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Published by Municipio de Figueiró dos Vinhos, 2018-08-22 09:37:16

A Volta dos Quatro Artistas

Folheto_A_volta

UMA VOLTA 1 mote para a volta que agora lhe propomos. De mapa na mão, pode Atravesse a rua e ladeie o edifício do Clube 3
À VILA, o visitante percorrer alguns dos lugares, memórias e paisagens Figueiroense - Casa da Cultura (2000).
Comece por visitar o «Casulo». Ali poderá ficar a que foram as deles. Não se sinta obrigado a ir a todo lado, vá onde, Quase ao final da rua encontra um antigo fontanário, a
À VOLTA DOS quando e como lhe apetecer. O roteiro e o mapa são apenas uma Equipamento construído sobre o que restava do
saber mais sobre a casa que Malhoa construiu num ajuda para descobrir. antigo Club Figueiroense (c.1895), o nome pelo qual Fonte dos Guimarães (1867). Prossiga até encontrar a Rua
QUATRO terreno que comprou em setembro de 1893, casa onde E olhe que ver o Casulo apenas por fora é ver o resultado de era conhecida a sede da «Sociedade Recreativa
ARTISTAS passou grande parte da sua vida e onde acabou por sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a Figueiroense» fundada em 1887 por um punhado de António José d’Almeida.
morrer em 26 de outubro de 1933. residência privada após a venda em 1937. Por isso, veja-o por homens bons da Vila. Vire à direita e de novo à direita, pela Tv. do Cotovelo.
SIMÕES DE ALMEIDA JÚNIOR E mais alguma coisa sobre a vinda e a vida em Figueiró dentro. Vale a visita! Simões d’Almeida Júnior ali seria admitido como
MANUEL HENRIQUE PINTO dos Vinhos dos dois pintores do Grupo do Leão, José sócio em janeiro de 1895, e a Malhoa «conferida a 4
JOSÉ MALHOA Malhoa (1855-1933) e Manuel Henrique Pinto (1853-1912), Já fora dos muros do Casulo, o Busto de José Malhoa, do qualidade de Sócio benemérito» em maio de 1914.
aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões Ambos haviam contribuído para o erguer do Club:
SIMÕES DE ALMEIDA (SOBRINHO) d’Almeida Júnior (1844-1926), em Figueiró nascido, tal caldense António Duarte (1912-1998), é digno de nota. Colocado Malhoa pintara o tecto de uma sala, e conseguira o
como o seu sobrinho José Simões d’Almeida (sobrinho) primeiro (1956) no Jardim-Parque, foi cerca de três décadas depois pano de boca para o palco do salão (pintura de um
(1880-1950). para aqui trazido. É das boas representações do Pintor. tal Augusto Machado), obras há muito desapareci-
das; e Simões para aqui ofereceu o seu Camões,
São estes quatro, os dois pintores e os dois escultores 1892, um belo mármore que pode agora ver no
que colocaram a Vila e a região no mapa da Arte em museu. Mais tarde também Simões d’Almeida
Portugal na viragem de oitocentos para novecentos, o (sobº) à sua terra haveria de doar o gesso do tão
celebrado Busto da República, 1908.

Simões, Pinto e Malhoa em Figueiró, c.1898.

Siga pela Rua D. Sancho I. Daqui tem uma boa perspetiva da velha Torre da Cadeia. A

mesma que Malhoa pintou em Rua da Cadeia, 1911, embora agora o
antigo edifício do cárcere já não exista.

Vire à esquerda e à esquerda de novo pela Tv. do Jasmineiro. Depois à
direita e logo à esquerda. Estará na Rua Dr. Manuel de Vasconcelos.

