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Caled, um menino pequeno, testemunha seu pai morrer no hospital após uma doença. Não foi tudo o que viu. Ele viu anjos chegarem para levar seu pai embora.Ele seguiu os anjos com apenas um objetivo. Ele queria o pai de volta.O pai de Caled o amava. Ele passou um tempo com ele e sempre o encorajou. Sua mãe investiu apenas em si mesma e viu Caled como um incômodo.Quando o pai de Caled ficou doente e sua mãe teve que cuidar dele o tempo todo, ele estava no caminho de sua vida social. Claed ficou ao lado do pai.

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Published by oscarcrawfordmedia, 2019-11-19 07:05:41

KDP O vale do vim te buscar

Caled, um menino pequeno, testemunha seu pai morrer no hospital após uma doença. Não foi tudo o que viu. Ele viu anjos chegarem para levar seu pai embora.Ele seguiu os anjos com apenas um objetivo. Ele queria o pai de volta.O pai de Caled o amava. Ele passou um tempo com ele e sempre o encorajou. Sua mãe investiu apenas em si mesma e viu Caled como um incômodo.Quando o pai de Caled ficou doente e sua mãe teve que cuidar dele o tempo todo, ele estava no caminho de sua vida social. Claed ficou ao lado do pai.

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Katia Nunes Oliver

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Katia Nunes Oliver

Katia

Nunes Oliver

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Katia Nunes Oliver

O VALE DO
VIM TE BUSCAR

Katia Nunes Oliver

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Katia Nunes Oliver

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Katia Nunes Oliver

O VALE DO
VIM TE BUSCAR

“antes que seja tarde”
Katia Nunes Oliver

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Oscar Crawford Media

The Hungry Wolf Division

Copyright © 2019 by Katia Nunes Oliver - Published by Oscar Crawford
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photocopying, recording or by any information storage and retrieval system,
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Publisher’s Note: This is a work of non - fiction. Cover Art is produced by
OCM - Published in Mesa, Arizona by Oscar Crawford Media

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Katia Nunes Oliver

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Conteúdo

Capítulo 1 O sonho de Caled page 9
Capítulo 2
Capítulo 3 A história de Helarcles page 13
Capítulo 4
Capítulo 5 O encontro com o inesperado page 21
Capítulo 6
Um ano depois page 25
Capítulo 7
O encontro de caled com Nádia page 31
Capítulo 8
Capítulo 9 Akácia vem para abrir o caminho

Capítulo 10 page 41
Capítulo 11
Capítulo 12 A aventura começa o encontro com

Capítulo 13 Aquiles page 45
Capítulo final
O resgate de Aquiles page 55

O encontro de Aquiles com as fadas

page 67

O Feitiço das Fúrias page 79

O reencontro com as crianças page 87

A caminho do lago da transformação

page 97

As memorias de Caled. page 105

Enfim o vale do vim te buscar page 111

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Katia Nunes Oliver

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O VKaaletiDa No uVnimes TOeliBveurscar

Capítulo 1

O sonho de Caled

Bom vamos começar nossa historia apresentando o
principal personagem Caled.

Caled e um menino meigo, de aparência calma e
triste, ele tem apenas sete anos de idade, com o rosto
pálido, olhos grandes e azuis, a boca avermelhada
como uma cereja, tem constantemente em seu olhar
um aspequito triste e pouco sorriso, já deu para vocês
ter uma imaginação de como é nosso Caled?

A única pessoa que o faz sorri e seu amado pai,
quem Caled ama mais que tudo em sua vida.
John e o pai de Caled, por sua vez é um homem
também calmo, mais muito brincalhão, ele é quem
adora roubar sorriso de Caled.

John tem uma marcenaria de onde tira o
sustento da família, e esta sempre inventando algo para
seu filho.

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“aKnatteisa qNuuensesjaOtalirvdeer”

Agora vamos falar de Marta!
Marta e a mãe de Caled, uma mulher amarga
ignorante, e mal-humorada ela vive com o cigarro na
boca, trabalha em uma lanchonete, mais a maior parte
do seu dinheiro é para gastar com suas amigas nos
bares de snooker.
Todo final de semana Marta larga John e Caled
em casa e sai com as amigas para beber e jogar, ela não
se esforça nem um pouco para ser carinhosa e
paciência com Caled.
O nosso dia começa assim!
—vai Caled acorda.
—vai vamos, vamos, já estou atrasada, vai
menino preguiçoso.
—ai já vou marta.
—vai logo então o que esta esperando.
—não estou bem.
—há o que você tem agora em.
—não tenho nada.
—então do que você não está bem, nem vem
você vai para escola.
—eu sei que vou para escola.
—então, o que está fazendo ainda deitado.
—Marta não estou bem.

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OOVVKaAalLetEiDaDNoO VuVIniMmesTTEOeBlUiBvSeuCrsAcRar

—ai mais essa, me deixa e ver, não está febril,
para de graça moleque.

