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Published by henriquemkt.carnicelli, 2016-03-28 10:26:09

CPOL Curso Preparatório para Obreiros e Líderes

Curandeirismo - são práticas ilegais ao exercício da medicina para prescrever, ministrar ou aplicar qualquer substância ou receita de remédios sem consulta ou recomendação médica. Estão incluídas as práticas e sessões de curas duvidosas por meio de rezas, cortes ou cirurgias clandestinas, feitiçaria, amuletos ou qualquer outro ato místico que envolve a cura. O Código Penal no artigo 284 protege todo cidadão dessa prática criminosa, e a pena pode ser de seis meses a dois anos de detenção, e se houver praticado mediante remuneração, fica também sujeito à multa.
A jurisprudência aceita as orações em nome da fé, a unção com óleo na testa, na cabeça ou qualquer parte do corpo. Aceita também a oração com imposição de mãos na cabeça e o encorajamento com citações bíblicas para que um fiel creia que possa ser curado. Mesmo porque, a oração, a unção e a imposição das mãos na cabeça são as práticas de rituais cristãs, é uma liturgia e bem costumeira da igreja, quando isso acontece, a igreja está simplesmente exercendo um direito constitucional do livre exercício da religião.
Mas se torna crime quando o obreiro interrompe um tratamento medicinal e científico de um membro sem ordem médica. Agindo assim ele viola o exercício da medicina que é supervisionado por leis que regulamentam essas profissões, é importante saber que o fato de receitar ou interromper o uso de medicamentos não aprovados pelo órgão responsável do controle de medicamentos no Brasil à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) pode ser considerado curandeirismo, uma vez que põe em risco a saúde pública. O obreiro pode pedir para que o membro faça novos exames, ficando a critério do médico a suspensão ou não do medicamento. Ele anunciar e realizar campanhas de cura e de libertação, por meio da fé, no Senhor Jesus e convocar pessoas que possuem dons Espirituais principalmente os de curas e milagres para estar realizando estas campanhas.
Danos materiais, moral e a imagem
Todos os bens pessoais de um cidadão brasileiro são protegidos por lei. A Constituição federativa do Brasil afirma no artigo 5o do inciso X, que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, ficando assegurado o direito à indenização pelos danos causados a uma pessoa decorrente de sua violação. A pena que o infrator poderá sofrer é de um a dois ano de detenção e mais uma indenização para reparo de danos.
Danos Materiais – Esses danos constituem nos prejuízos ou perdas que atingem o patrimônio de alguém. Não cabe reparação de dano hipotético ou eventual, assim, necessita, em regra, de prova efetiva. Os danos materiais podem ser classificados em danos emergentes e é protegido o seu reparo pela Constituição federal no artigo 5o, incisos V e X. e no artigo 402 do Código Civil.


Danos Moral – é quando uma pessoa sofre uma ofensa à sua honra como consequência de um equívoco. Essa ofensa pode ser no seu afeto, na sua honra, na sua profissão, na sua raça, na sua cor, na sua intelectualidade, etc. Pode ser generalizada como a ofensa que mexe com o psique do individuo em relação a sua situação ou convívio.
Danos a imagem – são aqueles que denigrem a imagem de um individuo através da exposição indevida e não autorizada ou reprovável, a imagem das pessoas físicas. Ou seja, a publicação de sua foto, suas palavras, seu caráter, vida, integridade, seus escritos, a utilização indevida do conjunto de elementos como marca, logotipo etc.
Esse artigo da Constituição foi razoavelmente mexido nesses últimos anos, e até mesmo os regimentos internos das igrejas tiveram que se adaptarem a estas novas mudanças. Por exemplo, antigamente era costume nas igrejas ler a exclusão de um membro ou obreiro, diante do plenário ou até mesmo nas convenções, publicar relações em jornais ou periódicos, mas hoje isso não pode mais existir. A partir da nova Constituição de 1988, ficou muitíssimo perigosa a exposição de imagem dos membros, por isso as igrejas estão preferindo a exclusão ou disciplinas de membros que cometeram falhas perante a sua doutrina, ou perante o ministério, secretamente em sua secretaria ou silenciosamente nas reuniões ministeriais.


O obreiro e a contribuição
“Cada um contribua segundo o que propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama aquele que dá com alegria” (2 Coríntios 9.7).
Contribuição voluntária
A igreja, como qualquer outra instituição, tem suas obrigações sociais e cívicas. A igreja é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, e depende dos recursos que vem de seus membros para que possa existir, sobreviver e cumprir financeiramente com os seus deveres sociais, na manutenção e atividades já existentes, como na incrementação e consolidação de novos projetos (Atos 2.44-45). Não foi Deus quem inventou a contribuição voluntária, e sim os homens, ao perceberem que através de suas contribuições poderiam sobreviver e suprir as necessidades de suas organizações e de como agradar a Deus e aos homens (Gênesis 4.2-4/Êxodo 35.5/Romanos 15.16-26/Filipenses 4.15).
As necessidades materiais da igreja poderiam ser supridas por Deus, já que é o dono do ouro e da prata (Ageu 2.8), mas desta forma as coisas seriam muito fáceis e os homens não teriam parte nestas bênçãos (Mateus 23.19). A contribuição financeira é também um ato de gratidão a Deus e representa o reconhecimento de que tudo o que uma pessoa possui, provém de Deus. Deus abençoa os membros das comunidades com os dons, e com os bens financeiros em diversas áreas, e os filhos de Deus, colocam parte dessas bênçãos no serviço da obra de Deus, na sociedade e no mundo. Na época de Jesus muitas eram as ofertas destinadas a manutenção do templo (Mateus 5.23-24/ Marcos 12.41-42). Paulo solicitou uma contribuição voluntária aos irmãos pobre da Judéia (2 Coríntios 8.1-13) e aos crentes de Coríntios que semanalmente colocavam à parte uma contribuição destinada aos irmãos que sofriam em Jerusalém (1 Coríntios 16.1-4).
Ofertas pelos serviços prestados
Como igreja local, além das ofertas voluntárias, a igreja pratica também a oferta individual para o obreiro em atividades, no ministério de evangelização ou no ministério da edificação da igreja. Paulo escreveu que aquele que trabalha na obra é digno de seu salário, (1 Timóteo 5.18), e ele mesmo recebeu ofertas das igrejas pelos serviços prestados (II Coríntios 11.8- 9). Essas ofertas traduzem a gratidão e o reconhecimento que o obreiro necessita ter ao realizar a obra de Deus, despesas extras como, o combustível