5 «e com huma fonte que agora lhe fica á porta, muito grossa e 8 Se tiver curiosidade, se não chove nem faz aquele calor 11 12
abundante, e da melhor agoa que se sabe». abrasador, tome a avenida e siga à direita rumo ao
À sua esquerda tem a Fábrica do Pão de Ló de Figueiró, A fértil Cerca do Convento, para onde corria a água que da fonte norte. E, logo à esquerda, faça o desvio até ao pequeno Somos então chegados ao Largo de S. Sebastião e ao Vamos então até à Cruz de Ferro. Datada de 1816, é obra de
jorrava, ficava para além dos muros e casas que a sul marginam o Santuário da Srª dos Remédios. Por aqui ainda Cimo da Vila.
uma especialidade local, talvez com origem conventual, mas cuja largo. Da pujança de outrora só restam vestígios, a memória e esta temos um cheirinho dos ambientes que serviram de fundição das antigas Reais Ferrarias da Foz d’Alge.
receita foi reinventada e afinada por António de Vasconcelos fonte. cenário a muitos dos quadros de Henrique Pinto e de A capela do Mártir assinala, como era uso antanho, uma das
(c.1845-1937) logo nos alvores de novecentos. Esta já não é a A Fonte das Freiras foi, durante muitos anos, o principal abasteci- Malhoa. Uns velhos sobreiros e carvalhos, algumas entradas na Vila, protegendo das pestes os moradores do burgo. (Na versão final de Varanda Florida, 1930, Malhoa regista, ao fundo
fábrica original, mas a receita será a tal... Pode levar para adoçar a mento de água à parte baixa da Vila. Era também por aqui que as urzes e giestas, o canto dos grilos e da passarada. Sinta Logo ao lado, já significativamente alterada, podemos ver ainda a da cena, esta mesma Cruz de Ferro e um grupo de cimo-vilences
boca. lavadeiras lavavam e coravam a roupa. O lavadouro que se pode e respire. casa de uma tia de Simões (o tio), Mª da Conceição Simões subindo a ladeira, vindos provavelmente do mercado semanal. Tal
ver além, mesmo na sua primitiva versão, será já melhoramento do d’Almeida. Foi numa sua antiga casa da eira, além por aqueles bastou para Manoel de Sousa Pinto, num dos seus conhecidos
Mas viremos à direita. séc. XX. Na volta, desça pelo pequeno caminho e vá até à rotunda. quintais, que se hospedaram, das primeiras vezes que visitaram escritos, arrebatado de fé, ver ali mais uma «procissão»… Pobre
Figueiró, Pinto e Malhoa. Foi por lá que Henrique Pinto se Cruz de Ferro que há dois séculos daqui se não mexe!?)
6 Estamos agora no Largo da Fonte das Freiras. 7 9 Para noroeste, no sentido do Ribeiro Travesso, ficava a enamorou da filha da senhoria. E foi aquela varanda, ainda não de Antes de abalar, deite um último olhar à varanda. É cena que 13
Malhoa e Pinto também registaram na tela.
A fonte é o testemunho que resta dum antigo Suba a ladeira até à Capela da Nª Srª da Madre de Deus. antiga Quinta da Fonte do Cordeiro; para tijolo e cimento, mas com a glicínia que há pouco ali crescia, que Tome agora a rua de cima, a D. Diogo de Sousa, a antiga rua da Torre da Vai encontrar de novo a Torre da Cadeia, agora pelo lado da
convento de franciscanas (Clarissas) já desaparecido. Aproveite o miradouro à sua direita para descansar as pernas norte, em direcção ao Cabeço do Peão, o Chão da foi “a” dos Rouxinóis, que foi “a” Florida, que foi o cenário e poiso Cadeia.
Com origem num pequeno recolhimento de terceiras Amoreira. Eram por aqui, por volta de 1890/95, as para infindáveis pinturas… A varanda e o Largo, estas casas e as entrada. Também conhecida como Torre Comarcã, terá sido
seculares estabelecido num outro local (c.1540), aqui e exercitar a vista. Daqui tem uma excelente perspetiva geral suas gentes. Olhando daqui a Cruz de Ferro, ou de lá para cá… (o seu claustro de planta quadrada acha-se mesmo reedificada, provavelmente sobre uma antiga torre ou atalaia
se começou a edificar o Convento de Nª Srª da sobre a Vila. paisagens de eleição de Malhoa e de Pinto para as dividido pela diagonal). Aqui foi instalado, entre 1882 e medieval, em 1506 pelos juízes e vereadores do povo (como
Consolação pela segunda metade do séc. XVI. Foi suas pinturas de ar-livre. E era por ali que viviam os meados do séc. XX, o Hospital da Misericórdia; após o atesta a inscrição sobre a porta). Marca do poder municipal, teria
também designado como de Nª Srª da Encarnação e A partir de agora tem duas escolhas: Ou prossegue a volta por um seus pequenos modelos da altura: «os filhos do incêndio da Câmara (1936) albergou também as anexa a Casa da Câmara e também a Cadeia (esta, já demolida,
de Stª Clara. caminho mais campestre, um pouco mais longo mas mais plano Eduardo, então rendeiro na quinta da Fonte do instalações Judiciais; e durante as obras de restauro da funcionou, apesar de um breve intervalo, até meados do séc. XX).
Em meados do séc. XVII há notícia de importantes (a subida mais difícil acabou de ser feita). Ou volta atrás, à Fonte Cordeiro». Matriz (1898-1903) o templo serviu como Igreja Se puder, suba lá acima. Pela vista, evidentemente.
obras e grandes melhoramentos. Será de pouco das Freiras, toma a rua do mesmo nome, sobe o que resta da Rua Paroquial. Hoje, boa parte das antigas dependências Continuemos em frente.
depois dessa altura a feição arquitetónica chã que António José d’Almeida até ao Cimo da Vila e retoma o nosso Mas, por agora, alí não iremos. Vire na primeira à direita, por conventuais são já desaparecidas ou muito alteradas.
apresenta a fonte, e que a data (1692) inscrita na verga uma das antigas entradas na Vila. A sóbria e sólida volumetria da Igreja destaca-se da provavelmente, perante um traçado bem mais vernacular. E é bom
da porta de acesso à pequena mãe de água confirma. roteiro no ponto 11. restante massa edificada, seguindo o modelo estabele- não esquecer que grande parte de toda esta linguagem construtiva
Contudo a fonte é seguramente mais antiga. Já em 10 Passamos, à nossa esquerda, pelo cido nas construções da Ordem suas contemporâneas, era já de uso corrente entre nós - aquilo que George Kubler
