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Published by carlosfreitaskk, 2018-06-27 19:56:44

Eduque-Facilmente-o-seu-Cao

Eduque-Facilmente-o-seu-Cao

10. Relação entre cães e
crianças

Não é de hoje que existe um senso comum que casa que tem
crianças e cachorros é uma casa feliz. Sem sombra de dúvida, nisso,
há uma certa dose de verdade, certa dose sim, porque se essa relação
não se der de forma saudável, respeitosa e com responsabilidade,
principalmente, por parte dos adultos, nesse convívio, podem nascer
alguns incômodos e até fatalidades, seja para a criança ou para o cão.

Mas você sabe por que um cão pode agredir
uma criança?

Antes de responder a essa pergunta, precisamos, em primeiro
lugar, deixar algumas coisas bem claras:

Primeiro, por mais que exista uma raça que seja “amiga de
crianças”, nunca se deve permitir que os dois tenham uma interação
sem supervisão de um adulto, especialmente, quando estão nos
primeiros momentos da vida e, sendo assim, são muito curiosos. Um
vai sempre reagir a uma brincadeira mais bruta do outro.

Segundo, todos os cães podem morder ou agredir da forma que
lhe for possível. Principalmente, quando for para se defender.

Terceiro, nunca substime um bom adestramento combinado a
uma ótima socialização e uma educação muito benfeita. Quando
um cão é adestrado e socializado, os riscos de acidentes diminuem,
principalmente, quando a criança que vive com o cachorro sabe o que
deve ou não fazer com o animal, respeitando-o por completo.

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A partir desse breve conhecimento, podemos responder à
pergunta anterior e entender por que um cachorro pode agredir uma
criança. Os motivos são inúmeros, mas irei me ater aos exemplos mais
comuns.

O animal pode estar protegendo um objeto qualquer, o próprio
alimento ou os filhotinhos. De alguma forma, pode entender que
o seu dono ou a residência em que vive, que para o cachorro é seu
território, está sendo de alguma forma ameaçada. O cachorro pode
estar doente ou ferido, ter sofrido maus-tratos, como um pisão no
rabo ou um puxão em uma das suas orelhas e, até mesmo, em uma
brincadeira abrutalhada, o cão, por ser um animal e estar muito
excitado, pode, de alguma forma, machucar a criança sem querer.

Felizmente, o cachorro dá sinais que irá se defender. Desde sinais
claros como os bem mais sutis, como o simples ato de se afastar da
criança ou o rosnar e eriçar de pelos.

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Para evitar acidentes e incômodos de qualquer tipo um excelente
caminho seria educar tanto a criança quanto o cachorro:

• A criança precisa aprender que não deve colocar o rosto perto
do focinho ou retirar qualquer objeto da boca do cão.

• É necessário socializar e interagir assim que o cão chegue em
casa e logo nos primeiros meses, se for um filhotinho. O animal deve
ser apresentado a crianças de todas as idades, etnias, bem como é
necessário fazê-lo se acostumar com a correria, gritaria e brincadeiras
dos nossos pequenos filhotes. Mesmo que no seio familiar não tenham
crianças, pois, no futuro, o cachorro poderá interagir com uma e deve
saber como proceder.

• A criança deve, desde a tenra idade, aprender a agir e respeitar
todos os animais que encontrar. Deve, desde cedo, aprender que há
momentos e locais ideiais para brincadeiras e, o mais importante,
deve saber como tocar no cachorro.

• Essa interação deve ser SEMPRE positiva, com muito respeito
e carinho entre ambos. Pois é fato que os benefícios serão inúmeros,
tanto para a criança quanto para o animal.

• A criança deve saber reconhecer quando o cão está disposto
para interagir. Respeitando-o se este apresentar sinais de que está
indisposto ou cansado, quando está descansando, cuidando dos
filhotes ou se alimentando.

• A criança tem de saber que só deve brincar com o seu próprio
cachorrinho e, apenas, sob a presença de um adulto.

Você, tendo um cachorro e uma
criança, é responsável por essa

interação.

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É um erro acreditar que o cachorro adora ter crianças abrançando-
os, beijando-os, puxando seu pelo, cauda e orelhas o tempo todo. Se
fosse realmente assim, não iria existir seleção de cães ou adestramento
para as terapias com animais, onde inúmeras vezes usam os cachorros
como terapeutas. Simplesmente, pegaríamos um cão e levaríamos
para os hospitais, asilos e orfanatos sem qualquer tipo de socialização
ou adestramento.

