..~ A-a,M J.n Crut tema Penitenciário (Cosipe), Unidade Setorial de Secretariad.1 Segurança Pública. De- enfrentaresta'guerra,acpmeçar pela
3°- Distribuiçãodo livro"Guia legacia de Entorpecentes, Conselho condenação públicados crin1inosos
MM• •l..ib .,!e: Uirdl<1 d 11 Vat• iJ,.,, U('(Utrns Adnúnistração (USA), Setor de Engenharia e Co- apologistas ck1 descri,ninação cL,s
para as Familias", elaborad., pela de Defesa dos Direitos do Homem e
r.itif.c- J• C•rU11t, UII Yisl•Jcd(' l.d. ttc..• missão de Recebin1ento de Alimentos e Materiais .drogas·até a compreensão e apoio
Secretaria Nacional·Anti-drogas, do Cid.1d.io, Polícia Militar(Centro de
•·,W• .SAlll-:lt, 11\r.s que ,trciu o (1-fõ(Jll< NJih1l f)U (Cram), ben1 como colherá infom1ações, sugestões com apoio técnico- financeiro, do Ensino. 2' Seção, Copom, etc), Secre- huom:uiitário aos viciados, que são
vitimas e não bandidos.
dd.- t1i•lid1~ 1n-rrr.111 , " ,ium, ir.1«·"3or f'M}..._ •QC' rcrnn•c <t J ~o dt llirC'\to e subsídios junto a juízes e promotores de Execução programa das Nações Unidas tarias da Educaçãoe Cultura. da Saú-
(ONU) para combater as drogas; Louvamos, pois o avanço
lf" \'11111 J i, ~q;lt.trc, rQt6,;c,.1 J• <"•f'1"11\, l\o n; ~Jkalt J i> t.:Hllri11 • (\IUl'I de e do Trabalh9 e Serviço Social.
4°• Aquisição pa,a e.xibiçãode dado com a promulgação da Lei
·,.,w, ,~t o f.·u;lo, • • 1t11 0 1~~\Jo Ulilm:ta ef ~u f(IS J re Atíi<, de,1Jurlcr1 11 ,/1 a-,:i.a. tt, Penal, OAB, Pastoral Carcerária, Direitos Hun1a- Nasua palestra, Targinodisse que
N ~1 í't 1>.-c1tt'1 o• 200'J7r 221J,dí r<M11,niJ\1 r or J,q1/• J• .,.,..• 1Jr.e1r11 disquetes de chi.is publicações rela- ·'as drogas consideradas legais são Federal 11°9.017195, regulainenta-
• ,,,,,,,,,11un-f11 ( l J, s. J <'ll\lt111 J,.s,f• ) /,ri,. .fu ;• .u SiA·L r cuaul se 11ctu1 tivas àsérie' 'Dialogo: Experimente, da pelo Decreto nº 1.646/ 95, modi-
l1>1) <1u lu;vr lru-nr,.,. n~., u lliJu, Cri () (0$), ('91'11 ' "' r,ra1u -'t J! 1~1, nos, Imprensa, Parlamentares, entre outros segmen- venenos que aniquilam a juventude
que versain sobre"dependênciaquí- brasileira. A tolerância co111 o uso de ficado pelo Decreto nº2.036/ 95; e
o.,cnn1uh1rcn1., q_un,111Jr., " r1oc:nlc 1('1i,;,. tlouuto • ill't'fllJII.$ d 1111lcU nos tos, visando melhorar o sisten1a carcerário.
mica"e as drogas cocaina ecrack; bebidas alcóolicas, de alguns medica- Resoluçàonº 1,de 07/11/95 do /ltli-
l<•~i~• t.111 11rl. l SS ,1.. t.:l'C, ri<11ks q11c 1<' 111Jo (Qr cvnlc,la1b • rtt:scnlt n(J11, A cornissão, criada pelo secretário Adalber- 5° • Distribuição gratuita nas
111entos compradosen1 farmácia,da cola nistro cL1 Justiça;da Lei n• 9.034/95
Ili\ 1\r~hl 1rilu:\ Juall o, {lf(SUll!à"· ~ Occiloa_ ('OUJO l't'ld•dffloa. .. l.nfoa escolas públicasdo EstadocL1obra
de sapateiroe do fiomo são tão nocivos ( Lei doCrimeÜl'Jrutizado ): cL1 Lei
•!rn 1k1,1hd ht pd o ((1.1) llvlor (u). E ('llfa 'l;\K • utkb chq:uc coat.ffl~tn to Targino, ficou assin1 constituída: defensora públi- intitulada ·'Cartilha da lvlônica", à saúde,à economiaeà pazsocialq1k1n- nº 9.296/ 96, que regulamentou o

1c 1,,J,,, u1n11dd r ~ui.f o rraC'llk t'JíL•l, klda pubGoodo uo n•n- d• .hali('I ca Elizabete Paulo Barbosa (presidente), professor contando com a produção deno-. to a próprja maconha,jáque tais vicios artigo 5°, inc. XII da CF; cL1 Lei nº

,-n) r; OI e , 111 Jaraiil ot,í.r1o I0<'111 ( Ol \'ctn). C tr M 1( A· S f~ f>aJo < mi nada"Uma História que Precisa "inocentes'' 1êm 111atado mais pessoas 9.804/99;e da recente Lei de Prote-
O? ,!c.rnl.)n·d\t l\nh, C~' l e Jc Jo1'u l'cUo•, ~Ili di:'t dn ••~ de J11c,h• ~• 11no 1er Fim'", obra de autoria do dese-
~. Marconi Edson Lira de Amori1n, advogado Paulo , acjui na Paraiba do que todas as guer- çãoaTestemunhas Atneaçad.is. No
f. ~J9. ~ u. 1P.t.'2,ul1"11n!f1etC\'ffll<, <,,1a1rrclf:1nn111ra t111 nhista e cscrilor /ltlauricio de Sou-
ras e guerrilhas deflagradas no Brasil entanto, não fiquen1os só na lou-
r,.. uu1 +1,;1..ri." J.;._ti • osU.,,,. Celso do Valle, assistente social \'ânia Lúcia Bas- za.
6º -Celebraçào deconvênioen- nos iollimos 500 anos". vação mas na ação co1tjuuta e des-
.li~ 'tdo Ji \ rnt tos Lustosa e médico José l\1arcondes Fagundes de Osecretário. quejáfoi peritocrimi-
.1 ·1 i.l•lliffl o - • tre oGoverno do Estado ( Secretaria pro,~da de egoísmo e de vaick1des
de Cidadania eJustiça ) eogoverno nai, deleg,.1do de Policia, promotor de
pessoais, senão a pró)(ima víti1na
Justiça.juizde Pazeprofessorde Direi-
direta ou indireta, poderá serqual~

quer uni de nossos entesqueridos''.

Souza Serrano.

. ...• ( ', '

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' ENTRE MORTOS EFERIOOS,
. . 'ALGUN·S·NA.ENFERMARIA

.. •
n~agado se o coração ·dos ministros · n1uito n1enos. pelo Presidente ltatnar
l. do ·Supremo Tribunal Federal batia Operigo mora Franco e seus assessores. Mora. o peri- co depois. para garantir n1:'1ioria. aumen-
mais forte todas as vezes que um jipe nos porões go. nos porões onde continua,n se reu- tou o nún1ero de 1ninistros de onze para
dezeS:~éis. Uni jel'tinlio brasileiro que·o
verde passava pela ,Praça dos Três Po- onde continuam snainridaondaos,vjuiúnvtaoscdoen16p4e.,qpuoernas.i1nnailnao' nrii.avedre- sucessor. Costa:e Silva'. atropelou. apo-
deres. lá embai,ço, Francisco Rezek pre- se reunindo as sentando co111pulsoriamente aqueles e1n
feriu dizer que., das janelas do anexo empresários e de políticos apavorados que1n tilio confiav,1 e retornando às onze
onde suas excelências trabalham, só dá viúvas de 64 diante da .hipótese de o Lula se tornar · cadeiras,

• para ver a kombi dos funcionários en- junto com presidente da República . Matreira~ Nos te1npos de Garrastazu Médici.
trando e saindo para buscar exen1plares 1nente, esses conspiradores saben1 que coube a Adauct~ Lúcio Cardoso jogar a
do Diárió da Justiç,1. Por certo que no pequena nn1ito rnenos traumático seria criar un1 tog,1 em ci1na da n1esa e ir para casa
quando o governo enviou ·sinais ele que
veículo tan1bém chegam alguns·números minoria de caso a partir do inespcnido desse con- n.io respeitaria a decisão. afinal !)liO to-.
rnada. de se considerar.inconstitucional
do.Düírio Oficial. da lavra do Executivo. empresários e fronto e 1l1elar as eleições de outubro do lei criando a censura p,rév.ia·e a ol:!rigaçlio
·indiscutivelmente un1a leitura 1nais que_. depois da vitória do candidato do de a Polícia Federal aprovar quaisquer
•• apurada e cuidadosa nestes dias de crise. políticos originais de livros antes de ser in1-
PT, tentar impedir a sua posse ou arran- pressos. .

Jú o procurador-geral da República, apavorados cú-lo do Planalto. Isso. é claro, se o Lula Co111 Ernesto Geisel foi pior. O toni- . '
Aristides Junqueira. depois de verberar chegar lá. Possibilidades existe1n. até truantc general fechou o Congresso a
pretexto de aprovar a reforma do Judi-
a existência de "juristas'' de ocasião. etn fortes, mas certeza. de jeito ncnhurn. ciário. en1aranhado de propostas absirr-
das que pretend~u·in1por às cortes, n1as
111eio ao confronto entre o governo e o Afinal. vamos para urna eleição livre, n1ero pretexto para editar o "pacote·•de
abril de 77, onde criou senadores "biôni-
Supremo. preferiu negar a existência da- onde outros candidatos disputarão con1 . cos" , au,nentou o número de deputados
do Nordeste. estabeleceu o votó vincula-
quela espécie a que Tancredo Neves. igual garra. Fernando Henrique Car- do e outros absurdos para não perder as
eleições de 78.
com muita 1nalícia. referia-se pouco an- doso. por exemplo, ten1 chances. caso o
Nem João Figueire~o passou itnpune.
tes do 31 de março de 64: os "jurilas", de plano de estabilização econôn1ica obte- apesar de ter garantido ou engolido a
volta i1 democracia. Quando an1eaçava
quen1. não era preciso dizer, constituí- nha sucesso. Por que não Orestes Quér- "chamar o Pires", olhava feio para os
lados do Supren10 1'ribun1 Federal.
am-se em ,nisto de juristas e de gorilas. cia, se conseguir unificar o PMDB? Ou
Será aquele horror afinal empurrado
Tanto o ministro quanto o procurador Leonel Brizola. corredor de chegada e pelo ralo que se pretende rcyiver agora?
Os militàres da ativa, digà-seÍ vinhan1
foram dos que com mais vigor despiram não de saída? Paulo Maluf. caso se de- mantendo conduta exemplar, engolindo
sapos em posição de sentido. No episó-
n1omentanean1ente a toga. um. e a beca. cida n1esmo pela presidência e não pelo dio da conversão dos salári9s dos minis-
tros do Supremo. irritararn-~e. Levaram
• o outro. para vcstiren1 a farda de bom- ,governo de São Paulo? o Presidente Itamar Franco ,a meditar
beiros. No Executivo e no Legislativo sobre a necessidade de endü'rlcer. Che-
garam, alguns, a avançar d~clarações
também surgiram pelotões e esquadrões E para os radicais que pretendem e1nocionais. Mas parar~m f,oJ. aí. Não
evitar as eleições que deverian1 estimularam ·nem incentiv~·*} rn "fuji-
..·: de soldados do fogo. uns obtendo suces- vo(Jar-se as atenções gerais, além. morizações" ou, muito me~os':;',''borda-
so depois de 1nuitas mangue.iradas, ou- berrizaçõcs''. Até refluíram, na scman11
passada, quando o presidente mos-
, •tros saindo chamuscados. mas não aban- obviamente, do repúdio nacional. Eles trou-se inflexível.
·donando a tentativa de apagar as chamas estão aí mesn10. plenos de nlanifestos e
Nada como o passado, para passar e
'dessa crise em tudo e por tudo menor. de velhacos e puritanos pruridos. con10 para nos apontar, no•presente, aquilo·
que devemos evi.tar,'em nome da preser-
,~.. artificial e. porque nlio usar a palavra se n,io tivessem, quando dispuseram de .vação do futuro. Vale repetir: mesmo
arranhadas. as in'~tituiçõ,es resistiram,
· certa, burra. vez. n1assacrado e sufocado as institui- Tomara que contin\e assim.

• . Entre mortos e feridos. se não houver ções democráticas. E metido a rnão, \

L recrudescimento, pode-se afirn1ar es- tambén1. j~ que regime algun1 favoreceu
tanto os oligopólios, prestou tantos fa-
. . .~ , tarem todos salvos, apesar de alguns vores ao rebotalho político-partidário ou

· transferidos para a enfermaria. Porque o

Supren10. afinal , poderia ter sido menos aobprir.u.Javmaag.as para quem não queria vestir
: . .afoito na tarefa de evitar perdas salariais

i ~ para seus ministros e demais funcio- Por coincidência, esta semana, con1-

.. ·.:'• nários do Judiciário. Assin1 como, cio pletan1-se trinta anos da tomada do po-

·· ' lado de Já, o Palácio do Planalto poderia .der pelos militares. aco. litados por maus
-~ .;;,. · -ter_ agido desde o início com un1 pou.:o
empresários e por deletérios políticos.

) ., :t' ··ttiajs de flexjbilidàde . Como muita gente esquece tudo. e mais

't.; ;_.;. ·saem as instituições arranhadas? Cln• gente ainda não se lembra de nada,· é

~·!'··•;
• '"'.t-,r-~:O: Mpeasrigfuon_qcuioenuanns.deoo?uTtraoms bdéemixa. ram bom recordar o que fizeram ·.c,.om' . o Su-
pren10 Tribunal Federal.
de

· .' _,}· '·lpl\.êú..racpeabsésre,aendqouep,o·pr oaír sinal, ainda conti - Primeiro: com o Ato Institucional n:·
; ~\• feito asson1bração , 1. tornaram o arbítrio insusceptível de

~ ,'. · êião é representado pelos integrantes da ser apreciado pelos tribunais. O então

•, : •. .. n1ais a.lta corte de Justiça do país ou, Ministro Ribeiro da Costa chegou a
arneaçar entregar a chave da instituição
'

ao Marechal Castelo Branco. que, pou-

• ;

• 2 DE.ABRIL DE 1994 ~ 21

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Os TANQUES DE MARǺ. . Tanque e povo nunca dão boa mistura. Em

._ 1964 f~i ~ i,na_- Bem ve!dade que alguns

setores da ctasse médta, marupulada por organ1zaçoes que recebiam d1nheU'o suspeito, saudaram os

tanques nas ruas do Rio de J aneir o e de outras capitais do Bràsil. Anos antes, tanques do Pacto de

Varsóvia invadiram as ruas de Budapeste (1954) e, anos depois, as de Praga, em 1968. A serviço da

esquerda ou da direita, u1n tanque militar em qualquer rua do mundo é mau sinal. O movimento
militar de 64, que alguns chamam de revolução e outros de quartelada, manteve uma estrutura de

direita durante 21 anos no país. Promoveu um tipo de milagre que não resistiu ao tempo: concentrou a

renda, inaugurou a era dos tecnocratas e dos juros altos. Instaurou um regime de tortura e repressão

que custou a vida de muitos. O pior, contudo, foi a herança deixada: sem lider.1nças capazes,

sacrificando as legitimas (JK, Lacerda, Jango), o movimento de 64 criou o Brasil atual,

I• signitícati\•amente mergulhado em nova crise institucional. Dessa vez. o vilão não é o comunismo.

~1I OOSSIÊ
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_... lJ9I,


ACRISE ' I ... ·r
COMEÇO~ COM
UM COMICIO ....,. ~••·I ,
DE
PROVOCAÇÃO ...,.(... 't' ., 1

• A 13 de março de j ·~"'1

1964, optando pela ra- .' •• ' • ' .,,'
.
dicalização sugerida ~*~''
... .' ... '
por grupos de pressão '' ' . .

à esquerda, o Presi-

dente João Goulartpar-

ticipou de um comício

no Rio e cometeu o erro

de violar a legalidade

~ue o sustentava. Apar-

ttr daí, a situação tor-
nou-se Incontrolável.

Dias depois, no Auto-

móvel Clube (também

no Rio), Jango fez um

pronunciamento per-

feito, pedindo respeito
à hierarquia, às leis, à

ordem. Ninguém pres-

tou atenção ao que ele
disse. Pior: entenderam

tudo ao contrário. O

mal estava feito. Trinta

anos depois, a história

o absolve de alguns er-

ros. Ele teria sido de-

posto porsuas virtudes.

E uma tese que ganha

consistência com o
passar do tempo.



ANTES DO --- '
GOLPE, O
ALMOÇO DOS -

GENERAIS ' . ·.~;"i,·'·.,· \

• Dias antes da crise ·~ ~.v. ~' I" ~
de março, Jango rece- ,,; ,,. e
' r.'(,,
beu no Laranjeiras ~' .... J,

(Rio) alguns dos ge-
nerais que teriam parti-
-·• ....... .
cipação no movimento -· ..•
militar de 64. Uns con-

tra, outros a favor, to-

dos tiveram a sua hora.

Da esquerda para a
direita: Castelo

Branco, do EMFA, não

· tomou parte no movi-
mento, mas foi o prin-
• cipal beneficiário da

nova ordem, tornando•
: se o primeiro presi-

dente do regime. Pery
Bevilacqua e Osvino

Alves (ladeando

Jang_o) eram auxiliares
e nao se comprome-

• teram com a crise.

,. Amaury Krue/, coman-
dante da li Região MIii-

tar (São Paulo), foi o

pêndulo que balançou
a favor da deposição

do amigo . O General
Albino Silva era chefe

do Gabinete Militar e
Jair Dantas Ri beiro

ocupava o Ministério

da Guerra.

. 1964-1975: OS ANOS DE CHUMBO

1 .<D,

r. J.~ •, 1, , . ·."e.u.

