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Published by ㅤㅤㅤ ㅤㅤ, 2018-03-12 09:41:20

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e\d\u\c\a\/c/a/o/-/a/\r\s\e\n\al\-\a/v/i/o/e/s--

^çÅٮÊ

GRUMMAN F4F WILDCAT.......................................58
REPUBLIC F-84 THUNDERJET...............................59
AVRO LANCASTER ..................................................60
HEINKEL HE 111.....................................................60
CURTISS SB2C HELLDIVER....................................62
POLIKARPOV I-15 ...................................................63
TUPOLEV SB............................................................64
ILYUSHIN IL-28 .......................................................66
LAVOCHKIN-GORBUNOV-GUDKOV LAGG-3 ............67
ILYUSHIN IL-10 .......................................................68
HANDLEY PAGE HALIFAX......................................69
MESSERSCHMITT BF 110 ......................................70
JUNKERS JU 87.......................................................71
DOUGLAS SBD DAUNTLESS ...................................72
BRISTOL BEAUFIGHTER.........................................73
NAKAJIMA KI-43 ....................................................74
MIKOYAN-GUREVICH MIG-19 .................................75
SOPWITH CAMEL....................................................76
MARTIN B-26 MARAUDER......................................77

ÚLTIMA GERAÇÃO ................................ 78

TORNADO ADV.........................................................79
EUROFIGHTER TYPHOON .......................................80
MIRAGE 2000 ..........................................................81
DASSAULT RAFALE ................................................82
MITSUBISHI F-2 ......................................................83
PAC JF-17 THUNDER/ CAC FC-1 XIAOLONG...........84
XIAN JH-7 ................................................................85
SHENYANG J-11 ......................................................86
CHENGDU J-10.........................................................87
AIDC F-CK-1 CHING-KUO.........................................88
MIG 29 .....................................................................89
MIG-31 .....................................................................90
SUKHOI SU-24 .........................................................91
JAS 39 GRIPEN........................................................92
F-14 TOMCAT ...........................................................93
F-15 EAGLE .............................................................94
GENERAL DYNAMICS F-16 FIGHTING FALCON ....95
F/A-18 HORNET........................................................96
F/A-18 SUPER HORNET ...........................................97
AMX INTERNATIONAL AMX ...................................98
EMBRAER EMB-314 SUPER TUCANO ....................98

Nikonaft/ Shutterstock.com

OS PRIMEIROS

6

Usados inicialmente em missões
de reconhecimento, depois que
uma metralhadora foi adaptada
a um avião esse veículo se
tornou uma das principais
armas da guerra moderna

OTexto: Claudio Blanc / Pesquisa: Ricardo Moraes
primeiro avião voou em 1906, proje-
tado e pilotado pelo inventor brasileiro
Alberto Santos Dumont, e tornou-se
uma arma poderosa quando foi usa-
do para fins bélicos pela primeira vez, durante a
Primeira Guerra Mundial. Desde então, novos pro-
jetos têm sido desenvolvidos, adaptados e melho-
rados. O batismo de fogo da nova arma aconteceu
logo no começo do conflito, nos céus da Sérvia.

A Batalha de Cer, por vezes chamada de Batalha
do Rio Jadar, foi travada no início da Primeira
Guerra Mundial, em agosto de 1914, quando a
Áustria-Hungria invadiu a Sérvia. O palco do con-
fronto foram as vilas e aldeias próximas ao Monte
Cer, a cem quilômetros de Belgrado.

A batalha começou na noite de 15 de agosto,
quando a 1ª Divisão Combinada sérvia atacou pos-
tos avançados austro-húngaros, que haviam sido
estabelecidos nos pés do Monte Cer, em prepara-
ção à invasão. O ataque acabou se tornando uma
batalha pelas aldeias ao redor da montanha, espe-
cialmente pela cidade de Sabac. Nos céus do Monte
Cer foi travada a primeira batalha aérea da guerra
– e também a primeira da História. O encontro foi
um tanto prosaico. Um aviador sérvio, um certo
Miodrag Tomic, fazia reconhecimento aéreo sobre
as posições inimigas, quando cruzou um avião aus-
tro-húngaro. O piloto acenou, e Tomic respondeu a
saudação. Contudo, o piloto austro-húngaro sacou
seu revolver e começou a disparar contra o sérvio.
Tomic conseguiu escapar. O episódio, porém, levou
a uma inovação: em poucas semanas todos os avi-
ões, tanto dos aliados como dos Poderes Centrais,
foram equipados com metralhadoras, inicialmente
acima das asas.

Desde então, os aviões têm sido usados em to-
dos os teatros de guerra com incrível capacidade
de destrução.

7

Nieuport 17

O Nieuport 17 foi desenvolvido para substituir o Wikicommons
Nieuport 11 e iniciou seu serviço em 1916, na Frente Wikicommons
Francesa durante a Primeira Guerra Mundial. Juntamente
com o caça britânico DH.2, foi crucial para deter o avião Nieuport 17 Caça
alemão Fockker Eindecker, que reinava nos céus no come- França
ço da guerra. Grandes ases franceses pilotaram o N-17. Classe Nieuport
Também ases britânicos, canadenses e italianos conquis- País de origem 4000
taram suas vitórias com o N-17. A partir de 1916, o N-17 Fabricante 1916 – 1918
fez parte de todos os esquadrões de caça da Aeronáutica Produzidos 1
Militar francesa. Época de produção 5,8 m
Tripulação 2,4 m
Foi igualmente usado pelo Real Serviço Aéreo Naval Comprimento 14,75 m²
e pelos Royal Flying Corps, uma vez que o caça fran- Altura 8,16 m
cês era superior a qualquer contratipo britânico nesse Área da Asa
período. Durante a Batalha de Arras, os britânicos em- Envergadura 1 × Le Rhône 9Ja 9 cilindros,
pregaram Nieuports para atacar balões de observação 82 kW (110 hp)
inimigos, usados para localizar a artilharia aliada. Motor

Os alemães enviaram diversos Nieuports captura-
dos às suas fábricas para que fossem copiados – tão
avançados eram. Essa espionagem industrial resultou no
Siemens-Schuckert D.I que, a não ser pelo motor, era
uma cópia fiel. Os mecânicos alemães também retira-
ram muitos motores de Nieuports abatidos e os reutili-
zaram em aeronaves germânicas.

Por volta de meados de 1917, o Nieuport teve seu
poder de fogo e velocidade ultrapassados pelos caças
alemães recém-lançados. Novos modelos do Nieuport
– o 24 e o 27 - foram desenvolvidos na tentativa de
recuperar sua ascendência.

Depois da guerra, o Nieuport 17 passou a ser usado
como avião de treinamento avançado para pilotos de caça.

Variações

ƒ Nieuport 17 ƒ Nieuport 17bis ƒ Nieuport 23

8

Nieuport-Delage NiD 29

Wikicommons

O protótipo NiD 29 voou pela primeira vez em 21 de Também foram produzidas versões de corrida do
agosto de 1918. Embora o teste tenha tido um desem- Nieuport-Delage NiD 29, as quais quebraram oito recor-
penho positivo, o avião não conseguiu atingir a altitude des de velocidade e venceram duas importantes corridas
requerida. O segundo protótipo foi alterado, com maior aéreas, o troféu Gordon Bennett e o Coupe Deutsche de
área de asa, e obteve o resultado desejado. Cerca de dois la Meurthe, em 1920 e 1922.
anos depois, em 1920, entrou em produção, tornando-se
o caça mais rápido de seu tempo. Nieuport-Delage NiD 29

As forças armadas francesas compraram 250 desses Classe Caça
aviões em 1922, que foram construídos pela Nieuport
e outras sete fábricas. Outras nações, como a Espanha, País de origem França
Bélgica, a Itália e a Suécia, também adquiriram o caça.
A empresa japonesa Nakajima comprou um avião e, a Fabricante Nieuport-Delage
partir desse modelo, construiu cerca de seiscentos mo-
delos semelhantes para o Exército Japonês. A cópia foi Produzidos 1250
chamada de Ko-4.
Época de produção 1918 – 1925
Variações
Tripulação 1
ƒ Nieuport Ni.29 ƒ NiD.29 C.1 ƒ NiD.29 B.1
ƒ NiD.29bis ƒ NiD.29G ƒ NiD.29D ƒ NiD.29 ET.1 Comprimento 6,49 m
ƒ NiD.29 SHV ƒ NiD.29V ƒ NiD.29Vbis
ƒ NiD.32Rh ƒ NiD.33 E.2 ƒ NiD.40 C.1 ƒ NiD.40R Altura 2,56 m

Área da Asa 26,70 m²

Envergadura 9,70

Motor 1 × Hispano-Suiza 8Fb V-8,
224 kW (300 hp)

9

SPAD S.XIII

Wikicommons

O SPAD S.XIII foi um dos caças mais eficientes da tas do que o esperado. Apesar disso, o caça veio a
Primeira Guerra Mundial e também um dos mais fa- equipar todas as esquadrilhas de caça francesas a par-
bricados, com, segundo o escritor Michael Sharpe, um tir do seu lançamento. Mesmo depois do conflito, o
total de 8.472 unidades produzidas entre 1917 e 1918. SPAD S.XIII continuou a ser o caça utilizado pelas for-
ças armadas francesas até 1923. Outras forças aliadas
O caça francês projetado por Louis Béchéreau voou adotaram igualmente o avião. Após a guerra, a aero-
pela primeira vez em 4 de abril de 1917, entrando em nave também foi exportada para o Japão, a Polônia,
serviço um mês depois. O novo caça teve papel rele- e a Tchecoslováquia. O S.XIII também foi usado pela
vante na guerra, desenvolvido para substituir o SPAD Força Aérea Brasileira. Diversos ases pilotaram o caça
S.VII e os Nieuports que ainda estavam em serviço. francês na Primeira Guerra.
Contudo as entregas do avião foram muito mais len-

Wikicommons SPAD S.XIII Caça
França
Classe SPAD
País de origem 8472
Fabricante 1917 – 1922
Produzidos 2
Época de produção 6,25 m
Tripulação 2,60 m
Comprimento 21,1 m²
Altura 8,25 m
Área da Asa
Envergadura 1 × Hispano-Suiza
8Be 8-cylinder vee-type,
Motor 220 hp (164 kW)

10

Bristol F.2 Fighter

Wikicommons

Wikicommons Wikicommons

O Bristol F.2 Fighter foi um caça biplano britânico de Bristol F.2 Fighter
dois assentos e também avião de reconhecimento du-
rante a Primeira Guerra Mundial. Era mais comumente Classe Caça
chamado de Bristol Fighter, Brisfit ou Biff. Embora fosse
um avião de dois lugares, a versão F.2B era ágil o bas- País de origem Reino Unido
tante para enfrentar caças de um assento. Seu projeto
sólido permitiu que o avião permanecesse no serviço Fabricante British and Colonial
militar até os anos 1930. Aeroplane Company

