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Published by andreaires, 2019-08-07 10:47:49

Meu_Percurso_Na_Universidade

Meu_Percurso_Na_Universidade

Centro de Ciências Agrárias

Reformas totais (novos laboratórios, novos gabine-
tes para professores, novos banheiros, novo gabinete da
chefia do departamento) e reforma do bloco didático do
Departamento de Engenharia de Pesca e do Departamento
de Economia Agrícola, incluindo a construção de um blo-
co na antiga área ocupada pela carpintaria da UFC para
abrigar o Curso de Pós-Graduação em Economia Rural; do
bloco Agenor Maia do Departamento de Tecnologia de
Alimentos; do bloco do Departamento de Solos; do prédio
da Diretoria do Centro; do auditório do Departamento de
Zootecnia; dos laboratórios do Departamento de Zootec-
nia; do Laboratório de Laticínios do Departamento de
Tecnologia de Alimentos; do Laboratório de Virologia
Vegetal e Fitopatologia do Departamento de Fitotecnia; da
Estação de Meteorologia do Centro; execução do Labora-
tório de Informática do Centro; reforma das instalações do
Ranário e do Setor de Avicultura do Departamento de
Zootecnia; ampliação da área do Departamento de Eco-
nomia Doméstica e da área da bovinocultura da Fazenda
Experimental de Pentecoste e execução do prédio de abri-
go de máquinas agrícolas do Centro.

Foram realizadas amplas reformas nas instalações
do Núcleo de Processamento de Dados (NPD), na Biblio-
teca Universitária e no PADETEC ( Parque de Desenvol-
vimento Tecnológico do Ceará), já abordados anterior-
mente. Toda a iluminação das diferentes vias de circulação
e dos prédios do Campus foi totalmente modificada para

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dar mais segurança aos que ali trafegavam. Foi construída
a rede de comunicações em fibra ótica; efetuada a urbani-
zação de grande parte do Campus, incluindo a construção
das calçadas e do muro de contorno da área em que estão
situados vários prédios e o setor esportivo do Campus do
Pici, com recursos financeiros oriundos de acerto entre a
UFC/Governo Estadual, para resolver, de vez a situação
de moradia de invasores de área pertencente à Universida-
de, há muito tempo ocupada, o que gerava constantes atri-
tos entre favelados e a comunidade universitária. Foi feita
a recuperação total das subestações de energia elétrica do
Campus; reforma e ampliação do Almoxarifado Central;
execução do prédio da Oficina de Carpintaria da Coorde-
nadoria de Manutenção; recuperação total da Oficina de
Autos e Eletricidade da Coordenadoria de Manutenção; e
da pavimentação do Campus; sinalização do Campus;
execução da área de convivência e treinamento da PLA-
NOP e ampla reforma na CCV (Comissão Coordenadora
do Vestibular); recuperação do Parque Esportivo e do
Restaurante Universitário do Pici.

A nova pista olímpica foi inaugurada no dia
20/6/2013, medindo 400 metros com piso sintético, em
substituição à antiga que tinha pista de barro comum, sem
melhoramento, e de acordo com as modernas tecnologias.
A nova pista atendeu a todas as exigências internacionais,
ressaltando-se a pista de aquecimento, próxima à de com-
petição com o mesmo piso, contando com oito raias e bor-
das com canaletas de alumínio. Foi considerada de quali-
dade equivalente às melhores do mundo do atletismo, sen-

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do a única desse tipo existente em nosso Estado. Foi cons-
truída por firma especializada do sul do País e os recursos
financeiros oriundos de convênio entre a Fundação Banco
do Brasil/UFC.

Campus do Porangabussu

Área que , apresentava prédios com uma estrutura
mista de construções antigas com vários anexos ou puxa-
das e novas. Vários setores estavam precisando de recupe-
ração, alguns em estado de decadência, outros deviam ser
ampliados em função do acréscimo de novas atividades
decorrentes da expansão do ensino, pesquisa e extensão.
Ali está situado o Centro de Ciências da Saúde com os
seus diversos cursos. Modificações na infraestrutura do
Campus ali foram realizadas.

Curso de Medicina

Reformas do bloco do Departamento de Fisiologia
e do Departamento de Farmacologia; reforma e ampliação
da Pediatria e da Dermatologia; reforma das instalações
hidrossanitárias da Patologia; execução do Laboratório de
Informática do Centro. A reforma e a ampliação da Biblio-
teca do Centro e as reformas do Hospital Universitário, da
Maternidade Escola e do NUTEP foram descritas anteri-
ormente.

Curso de Enfermagem

Por ser um dos blocos mais novos da área do Cen-
tro de Ciências da Saúde, foi construído um segundo andar

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para o Departamento de Enfermagem e adquiridos novos
equipamentos didáticos.

Curso de Farmácia

Já possuía um prédio com boa estrutura. Ali foram
investidos recursos para a ampliação da subestação de
energia, substituição de toda a rede elétrica e a reforma
da Farmácia-Escola, detalhada em outra parte deste livro.

Curso de Odontologia

Possuía instalações mais novas. Investimos princi-
palmente no prédio da Emergência Odontológica, compre-
endendo a construção ampliada do seu espaço a ser utili-
zado, mudanças das instalações elétrica e hidráulica e
substituição de seus equipamentos, incluindo um maior
número de cadeiras para atendimento ao público externo.

Foi também ampliada a capacidade de armazena-
mento de água para atender o elevado consumo pelos dife-
rentes setores do Centro, com a construção de um novo
reservatório elevado.

Áreas Isoladas

A UFC possui várias outras instalações fora dos
Campi do Benfica, Pici e Porangabussu como a Casa José
de Alencar, situada no Bairro de Messejana e o Labomar,
no Meireles, além das Fazendas Experimentais localizadas
nos Municípios de Pentecoste e Quixadá.

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A Casa José de Alencar. Situada no Sitio Alaga-
diço Novo, onde viveu o escritor cearense José de Alen-
car, considerada patrimônio nacional, conta com a casa
onde nasceu o escritor, um prédio central com museu,
biblioteca, auditório, cantina, dependências para sua ad-
ministração e dois compartimentos destinados a pesquisa-
dores que, vindo de outros Estados ou do Exterior, dese-
jam ali permanecer para realizar estudos sobre o escritor.
Havia também um galpão para guarda de material, jardins
e uma barragem de córrego que atravessava o sitio, inati-
va. Quando assumi a Reitoria, a área da casa estava bem
conservada, mas necessitava de recuperação e ampliação.
Havia empecilhos, vez que o representante do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) não
havia concordado com algumas sugestões anteriormente
apresentadas. O Professor Neudson Braga, do Curso de
Arquitetura da UFC, foi convidado, para, com sua habili-
dade pessoal, ser o intermediário junto ao IPHAN e elabo-
rar um Plano de Desenvolvimento Detalhado da Casa José
de Alencar.

Acertado e aprovado pelo IPHAN, o Professor
Neudson, após vários meses de estudos, apresentou o seu
Plano de Desenvolvimento da Casa José de Alencar, deta-
lhando as recuperações necessárias a serem feitas, cons-
truções, parte referente a paisagismo, urbanização etc.
Utilizando recursos próprios da Universidade, foram feitas
as seguintes reformas: a secretaria no térreo do prédio
principal foi transformada em Pinacoteca com distribui-
ção, adequada e planejada por um técnico da área de mu-

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seologia, de todos os quadros de Floriano Teixeira, relati-
vos às obras escritas por José de Alencar; os espaços no
térreo, ocupados por dois apartamentos, foram modifica-
dos para receberem a Biblioteca ampliada, com as antigas
e as novas publicações sobre José de Alencar; a sala onde
antes funcionava a biblioteca passou a ser uma sala de
recepção; o subsolo do prédio foi totalmente modificado
para as instalações da Diretoria e Secretaria da Casa, além
dos novos banheiros; a parte superior do prédio principal
foi ampliada (com a transferência da Pinacoteca) sendo
reformulado o Museu Arthur Ramos, contando com a aju-
da de um especialista em museologia, dando nova e ade-
quada apresentação do acervo existente no museu; foi exe-
cutada a recuperação total do telhado e a pintura geral do
prédio principal.