!... . '\ - . '" =r r -,:'-':, Jf

. .-, /
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1 .•/ 1 ! ( ;- f •
1 •J
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?' .' :.../e·"•:., -

-.: I ..._ 1965 - No show Opinião, 1966 - No programa de TV
Maria Bethánla cone/ama: Jovem Guarda, Roberto
\ .fvt,•· ';-'\-- Carlos manda tudo pro
"Cercará: pega, mata e Inferno.
~• tl r! comei"
1967 - Terra
t em Transe:

.,,1, G/áuber Rocha
faz um filme
JANGO EBRIZOLA: A DUPLA DINÂMICA,'', • Para os segmentos mais conservadores da época, Jango e Bri- emblemático
zola eram uma espécie de Batman e Robin às avessas: não comba- contra a
tiam o mal, mas o bem. Formavam a dupla dinâmica que pretendia ditadura.
Instaurar uma república sindicalista. Três anos antes, como gover-
nador do Rio Grande do Sul, Brizola liderou uma campanha pela 1967-A
legalidade, garantindo a posse de Jango - que era seu cunhado,
mas não parente-, conforme foi dito na ocasião. Jango, afinal, era guerrllha de
o substituto legal de Jânio Quadros que renunciara à presidência. A Caparaó é
atitude de Brizola deixou borrões e ressentimentos que cobraram a desmantelada
sua hora em 1964. pelo Exército
sem o disparo
de um só tiro.

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AULTIMA CENA DO PRIMEIRO ATO -1'"

• Na tarde de 1~ de abril, avaliando sua precária situação militar, 1967 - Cantando
Alegria, Alegria no
f )ão Goulart sente que o poder não mais lhe pertence. Deixa o Rio e Festiva/ da Record,
"-..~ dirige a Brasília, onde se recusa a distribuir armas ao povo. Logo SP, Caetano Veloso
Inicia o troplcal/smo
em seguida, ruma para o Sul, exilando-se no Uruguai. Morre no na MPB.
exílio, em 1976, pouco depois da morte de JK e pouco antes da
morte de Carlos Lacerda - que o combateu violentamente. Os três 1968 - As ruas do
haviam formado a Frente Ampla em 1968, tentando reunir os seg- Rio seio tomadas
pela "passeata dos
\ mentos civis e democráticos do pais. No espaço de dez meses, os
três morreram subitamente. 100 mi/": ''O povo
unido Jamais será
vencido."

RN·IA~OO: OATAQUE
HOUVE

• Na confusão do 1~ • ,..~. ~-
de abril, Informações
desencontradas da•

vam como Iminente

um ataque das forças

fiéis a Jango ao Palá•

cio Guanabara, onde o
Governador Carlos La•

cerda se instalara com

amigos e voluntários
para a resistência. A
boataria foi geral. Em
dado momento, lnfor•
mantes avulsos avl•

saram que dois tan-

ques marchavam so•
bre a sede do governo
estadual. As metralha•
doras de Lacerda
foram engatilhadas, os
voluntários prontos a

morrer pela causa. Mi-

nutos depois ficaram
sabendo que os dois

tanques não vinham
atacar, mas defender o

Palácio Guanabara e o
governo de Carlos La-
cerda.

,_r.,l, - - • - ,

, •....

BARRICADA • .. .. -"• ... -

PROTEGE O
~ -~
FORTE
...4
• A cena desenrolou-
se no Posto Seis, entre ·&_.},
as Ruas Júilo de Castl•
r-ri -)1\·-.·
lhos e Francisco Ota• '
viana, nas vizinhanças

do Forte de Copaca•

/.'~ •\ · bana. Os rebeldes não
sabiam qual o lado que
j - '\,".,. ' :;,/ , os oficiais do Forte es•
colheriam para com•
\.
bater. A fim de impedir
~
qualquer movimenta- l

ção de tropas, alguns

oficiais e soldacfos à
paisana ocuparam a
Avenida Atlântica e

colocaram pedras,
paus ebancos napista,
a fim de Impedir o trân·

sito. Foi um dos mo-

mentos de maior ten•

são do movimento
mliltar, pois o Forte de

Copacabana tinha
uma tradição de rebel-

• . dia que vinha dos anos
20. No final da tarde,
OGRANDE FESTIM DOS GENERAIS com a noticia de que

Jango Já estava
voando para o Uru-
• Amaury Kruel era comandante da segunda maior guarnição
militar do pais, sediada em São Paulo. Compadre de Jango, hesi- guai, a pfsta foi 1/bera-

•tou até o último momento em aderir aos rebeldes. Também, da e houve festa na

quando aderiu foi decisivo. Costa e SIiva era um general desconhe• praia. .... .,
e/do do grande público, ninguém o indicou para o então ministério
da Guerra. No vácuo do poder, ele alegou ser o mais antigo pelo
almanaque da carreira e ocupou o cargo de ministro. Mais tarde,
num lance de audácia semelhante, obrigou Castelo Branco a en-
golir a sua candidatura para sucedê-lo. Kruel e Costa e Silva eram
amigos ma non troppo.
; -'!'{ ] .':,,'-.''.l;~ii',_\I~~\l' .\-\,:., .• · ~•·' ' ., :,;

~...;_., .-•. . 11.. 1 . ~J ..
1~ " ,. ' ' ~,".f• l<r-;r.,~-,: i -

f"1fi- ' ·.•• • ' .,.\z.,;

1964-1975: OS ANOS OE CHUMBO

. 1968 -
Cantando
Caminhando
'no FIC, Geraldo
Vandré provoca
a Ira dos
mi/fiares.

1968 - Em 13 .

de dezembro o
govern~·edita o

Al-5, 'fechando

.o Congresso e

Impondo a
repressão total
no país.

OEMBAIXADOR EOCONSPIRADOR

• Na época, o embaixadordos Estados Unidos no Brasilera Lincoln
Gordon, um professor universitário que falava fluentemente o por-

tuguês, fumava cachimbo e teve importante papel na armação do
movimento militar. Ele admirava o General Castelo Branco, conside·
rando-o a personalidade mais indicada para ocupar a presidência
da República depois da deposição de Joao Goulart. Na Biblioteca de
Washington podem serconsultados documentos provando a efetiva
participação do Departamento de Estado norte-americano nos
acontecimentos de 1964.
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·'.!·1 ••• .- 1969 - Vitima de trombose, Costa e SIiva é afastado..•
~I&;.:
.
••


... e o General Médlcl '1969 - Seqüestro do embaixador •
assume a presidência.
dos EUA: começa a guerrilha

urbana. ·

,. ' . ,"" ♦ ... 1 1969 - O lider •
' .,, ,,;, ...
.. ' da guerrilha
Carlos

Marlghela cal
numa cilada e

morre em Sáo

Pau/o.

Osaldo do ;;
movimento de 64
.ge

z"'

foram os anos de 1•

terror e o blefe
dos tecnocratas

drama de 1964 teve dois pal- , j'
.
cos. No internacional. a época • <'•
•1
era de Gue rra Fria, ·con1 o ta- ~•\
11
buleiro servindo de arena para dois

antagonismos que se juraran1 luta de '.'' ,' i.1,'

morte. Em hipótese alguma os Esta- i. '

dos Unidos. que exe rciam a li-

derança do bloco ocidenta l, po-

deriam tolerar que um país sob sua

influência territorial e política se tor- grande maioria. restabelecer a hierar- OPODER TUTELADO 0
nasse con1unista . O exemplo de quia ro,npida _pela sedição dos mari-
Cuba era recente e os americanos nheiros, iinpedindo assim uma ameça • Esta foto documenta o momento de
não iriam cometer o mesmo erro da república sindicalista-que na rea-
pela segunda vez. No plano nacio- lidade nunca existiria. transição que sucedeu à queda de Goulart.
nal, havia mais bagunça institucio- O General Costa e Silva, que assumira o
ministério da Guerra, comparece à primei-
nal do que um roteiro para in1planta- A trágica corrupção ra aparição do Vice-Presidente Ranleri
ção de um regilne marxista. Entre os do terror
dois cenários, João Goulart e sua Mazzill como novo presidente. Era a suces-
equipe não sabia m o que fazer. O Deposto o governo. alguns mili-
presidente estava longe de ser um tares mais politizados e ligados a for- são legal, prevista na Constituição. Mazzlli
comunista, ou de aceitar que o Bra- ças da reação aproveitaram o hiato acredita que é de tato o presidente em exer-
sil se tornasse satélite de Nloscou. constitucional para romper definitiva-
Contudo , sua força política, seus ali- cício e que Irá ocupar o cargo até o final do
ados eram quase todos de esquerda mente com a legalidade e instalar un,
e. na sua maioria . co1n profunda regime de. força a pretexto de comba• mandato. Costa e Silva, de cabeça baixa,
consciência social. Daí as contradi- sabe que Mazzíli também será afastado nos
çôcs de seu governo. que tiveram ter a corrupção e o comunismo. próximos dias para que a nova classe suba
sua hora da verdade no co1nício do Os líderes n1ilitares que iniciaram o ao poder. O movimento militar queria se
dia 13 ele março. quando Jango pra- transformar em revolução.
tican,ente ro1npcu con1a legalidade. movimento fora1n afastados, não
era,n politizados. não tinhan1 aderên-
Jango tinha vocação cias com os bacharéis da UDN e os
pastoral chefes dos n1uitos n1ovimentos civís
que de uma form a ou outra recebiam
substanciosa ajuda de entidades liga-
das ao governo an1ericano. Surgira1n

E, logo depois. no episódio dos então os coronéis da Escola de Esta- . ::::: '\
1narinheiros revoltados que não foran1 do-Maior, a Sorbonne da Praia Ver-
devidan1ente enquadrados. Era a go- melha, que há anos. desde o suicídio UNE: ARESISTÊNCIA
ta-d'água para que as forças militares, de Vargas, em 1954. elaboravam pro-
até cntáo ciosas de respeitar a Consti- jetos de alinhar o Brasil dentro do • Oprédio da União Nacional dos Estudan-
"mundo cristão-ocidental" , o cha- tes, na praia do Flamen![O, era um referen-
tuiçáo. aderissem aos reacionários de n1ado ··mundo livre''. Durante 21 cial de liberdade e reslstencla democrática .
todos os matizes que desejavan,. anos o movimento n1ilitar de 64 con-
duziu os destinos do país. O saldo po- Dai/ foi comandado o movimento que fez o
desde 1954. assaltar o poder. sitivo que deixou está sendo constes-
Não houve resistência ao golpe ck: tado pela realidade de hoje: foi um Bras/1 entrar na Segunda Guerra Mundial
blefe de contabilistas e tecnocratas. O
31 de março ou de 1:· de abril. Jango saldo negativo tem pelo menos o ao lado dos aliados - a tendéncia do go-
não queria derr:11na1nento de sangue , mérito de servir como advertência a verno era pela Alemanha. Em 1964, a seca
era um político deslocado: no fun do . todos os n1ovimentos que, sob a des- foi ocupada e Incendiada pelos militar~
sua vocação era pastoral. o ca1npo. o Em 1980, o próprio prédio foi demo/Ido
gado, o chimarrão. Por lealdade a culpa de combater a corrupção, pro- pelos governos que se sucederam no perío-
do de arbítrio. Todas as grandes causas
~ inovem corrupção maior. Sobretudo,
a grande. a trágica corrupção do nacionais nasceram ou se ampliaram ali. A
seus amigos e colaboradores, ele foi Terror.
até onde podia - e podia pouco. ocupação da UNE, em 64, equivaleu, de
CARLOS HEITOR CONY fato, ao fim de uma era de liberdade.
Por sua vez. os militares não sabia1n
exatan1ente o que estavam fazendo.

No episódio central , a 31de março ou
a 1:· de abril. el~s qucria,n, em sua

Foros: Arquivo MANCHETE

4 OBOCADO É PARA QUEM OCOME l ~ 1 ..1.._

f. ~ Ca_stelo Branco e Mourão Filho. Dois generais, dois destinos. 1970-
~ ourao era general comandante da IV Região Militar. Foi ele quem Tostão, Pe/é
e Jalrzlnho: ,
5.e levantou contra o governo, arriscando a carreira e a vida. Como
os craques
consolação, depois da vitória foi nomeado para a Justiça Militar.
9astelo Branco nada arriscou, ficou em cima do muro ate o último de Zagato
instante. Com seu prestigio de intelectual entre a oficialidade e ganham o trl
t~n!io pe_rten!=ido à ~EB, soube arti~ul~r as lideranç_as militares e na Copa do
c1v1s. Foi eleito presidente da Republtca em votaçao indireta no
Congresso Nacional. México.

1 1, 971- ·
Ultimo //der
1 '1
da guerrilha,
o Capitão

Lamarca é-

mortó no
sertão da

Bahia.

ã: . - -- - -- -- - - - - - - - - - -- -- - ~

::,

. ....-_·_-_ UM JORNAL
SIMBOLIZA A
Corre---i··o-~.-·..d-...·.···a------M--··-anhã . .-

RESISTÊNCIA

• O Correio da Ma-
nhã até a véspera do
movimento militar 1972 - Flttipaldl é o primeiro brasileiro campeão da Fórmula•1.

combateu violenta-

mente o governo de
João Goulart. Dois

de seus editoriais

tornaram-se históri-
cos: Basta! e Fora!

Contudo, logo após
o golpe, em face das
primeiras arbitrarie-

dades e persegui-
ções, o velho Cor-

reio tomou posição

contra a ditadura e
condenou com vio-
.--.-..."·-·--.. ' . 1973 - Odorico Paraguaçu ...r
lência os desman-
-'-..·-.-- parodia nossos políticos.
dos e injustiças dos

novos donos do po-

der. Anos mais
tarde, isolado do

fluxo publicitário,
com seus principais

'\ • redatores presos ou

.. '.... exilados, o jornal
deixou de circular.
tJ ~ ''· ..... • t ,•.,,.,;...., ,,,1 11 ··~•'"' ...~11,,,... #lHl•iJ • 1ft t ,,... j.-l Seu prédio hoje é
~ -' • i . ...... ., 1,ulhit.• •·••UI , ,./, , 11r,1 nl,.,JH)(, n u
fnt1 ,·1 t • \tl l" .. "'' \f,j ,j,. fifi,., , 1\.111 um estacionamento
,.,••111i,1 ,1.. 1.,1.i.. de carros. Mas sua
,1, , ,.c,.. i, ,,r i,1 voz até hoJe é um
- •"' li,' , •• ,, • • exemplo áe digni-
-. dade.
- ·-.. ...- ....~ . ..• ..............',..•.-'. ....
.-:.:.:·:.·:.·... r' :..... . -....• ...-•..·..-... .~ 1974 - O General Ernesto 5 - OJornal/sta V/ado
-- . . . ...·-·(;--. .. • Geisel assu"!e a preslàéncla.
:.-··-· Herzog é enforcado no
,• • •...
DOI-CODI de SP.

!

•t ••

lan o

daR entõra Areunião entre Castello Branco e a cúpula militar, em ltapeva (SP,
22110/65), da qual sairia o A/·2, cinco dias depois, está no livro de
Umasérie de livros
Sebastião P. Costa.

tenta exorcizar os foi.n1ililar não •
um
xe ao pai,.s
20 anos de OBrasil vive sob tutela n1ili1ar. O tãc<r>esccriumeleanstsoimec, opnooi~smt,r.coou.-
movimento operário quis implan-
, tar o socialismo na década de 60. Mergulhando a fundo nessas obras, o )
fvtuitos jovens idealistas foram mortos
HISTORIA injusta1nen1e na guerrilha do Araguaia. leitor sai com a sensação de que existem !
Durante o período 1nilitar o ensino foi
ditadura no Brasil privatizado. O Brasil nunca cresceu várias versões ainda para o golpe de 64
tanto quanto a partir de 60.
que estão por vir. Há fatos não esclareci-
Estas são análises feitas sobre a dita-
dura n1ilitar por alguns dos livros que dos, como, por exemplo, onde estão os
estão sendo lançados para marcar os 30
anos do golpe de 64: Trinta Anos Esta corpos das vítimas da repressão?
Noire (Con1panhia das Letras), do jor-
• nalista Paulo Francis, O Coronel Te,n 30 anos depois do golpe militar no
11n1 Segredo (Vozes), de D~lora Jan
RUMOR DE SABRES Wright. Rumor de S:1bres (Atica), de país, a voz pastosa de Paulo Francis,
Jorge Zaverucha. Tambén1 nesta onda
• ..1àmb{-111 os empresários sobre 64. a Editora Record resolveu re- imitada por dez entre dez humoristas,
colocar nas prateleiras das livrarias duas
aprenderam fOtll o golpe de obras que considera fundan1en1ais para 1nudou. Mais parece uma n1etralhadora
64 que o 11u/11rit11ris11111 entender o golpe: Não Verás Nenhum
111ili/11r pode fio·ort'ft'r o País Corno Este. de Sebastião Pereira da giratória atingindo diversas personalida-
('llpi/1,li.,11111, 111/IS niio Costa. e Xan1bioá-Guerrilha do Ara-
llt'('CSSllrii1111f11/e os guai:i. do coronel da reserva Pedro Cor- des que marcaram as décadas de 50/60. · 'l)
,·11pit11fist.is. J>or t·xe111p/o, os ;ea Cabral. A Editora Ática está colo-
111ilitar,•s ter111in11r11111 por cando no ,nercado uma versão reela- Francis é mesn10 um "franco-atirador",
,,.,111/izar 1·1írios seg111t'11/11s da borada de Grandezas e !v/iséri:is do En-
• ('('()IIOlllill, debilit1111d11 a sino no Brasil, de Maria José Garcia conforme admite no segundo volume de
t·c11n11111i:r dt· 111creado. Ni'lu
li>i 11 111,1 que bo11 parte do Werebe. suas memórias Trinta Anos Esta Noite,
e111pres11riiulo pnufistu Mas, afinal de contas; os militares saí-
:1poi11u o fin1 do reginn, O carioca Franz Paul Heilborn, na análi-
111ifil11r." ran1 de cena depois de tantos anos no
governo? Siln. Não, Talvez. Isto é o que se do n1ovimento militar, não poupa
j pensarn os autores dessas obras. En1 en-
trevistas a MANCHETE. alguns autores nem um pouco Juscelino Kubitschek,
acredilan1 que os 1nilitares são hoje
1 "caria fora do baralho". Há quem pen- João Goulart, Carlos Lacerda. Brizolà,