O primeiro modelo, o F.2A, chegou ao Front Ocidental Produzidos 5329
em abril de 1917, no início da Batalha de Arras, na cida-
de francesa do mesmo nome. A primeira patrulha feita Época de produção 1916 – 1930
por esses aviões foi um desastre. Quatro dos seis F.2As
do esquadrão que executava a missão foram derruba- Tripulação 2
dos enquanto um foi atingido, mas conseguiu retornar à
base. Com o tempo, os pilotos perceberam que o avião Comprimento 7,87 m
era tão eficiente nos combates aéreos, como os caças
menores de um só lugar. Desse modo, a tática de voar Altura 2,97 m
em formação para enfrentar aviões com maior facili-
dade de manobra foi abandonada, e o Bristol Fighter Área da Asa 37,62 m²
tornou-se um formidável oponente dos caças alemães
de um só lugar. Entre setembro de 1917 e o final da Envergadura 11,96 m
guerra, foram construídas 5.329 unidades, usadas por
forças aéreas de diversas nações. Motor 1 × Rolls-Royce Falcon III V12,
275 hp (205 kW)

11

Royal Aircraft Factory S.E.5

Imfoto/ Shutterstock.com
Piotr Wawrzyniuk/ Shutterstock.com
Alguns S.E.5s continuaram a ser usados pela Força
Aérea Real depois do armistício. O avião também conti-
nuou a ser usado em serviço civil depois do conflito. Em
30 de maio de 1922, um S.E.5 foi usado para escrever
pela primeira vez um anúncio publicitário no céu usando
fumaça. O piloto Cyril Turner, um ex-oficial da Força Aérea
Real, escreveu o nome do jornal londrino Daily Mail, no
céu. O avião também foi usado em corridas aéreas.

Variações

ƒ S.E.5 ƒ S.E.5a ƒ S.E.5b ƒ Eberhart S.E.5e

Royal Aircraft Factory S.E.5

Classe Caça

País de origem Reino Unido

Fabricante Royal Aircraft Factory

Juntamente com o Sopwith Camel, o S.E.5 foi vital Produzidos 5205
na reconquista da superioridade aérea dos aliados
na Primeira Guerra a partir de meados de 1917 Época de produção 1917 - ?
até o final do conflito
Tripulação 1
O S.E.5 iniciou o serviço em março de 1917. Contudo,
os pilotos suspeitaram dos grandes para-brisas dos pri- Comprimento 6,38 m
meiros modelos, destinados a melhorar a visão. Os avia-
dores, porém, preferiam a posição mais convencional - e Altura 2,89 m
confortável. Assim, o projeto inicial foi adaptado. Logo,
os pilotos passaram a apreciar a robustez do avião. Área da Asa 22,67 m²

Envergadura 8,11 m

1 × Hispano-Suiza

Motor 8 ou Wolseley Viper resfriado a

água V8, 200 hp (150 kW)

12

Caudron G.4

Wikicommons

O Caudron G.4 com as asas Caudron G.4 Bombardeiro
que lembram as dos morcegos França
Classe
O Caudron G.4, um bombardeiro biplano francês País de origem Caudron
com dois motores, foi muito usado durante a Primeira
Guerra Mundial. O primeiro desses aviões foi fabrica- Fabricante 1421
do em 1915 e teve sua produção baseada na França, 1915 - ?
Inglaterra e Itália. Usado como bombardeiro de reco- Produzidos 2
nhecimento dentro do território alemão, foi posterior- Época de produção 7,27 m
mente, quando a Alemanha desenvolveu uma força de Tripulação 2,60 m
caças, empregado em bombardeios noturnos. Comprimento 38 m²
Altura 17,20 m
Usado pela Aeronáutica Militar Francesa a partir de Área da Asa 2 × Le Rhône C radial, 60 kW
novembro de 1915, o G.4 realizou missões de bombar- Envergadura (80 hp)
deio atrás das linhas inimigas. O Real Serviço Aéreo
Naval também utilizou o avião como bombardeiro, Motor
realizando ataques a bases alemãs na Bélgica invadi-
da. Usado pela Força Aérea Imperial Russa como avião
de reconhecimento, foi substituído a partir do outono
de 1917.

13

Sikorsky Ilya Muromets

Jim Pruitt/ Shutterstock.com

Selo soviéticocomemora
o Ilya Muromets (c. 1976)

O Sikorsky Ilya Muromets era uma classe de aviões bombardeou posições no front alemão. O poder de
russos anteriores à Primeira Guerra Mundial de quatro fogo defensivo do Ilya Muromets, que incluía uma me-
motores usados como aeronave de transporte comer- tralhadora na cauda, e seu tamanho tornavam difícil de
cial. Projetado por Igor Sikorsky (1889 - 1972), pio- derrubar o avião. Nem mesmo os caças menores tinham
neiro tanto no desenvolvimento de aviões de asa fixa facilidade para abater a aeronave. Foi apenas um ano e
como de helicópteros, o primeiro voo do Sikorsky Ilya sete meses depois de iniciar o serviço militar, em 12 de
Muromets foi realizado em 11 de dezembro de 1913. O setembro de 1916, que o primeiro Ilya Muromets foi
projeto, baseado no do primeiro avião de quatro mo- derrubado por quatro aviões alemães Albatros - mesmo
tores também projetado por Igor Sikorsky - o Russky assim abateu três deles antes de cair. Esta foi a única
Vityaz -, era revolucionário. Destinado ao serviço co- perda dessa aeronave durante a guerra. Três outros Ilya
mercial, tinha fuselagem espaçosa que incluía um salão Muromets foram atingidos em combate, mas consegui-
de passageiros e banheiro a bordo, durante a Primeira ram voltar à base e foram consertados.
Guerra Mundial, tornou-se o primeiro bombardeiro de
quatro motores a equipar uma unidade de bombardeio De acordo com o artigo Knights of the Air: Sikorsky
estratégico. O bombardeiro pesado não teve rivais no Superbomber, publicado no site Diesel Punks, os russos
início da guerra, uma vez que os Poderes Centrais não construíram 83 bombardeiros Ilya Muromets entre 1913
possuíam um avião capaz de rivalizar o Ilya Muromets, e 1918. Foram os primeiros aviões da história da aviação
o que só foi possível a partir de 1916. a realizar missões de bombardeio pesado, de bombar-
deio em grupo, noturno e levantamento fotográfico de
Quando a guerra começou, o Ilya Muromets foi danos causados por bombardeio. Também foram os pri-
adaptado para serviço militar, entrando em serviço em meiros a desenvolver táticas defensivas para um único
10 de dezembro de 1914. As operações com os bom- bombardeiro engajado em combate com vários caças
bardeiros pesados começaram, porém, apenas em feve- inimigos. Devido às atualizações dos armamentos, o nú-
reiro de 1915, quando um esquadrão de Ilya Muromets mero de alvos atingidos com precisão chegava a 90%.

14

Depois da Revolução de Fevereiro de 1917, na Rússia, O Sikorsky S-21 Russky Vityaz , primeiro
os bombardeiros Ilya Muromets continuaram a ser usa- avião de quatro motores do mundo,
dos pelo Exército Imperial Russo. A partir de 1921, o projetado por Igor Sikorsky em 1913
avião, que teve sua produção continuada depois da
Primeira Guerra, voltou a ser usado como transpor- Sikorsky Ilya Muromets
te de passageiros. Em outubro de 1922, porém, o Ilya
Muromets foi retirado de serviço. Classe Bombardeiro pesado

Variações País de origem Rússia

ƒ Ilya Muromets No. 107 ƒ Ilya Muromets Kievsky No Fabricante Russo-Baltic Wagon
128 ƒ Ilya Muromets S-22 Tipo A ƒ Ilya Muromets
ƒ S-23 Tipo B(eh) Bomber ƒ Tipo B No 135, 1914 ƒ Produzidos 85
Tipo B No 136, 1914 ƒ Tipo B No 137, 1914 ƒ Tipo B
No 138, 1914 ƒ Tipo B No 139, 1914 ƒ Ilya Muromets Época de produção 1913 – 1917
S-23 V(eh) Séries ƒ Tipo V No 151, 1915 ƒ Tipo V No
159 Trainer aircraft, 1915 ƒ Tipo V No 167, 1915 ƒ Tripulação 4 – 12
Ilya Muromets S-24 G-1 ƒ Ilya Muromets S-25 ƒ Ilya
Muromets S-25 G-2 “Russobalt” ƒ Ilya Muromets Comprimento 17,5 m
S-25 G-3 “Renobalt” ƒ Ilya Muromets S-26 D-1 DIM
ƒ Ilya Muromets S-27 E (Yeh-2) Altura 4m

Área da Asa 125 m²

Envergadura Asa de cima: 29,8 m
Asa de baixo: 21 m

Motor 4 × Sunbeam Crusader V8,
148 hp (110 kW)

15

Airco DH.4

Wikicommons

Biplano sobre as nuvens. França, 1918

O Airco DH.4 foi um bombardeiro diurno biplano localização do tanque de combustível era perigosa.
de dois lugares britânico usado na Primeira Guerra De fato, muitos desses aviões chegaram a se incen-
Mundial - o primeiro bombardeiro diurno leve de dois diar em pleno voo. O modelo DH.9 buscou solucionar
lugares britânico a ter armamento defensivo efetivo. o problema ao localizar o tanque de combustível no
Testado pela primeira vez em agosto de 1916, entrou lugar usual na maioria dos projetos: entre o piloto e
em serviço em março do ano seguinte. As forças ame- o motor.
ricanas na França também usaram esse bombardeiro
leve, não só com esse papel, mas também como avião Na época em que entrou na guerra o Serviço Aéreo
de múltiplas tarefas. do Exército dos Estados Unidos, não tinha nenhuma ae-
ronave adequada para uso em combate. Desse modo,
O DH.4 teve enorme sucesso e foi considerado equipou-se com vários aviões britânicos e franceses.
o melhor bombardeiro de um só motor da Primeira Um desses foi o DH.4. A partir de 1918, o DH-4 passou
Guerra Mundial. Sua velocidade e desempenho em a ser fabricado nos Estados Unidos e entrou em comba-
altitude conferia ao DH.4 grande invulnerabilidade te em agosto de 1918. Os pilotos americanos do DH-4
contra os caças interceptadores alemães. Desse modo, conquistaram seis Medalhas de Honra. Dois desses
o DH. 4 quase nunca precisava ser escoltado por ca- pilotos, o segundo-tenente Ralph Talbot e o sargento-
ças em suas missões de bombardeio. Esse conceito se -artilheiro Robert G. Robinson, foram condecorados por
estendeu aos projetos posteriores do Havilland e do repelir 12 caças alemães durante uma missão de bom-
Mosquito, aviões de sucesso da Segunda Guerra. O bardeio sobre a Bélgica, em 8 de outubro de 1918.
projeto apresentava, porém, um revés - a distância
entre o piloto e o observador, separados pelo gran- Depois do armistício, a Força Aérea Real formou o
de tanque principal de combustível. Isso dificultava esquadrão de comunicação nº 2, equipado DH.4s para
a comunicação entre a tripulação, especialmente du- transportar os delegados britânicos à Conferência de
rante o combate com caças inimigos. Além disso, a Paz de Paris. As primeiras companhias de transporte
aéreo europeias tiveram DH.4s em suas frotas.