1629 o cronista descrevia assim o local do convento: (Uma rápida consulta ao mapa, o eventual estado do tempo e, principal- «baseado num tipo criado para as Carmelitas, em Ávila designou, em 1972, por «arquitectura portuguesa chã». E este é,
mente, a sua disposição ajudá-lo-ão a decidir…) Casal da Francisca. Onde eram as casas e em Madrid, por Juan Gómez Mora». Apesar desta seguramente, um belo exemplar.
O seu interior e o património que ainda possui merecem uma outra
e os amanhos dos Almeida e dos Fidalgo: por influência espanhola (e estávamos então sob o visita (sobre isto, pode marcar e saber mais no Posto de Turismo).
aqui nasceu, em 1880, José Simões d’Almeida domínio Filipino) marcada pelo nártex inserido no
(sobº); e não longe terá nascido, em 1844, José plano da fachada, pelas severas superfícies despoja- Quanto à razão da nossa volta, é altura de aqui relembrar as
Simões d’Almeida Júnior (o tio). Infelizmente a das, na pontual mas carregada ornamentação de múltiplas representações do Convento e da sua característica
memória dos lugares há muito se perdeu. granito, ou no tambor sobrelevado de planta quadrada arquitetura que se podem encontrar em muitas pinturas de Malhoa
e telhado de quatro águas que encerra a cúpula e de Henrique Pinto (algumas até bem improváveis…).
14 dram o Largo central da Vila. A memória que restava de uma velha O papel do escultor Simões d’Almeida não terá sido menor: «Em 17 semiesférica do cruzeiro, estaremos aqui, muito
Torre fidalga foi há muito demolida para dar lugar à filial bancária. primeiro logar foi elle que contractou o architecto Reynaud»; que Se o cansaço for muito, pode voltar à Praça Simões d’Almeida
Mais uns bons metros e vale a pena parar. Por aqui, para um lado Apenas a toponímia da travessa e da rua a tardoz a relembra. «procedeu à modelação de toda a parte ornamentada do exterior do Mas, antes e já que estamos perto, pode fazer um ligeiro desvio à
e para o outro, mais acima ou mais abaixo, foi também sítio de Uns azulejos da oficina de Jorge Colaço, no átrio da Câmara, templo, à excepção do portico, que é o mesmo que existia, àparte direita até à entrada da Rua da Palmeira. Ali, junto a um velho (sobº) e retomar o roteiro no ponto 22.
merecem um olhar. pequenas modificações, para o bom exito das quaes tambem portal de cantaria, uma lápide assinala a casa onde nasceu e viveu
armar cavaletes. Veja se ainda descortina A casa d’Áffonsa Do Largo à Igreja é um pulinho. concorreu»; tal como «a planta [referir-se-á ao desenho dum arco Caso contrário, sugerimos-lhe mais três breves pontos de
neo-manuelino, hoje já desaparecido, que enquadrava o nicho] do Beatriz de Lacerda (1891-1961), uma das últimas discípulas interesse. Comece por uma visita ao Cemitério da Vila. Siga para
pintada por Malhoa em 1896… 16 altar do Christo, cuja imagem é obra e offerta sua [o Senhor Jesus sul, contorne o quartel dos Bombeiros, vire à direita e depois à
dos Aflitos, 1900]»; assim como «a imagem de S. João Baptista em de Malhoa. esquerda: já verá a capela e o portão do Cemitério.
Chegados Ao Areal, junto à sua pitoresca fonte, iremos descer A Igreja Matriz de S. João Baptista é, desde 1922, marmore lioz que encima a porta principal», «o desenho dos portões
de ferro do baptistério e da torre» e «o desenho da rosace e o encargo 18
a ladeira. Mas, antes, aproveite mais esta vista: as casas aquém, o Monumento Nacional. É de visita obrigatória. (Mas não cabem aqui de a mandar fundir em Lisboa»; e «foi por intermedio ainda do sr.
campanário além, as montanhas no horizonte. grandes considerações sobre todo o seu conjunto, essas serão Simões d’Almeida que se obtiveram do governo alguns quadros Retomando o caminho, chegamos ao antigo
certamente tratadas num outro local.) sacros que existiam no mozeu em Lisboa».
Ao fundo da calçada vire à esquerda (já aqui passámos) e, logo à direita, No que aos nossos Artistas diz respeito, salientemos a grande Por fim Malhoa: «foi elle que dirigiu e auxiliou a pintura do altar do Convento de Nª Srª do Carmo.
desça a pequena quelha. Está agora numa das ruas centrais da Vila. Siga campanha de restauro levada a cabo entre 1898 e 1903. Christo [refere-se certamente a uma pintura a fresco representando
para a sua direita. Deve-se ao arq. Luiz Ernesto Reynaud (o mesmo da ampliação do o Calvário (ou Gólgota) também desaparecida e que servia de fundo A sua construção ter-se-á iniciado em 1601, e foi
Casulo) o plano geral da obra, e o desenho revivalista da fachada e à imagem de Cristo cruxificado, e à pintura (encarnação) da referida importante casa dos Carmelitas Descalços.
15 Prossiga até à Praça do Município. Já se do novo coruchéu. escultura em madeira de Simões d’Almeida], do tecto da egreja, e Elevado a Colégio das Artes (1625), albergou
ainda da promessa d’um valioso quadro para o altar-mór [aqui significativa biblioteca. Depois, com a extinção
chamou, e ainda em vida do Pintor por delibera- refere-se à tela O Baptismo de Cristo, 1904, que só seria finalizada e das ordens religiosas (1834), foi repartido entre
ção da CM de 8 de novembro de 1920, «Largo entregue já depois da reinauguração da Igreja]». mãos particulares e a Misericórdia figueiroense
José Malhoa». Já não chama. As citações são de Manuel Quaresma d’Oliveira (1860-1902), então
As fachadas do casarão burguês oitocentista, do presidente da Câmara e ativo membro da comissão das obras, e
antigo Solar do séc. XVII e dos Paços do Concelho foram publicadas ainda em julho de 1902.
(o que agora vemos é a sua versão ampliada em
1936, parcialmente ardida na véspera da inaugura- Por seu lado e anos antes, Henrique Pinto já se havia dedicado a
ção e logo reconstruida no início de 40) enqua- registar as inscrições da importante arca tumular quatrocentista de
Rui Vasques e D. Violante de Sousa, colaborando com Luciano
Cordeiro que as revelaria na sua obra Inscripções Portuguezas (1895).