' se. no entanto. que estan1os sob tutela nem mesmo Getí11io Vargas. Mete o pau
\
militar. 1-lá quem pense que o regime na atuação da esquerda, considerando-a
'. .
TRINTA ANOS ESTA desastrosa no país e no mundo: "Não há
• NOITE: 1964, O QUE VI E
esquerda no Brasil, apesar do estarda-
VIVI
lhaço do PT",
• "l)iu•r, por ,·.n•111plo, t/llt'
fwun~ l(} 11110., dt• dit11d11r:1, Ocomunismo ainda
de 196-1 11 l 9S.J, 111/n•l srju estava longe
/t•g1lfll1t'llit' ('Ol'Ct'/11, IIIUS é
fi1/sifl,·ur,•io t,;.,rúrku. E11tr,· Não houve ameaça concreta comu-
196-11' 1968 ho111·,, n111it11
nista que justificasse o golpe. O mais
/ib1•rd:1dt>. F111/011, interessante da obra são as in1pressões e
,·er/111111'11/t'. d1•111ot·r11cla,
fÍt'conversas que P.F. manteve com diver-
n,as ré'/11 unia politi1.arii11
111111,·11 ,·isw 110 ,uru re111µ11 sas fontes que lhe permitiram ter uma
visão peculiar de 64. Com Thomas
dl.' 1·id11, f.:,;s,•., ft1ru111 os 111111.-
Mann, subsecretário para Assuntos ln-
do T1•11/ri1 Opi11iiio, du.~

p11.,~·c11t11.<, do5 11111nift•.,to.<

(dos <11111is 111•rdi a f1111/11I.,,"

• , 30 l\~l r i 2 OE ABRIL OE 1994

t """\ leramcricanos e111 64, teve a informação Pa.ulo Francis consegue responder à per- controle civil sobre os militares. Tro-

~ de que os Estados Unidos nada tiveram gunta que ele mesmo propõe no livro, cando em miúdos. o país vive sob tutela

• com o golpe. Segundo informações de con10 o tom provocativo com que faz a n1ilitar, controlado indi{etamente pelas

amigos de Jango, o ex-presidente teria coluna Dfrírio da Corre, em O Globo. Forças Armadas. O Presidente José Sar-

confessado que saiu do governo à fran- Ele joga ao leitor outros questionamen- ney conservou , no seu governo, a confi-

cesa e que poderia ter lutado mais, para tos a que não consegue responder, tais guração. militar de Figueiredo. Dos 28

pern1anecer no poder. como "Jango queria também dar o , ministros, seis eran1 generais da, ativa,

Paulo Francis não {ala só do jogo ci- golpe?" Silêncio diplomático. Talvez Logo, as Forças Armadas deixararn o

vil-n1ilitar-tortura-guerrilha. Como é do nunca se yá saber. Dependeria de.docu- governo , mas não o poder. "O . setor

seu estilo. surpreende o leitor com pará- mentos comprovar tal intenção, acredita nlilitar é o único que me causa problc-

grafos inteiros sobre Beethoven, o com- o jornalista. Cabe ao leitor a tarefa de 1nas'.', .costumava desabafar Sarncy

portamento sexual do casal Sartre-Beau- montar o quebra-cabeça. quando queria cutucar.os civis,

voir, a recla1nação de que o amendoim A ditadura militar ainda não acabou Ao contrã'rio de Brasil e Argentina, a

aumentou de preço em 1.000% na época de vez. na opinião de Jorge Zaverucha. Espanha realizou logo eleições livres e

do Getúlio. Citando Freud, Keynes. que está lançando Rumor de S,ibres - regidiu u1na nova Constituição. Adolfo

Marx, Paulo Francis Su,irez, ao ·ser eleito

justifica seu horror pelo voto indireto,

ao ssoucaiaolips1m.no1.-a. oq, useo;, permaneceu menos
na = de dois anos no go-

gera pobreza. En1- verno e convocou

bora preso quatro eleições diretas. Sar-

·Q vezes e tento adn1i- -' . ney ficou cinco no
tido que o trots- governo e na nova
kisn10 já o atraiu Assistência Auto Dia e Noite Constituição os n1ili-
tarcs conseguiran1
consideravelmente.

o autor faz u1n saldo - Bradesco Seguros P.reservar muitos po-
positivo do período í,~W:1'11 deres das Forças Ar-
militar. "Os 'mili- - Douglas e. Castellões madas.
tares adn1item ter .~.,,,.,,,Inli,lmll:lsHcn
matado 144. Se é Validade: 10/03/94 a 10/03/95 Militantes
verdade, é pouco, no simples-
contexto latino-an1e- Plano: A mente
ricano". aduz Fran- sumiram
) cis, baseado na 2 544 521132 0001

! análise de que,
durante a ditadura. o

país cresceu econo-

micamente. em mé- Zaverucha acre-

dia, 10% ao ano. dita que corren1os • ••

O governo 1nili1ar Leve um carro riscos. porque. "ao ••
não acabou por deixar que os n1ili-
acaso, na opinião de de emergência na carteira. tares se comportem ;·
Francis. Segundo de n1aneira autô-
Você te111 4uc voltar para casa ou prosseguir sua viagc,n e seu carro ainda noma, os civis abrem . •t•
U~~,,ele, o fim da dila- a possibilidade de '•
dura se deu con1 a que; eles possan1 agir·
falência financeira ,

do estado . Carlos está na oficina'! Scni problernas. Qucn1 te111 Assistência Auto Dia e Noite contra os interesses •

Lacerda teria todas Bradesco Seguros leva u1n c.irro de e1nergência na carteira e rnuitos outros civis, caso as condi,-
as condições de se serviços de socorro. Você só precisa ter o cartão c,n ,nãos e pronto. çõcs políticas se al-
beneficiar do sis-
1ercn1", escreve.

tema militar, mas Ern caso de ernergência é só chan1ar. Essa ''tutela an1is-

acabou sendo atro- O f J I A , \ O l ,\ 0 0 • tosa" foi u1n bom ne-
pelado pela ditadura IIKA~ll- gócio para os n1ili-
que tanto defendeu, Consulte sempre oseu corretor. Émais seguro. tares, porque as For-
assim como Jango. 11 ,\\ ças Arn1adas preser-
Juscelino e Brizola. BRADESCO varam seu poder de
UH/\t>l SlO.
SEGUROS

Con1 a abertura polí- veto no quc diz res-

tica, o jornalista, que peíto à ordem e à lei.

assiste de Nova Ior- . Na opinião do cien-

que há vários anos à nossa sorte política, Tutela Militar ou Controle Civil? Za- tista político, esta posição de tutela é

dá a entender que continuamos, a con- verucha faz uma comparação entre os cómoda para os n1ilitares, porque eles

tragosto, vítimas do sistema. Até os ca- processos de transição democrática na ficam no poder sem carregarem o ônus

ras-pintadas que protestaram contra o Espanha, Argentina e Brasil, questio- de governar um país em crise. Por outro

governo Collor são alvos da metralha- nando a articulação política entre esses lado, também é uma forma de recupera-

, L dora giratória de Francis. Para ele, os três países e seus governos. Para o autor, rem o desgaste polftico'que foi o período
caras-pintadas foram "motiv~~os pel? só havia espaço para três resultados pos- da ditadura e recarregar o fõlego, Resta

desejo de aparecer na telev1sao, eslt- síveis: controle civil, tutela ou golpe. saber até quando,

mulados pela mídia", Apesar da redemocratização, o Brasil

"Existe povo politicamente?" Nem não criou instrumentos efetivos para o

\M-12 OE ABRIL OE 1994 31 •

:.1-,1 li

ll. ol j

>" i~



Não só civis têm
memórias tristes
dos anos de
chumbo: alguns
militares, também

Delora Jan \.Vright. sobrinha ele ~·-~J!
Paulo. faz uni relato da trajetória Maria José Werebe relança seu tratado sobre o ensino. Jorge Zaverucha é o
política do pastor e sociólogo no autor de Rumor de Sabres. Paulo Stuart Wright tem sua tragédia relatada pela
livro O Coronel Te,1111111 Sc:grc:<lo: Paulo sobrinha, De/ora.

l1/rieht 1'\/;io E stiÍ cn1 Cuba. con1 prcfiício histórico que até hoje o estado estií ne- José \Verebc. que estü publicando unut

d.:: Õorn Evaristo Arns. Delora entrevis- gando", resurne a autora sobre o valor vc rsáo reelaborad a de Gn111dez11s e l\1i-

tou parcnt.::s. anügos e con1panheiros de do seu livro. De lora Jan \Vright não séri,is do Ensino no Bri1si/ - 'frit1til

partido d.:: \.Vright. O sociólogo caiu na acredita que possa haver retrocesso polí- Anos Depois. No livro , a au to l'a analba

cland.::stinidad.:: depois de 64 e. revol- tico con1 a volta dos nlilitarcs cios quar- o sisten1a educacional desde o período

tado con1 a pressiio política e a cassaç.io téis porq ue. a seu ver. a conjuntura não colonial. En1 entrevista a tv!ANCl·IETE ,

do seu 111andato de deputado. acaba se pennitiria. e tan1 bén1 porque a classe tylaria José assinalou os principais entra-

engajando crn 1novi111cntos gue rrilheiros trabalhadora está ,nais articulada. ves que a ditadura causou na ürca ed uca-

de esquerda c entra na f\P, depois na O governo rni litar não afetou apenas o cional. A seu ver. provocou a privatiza-

APML (A ç ãCJ Popu la r ivlarx is ta• Con!!resso. A área acadê n1ica e conse- ç,'ío cio ensino, principahnente ele facul-

Leninista do Brasil). Ao contnírio de qüe,;ten1ente o ensino fora1u n1uito afe- dades, e fez "urn terroris1no cultural'' ao

111uitos dos seus cornpanheiros de guerri- tados. na opinião da professora l'vlaria tentar desvincular o ensino das discus-

lha. \Vright preferiu pern1ancce r no país

e lu tar contra a ditadura. n1esn10 nos XAMBIOÁ - ·o
n1on1cntos 111ais ,í rduos. con10 no início GUERRILHA NO
dos anos 70. Profundan1c nte identifi-
..:ado con1 o ideário de esqu.::rda. Paulo ARAGUAIA
Wri<:>,,h t a..:n:ditava t]UC só o social isn10
seria capaz de devolver aos trabalha- • "0 pior é que é
do res as condiçôcs b.isicas ele sobrevi-
v0ncia. O sociólogo pediu asilo no ivlé- .-erclade! E esse bubu,·n do
xico e depois seguiu para Cuba e China. Cle11ie11tir10 n:io dest·obre 11

fonte que está e1n·iarJ<lo
i11fornwção pra AI/Jânia. ,t
portadora de 1Jr11sí/i11

t11n1bé111 11ã11 está

• Aautora não se reso/1•e11do 11ad11. É sti l 'llt'''

limita à luta do tio sintonizar be111 que "
Tírunu entra raclw11dc1.

- E o tal Clen,e11tin11,
todo pilchudo de

Delora 11:~10 narra apenas a luta polí- OCORONEL TEM UM entendido, nãtJ entt•ndc de NÃO VERÁS NENHUM
SEGREDO: PAULO WRIGHT 1111da! D,í, tchê, PAIS COMO ESTE
-tica de \.Vril!ht. Para re latar a in1port.1n-
NÃO ESTÁ EM CUBA que n1crd11!'' e •','Vo RitJ, na tard,• d,• 2
eia da vida do pasto r. a aut o ra conta $1.'U
relacionan1.::nto corn a sua nntlher Edi- dt• abril. a 1\ -larcha da

n1ar Rickli. corn os filhos J oüó Paulo e • "Até o c·oron,•I soube que f~1n1ilia t·(Jnl Deus p<•l;J •
Leila . e a co nstante preocupaç,io e n, Libl'rdad<•. orpanizada por·
praticar tudo aquilo que aprende u co1n o e/C' e outros tantos 11silndos
pi1rticípura111 dt' uni curso de ,1111élia llasto.i. reún<· 111ais
cristianisn10 . gu,·rrilllíls, cujo., profe.sstJrt•s
O s n1ilitares até hoje n.io revcla ran1 de um 111illuio de /l('SSOOS,
tin/111111 /111/J<lo, s,1frid1J e se dentrt• :is quais
onde foi parar o corpo ele \\lright , apc•sar
das t.::ntati vas d a fanlilia . inclusive do alt-gradt1 ct1111 11 1·itóri11 de dcstIJc.11·.im•st• o

s11as forças, que se 1·x-pr,·side11tc da R1:piíblin1

11rnmra111. J>reparundo-se Eurit'o Gllspar Dutra <· dona
l.eticia, ,·sp<1sa do
pura contribuir para a

rev.:rendo Jain1c. innão de: Paulo que insurreiçiio do seu po1·0, Governador Lac,•rda. ,V11s
alas de frente 11111rc,11·a
durante no\'e a nos trabalhou con1 Don1 Paulo den· ter ac11111pnnl,ad11 presença a elite carioca,
us auflls tt•órica_, e práticas fadl11J<•nt,· identificán•I p,·tas
Evari.sto Arns no projeto Br:isil: N1111Cil roupas e penteados
• de rnardiar em ,írt•us r11rnis,

J\:fais. rnnn,:io e utílizaç,itJ de nrr11us

" Este li vro é un, resgai..: de uni fato ft: 'H'S• •• '' das mada111es. "

Ú~~J32 2 0[: AB 9 1I. DE 1994

•..

': to , " sões políticas. A. professora. que foi per- di,í logo con1 o preso, que logo era elin1i- Caslelo Branco, Cosia e Silva. Médici.
. nado , sen1 nenhun1 direito a defesa. Cor- C:icisel e Figueiredo.
\....~1 seguida pelos n1ilitares. teve que sair do rêa e ra piloto de avilio e helicóptero
du rante o episódio. Escrito en1 fonna ele N,io Verâs 1'\/e 11ht1111 />111'.ç C'.01110 Este
li país e foi ser pesquisadora do CNRS novela - que uni dia espera virar minis- ten1 prefácio do Ministro Fernando IJen-
série de televis,io - , o coronel disse que rique Cardoso, para quern o país se res-
,,,r • (Cent re National de la Recherchc Scien- j,í indicou a localizaçtto do lugar onde se sente ainda ela n1orte de ta ntas pessoas
tifique). l'v1aria José nüo se confonna cncontran1 os corpos das vítin1as. du rante o período nlilitar... Alé hoje.
ouço a voz de Don1 Paulo ecoando na
co111 que a ditadura tenha perseguido Trinta anos depois do golpe, o Coro- Catedral da Sé o protesto litúrgico con-
nel Pedro Corrêa acha que o rn eio n, ili- tra o de rran1an1e nto de sangue de nossos
ed ucadores ele talento corno Paulo Frei- tar ainda é conservador e retrógrado cn1 innlios". escreve Fernan"do I lcnrique
relaçlio ils discussôes políticas. Sinir>ati- sobre a ditadura. que ta1nbén1 cobrou
re. ao n1csn10 ten1po que deu i1nportún- zante cio PSDB, o coronel não te111 can- de le cxplil:açües sobre suas atividades
didato it Presidência da República , ne1n "subversivas" no Centro Brasileiro de
1 cogita da possibilidade de os 111ilitares Anü lisc e Plancjarnc nto . C EBR,\ I'.

' '' cia ao trabal ho do MOBRAL. que to•

111011 111uito dinheiro da Uni,io sen1 n:-

torno para o povo. Werche acred ita que

as tentativas ed ucacionais rn odcrnas

corno Cieps. do p·r ern S,io Paulo e Porto

Alegre. assin1 corno do ex-governador

i'vliguel Arraes. süo vúliclas. 111as pondera

"que ni10 se pode fa-

zer ela escola incro

instr u rn e nto polí- -X Empresários
tico .. . teriam

,\ profcssora nüo

adia possível n1,1is o conspirado
retorno dos 111ilitares também
porque. na sua opt·

ni{10. a conjun tura -.....

in tern aci o nal náo C o n f o r 111 e ad·

penniti ria. Depois rni te , nesta e ntre-

<le lan\·ar o seu li\'ro \'' vista a MANC I IE-
·r E. Scbas1i i10 da
no Brasil. l'vlaria Assistência Auto Dia e Noite (~osla . a vis.iodo que

Jo sé l.:v,1 do país nana no li vro é ele

urna série de preocu-

pações que pensa ser ,r,a,,d-e,s-c,o,,,S1eg,u,r,~o'.1s1A.W~I'.lM,l. esquerda e de qucn1
fú i contra o golpe de
conscqü0ncia das 64. Ex-111ilitan1c do
PCB. Costa ten1 ho·
111azelas da ditadura j e s i111 p a ti a p e In

corno a eli1izaçüo das PSDB e afas1011 de

escolas. a acen tu,1- augias C. Castellões , , -, , [ ~ vci o fantasn1a do~
n1ilitan:s dn sua vida.
ç,io das desigua ld,1- Vali1ade: 10/03/94 a 10/03/95 1 , , ~ Ncrn con1 Luiz lgn.í-

des e a 111assificaç{10 Plano: A , , , , , , 1 , , fDIiA':lW01.~11º1(

l do ensino. - ~·-·
()s civis náo süu os
únicos que tên1 re- 002 544 0001

cordaçüL'S tristes da cio Lul.1 da Silva no

:l11T·: ditadu ra . () con,ncl go ve·rno. o jornalista
da reser va l'edrn
~ acredita na volta das
V ' c·orn~a Cabral. au-
Fo rças A rin ad as
·~ tor de X,1111/Jio;í -
~ (jucrril/1;i 110 A r;i - Leve um hoteI na ear·1eira. porque . para .::le. a
g, uaia. n,io se cn11- •
fnrn1a co111 a partici- rn ídia n.io deixaria.
Scbasti;io da ('osta •

•~' \ Você est,í longe de casa e o seu carro não pode seguir viagcrn'! Re laxe. suste nta a lese de .,
Que1n te,n Assistência Auto Dia e Noite Bradesco Seguros leva 11111 ho1el
paç.io dos 111iIitares que os n1ilitarcs nüo ••
fo ran1 os únicos a
na operaçüo que cli- •
na carle ira e 111ui1os o utros serviços de socorro. Você só precisa le r o tra1na ren1 o golpe .
1ni nou dezenas ele cartão cn, 1111íos e pronto. E111 caso de emergência é só c harnar. ()s civi s tan1h ci 111 •
tcrian1 participado
_jovens. Cabral parti-

cipou da luta ao lado Consulte sempre oseu corretor. Émais seguro. do processo. princi-
pal111cnte os e111pre-
das força s leais ao BSRfGADUERSDCSD ■ s;í rios. E is a raz~io
pel a qual n,i o h,í
governo e presen-

ciou de perto tor-

tu ras e assassinatos n1ais possibilidad<:

de brasileiros . nunca de golpe . na opini,io

l ad1nitidos pelos nlili- dt: Schastí,io ( '0s1a:
lares.
volta rern ao poder. Nunca 111ab , to rce o os c1 v1s n,i o ,que rc111 .