16

Wikicommons

Wikicommons DHs-4 voando em formação

Variações no Reino Unido: DH.4 ƒ DH.4A ƒ DH.4R  Airco DH.4 Bombardeiro leve
Variações nos Estados Unidos: DH-4 ƒ DH-4A ƒ DH-4B Reino Unido
Classe Airco
ƒ DH-4B-1 ƒ DH-4B-2 ƒ DH-4B-3 ƒ DH-4B-4 ƒ DH-4B-5 País de origem 6295
ƒ DH-4BD ƒ DH-4BG ƒ DH-4BK ƒ DH-4BM ƒ DH-4BM-1 ƒ Fabricante
DH-4BM-2 ƒ DH-4-BP ƒ DH-4-BP-1 ƒ DH-4BS ƒ DH-4BT Produzidos 1917 - saído de serviço
ƒ DH-4BW ƒ DH-4C ƒ DH-4L ƒ DH-4M ƒ DH-4Amb ƒ DH- em 1932
4M-1 ƒ DH-4M-1T ƒ DH-4M-1K ƒ O2B-2 ƒ DH-4M-2 ƒ Época de produção
L.W.F. J-2 ƒ XCO-7 ƒ XCO-8 2
Tripulação 9,35 m
Comprimento 3,35 m
Altura 40 m²
Área da Asa 13,21 m
Envergadura
1 × Rolls-Royce Eagle VII,
Motor 375 hp[N 3] (289 kW)

17

Gotha G

Plutonius 3d/ Shutterstock.com
Everett Historical/ Shutterstock.com
Um Gotha alemão capturado
pelos franceses, em 1917

Variações: ƒ G.Va ƒ G.Vb

Curiosidade: primeiro bombardeiro pesado a ser utilizado

na Primeira Guerra

O Gotha G. VIII, GL. VIII, G.IX e G.X foi uma família Gotha G Bombardeiro pesado
de bombardeiros fabricados na Alemanha durante os Império Alemão
últimos meses da Primeira Guerra Mundial. Baseados Classe Gothaer Waggonfabrik AG
no projeto inicial Gotha G.VII, eram bombardeiros táti- País de origem 205
cos de alta velocidade. Contudo, apenas poucos desses Fabricante 1917 – 1918
aviões entraram em ação. O modelo G.X, destinado ao Produzidos 3
treinamento e reconhecimento estratégico, foi, prova- Época de produção 12,42 m
velmente, fabricado apenas depois da guerra. Tripulação 4,5 m
Comprimento 89,5 m²
Altura 23,70 m
Área da Asa
Envergadura 2 × Mercedes D.IV, 260 hp
(191 kW)
Motor

18

Royal Aircraft Factory R.E.8

IanC66/ Shutterstock.com

Wikicommons Wikicommons

O R.E.8 foi um biplano de reconhecimento e bombar- Variações: R.E.8 ƒ R.E.8a ƒ R.E.9
deiro britânico de dois lugares da Primeira Guerra proje-
tado fabricado pela Royal Aircraft Factory, para substituir Royal Aircraft Factory S.E.5
o modelo anterior, o B.E.2. No entanto, o R.E.8 foi con-
siderado pelos pilotos mais difícil de voar do que o B.E.2. Classe Bombardeiro/reconhecimento
Embora seu desempenho fosse considerado satisfatório,
o avião nunca se destacou em combate. Mesmo assim, País de origem Reino Unido
o R.E.8 foi um importante avião de reconhecimento e de
localização de artilharia, a partir de meados de 1917. Por Fabricante Royal Aircraft Factory
conta disso, mais de quatro mil unidades do R.E.8 foram
fabricadas, servindo na maioria dos teatros da Primeira Produzidos 4077
Guerra, inclusive nas frentes da Itália, Rússia, Palestina,
Mesopotâmia e no Front Ocidental. Época de produção 1916 – 1918

Os primeiros R.E.8 (Reconnaissance Experimental Tripulação 2
8) entraram em serviço em novembro de 1916, na
França.A Bélgica foi o único país além da Grã-Bretanha Comprimento 8,5 m
a voar R.E.8 durante a Primeira Guerra. Por volta de
novembro de 1918, o avião já era considerado comple- Altura 3,47 m
tamente obsoleto e as últimas unidades foram retiradas
de serviço depois do armistício. Área da Asa 35,1 m²

Envergadura 12,98 m

Motor 1 × Royal Aircraft Factory 4a
resfriado a ar V12, 140 hp

(104 kW)

19

O ÁS

Os combates aéreos inauguraram um novo perso-
nagem militar, o Ás, um piloto que se destacava não
só pela sua habilidade e coragem, mas também - e
principalmente - pelo número de aviões que abateu.
A Primeira Guerra assistiu uma verdadeira competi-
ção entre ases, cada qual marcando cuidadosamente
o número de inimigos derrubados, como um jogador
de futebol conta o número de gols. O ás mais famoso
foi o Barão Vermelho, um piloto alemão assim apeli-
dado pelos aliados por ser nobre e voar num biplano
vermelho. Contudo, ao contrário do que se pensa, a
artilharia antiaérea derrubou mais aviões do que os pi-
lotos de combate.

No inverno de 1916-1917, os alemães introduziram
aviões melhores com metralhadoras duplas, o que re-
sultou em perdas desastrosas para as forças aéreas
aliadas. Vários pilotos britânicos, portugueses, belgas
e australianos, que lutavam com aviões ultrapassados,

Ases Alemães NÚMERO DE Ases Americanos NÚMERO DE
VITÓRIAS VITÓRIAS
PILOTO PILOTO
80 26
Manfred von Richthofen Eddie Rickenbacker 20
(Barão Vermelho) 62 Francis Gillet 19
Ernst Udet 54 Wilfred Beaver 19
Erich Lowenhardt 48 Howard Kullberg 18
Josef Jacobs 48 William Lambert 18
Werner Voss 45 Frank Luke 17
Fritz Rumey 44 August Iaccaci 17
Rudolph Berthold 44 Paul Iaccaci 17
Bruno Loerzer 43 Raoul Lufberry 16
Paul Baumer 40 Eugene Coler 16
Oswald Boelcke 40 Oren Rose 16
Franz Buchner 40 Elliot Springs 14
Lothar von Richthofen 39 Frederick Libby 14
Carl Menckhoff 39 Kenneth Unger 13
Heinrich Gontermann 38 G. A. Vaughn 13
Theodor Osterkamp 36 David Putham 12
Karl Bolle 36 Frank Baylies 12
Julius Buckler 36 Louis Bennett 12
Max von Muller 35 Frederick Lord 12
Gustav Dorr 35 Field Kindley 12
Otto Konnecke 35 Reed Landis 12
Eduard von Schleich 35 Emile Lussier 12
Emil Thuy James Pearson 12
Clive Warman

Fonte: First World War Encyclopedia – Spartacus Educational Fonte: First World War Encyclopedia – Spartacus Educational

20

IanC66/ Shutterstock.com pereceram ante a eficiência das aeronaves alemãs e de
seu poder de fogo. Segundo Roger Chickring, autor do
livro Great War, Total War: Combat and Mobilization
on the Western Front, 1914-1918, num ataque, em
Arras, os britânicos perderam 316 tripulações e os ca-
nadenses 114, contra apenas 44 tripulações abatidas
dos germânicos.

Ases britânicos NÚMERO DE Ases Franceses NÚMERO DE
VITÓRIAS VITÓRIAS
PILOTO 73 PILOTO
75
Major Mick Mannock 54 Rene Fonck 53
Captain James Georges Guynemer 43
McCudden 53 Charles Nungesser 41
Major Philip Fullard 52 Georges Madon 35
Major William Barker 48 Maurice Boyau 34
Captain G. E. McElroy 44 Michel Coiffard 28
Captain Albert Ball 41 Leon Bourjade 27
Captain H. J. Larkin 41 Armand Pinsard 23
Captain J. I. Jones 39 Rene Dorme 23
Captain W. G. Claxton 39 Gabriel Guerin 22
Captain F. R. McCall 37 Claude Haegelen 21
Captain John Gilmore 35 Alfred Heurtaux 21
Captain Henry Wollett 34 Pierre Marinovitch 20
Captain Frank Quigley 32 Albert Deullin 19
Major Murless-Green 31 Jacques Ehrlich 19
Captain J. L. White 30 Henri de Sade 18
Captain M. B. Frew 30 Bernard de Romanet 16
Captain C. E. Howell Jean Chaput 15
Jean Sardier 15
Armand de Turenne 14
Mauius Ambrogi 13
Hector Garaud

Fonte: First World War Encyclopedia – Spartacus Educational

Ases Russos NÚMERO DE
VITÓRIAS
PILOTO
20
Alexander Kozakov 16
Vasil Yanchenko 15
Pavel Argeyev 11
Ivan Smirnov 9
Grigory Suk 8
Donat Makeenok 7
Yevgraph Kruten 7
Valdimir Strizhesky

Fonte: First World War Encyclopedia – Spartacus Educational Fonte: First World War Encyclopedia – Spartacus Educational

21

OS MAIS
PRODUZIDOS

Com os preparativos para a segunda guerra
mundial, as potências europeias e os EUA
começaram a projetar e a produzir aviões que
dariam origem a desenvolvimentos posteriores

22

Tomas Picka/ Shutterstock.com

Durante o período entre-guerras, a potên- como o da Segunda Guerra Mundial. A necessidade
cias militares continuaram a projetar novos da arma aérea determinou o desenvolvimento de uma
aviões com conceitos muito modernos. De multiplicidade de aviões destinados a operações sobre a
fato, a tecnologia aeronáutica deu um tre- terra ou o mar e que iam de missões de bombardeios a
mendo salto a partir dos anos 1930. As ideias e avanços resgates e transporte. Os mais versáteis e compatíveis
produzidos foram sendo usados como base para a cria- foram os mais produzidos da história da aviaçõ militar.
ção de aviões cada vez mais avançados, mas nenhum Muitos dos aviões lendários , que marcaram época, são
período viu o lançamento de tantos tipos e modelos desse período.

