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Caderno MIRAFLORES para as Classes Agrupadas

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Published by Raphael Mieux, 2019-06-11 14:07:45

Caderno MIRAFLORES para as Classes Agrupadas

Caderno MIRAFLORES para as Classes Agrupadas

Seção IX: Estilo de Vida

132 5) Completar uma especialidade não realizada anteriormente em
uma das seguintes áreas
131a  a) Atividades Recreativas
131b  b) Ciência e Saúde
131c  c) Habilidades Domésticas
131d  d) Atividades Profissionais

CERTIFICADO DE ESPECIALIDADE

Esse documento aninhado certifica ao desbravador/líder a que pertence esse
Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA a especialidade de

chancelada pelo Clube de Desbravadores pelo representante abaixo assinalado em
assinatura carimbada e datada.

instrutor · a da especialidade

A SEGUIR

CLASSES AVANÇADAS

151

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

CLASSE AVANÇADA DE

Amigo da Natureza

133 1) Memorizar, cantar ou tocar o Hino dos Desbravadores e
conhecer a história do hino

História do Hino Oficial dos Desbravadores

pela Associação Mineira Sul

Em maio de 1949, o Pr. Henry Berg, dirigia seu carro por uma estrada pensando em
um cântico para os Desbravadores. Logo lhe vieram à mente algumas palavras; parou o
carro e as escreveu. Continuou a viagem e começou a pensar na melodia, mesmo não
sendo músico. Mas segundo suas palavras: “Deus lhe deu um cântico”. Chegando a sua
casa apresentou o hino à sua esposa Miriam que se assentando ao piano começou a
tocar e cantar. Mas tarde o hino foi levado à comissão de música dos Arautos do Rei,
que aprovou sem nenhuma alteração.

O hino dos Desbravadores foi oficializado em 1952 e a letra que temos em
português foi traduzida e adaptada por Isolina Waldvogel.

Hino Oficial dos Desbravadores

Letra de Isolina Waldvogel Música de Miriam Berg

Nós somos os Desbravadores Devemos ao mundo anunciar
Os servos do Rei dos reis As novas da salvação
Sempre avante assim marchamos Que Cristo virá em breve
Fies às suas Leis. Dar o galardão

Relatório do Evento

3
6

instrutor · a regional

152

Classe Avançada de Amigo da Natureza

134 2) Em consulta com seu líder, escolher um dos seguintes
personagens do Antigo Testamento e conversar com seu grupo
134a sobre o amor e cuidado de Deus e o livramento demonstrado na
134b vida do personagem escolhido:
134c
134d  a) José

 b) Jonas

 c) Ester

 d) Rute

Relatório do Evento

3
6
9
12
15
18
21
24

instrutor · a regional

153

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

135 3) Levar pelo menos DOIS amigos não adventistas à Escola
Sabatina ou ao Clube de Desbravadores.

Amigo 1
Amigo 2

Relatório do Evento

3
6
9

instrutor · a regional

4) Conhecer os princípios de higiene, de boas maneiras à mesa e
como se comportar diante de pessoas que tenham diferentes
136 idades. Demonstrar e explicar como estas boas maneiras podem

ser úteis nas reuniões e acampamentos do Clube.

Princípios de Higiene

3
6
9

154

Classe Avançada de Amigo da Natureza

Princípios de Boas Maneiras à Mesa

3
6
9

Comportar Diante de Pessoas que Tenham Diferentes Idades

3
6
9

Boas Maneiras Podem ser Úteis nas Reuniões e Acampamentos do Clube? Como?

3
6
9

instrutor · a regional

155

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

137 5) Completar a Especialidade de Arte de Acampar.

CERTIFICADO DE ESPECIALIDADE

Esse documento aninhado certifica ao desbravador/líder a que pertence esse
Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA a especialidade de

ARTE DE ACAMPAR

chancelada pelo Clube de Desbravadores pelo representante abaixo assinalado em
assinatura carimbada e datada.

instrutor · a da especialidade

138 6) Conhecer e identificar 10 flores silvestres e 10 insetos de sua
região.

Flor 1
Identificação Biológica

3

156

Classe Avançada de Amigo da Natureza

Flor 2
Identificação Biológica

3

Flor 3
Identificação Biológica

3

157

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

Flor 4
Identificação Biológica

3

Flor 5
Identificação Biológica

3

158

Classe Avançada de Amigo da Natureza

Flor 6
Identificação Biológica

3

Flor 7
Identificação Biológica

3

159

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

Flor 8
Identificação Biológica

3

Flor 9
Identificação Biológica

3

160

Classe Avançada de Amigo da Natureza

Flor 10
Identificação Biológica

3

Inseto 1
Identificação Biológica

3

161

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

Inseto 2
Identificação Biológica

3

Inseto 3
Identificação Biológica

3

162

Classe Avançada de Amigo da Natureza

Inseto 4
Identificação Biológica

3

Inseto 5
Identificação Biológica

3

163

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

Inseto 6
Identificação Biológica

3

Inseto 7
Identificação Biológica

3

164

Classe Avançada de Amigo da Natureza

Inseto 8
Identificação Biológica

3

Inseto 9
Identificação Biológica

3

165

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

Inseto 10
Identificação Biológica

3

instrutor · a regional

139 7) Começar uma fogueira com apenas um fósforo, usando
materiais naturais, e mantê-la acesa.

Breve Relatório do Evento

3

instrutor · a regional

166

Classe Avançada de Amigo da Natureza

140 8) Usar corretamente uma faca, facão ou uma machadinha e
conhecer dez regras para usá-los com segurança.

Faca de Mato

para Aprendiz de Roceiro

A faca de mato é uma ferramenta bastante útil para o des-
bravador e, por isso, deve ser bem comprada e bem cuidada. Ao se
comprar a faca de mato, verifique se o cabo é resistente e se a faca
está bem equilibrada.

Normalmente as facas de mato já são vendidas com uma
bainha. Se a sua não tiver, arranja-lhe uma o mais depressa possível.
Podes sempre decorar a bainha da faca com símbolos e marcas que
te identifiquem, como uma espécie de marca pessoal.

Para verificares se a faca está bem equilibrada, tente pre-
cisamente equilibrar a faca em cima de um dedo, colocando este no
início da lâmina, mesmo junto ao cabo.

Como entregar a Faca de Mato a outra pessoa

Alguns aspiras acabam sempre por se cortarem
com facas de mato (e mesmo canivetes) ao receberem-
nas de outra pessoa. O desbravador deve saber como
entregar corretamente uma faca de mato, e também ter
o devido cuidado ao recebê-la de outra pessoa. Não há
uma maneira única de entregar a faca de mato. Apenas
é preciso ter cuidado para ninguém se cortar na lâmina.