—Marta olha meu problema é psicológico.
—a tá, você está doido? não me parece doido.
—não, não estou doido.
Já nervosa marta da uma tapa em Caled e diz.
—levanta agora.
John percebe que Mata já perdeu a calma e vem
correndo.
—deixa Marta eu o ajudo a se vestir.
—você que é culpado deste moleque ser assim
mimado.
—tá bom Marta, o que foi Caled, o que você tem
filho; chorando Caled responde.
—estou com medo.
—mais medo do que filho.
—tive um sonho ruim e foi bem real.
—é, e o que foi.
—não me lembro direito, só sei que tinha
sangue, você, e eu chorando muito.
—é filho e só um sonho meu menino.
—não sei estou com um pressentimento não
muito bom, não quero sair de casa hoje, é que, eu estou

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“an“aKtneatsteisaqqNuueuensseesjajOataltirvadererd” e”

sentindo um medo dentro da minha barriga.
—bom à barriga é fome, e o medo e do mostro

marta que vem te assustar todo dia, ahaaaaaaah; Caled
cai na risada com o pai.

—vamos Caled antes que o mostro vem com
suas garras enormes nos pegar.

—rsrsrsrs...
Caled se veste e os dois vão para a cozinha.
—seu café está ai vê se toma logo, ah John antes
de vir para casa passa na mercearia e compra tudo o
que esta aqui nesta lista.
—ok, ok dona Marta.
—vamos Caled.
—espera pai.
Caled vai ao quarto correndo e volta.
—o que foi buscar.
—meu pião.
—ah tá, venha colocar o casaco lá fora esta
muito frio
—tá bom.

Todos saem e como é de costume, John leva e
busca caled todos os dias na escola, o dia passa calmo

e tranquilo, ao cair à tarde John vai buscar Caled.

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Capítulo 2

A história de Helarcles

Chegando na escola uma funcionaria se aproxima de John
e fala,

—sr. John
—sim
—a professora de Caled, quer falar com o Sr.
—aonde posso encontrá-la?
—ela está na sala dela.
John vai até a sala da professora bate na porta, á
abre, e diz.
—com licença, pois não dona Laura queria falar
comigo.
—sim John, mas vamos dispensar as cortesias.
—aconteceu alguma coisa? o que foi?
—bom John hoje Caled está muito estranho, eu sei

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“an“aKtneatsteisaqqNuueuensseesjajOataltirvadererd” e”

que ele e quietinho, mais hoje ele estava muito diferente
não quis nem comer, pouco falou na aula.

—mais como assim.
—ele não só estava quieto, mais distante, parece
assustado e com a expressam de preocupado, com medo.
—nossa.
—está tudo bem em casa John? como vai o ânimo
da Marta?
—bom, o humor da Marta que não muda, mais,
Caled já está acostumado com isso.
—então o que será?
—não sei, hoje ele acordou dizendo que teve um
pesadelo, talvez seja isso.
—é pode ser, e você John como esta?
—estou bem.
—não é o que me parece John.
—hum talvez um pouco cansado, mas somente isso,
mas Laura tem algo mais, que queira falar.
—não John era só essa a minha preocupação.
—tudo bem, então Laura agora já estou indo.
—sim se cuida John
—uh rum, você também Laura.
—se precisar de alguma coisa, você tem meu

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telefone ou me procura.
—tá, tchau foi um prazer em revela novamente.
—eu digo o mesmo, tchau John.
John sai da sala cabeça baixa e pensativo.
—poxa vida por que não me casei com ela, fiz a

escolha errada, deveria ter me casado com a Laura, ela e
tão carinhosa comigo e com Caled, nossa que pensamento
estupido, do que estou falando, se isso tivesse acontecido
hoje eu não teria meu Caled.

John vai ao encontro de Caled, que está sentado no
parque com seus amiguinhos da escola, aguardando John,
em meio da conversa eis que surge um assunto.

—hei Caled, o que vai fazer amanhã? diz um dos
seus amigos que se chama Aleixo.

—á sei lá acho que vou dormir um montão.
—que inveja de você Caled. diz Benjamim outro
dos seus coleguinhas da escola
—poxa que sorte é a sua...
—Porque?
—amanhã logo cedo, a minha avó vai para igreja.
—e daí? diz Eliaquim.
Então Caled responde.
—a avó do Benjamim é evangélica, e amanhã vai
logo cedo para a igreja.