23

Ilyushin Il-2

Wikicommons

O Ilyushin Il-2 Sturmovik era um avião de ataque Um Ilyushin II-2 restaurado, no Museu
terrestre usado na Segunda Guerra Mundial produzido da Força Aérea Central, em Moscou
pela União Soviética em grande escala. Durante o con-
flito, foram fabricados 36.183 desses aviões, o que faz Ilyushin Il-2 Ataque terrestre
dele o avião militar mais produzido da história da avia- URSS
ção. Os pilotos dessa aeronave a apelidaram de Ilyusha, Classe Ilyushin
o diminutivo em russo do nome do avião - que teve País de origem 1941
um papel crucial no Front Oriental. O ditador soviético Fabricante 2
Joseph Stalin prestou homenagem ao Ilyushin Il-2 de Época de produção 11,6 m
um modo caracteristicamente seu. Quando uma das Tripulação 4,2m
fábricas atrasou sua produção, Stalin enviou um tele- Comprimento 38,5m2
grama irritado ao gerente da fábrica afirmando que os Altura 14,6 m
aviões “são tão essenciais ao Exército Vermelho quanto Área da Asa
ar e pão.” Em seguida ele ameaçava: “Exijo mais máqui- Envergadura 1x Mikulin AM-38F V-12
nas. Este é meu último aviso!” refrigerado a água
Motor
O Il-2 foi usado pela primeira vez na guerra pou-
cos dias depois do início da invasão nazista à União Variações
Soviética. O avião era tão novo que os pilotos não do-
minavam suas características em voo ou táticas, e a ƒ TsKB-55 ƒ BSh-2 ƒ TsKB-57 ƒ Il-2 (TsKB-57P)
equipe de solo não era treinada para abastecer, reparar ƒ Il-2 dois bancos ƒ Il-2 produção de 1943
ou rearmar a aeronave. Os pilotos tinham testado o Il-2 ƒ Il-2 com NS-37
apenas em decolagens e pouso não tinham disparado ƒ Il-2 produção de 1944 “wing with arrow”
um tiro sequer. Nos três primeiros dias de ação foram ƒ Il-2U ƒ Il-2T ƒ Il-2I ƒ Il-2 com M-82
perdidos 29 aviões e 20 pilotos foram mortos. Contudo,
a prática foi adquirida na ação, e o Il-2 passou a ser usa-
do com seu verdadeiro potencial de destruição.

24

Wikicommons
Wikicommons
O Messerschmitt Bf 109 foi projetado no início dos
anos 1930. Foi um dos primeiros caças verdadeiramente Messerschmitt Bf 109
modernos da sua era, com diversos avanços técnicos.
O Bf 109, apelidado pelos pilotos aliados de Me 109, Classe Caça
foi testado na Guerra Civil Espanhol e continuou em
serviço até o início da era do jato, no final da Segunda País de origem Alemanha
Guerra Mundial.
Fabricante Messerschmitt AG
Originalmente projetado como um avião de inter-
cepção, posteriormente foram desenvolvidos mo- Época de produção 1936 – 1945
delos multitarefas, servindo como avião de escolta,
caça-bombardeiro, caça noturno, avião de ataque ao Tripulação 1
solo e de reconhecimento. Mesmo depois da guer-
ra a aeronave continuou a ser utilizada em diversos Comprimento 9,02 m
países. Foi o caça mais produzido da História, com
33.984 unidades fabricadas entre 1936 até abril de Altura 3,40 m
1945. O último Bf 109 a se aposentar, em 1965, per-
tencia à força aérea espanhola. Área da Asa 16,05 m²

Os três maiores ases da Segunda Guerra Mundial, Envergadura 9,92 m
que conquistaram 928 vitórias, principalmente no Front
Oriental, voaram Bf s109 também foi utilizado pelas for- Motor 1x Daimler-Benz DB 605AM
ças aéreas dos países do Eixo: Itália, Romênia, Croácia,
Bulgária e Hungria. Ao longo do conflito, a aeronave
passou por constante desenvolvimento, o que permitiu
que o Bf 109 continuasse a fazer páreo aos últimos tipos

25

Supermarine Spitfire

Wikicommons

O Supermarine Spitfire é um caça britânico tripulado Wikicommons
por um piloto usado pela Força Aérea Real e muitos ou-
tros países aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Caça da Força Aérea Real, tomando parte em combates
Foi construído em diversas variações, usando várias nos teatros europeu, Mediterrâneo, Pacífico e do sudes-
configurações de asa e foi produzido em maior número te asiático. Muito apreciado pelos pilotos, essa aeronave
do que qualquer outro avião britânico. Foi o único caça era multifuncional, servindo com avião interceptador,
fabricado continuamente durante todo o conflito na de foto-reconhecimento, caça-bombardeiro e avião de
Grã-Bretanha. O Spitfire continua a ser popular entre treinamento. O Spitfire continuou a ser usado com es-
os aficionados por história da aviação militar. Hoje ainda sas funções até os anos 1950.
há mais de cinquenta desses aviões operando, além da-
queles que são exibidos em museus aeronáuticos. Supermarine Spitfire

O Spitfire foi projetado como um avião intercepta- Classe Caça de porta-aviões
dor de curta distância por R.J. Mitchell. A asa elípti-
ca do Spitfire permitia que a aeronave desenvolvesse País de origem Reino Unido
velocidade maior do que muitos dos seus contratipos.
Mitchell continuou a refinar o projeto até a sua morte Fabricante Supermarine
em 1937. A partir de então, seu colega Joseph Smith
assumiu o projeto, supervisionando o desenvolvimento Época de produção 1938-1948
do Spitfire em muitas variações.
Tripulação 1
Durante a Batalha da Grã-Bretanha, como se chamou
a campanha aérea promovida pela Força Aérea Alemã Comprimento 9,21 m
contra o Reino Unido entre julho e outubro de 1940, o
Spitfire passou a ser visto pelo público como a arma da Altura 3,48 m
Força Aérea Real, embora os combates aéreos contra os
alemães nos céus britânicos tenham sido apoiados pelo Área da Asa 22.5 m²
Hawker Hurricane. Devido ao melhor desempenho do
Spitfire, as unidades compostas por esses aviões obti- Envergadura 11,22 m
veram maior número de vitórias do que as compostas
por Hurricanes. A partir da Batalha da Grã-Bretanha, o Motor 1 × Rolls-Royce Merlin 55M 
Spitfire tornou-se a coluna vertebral do Comando de V-12, 1,585 hp(1,182 kW)

26

Focke-Wulf Fw 190

Wikicommons

O Focke-Wulf Fw 190 foi um avião alemão de úni- Variações
co tripulante projetado por Kurt Tank no final dos anos Primeiros protótipos (BMW 139)
1930 e muito utilizado durante a Segunda Guerra. Seu
motor BMW 801 Radial permitia que o Fw exercesse ƒ Fw 190 V1 ƒ Fw 190 V2 ƒ Fw 190 V3 ƒ Fw 190 V4
papel de caça-bombardeiro, embora fosse primaria-
mente um caça. Protótipos posteriores (BMW 801)

O Fw 190 começou a voar operacionalmente sobre ƒ Fw 190 V5 ƒ Fw 190 V5k ƒ Fw 190 V5g
a França em agosto de 1941, mostrando-se superior ao ƒ Fw 190 A ƒ Fw 190 A-0 ƒ Fw 190 A-1
caça então usado pela Força Aérea Real, o Spitfire Mk. ƒ Fw 190 A-2 ƒ Fw 190 A-3
V, especialmente em altitudes baixas e médias. Entre ƒ Fw 190 A-3/Umrüst-Bausatz 1 (/U1) 
novembro e dezembro de 1942, o Fw 190 debutou no ƒ Fw 190 A-3/U2  ƒ Fw 190 A-3/U3 
Front Oriental, dando cobertura contra as baterias an- ƒ Fw 190 A-3/U4 ƒ Fw 190 A-3a ƒ Fw 190 A-4
tiaéreas soviéticas. ƒ Fw 190 A-4/Rüstsatz 6 (/R6) 
ƒ Fw 190 A-4/U1 ƒ Fw 190 A-4/U3 ƒ Fw 190 A-4/U4
Focke-Wulf Fw 190 ƒ Fw 190 A-4/U7 ƒ Fw 190 A-4/U8 ƒ Fw 190 A-4/R1
ƒ Fw 190 A-5 ƒ Fw 190 A-5/U2 Fw 190 A-5/U3 
Classe Caça ƒ Fw 190 A-5/U4 ƒ Fw 190 A-5/U8 ƒ Fw 190 A-5/U9
ƒ Fw 190 A-5/U12 ƒ Fw 190 A-5/R11 ƒ Fw 190 A-6
País de origem Alemanha ƒ Fw 190 A-8/R2 ƒ Fw 190 A-8/R4 ƒ Fw 190 A-8/R8
ƒ Fw 190 A-9 ƒ Fw 190 F-8/U1 ƒ Fw 190 F-8/U2 
Fabricante Focke-Wulf ƒ Fw 190 F-8/U3 ƒ Fw 190 F-8/U4 ƒ Fw 190 F-9
ƒ Fw 190 G-3/R1 ƒ Fw 190 G-3/R5 ƒ Fw 190 G-8
Época de produção 1939 – 1945 ƒ Fw 190 G-8/R4 ƒ Fw 190 G-8/R5 

Tripulação 1

Comprimento 8,80 m

Altura 3,95 m

Área da Asa 18,30 m²

Envergadura 10,50 m

Motor BMW 801 D-2

27

B-24 Liberator

Neftali/ Shutterstock.comSelo comemorativo americano
Everett Historical/ Shutterstock.commostra o Consolidated B-24
Liberator (c. 2005)

Messerschmitt Bf 109

Classe Bombardeiro pesado

País de origem EUA

Fabricante Consolidated Aircraft

Época de produção -1945

Tripulação 7-10

Comprimento 20,6 m

Altura 5,5 m

Área da Asa 97,4 m²

O bombardeiro pesado B-24 Liberator, projetado Envergadura 33,5 m
pela Consolidated Aircraft de San Diego, Califórnia,
foi usado na Segunda Guerra Mundial por todos os ra- 4xPratt & Whitney R-1830
mos das Forças Armadas Americanas e também pelas
Forças Aéreas e Navais de muitos países aliados, nos Motor motores radiais turbo
teatros da Europa ocidental, Pacífico, Mediterrâneo e
China Índia. O bombardeiro também operou na guerra supercharged
anti-submarinos.
Variações
Apesar do desenho moderno, grande velocidade, po- Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos
der de alcance e capacidade de carga de armamentos, o
B-24 era mais difícil de voar em formação em altitudes ƒ XB-24 ƒ YB-24/LB-30A
elevadas do que outros bombardeiros, como o Boeing
B-17. A aeronave era notória entre as equipes aéreas Protótipos de Pré-Produção
americanas pela sua tendência de pegar fogo. Apesar
desses problemas, o B-24 foi muito utilizado em missões ƒ B-24 ƒ B-24A/LB-30B ƒ XB-24B ƒ B-24C ƒ B-24D
de diferentes tipos devido à sua grande capacidade de ƒ B-24E ƒ XB-24F ƒ B-24G ƒ B-24G-1 ƒ B-24H ƒ B-24J
carga e autonomia. Desse modo, foi muito produzido. ƒ XB-24K ƒ B-24L ƒ B-24M ƒ XB-24N ƒ YB-24N ƒ XB-24P
De fato, foi o bombardeiro pesado mais produzido da ƒ XB-24Q ƒ XB-41 ƒ B-24ST ƒ AT-22 or TB-24 ƒ RB-24L
História, com perto de 19 mil unidades fabricadas, o ƒ TB-24L ƒ C-87 Liberator Express ƒ C-87A ƒ C-87B
que também faz dele o avião militar mais fabricado no ƒ C-87C ƒ XC-109/C-109 ƒ XF-7 ƒ F-7 ƒ F-7A
Estados Unidos. Hoje ainda há dois B-24 em operação. ƒ F-7B ƒ Liberator B Mk IIIA