para locomoção nos trabalhos ministeriais e despesas de viagens, como hospedagem e alimentação, etc. As ofertas destinadas aos serviços prestados não devem ser com extravagância, com valores altíssimos, mas deve ser o suficiente para manter o ministério assistencial do obreiro, seja ele itinerante ou um missionário da igreja.
O dízimo no velho testamento
No velho testamento é onde mais encontramos a palavra dízimo na Bíblia, exatamente por causa do ministério dos levitas, mas antes mesmo que Deus estabelecesse o dízimo como lei para Israel, especificamente para a tribo de Levi, a palavra dízimo já havia sido mencionada duas vezes na Bíblia.
A primeira vez – foi depois que Abrão venceu uma batalha, e conseguiu resgatar seu sobrinho Ló e seus bens que haviam sido tomados de Sodoma e Gomorra numa guerra. Abrão foi abençoado por Deus e recebeu de Melquisedeque, rei de Salem e sacerdote do Deus Altíssimo, pão e vinho, como consequências Abrão deu a Melquisedeque o dízimo de tudo que havia resgatado (Gênesis 14.16-20/Hebreus 7.1-6).
A segunda vez – aconteceu com Jacó, antes mesmo de ter seu nome trocado por Israel, Jacó fez um voto com o Senhor, quando fugia de seu irmão Esaú, propondo que: Se Deus fosse com ele e o guardasse, desse pão para comer, vestes para vestir e se voltasse em paz para a casa de seu pai, o Senhor seria o seu Deus e certamente daria o dízimo de tudo quanto adquirisse durante a sua jornada, e assim sucedeu (Gênesis 28.20-22).
Após a saída do povo hebreu do Egito, antes mesmo que entrasse na terra de Canaã, a terra prometida de Deus, o Senhor ordenou a Moisés que estabelecesse leis, mandamentos e estatutos para o povo de Israel, civilizando- os com as leis que passariam reger o país, e uma dessas leis ordenava que Josué, ao dividir a terra de Canaã entre os doze filhos de Jacó, a tribo de Levi, não teria parte e nem herança na terra prometida (Josué 13.14/Josué 13.33). A herança dos levitas seria servir integralmente ao Senhor nos serviços do tabernáculo e posteriormente do templo (Deuteronômio 10.9/Deuteronômio 18.1). Como os levitas não semeavam e não colhiam os seus frutos, por não haverem ganhado terras, a lei ordenava que as demais onze tribos de Israel separassem a décima parte dos frutos da terra e do gado, e entregassem aos levitas, com o propósito de sustenta-los (Levítico 27.30-32/Números 18.4-24). O dízimo no velho testamento não era dinheiro, mas a décima parte de tudo o que colhiam dos grãos e dos animais (Deuteronômio 14.22-27). A lei também ordenava que até mesmo os levitas, deveriam dizimar de tudo quanto recebia (Números 18.26-27/Malaquias 3.8-9/Hebreus 7.1-9). Os ministros que trabalham em tempo integral e aqueles que recebem a ajuda da igreja, também devem dizimar.
O dízimo no novo testamento