NÃO: ao dar a faca com a lâmina para a frente, a
pessoa que a recebe pode-se cortar, mesmo que lhe vá
pegar no cabo. Uma faca deve sempre ser entregue
com o cabo livre para pegar.

NÃO: quando a pessoa que recebe puxar a faca,
a lâmina desliza sobre os dedos de quem está a
entregar, cortando-os de imediato.

SIM: a pessoa que entrega a faca de mato nunca
se corta, porque os dedos estão fora do alcance da
lâmina. Por seu lado, a pessoa que a recebe, tem o cabo
completamente livre para lhe pegar, ficando igualmente
fora do alcance da lâmina.

167

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

Como cortar um pau com a Faca de Mato

Para evitar que se corte um dedo ou uma mão, os movi-
mentos da faca devem ser sempre feitos para fora do nosso corpo,
no sentido oposto à mão com que seguramos no pau ou ramo.
Assim, a lâmina da faca nunca vem contra nós por azar.

SIM NÃO

Cuidados a ter com a Faca de Mato

A faca deve andar sempre na bainha, quando não estiver sendo usada. No fim dos
acampamentos e atividades, você deve sempre cuidá-la, seguindo os seguintes passos:

1: limpá-la cuidadosamente de todos os detritos, usando solventes se for
preciso;
2: secar bem toda a faca, por causa da ferrugem;
3: afiar bem a lâmina para ficar pronta para a próxima atividade;
4: untar toda a lâmina (e outras partes metálicas) com óleo para a proteger da
ferrugem;
5: embrulha-la num bocado de plástico, para conservar o óleo;
6: guardá-la numa gaveta ou caixa onde ficará em segurança.

Enquanto estás no campo e estiver usando a faca de mato, você pode precisar
deixá-la sem ter a bainha perto, ou então, ter a faca tão suja que não a queiras guardar
na bainha. Os aspiras cometem os maiores erros nestas alturas, mas você, como bom
desbravador, farás o correto.

NUNCA deves espetar a faca numa árvore viva,
nem na terra. Se espetar a lâmina na terra poderás
encontrar uma pedra que vai estragar o fio da lâmina.
De qualquer maneira, mesmo espetando em areia, há
sempre prejuízo para o fio da lâmina.

Para além disto, deves ainda ter o cuidado de deixar a faca de alguma maneira
que ninguém se corte na lâmina. Deixar a lâmina no meio do chão é um dos erros mais
comuns dos aspiras: para além de poder ficar exposta a alta umidade e de alguém a
poder pisar e parti-la, alguém descalço ou de chinelos pode passar e se cortar. Também
espetar uma faca num cepo pode ser perigoso, pois alguém pode se cortar ao passar
com um pé ou uma mão, além de poder torcer o bico da faca, caso seja espetada de
ponta.

168

Classe Avançada de Amigo da Natureza
NÃO deves usar a tua faca de mato (ou canivete) num veículo em movimento,
como por exemplo num ônibus ou carro. Um solavanco inesperado pode causar um
acidente com a lâmina. No caso de uma frenagem ou arrancada brusca, a faca pode vir
mesmo a espetar-se no corpo (seu ou de outra pessoa).
Quando começar a usar a faca de mato, e tal como no caso do machado, tenha a
preocupação de verificar pessoas perto de você, que poderiam vir a se tornar vítimas
de algum deslize da lâmina.
Se transportar a tua faca de mato dentro da mochila, tenha cuidado para não a
enfiar à força no meio das coisas, pois o bico da faca pode furar a bainha e rasgar o
material ou mesmo a mochila.
Ao cortares uma espia ou cabo, não cortes na vertical, mas sim obliquamente, tal
como com o machado.

Machado e Machadinha

para Aprendiz de Lenhador

A diferença entre o machado e a machada machadinha está
no tamanho. O machado é grande e usa-se com as duas mãos. A
machadinha é menor e basta uma mão para a manobrar. O
desbravador costuma usar a machadinha.

Utilização do Machado

O Desbravador sabe usar o machado e a machadinha corretamente.
A machadinha, usada só com uma mão, requer mais pontaria do que força. De
fato, os golpes com a machadinha são dados pausadamente, calculando sempre o local
do golpe, e sem excesso de força.
Uma machadinha não se pega com as duas mãos desferindo fortíssimos golpes
no alvo. Este é um gesto típico dos aspiras.
O machado, apesar de ser pegado com as duas mãos, se usa também pausa-
damente, sem força excessiva e apostando sempre na pontaria.

169

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

A machadinha, por poder ser usada apenas com uma mão,
deve ser pegada pela “pega”, na ponta do cabo, e não no meio do
cabo. Assim tem-se melhor balanço, e se utiliza menos força.

SIM NÃO

! Sempre que começar a usar um machado,
deve-se verificar o seguinte:

1: se a cunha está bem fixa; mergulhando o machado em água, que faz
inchar a madeira e assim garantir melhor a fixação do cabo na
lâmina;

2: se não há ninguém em volta que possa ser atingida por um golpe do
machado.

Para cortar um ramo, nunca o devemos SIM NÃO
fazer em cima da terra, pois a lâmina vai acabar
sempre por se enterrar no solo, estragando o fio.
Deve-se sempre apoiar o ramo em cima de uma
tora mais grosso.

O ponto onde vamos cortar deve estar SIM NÃO
bem apoiado e o mais fixo possível. Nunca se deve
desferir golpes com o machado sobre um ponto
do ramo que esteja sem apoio, pois o efeito será
ínfimo e o ramo, ao vibrar, pode fazer com que o
machado escape e atinja o utilizador.

A inclinação do machado é importantíssima
para os efeitos dos golpes. Nunca se devem dar
golpes com a lâmina num ângulo reto, de 90º.
Deve-se inclinar sempre o machado para fazer
aproximadamente um ângulo de 60º.

Os golpes devem ser alternados, ora inclinado
para a esquerda, ora para a direita.

O machado nunca deve ser usado como mar-
telo, pois não foi para isso que foi feito.

170

Classe Avançada de Amigo da Natureza

Desbastar um Tronco SIM NÃO

Para limpar ou desbastar um ramo ou
tronco, começa-se pelo início (parte mais grossa) e
se vai avançando em direção à ponta, no sentido de
crescimento da árvore. Se os golpes forem dados
no sentido contrário, vai acabar rachando o tronco.