28

Mikoyan-Gurevich MiG-15

Gary Blakeley/ Shutterstock.com

Radoslaw Maciejewski / Shutterstock.com Mikoyan-Gurevich MiG-17

Classe Caça a jato

País de origem URSS

Fabricante Mikoyan-Gurevich

Época de produção 1951 – 1986

Tripulação 1

Comprimento 11,36 m

Altura 3,8 m

Área da Asa 22,6 m²

Envergadura 9,63 m

O Mikoyan-Gurevich MiG-15 é um dos primeiros Motor 1× Klimov VK-1 turbojet com
caças a jato. Em ação no início da Guerra da Coreia, Afterburner
superou os contra tipos inimigos por ser o primeiro caça
com asa em flecha a ser produzido. Posteriormente foi Variações
usado como ponto de partida para o desenvolvimento
do mais avançado MiG-17. Os especialistas acreditam ƒ I-310 ƒ MiG-15 ƒ MiG-15P ƒ MiG-15SB ƒ MiG-15SP-5
que o MiG-15 tenha sido o caça a jato mais fabricado, ƒ MiG-15T ƒ MiG-15bis ƒ MiG-15bisR ƒ MiG-15bisS
com pelo menos doze mil unidades produzidas (embora, ƒ MiG-15bisT ƒ MiG-15UTI
a licença para fabricação no exterior eleve este número ƒ J-2 ƒ JJ-2 ƒ BA-5
para mais de dezoito mil). É considerado o melhor caça, ƒ Lim-1 ƒ Lim-1A ƒ Lim-2 ƒ Lim-2R
juntamente com o F-86 Sabre, americano, da Guerra ƒ SB Lim-1 ƒ SB Lim-2 ƒ SBLim-2A
da Coreia e está entre os melhores caças de todos os ƒ S-102 ƒ S-103 ƒ CS-102
tempos. Introduzido em 1949, o MiG-15 continua em ƒ Raduga KS-1 Komet
serviço na Força Aérea Norte Coreana como avião de
treinamento avançado.

29

Yakovlev Yak-9

Wikicommons

O Yakovlev Yak-9 era um caça de um só motor usa- Yakovlev Yak-9 O Yakovlev
do pela União Soviética na Segunda Guerra Mundial Yak-9, fotografado
e posteriormente. Começou a ser utilizado no final de Classe
1942. O Yak-9 tinha uma fuselagem traseira rebaixada País de origem em Nevada, EUA
e a cabine com visão total. Com a fuselagem mais leve, Fabricante
o avião tinha uma flexibilidade maior do que os mode- Época de produção Caça
los anteriores. Foi o caça soviéticos mais produzidos de Tripulação URSS
todos os tempos. Entre 1942 e 1948 foram fabricados Comprimento Yakovlev OKB
16.769 unidades. Depois da Segunda Guerra Mundial, o Altura 1942 – 1948
avião foi usado pela Força Aérea Norte Coreana duran- Área da Asa 1
te a Guerra da Coreia. Envergadura 8,55 m
3,00 m
Variações Motor 17,2 m²
9,74
ƒ Yak-9 ƒ Yak-9 (M-106) ƒ Yak-9T ƒ Yak-9TK ƒ Yak-9K 1 × Klimov M-105 PF V-12,
ƒ Yak-9D ƒ Yak-9TD ƒ Yak-9B ƒ Yak-9DD ƒ Yak-9M 880 kW (1,180 hp)
ƒ Yak-9M PVO ƒ Yak-9 MPVO ƒ Yak-9S ƒ Yak-9R ƒ Yak-9P
ƒ Yak-9P (VK-107) ƒ Yak-9PD ƒ Yak-9U (VK-105)
ƒ Yak-9U (VK-107) ƒ Yak-9UV ƒ Yak-9UT ƒ Yak-9V

30

Republic P-47 Thunderbolt

Everett Historical/ Shutterstock.com

O Republic P-47 Thunderbolt é um dos maiores e deiro durante a Segunda Guerra Mundial nos teatros
mais pesados caças da História movidos por um úni- europeu e do Pacífico.
co motor de pistão. Foi fabricado entre 1941 e 1945.
Armado com oito metralhadoras de calibre .50, quatro O P-47 foi um dos principais caças da Força Aérea
em cada asa, quando estava completamente carregado, do Exército dos Estados Unidos durante esse conflito foi
o P-47 pesava até oito toneladas. Podia levar mais da também usado pelos aliados, notadamente pela França,
metade da carga do bombardeiro B-17 em missões de Grã-Bretanha e União Soviética. Os esquadrões mexi-
longa distância. Foi muito utilizado como caça bombar- canos e brasileiros que combateram na Europa ao lado
dos Estados Unidos foram equipados com P-47s. O úl-
timo desses caças em uso, pela Força Aérea Peruana,
deixou o serviço em 1966.

IanC66 / Shutterstock.com Republic P-47 Thunderbolt

Classe Caça

País de origem EUA

Fabricante Republic Aviation

Época de produção – 1945

Tripulação 1

Comprimento 11 m

Altura 4,47 m

Área da Asa 27.87 m2

Envergadura 12,42

Motor 1 × Pratt & Whitney R-2800-
59B, 2,600 hp (1,938 kW)

31

Eugene Berman/ Shutterstock.com

North American P-51 Mustang

32

O North American P-51 Mustang foi um caça-bom-
bardeiro americano de longo alcance usado na Segunda
Guerra Mundial, Guerra da Coreia e em outros conflitos.
Voou pela primeira vez numa missão da Força Aérea Real,
usado como avião de reconhecimento tático e caça-bom-
bardeiro, em janeiro de 1942. Equipado com seis metralha-
doras Browning M2 calibre .50, a partir do final de 1943
o P-51 foi usado para escoltar bombardeiros em missões
sobre a Alemanha. O avião ajudou a garantir a superiori-
dade aérea dos aliados a partir de 1944. O P-51 também
foi usado nas frentes do norte da África, Mediterrâneo e
da Itália. Também serviu contra os japoneses na Guerra
do Pacífico, embora de modo limitado. De acordo com
Barrett Tilman, autor de Hellcat Aces of World War 2, pi-
lotos do P-51 abateram 4.950 aviões inimigos.

No início da Guerra da Coreia, o Mustang foi o princi-
pal caça utilizado pela Organização das Nações Unidas,
até que os caças a jato, como o F-86, superaram essa
aeronave. A partir de então o Mustang passou a ser usa-
do como caça bombardeiro especializado. Apesar do ad-
vento dos caças a jato, o Mustang continuou em serviço
nas forças aéreas de alguns países até o início dos anos
1980. Depois da Segunda Guerra Mundial e da Guerra
da Coreia, muitos desses aviões foram convertidos para
uso civil e também figuram em exibições aéreas.

North American P-51 Mustang

Classe Caça
País de origem EUA
Fabricante North American Aviation
Época de produção 1940 – 1951

Tripulação 1
Comprimento 9,83 m
Altura 4,08 m
Área da Asa 21.83 m²

Envergadura 11,28m

Motor 1 × Packard V-1650-
7  supercharged V-12,
1,490 hp (1,111 kW) at 3,000
rpm;[106] 1,720 hp (1,282
kW) at WEP

Variações

ƒ NA.73X ƒ A-36 Apache / A-36 Invader ƒ P-51 ƒ P-51A
ƒ P-51B ƒ P-51C ƒ TP-51C ƒ P-51D ƒ XP-51F ƒ XP-51G
ƒ P-51H ƒ XP-51J ƒ P-51K ƒ P-51L ƒ P-51M ƒ Mustang
Mk.I ƒ Mustang Mk.IA ƒ Mustang Mk.II ƒ Mustang Mk.III
ƒ Mustang Mk.IV ƒ Mustang Mk.IVA ƒ Rolls-Royce
Mustang Mk.X ƒ Commonwealth CA-17 Mustang Mk.20 ƒ
Commonwealth CA-18 Mustang Mk. 21, Mk.22 and Mk.23

33

North American T-6 Texan

Angel DiBilio/ Shutterstock.com
IanC66/ Shutterstock.com
O North American T-6 Texan é um avião e treina- um avião popular nas exibições aéreas. Também tem
mento avançado usado pelos pilotos americanos, britâ- sido usado diversas vezes para fazer o papel do avião
nicos e de outros países do Commonwealth britânicos japonês Mitsubishi Zero em filmes sobre a Segunda
desde a Segunda Guerra Mundial até os anos 1970. Guerra Mundial no Pacífico.
A última dessas aeronaves, utilizada pela Força Aérea
Brasileira, deixou o serviço em 1985 - cinquenta anos O T-6 foi empregado pela Força Aérea Síria, na
depois de o primeiro modelo ter sido lançado. O T-6 ti- Guerra Árabe Israelense em 1948, fornecendo suporte
nha uma variedade de designações dependendo do mo- aéreo para tropas e atacando campos de pouso, navios
delo e da força aérea que utilizava aeronave. Continua e colunas israelenses. Os sírios perderam apenas um
desses aviões, derrubado por uma bateria antiaérea.