Saindo da Igreja, desça até ao antigo «Fundo da Vila», agora pela praça que
homenageia José Simões d’Almeida (sobrinho). Logo iremos seguir para sul…

19 20

No Cemitério (1878), pela ala direita, para além da campa com o Adoçada ao Convento e integrando parte da sua ala sul, verá a

Busto de Manuel Henrique Pinto, 1892 (mas só passado Biblioteca Municipal Simões de Almeida (tio)

ao bronze em 1914), um original do escultor austríaco Josef Fuller (2001). Além de homenagem ao Escultor filho da terra, é um
(1861-1927); vale ainda apreciar o túmulo da família Quaresma Val excelente equipamento cultural, num feliz desenho do arq. Luís
do Rio, notável trabalho de cantaria (p.1880) da oficina lisboeta Quaresma Ferreira.
dos Moreira Rato; e uma outra Cruz em ferro, semelhante à que já
vimos, mas esta datada de 1830, também fundição das Reais Estamos junto a outra antiga saída da Vila. Se continuássemos
Ferrarias da Foz d’Alge. para sul, em direcção ao Rio, passaríamos pela velha Quinta das
Lameiras, onde morreu Henrique Pinto; mais além encontraríamos
Volte aos Bombeiros. o Bom Jesus da Sobreira, e depois, já nas Bairradas, a Senhora do
Livramento, locais de festas, procissões e romarias que Malhoa
tão bem pintou.