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“an“aKtneatsteisaqqNuueuensseesjajOataltirvadererd” e”

—nossa, eu em, ninguém merece, em Benjamim.
—é né, não tenho o que fazer, tudo o que eles falam
eu já sei dês que nasci.
—e você Caled não vai à igreja?
Caled responde.
—não, e você Helarcles? ouvi dizer que seus pais
têm outra religião.
—é verdade Caled.
—você aprende muitas coisas na sua religião?
—a sim e bem interessantes.
—o que você aprende?
—muitas coisas, muitas histórias.
—é mesmo, então conta uma das histórias pra
gente.
—está bem, mais não vai ficar com medo ok.
—que isso rapaz aqui tem homem, e não temos
medo não. (risos)
—fala Helarcles, conta logo...
—tá.
—ouvi uma vez uma história de uma moça que
tinha um lindo nome ; Sinésia: “mulher prudente e sabia”
ela era noiva de um pescado que se chamava Téo, e
sempre que ele ia para o auto mar pescar ela o

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acompanhava ao cais do porto, e ficava vendo ele ir, e
ficava ali, até que o barco sumisse em alto mar, então ela
sempre pedia, a lua que o protegesse durante a noite, e ao
Sol, que o guardasse ao dia, todos diziam que ela era
feiticeira, certo dia a moça teve uma premunição, e pediu
para que seu noivo não fosse na aquela viagem, e que ele
não fosse pescar, mas ele não deu atenção a ela, e não a
ouviu, e nem quis saber de sua premunição, assim partiu,
já em auto mar, os pescadores se deparam com uma
dificuldade, quando estavam puxando a rede com peixes,
o guincho travou, um dos pescadores resolve dar um forte
solavanco na marcha do guindaste para desprender, mas o
que ele não esperava é que, agindo assim usando tanta
força ocasionou a disparada de um arpão que atingiu o
Téo, chegando atravessar seu abdome, com esse acidente
inesperado os homens recuaram com o barco e voltaram a
terra a procura de urgente ajuda e atendimento ao Tèo que
estava gravemente ferido, ao chegar ao porto, já estava a
sua espera a moça, como se adivinhasse o ocorrido, o
rapaz foi levado até a sua casa e lá mesmo recebera
atendimento médico, ficando em observação entre a vida
e a morte, após a saída do médico, a moca se aproximou
do seu amado, o beijou e sussurrou em seu ouvido; —
calma amor, me espere, não vá, pois vou te buscar.

Sinésia sumiu por três dias, no terceiro dia, quando
estavam todos reunidos ao redor da cama do rapaz, pois
não parecia que ele ia viver, pois já não tinham mais
esperanças, então ela chegou, entrou no quarto, se

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“an“aKtneatsteisaqqNuueuensseesjajOataltirvadererd” e”

aproximou da cama e o beijou sua testa e em seus olhos, e
sussurrou baixinho em seu ouvido; —vem amor eu já
cheguei; de repente o rapaz deu um suspiro forte e abriu
os olhos.

—aí credo Heracles, até me arrepiei, olha só. (diz
Caled)

—nossa essa deu medo.
Mais Aleixo diz; —que estranho em, porque ela não
beijou ele na boca, como todas as histórias e contos.
—é que isto não é história Aleixo, e verdade é fato
real, e mais, quem beija entre os olhos, beija a alma, você
não sabia.
—uh eu não.
de longe John avista seu filho; Caled... Grita John.
—oi John.
—vem filho.
Caled da tchau aos seus amigos e corre ao encontro
de John, ao se aproxima de John ele o abraça bem forte.
—o que foi filho.
—não sei senti saudades sua.
—o que você tem.
—ainda medo.
—mais isso vai passar filho.

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—espero que sim, por que agora esta me dando um
aperto tão grande, e uma vontade de chorar.
—calma filho estou aqui.
—mais é isso que ainda me acalma, é saber que
você esta aqui comigo.
John tenta não demonstra mais esta preocupado
com o filho.
—então vamos que tenho de terminar hoje ainda as
cadeiras da; Juntos os dois se viram um para o outro
levantam as mãos, retrai os dedos, e diz.
—da velha Olga, ahahaha, rsrsrsrs.

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Katia Nunes Oliver

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Capítulo 3

O encontro com o inesperado

O resto da tarde passa e John termina seu serviço e
ainda tem tempo de acabar um boneco que havia
começado para Caled.

—acabei, este aqui é pra você filho.
—que lindo John.
—é um lobo.
—como vamos chamar ele?
Caled então responde; —grande Ethan “forte e
firme”
—opa que nome forte e bonito Caled.
—é nele vou colocar toda minha esperança de
tudo que desejo ou vou desejar.
—legal filhão.
—então vamos.

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“aKnatteisa qNuuensesjaOtalirvdeer”

—vamos que já estou com fome.

—tá com fome filhão.

—too, comeria um galinho sozinho.

—rsrsrs.

—e isso aí Caled, vamos logo, temos que passar
ainda na mercearia.

—uh, rum; os dois saem conversando e sorrindo,
por alguns momentos Caled se esquece o medo, ao se
aproximar da porta da mercearia John percebe que tem
algo errado acontecendo lá dentro, Caled está a sua
frente brincando com o seu mais novo amiguinho,
John corre e alcança Caled.

—filho, filho.

—oi, que foi John?

—calma filho.