Cortar um Tronco na Vertical
ou abater uma árvore

A técnica apenas precisa de duas zonas de
golpe: a primeira de um lado, e a segunda do lado
oposto e mais em cima. Esta técnica aplica-se
tanto para um ramo, como para um tronco, como
para uma árvore. No caso de uma árvore, esta vai
cair para o lado do primeiro corte.

Para cortar uma vara verde, segure-a pela
parte de cima para que vergue. Os golpes devem
ser dados com inclinação de 60º e não
perpendicularmente à vara. Vergar a vara aumenta
o efeito de corte do machado.

SIM NÃO

Rachar Lenha

Para rachar lenha, comece por cravar a
lâmina no tronco (não precisa de ser com muita
força), junto a uma das extremidades. Em seguida,
vá batendo com o conjunto tronco-machado em
cima de um cepo.

Aos poucos e poucos o machado vai-se
enterrando cada vez mais no tronco, rachando-o
ao meio.

171

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

Fazer uma Estaca

Para afiar uma estaca, você deve apoiá-la em
cima de um cepo, e golpear com pontaria, como na
figura. A cada golpe, vá girando um pouco a estaca.

Uma estaca deve ter a parte de trás ligeira-
mente desbastada, como na figura acima, para evitar
que, ao bater na nela, venha a se desfazer.

Segurança para o Machado e a Machadinha

Para além de saber manejar corretamente o machado, o desbravador deve
igualmente saber tomar todas as medidas de segurança relativamente a esta ferra-
menta.

Tal como a faca de mato ou outra
qualquer ferramenta cortante, o machado
não deve ser deixado caído no meio do chão,
encostado a uma árvore e muito menos ainda
cravado no tronco vivo de uma árvore.

O seu manejo deve observar regras de
segurança para o utilizador, assim como para
pessoas que se encontrem por perto.

Tenha todo o cuidado ao usar o machado para que este
não te atinja uma perna ou um braço. Se estiver segurando com
a mão no tronco ou ramo que cortar, verifica se a mão não fica
ao alcance de nenhum golpe desviado por acaso.

O mesmo cuidado você deve ter com as pernas, as quais
devem abrir conforme a posição em que estiver ao cortar, de
modo a que o machado nunca te atinja na perna, mesmo no caso
de um golpe mal dado e que se desvie.

172

Classe Avançada de Amigo da Natureza

Como guardar o Machado

O machado deve ficar num cepo num suporte próprio
guardado dentro da respectiva
bainha, ou cravado num cepo ou
em um suporte próprio montado no
campo.

Para cravar o machado num cepo é comum verem-se os aspiras a desferirem
grandes golpes sem grandes resultados. A técnica consiste unicamente em espetar a
lâmina em bico, e não com o fio todo. Para além disso, a lâmina deve ficar paralela à fibra
do tronco, no sentido da tora.

SIM NÃO NÃO

Fabrico de uma Bainha

Como a maior parte dos machados que se vendem não
trazem bainha, você deve fazer uma com facilidade, para que
o teu machado ande sempre protegido e até o possas leva-lo
na cintura. O material ideal é o couro. Se não tiver couro,
podes usar qualquer tecido grosso do tipo lona ou sarja, que
não se rompam com facilidade. Para o reforçar, faça de duas
a três camadas.

Depois de o cortares com o feitio que se indica na
figura, abre orifícios para passar o cinto e para enfiar o cabo
do machado. Estes orifícios, no caso de usar tecido, devem
ser costurados do mesmo modo que as casas dos botões nas
camisas, para não se rasgarem. Depois, é só costurar com fio
grosso, e colocar fecho. Num sapateiro você poderá
encontrar facilmente um botão de mola de fácil uso e
montagem.

Transporte

O transporte do machado é outro fator importante na segurança. Quando o
transportar na mão, segure-o sempre pela lâmina, e nunca pelo cabo. Os aspiras,
quando pegam no machado pela primeira vez, costumam andar e passear com ele

173

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA
segurando no cabo e o balançando que nem “índio”, se arriscando em bater com a
lâmina nas pernas ou a atingir algum colega. Se o machado for grande, você pode levá-
lo no ombro, mas sempre com o fio da lâmina virado para fora.

Quando se passa o machado a outra pessoa, deves entregá-lo sempre segurando
na lâmina, para que lhe possam pegar facilmente no cabo.

SIM NÃO

Conservação

Para evitar a ferrugem, você deve ter atenção em alguns conselhos:
1: quando voltar de uma atividade, limpe bem o machado, para tirar toda a

umidade;
2: para retirar ferrugem, use palha-de-aço;
3: para conservar o machado sem ferrugem, unte a lâmina com óleo ou outra

gordura, e envolva-o com plástico;

Afiar a Lâmina

Para afiar a lâmina, você pode usar uma simples pedra de
esmeril, a qual você deve manter molhada com água ou, melhor
ainda, com óleo. Use movimentos circulares, deslocando para a
frente. Se a pedra for grande, fixe-a (por exemplo num cepo) e
deslize no machado com movimentos circulares (observe a figura).
Se a pedra for pequena, pegue nela com uma mão e, tendo cuidado
para não se cortar, deslize com ela igualmente em movimentos
circulares, mantendo o machado fixo.

174

Classe Avançada de Amigo da Natureza
Se a lâmina tiver bocas, você deve começar tirando elas
usando uma lima (de preferência triangular), e só depois usar a pedra
de esmeril.
Quando estiveres a desbastar a lâmina do machado, para
retirar as bocas, tem cuidado. O fio da lâmina deve ficar com uma
forma nem muito longa nem muito curta. Observa a figura ao lado
para ver qual é a melhor forma.

Reparação do Cabo

Se por acidente, ou qualquer outro motivo, o cabo do
machado se partir, eis uma forma fácil de retirar os restos da
madeira do cabo de dentro do olhal da lâmina. Comece
cavando um pequeno buraco em terra úmida onde você en-
terra ligeiramente a lâmina, deixando o olhal de fora.

Depois, faça uma pequena fogueira em pirâmide por
cima, para queimar a madeira. Logo que acabar e puder retirar
facilmente os carvões de dentro do olhal, mergulhe a lâmina em
água fria para que não se destempere.

Depois de feito o cabo novo, insira-o no olhal e fixe-o
com uma cunha.

O machado deve ser bem equilibrado. Para testar o
equilibro, coloque o machado sobre o dedo indicador, na
zona do “pescoço”, onde acaba o cabo e começa a lâmina.
Se o machado se equilibrar é porque está em boas
condições de equilíbrio.