O que 111ais re volta o corone l é que . na rnilit.ir . A hisrcíria de Paulo \Vri ght é parecida
sua opiniúo. "nlio ha via infonnaçiio cla- co,n a de outras pessoas que 1nilitara n1
ra sobre as pessoas que 111orrcran1 no O li vro Niio Vcr.ís N c11h11,n Pais nas década~de 60/70 no Brasil e si111ple~-
cornbatc". Na verdade . a orcle rn do go- c ·o,110 /.:s1c. do jornalista Sebastião da n1entc "dcsapareccra111·· durante a d ita•
verno na época e ra de faze r " unia via- Costa. é di vidido em du as pan es. Na
prin1eira , o autor conta corno o golpe

gen1" (n1atar) os guerril heiros te n1enclo chegou i1pequena cidade de lt apeva. Lá.

haver alg11n1;1ligaç{10 deles con, con1an- ele n1ilitava no PCB. que de fendia as

dos 111ilit ares d o ex te ri or . principal- re formas de base de João Goulart. Na

n1ente de C.'uba . () que irnprcssiona no segunda parte . u jo rnalista dcscrc"e os

livro sün os relatos de tortura e a falta de principais aco ntccirnc ntos dos govern os CLARICE ABDALLA

\M;:;\2 OE ABRIL OE 1994 33

.• .





,

1

..



Ele perdeu a visão com a idade de seis anos. Isto não o impediu de
· ter uma carreira fabulosa. Desde o fim dos anos 50, Ray Charles é
· · apelidado ''The Genius" tanto pelos profissionais como ele, quanto
pelo público. Sobre o Grande Lago Salgado, em Utah, onde posou
é~m exclusividade para estas fotos, ele vai realizar uma façanha
• • inimagin,ível.

·. - Você passa a maior parte do nos traz seu cortejo de alegrias e
tristezas. A regra número um da mi-
·. · ·· tempo nas estradas e nos aviões. Há nha mãe era que não devemos ja-
mais reclamar, devernos ser sempre
~-.. .algum segredo na sua excelente positivos. Eu guardei esta regra. E•
graças a ela que sou feliz.
·· for1na física ao.s 64 anos?
•. ' - Você era muito jovem quando
. - Ncnhun1. Minha vid a est,í .. sua mãe morreu?
:, :· longe de ser regrada como u,na par-
- Eu tinha 15 anos. Tudo o que SUCESSO
...':' •. : Íitura, e muitas vezes sô durn10 três me aconteceu é resultado da educa-
•·:·.... . horas por noite. ção que ela me deu e do tempo que A foto histórica de
'._- -:- O que você faz para começar dedicou a mim. conversando, escu- um dos maiores
tando. Em Albany. minha cidade
· : bem o dia? natal. as pessoas consideravan1 mi- astros da música e
·,"·:• .. - Tomo u,na ducha. escovo os nha mãe como uma mulher indigna.
porque ela rne mandava cortar ma· seu plano sobre o
· " . : · dentes e me visto. j.í que durmo deira apesar de eu ser cego. Grande Lago •
Salgado, no estado
:, . ".. se,npre nu! Alguns dias tomo um Ela teve a inteligência de não americano do
prestar atenção às crítiç:as. Eu ainda Utah, 113
,._• ." · senhor café da·nu1nh,i co1n ovos. sal- a ouço dizer: ..Talvez meu fi lho seja qullômetros por 56.
cego. mas não é idiota." Tenho mui-
. · sicha e b11co11. Outras vezes n:io,faço
to orgulho da mí'nha mãe.
_.;,· · ·nada disso. Tudo depende do rncu - Você mesmo fez uma fan1ília

·.,::- hun1or. Nenhu1n dos n1eus dias se numerosa .
':~:,•.,t parece, é assin1.que gosto da vida. - Tenho nove ou dez filhos. e

~ . ·· - Da manhã à noite você sempre talvez cinco ou seis netos...
- Que tipo de pai você é?
..r'~.. ~·. tem uma xícara na mão. O que você - Sinceramente. não creio ter
.~ ~.·•. bebe?
sido um pai realmente formid ável.
' ~ .· - Un1a mistura de café e de Bois.

., gim holandês. Esta bebida me cs-

... ' ~

qucnta a garganta.
:- Todo mundo tem de você a ima-

·. gem de alguém que ri sempre. Você

t.àmbém tem momentos de de-
pressão'?

·•. - Como todo mundo. pois a vida



P•asta


• •1 o-



Nº Fl. •• • 'i

• . . . .. . • • .

.