Sem tempo para explicar, sai da mercearia
correndo dois homens, e um deles esbarra de frente
com John, e cai no chão, nervoso o homem levanta
rápido e aponta a arma para John.

—calma moço, me desculpa, por favor, eu não
quis te parar não.

O bandido apavorado e em pânico, aponta a
arma no peito de John e atira, saído em disparada,
Caled começa a gritar com tanto pavor ao ouvir o
barulho do tiro, e ao ver seu pai ser ferido, John

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começa a cair lentamente ao chão, Caled tenta segura-
lo, mais não e tão forte assim, pois é pequeno, e são
poucas suas forças, John cai ao chão, apavorado e com
dor, desesperado Caled chora e grita por socorro, ao
mesmo tempo olhando para os olhos de John Caled o
chama.

—John, John, por favor, John fala comigo, me
ajudem, por favor me ajudem, John fica comigo, John
não me deixe, por favor John.

O desespero invade a mente de Caled e então ele
se lembra do sonho, seu medo já ultrapassa seu
raciocínio e o desespero fica cada vez maior, ele
começa a gritar.

—a culpa é minha, a culpa é minha, eu poderia
ter evitado isso, se eu tivesse me esforçado e lembrado
do sonho, a culpa e minha, John levanta, vamos pra
casa, vamos jantar, você se lembra eu to com fome,
vamos John, vamos John.

John levanta sua mão e tenta acariciar seu filho;

—calma Caled, calma filhão, você não é culpado
não, eu fui imprudente, deveria ter saído da frente
daquele homem, você não tem culpa meu filho.

—sou sim, não me deixa sozinho, não me
abandona, eu só tenho você.

—filho calma, eu não vou te abandonar; John
começa a desfalecer, Caled começa a o abraçar;

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“aKnatteisa qNuuensesjaOtalirvdeer”
—não me abandone papai, por favor.
Em meio a tanta loucura, Caled se lembra da
história de Sinésia, e sussurra no ouvido de seu amado
pai; —xiiiiu, descansa agora John, descansa, mais me
espere que eu vou te buscar, eu vou te buscar, você está
me ouvindo John.
Todos ao arredor dos dois tentam ajudar, logo
chega socorro e John é levado ao hospital, Caled
aguarda no corredor Laura chega e acolhe Caled com
um abraço que ele nunca recebeu de sua mãe, ela o
segura, sem conseguir conter as lagrimas, diz a Caled;
—calma meu anjo, ele vai conseguir, ele vai ficar
bem.

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Capítulo 4

Um ano depois

O tempo passa após o ocorrido, já se passa um ano,
John não responde e está em coma, sobrevivendo
ligado a aparelhos para respirar e é constantemente
monitorado, um ano já se passou e Caled já está com
oito anos agora, depois da terrível noite Caled se calou
para o mundo, ele já não fala mais, e emagreceu muito,
os médicos dizem que ele entrou em estado de choque,
ninguém mais o viu sorrir, e nem mais ouviu sua voz, e
John?

os médicos conseguirão tirar a bala do seu peito
que chegou a afetar seu coração, mais todos estão
impressionados como ele não morreu na hora, e como
ainda está vivo? nosso amiguinho Caled, ele vai ao
hospital todos os dias, é como se fosse um ritual para
ele, sua frequência e mais com Laura com quem tem
passado seu maior tempo, Laura esta sendo como uma
verdadeira mãe para ele porem!

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“aKnatteisa qNuuensesjaOtalirvdeer”

—hoje Caled você vai ao hospital com sua mãe;
diz Laura

—venha meu amor colocar o casaco, me parece
que você só tem esse, tenho que novamente o lavar e
colocar na secadora, por que você quer está sempre
com ele, olha Caled vou ter que fechar com este
alfinete, porque o botão caiu e eu não vi, e nesse
momento não sei aonde posso achar um, e estamos
sem tempo ok... e sua mãe, já viu e reclamou mas não
colocou um outro, essa tarefa vai ficar pra mim, não é?
rs, deixa eu ver o que você tem nos bolsos, a um pião
você não larga ele né, o que tem mais, ah o seu amigo
lobo, muito bom...meu anjo, se comporte você sabe
que a Marta e toda estressada, e ela já chegou, de um
beijo no papai por mim ok...

Assim Caled vai com Marta, e ao chegarem no
hospital ele entra no quarto onde está John, Caled sob
na cama e se deita ao lado do seu pai o abraça, com
todo cuidado, e fecha os olhos, Marta sai do quarto e
Caled ao ver que ela sai susura no ouvido de John; —
papai estou aqui, eu te amo.

Sem perceber que havia entrado no quarto uma
enfermeira, ela por sua vez sai do quarto assustada; —
dona Marta, dona Marta.

—sim fale.

—eu ouvi seu filho falar.

