6 Sábado, 22 de março de 1997 POLÍTICA )f
O NORTE
1 VISITA DO PRESIDENTE
IJ@R® ~ ~g
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Clerot e as Prefeituras VAlERIOAYRES
Afinal, um integrante da representação política do O presidente FHC ~-- -·-''-'-'--"-'-""'"-'-'-=::..;__-= nado em cursos secundários en- ,
Estado, em Brasília, teve a iniciativa de atacar de frente quanto estudava para se formar. ,
um problema gravíssimo, que vem opondo obstáculo se- disse que a educação Opresidente FHC reafirmou em entrevista que a educação será prioridade
ríssimo às administrações municipais, levando os Prefei- tera, uma atença~o "Tenho uma experiência
tos a um estágio de ingovernabilidade diante do compro- sendo feito porseu governo na área os secretários estaduais e munici-
metimento excessivo dos orçamentos de suas respectivas especial durante o de educação para que o país al- pais de educação pelo entusiasmo muita direta do que seJ1t a sala de
Edilidades com a União e, mais particularmente,com a cance o desenvolvimento e defen- com que desenvolvem o Projeto
Previdência ·Social. ano de 1997 deu uma "revolução branca" no Nordeste, entre outros projetos no aula e sei o que significa tentar
setor com a valorização dos pro- setor educacional. formar alguém que não teve uma
A deterioração dos recursos orçamentários dos muni- A educação será prioridade do fissionais de educação. formação básica adequada. Desde
dpios, em função do endividamento progressivo das Prefei- governo federal durante o Fernando Henrique citou aquela época se falava que a ques-
ruras de todo o país, na prática, reproduz um processo de ano de 97. O presidente Fernando No Cine Bangüê, do Espaço sua carreira profissional como pro- tão do Brasil era o ensino primá-
estagnação administrativa, com a paralisação das obras pú- Henrique Cardoso disse ontem, Cultural, o presidente elogiou o fessor universitário, desde os vinte rio, mas as verbas não íam para o
blicas municipais, que tem efeitos colaterais gravíssimos na durante o encerramento do Semi- ministro Paulo Renato de Souza e anos de idade, tendo também ensi- ensino primário, se concentravam
ordem econômica e social do país, além de constiruir-se num nário de Avaliação do Projeto Nor- no ensino superior e muitas vezes
instrumento de paralisia do Poder público, com inestimá- deste, que o setoreducacional terá em obras que não eram utilizadas",
veis prejuízos para suas respectivas populações. atenção especial, superando até lembra o presidente.
mesmo o setor de saúde.
Foi, certamente, inspirado nesse quadro tão grave e Com base nessa experiência,
tão preocupante, que o deputado José Luiz Clerot assumiu Fernando Henrique criticou Fernando Henrique decidiu
a responsabilidade de apresentar projeto de lei, na Câmara os que são contra o "provão" insti- priorizar o setor primário, garan-
dos Deputados, que tomou o número 2.845/97, estabele- tuído pelo Ministério da Educação tindo investimentos para o ensino
cendo critérios de parcelamento dos débitos das Prefeituras e garantiu que o ensino básico terá básico. O presidente cobrou dos
municipais com o Instituto Nacional da Seguridade Social prioridade en1 seu governo. O pre- governadores nordestinos a im-
(INSS) . sidente disse que professores e alu- plantação da proposta de valori-
nos que não querem ser avaliados zação do Magistério, aprovada
Segundo o projeto do deputado José Luiz Clerot, não merecem estar emsala de aula. através de emenda constitucional
as dívidas das Edilidades serão liquidadas, em parcelas pelo Congresso, que garante salá-
mensais que não poderão exce~er limites do Fundo de Ao desembarcar no Aero- rio em tomo de R$ 300 para pro-
Participação (FPM), na seguinte proporção: 3°/o para porto Castro Pinto, o presidente fessores do setor primário.
deu uma rápida declaração. Falou
apenas sobre o trabalho que vem Até agora, só os Estados,do
Ceará, Tasso Jereissati, e de
Sergipe, Albano Franco, implanta•
ram a medida. FHC disse que os
demais governadores nordestinos
devem se apressar nessa decisão.
municípios com até 20 mil habitantes, 4% até 50 mil, 5% ••
até 80 mil, 6% até 100 mil, 7% até 150 mil e 8% para
municípios com população de até 200 mil habitantes. Ministro avalia quadro preocupante·
Segundo o deputado José Luiz Clerot, o projeto
fixa o comprometimento dos recursos originários do O rrúnistro da Educação e Durante a explanação o demais Estado da federação, agra- utilizou gráficos e tabelas com
Fundo de Participação dos Municípios e gera, em con- vada ainda pelos números de repe- informações importantes sobre
trapartida, proporcionalidade com os índices atribuídos dos Desportos, Paulo Renato Sou- ministro Paulo Renato chamou a tência que são muito mais eleva- a evolução da educação de pri-
a cada município para efeito de distribuição das quotas dos do que as demais regiões do meiro grau no Nordeste e em
do referido Fundo. za ao apresentar, ontem, no Cine atenção para a necessidade urgen- Brasil e as taxas de aprovação e seguida destacouas ações que o
conclusão são menores". Ministério da Educação está to-
Se for transformada em lei, a iniciativa do parlamen- Bangüê,em ~oão Pessoa durante te de se enfrentar o problema da mando e sugerindo tambémaos
tar pecmedebista irá acudir às necessidades dos municípios Para o núnistro esta situa- governadores. Os destaques fi.
onerados por parcelamentos impagáveis, os quais tiveram o encerramento do II Seminário Educação. Segundo ele, resolver o ção .da educação é histórica no caram com o aumento na pro-
seus orçamentos altamente comprometidos com o desdo- Nordeste, e vem, evoluindo favo- cura das matrículas do ensino
bramento de distritos que se emanciparam, recentemente, e de Avaliação do Projeto Nordes- problema da educação requer em ravelmente, ainda que os dados fundamental nos últimos cinco
que determinaram brusca redução em suas respectivas quo- atuais mostrem a clara necessida- anos - com o crescimento da
tas do FPM, com o agravante de que muitos desses municí- te, os dados sobre a situação da primeiro lugar rratar do ensino fun. de de um esforço maior para que matrícula na região Nordeste em
pios vivem na dependência quase exclusiva dessas quotas. ela seja totalmente superada nos tomo de 21 por cento contra 13
educação no país mostrou os bai- darnental. "Na região Nordeste te- próximos anos. por cento no conjunto do Brasil.
O projeto de Clerot, obviamente, vai evitar que os
municípios continuem na penúria sem poderem, sequer, in- xos índices de matrículas realiza- mos concentrado os maiores pro- O núnistro Paulo Renato
vestir em um só centavo em serviços básicos indispensáveis
das no primeiro, segundo e ter- blernas do ensino fundamental do
ceiro graus que somados as altas nosso país, onde são observadas
taxas de repetência e evasão es- taxas de analfabetismo - 26 a 35
colar constituen1fatores compro- por cento, dependendo do Estado -
metedores para o desenvolvimen- , são taxas pelo menos três vezes
to do Brasil. maioresque a médiaobservadanos
\
às suas populações, tais como saúde, educação, habitação e
, 1---------------------· ---·-·•-'·-·-··-··-------·.-.-:~phael lembra"-
, saneamento. .
A iniciativa do sr. José Luiz Clerot demonstrâ "ã suâ ·'·
sensibilidade diante de problema tão grave que afeta a vida· formação SEMANA SANTA COM
dos municípios e o credencia como um político identificado OFERTAS DIVINAS.
com as reais necessidades do Estado e do país. dos juízes
,
t,f.;;;:;.;::;, &:.;;:•; ·•·' .:11, ':" --~,e... ' . ,.;,.~,;-~~:.i>i O desembargador Raphael
Carneiro Arnaud, presidente do E um pecado não aproveitar
Nem pensar Tribunal de Justiça, proferiu a Aula
.. ' Magna, da Esma - Escola Superior Bacalhau - Desfiado e Dessalgado (kg) ••••••• 14,90
da Magistratura, iniciando o ano
Quando abordam o ex-deputado e médico Laér- letivo de 1997. O tema da aula foi 3,20Filé de Pescada (kg) ••••••••••••••••••••••••••
cio Pires a respeito de uma suposta divisão interna no o "Ingresso na Magistratura, a For-
PMDB ou no sistema governista, ele reage sempre afir- mação do t.1agistrado e as Refor•
mando: "nem pensar''. Para ele, a candidatura do gover- mas Institucionais Impostas ao Po-
nador José Maranhão está definitivamente consolidada der Judiciário". A sessão foi presi-
e o grupo Cunha Lima não se arriscaria a aventuras, no dida pelo diretor da institu.ição,
seu entender, de êxito muito discutível. Para Laércio nada desembargador Rivando Bezerra
abalará a monolítica unidade peemedebista em torno Cavalcanti.
da recandidatura do governador José Maranhão. E nada
mais disse nem lhe foi perguntado... Aaula aconteceu na sede da
Papéis inúteis rio da Saúde e do governador Esma, no 6° andar do Fórum Filé de Camarão ,soog) ••••••••••••••••.••••••• 4, 90 '
José Maranhão. Desembargador Arquimedes Souto
O líder do Governo na Maior, em João Pessoa, que ficou ' ·' COMIDA PRONTA "SABOR DE CRUSTÁCEO"
Assembléia Legislativa, deputa- Couto acusa comseu auditório literalmente ocu-
do Carlos Dunga, teve "falr- pado por alunos, advogados, estu- Dei íci a de Bacalhau (soog) ••••••••••••••••• 7,90
play'' suficiente para ironizar os O deputado Luiz Couto, dantes de Direito e professores uni- Ensopado de Caranguejo (soog) •••••••••·1,90
sucessivos documentos que os do PT, acusou a Secretaria de versitários.
deputados e políticos, de um Segurança do Estado de ter CI
modo geral, elaboram, depois tentado forjar um laudo cada- Durante quarenta e cinco
de exaustivos trabalhos, para vérico para convencer à opi- núnutos, após análise dos diversos Av. Argemiro de Figueiredo, Empresarial
entregaraos Presidentes da Re- nião pública que a morte do sistemas de ingresso na magistra- Afine Pires• Bessa - Fone: 246-5511
pública que visitam o Estado, servidor da Cagepa, José Le- tura, historicamente conhecidos, o
contendo as mais diversas rei- andro, teria sido natural e aco- desembargador Raphael Carneiro
vindicações. Dunga advertiu os bertar o crime bárbaro contra Amaud discorreu sobre o cerna com
parlamentares que outrosdocu- a vida daquele cidadão. Cou- muita propriedade e segurança,
mentos já foram entregues a to considera esse fato muito mostrando que o assunto está
diversos Presidentesda Repúbli- grave, pois indica que está induvidosamente ligado ao da in-,
ca, inclusive ao atual, Fernan- dispensável autonomia e indepen-
do Henrique e não surtiram havendo proteção e estímulo à dência do Poder Judiciário, o que
qualquer efeito prático. Seria o tein se constituído em permanente
que se poderia chamar de pa- prática de crimes dentro do preocupação, há algum tempo, de
péis inúteis. próprio aparelho de seguran- juristas e magistrados brasileiros.
ça do Estado.
Arroxeias Demonstrou que, como em
Sindulfo outros países, o tema tem inquieta-
Em apenas 7 meses, de- do o PoderJudiciário, porque"o cui-
pois que se investiu no cargo Respeitado pela suavas- dado com o processo seletivo visa
de Superintendente da 9ª Re- ta cultura humanística e por
gião de Saúde, o ex-deputado sua profunda erudição, o pen- tomar segura a independência dos
Antônio Augusto Arroxeias sador político SinduJfo Santia- magistrados e abonar o direito do
tem desenvolvido intensa ati- go é um dos intelectuais mais jurisdicionado a uma prestação
vidade no setor, operando o respeitados do Estado e da re- jurisdicional fundamentada no
que se pode denominarde uma gião e continua em plena ativi- aprestamento, equilibrio e tirocínio
verdadeira revolução na admi- dade, quer escrevendo artigos do julgador''. Afinal, afirmou 0
nistração dos serviços de saú- sobre assuntos da atualidade desembargador Raphael Carneiro
de pública, em Cajazeiras e econômica, política e social do Amaud que, "para a realidade bra-.
municípios adjacentes. Em país, quer no exercido da lei- sileira, o modelo adequado de re-
contrapartida, Arroxeias tem tura das principais obras de crutarnenrodo rnagistrado de lº grau
recebido o reconhecimento das pensadorés de todo o mundo.
populações beneficiadas com Atualmente, Sindulfo Santiago équoeepsrteasbcerleevceidoocnooncaunr.s9o3p,ú1b,ldicaoCdFe•
o seu trabalho, para cuja con- dedica-se à leitura de "A Era dos
cretização confessa ter recebi- E>.-nemos", obra prima da so- provas e ótulos, porque imune a in-
do integral apoio do Secretá- ciologia internacional, de au-
toria do filósofo egípcio Eric gerências de qualquer ordem que
Hobsbawrn. possam comprometera vida da ma-
~--------- - - -- - - - - -- - - --·- gistrarura,jogando por terra a inde-
pendência dos juízes, fator primor-
dial para a função judicante''.
Pasta Nº (,, 1! J - FL~ ·:J TURISMO
EDUCAÇAO Governadores entreg,1rr1
documento cobrando de
C,1rdoso diz que educaçJo
ser.i p rioridade do Governo FHC apoio ao turismo
redera/ est e ano
Pági r,a 7
Página 6
João PessoJ, sá bado, 22 de março de 1997
p,~esidente anuncia estratégia para combater as longas estiagens no Nordeste nos próximos anos
,.,,, 1/f;fJ
FHC NAO GA NTE T NSPOSI AO
VANDlRLAN FARIAS João Pessoa, a execução do (Paraíba), Garibaldi Alves(Rio ll}ento do Serninário de Avali- in1plantação de programas obras inacabadas deixadas por
A trans posição da s projeto ao resu ltado d esse le - Grande do Norte), Francisco a~ão do Projeto Nordeste, re- governamentais qu e garan- seus antecesso res, con1 base
ág ua s do Rio São
Francisco depende ainda de vantan1e nto. "Se for possível, Mão Santa(Piauí) e Albano alizado no cine Bangüê, do Es- tam en1prego efetivo às popu- nu111 le vantan1e nto feito pelo
uni levant a mento técnico
que está sendo feito pela Se- faren1os ", .d isse FHC. Franco(Sergi pe) que dentro de, paço Cul t ural José Lins do lações das áreas ati n gidas pe- Senado. "Os senadores são tes-
creta ria de Políticas Regio-
nais. O presidente Fernando O secretário de Políticas no n1áximo, 120 dias terá urna Rego, em Tarnbauzinho. las secas a partir das obras temunhas do nosso esforço",
Henrique Card oso condicio-
nou onten1, durante visita a Regionais , fernando Carão, posição fina l sobre o assunto. O presidente disse que o executadas no setor hídrico, afirmou o presidente na pre-
Presidente não tem previsão de quando A transposição foi uma governo federal já ten1 unia ao invés de recorrer às fren- sença dos senadores paraiba-
te r,í en1 n1 ãos os dad os sob re a das reivi ndicações encaminha- estratégia para combater as tes de Emergência. nos Hurnberto Lucena, Ronal-
viabi lidade técnica da obra, das pelos governadores nor- l?ngas estiagens prevista s Fernando Henrique len1- do Cunha Lima e Ney Suassu-
mas o p res idente ga rantiu aos destinos ao presidente da Re- p;ara os próxin1os anos no bro11 que o seu governo tem na, e do norte-rio-grandense
gove rn ado re s José t\1a ranhão pú blica , durante o encerra· Nordeste. A idéia é acelerar a se esforçado para concluir as José Agripino l'v1aia.
! .,,.~-·
=-------------------:e.. ------------------------------------------✓
cita obras
No Rio Grande d o Norte o ..
presid e nte citou a concl usão da
barragem Pataxós, o andan1e nto .
dos trabal hos de Angicos e u ma
outra ob ra que a inda está sendo tff~:~~.·-,:.~:,·~:...•....:...
estudada pelo governo antes de
ser iniciada. Na Paraíba o canal :,~â,:,.:.:;,;~:..~}..•.~.~,:-.-.-·..-•.-'·
Coren1as/ Mãe d 'água, em Per-
. :--7-~l~~~~: .
narnbuco a a dutora Oeste <Jue h • • , •• ) •
esrá e rn construçiio e no Ceará o . ~.....
C.ista nhal, um açude três vezes ·:'$:;:;;,~· • , ..
n1aior que Orós. ···'t;};; :~'..~~\ ,<~r· ,...., ..,
·•.~· ,.t!l'',:.· ":
"Estan10s reton1ando, por-
tanto, obras que estava,n paralisa- •
das há algurnas dezenas de anos
por fah.i de organização. Basica-
rnente a inílaçiio impedia qualquer
projeto de longo pr.rzo. Retomamos
tud o isso e ccrtarncnte van1os ter
que enfrentar a questão de água prá
beber e o Rio São Francisco te m
água prá bebe r", disse FHC, arran-
cando aplausos da platéia.
o -presiden Cl! ·deixou ·cl:iro-~
que a transposição das águas do
São Francisco só será feita se for
vi ável tecnic::in1ente. Disse que au-
torizou fernando Carão para, jun-
to com o Instituto Nacional de Pes-
quisas, estudar a viabilidade da
obra e pediu os testernunhos de
Cícero Lucena e do ministro do
Meio Arnbiente, Gustavo Krause,
~obre seu esforço para executar o
projeto.
"Todos saben1 que não po-
demos ton1ar tuna atitude dessa
magnitude sern que tenhamos cer-
teza de que o assunto pode serre-
so lvido positivamente. Estamos
nun1a fase técnica. É possíve l que
dentro de 120 dias tenha,n os essa
decisão e ac redito que , se for pos•
sível , poderem os abastecer ess('
conj unto de obras hídricas que es -
tão sendo feitas no Nordeste'", de -
clarou Fernando Henrique.
Canal sai até
final de 98
O presidente Fe111ando Hen-
rique Cardoso gara ntiu onrern que
o Canal da Redenção, que levará
água das barragens de Corernas e
1\1,ie D'água para as várzeas de Sou-
sa, será concluído até o fina l do
seu governo."Sabe o governador
i\1aranhão do n1eu empenho pes-
soal nisso", disse FHC.
Fernando Henrique explicou
que está en1penhado na conclusão da
obra en1 homenagem ao ex-governa-
dor Antonio Mariz, seu ex-colega de
Senado Federal. O presidente pron1e-
teu durante visita à Para1ba, no ano
passado, que o canal seria feito.
"Prometernos fazer o canal
en1 hon1enagem ao sonho que era
de Antonio Mariz. Estamos fazen-
do e van1os terminar nesse gover-
no", sustentou FHC.
Outras rei1~ndicações enca-
n1inhadas pelo governador José
l\1aranhão serão ainda analisadas
pelo presidenteda República. O pre-
sidente da Assembléia Legislativa ,
,deputado lnaldo Leitão (Pl\10B),
tarnbém entregou a FHC um docu-
mento, assinado por todos os depu-
1-ados estaduais, pedindo medidas
·urgentes para combater a seca no
interior da Pararba. Ca rdoso pron1e-
teu, por exen1plo, estudar junto ao
Ministério dos Transpones a libera-
ção de verbas para conclusão da du-
plicação das obras da BR-230. (Leia
mais sobre a visita de FHC à
)>araaba nas páginas 6 e 7 )
•F
-. POLÍTICA O NORTE
6 ·Sexta-feira, 21 de m"arço de 1997
r
Tuberculose e país real UM NOVO PARTIDO
Enquanto a propaganda oficial difunde estaósticas que ,•
apontam para a existência de um verdadeiro paraíso no Bra-
sil, em que os pobres e excluídos estariam comendo e de- Líderes do PMDB já admitem
gustando o frango e o iogurte, como dádivas do Plano Real,
eis que os números bem mâis confiáveis da Organização proposta de fusão com PSDB
Mundial da Saúde revelam uma realidade bem mais crítica,
em que o Brasil real aparece entre aquelas nações, onde são A proposta de fusão entre FOTOS:ARQUIVO '. governadorJosé Maranhão e pelo
alarmantes os índices da tuberculose, como doença social. PSDB e PMDB começa a to- presidente da Assen1l>léia, ln~ldo
mar corpo entre políticos peeme- do PSDB e do PMDB num único Gervásio Maia disse que o Leitão: A purificação do PMJ)B.
Dispensável seria explicar que esse mal só existe, em debistas na Paratba. A própria cú- partido. Segundo ele, se houver engrandecimento do PMDB é uma Gervásio acha que quetn deve se
função da prevalência de estruturas sociais profundamente pula do PMDB já admite a hipóte- alguma dificuldade será em nível tônica que deve ser exercita<la per- purificar é o PSDB e não o PMDB.
injustas em países cujas populações convivem, permanen- se. Os senadores Ronaldo Cunha nacional porque na Paraíba, pelo n1anentemente e a união com o
temente, com a miséria e a subnutrição. Lima e Humberto Lucena, a exem- m,enos,.não deve haver resistência. PSDI3 segue este curso. O deputa• "Nossos con1panheiros do
plo do governador José Maranhão, "E praticamente certo que os dois do tatnbém citou a origetn dos dois
Os números da O.M.S. são inquestionáveis para des- defendem a proposta."É uma boa", partidos estarão juntos em 98. partidos, lembrando que o PSDB PMDB são fiéis ao partido e luta111
mentir que as populações brasileiras estejam sendo benefi- declarou Cunha Lima, acrescentan- foi gerado pelo PMDB. "Não me permanentemente para o engran-
ciadas pelo Plano de Estabilização e tenham passado a des- do que seu colega, Lucena, já de- A fusão, portanto, seria u1n sentiriasurpreendido e nem me en-· decimento do panido. Acho que a
frutar de urna melhor qualidade de vida. Mais uma vez, a fende abertamente a idéia. passo importante para essa reu- contraria inquieto se isso aconte· purificação do PSDB deve haver em
insidiosa propaganda oficial e a subserviência da mídia tele- nificação de ex-aliados", garante cesse", afirmou.O deputado só dis- nível nacional e local", defendeu
visiva na divulgação desses dados enganosos, não resistem A única dificuldade previs- o deputado, referindo-se à origem corda de um ponto defendido pelo Gervásio Maia.
ta pelo senador Cunha Limafé o· dos dois partidos.
à exatidão das estatísticas de um organismo mundial de cre-
tamanho atual do PSDB. Partido
dibilidade incontestável. do presidente da República, o PSDB
cresceu nos estados a ponto de se
O Brasil real não está se inserindo no Primeiro Mun- confrontar com o Pl\1DB, até então
a maior legenda do país."O PSDB
do, mas está sendo transportado não para o Terceiro, mas cresceu muito depois que conquis-
para o quarto mundo, ou puxado para trás, para usar a feliz tou o poder. Isso pode atrapalhar
expressão do professor e sociólogo Cláudio Santa Cruz, na na hora de uma possível fusão",
irrepreensível entrevista que concedeu a O NORTE, no últi- acredita Cunha Lima. Deputados
mo domingo. estaduais do PMDB ta1nbén1 apoi-
am a proposta. O primeiro a se
Não é gratificante para nenhum país do mundo ver pronunciar favorável foi o presiden-
te da Assembléia Legislativa, de-
seu nome figurar entre os campeões de tuberculose, uma putado lnaldo Leirão(PMDB). De·
doença eminenten1ente social, quando esse mal já se encon- pois, Tião Gomes e Gervásio Maia
tra erradicado em quase todos os países do planeta Terra. O também anunciaram apoio à fu-
Brasil está en1parelhado a Bangladesh e a Burundi nesse triste são. Gomes acredita que não ha-
e deprimente campeonato mundial de miséria e degradação verá problen1a para transformação
social.
Seca verde Vital defende ação do Judiciário
Mas não se limitariam à tuberculose, as estatísticas
do nosso atraso e do nosso empobrecimento. Os dados ofi- Ao denunciar o que cha1nou lação ao Poder Executivo. "Infeliz- Exe1nplificou isto dizendo
ciais do Governo Federal dados a conhecer, através do IBGE,
traz em outra revelação particularmente grave como prova O deputado Álvaro Gau- de falência do Legislativo l3rasilei- mente, a maioria dos parlamenta- que, recentemente o n1es1no Poder
de que, por mais que a propaganda televisiva diga o contrá- dêncio Neto, vice-líder do PFL ro, o deputado estadual Vital do res so, pensa cm seus m' teresses pes- determinouo pagamentode reaajuste
rio, o Brasil está em marcha batida no caminho de um maior ocupou, ontem, a tribuna da Câ- Rêgo Filho(PDT) defendeu, ontem, soais, esquecendo-se de assumir o salarialde 28% para osser:vidores da
empobrecimento de suas populações. mara dos Deputados para pedir Opapel assumido pelo Poder Judi- papel de representação popular. O União. Além disso, lemebrou a luta
ao presidente Fernando.Henrique ciário, apontado como sendo wna pior é que fazetn isso às custas da ora travada contra o excesso de me-
Segundo os dados do IBGE, nos últimos quatro anos Cardoso, que na sua visita hoje à das alternativas para se manter
e mais particularmente, após a implantação do Plano Real, subserviência em relação aos po- didas provisórias, oriunda do Pqder
a indústria brasileira demitiu mnis de un1 terço dos -seus Paraíba, adote 1nedidas urgentes
íntegra e democrática no país e se derosos"- advertiu o deputado. Executivo.
operários, ou seja, fechou 34,3% de suas vagas, em função l 7 7tpmaaadriaeorra,iegasuodaIovese,'mr,oonunlpeircqoíbuplieeo·emsnpafarderaanítbfaaaIa·-
As medidas provisótias tên1
de um processo de estagnação no setor produtivo, sem pre- nos., El~. Jembt;? ~-,i>.~~~~IJPªSã9,,:
cedentes na história do país. re.sgua.,cr-deamr areC1o~nç-ason.tawo•çLa-eogiF'~eIdª?e'.r:"aºIJ..·, No que se re,,ere ao Jud1'C.1,a- transformado o Goven10 nwna.verda-
Talvez, esses números do IBGE, reveladores de ní- V1fal,d1s i;_que. ~e tem softi.do_ ~~:. J sn~'od1, ..deost1p11coor11~fu,reelIeevpao~,dteerP:~'Pªevlf.;disa- deira ditadura ''.branca". Louvarnos'a
veis tão alarman~es de desemprego expliquem o ~umen-
cotn mais uma seca verde que se v1dade11 o processo de decaden- pohnca b_ras!letra. Prova dts~~•,s~ • atitude do PoderJudiàáriocoruraessa
' to dos índices da tuberculose, clivulgaâos p'e~á 9 _.M.S.e.
instala no Estado, acarretando c'.t• Ie_vando-se em conta a subser- gundo.ele. E o f~to_ d_o Ju~1c1ano fujimorização mascarada, contra o
sirvam de prova documental de que os pobres do Brlisil
estão sendo dizin1ados pela fon1e e pela subnutrição.
1nais dificuldades para a vida do I vfneta demonstrada por parla- cumpnr a Constttu1çao acima de excesso de concentração de poder rei-
hon1em do can1po. irentares, a nível nacional, em re- qualquer tipo de interesse. nante no l3rasil, acentuou Vital Filho.
Clerot Comissão já tr~balha para
Os Prefeitos de todo o país estão exultantes com instalar conselllos tutelares
a iniciativa do deputado José Luiz Clerot de apresen- 1
tar projeto, na Câmara dos Deputados, estabelecendo
critérios para pagamento dos débitos das Prefeituras Uma das primeiras ações da de.Direitos Humanos contendo pro-
com o INSS. A proposição do deputado.Clerot vai aten-
der às necessidades inadiáveis dos municípios onera- Corrússão de Direitos Humanos da posta de agenda temática e objeti- O Jornal O NORTE foi
dos por parcelamento impossíveis de serem quitados 1notivode 1nais wna homenagem
e, ao mesmo tempo, propiciar condições para que ·a Assembléia Legislativa será em fa- vos de trabalho desta legislatura. no Poder Legislativo Municipal.
Previdência garanta o recebimento dos débitos em De autoria do vereador Marcos
atraso. O projeto de Clerot atende a gregos e troia- vor da instalação dos Conselhos Odocumento continhaainda propos• Vinícius Sales Nóbrega(PDT), o
nos. Voltaremos ao assunto. plenário aprovou requerimento
Tutelares nos Municípios paraiba- ta de criação de infra-estrutura bási-
propondo "Voto de Aplauso",
nos. O deputado Chico Lopes (PT) C'l para o funcionamento da Corrús- pela conquista de mais um tro-
féu Deusa da Fortuna", de âmbi-
convocará reuniões nos Municípi- ~ão. As medidas anunciadas pelo . to nacional, conferido pela Con-
federação Nacional dos Lojistas,
os com a participação de prefei- deputado priorizarão o combate à pelo terceiro ano consecutivo,
como o melhor jornal do Estado
tos, vereadores, promotores e juí- prostituição infantil e ao turismo da Paraíba e o que oferece um
maior retomo aos seus anunci•
Gasoduto Morte de Leandro zes da Infância e Adolescência no sexual, a problemática dos merunos antes.
No último encontro O laudo pericial elabo- sentido de conscientizar da impor- emeninas de rua, a violência dotnés- Na justificativa da pro-
posta o vereador Marcos \Tuúcius
que n1anteve com o gover- rado pelo consagrado legista tância do Conselho. tica: maus tratos a ctianças e n1u- destaca o trabalho a atual ad-
ministração de O NORTE, com-
nador José Maranhão, o Genival Veloso, constatando Chico, que foi empossado lheres; a urbana, praticada pelas prometida com os reais interes-
Prefeito de Campina.Gran- que o servidor da Cagepa, ontem como presidente da Co1nis- polícias civil e militar; a violência
de, Cássio da Cunha Lima, José Leandro Correia, de 51 são, disse que trabalhará junto ao nocampo; defesa das comunidades ses de un1 jornalisn10 com im-
parcialidade. Sendo escolhido
Conselho Estadual da Criança e do indígenas, política de proteção ao pelo terceiro ano consecutivo
como O " Melhorjornal de todo
não limitou suas rejvindica- anos, foi espancado pela Po- Adolescente para ver en1itidas re- idoso; luta conrra a discri1ninação o Estado", O NORTE n10s1ra sua
tradição e a seriedade con10 tra-
ções ao pedido para paga- lícia até a morte, numa Dele- soluções aos prefeitos alertando o racial; e apoio às reivindicações dos ta a notícia, fator fundan1ental
de sua in1parcialidade.
mento de débito do Estado gacia Policial, em João Pes- descumprin1enro do Estatuto da portadores de AIDS. Chico Lopes dis- ..
para com a Pref~itura cam- soa, desmente as versões ofi- Ctiança e do Adolescente. se que a Corrússão estitnulará a ins·
pinense, no valor de dois ciais sobre as causas da mor- Na ocasião, ele entregou talação da Ouvidoria Geral do Esta-
milhões de reais. Também te daquele servidor. E deixa documento ao presidente da Assem- do e a da Polícia Militar, além de
a construção de um gasodu- muito mal o setor de segu- bléia, deputado lnaldo Leitão, e lutar contra a prátic'a de tortura em
to para Campina Grande rança do Governo, que levou aos den1ais membros da Comissão delegacias e presídios.
constou na agenda de as- um perito do !PT para dizer
suntos tratados pelo Prefei- pela Televisão que fora natu-
to com o governador. Cás- ral a mone de José Leandro.
sio quer porque quer a cons- O Governo com a palavra...
trução do gasoduto que con- Transposição Toda segurança da marca Ford
sidera obra indispensável
Sem taxa de adesão
ao processo de crescimen- Não adianta a insistên-
to econômico de Campina. cia do Presidente da Assem-
Eilzo Matos bléia, deputado Inaldo Lei-
tão, em elaborar documen-
O ex-deputado e escri- tos pedindo a transposição
tor Eilzo Matos está indig- das águas do Rio São Fran-
nado com o processo de pri- cisco para o nosso Estado. O
vatização das estatais brasi- Presidente Fernando Henri-
leiras, por considerar, não a que não vai contrariar o todo
privat~zação em si mesma, poderoso senador Antônio
n1as os critérios como ela Carlos Magalhães, o grande
está sendo conduzida. Diz mentor do Governo Federal.
Eilzo: "Estão vendendo, em Não esquecer que até o ca-
processo de liquidação, opa- nal Coremas-Mãe D'água
trimônio da nação e estão está sendo contestado pelo
procedendo como os mise- Rio Grande do Norte, cujos
ráveis que vendem a roupa · políticos alegam que o canal
do corpo e a honra da filha vi,i reduzir o fluxo de águas ..
menor, para assegurar a so- da barragem Armando Gon- SHOWROOM
_Av. Epitácio Pessoa, 4550
brevivência da família". E çalves, no município de João Pessoa - PB.
haja indignação... Assu, naquele Estado. QM~~ FORD DA ·PARAJBA 1
----- ------- --·----- - ,.
FUSAO •
Uderes do PMDB já ,1dml- ,
tem proposta de fusão com
oPSDB PRI.CATORIOS
Página(, Homero Santos diz que o
Tribunal de Contas d,1 União
Investiga Banco Central
Página 7
' João Pessoa, sex1a-feira, 21 de março de 1997
Fernando Henrique Cardoso chega hoje a João Pess1a para encerrar seminário sobre o Projeto Nordeste
•
. ..' .-~--- - - .- .7ARQUIVO Obras de
'
. .' Infra-estrutura
O governador José Mara-
nhão vai apresentar hoje pela ma•
nhã ao presidente Fernando Hen-
rique Cardoso, durante suasegun-
da visita oficial à Paraíba como
ocupante do cargo, uma pauta con-
tendo quatro pontos de reivindica-
ção, todos ligados à infra-estrutu-
ra. Obras de irrigação, duplicação
de escradas, transposição de águas
e incremento ao setor n1rístico são
os principais assuntos a serem dis-
cutidos.
Maranhão vai tratar com
FHC também de aspectos ligados
às conseqüências O:i!Zidas para a
economia após a rolagem da dívi-
da do Estado. "Com a renegocia-
ção do pagamento de parcelas da
dívida estadual conseguimos evitar
que houvesse a sangria de recursos
orçamentários em tomo de 15%,
permitindo assim melhorar nossa
capacidade de investimento em
projetos que fosselT\ traduzidos na
melhoria das condições de vida da
população, sobretudo no meio ru-
ral e na periferia das grandes ci-
dades", disse o governador.
O primeiro assunto a ser
discutido no encontro será a neces-
sidade do cumprimento do crono-
grama de liberação de recursos
para a construção do Canal da
Redenção, obra que liga as·áiuas
do açude de Coremas/Mãe D'Agua
à. s v á.. r-·z•e.; a-s.·-d-- o m. unicípio. d e S o us a.
~
Cícero pedirá
1• nvest1• mento
A Assembléia Legisla1iva O mirúscro da Educação e do nário como a Coordenadoria de
do Estado também entrega hoje
ao presidente da República um~ Desporto, Paulo Renato Souza eou- Educação a Distância e a Funda- O prefeito Cícero Lucena
recebe hoje o presidente Fernan-
documento pedindo providên- tras autoridades ligadas ao Governo ção de Assistência ao Estudante. do Henrique Cardoso e irá acom-
cias para amenizar os efeitos da panhar a comitiva presidencial
estiagem em diversos municípi- Federal també1n estarão hoje en1 ', Os técnicos da Direção Ge- durante visita a João Pessoa. Cí-
os da Paraíba. O principal pon- cero disse que conversará com
to do docu1nento que chegará João Pessoa participando do encer- ral do PNE, os órgãos executores FHC sobre a necessidade de in-
vestimento na área de saneamen-
às n1ãos de FHC - através de -ramento do li Senúnário de Avalia- do Projeto no MEC e Coordenado- to básico da Capital, além de so-
licitar apoio para abertura do
uma con1issão de deputados es- ção do Projeto Nordeste, realizado res Estaduais ta1nbém palticiparam espaço aéreo do Nordeste, como
taduais, liderada por lnaldo Lei- forma de incenóvo ao turismo da
tão e Carlos Dunga - é o que na Capital com a presença de Secre- da Reunião, avaliando o desempe- Capital paraibana.
pede o início das obras de trans-
posição das águas a partir do rio tários de Educação de ioda região e nho físico e financeiro do Projeto. Cícero se incluiu entre as
São Francisco. oito autoridades que estarão
de um representante do Banco Mun- Depois da avaliação, os resultados acompanhando o presidente
lnaldo disse que o docu- Fernando Henrique Cardoso. O
mento mostra que a Paraíba, tan- dia!. Aproveitando a ocasião, have- serão colhidos e as providências prefeito almoçacom o presiden-
to quanto a região nordestina, te e o governador José Mara-
insere-se numa área que detém rá o lançamento oficial do Progra- para uma melhor execução do pro- nhão na Granja Santana e disse
cerca de 30% da população bra- que irá aproveitar a oportunida-
sileira e recebe 13°/4 da receita ma Nacional do Livro Didático. jetoserão tomadas pela Direçãodo de para falar sobre outros pro-
oriunda dos recursos orçamen- jetos que pretende colocar em
tários da União. "Podemos afir- Os participantes do Semi- Projeto Nordeste. prática, através de uma parce-
mar que na região Nordeste e, ria com o Governo Federal.
particularmente no nosso Esta- nário, durante a semana, pude- MEC fará novos investi-
do, malgrado os esforços gover- O prefeito disse que a vi-
nan1entais subsistem índices so- -ram discutir assuntos relaciona- mentos no 1° grau - O Ministério sita de Fernando Henrique Car-
ciais altan1ente alarmantes, t:ais doso a Capital paraibana é mui-
como: escolaridade, mortalidade . ,.. dos ao Projeto Nordeste (PNE) di- da Educação iniciará as negoci- to importante.
infantil, níveis de renda, desem-
prego, entre outros, que a- per- .~.,._.t ~ retamente com os diretores gerais ações com o Banco Mundial
sisciren1 cenamence irão compro- :
meter de forma definitiva o de- -w; · · ~ do programa sobre as ações de- (BIRD) para a tomada de novo
senvolvimento harmônico do -') ~
povo brasileiro, que todos nós senvolvidas. Os representantes de empréstimo para o Ensino Fun-
buscamos e desejamos", afir- Governador José Maranhão le1nbra importãncia da transposição
mam os deputados estaduais no todos os Estados demonstraram as da mental nas regiões Nordeste,
documento aprovado em plená-
rio ontem pela manhã numa ses- dificuldades e facilidades encon- Norte e Centro-Oeste.
são extraordinária.
tradas durante os três anos de im- A aplicação dos recursos no
Os deput:ados cobram um
estabelecimento de prazos espe- plantação do Projeto, expondo os Nordeste começará após o ténnino
ciais na linha de crédito do Pro-
grama Nordeste Competitivo, de • pontos de maior ajuda do PNE e da execução do Projeto Nordeste. O
forma a compatibilizá-lo às con-
dições da economia do semi-ári- as falhas que deverá~ ser corrigi- valor do empréstimo ainda não está
do, entre outras reivindicações.
das para este ano. Orgãos liga- definido e, alén1 do financiamento
Governadores • Os go-
dos à Educação no país também do BIRD, serão aplicados recursos
vernadores que estarão hoje em
João Pessoa também vão cobrar · óveram representação no Semi- do Salário-Educação (FNDE).
do presidente Fernando Henrique
Cardoso a implantação da Trans- .
posição do Rio São Francisco.
·Ações contra a estiagem
A transposição das águas
do Rio São Francisco é a única Ao comentar ontem bole- meno que dáo cljagnóstico,qe chu-
maneira de os estados da região
enfrentarem as secas previstas tim meteorológico do Instituto vas para o semi-árido nordestino,
pelos próprios órgãos especiali-
zados do governo federal para os Nacional de Pesquisas Espaciais encontra-seabaixo de sua esttutu!
próximos anos, segundo declarou
o gove1nador José Maranhão. que anunciam a redução de chu- ra norrnal;indicando que as preci-.
vas na região nordestina pàraeste pitaçõesserãofracas nos sertões e
ano, o deputado José Aldemir di- nonnal na ~ea litorânea-.
rigiu apelo ao presidente Fernan- "Isto quer dizer, trocando
do Henrique Cardoso, para que . em miúdos, Sr. Presidente, que .
.anuncie, na sua visita à Paraíba se as observações forem corretas
providências contra esse fénôine- • e o INPE nUÍlca errou• teremos
no que veril há muito desestabili- este ano mais uma estiagem no
zando a economia da região. chamado polígono das secas,
Ele revelou que os meteo- área que reúne os senões da Pa·
rologistas do Instituto Nacional raíbâ, ce·ará, Rio Grande do
de Pesquisas Espaciais - INPE, ·Notte e Pernambuco".
ofereceram esta semana um gra- ·O deputado pediu ao pre·
ve diagnóstico da situação cli- sidenté Fe,mando Henrique Car·
mática para a-região nordestina; doso Car.doso para que tome a
as chuvas não vão cair com fre- iniciati~ de abrir uma linha de
quência,.em níveis que possain crédito junto aó Banco do Nor-
assegurar os m~mos índices de deste ou ao Banco do Brasil, à
anos anteriores, ouseja, algo em juros subsidiados, e que ordene
tomo de 700 milímetros. a os téc.nicos d o Ministério d o Pia·
'
Adiantou que a conclusão nejamen_to para-realizarem UJ1l
saiu de observações dos satélires levantàmento da.atual situação
Goes e Meceosat, de que a Zona de para que as· providéncias cabí·
Convergência 'lntertropic.al, fenô- veis sejam tomadas.
- - - - -- --·· .1
''
.
Sábado,·22 de março.de 1997 A UNIÃO POLÍTICA T 3
e. ,,,,,,
,,
.. . aran .ao
Presidente da República diz que governador rja Paraíba não .dá espaço à demagogia
' ' O ESTILO de go- tinuar discutindo com o gover-
vernar que está nador José Maranhão para ver
mudando o Brasil, o que se pode fazer sobre con-
e o governador tinuidade das obras da BR.230.
José Maranhão é um exemplo "Não posso me antecipar por-
disso". A afirmação foi feita que não conheço os recursos do
ontem pelo Presidente da Repú- Ministério dos Transportes, so-
blica, Fernando Henrique Car- bretudo, da BR 1O1 e na liga-
doso, durante o seu discurso no ção de Cabedelo para João Pes-
soa e de João Pessoa para Cam-
encerramento do II Seminário pina Grande", disse FHC.
de Avaliação do Projeto Nor- Outra questão mencio-
deste, realizado no Cine Ban- nada pelo Presidente foi sobre
guê, Espaço Cultural, em João as obras hídricas e os esforços
Pessoa.·.
O ,Presidente da Repú- que o Governo Federal faz para
blica afumou que esse estilo de iniciá-las, a exemplo do Canal ,-'<#
governar "é um estilo que não CoreniasiMãe D'água, desta-
cando ainda o seu empenho pes- iil ,l'
está baseado na demagogia, que soal em concluir esta obra. "O 1
meu empenho se deve, ao que ' •\\
Qão esconde as dificuldades, que prometi na Paraíba, em home-
não diz sim a tudo, porque não nagem ao governador falecido, ., '
pode ser dito sim, mas que quan- Antônio Mariz, que foi meu co-
do diz sim, as questões se reali-
zam". Segundo ele, essas trans-
formações são fundamentais lega, ém atender o sonho dele
para que o governo possa avan- que era fazer o Canal Coremas/
çar na questão educacional. Mãe D'água nas várzeas de
Com relação às reivin- Sousa", declarou.
dicações no setor da infra-estru- "E nós iremos terminar
tura fe~ pelo governador José as obras de construção desse
Maranhão, no que diz respeito à canal, aµida neste governo",
questão dos transportes e turis.' concluiu FHC. O Presidente en- .. .
ino. FHC fez questão de.comen- cerrou seu pronunciamento fa-
tar sobre o seu empenho pessoal O presidente Fernando Henrique Cardoso garantiu empenh~ pessoal na conclusão do Canal Coremas/Mãe D'Agua
zendo ainda um breve relato de
para solucioná-las. "O governa-
todas as obras hídricas que es-
dor sabe do meu empenho pes- tão sendo executadas em todo
Nordeste, a exemplo da Aduto-
soal dentro das limitações orça-
mentárias de fazer com que es- ra Oeste, em Pernambuco bem
sas questões avancem, como foi . como no Ceará onde estão
Reivindicado o incentivo ao turistnoocaso da BR 230, onde o go- construindo o açude Castanhão,
vernado.r já meflcionou que tinha que vai ser três vezes maior do Durante a sua partici- pobres", comentou, salientan- trará para o país novas opor- ção ao transporte aéreo, reivin-
quedar 10% ejá deu 52%como que o ~çude de Orós. Ele des- pação na solenidade de enccr- do que todos os dados mos- tunidadcs de captação do turis- dicamos:
adiantamento". tacou as obras do Rio Grande ramento do II Seminário de trarn que sem uma recupera- mo externo, além das já exis- 1) um plano especial de mel-
. Ele lembrou ainda que do _Norte que são a Barragem Avaliação do Projeto Nordes- ção muito forte do Nordeste o tentes. horia dos aeroportos do Nor-
para se realizar·qualquer obra, de Tapajós, além de uma outra te, o presidente Fernando Hen- Brasil não terá enfrentado es- deste, aumentando sua capaci-
tem que haver esforços conjun- obra hídrica que ele visitou no rique Cardoso recebeu da_s ses desafios. Nesse sentido, os Go- dade de tráfego e de carga e
tos, e que estava disposto a con- município de Angicos, ontem. mãos do governador José M~- vernadores· do Nordeste reite- de mais conforto e segurança,
ranhão umdocumento elabora- Com esse entendimento, ramos termos.de documentos para os passageiros;
C_ardoso garante. conclusão de Canal anteriores apresentados a Vos-
opresidente FHC afinnou que as
do em conjunto com outros g<-\- ações que o seu Governo pret~n- sa Excelência e ao. E?Ccelentís- 2) uma política de "céu aber-
0 Presidente da Repú- Observando 9.ue_o seu vernadores nordestinos, a de implementar de forma mais simo Senhor M/ipstro ~a Indús- to" P~tª ?. ~º:d.este, .ª~º~~<!
l~:: ~~~!~~:~ôq~iu~:::""~uºev~~v~~~v~~~~{~~:-·,.ft~WJi~:;eªd~Q~~~~~Zb~!~;~-~~~~tüteAé:~ã~~~~;,:::1f~t~~~~(1~~~~~~1~~t:t:n:.,,,,:~·~~~:-i~~~<!~.~~~0~~~~~~~
pcnhopessoalnosentidodecon- dizemrespeitoarecursoshídricos, Franco, Sergipe, e Francisco ,mas sobretudo é ao incentivq ao * melhoria da malha. aérea da na1s para a reg1ao; isto perrru-
eluír, ainda durante. a atual ad- a exemplo da Barragem de Pata- . Moraes (Mão Santa), do Piauí. 'desenvolvimento industrial do região, que é hoje altamente de- tirá que empresas aéreas de
ministração e em conjunto com jós,'no Rio Grande do Norte, da No documento estão ,Nordeste. ficiente, principalmente no Es- qualquer país possam realizar :
o Governo José Maranhão, o Adutora do Oeste, em Pemam- enumerados cinco itens de rei- · "Véz por outra eu vejo tado da Paraíba. Há enormes vôos para o Nordestei sem a
Canal Coremas/Mãe D'Água, buco, e do açude Castanhão, no vindicação, todos ligados a os governadores do Nordeste dificuldades de locomoção aé- exigência de reciprocidade em
que vai levar águas do açude de Ceará, Fernando Henrique lem- ações relacionadas a infra-cs- indo ao Centro/Sul e ao Sudes- rea das capitais nordestinas relação a vôos do Bra,sil para
Coremas às várzeas de Sousa, brou que o processo inflacionário trutura. O primeiro ponto, que te para convencer industriais . para outras áreas do país e esses país_es; .
no Sertão da Paraíba. que atingia o pais até bem pouco refere-se ao transporte aéreo, a trazerem empresas pra cá, para o exterior e até mesmo 3) a possibilidade de operação ·
"O meu empenho se tempoimpediaqualquerexecução destaca a nécessidade de um e vejo também alguns gover- dentro do próprio Nordeste. de empresàs aéreas internacio- :
deve ao que eu prometi na Pa- deprojetodelongoprazo, aexem- plano especial de melhoria dos nadores do Sul torcendo para Alguns exemplos: · • nais dentro do Nordeste;
raiba, em homenagem ao gover. pio da transposição de águas do aeroportos do Nordeste, que is~o não ocorra. Eu, pelo * viagens entre Maceió e Recife, 4) e mecanismos que obriguem
nador que havia falecido, Antô- São Francisco. aumentando a capacidade de contrário, tendo dado todo o às vezes, só podem ser realizadas as empresas aéreas nacionais
nio Mariz, que foi meu colega, "Estamos retomando tráfego e de carga e oferecen- meu entusiasmo para que. passando por Salvador; a aumentar a frequência de:
de que nós iríamos atender a um obras important~, mas certamen- do mais conforto e segurança ocorra isso, para que as indús- • João Pessoa não tem ligação vôos para a região.
sonho seu que era de fazer o te nós vamos ter que enfrentar a aos passageiros. trias se descentralizem e ven- aérea com Natal, Fortaleza, Seguindo a mesma
Canal Coremas/Mãe D'Água,' questão ·de água para beber, e o No segundo ponto, os ham para o Nordeste, como Teresina .e São Luís, a não ser linha de raciocínio, solicitamos ·
nas várzeas de Sousa. Nós es- Rio São Francisco tem água para governadores nordestinos rei- assinei uma Medida Provisória através de .Recife; a duplicação .da BR-1OI em
tamos fazendo e .vamos tcrmi- beber'\ ressaltou, informando que vindicam a adoção de uma po- permitindo que houv~sse a in- • os horários dos vôos, em toda a sua extensão dentro da .
nar neste Governo", afumou. a suaequipe de Governo estácon- lítica de "céu aberto" para o dústria autoniobilística no Nor- algumas capitais, são de região. Além dos reflexos que .
