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Pétalas. São poemas curtos, denominados poetrix. Espero que gostem.

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Published by phonteboa, 2020-06-30 15:51:11

Pétalas

Pétalas. São poemas curtos, denominados poetrix. Espero que gostem.

desterro

Sem você fico perdido
Sem rumo, sem chão,
Sem mim...

51

subsolo

A alma reclama a
Prisão do corpo
Através dele, ela se comunica.

52

serenata

Juras de amor
A lua como testemunha
Ela mudou de fase: farei de novo.

53

maturidade

Flutuam sobre águas
Calmas os sonhos
De minha velhice.

54

puberdade

A pele de uma pétala
De rosa cor de rosa.
O primeiro beijo.

55

piquenique

Um pão francês,
Duas fatias de salame,
Um copo de refrigerante: delírio!

56

presença

Na folha uma gota
Um sonho
Um desespero.

57

em-canto

Cada ponto,
Um contraponto:
Conto. Canto.

58

aprendiz

Cores opacas
Descolorem o mundo
Meu coração sente-se vazio.

59

rancor

O coração sangra sem se ferir,
Os olhos ficam cegos por
Mais que se olhem.
Palavras ácidas jogadas ao vento.

60

solidão

Nas asas das borboletas
Escuto o som do meu coração
Sei que não estou só.

61

sonho matinal

Um beijo na pessoa amada,
Um aroma de café.
Um bom dia honesto.

62

fundamento

Pedras contra a cruz
Do corpo escorre
Sangue e salvação.

63

magma

Tua presença
Escorre em sentimentos
Ardentes dentro de mim:
Eu transformo em vida.

64

vento

As folhas empurram-me
Ao teu encontro.
É no orvalho da relva
Que sinto o teu perfume.

65

devaneio

Retardo o meu tempo de morrer
Sem pressa, saboreio cada respirar,
Isso sim é Éter na idade
Eterna idade
Eternidade.

66

semente

Um dia serei plantado nesta terra.
Farei germinar um pé de ipê.
Não importa a cor.

67

tempo

Os ponteiros do meu relógio
São tontos de tanto rodar
Sem sair do lugar.

68

por fora.

Pulsa em minhas veias
A energia que meus pulmões
Sugam de fora.

69

órfão

Roubaram meu sonho na infância.
Busco, ao desespero,
Encontrar meu Pai.

70

por dentro

Meu coração faz vibras as paredes
De minhas veias.
Vivo.

71

desencanto

O mundo muito
Explicado
Fica...
Desencantado.

72

passeio

A noite engole
A luz do dia!
Ou foi a luz
Que foi passear
Dentro da noite?

73

desespero

O amor perdido
Dentro da saudade
De ser amado.

74

engano

Meus olhos me enganam
Sempre
E, quase sempre,
Eu gosto.

75

encontro

A consciência
De minha existência
Existe
Quando há
O encontro com o outro.

76

iluminar

Não tenho luz própria
E nem queria ter
Mas sou fragmento
Da eterna Luz.

77

olfato

Cheiro o mundo
Com o meu
Próprio odor.
Oh!, dor.

78

essência

No cheiro da maçã
Já existe
O seu sabor.

79

luz

A luz na ação
A luz nação
A luz na “Ção”
Alucina ação
Alucinação.

80

transbordar

Estou a borda de um ano
Não da vida.
A da vida é maior...
E quero a coragem
De ir além
Da borda de mim
E serei
Transbordado.

81

penumbra

Insisto no limpar
Das lentes de meus óculos
Mesmo depois de
Esfrega-los em minha camisa...
Continuam embaçadas.
São meus olhos que estão cinzas.

82

Destino

Dei um destino
Ao meu destino
E, desde então,
Surpreendo-me
A cada momento.

83

poetizar

Poesia não se sente
Não se diz
Não se explica
Mas ela tem alma.

84

olhares

As coisas me olham
Quando eu as vejo
E meu existir
Ganha novo sentido.

85

olhar as estrelas

Quando à noite olho
Para o céu e vejo as estrelas
Vem-me uma sensação
De que, em alguma delas,
Alguém observa a terra
Como se fosse uma estrela.

86

cicatriz

Fiz corte em minha pele
Para enxertar o mundo
E o mundo
Germinou
Um pouco
Do que
Sou.

87

profecia

Maria acordou cedo
Correu até o quintal
Fitou o céu com os olhos
Ainda virgens.
Era de uma azul da cor
Do manto de Maria,
E sem nuvens.
Voltou par dentro,
E antes de passar pela porta
Profetizou: hoje vai chover
Alegria.

88

ponto de vista

Atrás de meus óculos
De lentes quadradas
Vejo um mundo
Redondo.

89

desconcerto

Desconcerto o mundo
Com o meu olhar!
Ou meus olhos
Já não são mais
Os mesmos
Por terem visto
O mundo?

90

vãos

Nos vãos do mundo
Busco explicações
Nem sempre
Vãs.

91

pétalas

Entrelaçados em sentimentos
Diversos,
Adversas.
Versejo
Vida e perfumes.

92

Observação:
A versão impressa contém numeração
de página diferente, visto que todos os
poemas foram impressos apenas nas
páginas ímpares. Nesta versão virtual não
levou em consideração esta característica.

Vile – Escritório de Cultura – 2015 – Itaúna – MG

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