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—como assim.
—eu o ouvi falar com o pai.
—você esta doida, bebeu alguma coisa, daqui a
pouco você vai me falar que o John respondeu; com
raiva a enfermeira responde bem brava.
—eu o ouvi sim senhora, agora se a senhora não
quiser acreditar é uma opção sua, o problema é seu;
furiosa Marta entra no quarto pega Caled pelo braço e
o puxa para fora, o senta no banco e diz.
—vai fala comigo agora, vai fala.
Mudo Caled esta mudo permaneci.
—fala seu moleque, você está me enganando
todo este tempo, moleque mentiroso, um ano fingindo
que está mudo, fala, fala.
Ela começa ah o chacoalhar Caled com tanta
força que sua cabeça bate contra parede.
—fala, fala.
Mas Marta é interrompida por uma enfermeira
que diz; —dona Marta, o douto Gregori quer falar
com a senhora.
—ai mais está agora; responde Marta, ela olha
para Caled e diz.
—não sai daí, por que quando eu voltar vamos
ter uma conversinha ouviu.

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“aKnatteisa qNuuensesjaOtalirvdeer”

Caled chorando vai acompanhando sua mãe
com os olhos, chegado à sala do medico Marta bate a
porta.

—entre; (diz o médico).

—boa tarde doutor; com a cara sutil como se
fosse um anjo de pessoa

—o senhor quer falar comigo?

—sim dona Marta entre, sente-se, por favor, bom
o que quero falar com a senhora é sobre seu marido
John.

—Sim o que seria?

O hospital não tem mais condição de mante-lo
aqui, já esperamos muito tempo e não vimos melhoria
no quadro dele.

—é eu sei doutor, mas o hospital esta recendo
contribuição do estado.

—sim sei, mas o estado não quer mais o
assegurar, sendo assim, sugerimos o desligue dos
aparelhos, sem nem pensar, Marta diz; — faça o que o
senhor acha melhor doutor; com a aparência de
aliviada e um sorriso no rosto Marta fala; —se é o
melhor que pode fazer por ele.

—Então a senhora está de acordo?

—Sim, estou

—certo, então aqui estão os papeis, a senhora e a

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única responsável por ele, é só ler tudo e assinar, e
amanhã às oito da manhã será desligado os aparelhos,
acredito que o corpo consiga ficar vivo, por mais
algumas horas, mais o que me preocupa é seu menino,
Caled, como ele vai reagir com tudo isso.

Marta responde; —ele vai ter que acostumar, e é
apenas uma criança, logo vai se esquecer de tudo.

Ele acende um cigarro e sem questionar assina
os documentos, logo toca seu celular e ela o atende.

—alô, estou no hospital, tem que ser agora? tudo
bem, estou indo, não demoro a chegar.

Ela desliga o celular, vira-se para o médico e diz.

—é só isso doutor.

—sim é.

—então obrigada até amanhã, aliás eu tenho que
estar presente?

—Sim, com certeza.

Marta vira a costa e sai da sala, o medico olha
para a enfermeira irritado e diz; —nossa que desamor,
ela nem questionou, não leu os documentos, as pessoas
costumam pedir mais alguns dias ou meses mais ela
não, é um latão, um ferro, não tem sentimento.

—é doutor ela e muito fria mesmo.

Marta sai do hospital ao encontro do seu amante
e esquece Caled,

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“aKnatteisa qNuuensesjaOtalirvdeer”

no corredor Caled vê a enfermeira passando por
ele com olhar triste, ela para, e olha pra Caled, coloca
a mão no bolso e tira chicletes.

—é para você neném; Caled pega, finge um
sorriso, ela passa a mão em sua cabeça e entra no
quarto, Caled levanta do banco e vai atrás dela, ao
entra no quarto ela fala com a colega que já lá estava.

—nossa menina, nesta vida ainda não vi tudo,
mais o pouco que vi me assusta, e ainda me espanto
com as pessoas, com o ser humano...

—o que foi Kéiti; Ela se vira para cama e diz: —
é John você vai descansa.

—como assim? diz a outra enfermeira que
cuidava de John

—o doutor vai desligar amanhã os aparelhos.

—não brinca, e a mulher dele já está sabendo?

—sim, é com ela que estou espantada.

—o que ouve?

—ela assinou a permissão e nem ligou, parece
que esta tirando um peso das costas, ela é uma louca;
Caled ouvi, e volta ao banco em pânico, e desesperado
começa a chorar, mas espera, no corredor do hospital
Caled vê algo de diferente, com os olhos embaçados de
lagrimas, esfrega-os com as mãos, é realmente ele está
vendo aquilo, uma linda menina de mãos dada com

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um velhinho, pera aí, ela tem asas? sim tem asas,
mesmo impressionado com aquilo ele não para de
chorar e a chegue com os olhos a criança que some
quando passa pela porta.

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Capítulo 5

O encontro de caled com Nádia

Por si a pequena criança que é um anjo da
atravessia fica sem entender nada, ao chegar ao outro
lado, no lado do contentamento senta-se só a pensar,
quando se aproxima dela outro anjo seu amigo Elaijá.