North American T-6 Texan

Classe Treinamento

País de origem EUA

Fabricante North American Aviation

Época de produção 1937 – 1959

Tripulação 2

Comprimento 8,84 m

Altura 3,57 m

Área da Asa 23.6 m²

Envergadura 12,81 m

Motor 1 × Pratt & Whitney R-1340-
AN-1 Wasp, 600 hp (450 kW)

34

Hawker Hurricane

i4lcocl2/ Shutterstock.com

O Hawker Hurricane era um caça britânico pro- série de aeronaves de uso tão variado quanto caças,
jetado e construído pela Hawker Aircraft para a caças-interceptadores, caças-bombardeiros e avião de
Força Aérea Real. Embora tenha sido eclipsado pelo apoio a tropas no solo. Outras versões sofreram mo-
Supermarine Spitfire, o Hurricane ficou famoso du- dificações que permitiram que o avião operasse a par-
rante a Batalha da Grã-Bretanha, tendo sido respon- tir porta-aviões. Essa versão ficou conhecida como Sea
sável por 60 % das vitórias aéreas conquistadas pela Hurricane. Na Grã-Bretanha, cerca de 14.580 unidades
Força Aérea Real. O avião também serviu nos maio- foram produzidas até o final de 1944. Também utilizado
res teatros da Segunda Guerra. pela Força Aérea Canadense, o Hurricane foi, igualmen-
te, fabricado nesse país. Na época da guerra, aproxima-
O projeto original, realizado nos anos 1930, evoluiu damente 1.400 foram produzidos no Canadá.
em diversas versões e adaptações que resultaram numa

Variações Hawker Hurricane

ƒ Hurricane Mk I ƒ Hurricane Mk I (revisado) Classe Caça
ƒ Hurricane Mk IIA Series 1
ƒ Hurricane Mk IIB (Hurricane IIA Séries 2) País de origem Reino Unido
ƒ Hurricane Mk IIB Trop.
ƒ Hurricane Mk IIC (Hurricane Mk IIA Séries 2) Fabricante Hawker Aircraft
ƒ Hurricane Mk IID ƒ Hurricane Mk IIE ƒ Hurricane Mk T.IIC
ƒ Hurricane Mk III ƒ Hurricane Mk IV ƒ Hurricane Mk V Época de produção 1937 – 1944
ƒ Hurricane Mk X ƒ Hurricane Mk XI ƒ Hurricane Mk XII
ƒ Hurricane Mk XIIA ƒ Sea Hurricane Mk IA Tripulação 1
ƒ Sea Hurricane Mk IB ƒ Sea Hurricane Mk IC
ƒ Sea Hurricane Mk IIC ƒ Sea Hurricane Mk XIIA Comprimento 9,84 m
ƒ Hillson F.40 (a.k.a. F.H.40)
ƒ Hurricane Photo Reconnaissance Altura 4m
ƒ Hurricane Tac R
Área da Asa 23.92 m²

Envergadura 12,19 m

1 × Rolls-Royce Merlin XX

Motor V-12, 1,185 hp (883 kW) em

21,000 ft (6,400 m)

35

Mikoyan-Gurevich MiG-21

Com seu voo inaugurou realizado em 14 de fevereiro
de 1956, o Mikoyan-Gurevich MiG-21 é um caça a jato
supersônico projetado e fabricado na União Soviética.
Foi apelidado de “Balalaica” por pilotos poloneses devi-
do à forma da sua fuselage, que lembra o instrumento
de cordas russo.

As primeiras versões do MiG-21 constituem a segun-
da geração de caças a jato, enquanto seus modelos pos-
teriores iniciaram a terceira geração. Aproximadamente
sessenta países e quatro continentes empregaram o
MiG-21 em suas forças aéreas. De fato, ainda estão em
operação em alguns países. Esse caça estabeleceu al-
guns recordes na história da aviação. É o caça a jato su-
persônico mais produzido de todos os tempos e o avião
de combate mais produzido desde a Guerra da Coreia.
Além disso é o avião de combate com maior tempo de
produção de 1959 a 1985. O MiG-21 esteve em opera-
ção em diversos conflitos da segunda metade do século
20, como na Guerra do Vietnã, conflitos entre o Egito, a
Síria e Israel, na guerra Irã-Iraque, na Líbia, em Angola,
no Congo e em outros locais.

ra3rn/ Shutterstock.com

Mikoyan-Gurevich MiG-21

Classe Caça

País de origem URSS

Fabricante Mikoyan

Época de produção 1959-2006

Tripulação 1

Comprimento 15,76 m

Altura 4,12 m

Área da Asa 23 m²

Envergadura 7,15

1 × Tumansky R25-300,

Motor 40.21 kN (9,040 lbf) 69.62 kN

(15,650 lbf)

36

37

Martin Spurny/ Shutterstock.com

Curtiss P-40

Stanislav Fosenbauer/ Shutterstock.com

O Curtiss P-40 foi um caça americano que voou pela Esquadrão 112 da Força Aérea do Deserto usou uma
primeira em 1938. Usado pela maioria dos aliados du- boca de tubarão pintada sob o nariz da aeronave.
rante a Segunda Guerra Mundial, esteve em serviço até Embora seja uma característica sempre lembrada do
o final do conflito. A Força Aérea Brasileira foi a últi- P-40, os britânicos estavam copiando o Messerschmitt
ma a deixar de utilizar o avião, em 1958. Foi o terceiro Bf 110, alemão.
caça americano mais produzido, depois do P-51 e do
P-47. De acordo com Justin D.Murphy e Matthew A. Como o P-40 era inferior a alguns caças alemães,
McNiece, autores do livro Military Aircraft, 1919-1945: como o Messerschmitt Bf 109, em combates de altitude
An Illustrated History of their Impact, em novembro de elevada, foi raramente usado em operações no noroeste
1944, quando o P-40 parou de ser produzido, 13.738 da europa. Não obstante, o P-40 teve grande impor-
unidades foram construídas. tância nos teatros do Oriente Médio, sudeste asiático,
Europa Oriental e Itália. O desempenho da aeronave
No Estados Unidos, todos os modelos foram chama- em altitudes elevadas não era um fator importante nes-
dos de P-40 Warhawk. Os países do Commonwealth ses teatros, onde foi utilizado como caça de superiorida-
Britânico e a Força Aérea Soviética adotaram o nome de aérea, escolta de bombardeiro e caça-bombardeiro.
Tomahawk para os modelos P-40 B e P-40 C, e o nome Depois da guerra, seu projeto foi considerado medíocre,
Kittyhawk para modelos equivalentes ao P-40 D e va- adequado apenas para apoio aéreo. Entretanto, pesqui-
riações posteriores. sas recentes, as quais incluem o estudo dos registros
individuais dos esquadrões aliados, indicam que a má
O P-40 entrou em combate pela primeira vez na fama não se deve. O P-40, de fato, mostrou-se um caça
campanha do norte da África em junho de 1941, du- capaz de garantir superioridade aérea, abatendo muitos
rante a Segunda Guerra Mundial. Nessa campanha, o

38

Anatoliy Lukich/ Shutterstock.com

Everett Historical/ Everett Historical Mikoyan-Gurevich MiG-21

Classe Caça

País de origem EUA

Fabricante Curtiss-Wright Corporation

Época de produção 1939-1944

Tripulação 1

Comprimento 9,66 m

Altura 3,76 m

Área da Asa 21.92 m²

Envergadura 11,38 m

aviões inimigos. Uma das maiores vantagens dessa ae- Variações
ronave era o baixo custo, o que o manteve em produção
como avão de ataque ao solo muito tempo depois de ter ƒ XP-40 ƒ P-40 ƒ P-40A ƒ P-40F and P-40L
se tornado obsoleto como caça. Em 2008, ainda exis- ƒ P-40G ƒ P-40K ƒ P-40M ƒ P-40N ƒ P-40P 
tiam 29 P-40’s capazes de voar. ƒ XP-40Q ƒ P-40R ƒ RP-40 ƒ TP-40 ƒ Twin P-40

39

Boeing B-17 Flying Fortress

Greg Randles/ Shutterstock.com

A fortaleza voadora Boeing B-17 foi desenvolvida na Darren Brode/ Shutterstock.com
década de 1930 nos Estados Unidos e introduzido em
1938. Desde então, passou por diversas modificações, Boeing B-17 Flying Fortress
as quais melhoraram e adaptaram o projeto inicial. A
aeronave foi usada basicamente pela Força Aérea do Classe Bombardeiro
Exército dos Estados Unidos em missões de bombar-
deio estratégico à luz do dia. Os alvos eram principal- País de origem EUA
mente instalações militares e industriais na Alemanha.
Foi fundamental para garantir a superioridade aérea Fabricante Boing
na Europa Ocidental, antecipando e preparando a in-
vasão da França, em 1944. O B-17 também tomou Época de produção 1937-1945
parte, embora menos extensivamente, da Guerra no
Pacífico, quando participou de ataques contra navios e Tripulação 10
aeroportos japoneses.
Comprimento 22,60 m
Desde o conceito inicial, o B-17 foi criado como uma
arma estratégica. Um bombardeiro potente, que voava Altura 5,82 m
alto, com grande autonomia de voo capaz de defender
a si mesmo e voltar a base, apesar dos danos sofri- Área da Asa 131,92 m²
dos em batalha. Sua reputação logo atingiu propor-
ções míticas. Histórias e fotografias que circularam na Envergadura 31,62 m
época sobre B-17s que foram duramente atingidos em
missões, mas que conseguiram retornar, contribuíram Motor 4x motor turbocharged Wright
para aumentar sua fama. Foi o avião que mais lan- R-1820-97 “Ciclone”
çou bombas em toda a Segunda Guerra Mundial. De
acordo com Bill Yenne, autor do livro B-17 at War, das
1,5 milhões de toneladas de bombas lançadas sobre a
Alemanha e os territórios por ela ocupados, 640 mil
toneladas foram lançadas a partir de B-17s.

A fortaleza voadora continuou a ser usada até o final da
década de 1960. A última força aérea a utilizá-lo foi a FAB,
que o retirou de serviço em 1968. Até maio de 2015, dez
desses aviões continuavam em condições de voo.

40

Richard Thornton/ Shutterstock.com

O Vought F4U Corsair foi um caça americano uti- da França e por outros países. Alguns pilotos japoneses
lizado basicamente na Segunda Guerra Mundial e na consideravam o Vought F4U Corsair o caça americano
Guerra da Coreia. O primeiro protótipo foi entregue à mais formidável da Segunda Guerra Mundial. Segundo
Marinha dos Estados Unidos em 1940. Até 1953, quan- David Donald, em seu livro American Warplanes of
do o último desses aviões foi vendido à França, foram World War II, o F4U Corsair durante esse conflito aba-
produzidos 12.571 F4U Corsair em 16 modelos diferen- teu onze aviões para cada F4U derrubado. Embora tenha
tes. Desse modo, o avião detém o recorde de ter sido o tido revés iniciais com a aterrisagem em porta-aviões, o
caça produzido pelo período mais longo. problema foi solucionado, e o Corsair tornou-se o caça-
-bombardeiro lançado a partir de porta-aviões mais ca-
O Corsair foi projetado para operar a partir de porta- paz da Segunda Guerra. Durante a Guerra da Coreia e
-aviões. Até os anos 1960 o Corsair foi utilizado, além as Guerras Coloniais Francesas na Indochina e Argélia, o
da Marinha dos Estados Unidos, pela Grã-Bretanha, F4U Corsair foi praticamente o único caça-bombardeiro
pela Real Força Aérea da Nova Zelândia, pela Marinha a ser usado.