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· ~..,· ~,•~'-" ,
. .
\
~~~i 222•.:.ZÜÜÜ ·gJ!!J.i (O,J1),8ÜÜ-8377g~,e já.

.'
c.. ap.Jt~.L..
.SP - Í.,i~.~~ ... . . .. -... .. .... demais regiões.
. ·... . .. ..
,,

- ... :. ;. - '""!!, ..__ . .. -



o MuriJD Melo Filho reconstitui odia Dia 12 de outubro de 1977., exatamente há cimento público graças ao manifesto divul-
12 de outubro de 1977, quando o 14 anos. Amanhecia em Brasília, no dia dedi-
presidente da República se cado a Nossa Senhora da Aparecida. Mas, · gado logo depois pelo General Frota; foi rá-
confrontou com oministro do apesar do ponto facultativo, o Presidente Er-
Exército nesto Geisel chegara cedo ao Palácio do Pia- pida e á~pera. Proclamou a sua lealdade,
·nalto. E, como de costume, reunira-se com os
- ·Generais Golbery, Figueiredo e Hugo de mas reconheceu que não havia mais nenhu-

1-<' Abreu, confirmando as providências tomadas ma possibilidade de continua~ o relaciona-
desde a noite da véspera, quando os coman-
dantes de Exército haviam sido convocados a mento entre os dois, porque n.ão tinha mais
Brasília. Foram apenas 20 minutos de con-
versa transcorridos nessa reunião, da qual confiança no seu ministro. Pediu-lhe que se
Geisel saiu com a decisão tomada. Mandou
chamar o General Sylvio Frota e a conversa ,..._ ~~·~ · demitisse e, ante.are-
então havida entre os dois, que já é do conhe-
cusa em·fazê-lo volun-

tariamente, declarou:

- Então vou demi- . . .'

ti-lo.

· A partir daquele mo-

mento, o Brasil viveria horas dramáticas, sem

saber se o poder real penderia para o Palácio

do Planalto ou para o QG do Ministério do

Ex~rcito. Afinal de contas, aquela era a pri-

meira vez, ao longo de toda a história republi-

cana, que um ministro do Exército se via dis-

pensado do seu cargõ sem quaisquer conse-

qüências, resistências ou reações.

.O epsde janeiro de 1977 que o ' opor-se aos planos dos irmãos Gei- seu de grande repercussão para a
residente Geisel vinha sel, com os quais se incompatibili- cidade de Sobral, onde seria agra-
zara há muito tempo.
sendo pressionado para re- ciado com o título de cidadão ho- · ·. ::
Para envenenar ainda mais o . norário.
solver o problema da per-
DOCUMENTOmanência ou do afastamento do quadro político-militar vigente na- Os amigos do General Frota da-·
queles dias, começou a circular o
General Sylvio Frota como ministro vam todos os balanços no AImana- . ..:·
boato de que o Ministro Sylvio Frota que do Exército e chegavam à con-
do Exército. Vários ministros che- clusão de que o General João Fi-
se recusava a submeter previa-
garam até a articular um pedido de mente ao Palácio do Planalto o gueiredo, por ser general-de-divi-
são, jamais conseguiria receber a
demissão coletiva, que incluiria o texto da Ordem do Dia, que seria
general. quarta estrela, até o dia 15 de • .
lido nos quartéis por ocasião do Dia março de 1979, a fim de poder ser ·
O presidente da República que-
do Soldado a 25 de agosto. O mi- indicado pelo Alto ComandQ para a
ria retardar ao máximo a deflagra- nistro teria reagido, dizendo que ou presidência da República. Esta-

ção do processo sucessório, a fim o presidente da República confiavi:\ vam na sua frente, por orçlem de
l de não enfraquecer os meses da antigüidade, entre outros, os Ge-
nerais Arnaldo Calderari e Ernani ••
última metade do seu mandato. Ele
Ayrosa, que já tinham tomado a •,•
. tinha conhecimento detalhado, providência de comunicarem ao
através de informes do SNI. sobre a Presidente Geisel a sua intenção :
'
de ceder a vez ao General Figuei- ..
movimentação em torno do seu mi-
redo.
nistro do Exército, que incluía a cir-
(O General Frota já concluiu o
culação de relatórios sobre a infil- seu livro de memórias, com todos

tração comunista em vários órgãos os dados e informações sobre esta . .

do governo, o crescimento da in- crise. Seus amigos, porém, garan- • • ..·.
tem que este livro não será publi- :
1:~, fluência subversiva nos órgãos de
~ imprensa, a excessiva transigência cado agora. Somente mais tarde.)

do governo em face de ações con-

testadoras da revolução e do estí-

mulo a um estado de rebeldia nos

quartéis e guarnições militar.es.

Em julho, com o lançamento da

candidatura Figueiredo pelo Sr. Figueiredo não dormia tranqüilo •..

Humberto Barreto, apoiado pelo

General Golbery e o Prof. Heitor -há-um-a -sem-a-na -~.. ..·..
·'
Ferreira, cresceu a agressividade - -- - -

do grupo frotista, liderado no Con-

gresso pelos deputados Sinval Preocupado, o General Figueire✓ · -:

Boaventura. Siqueira Campos, do procurou o General Golbery:

Jorge Arbage, Daso Coimbra, Mar- - O senhor está conseguindo

celo Linhares e Francisco Rolem- dormir d ireito? Pois eu não durmo '.. ,

berg, que afirmavam contar com o tranqüilo há uma semana. ,

apoio de 100 parlamentares na Câ- 'Já há algum A gota d'água que fez o. copo_ . '
mara.
tempo o nele ou não confiava. (Esse boato transbordar foi a declaração de um; • ·· • ·
Esse grupo participava de reu- seria desmentido logo em seguida
presidente e o com a chegada ao Palácio do Pla- parlamentar da Arena, segundo o.
niões sucessivas na Superquadra nalto, na antevéspera do Dia do
107, de Brasília. Ficou acertado ministro não Soldado, do texto da Ordem do qual a cúpula do partido estariar :
Dia.)
{i) que cada um dos deputados falaria andavam de passo empenhada num trabalho de esva- ·, ..
em dias subseqüentes na Câmara, O Presidente Geisel manifestava
a fim de demonstrar a natureza de certo. Exonerado seu desagrado em face dos suces- ziar as atribuições do Alto Co- . ' .
uma campanha em andamento, à sivos pronunciamentos parlamen- mando do Exe, rci•to na taref•a de es°"-' i, JH
qual, segundo se supunha, o Minis- do Ministério da tares e muito lhe teria agradado se
,. tro Sylvio Frota teria dado a sua Guerra, Sylvio ~

Frota voltou ao c?lher o futuro candidato presid.eri: ', '":.•
c,al. . .,,
Rio com a mulher.
A nota oficial com que a direçã'o · ,.-,_~

·. aquiescência tácita, já que não a arenista respondeu ao deputado foi,. lt ;

•:-.desautorizava. · o General Frota houvesse feito al- tida no Palácio do Planalto. eomo ,, ~

guma declaração para desautori- · insossa, inodora e incolor: fazendf>, ; .-v
ise assim mais necessária ·ar~da:- f;~;
. N.esta articulação, estaria partici- zá-los. Já por duas vezes o ministro
uma atitude de maior vigor para de:'
pando·ativamente o General Jayme esquivara-se de despachar com o

Portélla, que havia sido o chefe da · presidente; .aJeganEJo que não ha- ter a insubordinação que, já gras~;1,.Jf

Casa Militar do governo Costa e .. via nada á .tratar. ehtre os dois. E sava por todas as fileiras·do par~'/-;/'
1 ,se.Silva, naturalmente interessado em
;,,::: ', .-,.....,.,.1.1,...,,, ,. ,,...... ..' -. à •.· ., a,r.,.i:1;f J~rié·i~·. •U• ijj- pr.o,..r.iu-n~l'ia' m.ent0 tido. . ·'

. ~ • • ... ,;.a-•
• _,. -f. .... .. - . •. ..r,,

OGENERAL HUGO DE ABREU

COt~UN\COUADEMISSÃO

DO MINISTRO DA GUERRA
PERANTE MILHARES DE
TELESPECTADORES

uando foi chamado pelo Ge- ção já estava pronta e foi apenas eFrança Domingues, genro do Ge-
neral Hugo de Abreu, na- atualizada, no curto espaço que
quela manhã de 12 de outu- transcorreu, entre as 9 horas, neral Orlando Geisel, que sedes-
bro, o Ministro Sylvio Frota quando tomou conhecimento de locara para Cristalina, a fim de pre-
chegou desconfiado ao Palácio do sua demissão, e as 11 horas, parar o 43? Batalhão de Infantaria
Planal~o. Logo em seguida, suas quando entregou o texto para ser Motorizada, colocando-o de sobre-
suspeitas e desconfianças se con- divulgado. aviso e de prontidão na eventuali-
firmavam: o Presidente Geisel di- dade de marchar sobre Brasília.
zia-lhe simplesmente que havia Simultaneamente, o Palácio do
acabado a confiança entre os dois Planalto encarregava oficiais do O General Hugo· de Abreu. que
e o aconselhava a demitir-se. Gabinete Militar de ir ao aeroporto anteriormente comandara o Bata-
Diante de sua recusa, resolveu de- de Brasília com o objetivo de levar lhão Aerotransportado, articulou-s.e
miti-lo. os generais comandantes de exér- pelo telefone com o comando dos
Daquele momento em diante, citos para a reunião com o Presi- pára-quedistas no Rio e também os
houve uma corrida contra o relógio: dente Geisel. pôs em estado de emergência para
os dois campos iriam arregimentar se deslocarem a Brasília e des-
suas forças para a confrontação Pelo rádio do quartel-general, o
definitiva. ministro demitido procurou conta- ·:- r.rr ,.,~ • ·a~1,1 , i
Desde a véspera, oficiais do Ga- tar esses comandantes e só então
binete Militar haviam sido despa- veio a saber que eles já estavam \ \t Ij f
chados para o Rio e São Paulo, a voando para Brasília. Mandou ofi-
fim de contatarem os Generais ciais de sua confiança para tam- 1I
José Pinto Rabello, comandante do bém esperá-los no aeroporto, mas 1 .' t ;,-j,tlÍt• ... >1
1 Exército; Fernando Bethlem, co- em vã_o: os comandantes preferi- ~1 • \'
mandante do 111 Exército e que se ram ir à reunião no Palácio do Pla- t\t'1 l1 là x ,,.t
encontrava no Rio; e Dilermando nalto. ,
Monteiro, comandante do li Exér- .11
cito. Juntamente com o General Ar- O General Hugo de Abreu já ha-
gus Lima. comandante do IV Exér- via comparecido diante de milha- i<!:'~ .....,
cito, eles foram lodos convocados res de telespectadores. surpresos
a Brasília, durante a manhã do dia e atõnitos, para comunicar a demis- Atransmissão do cargo para o General Fernando
12 de outubro. são do General Sylvio Frota e a sua
substituição pelo General Fer- Militar, foi peça-chave no desfecho da crise.
Frota distribuiu proclamação nando Bethlem, que estava che-
gando a Brasília na qualidade de
às guarnições ministro substituto.

As 11 horas, o General Frota en- Articulações para uma
tregou o texto de uma proclamação
a ser distribuída para todas as ação de emergência
guarnições. Nela. fazia um apelo
aos jovens oficiais, aos "meus com- . Uma ação militar de emergência
panheiros da reserva". aos setores não obteve apoio nem do General
duros da hierarquia militar, quando Heitor Arnizaut de Matos, então co-
mencionou falos que estariam a de- mandante militar do Planalto e de-
monstrar unia convivência do go- pois general de quatro estrelas,
verno de então com os setores es- membro do Alto Comando do Exér-
querdistas do país: o restabeleci- cito. nen, do Coronel Roberto
mento de relações com a China co-
munista, a abstenção quanto ao in-
gresso de Cuba na OEA. o reco-
nhecimento precipitado do go-

verno comunista de Angola. as reu:
niões de políticos brasileiros em
Paris para fundar um partido socia-
lista, além da existência de 97 co-
munistas militantes nos escalões
de assessoramento e direção do
governo, "conforme comuniquei ao
Serviço Nacional de Informações".

Grande parte dessa proclama-

~$4 19 DE OUTUBRO DE 199 1

-~ -- .,,..,.,_,..,.......: i' : h M ' ~M;. ~

'

cerem em frente ao Palácio do P.la- demissão do minist_ro do Exército, Asucessão de Médíci ganhar tempo para que a soleni-
nalto.
bem como o convite ao Gen~ral .foi tranqüila com a dade se realizasse no dia seguinte.
Com suas comunicações blo-
queadas, o General Sylvio Frota re- Fernando Bethlem para substituí- posse de Geisel. Mas, Mas Geisel deve ter-se lembrado
cebeu ainda comovedoras de-
monstrações de solidariedade por lo. para que Figueiredo do antecedente histórico do dia 11
parte do grupo de coronéis e ma-
jores, afinados com sua p·osição e LOQO em seguida, realizou-se a tosse eleito e de novembro de 1955, quando o
dispostos a uma ação armada em
sua defesa. solenidade de posse do ~ov~ ,m_i- empossado, Presidente Carlos Luz demitiu o

Enquanto isto, no Palácio do Pla- n1stro. Rest~va a parte m_a,~ ~1f1c1I, tornou-se necessário General Lott e marcou a posse do
nalto, o Presidente Geisel presidia
uma reunião dos generais de qua- que se. pr~v1a para a cerimonia de O afastamento do seu substituto, General Fiúza de
tro estrelas e comunicava-lhes a transm1ssao do cargo. O General Ministro Sylvlo Frota Castro, para o dia seguinte, dando

Arnaldo Calderan contat~u o Ge- ue nos a/mo os ' tempo a que o ministro demitido se
nsuearalsuSbylsvt11•0tu1•Fçra-oota,e caomneucneicsasn•iddaodea bmq 1.1,.,dareds trhocaçva reaglutinasse peaoradqeupeuosecsasrego· Dfoesu-
ordem então
de o cargo ser transmitido. r,n e_de onra com se transmitido imediatamente
Houve ainda uma tentativa de o Pres, ente Gelsel. ·

z Eopresidente da República
.;, saiu fortalecido

Pergunta-se hoje o que teria

acontecido se esses comandantes

de Exército, após desembarcarem

em Brasília, tivessem se dirigido ao

, encontro do General Sylvio Frota,
p:=s a zvwsa&
-~I-N-SI-J-ID-- em vez de terem sido conduzidos

.• para a reunião do Presidente Gei-
"'-ili..cI:.:~'"'-".......= ....,;:.__;:_.__~..__.. '--",.-. _,___ _ _ _... .,_.__.,.,
sel, que terminou saindo extrema-
Bethlem poderia não ter sido tão tranqüila. O General Hugo de Abreu, chefe do Gabinete
mente fortalecido do episódio.

Teria havido a abertura lenta,

gradual e segura? Teria sido dada

a anistia, com a volta dos exilados : ' ·

políticos?

Exercendo os poderes presiden- ,·

ciais, em Ioda a sua plenitude, Gei-

sel não hesitou um só instante em

despedir um auxifiar da maior im-

portância nos altos escalões admi-

' .) nistrativos e militares do país. Ele
emergiu do incidente como árbitro

~ ~ ... de toda a situação nacional e pôde

., ;..~Ri. f!,,~~::-~ levar a candidatura Figueiredo até
... , ;(f:
... r as suas últimas conseqüências:

'

MURILO MELO, FILHO
FOTOS MANCHETE

~19 DE OUTUBRO DE 1991 85

1

~r ·ti a



·f

Homenagem da OAB do Rio de Janeiro
ao advogado Sobral Pinto

■ Na sessão solene de instalação da VII Conferência dos Advogados

do Rio de Janeiro, a OAB. Seção do RJ, sob a presidência de Sérgio

1 Zveiter. prestou significativa homenagem a Sobral Pinto, dando seu
nome ao Congresso, com a presença, entre outros, dos Ministros Célia
.;; .· J•' Borja, Waldemar Zveiter e Evandro Lins e Silva, Des. Jorge Loretti e
Vice-Governador Nilo Batista.

t ·-2 Homenageados especialistas em doenças vasculares

t r- ·-

----- ■ Durante as ,

- ·-• . comemora-
ções do Ju-
Rubel Thomas: aaviação comercial
no Brasil eno mundo bileu de Prata
do Serviço de

■ O Sr. Rubel Thomas. presidente da va·rig, pronunciou na Confedera- Cirurgia Vas-
cular do HCE,
ção Nacional do Comércio uma conferência sobre a aviação comercial foram agracia-
• no mundo e no Brasil, salientando os riscos da fragmentação da ban- dos com a Me-

deira nacional nos vôos internacionais. Ele está na foto, ladeado, a sua dalha Busta-
direita, por Aida Siviero Júnior, superintendente de vendas, e Lúcio mante de Sá
Ricardo Marques da Silva, assessor de imprensa, e, à sua esquerda, (pioneiro da
por Oswaldo Trigueiros Júnior, do Conselho de Administração da em- cirurgia vas-

presa. cular no Brasil)

os mais desta-

cad os espe-

c ialistas em

doenças vasculares. Na foto, os Drs. Alfredo A. Marques (PE), Pedro

Paulo Komlós (RG), Haroldo Jacques (RJ), Gen. Galena Penha Franco,

Gen. Evaldo Moita de Moura (diretor do HCE), Prof. Antônio J. Monteiro

Silva (chefe do Serviço, que recebeu a Medalha Pedro Ernesto) e Prof.

lràny Novah Moraes (SP).

Nas empresas Bloch, o presidente da Blue Life

■ O Sr. Ayres -e-•:·c.- -- ~ - - - - ~--,- - --...,..,..,...
~da Cunha Mar- '
c~·,?1ques, presi- ,
_ •·

dente da Blue

Life - Associa-

ção de Médi-

cos de São

Paulo, acom-

panhado de

seus asses-

sores Sérg io

.~ ,. ... . Amorim e Ma-

': galy Quedas.

-'' .- • 1 Gerentes da Sony lnc. Nitzsche expõe 100 marcas além de Flávio
..... .. em visita a Manchete do seu trabalho em design
Gomes de
•• • ■ A gerente-financeira Junk Ta- ■ Rique Nitzsche está expondo
kano e o gerente de marketing 100 marcas criadas ao longo de Mattos e Alde-
'',.~..,·,,t.. • • Ryuichi Sakai. da Sony lnc., 20 anos de prática em Design e
acompanhados pelo gerente-ge- Imagem Corporativa. A exposi- maro Pereira,
ral do Rio, Luiz Padilha, almo- ção está aberta no Espaço Cul-
çaram na sede das Empresas tural Sérgio Porto. Na foto, o ex- diretores da
Bloch, onde foram recebidos por positor com José Paulo Amaral.
Wagner Mancz, diretor-técnico Beatriz de Kossmann Nitzsche e Garden Comu-
da Rede Manchete. Ana Claudia Frajtag.
nicação Inte-
~86 19 DE OUTUBRO DE 1991
grada, foram

recebidos

para um almo-

ço na sede das

Empresas

Bloch.

''

LEMBRAR DE 64 .••.
• t••. •

·, .



EES UECER O''51 ..·-. .

Dias atrás, no Senegal, ltan,ar gica, elas deveriam até por u,na Mundo. Desde que. é claro, 1110- ~ ·.· '
Franco surpreendeu-se con1 questüo de inteligência estar inte- ..'
os elogios dos chefes de go- gradas no esforço con1urn. Aci,na derniclade signifique a rnelhor~
dos padrões de vida para todos.

verno de outras nações e1n desen- e alén, de questiúnculas parti- Ou. como disse ltan,ar no dia cri, ~ · ·:' . ··

volvirnento 1.á reunidas. Todos, se1n dárias. precisariarn colaborar. No- que assun1iu a presidência, a ex- ··.. · .· ·

exceçüo. acln1iravan1-se por ter o tava . porén1, por parte desses se- tens,io a todos dos bens da cultura

Brasil resolvido un1a de suas piores tores. o en1penho de lcvaren1 a cri- e ela civilizaçáo. fv1odernidad e nüo~:

crises sern a presença de tanques e se social até 1994, intacta e a11.uda. é a possibilidade de uns poucos
baionetas. As instituições funcio- ~ pirnpolhos podere,n in1portar car-.... "'. · ::

Se possível. alé pior. irnaginando

naram, ou estavarn funcionando. estar nela a chave para a vitória na rões do Japüo para aun1entar a . ..- . · ·

sern ó ,nenor arranhlio. U,n presi- sucessão presidencial. perforn1ance de seus ··pegas:· 1u1.

• dente fora afastado dentro da lei e Cauteloso, Itan,ar não rotulou Rua Augusta ou, 1nuito n1cnos, ·· :

da orde,n, con1 o poyo nas ruas e os nen1 ful anizou , preferindo falar cornputaclores de últirna geração ~· . .,
parlan1entares no Congresso. Corn generican1ente . Mas é óbvio que ..
a irnprensa plena de liberdade e os para poderem jogar videoga,ne. · . .
suas observações '
'
Modernidade será. antes de tudo"..

rnilitares nos quartéis. forarn para o PT .con1ida no prato da massa. Educa-
Cornentando o exen1plo ele n1a- e adjacências.
ção e saúde. transporte e habit:1-_ . . :,
turidade, ao regressar·, ele deixou Lula é candida- ção pelo menos nos níveis rníni111os ·
~ tíssin10 e até leva "
cornpatívcis corn a dign idade hu- •, ,·.
a dúvida: será que as coisas conti-

nuariam a fl uir natural e dernocra- chance, agora mana.
ticarnente diante da grave crise so- ,~ A direita se articula e protesta.

que outros poss1-

cial que enfrentamos? Náo respon- veis pretenden- e111 especial através da rnídia que

deu à própria pergunta. deixando tes se encontram controla. E as esquerdas radicais

no ar a inquietaçüo. Afinal, jan1ais na baixa, de forn1a1n co111 ela. negando apoio f1

a pobreza. a n1iséria e a indigência Orestes Quércia tentativa de se ro,nper esse círculo

alcançaram níveis tüo agudos corno a Leonel Brizola , de giz. Fica no n1íni mo a indagação