A Casa José de Alencar possuía, na época, 250 me-
tros de muro. Em torno de sua área total foram construídos
mais de 1.000 metros de muro de contorno de proteção.
Foi realizada a urbanização de grande parte da Casa, bem
como modificações no seu sistema de iluminação externa
e recuperação total do seu galpão. Quando o Governo
Estadual resolveu duplicar a estrada CE-040 em frente à
Casa José de Alencar, solicitamos que fosse construída a
calçada na frente do sítio. Da parte da UFC, através de
recursos próprios, construímos o muro da frente constando
de colunas intercaladas com grades de ferro, dando novo
visual à Casa. Outra importante construção na Casa José
de Alencar foi a do Centro de Treinamento Reitor Antô-
nio Martins Filho, um prédio de dois andares, com três

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salas de aula e banheiros em cada andar e anexo ao Setor
de Recursos Humanos ali existente.

Considerando que as reformas relativas aos labo-
ratórios e outras dependências do LABOMAR já foram
descritas, praticamente todas as áreas dos diferentes Cam-
pi (Benfica, Pici e Porangabussu) e as outras isoladas tive-
ram mudanças em suas infraestruturas em decorrência de
grandes ou pequenas obras executadas em todos os prédios
da UFC, num total de 96.479 m² de áreas reformadas e
53.196 m² de áreas ampliadas, modificando completamen-
te o quadro encontrado quando assumi a Reitoria. O resul-
tado alcançado representou a contribuição de muitos que
“vestiram a camisa” da Instituição, indiferentes à cor par-
tidária ou ideológica, demonstrando amor e dedicação a
nossa Universidade em uma época reconhecidamente de
parcos recursos.

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O PLANEJAMENTO

À Pró-Reitoria de Planejamento, coube conduzir os
estudos e as pesquisas visando ao planejamento das ações
da UFC, com o objetivo de melhorar o processo de deci-
são, cuidar das prioridades, coordenar e garantir os resul-
tados esperados. A visão inicial da Administração Superi-
or da Universidade foi a da modernização administrativa
da Instituição, por meio da adoção do sistema de gestão
estratégica em substituição à modalidade burocrática. De
um lado, foi lançado um olhar retrospectivo sobre o itine-
rário da UFC, procurando recuperá-la em sua estrutura
física, rever procedimentos acadêmico-administrativos e
trabalhar a melhoria de seu conceito perante a sociedade.
De outro, em um olhar prospectivo, foi iniciada sua mo-
dernização, preparando-a, dessa forma, para o ingresso nos
anos 2000.

Para traçar as diretrizes futuras e ampliar a partici-
pação da nossa sociedade tendo em mente a gestão estra-
tégica, encomendamos à Central de Pesquisa e Opinião

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Pública da Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura a
realização de uma pesquisa sobre o “Papel da UFC para o
Ano de 2000”, junto a diversas categorias profissionais
(empresários, comerciantes, funcionários públicos, bancá-
rios e sindicalistas) e aos corpos docente, discente (restrito
aos concludentes) e técnico-administrativo da Universida-
de Federal do Ceará para captar a percepção dos mesmos
sobre a Instituição no que tange especificamente a objeti-
vos a serem cumpridos para apoiar o País no processo de
desenvolvimento; adequação entre ensino e necessidades
de cunho profissional e social, integrando a UFC com a
sociedade; obtenção de benefícios no relacionamento
com as instituições privadas e públicas; delimitação de
mudanças que se impunham para o fortalecimento da par-
ticipação da sociedade para que a Instituição conquistasse
padrões de modernidade compatíveis com os anos 2000.

A pesquisa foi realizada com questionário-
entrevista, aplicado pelos entrevistadores da FCPC, com
seleção dos informantes aleatória e proporcional aos efeti-
vos das várias categorias pesquisadas na UFC e por quotas
nas demais categorias, levando-se em conta a função de-
sempenhada na Instituição. Foi realizada no período de 22
de agosto a 16 de setembro de 1993, com entrevista de 420
pessoas dos dois sexos e de diversas faixas etárias. A taxa
de resposta foi de 91%. Várias sugestões foram dadas
pelos entrevistados. Nessas destacamos: a comunidade
acadêmica deveria sair dos muros universitários, contribu-
ir para o estudo e a solução dos problemas socioeconômi-
cos e ecológicos do semiárido nordestino; formar profissi-

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onais qualificados na quantidade da demanda, com capa-
cidade de desenvolver ideias e resolver problemas nas
áreas afetas à ciência e à tecnologia; ampliar as ações de
extensão, fazendo com que chegassem ao povo o conhe-
cimento e as técnicas aplicáveis na resolução de seus pro-
blemas; incentivando a pós-graduação como estratégica
para a preparação do mercado do futuro; atuar em conjun-
to com os diversos segmentos da sociedade em que fossem
mais prementes as necessidades profissionais e sociais;
maior conhecimento pela sociedade das potencialidades da
Universidade; integrar a UFC e a sociedade, com possibi-
lidade de a Universidade formar profissionais mais ade-
quados à realidade do País; orientar o trabalho universitá-
rio na direção da conscientização dos diversos setores de
nossa sociedade; transformar em ações práticas o conhe-
cimento acadêmico de modo que a Universidade pudesse
contribuir com a melhoria das condições de vida do povo;
instalar campi avançados, escritórios e postos de atendi-
mento da Universidade pelos diversos municípios do Es-
tado; modernizar o ensino, valendo-se, sobretudo, da in-
formática e de multimeios eletrônicos; renovar o parque de
equipamentos e um quadro de pessoal docente e técnico-
administrativo reciclado; elencar cursos profissionalizan-
tes adequados à realidade social e tecnológica de nossa
sociedade, capaz de fundamentar uma instituição em diá-
logo com as lideranças empresariais, operárias, estudantis
e dos diversos segmentos sociais.

Dos resultados da pesquisa “O Papel da UFC para
o Ano 2000” e tendo em vista a realidade existente, na

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época, em nossa Universidade, principalmente, em termos
de recursos financeiros e de recursos humanos, foi possí-
vel estabelecer, em resposta às solicitações dos entrevista-
dos, as seguintes ações: reformulação do vestibular da
Universidade, visando melhor seleção; reforma dos currí-
culos de vários Cursos de Graduação para atender às no-
vas necessidades da nossa sociedade; criação de novos
Cursos de Graduação, inclusive no turno noturno, em res-
posta às solicitações de entidades de classe e visando a
novas oportunidades do mercado de trabalho em institui-
ções públicas e privadas; ampliação dos Cursos de Pós-
Graduação em nível de mestrado e doutorado, para quali-
ficar recursos humanos da Região Nordeste; novos proje-
tos de pesquisa através de convênios com entidades nacio-
nais e estrangeiras, visando encontrar alternativas para
dificuldades econômicas, sociais e tecnológicas do nosso
meio e ampliação das atividades de Extensão, com a insta-
lação de mecanismos modernos como o TRANSTEC.