Variações Vought F4U Corsair

ƒ F4U-1 (Corsair Mk I) ƒ F4U-1A (Corsair Mk II) Classe Caça
ƒ F3A-1 (Corsair Mk. III) ƒ F4U-1B ƒ F4U-1C
ƒ F4U-1D (Corsair Mk IV) ƒ F4U-1P País de origem EUA
ƒ XF4U-2 ƒ F4U-2 ƒ XF4U-3 ƒ XF4U-4 ƒ F4U-4
ƒ F4U-4B ƒ F4U-4E and F4U-4N ƒ F4U-4K ƒ F4U-4P Fabricante Vought
ƒ XF4U-5 ƒ F4U-5 ƒ F4U-5N ƒ F4U-5NL ƒ F4U-5P
ƒ F4U-6 ƒ F4U-7 ƒ FG-1E ƒ FG-1K Época de produção 1942 – 1952
ƒ FG-3 ƒ FG-4 ƒ AU-1
Tripulação 1
Variações do Super Corsair
Comprimento 10,1 m
ƒ F2G-1 e F2G-2
Altura 4,9 m

Área da Asa 29,17 m²

Envergadura 12,5 m

1 × Pratt & Whitney radial

Motor R-2800-8 de 2.000 hp

(1.491 kW)

41

Grumman F6F Hellcat

Cpaulfell/ Shutterstock.com

O Grumman F6F Hellcat era um caça lançado a par- Grumman F6F Hellcat
tir de porta-aviões projetado para substituir o modelo
anterior F4F Wildcat a serviço da Marinha dos Estados Classe Caça
Unidos. O Hellcat foi desenvolvido para concorrer com
o F4U Corsair como caça operado a partir de porta-avi- País de origem EUA
ões. Como o Corsair teve problemas com a aterrisagem
nesse tipo de embarcação, além das adaptações que Fabricante Grumman
sofreu e que permitiram que continuasse em serviço, o
F6F tornou-se o caça principal utilizado pela Marinha Época de produção 1942 – 1945
Americana na última parte da Segunda Guerra Mundial.
Tripulação 1
Embora o F6F tenha muitas semelhanças com o seu
predecessor, o F4F Wildcat, seu projeto era completa- Comprimento 10,24 m
mente novo, usando o motor de 2.000 hps, o Pratt &
Whitney R-2800, também usado pelo Corsair e pelo Altura 3,99 m
Republic P47 Thunderbolt. Alguns militares referiam-se
a essa aeronave como o “irmão mais velho do Wildcat”. Área da Asa 31 m²

O F6F destacou-se, depois de estrear em combate Envergadura 13,06 m
no início de 1943, como o avião capaz de enfrentar o
Mitsubishi A6M Zero, ajudando a assegurar a superio- Motor 1 × motor radial Pratt &
ridade aérea no teatro do Pacífico. Seu projeto básico, Whitney R-2800-10W Double
porém eficiente, garantiu que o Hellcat fosse o caça
menos modificado da guerra. Foram fabricados 12,2 mil Wasp 2 000 hp (1 490 kW)
dessas aeronaves em apenas dois anos.
Variações
Enquanto esteve a serviço da Marinha dos Estados
Unidos e da força naval da Grã-Bretanha, os Hellcats ƒ XF6F protótipos
destruíram 5.223 aeronaves inimigas - mais do que
qualquer outro caça aliado lançado a partir de porta- ƒ XF6F-1 ƒ XF6F-2 ƒ XF6F-3 ƒ XF6F-4 ƒ XF6F-6
-aviões. Depois da guerra, o Hellcat permaneceu em
serviço até 1954, utilizado basicamente como caça no- Produção de séries
turno. A Marinha Uruguaia foi a última força armada a
usar o avião, o que fez até 1960. ƒ F6F-3 (designações britânicas Gannet Mk. Depois
Hellcat Mk. I) ƒ F6F-3E ƒ F6F-3N

ƒ F6F-5 Hellcat (British Hellcat Mk. II) ƒ F6F-5K Hellcat
ƒ F6F-5N Hellcat (British Hellcat N.F. Mk II)
ƒ F6F-5P Hellcat ƒ Hellcat FR Mk II ƒ FV-1

42

Vultee BT-13 Valiant

Wikicommons

O Vultee BT-13 Valiant foi um dos aviões militares
mais produzidos em todos os tempos. Era utilizado
como avião de treinamento durante a segunda Guerra
Mundial. Foi desenvolvido pela Vultee Aircraft para o
Corpo Aéreo do Exército dos Estados Unidos e, mais
tarde, para as Forças Aéreas do Exército dos Estados
Unidos. Uma variação subsequente do B-13 usada por
essas forças foi o BT-15 Valiant. Uma versão prati-
camente idêntica, o Snv, foi usada pela Marinha dos
Estados Unidos como avião de treinamento de pilotos
navais.

Vultee BT-13 Valiant

Classe Treinamento

País de origem EUA

Wikicommons Fabricante Vultee Aircrafts

Época de produção 1939 – 1947

Tripulação 2

Comprimento 8,79 m

Altura 3,51 m

Forças armadas que usaram o Vultee BT-13 Valiant: Área da Asa 22,2 m²

Argentina z Bolívia z Brasil Envergadura 12,80
Chile z China z Colômbia
Cuba z República Dominicana 1 × Pratt & Whitney R-985-
Equador z Egito z El Salvador
França z Guatemala z Haiti Motor AN-1 nove cilindros resfriado
Honduras z Indonésia z Israel
México z Nicarágua z Panamá a ar radial, 450 hp (340 kW)
Paraguai z Peru z Estados Unidos
Filipinas z União Soviética Variações
Taiwan z Venezuela
O Vultee BT-13 Valiant teve como outras aero-
naves, diversas adaptações e variações. São elas:

ƒ BC-3 ƒ BT-13 ƒ BT-13ª ƒ BT-13B ƒ BT-15
ƒ XBT-16 ƒ SNV-1 ƒ SNV-2 ƒ T-13A

43

Vickers Wellington

Wikicommons

Rook76/ Shutterstock.com O Vickers Armstrong Wellington O Vickers Wellington foi um bombardeiro médio de
MKII em selo canadense (c.1999) grande autonomia de voo projetado na Grã-Bretanha
44 em meados da década de 1930. Foi muito usado como
bombardeiro noturno nos primeiros anos da Segunda
Guerra Mundial, até perder seu lugar para bombar-
deiros mais pesados, de quatro motores, como o Avro
Lancaster. Apesar disso, o Wellington continuou em
serviço durante todo o conflito, usado particularmente

Vickers Wellington

Classe Bombardeiro

País de origem Reino Unido

Fabricante Vickers-Armstrongs
(Aircraft) Ltd.

Época de produção 1936 -1945

Tripulação 6

Comprimento 19,69 m

Altura 5,31 m

Área da Asa 78,1 m²

Envergadura 26,27 m

Motor 2 × Bristol Pegasus Mark XVIII
radial, 1,050 hp (783 kW) cada

Variações

ƒ 271- O primeiro protótipo do bombardeiro Wellington.
ƒ 285 Wellington Mark I ƒ 290 Wellington Mark I
ƒ 408 Wellington Mark IA ƒ 416 Wellington Mark IC
ƒ 406 Wellington Mark II ƒ 417 Wellington B Mark III
ƒ 424 Wellington B Mark IV ƒ 442 Wellington B Mark VI
ƒ 440 Wellington B Mark X

Variações do Comando Costeiro

ƒ 429 Wellington GR Mark VIII ƒ 458 Wellington GR Mark XI
ƒ 455 Wellington GR Mark XII ƒ 466 Wellington GR Mark XIII
ƒ 467 Wellington GR Mark XIV

Como avião de transporte

ƒ Wellington C Mark XV ƒ Wellington C Mark XVI

Como avião de treinamento

ƒ 487 Wellington T Mark XVII ƒ 490 Wellington T Mark XVIII
ƒ Wellington T Mark XIX ƒ 619 Wellington T Mark X

como avião antissubmarino. Foi o único bombardeiro Outras
britânico a ser produzido durante toda a guerra.
ƒ 298 Wellington Mark II Protótipo
O primeiro bombardeio feito pela Força Aérea Real ƒ 299 Wellington Mark III Protótipo
da guerra foi executado por esses aviões. A missão teve ƒ 410 Wellington Mark IV Protótipo
como alvo o estaleiro alemão da cidade de Brunsbüttel ƒ 416 Wellington (II) ƒ 418 Wellington DWI Mark I
em 4 de setembro de 1939. Durante o ataque, dois ƒ 419 Wellington DWI Mark II ƒ 407 e 421 Wellington Mark V 
Wellingtons foram derrubados, tornando-se os primei- ƒ Wellington Mark VI ƒ 449 Wellington Mark VIG
ros aviões a serem atingidos no Front Ocidental. ƒ Wellington Mark VII ƒ 435 Wellington Mark IC
ƒ 437 Wellington Mark IX ƒ 439 Wellington Mark II
ƒ 443 Wellington Mark V ƒ 445 Wellington (I)
ƒ 454 e 459 Wellington Mark IX ƒ 470 e 486 Wellington
ƒ 478 Wellington Mark X ƒ 602 Wellington Mark X
ƒ Wellington Mark III

45

Petlyakov Pe-2

Wikicommons

Pilotos russos e a equipe de terra posam Wikicommons
em frente a um bombardeiro leve
Petlyakov Pe-2 Bombardeiro de mergulho
Petlyakov Pe-2, em Poltava, Russia (1944) URSS
Classe Petlyakov
O Petlyakov Pe-2 foi um bombardeiro leve soviético País de origem 1939 – 1945
usado durante a Segunda Guerra Mundial. Considerado Fabricante 3
como uma das melhores aeronaves de ataque ao solo, Época de produção 12,66 m
teve também extremo sucesso enquanto caça pesado, Tripulação 3,5 m
avião de reconhecimento e caça noturno. Foi, por esses Comprimento 40,5 m²
motivos, um dos aviões mais importantes da Segunda Altura 17,16 m
Guerra Mundial, semelhante em muitos aspectos ao Área da Asa
Mosquito Britânico. O Pe-2 foi produzido em gran- Envergadura 2 × Klimov M-105PF V-12,
de quantidade. De acordo com Enzo Angeluci e Paolo 903 kW (1,210 hp) cada
Matricardi, autores da enciclopédia World Aircraft: Motor
World War II, foram fabricadas 11.400 unidades mais
do que qualquer outro avião de combate de dois mo-
tores, exceto pelo Junkers Ju 88 Alemão e o Vickers
Wellington Britânico. O Pe-2tinha como vantagens sua
grande velocidade, facilidade de execução de mano-
bras e durabilidade. Depois da guerra, o bombardeiro
leve continuou a ser usado por diversas forças arma-
das de países comunistas. A Organização do Tratado
do Atlântico Norte designou-o, nesse período Buck. A
Força Aérea da Iugoslávia foi a última força armada a
utilizar o Pe-2, aposentando-o em 1954.