No novo testamento a palavra dízimo é mais difícil ser encontrada, mesmo porque os judeus já estavam familiarizados com a prática dos dízimos e não necessitavam mais de serem ensinados. Um judeu que não dizimava era considerado uma blasfema contra Deus e é por isso que, o ato de devolver o dízimo não era o tipo de problema que os apóstolos enfrentavam nas igrejas, por isso que encontramos a palavra dízimo apenas três vezes no novo testamento (Mateus 23.23/Lucas 18.12/Hebreus 7.1-6). A palavra dízimo, somente começou a aparecer nas igrejas muito tempo depois do início do cristianismo, para sustentar as novas instituições religiosas que se formaram.
A primeira – encontramos alguns judeus e fariseus que se orgulhavam por serem filhos de Abraão e por serem dizimistas, mas Jesus os censurou dizendo que não adiantaria serem dizimistas e ofertantes se não fossem também praticantes das Sagradas Escrituras. Jesus ainda acrescentou dizendo, continuam sendo dizimistas, mas não omita o mais importante que é a prática dos mandamentos de Deus, mesmo porque, apesar do dízimo fazer parte dos mandamentos, ele serve apenas para o funcionamento e manutenção do templo, mas não tem o poder de salvar ninguém.
A segunda – Na época de Jesus, existiam dois grupos de pessoas que contribuíam para a manutenção do templo, os dízimos e as ofertas dos judeus, e os impostos pagos pelos prosélitos (Mateus 17. 24-27). Os prosélitos eram os gentios que se convertiam à religião e a doutrina do judaísmo. Eles tinham menos regalias do que um judeu nato e eram obrigados a pagarem impostos para o templo no valor de duas dracmas ou didrácmas, que era equivalente a dois dias de trabalho. Os rabinos e chefes das Sinagogas reconheciam apenas dois tipos de prosélitos, os prosélitos da lei e os prosélitos da porta.
Como o Senhor Jesus havia profetizado, o templo israelita foi totalmente destruído (Mateus 24.1-2), os sacerdotes levitas, que eram os responsáveis por fazer a coleta dos dízimos já não existem mais. A dúvida que surge é: Sem os sacerdotes então sessou a coleta dos dízimos e já não existe mais. Para os israelitas sim, o templo já não existe mais, mas começou a prática dos dízimos para o cristianismo e ainda está em vigor. Após o sacrifico de Jesus no calvário, Deus deixou de habitar no templo construído pelos homens (Atos 17.24) e passou a habitar no homem (João 4.23-24). Os verdadeiros crentes são agora o templo de Deus em Espírito (2 Coríntios 6.16). Sendo que cada crente hoje passou a ser um novo sacerdote (1 Pedro 2.9/Apocalipse 5.10) e como sacerdote é administrados por Deus por intermédio dos dons ministeriais (1 Coríntios 12. 4-5). O que era templo antes é congregação hoje e o que era sacrifícios antes são ministérios de louvor, ministérios da Palavra e ministérios de mestres e pastoral.
A terceira – A terceira vez que aparece a palavra dizimar no novo testamento aparece é um pouco diferente dos dízimos do velho testamento, mas o objetivo é o mesmo, manter o funcionamento dos templos e dos serviços da assistência sociais. No velho testamento eram dizimados a décima parte dos animais e de tudo o que colhiam. Já no novo testamento, com o


surgimento das fábricas e do comércio, o cristão dizima a décima parte do salário que recebe ou de sua mão de obra. A moeda neste mundo capitalista que vivemos é outra e devemos dizimar com o tipo de moeda que temos disponível.
A contribuição e a oração
Embora os dízimos e ofertas sejam de ordem financeira, eles devem ser entregue com oração. Mesmo porque Deus não trabalha com dinheiro ou valores, mas com a fidelidade de seus servos. Portanto para Deus pouco importa a quantidade ou os valores entregue à casa do tesouro (tesouraria), mas sim com o tamanho do esforço que o ofertante faz para trazer sua oferta para o altar de Deus (Lucas 21. 1-4). A matemática de Deus é diferente da humana. A humana, quanto mais adiciona mais aumenta, a divina, quanto mais subtrai, mais aumenta (Lucas 6.38). Podemos comparar a matemática de Deus como uma caixa d’água. Uma caixa d’água para receber mais água ela precisa liberar a água que nela está armazenada, e se não liberar a água existente, não poderá receberá mais água. Muitos procuram resolver seus problemas financeiros retendo parte dos dízimos e ofertas, mas logo descobrem que os problemas se tornaram maiores, porque lançou mão dos dízimos e das ofertas ao Senhor, e com isso ele mesmo fecha a porta da prosperidade e do suprimento divino para a sua vida. A chave da providencia divina está próprias mãos dos ofertantes e dizimistas, quando levamos ao senhor a nossa fidelidade, Ele também será fiel suprindo as nossas necessidades.
Quem administra as contribuições
As igrejas organizadas hoje são compostas por diversos departamentos administrativos, que trabalham com ética e verdade para a manutenção e funcionamento da igreja como templo. Sob a supervisão de uma diretoria liderada pelo pastor presidente ou por um representante nomeado, todos os valores financeiros, que entra como crédito, tanto como os dízimos, ofertas, ofertas especiais e votos são coletados pelos diáconos e encaminhados à tesouraria da igreja, os valores arrecadados são registrados em livros pelos tesoureiros. Nestes livros é anotado todo o fluxo financeiro da igreja, tanto a entrada como a saída de todas as contribuições.
Os valores arrecadados são rigorosamente distribuídos e destinados para onde houver maior necessidade, sempre revertendo para o bem estar de todos os membros, pode ser usado para a compra de algum beneficio ou para pagamento de dívidas, como os abastecimentos de água e luz, compra de terrenos ou construções, missões, socorro de alguma família, dentre outros. Além daquelas necessidades que surgem inesperadamente podendo ser elas de forma variada. Se não houver contribuição, a obra do Senhor não consegue subsistir. É necessário que o obreiro esteja consciente acerca da importância das contribuições (2 Coríntios 9.12-13). Os apóstolos recebiam as


contribuições de todos e administravam conforme o Espírito Santo de Deus os instruía.
Quanto à fidelidade do obreiro ao administrar os bens da igreja, vale a pena lembrar que ele não é o dono da contribuição que entra na congregação, somente está sob a sua responsabilidade. Aqueles que ministram os bens e os patrimônios da igreja deverão ser obreiros que saibam governar bem a casa do Senhor, que sejam homens capacitados, de boa reputação e que tenham temor a Deus (1 Pedro 4.11). Toda coleta deve ser devidamente administrado pelo departamento financeiro da tesouraria está sob o auxilio da diretoria da igreja. Agindo assim, o obreiro será estimados por dignos de duplicada honra (1 Timóteo 5.17), mas se alguém agir erroneamente com as contribuições, tanto o ministério como Deus, irá requerer de cada um. O obreiro antes de qualquer decisão sobre onde aplicar os valores de entrada de dízimos e ofertas, precisa comunicar seus pastores superiores ou a congregação em reuniões. Imaginem se todos os obreiros procurassem administrar as finanças da igreja conforme bem entender, devido a diversidade de ideias seria um caos para a igreja, pois cada um possui pontos de vista e ideias diferentes e as necessidades podem ser vista de forma variada. Por isso é aconselhado de que o obreiro antes de realizar qualquer transação maior, seja feita a consulta e a permissão da diretoria financeira constituída pelo pastor presidente. O obreiro como despenseiro daquilo que Deus lhe confiou, deve também ser sábio na maneira correta de realizar a obra do Senhor.