Para manter atualizados os professores e os servi-
dores técnico-administrativos no sentido indicado pela
pesquisa, foi dada continuidade ao programa de qualifica-
ção de professores através dos cursos de pós-graduação e
de servidores técnico-administrativos, com participação
em cursos de especialização, mestrado e doutorado no País
e também no Exterior. A compra de novos livros e a assi-
natura de revistas e periódicos especializados vieram con-
tribuir para a qualificação do nosso quadro docente e ad-
ministrativo. A informatização administrativa (via Pro-
grama SAU) bem como a acadêmica (através da monta-

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gem de vários laboratórios de Informática) criaram condi-
ções, ao lado das melhorias da infraestrutura e compra de
novos e variados equipamentos para que a UFC pudesse
estar melhor preparada para o futuro.

A Pró-Reitoria de Planejamento, tendo à frente o
Professor Pedro Sisnando Leite, esteve fortemente presen-
te em todos esses esforços, elaborando projetos, acompa-
nhando a compra de novos equipamentos, montagem dos
novos laboratórios de informática, andamento das refor-
mas de infraestrutura, apoio às bibliotecas, análise dos
resultados alcançados e, principalmente, a montagem do
planejamento da Instituição. Assim é que foi elaborado o
documento “UFC-2OOO: Objetivos, Políticas e Estratégi-
cas de Ação da Universidade Federal do Ceará, 1991-
1995” estabelecendo o rumo a seguir num futuro próximo.
Todo esse esforço do planejamento estava baseado em um
compromisso político que assim se resumia:

“Por uma Universidade moderna, recobrada
em sua devida função social de contribuir para promo-
ção do homem e do povo cearense e nordestino; pela
ação do desenvolvimento científico, tecnológico e cul-
tural. Por uma nova Universidade mais participativa e
comprometida com a solução dos problemas econômi-
cos, sociais e políticos do final da presente década e do
início do novo milênio.”.

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OS CONSELHOS SUPERIORES

Todas as principais ações realizadas pela UFC rela-
tivas ao Ensino (Graduação e Pós-Graduação), Pesquisa,
Extensão, Recursos Humanos e Financeiros, assinatura de
novos convênios e acordos foram analisados e aprovados
pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE)
e/ou pelo Conselho Universitário (CONSUNI). Entre as
resoluções aprovadas, relativas à Graduação, tivemos a
reformulação de currículos, a criação de novos cursos e
dos cursos noturnos; à Pós-Graduação, a criação de novos
cursos de especialização, mestrado e doutorado; à Pesqui-
sa, o estabelecimento de novas linhas de pesquisa; à Ex-
tensão, as novas diretrizes e formas no relacionamento da
Universidade com a comunidade; a intensificação da qua-
lificação dos recursos humanos; as assinaturas de novos
convênios para a ampliação dos recursos financeiros já
tratados em detalhes anteriormente.

Entre outras resoluções aprovadas e importantes
para o pleno desenvolvimentos da UFC, estão as que trata-

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ram dos seguintes assuntos: diretrizes sobre a transferência
de alunos vindos de outras universidades, o que aliviou a
pressão política exercida por vários segmentos da socieda-
de local; atualização constante dos valores e do aumento
de bolsas para os alunos distribuídos nas diferentes ativi-
dades da Instituição; reajuste anual para cobrança de taxas
e emolumentos; volta das unidades acadêmicas da Univer-
sidade ao sistema seriado (turmas), como desejava o Cen-
tro de Tecnologia; estabelecimento das normas a serem
observadas no período probatório para os novos funcioná-
rios da UFC; titulação dos professores para a ascensão
funcional; modificações do vestibular; criação de novas
bibliotecas e circulação de material bibliográfico.

Houve ainda resoluções para cessão de áreas do
Campus do Pici para instalação do Centro Nacional de
Pesquisa do Caju (atual Centro Nacional de Pesquisa da
Agroindústria Tropical) da EMBRAPA, através de contra-
to de comodato que iria possibilitar maior entrosamento
entre os pesquisadores daquela entidade e os da nossa
Universidade, além de ofertar estágios para os nossos alu-
nos; cessão de área à Companhia de Energia Elétrica do
Ceará (COELCE), destinada à construção de uma estação
abaixadora no Campus do Pici, para melhoria da rede elé-
trica da própria Universidade; ao Governo do Estado de
uma área já invadida do Campus do Pici, anos atrás, para
que ali fosse construído um conjunto habitacional, reali-
zando-se saneamento, recebendo, em compensação, recur-
sos financeiros para murar o entorno da área; à Prefeitura
Municipal de Fortaleza para a construção de um Centro

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Integrado de Educação e Saúde, destinado ao atendimento
da população carente em torno do Campus do Pici, o que
daria oportunidade para estágios de alunos das áreas de
educação e saúde, bem como a realização de um Programa
de Experimentação Conjunta, entre as duas Instituições
(UFC e PMF), dos diferentes órgãos dos setores de educa-
ção e saúde. Outras importantes resoluções aprovadas tra-
taram da criação do Departamento de História do Centro
de Humanidades; da reformulação do estatuto da Funda-
ção Cearense de Pesquisa e Cultura; das normas para a
confecção da lista sêxtupla relativa à consulta e eleição do
futuro Reitor, que seria realizada com uso de urnas eletrô-
nicas.

A UFC havia tido no passado, em sua estrutura, os
chamados Institutos de Pesquisa, como os de Antropolo-
gia, de Tecnologia Rural, de Zootecnia, de Medicina Tro-
pical e de Pesquisas Econômicas. Foi uma experiência
deveras interessante para a Universidade, principalmente
porque, nesses Institutos, se reuniam diferentes grupos de
profissionais com uma visão pluralista dos problemas. A
partir da reforma universitária implementada em 1969, os
Institutos foram extintos e a estrutura da Universidade
passou a funcionar com o sistema de departamentos. Com
a estrutura departamentalizada, passamos a ter, na Univer-
sidade, grupos de professores e pesquisadores que desen-
volviam suas atividades sob uma visão única dos proble-
mas, de acordo com o escopo do seu respectivo departa-
mento de lotação.

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Uma macroanálise de determinados assuntos cria,
porém, uma série de dificuldades, uma vez que referidos
profissionais trabalham em função de objetivos não diver-
sificados. Levantou-se, assim, a possibilidade de criar um
Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IDS) no âmbito
da UFC que pudesse ter o suporte de outras instituições
para desenvolver o seu programa de trabalho. A finalidade
do IDS seria discutir formas diferenciadas de desenvolvi-
mento para a Região Nordeste, mantendo os recursos am-
bientais e naturais ameaçados de destruição, e promover
um desenvolvimento equilibrado com utilização de recur-
sos naturais e tecnologias adequadas para esse fim. Ficou
acertado ainda que o Instituto deveria propiciar a interli-
gação com instituições governamentais e não governamen-
tais participantes do processo de desenvolvimento regional
e manter intercâmbio com pesquisadores e instituições
nacionais e estrangeiras que desenvolvessem atividades
nas suas áreas de atuação

O IDS teria uma estrutura “enxuta”, com uma dire-
toria, alguns assessores e os seus pesquisadores seriam
requisitados dos diferentes departamentos da UFC ao lado
de outros técnicos convidados e oriundos de entidades
estaduais e federais do Estado do Ceará ou da Região
Nordeste. Cada projeto seria elaborado por uma equipe
multidisciplinar, com um coordenador e com recursos fi-
nanceiros oriundos de diferentes entidades, de acordo com
as características e o interesse de cada instituição financia-
dora. A aprovação da criação do Instituto de Desenvolvi-
mento Sustentável ocorreu por unanimidade na reunião do

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Conselho Universitário realizada no dia 3 de junho de
1994 e imediatamente foram tomadas as devidas provi-
dências para que pudesse funcionar no mais breve prazo
possível como Órgão Suplementar junto à Pró-Reitoria de
Pesquisa e Pós-Graduação. Foi iniciada a reforma de um
prédio ao lado da Diretoria do Centro de Ciências Agrá-
rias, para sediar o IDS. Entretanto a nova Administração
da UFC, que assumiu ao final da minha Administração
(1995) iria interromper a implantação do Instituto, utili-
zando o prédio a ele destinado para instalar, ao invés, a
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação.