Em pronunciamento du- cluindo os levantamentos para Nordeste, abolindo a exigência ,deste", ressaltou. modo a desestimular os tu- essa iniciativa trará para a mo~:
l'3IIte a solenidade de encerramen- que se possa ter a certeza de que de bilateralidade em relação a. Abaixo, na integra, o ristas; enÍ João P'essoa, os viplentação de carga, tornará :
todo II Seminário de Avaliação do o assunto pode ser resolvido po- vôo.s internacionais para a re- .documento entregue a FHC pe- vôos de partida, pela manhã, altamente atrativo o turismo in- :
Prpjeto Nordeste, ocorridano Cine sitivamente.. "Nós estamos já na gião e permitindo que empre- tos governadores: . são por volta das 5 ou 6 ho- terno e externo, aliando o acer-:
aBanguê do Espaço Cultural, em fase.técnica, é possível que cm sas aéreas de qualquer país
~'Temos honra de nos ras·: Na alta estação (o vo de bens naturais e culturais :
João Pessoa, Fernando Henrique 120 dias tenhamos a capacidade possa realizar vôos para o Nor- dirigir a Vossa Excelência, no horário de verão), baixam do ,Nordeste á facilidade de :
Cardoso gara$u também que nos de decisão a respeito disso e deste sem exigência de reci- instante em que ·o eminente para 4 e 5 horas da manhã, urna rodovia moderna. ·
próximos.120 dias o seu Governo acredito que, se for p~s~ível, e eu procidade em relação a vôos ,Presidente é r.ecebido na terra o que significa que o turista É inegável, Senhor Pre- : ·
terá condições de tomar uma de- pessoalmente penso que comes- do Brasil para esses países. .Paraibana, para encaminhar al- ~em de acordar às 2h30min, sidente, o esforço imenso que :
cisão concreta em relação à tudos sérios se definirá essa pos- O terceiro ponto rei- ·guns pleitos :visando à solução para estar no aeroporto com nossos Estados têm realizado :
transposição de Águas do Rio sibilidade, nós poderemos abas- vindica a admissão da possi- de problemas conjunturais da a~ antecedência exigida; . para promover o turismo em
bitidade, de ope~ação de em- · 'região, com.uns a cada um dos para chegar a algumas capi- nossa região. Todo esse trabal-:
São Francisco para os Estados da _tceoce~_ur nctoomdme aºi?orratsralnú~d~rilcidasadqe~~o presas aéreas internacionatl!, Estados que representam.os. ho, entretanto, terá sido em vão
Paraíba, Pernambuco, Rio Gran~ tais, vindo do exterior, !ilguns
de· do Norte e Ceará. estão sendo feitas no Nordeste . dentro do Nordeste; o quarto : Como sabe Vossa Ex- turistas, além de serem subme- se não forem removidos esses
Gov~rnador pe~e tranêposição pede a adoção de mecanismos· celência, a defasagem, em ter- tidos a uma ou mais conexões obstáculos. , ..
.. EfUe_obriguem as empresas mos de desenvolvimento sócio- . ou esc~las, têm de esperar até Daí a nossa certeza e
O governador José Ma- vimento Econômico e Social) a aéreas nacionais a aumentar 'econ6mico, do Nordeste em 10 horas no aeroporto de.São as renovadas .esperanças de
ranhão reivindicou amda do·pre- agilização na liberação de recur- a frequência de vôos para a lrelação a outras regiões do Paulo ou do Rio; é o caso es- nosso povo de :1que Vossa Ex-.
~idente Fernando Henrique sos destinados ao Prodetur, que região, e o quinto e 'último país, so~ente se reduzirá atra- pecífico de quem vier da Ar- celência, fiel aos compromis-
Cardoso a garantia·do início das visa o financiamento de proje- ponto refere-se à necessida- 1:vés de estímulos vigorosos do gentina ou do Canádá.
sos com o desenvolvimento da
obras de transposição do Rio tos na área de infra-estrutQra de· de duplicação da BR-101 Poder Púqlico. , É o tipo de·entrave que terra nordestina, atenderá de
·São Fràncisco, perénizando· hoteleira e.de saneamento bá- em toda sua extensão, pas- · ,. Sem <:mbargo de outras não pode ser resolvido pela . pronto aos pleitos que ora' for-
vãrias bacias hidrográficas nos sico do Estado, como o Pólo sando feio território dos nove . 'alternativas importantes, nos econo~i.a <le mercado, uma Vlli!: ,.rnularnos.
Estados· nordestinos. setores da irrigação e da in- . que as empresas de transporte Joã'.o Pe.ssoa, 21 de l'),1arço de
Es.tados nordestinos. "Vejam Turístico do Cabo Branco.
Diante das reivindica~ du'striali~ação, o Nordeste aéreo tentam maximizar seus 1997. · , .
bem o caso do Curimataú pa- ' Para fmaliz~, ele con-
raibano, onde o nível de i:alini- . versou com o presidente acer- ções apresentadas, o pre.siden- . apresenia uma inequívoca vo- lucros, através da melhor oéu- • Assinaram o .documento os
dade é muito próximo ao verifi- ca da duplicação e privatiza- · te Fernando Henrique Cardo- cação para o turismo, pela sua paçãd atual de suas aeronaves, gove,;nadores Divaldo Suruagy
so afirmou que o seu Governo p'rivilegiada posição geográfi- nas rotas mais rentáveis.· Só -de Alagoas, Paulo Ganem Sou-
car na água do mar, tomando ção d~ aR~ 1O1, no trecho en- · está determinado a ~tender às 1ca, clima, patrimônio histórico, uma ação reguladora do Go- to • da Bahia, Tasso Ribeiro Je-
tre as·divisas da Paraíba co·m
impróprio seu uso para o con- necessidades de todos os nor- cultura, culinária, etc. vemo pode corrigir essa grave reissati - do Ceará, Roseana
destinos. "O Nordeste não está
sumo humano, de animais e ~té Pernambuco e Rio -Grande do para o Governo da República ' · Entretanto, ressente-se . déficiência, que impede o p.i.ís Sarney Murad - do Maranhão, · ..
m. esmo para a irrigação" pon'- Norte. Mar'ànhão disse que a
derou ele,justificando a neces- de uma Ínfra-esttutura viária e de explorar-os mercados turís- José Targino Maranhão • da
sidade de realizar o projeto de estr~da é uma espécie de via' como uma coisa à margem, e
transposiçãd ~o São Francisco. litorânea que liga as princi- eu já disse ~lgumas vezes que de uma estrutura de serviços ticos da Argentina (e ·do Mer- Paraíba, Miguel Arraes de
Maranhão pediu tam- pais capitais brasileiras, no o Nordeste não é problema, viários compatíveis com nossas cos_ul em geral, incluindo o Chi- Alencar - de Pernambuéo,
bém quê 'FHC recomendas;;e
sentido Norte/Sul, sendo mui- mas solução, e que o grande necessidades. . le) e do Canadá, em relação ao Francisco de ·;Assis Moraes
to importante para o desen- desafio do Brasil é o desafio O desenvolvimento do . · Nordeste,.região que, para es- · Sousa - do Piauí, Garib'aido AI- .
turismo nordes1ino, além de ses mercados, representa um ves Filho - do Rio Grande do
,como prioridade ao BNDS volvj,mento turístico d~ região da distribuição de renda e de criar, na região, um foco de ge- atrativo diferenciado.
(Banco Nacional 4e Desen.vol- Nordeste. Norte e Albano do Prado Pi-
atendimento às camadas mais ração de emprego e renda, · Dessa forma, _em r~la- mentel Franco - de Sergipe.
•
Pasta NºO'--tO. FL.~ ~ g__, •
s-4 ,, POLÍTICA AUNIÃO -Sábado, 22 de março de 1997
/flllttl
1ca três oras em ºªº essoa
Presidente desembarcou às 1O:45hs efoi recebidope_lo_governador Maranhão no Aeroporto Castro Pinto
O PRESIDENTE da Re- O deslocamento da co- , •L- •j> ... -
pública, Fernando Hen- mitiva presidencial e autorida-
rique Cardoso, desem- des do Estado até o Espaço •
barcou ontem, às t 0:45hs no Cultural, em Tambauzinho foi
aeroporto Castro Pinto cm Ja- ma rcado por manifestações f
oão Pessoa. Em sua s'egunda populares e pela curiosidade
visita oficial à Para.íba, FHC foi de pessoas que queriam ver t.
recebido pelo governador José de perto o presidente da Re-
Maranhão, deputados e secre- pública. Faixas e cartazes fo- ••
tários estaduais, autoridades ci- ram colocados em pontos es-
vis e rnilitarcs. Populares tam- tratégicos do percurso com Bancada federal prestigia visita do presidente da República O governador José Maranhão.se reuniu cQm FHC na Granja
saudações de boas vindas e
bén1 estive ram no ae roporto 1' --••·
n1anifcstando apoio e solidarie- reivindicações.
dade ao presidente. Alguns trechos da BR- 1 FHC, Maranhão, Paulo Souto, lnaldo Leitão e Cícero Lucena
Fernando Henrique Car- 230,avcnidas tiveram o tráfego Governo busca solução
doso chegou à João Pessoa temporariamente interrompido.
acompan hado de llma comitiva Policiais rodoviários federais,
con1posta pelos senadores pa- policiais civis-militares e do
raibanos Ronaldo Cunha Lima, Exército seguiram com rigor as
Hurnbcrto Lucena e Ncy Suas- normas de segurança. Nas pro-
suna, além dos deputados fedc- ximidades do espaço Cultural os
ra_is ÁJvaro Neto, Ricardo Ri- ensaios de manifestações con-
quc, Jvandro Cunha Lirna e Ar- tra o Governo FHC foram con-
tornados e dispersos.
mando Abílio. Ainda faziam par-
te da comitiva presidencial o A permanência do pre•
sidente Fernando Henrique
rninistro da Educação, Paulo Cardoso na cerimônia de en-
cerramento do seminário so-
Renato e o secretário de Políti- bre o Projeto Nordeste durou
mais de uma hora e meia.
cas Regionais, Fernando Catão Depois de um discurso impro-
e o presidente da Câmara Fe- visado sobre os resultados po-
de ral, Michel Temer. sitivos alcançados n área da
educação, FHC seguiu para a
Cumprindo a pauta previs- Granja Santana, onde almoçou
com o governador José Mara-
ta, Fl·lC e sua comitiva deixa- nhão de demais autoridades.
ram o aeroporto Castro Pinto em ÀS 14:40hs o presidente em-
direção ao Espaço Cultural José barcou no avião da Força Aé-
Lins do Rêgo, onde participaram rea Brasileira com destino ao
da ccrin1ônia de encerramento do município de Angicos (RN)
Seminário "Avaliação do Projeto
Nordeste". para cumprir compromissos
Uni forte esquen1a de se- agendados.
gurança foi armado para a prote-
ção presidencial, mobilizando as
polícias Federal, CiviJ Militar e Ro-
doviária durante todo o percurso.
• para a Educação no NE
\ A resposta eficaz e ime- , rantir um custo m.ínimo-por aluno
diãta parasõluêiónãr-os j:,roblé- ..,_de R$ 30Õ.,Üm outrõ ponto·im-
- \)
mas estruturais da educação na portante da Emenda está voltado
-.
região Nordeste está na aplica• para o salário do professor. Ela
ção plena da Emenda Constitu• reserva 60% 'dos recursos para a
cional 14. Essa afirmação foi folha de pagamento dos docentes.
defendida ontem pelo ministro Paulo Renato lembrou que
da Educação, Paulo Renato, na parte dos pontos estabelecidos
cerimônia de encerramento do pela Emenda estão em vigor, 1nas,
seminário "Avaliação do PrÓje- que cabe aos governantes esta-
to Nordeste", realizada no Es- duais antecipar a propostaem sua
paço Cultural José Lins do totalidade com leis próprias. "Al-
Rêgo, em João Pessoa, da qual gumas determinações já estão em
participou o presidente Fernan- prática. O problema é que a
do Henrique Cardoso. Emenda tem data paravigorar em
A Emenda Constitucional janeiro de 98 com relação à re- Ministro Paulo Renato detalhou problemas da Educação no NE
14, já aprovada no Congresso distribuição de verbas''.. De acor- milhões por ano. Paulo Renato
reforçou o empenho de seu mi-
Nacional, estabelece que 15%dos do con1 o ministro da Educação O ministro lembrou que a nistério em acelerar a aplicabili-
antecipação da vigência da Emen- dade de recursos já existentes e
recursos destinados à educação os governadores Albano Franco da com leis estaduais vai contar disponíveis, entre os quais englo-
com o repasse imediato dos re-
devem ser aplicados no ensino (SE) e Tasso Jercissati (CE) co,n- cursos do Governo Federal. No ba o Projeto Nordeste.
fundamcntal. O Governo Federal prometeram-se de enviar Proje- Nordeste, e.lcs somarão R$ 600
entra com uma participação orça· 1 tos de Lei às Assembléiás Legis-
_mentária complementar para ga- !ativas ainda este ano.
·Evasão esco' lar compromete o desenvolvimento
Maranhão recepciona o presidente Fernando HenriqueCardoso O ministro da Educação to, dependendo do Estado -, tal nos últimos cinco anos• com ção de estudos no ensino fun-
o crescimento da matricula na damental. A nova proposta
___,,-- e dos Desportos, Paulo Rena- são taxas pelo menos três ve- Região Nordeste em torno de consiste basicamente no pres-
21 por cento contra 13 por cen- suposto de que os alunos com
( - . -- to Sousa ao apresentar, ontem, zes maiores que a média ob- to no conjunto do Brasil. acentuado atraso escolar, onde
não exista harmonia entre a
AiAL~A da rede estadual deiº grau do Piauí, Lili~ no Cine Banguê, em João Pes- servada nos demais Estac!os da Entre as linhas de ação correspondência da idade e
erre1ra dos S~tos, 14 anos, entregt>u ao presidente do Projeto Nordeste, a convo- série - um problema que segun-
emando Hennque Cardoso um Kit do Projet~ de soa durante o encerram'ento do federação, agravada ainda pe- cação de uma parceria com os do' o ministro é sério, porque
Estados é um componente fun- provoca uma grande retenção
Aceleração de Fluxo Escolar. O projeto tem o objetivo de II Seminário de Avaliação do los números de repetência que damen'tal para a execução da de milhares de alunos no siste•
reduzir os altos índices de crianças que estão fora da corres- nova política educacional im-
p~dência idade/série escolar. Em fase experimental nos Projeto Nordeste, os dados so- são muito mais elevados do que plantada nos três anos de cria- ma de ensino prejudicando e
Estados do Maranhão, Piauí, São Paulo e Minas Gerais, tem ção do Projeto Nordeste, res-
apresentado resultados satisfatórios. bre a situação da educação no as demais regiões do Brasil e impedindo o acesso de crian-
país mostrou os baixos índices as taxas de aprova' ção e con- staanltdoouq•Pu_aeuálomRe.elnhaotroi,aadcereqsucaelni-- ças em idade escolar - possam
completar os 4 anos da primei-
de matriculas realiza.das no pri- clusão são menores". dade de ensino bem como a ra fase do primeiro grau em
redução da repetência escolar período reduzido.
meiro, segundo e terceiro graus Para o ministro esta situ-. terá como consequência lógi-
ca a elevação do rendimento O ministro Paulo Renato
que somado as altas taxas de ação da educação é lústórica no dos alunos. reiterou mais uma vez que em-
bora o perfil da educação no
repetência e evasão escolar Nordeste, e vem, evoluindo fa- Na sua exposição, o mi- Nordeste já apresenta mudan-
nistro da Educação d_isse que ças s_ignificativas com cresci-
constituem fatores comprome- voravelmente, ainda que os da- os re~ultados positivos do Pro- mento sistemático das taxas.
jeto Nordeste foram destaca- No entanto se faz urgente que
tedores para o desenvolvimen- dos atuais mostrem a clara ne- dos pelo Banco Mundial. as metas traçadas pelo MEC e
as Secretarias Estaduais de
to do Brasil. cessidade de um esforço maior Ele chamou a atenção Ensino sejam efetivamente
para o projeto desenvolvido executadas passando desde as
Durante a explanação o para que ela seja totalmente su- pela Secre~aria de Educação reformas.nos currículos até a
do Maranhão que trata da pro- valorização dos professores.
.ministro Paulo R:enato chamou perada nos próximos anos. posta pedagógica de.acelera-
a atenção p' ara a necessidade O ministro Paulo Renato
urgente de se enfrentar o pro- utilizou gráficos e _tabelas com
blema da Educação. informações importantes sobre
Segundo ele, resolver o a evolução da educação de pri-
problema da educação requer meiro grau no Nordeste e em
em primeiro lugar tratar do en· seguida destacou as ações que
sino fundamental. "Na região o Ministério da Educação está
Nordeste temos concentrado tomando.e sugerindo também
os maiores problemas do ensi- aos governadores.
no fundamel'_ltal do nosso país, · Os destaques ficaram
onde são observadas ta~as de com o aumento na procura das
aualfabetismo0 26 a35 por cen•' matriculas do ensino fundamen-
COMPANHEIRA SEMANAL DE JORNAIS DE TODO O BRASIL tj
A UNIÃO ,(o.:..':."l.)..
'
- Fernando Henrique
não sabe com quem conta
Mauro Salles não é só um cardeal da propa- Revista Nacional sobre o comportamento dú· de Genilson Gonzaga, jornalista convidado
ganda e\um jornalista que marcou época. E
bio das forças que supostamente apoiam o de "Jornal do Commercio", Mauro evocou
que aind' ~sabe tudo sobre a copa, cozinha e presidente Fernando Henrique: ou ficam em
segredos •a profissão. Ele também é um ser cima do muro ou se escondem debaixo da passagens de sua trepidante vida e falou
político sá io, que muito cedo teve sucesso mesa quando o tiroteio político espouca.
na política mas a trocou por outras ambições do reencontro com a poesia, velha paixão
e sonhos. Por isso ganham relevo as adver- Entrevistado por Mauritonio Meira, Mario de
Moraes, Raul Giudicelli, Jorge Leão Teixeira da qual o último exemplo é o livro de poe·
tências qu~ f\z na entrevista concedida à
e Claudio Magnavita, da equipe da RN, além mas "recomeço", lançado na última Bienal
do Livro.
(Páginas 3, 4, 5, 6 e 7).
\
REVISTA NACIONAL· 2 09 a 15 de maio de 1999 • Nº 1067
•
m',~,,.,~nwt•l~'~' TV -.Educativa na berlinda
Diretor • Editor Chefe
Mauritonio !'vieira A propósito de nota sobre as demissões na TV Edl.{cativa
Diretor do Rio, nosso colunista Jorge Oliveira recebeupore-mail a
Marcos da Malta !'vieira seguinte carta de um dos demitidos:
Diretor de Expansão
Claudio Magnavita Castro Caro Jorge Oliveira, registro emqual-
Editor Especial
Jorgc Leão Tei xeíra Senti-me feliz ao ler a sua coluna do quer delegacia
Seções: Claudio Hun1berto Rosa e último dia 25, na Revista Nacional. Ain- policial. Assim,
Silva, Eli Halfoun, Joel Silveira,
Jorge Leão Teixeira, Jorge Olivei- .da não consegui entender o que fize- nãoháque se fa-
ra, Pau lo Branco e Raul Giudice-
ll i. ram comigo e até hoje estou chocado. laremfurto, con-
Conselho_de Redação ·Fui praticamente expulso de uma casa forme menciona-
Ivan Marinho onde atuei por quase 20 anos. Era a do por V. Sa. na l!
Joel Silveira
Ivlauro Salles minha casa e "estranhos" tiraram-me de aludida corres- .1
lá de forma estúpida. pondência.
Cola bora dorcs i
!•
Agner, Ayrton Baffa, Clair de Mat- Recebi do Presidente da ACERP, res- 3 - Importante fri-
tos, Fe rnando Pamplona, Mário dignação e revolta manifestada por
Giudicell i, l'vlário de Ivloraes, Pau- posta infundada ao meu questionamen- sar, ainda, que V.Sa. na correspondência de 7 do cor-
lo Ra1n os Dere ngoski, Ru bens rente, sejam dissipadas, re~saltando,
Monteiro, Son Salvador e Willy to, que lhe transcrevo a seguir: · em momento.al- mais uma vez, que não pesa qualquer
suspeita sobre sua moralou do Sr. De/-
Coordenadores Regionais gum, V. Sa. e o Sr. De/mino foram acu- mino, mas que a decisão das substi-
Boa Vista: Gonzaga de Andrade; tuições resultaram tão somente de as-
Porto Velho: Luiz l'vlalheiros Tou- Prezado Senhor, sados de ter conhecimento da prática pectos profissionais.
rinho; l\1anaus: Cassiano Filho;
João Pessoa: Zélio Marques Ne- "Em respos_ta à correspondência en- de furto. A menção a talprática jamais Cordialmente,
ves e Nelson Coelho; Aracaju:
Diogenes Braycr; Cascavel - caminhada por V. Sa. em 7 de abrilpp, foi feita, tanto pelo servidor flagrado Mauro Garcia
(PR): Frederico Sefrin; Varginha Diretor-Presidente da ACERP
(MG) : Ana Maria Fern andes; Cu- cumpre esclarecero que se segue: quanto pela administração da ACERP.
ritiba: Edson Soares; Francisco Esta resposta que eles deram ao 111eu
Beltrão (PR): Valdecir Maciel; 1 - No dia 19 de abrilpp, o servidor Gi- 4 - Quanto à decisão da Diretoria, no pedido de abertura de inquérito adminis-
P.1ranavaí (PR): Euclides Bogo-
ni; e J\,liami e Nova (EUA): Clau- valdo Ribeiro Melo, foiflagrado na Pa- sentido de procedero desligamento de trafivo foi mentirosa,covardeeomissa.Fica
dio l'vtagnavita Castro. 'pelaria Pêrâlta com duas resmas de V. Sa. e do Sr. De/mino dos respectivos tudo porissomesmo, porqueeusou o lado
mais fraco da corda, não é?
{Reg. /NP/: n 9 8107S3340} papel de propriedade da ACERP, as cargos, informamos tratar-se de uma
é 11111a pu/)/icação semanal da quais, segundo aquele servidor, seriam questão meramente administrativa, ob-
Grt1d11.< Joriu1/ismo ltda.
objeto de troca de outrosmateriaispara jetivando o preenchimento dos referidos
Dirclor-l'rcs idcnlc
t-.1auritonio t.feir.i utilização na empresa. O servidor ale- cargos comprofissionaisque apresentem
Diretor Co1ncrc ial
gou, ainda, que esta prática era comum perfil adequado às respech·vas funções.
Heitor Sales
e que em ocasião anten'or, o assunto Nessesentido, valelembtarque a adminis-
( Licenciado)
foiapuradoporseu chefe direto (eu) que tração da empresa tem plena autonomia
· Adn1inistra,;ão, Redação, rublicidndc .
e oficina informotiwda de Oigilllvio, olibe. rou. · paraprocederas avaliações e substitui-
Diagr:unnçíio e Fololilagcn1: Av. P.mlo 2 - Em momento algum houve acusa- ções que entender necessárias, inde-
de Frunún. 639 - Rio ú 1mprido - Rio de ção de furto contra o referido seividor, · pendente de qualquerjustificativa. .
J.mciro-Tcls. (02 t)* 502.7072/502-6840/
293-2447 e Td/1,lt (021) 502.6839 CEP razão pela qual o fato não foi objeto de ·Sendo assim, esperamos que toda in-
2026 1-24 t. - ln~criçiio l\1unicipal:
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nheiro • Correspondente: Carlos Ne- O Diá rio ·
ve., i\r;,ujo - A\'. Jornal Alto t-.1:tdci- Gazela de Sergipe Folha de São José
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rema Ass. Com. Diretor: Abel ardo Rondonópolis • MT The Brazilian Post
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França: Correspondente: Monali~a
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09 a 15 de maio de 1999- Nº 1067, REVISTA NACIONAL- 3
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il lili l ~l ~lil~Jlil!IJf[ír-~i,,~~i1l l !l l~iijrnrn:~~t~~l ~~~l~i!lllíl ,11ri . ,·uma vI a trep..1·.dant·e·
i~~i®tf:~~J1§l,,,l~"~i;i,1,iil'i~~l t}l=:3t:f~.:~ola~s·,~~~~~;~,:;rtlxci~tt,,=~~~,.:i:~:::\:rJ:!..:::i:;':,:;::::f.::·r';;·::/:,:,(;;t,t,1:}}\íiJ}=l~§~~i:•{':*f?'!é~?c~"?~:~s1~:~l- :
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.•.. . :'•J,?l,ti.~<>~,:{r, t,: . .~/•~,•~:;~:~(~:=;v[;·!•l-:;\LM'.~. ~.~n• ;u:;~.r:io(:•;is~[j.i~~l~l!~e~s~.~i~m~~o?/rtiol~u~i!í..~d~.e.~.;n.~I.tI.Q'r'o.!.~.:~,d~..o;.'.::,·i.~;\~li•:al~..,~rfd1',•m•·-.Bota,.,.n..r.c..o...,/..(o..n.',de..·'"~f•1.c.;•a_,,v. .a...-.a. ·.).::.:
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i!Jltr~i~~lilij~~~ij:f:li!~~rf~[~i~l~i~t!~~![f~~t,i'.\~lllil~~j~~r~jfji~t~i}t~.:~í~rl~~i~t~tl~{~~itj,f\:J1J.!{~;,r)t:fü; ~:~trn;r l âVêhiâ.ã·dO .F{ió~~;::c:omeôtâ::C1b~hp~{f:6;:'ô~;H~1!,Hhrü~'rri,ú·~).r;:§t9C$fl1;~ó.,'r/ô[4âi~'iSJn~í~(f~~~Y-~.@tj~}?.jJijij~~~,~~::. iifJ_{t.;.:;tti_~·~:; i i ie\/~~iJ;~f•••~a•~tx.'f~«f•ôi~["g'J~)J~<1>Xf~Cü.)Bf::?◊~:)~~~:$N:~;~I.~f~,•.f;;:nü.:,:1:~•.f~,,=.~,•i•·J•:.:•·•.\•n•:;f:.:•::•.~:•~i•~~•:~fd~ü.@:v~i:~3{:x~:✓..~.f-.:•J~•!,~·:•8"f(~ü•!~•{•:.~J.-:B.f:~für-;t:~•·:f.:~• :.•·i::J,=~~.~.-,•~•:~o•~~❖1~:::;i:,~~:=••.~•c~:y~•t1
ma1·0--r·1a'.
-~~~*~t· . \r~~~~~:; : ras ·_~~~1:~Ji~f:-~:~~~~~~1~~:~~f:ü~?r:~;.:~i:~~:ff:i•::~~lr.i:*~l,\i~::~:.~~t·ll;~;;$~1::3:~ti~~3~?1:~§:t~~ff~:<:ii~~:~::{/~xtt:~:,:~1~i;·.:::i/ icy,t~:: ·: .
~ ~:~f ::~l~:~ti:~-. ::•• ❖.•••~:~••; ;~::•:.;• :t~ ·=•·3.•. J .~~r}x:~• •• • . ~:.~M• ··~~• ;,i~,e~•f·~. ;~j,?~•.~::~:',--:.i~;:<·~.:~:;;;:~(~1~)J.~(~,~)J:~,:~,~-.;::~:•r~:~{:S~[◊i~;;,:ps•~e~u'.f:~•tp9aúr'.~•,·l·•J~••A'~p~o~•• l~o•~n~.~~,o·~·:·s.,Y~a.~:l:l~e•s:p-:•;:c.:;.,li. ·iA:·. • • • • • •• de e s'·v1 r•·o·u--·~··r·•u···.a;;;~,.r:tp·r·a--·ç· a· ·:ro· u·· ·.•.••:,;·:.:•
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t ·.~d~~~~=~liê~r:t~i!:~~=t~f:§~Ç:ifH:ffü1l~~J~~~fJ~i~~}l~}::t~i/
·o,:.<:-$:~:i:::}:·:~:~:::x{;;:$~-5:% :~;;;.,.;~;{:~::~:;:,~~;$:=::•i:=.:x·•::~: :=::::<:.::.:}:::►:;
.:·..::·~·::::~,··.:.§J:-~1:•2d?~lW=f7'í~f.i1ff/;..'.,::,..,.t.:)f·=.·:.:::.·::··.::·,.:ti::,?f:::~:~.:::~ff:::>~::~~;1:· i.-,•::r:::.:~,::::;-.:,,/,•,.:::~.;s.§~,~t:J$:!S:'1.:.;,$·:rst . . . o•• • C..•..o.··.'."i:=->- :·:
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l riü'.~Vo1ta~r:~~.. ·.:nuriià·::deciSãõ}ãU:âaz;:i ·ofro=:rt'i~ti::~ºJ"~?❖'."®:<~?S:dl~;'"{!'~@l,'~"~l'F"~~"Hf":i$ºtt'~":fl"la}~'"~s>'tº:o"l· •l";·x'.''I":r:n"-:r'tJ"~:·':~•~:3~:~ii=~,l~"~:'~'~":)®;'i::~"!)"t~~"~s"~~'~"~~º"?~:;B~,~mx~;~!,.:f,<,:i~,~~x~, •..·.•:.·.,..
0rporem-- sem despreza·r·o c·om··a·
f ( . Jô. lt,{.a. us. n.i.í..i·◄·: ... .. . .. ..
;;~fil~ij~;)~;rtHt~it¾~1tt1iil?i:riE~i~~rJf o :pófs ête.-::. oe,,~·~'~ª·>· "~·~ft~":~'º~'":$":"):lt."~:''<".:::º;-.::S:.:.,.•í:.i;~t:s~;•i:::(,,~-.~--r::,~,,:,~•i•:~,~,t.m,~..,c,a:,;a.&;1f>?'~~t?,.ri,$<;=:l;";°x<>◊>=:~''~":~:''?'i'j"3;"~~"~"~'':':"~:",·.':;,;.i.:•::,.M.uro..... . n~ol1
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conhecido como excelente jornalista e publicitá-
r·10 com pa s l1't' 0 d -11
di ~~ ~responsabi~d:~!~salnºJ~~i~~;~ ;uee â to~~af2~~i~f aJ~~~~c!~= fi;{~ojs,~inpfêg~s' ptiliiiêós; P.rif!i~ire>:sôríi:~(dê,s.êhbist~i:~ '~âi~t~r,íli;)/
tént~ra_!Tl a fazer carreir8: ~a política; pe repente, . do gratificado com os co- (},i~ !J.19.pr.~u,r~~qr,c:!º l~~~!u;to d~jflEl~egurqi,; c.9nsegu1~~ :P9(:C()9"'.\.,
vo?~• tao voltado para at1v1dades praticas e prag- · mentários de Oito Lara 1~ ,:qirso.;.(o,ye.tl:lo Apc,lon1oepsl°'ou _a,ret1ql:lqe.o. arn9r_aç.pro~1(_(1~.é} SE)1_lJS\/
mat,cas:,surge como poeta, c_om "O G~sto" e "Re• Resende e, Afonso R~ma- )/i§.e.~e ~~~p~)/ '?E':'BY.e,Q~q~e.~:~!-'sessiyà~~nt~. ~~~og9~P.i~rª- _b.\JSS~;J
começo ., lançado agora na Bienal do Livro. Como no de Sant Anna. E foi as- : ·.,çlei:novos tiqr,izontes e,nc,vos desafios. .t/";('. ,,(i;},1"?· ;,;t, __-;,_:::;,;,:;.<
surgiu o Mauro Sàlles poeta? . sim que me animei a fan- iCti[Agô_ra/ ãihd~( qn~iô tj~ e"i1túsiãs\no;;res9lv~Ü Ei'xpl:Õí,â.r>ô Jioe~â(f
Maurp ~alies - Para fa_lar,a ve!~3:de o gosto .,çar "Çl.G~sl?'.',,aos ~1,an~s- ~ls:gu°ér,9â.trêg~y..a~i;lér.\tr,çf pê!síi é1ês;ãêtm~nlnd;r:abr/hdc{-i~j:>ã'çô7,fàttt.'r
pela poesia nasceu na·~1nha inf~nç1a, em· Pe~- . _Uma ~~nos1dad~: na noite :_ ',sua vida.trepidante para 'úm .recor'neço ·poético (J:L;T.) ,t: ). -\ ;;;: ·
nambuco, lendo o velho 'Tesouro da Juventude , de autografos disse para a .,._: , ·.. ,,, · ..· . . .,. ,_· ·· · · : , , · ·.· · · - :-.: :, : ,. ·y; "''· '.?' ;
que tinha um "Livro dá Poesia" no seu bojo. No reportagem da TV Globo
Reci fe, menino, conheci, alguns poetas, como que me atrevia a lançar o
Mauro Mota. Quando vim estudar no Rio, com 12 livro na mesma idade que Roberto Marinho inau- nho de casamento, dono de "O Mundo" e da re•
anos, lia muita poesia e já_tinha versos na gave- gurara a TV Globo. Ele ficou tão lisonjeado que vista "O Mundo Ilustrado". Depois fui para "O Glo-
ta. Versos que foram se acumulando, engaveta- mandou repetir o flash da reportagem nas adi- bo",.onde permaneceria durante 11 anos, traba-
dos rio correr dos anos, inéditos e solitários, in- ções matutina, do almoço e noturna do Jornal lhando posteriormente na implantação da 'jV Glo-
comunicáveis, por que não me atrevia a mostrá- Nacional, no dia. seguinte ao lançamento. bo .
los a ninguém. Dois anos depois, na Feira de Frankfurt, colo- Nos domínios de Roberto Marinho fiz tudo, co-
meçando pela Rio Gráfica. No jórnal, vivi um epi-
Quando o grande ator português João Villaret quei uma pequena edição, em tradução alemã, sódio curioso: na primeira reportagem usei mi-
nha máquina para fazer as fotografias, mas os
trouxe ao Rio trazendo um novo sentido para o de alguns poemas de "O Gesto". profissionais do setor recusaram-se a revelá-las,
alegando que fotografar era privilégio exclusivo
dizer da poesia, fiquei fascinado.e matriculei-me do setor e ameaçando entrar em greve. Em con-
versa com Dr. Roberto eu o convenci a instituir
no curso que ele deu sobre leitura de poemas, Mauritonio - E como surgiu "Recomeço"? no jornal a prática internacional de dar crédito aos
no qual tive Carlos Lacerda como colega. Com Mauro Salles - Quando fui eleito sócio do PEN autores das fotos publicadas, valorizando o seu
trabalho. Graças a isso consegui contornar o in-
as facilidades propiciadas pela minha carreira . Clube na vaga do historiador Hélio Silva, Antonio
jornalística convivi com grandes poetas: tive a Olinto.sugeriu que eu reunisse vinte e poucos po-
honra de ajudar Augusto Frederico Schmidt na _emas numa pequena ·edição, para distribuição na
publicação de seus dois últimos livros (sua mu- · festa de posse. São esses poemas. acrescidos
lher, Yeda, rasgava seus versos e por isso ele os de outros, que Massao Ohno sugeriu a Roberto
escondia}, ao.mesmo tempo que graças ao meu Feidl, . meu grande amigo, da Editora Objetiva, cidente com o pessoal da fotografia, que ficou
--mond, Bandeira e outros poetas. Drummond lia
trabalho em "O Globo" conheci e entrevistei Drum- editar com o título de "Recomeço". grato pela minha intervenção e não mais me per-
.. turbou como repórter fotográfico.
minhas colunas sobre automóveis e mandava- Mauritonio- Más, no.fundo, mesmo sendo po-
me cartas assinando-se "o seu amigo pedestre", ~tà enr!,lstido .e publicitário ultra bem sucedido, Jorge Leão Teixeira - Você foi da era Alves
Também conheci Adalgisa Nery e Cecília Meire- , com passagem :importante pela política, você Pinheiro, uma lenda do jornalismo e de "O Glo-
lles. . · . sempre foijomalista e continua o sendo. Fale da bo".
Um dia, .Schmidt, a quem me atrevera a mostrar- sua carreira na i_mprensa.. Mauro Salies - Era um extraordinário jornalis-
alguns poemas, roubou um deles e mandou .a . Mauro Salles - Minha paixão pela imprensa ta. Vivia para o jornal, para o furo de reportagem,
• Nina Chaves;,que era responsável pel9 cadernó· nas~u com a minhà paixão pela fotografia, da preocupado,sempre com a qualidade do que era
"Ela". Nina, acumpliciada con:i Ro.berto Marinho, qual me· orgulho até hoje, Ela começou com uma publicado. Dormia tarde e levantava cedissimo,
. o publicou na'primeira página daquele.caderno, Kodak Baby, foi §lperfeiçoada quando meu pai gabando-se de não ir ao cinema há mais de 15
em meados 'da década de 1960: Cheguei a pen• consentiu ·ceder-me sua Zeiss e completou-se anos. Agia como um provocador, terrível nas co-
sar na publicação de um livro chamado "O Gesto quando consegui uma L:eica 35 mm. branças, implacável no acompanhamento dos
Indecifrável", com o incentivo de Schmidt e San ·.A nova fotografia jornalística internacional, ca- fatos, tendo uma incrível visão jornalística. Quan-
Tiago Dantas, mas desisti com a morte dos dois. pitaneada pelo Life e o Paris Match, me encanta- do sentia que os jornais rivais arrefeciam na co-
Há oito anos, para alegrar as festas de fim de va. No Bra$il essa revolução teve lugar em "O bertura de certos acontecimentos era tomado de
ano p"romovidas .pela minha mãe Dona Bebê, · . Cruzeiro~, com Jeal) Manzon, Eugênio Silva, ln- tristeza, porque vibrava com a competição.
acertei com Massao Ohno a publicação de.200 dalécio -wanderley, Luís Carlos Barreto, Flávio No "Globo" cheguei a subchefe da reportagem,
exemplares de um livro chamado "Coisas de Cri- Damm; Henri-Ballot.e Luciano Carneiro, para mas também tinha o encargo de cuidar das colu-
ança". Dépois, para ajudar Dorina Nowill, admi- quem.escrevi um poema quando morreu em ser- nas, principalmente da coluna de lbrahim Sued,
•rável lutadora pela causa dos cegos no Brasil, , viço. · · para que li reportagem fizesse o fo/low up das
notas que rendessem matérias para o jornal. E
através da Fundação l:.ivro dos•Cegos - ela pró- , Estudei simultaneamente Direito e Jornalismo, me apresentavá co~o vo)untárlo para as cober-
_pria, ceg13 - ~ andei imprimir 500 exerpplares com nõ qual cqmecei,com Geraldo Rocha, meu padri-
•
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·REVISTÂ NACIONAL - 4 09 a 15 de maio de 1999- Nº 1067
Tancredo tinh~ confiança em Mauro Paulo Branco
turas culturais, o que me valeu conhecer muita MOMENTO - A dúvida em relação à CPI do Ju-
diciário é saber porque o Senador Antônio Car-
gente importante. · los Magalhães escolheu o momento presente
para criá-la. ACM fala há mais de oito anos em
Também lancei a prii:neira coluna sobre auto- exumaro Judiciário. Ele vinha colecionando de-
núncias para discuti-las em um grande fórum
móveis, que me abriria as porta!!"para conhe- . nacional no momento que melhor lhe convies-
se. Há quem garanta que o político baiano que-
cer todos os executivos das indústrias que se ria coroar a sua carreira como Primeiro-minis-
tro, como forma de resgatar os sonhos do filho
. esta_beleceram no Brasil a partir da entrada em , Luiz Eduardo. A idéia não prosperou e ACM re-
solveu então deslanchar as investigações para
ação do GEIA, o Grupo Executivo da Indústria Tancredo terminá-la bem mais adiante, no momento de
pendurar as chuteiras. Uma forma de coroar a
Automobilística, no governo de Juscelino Ku- Neves sua carreira deixando como marco a renovação
das instituições.
bitscheck, impulsionado por homens de valor
AMEAÇAS- Oproblema consiste emsaberse
como o almirante Lúcio Meira, Sidney Latini e a CP/ do Judiciário revigora as instituições ou
enterra por antecipação d governo Fernando
Thompson Mota. Henrique. Sea renovação das ins!l1uições.épara
melhor ou para pior. Salvadore Caccio/a, do
Mauritonio - Você foi secretário do Conse- Banco Marka, vem fazendo terrorismo soltan-
do, aquie ali, insinuações envolvendo no escân-
lho de Ministros no regime parlamentarista, dalo algumasfiguras comestreitasligações com
o Presidente. Ele tem ameaçado detonar Fer-
sendo homem de confiança do primeiro minis- não Brachere Mendonça de Barros como ope-
radores das mais graduadas figuras do poder.
tro Tancredo Nélres e levando para ele os pro- Como poder que se preza não tem operador,
Cacciola ameaça chegar às últimas instâncias
cessos estudados e preparados para receber para forçar o governo a sairem seu auxllio.
aprovação. Como repórter político em Brasília GOLPISMO - O Brasil é U(ll país que vive de
costas para a sua história. Em cada esquina de
fui testemunha do prestigio que você tinha.
cada capital se vê pichações propondo o ímpe-
Tancredo confiava em·Mauro Salles que você
achmentde Fernando Henrique. Uma idéia que
estaria milionário caso fosse igual a um des- é alimentada por antigas vítimas do golpismo.
Como se a mudança de governos ou de regi-
ses corruptos de hoje, que fazem notícias nos mes alterasse alguma coisa na nossa triste roti-
na de oligarquia suGedendo oligarquia. 1_964 foi
jornais, revistas e televisão. . feito em represália à corrupção e aos desman-
dos dos 20 anos anteriores. 85 foi construído
Mauro Salles - Deixei Brasília dono do mes- em cima dos desmandos e da corrupção de 64.
E agora falam novamente em responder à cor-
mo apartamento que ·possuía no Rio e do Gor- rupção e aos desmandos de 85 com golpe. Pena
que a proposta seja estimulada por quem co-
dini que já possuía ao lá chegar. Conhecia Tan- nhece - e bem - a triste história do Brasil.
credo Neves desde o segundo governo Var- PERDA -FHCperdeuasespe,rançasde resga-
gas, quando meu pai foi novamente ministro. tar Mendonça de Barros para ogoverno. Deve
Antônio Balbino e Tancredo faziam parte da ala serrealmente umaperda expressiva, se é que o
paipuxou os filhos. Como se sabe, os filhos·do
mais moça do governo e fiz amizade com os estrangeiros minoritários em nossos órgãos de ex-ministroaos JOanosde idade ganharam mais
dois. Tancredo era um sugador profissional e comunicação:-9 de 1bilhão de reaisnomercado financeiro. Como
sempre me pedia ajuda em pequenas coisas, O investimento americano permitiu a constru- diz opai, "eles se matamde trabalhare são muito
que atendia com boa vontade e prazer. inteligentes''. Como n6s somos burros...