O Obreiro e a sua Família
“Mas, se alguém não cuida dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior que o incrédulo” (1Timóteo 5. 8).
Definição
O termo família é uma palavra que vem do latim famulus, que significa literalmente escravo doméstico. Este termo foi criado na Roma antiga para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas ao serem introduzidas à uma sociedade e também a uma escravidão legalizada. A família é a unidade básica da sociedade, e são formadas por indivíduos com ancestrais em comum e interligadas por laços biológicos ou afetivos. Ela representa um grupo social primário que influência e é influenciado por outras pessoas ou instituições. A família chamada de comum ou tradicional é o agrupamento constituído por apenas os cônjuges (pai e mãe) e seus filhos, tendo por base o casamento e as relações jurídicas.
Família, uma instituição divina
A família foi instituída por Deus, Deus criou apenas duas instituições, a primeira e a mais importante foi a família e a segunda foi a igreja. A família é a instituição mais antiga do mundo, por isso ela é a responsável pela formação das demais instituições que se compõe a formação do mundo social. Ela foi constituída por Deus e pode ser encontrada na Bíblia, especificamente no primeiro livro (Gênesis 2.18-24). Desde os primórdios da civilização humana a família é o núcleo principal da sociedade organizada, e foi estabelecida tendo como base os princípios e valores espirituais, morais e sociais. Após a queda (pecado) do homem no Jardim do Éden, a família se desestruturou e passou a se dissolver e a se fragmentar. O respeito pelo próximo diminuiu e os valores morais já não eram mais prioridades. A corrupção e o desrespeito passaram estar cada vez mais presentes e ativos nas famílias, nasceu a inveja e o primeiro assassinado registrado na Bíblia. Então Deus interveio e constituiu a igreja como uma ferramenta básica de manutenção familiar, tanto na estrutura como no caráter, criando leis e regras para que todos os envolvidos pudessem cada um contribuir com sua parte criando um bem estar social harmonioso. A família não foi criada por causa da igreja, mas a igreja foi


criada por causa da família. Na pirâmide de valores Deus está sempre em primeiro lugar, em segundo lugar vem a família e só em terceiro lugar é que vem a igreja.
O verdadeiro objetivo da família
O objetivo real da igreja é resgatar por meio de mudança de comportamentos os valores primários do caráter familiar. Por isso se prega um evangelho de salvação e de mudança de comportamento. Jesus disse a Zaqueu: “Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19.9-10), e a partir daquele momento em que o Senhor entrou na casa e na vida de Zaqueu, ele teve uma mudança de caráter. A igreja é a ferramenta que Deus levantou para a manutenção do caráter familiar. Assim sendo, fica claro que a família faz parte dos planos e propósitos de Deus, e Ele quer que elas vivam em harmonia, tendo paz, amando-os uns aos outros mutuamente e sejam prósperos, realizados e felizes. Para se construir um relacionamento familiar, harmonioso e equilibrado, é uma tarefa grandiosa e difícil, porém, com a ajuda do Senhor, submissão a Palavra de Deus, e de todos os envolvidos fazendo cada um a sua parte, tal objetivo pode ser possível de ser alcançado. Paulo chama-nos a atenção dizendo. “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, esse tal negou a fé, e é pior do que o infiel” (1 Timóteo 5.8).
O obreiro e o relacionamento familiar
O relacionamento entre familiares e suas variadas dimensões, é um dos assuntos mais importantes para um obreiro do Senhor. Mesmo porque a igreja onde ele pastoreia é composta por famílias completas ou membros de famílias. Portanto é impossível pastorear ou liderar um grupo de pessoas sem se relacionar com elas. Para um obreiro desfrutar de um ministério frutífero e duradouro, ele precisa atentar para o devido assunto. Relacionamento familiar, tanto na sociedade, como na igreja e no ministério. Este é um assunto muito delicado e difícil de lidar, talvez o mais difícil do seu ministério, porque além de lutar para que haja um bom relacionamento com sua própria família, necessita muitas vezes preocupar-se aconselhando, ajudando e ensinando de diversas formas os membros de sua congregação a terem um relacionamento harmonioso e saudável baseado na Bíblia Sagrada. Um bom relacionamento conjugal só acontece quando se dá o real valor de um ministério edificado sobre as bases familiares e do temor de Deus. Acredito que a mais eficiente terapia, que um obreiro pode dar para um membro que passa por momentos delicados no relacionamento, é seu testemunho familiar. Por isso Paulo escreveu a Timóteo que exigisse obreiros preparados que pregam com seu testemunho (1Timoteo 3.2-7).
O obreiro e o tempo para a família