Aproximando-se o período final do Reitorado em
junho de 1995 e já elaborada a lista sêxtupla para a esco-
lha do novo Reitor, fui chamado ao gabinete do Governa-
dor Tasso Jereissati, a fim de saber se eu tinha algum obs-
táculo à nomeação do futuro reitor, pois caso eu tivesse
algum empecilho ele, governador, não endossaria a indi-
cação. Afirmei, na ocasião, que não tinha nenhum veto a
qualquer dos candidatos da lista elaborada e o Governador
confirmou que iria indicar o nome em questão, que era
irmão do médico do próprio Governador. Logo depois,
participando em Campinas-SP de minha última reunião do
colegiado de Reitores, fui levado a um encontro com o
Ministro da Educação (Paulo Renato), no gabinete do Rei-
tor da Universidade Estadual de Campinas, com quem este
mantinha boa amizade. Ali chegando, o Ministro comuni-
cou qual seria o novo Reitor da UFC, a ser nomeado, a não
ser que eu dissesse, naquele momento, se tinha algum im-
pedimento ao escolhido, inclusive com pedido expresso do

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Governador Tasso. Mais uma vez, nesse sentido, afirmei
nada ter contra o candidato.

A nomeação do novo Reitor da UFC aconteceu lo-
go depois. Finalmente era chegado o momento de come-
çar a arrumar as gavetas, fazer as despedidas protocolares,
agradecer o apoio recebido de entidades públicas e priva-
das e cuidar da aposentadoria.

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A APOSENTADORIA

Depois de mais de 40 anos de serviço público no
Estado do Ceará (desde estudante), no Ministério da
Agricultura, no Serviço de Extensão Rural (Estado do Rio
Grande do Norte) e na Universidade Federal do Ceará, era
chegado o momento da aposentadoria.

Na Universidade Federal do Ceará, assisti a seu de-
senvolvimento e dele participei incluindo transformações,
crises, dificuldades e superações, greves, disputas políti-
cas, mudanças administrativas e de lideranças, acerbamen-
to e confrontos ideológicos, modificações de atividades
de ensino, pesquisa e extensão, crescimento de acervos,
renovação dos recursos humanos, em momentos de maior
e menor apoio da comunidade, acumulando-se resultados
de sua produção e a formação de profissionais visando
atender às diferentes necessidades de nossa sociedade.

Quando entrei para ser professor da UFC, o Reitor
era o Professor Antônio Martins Filho, fundador da Uni-
versidade e idealizador das políticas e diretrizes da Insti-

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tuição. Em sua gestão, foram criados novos Cursos de
Graduação como os de Engenharia, Arquitetura e Educa-
ção; unidades como os Institutos Básicos (Física, Química,
Matemática), a Escola de Engenharia, a Faculdade de Ar-
quitetura, os Institutos de Pesquisa (Antropologia, Pesqui-
sas Econômicas, Medicina Tropical, Tecnologia Rural e
Zootecnia); as Casas de Cultura; o Museu de Artes; a Im-
prensa Universitária; a compra da sede da Reitoria e a
construção, como anexo, da Concha Acústica; implemen-
tação do projeto da Casa José de Alencar (Sítio Alagadiço
Novo- Messejana); realização de vários convênios com
instituições estrangeiras para qualificar sobretudo os re-
cursos humanos da Instituição, destacando-se o Projeto
Morris Asimow (Universidade da Califórnia), visando à
implantação de indústrias na Região do Cariri Cearense e
o Programa de Educação Agrícola com a Universidade do
Arizona, para qualificar os Professores e Técnicos da Es-
cola de Agronomia e a realização de seminários para dis-
cutir os rumos da Universidade e mais outros empreendi-
mentos.

Depois de permanecer por 12 anos (1955-1967)
como Reitor da UFC, o Professor Martins Filho não podia
mais pleitear um novo mandato por impedimento legal e
teve que elaborar a lista tríplice para a escolha de seu su-
cessor na Reitoria que, na época, era confeccionada pelo
Conselho Universitário, só podendo a lista ser integrada
por professores catedráticos. A lista foi então formada
pelos Professores (por ordem de votos recebidos) Prisco
Bezerra (Diretor da Escola de Agronomia), Ailton Lóssio

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(vice-reitor e ex-diretor da Faculdade de Odontologia) e
Fernando Leite (Diretor da Faculdade de Farmácia). O
nome preferido por Martins Filho para ocupar o seu lugar,
era o de Prisco Bezerra, entretanto, o nomeado foi o ter-
ceiro da lista, o Professor Fernando Leite, por forte inter-
ferência do Deputado Federal Paulo Sarasate, o político do
Ceará de maior prestígio junto ao Presidente Castelo
Branco.

Assim, o segundo Reitor da UFC foi o Professor
Fernando Leite (1967-1971), de quem pude vivenciar ape-
nas metade do mandato, uma vez que viajei para fazer o
mestrado na Universidade de Wisconsin (Estados Uni-
dos). O Reitorado do Professor Fernando Leite aproveitou
os recursos financeiros advindos da gestão anterior através
do Convênio UFC/BID e construiu vários blocos departa-
mentais no Campus do Pici .

O terceiro Reitor da UFC foi o Professor Walter de
Moura Cantídio (1971-1975), ex-diretor da Faculdade de
Medicina, época em que participei efetivamente de assun-
tos ligados à Administração da Instituição, nomeado que
fui Diretor Pro Tempore do Centro de Ciências Agrárias,
para substituir o Diretor do Centro que passara a ocupar o
cargo de vice-reitor da Universidade. O Reitor Walter
Cantídio implantou no seu mandato, a reforma universitá-
ria que deu nova estrutura à Instituição com a junção de
algumas Faculdades e Institutos em Centros; construiu
novos blocos departamentais na área do Campus de Po-
rangabussu e o Restaurante Universitário no Campus do

169

Pici. Ele gozava de forte prestígio junto ao Ministério da
Educação, por ter sido pioneiro na implantação da reforma
universitária e ser Presidente do Conselho de Reitores das
Universidades Brasileiras (CRUB), na época, uma entida-
de de muita influência nas políticas relativas às universi-
dades. Também tinha influente presença política no Esta-
do do Ceará por ter sido Secretário Estadual de Saúde,
fazendo parte do grupo de médicos que criou a Faculdade
de Medicina, e muito ligado ao político Waldemar Alcân-
tara que intercedeu por sua nomeação para Reitor.

O quarto Reitor da UFC, que acompanhei como
Diretor do Centro de Ciências Agrárias já nomeado pelo
Presidente da República, foi o Professor Pedro Teixeira
Barroso (1975-1979), Pró-Reitor de Assuntos Estudantis e
Professor da Odontologia e que desenvolveu uma política
de concentração de poderes na Administração Superior da
Universidade. Teve sua nomeação por indicação do Sena-
dor Waldemar Alcântara.