Num machado bem alinhado, o gume da lâmina
deve estar em linha com a ponta do cabo.

Para evitar que o cabo rache ao bater com a ponta
numa superfície dura, deve-se cortar essa mesma ponta.

175

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA
Fotos do Evento

Relatório do Evento regional

3
6
9

instrutor · a

176

Classe Avançada de Amigo da Natureza

141 9) Escolher e completar uma especialidade em uma das áreas abaixo:
141a  a) Atividades Missionárias e Comunitárias
141b  b) Atividades Agrícolas e Afins

CERTIFICADO DE ESPECIALIDADE

Esse documento aninhado certifica ao desbravador/líder a que pertence esse
Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA a especialidade de

chancelada pelo Clube de Desbravadores pelo representante abaixo assinalado em
assinatura carimbada e datada.

instrutor · a da especialidade

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Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

CLASSE AVANÇADA DE

Companheiro de Excursionismo

142 1) Aprender e demonstrar a composição, significado e uso correto
da Bandeira Nacional.

Fonte: Significados. Disponível em <https://www.significados.com.br/bandeira-do-brasil/>. Acesso em 23 out 2018.

Significado das Cores da Bandeira do Império do Brasil

Inicialmente, logo após a independência do Brasil como colônia de Portugal, D.
Pedro I foi consagrado o Imperador do Brasil. Assim, foi criada uma bandeira e brasão
de armas que representasse o império brasileiro, sendo esta a base inspiradora para a
atual bandeira nacional.

O retângulo verde estava associado à casa de Bragança, da qual fazia parte a
família de D. Pedro I; já o amarelo remetia à casa de Habsburgo-Lorena, pertencente à
D. Leopoldina, a primeira esposa do imperador.
178

Classe Avançada de Companheiro de Excursionismo
Porém, com o fim do período imperial e a instauração da república, novas
interpretações foram feitas para as atuais cores da bandeira brasileira, como foi citado
anteriormente.

Significado das Cores da Bandeira do Brasil

As cores oficiais da bandeira brasileira são o verde, amarelo, azul e branco, com
a frase "Ordem e Progresso".

Originalmente, simbolizavam as cores das casas reais da família de D. Pedro I,
sendo o verde a cor símbolo da casa real dos Bragança e o amarelo da casa real dos
Habsburgo. No entanto, ao longo dos anos os brasileiros associaram outros significados
para cada uma das cores, mesmo que estes não sejam considerados oficiais:

1: "branco", significa o desejo pela paz
2: "azul", simboliza o céu e os rios brasileiros
3: "amarelo", simboliza as riquezas do país
4: "verde", simboliza as matas (a rica floresta brasileira)

A frase "Ordem e Progresso" foi baseada nos estudos do filosofo francês
fundador do positivismo, Augusto Comte.

179

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

Significado das Estrelas da Bandeira do Brasil

No dia 11 de maio de 1992 a bandeira brasileira passou a ter 27 estrelas (formato
atual), inserindo os estados do Amapá, Tocantins, Roraima e Rondônia.

Antes de 1992, a bandeira brasileira tinha 23 estrelas, representando os 23
estados brasileiros da época. De acordo com o Decreto de Lei nº 5.443, de 28 de maio
de 1968, sempre que um novo estado for criado no Brasil, uma nova estrela deverá ser
inserida na bandeira brasileira.

A primeira versão da bandeira do Brasil tinha 21 estrelas, que representavam os
estados do: Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba do
Norte (atual Paraíba), Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato
Grosso, Município da Corte.

As estrelas da bandeira brasileira representam os estados brasileiros e o Distrito
Federal. A disposição e tamanho de cada estrela foi estabelecida a partir da visão do céu
da cidade do Rio de Janeiro na noite de 19 de novembro de 1889.

A única estrela que está acima da faixa branca do "Ordem e Progresso" é
conhecida por "Spica" e representa o estado do Pará, que na época era o maior território
próximo ao eixo equatorial.

O que é a Bandeira do Brasil

A Bandeira do Brasil é o símbolo máximo de representação da nação brasileira
perante os outros países.

A bandeira do Brasil é formada por um retângulo verde, um losango amarelo no
centro, uma esfera azul-celeste dentro do losango, e uma faixa branca com a frase
"Ordem e Progresso". Na bandeira brasileira ainda estão 27 estrelas que representam os
26 estados e o Distrito Federal do país.

A atual versão da bandeira brasileira foi apresentada em 19 de novembro de
1889, através do Decreto nº 4, quatro dias após a proclamação da República no Brasil,
substituindo a antiga bandeira imperial do país. O desenho da bandeira foi de Décio
Vilares, com inspiração na bandeira do Império.
180

Classe Avançada de Companheiro de Excursionismo

Dia da Bandeira

O Dia da Bandeira é comemorado todos os anos em 19 de novembro. Foi essa a
data, em 1889, que aconteceu a instituição da bandeira republicana nacional como
bandeira oficial do Brasil.

Mesmo sendo considerada uma data de extrema importância para o país, não é
um feriado nacional no Brasil.

Leis sobre a Bandeira do Brasil

No Brasil existem alguns regras e leis referentes à utilização da bandeira nacional:
1: Em todos os órgãos públicos, a bandeira deverá ser hasteada todos os dias de

manhã e recolhida ao final da tarde;
2: A bandeira não deverá ficar hasteada durante a noite, a não ser que esteja bem

iluminada;
3: A bandeira brasileira não deve ser desrespeitada, conforme garante o artigo 31

da lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971:
São consideradas manifestações de desrespeito à Bandeira Nacional, e,
portanto, proibidas:
I - Apresentá-la em mau estado de conservação.
II - Mudar-lhe a forma, as cores, as proporções, o dístico ou acrescentar-lhe
outras inscrições.
III - Usá-la como roupagem, reposteiro, pano de boca, guarnição de mesa,
revestimento de tribuna, ou como cobertura de placas, retratos, painéis ou
monumentos a inaugurar.
IV - Reproduzi-la em rótulos ou invólucros de produtos expostos à venda.
Anotações Acerca

3

6

9

instrutor · a regional

181

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

2) Ler a primeira visão de Ellen White e discutir como Deus usa os

143 profetas para apresentar Sua mensagem à igreja (ver Primeiros

Escritos, págs. 13 à 20).