tanto a congregação como o seu próprio filho, que crescerá mimado com uma consciência de que pode fazer o que bem entenda na igreja. O obreiro deve estar consciente e atento a disso. As desvantagens de serem filhos de obreiro é que as pessoas exigem mais dos filhos do pastor do que dos outros, tanto dentro quanto fora da congregação. O filho do obreiro é vigiado o tempo todo em busca de que cometam erros, para depois falarem com a boca cheia, foi o filho do pastor, mesmo dentro da igreja, é difícil ser filho de obreiro.
O obreiro como esposo
O ministério não dispensa o obreiro dos deveres de esposo, como tal, ele deve agir da melhor maneira possível. Nenhuma outra atividade exige tanta identificação do esposo com a esposa como o trabalho de ser obreiro. E disso deu o exemplo o grande rei Salomão à sua esposa Sulamita, e também Cristo com a sua igreja. Paulo usa de forma figurada, Cristo como esposo da igreja e ensina como deve ser o trato do esposo em relação à sua esposa (Efésios 5.28). Cada um deles ensinou de como deve ser o relacionamento conjugal entre o obreiro e sua esposa e de como deve ser o papel do líder no seu lar. Se o obreiro não conseguir desenvolver uma relação interpessoal com sua própria casa, ele jamais conseguirá com as demais famílias e poderá correr o risco de perdê-la. Se isso acontecer trarás mais desgraça ao ministério com teu divórcio do que todos os outros benefícios realizados. O ministério primário de um obreiro de verdade deve ser à tua família, e somente depois os membros de sua igreja.
O obreiro e as pessoas
Neste tópico podemos observar e levar em consideração que temos uma família inserida em outra grande família. Jamais podemos nos esquecer de que pertencemos à grande família de Deus, a igreja. O amor e o respeito devem ser a marca e o sinal principal dessa convivência entre membros da família de Deus. Jesus nos disse que seriamos conhecidos não por manifestações dos dons espirituais, por aparência física ou outra qualquer coisa, mas seriamos reconhecidos pelo amor mútuo entre irmãos (João 14.20- 21). Devemos nos esforçar para estarmos de bem com todos. Queremos que nossos filhos e esposa sejam respeitados e ajudados pelos membros da igreja, mas necessitamos também respeitar os filhos, a esposa e o esposo dos demais membros, “façais aos outros, o que querem que façam a vocês” (João 13.15). Quando houver atitude imatura ou prematura entre o obreiro ou de algum membro de sua família, em relação a um membro de outra família, se não houver o arrependimento e o pedido de perdão imediato, poderá acarretar em sérios problemas futuros. A cobrança para a vida e família do obreiro é maior. Em alguns casos poderá resultar até mesmo no desligamento do mesmo da igreja com toda a sua família, ou vice versa. Por isso que o sucesso do obreiro depende muito do convívio com as pessoas dessa grande família. Quem lidera uma igreja, não lidera apenas sua família, mas a sua família e as famílias que Jesus colocou-lhes nas mãos.


O obreiro e o ciúme
O ciúme é a emoção usada pelo seu psiquismo como reação de insegurança, ou medo de perder, com outras palavras ciúme é o instinto de posse que ainda não foi educado. Tanto o ciúme como a inveja, são sentimentos de infelicidade e desconfiança, e estão sempre seguidos de contenda e da insegurança. Os maridos e esposas ciumentos estão associados as disputas, as maledicências, a difamação, a arrogância, a ira e as perturbações. Perturbações essas que gera o enfraquecimento e o desgaste pessoal e familiar, além da obra de Deus na congregação. O obreiro deve se preocupar com esse sentimento de ciúme, controlar a si mesmo, confiar em sua esposa, conversar sempre sobre esse assunto com ela, transmitir-lhe confiança, evitar brincadeirinhas com pessoas do sexo oposto, para que não dê lugar a falatórios tanto por sua esposa como pelas demais pessoas. O obreiro deve confiar e respeitar sua esposa, pois tanto ele como ela está lidando com vários tipos de pessoas, dentro e fora da igreja. Deve haver um equilíbrio entre ambos para que o maior adversário da obra de Deus não venha distorcer as coisas e colocar sentimentos pecaminosos no relacionamento podendo resultar em discussão e até mesmo em divórcio ou coisa pior. O pecado não está em sentir ciúmes, mas no ciúme exagerado, doentio, que escraviza; esse tipo de sentimento não é um sentimento benéfico, e pode ser considerado como algo pejorativo, já que traz prejuízos para aqueles que se tornam escravos dele. O pecado de ciúme mais terrível que existe, acontece no ministério é o ciúme ministerial. Não necessita de participar dos trabalhos na igreja por muito tempo, para que se possa descobrir que a fonte de problemas gerados nas congregações é a inveja e os ciúmes entre obreiros e membros. Mas como corrigir esse espírito invejoso e ciumento em nós mesmos? Aristóteles definia ciúmes como o desejo de ter o que outra pessoa possui, ou de ser como ela. Era originariamente uma palavra boa e referia-se ao desejo de imitar uma coisa nobre da outra pessoa, a palavra é Zélos, palavra ciúme no sentido de ser zeloso, cuidar, espelhar ou imitar. Mais tarde a palavra passou a ser associado com um desejo lascivo daquilo que pertencia à outra pessoa, que passaria significar ciúmes no sentido de inveja, desejar o que é do outro. O rei Salomão reconheceu a vaidade desse pecado quando disse: “Então vi que todo trabalho e toda destreza em obras provêm da inveja do homem contra o seu próximo” (Eclesiastes 4.4). O ciúme é um pecado que não somente nos impedirá de ir para o céu, mas também mesmo nesta vida nos tirará a satisfação de fazer ou até de viver. Ele simplesmente cobiça a riqueza e a honra que pertence aos outros e isso é algo que se faz acompanhar de rancor. Parecem ser os últimos pecados a desaparecer da vida no Espírito. Mas o obreiro pode ter certeza de uma coisa, não é necessário ter ciúmes ou inveja de outro obreiro para crescer no ministério ou na carreira que lhe foi proposta, mesmo por que, a túnica que era de José somente servia em José (Gênesis 37.23), e a armadura que era de Saul não servia em Davi (1 Samuel 17.38-39), Davi venceu o inimigo com o que era dele, a funda. Para cada trabalho no reino de Deus, ele tem a pessoa e o talento certo para cada pessoa realizar.