hoje. A desesperança tarn bém. 1111- ele Fleury Filho a inicial feita pelo presidente: será

portava menos se o quadro se devia Antônio Carlos que ·as instituiçôes agüentar.io'?

à política de rnodernidade distorcida Magalhães. Haverá tcrnpo para chegarn1os a
O diabo é que 1994 a limentando a crise social
Aninguémé dadoirnplantada por seu antecessor. Ha-
via que prestar atenção nos seus essas esquerdas con10 as dondocas fazcn1 corn seus
efeitos. Do jeito que a distribuiçüo ser contraa nlio aprendem . gatinhos angorás, a pires de leite?

de renda se coloca, o n1íni1no a es- modernidade ou, A história, para Não se fala. e 11en1 lt:1n1ar pre-
perar seria a convulslio. A reaçiio mesmo, o sonho elas, nfio se deu tende. a inviüvel união 1~acional.
nüo apenas das 1nassas reduzidas à ao trabalho de Cada grupo tcn1 e preci sa ter

sua pior expressf10. 1nas da classe deingressar no passar para dei- caractcnsI t1O cas e v1O s-oes pro, pn•as.
média proletarizada todos os dias. Primeiro Mundo xar lições. Por- CO n V e 11 h a 111 OS • p O ré ,n , q LI e ,
St'> urna virada cornplcta no jogo evi- que abaixo do
taria o pior, daí estar se en1pe- Rio Grande, quando se trata de apagar o incên-

dio, qualquer ,ígua é boa . venha

nhanclo de ,naneira pouco ortodoxa onde se habla ou e Ia do 111 ar. da montanha . do

para conter a alta de preços. con1ba- se fa la, sen1pre que as esquerdas charco ou até das garrafas. .Jú vivc-

ter a especulaçlio financeira e pro- entra1n ern conflito corn a direita , o rnos essa situação, antes. Esse

mover reformas profundas na polí- resultado tem sido inexorável. A filn1e. vin10s ern preto-e-branco,

tica salarial. pata dos privi legiados nunca dei- ainda que agora apareça colorido.

·rratava-se. essa plataforma. de xou de sufocar anseios e reclamos Se as esquerdas radicais querc111

algo ligado à salvaçüo nacional, e, da n1assa , evidenten1ente que res- construir o edifício partindo do dé-

por isso. entendia a reaçüo das eli- paldada pelos interesses e pela po- cimo andar, esquecidas de que o

tes. ou de parte das elites. ten- tência dos nossos irn1üos lá de irnportantc é solidificar as bases.

tando desestabilizá-lo. Ridiculari- cin,a. R.adicalizar , ou jogar no arriscarn-se nüo apenas a cair lü de

z,í-lo e enfraquecê-lo. para in1pe- pior. esperando rnilagrcs. alén1 de cin1a. Porque cairão sobre aqueles

dir a perda de privilégios. EstaYa leviano , te1n sido perigoso. que. penosan,ente, tentam construir

preparado para essa luta. Abre-se diante da lan1entável os alicerces. Híí 1nuito tempo tor-

O que surpreendia o presidente. estratégia irnplantada até há pouco nou-se célebre o aviso: "Len1brai-

( On10 ele desabafou. era o con1- pelo Presidente Fernando Collor a vos de 37··. Os núrneros 111 udar.un e

portan1cnto de parte das esquer- oportunidade de sensíveis corre- é preciso lernbrar de 64, tambén1.

das. aquelas 111ais r.idicais e empe- çôcs. A ninguén1 é dado ser contra De preferência. esquecendo o " 51 " ,

dernidas. Porque, 1nandaria a ló- a modernidade ou, mesn10. o so- ao 1nenos e,n política.

nho de ingressar no Prin1e i ro

---::::J ..

05 DE DEZEMBRO DE 1992 lMarfilei.el 11

I I

..

• ,•...

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..

..



.'ESCÂNDALO Dorningo passado. nun1a elas
.••••• •
. ..

.. ...

.,.•... . 1n ais arr~1ig_adas t_ra~liçôcs da ti nês ii barra-pesada de suas reporta- ran1 a paz con1 u111a viagcrn a Nia•
TV brasileira , S1lv10 Santos gara Falis. Mas o casa1nc11t9 come-
apresentou seu progran1a con10 fa z gens policiais. O único consolo de SS çava a ir por :ígua abaixo. E difícil .

h,i décadas - falou e sorriu durante é que poderia ser pior: não fosse1n as para que,n cst:í de fora , precisar as
trapalhadas do Partido Munici-
.• quase IO horas. Nada a indicar que palista Brasileiro , a crise teria atin• razôes para o des1norona n1ento de
vivia seu inferno astral, rnergulhado gido crn cheio o presidente Senor ~una uniüo de 17 anos. As amigas de
Ahravanel. Canapi seria pinto. O Iris jli ouviran1 queixas sobre as ten•
. . •, num baú de infelicidades. Sua crise episódio das alianças, u,n conto de dências castradoras do marido , a
conjugal. desenlace d~ uni casa• fadas. Toalha rnolhada seria rc• possessividade - e. paradoxal-
fresco. rnentc, a indife rença e1n certos 1no-
,nento de 17 anos con1 !ris Piíssaro . n1cntos. Rurnores sobre as aven-
• 111.ie de quatro de suas seis filhas. H,í ten1pos que a n1ansüo dos turas extra lar de SS ta1nbérn est:io
Abravanel. no bairro do Morun1hi. en1 v;írias bocas. Urna ex-diretora
extrapolou os li111ites normahnente do grupo disse a tv1ANCHE1' E que
o ex-patr:io j:í teve sua idade cio lo•
....1:. .•. bo. há cerca de. 10 anos - época do
'· ; progran1a Don1ingo no Parque. "Ali
~~ ' acontecia n1uita coisa." Segundo es-
j sa fon te, Sílvio teria até urna en trada
secreta 1111111 n1ote l de S:io Pau lo.
Na elegante -sigilosos da vara de farnília. virou estava estren1ecida. Esteve a ponto
mansão de ruir e n1 fevereiro último. quando INFIDELIDADE: DE
Abravanel, no escündalo c caso de polícia. Envolve n1arido e 1nulher se entriche irararn
Mqrumbi, Sílvio n1uita roupa suja, duelos judiciais, cada un1 cm diferentes dependên- BOLÉIA EROLETA
e /ris curtiram pcnsóes rni lion.írias. :,f/;Jirs extra- cias da casa. que quase virou Bagd.í .
a paixão que conjugais e inclusive os negócios in• /\ associaç?io co,n A Guerril cios Ro- Íris ficou sabendo de algu,na coi-
degenerou na ternos do grupo _Sílvio Santos - St'S é incvit:ívcl. Não chegaran1 a se ~a. ,nas relevou (quase) tudo. Rc-
atual disputa unia elas irn1.is de Iris é casada con1 o pe ndurar no lustre d:i siila .. ,nas a cc11tc1ncntc . o 1101nc do apresenta-
conjugal, típica ho111cn1-chave do SBT, Guilhennc coisa ficou feia. muito feia: lris, tüo
do Aqui Agora. Stoliar: o irn1ão é diretor de projetos zelosa de seus cornpro,nissos. che- -dor foi lil!ado ;) holéia da rainha dos
especiais na e111issora. O estado de gou a passar un1 cheque sen, fundos
:inin10 d;) fa,nília de Íris pode ser - n1ais tarde desco briu que o rnari- c:11ni11hon c iros, Sula l\tliranda -
rcsurnido pelo título de urna das clo havia n1a11dad o encerrar su:1 nun1 boato npare11te,ne11te sem fun -
n1ais popularcs niinisséries do SB'f conta banc,íria. O cessar-fogo só foi dan1cnto (ver boxe) que nasceu por
- Pássaros Feridos. Al i:ís, o caso é co111bu~tüo espont;"111ea e progrediu.
lllna verdadeira progra n1açúo da TV obt ido pela intc rv~nçüo de alguns Quando essa fofoca se diluiu no ar.
de Sílvio San tos~ de inocentes ,na• diretores do Baú. Iris e Sílvio sela• juntaran1•no a tuna das garotas do
quadro Rolcrrando - que d:í vez a
uni trocadilho i111public:ível. Cl.íu-
dia. a cx-111or;111gui11ho do progrn 111a
(~ockrai/ c hoje a ro/clrcl c favorita
de Sílvio . tan1bt:rn refuta o a/Tair:
"Eqou n:1111ora11do h:'1 quatro a11os c
ten ho plano~ de casan1ento. J;í pen -
sou se isso ,ai publicado'1"

c..·:11ninh:in ou roleta. a divulgação
desse~ ron1ance-: parece apenas urna
troca de lctr<1s. Urn n1cro pretexhl
- que. 111> fundo. influencia apenas
a qucq;io da partilha . rnais adiante

-even t11aln1cn t1.:. e a gua rda das fi•

lhns. l'v1as é prov;íve l que o casa-
mento lenha acabado por si se'>. scn1
int erferênc:ia de tc rcciros - pe lo cs-

IMa~~os OE DEZEMBRO DE 1992 12

-•--0

.7' ~4,,

Esse filme já vimos em preto-ebranco


lt ra1-vos e



n1 grito de revolla saído das profundezas da 1crra. de cá tio n1undo. a Direita continua 1nuito n1ais poderosa e 111ais li
Unia organização í1npargerada pelo desespero e a ben, organizada do que os seus contrários. Pennanece co111 pre-
'.
,niséria ínadrníssíveis. Urna de111onstn1~·ão de que sas e garras afiadas, à espera de um pretexto para eliniinar riscos
a 111aioria dos l'racos, unidos, ;1ssus1a a rninoria dos e assegurar sua prevalência indefinida nas relaçties econô111icas, 1

fortes. Ern su rna, e corn certeza. o 1novir11ento polí- políticas e sociais. 1~ ela que nu1is terne a de111ocracia. fi
Naqueles idos havia uni presidente da República si,npático aos
tico-social n1ais i1nportante dos últinios a11os. li
111ovitnentosde indignação nacional equeacahou levado pelacor-
fa la-se do rv1s·r, o l'vlovin1ento dos Sern-Terra, cios poucos fl

surgidos de baixo para cirna 1111111 país en1 que ludo flui dt' ci- rente. Depusera,11 Joào Goulart cruno se fosse o grande respons.í- li
rna para baixo. velpcloconflito,quando, na verdade, nada111aiseradoqueu1n con-
ti
Só que te111 uni detalhe: pelo suces- fuso espectador do secular crnbatc
so obtido en1 suas rnanifestaçôes de entre os que tê111 e os que que're111 ter. l
inconforrnisn11J e revolta, o l'vlST co-
ti
rneçou a bl'incar co111 fogo e. n1ais do A.. gora,quen1 se arrisc~ a ence-
li
li quecorrero risco de a,nanhecer quei- ···~ .J..·,-· . . .(! f nar o 1nesn10 papel e o Lula,
1nado, anieaça incendiar o processo
de,nocrútico cluran1ente erigido des- -· j porque, sen, ter nada a ver
de a queda ela ditadura. E tanto fa :1, se ,.·•·.",.,'. 1~".1..'.f:. -.~.
esse efeito.se deve,'\ atuação de n1aus ..... I ,. :;ir"1'\;,.J~;_.-;::,. ....· Ji~'r" · ..0 • '-"• ,.· con, os saques, e até atuando tlara

fl líderes, porque, no fín1, sení o l'v1ST in- ~ ··· · . .,:.~, çrea.doupzoi-1l1•1o1.scae, retirar deles a conota-
tenn1.11ara• at1.ng1. t1o por
teiro a pagar a conta. Só elC'? Fosse as- ,.,.-, ·.· .• "'
si1n e restaria apenas la111entar ,nais
ti unia experiência 1nalograda e seguir ~
adiante, ,nas fi ca eviden te o perigo de
uni retrocesso 1nonun1ental na traje- \-
tória ele toda a sociedade.
., a.. representnra ai ternat iva que 11n1 itos
!l P orqueo l'vlST.nãoseduvida nu1is, ·· ~ pretendcn1eli111inar desde j,í.
e_s!,í co1nandando os saques ve- .ge /\ Histórias6 se rcpcteco111ofarsa,
nltcaclos por conta da seca no
Nordesle.Vale a ressalva: nàoo fvlST cn- ~1<~;~ já disse autor hoje rnuito pouco cita •
1110 un1 todo, 111as boa parte de s1ius co- '- e1o. con t1.11ua raza. o.
,nas que co111 a
li ni.1nda11tes, interessados e111 tirar pro- 0
vt•ito político nun, ano e111 que a falta de ""..!::::::!, Niiose trata de llreversoldadose tan ·

, -~ qucs na rua, ou generais-presidentes
.,.. ,,,, ~ no pal.ício do Planaho. Justiça se fa-

f. ça,as ,.orçasarn1ac1asvc1•11111antenc1o

f conduta exc,nplar, até engolindo sa-

"O MST e6tá co1nandando 06 6a.que6 f pos e1n posiç,io de sentido. 1\ hipüte-

fver/ffiCadoó' por con'ta.dá 6eca. Não o MST se que se abre é de a l)ireita. que uni

co1no t11n todo, n1a6 boa parte de 6eu6 dia utilizou os 111ilüarcs. agora assu -
co,nandanl'e6. intere66ado6 en1 tirar
1 niir os1cnsiva111ente seu papel e obs-
1ruir ele vez os condutos abertos pe-

chuva coincide co111as eleiç<ics. proveito polílico num ano em que a baita los que cla111a1n por justiça social,
iguald,1de e· 11111 d1~suas agruras.
11 Co1nprova-se que saques fora111 e de chuva coincidecom a6 e/eiçõe6"
con tinua111 sendo planejados nos po-

rões da organização. e que, por 111ai-" ·· - ~.. e ada vezco111111ais in1ensida-
cst ranho que pa rcça, 11e111 todo o pro- de. o ca,npo se arrna. De 11111
ti duto saq ueado est,1 sendo dis tribuído lado as foi ces, os fa côcs e as

entre os l',unintos. Parte dele srgue para os depósitos do l'vlST, enxadas do !VIST. De outro. f'uzis de últi1na geração, 1netr.ilhadu-

en, sens aca 111pa1ncntos, e, pas n1e1n . chcga1n a vender apre- r:1s, granadns e até bazucas, alegada111cnte para a defesa, n1as

ti ços ele n1ercado ;iquilo que deveria ser oferecido de graça. Es - prontas para, en1 dete rn1i11 ada fa se do processo. passare1n ao
tiio razendo caixa. ataq ue.()u a defesa preventiva, co1110 se di zc111 ten11inologia cas-

1re11se. Éclaro que o carnpo hcrn-annado cst,í apoiado pelos de-

j ssc filtnc nós já virnos. faz 35 anos, quando 1novi1nentos 1t'111ores da for~:a econôrnica nas cidades. Sen, dú vida nen hurna ,

1 igual,nente radica!s se ':•11~an11n 11u1na ilusória corri(~a todos prontos para cooptar a clnsse rnédia, se111prc infcnsa à in-

E p:1ra o poder atraves da v1olcnc1a. despena11do os contra- segurança e à baderna. Eaos saques, é claro. Se cxis1e unia frase
rio~ e conduzindo o Brasil,1os anos de cln1111bo do autoritaris1no. que pre1,.:isa serada pi ada, porque veio de 1~J:17. ,nas repetida ago-

JI Porq ue. ni11guén1 se iluda. abaixo da linha do equador. do lado - - ___ra, a 1nais nfio poder. é «le1nhrai-vos d(' 64,►... ■
..
··----·-. .. - ---·-- • ·--- -



O piloto Marcos César Pontes, 35 anos, realiza um •
sonho de infância e é escolhido para ser o primeiro
brasileiro a participar de uma missão espacial

arcos <: ésnr Pontes ti• tos corno o F- 15, o F-1 (i e o lvl 1(,- AEB que selecionou o cornan-
22 russo. Atualtncnte, ele vive clantc, os principais critérios fo-
nha sete anos quan - ern tvlontcrey, na Califórnia. ra111: capacila<;ão técnica e
onde está concluindo o curso cientilica, experiência de vôo,
do, 110 dia 20 de junho de rnestrado ern Engenharia de capacidade de enfrentar situa-
Sisten1a na Escola de Pós-Gra- ções estressantes e clesernbara-
de l9G~l. assistiu pela duação Naval. Sua tese: Efeitos ço durante a entrevista.
da po/arizoçrio sobre i111nge11s
televisão à chegada i11j1a-11er111elhns- pesquisa so- /\ntes de corneçnr o treina-
bre a captaç,io de in1agens rc- rnen to de astronaut,1 p ropria-
do l1<in1c1n à Lua pela prirneira rnotns usando o calor en1itido rnente dito. Pontes lení que se
pelos seres vivos. suhrneter a exan1es ele concli-
vez. Nüo acreditou 110 que viu: cionarnen to físico da NAS,\, a
<.:asado co111 Füt irna h;í J3 agência espacial a_rnericana.
«Eu pen:-.ava que aquilo tinhn nnos, pai de F;íbio, 12 anos, e Urna vez aprovado nos testes,
Ana Carolina, 7, o priniciro as- o piloto brasileiro passará urn
sido un1 truq ue da TV.»/\os 35, tronauta do Brasil nasceu en1 ano no Centro Espacial John-
Bauru, ten1 1,GOrn e pesa 73 qui- son (que fo rn1a ns tTonautas),
o capit,in-aviador Pontes aca- los. Pontes faz exercícios e corre e111 l·louston, no Texas. Ele
rcgulanncntc. «Corno todo bra- participará ele tttna turnur
ba de ser escolhido para setor- sileiro, tarnbétn gosto de bater cornposta por an1ericanos,
bola e to rço pelo Santos.» dois italianos, urn ale111ão e
nar o pri1nciro astronauta hra- uni francês. J\ partir do ano
O fato ele ser o n1ais jovern dos 2000, estará cn1 condições de
silPiro. Ele li1i selecionado cn- cinco candidatos que disputa- ernbarcar nos pri111ciros vôos
rarn a vaga nfto l'oi u111 fator i111- desli nacios t1 111011 tage1n das
trc cinco candidatos, todos portanle para ter sido escolhi- estruturas da Estação Espacial
do. Segundo Luiz Rcvilacqua,
1nilitares, peln Agência Espa- coordenador da con1issão ela Internac i onal. ■

cial Brasileira (J\EB), para inte-

grar a trip11laçf10 de u111 novo

ônibus espacial que cntraní

ern opcrac;ão até 2001. /\ partir

de 2002 cstar;i np to a trabalhar

na constru~:flo da Esta~·flo Fs•

paria! Internacional (ISS, a si-

gla crn inglr~s). 11111 rncgaproje-

to cierllillco desenvolvido por

l(i países. con1 os ,111tigos ar-

qui-rivais Estados llnidos 1•

llússia à frente.

,,Sonho ser astronauta desde

criança», diz o con1anclantc.

«Fu sabia que as p(•rsprctivas

era1n pouca~. rnas 110 fundo

sernpre ti ve espcran(a. Para

111i111, é urna honra pndrr re-

pn·s<·ntar nosso pais. IJl:'vc ser

urna e111nção e tanto ver a Ter-

ra. qul' é tfHl grande, r.111 tanra-

nho reduzido. Fat'l:'i tudo para

rc'~ponder i1altura as (':,.:pecta-

1i\·as dos brasileiros.,,

!\llal rlco(~'ll""lC'lé1sh;<1r'irol'o acron.:íu t icn
ntes se for•

1111111 pl'IO lnstitut o Tecnológi -

co dl' ,\l'ro11ú11 tira (IT,\ J. de

Siio l'a11lo. Pilnto de <'St.]11.t·

dri,cs dt' ca~·a da 1·01\·a ,\ érca

du rant e SC(I' an os. j,i ICSl(lU ja •

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, · Nós achamos que uma viagem de avião tem que ser

'~- -. ~ais humana do que isso. Nós ainda não somos uma das (;

·_' .' ·: grandes. E·é exatamente por isso que podemos assumir esse o
.:~ ~~ grande compromisso. O compromisso de fazer de cada via-
'
·.·- ·gem uma experiência tão agradável que você vai querer re-
.' . .petir. Porq~e nós queremos voar cada vez mais alto. Por você.

.. .



• • <...

..-.•'..•. •

Comandante Rolim Adolfo Amaro

••



·'. ·,•4Todo passageiro da TAM tem 5 Todo passageiro da TAM tem
liberdade de escolha.
' o direito de transformar sua
Nós sabemos que não somos a única em·
viagem a negócios em lazer e sua presa aérea com que,você pode voar. Você
tem outras escolhas. E um direito seu. Mas
viagem a lazer num grande negócio. n6s temos que fazer de tudo para que você
nos escolha cada vez mais. Para ser sua
· . Existe diferença de classe companhia. Isso significa investir sempre
I ) ,.. na TAM. E a diferença em gente, equipamento e manutenção. Sig-

, l, é que você sempre v1aJa nifica abrir cada vez
mai•s e mai•ores op-
de primeira classe. Só is- ções. E o mais impor-
so já é um grande negó-
tante de tudo: ouvir a
•• cio. Ou, se quiser, um sua opinião. Porque
grande lazer. E para essa nós achamos que você
tem o direito de voar
viagem ficar melhor ainda, a TAM aceita mais alto.

todos os cartões de crédito. Em todas as

nossas rotas.

..

'1 noitecia~', ·' quela quinta-feira, dia 2'8 . ..

9.-J ,de março de 1968. Centenas de es- .~ ~
restaurante, foram recebi~os com manifes-,
tudante~í stavam reunidos no res- ''
lações de desagrado. U~sôldado da trgpa

·(até hoje 'não identificall4)'dlsparou o seu

• ;.: , ' . taurànt~' o Calabouço. Há vários revólver, atingindo no p~Jô Edson Luís de

meses, eles vih~pmpedindo que ogoverno Lima Souto, um estudant!ilParaense, de·18
da Guan'àbara ''{minasse as obras de recu- anos. O jovem morreu inf tantaneamente e
peração do ·re~iaurante, cujo estado era seus colegas desencadearjlm agitações qua-
péssimo, _com ;1'anitários e pisos inteira- se incontroláveis. Anoite c!(egava eacidade
mente estraga((s. Para aquele dia, o ad- · entrava em pânico. Nas e,fcadarias da Ca.n-
vogado Sobra1;;nto, atuando como inter- delárla, a Polícia Militar qsou os cavalaria-
mediário, pron, ' tera conseguir uma au- nos para reprimir as man!,f,et'istações.
1 diência com oG; vernador Negrão de Lima.
l Mas a audiênélá falhara e os estudantes
\inham decididqi~realizar novos protestos. •

As autoridadesf hegara a informação de

que eles dali pâ iriam em passeata pelas

ruas da cidade.r andaram então três ca-

minhões de sol'. dos que, ao chegarem ao •

1'

-

'I

ÉDSON LUÍS ESTAVA NA
FILA, COM UMA BANDEJA,
- ESPERAND.O PARA ,.,
SERVIR-S.ENO BALCAO
DO JANTAR

.. - - - !

- - -~--
' dson Luís de Lima Souto, um ·-~- :--~ - __..... -...;~- ..... ..

moço do Pará. havia che- ...... _..-,.....~,.... T;" _.)
. .-·. .;f-~;t.·::
gado há menos de 30 dias de

Belém. Era pobre, mas tinha

muita vontade de vencer na vida. Jj:

Seu sonho: fazer o Art. 99. Não raro.

dormia no próprio Instituto Coo- : . )I)>

perativo de Ensino ou então na pra- •. •

• ça fronteiriça. \1
Como era muito simpático. co-
'--~ •
meçou a receber logo dois tipos de ,--

ajuda: uma. através dos seus cole-

gas , que se cotizaram para pa-