ção das instalações e a compra de boa parte
.Quando Jânio Quadros renunciou ele me pro- dos equipamentos. Eles jamais ttveram um di- PRESENÇA - Há uma grande curiosidade no
curou e disse que precisaria.de mim em Brasí- retor na empresa, limitando-se a ceder dois Brasil inteiro em se conhecer o governador An-
lia, para urna função tle total confiança. Já con- consultores. Um deles, Joe Wallach, depois de thony Garotinho. Ele é realmente uma novida-
versara com Roberto Marinho sobre o assun- três anos desligou-se da TIME-LIFE, preferin- de. Governa fui/ time. Bate de frente, fala à im-
, to. Fui morar com Tancredo e quando a crise do ficar no Brasil, a serviço da TV Globo. Que- prensa, dá incertas, encara as forças econômi-
da posse de Jango foi contornada, criando-se ro frisar que a estrutura da TV Globo desde o cas, se alinh~ às vezes um pouco para lá, ou-
o regime parlamentarista, passei a trabalhar início era perfeita, operando a emissora com tras para cá. Ebagre ensaboado. Se vai darcer-
como secretário do Conselho de Ministros, de- orçamento e custo definidos, sempre respeita- to, só o tempo pode responder. Se conseguir
sempenhando funções semelhantes a chefia · dos. Ela também foi a primeira a importar câ- compatibilizar receita e despesa melhorando o
da Casa Civil do primeiro ministro. desempenho da máquina, ninguém segura. Esse
meras auricom e equipamentos modernos, for- tipo de resultado, porém, só se consegue- como
Morava no Sírio do lpê, residência de Tan- mando uma grande equipe de pessoal técnico. dizem os empresários - com horas-bunda. Ou
credo, Dona'Risolela e sua família, num quar- seja, sentado na cadeira descascando rápido os
abacaxis acumulados.
to de hóspedes que dividia com Francisco Dor- Raul Giudicelli - Sou hoje um homem de pe-
nelles. Depois disso fui subsecretário do Mi- quenas invejas. Uma delas é não tersido o autor IMOBILISMO- Acuado pelas CP/s, o governo
nistério da Indústria e Comércio, na gestão de de "O Gesto", como disse em crônica publica- Fernando Henrique está imobilizado. Lá se vão
Antônio Balbino, exercendo o cargo de minis- da recentemente na Revista Nacional. Verifi- cinco meses e o segundo e terceiro escalões do
tro interino durante três meses. quei que você é um poeta que faz propaganda govemo ainda não foram montados. No Rio de
e, não o opostô, e acho que você sabe disso. Janeiro os aliados andam amargos. O governo
De volta ao "Globo", tornei-me chefe de reda- s6prestigia quem não tem voto e em momento
algum deu nada de significativo ao segundo Es-
ção e integrei a comissão que cuidou da im- Quando sai.o próximo livro? tado maispopuloso e rico da Federação.
plantação da TV Globo, tendo estudado o as- Mauro Salles - Você, Raul, que como copy
sunto em viagens ao exterior e assumido o
desk cortava o excesso de adjetivos, embara-
cargo de diretor da TV Globo após sua inaugu- çou-me e comoveu-me com tantos elogios. O
ração. próximo saiu agora, na Bienal do Livro, como já
contei nessa entrevista.
Mário de Moraes - Quando a TV Globo foi
inaugurada, em 1965, você encarregou Otávio Genilson Gonzaga - Nos anos 60 dois terços
Bonfim e a mim de organizar o departamento da nossa população passava ao largo do pro-
de jornalismo. Tudo era feito com dificuldade cesso de consumo, segundo o Anuário Brasi-
pois, o que não havia mesmo era dinheiro.
leiro de Propaganda. Mas sem integrar o povo
Como se explica, então, aquela história de que na sociedade de consumo não haveria sentido
para a propaganda. O que mudou?
o TIME-LIFE estava inundando o Canal 4 de
Mauro Salles - Os pioneiros, como Geraldo
dólares? ✓ Alonso, Caio Domingues e Armando de Almei-
da tiveram um papel importante, assim como
Mauro Salles - Atribuo isso a um velho de-
feito da mídia brasileira, que muitas vezes não
apura como deve os fatos importantes. A con- as gerações seguintes, que imprimiram rumos
corrência chiou com a entrada em cena da TV vigorosos à propaganda. No caso brasileiro e,a
Globo, principalmente os Diários Associados, precisava ter uma visão política, entrando em
que tinham a TV Tupi e para quem Roberto choque com o nosso tradicional ufanismo. 40
oMarinho virara uma encarnação do demônio. milhões de consumidores era uma cifra que
contrato da TIME-LIFE com Roberto Mari- perde expressão quando comparada com as
nho foi um tiro no escuro dos americanos, uma dezenas de milhões daqueles que pouco ou
apostá na possível mudança da legislação, o nada consomem. O consumidor é ser ativo. que
que abriria ~ perspectiva d~ se tomarem ~ó~i- Influi np processo econômico. Nos últimos 30
os minoritános de uma emissora de telev1sao anos, o país registrou avanços significativos no
nô Brasil. Algo que agora está sendo discuti- aumento dos consumidores ativos, que atual-
do, visando uma abertura para investimentos mente se situam entre 60 e 70 milhões.
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CP/ ~o-_vivo pode ·virar espetáculo ••
'
. .· ~ '• ' ~· ' ,::::O~3·.::~~,~::::f<~>:•~:,:;:•:<;?>i,,i•◊;e,;:x:~~,◊:~~:)C:::<·,::o-·?.·.á.:::,~,t~ê'2t:·-~:.•:· ~.-x»~o~::w~t,,:a:<·:!~~~·vxl·f.o;·i:··X~O;:,·J'tXX.>~•O:)<-':-i':<:,Ox•~.~1:e--;ir•.~:."omOr:@S~~:x»["-~;~f::O:.~:$SV;.x:::.S·e~·•S:O<<:(gO<:SxÔ···f·t•~ü~txM:-~v=~-:>-<~.~~:,~:.,f;W<5xiXoo<>J>(:o~.x:X~8~~~3{~.•:'~·,$jS.:t.;~'·X(xo,~~.· x~~8 ' · Mauro Sallês (rindo) - Realmen-
Claudio Humberto
. ...... ":-:'·:,,.,e<:•~::-~:1, · te eles estão brilhando, com profis-
• ' • sionais de qualidade como o Nizam
.~j~1~[~ij*l'.~~~~~~~ij{f!f!t~~~~~~~~?:~!~~~ii~i~[~~i~1~t~m:~t:(fü~..xs,:r,~~~~~d~f. .
x~:•f•.~~.<.>. ~X~•s.::,~,>~.!-e~«~-11N".,.',·. ":x-0...Q.?:--.:•xs,-~~•i)[?~'"A',•.A..~~;•s;~>·o"::.,<.•,5,:•~,):(>:•)•:,.:;,•&•i·;~:•~•.·o-.>t•~•.<..-><~&:N>'<.O•:<••-,•;,...-..,.:...,...,•.,' • f' . e Duda Mendonça. Lastimo apenas FRAGA DE SAIA • A operação armada pelo BN-
~:$~;rl1l.sii:r:f~~i~~.1~tt~~i~~J~~~~~irJ~t.~~íiffl~~~~~ti ,:~s~=~$xe~~i$::sx,~:-:,:w·.(....• DES para socorrer-.emfil(esas brasileiras com dívi-
das no.exteriorfoi inteiramente concebida pela bra-
~\ii~~~~~fü~~{l[i~~ttt~~~w ~jntM~t?itfti~~}f~i~i~~@~l@~ifüfil~filtl~füi~~t que meus conterrâneos de Pernam- sileiraAngela Melo, dapoderosacorretoraGoldman
~:i~~~itt~f:?:tt~tf:~~l~M~t~~~i~i1§lt:~•::•:::.t.:.:;rr]tff~t<;-W~rlí~~fil[~,t;]t,~f,·~~:~ii~!f:füHir.~s-.-..A,...,..,vw.-., ,,.. , ••••••--•• buco não tenham reagido e feito
(?\(• • • ••• • • , ❖ • ..,.Q~~?;., ,.,. .•,-.y.a<•••••• •• X• ,.,(>),.,{,,,.,,.,,.,••,.,•• concorrência aos baianos. Sachs, uma das mais influentes do mundo.
Jorge - Você acha que o merca- Ela vive em Nova York, é casada com um ame-
ricano e participou de todas as renegociações
do brasileiro tem con_dições de ab- da dívida externa brasileira, pelo lado dos cre-
sorver a produção de tantas fábri- dores, quando era diretora do Morgan Bank. É
abanqueira de Roberto lrineu Marinho e, no mer-
cas de veículos? cado financeiro, tem sido chamada de "Armínio
Fraga de saia".
Mauro Salles - O mercado que
elas têm como alvo não é apenas o
brasileiro. Somos um pólo para atin- INTERLOCUTOR PODEROSO - O eslr~ito re- ·
:~:~~}:~:•. •:ê;~~i~~tti~t:i~;;~iij~j~~]iijl ~.;·:.j~~Jt)Ji~ttí~ilí!iiftMt~f:!*illt~~)Xt~ij gir o Mercosul e a América Latina, !acionamento entre FHe i.uiz CarlosMendonça
-·dHIIH~lllf,~~~~lt~H~,-•"· .<-,~11~1~1r:~~~r~11;111~~1~~ .. com possibilidades de também le- de Barros estáprovocando mais ciúmes do que
na época em que o chefe da telegangue era o
var as exportações para o Atlântico poderoso ministro das Comunicações:,, · · . .
Sul, disputando, por exemplo, mer-
Quanto à propaganda dos dias atuais, existe cados como a Nigéria e a União Sul-Africana.
urry certo desvirtuamento que coloca a criação ·Quanto ao futuro dos empreendimentos que es- BEM DE VIDA-Antônio Lessa, suplente de de-
putado e irmão do governador de Alagoas, Ro-
acima de tudo, esquecendo a sua função soci- tão se instalando no país, tudo depende do com- naldo Lessa, acaba de arrematar em leilão a
Companhia de Transportes Urbanos (CTU), da
al. Isso nada tem a ver com o talento criativo de portamento do mercado, em cujas mãos está o Prefeitura do Recife, e sua frota de 238 ônibus.
profissionais como Nizam .Guanaes ou Wa- destino dos mesmos. O impórtant~, porém, é o A empresa Power Importação, Exportação, In-
shin_gton Olivetto, que sabem conciliar sua gran- desempenho diferenciado, que oferece várias dústria e Comércio, de que l,.essa participa, de-
positou R$ 60Q mil no ato e assumiu um passi-
de criatividade com os outros objetivos da pro- opções ao consumidor. vo estimado em R$ 44 milf)ões.
paganda. · .
Um·mercado voltado para o estímulo ao con- Mário - Sempre existiram jornalistas que pou-
sumq também estimula novos investimentos. A co ligavam para a ética. Mas você não acha,
fusão do grupo Pão de Açúcar com o grupo nos dias atuais, que a coisa piorou bastante, o. CANTANDO, DE GALO - cerimonial do lta-
Paes Mendonça é um exemplo típico do con- principalmente no que se refere à reportagem maratyfez a União pagarR$5,4milà empresa
sumo estimulando um novo investimento. O investigativa? Floresta Amazônica Produções por três apre-
papel da propaganda nesse esforço p'ara au- Mauro Salles - Nossa legislação é caduca e ge- sentações de um coral, em recepções oficiais
mentar o universo dos consumidores é decisi- ralmente o acusado ou a vitima fica numa situação aospresidentes da Venezuela e do México e.à .
vo, exigindo,uma alianç·a·entre visão econômi-· muito frágil, cóm póucos élireitds para reagir. o que minha ãaOinãmarcà. Osempenhõs cõnstam'flo
ca e política._l.onge vão os te_mpos, felizmente, nãoacontece em outros países:Voucitar, porexem-
Siafi, masestranhamente nenhum·coialse apre-
em que a propaganda no Brasil guiava~se pelo plo, um fato ocorrido não faz muito tempo e do co-
sentou na recepção ao mexicano, tampouco
que era bom nos Estados Unidos - devendo nhecimento de poucas pessoas. Um jornal inglês estãoprevistos shows do gênero nas visitas da
por isso sér bom no Brasil - esquecida de que acusou seriamente um empresário paulista, que dinamarquesa-ou do venezuelano.
os Estados Unidos não tem classe D nem "tu- reagiu, constituindo um advogado e recorrendo à :o. '
bainas', es~es refrigerantes que estão surgin- justiça britânica para obter uma reparação no valor TST É O FIM cont~buinte vai agr~decer do ·
fundo do coração.(e do bolso também) se os
do em todo o mercado nàcional para.atender o de 100 mil libras. O jornal tentou obter provas que
consumo da classe e e D. dirigentes do Tribunal Superior,do Trabalho re-
sustentassem sua acusaçao e não as conseguiu,
solverem suspender a faraônica ol:Jra da sua
aAs agências que procuram ~tingir um _nível in- sendo condenado pelo juiz a pagar 70 mil libras de
nova sede. ACM,não esconde de ninguém o
ternacional, conciliando a técnica éom cor bra- . indenização, no prazode48horas, além deserobri-
sileira, prog~ediram: Norton, Denison, fy1PM, gado a convidar o acusado para que assistisse a OdeAsBejaopdrees.aecnatobuarpcroopmosataJudsetieçxatidnoçãToradboa;lrhsor, a
e
DPZ e a minha·querida Saltes.·Lembro-me que leitura da sentença perante toda a sua redação, pa-
até FH quer o fim,da justiça trabalhista. ,
certa .ocàsião o então ministro Reis Velloso gando-lhe as despesas de viagem. Entre o início
Ao lado da.futura sede do TST está cercado
consultou o nosso setor sobre a conveniência da ação e a sentença decorreram apenas dois.
um amplo terréryo (com placa e t_udo) para cons-
de uma legislação para restringir.a atividàde das meses.
trução do futuro prédio d~ Jus~iça Federal. Quem
agências estrangeiras. Disse-lhe· que era uma
duvidar, basta.ir ao local. Fica próximo 'da não
idéia péssima .e que a propaganda brasileira Mauritonio - No Brasil tivemos o caso do mi-
menos faraônica sede do STJ.
não precisava disso, tendo condições de com- nistro Alceni Guerra, alvo de graves acusações
petir com as.agências estrangeiras desde que jamais comprovadas. Quando a justiça procla- CARA DEMAGOGIA - O Ministério das Rela-
não houvesse dumping, com a concessão de mou sua inocência, os jornais' dedicaràm pou- ções Exteriores não faz idéia de quanto vaicus-
tara desativação de três embaixadas, sete con-
descontos abusivos. O tempo provou que eu. cas linhas para a decisão judicial que invalidou sulados-gerais e cinco vice-consulados. Anun-
ciada há dias, a ~medida de economia"cheira à
tinha razão. , todas as acusações contra sua gestão na pas- demagogia in natura. Informa-se no ltamaraty
apenas que o Brasil deixará de gastar US$ 5,5
. ta de Saúde. · milhões porano, entre manutenção e salários,
nos postos extintos. Além de custeara transfe-
Genilson - A Salles, certa ocasião, fez um Mauro Saltes - O ex-ministro Alceni Guerra rência dos diplomatas e de outros servidores, a
União pagará indenizações trabalhistas e mul-
anúncio memorável, didático, mostrando que o foi injustiçado. Outro caso terrível foi o dàquela tas por quebra de contratos. Mas o !tamaraty
não sabe quanto isso custará.
preço dos carros poderia ser muito menor se escola de São Paulo, que sofreu ·acusações
os impostos 'federais, estaduais e municipais de abusos contra alunos, nunca comprova-
não fossem tão grandes. O panorama não mu- das. Liquidaram o diretor, sua familia e a
dou, não é mesmo? escola. E tudo não passava de rumores fal-
Mauro Saltes - Os impostos diretos, hoje, che- sos. Infelizmente o chamado jornalismo in-
gam a 33,8%, praticamente o dobro dos 17% co- vestigatório às vezes descamba para exa-
brados na França, índice que é considerado muito geros ou para uma preocupação imediatis- TIME DE CRAQUES- Considerado um dos me-
lhores diplomatas brasileiros deste século,o em-
alto pela indústria automobilística mundial. ta com a mídia espetacular. Eu questiono, baixador Paulo Tarso Flecha de Lima sabe es-
colher sua equipe.
Meu sonho é ver uma reforma fiscal com in- por exemplo, a transmissão ao vivo das Co-
Mas perdeu o ministro conselheiro Antonino
trodução da nota obrigatória, especificando o missões Parlamentares de Inquérito, porque Mena Gonçalves, um craque, que o acompa-
nhou em Washington e agora assumiu o Depar-
preço cobrado pelo fabricante para cada pro- a preocupação com o show, com o espetá- tamento das Américas do ltamaraty.
duto, acrescido da relação de i_mpostos e taxas culo, acaba distorcendo o processo. No Claudio Humberto Rosa e Silva
que o oneram e pesam no preço final, praxe · caso dessas duas CPls que estão fazendo E-mail: [email protected]
vigente nos países mais evoluídos em matéria noticias, apes'ar do envolvimento nas mes- www.consesul.com/c/audio humberto.
fiscal. mas de parlamentares sérios, os depoimen-
tos até o dia em que estou concedendo esta
Claudio Magnavita - O que você diz da inva- entrevista não trouxeram nada de concreto para
são dos baianos na área de propaganda? sustentar as acusações no campo judicial.
REVISTA NACIONAL- 6 ..
09 a 15.de maio de 1999 - Nº 1067
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A Sall?S surgiu de uma negociação audaz mas arriscada
mento do ltamaraty seria minha. Agradeci muito,
deixei o material a disposição deles, mas reiterei
minha posição: ou tudo ou nada. E quando inter-
pelado sobre como poderia assumir a conta in-
teira, disse-lhes: "Tenho idéias, tenho gente e
tenho relações. Vou pedir um dinheiro ao Dr.
Antonio Balbino, vou recorrer ao velho Apolonio,
meu pai, e vou fazer meu sogro assinar uma pro-
missória. E quero que a Willys fique sócia da
agência, com uma participação de 20%, indican-
do um diretor para representá-lan.
Durante quatro dias tentaram me dobrar, bar-
ganhando, prometendo até 2/3 da conta da em-
presa. Mas acabaram cedendo. Comprei uma
pequena agência de Carlos Bartolomeu Caval-
canti e fizemos o lançamento do ltamaraty, com
uma repercussão e um êxito sensacionais. Ao
mesmo tempo arrumei outra conta, no Hotel Ja-
raguá, pagando minhas diárias no hotel de José
Tjurs (risos).
Mauritonio - Que outros carros você batizou?
Mauro Salles - O lnterlagos, o Corcel, a Rural,
o Pampa. Fui um São João Balista automobilísti-
co.
Mario - O jornalismo de ontem era melhor que
o jornalismo de hoje?
Mauro Salles - Não concordo. O jornalismo me-
lhor de ontem era exceção. Hoje existe bom jor-
nalismo em muitas áreas. Infelizmente não bri-
lhando tanto quanto o jornalismo que busca pri-
meiro borbulhar para depois bem informar.
Antigamente, para o jornalismo investigalivo, de-
pendia-se de ~ns poucos nomes, enquanto atu-
almente há muita gente capaz de fazer isso. Hoje
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,
Político brasileiro gosta de sumir na hora' da verdade
•
qualquer lugar do mundo é uma fon-
o que se vê é muito repórter que tam-
bém é cronista, mas se sente como te geradora de noticias. E isso exi-
editorialista do jornal. O preparo mé- ge que, acima de tudo, ele acredite
dio ficou melhor, mas ainda existe,
infelizmente, muita gente desprepaa em si mesmo. E não se tem a im-
rada. Além disso a velocidade que os
jornais exigem tropeça nesse prepa- pressao de·q;;,"..... "l· ue alguns membros do
ro deficiente. Na recente Bienal do Li-
vro vi uma jovem perguntar a Juan governo acreditem nessa necessi-
Arias, que falava em·espanhol, se ele
era espanhol. Outra, indagou a José dade de crer no governo Fernando
Saramago, o que ele fazi~ antes de
ganhar o Prêmio Nobel. Henrique. ·
Mauritonio - Que medidas você
sugeriria ao presidente para rever-
ter esse desencontro entre as for-
ças que o apoiam?
Jorge - Você é contra ou a fav.or do Mauro Saltes - Acho,' como dis-
diploma obrigatório para .o exercício se, que as medidas J:)rioritárias são
do jornalismo. ·· · . as de ordem política, não as de co-
Mauro Salles - Sou contra a exi- amunicação, embora comµnicação
gência do diploma para o exercício também seja: importante. E preciso
da profissão. E por falar em exercício• que o presidente faça sentir, com
da profissão, voltei ao jornalismo e és- clareza, qué nãó existe coluna do
tou escrevendo uma coluna mensal meio. Ou se está com o governo ou
se assume à postur:9- de oposição
para "Quatro Rodas''..
ao governo. Coluna do meio é um
Mauritonio - Qual o carro que você gostaria de Mauro Salles - Acho que é vítima de uma de- estado pastoso, coloidal, que esti~
ter na sua coleção de relíquias automobilísticas? sinformação nacional. Ele realizou uma série· de mula distorções políticas e no seio da socie~
Mauro Salles - Gost~ria de ter um primeiro Che- . avanços, em termos de fidelidade democrática, dade, favorecendo a corrupção. .
vrolet e um primeiro MG, de antes, da guerra. Te- defesa da moeda, aumentó-do mercado de con- Se o presidente Fernando Henrique fizer
nho de me contentar com o .MG; safra 1949, da. . sumo, desmonte da cultura inflacipnária e da isso, agindo como líder, com o respaldo da
minha coleção. indexação; fechamento de alguns focos gra-
' votação que obteve para ser reeleito, deixan-
. ves de corrupção, avanços que mudaram a do claro que não vai agir pela cabeça de
Mauritonio - Quantos carros tem .sua coleção? . cara do Brasil, dentro ·do país e fora dele. quem é contra ele dentro do seu esquema de
Mauro Salles - Não é bem uma coleção, mas .Muitas vezes contrariando seu próprio parti- governo, as coisas vão me[horar. Principalmen-
sim um "ajuntamento" de oito c_arros, cujo astro é do, que lutou pela chamada "Constituição Ci- te se frisar que os que lhe são favoráveis não
um Chevrolet 1915, ao volante do qual costumo dadã", infelizmente cheia de imperfeições. podem mais se esconder debaixo da mesa ao
·andar nos fins de sêmaha. Ele é o Chevrolet mais Não foi feliz ao apostar na âncora cambial, primeiro sinal de crise ou tiroteio 'polltico. Coisa
antigo do Brasil, em atividade.. · ·· vítima do vendaval d9 "capital virtual", que que é um costume na política brasileira, na qual
muita gente revela alta competência em se escon-
espalhou crises pela Asia, Rússia e América
Jorge - Vou tocar num assunto que não é mui- Latina, com repercussões nos Estados Uni- der quando soa a Hora H (risos).
to agradável para você. Por que o sonho do Dai/y dos e na Europa. Muito criticado pelo PRO- Poeta Mauro mostra serviço
Post não deu certo? ER, pode alegar que nenhuma quebradeira de '
Mauro Salles - Porque apostei na hora errada. ba.ncos atingiu o Brasil durante aquele ven- O poema que abre "Recomeço" é um
Quando o Brasil começou a crescer significativa- daval de crises. filho dileto de Mauro Sàlles. E realmente
mente na década de 70, com uma liderança de Também acho que o partido do presidente, merece o seu carinho, pela sensibilidade
repercussão internacional, investimentos se mul-- o PSDB, não lhe dá a cobertura política de que transpira. Tem um título singelo -
tiplicando no país, havia apenas ô "Brazil Herald" que necessita. Parece até que os tucanos não "Serviço" - justificando as tarefas a que
se obriga o seu autor.
para leitura dos estrangeiros que aqui chegavam acreditam que estão no governo.
Vale a pena transcrevê-lo, como amos-
ou estavam de passagem, jornal muito carjoca e . A rapidez com que o Brasil está se livrando
tra do sentimento poético de Mauro Sal-
pouco sério ante certas coisas realmente impor- das conseqüências traUf)'láticas da de~valori-
tantes. Resolvi então criar o Latin American Daily zação cambial também abona o presidente. les.
Post, para circulação no Brasil e países do Cone Naturalmente ele tem defeitos, mas todo mun-
Sul, contando com a abertura da legislação para do os tem. E será que alguém teria feito me- "'É deJuntas palavras
fazer uma associação com o Wall Street Journal, lhor? Não conheço, sinceramente, quem pu- o meu serviço
oou o Hera/d Tribune ou ainda o Miami Hera/d. desse ter feito.
jornal teve sucesso durante alguns meses mas Força ti! buscll-Jas
no remoto escaninho
o milagre brasileiro começou a desaparecer, tor- Magnavita - Você acha que o esforço publicitá- descobrir-lhes o brilho
os sons Jnesgotados
pedeando o projeto. Resi~ti de t~imoso ~ura~te rio e de comunicação do Andrea Matarazzo e do e alcançar o sentido
renovado
quase dois anos, mas se t1ves~e Juízo lena ~es1~- Alex Perissinoto vai ajudar o governo? na frase
tido apenas oito meses para nao perder o d1nhe1- Mauro Salles - São profissionais competen- nas cores
nas luzes que definem
ro que perdi. tes, mas os problemas do governo não dep~n- o horizonte
dem apenas da comunicação. Lendo os JO~-
Marlo- Você que teve sucesso como jornalista nais, diariamente, percebe-se o dr:3ma dos mi-
e publicitário, também poderia ter feito sucesso nistros. conflitantes, cada qual dizendo uma
na política. O que acha do governo Fernando coisa diferente, obrigando o presidente a fun-
Henrique Cardoso? cionar como desempatador. O governo em
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REVISTA NACIONAL. 8 09 a 15 de maio de 1999 • Nº 1067
1 - .Son Salvador ..
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09 a 15 de maio de 1999 - Nª 1067 REVISTA NACIONAL-9
· Joel Silveira •
CHANTAGEM - Já virou rotina nesse go- ..iii~]W.t!i,Jf]f'..:.~:1~=~~:~=~~~:··. . .. .......... <: ::
verno de pouca imaginação e muita esperte-
···,,_•.-:-:"'_i-~}-i-lt_L___ -___- - - - - - - - - - - - - - -- - -- - - - - - - - - - - - - - - - -~
za: sempre que as contas dos usineiros nor-
.~:\]~]~Uf:!f{!~f~ii:: :i;;l~(~~~~t:t.< J~ng~i·i;·,. SGr. EAL',m,A/.Dlni ,OI;o-r~A,"g"o"'goâlrh,/C·~aolri'otyipoo~,c::j,ur.br~o•edm'·1agn,e.uJlioo do
destino~ chegam ao vermelho, ressuscita-se "'"·· · ·••'"-- . .,,,.,,,,.,,......,
.•.•.•·"·.·.-.·".·l'•f"ü*º..".,'.'".Y,'."...•,..-;)-,:<_V•.,X(...>...,~x?,-'•-,•.~x-Cv•eAJX••,)• .,•,.•_.,.•,.,•,•,.,•,.,,......._.?..(.,'.". ...,....,' ,"_'.','"• .,'.3. ..,v..., _,,... . . . V,.,•'á
o Pró-A/coo!. E lá vem a velha chantagem: .:r,r:~~]~x;t:~§~=~-.
.\ J~@~©@~l~fi~~titUt· ~.:.:::Sf:x~<f:;.,:~t::f~::.ê;x-;:~~f;:az:t8;:x~~:~:~):?:i:o>:~· ,◊''('V(" ' ' • nu1en~, ,;que v,.i,.I,.ama ,.,e "o'"'aras'"'O", o que
motorista que quiser financiamento para a -~~$.:~$.~~~S:,:~;", · '// /, '"'';
.Js{ttfJ~~flfü~Rg{?~fff:lt .·:~«~:H,::§::::::(:§0:i<<t=:>~:~J:;:::t~-:-.:;:·: U4
compra de um táxi tem de esquecera gaso- :•:·R~~~f~.l~t~~&~f~~~~?:f ..~~i~m~m@~~~~~~{~li~j,~·v<~t.t~1:g:~.~.:-. no mesmo.~ a as,'u,c,.a é sempre ge!.'adra.
lina e optar(?) pelo álcool. Uma calhordice. :. ;•::•;;,•,:,◊•,:·.:;~_•,~,:~):,;(-•;:';•:•~•,;:.;.:.$-;. •;:•$:•:,!._X..;:•.:••<N~:.(••~••:•~•:•;•-:• :•.•.;t :•~X••$~:-.":-•':~>:~'-'$' ;•;':~,(.•.,;:,~;>(•:h:::/::{,.,i,.:.•
1:s~::;:,s;ªJ.'/:,Zifo~il~t~il~ff]li[~[~r.~~~!t~~~~]f~~1fili~j1 t-DESALENTADOR-Édesalentadorsaber
:~n~*til@t!i~lii,tiltfilitt
ex~'}Y.<:·>:<·>l'f;Y.~•)l'•'Y.>..· ...
~~i~F,[~)1~lb.t~1• ❖;:,.·.:..❖x,.;.:t•:-:<-.":'•~· ~•:❖·•··,.·....
que as esperanças do Brasil estão depos -
~ll~il~i1jM*f'.i•:,·,· "'~ ~§rJ~tt~f~@f }'1/a';:;has desse
;~tJ,1f. :i:_______________________________.J
.¾" .. BARBARIDADE - Se nessa guerra de Clin-
ton contra Milosevic a única vítima tivesse sido
~.·. .,~. -
.. .. uma criança, apenas uma, a barbaridade não
·.· ·:~;
..:::\i,;:?:,: ~!m .. ..·. . .., seria menor.
OMERTÁ - Sincera- .··::-:~:·k.-:>:fij.:f ~:~~~lt ~f:·:·:::·::.:,···.. DOLEIROS - O governo vive a falar mal dos
mente, não acredito doleiros, esquecendo-se manhosamente de
que o maior doleiro do Brasil é o Banco Cen-
que esse Sr. Salvatore
tral
Cacciola {foto) perten-
ça, como andam PINÔ - Não será surpresa se Pinochet aca-
bar asilado no Brasil, mais precisamente na
dizendo poraí, à Barra da Tijuca, da qual, aliás, já foi velho e
clandestino usuário.
máfia siciliana. Ao
FILAS - Se o brasileiro não gosta de traba-
contrário do que lhar, como afirma o Sr. Fernando Henrique, por
que são cada vez mais compridas as filas dos
recomenda a omertá, que procuram emprego?
o cavalheiro fala
demais.
Prof. Parrumpinha VICIADO - O nosso Banco Central mais pa-
rece um velho cofre viciado e do qual todo mun-
(Faixa Preto do Carlson Gracie Team) do já conhece o segredo.
ATENÇÃO: novo horário infantil SORBONNE-Afinal, que diabo o Sr. Fernan-
do Henrique Cardoso ensinava na Sorbonne?
Até 12 anos - lnst. Francisc o "Ra tinho"
De 12 a 15 anos - lnst. Rodrigo "Deb i"
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'~--- --- --- ---· · --- -- -- -- --- ---- · -·· · · .___,._ . ... · · " · · · ·· · - - -· ·-- ·· ·- · ·· · -- · · ·· ··• · ... ..,
REVISTA NACIONAL· 10 . . . . . ... . .. ' . , .. . . .' . ,,
09 a 15 de maio de 1999 -:Nº 1067
Não constitui nenhuma novidade o nasci- J : -:
mento de gêmeos. Principalmente.agora •
que, com as modernas técnicas de insemi-
nação artificial, dois é café pequeno, a pro-
dução indo até sete ou oito filhos de uma
vez. --
0 que é novidade, mesmo, além da incrí-
vel semelhança entre os dois irmãos, é am-
bos terem dado para o desenho - mais es-
pecificamente para a charge - e ambos se-
rem excelentes profissionais do traço.- Pois
esse fenômeno, de autêntica genialidade,
existe em nosso país e atende pelos nomes
de Chico e Paulo, de sobrenome Caruso.
Paulistas da capital, o .primeiro, por exten-
so, é Francisco Paulo Hespanha Caruso. Co-
meçou a carreira na Folha da Tarde. Depois,
colaborou nos jornais Opinião, fl(fovimento,
Gaze.ta Mercantil,.Pasquif!I, Jornàldo Bras!I
e, finalmente, · O Glo_bo. E autor do_s livr_os
Naturezà morta(19BO); Pablo, mon amour
,(1981); Velha República Novo Testamen-
to(1987); O fenômeno Collor(1990) e Ita-
mar, modo de usar(1994).
O ·segundo, batizado Paulo José Hespa-
nha Caruso, iniciou sua carreira em 1968
no Diário Popular, colaborando depois para
os jornais Folha de p. Paulo e Movimento, e
nas revistas Isto E, Veja e Senhor. Atual-
mente, é chargista do Jornal do Bras,z Pu-
blicou As origens do capitão Bandeira
(1983); Ecos do lpiranga (1984); Bar Bra-
sil - com a colaboração do jornalista Alex
Solnik, em 1985; As mil e uma noites
(.:1985) -e Bar Brasil na Nova República
(1986).
Os dois Caruso preferem a charge política.
e, de quando em vez, ela os mete em apu-
ros. Ou, pelo menos, causa alguma confu-
são. Como aconteceu em setembro de 1991,
quando O Globo estampou, em sua primei-
ra página, uma charge de Chico mostrando
.Rosane Collor, então primeira-dama do país,
vestida de presidiária.
"Deram mais de 200 telefonemas de pro-
testo para a redação num só dia. Felizmen-
te, a maioria era de gente da LBA" , ironiza
Chico Caruso.
.Isso quer dizer que você tem, em O Glo-
bo, inteira liberdade para trabalhar?
"Quando um jornal me contrata, ele está
me dando um espaç9 de opinião que não
pode ser cerceado. E o que o Millôr falou
numa entrevista: "Sempre, em meu traba-
lho,, eu dou toda a liberdade para osjornais
publicarem o que quiserem. Eu não interfiro
na liberdade editorial dosjornais'~ Você tem
-se~pre q~e perseguir a liberdade".
~
09 a 15 de maio de 1999. Nº 1067 REVISTA NACfONAL -11
Funcionando em dois jornais concorrentes, muitos tes devido à barba. Quando um deixava ela crescer,
acreditaram que a coisa poderia acabar em briga.
Chico tranqüiliza esses muitos: "Temos 49 anos de o outro surgia totalmente escanhoado." - lembra
prática, brigamolf'sêmpre, desde o primeirq dia em
que nascemos, mais exatamente 6 de dezembro de Paulo.
1949". A história promete e Chico não se faz de ro-
Até para os amigos mais íntimos, a coisa peg'á. O
gado. Acontece que Paulo vinha saindo na frente,
querendo ser o primeiro, mas Chico, com uma das humorista Millôr Fernandes (foto) acha que eles po-
pernas engatada no irmão, impedia que o parto se
consumasse, puxando Paulo de volta para o útero dem ser identificados pela barriga: "Porque um está
de dona Marina. Foi necessário o médico usar o fór- sempre mais gordo que o outro." O mesmo Millôr
ceps. Há controvérsias quanto à hora de nascimen- que assim os define: "São desenhistas e humoristas
to de Chico. Na família discute-se se foram cinco ou de primeiríssima linha. As diferenças no trabalho de
quinze minutos depois de Paulo vir ao mundo. "Fo-
ram cinco minutos! Você está muito mais perto de um e de outro são tão sutis quanto as físicas. Os
mim do'que imagina", Paulo encerra a discussão.
dois seguem urna linha de criatividade e de espon-
"Quando enfim ele saiu e a parede d·o útero caiu
taneidade corno não há iguai."
em cima de mim, senti o primeiro vazio existencial
da minha vida", conta Chico, que normalmente é in- Chico retribuí esses elogios afirmando que "O Mil-
trovertido, só dando palpite quando saca uma boa
lôr é o maior humorista vivo do Brasil. Lá fora é o
tirada. Ao contrário de Paulo, que é extrovertido e
Ralph Steadrnan." ,
verborrágico. Paulo nynca teve problemas de relaci-
Desde cedo, Paulo e Chico revelaram forte tendên-
cia para o desenho, com uma diferença: ainda meni-
nos, Paulo preferia desenhar cenas de batalhas,
enquanto Chico retratava o mocinho e o bandido.
Essa tendência - Paulo mais prolixo e Chico mais
sintético - eles mantém· alé hoje.
onamento com Chico. "Ele, sim, usava dois termô-
metros para tirar a temperatura do corpo e, numa
ocasião fez terapia.com dois psicanalistas, sem qtJe
nenhum soubesse dessa maluquice", dedµrâ Paulo
numa' boa.
É difícil manter-se sério na presença dos dois;cõm
suas tacadas humorísticas·, que levam ao riso o mais
sisudo dos homens. "Crescemos com a sensação
de que papai e mamãe fizeram amor uma só vez",
goza Paulo. "Urna tremenda pobreza orgástica", com-
t pleta Chico: Histórias é o que não faltam na convi-
vência entre eles·. Há yma que Chico conta com gos-
to: "Nós ainda éramos crianças e certa vez, na hora
l de dormir, eu propus ao Paulo que deveríamos nos
revezar na hora de pular da cama para apagar a luz.
Ele topou. No primeiro dia, coube a ele essa tarefa.
No dia segµinte era a minha vez e o Paulo.cobrou a
promessa. Dei de _ombros e retruquei: "Por mim, a
luz pode continuar acesa."
Yocês fazem alguma coisa para serem visualmen-
te diferentes?
"Durante àlgurn tempo procuramos parecerdiferen-
'
l .
• '
~-
-*'~-"
REVISTA NACIONAL· -12 09 a 15 de maio de 1999 • Nª 1067
A imensa maioria do público, mes'mo aque- brasileiro em Washington, por exemplo, que endoidecidos membros do Ta/aban do Afe-
les mais avançados que usam diariamente com rara habilidade conseguiu ordenar o
o computador, tanto no trabalho como em conjunto de computadores do Banco Riggs, ganistão, dos amalucados seguidores do
suas residências, não se deram ainda con- no sentido de que retirasse os centavos (os falecido Ayatollah Khomeini, dos calhordas
que tomam conta do Banco do Vaticano,
ta de que um novo perigo avassalador e centavos apenas) de cada cheque ou con-
altamente destrutivo espera-nos na volta da ta depositada, colocando esses pequenos ou dos fanáticos americanos de grupos en-
esquina. Pare, e por instantes acompanhe valores numa conta separada em seu nome. doidecidos como os membros da Klu-Kux-
Khan, ou desses irresponsáveis jovens que
minhas explicações. Todas as nossas ati- Os depositantes, é óbvio, nunca se davam
mataram tantos estudantes na cidade de
vidades diárias, estejamos hoje vivendo nos conta de que um cheque de US$385,57 Denver, no Colorado, todos eles têm per-
Estados Unidos, no Brasil, ou mesmo na eram creditados apenas como US$385,50. feito potencial para lançar pelo mundo e "in-
fectar'' todos os computadores com "vírus"
maioria imensa de todas as nações do mun- •Com dois anos de operação, esse brasilei-
que têm condição de apagar dados, des-
do, estão completamente dirigidas, regula- ro teve depositado em sua conta um total truir contas, transferir fundos de um local
das e controladas pelos computadores. superior a US$ 1 milhão e silenciosamen- para o outro, ou mesmo provocar uma guer-
Você não tira dinheiro do banco, não faz te, um dia, deixou de comparecer ao ba,nco ra por informações ou provocar o caos com
encomendas, não faz compras no super- e discretamente fugiu para um país da Asia situações falsamente criadas. Agora mes-
mo, em Moscou, e por um preço de pouco
mercado, não paga contas, impostos, não onde até hoje se encontra. Hoje ele leva .mais US$ 2, fanáticos russos estão venden-
entra num hospital, não consegue voar de deliciosa vida num país distante, cumpri- do programa.s de CD-ROM que anulam ou
avião, de trem ou mesmo de ônibus, não mentos dos incompetentes funcionários do afetam a política exterior da Rússia, no.de-
coloca gasolina em seu carro, ou lá o que Aiggs, que nunca se derglm conta da tra-
seja, a menos que algum computador, si- móia. sastroso conflito relacionado com a Iugos-
lávia. A isso eles chamam de ciberbomb,
tuado em algum local, assim o permita. Mas se esse delicioso golpe prejudicou em que tem condições de anular todos os com-
Tudo hoje em dia é controlado e dirigido poucos centavos a maioria dos depositan- putadores do governo. Esses mesmos ha-
ckers russos estão perigosamente amea-
por esses sensacionais instrumentos. Já tes do Riggs de Washington, agora com o çando a própria OTAN.
pensou portanto o que poderia suceder se espantoso desenvolvimento dos novos Você pode portanto imaginar o que suce-
deria no Brasil se o mundo, ou pior ainda -
todos esses computadores, por qualquer computadores, dos novos programa e dos
o próprio Brasil, repentinamente parasse?
motivo, cessassem repentinamente de fun- novos gênios do tipo do proprietário da Mi- Seria o mais total e completo caos social,
uma vez que ninguém mais poderia comer,
cionar? crosoft, Bill Gates (eles existem aos milha-
tomar condução,.trabalhar ou ter qualquer
Agora veja o que está por acontecer. Se res e aqui mesmo no Guarujá eu conheço atividade social. E por isso que, comparan-
do-o a uma guerra nuclear, que igualmente
você não conhece a palavra, explico que um deles que tem apenas 16 anos), o gran- destruiria uma nação, a guerra cibernética
hacker é um estudioso, inteligente e hábil· de perigo agora é que as nações bandidas é igualmente assustadora. Mas ninguém até
hoje aparentemente está analisando essa
indivíduo que se especializou em informá- (como os fanáticos estalinistas na antiga possibilidade, a não ser um pequeno grupo
tica e, geralmente, sabe tudo sobre a ação União Soviética, que não se conformaram no Pentágono, que não informa o que está
fazendo para não assustar o povo ameri-
e operação de computadores. Conheci um com a eliminação do comunismo), com os
cano.
Superar Obstáculos, Vencer Desafios...
Ainda é Tempo de Sua Empresa Achar
a Saída.
CONSULTORIA - TREINAMENTO E
CURSOS DE EXTENSÃO •
09 a 15 de maio de 1999 • Nº 1067 •
REVISTA NACIONAL -13
Aos 60 ou mais -·anos: ~~ (~
-. ._.,.... ---... . ·. '
~' ~,;~)í
J f..,_,,::,;._.,
-~ "5"'/.-<
Sexo também se ~~, ·~- ~ ~$
r, - ~ · 1 ·.
• Nunca é tarde para aprender: se você tem chega a: ser nenhuma , '""'\ r·
60 ou mais anos pode perfeitamente partici- surpresa para quem,
par de àulas sobre sexo. Não, não é nenhum como Risman cons- .·-.~ il,,,..--
1.
exagero e quem garante isso é o psicólogo
.--....::..1 ,I ....,, ,,..._ ~ -_::::;_,."'.:,-.._j
Arnaldo Risman, que dá aulas de educação
tatou em suas pes- J
sexual para a terc~ira idade na Universidade quisas que o interes-
do Estado do Rio de Janeiro. O curso, minis- · :--,_~
trado na Universidade da Terceira Idade, tem se pelo sexo não di-
duração _de um ano e o ·currículo inclui aulas minui com o aumento da idade,
sobre a história da sexualidade, anatomia, fi- apesar de nem sempre terem a revelou que.para 80%
siologia, doenças que podem interferir na se-
xuàlidade (como a Aids) entre muitos outros chance de fazerem o que gostam. A ' das mulheres, a causa
assuntos. .
última pesquisa realizada p.elo professor Ris- da interrupção é a faltâ de
Êm suas bem freqüentadas aulas Risman
aplica também o projeto Saúde Completa - a rnan - que trabalha há cinco:~nqs com edu- parceiros (viúvas são a mai-
sexualidade na Terceira Idade que tem corno cação sexual para a terceira .idaqe .e com oria nessa faixa etária) e não a fal-
tema o corpo dos alunos que revelaram ao
psicólogo uma grande curiosidade sobre sexo. ·pesquisas na área de comportamento, man- ta de desejo. Para 70% dos homens, o
"Eles dizem - garante o psicólogo - que que-
rem saber ludo, já que, pela sua criação, cos- tendo intercâmbio com Cuba que tem proje- motivo são as faltas de ereção, não exata-
tumam ter pouca informação sobre sexo."
tos voltados para a sexualidade há 20 anos mente porque eles sejam impotentes, mas
Engana-se quem pensa que são poucos os
homens e mulheres da terceira idade que se - mostra que as mulheres de mais de 60 porque fisiologicamente o c·orpo não funcio-
interessam por sexo: as aulas de Risman já anos ficam sexualmente estimuladas com na, por mais que se queira e tente, como o
receberam mais de 600 alunos, o que não uma boa músic·a, o toque da pele do parcei- de um rapaz de 20 anos. Mas issç não quer
ro, a dança e o carinho. Já para os homens dizer que o idoso deva 'jogar todas as suas
o maior estímulo vem da visão da nudez fe- fichas" no Viagra, a pílula da impotência. O
minina, de filmes eróticos e do toque corpo- psicólogo Arnaldo Risman dá um importan-
ral. te aviso: "O Viagra está associaqo a proble-
Muitos idosos que deixam de fazer sexo tem mas orgânicos. Para os idosos-alerta-, não
respostas diferentes para os motivos: uma é uma questão de impotência, mas de paci-
pesquisa realizada em Copacabana, no Rio, .ência." (E.H.)
.. ..
ais uma vez a ~~- ·.. ·.
~lançaüma ·.. ··
idéia pioneira~boa ••
e♦ · para os dois lados: cliente
veículo. Seu anúncio pode ser
, .veiculado em _tod_a a nossa
·· ·rede dejornais ou em parte -
·-.· ·tanto no Rio como em todo o
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I:iJi~: ~e:,:;c,peiroGradus Jornalismo Ltda. Revista Nacional - Av. Paulo de Frontin, 639:. Rio Comprido - Cep 20261- 241 ~ RJ:. ,;
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REVISTA NACIONAL· 14 09 a 15 de maio de 1999 • Nº 1067
Chega de amadorismo! Jorge Oliveira, de.Brasília--------,
..
- ~.1t.t.;i~f~:~:J;!,\~,~.--~«J.J, ~-~JJ •. . .
Texto de Victor Zappi
hi·' ~J~~©~,íf>~ J Jt·· VERGONHA • O juiz .Nicolau, ex-presidente do TRT,·SP, não esteve sozinho na
. l-~"'L.~·-:::_, empreitada de roubar dos cofres públicos mais de /00 milhões de reais.
Depois de 45 anos de jornalis- .•.,J\1/pi;~,- .t1'
mo ativo, diário, atuante; ªP?S Agora mesmo, a CP/do Judiciário des.cobre qqe o ministro do Tribunal de Contas
t(:/. . -~, 1~~ , l¾rivli'j df:! União, AdhemarGhis/, deuparecerfavorávelpara queas obras da sede do TRT· ·
centenas e centenas de entr!v,s- . ·SP, administradâ'pelojuiz, continuassem. Oprocesso ficou parado pelo menos um·····
tas, reportagens, promoçoes, l ano no TCU, mas inexplicavelmente, mesmo sabendo das irregularidades, Ghisili·
campanhas cívico-educa!ivas, berou as obras. Se Nicolau abrir a boca , outrosjuízes e ministros de tribunais de
mesas redondas sobre varrados contas vão terque deporna CP/que acaba de·descobrira parte podre da república,
o judiciário.
l~ ,.,; .fim, tu_do o m?,s do d1a-a-d1a de ir , ,. \ . ! \
r~U!:rla_vrda dedicada a um~ profis- ,¾;., ';' .\~· {f J
sao ardua, ,:iã~_supizrtamos mais ,I .f 'i ~ { ·,(. · f ,/Ít- !
l',t1v~r tanta_n:11stifl~aç_ao, empulh,as ;- i~ }~ fis..,.·,f.:,J.T'
/Jçao, ma1,c1a, ma-fé e ama(!?n~- \ li :v .
mo por parte dos nossos aéfmr- 1,, · "•1 ,,...,,,,<(f<....~
~ · "' · ·
nistradores, sejam eles públicos -~
ou privados. meia, do plano que nunca sai do
Gente! O, Brasil não é um país papel; das magníficas idéias que
qualquer. E um continente e nie.- nunca se concretizam, e das con-
rece ser tratado com respeito: decorações "por mérito" (há cida-
Este é o nosso grande problema. dãos que P,ossuem tantas meda·
Viver, trabalhar num país-cç,nti· , lhas de mé'rito que se fossem
nente não é nada fácil, com uma usá-lastodas,.ficariam impedidos
população propositadamente· de sentar):.. . • ·/
marginalizada, abandonada, mal- , Em nossa-Vida de jornalista·pro-., ·
tratada, mal cuidada, mé!halimén- ; fissional entrevistàmos chefes de .
tadà e mal-educadá; é duro re- • 'Estado,•infindáveis _ministros, di· .
conhecer està triste réalidade. ' rigéntes -de empresas particula~ ··
Somos o país.: do "amanhã res e estatais, parlarnentares;-em,
será". Não .acreditam? Peguem suma, profissionais.de todos os '. .. -
um lápis vermelhQ é, numa tarde matizes.