O obreiro e o perdão
“E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; porque, o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás” (2 Coríntios 2:10).
Definição
De acordo com o dicionário Aurélio, a palavra perdão significa: remissão de culpa, pena ou dívida. Perdão é absolvição, é ficar livre de uma culpa que liberta tanto o ofendido quanto ao ofensor.
A prática do perdão
Perdoar faz parte da natureza divina, a Bíblia nos diz que Deus é grandioso em perdoar (Isaías 55.7), liberar perdão é um de seus atributos (Salmos 103.3). Num sentido mais prático para a vida cristã, perdoar é o ofendido abrir mão de seus próprios direitos contra o ofensor e transmitir esses mesmos direitos a Deus. Jesus deu grande exemplo de perdão, Ele não só ensinou a perdoar, mas praticou o perdão na pior época da sua vida, a crucificação. Foi naquela hora, diante de seus inimigos que o escarnecia e lhe dilacerava o seu corpo, rasgando-o com os açoites e lança, esbofeteando, cuspindo em seu rosto, tudo o que os malfeitores puderam fazer de mal contra Jesus, eles fizeram. Mas foi também nessa hora que Jesus liberou o perdão dizendo “Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34). O perdão não vem quando as coisas são aceitas, mas na hora em que você está na cruz. Ser cristão é saber perdoar no momento mais difícil de liberar o perdão.
O perdão liberta e cura
Muitas pessoas estão sofrendo no seu relacionamento diário, no seu casamento, no seu convívio com as pessoas, no trabalho, na escola e até mesmo na igreja. Pessoas que vivem uma vida desregrada exatamente por não conseguirem liberar o perdão. Quem perdoa fica liberto, tem saúde interior, mas quem não perdoa, fica presa num sentimento destrutivo dentro de si.
Perdoar, não é esconder a raiz de amargura que sente debaixo de um tapete, e quando o quer trazer a tona é só levantar o tapete que lá está ela


novamente. Quando uma pessoa diz: “Eu perdoei, mas não esqueço, porque esquecer é sofrer de amnésia”. Sinceramente que essa pessoa ainda não liberou o perdão, porque perdoar é esquecer, é não se sofrer mais quando alguém tocar no assunto, não sente mais dor ou ódio porque já foi curado, pode até ficar as cicatrizes, mais não dói mais. Deus disse “Porque serei misericordioso para com suas iniquidades, e de seus pecados e de suas prevaricações não mais me lembrarei” (Hebreus 8.12/Hebreus 10.17/Isaias 43.25/Jeremias 31.34). O profeta escreveu: “Deus lançará todas as tuas iniquidades e pecados nas profundezas do mar” (Miquéias 7.19). Perdoar é soltar as cordas que amarra as pessoas ao sofrimento, é remover os obstáculos da felicidade.
A necessidade de perdoar
O perdão é um mandamento bíblico e tem a mesma importância que o batismo nas águas, a Santa Ceia do Senhor, perdoar é o segundo mandamento de Cristo é o amor ao próximo. Portanto é necessário que o cristão tenha a percepção do céu, a sensibilidade espiritual e a prática da Palavra de Deus, para que esteja apto a perdoar.
Durante o tempo em que o individuo está preso na ofensa, gera dentro dele um conflito se deve perdoar ou não perdoar, por um lado está a Palavra de Deus, e o desejo de se libertar e do outro está satanás, o maior interessado para que o ofendido não pratique o perdão. Quando uma pessoa guarda rancor de outra pessoa, geralmente ela se torna arrogante, prepotente, egoísta, cheio de orgulho próprio, sente-se superior e não perde oportunidade para proferir palavras difamatórias, pejorativas e de insulto à pessoa devedora. E esses adjetivos não são atributos de um cristão verdadeiro, e por um momento seria como se ele estivesse glorificando ao diabo no seu mundo. Jesus ensinou na oração do Pai Nosso, que para ser perdoado é necessário que primeiramente perdoe (Mateus 6.12-15). O Senhor Jesus explicou a necessidade de concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão e dela não sairás até que pague o último ceitil (Mateus 5.23-26).
Tomar a iniciativa ao perdoar
É comum ouvirmos pessoas dizerem, “Eu até que perdoo aquela pessoa, mas é ela quem tem que tomar a iniciativa pra me pedir perdão, pois foi ela quem me ofendeu”. É interessante o que a Bíblia nos ensina acerca do perdão, Jesus num certo dia disse: ”Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta” (Mateus 5.23-24). Jesus disse que se alguém que está com raiz de amargura no coração for apresentar algo para Deus, Ele não o receberá, se que antes procure o ofensor e se concerte com ele. É curioso isso, por que o ofendido sempre espera que o ofensor o procure para pedir perdão,


mas Jesus ensinou que deve ser o oposto, o ofendido é quem deve procurar o ofensor para pedir o perdão, e não o contrario. É por isso que muitas pessoas não têm forças para perdoar, quem ofende não sofre tanto com a situação e dificilmente tomará a inciativa de concerto, mas quem é ofendido jamais esquece por isso o Senhor Jesus ordena que o ofendido tome a iniciativa de procurar o ofensor para se concertar. Tome você a iniciativa, seja qual for a posição que você se encontre, perdoe, por que perdoar não se rebaixar ao nível das pessoas que te ofendeu ou te prejudicou, mas é uma oportunidade de se tornar maior do que ela. O Mestre disse: “Mas a vós eu digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, bendiz aos que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. Quando alguém te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, dê também a túnica, se alguém tomar o que é teu, não lhe torne a pedir, mas faça aos homens tudo aquilo que você gostaria que eles fizessem pra você” (Lucas 6.27-31). Muito embora você tenha sido ferido por alguém, vai até essa pessoa e peça perdão e libere perdão, o nome do Senhor Jesus Cristo será glorificado na sua vida.