Variações

ƒ PB-100 - Protótipo do Pe-2
ƒ Pe-2 - Primeira variação de produção
ƒ Pe-2B ƒ Pe-2D ƒ Pe-2FT ƒ Pe-2FZ ƒ Pe-2I ƒ Pe-2K
ƒ Pe-2K RD-1 ƒ Pe-2M ƒ Pe-2MV ƒ Pe-2R ƒ Pe-2S
ƒ Pe-2Sh ƒ Pe-2VI ƒ Pe-2UTI (UPe-2) ƒ Pe-2 Paravan
ƒ Pe-3 ƒ Pe-4

46

Mikoyan-Gurevich MiG-17

Wikicommons

Daniel M. Silva/ Shutterstock.com Mikoyan-Gurevich MiG-17

Classe Caça a jato

País de origem URSS

Fabricante Mikoyan-Gurevich

Época de produção 1951 – 1986

Tripulação 1

Comprimento 11,36 m

Altura 3,8 m

Área da Asa 22,6 m²

Envergadura 9,63 m

Motor 1× Klimov VK-1 turbojet
comAfterburner

O Mikoyan-Gurevich MiG-17 é um caça subsôni- Variações
co produzido na União Soviética a partir de 1952 e
que continua em serviço, embora limitado. Utilizado ƒ I-330 ƒ MiG-17 (“Fresco A”) ƒ MiG-17A ƒ MiG-17AS
por diversas forças aéreas com muitas variações, é ƒ MiG-17P (“Fresco B”) ƒ MiG-17F (“Fresco C”)
um desenvolvimento avançado do MiG-15 usado na ƒ MiG-17PF (“Fresco D”) ƒ MiG-17PM/PFU (“Fresco E”)
Guerra da Coreia. ƒ MiG-17R ƒ MiG-17SN ƒ Shenyang J-5

O MiG-17 entrou em combate pela primeira vez do participado intensamente de combates aéreos du-
em 1958 no Estreito de Taiwan e foi usado com efi- rante a o conflito que dividiu o Vietnã. Com ele três
ciência contra os caças supersônicos americanos na pilotos norte-vietnamitas conquistaram o status de
Guerra do Vietnã. Durante esse conflito, o Vietnã do ases: Nguyen Van Bai (sete vitórias), Luu Huiy Chao e
Norte criou seu primeiro regimento de caças a jato. Le Hai (ambos com seis vitórias).
Com efeito, o MiG-17 tornou-se o interceptador da
recém-nascida Força Aérea Popular Vietnamita, ten-

47

Mitsubishi A6M Zero

KarSol/ Shutterstock.com

O Mitsubishi A6M Zero foi um caça de grande au- Contudo, a partir de meados de 1942, uma combinação
tonomia fabricado pela Mitsubishi e utilizado pela de novas táticas e a introdução de melhor equipamento
Marinha Imperial Japonesa entre 1940 e 1945. Sua sigla permitiu que os pilotos aliados enfrentassem o Zero qua-
significa:A= Combate; 6= 6° modelo; e M= Mitsubishi. se nos mesmos termos. Por volta de 1943, devido à falta
A designização “Zero” refere-se ao último dígito do ano de desenvolvimento de motores aéreos mais potentes, o
imperial de 2600, equivalente a 1940, o ano em que a Zero passou a ser menos eficiente contra os novos caças
aeronave entrou em serviço na Marinha Imperial. inimigos, os quais contavam com maior poder de fogo,
blindagem e velocidade - quase igualando a excelente
Quando foi introduzido no início da Segunda Guerra capacidade de manobras do Zero. Por volta de 1944, o
Mundial, o Zero foi considerado o caça lançado a partir Mitsubishi A6M já estava superado. No entanto, devido
de porta-aviões mais eficiente do mundo, combinando às dificuldades de o Japão produzir novos tipos de avi-
grande capacidade de manobra e ampla autonomia de ões, o Zero continuou em serviço até o final da guerra.
voo. Desde os primeiros combates aéreos, o Zero ganhou Durante os últimos anos da Guerra do Pacífico, o Zero
a reputação de caça de aproximação efetiva Dogfighter, foi adaptado pelos pilotos kamikazes, os quais lança-
garantindo aos pilotos a alta precisão, rapidez e destreza vam seus aviões carregados com explosivos diretamente
nas manobras aéreas, tanto na tentativa de enquadrar contra os navios aliados em ataques suicidas. Durante a
o inimigo como na fuga do enquadramento rival. Seu guerra, o Japão produziu mais Zeros do que qualquer ou-
índice de eficiência era, nos primeiros anos de guerra, tro modelo de aeronave de combate.
doze aviões aliados abatidos para cada Zero derrubado.

48

Mitsubishi A6M Zero

Classe Caça

País de origem Japão

Fabricante Mitsubishi

Época de produção 1940 – 1945

Tripulação 1

Comprimento 9,06 m

Altura 3,05 m

Área da Asa 22,04 m²

Envergadura 12 m

Motor 1 × Nakajima Sakae 12 radial,
709 kW (950 hp)

Variações

ƒ A6M1 Protótipo ƒ A6M2 0 Modelo 11
ƒ A6M2 0 Modelo 21 ƒ A6M3 0 Modelo 32
ƒ A6M3 0 Modelo 22 ƒ A6M4 0 Modelo 41/42
ƒ A6M5 0 Modelo 52 ƒ A6M6c 0 Modelo 53c
ƒ A6M7 0 Modelo 62 ƒ A6M8 0 Modelo 64

Forças armadas que usaram o Zero
durante a Segunda Guerra Mundial

Japão z Tailândia

Pôs guerra

Indonésia z Taiwan

TFoxFoto/ Shutterstock.com

49

Lockheed P-38 Lightning

Brandon Bourdages/ Shutterstock.com

O Lockheed P-38 Lightning era um caça americano Lockheed P-38 Lightning
usado na Segunda Guerra Mundial desenvolvido a pe-
dido do Corpo Aéreo do Exército dos Estados Unidos. O Classe Bombardeiro
P38 tinha twin booms característicos e nacele (suporte
de motor em que este é fixado na asa ou fuselagem) País de origem EUA
central, contendo o cockpit e o armamento. Apelidado
de “Diabo de cauda dupla”, pelos alemães e “Dois avi- Fabricante Lockheed
ões, um piloto”, pelos japoneses, o P38 foi usado em
diversas funções, como intercepção, bombardeio em Época de produção 1941 -1945
mergulho e em nível, ataque ao solo, caça noturno,
foto-reconhecimento, escolta de radar e visual de bom- Tripulação 1
bardeiros, em missões de evacuação e caça-escolta de
grande autonomia. Comprimento 11,53 m

Esta aeronave foi usada com muito sucesso princi- Altura 3,91 m
palmente no teatro do Pacífico e da China, Birmânia,
Índia, garantindo vitórias aos maiores ases america- Área da Asa 30,43 m²
nos: Richard Bong (40 vitórias), Thomas McGuire (38
vitórias) e Charles MacDonald (36 vitórias). No teatro Envergadura 15,85 m
do sudoeste do Pacífico, o P38 foi o caça pesado de
longa autonomia mais utilizado pelas Forças Aéreas do Motor 2 × Allison V-1710-111/113
Exército dos Estados Unidos até o surgimento do P-51D V-12, 1,600 hp (1,193
Mustang, no final do conflito. Suas primeiras versões
eram demasiadamente lentas para ser considerado um kW) WEP a 60 inHg, 3.000 rpm
Dogfighter. Foi, apesar disso, o único caça americano a
ser produzido durante todo o período de participação Variações
dos Estados Unidos na Guerra de Pearl Harbor até a
vitória total sobre o Japão. ƒ XP-38 ƒ YP-38 ƒ P-38A ƒ XP-38A ƒ P-38B ƒ P-38C
ƒ P-38D ƒ P-38E ƒ P-38F ƒ P-38G ƒ P-38H ƒ P-38J
ƒ P-38K ƒ P-38L ƒ TP-38L ƒ P-38M ƒ P-422 ƒ F-4
ƒ F-4A ƒ F-5A ƒ F-5B ƒ F-5C ƒ XF-5D ƒ F-5E ƒ F-5F
ƒ F-5G ƒ XFO-1 ƒ Lightning I

50

North American B-25 Mitchell

Everett Historical/ Shutterstock.com

O bombardeiro médio americano de dois motores fa- North American B-25 Mitchell
bricado pela North American Aviation foi batizado em
homenagem ao pioneiro da aviação militar dos Estados Classe Bombardeiro
únicos, major-general William Billy Mitchell. Usado por
muitas forças aéreas aliadas, o B-25 serviu em todos País de origem EUA
os teatros da Segunda Guerra Mundial e continuou
em serviço depois do conflito durante décadas. A úl- Fabricante North American Aviation
tima força aérea a deixar de utilizar o avião foi a da
Indonésia, em 1979. Produzido em diversas variações, Época de produção 1939 - 1945
cerca de dez mil foram fabricados. A maioria dos B-25s
a serviço dos Estados Unidos foi usada na guerra con- Tripulação 6
tra o Japão. Também destacou-se como um dos aviões
usados pela Força Aérea Brasileira, que os recebeu dos Comprimento 16,13 m
Estados Unidos depois de sua declaração de guerra con-
tra os países do Eixo, em agosto de1942, sob o siste- Altura 4,98 m
ma de leasing. Os brasileiros o utilizaram na campanha
contra os U-boats no Atlântico sul. A FAB deixou de Área da Asa 56,7 m²
usar seus B-25s apenas em 1970.
Envergadura 20,60 m

Motor 2 × Wright R-2600-92 Twin
Cyclone 14- cilindros
resfriados a ar radial, 1,700 hp
(1,267 kW) cada

Philip Pilosian/ Shutterstock.com Variações

ƒ NA-40 ƒ NA-40B ƒ B-25 ƒ B-25A ƒ B-25B ƒ B-25C
ƒ ZB-25C ƒ B-25D ƒ F-10
ƒ B-25D modelo de reconhecimento meteorológico
ƒ ZB-25D ƒ XB-25E ƒ ZXB-25E ƒ XB-25F-A
ƒ XB-25G ƒ B-25H ƒ B-25J-NC ƒ CB-25J ƒ VB-25J

Variações de treinamento

ƒ TB-25D ƒ TB-25G ƒ TB-25C ƒ TB-25J ƒ TB-25K
ƒ TB-25L ƒ TB-25M ƒ TB-25N

51


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