· CONDENADO· Depois de absolvido em
de domingo, risquem todas· as · Impressionante a torrent~ de r - .. - - - - .- - - - ·- - - 7 todos os processos em que esteve, acu-
promessas contidas nos artigos promessas, palavrórios, calha- sado, o empresário Mário.Garnero,_. ex-
sócio de Roberto Marinho na NEC, aca-
do seu jornal preferido: o gover- · maços, planos e rolambórios que
·ba ele ser condenado pela revisia Épb-
no cogita; sera realizado,; tão logo passaram pelas nossas mãos.
' ca. Ao noticiaraabsolvição do empresá-
o governo...; o governo se com- Um diplomata europeu em re- rio pelo Supremo Tribunal Federal, a re-
vista (az acusações injuriosas a _Garne- .
promete a...; o governo preteri- latórioenviado·ao seu país retra- , ro, indignad_a com a decisão da justiça.
de iniciar, tudo indica que; a ten- ta·o povo brasileiro "como sofre- A reportagem certamente foi orientada
dência é; o governo S!:1 inclina a...; dor e quase anormalmente pací,
o governo vai iniciar; Q governo fico":•Acreditamos que, para atu-' pelos Marinhos, donos da revista.
và1 proibir; o governo vai ex!in-· rar tántos incompetentes no po-
guir; o governo estuda a possibi-. · der, é preciso mesmo ter voca-
lidade; é provável que...; o gover- · . ção de sofredor e ser .anormal-
no vai incentivar; ova-gi ocvriearrn; oogvoa-i menté pacífico. Falta-nos a fero· BUROCRATA· FHC tem.demonstrada
revelar; o governo cidade, ;a garra, e a truculência, insatisfação com Clóvis Carvalho, mi- ,
nistro-chefe ~o gabi!'lete Civil, desde que
verno vai determinar; o governo avidez e ambição desmedida, . ele usou um avião da FAB para passar o
Carnaval em Fernando de Noronha. A
vai por fim a...; o governo vai; o características de certos países . amigos FHC tem confidenciado que Cló-
vis é um burocrata avesso a política e ·
~overrio vai, vai, vai, vai... Não é que-J1oje se encontram no ápice q1,1e, coin a viagem, desgastou r,ais ain-
da a imagem do governo. .
a toa que existe uma agremiação do poder. (Nós os criticamos pe-
carnavalesca em São Paulo com · las suas atitudes agressivas e por •
INIMIGO · Os inimigos de Chico Lo-
o nome de Vai-Vai. terem dominado o _mun~o.)' · pes moram ao lado, porque amigos CORTES · O' PMDB está se ·sentindo
Em poucos minutos de leitura e , O rriundo, caro leitor, édos mais certamente teriam orientadoo ex-pr~ abandonado no governo. O ministé-
sidente do BC a assinar'o papel da rio•de Padilha, dos Transportes, so-
o .jornal ficará salpicado de tra- fortes e dos mais espertos. En~· CPI. Ao se negar, Lopes foi tratado
como ·marginal e preso: E mais: pra freu um corte de I bilhão de reais no
ç~s vermelhos. · · tre as nações poderosas há uma que os advogados se municiaram de orçamento, e o da Justiça, administra-
do por outro peemedebista Renan
E o país do lero-lero, do faz-de· lei não escrita: ·otário não tem um habeas corpus preventivo se o 1 Calheiros, perdeumaisde 30milhões.
Em compensação, o ministério de
conta, do discurso de hora e vez!. crime era afiançavel? Stalin já dizia 1 Serra, o da Saúde, manteve os 9 bi-
lhões de reais previstos para gastar
PCMSO(NR7) que advogado ... nem os do partido. 1 este ano.
PPRA(NR9)
CIPA (NRS) L~-----------J
PCMAT (NR 18)
INSPEÇÃO PRÉVIA (NR2) TACADA • De uma tacada só, os ban·
MAPA DE RISCO queíros Saira (Banco Safra) botaram no
LAUDO TÉC. DE INSALUBRIDADE bolso /20 milhões de dólares com a mu-
dança do câmbio entre os dias /3 e 14 de
Rua Monsenhor Alves da Rocha, 140/1107 janeiro.
CEP: 21_070-540 Penha-RJ Tel/Fax: (021) 590-1281 • •
Rio de Janeiro
Rapidinhas
. FHC sol/ou Pimenta da Veiga pra baterboca com o ACM Não aguenta mais tanta intromis-
são do senador no seu govemo.
. Roseane Sarney, do Maranhão, está ensaiando oposição. Els não'se conforma com
s Inércia de FHC desde a última reunião de govsrnsdores. Nada foi concretizado até
hoje.
. Com a saída de Sérgio Amaral, porta voz do govemo, Andrea Matarazzo, secretário de
comunicação, vai tentarmelhorar a imagem do govemo. Mas ele precisa primeiro melhorar a
imagem di1 sua secretaria.
. O govemo tem uin estudo que o orienta a vender a Tevii Educsllva É que o sistema
Roquete Pinto virou cabide de empregos , depois que Mauro Garciaassumiua presidência.
• O deputado A/do Rebelo, PCdB, é candidato a prefeito de São Paulo. Não quermais andar
a reboque do PT.
• Depois de ser esnobado pelo PSDB, Casar Mais volts so selo do PFL. Arthur da
Távols é que ImpediuMela de Ingressarno seu partido. ,
,
09 a 15 de maio de 1999 - Nº 1067 ... ,, ..... ; , . .. ...... ... .
• REVISTA NACIONAL -15
• NINGUÉM SABE, NINGUÉM VIU -Andou bem o ministro
José Serra em não aceitar a conclusão de um inquérito ad·
• ministrativo aberto na gestão do ministro Carlos Albuquer-
que na pasta da Saú_çje, a fim de apurar a compra de esper-
rnicidas pela extinta Central de Medicamentos (CEME), em
volume suspeito e com uma parcela do produto superfatu-
rada em quase 1600%. A comissão responsável pelo inqu-
érito simplesmente não conseguiu esclarecer quem eram
os culpados pela compra do produto superfaturado, nem os
responsáveis pelas empresas fantasmas que o venderam.
Após ano e meio de enrolação...
INIMIGOS DA ARTE-A exposição do escul-
tor Franz Krajberg no Espaço Cultural dos Cor-
reios, Rio de Janeiro, foi iní3ugurada sem parte
das obras, presas pela jmbecilidade alfande-
gária no Porto de Santos.. E fechou sem que
os trogloditas da alfândega santista.se dignas-
---sem a liberar as obras de arte de Krajberg.
O Caso.Chico Lopes outra, com altos índices de audiência, entrara em
cartaz. Mas não entrara em cartaz a tal ordem natu-
Aquilo que Darwin chamava, com certa improprie- Deus, realmente, deu nozes a quem não tem den- ral das coisa~. E dou um exemplo: eu tive que dar
dade, de "a ordem natural das coisas, sua evolução tes? Se a natureza é perfeita, para que servem os uma carona a esse ator que, na porta da Manchete,
arquitetos? debaixo de chuva, entre desconhecidos, chamava
e desenvolvimento" é algo que' nunca chegou a ocu- por um táxi e todos, público e motoristas, o ignora-
par as minhas insônias. Essa ·talvez tenha sido a O sr. FrancisooLopes é, neste momento, umbom exem- vam completamente. E por quê? Apenas porque o
minha primeira descoberta juvenil~É fácil ser sim- Wilker já não era mais o Wilker e a bola da vez era
plista e garantir, sem o receio do contraditório, que a plo de como a tal ordem natural das coisas é extrema- um outro ídolo qualquer.
vida é assim mesmo, as coisas são porque são e o mente, issosim, anti-natural. Mas, antesdele,deixemque
futuro a Deus pertence. A vida, porém, oferece, mes- eu recue, um pouco, no tempo. Quando era avassalador Pois foi desseepisódioqueme lembrei, hápouco, quan-
mo no dia-a-dia de uma existência vulgar, os mais o sucesso da novela "Roque Santeiro", José Wilker era dovi, pela televisão, o sr. Francisco Lopes s~rpreso, ao
terrlveis exemplos de como as coisas não possuem caçado, nas ruas, por seus admiradores de.todos os se- vivo e em cores sombrias. Minutos antes, quando ele se
a tal ordem natural, não evoluem como se supõe e xos e não podia nem mesmo ir até a esquina comprar dirigia à sala da CPI dos bancos, pelos corredores do
nem se desenvolvem de acordo com as projeções Senado, estranhei as P,essoas que o acompanhavam:
solenes das chamadas ciências exatas. um maço de cigarros. apenas advogados. Ministros, senadores, deputados,
Um mês depois, a famosa novela acabara e uma amigos, vizinhos, parentes - ninguém para lhe dar um
Para mim, uma senhora morrerde velhice, na Bahia, abraço ou um simples aperto de mão. Um dois meses
atrás, nessa mesma casa do Congresso, as pessoas se
aos 128 anos de idade e a neta da minha vizinha, acotovelavam para lamber-lhe os sapatos ou esmolar-
desaparecer em Deus, aos seis meses de vida, com lhe um escasso sorriso. O poderoso presidente do Ban-
hidrocefalia - ah, não me venham dizer que o nome co Central, agora, não era mais presidentedecoisa algu-
disso é evolução natural e que esses fatos se justifi- ma e também já não era poderoso.
cam por si mesmos, só porque eles existem e se Pode alguém retrucar que eu estou confundindo
repetem desde que o mundo é mundo. Gente como tudo e que a ordem natural das coisas seguiu o rumo
Darwin, Freud e Marx conseguiram, é fato, estreme- certo; enquanto era um homem de bem e exercia
cer o planeta com suas idéias. Mas o tempo, pouco um alto cargo, Frat,cisco Lopes merecia aplausos.
a pouco. assim como destruiu algumas teorias que, Ladrão, merecia o desprezo de todos.
desde milênios, pareciam eternas, ó mesmo tempo
tem-se encarregado de por em banho-maria todo De acordo. Eu mesmo, pelo menos neste momen-
esse elenco de ciências da modernidade. to, acho que a situação dele é muito ruim. Mas a
minha visão das leis é outra. A ordem natural das
Sempre li e ouvi dizer que a idade e a vivência dão coisas é qye alguém seja inocente até prova em
contrário. Se dentro de alguns meses ficar provado,
a todos nós crenças mais certas e mais sólidas. Co- sem a menor sobra de dúvida, que o ex-presidente
migo, deu-se o oposto. Quanto mais velho fico, lan- do Banco Central nada fez de errado, sabemos que
to mais inquieto e inseguro me torno - mesmo dian- ele será absolvido. Só que, pela tal lei natural das
te das coisas mais tolas. Vitamina C faz bem, mes- coisas, Chico Lopes, para o país inteiro, e para sem-
mo à saúde? O coopermatinal não tem suas con-
pre, será mais que inocente.
tra-indicações? Um cascudo no filho desobediente
pode transformá-lo, homem feito, num estuprador? - Será Inocente - mas ladrão.
REVISTA NACIONAL- 16 09 a 15 de maio de 1999 • Nº 1067
11 PLÁSTICA - Dia destes vi o . ...• ...•...• ...•......•...• ...•..•...•......•...•..."..... ..•..•....•..."........•...•...•..•...•...•...••.•...•.....•...•..•.•..•...•...•...•...•...•+....•...•..+......•...•..• 1u fflí•Jí ··
· Doutor Pitanguy na televisão. .'
•
Gorduroso e balofo, o doutor está ::/:'.ti //i:fI!F}_'i~~~i~:; ;,tí~·t~;;/;;{~\ltt:J:!
precisando de uma boa plástica. • MAIS BARULHO - Os 74 • .. . • W:.,,. ., . .x~ ,.::.:~,.;.:~,.,:,:?x◊;-:<"Y.(··· sr. • •, ... ., .. . ... . .. .
anos de idade não tem impedido
(Joel Silveira) · · que o comediante e advogado l;~'..::-::.:·::li?f~l~~~.. ,. ,. , , •• , ••••·•:«~..-f:«.C,,QX(,,.❖:<O.,(!••o" •••~:,:~ ~~e;..-,~:..-: .. •;•: ..; ~•::•.•••.. •
Jorge Loredo se desloque uma
• GASES - A senhora Dercy • vez por semana até São Paulo ~'.~~~iji~J~~~~~~~~~;ijilft~~lfüi j/!;"·;·:.;:'.:;;}t:;
Gonçalves e o hipopótamo têm para, durante algumas horas, ga- :·::~~~~~!t~llf~fült~;{.«··:i_~··:\i}f\;f::\• •• ••••••• .,. •• ••••,.;::' S,.<;,.~•••• • -~O••~••?.<o,.f'>••~:f-••~)!f(•◊•,;...,::,., •" •..-.. :: •• ,,:-_,-;._, •
algo em comum: é pela boca que nhar outra personalidade, mais
ambos expelem suas flatulênci- precisamente a do personagem . )i} };l:.ir?::·:·F ~l~
as. (Joel Silveira) Zé Bonitinho, uma das atrações ~~~• • • •• ~•f;,• •
da nova Escolinha do Barulho ~· ,•• ~ -\>:·::·. .·~·~t~:>:.\ijt~ . :~.:~::.•~:~
■ ESCAMBO - Já que.a se- da Rede Record que, aliás, está '-"(•'';)."'<-'<•~ .(,.,
nhora Hebe Camargo mudou-se resgatando outros antigos come-
para o Rio, bem que os paulis- .. ...:..:.....................:·.:..:........... ..... ....:............... ...;,.. ....:.;.'...:...:..::..,......·~..•...:.....:·.....·..:.·+......:..:.,.;......;.;..:....:.....·..:... diantes (José Vasconcelos, entre ~~i J!~~@;,~~~{~}:/\·:ofix:.:::~'.:::.
tas poderiam revidar, levando eles). Zé Bonitinho é o mais anti-
aqui do Rio a senhorá Dercy go e famoso personagem de Jor- • .. •''".w't-t,~.~ ;·:·~_:·_;_<::s~~~~>:····.:«:..·.~~:•,j-r:•:·
Gonçalves. (Joel Silveira) ge Loredo que, baseado num
amigo da íuventude, o criou em
1960. (Pedro Portírio}
■DECISÃO - FHC (foto) está pagando
•BRASIL SOBE AO PÓ- AGNER caro por ser lento nas decisões. Assim
DIO - Whisky News, bole- como demorou a mandar apurar o caso
tim da Sociedade Brasileira
de Whisky, em seu número dos bancos, o presidente também deixou
86 divulgou .o ranking de· ~ANCO ........... rola( os escândalos dos grampos do BN-
1998 dos destilados mais GENTAAL
vendidos no mundo, em ter- • c,41111111 ... DES, o escândalo da privatização das te-
' mos de volume, segundo OI [Il
pesquisa anual realizada VAzMEllí05,.. lefônicas, e a denúncia de que ele, o Ser-
-
pela revista inglesa Drinks ..\ ' jão e o Serra tinham contas em paraísos
......- .
lnternational, listando as 50 fiscais.
()
marcas mais comercializa- O povo não é bobo, presidente! (Jorge
das. Oliveira) ,
A vodca russa $tolichnaya
• M... - Cansados de ouvir queixas e reclama-
obteve a poleposilion com
ções, numa média de ·duas. mil por dia, os do-
52,8 milhões de caixas de 9 nos da Telerj decidiram mudar o nome da em-
presa, que já no próximo mês passará a se cha-
litros, seguida pelo saquê mar Telemar.
Jinro Seju, com 41,2 milhões
e pela nossa Pirassununga . Telemerda seria mais adequado. (Joel"$ilvei-
51, que conseguiu subir ao ra) ·
pódio com 22, 1 milhões de
■ PROFISSÃO DE FUTURO-A .instrutiva
caixa·s de "boas idéias".
O scotch melhor co.locado' 1 nhiisntoorhináhasecmheagnoaus.doeuBviraasoílsia,pv'aiias fax. O me-
comenta-
foi o Johnnie Walk~r Red ■ BICHARIA-Em des-
munhecadíssima entre- rem e lamentarem os escândalos que fa-
Label, em 1ori /ugac, c9in o .v;sta à televisão, o "de-
.corador" Eder Meneghi- zem notícias ila tevê e nos jornais, renden-
total de 7,4 milhões de cai- ne con,fessou que pre-
do milhões·para espe'rtinhos e ~spertalhpes.
xas. Entre as dez primeicas · tende ser'o primeiro ho-
Quando a avó chego4 do Riq'pa_ra visitar a ,
marcas também·estavam a mem grávido do mun-
do". Vocês não acham filha, o genro e o neto, .perguntou-lhe se já
Ginebra San Miguel, os que essa bicharia anda_
rums Bacardi e Tanduay, e extrapolando? (Joel Sil- sabia o que pretendia ser quando cresces-
as vodcas Smirnoff e veira) se.
Moskovskaya. (Jorge Le,ão
- Quero ser Ali Babá, vó -, respondeu o
Teixeira)
garoto, sem pestanejar. (Jorge Leão Tei-
xeira) ·
taESCÂNDALOS - Há mais de dez anos, desde que o povo -[·
foi às ruas para escolher o Presidente da República, que f,
os· economistas estão envolvidos em escândalos. Come- PROMOÇAO!!!
•• ,;.
çou com a Zélia Cardoso de Melo (foto) e não parou mais. - - - - --
Parece uma quadrilha organizada que vai indicando alguns A VISTA C/Instalação e 6 Meses
de seus integrantes a C8:da governo. (Jorge de Oliveira)
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REVISTA NACIONAL-17
■ HAJA CORAÇÃO! - Gonçalino Feijó 11 EM TODAS - Tiazinha é • não se . -·-·----·-·-♦---
- o velho Gonça - pajé da tribo turfística
dos Feijó, foi levado ao cume da emoção pode negar - um fenômeno inexpli•
90m a espetacular vitória alcançada pelo
seu neto querido - Gonçalino Feijó de Al- cável, é verdade. Seu sucesso não
meida, o Goncinha - no Grande Prêmio
Cruzeiro do Sul, o Derby do Jockey Club se limita à teJ<3v.isijo (está ganhando
Brasileiro, pilotando o cavalo paulista Chi-
co Corredor, do Haras Bandeirantes. Gon- seu próprio programa na Bandeiran-
cinha está radicado no turfe americano
há oito anos e veio ao Rio convidado pe- tes), ao disco e aos vários produtos
los criadores e proprietários de Chico Cor- (a maioria absolutamente inúteis)
redor, que o mandaram buscar para ten-
tar ganhar o Derby., que levam seu nome. Ela está inspi-
O coração do velho pajé Gonça deve rando também.- e nem poderia ser
andar 100% para ter resistido ao brilhare-
co do Goncinha. (Jorge Leão Teixeira) o contrário - o lançamento de cole-
ções de lingeríes entre as quais os i
modelos Fragance e Milano, da Ou- i
loren. A coleção Milano é composta ;
por sutiã com arc9 e calcinha em /
formato biquíni. Na foto os novos 1
modelos e o anúncio inspirado na Ti- j
i
azinha.
* Pena que elas só tiraram a más-i.
cara. (Eli Halfoun)
•EMPATE TÉCNICO - Pimenta nos olhos dos outros é ■ OLHOS GULOSOS - Os pro-
um consolo besta, mas não custa lembrar a manchete gramas culinários, nacionais e
da edição de 10de abrildojomalargentino "Clarin''.· "Cada estrangeiros, multiplicam-se pe-
dia es más peligroso v/vir en Buenos Ayres''. Nos subtítu-
los, referências ao clima de insegurança nas residências los canais abertos ou por assi-
e no comércio, à corrupção policial e à crise social Além natura. Com o risco de provo-
do progn6stico pessimista de alguns entrevistados, que car uma indigestão visual nos te-
garantem um futuro pior em matéria de violência para a
capital argentina. lespectadores... (Jorge Leão
Teixeira)
É o Mercosul da insegurança... (Jorge Leão Teixeira)
l!1 CORAÇÃO MATERNO - O Botafogo não -,
cria juízo, n1esmo. Conseguiu um milagre às
avessas, empatando com o ltaperunà, que até li MAO NO LIVRO, PE NO ALTAR -A expe-
então não tinha conseguido uma s6 vitória ou riência adquirida durante os muitos anos que
empate no campeonato. Como dizia um sofri- atuou como editora de moda da revista Claudia
do alvinegro que afogava suas mágoas num bo- somou suficiente bagagem profissional para que
teco ipanemense: "Botafogo tem um coração agora, aos 60 anos, Constanza Pascolato_faça
de mãe, onde sempre cabe mais um Jtaperu- sua primeira tentativa como escritora, lançan-
na''. (Jorge Leão Teixeira) do o livro, intitulado Essencial - Pequeno Guia
de Estilo, uma das novidades da Bienal do Li-
11 QUEM TE VIU E QUEM TE VÊ... - Luciano vro, que aconteceu no Rio. A outra nova ex-
Szafir já foi mestre de cerimônias de Sua Ma- periência da polivalente Constanza será a
jestade Xuxa. Outro dia, porém, dava expedi- oficialização, em maio, de seu casamento
ente' como mestre de cerimônias de Minnie com o jornalista Nelson Motta com quem
Mouse, no Norte Shopping, num show para namora há três anos. "Faremos - revela
comemorar os 70 anos da camundonga criada Constanza - uma cerimônia íntima em Nova
por Disney. (Pedro do Rio) Iorque". (Pedro Porfírio)
a SAI DE BAIXO! -A Record quer uma • DEVO NÃO NEGO... - O E~AD fez as con-
tas dos penduras na ponta do lápis e verificou
parceria carioca para mandar brasa "a la
Casoy" nos seus telejornais. E começou que o calote dos canais de televisão chega a
R$66milhões, soma dos inadimplentes da tevê
a conversar com Cidinha Campos (foto)
aberta e da tevê porassinatura. Total que pode
para que ela assuma os comentários do aumentarcom a revisão nas contas dos inadim-
Informe Rio. (Jorge Leão Teixeira)
plentes da tevê por assinatura. (Jorge De La
Cruz)
• O PODER SE ESVAI - Está prestes a cair a Assessoria e Escritórios
de Advocacia
diretoria da Casa da A1oeda do Brasil Seu pre-
sidente Tarcísio Pereira, é irmão de Eduardo
Jorge éaldas Pe_refra, _o influen~e f!X-secretá-
rio-geral da Presidenc,a da Republ!ca. Drs. Ruy Octávio Domingues
a Tarcísio é daoquBerlaesfailmadosqou,c.no.rmmai,snsdeain.steqquueenfae-oz Paulo Goldrajch
Marinha
entravam nos seuscanhões, conforme FHsem-
opre recorda. . ·"•··-··•·'•º ·.-.• i - :..- ~,. ____..,,. ··- ... .... . .... :•·-' ...... •·,•·.· · ,~,· • -~ -........ ,, .·• , ........._. ...,• .,._·• . _.,...,. . . ••· · - ' . - . • - . . ,. ··- - .,,
que será que não entrou ou s~,u da Casa _ ·.. :.:_..· ·, : Av. Presidente Antônio -Carlos, 6 1 5 / 4 0.-5 -~:,_C a s t e l o / R J . :,_:... -.. . '
. .'
da Moeda, na sua gestão? (C/aud10 Humber- .. . . '
to Rosa e Silva) · · ·· :Teh: 533-4129.;. Fax: 533-8761 E-mail: paulô[email protected]
REVISTA NACIONAL - 18 09 a 15 de maio de 1999 • Nº 1067
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■ TAILANDIC - Leonardo "Ti- ■ OLHO NO FUTURO -Aos 77 anos, Leonel
tanic" Di Caprio (foto) levou um Brizola (foto) continua dando um exemplo de
bruto susto quando filmava The vitalidade e de luta. Exibindo agora.uma cabe-
Beac.h (A Praia) na costa da Tai- . leira que recuperou usando uma técnica que
lândia. O barco em que estava devolve a cor natural dos cabelos, Brizola des-
com a atriz inglesa Tilda Swin- mente qualquer
ton e a equipe de filmagem, vi- possibilidade de
rou ante o impacto das ondas, aposentadoria e
deixando todos dentro d'água, adia mais uma
meia hora, sob ameaça dos tu- vez a decisão de
barões que infestam aquelas escrever um livro:
águas. (Jorge De La.Cruz) "Tenho notas es-
critas, em quanti-
■ BELA - A nossa Fernandona (foto), que desde o dade, guardadas •.
Oscar amarrou a cara, deve voltar a sorrir. Afinal, a vida em gavetas e
é bela. (Joel Silveira) também em pas-
tas, mas, por en-
li1 PERSONAS GRATÍSSIMAS - [Velson Pessoa e Rodrigo quanto, não con-
Pessoa são dois nomes que engrandecem o espotte brasilei- sigo me interes-
ro e passarão a história do século XX com a mesma dimen- sar em escrever
são de um Pelé, um AdernarFerreira da Silva, um Aitton Sena. um livro". Com.
muitos planos Bri-
Rodrigo, a exemplo do pai, Já se tornou um expoente do hi- zola dá mais um
exemplo de que é
pismo internacional. Sabem lá o que é ganhar na temporada olhando para a
1998199 duas Copas do Mundo e um Campeonato Mundial? frente que se vive, mesmo quando se chega a
uma terceira idade feita de lembranças: "Te-
{Pedro do Rio) nho 77 anos, mas estou cheio de fogo para vi-
ver. Minha fascinação é pelo futuro, não pelo
passado." (Eli Halfoun)
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,,U,. .i ·p" ,,;. ~ Você pode comprar um deks •ou os do~!
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ensão, Todas elas com final pitoresco e inesperado -
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1
\ 1' REVISTA NACIONAL -19
09 a 15 de maio de 1999 -· N• 1067
' Eli Halfoun
A AUDIÊNCIA É O LIMITE - O título - Sem ..
o programa do ator-cantor (ou será ao contrário?)
• Limite para Sonhar - do programa que Fábio
também não tem e passeia por diversos momen-
Jr. (foto) apresenta na Rede Record serve muito tos, desde um simples programa (mais um... ufa!)
de auditório até uma novelinha semanal, o que
mais para ilustrar os planos e sonhos da própria
tem permitido que Fábio exerça (e bem) as duas
emissora,·que está convencida de que consegui- atividades que o fizeram um dos artistas mais po-
pulares e carismáticos do país. Na verdade a Re-
rá, não demora muito, a liderança de audiência cord já fez o seu maior investimento que foi o de
conseguir contratar o cantor, e agora espera o
do que o programa propriam.ente dito. Não se retorno, em termos de audiência e, em consequ-
ência, financeiros apenas com a presença de
pode negar que a Record tem feito, embora com Fábio. Por isso, não·se pode esperar muito do
Sem Limite para Sonhar, cjue se não é uma su-
uma programação que ainda ~eixa muito a dese- perprodução não deixa tanto assim a desejar até
porque Fábio Jr. tem se comportado bem, não
jar, um estrago até recentemente tranqüila lide- recebendo os convidados com total informalida-
de (afinal, ele não é um apresentador) como atu-
rança da: Globo e na vice do SBT, o que tem sido · ando nas novelinhas que, convenhamos, se can-
celadas não farão a menor falta. De qualquer
muito saudável na·medida em que obriga as ou- maneira esse esquema é diferente, uma novida-
de que, aliás, a Globo está tentando levar para o
tras a reagir. Não se pode deixar de reconhecer novo programa de pagode das tardes de sábado.
também que a Record, que.já tem um excelente * O que prov:a que a televisão está cada vez
jornalismo (o que inclui o Cidadé Alerta, que é- mais sem limite para copiar.
para quem gosta - um bom programa policial) e
terri tentado mudar o perfil popularesco que ad-
quiriu não só cóm o programa sertanejo apresen-
tado por Marcelo Costa, mas princip,almente des-
de que foi a culpada por apostar alto em Ratinho,
transformando-o indiscutivelmente ,no maior fe- que a Record quer conquii:;tar e que.é, convenha-
nômeno da televisão brasileira nos últimos anos. mos, o mesmo pertil da Glotio até quàndo impõe
O programa de FábioJr. se encaixa perfeitamente todo o seu, às vezes-arrogante, "padrão de qualida-
nesse novo pertil popular, ·mas não popularesco, de". Se a Record parec. e não ter limites para sonhar,
'
•· O PERDE E GANHA DA LOURA - A sabedo- QUEM NÃO GOSTA DE SAMBA... - Como
ria popular costuma dizer que a gente só dá valor se já não bastasse o massacre do pagode
as coisas quando as perc;le. Na televisão também nas emissoras de rádio (está virando uma
pàrece ser assim. Agora mesmo.estamos pre- tortura) e da presença dos, digamos, "pago-
senciando um estranho comportamento por par- deiras modernos" em todos os programas, a
te do público e muito mais da crítica. Enquanto Globo, em busca de audiência popular, fez
esteve, durante anos, apresentando seus progra- do ritmo ul"(la atração seman.àl (tardes de sá- '
mas (Note e Anote e o Programa Ana Maria .bado). O pr,ogra"]_a comanda'do (mal, já que
eles não sabem se são apresentadores, ato-
Braga) e impondo sua presença, a loura mere-
res ou cantores e, muito menos, o que estão
ceu severas críticas. Mas bastou que ela deixas-
se a Record (para onde, anotem, ainda pode vol- exatamente fazendo ali) por Netinho_e Sal-
tar) para fazer sentir (e muito), sua falta. Estra-
nhamente é a crítica que mais·sente a ausência .. gadinho tenta se~informal, mas de saída peca
da a. presenta' dora1 qu• e, como se '!',.Lagora, era o . pelo mau gosto'dos cenários exageradamen-
te'metidos a luxuosos e, por isso mesmo, de
prato do dia para .~s pauladas:-·-
* RÚim com ela, pior sem ela. extremo mau gosto. O clima informal que a
Globo buscou para o programa não foi, as-
sim como no domjnical Amigos e Amigos,
encontrado. O esquema do programa é mais
• ou menos o mesmo (ela, a televisão, faz qua-
se tudo sempre igual) que Sargentelli fazia
às vésperas do carnaval, na Rede Manchete
e já fez na própria Globo. Entende-se que a
Globo,precisava de um programa popular
para concorrer com o também popular Raul
Gil da Record.
* Mas a escolha poderia ter sido melhor.
Muito melhor.
FAZENDO ESCOLA- Alguns programas parecem :4~~w; ~
ser definitivos na televisão e por isso mesmo aca- •;.(~•).;(,)
bam fazendo escola, o que é o caso dQ Vídeo Show ~::f)':.::iSJrtf:X·'t~:5ej:::-;3.;.•:·.Y~..· .•
que se mantém no ar há anos inspirando muitas có- .'
pias, uma das quais, agora, o novo programa que a >' i .,
gracinha da Virgínia Novick está apresentando na
Record. Por mais que tente não serum Vídeo Show ..1 ::.::-:~-s.&~l
disfarçado é impossível à Virgínia Novick fugir do
esquema que, afinal, é jornalístico epor isso mesmo ·..:. ..,..)M.:.s~»w~;~,~;-
::.·: ::sr,-=.
não é exclusivo de ninguém (revistas e jornais im- ..
pressos são, reparem só, quase todos iguais). Virgí- ..
nia até que tem tentado mostrar reportagens dife- ..
rentes, mas a gente fica sempre com a impressão
JOVEM TALENTO CONFIRMADO- Quem es- de que lhe falta material dentre da própria Record.
perava ver em Andando nas Nuvens apen~s um Já as reclamações contra o Vfdeo Show são contra
showde Marco Nanini e Débora Bloch esta sen- o fato do programa só mostrar os bastidores da Glo-
do premiado com outras boas interpretações, bo (ora, se as revistas especializadas em televisão
entre as quais a de Viviane Pasmanter (f?to) q~e fazem, até porque, de certas formas, o público exige
cveonnsfirtmalaen' utomsadvoeBzramsail.isV, isveiarnuemtedmosprmopaoiorrce.iosnJaO-·
que seja da Globo o tema central, porque não o vr-
?ªdo alguns dos melhores momentos novela.
• E ainda por cima está mais bonita e sensu- 'deo público?). Nesse aspecto, ou seja, por ter a
Globo a seus pés, o Vfdeo Show leva vantagem
·a1 do que nunca. · sobre o novo programa de Virgínia Novick.
• Essa é a grande ~ fundamental J:liferença.
... '
REVISTA NACIONAL- 20 09 a 15 de maio de 1999 - Nº 1067
f
,
Após a· reunificação da Alemanha - há Na Alemanha moderna, os Estados são res-
ponsáveis pela educação - aliás as escolas
8 anos - o número de Estados federa- e universidades (lá) são instituições públicas.
dos passou de 11 para 16. Embora uma As Constituições dos municípios são esta-
belecidas por leis estaduais - e os Estados
™das decepções do governo tenha sido a · • -~~,3<, atuam nas administrações municipais, fazen-
do com que as administrações dos municípi-
rejeição do eleitorado de Brandembur- fi.l os (Lands} sejam umbelicalmente ligadas
aos Estados.
go em se unir a Berlim, que será a nova. ~
sede da capital a partir do ano 2001. Essa união entre a Federação, os Estados
-·.~ e os Municípios forma uma unidade de exe-
cução, aparentemente complexa, mas na ver-
Cada Estado tem no Senado de três a dade flexível, para enfrentar problemas ad-
ministrativos tais como construção de estra-
seis votos, dependendo da população. das, hospitais, etc. O art. 72, parágrafo 2 da
Constituição aleífra, dá mais importância ao
Essa proporção é equilibrada pela pre- equilíbrio do que às diferenças regionais. A
federação tem que estipular, por lei, o que
sença constante das reuniões de gover- as administrações-dos Estados podem exe-
cutar. Por isso as reuniões dos gabinetes
nadores, permitindo a formação de dife- estaduais muito se ocupam de assuntos fe-
derais. Em suma: a Alemanha é um Estado
rentes maiorias - e minorias - nos Es- federalista complementado por elementos re-
gionais. O sistema jurídico e a seguridade são
tados, numa espécie de contrapeso ao uniformes. Diversificação regional, mas uni-
dade política. Um Estado federativo, demo-
. ... .. ' .. poder do Primeiro Ministro. crático. E social...
Os Estados mais ricos, por lei, são obri-
gados a auxiliar os mais pobres, mas as
tarefas puramente
estatais são reparti-
das entre a Federa-
ção e os Estados. O
que se tornou bem
claro após a reunifica-
ção, com a necessi-
dade de auxiliar as
regiões em dificulda-
de do ex-Leste.
•• ,.J . ..-•,,,.. . ...-- ' .... , ~-.,,,.- , ., ..- .~'-
,'
P9sta Nº® ~FL~ :rl-1 l Fe ' -
O NORTE - Sexia-feira - 07 de Outubro de 1994 V'
• •'
~
ENTREVISTA/Fernando Henrique Cardoso
'' ras cansou
•
U: governo contra as injustiças sociais. . ... . . . O regime anial é p residencialista. esse regionalismo só interessa às
oi o que prome teu ontem durante sua Foi votado pelo povo elites dessas regiões, não ao povo.
rimeira entrevista após as eleições o recentemente. Cabe ao Presidente E como eu digo sempre: cu me
virtua l presi d ente da República, senador sinto muito brasileiro. Eu sou
da República a responsabilidade de senador por São Paulo. Todo
F_emando Henrique Cardoso (PSDB). Esta é a indicar seus auxiliares. Os núnistros mundo pensa que eu sou paulista.
sao auxiliares do presidente, Eu
íntegra da apresentação feita hoje pelo virtual presidente eleito sou parlamentarista, mas o regime Eu sou paulista e nasci no Rio.
é presidencialista e vamos agir de Então, eu acho que hoje 'nós não
Fernando Henrique Cardoso antes da entrevista coletiva: acordo com as leis. Mais do que temos que pensar mais nestes
as leis, com o espírito das leis, o
"Bom Dia . Aproveito esta oportunidade, em que pela
prin1elra vez, depois das eleições, posso me dirigir ao povo
~o meu País e também aos correspondentes estrangeiros para espírito do sistema. Então, o
· agradecer muito o modo tão generoso com que, durante
presidente vai designar o ministro "Eu vou governar
toda esta campanha, eu fui tratado. E a compreensão áo no momento apropriado para conversando com
povo brasllei~o. Os dados não me permitem dizer de forma desempenho de funções e de
deflnlti_va que eu tenha sido eleito no primeiro turno, embora projetos. O presidente, no meu os partidos, com
tudo indique isso. Mas, cert:lmente, eu ganhei o prinleiro o Congresso"
turno e ganh e i por larga rnargem de votos. E todas as caso, se confumada a eleição, é um
· informações que nos chegam indicam que, provavelmente, termos. Haverá . espaço. Não
não haverá um segundo turno. Falo, portanto, na qualidade senador há 12 anos. Foi lider precisa ser ministro. O Brasil
muitos anos no Senado. Sabe das precisa de muito mais gente
de candidato que venceu as eleições. Nessa qualidade é que realidades politicas, não é um trabaU1ando aí, tem multo espaço,
eu ressalto e agradeço ao povo brasileiro. tenocrata. No caso de ministro, não falta gente, não faltam cargos não,
ê necessariamente um cargo
É de ressaltar que o Brasil nesses últimos anos tem se técnico, é um cargo político. Agora,
que política? Para realizar -as·
caracterizado por ser um país no qual a democracia é um políticas do programa, não é para
valor. Um valo'r que eu especialmente, dada a minha trajetória fazer a política do ministro, Não é Mas o critério vai ser esse. Um
política e até Intelectual, a minha trajetória pessoal, sempre
para fazer nomeação daqui ou dali. critério de um m;wo Brasil, de um
É wn programa. E •isso é o que Brasil que quer competência e
abrace i, ma s que eu vejo sempre com emoção a sua
reaflnnaç-lo. No Brasil, o processo de redemocratização, que nós vamos fazer. O Brasil cansou capacidade política. Repito:
, foi longo, não co in<.idiu necessariamente com a expansão tecnocracia · não; co1npetência· e
de saber ·se tai partido tem três,
da e conomia. E um país com tantas injustiças, com tantas capacidade política. O 11\iniStro, en1
desigualdades sociais, que vê a reorganização institucional e quatro, dois ou nenhum mirústro. ce·nas áreas, tem que ter
não perce be que ao lado dela há benesses, eu creio que é Se tal região teni quatro. Quem fala capacidade de falar com o País,
~ país admirável porque se mantém _fiel a essa reorganização isso são dez pessoas, vinte pessoas. para poder .motivar ? País. Nós
institucional e à· de1nocracia, a despeito das imensas O País nâo quer isso não. O País
dificuldades que boa parcela do povo brasileiro enfrentou e quer um governo que funcione. queremos mudar o Brasil.
continua enfrentando. Eu acho que Isso é algo a ser marcado. Por sorte, nos vários partidos há Eu queria saber.do :senhor
Nós ho je somos urna sociedade, na qual a liberdade é um pessoas c.:ompetentcs, e fora dos
· partidos ta1nbém. E há qual vai ser sua .relação, já.que
valor e o aperfeiçoamento das instituições democraticas, eu competêncià nos partidos para disse que pretende governàr
diria que é um destino porque o povo assimdeseja. E porque apoiar, quando for o casç, gente com todos, nté com partido ~
de fora dos partidos se for para oposição. E que tratamento vai
dar aos bancoo estaduais. O
aqueles que governam o País, ainda que o tivessem - e não fazer um bom programa dos Banespa está queb('ado. O
partidos. Então, essa matéria é uma Banerj está quebrado e acho
o ten1 - a pretensão de remar contra a maré não conseguiriam. matéria que não tem nenhum que não é possível fazer um;:i
Estas eleições foram prova disso. problema comigo, nem com. a política de contenção da
coligação. O senador citado,.que infla.ção se OIJ E. stados não
Todos nós brasileiros temos a responsabilidade de é realmente meu amigo, que muito cooperarem. Ao mesmo tempo
conduzir esse País de uma maneira democrática e firme me ajudou, não tem nenhuma o senhor precisa do apoio
para uma maior igualdade, melhor crescimento econômico, dificuldade em conversar como nós p,olitico desses goveroadore:.1,
melhor distribuído nos seus frutos e uma presença que vão reclamar se ~c;nwe1'
sempre conversamos e as qualquer tipo de arrocho noa
_internacional mais ativa; um País do qual nós possamos ter, reivindicações não são deles, bancos estaduais. O que. o
minhas, do Paraná. São do Brasil. senhor p..eteride fazer?
como temos, orgulho sem arrogância; um País que nós Vamos ver o que é melhor para o
Brasil. Aliás, ele sempre conversou O que fiz como mini.stró qa
possarnos dizer que queremos, gostamos dele. Como comigo sobre as políticas. Foi dos
presidente, vou me dedicar a combater a desigualdade
social, diminuir as difere nças . A maior delas é a injustiça e
eu di= uma frase, cjue repito agora, de que somos um
País desenvolvido, somos a décima economia do mundo, que mais conversou spbre as Fazenda. Arrochamos.. Não'assinei
mas com muita injustiça". políticas nas várias áreas, inclusive nenhum . av!ll•--pára nenhum
da agricultura. O resto é as vezes goven:t3#.,;,sé·lião tivesse primeiro
.' uma formulação aqui, outra pi s.rç; .ás contas em ordem.
·l \ formulação ali, mas o contexto em ,.;G_çi~emadores poderosos. Alguns
A pri meira versão do seu demandam uma ajuda do Tanto que o Senado, que a I fenô1nenos sazonais, de que nós vamos operar é esse e eu , · .déles meus aliados hoje e outros já
l.ª:ompanha ~ais de P;rto,.mas à / acomodação. Maspeioquccusaiba tenho certeza que os dirigentes dos era,n antes. A mesma coisa. Nós
programa de governo dizia que ~or.Osenhor~participar Camara tambén1, tem la um amplo . o governo est.'i agindo intensamente ~- •-- -· - ~ não podemos mais misturar alhos
o combate à inflação duraria diretamente ou nao? entcnditncntor ·--·· - -
, Um·lídcrque é ·lidcr·poiítico-não- -'tlnr~•diálogõ J,..._neSSll-dlreçào~·-e-eu-disse"q'\Jando - - _ .._ ....•<--0m ,bugnlhos,-Se-o-baneo-vai-rro2.!-- -- -
~;.-:::;.-três,·quàtro·-anos, Durante· a
"C,'ab é preciso que faça ir bem Não pode
campanha, o s eohor falou se onlite. Agora, presidente eleito, pennanente, e os partidos não se estava em ca1npanha, e repito se deixar um caixa sem fundo, um
algumas vezes que a inflação além de líder político tem uma distinguem por serem partidos na agora, a inflação para ser combatida e ao
tinha acabado. Com que condição especial, tem que ver de condução da política externa, hã ela precisa de ações eficazes, presiden(e da saco sem fundo, porque isso é
·perspectiva o senhor trabalha que fonna isso pode ser feito de geralmente um consenso que se I técnicas e não hã de ser por razões , contra o País, é contra o conjunto
agora, com a i nformação de que uma maneira apropriada. Assim fonna aí. E isso não quer dizer que políticas que se deva freiá-las. do País. Se não der a gente diz que
a inflação deve dar wn repique RepubUca a é inimigo do povo e faz o que tem
em outubro . O s enhor acha que como o presidente Itamar atuou de ela não seja dinâmica, eu acabei de Alguém dizia q ue eventualmente blUd d que fazer. Olha, no Brasil não dá
fonna apropriada, um presidente dizer aqui que me parece que nós nós cstàríamos, eu ce1no candidato,
responsa a e mais para continuar postergando.
de Indicar seus O que for necessário será feito. Isso
é possível controlar a inflação eleit(! tem que atuar de fonna teremos que nos preparar para o querendo isto ou aquilo a respeito auxiUares"
sema aprovação imediata ainda apropriada, tMto mais que terá sido próximo século com a posição do da condução do piano. Eu sempre não quer dizer que nós devamos,
este ano de emendas eleito por uma votação que supera Brasil muito mais ativa a · nív,el disse a mesma coisa, cu só quero con1 uma machadinha, quebrar
constitucionais? a voL'l.çâo do seu atual partido. Eu internacional. Urna vez reto1nado o uma coisa: que a equipe econômica
quero repetir aqui que a minha crescimento, como estamos faça o necessário porque o Brasil partidos coligados não têm bancos estaduais; mas quer dizer
que van1os ter que colocar esses
Em primeiro lugar eu sempre convicção nessa campanha é que retomando, acredito que isso será cansou de n1cdidas demagógicas, nenhuma ansiedade porque me bancos nos trilhos. No que
disse, é verdade • como disse a o eleitor escoU1e. A participação é possível com mais facilidade. Co1n politiqueiras. O Plano Real deve conhecem, sabem que cu vou fazer
.Marta - que a inflação é um imi;>ortante por razões políticas. relação à Clúna e à Rússia, isso cu prosseguir com muita seriedade, assim. Eu fiz isso no Ministério da depender da União, será assim.
Fazenda. A equipe do Ministério
processo que se enraizou e que n,'\o Eleitoralmente, pode ser que eu me acho que é correto, não é só China sem nenhuma medida que diminua da Fazenda foi toda ela designada Que medidas específicas o
seria eliminada de um golpe só, mas e Rússia não. O Brasil tem essa sua capacidade de controlar a .em função de competência técnica. governo Cardoso vai tomar para
atrnvés de um processo. Esse é meu "É necessário especificidade de ser um País de inflação. Isso vai ter que ser feito a Nunca perguntei de que partido abrir as estatais brasileiras ao
parcerias entre porte continental, corno os outros .durns penas, porque está na hora eram. Uma boa parte era do meu, investimento estrangeiro?
ponto de vista. Em· qualquer País aí mencionados. Como há outros, do Brasil pensar naqueles milhões mas por coincidência. Alguns dos Durante a campanha o senhor
do mundo ;; assim. É um processo os Estados Unidos, a Índia, e nós de brasileiros que foram
e . esse proce sso tc,n que ser usou muitas vezes a palavra
que não eram do meu. partido Jlexibili:z.ação. O senhor poderia
acompanhado no dci a dia pelo capitalprivado temos que prestar multa atenção a bcneflciários do Real. Esses mesmos foram .indicados por mim para me explicar mais dt>talhadamente o
gc;,vemo, senão isso n.'\o ocorre. nacional e o esse fato, e o Brasil terá certamente suceder. E não são do partido. quer dizer flexibilização?