É sua e somente sua a total responsabilidade do convívio entre esses
dois serezinhos extremamente preciosos. Os dois devem aprender a
tolerar um ao outro e conhecerem os próprios limites e situações de
risco. Quando essa convivência é pacífica, com muito amor, carinho
e respeito os benefícios são inúmeros. Tanto o cachorrinho quanto a
criança crescem saudáveis, felizes e com muito amor no coração.

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11. A Escolha da Raça

Um cão vive, em média, 10 anos. Alguns vivem mais e outros
menos, para a nossa tristeza...

Um detalhe extremamente importante é a escolha da raça que
você deseja ter, seja filhote ou adulto, comprado de um canil idôneo
ou adquirido como adoção, deverá estar ligada ao seu estilo de vida
porque cada raça possui características próprias e isso minimiza
bastante a possibilidade do cão apresentar alguns desvios de
comportamento.

O carinho que você sente por uma raça é, sem sombra de dúvidas,
um gosto pessoal e algo que só você pode explicar. No entanto, antes
de fazer a escolha, você deve pensar no peso e no tamanho que seu
novo amigo irá ter quando ficar adulto.

Hoje, existem aproximadamente 400 raças caninas e cada qual
com tamanho, peso, personalidade e características diferentes. São
tantas raças maravilhosas que facilmente nos perdemos na escolha se
não possuirmos alguns pré-requisitos a cumprir. Eu mesmo já passei
por isso! :)

Além disso, não podemos subestimar a mudança em nossas vidas
que um cão poderá fazer e é por isso que você tem que saber o que
realmente quer para os seus próximos 10 anos.

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Vejamos alguns exemplos:

Se você tem uma família com crianças, você pode escolher um
Basset Hound, um Golden Retriever ou um Rottweiler.

Basset Hound Golden Retriever Rottweiler

Se por acaso você gosta de esportes, com certeza uma boa escolha
seria um Staffordshire Bull Terrier, Border Collie, Husky Siberiano ou
um Labrador.

Staffordshire Bull Terrier Border Collie

Husky Siberiano Labrador
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Se você tem o desejo de ter um cão, mas vive em apartamentos ou
em uma casa com pouco espaço, você irá amar um Yorkshire, Basenji
ou um Schnauzer miniatura.

Yorkshire Basenji Schnauzer miniatura

Se o seu objetivo é a proteção de sua família, de forma segura e
eficaz, contar com um Pastor Alemão, Boxer, Dobermann ou um Fila
Brasileiro seria uma ótima escolha.

Pastor Alemão Boxer

Fila Brasileiro Dobermann

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Macho ou Fêmea? Eis a questão

As fêmeas costumam ser mais tranquilas e silenciosas. Contudo,
ao ficar no cio, o que ocorre duas vezes por ano, problemas podem vir
a acontecer, pois atraem a atenção dos machos.

Os machos tendem ser mais agressivos e um pouco dispersos,
além claro, de urinarem para demarcar seus espaços; algo que pode
trazer incômodo para algumas pessoas.

De qualquer forma, quando treinados corretamente, esses e
quaisquer outros incômodos podem ser minimizados ou até mesmo
eliminados por completo.

Filhote ou adulto? Qual seria a
melhor idade?

Como os filhotes devem alcançar um determinado
desenvolvimento antes que eles possam ficar com uma família, é
muito importante saber se eles tiveram o tempo suficiente para ficar
com suas mães e, desta forma, desmamados. Esse é um tempo que
deve ser rigorosamente obedecido, pois é nesse momento que eles
aprendem a lidar com outros cães e a aceitar a disciplina imposta
pela mãe. Isso diminui o risco do filhote se tornar um cão agressivo,
com dificuldade de se relacionar com outros cães ou até mesmo de
responder ao adestramento futuro.

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A idade perfeita para um filhote
seria de 9 semanas a 12 semanas

Um cão adulto, além de já chegar com o tamanho e peso máximo da
própria raça, fica mais fácil reconhecer algum tipo de comportamento
indesejado, permitindo a escolha de um cachorro que seja ideal para
você e sua família.

Comprar ou adotar?