—oi Nádia.
—olá Elaijá.
—o que você tem? está tão pensativa.
—sim estou.
—o que te atormenta.
—se eu te disser você não vai falar que estou
maluca, não é.
—não.
—me promete.
—sim.

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“aKnatteisa qNuuensesjaOtalirvdeer”

—bom eu acho que um mortal me viu.
—o que? mas você tá ficando maluca?
—eu disse que você ia me chamar de maluca, você
me prometeu.
—aí, me desculpa, mais foi espontâneo, força de
expressão você sabe, mais pera aí, você está me dizendo
que um mortal te viu?
—sim me viu.
—e como foi isso, isto é impossível?
—bom eu fui buscar uma alma, então estava como o
de costume o levando, quando vi um garotinho sentado no
corredor do hospital, ele estava chorando muito, e me
seguio com os olhos ate eu atravessar a porta.
—nossa estou bobo, agora fui eu que pasmei, mais
será que ele te viu mesmo?
—tenho toda certeza que sim.
—é mais eu tenho dúvidas, como você pode ter
certeza?
—horas, se duvida de mim, é só ir lá.
—lá onde Nádia.
—aonde ele está, Elaijá, no hospital.
—pronto você malucou de vez.
—pode ser.

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—o pior é que você concorda que ta maluca.
—mas vou ficar mais ainda, se não tirar a prova.
—ai, ai, ai, Nádia.
—vamos comigo.
—aonde? menina.
—lá ver se encontro o garoto.
—não sei não, devo estar também maluco, mas
curioso, está bem, eu vou com você.
—então vamos; os dois anjinhos saem e atravessam
o portal que sai no hospital.
—aonde ele está?
—não sei ele estava aqui.
—então vamos procurar.
—e se ele foi embora?
—não, não foi, eu sinto a energia dele, e ele está
aqui.
—então vamos achar ele.
—hei psiu.
—o que foi?
—ouça.
—o que?
—choro, tem alguém chorando.

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“aKnatteisa qNuuensesjaOtalirvdeer”

—ei é verdade, e está vindo daqui.
Então Elaijá abre a porta e vê Caled, que se vira ao
sentir a presença de alguém, e olha para Elaijá, espantado
Elaijá congela, Caled se levanta da cama e diz: —oi.
Congelado está congelado fica Elaijá, Caled então
pergunta.
—quer alguma coisa?
quando Nádia o empurra; —vai entra, olha você o achou.
—fique quieta Nádia.
—por que?
—ele está ali.
—estou vendo.
—ele também.
—uh rum.
Caled pergunta novamente.
—vocês querem alguma coisa?
—ééééé, noisss, primeiro uma pergunta.
—Sim
—você consegui nos ver?
—sim por que não?
—por que não era para você nos ver.
—mais por que? é só por que vocês têm asa? é por

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OOVVKaAalLetEiDaDNoO VuVIniMmesTTEOeBlUiBvSeuCrsAcRar

isso que não posso ver vocês?
—sim.
—ei Nádia já passou pela sua cabeça que possa ser

apenas uma alma desencarnada.
—é pode ser.
—vocês querem disser que estou morto?
—sim, você pode estar morto, por isso nos vê.
—olha detesto os decepcionar, mais estou vivo.
—não, não pode ser; diz: Elaijá.
—ai ai ai; (Caled)
—que foi?; Indaga Nádia
—já não basta meus problemas, agora vêm dois

anjos malucos.
—ei quem você está chamando de maluco? (Elaijá)
—você, e sua amiga, pode ser.
—o que?
Triste Caled se deita novamente ao lado do pai,

então os dois anjos se aproximam da cama, e Nádia
pergunta a Caled.

—o que você tem?
—o que tenho.
—sim?

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“aKnatteisa qNuuensesjaOtalirvdeer”

—tenho um pai que amo, que está vivo, mais não
acorda.

—como assim? (Nadia)
—os médicos dizem que ele está em coma e só tá
vivo ainda porque está sendo induzido por aparelhos.
—eu sei o que isso. (Nadia)
—o que é?; Pergunta Elaijá.
—a pessoa fica adormecida, é um estado de
inconsciência do qual a pessoa não consegue, e não pode
ser despertada devido a gravidade da sua situação, ela tem
que se manter inconsciente para consiga se recuperar; diz:
Nádia.
—Caled cai no choro, um choro sentido e profundo.
Nádia diz: —será que podemos te ajudar?
—talvez não
—por que não?
—amanhã vão desligar os aparelhos.
—o que quer dizer isto? pergunta Elaijá.
—ele está vivo ainda por causa dos aparelhos, e eles
que o matem vivo. (Caled)
—mais você ainda não se acostumou com a idéia de
ficar sem seu pai? (Nadia)
—é por isso que vocês estão aqui?