O quinto Reitor nomeado foi o Professor Paulo El-
pídio de Menezes Neto (1979-1983), Pró-Reitor de Pes-
quisa e Pós-Graduação e Professor das Ciências Sociais.
Este período, passei fora da Universidade, por estar ocu-
pando cargos no Governo Estadual do Ceará e no Ministé-
rio da Educação, em Brasília. Foi nomeado dado o empe-
nho do Ministro Eduardo Portella, da Educação, e o indis-
pensável apoio do Governador Virgílio Távora.

O sexto Reitor nomeado foi o Professor José An-
chieta Esmeraldo Barreto (1983-1987), Vice-Reitor e Pro-

170

fessor da Faculdade de Educação. Este reitorado acompa-
nhei de perto, pois era Chefe do Departamento de Econo-
mia Agrícola e dele recebi apoio para viabilização da pro-
posta de desenvolvimento do nosso Departamento. Tinha
uma característica pessoal de ser direto nas suas opiniões.
Cercou-se de bons auxiliares e sua nomeação se deu em
função do forte apoio do ex-Presidente Ernesto Geisel e do
Governador Adauto Bezerra.

O sétimo Reitor nomeado foi o Professor Raimun-
do Hélio Leite (1987-1991), Presidente da Fundação Cea-
rense de Pesquisa e Cultura e Professor da Educação.
Também o acompanhei como Diretor do Centro de Ciên-
cias Agrárias. O principal projeto de sua administração foi
o inicio de implantação do Projeto de Automação Univer-
sitário (SAU) do qual chegou a instalar o primeiro módu-
lo. A sua administração foi prejudicada pela campanha
prematura de candidatos à sucessão, ao lado da influência
fortemente corporativa dos Sindicatos dos Professores e
dos Técnico-administrativos em ações pertinentes à Insti-
tuição, e do Diretório Central dos Estudantes. Sua nomea-
ção contou com o apoio do Reitor Anchieta e do grupo de
apoio político próprio, além da Professora Eunice Duran,
que foi Secretária de Educação Superior do Ministério da
Educação.

Elaborada a lista sêxtupla pelos Colegiados da
UFC para a escolha do próximo Reitor e com o meu nome
em primeira menção, recebi um telefonema da parte do
Deputado Federal Aécio de Borba, Presidente, naquela

171

época, da Comissão de Educação da Câmara de Deputa-
dos, avisando que iria trabalhar o meu nome para ser o
Reitor da Universidade. O Deputado Aécio fora meu cole-
ga de secretariado do segundo Governo Virgílio Távora.
Igualmente um grupo de deputados estaduais com quem
eu havia mantido contatos quando ocupei a Secretaria de
Educação do Estado fez esforços junto ao Ministério da
Educação. Em que pesem esses esforços, entretanto, gosta-
ria de reafirmar que pessoalmente jamais envidei esforços
no sentido de conseguir minha nomeação para reitor. A
bem da verdade, os cargos que ocupei na Universidade ou
fora dela, nunca os procurei e surgiram ora por convites,
ora por indicações de meus pares.

Ao assumir como o oitavo Reitor da UFC (junho
de 1991-junho de 1995), era Diretor do Centro de Ciên-
cias Agrárias e Professor dos Cursos de Agronomia, En-
genharia de Pesca, Economia Doméstica e do Mestrado
em Economia Rural. Encontrei a Universidade em crise,
com grandes desafios a serem enfrentados e o de ter que
realizar mudanças. Crises de qualquer natureza apresen-
tam duas alternativas: a acomodação, pois os obstáculos
difíceis de serem superados e as forças oponentes são for-
tes demais, só restando fazer o quer for minimamente pos-
sível ou a superação das dificuldades com muito traba-
lho, uso de criatividade e esforços na procura de diferentes
formas de contornar os obstáculos existentes.

Desde o primeiro dia de trabalho, lancei desafios e
estimulei a confiança na equipe que escolhi para trabalhar,

172

contando sempre com seus melhores esforços e sua dedi-
cação sem exceção. O ponto inicial foi de que não iríamos
lamentar a situação que encontramos nem questionar o que
não havia sido feito, nem bater na tecla da “falta de recur-
sos”. A primeira decisão foi estabelecer diretrizes e prio-
ridades a serem seguidas, dividir tarefas e responsabilida-
des, descentralizar e supervisionar, assim como começar a
apresentar resultados e buscar recursos financeiros, onde
fosse possível e oriundos de diferentes fontes. O resultado
de todo o esforço realizado foi descrito nas páginas anteri-
ores.

No dia 6/04/95 o Jornal O POVO publicou uma
pesquisa efetuada junto aos professores da UFC sob o titu-
lo “Como você definiria a administração do Reitor An-
tônio de Albuquerque?”. A resposta foi a seguinte:

EXCELENTE 20,97%,

BOA 53,22%,

REGULAR 19,36%,

PÉSSIMA 2,15%,

NÃO RESPONDERAM 4,30%.

No cômputo geral, a administração foi portanto
aprovada pela maioria dos professores entrevistados
(74,19%). Era a confirmação que, no final da minha admi-
nistração, os acertos foram maiores do que os desacertos.

173

2,15% 4,30% 20,97%
19,36%

53,22%

Excelente
Boa
Regular
Péssima
Não Responderam

Na ultima Reunião Conjunta do Conselho Univer-
sitário, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e do
Conselho de Curadores que presidi realizada no dia
20/06/1995, prestei contas do trabalho e dos resultados
alcançados durante o período junho de 91 a junho de 95,
detalhando cada função (Ensino, Pesquisa e Pós-

174

Graduação, Extensão), infraestrutura, convênios firmados,
os recursos financeiros utilizados e o suporte de recursos
humanos. Após a minha prestação de contas, alguns Con-
selheiros fizeram uso da palavra:

LUIZ MOREIRA
(Representante estudantil)

“Fui uma pessoa que mais fortemente puxou a
chamar o professor Albuquerque de interventor... eu acho
que isso merece se fazer uma reflexão sobre a postura que
o movimento estudantil como um todo tomou e toma até
hoje chamar o reitor de interventor da Universidade....
entretanto quem observa, como eu, que tenho um senti-
mento muito especial pela Universidade, o que vem acon-
tecendo nessa Instituição desde de 91 pra cá, acho hoje
que o nome de interventor perdeu sua razão de ser porque
o professor Albuquerque passou a se legitimar pela sua
política diária de muita seriedade implantada nessa insti-
tuição e que o caracteriza como um dos nossos dirigentes
mais sério das Universidades Brasileiras que hoje temos.”

MARCELO UCHOA
(Representante estudantil)

“A saída do professor Albuquerque e do grupo que
o apoia e que participou dessa gestão... todo mundo sabe
muito bem que hoje esse grupo sai com uma legitimidade
muito grande e com uma respeitabilidade muito grande,

175

que foi credenciada nesses 4 anos pelo trabalho e pelo
interesse, sobretudo pela seriedade à Universidade... Os
estudantes que hoje estão empenhados na qualificação da
Universidade, estão preocupados com o crescimento do
ensino, com a extensão e a pesquisa universitária estão
sendo excluídos desse movimento estudantil, que parece
que parou.”

RENÊ BARREIRA
(Diretor Centro de Humanidades)

“Há um tempo de se reivindicar e há um tempo de
se realizar, mas eu creio que também não pode deixar de
haver um tempo, um momento de se reconhecer, e como
Diretor do Centro de Humanidades da nossa Instituição eu
creio que expressando o sentimento de todos que fazem
nosso Centro eu quero aqui expressar o nosso melhor re-
conhecimento à atual gestão de nossa Universidade, que
está encerrando o seu mandato, pelo apoio decidido, de-
terminado e indispensável que nos proporcionou durante
esses 3 anos e 8 meses que estivemos à frente do Centro
de Humanidades.”