Já foi tempo em que adquirir um cão era trabalhoso, onde a
dificuldade era em saber qual o canil era idôneo e não uma fábrica
de filhotes ou até mesmo em simplesmente conhecer um canil. Hoje
parece difícil de acreditar, mas um dia foi assim.

Era comum a criação de “fundo de quintal”, sem um mínimo de
cuidados que hoje sabemos que são essenciais para a saúde e um bom
desenvolvimento para todos os animais. Felizmente, para nós e para
os cães, as coisas mudaram e é possível, de forma simples, reconhecer
um bom criador.

No canil o pedigree da raça é importante, assim como exames
que comprovam o combate a doenças típicas de cada raça e o
conhecimento de que o canil é ou não registrado no órgão de cinofilia
em questão. Também é possível atestar a qualidade do criador
dentro da premiação que este adquiriu até então. Isso não é um fato
determinante, pois existem muitos criadores competentes que não
participam desses concursos.

Agora, se você não se importa com os padrões de raças ou não
tem interesse de ser um criador, adotar pode ser uma ótima opção.
Basta entrar em contato com ONGs que realizam esse trabalho, a
sociedade protetora dos animais, veterinários ou até mesmo abrigos.

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Nestas duas situações (compra ou adoção), é imprescindível você
observar a saúde e o comportamento do cão. Para isso você pode pedir
orientação ao veterinário conhecido ou do próprio estabelecimento,
e nunca se esqueça de solicitar a cartilha de vacinação do cão que
deseja.

A vacinação tem que estar em dia!

Não importando a raça, se foi comprado ou adotado, o sexo ou até
a idade do seu mais novo amigo, nunca se esqueça de socializar seu
cão. Seja através do contato com outros seres humanos, com outros
cães ou até mesmo com outros animais. Quanto mais cedo fizer isso,
melhor será para todos.

Agora, O Nome

Depois de feito tudo isso com atenção e, principalmente, com
amor, chegou um dos melhores momentos de ter um cão, a escolha
do NOME.

A preferência é por nomes curtos. Com duas silabas é o ideal
pois não confunde com alguns comandos de adestramento. Nesse
momento, peça a participação de todos que irão conviver com o cão
porque todos devem usar EXATAMENTE o nome escolhido.

Não utilize apelidos ou qualquer tipo de variação, isso só
vai confundir e dificultar o reconhecimento do próprio nome.
Recompensar o seu cão toda vez que este atender quando chamado
pelo nome é uma ótima pedida e NUNCA diga o nome do cachorro
quando este fizer algo de errado. Isso evita a associação do nome com
uma punição ou algo ruim.

60

Palavras Finais

Obrigado por ler esse guia feito especialmente para você. Espero
que, sinceramente, este guia possa aprimorar a sua relação, assim
como a de sua família, com o seu mais novo e melhor amigo porque,
afinal, somos todos apaixonados por cães!

Paulo I.S.Doreste
Diretor Executivo Dog Coach (Adestramento de Cães)

Administrador do Apaixonado por Cães

61

Precisando de um profissional para seu cão?

Entre em contato com a
Dog Coach

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ASBRAC A Asbrac nos dará o poder
ASSOCIAÇÃO de fiscalização da profissão na
BRASILEIRA DOS medida em que estabelecerá
ADESTRADORES critérios, normas e padrões
DE CÃES para um adestramento
profissional e consistente.
Adestradores não precisarão
mais trabalhar na marginalidade, O profissional que detiver
como indivíduos autônomos, a carteira da associação
e sim como parte de um corpo será, portanto, um adestador
profissional. Suas habilidades capacitado a exercer um
e conhecimentos poderão ser trabalho qualificado e sério.
atestados por uma certificação
nacional. ASSOCIE-SE!
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Tel.: (11) 3567-3020
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Diretoria Executiva: Edison Vieira

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http://www.asbrac.org.br/

63

Eduque fAapacixiolnmadoeponr Ctãees
o seu cão

Este guia é baseado, simplesmente,
em você poder criar e fortalecer os laços

com o seu cachorro. Quando o seu cão
faz aquilo que você deseja, é exatamente,
neste momento, que o animal ganha uma
recompensa e você a sua: ter a companhia

de um companheiro fiel, sem afrontos
diários, apenas a alegria de ser não apenas

dono, mas líder e amigo de seu cão.


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