Quanto às refonnas constitucionais, estrangeiro" muito in1eresse em aprofundar sua que diziam a: mim, "segura o Real". Porque o Brasil cansou disso. E aí
sempre fui partidário delas, mas nós relação com esses países. eu acho que a Imprensa pode Pois não. Quando eu era
sabemos tambéot que nós fizemos equivoque - até diminua o papel · Durante a campanha Que não estilo nas bolsas, que não ajudar. Não especulem tanto. ministro da Fazenda enviei uma
um Fundo Social de Emergência que os líderes possam ter no eleitoral, o Plano Real foi Vamos especular sobre o que vai exposição. de motivos ao
para dar um período de processo eleitoral -, mas eu acho acusado• o senhor respondeu a eslão nos bancos,que não estão nas ser feito. Pergunta: o que vai fazer presidente da República e um
possibilidade de aç:lo por parte do que o eleilor fc;,rrna suas convicções muitas perguntas -, de ter sido einpresas, que estào aí nos campos, com a inflação? Tudo bem. Agora conjunto de propostas ao então
governo. A União hoje não eleitoreiro. Desde o último quem é que vai combater, van1os Congresso Revisor sobre essa
apresenta déficit, não e:xisté pressão sábad·o, se observa um _nas periferias das grandes cidades ver quais são os melhores. Eu vou
da bas:: n1onetária e1n função de movimento aumento de preços n1atéria. Ali es_tá o que eu penso.
com os seus salários que têm que Essas matérias são de ordem
constitucional, não é isso? E."tistem
ser preservados. Eé em nome deles proibições constitucionais,
monopólios constitucionais e a
que o governo Itamar Franco
deverá agir e eu também.
As forças que o apoiaram
emissão do Tesouro para financiar de uma maneira . muito dosprodutos no País. Quaissão começam a manifestar suas governar conversando com os
os gastos do Estado. Os problemas independente e isso é positivo. os riscos que corre o Plano Real vocações. O candidato ao partidos, com o Congresso,
dentro desse crescimento de governo de !\tinas Gerais, que respeitando o Congresso, porque
hoje são de outra natureza e, Durante a sua campanha preços e outros problemas a.inda não foi cléito, reivindicou não se governa na democracia de
eleitoral, falava-se muito dos dentro da economia, e o que o !rês Ministérios. O senador forma autocrática. Agora, a
embora cu mantenha o ponto de problemas internos do Pais: da
vista de que devan1os fazer e
faremos as refom1as necessárias, o necessidade da reforma senhor pretende fazer daqu.i até amigo do senhor reivindicou o responsabilidade da designação do proibição de capital estrangeiro em
processo de acompanhamento do tributária, da'agrária, do Plano sua posse para garantir a ministério da Agricultura para corpo de auxiliares é do certas ãreas. No caso dos
Real, mas pouco falava-se da o Paraná; Como é que o senhor . presidente. E assim vai ser feito. monopólios, o monopólio de
combate à inflação indep,."flde das política externa. No seu normalidade econômica do Vai fazer para acomodar um · Eu não' vi a declaração do petróleo das telecomunicações são
Pais? espectro tão amplo de forças, e candidato ao governo de Minas,
reform:is e elas continua.riio a existir. governo, a política externa tratados como da União. Eu acho
Elas serão necessárias e no manterá o rumo do atual Em primeiro lugar, daqui até a o que 05 conservadores podem que quer três ministérios. Minas que a Petrobrás mesma já
merece todos. Em Minas é que eu apresentou a emenda que, eú
momento oportuno serão feiL'lS. governo, de colaboração minha posse o presidente é o esperar do seu governo?
Presidente, ainda nessecalor presidente Itamar Franco, e o tenho talvez a n1aior votaão apresentei flexibilizando,
da campanh:i, existe uma estratégica com os países ministro ela Fazenda é o minlslrO proporcional. Imagina quanto eu pennltindo parcerias com capital
grandes como a R~'ISia e China? Ciro Gomes. Já estão tomando as sou gra10 a Minas. É o Estado do privado nacional e estrangeiro em
cmco1expectativa de saber como será medidas necessárias. Há uns En1 primeiro lugar, eu não certas áreas. Eu acho que isso é ,
:i p:irti.cipação do senhor nas Como o represen1ante da tenho nenhuma dificuldade nessa presidente Itamar Franco. Se puder ne<:cssário. Disse e repito aqui, a
Agência Tass sabe, eu fui chMceler, problemas sazonais co1n relação à Petrobrás não é privatizável. Eu ',
votações nas eleições do portanto fui co-autoÍ' da política do carne e o feijão. Ainda ontem a matéria, porque nós sempre a eu nomeio todos os mineiros.
segundo turno. ILi de quatro a governo Itamar Franco. Eu acho alíquota de importação de feijão tratamos da fonna mais direta e disse isso sempre. Por várias razões,
que a política e.~ema do Brasil era clara passivei. Eu repito diante dos Nós vamos tomar isso como entre as quais porque o volume de
Estados onde o candidato caiu para zero em função disso, e uma promessa ...
líderes da coligação que aqui estilo.
do PSDB está diretamente o governo vai estar atento o tempo Nós nunca cogitamos- da Não, mas eu falei se puder.
participando no segundo tu.mo Minas quer é que Minas vá bem, é recursos 'c!estinados à privatização
para ter obedecido já há muito todo. Isto não tem nada a ver com que o Brasil vá bem. Eu acho que . é inaicançávei.
tempo uma linha de convergência. eleitoreiro, isto tem a ver com
'
e há outros c andidatos da
' .coligação que também
distribuição de cargos. Nunca. Nós
cogitamos da definição de políticas.
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1 ~· ~
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ÉESTE O NOVO NÚMERO1, "
l PARA VOCÊ LIGAR E FAZER\ •=;!''w%l~..~,:\";;.~.'~'"-'
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'1 O. NORTE
1Preços de Assinatura: Trimestral RS 40,00 - Semestrai RS ~4,~0 .Anual 111$ 203,00 Q U A L I D A D E' . E C R E D I B I L I D A D E
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... .. •· '... .. .......•'- ~• •. .-- , - ...,••• ;- ••r-·• -i• • •
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•• -· OPINIAO
1 O NORTE - Sexta-feira - 07 de Outubro de 1994
~!."lr....G1!• ..sa::::.;;~wn t k FIWª QfSPFC&i & CNWi#rku º W!W ? :1 & Ob.$411& e ez.-.. Cacoetes do ·
Jornalismo
""'~,- ------------------------
O NORTE
-~----- ~-- -Ó-rg-ão-do-s D-iá-rio-s.-,~!sÓso-c-iad-os---- •
C1111:;,lho de AdministraçiJo ' ' Diretoria Executiva .i
'. Diretor Supêrintendente l
· Presidente Jota Alcidês •
'PauÍÕCabral de ,\raújo· D. ireCteocriAliodFmoinnissetcraati\;o , .:' . João Trindâde "'
•
Vice-Presidente· Diretor Comêrciai • · .
11111 rconi Goe, .• .. r •. Como se não bastasse a
enxurrada do possessivo seu,
Consclhcirõs . 1\-'lago_o Trin, dad" e1,·~..,.· . • l condenável, em todos os
sentidos, na redação; como,se
P:iulé ZiUi, Tc6crito·Lcal e não bastasse o uso indiscrintlnado
do durante, muitas vezes sem
L- -------------------------Genb:io de Souza propósito, nas eleições deste ano
Diretor Editor · ,,,A ·.[ ' ~ os jornalistas resolveram difundir
· •~ ~
Roelor'Sã
. . ~ ' I ' .,
'
De1tnocracia e participação
mais um absurdo: o pleonasmo
O ·r ribunal Su pe rior Eleitoral • TSE informa que milhões de vicioso apuração de votos.
Ora, se o sujeito está cobrindo
l:>r.is ileiros votaram em branco ou anularam seu voto nas ele.ições .,. eleições, haveria apuração de
outra coisa que não ·fosse voto?
podesce a no , a despeito da irnportância pleito que se projeta
na h istória contcm poranea do país enquanto oportunidade de .• Está beirando o rid ículo o
:·· ,,.· noticiário televisivo e, aqui ,e
. . ' d c>r,1,r:.,;-:io de um pro<..--esso político carente de mui;lanças e de
acolá, as colunas de jornàL .O
·.• re novação . factíveis de ocorrer .~gora sob o impa cto da eleição ·º' ..
redator doJPB, 21 Edição, depois
• • • q u:i.sc cons<.' nsual d e femando I·lenrique Cardoso. · , · •· ·,.
de repetir a expressão apuração
.. • 1'lão deLxa de ser preocu pante por força do caráter 'atípico ._: ·. ·,. ·. . ,,. de votos mais ou menos dez
.. vezes, veio com esse absurdo, na
. d o:-.3lC p leito mas, principalmente, por expressar omissão dai. . ·, ' ..
r: voz da linda _Edilane: "Juiz
' 1- • ' . • ' eleitoral fala sobrea previsão para
o fim da apuração de votos"•
... ' : idadan ia, uma retração da sociedade perante os seus próprios ,. Ora, manda a boa redação que
.' n tc re::s cs, a a usência do sufrágio nos d iversos candidatos à ··
. ' ":,s,_·o ll 1a do e leiror.
()u1 ,·o aspecto dos votos brancos e nulc-5 m e rece atenção se diga apenas no final da frase
especia l: o percentual amplia-se quando vinculado estritamente aludida: •(...) a previsão para o
. . .' fim da apuração". É claro que o
..'' --'..... ao , ·o to para senadores e deputados. lvluitos eleitores sufragam ,.. , - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -...- - - - - - - ~ - - - - - - - - . telespectador já sabe que é de
votos. E não me venham com a
n o1ncs para o Executivo e relegam ao descaso a definição dôs · velha desculpa de que é porque
pr6 x in10s parlamentos , atitude temerária e preocupante.
' Saem fortalecidos os mandatos executivos mas desgasta-se a ·: televisão tem que ser coloquial,
-. .+ ,, •• re p re sentação popular. O Legislativo representa diretamente os .. _:
porque famoso colunista da
c idad ãos e cumpre a funçà9 constitucional de fiscalizar .. terrinha colocou na coluna de
governantes e reformar. e ~criar leis. O eleitor renuncia a · ontem: •com muita serenidade,
Repouso .que leva.~reflexão. o governador Cícero Lucena tem
isto.•
p rerro gativas que lhes são inerentes· enquanto elo expressivo ; . ... - bonanças do Paraíso, sua acompanhado a apuração
da cadeia política que legitim~ os ~ecanismos que asseguram a ' · . morada eterri'a, Cristo no-lo eleitoral". Em outra
prejudicial ao meio, que dizer dé oportunidade, na mesma coluna:
' ·Senhoi' Editor • Há tempo ·(...) ao visitar as mesas de
nós outros, pecidores? Mas
g overnabilidade dos process'ó.s. ~. ~iais quando se recusa a votar. ·. ·. .·para tudo; para o trabalho, para
...:\ do a ~ f o r a .d o Estado,
1nodernlzaçào país, m a transparência .a alêgria, para a tristeza, e para não significa que.·precisamos comprova ao deitar-se e apuração de votos".
'
,' a d1ninist.rativa, a autonomia sindical e das universidades, a ·o i:epo.uso tambén1. A utilidade gànharodesertofrequet)té~nte. dormir na barca dos Drummond já dizia que
de111ocratizaçào das relações e nire: Governo e sociedade sà"Ó do 'repouso é incakuláve); tanto Em sua alçova, ·em feliz:rep~uso; Apóstolos, enquanto escrever é "cortar palavras". Mas
urgências nacionais a serem. .c' ó..nqui.stadas através da militância . ..por .causa da solidão benfazeja estarão os viajores.deste planeta. . atravessavam o mar na Era Folha isso parece
· e ·reconfortante que ele enseja secundário. Pouco está
' importando o bom estilo, e a
(por ·que medo da solidão, maioria dos jornalistas espalha
quando, alhures, 'um santo a vícios e cacoetes, como se a
definiu como bem-
e ,a.• tempestuosõ.
c rítica do cidadão para q1,1ein se ·reivindica que manifeste suas igualmente resguardando
p referências votando. ó voto é o instrumento essencial de . coletividade a si mesmó'de erros . Mar tempestuoso ·que
e más conversas. ·. . .' · .:. simboliza este mundo agitado
n r ·dança no âmbito da democracia. l\1udanças que dependem o ·~pouso. oportunó é, além · em que vivemos... que tua Fé
d::i p ala vr.t final e do gesto decisivo do eleitor. aventurada?... Não era Cristo um de construtivo, levaildQ-n~s ao· e teu repouso sejam-te um Língua e o estilo nada
anúgo do deserto e da soÍidão?) despertar de nossos .erros,. de Porto Seguro "nas águas da representassem.
Trabalhar para quê? como porque o repouso leva,- ·nossa consciência, .embaçada · .vida". É um crime contra ti, A espoliação
nos à reflexão e ao despenar pelas multidões turbuientas .e contra tua felicidade, que eu
. de nossos erros. Acresce que o errantes, também energético' e · tanto almejo, trocar teu
cltr'filttéjrai.osUmintne"ergnóacciioonqauise1.épleroemxecteia-·· ~ · repouso solitáno;·enqua'nto nos salutar, constituindo-sééll\éflcaz · · r'epouso e oração por da A. Latina
gerar·empregos, contribuir para o segrega do éonvfvio hurr'titno tl'é adjuvante nó çombate:_- :ii~:::,;,Bébeti•éàgens' ê'"p:i.Íêsr~s· em -
.::JI. ••
Os proble,n.'I.S são sempre os desenvolvimento. "Estou ·d'esilu- "que_desgaste fís!co, enquanto· nôs· .. um convívio human'o não
grupos errantes, beneficia
me.,111os, todos os anos. l\.1icro- elido~, confessa o administrador, que
c:n,presírio.s P<->tSistentes carregam , jádesistiu de esperarpela aprovação ta'mbém os outros que são deixa ategres,.beni'huin9rados e . alcança comp~nsarteu tempo Õduvâldo Batista
unu 1eimom esperança e u!IJ faido do seu projeto e jâ tem planos para também suscetíveis de errar p<ir Aproveitei o fim da semana
nossa causa. São Francisco dizia moderados ein nosso di~-à:.ciia. nem o esforço para
pesad o demais de atropelos. aplicar o .dinheiro l'CsefVlldo para o que sua fuga para desertos '~ Pode-se.afirm~r, em.resumo, .. comparecer aos círculos que
Qucbc1111-re<i\ cansativa buroáacia negócio: vai fazer viagens fraguedos representava ufn
que , o repouso· é uni dos•: ~ost.umetramente frequentas.
melhores manjares da alma que prolongado para fàzer uma
releitura do noticiário sobre os
e, pri.ndpalrnente, da carga tributária,. intemadonais ou comprar um carro· ·grande benefício à coletividade. ainc!a palmilha nas turl>l!lências Joaquim F. Carneiro acontecimentos relacionados com
Ele que era santo dizia-se Haiti e Cuba. Merece destaque a
qpe acaba inviabil.iundo acinhados ' importado. Se1n dar emprego a deste mundo, .e• m d.e m and a .à s Campina Grande
manchete deJB (1 l/9) "Cúpula do
c, nprccndirnentos. 1\.-luitos não ninguém. "E que o governo ammje . .. .
s:1.1p<)rtarn o peso e O sonho de U!fl . . outro trouxa para ficar no meu .Homenagem a_ ' .., . .:.-.
negócio p róprio, de uma vida sem lugar", desabafa.
p.~tr.1.o,acabaindopor:íguaabaixo. . . Um pa,ís onde quem quer Rio condena bloqueio dos EUA a
Cuba•, e da Tribuna de
A!' que ixas reprisadas d ~ . produzir· se sente um verdadeiro padre Dênis .. . Imprensa (28/9) "Brasil quer
~(or, no entanto, parecem .não · ·trouxa ·precisa urgentemente ser
~n!'ibili.r.ir l:Ulto o governo. Alguns ., repensado, passado a limpo. O
ch<i'g:1111 a desi~tir no meio do . n:iomento é dos mais propícios para Senhor Editor· Apopulação .. reintegrar Cuba e desconfia da
carni nho, t1manha é a complicação .· isso. O novo prcside nle terá a do município de Jacaraú.jamais ocupação do Haiti", com uma
de se que((.>r produzir neste pá~, de ,obrigação de repensar a máquina poderáesquecerdehoménagear entrevista do t.-linistro Celso
querer ger.ir en1prcgo, diminuir O ' burocráticaeprocurarfadlitaravida Amorim, das Relações Exteriores,
c"os social. E isso não . é .._de. quem quer produzir num país
c xclusiv:11nentc apenas das: ·.·que torce paras:tirdo atoleiro e para o Padre Dênis pelo que tem feito na qual o chanceler brasileiro
d~ ff,acl1s "indústrias de fundo de· • que o novo plano econômico dê--., · em benefício da comunidade. atacou o isolamento de Cuba e
quint:1r, que inclusive impulsion.vn . ceno. O setor produtivo merece. .Num gesto nobre de cidadania·e pediu o restabelecimento dá
a cc-ononlia italianae hojesào ~'ÍSl:IS atenção e respeito. O processo obedecendo aos seus princípios democracia no Haiti por meios
~oni men.'Cid:t ate nç:\o do go,·eino·. burocrático precisa ser menos • sacerdotais, deixou sua letr.J natal
pacíficos e não a tiros de·
daque le país. Aqui no Brasil, Jraumãtico e a abertura d!! l.im .(á: lrlanda) para dedicar-se 'a um
en1pres:is de ll'tlior pone também .negócio não deve ser sinônin10 de
s ofr em. - sofrimento e penitênáa. ·.trabalho missionário nesta metralhadora como quer o
. governo norte-americano:
Urn d<i'pounento estarrecedor, · As~in1 como o desiludido . ·. · pequenina tena jacarauense.Este
Considera ·motivo de inquietação
con1 0 preocupante título •chega ádmi.nisirador aposentado, muitoS-' soldado de Cristo veio 1 que os princípios da não-
de Prodtl7.irl", foi publicado no mais
si\lJplesmente desistem de investir ·. . côrripàrtilhar das dores e
r~=ntc núniero de \'cja, na coluna · rio país, cansadosde sesubmeterà .angústias de uma gente, camnte intervenção e da autos
determinação sejam objeto de1
• Ponro de Vista_ Uni administrador . incompetênciade algunsseividores , d~ afeto e recursos, por falia éle interpretações incompatíveis com
de e mpres.-is aposentado narra sua .. públicos, à irresponsabilidade de· justiça··social, daqueles .que sé as Cartas da ONU e da OEA".
'' Yia-s:.<.-r.1 por i\tinistérios e óig;Íi?5 . m~to~ e 30 desp~o de t ~ uma... . dizem representantes do povo,
Celso Amorim sublinhou que
de- go1·crno para conseguir wmpíil-}~ . maquina que devena funconar enr ' - • frente áo poder público. 1'1111'ft>r" . •a gravidade da crise haitiana e a
urgência em resolvê-la não nos
10:bs as ~xigências legais para •à·' • seu favor. . ... : . . impedem de ver os riscos
.•, ab crt1.1r.1de um pro1nissor negóáo~ · "frabalhar para quê?"', questiona embutidos numa situação que
Araken Brasileiro Dias ... .
uma fáb rica de produtos-.' . o quase empresário. Boa petgunta. . .. · . . Jacaraú
alirnentícios que obedecesse a',·.., . ,
.' o·:País daslisorosos padrões d~ quali~d~,:.,.' • Secretária de Red."\çâO .
·... . :
O NO.RTE ..• evoca traumas e cicatrizes ainda
vivos na memória da América
Jornal de maior circulação na Paralba .. Latina".
Fundado em 07 de !l)aio de 1908 pelos irmãos Oséar eOrris Soares .. •injustiças O histórico pronunciamento'
do Ministro do Exterior naquela
Chele de Red;çJo Set:teláti3 de RedaçJo entrevista à Tribuna d.a,
Carol Torres Gisa Veiga Imprensa me levou a manusear.:
o consagrado ensaio de Eduardo ,
G!fenre ds L'JlótmJ/i::a Gereflle Industrial Gerente de Foiografii Galeano, "As velas abertas da
Luciano Piqu•l .... Paulo Strgio Valé1io Ayres
Admir.is:ração e Redação: Av. Pedro li. 899 • Cenbo -João Pessoa - PB PABX: (083) 2412053·· América Latina" que chega à 36~
P.ed.l~o:(063)241.2313 •Assinaruras: (083) 249-2100 Anúncios Fonados: (083) 221.1500 -Fax: .edição em português. Livro qu~.
deve ser lido e relido e, agora,
í08.•) 221.9892· Te!e>'.:(033)2237 e2113. Representantes Sima •ServiçosIntegrados de Maiketiog · neste momento decisivo da
LI.li -Riod,Jaati:o: Rua /\lmirant? Gomes Pereira. 72. Urca. CEP22291·170. Tel. (021) 541 .6687. História, deve ser divulgado,.
discutido nas associações rulturais,
Fai:{úZli29$.07\l1. Te~ 212.3548:São Paulo:Rua Caio Prado.211. Consolação, CEP01303-001. nos sindicados, nos partidos
políticos, nas escolas.
rt:{Q, 1) 231.1822. Fi, (011) 259.7332, Te~ 11.33486; B1asfli:J: ses, Edüicio Anhlguera. Conj.
O povo brasileiro precisa se
••• 31õ.'316,GEP70.313·900, Tet. (061)224.7297. Fax(061)224.5577; Rec~e: RuadaAurora,325.13'
ar<lai. Sal, 1.318, Boa Visla. CEP 500~•300;,Tet, (081) 421 . 2540, Fáx (081) 4215020 e Telex conscientizar do que representa a
81.35N Noticiário lorrecido porUnted Press lrte,nalional(UPIJ.Agenre France P1esse (AFP).Agênr:ia política intervencionista dos EUA
. ..• Es1ad l .AgênciJ M<lidional, Sport Press ecoriesponden!Bs. ,
nos países desta espoliada
A~· ~w.,,. Nordeste Oulios Estados
aviltada, América Latina, ruja maio;
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T1imeslral RS 40,00 . Semeslial RS 84,00 Anual RS 203.00 ·O goveq10 autoritário de
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- _nada, tentar resolver seus graves
IVJ.: prob_!em~s•. a começar pelo
.~' .'. . crescente desemprego.
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IS ' g COMPANHEIRA SEMANAL DE JORNAIS DE TODO O BRASIL
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-~... "il;
'lt•' .....
•,.. t-,1...;, ,
~·
. O Brasil vai viver
-·~., a morna eleição
·,!,j,,l(~ dos indecisos
~~.!~~ .
No próximo domingo o Brasil vai votar mais uma vez, com
'• novidades como o voto eletrônico nas maiores cidades - o que
< é um progresso - e a responsabilidade de eleger um presiden-
-•..:l.,.r.,-J,,-. te, governadores, senadores, deputados federais e deputados
estaduais. Uma grande oportunidade para cada cidadão exer-
-.;;.:.' cer o seu dever e o seu direito de opinar sobre os melhores
nomes para aqueles cargos. Pena que a campanha eleitoral
-,,.V.. não tenha se mostrado a altura dessas responsabilidades e
dos grandes problemas com que o Brasil de defronta, tornan-
.i::; do o pleito refém dos indecisos.
IJ) Nãs páginas·iniciais a Revista Nacional comenta as decep-
t.;J ções de uma campanha morna que não motivou a maioria do
eleitorado, fornecendo também um roteiro das pesquisas elei-
torais para o pleito presidencial e as eleições para governos
estaduais e renovação de um terço do Senado.
REVISTA NACIONAL· 2 27 de setembro a 03 de outubro - 1035
RE ISTA NACIONAL Candidatos
Diretor • Editor Chefe e os Azarões
Maurilonio Meira
Diretor para Presidente
Marcos da Maita Meira • Nesses dias de cão do nosso mun- trário dos políticos, "o cão é
Editor Especial do não menos canino, ocorrem-nos al- o maior amigo do Homem".
Jorge Leão Teixeira guns adágios a propósito das eleiçõ&s Após vem o cavalo e toda ani-
Editor• Chefe
Eli Halfoun que tomam conta de nosso País. São mária constante do "jogo dos
Diagramação: Antônio Luiz Soa- ditos que parecem nada ter, mas em . bichos", da Arca de Noé, das
res de Souza; Seções: Claudio verdade têm, conforme veremos: Há selvas e dos Jardins Zoológicos, por
Hu1nberto Rosa e Silva, Eli Hal- uma conspícua lista de 14 cidadãos, último é que vem o bicho Homem
foun, Joel Silveira, Jorge Leão Tei- sendo uma cidadã, verdadeiros heróis como o último amigo de sua própria do e Trancado, dois personagens
xeira, Paulo Branco e Raul Giudi- e uma heroína dispostos ao sacrifício espécie. Um dos componentes má- paspalhões do humorista e radialis-
de se tornarem Presidentes da Nos- ximos da listagem dos Presidenciá- ta, muito saudoso, Apolo Correia
r~11 ; sa República. Na verdade, 10 (dez) veis é um. não sei o que de Deus, (vide anos 40 e tal). Até uma candi-
deles são totalmente desconhecidos que se considerando o Próprio, diz data MULHER, a Presidente da Re-
Conselho de Redação pública, nesta terra do pau Brasil; fa-
Antônio Houaiss do Oiapoque ao Chui passando pela que é o único capaz de derrubar Dom zemos votos de que não seja na in-
Favela do Planalto em Macaé-RJ e Fernão 11.2, eis que o Fernão 1.2, tenção de revanche ao machismo do
'º"'Ivan Marinho • pela Zona Baixa da não menos mere- como diz o português transmontano caso Mônica Levinsky. Que se cui-
Silveira trícia Vila Mimosa nesta Cidade Ma- "quebrou cassado!". Um outro can- dem os estagiários do Planalto, pos·
didato é Jesus de tal. Se a luta se to que, como se diz na zona da mata:
Colaboradores ravilhosa. "ajoelhou, rezou!. Há também Menen
Clairde Mattos, Fernando Pa,nplo- São os auto-ditos celebérrimos tão acirrar entre os dois: o de Deus e o pretenso a Deputado.e, um Garotinho
na, Luís Fernando Vieira, Mário de sobejamente conhecidos como o tal tal Jesus, teremos a maior guerra que cismou em ser Governador, di-
Moraes, Paulo Rarnos Derengoski, "Soldado Desconhecido". Alguns des- Santa de todos os tempos, certa- zendo que se os adultos não melho-
Rubens Monteiro, Son Salvador e ses pretensos à Faixa Presidencial cri· mente com aprovação do Bispo Ma-
Willy ticam Fernando Henrique, Lula e Ciro cedo. Há uma candidata VARGAS, ram o "status" do Estado, um Garoti-
Gomes (este último nada a ver com o que déve ser bisneta de Getúlio ou nho o fará. Diz que adotará em sua
Coordenadores Regionais "Angú do Gomes"). A crítica aos cita- tetraneta de Pedro Vargas o cancio- política O estilo do "ou dá ou desce"
Boa Vista: Expedito Perônico; dos nos faz lembrar o dito: "Os cães neiro de "Naqueles Tempos", confor-
Porto Velho: Luiz Malheiros Tou- ladram, mas a carruagem me anuncia a TV Globo. Há um ou- e, para isso, já conta com a imensa
rinho; Manaus: Cassiano Filho; passa..."Mas a verdade-é que desse$ ~ tro candidato Trancoso, que deve ser
São Luís: Pedro Freire; João Pes- 14 heróis dispostos ao sacrifício de remanescente da família de Tancre- confraria Gay.
soa: Zélio Marques Neves e Nel-
son Coelho; Rondonópolis (MT): Hélio Gallart
Mãria Janice e Samuel Logrado de
Souza; Cacavel • (PR): Frederi- Rio de Janeiro
co Sefrin; Varginha (l\1G): Ana
Maria Fernandes; Curitiba: Ed- dirigirem o nosso país, somente 2
son Soares; Francisco Beltrão
(PR): Valdecir Maciel; Parana- (dois) deles têm o direito de sonhar
vaí (PR): Euclides Bogoni; e Mi-
ami e Nova (EUA): Claudio Mag- com os píncaros do Planalto Central, Sugestão do leitor
"navila Castro. na disputa do 2.2 turno, se houver,
RE ISTA NACIONAL como se diz nos melhores canís da
é .,ma p11blicação semanal da Cidade - "nessa briga de cachorro Sou leitor da Revista Nacional desde a época de sua criação e
Gradus Jornalismo lida. grande". Os outros, só em precaríssi- continuo como fiel leitor.
Diretor-Presidente ma situação como nas corridas de Participei do movimento estudantil na época do regime militar, in-
Mauritonio Meira cavalo, quando ganha o "azarão". Um
Diretor Comercial desses pretende ser fabricante de clusive do Congresso de reconstrução da UNE, em maio de 1979.
Heitor Sales bomba atômica, cujas experiências Apresento proposta no sentido de que, seja editado pela Gradus
(Licenciado) deverão ser feitas pomposamente no
Atol do Canal do Mangue (ex-zona do Jornalismo Ltda, uma antologia com a seleção das histórias incrí-
Assistência Comercial meretrício) ou no sub-solo da Câma- veis - por ela publicadas, no regime de cooperativa, com a partici-
lnteraction . Projetos de pação do leitor-autor e o prestígio e Know How da Revista Nacio-
Intercâmbio Ltda. ra dos Deputados, segundo se diz, nal.
Diretora: Regina Caeli Lima
: com duplo benefício. Nesta nossa re- Atenciosamente.
Av. Nilo Peçanha, 50 Gr 1517
Tcl/Fax 507.8327 • 220.6858. ferência aos animais não vai nenhum Martinho Ramalho de Melo
Centro• Rio de Janeiro • RJ desdouro tanto aos candidatos como João Pessoa - PS
Administra ção, Redação, Publici- aos bichos, mesmo porque, ao con-
dade e oficina informatizada de Di-
gitnção, Diagramação e Fotolita- Companheira semanal de jornais de todo o Brasil
gem: Av. Paulo de Frontin, 639 - Rio
Comprido• Rio de Janeiro• Tels. (021) Jornal do Con1mercio O Imparcial Opinião Regional
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r:o, 200-A Setor Industrial. Tel.: (069) Diário do Noroeste
225.1965 • Fax (069) 225.1 859 e Alto Madeira Rondonópoli:; - MT
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Sucursal da Paraíba: Jurema & Ju- Diário do Amazonas Cascavel · PR
_ rema Ass. Com. Diretor: Abe lardo Thc Brazilian Post
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' '1 REVISTA NACIONAL - 3
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27 de setembro a 03 de outubro - 1035
Radiografia de uma Campanha:
Muito slogan e muito besteiro/,
pouco debate e pouco interesse
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Em meio a uma campanha eleitoral que deveria ter permanência nos mesmos, sem que lei alguma con- dual, a começar pela proibição da reeleição dos pre-
sido marcada pelo debate, dada a coincidência de siga impedir o seu envolvimento de corpo e alma na leitos.
sérios problemas nacionais com a multiplicação de
sérios problemas internacionais, mas que primou campanha pela reeleição. Um argumento, evidente- O objetivo final das duas correntes é o mesmo: tudo
justamente pela falta de um debate sério, concen-
trando-se nos vaivéns que transformaram os candi- mente, também válido - em extensão muito maior - como dantes, seja de uma só cajadada, seja por eta-
datos em marionetes de·marqueteiros e escravos
de recursos publicitários mais condizentes com a para o caso d<!, r~~leição de um presidente da repú- pas, começando pela proibição da reeleição para
disputa de um mercado de cremes dentais, eletro-
domésticos ou cervejas, surgiu, finalmente, na reta blica, exigindo, em,vsirdade, i:,o mínimo, que goverc - prefeitos de municípios com menos de 200 mil habia
final, um tema que certamente tomará conta do pal- na'dores·e presidentes candidatos a reeleição renun- lantes até chegar a proibição da reeleição presiden-
co político tão logo sejam encerradas as apurações.
ciassem a seus cargos para disputar os pleitos. cial. E passando, por etapas sucessivas, como a
De repente, não mais que de repente, caíram de
Todos os jornalistas políticos são testemunhas do proibição pura e simples da reeleição de prefeitos, a
paus e pedras em cima da reeleição alguns expoen-
farisaísmo que cerca a campanha de Fernando Hen- obrigatoriedade da renúncia para candidatos a ree-
tes de vários partidos políticos, sob os mais diver-
sos argumentos. O pretexto para o debate inespera- rique, aparentemente preocupada em não derrapar leição de governos estaduais, e pela proibição da
do foi a reeleição de prefeitos, que teria vigência a
partir do ano 2000, mas inevitavelmente a discus- em deslises capazes de serem explorados pela opo- reeleição para governadores e presidente da repú-
são envolveu também a reeleição no plano presi-
dencial e estadual. sição, enquanto os governadores mobilizam recur- blica.
Quem botou lenha na fogueira foi um político expe- sos públicos para recepcionar o presidente em suas O curioso neste processo será ver, mal fechadas as
riente como Antonio Carlos Magalhães, que passou
a defender abertamente o fim da reeleição para go- andanças eleitorais. Um contraste agravado pelo uso feridas do pleito de outubro, adversários ferrenhos uni-
vernadores e prefeitos, denunciando os abusos que
o país assiste na utilização de recursos públicos para generoso da publicidade oficial, indispensável para rem suas vozes no Congresso para investir contra o ins-
garantir a reeleição de governadores. ACM, matrei-
ro como sempre, não tocou na reeleição para apre- a sobrevivência dos meios de comunicação estadu- titulo da reeleição, o qual certamente seráalvodasvozes
sidência da república, mas sabia perteitamente que
sua tese inevitavelmente a traria para a ribalta. ais e municipais. da oposição e daqueles governistas preocupados com
O debate não tardou em expor as incongruências No caso da reeleição dos prefeitos, principalmente seus interesses presentes e futuros, já contrariados
de uma legislação que não exigiu a desincompatibi-
lização dos concorrentes aos cargos de presidente nas cidades de médio e pequeno porte, o que se ou passíveis de serem contrariados.
e governador, mas que determinou o afastamento
daqueles que fazem campanha para outros cargos teme é a inevitável perpetuação de forças oligárqui- Fora do debate sobre a reeleição o que se viu na
eletivos. Como explicar que um presidente ou um
governador possa pleitear a reeleição com as réde- cas locais, sem qualquer possibilidade de reveza- campanha eleitoral foi um arremedo de debate, pas-
as do poder federal ou estadual nas mãos, e um go-
vernador que deseja ser senador tenha que deixar o mento ou renovação que propicie o surgimento de sando cuidadosamente por cima do verniz dos te-
seu cargo? É o que indagou, por exemplo, o novo lideranças regionais. E como o município continua mas mais urgentes, sem arranhá-los - caso do go-
presidente do PMDB, senador Jader Barbalho, can- sendo o degrau inicial para ser galgado por muitas verno - ou perdendo-se nas idas e vindas dos arrai-
didato ao governo do Pará, empenhado num corpo-
a-corpo difícil contra o governador Almir Gabriel, do vocações políticas, não é de admirar que a reelei- ais da oposição. Fernando Henrique e seus gurus
PSDB, candidato a reeleição.
ção dos prefeitos tenha pintado como a bola da vez da equipe econômica em nenhum momenlo aborda-
Barbalho, que não é nenhum santo e sabe bem o
que faria se estivesse no lugar do rival, ao conversar e seja séria candidata ao veto quando a reforma po- ram com franqueza a crise provocada pelo agrava-
com jornalistas usou como principal argumento o lato
de que não é apenas o governador quem concorre a lítica começar a ser discutida pelo Congresso na pró- mento da turbulência asiática e o colapso da Rús-
reeleição, mas toda a máquina estadual, com os ti-
tulares dos diversos cargos pa3sando a lutar pela xima legislatura, não emplacando o ano 2000, quan- sia, limitando-se a vagas promessas (ou seriam va-
do deveria entrar em vigor. gas ameaças?) de providências urgentes e severas
O leitor de bom senso certamente indagará se não a serem adotadas depois da eleição. E Lula girou
teria sido mais fácil, após tanto esforço e saliva gas- como um catavento, desde o estilo "light" que che-
ta para justificar a aprovação da tese da reeleição, gou a substituir temporariamente o vermelho pelo
simplesmente ter recorrido a um processo fiscaliza- branco, até a catilinária vociferante do final da cam-
dor que impedisse os abusos que estão ocorrendo panha, nem sempre apoiada na lógica e no bom sen-
em todo o país. O que tem lógica para o leitor de so, como aconteceu com as juras de que o real era
bom senso mas não funciona quando os poljtico$ um morto vivo, feitas, bizarramente, num período em
são motivaaos pelas tentações do casuísmo. . .. ...~que a inflação situou-se abaixo de zero.
O resultado dessa descoberta de um telhado de U.cn..dos motiv.os para não haver debate nacional
vidro após tanto esforço para aprovar e justificar a na campanha presidencial é a aberração em que se
tese da reeleição é a busca de um mea culpa con- transformou o horário eleitoral gratuito, misto de pro-
vincente que possa ser apresentado à sociedade, grama cômico e comerciais televisivos, onde os can-
explicando que o dito de ontem deve ficar pelo não didatos limitam-se a mensagens lacônicas, não raro
dilo de amanhã. Não admira, portanto, que duas ridículas, ou então a repetir os scripts elaborados
correntes já estejam em formação: a daqueles que pelos magos do marketing eleitoral, os quais primam
preferem um mea culpa explícito, confessando aber- pelo cuidado em maquilar o óbvio ululante com tin-
tamente o erro comeiido na aprovação da·reeleição, tas de seriedade e a proibir tudo aquilo que não seja
e aquela que prefere uma retirada estratégica e gra- "digestivo" para o consumo eleitoral.
REVISTA NACIONAL· 4 , · ,.. ... 27 de setembro a 03 de outubro • 1035
Sobram problemas mas não tivemos odebate .Paulo Branco
Melhor seria, evidentemente, que a propaganda .. RESERVAS J A crise financeira é grav.e
eleitoral gratuita se restringisse a programas que mas novamente o governo está jogando
:li: ' ,.... com mão de gato. O Brasil tem uma reser-
permitissem aos candidatos à presidência e aos va cambial de mais de US$ 50 bilhões e o
"" < .,.....'".' governo e trabalha na difusão do pânico
governos estaduais expor idéias, debatendo seri- para o Congresso aprovar depois das elei-
amente seus programas e os problemas nacio- ' :'< ções as medidas que não quis aprovar
nais. Do jeito que ela anda, nivelada por baixo pela antes, como o aumento dos impostos e as
enxurrada de candidatos e pela· mediocridade .$.-_ ~ reformas que FHC não faz em quatro anos.
marquefeita, só faz afastar o interesse do eleito· Há motivos para apreensões mas não cus-
rado e irritar aqueles que ainda se sacrificam em .,. ta lembrar que em 1983 o governo Figuei-
vê-la ou ouvi-la. redo foi ao FMI quando o país já não tinha
""' reservas cambiais. Sarney chegou a ter
Trocando em miúdos: a propaganda eleitoral gra- apenas US$ 1 bi de reservas. Quem tem
tuita pelo rádio e televisão transformou-se num ins- ,.!,, 50 em caixa, vai muito bem obrigado.
trumento para desmoralizar e degradar mais ain-
,-..-,-►,.. . ENFERMARIA · OBrasil vai tão bem que
da a já desmoralizada e degradada classe políti· ' as pessoas não se dão conta de que aque-
ca. Ai está o fracasso dos chamados comícios ele- le dinheiro que o Brasil esmolava ao FMI,
trônicos em que o presidente Fernando Henrique ;.;,;'.l;~· ' nos anos 80, hoje é troco para a economia
depositava tantas esperanças, comprovando o brasileira. Hoje o Fundo Monetário Inter-
horror que o brasileiro passou a ter por qualquer Devoto dos mandamentos do marketing nacionalprecisa de crédito junto ao gover-
tipo de mensagem política veiculada por meios que . César Maia é fanático dos factóides no dos Estados Unidos para emprestar20
lembrem o "horário caricatural gratuito". bilhões ao Brasil. Melhorou o Brasil ou pi-
dita pelos candidatos que desfilam pelo horário orou o Fundo? E claro que o FMI piorou
O sistema em vigor também favorece os caci- eleitoral gratuito, pródigo em besterol, slogans re-
ques dos partidos, que desfrutam despudorada- petitivos e lugares comuns burilados por frases de na medida em que a sua enfermaria é cada
mente daquele horário, em detrimento de correli- efeito?
vez mais procurada, especialmente por
gionários, além de beneficiar partidos nanicos que Outra mazela difundida pelos marqueteiros é a pacientes terminais como a Rússia.
chamada "free mídia", alicerçada em atos e fatos
funcionam como balcão eleitoral para seus donos, que passam a ser obrigatoriamente notícia, pai- f · TERMINAIS · A crise é para lá de grave e
f~ . não adiante panos quentes. A desmorali-
negociando vagas nas chapas e sua adesão a xão de um César Maia, que se gaba em prosa e
li~1 zação do presidente Clinton empurrou os
coligações, com o fito de engordar o tempo que verso daquilo que denomina de "factoides". (E que Estados Unidos para uma grande crise.
t;!z'.1 Com o país imobilizado, as soluções vão
um grande partido passa a dispor no horário gra- oalgumas vezes o levam a excessos ridículos). demorar tanto quanto durar a agonia do
tuito. '·!·t? presidente no poder. Sem uma solução in-
apelo e a preocupação em gerar fatos exploráveis terna, não há como fazer o Congresso
O voto distrital resolveria o impasse criado pela pela mídia, no entender dos marqueteiros, deve
ter prioridade e substituir a exposição de progra- l!fi norte-americano liberar créditos. E não ha-
proliferação de partidos e cªndidatos, personagens mas e idéias, que passam para um segundo pla-
dessa tragicomédia impingida em horários diver- no, substituídos por frases ou atitudes de eleito. O ~ verá lideranças para fazer mexer as pe-
sos aos ouvintes de rádio e espectadores de tele-
visão, devolvendo os candidatos ao corpo-a-cor- •r ,n, -.gue esvazia o conteúpo das campaol:la.s e troca o 1,.... dras no cenário mundial. Como então con-
po eleitoral, ao contato direto com o eleitor, à ne- trolar os incontroláveis especuladores fi.
cessidade de expor mais clara e fra'ncamente suas âebate pela pantomima. 1q ,.:;- ,,•.!ô
idéias aos cidadãos de cujos votos dependerá sua Dentro do panorama eleítora1 brasileiro somente j nanceiros internacionais? A crise deve
eleição. ~ durar até que os grandes e poderosos co-
o segundo turno oferece variantes mais alentado• U1 loque a mão no bolso e criem também uma
1-. eleição distrital que é rotina nas grandes de- ras, obrigando os candidatos a redescobrir o de-
mocracias do mundo inteiro, permite campanhas bate e a força das idéias. Como a sete dias das ~!\ nova ordem econômica. '
eleitorais menos demoradas, melhor fiscalização eleições um segundo turno para a eleição presi-
dos gastos feitos nas mesmas, e o acesso à vida dencial parece problemático, tudo indica que tais [~ LEGIT,MIDADE - Oque a op'osição no Bra-
política de candidatos sem recursos financeiros oportunidades ficarão concentradas nos pleitos
mas com prestígio para eleger-se. Mas o voto dis- estaduais passíveis de serem decididos num se- sil tem que discutir, se é que existe oposi-
trital, infelizmente, continua muito louvado em tese gundo turno, situação exposta no quadro que
e pouco atraente na prática, pois ameaça dois pi- acompanha este artigo, descrevendo a posição dos ção (com a burrice do PT em insistir em
lares da política brasileira: o caciquismo oligárqui- postulantes aos governos estaduais em todos os
co e o poder financeiro dos barões da política que estados. Lula cándidato), e se o atual Congresso,
compram seus mandatos a peso de ouro.
O lastimável é que não faltam em nosso país te- dois meses antes de ser renovado e de
Uma jornalista da nova geração a legou, dias mas a espera de um debate mais sério e profun-
atrás, na coluna política que assina, não haver um do, desde o espectro da dívida interna até a uma iniciar uma nova legislatura, tem /egítimi- •
só eleitor que depois de um comício se lembre de reforma agrária que não seja colorida por atitudes
alguma frase que o seu candidato tenha dito. (O demagógicas de gregos e troianos. E que passe
que não é verdade, caso o candidato saiba o que pela geração de empregos, o incentivo às expor-
deve ser falado e lembrado, como provam, por tações, as graves questões ecológicas e o gravís-
exemplo, os grandes comícios na campanha pe- simo problema da saúde pública, que nos enver-
las eleições diretas). E eu pergunto: algum eleitor, gonha nacional e internacionalmente.
por acaso, se lembra de alguma coisa inteligente
dade para aprovar mudanças na Consti·
tuíção. Haverá sempre quem diga que sim,
UM ROTEIRO DAS PESQUISAS mas o exemplo é ruim para as instituições.
ELEITORAIS PELOS ESTADOS
A experiência ensina que os deputados
que não se reelegém, costumam vender a
alma ao diabo para "consertar" a vida. E o
governo dará um mau passo e péssimo
Falta apenas uma semana para as urnas fala- bal que o horário eleitoral gratuito propicia, res- exemplo barganhando com os derrotados.
rem em todo o páis, sacramentando esperanças ponde por aquele elevado percentual de indeci-
e semeando desilusõ~s;1Em~àrios estados o pleito sos, já qu~ o desinteresse com que o pleito vem , CAOS - Ogoverno está usando com gran-
sendo acompanhado é notório, mostrando o divór· de maestria as Tvs Educativa e Cultura
aparentemente está decidido e não haverá segun- cio entre eleitores preocupados com as questões para disseminar o pânico na burguesia na-
do turno. Mas em outros a disputa continua ·àcir• que ameaçam o seu dia-a-dia e o futuro do país e cional. Quando uma discute a evasão de
os candidatos atrelados a slogans banais ou a um divisas, a outra defende as reformas e to-
rada e em alguns deles as dúvidas rondam os prog- discurso pouco objetivo. das as emissoras assustam o público com
nósticos e pesquisas. Desperta atenção imediata a ameaça de fechamento da economia que
A Revista Nacional coletou dados e informações restabelecerá os cartórios e promoverá a
nas pesquisas o grande número de indecisos, que volta da inflação. Haja coração.
somado aos que pretendem anular o seu voto ou sobre as pesquisas para governos estaduais e elei-
simplesmente não votar, cria um dado complica· ção de senadores em todos os estados brasilei-
ros, a fim de fornecer om panorama da situação
dor para a avaliação de certas disputas. eleitoral aos seus leitores, bem como dados relati-
O fato da campanha eleitoral haver mergulhado
numa mesmice marqueteira e na indigência ver-
27 de setembro a 03 de outubro - 1035 REVISTA NACIONAL- 5
Jarbas pode derrubar o·mito·Miguef·Arraes 1, Claudio Humberto
fgPará - O gover~ador Almir Gabriel (PSDB) en-
frenta uma luta acirrada contra o novo presidente }01 SENTA A MÃO NA GRANA - Alunos da Uni-
t¼do PMDB, senador Jader Barbalho, mantendo
~!pequena dianteira. Para o Senado, Hélio Gueiros versidade da Força Aérea, no Rio, vão mostrar
'&:(PFL), soma 37% das intenções de voto contra todo o amor à Pátria vestindo 212 camisas com
16% de Júlia Carepa (PT). a inscrição "Senta a Pua, Brasil" adquiridas com
Maranhão - Roseana Sarney (PSDB) comanda recursos públicos. O item "Esportes e Diversões"
a~ pesquisas com folga, tendo 68% da preferên- -:- do balancete do governo registrado no Siafi -
cia contra 18% de Epitácio Cafeteira (PPB). Para e um show de desrespeito ao erário e consumiu
o S_en~do, João_Alberto (PMDB), tem 41 % da pre- quase R$ 300 mil, entre janeiro e agosto deste
ferenc,a contra 13% de Ricardo Murad (PDT).