gar-lhe a bolsa de estudo, no 1? ano

colegial. ao preço de Cr$ 3, por

mês: e outra, através do Instituto

Cooperativo de Ensino. que lhe ar-

ranjou un1 bico para trabalhar como

faxineiro na secretaria. Não che-

garia. entretanto. a pagar a primei-

ra mensalidade da bolsa. em Vila Valqueire. Apurou-se de- bandeja com os pratos ainda va-
pois que esse endereço não existia zios.
Oadvogado Falando pouco. retraído e reca- e ninguém o conhecia nas vizinhan-
Sobral Pinto tado. pensara mandar trazer sua A autópsia. realizada pouco de-
empenhou-se mãe. que havia ficado morando so- ças: ao que tudo indica. ele se en- pois pelo Serviço Médico da As-
muito junto às zinha no Pará, pois o marjdo a vergonhara de não ter moradia sembléia Legislativa. atestou que
lideranças abandonara há vários anos. Edson certa e dera aquele endereço só uma bala calibre 38 perfurou o pul-
estudantis para Luís não chegou a conhecer o pai. mão direito. transfixou o coração e
conseguir pro forma. se alojou na musculatura do dorso.
acalmar os cujo nome nem sabia. Há vários dias que os estudantes Também ferido ficou o estudante
ânimos No instituto. fazia pequenos ser- Benedito Frazão Outra, atendido
revoltados. freqüentadores d.o restaurante do posteriormente no Hospital Souza
viços e mandados. com grande es- Calabouço vinham fazendo mani- Aguiar: ele tinha sido atingido pelos
pírito de colaboração e boa _von- festações constantes contra a má cassetetes, mas se livrara das
balas porque se escondera debai-
tade. O instituto tinha un1 func1ona- qualidade da comida e das instala- xo de um carro estacionado nas
ções. Para aquela quinta-feira, dia proximidades.
rnento precário, porque era finan-
28, estava marcada urna passeata. Ocorpo de Édson Luís é levado
ciado pelos próprios alunos. As seis horas da tarde. alguns
para a Santa Casa
Na semana anterior. ele havia es- estudantes jantavam e outros esta-
vam em aula. Somente depois é Os policiais. poucos minutos de-
crito a primeira carta para a mãe, que se reuniriam para mais um pro- pois. retiraram-se do restaurante.
testo. Porém. vários policiais já es- disparando suas armas para o alto e
dizendo que já tinha posto o pé no tavam nas cercanias, em trajes ci- deixando marcas em várias paredes.
vis, alguns de roupa esporte, para
Rio e dali por diante iria perseverar serem confundidos co,n os estu- Nos braços. os estudantes carre-
garam o corpo de Édson Luís para a
para vencer na vida. Tinha uma tia. dantes. Santa Casa de Misericórdia, ali pró-
Meia hora depois. chegaram três xima.Os médicos tentaram impedir a
Virgília. que morava em Marecl1al entrada deles no hospital, mas a
caminhões de soldados. usando porta foi forçada e os manifestantes
Hermes. No Institu~o Cooperativo cassetetes. capacetes com viseira ali tiveram ingresso, para serem cien-
e escudos contra tumultos de rua. tificados de que o estudante já es-
• de Ensino. dera un1 endereço falso
Os estudantes reagiram contra a tava morto há minutos.
• presenççi dos soldados no Cala- Ainda carregando o corpo nos om:
bouço. Edson Luís estava na fila.
com uma bandeja, esperando para bros. seus colegas dirigiram-se para
servir-se no balcão do jantar. Ele o prédio da Assembléia Legislativa.
queria ser um dos primeiros a co- na Cinelãndia. onde o colocaram so-
mer. porque ia colar cartazes anun- bre uma mesa e lhe retiraram a ca-
misa branca ensangüentada, que foi
ciando a passeata. desfraldada como uma bandeira.
Na confusão que se estabele-

ceu. com tiros cruzados em várias·
direções. Êdson Luís foi atingido
por um disparo certeiro. que lhe
varou o coração e foi alojar-se na
sua espinha. Ao seu lado. caiu a

.. 26 DE OUTUBRO DE 1991

IM;;]96

ponsável pelos acontecimentos e

ademitiu o General Osvaldo Nie-

meyer, que chegara a defender
polícia:

- A guarda estava inferiorizada

em potência de fogo.

- Mas os estudantes não esta-

vam armados. .

- Para nós, potência de fogo é

tudo aquilo que nos agride. E fomos

agredidos com pedradas.

Os diretórios acadêmicos. reuni-

dos naquela noite, haviam decre-

. lado uma greve geral nas universi-

dades. Piquetes e grupos de cho-

- - !·li •• que foram designados para comí-

fç cios-relâmpago dentro dos ônibus,

--• nas esquinas e praças do centro da.

w~~t:.n"' l'fl,:; cidade. Os cinemas e teatros fe -

charam as suas portas. A cidade

inteira como que, de repente, para-

ra. Pelo rádio, os estudantes rece-

biam o convite de acorrer à Assem-

--~--- 1l-a. bléia, que se transformara no cen-

O Governador Negrão de Lima. tro nervoso de toda a agitação. Nas

.oacssoirmreqncu,'easto. mreouuni.cuo-sneheccoimmeonstoecdraes- suas dependências, só podia en-

tário de Segurança, General Dario trar deputado ou estudante com
Coelho e resolveu afastar o General
Osvaldo Niemeyer Lisboa da Su- carteira .
perintendência de Policia Executiva.
determinando ao secretário de Edu- Tendo passado a noite em claro,
cação. Gonzaga da Gama. a sus-
pensão das aulas no dia seguinte, o Governador Negrão de Lima per-
,'', "em sinal de pesar".
manecera o tempo todo reunido
-V O incidente interrompeu o depoi-
com o seu secretariado. Decidiu-se
mento que o Sr. Márcio Aíves. secre-
tário de Finanças do estado, pres- libertar os estudantes presos e ins-
tava na Assembléia Legislativa. onde
chegava, minutos depois, o General taurar um inquérito para apurar as
Osvaldo Niemeyer. ainda no exercí-
cio da Superintendência da Polícia responsabilidades.
Executiva, para sustentar que:
dos os acontecimentos. Milhares de Coube ao Entre discursos empolgados e
-A polícia teve de agir com ener-
gia porque estava inferiorizada em pessoas começaram a acorrer para Governador após a encomendação feita pelo
potência de fogo. Negrão de Lima
o prédio da Assembléia. onde o enfrentar a Padre Vicente Amado. o caixão
- Potência de iogo quer dizer ar- corpo eslava sendo velado. Uma agitação e
mas?. perguntou um deputado. restabelecer a desceu as escadarias da Assem-
coleta de dinheiro foi então feita para ordem no Rio,
- - Não. era pedra. isto é. tudo que enquanto bléia, onde já estavam reunidas
nos agride. Havíamos sabido que os recolher recursos çJestinados a cus- oradores
estudantes iam sair em passeata tear o enterro. exaltados mais de 20 mil pessoas e era carre-
contra a presença americana no exibiam a camisa
Vietnã. O advogado Sobral Pinto ali che- ensangüentada gado no ombro dos estudantes que
do estudante
Na Assembléia Legislativa. o am- gou. tentando acalmar os ânimos: morto, cujo com o povo cantavam o Hino Na-
biente era de muita comoção. A poli- enterro saiu da
- Não devemos jogar lenha na Câmara de cional.
L eia tenlava desfazer uma concentra- fogueira. Estaremos fazendo o jogo Vereadores
ção popular nas escadarias da Es- que interessa à repressão. Não acompanhado A multidão saiu da Cinelãndia,
cola Nacionaí de Belas-Artes. em quero ser acusado de açular os es- por enorme
frente à Assembléia, cujas cadeiras tudantes. Mas a verdade é que há multidão. atravessou o Passeio Públicó, a
foram carregadas pelos estudantes meses estou tentando convencer o
para a praça da Cinelãndia, a fim de governo da necessidade de recu- Rua da Lapa. a Glória. o Russel e o
servirem como barricadas. perar o restaurante do Calabouço.
As rádios estavam transmitindo to- Tudo o que consegui foram pro- Flamengo, recebendo a adesão de
messas até hoje não cumpridas.
milhares de pessoas que se incor-
Do lado de fora da Assembléia,
as violências continuavam. Bom- poravam ao cortejo. Em determi-
bas de gás lacrimogéneo foram
atiradas pela polícia e feriram qua- nado trecho. somavam mais de 60
tro pessoas. Os estudantes, con-
centrados no saguão e nas esca- rnil. Papéis picados eram atirados
darias. respondiam com discursos
infíamados. dos edifícios e lenços brancos se

acenavam em todo o trajeto.

Como a noite começava a cair,

archotes foram improvisados para

iluminar os lugares onde o corpo

parava para serem realizados co-

mícios-relâmpago..Parecia até que

aquele espetáculo havia sido en-

saiado várias vezes e nada do que

acontecia naqu~la manifestação

era improvrsado. A luz daqueles ar-

Acomoção chega ao seu auge chotes, o corpo de Edson Luís foi .

enterrado com muito choro e •

Houve um momento em que a emoção.
tensão da atmosfera ambiente atin-
giu o seu pique. quando se soube Tudo terminava para aquele jo-
do boato, logo desmentido, de que
o estudante Benedito Frazão Outra, vem e pobre estudante do Pará, ha-
havia morrido no Hospital Souza
Aguiar. milde e desconhecido até então.

Numa tentativa para apaziguar mas não findava para o Brasil, por-
os ânimos, o Governador Negrão
de Lima mandou prender os poli- que as reações em cadeia, provo-
ciais do Batalhão Motorizado, res-
cadas por sua morte. iriam num

crescendo até dezembro daquele

ano e desaguariam no Al-5

MURILO MELO FILHO

FOTOS MAHCHETE ••

~2~ DE OUTUBRO DE 199f 97

Oprofessor Itamar Rabinovich,
reitor da Universidade de Tel Aviv,
julga que o entendimento entre
• árabes e israelenses será sempre
.' •, pos.sível, mas nem sempre provável

••





, . -. . professor Itamar Rabinovich, ✓-

...... .. . reitor da Universidade de ~ -l .... : ,~,
... .
Tel Avive um dos cientistas .,
.
políticos mais destacados --...,.,
..•. de Israel. estava visitando o Brasil,
.......... ...... . . g.
na semana passada, enquanto era

lançado um livro de sua autoria, nos
Estados Unidos, sob o título The
Road Not Taken (O Caminho Que

.. .. · Rabinovich se Não Foi Tomado), no qual analisa
as diversas tentativas empreendi-
-. diz otimista
.. das entre árabes e israelenses no
.•.. quanto à sentido de encontrarem a paz. Seu

•. . possibilidade de estudo se concentra, principal-
.... . concretização mente, nos três anos que se segui-
da conferência ram à declaração da independên-

de paz, mas é cia de Israel, em 1948, concluindo

cético quanto que, em diversas oportunidades,
esteve próxima a solução do confli-
: aos seus
desdobramentos. to no Oriente Médio, sobretudo nas
. .. negociações entre Israel e o Egito. 1973; que prosseguiu com uma
Entretanto, uma série de fatores conferência em Genebra; com a pulação da Jordânia, hoje, já é
viagem de Sadat a Jerusalém e que palestina. Portanto, nada mais ló-
políticos e sociais, tanto em Israel, culminou com o acordo de Camp gico e natural do que palestinos e
David, em 1979. Além disso, tanto a jordanianos encontrem uma forma
.,• : como no Egito, na Síria e na Jordâ- sociedade israelense como a egíp- federativa de vida em conjunto,
nia, levaram esses países a cres- cia estavam psicologicamente pre-
...• centes confrontações, até che- paradas para esse sucesso inicial, C>com vista a uma possível confe-
garem ao atual nó que os Estados justamente em função de ter-se es-
vaziada a visão demoníaca que um deração com Israel.
........... Unidos pretendem desatar, convo- povo mantinha com relação ao ou- Para o professor Rabinovich, o •· ·
cando uma conferência de paz, tro. Agora, no que toca aos esfor-
ços de James Baker, o professor fim da guerra fria provocou profun-
... . que talvez ainda se realize este insiste que ele poderá ser bem- das alterações na política do Ori-
ano. sucedido na nova conferência, "a ente Médio. Em primeiro lugar, con-
ser realizada, com ou sem a pre- sagrou uma impositiva presença
... . Rabinovich se diz otimista sença dos palestinos", desde que dos Estados Unidos na região. Em
quanto à possibilidade de concreti- saiba agir com cautela. seguida, alterou o relacionamento
americano com a Síria, que ficou
zação dessa conferência; mas re- . No que diz respeito à tão mencio- órfã da União Soviética, tendo sido
nada fórmula "territórios em troca esta obrigada a reativar seu rela-
vela ceticismo no que diz respeito da paz", o reitor da Universidade cionamento com o Estado de Israel.
de Tel Aviv tem um ponto de vista No plano internacional, as Nações
aos seus desdobramentos . Ele objetivo: Israel não pode barganhar Unidas vão rever o voto que rotulou
• • considera que, se o secretário de todos os territórios em troca de al- o sionismo como forma de racismo.
guma paz. Contudo, ele não des- No caso dos palestinos, estes já
Estado James Baker pressionar as carta a necessidade de conces- não se podem valer da guerra fria
sões territoriais, desde que a pre- como faziam antes, enquanto que a
partes no sentido de encontrar sença israelense possa ser man- democracia existente em Israel
tida em certas áreas da Cisjordâ- continua sendo um fator positivo
soluções apressadas e sem a ne- nia. Ou seja: se Israel pode convi- para o Ocidente. Quanto à possi-
ver com cerca de 800 mil árabes bilidade de um processo de demo-
.',.•.. .'... cessária consistência, mais uma dentro de suas fron teiras, uma ver- cratização nos países árabes, o 0;
vez o caminho da paz não será to- dadeira solução de paz não deve professor levanta uma questão que ~
' mado. Ele é a favor daquele tipo de impedir que israelenses vivam num faz pensar: " Seria um caminho de-
território onde a maioria da popula- sejável, porém ambíguo. Se ocor-
diplomacia idealizado e executado rerem eleições nos países árabes,
ção seja árabe. Quanto à questão os fund amentalistas sairão ga-
•' por Kissinger, anos atrás, a diplo- nhando. E depois?''
palestina. ele também a encara
•• • 1. • macia do pas,so a passo. Isto por- com objetividade: a maioria da po- ENTTIEVISTA A
que, além das questões políticas e
.' militares componentes do proble- ZEVI GHIVELOER

••

ma, há, ainda, o que o professor

enfatiza como um processo de

"não-demonização" mútua que

deve ser desenvolvido e exercido

entre as partes. Rabinovich se re-

fere à atual paz existente entre o

Egito e Israel como um resultado da

diplomacia passo a passo. que

. .• teve início no quilómetro 101. logo

: A • após a guerra do Yom Kipur, em
IM;;J•: • 98
26 OE OUTUBRO DE 1991

s •. •

Pasta NºCO?!-Fl3 g~

.• 1•

' ..

Corre o ario de 1984, con1 ma11ifestações nas principais cidades \ \ m golpe militar
do B,·asil pelo restabelecimento das eleições diretas (a emenda contra o n1ovi-
mento pelas elei-
Darite de Oliveir-a seria derrotada no Congresso). Co11·em tam- ções diretas e, em
bémfo,·tes 1·itn1ores de que alas mais 1-adicais das Forças Arma- seguida, contra a

das querem cercear este tipo de manifestação e, depois de eleito candidatura Tancredo Ne-
Tancredo Neves, mes1110 po,· via indireta, pretendem impedi,· a ves, teria sido um espectroL ;
todo custo a posse de um preside11te civil. No olho do fttracão, que 1narcou os idos de 1983 e
1984, exatamente os anos em
co,no o i11imigo público número itm da reden1oc1·atização, está que fui comandante militar
ogerie,·al Newto11 c,·uz, ''leva11do pedradas de todos os cantos': do Planalto e das guarnições
do Distrito Federal, Goiás e
E,n seu liv,·o de 111e1nórias Cassado e Caçado por Defender a do Triângulo l'vlineiro. Essa a
Pátria, Oge11.eral dá final111ente a Sl!:.ª versã.o'ãbs:/átoi-.
versão da revista IstoÉ Se-
nhor, edição de 8 de janeiro

de 1992, numa reportagem
assinada pelos repórteres
Bob Fernandes e Hélio Con-
treiras. Os autores referem-
se ao 'espectTo do golpe
n1ilitar', sem n1encionar um
único 'preparativo de golpe'
e o •espectro•, por i• sso, se
identifica co1n a acepção de
'fantas1na', nada mais que a
vã 'aparência de uma coisa'."( )

Ao_(alar sobre ri votação ria e111e11dn rias dÍretas-já, o ger1eral se 111.ostra ':Apoiei as diretas
ir1cor1for111c1do: "Co,110 alg71é1n que estava gara11,tir1.do qite a votação ocorresse ainda no SNI''
se111 q1"'a.!qt1er pressão e.'(,ter11ci pode ser acusado de tra111ar i11n golpe?"
"O 'golpe-fantasma' rela-
cionado ao movilnento pelas
diretas eu mesmo me encar-
reguei de exorcizar, pois, na
qualidade de executor das
medidas de emergência, ga-
ranti a votação pelo Congres-
so, inteiran1ente livre de
pressões externas, da emen-
da Dante de Oliveira, desti-
nada à eleição direta do pre-
sidente da República. Se não
foi aprovada deve-se aos par-
lan1entares que votaranC ,
contra. O resultado da vota-

Nove anos de ois da nele es ectro de oi enão haviam identificado um único




ção, a favor ou contra, seria fofocas, nada mais que isso. . ., -\ .
fieln1ente cun1prido. Essa a Afinal, quem daria o golpe -
minha disposição, no exercí- o que não seria fundan1ental, -~...~,; .~ ·' •-,.;,,::; .'• 1
cio do cargo de comandante pois qualquer nome poderia
n1ilitar do Planalto, coinci- ser alegado - , mas com que --- ) I
.,. ..,dente, como não podia deixar dispositivo militar e quais os
L cte ser, com a mesma disposi- preparativos realizados? Por .>( .
ção do presidente Figueiredo. acaso, até 8 de janeiro de
A minha opinião pessoal, en- 1992, data da reportagen1, os \' /
tretanto, era a favor da escolha seus autores, transcorridos
do presidente pelo voto popu- nove anos daquele 'espectro' ,,
lar. Ocorre-me a lembrança de de golpe, haviam identificado
que, pertencendo aos quadros um único comandante de ~.,..
do SNI, devo ter sido, como unidade militar, um único
analista, talvez o prin1eiro a re- oficial, um único sargento, lli... ·.
gisnm, num documento de in- um único cabo ou, se quise- -
formação, a opinião de que
convinha o Governo asstunir a rem, mesmo um únicosolda- "A pessoa nzais interessada eni desfrutar do poder,
bandeira das eleições diretas financeira111en.te, e que usufruiu, até niorrer, de benesses
para presidente da República, do compro1netido com o gol- enz todos os governos posteriores ao de Figueiredo, viria
antes queoutrosa assumissen11 pe-fantasma?A farsa que qui- a.ser exatarnente o aln1irante Maximiano da Fonseca"
considerando o anseio popu- seram in1pingir em 1992 era o
lar facilmente perceptível." prosseguimento de uma farsa pois não er'dnl n1ais amplas e vitais, como pontes, com os •
antiga com o objetivo de in- rnuito 1nenos abalizadas. fuzileiros navais, e denunciar
() ''Um golpe sem criminar-me na articulação Disse o almirante: 'Iiavia o golpismo à nação. A ocupa-
golpistas'' de um golpe de que jamais gente interessadaem se man- ção dos portos e a imediata
cogitei e jamais cogitaram os ter no poder.' (Obs.: A pessoa movimentação dos fuzileiros,
"O título da reportagern, A n1ais de mil homens sob n1eu mais interessada em desfruo além do alerta dos navios de
comando no CMP. tar do poder, financeiramen- guerra, serian1 capazes de
U,n Passo do Golpe, corres- te, e que usufruiu, até 1norrer, responder ao golpisrno'."
''Fuzileiros e de benesses em todos os go-
ponde a u1na tentativa subli- navios em ação'' vernos posteriores ao de Fi- ''O resgate
1ninar de induzir os leitores ao gueiredo, viria a ser exata- de Aureliano''
convencimento de que esteve "No dia l'.' de janeiro de mente o aln1irante Maximia-
próximo um golpe para ín1pe- 1992, o almirante Maxin1iano no.) 'Por isso decidi tomar "De que se tratava? De im-
dir a candidaturadeTancredo da Fonseca, ex-ministro da posição con1 un1 plano con- pedir o golpe contra a posse
Neves, reforçada pelo subtítu- Marinha no governo Figuei- tra o golpe. Nós íamos blo- de wr1 novo presidente:Para
redo, cargo que ocupou até quear os portos, ocuparáreas um golpe de tamanha enver-