Minha Primeira Visão

Ellen G. White, Primeiros Escritos, pp. 13-24

Durante seis meses nuvem alguma de trevas passou sobre minha mente. Minha alma
bebia diariamente da salvação. Eu achava que os que amavam a Jesus amariam a Sua vinda,
de maneira que fui à reunião da classe e falei-lhes do que Jesus havia feito por mim e de que
plenitude eu desfrutava através da crença segundo a qual o Senhor estava prestes a vir. O
líder da classe interrompeu-me, dizendo: "Através do metodismo"; mas eu não podia dar a
glória ao metodismo quando era certo que Cristo e a esperança de Sua breve vinda é que me
haviam tornado livre.

A maioria dos membros da família de meu pai eram crentes completos do advento,
e por dar testemunho desta gloriosa doutrina sete de nós fomos de uma vez lançados fora
da igreja metodista. Nessa ocasião as palavras do profeta foram sobremodo preciosas para
nós: "Vossos irmãos, que vos aborrecem e que para longe vos lançam por amor do Meu nome,
dizem: O Senhor seja glorificado, para que vejamos a vossa alegria! Mas eles serão confundi-
dos." Isaías 66:5.

Desta parte, até dezembro de 1844, minhas alegrias, provas e desapontamentos fo-
ram como os de meus queridos amigos do advento que estavam ao meu redor. Por esse
tempo visitei uma de nossas irmãs do advento, e de manhã nos ajoelhamos junto ao altar da
família. Não era uma ocasião de exaltação, e apenas cinco de nós, todas mulheres, estávamos
presentes. Enquanto eu orava, o poder de Deus veio sobre mim como jamais eu experimen-
tara antes. Fui tomada em visão da glória de Deus, e parecia-me estar sendo elevada acima
da Terra cada vez mais alto, e foi-me mostrado algo das jornadas do povo do advento para a
Cidade Santa, conforme narrado abaixo.

Sendo que Deus me tem mostrado as jornadas do povo do advento para a Santa
Cidade e a rica recompensa a ser dada aos que aguardarem o seu Senhor quando voltar
de Suas bodas, pode ser de meu dever dar-vos um breve esboço do que Deus me tem
revelado. Os queridos santos têm de passar através de muitas provas. Mas a nossa leve
e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda compa-
ração - enquanto não olhamos para as coisas visíveis, pois as coisas visíveis são tempo-
rais, mas as invisíveis são eternas. Tenho procurado apresentar um bom relatório e al-
gumas uvas da Canaã Celestial, pelo qual muitos me apedrejariam, da mesma forma
como a congregação desejou apedrejar Calebe e Josué por seu relatório. (Núm. 14:10.)
Mas eu vos declaro, meus irmãos e irmãs no Senhor, que esta é uma terra muito boa, e
devemos subir para possuí-la.

Enquanto eu estava orando junto ao altar da família, o Espírito Santo me sobre-
veio, e pareceu-me estar subindo mais e mais alto da escura Terra. Voltei-me para ver o
povo do advento no mundo, mas não o pude achar, quando uma voz me disse: "Olha
novamente, e olha um pouco mais para cima." Com isto olhei mais para o alto e vi um
caminho reto e estreito, levantado em lugar elevado do mundo. O povo do advento es-
tava nesse caminho, a viajar para a cidade que se achava na sua extremidade mais afas-
tada. Tinham uma luz brilhante colocada por trás deles no começo do caminho, a qual
um anjo me disse ser o "clamor da meia-noite". Essa luz brilhava em toda extensão do
caminho, e proporcionava claridade para seus pés, para que assim não tropeçassem. Se
conservavam o olhar fixo em Jesus, que Se achava precisamente diante deles, guiando-

182

Classe Avançada de Companheiro de Excursionismo
os para a cidade, estavam seguros. Mas logo alguns ficaram cansados, e disseram que
a cidade estava muito longe e esperavam nela ter entrado antes. Então Jesus os ani-
mava, levantando Seu glorioso braço direito, e de Seu braço saía uma luz que incidia
sobre o povo do advento, e eles clamavam: "Aleluia!" Outros temerariamente negavam
a existência da luz atrás deles e diziam que não fora Deus quem os guiara tão longe. A
luz atrás deles desaparecia, deixando-lhes os pés em densas trevas, de modo que tro-
peçavam e, perdendo de vista o sinal e a Jesus, caíam do caminho para baixo, no mundo
tenebroso e ímpio. Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos
anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000,
reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão
ou terremoto. Ao declarar Deus a hora, verteu sobre nós o Espírito Santo, e nosso rosto
brilhou com o esplendor da glória de Deus, como aconteceu com Moisés, na descida do monte Sinai.

Os 144.000 estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em sua testa estava
escrito: "Deus, Nova Jerusalém", e tinham uma estrela gloriosa que continha o novo
nome de Jesus. Por causa de nosso estado feliz e santo, os ímpios enraiveceram-se e
arremeteram violentamente para lançar mão de nós, a fim de lançar-nos à prisão,
quando estendemos a mão em nome do Senhor e eles caíram indefesos ao chão. Foi
então que a sinagoga de Satanás conheceu que Deus nos havia amado, que lavávamos
os pés uns aos outros e saudávamos os irmãos com ósculo santo; e adoraram a nossos pés.

Logo nossos olhares foram dirigidos ao oriente, pois aparecera uma nuvenzinha
aproximadamente do tamanho da metade da mão de homem, a qual todos nós soube-
mos ser o sinal do Filho do homem. Todos nós em silêncio solene olhávamos a nuvem
que se aproximava e se tornava mais e mais clara e esplendente, até converter-se numa
grande nuvem branca. A parte inferior tinha aparência de fogo; o arco-íris estava sobre
a nuvem, enquanto em redor dela se achavam dez milhares de anjos, entoando um cân-
tico agradabilíssimo; e sobre ela estava sentado o Filho do homem. Os cabelos, brancos
e anelados, caíam-Lhe sobre os ombros; e sobre a cabeça tinha muitas coroas. Os pés
tinham a aparência de fogo; em Sua destra trazia uma foice aguda e na mão esquerda,
uma trombeta de prata. Seus olhos eram como chamas de fogo, que profundamente
penetravam Seus filhos. Todos os rostos empalideceram; e o daqueles a quem Deus ha-
via rejeitado se tornaram negros. Todos nós exclamamos então: "Quem poderá estar em
pé? Estão as minhas vestes sem mancha?" Então os anjos cessaram de cantar, e houve
algum tempo de terrível silêncio, quando Jesus falou: "Aqueles que têm mãos limpas e
coração puro serão capazes de estar em pé; Minha graça vos basta." Com isto nos ilu-
minou o rosto e encheu de alegria o coração. E os anjos tocaram mais fortemente e tor-
naram a cantar, enquanto a nuvem mais se aproximava da Terra.