A recompensa do obreiro
“Tudo o que for fazer, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que receberá do Senhor a recompensada herança. É ao Senhor Jesus Cristo a quem servis” (Colossenses 3.24).
Recompensa ou galardão
A palavra recompensa ou galardão no original grego é salário ou pagamento por um trabalho realizado. Existem pelo menos dois tipos de recompensas, as naturais e as interesseiras.
Recompensa natural – é quando um trabalhador recebe merecidamente por um trabalho que realizou, a sua recompensa é justa e natural. As justas recompensas não se relacionam pelo simples vínculo de pagamento, mas pelos resultados das atividades concluídas com dignidade (Eclesiastes 4.4). A recompensa que um obreiro fiel, honesto e dedicado irá receber no final de seu expediente (vida) será de fato natural e merecida, e ocorrerá nos céus porque é eterna. O Senhor Jesus disse: “Regozijai-vos e alegrai-vos, porque grande é o vosso galardão nos céus, pois assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós” (Mateus 5.12/Mateus 10.42/1 Coríntios 15.58).
Recompensa interesseira – é quando o obreiro trabalha em busca de fama, estátus, ou interesse próprio. Por exemplo, o casamento é a merecida recompensa do verdadeiro amor, por isso chamamos de interesseiro o homem ou a mulher que se casam por causa do dinheiro. Um general que realiza um bom combate somente para ser condecorado pelos homens, pode ser considerado um interesseiro, mas se o mesmo general lutar pela vitória do seu exercito, sua vitória é galardoada, e a sua recompensa da batalha é justa ou natural.
Obras provadas no fogo
O trabalho ministerial de um obreiro pode ser realizado de muitas maneiras, pode ser com dedicação ou fraudulentamente, pode ser com esforço ou de relaxadamente, pode ser com esforço ou por interesse, mas a verdade é que, eles serão provados e colocados em testes para saber seu verdadeiro valor. Paulo escreveu “Veja como cada um edifica sua casa” (I Coríntios 3.10),


nós podemos construir nossas casas com ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha, podendo ficar bonita e nos abrigar seguramente por um determinado tempo, mas quando ela é colocada em prova aí então ela mostrará o seu verdadeiro valor (1 Coríntios 3.12-15). A madeira, a palha e o feno, ao passar pelo fogo são consumidos imediatamente, quanto ao ouro e a prata, ao passar pelo fogo são purificados e seus valores enriquecidos. Isto traduz naquilo que fizermos para Deus e para o próximo, com segundas intenções, sofrerá detrimento de madeira, feno ou palha, mas aquilo que fizermos para Deus e para o próximo de coração com sinceridade e dedicação será ouro, prata ou pedras preciosas. Se o obreiro de Deus receber galardão de ouro, prata ou pedras preciosas, seu galardão permanecerá por toda a eternidade. Através do tribunal de Cristo, Deus passará as nossas obras pelo fogo, e o fogo mostrará as obras de cada um (Zacarias 13.9).
O tribunal de Cristo
O tribunal de Cristo acontecerá nos ares após o arrebatamento da igreja, será o lugar onde o Senhor Jesus se assentará num trono como juiz e julgará todas as obras dos cristãos que foram arrebatados, recompensando-os cada um pelos serviços realizados no reino de Deus. Este juízo não tem como finalidade, condenar ou punir os crentes pelos seus pecados, mas é o momento em que Cristo recompensará os salvos por suas obras sejam elas boas ou más (Provérbios 11.18/Romanos 14.10/2 Coríntios 5.10).
Tribunal de Cristo e Juízo final
O tribunal de Cristo não é o julgamento da igreja, mesmo porque o julgamento da igreja se dará no dia do arrebatamento, os crentes que foram arrebatados foram os aprovados e os que ficaram foram os reprovados. Os salvos passarão pelo tribunal de Cristo enquanto que os reprovados passarão pelo juízo final. No juízo final serão julgados os mortos, cada um segundo as suas obras e abrirão os livros (obras) e abrirão o outro livro que é o livro da vida (salvação). E cada um foi julgado segundo as suas obras e o que estava escrito nos livros e os que não foram achados seus nomes inscritos no livro da vida foram lançados no lago de fogo (Apocalipse 22.15). Nesse ato Deus mostrará definitivamente quem participará das Bodas do Cordeiro, os galardões são os adornos e os atributos que a noiva receberá para o dia do casamento (Apocalipse 19.7).
Bodas do cordeiro
Entende-se pela Bíblia Sagrada que logo após o término do tribunal de Cristo, a igreja será recebida nos céus para a participação das bodas do cordeiro. Os portões eternos se abrirão e o Senhor entrará com a igreja diante dos anjos, assim como a noiva entra no templo enquanto segue para o altar ao encontro do noivo para se casar, como está escrito no livro de Salmos: Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o rei da Glória. Quem é este rei da Glória? O Senhor forte e poderoso