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OOVVKaAalLetEiDaDNoO VuVIniMmesTTEOeBlUiBvSeuCrsAcRar

—não entendi?
—vieram o levar?
—não, não é por isso não.
—eu pensei que era, mas se não é, o porquê então?
Será que é só porque eu a vi, e isso que entendi.
—sim é somente por isso mesmo.
—sabe me sinto um inútil.
—por que? (Elaijá)
—por que pedi para ele me esperar que eu ia o
buscar, mais já se passaram um ano, e eu nem faço ideia
como posso trazer ele de volta.
—é bem complicado. (Elaijá)
—e nem sei como posso chegar ate ele, pois ele
deve estar me esperando.
—pois é tudo tem sua hora. (Nádia)
—o que você quer disser com isso. (Caled)
—aonde ele está, ele vai te esperar somente até
amanha. (Nadia)
—por que? (Caled)
—já foi dada a ordem, e a ordem já deve ter chego
lá onde ele está. (Nádia)
—meu Deus, se ele se for como eu fico, eu não sou
nada sem ele, eu adoro meu pai, e não consigo viver sem

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“aKnatteisa qNuuensesjaOtalirvdeer”

ele.
Caled fecha os olhos e abraça forte o pai, quando

Nádia se aproxima dele e diz: —bom, em primeiro lugar,
meu nome é Nádia e esse aqui é meu amigo Elaijá.

—oi, o meu é Caled.
—sabe, eu conheço alguém que talvez possa te
ajudar Caled.
—quem?
—existe um anjo que abre os portais, talvez ela
possa te ajudar dizendo qual o portal, que você pode
encontra seu pai.
—sim, mais como vou chegar ate lá.
—pois é, ela também pode te ajudar nisto.
—quem é ela? Pergunta Elaijá
—é Akácia.
Elaija aumenta o tom da voz e diz;
—aí, mais por que você acha que, ela vai te fazer
este favor?
—por que ela me deve alguns favores.
—serio? mas se é assim, aí é outra coisa.
—você aceita nossa ajuda Caled?
—sim aceito, é logico que sim.
—então fique aqui Caled, que vou conversar com

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OOVVKaAalLetEiDaDNoO VuVIniMmesTTEOeBlUiBvSeuCrsAcRar
ela.

—tudo bem, mais não demore.
—ok.
—vamos Elaijá.
—é vamos né.
Os dois pequeninos saem atravessam a porta e
somem, Caled fica a espera pois já é possível ter
esperanças, e ele mais tranquilo e confiante pega no sono,
e sonha com seu pai, ele se aproxima estende a mão, mais
não consegui o alcançar, seu pai o chama; —Caled filho
vem.
Caled toma um susto e acorda num súbito, quando
abre os olhos vê Nádia chegar com Elaijá e outra menina
que se aproxima dele, e o toca e diz:

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Katia Nunes Oliver

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Capítulo 6

Akácia vem para abrir o caminho

—eu consigo tocá-lo.
—natural; diz­: Elaijá.
—não, não é natural, nós sabemos que não é natura.
—por que então?
—eu não conseguiria tocar nenhum mortal mesmo
que eu quisesse.
—ah o que você quer disser com isso? diz Nádia
—ele não é um simples mortal Nádia
—como assim? explica então que já estou ficando
confusa.
—espírito Malaki encarnado, eles são mensageiros
de Deus, Elaija.
—é espírito que encarnam por algum propósito de
Deus?

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“aKnatteisa qNuuensesjaOtalirvdeer”

—sim
—bom então vamos parar com essa aula e vamos ao
que interessa, Akácia você pode ou não pode ajudar?
—é, bom.
—fala logo mulher, deixa de enrolação. (Elaijá)
—sim, não só posso como devo.
—como podemos fazer então. (Nadia)
Akácia se vira e diz; —é só atravessar este portal; e
ao seu lado abre um portal.
Caled pula da cama e diz:
—Ai meu Deus, o que é isso?
—Um portal Caled.
—então o que estamos esperando vamos. Diz Elaija
—não posso esperar, não me sobra muito tempo.
— é ai que tenho que entrar?
—sim Caled
Mas Caled antes de atravessar o portal olha para
trás, para cama e se assusta; —hei estou na cama ainda, e
estou aqui o que é isso Akàcia?
—Caled sua matéria tem que ficar só seu espírito
vai, mas é algo surreal, porque tudo está de forma
materializado em você também.
—a pronto começou de novo o ensinamento

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OOVVKaAalLetEiDaDNoO VuVIniMmesTTEOeBlUiBvSeuCrsAcRar

espiritual.
—cala boca Elaijá. (Nadia)
—vamos Caled o tempo é pouco.
—sim vamos Akacia
Então os três anjos e Caled atravessam o portal, ao

atravessarem Caled se depara com um lugar cheio de
neve, muito branco, e muito frio.