Então a trombeta de prata de Jesus soou, ao descer Ele sobre a nuvem, envolto
em labaredas de fogo. Olhou para as sepulturas dos santos que dormiam, ergueu então
os olhos e mãos ao céu, e exclamou: "Despertai! despertai! despertai, vós que dormis no
pó, e levantai-vos!" Houve um forte terremoto. As sepulturas se abriram, e os mortos
saíram revestidos de imortalidade. Os 144.000 clamaram "Aleluia!", quando reconhece-
ram os amigos que deles tinham sido separados pela morte, e no mesmo instante fomos
transformados e arrebatados juntamente com eles para encontrar o Senhor nos ares.

Todos nós entramos na nuvem, e estivemos sete dias ascendendo para o mar de
vidro, aonde Jesus trouxe as coroas, e com Sua própria destra as colocou sobre nossa
cabeça. Deu-nos harpas de ouro e palmas de vitória. Ali, sobre o mar de vidro, os
144.000 ficaram em quadrado perfeito. Alguns deles tinham coroas muito brilhantes;
outros, não tanto. Algumas coroas pareciam repletas de estrelas, ao passo que outras
tinham poucas. Todos estavam perfeitamente satisfeitos com sua coroa. E todos esta-
vam vestidos com um glorioso manto branco, dos ombros aos pés. Havia anjos de todos

183

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA
os lados em redor de nós quando caminhávamos sobre o mar de vidro em direção à
porta da cidade. Jesus levantou o potente e glorioso braço, segurou o portal de pérolas,
fê-lo girar sobre seus luzentes gonzos, e nos disse: "Lavastes vossas vestes em Meu san-
gue, permanecestes firmes pela Minha verdade; entrai." Todos entramos e sentíamos
ter perfeito direito à cidade.
Ali vimos a árvore da vida e o trono de Deus. Do trono provinha um rio puro de
água, e de cada lado do rio estava a árvore da vida. De um lado do rio havia um tronco
da árvore, e do outro lado outro, ambos de ouro puro e transparente. A princípio pensei
que via duas árvores. Olhei outra vez e vi que elas se uniam em cima numa só árvore.
Assim estava a árvore da vida em ambos os lados do rio da vida. Seus ramos curvavam-
se até o lugar em que nos achávamos, e seu fruto era esplêndido; tinha o aspecto de
ouro, de mistura com prata.
Todos nós fomos debaixo da árvore, e sentamo-nos para contemplar o encanto
daquele lugar, quando os irmãos Fitch e Stockman, que tinham pregado o evangelho do
reino, e a quem Deus depusera na sepultura para os salvar, se achegaram a nós e nos
perguntaram o que acontecera enquanto eles haviam dormido. Tentamos lembrar nos-
sas maiores provações, mas pareciam tão pequenas em comparação com o peso eterno
de glória mui excelente que nos rodeava, que nada pudemos dizer-lhes, e todos excla-
mamos - "Aleluia! é muito fácil alcançar o Céu!" - e tocamos nossas gloriosas harpas e
fizemos com que as arcadas do Céu reboassem.
Com Jesus à nossa frente, descemos todos da cidade para a Terra, sobre uma
grande e íngreme montanha que, incapaz de suportar a Jesus sobre si, partiu-se em
duas, formando uma grande planície. Olhamos então para cima e vimos a grande cidade,
com doze fundamentos, e doze portas, três de cada lado, e um anjo em cada porta. To-
dos exclamamos: "A cidade, a grande cidade, vem, vem de Deus descendo do Céu"; e
ela veio e se pôs no lugar em que nos achávamos. Pusemos então a observar as coisas
gloriosas fora da cidade. Vi ali casas belíssimas, que tinham a aparência de prata, apoia-
das por quatro colunas marchetadas de pérolas preciosas, muito agradáveis à vista.
Destinavam-se à habitação dos santos. Em cada uma havia uma prateleira de ouro. Vi
muitos dos santos entrarem nas casas, tirarem sua coroa resplandecente, e pô-la na
prateleira, saindo então para o campo ao lado das casas, para lidar com a terra; não
como temos de fazer com a terra aqui, não, absolutamente. Uma gloriosa luz lhes res-
plandecia em redor da cabeça, e estavam continuamente louvando a Deus.
Vi outro campo repleto de todas as espécies de flores; e quando as apanhei, ex-
clamei: "Elas nunca murcharão." Em seguida vi um campo de relva alta, cujo belíssimo
aspecto causava admiração; era uma vegetação viva, e tinha reflexos de prata e ouro
quando magnificamente se agitava para glória do Rei Jesus. Entramos, então, num
campo cheio de todas as espécies de animais: o leão, o cordeiro, o leopardo, o lobo, to-
dos juntos em perfeita união. Passamos pelo meio deles, e pacificamente nos acompa-
nharam. Dali entramos num bosque, não como os escuros bosques que aqui temos, não,
absolutamente, mas claro e por toda parte glorioso; os ramos das árvores agitavam-se
de um para outro lado, e todos exclamamos: "Moraremos com segurança na solidão, e
dormiremos nos bosques." Atravessamos os bosques, pois estávamos a caminho do Monte Sião.
No trajeto encontramos uma multidão que também contemplava as belezas do
lugar. Notei a cor vermelha na borda de suas vestes, o brilho das coroas e a alvura purís-
sima dos vestidos.
Quando os saudamos, perguntei a Jesus quem eram eles. Disse que eram márti-
res que por Ele haviam sido mortos. Com eles estava uma inumerável multidão de crian-
ças que tinham também uma orla vermelha em suas vestes. O Monte Sião estava exata-
mente diante de nós, e sobre o monte um belo templo, em cujo redor havia sete outras

184

Classe Avançada de Companheiro de Excursionismo
montanhas, sobre as quais cresciam rosas e lírios. E vi as crianças subirem, ou, se o pre-
feriam, fazer uso de suas pequenas asas e voar ao cimo das montanhas e apanhar flores
que nunca murcharão. Para embelezar o lugar, havia em redor do templo todas as espé-
cies de árvores; o buxo, o pinheiro, o cipreste, a oliveira, a murta, a romãzeira e a figueira,
curvada ao peso de seus figos maduros, embelezavam aquele local. E quando estáva-
mos para entrar no santo templo, Jesus levantou Sua bela voz e disse: "Somente os
144.000 entram neste lugar", e nós exclamamos: "Aleluia"!