?~ºano.
Tocantins - O pai do estado de Tocantins Si- dezenas de camisas Pólo, tênis Nike Air
S1n_~s. camisetas de atletismo, 93 pares de
queira Campos, do PFL, deve reeleger-se f~cil-
me1ao para esgrima, uniformes de futebol etc.
mente, somando 67°/o das intenções de voto con-
tra 18% de Moisés Avelino (PMDB). Eduardo Cam- i<~' A maior parte desse material é destinada'a mi-
litares.
pos (PFL) também lidera facilmente a disputa pelo ig:ib·
Senado, com 64% contra 5% de Derval de Paiva ESCA• NDALO NA JUSTIÇA - O juiz da 2il Vara
:e'1,.
(PMDB).
Ceará - Tasso Jereissati (PSDB) mantém gran- ffi.
""',\ da Fazenda Pública de Roraima, Hélder Girão
_determinou a demissão dos parentes de desem:
•.
de dianteira sobre Gonzaga Mota (PMDB), somando bargadores nomeados - inclusive sem concur-
66% da preferência contra 22% do adversário. Para o -~ so - para o Tribunal de Justiça daquele Estado.
Senado o candidato do PSDB, Luiz Pontes, ultrapas- .
sou P~~s de Andrade (PMDB) e abriu vantagem que Num caso escandaloso de julgamento em cau-
tranqu1hzou os tucanos, apreensivos oom sua dificul- ,t· sa própria, o Tribunal recorreu, derrubou a sen-
~1 tença ~ ~inda ~fastou o juiz de suas funções.
Samey e filha dão passeio eleitoral dade inicial em liderar as pesquisas. 1 nalFederal, pediu parecerdo procuradorGeral-
O ministro Nelson Jobim, do Supremo Tribu-
Rio G~ande do Norte - O governador Garibaldi
1 do Brindeiro e deverá acabar a brincadeira.
ovos à última pesquisa do lbope sobre a eleição Alves Filho (PMDB) está com 47% das intenções 11li«
presidencial. de voto contra 32% de João Agripino (PFL). Para Exemplar, há 20 anos, o STF proíbe nomear
parentes de ministros.
Amazonas - O Governor Amazonino Mendes o Senado, Fernando Bezerra (PMDB) lidera com
(PFL) possui ampla vantagem sobre Eduardo Bra- 38!o c?ntra Carlos Alberto (PSDB) que sorna 30%.
ga (PSL), detendo 57% da preferência dos eleito- P1au1 - Hugo Napoleão (PFL) detém 48% da pre- \;''.i-~ BATE, CORAÇÃO• O coração safenado do
>
res contra 29% do adversário, o que liquidaria o ferência contra 32% do atual governador, Mão governador de São Paulo, Mário Covas, bate
pleito no p~meiro turno. Para o Senado, o ex-go- Santa (PMDB). Para o Senado Alberto Silva com vigor adolescente e o motivo não é seu cres-
vem_adorG~lberto Mestrinho (PMDB) somava 52% (PMDB) está com 36% contra 30o/o dados a Car- cimento nas pesquisas. O batimento beira a la-
das 1ntençoes de voto contra 19% de Marcus Bar- los Alberto (PSDB). quicardia quando ele embarca no jatinho BAE
ros (PT). -. _ Paraíba- O..governadorJosé Maranhão (P.MDB) p8r0e0cdi.soamgoevneternAoreag-suoabrri,evboearçoMdinoadseGpeurtaadiso' mais
segue tranq4llo, com 65% da preferência popular Raul
Acre -Jorge Viana (PT) tem 62% da'preferência
contra Gilvan Freire (PSB), que tem apenas 5%. A Belém (PFL) - que, por sinal, nem quer ouvir
po_µular contra 18% de Alércio Dias (PFL). ir-
gra~de luta na Paraíba é pelo Senado, estando falar nele.
rnao de Jorge, Tião Viana, liderava a disputa para
praticamente empatados nas pesquisas os candida-
o Senado com 48% das intenções de voto contra
tos Ney Suassuna (PMDB) e Tarcísio Burity (PPB). M~U INQUILINO - A Presidência da República
19% de Flaviano Melo (PMOB). .
Pemambuco-JarbasVasconcelos (PMDB) parece vai gastar R$ 17,5 mil na reforma e recupera-
R~ndônia-0 governador Valdir Raupp (PMDB)
prestes a concretizar o seu sonho de governar Per- çao do apartamento 103 do bloco J, SOS 312
estaco~ 36% da preferência popular, contra 18%
n~rnbuco, detendo 59%da preferênciacontra 26%de em Brasília. '
do candidato Melkisedek Donadon (PSC) e 14%
Miguel Arraes (PSB). Para o Senado a disputa trava- Informa-se no Planalto que o imóvel será ocu-
do senador José Blanco (PFL). Para o senado
se entreJoséJorge (P~L) eHumberto Costa (PT), oom pado poralguém do primeiro escalão, no próxi-
Od~cir Soares trava urna luta contra o ex-senado~
vantagem para o candidato pefelista. mo governo.
Arnir Lando (PMOB), mantendo a dianteira com Ninguém soube dizer o nome da autoridade
A~a~oas-Ronaldo Lessa (PSB) possui 39%dapre-
26% d~s intenções de voto contra 22% de Lando.
fere~c,a contra_21% de ManoelGomesde Barros (PTB) que o ocupou até agora. Pelo estrago que cau-
Rara1ma -A batalha é acirrada entre o atual go-
e 11 Yo de Euclides Mello (PRN),candidatodo ex-presi- sou no imóvel, é inquilino a ser evitado.
~emador, Neudo Campos (PPB), com 45% na úl-
dente Collor. ParaoSenado, HeloísaHelena(PT), com
tima pesquisa, contra Teresa Jucá (PSDB), com
36% da preferência, bate Guilhemie Palmeira (PFL) DISCIPLINA - O empresário Olacyr de Moraes
41 %. Para o Senado a luta também é grande en- compareceu à festa de 30 anos da revista "Veja",
que estácom 25%. ' há dias, acompanhado de duas jovens vestidas
tre Mozarildo Cavalcante (PPB) com 28% e Otí- com roupas, digamos.- muito ousadas. A certa
Sergipe-Disputam palmo apalmo a liderançao atu- altura ele se aproximou de FH para apresentar
lia Pinto (PTB), com 24%. ' ' as amigas. Fotógrafos e cinegrafistas engatilha-
al governador, Albano Franco (PSOB) e o ex-governa- ram suas câmeras para registrar a irresistível
Amapá - O governador João Capiberibe (PSB) olhada presidencial, mas ficaram frustrados.
dorJoão Alves (PFL), com vantagem para Franco em
tem 41% da preferência contra 31% de Walder Apesar de d. Ruth estar distante, FH não tirou
pesquisa feita no dia 17 de setembro. Um terceiro
Góes (PDn e 15% de Gilvan Borges (PMOB). Para o olho de Olacyr.
candidato, Antônio Carlos Valadares (PSB), tem
o Senado? ex-presidente José Sarney deve ree-
13% da preferência. Para o Senado Maria do Car-
leger-se tnunfalmente, pois detém 65% das intén-
mo Alves (PPB) liderava a disputa com 44% con-
·ções de voto contra 19% de lldegardo Alencar
tra 29% de Jackson Barreto (PMDB).
(PPS).
CORRUPÇÃO ELEITORAL - A OAB nacional
espera reunir 1 milhão de assinaturas em apoio
ao projeto que altera a punição de corrupção
HNossn eleitoral. A idéia é enquadraro comércio de vo-
Cnsn BnnNcn
mmL o~ - tos como infração, não como crime. Assim, os
, ,0 ·, ~ _,JnfréJ.(<JCfa:~.P.~rderi~,:n o,obj?rt.()_jpf/<?, qual comete-
ram o 1l1c1to: o mandato. Aº/eg1slação atual pre-
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REVISTA NACIONAL- 6 27 de setembro a 03 de outubro - 1035
Segundo turno é inevitável em São Paulo eMinas Gerais
Bahia-O governadorCésarBorges (PFL} tem 57%da ~ ·-~~,/:,:il'i,_;''., ~~- ·.>§JJh!(~;<-"-~<.4'-vi, zado no Rio Grande do Sul, podendo dar uma virada e
preferência, contra 16% de João Curvai (PDT}. Para o ..' t)c. ...~. ·~ · .-·:·..·,-~, ' levara eleição parao segundoturno. Parao Senado não
' " ,...,.,lf!·~·~,
Senado, Paulo Souto (PFL) também mantém dianteira ~• há dúvida: Pedro Simon (PMDB}, com 42% da preferên-
folgada com 58% contra Murilo Lette (PSDB), que tem
6% e Daniel de Almeida (PC do B), igualmente com 6%. '~ cia, está reeleito, já que José Paulo Bisol (PSB) ati,:igiu
Espírito Santo - José lgnácio (PSDB), com 41°4, da ,:", apenas 15%. . __ .
preferência lidera as pesquisas com boa margem sobre •fi Santa Catarina - O ex-governador Espend1ao Am1n
o ex-governador Albuino Azeredo (PDT}. Paulo Hartung
(PSDB), com 36%, mantém vantagem sobre Élcio Alva- ".;...t.o., (PPB) lidera com 48% sobre o atual governador, Paulo
res (PFL) com 22% na eleição para o Senado. Afonso (PMDB), que detém 19°/o, devendo eleger-se no
Rio de Janeiro - A grande·expectativa no Rio gira em primeiro turno. Para o Senado o ex-governador Jorge
tomodapossibilidadede um segundoturno, maior espe- Bomhausen (PFL) também lidera facilmente as pesqui-
rança do candidato César Maia (PFL}, que em meados
de setembro parecia derrotado ainda no primeiro turno saGso' icáosm-4O1%gocvoenrtnraad1o5r%l.ridseRVeazlednirdCeo(laPtMtoD(PBM) lDi.dBe)r.ava
por Anthony Garotinho, candidatoda coligação PDT/PT.
A ascenção nas pesquisas do candidato do PMDB, Luiz com facilidade as pesquisasdeopinião co_ntra ocandida-
Paulo Rocha (PSDB}, apoiado pelo governadorMarcello
Alencar, abriu esperanças de um segundo turno para to MarconiPerillo (PSDB),quecontratouo humoristaPedro
César Maia. A pesquisa do IBOPE divulgada no dia 23
de setembro mostrava Garotinho com 38% da preferên- Bismark, criador do personagem "Nerson da capitinga",
ciacontra 25% de Maiae10%de Luiz Paulo, quecrescia
no grande viveiro eleitoral da Baixada Fluminense, rou- para fazer sua propaganda na televisão, ridicularizando
lris. Marconi já havia chegado a 29% das intenções de
voto na segunda semana de setembro contra 49% da
Íris, que recorreu a Justiça Eleitoral para impedir a veicu- ·
laçãodo personagem de Pedro Bismark na propaganda
eleitoral gratuita. Parao Senado, Maguito Vilela (PMDB),
sem humoristaparaatrapalharsuacampanha, tinha62%
bandovotos do candidato da aliança PDT/PT. O número da preferência contra 10% de Fernando Cunha (PSDB).
de indecisoscontinuava grande, atingindo 17%, outraes- MatoGrosso-Briga terrível entre o governadorDante
perança de Maia. de Oliveira (PSDB) e Júlio Campos (PFL), com pequena:
Para o Senado, Roberto Satumino (PDT/PT} seguia na vantagem para Dante, que recorreu até ao discutido e
dianteira, com 23%, mas Roberto Campos (PPB) não Ma/uf aposta na santa mão de Oscar popularapresentadordatevê, Ratinho, para reforçar sua
parava de crescer, chegando a 16% e ultrapassando o posição. Para o senado, Carlos Bezerra (PMDB) lidera
ex-governador Moreira Franco (PMDB), que caira para com 39% contra Antero de Barros (PSDB), que soma .
12%. O que impressionou na pesquisa foi o percentual · Paraná - O governador Jaime Lerner (PFL) tem tudo 29%. . .
· de indecisos na eleição de senador, quase 30%, o que para ser reeleito ainda no primeiro turno, mantendo 50% Mato Grosso do Sul - Pedro Pedrossian (PTB), com .
da preferência contra35%de Roberto Requião (PMDB).
significa um risco paraqualquerprognóstico. 35% da preferência, dividia a liderançá nas_pesquisas
Minas Gerais - O duelo entre o ex-presidente Itamar Parao Senadooex-governadorÁlvaro Dias (PSDB) lide-
com Ricardo Sacha (PSDB). Para o Senado, Juvêncio
Franco (PMDB) e o atual governador Eduardo Azeredo ra as pesquisas com 54% contra os 13% do candidato da Fonseca(PMDB), lidera,com 37%, contraSaulo Quei-
(PSDB) marcava um empatetécnico: 36"/o para Itamare Nedson Míchelleti (PT).. _ . - .
roz (PFL). . _ .
34% para Azeredo, com Patrus Ananias (PT} em tercei- Rio Grande do Sul - O governador Antonio Brito Brasília - Joaquim Roriz (PMDB) mantinha dianteira ··
ro, somando 8%. nas pesquisas para a eleição de governador, com.37%,
(PSDB), quese ricenciou paradisputara reeleição, man- contra 32%doatual governadorCristovamBuarque (PT).
Para o Senado registrou-se a suipreendente desistên- tém a dianteira sobre Olfvio Outra (PT} e pode até ser Para o Senado, Luiz Estevão (PMDB) tinhà boa vanta-
cia do ex-governadorHélio Garcia (PTB), que sem fazer
eleito no primeiro turno. O PT, entretanto,·é forte na re-
campanha já chegara aos 22% de preferência, contra gião metropolitana de Porto Alegre e muito bem organi- gem so~re Arlete Sampaio (PT}. . . . . . . .. . .
17o/"dasenadoraJúnia Marise (PDT} e 16%do industrial
José Alencar (PMDB). Garcia anunciou o seu apoio a
Junia Marise, o que pode decidir a eleição em favor da E a eleição presidencial? A pesquisa do lbope divulgada no dia 23 de setembro dava Fernando
candidatura pedetista. Garcia também deverá apoiar a Henrique com 47% das intenções de voto, contra 24% de Lula, 6º/" de Ciro Gomes e 2% de Enéas
reeleição de Eduardo Azeredo, o que representa mais Carneiro. Outros candidatos de pequenos partidos somavam 1%, enquanto os indecisos atingiam
um desafio para Itamar superar. 13% e 7°/4 pretendiam anular o seu voto ou votar em branco. .
São Paulo- Paulo Maluf (PPB) seguia na dianteira no Na hipótese de um segundo turno, grande esperança das oposições, a pesquisa do lbope dava
dia 23desetembrocom 29%das intençõesde votocon- Fernando Henrique com 57% contra 33% para Lula. Mas pelistas e pedetistas acham que um segun-
tra 19o/" de Francisco Rossi (PDT}, 15% de Mário Covas do tumo é uma eleição completamente diferente, na qual poderiam ter melhor sorte do que na pesqui-
(PSDB) e 13% de Marta Suplicy (PT}. Um grande esfor- sa do lbope. De qualquer modo os partidos que dão sustentação a reeleição do presidente mostra-
ço apartidário foi desenvolvido a partirde meados de se- vam-se confiantes numa vitória no primeiro turno, dando, inclusive, entre suas razões, o fato da grave
tembro para tentar levar Covas ao segundo turno. crise que assalta a economia e as finanças do país, prejudicar mais a Lula do que a Fernando Henri-
Parao Senado, Eduardo Suplicy(PT} lideravacom30% que, o qual transmitiria ao eleitorado uma imagem de maior confiança em meio ao vendaval interna-
da preferência mas tinha o candidato de Maluf, Oscar cional que ameaça o Brasil, sua moeda e suas reservas.
Schmidt (PPB) no seu encalço, já com 23% das inten- O lbope também quís saber a opinião dos entrevistados pela pesquisa sobre o governo FHC: 57o/"
disseram que oaprovam e 32% que o desaprovam. O restante ficou em cima do muro, desconversou
çõesdevoto,depoisde ultrapassarJoãoLeiteNeto(PTB).
Apopularidadedo àsdo basquetee o empenhode Maluf ou confessou que não sabia o que dizer.
podem fazê-lo subir mais ainda na última pesquisa.
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27 de setembro a 03 de outubro - 1035 REVISTA NACIONAL:- 7
--.
Garcia Lorca
Um poeta revolucionário
O general Queipo de Llano, que apoiava o golpe desferido por Franco contra a República espanho-
la, deu uma ordem aparentemente simples:
- Dê .café. ao Lorca.
Os militares que co[lheciam a senha sabiam, no entanto, que ele ordenara a morte do seu mais
famoso prisioneiro. "Dar café" era executar. E foi assim, sem nenhum processo ou julgamento, que
Frederico Garcia Lorca, então com 38 anos de idade, foi sumariamente fuzilado.
Terminava ali, naquela madrugada do dia 19 de agosto de 1936, em Granada, a existência do autor
de desvastadores poemas e de obras primas do teatro da Espanha.
Texto de Mario de Moraes
UM JOVEM ENTRE OS MAIORES do poeta, que muitos tentaram esconder por algum tem- anotações de Caballero, Garcia Lorca fora preso na casa
Frederico Garcia Lorca nasceu em Fuente Vaqueros,
Andaluzia, Espanha, no dia 5 de junho de 1898, há exa- po. Não é sem razão, portanto, que Garcia Lorca sempre de Luís Rosales na tarde de domingo, 16 de agosto, por
tos 100 anos. Grande dramalurgo e poeta moderno, tam- esteve ao lado dos sofredores, uma vez que era um de- ordem de um comandante Valdés, após a delação de um
bém reconhecido como fecundo estudioso do folclore ci-
gano, destacou-se entre notáveis poetas espanhóis sur- les, perseguido e humilhado devido a sua opção sexual. sujeito chamado Ramón Ruiz Alonso.
gidos durante a guerra civil, liderando um grupo que fi- "Muita gente dizia que o fato de Lorca ter sido homosse- José Caballero, embora também fique em dúvida quan-
cou conhecido como "Geração de 27". Embora tenha mor-
rido ainda jovem, sua obra o elevou à condição de um xual não tinha nada a ver com a sua obra. Pois eu acho to ao dia exato do assassinato do poeta, conta que Gar-
dos maiores poetas do século 20. justamente o contrário. Sua temática está cheia de amo- cia Lorca foi retirado da sede do governo, em Granada,
Não era, no entanto. apenas poeta e dramaturgo, Des-
tacou-se igualmente como pintor, compositor precoce e res impossíveis", declarou Gibson em recente entrevista. onde estava preso, e levado para a praça de Víznar. Ali
pianista realizado. A música inspirou, inclusive, o rítmo e Pessoa frágil e delicada, além da homossexualidade, ficou em companhia de alguns soldados até que, ao ama-
sonoridade dos seus versos. Boa parte dos seus primei•
ros trabalhos focaliza a Andaluzia (Impressões e Paisa- Garcia Lorca sofria de dislexia (incapacidade de ler com- nhecer do dia seguinte, 101 levado a Fuente Grande, onde
gem, de 1918), a música e o folclore regionais (Poemas o fuzilaram.
do Canto Fundo, de 192J-2).e_os.ciganos (Romancero preensivelmente, causando ainda dores e mal-estar), se-
0 Gitano, de 1928). O povo espanhol, impressionado com gundo declarações recentes do editor Andrew Anderson, O pintor imagina, no texto de um de seus cadernos, o
a sonoridade e a força sensual de seus versos, passou a
recitá-los entusiasmado. São dessa fase, Llanto por lg• durante o Congresso Internacional Federico Garcia Lor- que devem ter sido os últimos momentos de Garcia Lor-
nacio Sánchez Mejias (1935) e Poeta en Nueva York ca, em Granada, Espanha. ca: "Seu medo, seu grande medo da morte, deve ter-se
(1940). Há uma história relacionada a este último poema.
Entre 1929 e 30, Garcia Lorca visitou a América do Norte agigantado diante dele, desamparado e sozinho, e pode
e Cuba. Nos Estados Unidos, ele ficou horrorizado com a ser que tenha gritado que não o matassem. Mas também
brutalidade da civilização mecanizada e tentou traduzi-la é' possível que, submisso e solitário, avançasse rumo à
·nas chocantes imagens de Poeta em Nova York. própria morte, entregue de antemão à fatalidade. Natu-
No teatro, Garcia Lorca, de início, incursionou pelo dra- ralmente deve ter sentido um grande medo, mas penso
rpa histórico e a farsa, até obter sucesso com a tragédia.
E quando ele insiste em personagens femininas em luta que para ele foram piores os dias de incerteza, detido
contra a castração tradicional e o apelo da liberdade se- pelo governo, que a realidade final, que deve ter parecido
xual. Da década de 30 são suas peças Bodas de sangue
(1933), Yerma (:1934) e A casa de Bernarda Alba (1936). impossível, como o fingimento teatral de uma de suas
São três tragédias rurais passadas na Andaluzia. Nelas, obras onde no final os caídos se levantassem para agra-
Lorca dá vazão aos seus sentimentos, focalizando a frus-
tração da mulher que não pode se livrar dos preconcei- decer a ovação do público"
tos, a perfídia do amante, envolvendo tudo em dramas
silenciosos ou numa atmosfera de violência e morte. A RESSURREIÇÃO 00 POETA
CONTRA A APATIA DOS MADRILENOS Após a Guerra Civil Espanhola, que terminou em 1939
Como autor de teatro, Lorca pretendia produzir peças
ainda mais chocantes, tentando, com isso, acordar o pú- com o final da República e a vitória do tirano Franco, a
blico apático da Madrl daqueles ontens.
Nos seus planos havia a intenção de colocar nos palcos existência e .a obra de Garcia Lorca. foram esquecidas.
histórias que abordassem a brutal opressão do machis•
mo e os códigos injustos que oprimiam a mulher e o ho- Embora não houvesse nenhuma lei que obrigasse a isso,
mossexual. .
O escritor irlandês lan Gibson, de 59 anos, é, quase o povo espanhol, possivelmente temendo as conseqüên-
com certeza, o pesquisador que mais conhece a obra de
Garcia Lorca. Recentemente ele lançou em Madrí uma cias, não o lia nem o citava. E nenhuma editora do pais
nova edição, revista e ampliada, do seu livro Frederico
Garcia Lorca, uma biografia, publicado pela primeira vez tinha interesse em publicá-lo. Para não dizer que foi total-
em 1985. Agora ele che9a às livrarias com uma nova ver-
são e o titulo Vida, pas1ón y muerte de Federico Garcia mente ignorado em 1944 um editora espanhola publicou
Lorca. "Com essa obra dou por terminadas minhas pes-
quisas sobre Garcia Lorca, 40 anos depois de ter lido pela o livro Oiván dei Tamaril, uma antologia poética de Gar-
primeira ve~ um poema dele", informou Gibson, acres-
centando: "E difícil continuar sendo a mesma pessoa de• cia Lorca, de pequena tiragem e com distribuição quase
pois de ter lido Garcia Lorca".
Gibson levou três décadas pesquisando para escrever clandestina. Fora do pais, na Argentina, a editora Losa-
os dois livros sobre Garcia Lorca, sendo que o segundo,
para ele, é definitivo. A fim de obter todos os dados que da, de Buenos Aires, publicou as obras completas do
necessitava, chegou a entrevistar alguns dos assassinos
do poeta. Existem várias preciosidades na nova versão, poeta, mas poucos os exemplares que conseguiram en-
como diversos textos inéditos de Garcia Lorca, a maioria
escritos na juventude do poeta, além de boa parte da sua . trar na Espanha. .
correspondência, que estava em mãos de diversas pes-
soas. Em tudo estão refletidas as dúvidas e angústias de , Aconteceram outras e frustadas tentativas para colocar
Garcia Lorca. PERMANECEM ALGUNS MISTERIOS
Entre os temas abordados, está a homossexualidade Garcia Lorca novamente no pedestal que merece, mas
Alguns fatos, porém, por mais que tenha tentado escla- somente em 1954 isso foi possível, graças à editora Agui-
recê-los, não foram apurados pelo escritor irlandês. Como lar, que publicou, num só volume, as suas Obras Com-
a sabida e vasta correspondência trocada entre Garcia pletas. Antes já haviam tentado, sem supesso, musicali•
Lorca e Salvador Dali. Por mais que procurasse, lan Gib• zar os poemas de Garcia Lorca. Na década de 60 foi feita
son não encontrou nem um bilhete. "Eu acho que as car- uma nova tentativa, desta vez com êxito..Entre os músi-
tas e vários documentos foram·furtados da casa de Oalí cos, Paco lbáiiez, que conseguiu a façanha de lavar o
em Port Lligat, na costa catalã. Elas e eles, possivelmen- poeta ao público jovem, totalmente liberto da ditadura fran-
te, terminarão por aparecer à venda no mercado negro•, quista. E os moços adoraram.
comenta Gibson.
Embora Garcia Lorca fosse aplaudido em quase todo o
Outro mistério, esclarecido aparentemente por lan Gib- mundo, ele só teve o reconhecimento do povo espanhol
son, ainda deixa em dúvida muitos dos estudiosos da vida após a morte do ditador Francisco Franco. E não só do
de Garcia Lorca: o seu assassinato. Até a data é contro- povo, mas também dos dirigentes do seu país, após a
versa. Alguns garantem que o fuzilamento foi na madru- retomada democrática da Espanha. Em janeiro deste ano,
gada do dia, 18 de agosto; outros, que ele se deu a(I cJ"· , , o rei Jµan Carlos e a rainha:iSf!!:t vi_sitaram a casa onde
reardo dia' 1'9. Existe, é bem verdade; d depoimento pos- G1arcia Lorca morou na cidade ~l'lllãfuza de Granada. e
tumo do pintor José Caballero. amigo de Garcia Lorca. aproveitaram a ida àquela localidade para darem um pulo
Os dois estavam trabalhando na estréia de A Casa de a cidade vizinl"ia de Valderrubio;-"onde estiveram numa
Bernarda Alba, um dos pontos altos da obra do fabuloso mansão em que o poeta viveu parte de sua vida com seus
dramaturgo.
familiares. Com isso, os soberanos espanhóis abriram as
Em 1991 , após a morte de Caballero, foram encontrados festividades do que foi denominado "O Ano Lorca", em
diversos cadernos, onde o pintor registrou diversas passa- comemoração ao centenário do magistral poeta.
gens da vida de Garcia Lorca. Num deles está escrito que, O escritor lan Gibson acha isso muito natural, já que •o
entre os dias 1oe 15 de agosto de 1936, o poeta econtra- governo deve homenagear Garcia Lorca. Se não fizer,
va-se na casa de Luís Rosales, onde chegara na tarda de estará exposto ao ridículo" Mas acrescenta com certa
domingo, dia 9. Isto, conta Caballero, "depois dele ter sido mordacidade: •A direita não pode amar Lorca Ele era um
detido e maltratado pelo menos duas ou três vezes no ca- poeta revolucionário. Creio que é incompatível ter uma
sarão da Huerta de San Vicente". Ainda de acordo com as mentalidade de direita e amar a sua obra•.
REVISTA.NACIONAL- 8 .... ._, _,.. 27 de setembro a 03 de outubro • 1035
Son Salvador ~AS VA'
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.20 a 26 de setembro • 1034
uerra ., 1• 0S
os sa
A televisão reuniu algumas notabilidades - pelo l ,
menos assim foram elas apresentadas pelo escor-
reito diretor do programa - e pediu que a cada um -- w•
falasse sobre Einstein e a Teoria da Relatividade.
Eram cinco sábios e quatro deles traziam nos olhos testável: eram números, equações, fórmu- ■ SURPRESA - Certa manhã, numa de
o brilho das feras com·fome. Esperavam apenas suas passadas aqui por casa, escutei o
que o rapaz elegante e maneiroso acabasse de ex- las, correções, símbolos, que ele ia mani- compadre cantarolando qualquer coisa,
plicarosmotivos daquelatranscendente, invulgarreu- o que me causou a maior estranheza. In-
nião, na qual iriam ser discutidos, "embora em lin- pulando como se maneja uma coleção de daguei:
guagem acessível", os mais intricados e cabalísticos
aspectos da energia atômica. marionetes. E quando, da assistência invi- - Cantando, compadre?
- É que me ficou no ouvido essa modi-
Quando o rapaz encerrou o intróito e pôs a sível, uma voz, pragmática lhe perguntou nha que está na moda, até que boniti-
câmara e vídeo à disposição das sapientís- nha....
simas figuras, quatro delas logo se atiraram, de que "era feita a bomba atômica", o Sá- - Qual, compadre?
ferozes, atropelando-se numa tempestade - Essa que diz assim: Pense nele, não
de vociferações cultas, grunhidos científicos bio sorriu, complacente, inclinou levemen- pense em mim...
e outros rugidos. A cabeleira de um dos sá- - Mas, compadre, a cantiga diz exatamente
bios logo se transformou numa juba eriça- te a cabeça, conforme fazem os mágicos o contrário.
da, e o mais magro dos quatro (os ossos
ameaçando furar a pele do rosto, de um es- antes de suas mágicas, e explicou tudo, flu- • Ah, é? Então não é tão bonitinha assim...
verdeado doente), tomado de incontrolável
furor nuclear, gritava nomes impossíveis, es- entemente, como se estivesse a ditar uma Eparoudecanlarolar, merguhandoaroamais
murrava a mesa com os punhos secos ou
corria outra ira até o quadro-negro e nele receita de doce: uma pitadinha de urânio, duas o~ ~ óruos ~ e a mq,ia no
punha-se a escrever, frenético, números in-
devassáveis e· por isso mesmo ainda mais pitadinhas de tório, meia colher de enxofre, uma jornal.
ameaçadores.
porção de água pesada, misturar em um reci- ■ RACISTA - Sei que muita gente não vai
Em meio à tempestade, o locutor, tão pen- gostardo que voudizer, mas como nesta qua-
.teado, tão vestido e tão limpo, era c0mo um piente bem enxuto e depois mexer e levar tudo dra do campeonato, que já perdi, pouco ou
calhau inútil, jogado de um lado para o ou- nada estou ligando para as pessoas, volto a
tro pelos furimbundos açoites da sabedoria a um fogo fervente, durante uma hora. "Não há afirmar: no Brasil, particulannente no Rio, São
desintegrada. Paulo e Salvador, o negro é mais racista do
mistério", concluiu atirando displicente o giz so- que o branco.
Mas o quinto sábio - que até então não se
havia manifestado - tinha o jeitão tranqüilo bre a mesa. "Não, realmente não há", concor-
e suficiente (einsteniano?) da sabedoria
confiante. Marginal, equisidante, fumava daram todos. ~-
manso o seu cigarro, sorriso irônico nos
olhos e nos lábios (estes fortemente tisna- E acabou o programa.
dos pela nicotina), e mantinha assim como
que um diálogo mudo com o auditório que
o vídeo escondia e ao qual de vez em quan-
do transmitia, através de expressões de in-
contida impaciência, o seu julgamento so-
bre os talvez disparates e enormidades
enunciados pelos colegas enfurecidos. Qui-
eto, era como se ele estivesse esperando
que animasse o tempestuoso e lamentável
blá-blá-blá, para, então, acudir com as lu-
zes infalíveis de sua Sabedoria.
E foi o que aconteceu. Quando a palavra,
finalmente, lhe foi concedida, o doutor er-
gueu-se, altaneiro, dirigiu-se silente e au-
gusto até o quadro-negro, segurou o giz
como se empunhasse o cajado de Moiséss,
e durante pelo menos meia hora riscou a
lousa com o diamante do seu saber incon-
• FUI - Abordam-me na rua, pessoa que não conheço:
- Você não é Fulano?
Sem diminuir o passo e doido para virar a esquina, respondo:
- Fui.
: • CHEFE -Afinal, quem está chefiando a nossa equipe econômica? Quem dá a última paíavra?
·- - Quem sempre -c-h-e-f-io- -u---e-f-a-lo-u---p-o-r-ú--lt-im--o-:-M-on-s-ie-u-r M-ichel C-am- d__e_s_s_u_s__. ___ _.... ..........---- ----
--------- -------
REVISTA NACIONAL - 1O 20 a 26 de setembro - 1034
A Música brasileira volta ao passado
•
para fazer mais sucesso no presente
Cauby Peixoto:
voz ue a1• n
ulsar
~:''~,-o,s cora o e s,,,,,, - - -- - - --
Ele tem vozeirão tom nato para cantar, her- Sempre muito ocupado, ao longo da carrei- '.
dado de um que o tornou uma referência de ra, Cauby teve que fazer muitas renúncias.
voz masculina e mito da MPB. Antes do mundo "Lazer, praia, essas coisas não posso, não .'..
tornar-se definitivamente pop, ainda na déca- devo e não consigo ficar só nesses lugares.
da de 50, estimulou um folclore em torn9 de Não deixam, graças a Deus! Mas, é claro que '.
sua presença e imagem. Tanto que, no início às vezes, à noite, quando as pessoas já fo-
de sua carreira na Rádio Nacional, por conta ram dormir, vou até a praia e dou uma nada- .
de um antigo empresário, garotas eram contra- dinha". No entanto, a abdicação da sua pes- . ~.-,
tadas para rasgarem suas roupas. Ainda hoje soa pelo artista não é um estorvo para o can-
a estratégia funciona, naturalmente, é claro. E tor. "Adoro ser artista. Sou um pobre que so- .,,, '.
aonde quer que ele vá consegue causar o maior nhava em ser um príncipe. Casando com a •--q-,,
reboliço. "Foi uma publicidade que funcionou e música cheguei lá. A fantasia virou realida-
funciona até hoje. Sou alto, uso roupas extra- de", diz orgulhoso. l ,,.,,,.,:~-.. '
vagantes e exóticas, chapéus, enfim, coisas que
funcionam para impressionar", confessa. Apesar de Cauby Peixoto ser uma unanimida- '·
de na MPB e ser muito conhecido, infelizmen-
Mas, apesar desse folclore, não podemoses- te, o cantor não grava um disco por ano como .
quecer que ele é um mestre, que ao longo de seria normal. Falta interesse das gravadoras
seus 45 anos de carreira, se tornou um dos pelo seu trabalho. Mas, através do empenho parar de cantar algumas músicas, achando que
poucos cantores que consegue sobreviver da da gravadora Polydisco, nesse ano em que co-
música. E mais, Cauby Peixoto ainda é adora- memora 45 anos de carreira, acabou de lançar estavam ultrapassadas. Mas vi que o povo pre-
do por uma legião ~~ fãs. "Apesar do Bras,il
não valorizar sua cultura, e termos muitos can- ..o çp Super Sucessos/ Cauby Peixoto. "Acho fere a beleza da melodia, da letra, da poesia, da
tores injustiçados, eu não posso reclamar. Faço
parte daquela exceção da regra. Eu e também que foi um reconhecimento da gravadora. Es- arte das canções antigas", comenta. E ressalta
a Ângela Maria, somos queridos em qualquer tão resgatando os grandes intérpretes. Alguns
cantores novos já vinham gravando músicas an- que, apesar de Conceição, ser uma marca re-
lugar que a gente vá." tigas. Então, a gravadora me fez esse convite
"Recentemente, fizemos um show juntos, em também. E eu adorei", admite. gistrada do seu repertório no Brasil, o mesmo
Londrina, que a deixou super emocionada. O que A novidade do novo CD, é que o samba-can- não acontece no exterior, onde o cantor é bas-
mais nos impressionou, foi a quantidade de jo- ção Conceição, gravado em 56, carro chefe de
vens que estavam na platéia", diz envaidecido. seu repertório que ganhou roupagem nova e tante conhecido. "No exterior, canto mais músi-
foi regravada em ritmo de pagode. "Pensei em
cas da MPB atual. Meu repertório lá fora não
tem nada a ver com Conceição, eles não enten-
dem. Por isso é que acho que o povo brasileiro
tem algo mais, saca mais", finaliza.
27 de setembro a 03 de outubro • 1035 REVISTA NACIONAL -11
Comemorando Bodas de Prata, o cantor determinadas músicas. "Fomos felizes nas brinca. Reforçando a temática de que o ar-
Fagner que já nasceu para a música, pois
vem de uma família onde os pais e as irmãs escolhas e o resultado acabou sendo coe- tista pode fazer concessões e manter _o su-
cantavam e tocavam violão, acaba de lançar rente com o que esperávamos, nada teve
o CD Amigos e Canções. O disco tem uma cesso.
seleção de seus maiores sucessos no decor- que ser forçado". Mesmo assim, já em estú- Por outro lado, o cantor está envolvido em
rer desses 25 anos ·de,carreira e, de quebra, dio, sem estar programado no decorrer das
o cantor divide sua voz com 14 cantores da gravações ocorreram mudanças, que eno- projetos de filmes, um deles falará sobre a
MPB como Roberto Carlos, Zé Ramalho, breceram ainda mais o trabalho. "Eu queria vida e obra de Luiz Gonzaga, o Gonzagão,
Nana Caymmi, Fafá de Belém, Djavan, entre gravar Asas, com--' 0•1 Nêy Matogrosso, mas com quem gravou os discos Luiz Gonzaga
outros. O que acabou dando ao CD um re- ele preferiu Retrato Marrom. Iria gravar Fra- & Fagner (1984) e Gonzagão & Fagner
sultado romântico. "Achei que para comemo- (1988. "Trabalhos fantásticos. Tenho lindas
rar melhor esses 25 anos de carreira o disco casso sozinho, mas a Fafá de Belém pas-
teria que ter convidados especiais, com quem sou, ouviu a música, gostou tanto que, deci- histórias com o Gonzagão, momentos mui-
já havia gravado ou não. Estou super satis- diu cantar comigo. Acertou em cheio, ficou to especiais da minha vida. No, nordeste me
feito com o resultado desse t rabalho, que situam dentro de seu universo. E uma respon-
durou apenas três meses, todos chegando uma maravilha, pois ela botou para arreben- sabilidade que me envaidece...", se emociona.
na hora, não havendo nenhum tipo de pro-
blema. Não tenho nem como pagar a de- tar", comenta radiante. Infelizmente, após a morte do Zito, admi-
monstração de amizade e carinho que rece- Com shows nos quais para a divulgação nistrador da fazenda Asa Branca, um dos
desse novo trabalho, pois a intenção do can-
bi", declara agradecido. elos para a produção do filme, a coisa está
A escolha das parcerias foram feitas atra- tor é transformar o CD em um especial para um pouco parada. "Apesar desse imprevis-
vés da imaginação de Fagner, que fantasia-
va o perfil e a interpretação dos cantores em a televisão, onde a presença de todos os to, o projeto está rolando com outros conta-
convidados dará mais brilho ao espetáculo, tos como a Rosinha, filha do Gonzagão. E,
Fagner não descarta a possibilidade de atra-
também, existe o projeto do filme As Tenta-
vés desse caminho retornar aos shows. ções de São Sebastião, onde vou interpre-
"Quem sabe conseguindo fazer este especi- tar um personagem muito importante, e a
al eu não me anime a fazer shows, no Rio ou produção está bastante adiantada", finaliza;
em São Paulo, e depois por todo o Brasil",
confiante. ·
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cenárío, se u fil ho vai poder correr, pular à até 30 pessoas. A grande maioria dos al imentos·
"" . vontade e entrar en1contato con1 a natureza co nsun1idos no Hotel são prod uzi dos sen1
. ..'..,,,....,,-,{, ''7, através das vár ias at rações do Hotel. agrotóxicos. O seu jantar é acon1panhado com
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REVISTA NACIONAL· 12 27 de setembro·a 03 de outubro • 1035
Investimos pouco em educação e magistério
(*) Ricardo Maranhão çar a libertação do homem e a humanização
A' margem.de nossos trabalhos profissionais, do poder. ·
temos recebido gratas incumbências.
A sua força mágica reside em que mais do
Nenhuma poderia ser mais sensível ao es-
pírito que a de homenagear o magistério pri- que preparação para a .vida, ela é a própria
mário.
vida, como salientou John Dewey.
Ele desenvolve uma ação mais do que sim-
plesmente instrutiva, sobretudo formadora do · A educação válida é a que se destina à for-
. C<!ráter das novas gerações.
mação humana e a liberar a comunidade, con-
E um trabalho múltiplo, polivalente, em meio
às conhecidas dificuldades e notórios sacrifí- duzindo os homens a participarem livremen-
cios. E tudo é feito abnegadamente.
te dos interesses sociais.
É imperativo ampliar as possibilidades da
É fácil compreendê-lo, se temos em vista
educação e oferecer aos professores as con-
dições intelectuais e materiais a que têm di- uma obra educativa da qual resulte a unida-
reito. . de espiritual e política do povo brasileiro.
Investimos muito pouco nesse domínio, quan-
Este deve ser o supremo objetivo de um pla-
do a educação é o maior instrumento para a con-
quistada igualdade de oportunidades, fundamento no nacional de educação.
da democracia em nosso tempo.
São relevantes o professorado superior· e
Sem incentivá-la, poderemos crescer, mas
não alcançaremos o verdadeiro desenvolvi- médio, porém maior preocupação e estímulo
mento, que depende da elevação do povo.
- inclusive quanto a uma remuneração com-
A melhoria do desempenho de nossa gente
patível - requer o magistério primário, de na-
está em favorecer o acesso à escola e em
afetiva e moralmente. Oscar Wilde assinalou tural pendor e devotamento - verdadeiras
aperfeiçoar os níveis do aprendizado.
Só o conseguiremos com o devido apreço que a melhor maneira de formar boas crian- heroínas - "para termos professores ao mes-
ao magistério e concedendo-lhe o prestígio mo tempo educadores".
oças é fazê-las felizes.
social que merece. A escola cumpre aí a missão de continuar a Homenageemos professor, trazendo na
Na época atual, de tantos problemas, os pais
família na formação da infância e juventude. alma o propósito de sua valorização profissi-
precisam, cada vez mais, da colaboràção dos
mestres. l:'articipamos de um mundo pleno de crises. onal, se quisermos ser justos com a benemé-
É quando ressalta o papel do professor pri- E um quadro dramático de angústias, inqui- rita classe, incompreendida, até hoje, em sua
mário; não limitado apenas ao ensino mas a etações e desequilíbrios. Um momento som- esplêndida contribuição ao valor de nossa
edificar o espírito do educando, assistindo-o
brio da história humana. gente e à grandeza do país.
Haverá o ensejo de descobrir uma luz ao fun-
do do túnel? Poderemos ter esperança? (•) Ricardo Maranhão é Engenheiro da Petrobrás;
Sim, se acreditarmos na educação. Em sua Vice-Presidente do Movimento em Defesa da Eco-
capacidade de suprir carências e trazer virtu- nomia Nacional - MODECON - cujo presidente é
des. Em seu· poder de ·plasmar uma ôrdem Barbosa Lima Sobr.inho;. E!r.esldente.da.Associação
melhor. dos Engenheiros da Petrobrás - AEPET- entidade
A ignorância é a maior fonte de servidão. A dos servidores das categorias de nível universitá-
educação vincula-se à liberdade e à demo- rio daquela Empresa; Membro do Conselho de Cu•
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27 de setembro a 03 de outubro -. 1035 , , REVISTA NACIONAL-13
_~::_.-;::_Conte sua história incrível · ficava embaixo da cama, e a qualquer movi-
- . -. . . .' . ;_ .._,.._,. _..._.. -. ....., .. '
· -. mento ele ficava atento. Costumávamos dor-
am1■ mir com as luzes apagadas, mas ao ehtrar uma
,.,,,
pessoa de casa, mesmo no escuro, ele reco-
a m a e,,·'
nhecia pelo faro e não a atacava.
,.\t.·'
Das pessoas da casa, a que o cachorro Dickmais
. ',;. ilt1·~i'l:.!.-,
se afeiçoou foi à minha mãe. Quando começou o
· -•tel1..-\,-l/'--"/•·'
sofrimento dela em virtude do diabetes, ele ficava
Durante o ano de 1984, residia na casa de chorro lhe ajudava a trazer o gado para o cer-
minha tia, em João Pessoa,' depois de um lon- sempre ao seu lado, só se afastando para comere
go período de vida em Alagoa Grande. cado. Depois do almoço, ao tirar um cochilo, o
beber. Já no estágio avançado da doença, mamãe,
~o ~no de 1985, a cadela NJgrita, mestiça de cão ficava embaixo da rede. Certa vez, um es-
cao vira lata com pastor alemao, dera cria. Con- tranho, ao se encostar na parte de baixo da impossibilitada de se mover por si mesma, era ar-
seguira com a minha tia, um filhote de Negríta,
e resolvi levá-lo para a casa de meus pais, em porta de acesso a sala de visitas da casa do rastada por nós através de uma cadeira de balan-
Alagoa Grande. ço, enquanto providenciávamos uma cadeira de
síti~. foi surpreendido pelo cachorro Dick, que
O cão, depois de adulto demonstrou as quali- rodas. A~ ~uxar ~ cad~ira de m\nha mãe para me-
subiu e encostou as duas patas dianteiras no
'.dades, apesar c!'ê'rnêstl~b. da raça-pastor ale- lhorlocaliza-la, fui mordidopor D1ck, que nem amim
,. mão. Meu pai, quando saía, deixava à'"casa tórax do desavisado.
poupou na sua demonstração de fidelidade à mi-
aberta, com Dick (este o nome que lhe deram) O cachorro vivia mais dentro de casa do que
dentro. Pessoas estranhas só podiam Ter aces- quintal, e era considerado quase como se fos- nha genitora.
so ao interior do lar acompanhada de membro Depois de uma enfermidade insidiosa, minha
da casa. Ninguém de fora ousava alisá-lo, pois se um membro da família. Quando viajava para
mãe falecera no dia 7 de novembro de 1991. O
corria o risco de ser mordido. Alagoa Grande, à noite, quando ia dormir, Dick velório ocorreu na própria residência, tendo as
Quando meu pai levava-o para o sítio, o ca-
pessoas que foram vê-la no ataúde, constata-
do que o cachorro, amarrado' no quintal, neste
dia, apesar da grande quantidade de pessoas,
não latiu uma única vez. Algo estranho a um
cão, que não poderia ouvir o batido do portão
que já começava a latir ameaçador. Todos ner
taram a tristeza do cachorro e seu comporta-
mento estranho, compartilhando o sofrimento
dos familiares e amigos. A fera, temida pela \Õ-
zinhança, foi fiel até na hora da morte.