—bom aqui só mudou um pouco né, por que lá
também tem frio e neve. (Elaijá)

—é mais não tanta. (Caled)
—Caled, aqui começa o que você veio buscar, o
tempo aqui e diferente de do tempo real de aonde você
veio, você vai ter tempo, mais não demore, realize tudo e
volte antes que seja tarde.
—sim Akacia
—e o que veio bucar Caled? (Akácia)
—meu pai.
—certo.
—mais aonde vou encontra. (Caled)
—a sim, você chegou ao ponto aonde eu queria.
(Elaijá)
—você vai encontrar seu pai, no vale do vim te
buscar. (Akácia)

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“aKnatteisa qNuuensesjaOtalirvdeer”

—temos que andar muito. (Elaijá)
—não.
—que bom (Elaijá)
—nós não.
—como assim? (Elaijá)
—não podemos ir com ele, a missão é só dele, pois
foi ele que fez a promessa. (Akácia)
—o que? Todos falam juntos. (Caled, Nadia, Elaijá.)
—só podemos te acompanhar até aqui Caled.
—ai, a coisa piorou. (Elaijá)
—mais como vou fazer.
—aqui você vai encontrar quem possa te ajudar a
chegar lá.
—mais me promete que não se esqueça do que veio
fazer aqui, ok Caled.
—prometo Akácia; assim os três anjos se virão e
caminhão ao portal, então Akácia para ter certeza grita pra
Caled.
—caled, Caled.
—sim.
—nunca se esqueça que você ama seu pai, e o que
veio fazer aqui.
—sim, não vou me esquecer jamais nunca.

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Capítulo 7

A aventura começa o encontro com
Aquiles

Então a jornada de nosso amiguinho começa, Caled se
põem a andar sem rumo, depois de andar tanto e já
cansado avista logo a sua frente, um lobo branco, enorme
parado em frente ao um buraco Caled sem medo do
animal se aproxima.

—oi.
O lobo dá um pulo e responde
—a oi, você me deu um baita susto garoto.
—me desculpa não tive a intenção.
—agora já e tarde, já perdi o peixe que ia pegar.
—bom me desculpe mais uma vez, mais nunca vi
um lobo pescando antes.
—antes talvez não, mais tenho que sobreviver não é
mesmo? né criatura? o que você acha, que os peixes

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“aKnatteisa qNuuensesjaOtalirvdeer”

pulam para fora do buraco sozinhos,
e ficam dizendo, venha senhor lobo, venha me

comer, não é bem assim não garoto.
—bom sendo assim, acho que posso ajudar o

senhor, já que o fiz perder o seu almoço.
—sei lá você tem alguma idéia.
—bom.
—como já havia de imaginar, não tem né?
—me deixa ver.
Caled coloca as mãos nos bolsos e tira de lá

algumas coisas.
—tenho um chiclete será que servi.
—não sei, sei lá, nem sei o que é esse tal de

chiclete.
—é goma de mascar, mais deixa pra lá.
—ah tenho também um pião.
—ai garoto o que é chiclete e este tal de pião.
—bom chiclete e para mascar como avia dito, e pião

e pra brincar.
e esse tal de chiclete mata a fome.
—acho que só engana por algum tempinho.
—e de quanto tempo estamos falando.
—não sei, eu nunca masquei um chiclete pra

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OOVVKaAalLetEiDaDNoO VuVIniMmesTTEOeBlUiBvSeuCrsAcRar

enganar a fome.
—ah grande, deu em nada né.
—ah mais tive uma idéia.
—e qual é garoto?
—eu tenho aqui no meu casaco um alfinete.
—e dai?
—é eu vou colocar o chiclete na ponta do alfinete,

amarar no cordão, talvez eu consiga pegar um peixe para
o senhor.

—opa ai eu vi vantagem, por favor, garoto vamos
pare de cerimônia.

—meu nome é Aquiles e chega de me chamar de
senhor.

—e o seu qual é.
—o meu é Caled.
—muito prazer Caled.
—o prazer é meu.
—vamos ao que interessa.
—vamos pôr em pratica sua idéia.
—será que funciona?
—Vamos tentar.
Caled então coloca o chiclete na boca e começa a
mascar.

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“aKnatteisa qNuuensesjaOtalirvdeer”

—hei você tá doido, esse negócio não era para o
peixe?

—sim é.
—como, se você está o comendo?
—você vai ser a isca?
—não me diga que agora vai amarar este cordão nos
pés e vai pular no buraco.
Caled cai na risada como já não fazia há tanto
tempo.
—o que foi agora você vai rir de mim.
—não.
—então está rindo de quem, não vejo mais ninguém
por aqui.
—não, estou rindo de você, mais não de você, e sim
como falou.
—ah, e aí o que vai fazer então.
—vou colocar agora o chiclete na ponta do alfinete,
e amarar no cordão.
—aí credo depois que mastigou eca.
—sim.
—se eu fosse um peixe nem chegaria com minha
boquinha ai perto.
—pois é, mais eles não precisão saber né.

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