Esse templo era apoiado por sete colunas, todas de ouro transparente, engasta-
das de pérolas belíssimas. As maravilhosas coisas que ali vi, não as posso descrever. Oh!
se me fosse dado falar a língua de Canaã, poderia então contar um pouco das glórias do
mundo melhor. Vi lá mesas de pedra, em que estavam gravados com letras de ouro os
nomes dos 144.000. Depois de contemplar a beleza do templo, saímos, e Jesus nos dei-
xou e foi à cidade. Logo Lhe ouvimos de novo a delicada voz, dizendo: "Vinde, povo Meu;
viestes da grande tribulação, e fizestes Minha vontade; sofrestes por Mim; vinde à ceia,
pois Eu Me cingirei e vos servirei." Nós exclamamos: "Aleluia! Glória"! e entramos na ci-
dade. E vi uma mesa de pura prata; tinha muitos quilômetros de comprimento, contudo
nossos olhares podiam alcançá-la toda. Vi o fruto da árvore da vida, o maná, amêndoas,
figos, romãs, uvas e muitas outras espécies de frutas. Pedi a Jesus que me deixasse co-
mer do fruto. Disse Ele: "Agora não. Os que comem do fruto deste lugar, não mais voltam
à Terra. Mas, dentro em pouco, se fores fiel, não somente comerás do fruto da árvore
da vida mas beberás também da água da fonte." E disse: "Deves novamente voltar à
Terra, e relatar a outros o que te revelei." Então um anjo me trouxe mansamente a este
mundo escuro. Algumas vezes penso que não mais posso permanecer aqui; todas as
coisas da Terra parecem demasiado áridas. Sinto-me muito solitária aqui, pois vi uma
Terra melhor. Oh! tivesse eu asas como a pomba, e voaria e estaria em descanso!

Depois que voltei da visão, todas as coisas pareciam mudadas; uma tristeza se
espalhava sobre tudo que eu contemplava. Oh! quão escuro pareceu-me este mundo!
Chorei quando me encontrei aqui, e senti saudades. Eu tinha visto um mundo melhor, e
o atual perdeu o seu valor. Contei a visão a nosso pequeno grupo em Portland, e creram
plenamente que era de Deus. Este foi um tempo de poder. A solenidade das coisas eter-
nas repousou sobre nós. Cerca de uma semana depois disto o Senhor deu-me outra
visão e mostrou-me as provas pelas quais eu devia passar, indicando-me que eu devia
ir e relatar a outros o que Ele me havia revelado, e que eu iria encontrar grande oposição
e por isto sofreria angústia de espírito. Mas disse o anjo: "A graça de Deus te basta; Ele te sustentará."

Ao voltar desta visão, senti-me excessivamente desassossegada. Minha saúde
era por demais precária, e eu tinha apenas dezessete anos. Eu sabia que muitos tinham
caído por causa da exaltação, e sabia que se eu de alguma maneira me exaltasse, Deus
me abandonaria, e eu estaria seguramente perdida. Fui ao Senhor em oração e supli-
quei-Lhe que colocasse o fardo sobre outro. Parecia-me que eu não poderia levá-lo. Caí
sobre o meu rosto longo tempo, e toda a luz que eu recebia era: "Faze conhecido dos
outros o que Eu te tenho revelado."

Na minha visão seguinte, ardentemente supliquei ao Senhor que se eu devia ir e
relatar o que Ele me havia mostrado, que me guardasse da exaltação. Então Ele me mos-
trou que minha oração fora respondida, e que se eu estivesse em perigo de exaltação a
Sua mão estaria sobre mim, e eu seria afligida com enfermidade. Disse o anjo: "Se deres
as mensagens fielmente e perseverares até o fim, comerás do fruto da árvore da vida e
beberás da água do rio da vida."

Não demorou muito se espalhou ao redor que as visões eram resultado de mes-
merismo, e muitos adventistas mostraram-se prontos para espalhar essa versão. Um
médico que era afamado mesmerista disse-me que minhas visões eram mesmerismo, e

185

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA
que eu era uma vítima muito fácil, podendo ele magnetizar-me e dar-me uma visão. Eu
lhe disse que o Senhor me havia mostrado em visão que o mesmerismo era de origem
diabólica, dos insondáveis abismos, e que logo estaria ali com os que continuassem a
praticá-lo. Dei-lhe então liberdade de magnetizar-me, se pudesse fazê-lo. Ele tentou-o
por mais de meia hora, recorrendo a diferentes operações, e então desistiu. Pela fé em
Deus pude resistir a sua influência, de maneira que em nada isto me afetou.
Se eu tinha uma visão em reuniões, muitos diziam que era uma perturbação e que
alguém me havia magnetizado. Então eu ia sozinha para os bosques, onde nenhum ou-
vido podia ouvir-me ou ver-me algum olho senão Deus, e orava a Ele, e Ele algumas ve-
zes me dava uma visão ali. Então eu me regozijava e contava-lhes o que Deus me havia
revelado sozinha, onde nenhum mortal podia influenciar-me. Diziam então que eu me
havia magnetizado a mim mesma. Oh! eu pensava, chegou o ponto em que os que ho-
nestamente vão a Deus sozinhos para suplicar Suas promessas e clamar por Sua salva-
ção sejam acusados de estar sob a má e danosa influência do mesmerismo? Suplicamos
a nosso bondoso Pai do Céu que nos dê "pão", apenas para receber uma "pedra" ou um
"escorpião"? Essas coisas feriam o meu espírito e me deprimiam a alma com terrível an-
gústia, quase ao ponto do desespero, enquanto muitos queriam fazer-me crer que não
havia Espírito Santo e que tudo quanto os homens santos de Deus haviam experimen-
tado não era senão mesmerismo ou enganos de Satanás.
Nesta ocasião havia fanatismo no Maine. Alguns renunciavam inteiramente ao
trabalho e desligavam da comunhão todos os que não aceitavam as suas opiniões neste
ponto, e algumas outras coisas que eles consideravam deveres religiosos. Deus me re-
velava esses erros em visão e enviava-me a Seus extraviados filhos a fim de lhos decla-
rar; mas muitos deles rejeitavam inteiramente a mensagem, e acusavam-me de confor-
mismo com o mundo. Por outro lado, os adventistas nominais acusavam-me de fana-
tismo e eu era por alguns falsa e impiamente representada como sendo líder do fana-
tismo que eu estava na realidade trabalhando para corrigir. Diferentes datas foram re-
petidamente estabelecidas para a vinda do Senhor e impostas aos irmãos; mas o Senhor
mostrou-me que todas essas datas passariam, pois o tempo de angústia devia vir antes
da vinda de Cristo, e que cada vez que uma data era estabelecida e passava, simples-
mente enfraquecia a fé do povo de Deus. Por isto eu era acusada de ser como o mau
servo que dizia em seu coração: "Meu Senhor tarde virá." Mat. 24:48.
Tudo isso pesava sobremodo em meu espírito, e na confusão eu era algumas ve-
zes tentada a duvidar de minha própria experiência. Quando certa manhã em orações
de família, o poder de Deus começou a descer sobre mim, depressa veio a minha mente
o pensamento de que era mesmerismo, e resisti a ele. Imediatamente fui tomada de
mudez e por alguns momentos perdi a noção de tudo ao meu redor. Vi então o meu
pecado em duvidar do poder de Deus, e que por assim proceder fiquei muda, e que mi-
nha língua seria libertada antes de decorridas vinte e quatro horas. Um cartão foi colo-
cado diante de mim no qual estavam escritos em letras de ouro o capítulo e verso de
cinquenta textos das Escrituras. Ao voltar da visão, solicitei por acenos a lousa, e nela
escrevi que estava muda, também o que eu tinha visto e que eu desejava a Bíblia grande.
Tomei a Bíblia e prontamente identifiquei todos os textos que eu tinha visto no cartão.
Eu não pude falar durante o dia todo. Logo na manhã seguinte minha alma se encheu de
alegria e minha língua foi libertada para proclamar os altos louvores de Deus. Depois
disto não mais ousei duvidar do poder de Deus ou resisti-lo ainda que fosse por um só
momento, não importando o que outros pudessem pensar de mim.
Em 1846, enquanto estive em Fairhaven, Massachusetts, minha irmã (que costu-
meiramente me acompanhava nessa época), a irmã A., o irmão G., e eu mesma, saímos
num veleiro a fim de visitar uma família na ilha do oeste. Era quase noite quando parti-