JOSÉ MONTEIRO
(Professor da Faculdade de Economia, Administra-
ção, Contabilidade e Ciências Atuariais)

“Quem fala aqui é um dos mais antigos conselhei-
ros da casa desde 1955, hoje em atividade. Defini a gestão

176

do professor Albuquerque, a Universidade teve apenas 2
momentos, Martins Filho nasceu a Universidade, Antonio
de Albuquerque renasceu a Universidade.”

J.C. ARARIPE
(Representante da comunidade da área cultural)

“Agora, após ouvir a sua prestação de contas pe-
rante o colegiado maior, na véspera de deixar o cargo que
soube enaltecer, convencendo o senso de justiça que mais
uma vez devo ressaltar a operosidade e o descortino reve-
lados ao longo dos 4 anos decorridos. Sinto-me bem em
fazê-lo porque da gestão que comandou, sem desfaleci-
mento, direi melhor, com determinação e entusiasmo, re-
sultaram benéficos efeitos na vida da instituição, que am-
pliou foros de modernidade e dilatou seu raio de ação. A
Universidade foi sacudida por frêmitos operacionais que
surpreendem em época de crise e desalento, como a que
vivenciamos...O reitor Antônio de Albuquerque e sua
equipe encerram o seu mandato em meio a manifestações
de simpatia, compreensão e louvor.”

FRED SABOYA
(Representante da comunidade da área empresarial)

“Gostaria de dizer que no meio em que eu convi-
vo, no meio empresarial que eu convivo, essa expressão
do professor Monteiro é uma plena realidade. Sem ne-
nhum demérito aos demais reitores da Universidade, nós

177

sentimos que o meio empresarial tem na Universidade 2
marcos importantes, 2 marcos fortes, 2 marcos de muito
idealismo, de muita seriedade e coincidentemente 2 mar-
cos que têm o mesmo nome. O primeiro é Antônio Mar-
tins, e o segundo é Antônio Filho, acrescente de Albu-
querque Sousa. Parabéns, Reitor.”

LANDRY RIBEIRO
(Representante da comunidade da área profissional)

“De parabéns e de reconhecimento pelo trabalho,
pelo seu trabalho particular e pelo trabalho do seu colegia-
do, pelo trabalho de todos aqueles que lhe deram o apoio
necessário para realmente fazer renascer, como disse meu
caro professor Monteiro, de reerguer e de renascer a nossa
Universidade.”

Durante as minhas visitas de despedida aos
diferentes Centros, Faculdades, Departamentos Acadêmi-
cos e Administrativos, Órgãos Suplementares, recebi
agradecimentos pelo trabalho realizado, elogios pelos re-
sultados alcançados e votos de felicidades pessoais, con-
firmando que a luta empreendida valeu a pena. A última
homenagem recebida foi um grande jantar realizado nas
dependências da Casa José de Alencar com mais de 300
participantes, número significativo para quem estava sain-
do.

Concluo este meu relato com sentimento de
satisfação pelo dever cumprido e com gratidão aos que

178

comigo dividiram essa experiência. Espero que os futuros
dirigentes da UFC possam realizar mais do que a equipe
de 1991-1995 conseguiu fazer à época - “tirando leite de
pedra” – sempre com o objetivo de dedicar à sociedade
uma Universidade melhor.

179

4 ª PARTE

ANEXOS

180

OPINIÕES E NOTAS

Várias opiniões e notas foram divulgadas nos jor-
nais da cidade de Fortaleza, com pontos de vista diferenci-
ados no que diz respeito aos momentos de minha posse
como Reitor, durante a administração da UFC e na avalia-
ção final do meu período de gestão.

Após o episódio de violenta manifestação dos que
se apresentavam como defensores da “Universidade Públi-

181

ca, Gratuita, Autônoma, Democrática e de Qualidade” por
ocasião da solenidade de minha posse na Reitoria, passei
a receber de personalidades de destaque da sociedade cea-
rense e de membros de entidades de classe, além de pro-
fessores, servidores e alunos da UFC, mensagens de apoio.
O Professor Haroldo Juaçaba, do Curso de Medicina, uma
das mais respeitáveis figuras da nossa Universidade e re-
nomado médico na cidade de Fortaleza, enviou um cartão
que guardo com o maior orgulho.

“Prezado Reitor Antonio de Albuquerque:
Fiquei contente com a sua postura assumida du-
rante a posse, quando ficou firmada a doutrina de
que há autoridade à frente de nossa Universidade.
Foi sentida, pela sua atitude e declarações poste-
riores, a firme decisão de não deixar a nossa Insti-
tuição submeter-se a interesses outros que não o
de educar seus alunos, aprimorar o seu corpo do-
cente e trabalhar para o desenvolvimento de nossa
comunidade. A UFC e os cearenses estão de para-
béns. Atenciosamente Haroldo Juaçaba 24/6/91.”

A Professora Sofia Lerche Vieira , da Faculdade da
Educação, no artigo publicado no jornal O Povo de
26/6/91, Intitulado “UFC-Violência Deplorável”, entre
outros pontos afirmava:

“[:..] a solenidade de transmissão do car-
go transformou-se em deplorável cena de violên-
cia. O nomeado sequer teve oportunidade de pro-
ferir seu discurso de posse. A par da indignação

182

diante de fatos como este que abalam a credibili-
dade da instituição perante a sociedade, o inciden-
te deve fornecer elementos para uma reflexão so-
bre os rumos da UFC[...] Afinal, a crise da univer-
sidade pública coloca para instituição desafios
muito mais amplos que a mera disputa de interes-
ses pessoais e políticas partidárias.”

O Professor Manassés Fonteles, do Curso de Medi-
cina no artigo publicado no jornal O Povo de 26/6/91 com
o titulo “DEMOCRACIA FASCISTA”, acentua entre ou-
tros aspectos o seguinte:

“Mais de 10 anos são passados de experi-
ência populista nas universidades, tendo como hi-
pótese de trabalho o passo pseudodemocratizante
das camadas não docentes. Em nenhuma institui-
ção onde essa tragicomédia ocorreu de maneira
plena vicejaram o progresso e o desenvolvimento
científico....O quadro se completou na UFC, com o
episódio que teve lugar na última sexta-feira, na
Concha Acústica da Universidade, onde a juventu-
de hitlerista teve naquela noite o seu renascimento
pleno, uma vez que pouco mais de 100 militantes
políticos atrelados a sindicalistas vociferavam e
gritavam slogans insultuosos contra os docentes,
funcionários presentes e seus convidados, atirando
areia e ovos contra as autoridades. Episódio digno
de canibais em ato de festa.”