Dos filhos de minha mãe, o caçula Mano era por
ela o mais querido. Coincidentemente, ele nascera
no dia 7 de novembro, e justamente nesta data ela
falecera. Minha filha, que tem o nome da avó ma-
terna (Elisabete), nasceu no dia 07.
Martinho Ramalho Melo•
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REVISTA NACIONAL - 14 27 de setembro a 03 de outubro • 1035
Uma boa dica para saber como votar
Texto de Mário Giudicefli claro, segundo meu ponto de vista pessoal. mocracia para todos, é lutar a favor da com-
Por exemplo, meu voto irá para quem defen- pleta liberdade de escolha e que vença amai-
• .À.Esta parece que vai ser minha primeira da o direito político completo para as mulhe- oria. Não imagino que a grande maioria do
vez, em quarenta anos de ausência do Bra- res; o direito total ao aborto sem interferência povo brasileiro queira conservar amulheres-
sil, que vou ter a oportunidade de votar no do estado (naturalmente com pequenas res- crava, conforme agora ocorre no infeliz Afe-
meu próprio país (embora o faça regularmente trições que não disponho de tempo ou espa- ganistão, dominado por um bando idiota de
nos Estados Unidos nas eleições america- ço aqui para explicar), como igualmente tam- fanáticos fundamentalistas muçulmanos. Mas
nas). Tal como ocorrerá comigo agora, ima- bém me oponho veementemente ao ensino a questão é que aqui mesmo no Brasil (como
gino que praticamente todos os meus pou- de qualquer religião nas escolas públicas isto de resto no mundo inteiro) muitos políticos,
cos leitores devem estar igualmente líderes religiosos e outros conseguem se eter-
perdidos (ou desinteressados) em é, aquelas que são pagas com nizar no poder, porque conseguem facilmen-
saber quem escolherão para mere- o dinheiro do contribuinte. Só te enganar as massas. Esse é o exemplo do
cer seu voto. Daí a pergunta: quem voto também no candidato que senador Jesse Helms da Carolina do Norte,
vou escolher, ou quem escolherá defender o direito da completa que estaria melhor situado se tivesse nasci-
você, no dia das eleições para pre- liberalização da venda do re- do na Alemanha nazista. Da mesma forma.,
sidente, senador, deputado ou sim- médio Citotec (usado livre e na CNBB, dois grupos ferozes igualmente en-
plesmente prefeito ou vereador? A normalmente nos Estados uni- ganam as massas (conforme parcialmente
resposta é muito fácil, se você se der dos sob receita médica, de nos confirmam, os artigos do jornal O Estado
ao trabalho de ler este artigo até o modo a que menstruação re- de São Paulo), um querendo justificar as in-
fim. torne quando, por qualquer vasões ilegais de terras com a apoio de pa-
erro, as mulheres deixem de ter dres esquerdistas que ainda acreditam na
Assim, imagino que a pergunta a seu período regular). Ora, con- balela do comunismo e o outro, o lado fascis-
fazer, antes de se decidir é esta: vou sultando aqui .e ali, constatei ta, que quer nos impor o pagamento da conta
votar porque acho o candidato boni- que a deputada Marta Suplicy do ensino de religião em todas as escolas
tinho, porque ele aparece todas as e seu marido o Senador Supli- pública, um fato que, se fosse proposto nos
noites no meu vídeo, porque meus cy são defensores exatamen- Estados Unidos, levaria seus autores à ca-
amigos me aconselham, porque tem te de todos esses pontos vista deia ou ao hospital de débeis mentais. No
boa voz ou porque simplesmente não e, por essa razão, a despeito
de não gostar do PT, meu voto entanto, há sempre gente disposta a votar
sei escolher ? Nada disso! · está reservado para os dois. cega e burramente nesse grupo de malan-
dros e isto porque, no'Ca~tl"dl!i'ensino religio-
Afinal, quando você pensa bem, a É claro que você tem todo o direito de dese- so, por exemplo, não percebem a safadagem
razão básica do seu voto é ter a cer- que é o de lutarem eles por mais domínio so-
teza de que os homens que você i'af que~ôdas as· mUtl'le'res sejam proib'R!a§ de bre as massas ignorantes, e com a conta, ain-
deseja ver eleitos deverão ser aque- da por cima, sendo paga por suas vítimas. Daí,
les que pensem, se comportem ou ajam exa- ir à escola, que o luga,r.da esposa.~.r;JR.cs,ii- meu caro leitor, vote não nos partidos, mas
tamente de acordo com suas convicções e nha e que o estupro é sempre culpa da mu- naquele homens que defendem o que você
esse é o segredo. Nos Estados Unidos, a mai- lher. Nesse caso, estou certo, devem existir acha justo e necessário para o Brasil. Para sa-
oria dos cidadãos bem informados não vo- por ai vários políticos que pensam assim tam- ber o nome de quem, é só consultar por ai.
tam exatamente em partidos, mas sim no que bém - afinal o Brasil está cheio de machistas
de chama de "issues", ou seja, nos candida- - mas a verdade é que, conforme tão sabia-
tos políticos que defendem, apoiam, os te- mente nos ensina o grande cientista Carl Sa-
mas, problemas ou direitos em que o votante gan, a melhor forma de defendermos a de-
tem interesse. O partido não interessa. O que
me importa são as coisas que desejo ou que-
ro ver realizadas. Permitam que eu dê meu
próprio exemplo:
Voto nos que defendem o que desejo
Pessoalmente não tenho a menor simpatia
pelo PT, e muito menos ainda pelas pessoas
que considero completamente desqualifica-
das como Lula e outros do seu gênero. Da
mesma forma, acho que dentro do PMDB
existe um número de pessoas que me pare-
cem repugnantes (como o ex-governador
Quércia}, ou no PFL, que representam a re-
pulsiva extrema-direita·-conservadora e rea-
cionária. Mas essa forma generalizada de
analisar os partidos não me informa nada com
segurança, de vez que existe também gente
decente nesses dois partidos. Consequente-
mente meu voto será reservado para pesso-
as, dentro de um ou outro partido, que defen-
dam aqueles pontos de vista que considero
de grande importância e valor para o Brasil, é
27 de setembro a 03 de outubro _ 1035 REVISTA NACIONAL-15
Jorge Leão Teixeira ·f:1,
i;;
• BURROCRACIA TEM SAÚDE
DE FERRO - O deputado Lima ■ FOLCLORE DE BAR - Dizem que o caso aconteceu no Florentino, ali
no final do Leblon. Um freqüentador assíduo da casa doutrinava um com-
Netto (PFURJ) continua lamentan- panheiro de mesa, useiro e vezeiro em abusar do whisky. E lhe dava o
seg~inte conselho, em voz de quem já estava "mais pra lá do que pra cá":
do os embaraços encontrados pela
- "E preciso beber moderadamente, sem exagero, degustando a bebida.
micro epequena empresa, entre os Para que pedir um segundo litro de whisky se o primeiro desceu tão bem?
quais figura o fato do Simples, alter- ■ PORQUÊS DO DESINTERESSE - O
nativa oferecida pelo governo federal ciêntista político Jairo Nicolau (foto), pro-
fessor do Instituto Universitário de Pesqui-
à reinvindicação de um est.atuto para '" sa do Rio de Janeiro, cujo nome e opini-
ões citei no artigo que escrevi sobre Re-
a micro e pequena empresa, não es-
l;• 11 forma Politica para a Revista Nacional,
tar sendo implementado a nívelesta- 1 aponta na importância exagerada conce-
dida às pesquisas de opinião, à televisão
dualemunicipal. Fatoquealiadoa falta , li· e aos marqueteiros o desinteresse e o de-
. sânimo que cercam o próximo pleito, ape-
de orientaçãoempresarialimpede que •~ sarda difícil situação que o Brasil enfren-
..,., ' ta e a dificílima situação da economia
elascontribuam de modomaisefetivo . , mundial. A combinação daqueles três ta-
,:. tores desestimula o debate e o contato
para a geração de novos empregos. -Ili pessoal com os candidatos, afirma Jairo.
Ele também critica a dimensão abusiva
Lima Netto também critica a bu- do horário eleitoral gratuito: duração de 45 dias, :çom 130 minutos/dia,
apresentação em cadeia e mensagens que não vão além de slogans
rocracia do Cadin ( Cadastro de balidos (ou falta de mensagem, os candidatos mudos, como numa foto
3x4), reunindo os candidatos da legião de partidos que a Justiça Eleilo~I
lnadimplentes). em Brasília, a qual sacramenta. Só no Rio, segundo o professor do IUPERJ. são 1716 can-
didatos a deputado federal e estadual.
prejudica até empresas do porte da
General Motors, que perdeu uma
exportação de US$ 17 milhões
para a África do Sul porque um
gerente se demitiu e carregou um
aparelho telefônico, deixando uma
conta atrasada de R$ 150. O débi-
■ VOX POPULI - E como contàni por to levou os "burrocratas" a incluir o
nome da GM no cadastro dos ca-
aí a diferença entre o FlamengO: e o
Titanic é que o Titanic afundoúno.inar loteiros e fez a empresa perder
e o Flamengo está afundando n·:.ó.·.:'::.~....·. i,-.o. ... aquele contrato de exportação.
r'-"-''"-tfiiil~
-~~-'~-~-...,., ·•Raul Giudicelli l~:~-~~
....t"'&~ ,-.:;' :,'\; ~
VQCê entende de futebol?
' ..,.. '
súmula. O time expulso de campo, e que ganha-
• São para você, que costuma dar um show se- va o jogo, vai perder os pontos na Federação_
manal de conhecimento sob.re.as·regras de futebol 2 - O árbitro deve anular o gol e dar bola-ao-
e, no campo ou pela tevê, chanià o árbitro dos pio-
res palavrões - são para voc;ê as'perguntas abaixo. chão sobre a linha do gol. O fato de 2/3 da bola
ultrapassarem a linha-de-gol não significa nada.
Como qualquer fanático, é claro·:que você dirá, no
Só é válido o gol quando a bola ultrapassa a li-
botequim da esquina, que tirou de letra o teste. Mas
nha, completamente.
eu garanto que, ao chegar à última linha deste texto, 3 - Marcar um tiro-livre indireto contra o time
você, sem que ninguém ouça; ççrifessará desalen- dos insubordinados, no ponto onde se deu abri-
ga. Não há pênalti, porque o penal só pode ser
tado e na sua linguagem predileia: . marcado quando há infração contra o jogador
adversário, ou quando houver "mão".
- Esse negócio de regra de futebol é um saco. E
4 - Não. Deve dar bola-ao-chão, no local onde
complicado paca. · acusou a falta inexistente, mesmo em prejuízo
do atacante. Um erro não justifica outro. A "lei
Pois vamos lá. da compensação" é ilegal e anti-desportiva.
1 - O Flamengo está ganha_ndq de um a zero. De 5 - Sim. Vale porque o goleiro "tocou• na bola.
Se a bola entrasse diretamente, não. Porque o
repente, os jogadores do próprio Flamengo arrumam tiro inicial é úm tiro-livre indireto.
uma quizumba ou sentam em campo. O juiz expulsa 6 - Se marcar gol, marca errado. É escanteio.
Tiro-livre direto é sempre contra o time faltoso.
o lime do Flamengo e dá a vitória ao adversário.
7 - Sim. O goleiro, depois de uma defesa, atira
Certo? a bola com as mãos para o campo adversário.
2 - Chute a gol. O juiz apita validando o gol. De- Num campo de 90 metros de comprimento, com
um vento forte, é possível que a bola chegue às
pois, verifica que a bola ficou paraçla sobre a linha- redes do adversário. O que não é inédito.
de-meta. O que deve fazer? E.se a bola tiver parado 8 - Vale. No tiro-de-meta não há impedimento.
9 - Não deveria ter apitado. Houve uma "falta
2/3 para dentro do gol? . · : :: perigosa passiva" que não deve ser punida. O
juiz, após o lance, pode pedir ao jogador ata-
3 - Dois jogadores do mesmo.lime trocam socos cante que se abstenha de repelí-lo. Mas não
pode adverti-lo ou mesmo impedi-lo de repetir a
na área penal. O juiz suspende o jogo e expulsa os
jogada.
dois. E o que mais? . ·• ·
1o- Não. O gol deve ser invalidado. Houve uma
4 - Um jogador corre com a bola, no ataque. O
"conduta inconveniente". O jogo deve recome-
árbitro marca impedimento. Imediatamente, ele vê çar com um tiro-livre indireto, no local da falta.
que errou na marcação e faz sinal ao jogador para 8 - Um.jogador bate o tiro-de-meta. A bola che- O faltoso deve ser advertido.
ga a,um ·seu colega, em-flagrar:tte impedimento. - E se um jogador, alegre pelo gol que fez, der
que dê prosseguimeR~ o,.lance. Certo? Por quê? Esse jogador chuta e faz o gol. Vale? Por quê?
um beijo na boca de um colega?
5 - O centro-avante dá a salda e, sem passar a 9 -:....·Pulando nos pés de-um adversário para de-
fender uma bola, o goleiro leva um chute no ros-
bola para qualquer colega, chuta a gol. O goleiro,
to. O juiz apita. Marcou o quê?
surpreendido, ainda consegue segurar a bola. Mas 10 - A bola vem caindo na área. Um atacante
ela lhe foge das mãos e entra. Vale o gol? grita "deixa·. O zagueiro deixa mesmo e o ata-
6 - Há uma falta contra o time do São Paulo, cante faz o gol. Vale? Por quê?
perto da área do Palmeiras. Um jogador bate a Respostas
1 - Não. O juiz pode suspender a partida,. Mas
falta, atrasando a bola para o goleiro, que corre não tem o direito de decretar que este ou aquele
time foi o vencedor. Ele deve registrar tudo na
e cai. A bola entra. Você marcaria o quê e por
quê?
7 - Há algum meio de marcar um gol com a
mão, proposi tadamente? Como?
REVISTA NACIONAL• 16 27 de setembro a 03 de outubro - 1035
Enquanto Muvuca não vem ■ EM CAUSA PRÓPRIA - O advogado parai-
bano Geraldo Beltrão deu entrada esta sema-
l ■ O que é bom nunca dura muito na televisão na, junto a Procuradoria Geral da República,
brasileira, que tem horror a tudo que cheire a em Brasília, em duas representações contra o
j ~. programa inteligente. Não admira, portanto, senador Ronaldo Cunha Lima, o mesmo que
que a TV Globo e Dona Marluce tenham chu- atirou, há cinco anos, três vezes contra o ex-
~.·'\ ·, .~ ' tado para escanteio o "Brasil Legal", de Regi- governador Tarcísio Burity e continua até hoje
-~~l t; na Casé (foto), sem mais aquela. Menos mal impune, devido à imunidade parlamentar. As
que o canal Futura (Net), resolveu reeditar ações são por abuso de poder econômico e pe-
"'-"t"~ ... alguns episódios daquele programa na série culato, por envolverem o uso indevido do servi-
< •. ;~"-.~; "'!:" "Histórias do Brasil Legal", temperados por ço de telex do Senado para fins particulares,
,:..:r;;!-~-.i., ... . comentários de Regina, que vem por aí - como o envio de centenas de telegramas aos
Deus sabe quando - com um talk show bati- correligionários de Cunha Lima, no mês de
.. t\:,._ - ~ zado com o nome nada legal de "Muvuca". maio. (Jorge De La Cruz)
~r ~'l>7,v:., (Pedro do Rio)
~~ • ?.--.1.., ■ O PASSADO CONDENA - Outro advogado
o■ STJ ADORNA A CRISE - apelo de paraibano, Gilvan Freire, candidato ao Gover-
no do Estado pelo PSB (segundo se comenta,
Pedro Malan para que o Judiciário cortas- na condição de laranja do grupo Cunha Lima),
se os gastos não surtiu o menor efeito. Me- envolveu-se há sete anos com uma gangue de
vigaristas que aplicou um golpe de US$ 30 mi-
nos de 24 horas depois de o ministro da lhões no comércio de Salvador, Ilhéus, Santo
Amaro da Purificação e Feira de Santana. La-
Fazenda expor suas razões, o Superior drões de cargas, os bandidos tinham como ad-
vogado o próprio Gilvan, que acabou preso na
Tribunal de Justiça estraçalhou reais. delegacia de Defraudações da Capital baiana.
O caso, agora, promete esquentar o guia elei-
Comprou, de uma só tacada, 39 jarros or- toral da campanha. (Pedro do Rio)
namentais para enfeitar a secretaria geral
e a presidência do tribunal. ■ VIPS - Não estou entendendo porque estão
instalando salas Vips nos aeroportos Santos Du-
No STJ, será mais agradável receber más mont e Congonhas. Gente importante não vôa
notícias sobre a crise. Claudio Humberto de Ponte Aérea, transporte reservado ao pova-
Rosa e Silva) réu remediado.
■ BAÚ VERSUS BAÚ... - Andam dizendo por E, afinal, o que é um·Vip? De que forma se
aíque ao faturar US$ 43 milhões com a multa a processa a avaliação subjetivã que determina·
. ser paga pelo S$T pela transferência de Rati- quem é ou não é VIP? (Joel Silveira)
nho a Record deu um ,autêntico golpe do
baú.... (Jorge Leão Teixeira)
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Fax: 293-2454 - Campos (0247) 234944.
27 de setembro a 03 de outubro • 1035 REVISTA NACIONAL· 17
■ RELÍQUIA - Aquele cachimbo do sr. Mendonça de Barros devia ser recolhido a um museu.
Ainda iremos nos lembrar muito dele, e talvez até apontá-lo como um exemplo de como o fumo
. faz mal à saúde da Pátria. (Joel Silveira)
, ■ BELEZA - A primeira dondoca dirigindo à segunda, na varanda do restaurante e diante da
graciosa porção carioca do Atlântico Sul:
- Já passei dos trinta e tenho que me cuidar. Não sou como a mulher do Caetano, que há dez
·=============================', anos não passa dos 29 e está cada vez mais enxuta. (Joel Sí/veira)
■ AEROPORTO - Tom Jobim (foto), que ti- ■ BALEIA-
nha horror de avião (e não foram poucas as uem garante
vezes em que ele me confessou isso) é agora
nome de Aeroporto, aqui no Rio. O que é a · um amigo,
natureza, como dizia o outro. elo telefone:
. Não será surpresas.e, de·pois del morto (o - A Xuxa
que-sinceramente-desejo n·ão·aconfeçà tão foto) tem é\ ,
cedo), o Carlos Cachaça venha a ter seu esma voz
nome batizando uma Indústria de Lacticínios as baleias.
no Complexo do Alemão. (Joel Silveira) escobrí isso
m Abrolhos,
) ~---------- -----------''-----------------, a semana
• LEI - Você sabe que os dois estão casados há mais de cinqüenta anos? assada. Gra-
- Sei. A lei da Inércia é capaz d~ tudo. (Joel Silveira ei tudo, vou
evar para
■ BAND APOSTA NO BIS - A Bandeirantes vai ressuscitar "Meu Pé de Laranja Lima", ocê escutar.
Descartei de
1 cujas gravações começam em novembro, apostando no best seller de José Mauro de
imediato, alegando um brutal resfriado:
l Vasconcellos, sucesso em sua primeira versão como novela. - Estou todo entupido. Não cheiro e não
José Mauro, lá no céu, deve estar rindo, satisfeito por ter escapado do ostracismo. (Jor-
ge Leão Teixeira) ouço n.ada. (Joel Silveira)
'°'ioa, e 1 •·
■ MODA VAMPIRÍSSIMA - Helena Rubinstein lançou a linha Orá- ''VAMOS
cuia de maquiagem, com um baton ve~~e como c~cô de criança _com
diarréia e um rimei branco para os c1llos. Suspeita-se que o visual DEVOLVERA
Drácula não deva ser usado sob a luz solar, nem nos ambientes que
cheirem a alho ou sejam ornados por crucifixos. DIGNIDADE
Pode dar zebra. (Jorge Leão Teixeira) À POLÍTICA''
■ SAMURAIS DO AGRESTE - Na Paraíba, o folclore. político foi ..
acrescido de mais um capítulo estranho. Os candidatos do PMDB
dissidentes da legenda, nestas eleições, estão usando o apelido ~e !RICARDO MARANHÃO
samurais pelo fato de defenderem com unhas e dentes a facçao PSB
liderada pelo senador Ronaldo c~nha ~ima, qu~~gg~contrapõe ao
governador José Maranhão, candidato a reele1çao. O medo, é que Deputado Federal
acabem se tornando verdadeiros kamikazes, dispostos ap raticar um
haraquiri político! (Pedro do Rio)
■ NÃO A BAIXARIA - João Saljld, donC?_ da TV Ban~eiréfn_t~s, ~,ndou
pelo Rio e garantiu que sua em1sso(a nao pretl:n'!e rat1c1n1zar nem
"leonizar" a programação, olho no 1bope. O max1mo que ela se per-
mite é botar um Falcão no vídeo. (Jorge De La Cruz)
~~-:·~R-ªE·.~VI.S~TA~-N~A~C;;I;Oª-N~--A~L~-_;1;8;_;;;_;:_::;:=============;;;...~.~,1n!rii~i,1i:i:,Ua•:l.~=========;;;;;2;7~de;:se:t;e;m;b;r;o;a;0;3;d=e=ou=tu=br=o =- 1=03=5-
,:.~..~ ■ NO MINHO TUCANO - E voz corrente que
•'l ; .... - - - .. -·--·--- -· ----- -- quem foi rei nunca perde a majestade. Pelo
menos com relação ao senador Ronaldo Cu-
■ ANIMAL - Aceitemos que Edmundo (foto), dito a Animal, seja um nha Lima, ex-governador da Paraíba, parece
destemperado e de cabeça desparafusado, mas o fato é que, com suas que o ditado é verdadeiro. Apeado do poder
desde que peitou o atual governador, José
entrevistas nos jornais e nas televisões, ele é quem vem contando, Maranhão, Cunha Lima demonstra saudade do
embora aos pedaços, o que na verdade se passou com a nossa tempo em que freqüentava palácios e busca
Seleção na última Copa; o que na realidade aconteceu com o agora o ninho tucano, admitindo deixar o PMDB
Ronaldinho; e, finalmente, os motivos verdadeiros que levaram ao
vergonhoso desastre que nos tirou a Taça. Fala mais, Animal! (Joel
Silveira)
(onde é dono da ficha número 001) e desem-
barcar de malas e bagagens no PSDB. Resta
saber se FHC concorda com a troca, pois com
■ TRABALHO PARA TODOS - Gente que gos- certeza perderá o apoio de Maranhão, que os-
ta de fazer contas afirma que cerca de 80 perso- tenta o índice de 70% nas pesquisas eleitorais.
nagens já apareceram na telinha em "Brida", a (Jorge De La Cruz)
novela da TV Manchete. Deve ser contribuição ■ QU/PROQUÓ NO EGRÉGIO - O procura-
para combater o desemprego...(Jorge De La dor-regional eleitoral da Paraíba, Luciano Maia,
acabou levando o maior pito de sua bem suce-
Cruz)
■ RELÓGIO - Tão'lnúíil quanto, um relógio no dida carreira de magistrado. Jovem e brilhante
pulso de um baiano. (Joel Silveira) professor universitário, Maia carregou nas tin-
tas numa entrevista e culpou o Tribunal Regio-
• RODÍZIO - Na TV-Record, saí o plangente e nal Eleitoral pela impunidade de certos políti-
cos que atuam porlá. Resultado: foi'obrigado a
discursivo João Leite, entra, e entrou de sope-
desmentir tudo que disse, após levar um puxão
tão, o enxudioso e exclamativo Gilberto Amaral. de orelhas do próprio presidente do TRE, de•
Logo em seguida, aparece o Boris Casoy, Xeri- sembargadorAntônio Elias de Queiroga, duran-
fe-mór da Pátria, a berrar:
- Isso é uma vergonha! te uma sessão secreta. (Pedro do Rio)
Denunciadas apopléticamente as vergonheiras
do dia, o Xerife logo está.passando a palavra ao ■ BANCOS - Quando um banqueiro diz "No
Ratinho, que já se inquieta na sala ao lado, onde último semestre perdí dinheiro", o que realmente
tem o seu cada vez mais variado museu de hor- ele quer dizer é que "no último semestre não
rores. (Joel Silveira) ganhei o que esperava". (Joel Silveira)
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27 de setf!mbro a 03 de outubro • 1035 REVISTA NACIONAL· 19
..... '
Eli Halfoun
.. . .. .. .
. .. Talento em dose dupla
.. .
•'
• Não é só como apresentador do progra- de discutível qualidade .~ programas infantis
ma Guer.ra é Guerra ( noites de sábado na idem. Evê Sobral descobriu uma·fórmula jor-
eCNT), que o jornalista ator e apresentador Evê nalística de, agora através de uma "mesa de
Sobral (foto) impoe, na·base .do devag?r debates" fazer o público, geralmente femini-
sempre, sua presença na televisão. Através - no, participàr de discussões sobre o •nosso,.
. do magnífico Centro Cultural Santa Catarina, na maioria das vezés,·cruel cotidiano. O pú-
que ele também dirige, Evê é o responsável blico matutino da televisão não precisa só de
pela criação e direção do Viva o Show, receitas culinárias ou dâ possibilidade de usar
uma boa opção (via CNT) para quem a televisão como uma espécie de babá ele-
tem paciência ou necessidade de ver trônica. Informação ( e a discussão em torno
televisão pela manhã, manhãs ócu- . dela) é sempre fundamental. · ·
.·• padas quase sempre l?.Or desen~os. · . * Chega de alienação · ·.
./
ENFIM, A VERDADE - Ainda seco-
FÓRMULA ERRADA, PÚBLICO CERTO - menta com uma certa surpresa ( ou
Ratinho continua na ordem do dia: a recen- seria hipocrisia?) a recente entre-
te estréia de seu programa no SBT promete vista que Raul Gil deu ao De Fren-
uma vez mais mudar o panorama { em ter- te com Gabi (foto), que ainda é
mos de audiência) da televisão . O público sem dúvida, o melhor bate-papo da
podia até estar esperando novidades mas nossa televisão. A surpresa maior
Sílvio Santos esperava apenas audiência ficou por conta da revelação de que
para a sua emissora e isso Ratinho conse- Raul cobra para apresentar canto-
guiu, liderando o ibope em vários momentos res, especialmente os novos, em
e conquistando umas excelente audiência na seu programa. Nenhuma novidade:
disputa com a novela Torre de Babel, sua essa é uma praxe que existe.na te-
mais forte concorrente. Mudaram os cenári- levisão desde que ela foi lançada,.
o~ n:iu9.o_u,_9e certa forma, o ~rnb.i~Dt'?Jnas .. há 40 anos, no Brasil e que _é co::,.
- - Ratin bo_càotioua- o - meemo- o - nom-Lpodoria- - m.:,n1· a1odo;:;-o;:;-programa's'f0 que
ser diferente: foi com sua espontaneidade, talvez esteja surpreendendo é a co-
suas "loucuras", suas verdades e acima de ragem de Raul Gil em assumir isso
tudo com a completa falta de compromisso publicamente e com dignidade, por-
de fazer tudo certinho, que Ratinho se im- que na verdade ele não rouba nin-
pôs como um inegável fenômeno da televi- guém: tem uma tabela de preços de
são brasileira e conquistou o maior contrato promoção que é submetida às gra-
da história da nossa televisão. Não se pode vadoras que, por sua vez, também
esperar mudanças no estilo Ratinho e muito tem uma verba destinada especial-
menos na fórmula popularesca de progra- mente para a promoção de seus
ma que ele apresenta. No dia em que mu- novos lançamentos. E o chamado
dar, Ratinho acaba. toma lá da cá.
*A não ser que o público mude também. * E, afinal, é assim que infeliz-
Para melhor mente o mundo funciona. Até no
amor
CAMINHO CERTO - Tem gens incluídas por Mesqui- ESPAÇO NECESSÁRIO-O bom Pro-
ta no programa acabam por
sido ( confirmam as pesqui- transformar-se numa, feliz- grama de Domingo da Rede Manche-
sas) nos horários ocupados mente, atração diferente, te está abrindo também um importan-
por Otávio Mesquita os me- principalmente porque te espaço na televisão para os nossos
muitos novos talentos. Conseguir mos-
lhores índices do Tempo Mesquita é também um re- trar seus trabalhos na televisão costu-
de Alegria nos domingos ma ser uma missão quase impossível
pórter diferente que não se e de muito sacrifício para jovens talen-
do SBT. Animador de pro- limita a informar: ele faz, tos, a qual só interessam, produtos já
gramas de auditório há com naturalidade, parte da feitos e de comprovado sucesso, e que
apenas e exatos seis me- reportagem e acaba crian- costuma os esnobar. A iniciativa do
ses Otávio Mesquita (foto) do com o público uma inti- Programa de Domingo abre um ne-
tem-se comportado muito midade muito maioratravés éess~ o espaço para quem já tem bons
bem no contato direto com da, âigamos, notícia. Sa- (ou pelo menos razoáveis) trabalhos a
o público e não se pode indo da mesmice Otávio mostrar. Como na televisão, todo mun-
negar que com sua irreve- Mesquita está, sem dúvida, do já sabe,. nada se cria, tudo se co-
rente criatividade acabou mudando o esquema dos pia, está aí um exemplo que, esse sim,
dando ao início das tardes programas de auditório. deveria ser copiado.
dominicais do SBT um
novo caminho: as reporta- * Até que enfim * Com urgência
REVISTA NACIONAL- 20 27 de setembro a 03 de outubro - 1035
.. .,
EtEGJa\~l~fES PO{{ fOf-<.J.\ Ja\S J'J\Ut&=l!RES ;s~rJ~4\0 •
CJ.\DJ.\ VEZ 1'1\J.\IS SEj'ISUJ.\IS co,,,\ i'IO'/J.\S~
1
COl'lf -Oft'fJ'.\'/EIS ! J'i\ODER~lf.\S -tl~IGERIES" O QUE
-PRO'/;.\ QUE O J\i\EL~IOit ES'fJ'.\ QUi\SE SEJ'J\PRE .
P OR BAIXO DOS PANOS 1'
.: ...·~~- - ·· .. ..,
,: 'J' . . E verdade que em matéria de elegância feminina o que está por 'j
.. ,,,.., fora aparece mais, mas é o que está por debaixo dos panos o que
mais interessa (aos homens principalmente) e faz mais, muito mais, j
. sucesso. As lingeries, ou como se diz popularmente, as roupas de
,,.•~~,-.ri.i. baixo merecem por isso mesmo atenção especial dos fabricantes. e
...;../ '-'.~
. ".r~;•"j,'.',( A nova tendência do mercado é usar e abusar da revolução dos 1
' tecidos utilizando a lycra-algodão, uma fibra produzida em pura i
celulose, de origem natural.. O fio é importado e as novas (e cada
vez mais sensuais) roupas de baixo deixam, através de milhares 1
de microcorpos, a pele respirar fresquinha. Os fabricantes garan-
tem que as novas lingeries abraçam o corpo e se ajustam como ·!
uma luva porque não deformam. E o que é melhor: fnzem os ho-
mens querer abraçar suas parceiras cada vez mais. Nas fotos gen- ,)
tilmente cedidas pela Duloren bons exemplos de novos modelos.
·1,,~ As mulheres vão ficar com água na boca. Os homens certamente
muito mai., ( Eli Halfoun)
ni}\i.
t•(v•':-
~!½,,.$.<
, ~~í Nenhum
.
.~--t parceiro
,·
resistirá a
tanta
sensualidade,
mesmo sem
tomar Viagra
~~~===
'
~~
,~..',.~.... ~
"·
..·"' s·•c:o• •
1
Pasta Nº ® -Fl.~1 <p 1 FOLHA DE S. PAUJ,.O
1
J_12 Sexta-Feira, 17 de fevereiro de 1995
br4 n
• POLÍTICA EdoNÔM/CA
• -
ana •te
Ministi·o descarta 'smp1·esas de fim-de-semana '; ele deu posse ontem ao novo presidente do BB, Paulo César Xime1!:~
i . - -~P.utkb
&iN.g'tffi "' "' • f
FERNANDO PAULINO NETO brc o consumo e. assim, se
D• Suwrul do Rio "houver con vergência de opi- Menem e FHC discutem câmbio
niões" de que a procura por
O ministro da Fazenda, Pedro produtos e stá s uperando a
1'1alan, disse onlcm no Rio que o oferta. algo deve ser feito. De Buenos Aires Luiz Felipe Lampreia, em janei-
, governo "cm algum momento do
- {ururo pode vir" a baixar um Para Malan, " se houver o ro, de que FHC não desvalori-
·\'conjunto de medidas" para con- julgamento de que isso (maior Os presidentes Carlos Me- zaria o real no primeiro senies•
' teação do consumo. Ele informou procura do que oferta de pro- nem e Femando Henrique Car- tre de 95.
' que não haverá nenhuma "surpre- dutos) está em vias de aconte- doso discutirão durante dois A poliúca cambial após...a
cer, as demandas inflacioná- dias, apanir de hoje, em Foz de des1•a/orização do peso rnexj_c:F
sa de fim-de-semana". rias são óbvias". O pior equí- ... Iguaçu, n,ecanismos comuns no será analisada pelos pre§i•
1•oco, afirmou, "é achar que a para evitar a desvalorização do dentes dos bancos centrais. • •
Malan disse que este tipo de inflação já está domada". \·1~,,; peso argentino e do real depois A assessoria do n1inistro·võ-
-medida não deve surpreender nin- , da crise mexicana.
.guém, pois vem sendo tomada O ministro di sse que, em -• n1ingo Cavallo também quer
·desde o dia 1~ de julho (início do alguns setores, se repara algu- ' O ministro da Econonúa, Do- analisar con1 a equipe de Malan
Plano Real). ma dificuldade de suprir a de- mingo Cavai/o, e o ministro Fa- a persistente queda nas Bolsas
manda, mas que em outros a .• '4 zenda, Pedro Malan, avaliarão de Valores dos dois países·_e·o
O ministro deu posse ontem, na indústria ainda tem capacida- os efeitos da crise na econonúa aumento da taxa de risco (des-
sede do CCBB (Centro Cultural de de produzir mais. • mexicana no programa de esra- confiança quanco à estabilidade
Banco do Brasil), no Centro do ,, ,;\;! 'l...... econônúca) dos papéis argenti;
Rio, ao novo presidente do BB Sobre a reforma tributária, bilizafiio do Brasil e Argentina. nos e brasileiros no mercado in-
(Banco do Brasil), Paulo César Malan disse que, em outros ':°• 1 ternacional.
Ximenes. pa ises, ela demorou de um Com a queda dos investimen-
ano e meio a dois para ser rea- ~ ''•)f . tos estrangeiros, aumento da in- Menem e FHC comandaraõ
O momento c1n que estas n1edi- 1izada. Ele disse não ver moti- • ,. flação e crise no sistema bancá- encontro inédito atéagora na di-
das poderão ser implementadas vos para o Brasil serexceção. plomacia entre os dois paí~~•
não foi revelado por 1'1alan. "Não rio em seu país, o presidente
existe hoje, no momento em que "Existe uma convergência Menen, avalia que uma even-
vos falo, uma clara convergência no governo da necessidade de
de julgamento de que seja necessá- tual desvalorização do real teria
rio imediatamente um conjunto de não perdermos a oportunidade um efeito desastroso para a Ar- reunindo cerca de 40 ministros
medidas que talvez tenha que ser gentina.
implementado". disse. histórica de reduzir o número e secretários de Estado do Bra-
de tributos", disse. Para ele, o
Malan disse que o governo cole- lvfenem não se satisfez com a sil e Argenúna, as duas priáci•
mais importante para os in-
vestidores é ter a certeza de garantia dada pelo ministro das pais econonúas do Mercosul, '
j Re/açées Exteriores do Brasil, (Sônia Mo~.rj)
ta "diariamente" informações so- que o país está nesse caminho. O governador Marcel/o Alen ar e o ministro Pedro Ma/an
1
PRIMEIRA ENTREV(STA COLETIVA · 2
''N,..a.,o sob revi.vert.a'' • • ··'
ColllÍnll!IÇ~O d3 p.Sg, 1•11 cngess:imen10 coru.riruciol'l.ll cu ,·otei c-011tra por Caribe, C:,n3dá, m:is :1. Améric3 do Sul ( minis.Lro Stcphmes cst.i prcpanndo, que n5.o são núrnero!i o ris,co, ele tem os mtCJJ1.ismos par3 diíro:.nles.. O B~il f um p:iis iodus,trializ.::do,
cs.~. r.11..io, n5o porque cu -'Cheque 3 tax:i dejurc.s: circum•izinhlllÇ'.'.I n()S$3. de onlc:m constitucion.11 e que d.lo recursos. tw.o alU.lf. M3S o risco vcrb3.I, se o Go,·cmo 3rua pelo fortemente industrfaliPtlo. Se o 8 r:t5il é um•p,3ís
fl muito f:Scil fabr cm pih•,iii:iç.11.o e .sêri:i bom de,·.1 $Cí m3is que 12% ao :ino. nus porque e-v prttisa.c-spcr.ll 3 Cons1i1u;ção. risco vcrb:tl. ele a ~ benc:ficiand.o grupos. e isso fortc:menlc indu.(!J'),llit.ldo. etc 1cm que t .l1'21ltir
:icho qu~ ,·océ n5o pode dcix..:tr de WU' à aulorid3dc. Ent3o• .lJ' por rnil razücs Jc ordem política. de certo tipo de cc:,nd içi<> de eoncorrCnci:. 3 SU3
nt6 Íll.ê-lo, i:omo 1ambi.!m de concc~ icf, nw or~1cm cuhur31. de o rde.m cconümica, n6.s
par., ÍSM> n sente 1cm que 5ãne:11 ~ cmprcs:i. h.so
c m1 ~ ndo lledcrado, o ministro Goldm..:injá ha\'ÍJ monc1ária a O~ibili.r..a{ào neccss.iril p.lTl nc.,.scs 3Ctedi1:imos que issi.. é importanlt'. O í.:110 de que As rcfom1)S são e:s.senci:1:is. par.J o 8r.1Sil. p3.13 o nSo c:13 par.1 (au.,. produçlo, tem que oltur o cimbio l~m, $0b
com(t'.&do. Agora, o minisuo Ohc)T Klein c.tti momentos el.1. a1uar. Ason., :, polítie3 1em. j.1: nós. ()05-.'.-ámos hoje dialoiar c.om :i comunidade · po,·o. c.l3S s.f. o bo3S, o país de,·e- qucli•l:is. nós Zero Bota • Dom d i3, p~idcnte. Da b-rig,3 no csS3 p:.rsp:c:1i\·a. Nio é 3 mesma q1.1e os PJ.ises
cs1:imos seguindo, $ C tudo correr bem ,·:i.mos econümic:i. turopéi.1, ,•i3 Mercosul. é muito \'3mOS d:.r melhores condiÇucs de emprego, m:iis qtJc s5o menos indw.trhlit3-dos do que o Bf3sTI.
lcvl\.nd<> ~iuntc c.su: proccss(). Como cu disse. continuJ.t scsu1ndo e.s-,.3 pomic-' de ir diminuindo signiíic~1ti\';), é muito importan1c e nós csumos invC$timcnto, mais g~ti:iç, 1udo bem. M3.S oós PMDB pel.:, lider.1nç.1 0 3 Câmara ficou :r,
~r., \'.) Rio Gr.uidc do Sul i.sso é mui10 impor1.'lnlc, n.:io , ,~os ficar esper.Ytdo de braços crut:Jdos :a impres:Sâo de que a S:1íd.l da crfoçào da liderança O Brasil é u.m pais que comercia pr3lic:aJl\ffl~ cm
LI no norte t3mbém do Por10 Su,pc par:, poder pelo men(IS 0$. juros originjrios. juro primário, no nesse d iálogo muito a\Ívo. Ê clvo que isso n5o .1ennos de igw)cbdc de proporç5o. com :1 Africa.
lit:3r li pll'3 cim1 p..,m o rio S!lo frMCisco, nós signific~ que não renhamos uma atenção snnde refomu. enq~1amo el3S estão .srndo feitas nós. do Cong,resso ro; ,1.pcoa-t ~ proporcionar um:., com 3 Am~ri.C3 Latin~ com os Esudos· Unidos.
ovcr no B~nco Centr.il.
300,mod:»o,lo de forçM, uzn3 \·cz que as refonn~
,11mo,; rrecim de in"es.1imen1os aí. Süo p.3cotes p3r3 com outros p1íses. ru ,·ou .:ios Est3dos csumos faz.endo 3S oulr.lS questões. A Lei de
Rlidio ltaliai:a • Ptcsidcn1c, o senhor íez i.'lgor.s há que são a nO\'idadc n:a rotin.1 do Congresso se;jo com.- Ásil. oom o Oriente ~tédio.
de irwct 1imemos, ciue requcn=m lnuito <"-Studo e p0:ueo a.-. cont!IIS de quan10 o go,·emo ~.u1a1fa com Unidos em ,·isiLa de fubJo umbém cm abril e a Conc~sõcs foi :iprov.ad3. isto aí nbn:- um C3m.inho \"Ol:id.a3 sc~enlC pcl.a.s dt.US Olsas. Po( que Então qu3.ndo ~ diz: ••Ah. ma.s o r~I cs.t.i
rt"qucrcm t:.unWm n ·açJw d.l inici:11h·a pri,·:id.l. imenso !l pa1ceria. imenso. às parcerias, n3s o Senhor j ulgou con\'c.nicnlc cri:u a:go13 es:se
a elev3,;.J.o do S3Jirio mínimo. Ator.:i, o to,·emo rd:iç.'.io do Brasil com os ês1:idos Unidos nunc::i. 3pteeiado em. dig,amos, JS~". ~fa.'l .:i.conlett que
M.:u;, a orienti.ç!io Jo .i;:on.mo 6 decidid.:uncn1c n.a 1cm J;ido tímido no que se refere- 3n cor.b.11c 3s este,·e- tllO boo. É mui10 pOsiti,·o. Asora, essa cstr:ld.1.s, n:i. energia elétriea. nos ponos. e n3o cargo e qual v.li ser o Jl.lpel do Ltder do a.prcciado com rclaçio ao dólu, n5o com rtl:aç5o.
J if\~ão de :1poi:ir~ se lipoJc lí:l0$fl(Htc. posi1h•idnde 1em que ser tr:,nsfonn3d,1 num.1 precis.3 do Cong.res.so, éaç5t> do go,·cmo. Congresso?
Íf"JUdes e à sone~.Jç5o. Os líderes sindiC3lis1:i.s por exemplo, ao ic:,ne. ou com rtfa:Ç'io 30 inarw.