186

Classe Avançada de Companheiro de Excursionismo
mos. Havíamos navegado apenas uma breve distância quando subitamente se levantou
uma tempestade. Trovões, relâmpagos e chuva vieram em torrentes sobre nós. Parecia
claro que estaríamos perdidos a menos que Deus nos socorresse.

Ajoelhei-me no veleiro e comecei a clamar a Deus por livramento. E ali em meio
aos vagalhões que nos cobriam, enquanto as águas lavavam o topo do veleiro sobre nós,
eu fui tomada em visão, e vi que mais depressa se secaria cada gota do oceano antes
que nós perecêssemos, pois minha obra havia apenas começado. Quando voltei da vi-
são todos os meus temores se haviam dissipado, e cantamos e louvamos a Deus, e nosso
pequeno veleiro era para nós como uma flutuante Betel. O redator de The Advent Herald
disse que comentava-se serem minhas visões "o resultado de operações de mesme-
rismo". Mas, pergunto, que oportunidade havia para operações de mesmerismo em oca-
sião como essa? O irmão G. teve que lidar bravamente para dirigir o veleiro. Ele procurou
ancorar, mas a âncora foi levada. Nosso pequeno veleiro era elevado sobre as ondas e
impelido pelo vento, enquanto se fazia tão escuro que nem sequer podíamos ver de uma
à outra extremidade do veleiro. Então a âncora se firmou e o irmão G. pediu ajuda. Havia
apenas duas casas na ilha, e provou-se que estávamos próximo de uma delas, mas não
aquela aonde desejávamos ir. Toda a família tinha se retirado para repousar, exceto uma
meninazinha que providencialmente tinha ouvido o nosso pedido de auxílio. Seu pai logo
veio para nos socorrer e, num pequeno bote, levou-nos para terra. Passamos a maior
parte dessa noite em louvores de gratidão a Deus por Sua maravilhosa bondade para conosco.

Reação à Leitura

3
6
9
12
15
18

instrutor · a regional

187

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

144 3) Participar de uma atividade missionária ou comunitária,
envolvendo também um amigo.

Amigo
Atividade

Relatório do Evento

3
6
9
12
15
18
21
24
27
30

instrutor · a regional

188

Classe Avançada de Companheiro de Excursionismo

145 4) Conversar com seu Conselheiro ou Unidade sobre como
demonstrar respeito pelos seus pais ou responsáveis e fazer uma

lista mostrando como cuidam de você.

Reação à Conversa

3
6
9

Como Demonstrar Respeito pelos Seus Pais ou Responsáveis

3

6

Como Cuidam de Você?

1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12

instrutor · a regional

189

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

146 5) Participar de uma caminhada de 6 quilômetros, preparando, ao
final, um relatório de uma página.

Relatório do Evento

3
6
9
12
15
18
21
24
27
30
33

instrutor · a regional

190

Classe Avançada de Companheiro de Excursionismo

147 6) Escolher um dos seguintes itens:

147a  a) Assistir a um curso “Como deixar de fumar?”

147b  b) Assistir a DOIS filmes sobre saúde

147c  c) Ajudar a preparar material para uma exposição ou passeata
sobre saúde

147d  d) Pesquisar na internet informações sobre saúde e escrever uma
página sobre os resultados encontrados

Relatório do Evento

3
6
9
12
15
18
21
24

instrutor · a regional

191

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

148 7) Identificar e descrever 12 pássaros e 12 árvores nativas.

Pássaro 1
Identificação Biológica

3

Pássaro 2
Identificação Biológica

3

192

Classe Avançada de Companheiro de Excursionismo

Pássaro 3
Identificação Biológica

3

Pássaro 4
Identificação Biológica

3

193

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

Pássaro 5
Identificação Biológica

3

Pássaro 6
Identificação Biológica

3

194

Classe Avançada de Companheiro de Excursionismo

Pássaro 7
Identificação Biológica

3

Pássaro 8
Identificação Biológica

3

195

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

Pássaro 9
Identificação Biológica

3

Pássaro 10
Identificação Biológica

3

196

Classe Avançada de Companheiro de Excursionismo

Pássaro 11
Identificação Biológica

3

Pássaro 12
Identificação Biológica

3

197

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

Árvore 1
Identificação Biológica

3

Árvore 2
Identificação Biológica

3

198

Classe Avançada de Companheiro de Excursionismo

Árvore 3
Identificação Biológica

3

Árvore 4
Identificação Biológica

3

199

Caderno de Classes Agrupadas MIRAFLORES FERA

Árvore 5
Identificação Biológica

3

Árvore 6
Identificação Biológica

3

200


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