na guerra; Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o rei da Glória, o Senhor dos Exércitos, Ele é o rei da Glória (Salmos 24.7-10). Esta será sem dúvida a maior recompensa que a igreja poderá receber, uma igreja perseverante que geme, sofre, mas não desiste de servir ao rei da Glória.
A coroação da igreja
São várias as recompensas que a igreja receberá, mas o momento mais esperado talvez seja o momento da cerimônia da coroação. As coroas não são apenas recompensas pelos trabalhos, mas são recompensas pela fidelidade e dedicação à igreja de Cristo. Por isso Paulo escreveu que se alguém também milita é coroado se não militar legitimamente também não é coroado (2 Timóteo 2.5). A coroação se dará durante as Bodas do Cordeiro, quando a igreja deixa de ser a noiva e passa ser a esposa do cordeiro (Apocalipse 21.9). Assim como todo rei é coroado no dia da sua posse, o rei Jesus coroado de glória também coroará a sua rainha. Jesus nos adiantou dizendo: Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Apocalipse 3.11). As coroas que a Bíblia identifica como sendo as recebidas pelos fiéis que tiveram suas obras aprovadas no tribunal de Cristo são cinco:
A coroa da vida – Essa coroa fala do cumprimento da promessa de vida eterna que o Senhor Jesus Cristo conquistou para os seus fiéis. É a recompensa para todos os salvos que acreditaram na promessa da vida eterna, talvez a maior recompensa do cristão (Apocalipse 2.10/Tiago 1.12).
A coroa incorruptível – Essa coroa fala da permanência eterna da rainha celestial junto ao rei Jesus, seu reinado nunca passará (I Coríntios 9.25/1 Pedro 5.4).
A coroa de glória – Essa coroa fala dos direitos da igreja como coerdeira de Cristo, a esposa passará ter acesso nas mansões celestiais e na sala do trono (1 Tessalonicenses 2.19).
A coroa da justiça – Essa coroa fala da promessa de Deus de que nunca mais haverá injustiça ou acepção de pessoas, todos os membros do corpo de Cristo serão iguais. Jesus o justo juiz reinará eternamente sobre os salvos (2 Timóteo 4.8).
A coroa da alegria – A alegria é a segunda maior virtude do ser vivo, é um sentimento de realização, de vencedor, de missão cumprida. No céu haverá abundância de alegria, O senhor é a nossa alegria (I Tessalonicenses 2. 19-20/ Filipenses 4.1).
Os maus obreiros e a igreja primitiva
Deus sempre nos dá um modelo de liderança para que possamos seguir e nos espelhar. Paulo se espelhou nos ensinamentos do Senhor Jesus e serviu de modelo para a sua geração (1 Coríntios 11.1), João recomendou que os


cristãos vissem Demétrio como um líder digno de ser seguido e que todos davam bom testemunho acerca dele, até mesmo a própria verdade (3 João 12). Por outro lado, devemos evitar aquele tipo de liderança que busca no rebanho oportunidades própria. O mesmo apóstolo disse que por várias vezes escreveu à igreja, mas um obreiro por nome de Diótrefes, que gostava muito de ter a preeminência, não permitia que os crentes recebessem João, seria o medo de perder sua posição? (3 João 9). Diótrefes era um líder que buscava a autoridade por causa do prestígio, João enviou um recadinho para ele advertindo que quando ele fosse traria à memória as obras que Diótrefes fazia, proferia palavras maliciosas, não recebia os irmãos, e impedia os que queriam receber (3 João 10). Se um líder lhe disser que um crente não pode ter comunhão com ninguém que esteja fora da sua igreja, provavelmente esse obreiro possui o espírito de Diótrefes, o espírito que não quer receber outros irmãos. O conselho que João deixou aos crentes daquela igreja era para que eles seguissem o bem e não o mal (3 João 11). Tanto João como Paulo e os demais apóstolos sofreram muito no princípio do cristianismo com esses tipos de obreiros. Paulo chegou a escrever com muito rigor sobre eles aconselhando aos crentes que estavam em Felipos que se guardassem dos cães e dos judaizantes, referindo-se aos maus obreiros (Filipenses 3.2).
Os maus obreiros e os dias atuais
A principal característica de um mau obreiro é que ele sempre procura dominar os que estão ao redor, ele busca se promover através do rebanho e ter proveito sobre ele. O rebanho não existe para servir a liderança, mas a liderança existe para cuidar do rebanho. Sempre que pensamos em maus obreiros, os que trabalham de forma negativa no ministério pastoral logo vem à mente o capítulo trinta e quatro de Ezequiel, o pastor que procura pastorear a si mesmo (Ezequiel 34. 1- 10).
Obreiros de Mica
A Bíblia nos fala de certo sacerdote, levita de Belém de Judá que vendeu seu ministério por dinheiro, usando de sua chamada pastoral e de seus dons ministeriais para ganhar dinheiro, servindo aos deuses estranhos num templo pagão construído por Mica, seu fim foi trágico (Juízes 17. 5 -13). Enquanto que muitos pastores se ensoberbecem em busca de privilégios e prestígios, as ovelhas perecem. É por esta razão que existem muitos cristãos trocando de igrejas numa necessidade desesperada de encontrar quem os pastoreie. Disso Deus deu certeza que viria num dia em que ninguém esperava e nos pediria contas do nosso trabalho (Mateus 21.33- 44). Não existe consequência benéfica ao se vender, seja por qual for o preço, ninguém pode pagar o que um obreiro ungido vale, somente o Senhor Jesus mesmo. No dia do julgamento de Deus, muitos terão que ouvir do Senhor: Apartai-vos de mim por que não te conheço, porque nem todos que me diz Senhor, Senhor! Entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que estás nos Céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor! Não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos todas


estas maravilhas? Então lhes direi abertamente nunca vos conheci. Apartai- vos de mim, vós que praticais a iniquidade (Mateus 7.22).
Consultas Bibliográficas
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