:1g_enc1., que pennit.:1 p.isi:os bons plr.l os dois
O Eslada dr MlnM • Prcsiden1e, cu gosu.rfa de dizem que. se o 8º''emo combate.r ess., prátiC3 r En1?io é isso que cu c:s,ou di1.c:ndo. quer dizer, o AiC - Nio. o.ão foi uma questão de 3Comod:iç.5o porque eles t3ft'lbém se ,·..ilori1.:ir:im (rc:nle 30
est!llri:im climin:id:ts lod:i.s elas e o g:o,•emo p.1fs.es. P,'1.ra o nosso p,:lÍS, não é? Par.a criar um govt.mo, ao mesmo tempo que \',Ü cs.1.:u- com seus Jc forç.1S. porque cu podi3 des.ign:i.r um só. O líder dófat. En1.;io qutm com:«l.l p.i.ra (:i, cm nurco ou
pcrsunt1H sobre n qucsr:io do fórum dos poderi:1. f:t.1..cr com qu.: o p,roblcml do e:t.iu tia lideres. diseurindo no Congresso o apoio, e do gOHmo é cu que dc..,igno. Se: o PMDB quer cm ic-nc. n~o IM )~ me:sm,, pe«b rcbti,-:. qu.e pode
clima favor&\'el n;io só 3 in"estim~mo, mas a isso ou .1.quiJo, é ouuo problema. Eu posso
go\'cm3dore!i. O :-cnhor !i3be que no di, seguime à Pr~vidê:nci:I Soci:11 fosse re.sol"ido. Como é que o < pedindo , ·o,os p::im as n-fonn:L.\, p:ir:3 :i.s emendas. desitn:irem qu.a.1qucr runído. não preci~ nem ser ter quemcom-m iillius rum os Esbdos Unidos:
1«nologi3. lt',msf~r~nci3 de 1ecrt0Jogi:,, 30 s:shr-r.
cld\.Ao C\ gO\'C.11\.'ldOI do ~~ E.(t.'\do, EduanJo ienhor ,•ê ess., po$SibiliCUde? ele ,·.:U es1:11 cro.b1lh.:u1do. o mini~tro fa1cne ,em Um p:i.ís que tem toJo o !-Cu cottk:rdo orienbdo
que o (ucuro depende mui10 dis1,o,
A1.cm!o, .ir~scf\lo,, essa proposltt DcfonJ cu a
Irei :1 E.uropa também p.:ira :i comemor:iç.5o (l.,
iJfi:i J :i cri~Jo J o f ónnn dos Go,·cm~Jore~. qoc FIIC - I! que 5e os líderes sindic:iliSU..1: iesli,·es-scm que tt3b:iihar indcpenJentc:mcnlc de que baj:i. do PMDB. E outr.t coiS-3. (in:mdí\·el) pr.itica de p.l13 os. CS-1:tdos Unidos tem que ter outro tipo de
vi16ria fl3 Segunda Guc:rr.a Mundi.J.I, porque o
ele tnt2i:i até J:í d.:l exp,;:,rii:nci:i Jelc Jc i:Ai~o n.t sent:i.dos nc,s1:i. c:sdcira ou c-om o ministro do :t.lgum:a rdom,~ connitucion:il, o Mini!ilrO Paulo emendas. prcocupaç!io nisso.
llr:isil íoi o único· poís t.(UC'- m.:i.-.Jou Lmp.:t.S da
FrCntC N,:idon:il Jc l~foi10s. Mui1os uJcrirám à Tr,1,b:tlhoe di. F.uenda, eles , ·criam que o comb.:itc Rcruto umt>tm. da Ai;.ric-uhura wnhém. Pm V.lmos suporque o governo ::;prestnre, d:.,qui .1.té.o f_nt5o é ncs..,..c senti do que cu digo que n& 0 mc,,s •
Améric:i_do Sul••cn15o i:s1.i.n:mos l.í... Jrci :i
prorona. muitos 1:011100.tc.r..un, .ichar.un que i1'J.o b. ::onega.çl\o nós e.st:imO$ d:uido muito duramente poder _fin::inci3r. :i. :.grie-~ l~v.r.1, pu:i ir comCÇ() de nurço. 30 cmcnd.'l$, S-ào 30 c-omis.sües 1e
progn:ss1vA1ncrue cn:,.nd~ -c:on_d.!ç~s .~ 3C3.bM ~.:i, C:inUra e 30 rio Sc~o. Um líder.s6 C'lio dá
po1Jc:1ia $.ii;nific:ir cuníronto, est :1J"Cleccr um f'IOdct' e que ele rende muito menos do que .u im.Jpin:t.. Ponus~. irei?!. Fr.mça. M:is il América Jo S,d é 3 ffiirh.lR"!"ll~ ôl"'t~JTffSfifrn)~so"li\ril:'~~ prcêl~.,....-:..., con°:" porqüe..,~ nc:t ~ l3\-3io4 cm~ \fC"""s.ê'r"'felt:3- d i ícrcnç.:i.s . Nós nun c.:, fo\·orcccmos--os
N~o. pórq'úc: fl3o h:sj:s SÔõci a,.'ão. m.:u pOn,,ue Ô~ _..,·nos-s:,1.•1z1nMnç~;l;nllll ..:u
~ clr.E.l\,~ c1-,e l'j\J«" ,1ve- ~j~ o contr.1Ro;-- - :St:h6 qm: szr·1o'sT 1!·'.'CS~é1i1;il$. Ao eontri.rio.. ftl\S -km~ tivemos
ju,1mnen1c. p:ir:i concifi:,lj.!lo. oprc.scnlnç5o Jc diplon1.:ici.:i.. que: C: cxccpcion3I, vai con1inuar se dc, Consrcsso. e polí11c.:i. c.,mb1a.l. moneun.:a. ' a.traves do líder. Niio é isso? Ent3o nó!- \'3mos ""svperã,•irna 1>,l]anç:i 1•.01nmi:st: O dD .:iho JU.~O
dedic:indo com muito :1.finco :i .:smrli3r essas
,enllcnmÍ\•:is. Eu que1i:1 $.'Lbcr o St"01im~n10 sobre ima,;in.:iç.:io sonc~~ora é sempre maior do qu~ a TuJo é diíícil, 111:is. )C não fosse di(icil, que graça u~ leis líderes. d3 Câm.trJ 2. e um do Scn3dO. foi de m:lls de-RS 10 bi1Mcs.
c.1p:1dd.:ide fücaliwdora, não é? é uma cultur.J da
rel:iç(IC$. 1Cri3 $\!r (lJ'CSiJt.nlc tia Rcpúblic.1? Scri:l um:i cois::i. O Méx ico sempre te,·~ J ffi cil 03 b:ibn ç-.1
o Pdrum e J.i: i!isu ~lmcn1c 1rJ1. bcne(klo. poc.fc soneg ação. Nà reforma lribut.irb :il.sum.:is ~bs 3incfa. é uma prcocup:iç-3o no!iS3, pelo
:ijud:n o t.nverno d~ ReJHíblk~ ou pode mcdid.as \'50 srr 1omadas nc.u::i direção. O Rú.dio Jcwt-m ran .. Ptc.siJentc. o ~cnhor pltlc comc.rci3J. e $Cmprc fechou as su3S conw :itr.i,·C:S
sem sttrpresa. Eu oonícsso .:i \'océs que C3d.1. dia cu regimento do Congruso a Cim:ir.l 3.f>í0\'3 um:.,
agor.1 par.:i v.iria..-; cmr-nd::a.s ti Con~tituiç5o, que é de c:ipi1al dé curto p~o. de ingr~s.so de iã.Riui~
estahclc-.:er um p()dcr par.de.lo? so,·emu 11:mur Fr.mco ,-e cu C'Onlinuo n:t me<nu 1enho um.1 Sul'J)rc.s:i. I! um:., dificufcL1~e nov.,, m:'lS CmC"nd:.,, cl:t \'3i p.w o Sc.n:,do. Se por aC3So
um::, \'crJadC"ir.i n:íonna. E oão h:.í como refomlar de ,·ez cm quando a gente 1cm oi gostinho de SeuatJo moclific:v es:s.-. cmend:i. ela \·oi~ p.'lr.J 0 F,n13.o é cl;.m> que tem uma w lncrabiltJ;id.:..m.lior
FIIC • Eu 1enh1;1 cene1;1 que o , ovi:rnaJor ,·i:,dircç!io- nós. b!ll:;ic3men1c .:i.ument:i.mc,:. :i a Constituiç.ão sem Jiscutir idc->log.i.\$. O stnhor superá•la.. E tu e.spcro que, com mUi1.:i í.!. muit.>. 3
Cârn3r.1 n3 cs:bc., zero, 3 Càm,.lf3 n:comeÇ3. .lS$:im nes.~c pot110. Tcr.:i ov iras vanrn,gens p cl:i
Edu:i.nfo A1CrtllO propói;: p.'lt'J .\juJ:iro i;o\'cmo d.a !UT\.""C.:id.1ç,:ío comb:i.1e à sonc~açâo, m!IS :iind:i crença. mui1a energia. com :i. 3jud3 do Pº"º
repele u rótulo Je ncoliberJI e nlt-~mo assim quer dilo n=s:imcn10. in1egr.v;ilo m:Us r.ipid.3 «,i.m os Estados. ·
assim n!,o é verd:ule: que- cresça tão
Rcpllbllc:;i. ,\ind., oncem, con\O eu di!oi.\c, j:intci o apoio do PFL. Eu ~o~t:Jtia de sabei como ÍIC3. busilciro. que continu:i d!lindn uma :ijuda Enr5.o é muito jmport.:mtc que .1s lideran('a.s Então ê. nesse sentido que cu digo q ue n6s c1mos.
isso e também o que s5o n htnhenlles e
com alsuns go\'ent:iJorcs do PSDB. com 1odos. cxponenclahncntc. No éaso da rdorma iencrosa, e m:,nt~ndo , 3 confi3nç-~• .:ipc:s:'lr de cstej:.,m ~tenl3S. a que o Scn;ido plnicipc das c::id:., p.:ais. n~o é p>r r.u..ão mcnUI, queremos um
prc\'idcnciári:1, na área d.1 Pre,•iJência Social,
indu$i\'C., rom o sovcrn:idor EJu:udo Aurcdo e nhenl1cnhcns. e\-cntu3lmc!UI.'., a4u1 e .1h, te~urcm d_L~.cr que n3?, negociações desde o início. n:, C.im:,r.a, p;u-a: que modelo dií"-ren1e. C:idl um tem seu..\ problemas..
$Cmprt debatemos es.~ questões nomuii;. l~o j3 \'ocl: se tcmbr.t. que desde o ministro Briuo. oom o FHC - É o seguimc: t<"lm:'I :. quest5.c, do rótulo com c.ssa ~JUJ.l.. com esse .clima pM1t1,·o que nos não h.:ij:i ri!óeO de m,1it.1S módific.,1çõe-s no Senado. Peg;.i o Ch.ile. O 01i)c C: um p;,ís que ~e: se
es13mos \ 'l\'1m~ú no Brasil•. essas S~l'CS.lS. ~ós porque nós n5o queremos. qvc o Scn3dO ,eja
1h·e reunião ~'(lm c,s go~:e-ni:,Jorcs d.1 Amxtõni:1. · ministro Cu10l0 e: agora com a minidro Steph.lnes ncolibcrol e do PFL. O PFL tem um compromisso i1Hegr3r com ruaior facili d!lldc d~' Q.u~
que ,..mbém n tão oq;aniL:idos, cu .:icho bom. o comb:i.tc tem sido in~.(sanle, Hi mil obu.iculos
com <t soci:tl·libcr.1lismo. é como eles se dcfiocm. ~.u:,ias enftcnta-13.'> com mu11.1 tranqu1hd!lide. É o marginal ,10 proec~<o, en1ão nt,o 3di:inLa chcg:i.r Já n6s.indusi,·c. porque o Chile e-xpoM3 ,<\.,Qw.ô1
A~or:1.,,' não sei i.e uin f6runt de 1 7, porque 0$ de unJcm :IS , ·e1,es lt'g,11. Às \'Cl.c$ ::i gente m:ind:t QUJJ1do se fala cm ncolibcr.a.1 aqui no 8r.lSi1 é pan uh1mo? no Se-naUo e dizer. ''Não pode tnudlr. nio pode Cobre. que é um:. c,onu·noJi1ties: Oores. produtos.·
probkrn:1s s.!lo m.-is :a~sim sc1orfaliJ.:1Jos. proje10 ~ comt,31cr a soneg:,ção, c1t.:s \'OL"Ull de di1.cr que ,·ocê quer o 6s1ado fora de: tudo, Ctrlmonial • Não. ,cmos aind.l tr~s. mudar porque a Câmar., vol1:i para o u-ro... Par.i riatu.rais. a.ntes cr:i farinha de pest-3do. :.,~or::i ühl
~ •• ••
No NonJcstc rem :. Sul.Iene. tem o pcsso:i.1 da um:., 1runcira 131, que nio combllc l:ultll, Ou1ro enU'Cga.r cudo .to mercaJo e que àS forças do FJIC • Eu j ~li1. aC<"lf1du~o. J'(IUC'O de ~m5o.
Ama, ônfa.. tem o ~ .ssool Jo Sudeste, n!o é? M:1$, dia :1lgu~m dlú::c quem sonega no Br.1sil slo os que isso não :sc.ontc,ç:i cu preciso que o Scn.:ado En13.a ele 1cm 3 \·;:,n1:1.gcm da S3ZOnalidode~
c,1 3Cho que lod.ts :t.$ fonnas de junw e~fof'\'1"$ pequenos. e médios. porque o s tr3ndcs nílo mc~do sozinh3s resolw m tudo. lss~ ni'to tem Agénda Ni,::hl Riddrr • Bom dia, Prcsidente, Jl,lMicipc desde o início. Qu.mdo n:i C.'l.liíómb é im·emo, lá é \ -e;j c,_,.. \'ice~
r :ua rc~oh•er problciuns é :a melhor forma sone-g:im. ele$ faum pl:i.nej:imcnlÕ füc.,1, ou scj:i.. tr3duç5o pr~1ica. Nhcnhenhém é ,1u:indo é Presidente, o Brasil esli colhendo um:i das. Emào eu pm:iso de m3iS líderes.,\ r.:iz5io é ~. ,·crso, então ele poJe. export!lir nas·· ;.tpOC3's
ideologia pul'3. O que que é um;. ideologia pur.1? m;:,iorcs sâír.\S Jc su:., hislória, ecrc:1. de 70 milhões
rossÍ\'cl, dc.'.«.lc que sej:.1 esse: «111lo é o csptrito do há un1os rccuoos na lei f13r:t ntio p..1g:ir. que nr\o É lllgum.:i coi53 que \'i\'e só nas nuvcn!i, n:.,s de.tonclad:u de g:r.ios. Nlo foi por um:., 3comod.:iç-3o. E o líder do ólJ1em.:i.tiv3.5,. É um país que foc ilmcn1e sctintêi,r.l·
g\wcm.:idor l~u:mlo A1.crcdo, n:'10 6? p;sgam. Qu.1ndo for:lm olhar o lmpos10 de Rend~ p:.tb\'ra.'i, e não 1cm re.1lid.ldc, n:to tem tr.:i.duçio FHC.Sc1cnuc.$CiS, Congresso terá um peso muito s.rande, 150 grande hcrnisícric.uncnle. , •, ,.~. , •
P\tf eM~n,plo. qualquer rci;i5o, tome uma regi:io Pesso:i Juridic:i no 0'3Sil, ele é dedin:mte, As prática. Eu sempre foi muito rc.:i.lisu. Cu 3cho que qu;inc? os outros Hdcrcs. E terá o mesmo Você vai dizer p3ra o Chile: ·•É mrlhor ,,oc.; fic,y
quandc. :'lS cois.a.,; n5o 11:m lr.lduç5o pr:itiC.1, .são
J o No rJc~1e. Os go,•ern~dorc~ dcvillm se <"mpre~ estão crescendo. :1. c«1nomia csd cm Ag&ncía NIRhl Riddtr • No cni:into, .1 tT.31:t_mento, o mesmo s1.11us no _Congcc.sso, e preso ao ~tcrcosul''. Ele n~o pode. ele rem· qve íêí
cnten·Jer. como cst3o 1en1:.ndo p~ra rcdir ao c?m1go v~nos uah~lhJ..r .cm con1un1? com oJ
go,·etno (c.Jcr:il cm ronjunto, f!Orquc: Kn5o ~da expansão e p.,s:im menos imposto. P:ig3m encno.s nhenhenhém e deixe.que fale. ponha n rótulo que v.1.IOril.lç:io da mOl.--dà nacioJiál Ín"nte 00 Jóbr 1idcrcs, ~ ss..e-s _tres 1,deres s~r:10 peças l:.i .1 su.i. lig;ação. . . ~ ...
E.t.tado pede :u tne$m=-.-t c..1is:l..-t e C(ltnO o dinheiro p,ocfcdcses1imul:tr as expartaçôes. Por outro lado, fund:un~nta1s naqu~lo que t:mto ped1r.im sempre:
n!lo sobr:i a sente fie.., ncs.~ op;ões de: C$COlh!i. de k ~:'llmente. Então cem que mud.lt:i lei. Nós lemos q,1iser. ' os c3 n.lJJ de comumC3\-àO com O COJISTt'SSO. Nós 3q1,1i, Brosil. A~en1in:i, (\\1"3 nús- é ,·.mt3jc,:.o
1çnt:ido sempf'C'. mudar a lti. Agor.1 mem10 ,·31Tlos os produ1orc..ç n:icionJis n::iclàmam mui10 do il110
Eu \'i um dcbltc p3r;l i3bcr se eu tinha. aderido :io ('UStO dos fin:U)Ci;)mCntt>S n.lr.l.iS i)CfCfados ;l, TR. fic3nno!i lig:idos entre n6.'\. Vcj3 o que 3romc-cro
insi~tir. eu tentei tan1os ,·eze.s como minlsuo d.1
com o nosso comércio 'bil:u eral : crd.ê'Cü
1::u:end:,, !li qUC$t.lo do si,a;ilo, mil problém:u. Nfio Consenso de wa.~hington. fa1 coníes.so que eu Vniodo ess:is do:i.s. situaçües, o Br.lsi1 pode \'Olw
Sofi:i, ci>mo cu dii;o. m:ito c.,t:a ou :tqucb cri.mça? E.les ('.!i~1o.TIXl3.rn:u1Jo qui: 1cm c.1n3.I demais? c.nonncmcn1c. Eu :id,o que o Chile cs1;í. c:hcs:indo
é sigilo pr.i. v~c:ulh3r .:i. vi<U dos ou<ros - que. nunc;) tinh3 Jido..113cfa :sobre o Consenso de
Útr.iêjiC\J. Quer dita. c-omo t que cu faço. :i.1c:ndo aliás, hoje quem faz isso s:So os que 1ê1u acesso \V~hingcon. Fui ter depois. ,1 s~r o ~r.:indc c."Ompr.1dor dá s.lfr.:a a~ri'col.l.. dl!ss:1 Anles n.:io tinh:i. num momcnlo cm que de preciso tltn~m \'il
próxim; :ufra .t"rícofa. A minl1a pcrguma é :;e o Agência (lnaudh·d) - Bom di:i, senhor par:i m.iis próximo do Mercosul, M:,,r nós
:1 e.-.tc e nr10 .ucnJo àquele:'? E n5o é t.'Om:to joi;;.'lf Jirtto .:ios banco~. n5o é? N3o M sigilo~ q\Jem
rude, cm cima Jo presidente ..L'l Repúblic.:1., porque tt m esse .'ICC-$sO Jire10 aos b.3ncos. mas o go,•emo Quer :ilgunu~ mcidid.'\S. es~l-' de. fundo Monetário senhor prc.:tcnde com:ir algum:t medida p3r3 p~idcmc. Ame.s de mais nad3 me desculpe [)('Ir cm..-:nd~.mos o mrivimemc, c:hilcno. · •-
nlo h:m e qU.1n10 cenl!I lc.r n3o conscs,uc. quer
pan""C que é o l}rt:iidcn1c: que nlo quer quandt> \'li (in3udívcl), que nós n!lO fü.tmos. O Drasil foi o modific3r ciso siruaç-~o. o que que pode f:t1.tt (l{lrn falar cm C.Sp.tnhol. O senhor (inaudfrcl) um grupo Qu:mdo o MC:xico n:solw:u aJcrir .:io 1ra1::.do do
di7cr. e is:-o são imJ)OOimen1os lcg::sis. E.ntlo, se únieó país que (cr. o ffl3ior :icon:to que hou,·e tu b.lr:ttCàr o crédi10 nirnl e csLimul3J' os expott:\ç&s, de sin.dic3list:is {inaudfre}) anos atds no 8f3Sil N:1.f13, o .gu,·crno do Brasil imedi3t3mcntc
n.x"UrSOSs::'lo c.çc:,,.,;sos. l~t~o. na medidJ que c:ss..t.'\ rcnegOl·i:i.ç.5.o dl dh•id3 iem ~t:.-tnd by dt> íundo e t,1mbém se há possibilidade de se c.:i.pt3r pelo dirigen1e comunis1a llugo Napolit3n(). É
(risse (:kil 05$im. olh.:l. eu oom m.'tior pr.u.er fari:,, mc.nt1fuio, O nosso c.1.min.ho foi ouiro. nesse sen1ido que economlcamtntc:-. ou nos 3pl3udiu. J'l<>rquc .1 s.-itu.:iç;io do Ml'(ko requeri:.
,~nit1C-.ç e cncomros de so\'em.JdOJ'C'$ sejam f'ar.1 l'\'CUí$OS J.i forn, um~ vez que :is ta.-..:as cfe juros s5o in1crn.1c ion3Ji7,:a.mos (i n:i.ud h·el) o u nos aquilo. E isso quer dizc-r que o Br.i.sil ,·!li cQmnll~
m:,s cs1o u .:i.benQ n. tod;i,s :is su,emks dos Porque é nc(llit>eral \'ai ler :i mesma crise que o mais bar.,u.~ que :,qui dentro,
iS$O cu ocho ótimo. Devo <li.ter que eu tenho dirigentes sindic3is f>ot:l comb.lfcr ~ sonc.go\-àO. México. O Mê)(iç(I n!'ío tem es:sa érise.porque ck é intemacion3!i1.3m~$- O senhor assegurou ~nt5o n:i mc.sm:1 dil\."'ÇSC>'? N5o, ('l(lrque o Br.:a.~il 1c-10
neoliberal não. Ê por outras r.llôes. Porque de FllC .. Pois n!io. Em primeiro lugl r, hoje o que ~ue- o B~1l pro,cu,·~ seu n_,odelo pr6pno de outras cnmplexidadcs ncss.:i, negociação. E·o
eRcon1r.ido dii.posição muito posith•:, do s Absolu1amcn1e .1bcno e FO!.t3ri:i. e pron10 p.m não~. umbém, ncolit>cr::il. A prescnç:i J o ÊsUldO ía.z. o con1r:uo .itrícofajj não é m:tis a TR. é TJLP meo,p0r.iç.io àeconom1.1 mund13I. Brasil sempre prcforiu ncgoc-i.lr qu31,o m.lis úm,
- T:t."<a de Ju(<"IS: J e Longo Pr.izo • do BNOES. Pois bem. Obscr\'ando que os (inaudh·d) da
i;:11,·cm:1dorcs de 10Jos os panidos. 1\l. sem imp lc:11'\cnt.u. no México t enorme e !l\'35&1kldoro, maior que ;1. que 6 um.1 média, e que com:i. cm con~idel'3fiio :., quer Jhcr. o ,\1crcosul ma.is os Estados Unidos
C.\1."CÇ:io, sem e,..,~flo, porque: ~" pc.~ a.., c.slâo [\tr3 s:ibe.r como é que nós v,1mo$ chegar no ano
A.:ênd11 EF•: • Presidente, 3 imc.gra(ão
"~ºc...,m~nJenJo o momemo Jo Bm.~il. Eu acho
cconômin muda o c-cnirio d.as relações no
ctue llS ~\·em.,di'-tei i jud# mui10. Isso n.!io 6 Contim~nle. O presidente m.lflttm 1:lços espcci:lis .
, •,)11.)r à roll1k:i de SO\'em:1.dorcs. Mvitos .:om v~os p..,íscs da r,:sião. Qwl 3 imponS.tcia nosS..'I., n!io priv:itiwu qua.se nad.'1 d:iquilo que
fO \·rnudores cr:im uWos: os so,-cm.:idi>re5 P.,313 (in::iudf\·cl) petróleo, es.us coi!-as. nada. E 1150 la.'c.3 de juros dos p.1péis do Brosil no e~lerior. e.as maioria dos p.:iiscs do c~ntin~nte_sJo ()S mesmos: 2005. {inàudí,·cl) !li d.'\13 que fizi:mos l:iem ~ti:.,mi,-
que Vos~ Excc-l~nci;1 dá aos primciro.s cocont.ros o'bst.:intc cc,·e crise. Tc\'e porque: n!'ío priva.li1.ou? ~a.~ de juros daq\ti e :\S c,c.pecu1h•a( de infbção refo~ l:ir o Est.idu. pm'.111_:r.a~.:io de empres:is num., qucs1!io hcm.is(éric.,,
rre.ssiour a C!im:ir:1.. Não t iu o não. € o que m:1ntcr:i «tm chefes ~ governo do.s p..,f!,,C;S
,:·o,·em:t.tJor n:., les ilim:., função de defesa do e ludo isso, TJLP. Ess:i j:i :ilivfa mvilo os públicas, 01r.1ç.5o de ci1ip,1:i1s. ;1ticrtur.i das Ou scj:i, h~ peculi!llrid:tdcS: do nosso próprio
intel't'S.k Ja.s S.U3S popul,i;.X.s ptOJ)\le a0 ,l;O\'t'fflO l.:itino---:imcrie:t.nos e qu:i.t a polftic::i do Br.:isil p.w Nân, lC\'e por O~lr.l.S r.uões..
l)fodu1ores 1\11':liS., eles j.i não cslâo m3iS sob o imponaçües, Jibcrafi~'1o Jo merc.:w:lo. qu.'l.is: são sistcm::a producivo.. Nós somos urn p:i.is C'OlnO os
fC\fcr.d « nas me.lid.l$ ..Jc que o i;o\'cmo fodcrnl o Continente? Eu n5o g,osto... Como c:u fui professor, eu n5Cl gu.1n1c d3 TR, 1cm :1.lguns contratos com TR Es1ados Unidos. que somos grànde produtor
tOStCI de discu.'lsões que não s.ão pn:ds:is. quando :lS cara.c1e1ístiC3S (jue diforrncbr:io n 8r;1sil do :igrkob e um hom produtor induscrial. Nós temos
l''"'ss:.I tonwc1n lxneíí~io dclM, • ilinda, .an1igos. que c&t5o ~cndo discu,iJos e
s!'ío \'.'l!âS, porque cl:a.s a1r.ipalh:un. Qu:indo ,·océ nc:gocfados. processo d3 A!gen!in3. Mb:i~o e Chile: por CSSà (inaudfre)) e :igora preds.::amo~ comrç3rº:i $C'!.
exemplo'? Qu31S s;10 3$ medidas própn::ss e
~ p.,.n.iJos p~S:\m -'.\1ntinu.ir C.'(istindo com 1'11C - Olh!!. c:u Jou unu. enorme imponância. Eu põe um rórulo. você•.:i.o in,·és de escfan::ccr. voe~ Par.1. tradu1.ir e:m linguagem mai!i simples, 0 originais que c-$~.ap3111àq~clc~1odclo? • de- SCt\'iÇOS. na p:ine de sof1warc dC$$.'l.S coi~. --• ·
muh:a fo~;t... \).'l líJen::1- l':unbém.. Dcsi&nci ontem o irei a.nu.nhã 3 foz do Iguaçu e depois irei a e-onfuflde. Voe~ tem que cxaminàr é o ~coblcma ~ o seguinte: é q ue qu.lndo a u.,a dt F_l~C - Como ~:1~, cm pnmciro luºg.:us-ecn,aeo1,a.cn':3ou. dme Enl~o a complexid:ldc da C'COnumi:i bms:ildra ·é
li.Jer Jo S<l\"CmOno Confr'C'SSOe na C:im:u-.a. quer tsunçu, na Argcntin,., encon1rar-mc: ('Om o J'!"°s é ele\'od:t., ~so crintr:11os que foram fim~ados.
compon..tmcn10. o que quc foz. n?io é nem o que sao controcos de pleno dittitn. Qu.11 é.a exitê.ncia d1ng~n1c: •br.is1le1~0. -~,;se cr::i. gr:mdc.. maior do que de :1lgu1)Soutros p.'lfses.·1,-5('1
J i1a, que o fii ~ ca.-.o r,cn~o. Eu fui líJ.cr do rresiden1e Mcncm. é. o primeiro encontro do diz quç vai fozer. En1iio ~ isso que eu chamei d:. n5o quer dizer QUC' scj:1. melhor nem pioL ·Às
~cl~tocs mtcm~c1on.11s do p3Nldo comun1$:la
E\)\'Cffl\l no Cc,ni ~',) pelo r,R:$id-encc Toncn:do conjunto do sabinete, eofim, do Minis1frif;l deles? 11 que a18uém p:.,guc, esse al~ué-Jn é o
nhcnhcnhém, ess.1. ooisa que Us.l rótulos. ró1ulos, 1tilhi1Jlo. E ele disse ~me~le es$,3. frase: P?ntue \'CZ.CS. se é IUCJl(lS complexo. íacilil!II- Cert:.,s-
!\~,b. N&- \'3mOS encr:i.r nunu Í::\$C Je muitA.S brasileiro com o g:1binete ;u-scntino,j:S num:a eup.a rótulos, você fica ncfclibático. lsso_eu n5o gosto. Tesouro, o Tesouro é a povo, quu diz.e,, entàa \'il.nUS,Cns. M:i.s nós lemos es.s3 eomplexid:sde: - ..
emcnd.\.1 N t\~tituciorui~ N:3o J.i p:irn um líckr !i6 um3 de.cisão que n.:io é (ácil. porqúe foi um ~3:quel:t_é~a ~•a ser Lmpos.st\'el .:ice1ur a
se~\ )o.."Up.U de tN.'l..., cu preciso que cad.t um.. de <:00~\.àO rnui10 m.iis .unpla entre os dois Rede Globo • O senhor disse M pouco que nas contr:uo. foi um contnuo foito em condições Ent.ão nós n.:io podemos aqui m!IIC3QUC'âr modelos.
b.lt.llh.as quem n3o rccu;t. perde. Até qu~ pon10 o m1cm1c1on_al11~Ção, . Ent5o ~- isso que cu chamo de nhenhcnh.ém
go\'cmos cm funç5o do Merrosul. Eu, num d1scu..so que fiz no Senado. f.alc1 de. n~o
Jh·IJir ;> ne,od:iç:1o, uns negociam um3s No dia 28 Jc fe,•ettiro, cu irei a Montcvidéu senhor está disposto .:i, recuar, uma \'Ct que Donn.:iis, aceito, e que ineg:ivclmçn1e: lieou mui10 me lembro mais. imeg13çâo sobemn.1., urro coi!i3 1;.mbérn. ~fas cslá mexic.:inizando. e-~i:S :::- é r
emet'ld,:u., ouJros oun~ enlirnlJ.:i., l"Onfom1e III lin::1. j.'U\t.lt ((IM o preside:n1e l..3c.1llc, que s:i.i, e A(.SiStir, 1 \.difícil, par:i cer1os· se1orcs :igrfco'3.s poderem :::as.-tim. e recebi crílic.:t...'\ de todo 13:do. que cst.a\'3 neoliberal, é ... Meu Deu,;, do céu. Vamos· our.u- .;- 1
no di3 scguinlc. à posse do presidente Sang;uinc.tti, S\1pon.:ar esses con1r,.t1os. EntJo ele.,; ::igor.1 qurn:-m s.ãUndo dn lrilho ccno. Ê simpJes~eme: porque cu n::ilid.ldc, não \'3MOS olh,1r pal:l\'ras. - · •" ..- ·
l-l"je eu \ 'OU dcsitn» o senador t id o Áh·:m:s promcceu 3 m5o abcru com M cinco prforid.:ide~. l
~ ~ct 'O meu líder do g<wcmo no Sen:td<'. de que 6 um :1ntiso eomPlnheiro meu d.1 Amtri~ na c:imp3nh:,, e isso parece ser intod\'d, e que se rcsol"~ isso. Resoh·cu. o Te!iouro pagando.. est3\'3 ,·cndo, enfim, cu tenho mfomi.,çôe.-:, eu A noss,1 complcxid:idc é. e.ss.1. e um g~o..
L,lin~ da Ccp.il e tudo isso e \·:imos, n5o \':11TIOS J
mo.Jo que csse quBdro 1.1mbém ,•aj íuncicinar cnqu3tlto :as mudanç::ss n3 Cons1illlição n5o ~o ~foc1limo,Sóqucqueremes1.\p:ig:1ndoéop:wo. ~empr_e ~nd~i. pelo mundo. ~ue- .~ rcsponsá,·cl. cspcci:ilm~mc \·Olt.tndo :io ténu que
j unmcom 0$ t ,),·c:m:111fon:-s.. Vamos cri:ir um dim.i discutir nada porque é .l pos.se, nlaS nmoi.
fd1.as, o &º\'emo continua refém dn Consrcsso En14o cu n5o posso tomár um:i ~utori1.açiio assim. 1.ntem:i.c,o,~IJ!jçao Já se esu,·~ da.ndo. En~o \'OCe cu dis..~ no início, num3 :-ocioJ::ide dcmoc-r:ltie3
inuirn posith'O p;i.r., mu..br o Brasil. c~pr,:.isor a con1inuid.tde do nosso tnt.>.mcn10
N!llcional. I! :is refonnas, .lS promcss:is que o Nós: esl.lmo&refie~ociando esM p:,,ne, n:io 3 de rcin_qui: ver como é que ,·occ coloca o mtrf'C'$.~ cm que você .lpcrtou f!' bolão crr.ido e o·~ú'iiô'•
TV Mtnthrtc- .. Prcs.idc:nl~ qu.1.Mo um cíd.'ld:\o "ºabsolu1nmc·nt~ fmtemo par.i com o Uruguai e, em
senhor fez n;:, c.:unp.3nh:i. d::pcndcm de- n.-cuuas. TJLP, porque- essa é àteit::i. es..~ p:inc esú .sendo. nnc10~3l nesse contexto de ~ma e~onom13 grita. e$.$( P,'I.Í~ 1em que ter seus caminhos. .
comum- 1cm um3 peque.na sobn:- no fim do mêJ, seguida. cu \ '(IU Chile. 3 convite do prtSidcnlc que só ,·êm depois c.bs lnudanÇ3.'i. Como ~ que gtobih~da, porque.. 30 se gfob:1.llz.v•.n:.io oca~
Frei, em ,·t~iu Jc: l;Sudo. c,.n, \'lsic3 ofici.11. E isso fi ca, nesse intervalo em que se discu1c. :i.s emcnd.is Se tlil~tou O r rni~,. d .c:i ien,ando diminuir O ônus Não é por peculi;,id.1de. por ciucrer imcnt3,PQ"
ele :tplia N c.:.ktneu de poup.:mç:a, que lhe: n:-:ndc constitucion:Us, o .:i.1eodimcn10.. o socorra. p0r
demonstn cun~m que !L noss.a prcocup:i..,":io é exemplo, ~ J>Clftt.•faç5o c-:in:n1c? klhn: '? :igricultor. J'IOrquc O agricuhor n5o pode- c~m o ,_n1cn:s.sc n.1c1on~I. Ou os ~en~os nao p;trnpóh'or.a ou :i rod., . nlo é p)rque im.'ttirte que· o"'
?.S Jc juros :10 més. Qu.VKlo e.,~ me.smo cicbdJo
muito i;r:inde. 1-llC • V~mos 15. Em primri.ro Jus;u, é bom ser lbcSmo s~tpon.:ir um <lnu:; t:io dc\•.:idc.. Isso é um 1cm os m1crcsscs pr6pnos, ou os ms;lescs. ou os mund~ \·.S para um ):ido e ~ B.r.a.sil o 9Jni,ri..:
comum ,•:ii 3 u~ cmprc.-..,. pmci,:., cmpiJ\.ll' um (ranceses?Tên1. Nós l.'llnbém lemos.
PJ.l":I. quê? Nós !IIC.h3mos:., o SO\'emo Jo Dn.\il u,ch,1 n:íém do Con1;:n:sso. O Conin:sso ~ u1n tus:ar *ºdado. n3o, Nós \'àmos cm conson:tPC-là com o ,·rnto do,.
JUr-1:1io. des.."t'.>nur um titulo. f:tz.cr um.;1 compr:a .t que o forukdmc-nto d.)S n:l.1çôcs de todo tipo, Otltro é O ch~m'làdo ••fin3me Rur.:>.I'·, onde
primeiro rom o Mercosut. nus com 3. Améric.:i do a,r.1tl:S\•cl. onde se discuce os problema~ do Or.isil. ~bém se tem :ir um:l. qu.ei t.ão de conrr.atos. que Es.s.:i é a idéi:1.. A «onomia se inlcmacionll.li.ui. mundo, mas \'amos coloc!I.J' .:i. noss:i :icron:t.,"l:'tm·
,-sopr:u,.'l ou qu:dqucr roi~ p:i.reci<b. ele,c; p:,,f:.tl/ ~ c.aJ3 um 11:m que pens.:ll em tennos dos ~CU$
Sul é muito imporunlc ~ o Chile: 6 muito O ruim é ser refém num presidio, m:is o \S~ roncra1os pcrfei1os, e rura mudar preciS;.'l,dc posiç5o que: e.ss:c wnto ,·cnh.l de c::iud3 e nãü'Uê"'''
I~~ ao més. Eu pc:ri;u.n10 ,'\O s:r. css::i. si1w,;ào não ConGresso n3o é m:1.u. não. Às ve1,es u1n:1 ín:-nle. ·
(,1,•o rcc:e ~ C!ipc:Cula\!11.>. à vinJ,1 do e.:apit:al impo n:intc nesse fortalecimcnco, ness.1s. Lnt~l'CSSC$. . ..
imegrnçlo d.1 AmériC'.3 do Sul. O Chile é um paíi. c:xpn:ssão que se u.~. que cu mesmo ã.t ,·ezes u~. Os ~u.atro C:tS?5 '!1ene1on::idos: A~g~n~:i. Chile,
c:~'l.ll.11i\-o estr.a.nscito i,qui? que tem um com6ctio muito grande com o Br:i.sil. m.l$ só para dii.er o scsuin1c-: hJ. muita.ç oucrJS; lei. porque eles !l.$Sin:.ram contr.110. compronm. México e B™ll· Nenhum d~Jcs ( 1de~lleo. Eu "!e Folha .. Doo wde. prcsidccue.. No seu primeiro•
coisa'\ que :, sente pode fa:r.cr ,;;em o Cong~. pronunci1men10 !I. naç5o, •a scnJ1or .:i.nundou o
E pc,sunto u mbém aunu hl.>r:11 Jc r,:fomu.t .\ muito otim do 81'3."il com a Chile. que temos M3.S f bom que se í3ta muius coisa.s rom o J>l\g3r.ll.Ch. ;:,lgun:. não p;:,s3 ram, é p<"luivel
recordo qu:intas , -ezcs eu b\'~ que d1z.c-r a ,•occs ,·e10 30 $.1.)ário mínimo, e 30 mesmo 1emP.:Q..A_
Co n's1hui(ãa o t,O\'efno niio pen sa cm muitas ilinid.ldcs e nós qUd"Cmoi. numct1ur cs~ Congrt:.'i$0. Então. cu sou um "n::fém ,·olun1ário" rtncgociw-, e:.su.mos discutindo já is.s.o, :impli.u os
Pr:uos de p:\g:UnC"nco. Agora, se for faur unu Lc-i, que nós n:io esth-~10~ dolm1.:sndo, que nós não .senhor 3nune-iou 1:1.mt>ém que rcdu2iri.1 25.%-.M. .,
rcgul.1.men13r o iuti&o 19! J.l :1.1\Ul Ô,C1$.tituiç~o. afiní~ e..< e O§.$C$ intc~ recíprocos e .itor.t o do Cons,rcsso. que n!io é, n~J.Sc sentido figurado. e
irwc.-.1imento d..:> C.:\f1Ít3.l chileno no Br.llil é bem~ quem não cd5 cm di.ilogo com o Congr,:soo 6 cb rntl.c com todos 05 c.untr.uos de todo rnundo, íamos fo.z.cr a n:l:lç~o direta do reaJ com o dól:l.f. E seu ul.irio. ~·1ui13 gente. ch::imou iu.o...dc..
que diL que- OS ~ s,.\ podem cobr:ar 1! % !110 porque tem um.:,. 1endênci:t. um:. vei:,, nu,oriúri:;i. Entlo. todo mundo. mesmo os que podiam p.-igar
vindo. que não é o meu -:3.iO. iodo_ m~nd~: "É doJat!Z~lÇ.'.io. no fu~do C dem:igogi.1., vma p:il3\r.a que o .senhor J i5.'SC:7ltrc:-
J.no:> do~nnzai;ao <11s~3rç~. O,ministro ou~ pres1dcn1~ nlo go$ca. , \. ,,.....
Eks 1ém exp::rii.nci:. n.:i. IÍC'd de tdcfonil. n:L :itc.l Asor3, tú muius coiru a sertm foic~ que nio e Pl.S.3n1B) j 6.. v!io ncabàr sendo bencficiado!i,
f11C .. Vcj.1.. com rc:1~.JO 1 primcin p:t..ne dl cncl"6,élio e nós , •3mos Aumc:nur :i p.utieiparlo Eu pcrgumo: .º que o c:id:id.5.o ~mando HCDnq~
dependem di.sso, Por c:xcrnplo, você mencionou .:i Enlll.o 6 un,3 negoci.1ção que est:i !iendo (cita.. ~tao ... é d.ol.m7..3Ç,10 . Não era dolmz.a\J.O. E.na
pc:rs;unt:, :is- 1uu de juroJ no Onsil cstlo do c.spitlll cstrans;ciro n"-S rri\':ttizaçõcs, nas questio du popul::içóe$ c.:i,n::nt~~- O program:. de
A,or.i :i u1ili1.àç.5o de c.rédiro. nos fizctnos 3 ,,,.no que":'º~- . C::i.rdoso. fsn!li se recebes.se- mens:ilmen1e'41ot
ru~•fon:ando Jc nuncin i~u.ll.h. É o que cst5 co nec.u:ôc,3, prccis.:1mos de upitais a plÍSe~ Comunidade SolidiriA n3o d~pcndc do E:, Argentma ~ofanzou_n';'-m dado mamcnto. Afo
cédula niral.1 foi inici:.,ti\·:t minh::i, quando eu Mlário mínimo de RS 70,00?
di10 :1f e ~ cena. Depois (lue c-u llS>unti ô gonmo, ~canos. noudAJnente. do Chile. Congresso. é.:a nuximiT.3\!ío no u.so dos roct1rro."
CSl3v:t no Miniscérió da. f.ucnda, Com a cédub · <:avalio_ me disse: o numstru C3\'.1llo m_e disse: FIIC • A mesma cOi..,;a que \'OCê. ÚS.l ptr,~ul\G:f.
rumo hoo,-c condl~ J-UL"- con ~ ailtC'f'W l.s.~. Os senhon:-s .s.:1bcm do cmp:nho que cu tenho jti. existentes no orç.:uncnto, é muito m:iis u1n.i r~utal,nje:gioecliensç5léo:mdi3reip:.o.ssseimbili~<b3d.efmpcuJio1ogom,·aeimorod. e nós n:10 dol.1.ttumos: :io c_ontr_.in,o, nós
pôtqUC ru impl~U"\'3o íJo re.\l foi prcw:iro nu.ncer ncs.s:1 quc:scào Equ3dor•Peru. Ai!'.144 hi poooo falei llcm:igógic3, O que você faria•;• · " •· ., "
rom o r,rcsidc:at.e- do Equ:.,Jor. antes de ,·ir par.t e.1. que-sliio de usar melhor os rrcursos. A :im"C.:1.cb\30
a cu .:i de juroJ c-Je,'3d.l,. SC" fon:-m obscmir o que porque s!o p:ilscs im1!i.os nosso5. que: nós fort:i!c:cemos o peso, porque 1:S esc:::i.u 1udo f"o1ha .. Pers:unto 30 senhor. -_
3".'"\.VIIC\.~1.."U com a tau Jie jul\~ ,ui de j~iro p:ir.l pr«is:unos de 100A iNneim .u:se,sunr que h.:ij:1 no Br:isil é um:, :irrÚJd:,ção que se clevolJ dc.lan7.3dO. 'É ~·etd3dc.
p.u. cn1re eles. Com o Venezuela e, Br::1..-ril 1cm tido b,1s1.1n1c, gr:,,çài no comb:11c à soneg:iç1o e E~ sum3, o governo es1á discu1indo com . FIJC • Não sobrc\·i,·cri:.. Eu di,ç,o a \'Occ',"'!f
1&rw:ullon:s e, entre si ~omo fazer isso. Est5 ~gor:t.
d. c:b tem eafdo. Tem C.l.ído Kfl\Jn,. Qu.it I o rcloçõcS e:c.cepcion3i.s. O presidente lum:ir :i.lpmus mcdid.t.;; t.llT'lbém. tribut.iri.:lS, desde o Ma.'\ :i Argcnuru feL ur:1;:, n:la~ão.d1rct3 cnlCC o mesnu ~is.1. que você. Eis a pcrpmta que:' não
1imi1e Jc-5..q qucd.1? O ljmitc-. dc$.Q quab é a
iniiugurou u1n:, rcl:ição muito posili\':i com ll Go,•cmo h:uru.r Fr.inco. Ela :iumcntou. crtio que '"CJ\do q\Je é nc.;essário. 0 quanto 3ntes, especo peso .e o dól.lf, lcs.:il. Nós .::1~~1 n:io temos. ~-ós tem sentido, porque: .t ,esposta -é: ób,•ia. E isso,nüo..
in_Raçâo.. Enc?.o tem que c,·iur que h3j3 cstcquC$ VcnalJ(:13 e cu con1int.W"Ci ~ mesmo empenho, cm lelTM$ re.1is. de 92 Pl.f3 c5. 70%. Não é pouco 'lUe: 03 próxim:l sema,u O Con.s.clho Monetário resolve a que.stão.
dc~no. 3! noOTl.3.5 de fin:,,n ci3men10, porque o mant!\'Cn'IOS a noss:3 fle:ub1hdade n:1. pohuca
e>J)C'(:Ul.:IIÍ\'OJ e :i t:iu c.Ucm:1. Je juros t :,. com !li Cotõ.mbil., com o P.\r:igu3i nem se faJ~ n!io nlo. ls.so foi tr.1balho do son:mo, houw c::ambé.n1
t ? Com :a 8oH\'i3, enfim. eu ac.ho que esse f o c-:unbt~, . Nós_esrn~)OS .lu1àn~o p;u·a m~~hor~r o s.1J~'l<i:
Jjud:s do Consn:sso. no IPMF. que, agoro já riio mímmo..Ele é in.supon.ivcl,,cl~ -: in,1ccit~h·cl..elc..é •
c:t.J')Cid:ade de- .:arr.iir c:iphalJ. ~fa.<. ,. eb tcn1 feito nosso eJr.,JÇO imcdinco de 31U3("âo. A nou ~ 1cm. lgricuhor nLo pode fic.:ir na dú\•id.i. É preciso ,·er O Chile fct :ilso scmelh.anlc. O Chile (c1. a,n3
um~ vcrg_onh_:i. N~o foi f~ito por mim ncm-por-
um pcn:uno Jc->«ndcnte, que cem que $Cí St'mpre clrcunnA.nclll t a Amtrie3 do Sul. Nlo énc,n un10 Ent.3o, M medid.\s. como o Coni?n:M<> oc;1.bou de de Onde é que: , •cm os recursos par.1 o coi.s3 mui~o progn:SSi\'3 e em ccrt~s _momentos de \'OCc. f-.01 íc110 pelo conJunto Jc situ:t.çõcs· ~ •
mQniu,nido por i~. ~ limite que eu d tOU
11 Ambica 1..3.ti.n:a e C:iribc. Nós pcncncc:mos 3 um vow, um.1 mcdid.l impomntc, q~~ foi a 812. 813, tln1Ulci3mcnto da s.1fra, porque scnlo 3contecc n pôs. b.un:1ru à enu•3d:i de C3p11.1Js, com~ nós
:a Mcdi.J::i Ptovi.sdri.l,. qu~ também dá r1..'('urso$, qt.1e
N J«.1ndo. Qu.:anto à rtJiUl.tmcnu,.....SO d3 u.o de hcmisíério: Esudos Unidos, Amfric.:, Lnrin:a.. n!lo é constituc:iorul m3.S ~ ..«ursos. Eu vou f«1"1.'leP3rajor,rne3léiscraiodris~se. 0 Go,·emo 3C3b.l tcnJo que 1:imbim pusemos. Nos!ª~ resc_rv~s n~o s~ distol'('â-> que criaram um3 socied:ide i'ôjÜ,i\ã::-
0 ,o,·emo. isso está sendo
juros o r robknu 1. o ~ uinre: n 1:1,.:a. de jumi;: R!li basC3!1Ull nt> aílu.xo d? c.:,:p,131 ~·olátll nao, n~o foi contra a qual eu oomb.J10. . - ..... ..... .
Cnns11tui(LO ~ eon1r1le3JJ.. porque cm ccnos i.sso. A ~e do c..lp11:iJ vol~.I que \'em ~ a
l tito. Agora, de flO\'O, é um!l hcnnç:i pcs:sdn. css::i Agora, pergunt::ido o.ssim, l .:i. minha 6 nic.1· ·
~ ,:R, que nós ,•amos icr que pro~,rcssh·amcn1c
momcntN o go,'Cfflo tem que puur. não ê! NIO dunmu. bols., e \'~ cmbor.a é pequenimntu no Or.u1I, cm respos1.1. é a mesm:1 roisa que você. n5o Lcrll...ô
eomp.:anç.ao com o que ac-ont«cu, por c.,cmp1o,
$Cri., p.,jSÍ\'cl tucr o tC!ll se nJo th'~ 1c,·.1."tbdc> que fazer. O sujeito fica nn desespero, E nó.i'ôaâ.:
com O ~~~xi~.
a b.X:a de juros, O Mb:iro hoje. te n3o kv:inw a •~s ex.p,orrnçôes n5o estilo e.:i,indo nao. esi~o · .. . pod~Olos d:inr milhões no desc..\pcro. .,.,.,......,
tau de juros não tem co.n10 :atnir. EntAo. o oIQmcnwM:10. De no,·o. um~ <'OiS.1 é.a que se diz e Por que 1.sso_. Por competenc,~ ~aior ou "!mor de Por isso temos que fat<r rcfom1:i. por is.so temos
que sers«ios e n3o engraçadinhos.
l ~ o que ;:,cont«e-. go,·emo... "Ah. o risco uns economma.s ou de outros. Nào. Por s11ua\«$