lo: Surgem as provas de que a 22 de n1arço de 1984, teria re- gadura, a suspeição, estupi-·
eleição presidencial de 85 pas- velado a .1-Iélío Contreiras o
sou por graves riscos enz 84. que, para o repórter, até en·
tão carecia de informações
Para esse fim foram narradas mais amplas e abalizadas.
situações e opiniões desa- Tais revelações, ao contrário,
companhadas deum único fa- se isentamente analisadas,
to concreto que permitisse contribuiriam para retirar a
aduzir a inlinência, sequer a credibilidade da reportagem,

' .,possibilidade de algum golpe.

Provas? Nenhuma. Palpites e

o ·militar comprometido com aquilo. Oúnico alvo da ficção era Newton Cruz

35n l!ill 10CO MI.Qn

1'

'

do eu comandante militar ~- _,. . . ... .... ., . -.•:'·.~ --.. ...
do Planalto, e o Sr. Aureliano ••
Chaves vice-presidente da
-~. \ ... República, recebi informação U,na reunião de rotina entre Figueiredo e seus 1ninistros
~.. ' da existência de um plano pa- ,nilitares e colaboradores ,nais próxitnos transfor1no11-se
ra a retirada do vice-presi- na articulação de u,n plano para evitar o nunca provado golpe
e-....iõ,Q,;,...:~e;;;..'::Jllr:.;~;;;~;. -'.§$;...,,.(ilf . ~::_ dente de sua residência no
Palácio Jaburu, via lago Para- 1niano, o ódio ao SNI e parti- pos aemrabme, mo.u..t.r. os... Maxinlia-
A11relia110 seria resgata(io noá, com o objetivo de impe- cularmente ao general l\1e- not
de lancha, pelo lago dir a sua prisão e permitir-lh e deiros, ód io este que identifi-
Paranoá, até 11111 lugar seguro assumir o governo e1n algum cou num n1otivo muito pou- '.íl ,·eunião-
ou tro lugar. Ri-me de tal fan- co nobre: a frustração de um
dan1ente rnanipulada, recaía tasia, n1as nela alguns deso- ,norador da Península d os f antasma'' C)
sobre min1, con1andante nlili- cupados, sequiosos de mos- Ministros, em Brasília, com o
tar do Planalto, sen1 o indício trar serviço, não hesitavam prestigio do seu vizinho que o O general 1VeL11to11 Cruz con-
de qualquer tipo de apoio, en1 plantar wn general, vol- ofuscava. Recordo-me de
golpe do eu-sozinho. Então, o tado à defesa dos poderes qu e, n o início do govern o Fi- testa outra i11formaçào da re-
ponto focal do planeja1nento constitucionais, como viola- gu eiredo, convidou -nos o al-
antigolpe só podia ser Brasí- dor desses mesmos poderes. n1irante Maximiano, a mi1n e portage,n da revista:
lia. Eis que os fuzileiros na- Qualquer planejainento mili-
vais. os s uperf1.1zileiros na vi- tar exige u1na avaliação das ao ge neral l\1edeiros, para aJ- "Conforn1e declaração do
são do almira nte Maxin1ian o, forças en1 presença, antigas e
na ocasião rnais preocupados inilnigas. Quen1 seriai11 os 111oçar1nos co m ele, n o ga- almirante Alfredo Karan (já
cm adn1inis tra r os parcos re- suspeitos de jogar pelo conti- b inete do n1inistro d a Mari-
c ursos que lhes garantian1 a nuís1no? Para o n1inistro Ma- nha, onde fomos principes- então m inistro da Mari nh a),
sobrevivência, se e ncarrega- ximiano: 'Gente da cozinha e camente recebidos. ln1pres-
ria ,n d e ocupar as áreas vitais de outras dependências ain- sionara111-n1e particular,nen- te ria ocorrido urna reu nião
(efetivamente, existiria tnna da n1ais próximas do poder te dois pontos: a subserviên-
única, Brasília), áreas vitais apoiava o general Medeiros. cia e a ignorfu1cia sobre as ati- na Granja do Torto, no mês
que o alnlirante exen1plilicou E algumas pessoas preocupa- vidades de inforn1ações de-
con1as pontes (as do lago Pa- das só cor:n seus interesses 1nonstradas pelo n1inistro. de setemb ro de 1984, dela
.ranoá"?). Os portos seriarn blo- aguardavam um momento Na época do antigolpe-fan-
queados (quais, sendo Brasí- en1 que a crise poderia atingir tasma (assin1 chan1ado pois p articipando o presidente e
lia urna cidade n1edite rrâ- sua fase rnais agi.ida. O SNI há pretendia opor-se a um golpe
n ca?). E os navios ele guerra muito tempo se preocupava de n1esma nanireza), os ten1- m ais os ministros da Marinha f
seriam alertados (para a tacar en1 rnanter sua influência.
quen1, onde e quandos?)." l\1eu plano contra o golpe se- (ele próprio); do Exército, ge-
ria executado mes1no com a
"Recordo-ru e de que, sen - hostilidade do SNI. ' (A revista n eral Walter Pires; da Aero-
fstoÉ Senhor publicou um re-
trato do general Octávio náutica, brigadeiro Délio Jar-
Aguiar de Nledeiros, chefe do
SNI, acin1a da seguinte legen- dim de Matos; do Estado-
da: 'O chefe da cozinha - Ma-
xi1niano diz que Medeiros es- Maior das Forças Armadas,
perava o ponto de fervura pa-
ra meter a colher na suces- brigadeiro \iVaJdir Vasconce-
são.') Bela caracterização das
forças inin1igas: cozinhei- Olos; do chefe do SNI, general
ros, lavadeiras. arrurnadeiras,
serventes e 111ais aproveita- Otávio Medeiros; e do chefe
dores ern cinta do rnuro... Co-
rno se111pre, a exsurgir das de- do Gabinete Militar, general
clarações do almirante i\ila.xi-
Ruben1 Ludvvig. Reunião nor-

Fuzileiros ocupariam as pontes (as do l~go Paranoá?). Os portos seriam bingo e
36lúUl(lt
2• .1sitt 1000 - -- -



,

.'

. •

de de golpe. Jamais tive co- ••
nhecimento dessa reunião e
ninguém falou comigo sobre •
ela. O assunto não me dizia
respeito. Mantinha-me ab- "Reconheço e,n António Carlos Magalhães uni dos maiores
sorvido por meus afazeres aproveitad.ores e traidores da revolução de J964. (. ..) Ao assu,nir
profissionais à fren te do Co- a paternidade do contragolpe ao golpe inexistente,
mando Militar do Plan alto. transfor,n.011-se nu,n 11erd.adeiro golpista", diz o general
Narra a reportagen1, porém,
mal de governo, convocada que o ahnirante Alfredo Ka- enun1erado uma série de publicou, no mérito, faria mj- 1
pelo presidente para avalia- ran e o brigadeiro Vvald ir Vas- ·sapos' que também ele fora nhas as palavras do n1inistro
ção da conjuntura, onde os concelos consideraram o dis- obrigado a engolir. E os dois, da Aeronáutica, pois reco- 1
curso do b rigadeiro Délio Jar- con10 irmãos, teriam se abra- nheço em Antônio Carlo.s
V participantes normalmente din1 de Mattos pronunciado çado, comovidos, e nunca iv1agalhães um dos maiores l
expressan, suas opiniões em Salvador, Bahia, no dia 4 mais tocado no assunto. Tu- aproveitadores e traidores ~
con1 franqueza. Qual foi a de setembro de 1984, como do imagin ação, reafi rmo." da revolução de 1964. ACM i
avaliação do e ntrevistado al- sendo um marco na suces- vestiu a carapuça. Ligar, po- ·
1nirante Karan, recolhída na são. Areunião ariteriormente ''ACM: Traidor e rén1, o tal d iscurso (do nlinis- 1.
reportagern: 'Tivemos opor- citadateriasido realizada de- ap1·oveitado1·'' tro da Aeronáutica) co m al-
tunidade de definir nossa pois do discurso do brigadei- gun1 golpe q ue estivesse sen-
posição en1 defesa da legali- ro Délio que, portanto, não "No d iscurso em Salvad or, do preparado com a minha
dade e do con1pron1isso as- constituiu marco algum na segund o a reportage1n, o bri- participação só por má-fé,
sun1ido pelo presidente pe- sucessão. O que antes estava gadeiro Délio Ja.rdin1de Mar- constituíndo deslavada men-
rante a nação de fazer deste decidido continuou decidido tos d isparou con tra o an iver- tira:. Revolucionário autên-
país un1a de1nocracia(...) A posterior,nente. Na reunião, sariante Antôn io Carlos l'vla- tico, incapaz da mais ínfima ,
legalidade era urna opção presente a cúpula 1nilitar da galh ães, então ex-governador deslealdade, o brigadeiro Dé-
das Forças Arn1adas. · época, também o presidente (o governo da Bahia estava lio deve ter-se contído dian-
"1\ conclusão dos repórte- João Figueiredo, reafirma- sendo ocupado por João Dur- te do papel deAÇM na suces-
res Bob Fernandes e 1-télio ram-se a fidelidade à demo- val Carneiro): 'A História não são presidencial e extravasou
Contreiras, se não estivessem cracia e à posse do presiden- fala bem dos covardes, nem o que lhe consumia a alma
dispostos a colocar chifre em te eleito pelo Congresso. Pelo dos traidores.' Embora con- pura, de · um patriota ·iliba-
cabeça de cavalo, deveria ser que conheci do presidente siderando inoportuno o dis- do. Respondeu-lhe ;r'oninho
a de que o presidente e as Figi.1eiredo e do brigadeiro curso de Délio, sobre o qual Malvadeza na si.ta forma ca- ·
Forças Armadas estavam Délio. imagin o que entre eles tudo do que tomei conheci-
comprometidos con1 a legali- tenha ocorrido un1 diálogo mento foi o que a imprensa '
dade e não havia possibiHda- parecido co1n o seguinte:
raéterística, cuidando previ~
PRESIDENTE: - Délio, para mente, segundo à reporta-

maior úanqüilidade do governo,

vou ignorar o seu discurso em
Salvador e, também, a resposta
doAntônio Carlos.

DÉLIO: - João, faça o que

achar mais conveniente, jamais

criarei qualquer embaraço a seu
governo, nemque tenha de engo-
lir algumsapo...

Acentua o general Newton
Cruz. .

"Fique bem claro que odiá-
logo acima é fruto da mi.nha
imaginação. É possível até
que, ao falar o Délio sobre
·engolir sapo', o presidente,
para consolar o amigo, tenh a

eados (quais, sendo Brasília uma cidade mediterrânea?). Um plano absurdo f
372r.UJIL 2000
Miau . •

'

gem. de telefonar para Ro- ções e a Agência Central fo-
ram construídas no governo
berto Marinho, que faria a Médici, ao qual servia com in-
cumbência de fazer propa-
TV Globo repercutir, duran- ganda do governo."

te todo o dia, os termos da • Reynaldo de Mello Al-
meida e Carlos de Meira
resposta de ACl\1: 'Trair os Manos: "Não é de estranhar
o papel que buscaram cum-
propósitos da seriedade e prir, tal a ligação que manti-

dignidade da vida pública é enham con1 o ex-presidente

fazer o jogo de un1 corrupto Ernesto Geisel, o qual setor-
nara, de parceria com o ge- ·
(referia-se o ex-governador neral Golbery, ferren.110 opo-
sitor ao governo Figueiredo."
à candidatura Paulo Maluf,
Sobre o episódio todo, con-
escolhida antes na conven- clui o general Ne1.vron Cruz:

ção do partido oficial). ''Não posso furtar-n1e a
uma constatação: de todos, o
O general 1\1ei11ton Cruz .... mais irresponsável foi o Sr.
Tancredo Neves, por haver
acrescenta, nun1 dos pará- -~ .... • comentado no apartamento
do deputado gaúcho Irajá Ro-
grafos seguintes: , • ~ .1l drigues: 'Maluf já perdeu. Eu
não estou preocupado com
"Entrevistado, AClvl, nova- í. . ele. Nossa preocupação agora
, It é evitar o golpe, num gesto in-
mente governador da Bahia, conseqüente qualquer desse
general Ne\vton Cruz." De on-
disse: 'Pe fato, ali havia u1n de retirou a opinião sobre o

golpe a caminho. O discurso Ugolpe? Se foi de assessores in-

de Délio nos deu chance para confiáveis, uma espécie de
n1aria-vai-com-as-outras. Se
o contragolpe e, na verdade, firmou a sua opinião pelo que
a in1prensa disse a rneu res-
o Figueiredo queria a prorro- peito, foi leviano por acreditar
enl publicações que não eran1
gação do seu mandato.' Opi- fidedignas. Acredito, porén1,
que Tancredo Neves alin1en-
nou que o chefe do SNI. à tou por espeneza a hipótese
de un1 golpe que seria pratica-
época Otávio w1edeiros, ao se do pelo con1andante 1nilitar
do Planalto, convencido de
ver sen1 chance na sucessão, que essa hipótese fortaleceria
sua candidatura. Não era bo-
optou por 'melar a eleição'. bo, sabía que nenhum golpe
estava sendo preparado.'' ■
Con10 se,npre, disse o que
Na próxima
lhe veeiomüencua.ubeçvaa, ,ri.saesn1vepzreos-. semana
vas,
O caso
Não havia golpe algi.1n1 a ca- Riocentro

rninho, o discurso de Déliosi-

tuava-se nu,n contexto pes- ·1\1al11fjá perdeu. Nossa preocupaçr.ío agora é e11i1ar o golpe,
111.11n gesto inco11seqüenle qualquer desse general 1Ve1.vton Cruz•·,
soal. Ao assumir a paternida- disse 1ancredo, que eslava ,na/ r~forn1aclo 0 1t usando de 1ná-fé

de do contragolpe ao golpe

inexistente, transforn1ou-.se

o ACi'.-1 nun1 verdadeiro gol-

pista. Ja1nais o presidente Fi- J\1aluf e de ivlârio Andreaz- de Siqueira, entre outros, Lo-
za e111 _fnvor de 11111. terceiro e dos eles acreditando 110 golpe
gueiredo, a que1n considera- culpando os dois pela di11isão e traçanclo estratégias para
110 PDS. Sobra para Aurelia- evitá-lo. Sobre os generais,
va urn verdadeiro irn1ão e, no Cl1a11es e J\1arco 1\1aciel, Neivto11 Cruz opina:
acusaclos de o,nissão e fragi-
leal ao presidente, tornou-se, liclade política. • Otávio Costa: "Jamais
poderia imaginar que de-
ele próprio, o maior en1peci- Ainda sobre o golpe que, sandasse a transnlitir opiniões
e,n sua visão, ja111.ais foi trn- insensatas, manifestamente
lho a alguma sugestão na- 1nado, alude a encontros que decorrentes de sua idiossin-
o candidato do PJ\1DB. Tan- crasia ao SNI e ao general Me-
quele sentido. '!'vledeiros op- credo Neves, teria tido co,n deiros."(...) "Sen, qualquer
111110 espécie de Estado-1\1aior fw1dan1ento, levantou a hipó-
tara por n1elar a eleição' cor- infor111al, constituída pelos tese de que o SNI tenha inter-
generais Otcí11io Costa, Rey- ferido no Chile e na Guerra das
responde a u1na inforn1ação naldo de J\1ello/1l1neida, Car- l'v1alvinas."(...) "Declarou ter o
los de i\1eira J\1attos, o al1ni- SNI constniído instalações
in·csponsável e leviru1a. rante Júlio de Sá Bierrenbach portentosas em Brasília, mas a
e o brigadeiro Dioclécio Lilna Escola Nacional de Informa-
''Tanc,·edo, o
i1·1·esporzsável''

Ogeneralfaz considerações
sobre a sucessão presidencial,
len1brando que Figueiredo
tentou a clesistência de Paulo

..



1 ,11

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~-- I

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Pasta NºoO] - FL.391

1

Véspera do 1f1 de Maio de 1981. O Brasil, com 17anos de \ \ s in tegrantes do D01-
ditadura militar, vivia uma época de transição, entre a anistia CODI do I Exército.
de um modo geral,
e o moviniento pelas ''diretas-já': O generalFigueiredo-quin- estavam inconfor-
to e últi,no presidente da ditadura- era considerado linha-du- mados com o aban-
ra demais pelas esque,rtas e liberal demais pela direita e por
,nuitos militares insatisfeitos. Foi neste contexto que ocorreu o dono que sofriam, a se dedi-
atentado do Riocentro. O generalNewton Cruz, figu,·a-chave
carem quase que exclusiva-- ·-,
neste e noutros episódios polê,nicos de nossa História recente- mente às práticas desportiL
acaba de virar réit no novo processo do Riocentro -, faz impor- vas e exercícios físicos den-
tantes revelações no livro Cassado e Caçado por Defender a Pá-
tria, qite MANCHETE pilblica co,n exclusividade. tro do aquartelamento", diz
o general 1Ve1vto11 Cruz 110 ca-
~ ~~l'oi; ,.~ • i,-,~ .• pítulo do seu livro e111 que
._ . .. ~~ ~ ~ B•t-_...,·,.._....,_· aborda o episódio do Riocen-
tro, citando o que foi apura-
OPt11na se111idestr11ído 110 Rioce11tro. Um perito e.xami11a o corpo do na época pelo Exército e
pela Justiça A1ilitar.
do sarge11ro G11ill1er111e Roscírio, {Jlte carregava.a bonzba 110 colo. No detall1e,
"Parecia não valer mais o
o capirão IiVilso11 !vlac/1ado, ferido ,,a e.,:p/osão, 110 Hospital Mígz,el Coztto que antes lhes haviam ensina-
do como sendo o correto mo-
do de agir e ninguém se preo-
cupara em esclarecer as ra-
zões da mudança. Entregues a
seus próprios pensamentos e

à troca de idéias que faziam

entre si, alguns estavam incli-
nados a agir por conta própria(
Aquele sho\.v comemorativov
do 1~de Maio, com os esquer-
distas e contestadores nele en-
volvidos, seria uma boa opor-
tunidade para um ato de pro-
testo na área do estaciona-
n1ento do Riocentro com o fln1
de marcar presença, de mos-
trar que não estavam mortos.
Um oficial com prestigio entre

seus companheiros do D0111

Ex. pressentiu as repercussões
que poderiatn advir de uma
ação, mesmo num espaço va-
zio, mas nas proxin1idades da
multidão reunida para assistir
ao shoiv. Convenceu-os a um
ato de presença idêntico ao
que seria praticado no esta(_,,,
cionamento, mediante o lan-

Despedido da chefia de segurança do Riocentro uma semana antes do atentado, o.

.....='"" .... •



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... ..~,..i.;........:,.... • ..
~

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.:;.

Cerca de 1nil jouens cantarani co1n

Elba Ra,nalho e outros

1.•. artistas no sho1.v eni beneficio
dos ex-exilados polfticos

çan1ento de uma bo1nba de pe- desenzpregados após sua volta f\leu,ton Cruz, então chefe da sem responsabilizados. É mui-
queno poder destrutivo, em lo- ao Brasil. Poucos ouvira,n, 110 Agência Centraldo Serviço Na• to provável que o tenente e o
Qªl mais afastado, sem causar auditório, a explosão desastra- cional de Informações (SNJ),
danos pessoais ou 1nateriais. da de uma bomba dentro de tivera conheci1nento antecipa• sargento mencionados esti-
Dois componentes do D01/ 1 um Pzuna parado no estacio- do do ateniado e nada fizera vessem entre os que participa-
11a1nento. A bo,nba explodiu no para i1npedí-lo. No seu. livro, o
Ex.. sem o conhecimento dos colo do sargento Guilhenne Ro- general esclarecesua 11erdadei- ran1 do episódio da 'casa de
sário, sentado no banco do ca- ra participação no episódio: força'. Consolidei minha opi-
companheiros e agindo por rona, que 1norrreu na hora, efe- nião de que os envolvidos no
conta própria, resolvera,n riu graveniente o capitão Wil- "Tomei conhecimento de
n1anter o outro canJinho, po· son Machado, dono do Puma. que, depois de vitimado o sar- episódio do Riocentro agiram
rém com o mesn10 propósito de 1\llinutos depois, unia segunda gento Guilherrne e ferido oca- fora da cadeia de comando."
marcar presença, numa ação bon1ba explodiu perto da casa pitão Machado, havia, no
incapaz de repercutir danosa- deforça do Riocentro, sem cau- DOI/1 Ex, quem pretendesse Na época do atentado, o co-
mente além da própria área do sar vftinzas e danos além de repetir um ato de protesto se- ronel Dickson J\1elges Grael -
estacionamento do ruocentro. abrir 110 chão um.a pequena rnelhante. Desloquei-me ao pai dos canipeões de íatisnio
O resultado foi o que se viu..." cratera. Unza das versões 111ais Rio de Janeiro e, nu1n hotel lars e Torben Grael - era che-
difundidas atribuiu o atenta- em Copacabana, encontrei- fe do Serviço de Segurança do
Na platéia do Riocentro, ,nais do a elenientos das Forças Ar- me com um tenente e um sar- Riocentro. Por incrível coinci-
de 1nil espectadores assistiam a 1nadas contrários à abertura gento, a quem afirmei que se dência, foi despedido unia se-
un,. s/1ou1 de grandes nonies da democrática enipreendida pe- algo da mesma natureza vol- tnana antes do atentado. Grael
1\lfPB, con10 Chico Buarque, Elba lo general Figueiredo. A in1- tasse a acontecer, determina- denunciou tnais tarde num lí-
Ra,nalho, Gal Costa, Caetano prensa noticiou que o general ria a investigação da ocorrên - 11ro que a Policia Militar havia
Veloso, Maria Bethânia. A arre- cia para que os culpados fos- sido estranhamente retirada
{._)-:adação do espetáculo se desti- do policiamento do local, que
nava a ajudar antigos exilados, todos os portões de ent_rada.es-
tavam trancados a cadeado,

o.coronel Grael teria inventado sua versão de que ameta era provocar mortes

41• ~
6.1U101oon


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