Mas não vamos por aí. Atravesse a estrada e siga em frente, para leste. E,
pela Rua 25 de Abril, contorne a Piscina e o Mercado municipais.

21 22

Passando ao largo da abside da Igreja Matriz, entra no Ramal –

que é como chamamos à magnífica alameda de grandes plátanos

centenários. À sua esquerda fica o Jardim, já foi da República,

depois de Luís de Camões. E à sua direita, a uma cota inferior, o

Jardim-Parque, uma importante iniciativa urbanística de 1930.

Sentado sob os plátanos ou mais junto à balaustrada, pode
usufruir de mais uma vista soberba. Desta vez longínqua, sobre as
montanhas e o vale do Zêzere. Em dia ou hora de feição, pode ser
que o surpreenda algum horizonte malhoesco...
Desça o escadório, percorra e atravesse o Jardim-Parque.

Vale a pena parar ao final da rua, quando esta entronca com a Dirija-se ao plano ainda mais abaixo, passe sob o conjunto das tílias e saia
para o passeio. Está na antiga estrada que se dirigia ao(s) Pedrogão(s) e à
estrada que vai para a Lavandeira. E quantos quadros por lá Beira-Baixa. Vire à esquerda.

pintaram Pinto e Malhoa…! 24
Nesta volta mais urbana limitemo-nos a assomar ao muro e a
olhar. Mais uma vez as vistas: sobre a Vila e sobre os campos de
cultivo; agora com mais casas mas ainda alguma da antiga
paisagem que muitas pinturas registam.

Vire à esquerda e volte à Praça Simões d’Almeida (sobº).

25 LEGENDA 13 Torre da Cadeia
14 “A Casa d’ Affonsa” e “Ao Areal”
23 Do lado esquerdo da estrada, com a varanda em madeira 1 Casulo de Malhoa 15 Praça do Município Edição
2 Clube Figueiroense - Casa da Cultura 16 Igreja Matriz de S. João Baptista Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos
alpendrada, pode ver a casa que foi de Simões d’Al- 3 Fonte dos Guimarães 17 Casa de Beatriz Lacerda
meida (o tio). Comprou-a ao Pe. Diogo de Vasconcelos (o que 4 Vista da Torre da Cadeia 18 Convento de N.ª Sr.ª do Carmo Design Gráfico
5 Fábrica do Pão de Ló 19 Busto de Manuel Henrique Pinto Teresa Trancoso
hoje dá nome ao Ramal) em maio de 1892. (Um ano e pouco 6 Fonte das Freiras 20 Biblioteca Municipal Simões de Almeida (tio)
depois Malhoa compraria, não ao padre, o outro terreno mais 7 N.ª Sr.ª da Madre de Deus 21 Vista sobre a Lavandeira Textos
acima.) 8 Santuário de N.ª Sr.ª dos Remédios 22 Ramal e Jardim-Parque Luís Borges da Gama
9 Rotunda 23 Vista sobre a Lavandeira e Fontinha
Suba a velha quelha dos Pelomes, agora já urbana e elevada a travessa. 10 Casal da Francisca 24 Casa de Simões de Almeida (tio) 2017
Estará logo ao portão do Casulo. Entre e atravesse o jardim. 11 Largo de S. Sebastião 25 Museu e Centro de Artes
12 Cruz de Ferro
Se ainda lhe sobrar curiosidade, atravesse a estrada e meta pelo E, se ainda não foi, vá ao Museu e Centro de Artes. Com
caminho à direita que serve as traseiras da fiada de moradias.
Apenas para, mais uma vez, ver as vistas: ainda a encosta que sorte, talvez ali reveja nalguma tela um bocadinho do que andou a
desce para a ribeira da Lavandeira, agora numa outra perspetiva. ver ao vivo…

Situava-se algures por aqui a Quinta da Fontinha, um outro

local de poiso do cavalete de Malhoa. Era descer a quelha,
atravessar a estrada e pronto. Parece que tinha muitas cerejeiras,
foram elas o “modelo” do celebrado Outono, 1918.

Está visto? Volte para trás.


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