183

O Professor Paulo Roberto Pinto, do Curso de
Economia escreveu o artigo “A UNIVERSIDADE UL-
TRAJADA”, publicado no jornal O Povo de 28/6/91,
abordando os seguintes aspectos:

“O que aconteceu na posse do Reitor An-
tônio de Albuquerque Filho foi um espetáculo de-
primente e degradante de deboche contra a pró-
pria Universidade. Aqueles que o promoveram e
praticaram, usando da agressão física e violência,
atingiram muito menos a pessoa do titular do car-
go, mas macularam a dignidade da Instituição. Eis
aí uma demonstração insólita de falta de espírito
universitário. Os que ajudaram a construir a UFC
desde a sua origem nos sentimos também agredi-
dos....Estamos muito à vontade para tecer esse
comentário, pois não votamos no Reitor recém-
empossado, quando da consulta prévia feita à co-
munidade universitária para a constituição da lista
sêxtupla encaminhada ao Presidente da Repúbli-
ca....De qualquer modo, pouco importa o lugar em
que Antônio de Albuquerque se posicionou quer na
lista selecionada pela Comunidade Universitária,
quer na outra organizada pelo Conselho Universi-
tário. O fato é que ele figurava nas duas listas e,
de acordo com a legislação vigente, compete ao
Presidente da Republica nomear o Reitor dentre os
professores integrantes dessa seleção a ele enca-
minhando pelo Ministério da Educação.
...Destarte, torna-se indiscutível e inquestionável,

184

que Antonio de Albuquerque Filho é Reitor legiti-
mamente nomeado e empossado. E como tal tem
que ser acatado e respeitado. Aqueles que por in-
teresses contrariados se insurgem contra essa evi-
dência, invocando a condição de democratas e de-
fensores da prevalência da maioria, devem apren-
der que a primeira condição da Democracia é o
respeito à lei. Porque fora da lei não há salva-
ção.”
Várias notas foram publicadas na imprensa local,
demonstração de apoio ao novo Reitor, como as do Con-
selho Estadual de Educação, do Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Ceará- 9ª Regi-
ão, e a dos ex-reitores que transcrevo literalmente:

185

186

Ministério da Educação
Universidade Federal do Ceará
Gabinete dos Ex-Reitores da UFC
Nota

“Os ex-REITORES DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO CEARÁ, vêm de público lançar veemente
protesto contra os atos de vandalismo praticados à noite de
sexta-feira, dia 21 de junho, durante a solenidade de
transmissão do cargo ao novo Reitor, professor Antônio
Albuquerque Filho, legitimamente nomeado pelo
Presidente da República e já empossado pelo Ministro da
Educação.

As insólitas agressões então cometidas atingiram
não somente a pessoa física do titular do cargo, mas
principalmente a dignidade da respeitável e veneranda
instituição a que os signatários patrioticamente serviram e
se acham intrinsecamente vinculadas.

Em desagravo aos brios da Entidade ofendida, os
ex-Reitores apelam para as autoridades competentes, no
sentido de serem apuradas as responsabilidades dos
baderneiros e falsos líderes, para os quais não existe
espaço na Universidade, até que modifiquem o seu
comportamento e voltem a conviver dignamente com a
sociedade civilizada.

Fortaleza, 24 de junho de 1991.

Prof. Antônio Martins Filho

187

Prof. Fernando Leite
Prof. Walter de Moura Cantídio
Prof. Paulo Elpídio de Menezes Neto
Prof. José Anchieta Esmeraldo Barreto
Prof. Hélio Leite”

188

189

Diferentes entidades de classe foram ao Gabinete
do Reitor hipotecar solidariedade como o Sindicato da
Construção Civil, a Federação das Indústrias do Ceará e,
em especial, gostaria aqui de destacar, um grupo de enge-
nheiros-agrônomos que entregou, na ocasião, uma nota de
solidariedade assinada por 308 profissionais, com o se-
guinte teor:

NOTA DE SOLIDARIEDADE

“Engenheiros-Agrônomos, abaixo assina-
dos, no exercício pleno da profissão, tendo em vis-
ta as graves e lamentáveis ocorrências na noite de
21/6/91 pp, durante a solenidade de transmissão
de cargo ao Magnifico Reitor da Universidade Fe-
deral do Ceará, Professor e Engenheiro-Agrônomo
Antônio de Albuquerque Sousa Filho, realizada
nas dependências do salão nobre da Reitoria, vêm,
de público, perante a sociedade civilizada do Es-
tado, prestar a mais irrestrita solidariedade cívica
e de classe ao ilustre colega que, no exercício pro-
fissional, desempenhou, com louvor e dedicação,
os elevados postos de Presidente do Conselho Re-
gional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia-9ª
Região e da Associação de Engenheiros-
Agrônomos do Ceará-AEAC. Por outro lado, re-
pudiam energicamente a infeliz postura adotada
pela atual diretoria da entidade de classe, negando
o necessário apoio num momento difícil de um as-
sociado, ferindo frontalmente qualquer sentido de

190

convivência fraternal. A atitude nazi-fascista de
uma minoria que tentou impedir a transmissão de
cargo não traduz o sentimento de tolerância e de
democracia reinante no meio do povo brasileiro.”

O estudante Tibério Viana Joca, representante dos
estudantes do Curso de Engenharia de Alimentos junto ao
Conselho do Centro de Ciências Agrárias da UFC enviou
oficio datado de 29/6/91 ao Reitor empossado, no qual
assim se expressa:

“ Também repudio toda e qualquer inten-
ção de atingir a Vossa Magnificência e à nova ad-
ministração que se inicia. Gostaria de salientar
aqui um fato ocorrido hoje, sábado, quando fui re-
ceber minha carteira de estudante no DCE. Fui
pressionado a assinar um abaixo-assinado contra
Vossa Magnificência. Como não quis assinar tal
documento, fui bastante criticado pela Comissão
Gestora do DCE-UFC. Sem mais para o momento,
desejo os mais sinceros votos de uma ótima admi-
nistração na Universidade Federal do Ceará e que
Vossa Magnificência possa soerguer nossa tão so-
frida UFC.”

Na pagina do Leitor do Jornal O Povo, de 9/7/91,
escreveu Paulo Roberto Martins de Oliveira, entre coisas o
seguinte:

“Passados os deploráveis episódios da sua
conturbada posse, depara-se o reitor Antônio de

191

Albuquerque com uma instituição depauperada e
quase insolvente. Fica-lhe a dura missão de resti-
tuir-lhe a credibilidade junto à sociedade, da qual
ela é exemplo edificante. Combater a vagabunda-
gem e a indisciplina, refrear a insubordinação e o
sectarismo que assumem níveis insuportáveis na
UFC. Seus opositores o chamam de interventor,
porque veem nele um castrador das suas ações ma-
léficas e desagregadoras...O que se cobra é auto-
ridade e dignidade à frente da Universidade. Con-
viver com falta de recursos, extinguir muitos vícios
incrustados no seu quadro de servidores, viabilizar
a instituição como centro de estudos e pesquisas, e
essa gama de problemas que o Dr. Albuquerque
terá de conviver e se armar de tolerância e de cer-
ta rigidez.”

Quatro anos depois, prestes a deixar a Reitoria e
apresentando inegáveis resultados com o trabalho realiza-
do, sumiram panfletos e os radicais ,que sempre vão exis-
tir em qualquer instituição, tinham diminuído sua ação de
maneira significativa. O ambiente mudara, refletindo-se
nas opiniões internas e externas. Dentre as várias opiniões
emitidas então, relativas ao período do meu Reitorado,
gostaria de destacar as seguintes:

O advogado e empresário Osvaldo Alves Dantas,
publicou no jornal O Povo de 10/6/95, o artigo intitulado
“UM NOTÁVEL TRABALHO”, em que aborda os se-
guintes pontos:

192

“Administrar é um dom. Assim como es-
crever, cantar, falar em público. Já nasce com a
gente. O estudo e a prática podem melhorar esse
dom, nunca criá-lo em nós. Por isso vemos pessoas
que nos impressionam nos palanques serem eleitas
para cargos executivos e quando chegam lá nada
fazem. Não é que não queiram, é que não sabem
administrar. Falta-lhes vocação, não têm o dom.
Esta semana visitei a Universidade Federal do Ce-
ará. Durante 5 horas percorri vários de seus de-
partamentos, bibliotecas, hospitais, laboratórios,
centros de processamento, quadras de esporte,
obras em andamento, etc. Fiquei impressionado
com as realizações do reitor Antônio de Albuquer-
que que, nestes 4 anos, transformou a Universida-
de das greves e da baderna numa instituição mode-
lar. Lembro-me que a posse do Reitor ocorreu de-
baixo de vaias, onde até mascarados, estranhos ao
ambiente universitário, foram convocados para
impedir que assumisse o cargo. Era a manifesta-
ção dos inconformados que não aceitavam fosse a
Universidade descompromissada com ideologias.
Houve de tudo: apitos, chuva de ovos, pedras e
areia, afora ataques físicos, gritos de guerra e pa-
lavrões que, se impróprios para qualquer comício,
mais ainda para o ambiente universitário. Há qua-
tro anos a UFC era um caos. Toda a verba federal
que lhe era destinada era consumida pelo restau-
rante universitário e pela emergência hospitalar.
As salas de aula e demais instalações estavam

193

caindo aos pedaços. ...Nestes quatro anos, os pré-
dios dos diversos departamentos, os laboratórios e
as bibliotecas foram totalmente reformados e apa-
relhados....Mas as grandes conquistas deste perío-
do foram as seguintes: a) nenhuma greve em qua-
tro anos; b) os professores voltaram a ensinar e os
alunos a aprender; c) os funcionários recobraram
o ânimo pelo trabalho. Enfim, a UFC renasceu,
graças a um administrador comprometido com o
trabalho e não com a demagogia populista.”

O sociólogo e professor André Haguette do Depar-
tamento de Ciências Sociais da UFC, escreveu artigo de-
nominado “O REITORADO DO PROF. ALBUQUER-
QUE”, publicado no Jornal O POVO de 12/6/95, com as
seguintes considerações:

“ Finda na UFC um grande reitorado! O
reitorado do prof. Albuquerque, que termina no
dia 21 próximo, permite questionar várias práticas
e idéias estabelecidas. A primeira é a da não ree-
legibilidade dos dirigentes universitários, bem co-
mo dos mandatários do Poder Executivo. Dirigen-
tes com carisma, integridade, competência e sensi-
bilidade são tão raros que, quando encontrados,
jamais se poderia desperdiçar seus serviços. As
instituições e as democracias sólidas foram cons-
truídas sob a liderança de homens ou mulheres que
foram reconduzidos ao poder por vários manda-
dos. A segunda é a da necessária popularidade pa-

194

ra governar. Se uma minoria dos professores acre-
ditava na administração do prof. Albuquerque
quatro anos atrás, hoje, 21 % julgam-na excelente,
52 %, boa e 19 % , regular, o que prova que credi-
bilidade se conquista e se constrói. A terceira é a
da impossibilidade do progresso no Brasil contem-
porâneo. Liderança, competência administrativa,
visão, determinação e trabalho de equipe produ-
zem, sim, qualidade, bem estar e satisfação coleti-
va. O reitorado do prof. Albuquerque transformou
a UFC quantitativa e qualitativa, modificando sua
imagem junto à sociedade e inserindo-a na sua
problemática. Foram anos febris e marcantes:
construção de bibliotecas e salas de aula; recupe-
ração de 80% das instalações físicas e dos equi-
pamentos; informatização da vida universitária
com a continuação da implantação do Sistema de
Automação Universitária, da instalação de 42 la-
boratórios de informática, da aquisição de 1.285
microcomputadores, do desenvolvimento de um
Centro Nacional de Processamento de Alto De-
sempenho, interligando nove pontos estratégicos
por uma rede de 14 Km de fibra ótica; moderniza-
ção de 90% das bibliotecas e aquisição 17.081 li-
vros e 2.944 assinaturas de títulos de periódicos.
Foram criados 4 cursos de graduação, 14 cursos
de mestrado e 7 de doutorado; 311 servidores do-
centes e técnico-administrativo completaram ou
estão completando o doutorado. Somente no ano
passado, mais de 500 professores participaram de,

195

pelo menos, um encontro científico em nível nacio-
nal e mais de 1.000 alunos apresentaram trabalhos
de iniciação científica; programas de avaliação do
ensino e da instituição estão em andamento etc.”

O professor Rui Araripe, do Departamento de Ma-
temática da UECE, escreveu “UFC: GESTÃO ESTIMU-
LANTE”, publicado no Jornal O POVO de 24/6/95:

“Contrastando com os desacertos e a ino-
perância de várias áreas da administração públi-
ca, encerrou-se na UFC o fecundo período admi-
nistrativo presidido pelo reitor Antônio de Albu-
querque Sousa Filho. Contabilizam o Reitor e sua
equipe de colaboradores um elenco de realizações
derivadas não só de recuperação e modernização
das instalações, mas também da cobrança e dos
procedimentos que dignificam o fazer universitá-
rio....Uma gestão estimulante, firme e perseveran-
te, que trilhou os caminhos que educam e se multi-
plicou, pois oxigenou o tecido acadêmico da
UFC...O espírito de equipe da administração Al-
buquerque, sua experiência e credibilidade, eis um
referencial em campo pouquíssimo fértil: o da ad-
ministração do ensino público.”

O jornalista Alan Neto na Coluna Vertical do dia
18/6/95 do Jornal O Povo assim se expressou:

“Dever cumprido, o professor Antônio de
Albuquerque sai pela porta da frente da UFC, res-

196

paldado por uma administração profícua e reali-
zadora. Esta é a opinião, quase unânime, nos mei-
os universitários.”

Posteriormente empresários, políticos, jornalistas e
intelectuais estiveram presentes ao almoço em minha ho-
menagem, realizado no Ideal Clube. No dia seguinte
(23/03/96), o Jornal O POVO, publicou entre outras as
seguintes opiniões:

Ciro Ferreira Gomes,
ex-Governador:

“ Eu fui contemporâneo do ex-Reitor
quando estava no Governo do Estado. Por isso,
sou testemunha da seriedade e da competência
com que ele tratou do processo de reconstrução da
Universidade. Nós trabalhamos juntos em alguns
projetos como o da criação da Rede Cearense de
Pesquisa, assim como na reestruturação da parte
física e gerencial da UFC.”

Antônio Elbano Cambraia,
Prefeito de Fortaleza:

“Como professor, pude comprovar as difi-
culdades por que passou o professor Albuquerque
na administração da UFC, em vista da conjuntura
nacional. Ele soube superar as crises com um tra-
balho que, na minha avaliação, foi bastante profí-
cuo e de grande proveito. A Prefeitura teve opor-

197

tunidade de trabalhar com a administração do ex-
Reitor em vários projetos de cooperação técnica”.

Cid Ferreira Gomes,
Presidente da Assembleia:

“Sempre critiquei o isolamento da univer-
sidade, mas o ex-Reitor Antônio Albuquerque deu
um grande passo no sentido de reverter essa situa-
ção. Com ele, a UFC conseguiu se aproximar dos
problemas da população.”

Antônio Colaço Martins,
Reitor da Universidade de Fortaleza:

“Tive oportunidade de comprovar junto ao
Ministério da Educação que a UFC já é reconhe-
cidamente uma instituição de ponta. E isso foi con-
cretizado pelo professor Albuquerque. A UFC hoje
tem respeito nacional”.

Paulo Petrola,
Reitor da Universidade Estadual do Ceará:

“A administração de Albuquerque foi um
impulso fundamental para a UFC. A Universidade
estava com seus equipamentos e instrumentos to-
talmente sucateados e o ex-Reitor mostrou compe-
tência para recuperar tudo isso. O trabalho reali-
zado por ele, por exemplo, com relação à valoriza-
ção da pesquisa científica foi um cumprimento de
um grande salto na qualidade.”

198


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