ㅤㅤㅤ ㅤㅤ

eixe o costume im-
pecável, a gravata,
os oxfords lustrosos
e o lenço de bolso
para a linha BOSS.

DNa HUGO, a ordem
é transgredir e dar
cara nova a roupas
preciosas, com boa dose de irreverência
no styling. A linha mais jovem da casa
alemã cresce e aparece, ganha desfile
próprio durante o Pitti Uomo, em Floren-
ça, e tem planos ambiciosos para 2018.
Durante mais de duas décadas, a
HUGO foi a porta de entrada no universo
Hugo Boss graças aos preços 30% mais bai-
xos e ao estilo assumidamente casual. Mas
parece que o jogo virou e, de coadjuvante,
a marca – sim, a partir de agora, pode parar
de tratá-la apenas como linha – passa a ser
protagonista de sua própria trajetória. Para
marcar a transição, o diretor-criativo Bart
de Becker imaginou uma tela em branco
aos poucos sendo preenchida na passarela
armada na Manifattura Tabacchi, antiga
fábrica de cigarros e charutos desativada.
As paredes cobertas por grafites de todo
tipo formaram diálogo afinado com os
desenhos a la Basquiat que decoravam
parte dos looks apresentados logo após o
bloco em total white do início do desfile.
"A coleção de verão 2018, batizada de
Ritualis Spiritualis, é inspirada nos rituais
de vodu africanos e reinterpreta a sim-
bologia de pinturas e desenhos", explica
de Becker. O casting andrógino deixou
evidente que, na nova fase da HUGO,
gênero não é uma preocupação. "Estou
sempre em contato com Jenny Swank
Krasteva, responsável pelo feminino, para
encontrar materiais, cores e até silhuetas
que funcionem para homens e mulhe-
res", diz o designer. As transparências
vistas em algumas produções masculinas
comprovam. Formas amplas em costu-
mes, casacos e calças deram o tom de
streetwear elegante que deve guiar o DNA
da HUGO de agora em diante.
Essas não são as únicas novidades.
Lojas próprias devem ser abertas no
ano que vem para ajudar a contar a
nova fase. As campanhas investem nos
millennials e elegem influencers como
Luka Sabbat e Anwar Hadid para mos-
trar o new look das roupas. "Escolhe-
mos pessoas de personalidade e estilo
próprio. A regra é criar as suas regras",
diz de Becker.

DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018 II II 151

MODA

Grooming
Elisa Sedoni

Cabelo
Marta Celi
Assistente
João Caneschi

Modelos
Olimpia e
Samuele (Esprit
Management);
Jim, Lucas e
Olaf (Nisch
Management)

152 II II DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018

DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018 II II 153

UM PIANISTA QUE SE REINVENTOU COMO MAESTRO E

ATIVISTA SOCIAL. UM JORNALISTA QUE ENTROU NO MUNDO DO
ENTRETENIMENTO E AGORA UNE OS DOIS UNIVERSOS EM UM ELOGIADO
PROGRAMA DE ENTREVISTAS. UM ATOR DE GRANDE SUCESSO QUE ENTRA
NA LISTA DE BEST-SELLERS COM SEU PRIMEIRO LIVRO PARA O PÚBLICO
ADULTO. EMBORA SEJAM DE SEGMENTOS TÃO DIFERENTES ENTRE SI,
OS HOMENS DE DESTAQUE DE 2017 TÊM UM PONTO DE CONVERGÊNCIA:
TODOS ELES TIVERAM A CORAGEM DE SAIR DE SUA ZONA DE CONFORTO
PARA VER ATÉ ONDE SUA CAPACIDADE OS LEVARIA. CORAGEM É A PALAVRA
QUE OS UNE, CORAGEM É A QUALIDADE PELA QUAL NÓS OS APLAUDIMOS.

CONHEÇA OS VENCEDORES DO 7º PRÊMIO GQ MEN OF THE YEAR

fotos PEDRO DIMITROW edição de moda SYLVAIN JUSTUM styling CUCA ELLIAS e KIKA CABRERA



LIDERANÇA

O EXECUTIVO QUE TRANSFORMOU A RENNER
NA MAIOR VAREJISTA DE MODA DO PAÍS

por GUILHERME MANECHINI

H Á EXECUTIVOS QUE personificam a história COSTUME, CAMISA E SAPATOS ACERVO PESSOAL
de uma empresa de tal maneira que parecem car-
regar a marca dela como sobrenome. Foi assim
com Jack Welch, na GE, e acontece hoje também
com José Galló, na Renner, o nosso Homem do Ano na ca-
tegoria Liderança. Desde 1991 no comando da Renner,
rede que ele transformou na maior varejista de moda do
país, o executivo tem na austeridade da gestão um de
seus mantras, tanto que inicia seu livro O Poder do En-
cantamento narrando o primeiro dia como superinten-
dente. “Opto por usar as escadas, e não o elevador. O
gesto gradualmente foi adotado por todos ali.”

Na época, a empresa contava com oito lojas na região
Sul. Hoje, tem mais de 350 em todo o país. A austeri-
dade, porém, segue e, segundo ele, foi fundamental
para a empresa atravessar em plena expansão a crise
econômica que o país vive (no terceiro trimestre, seu
lucro líquido avançou 65%). “Uma crise dessas ser-
ve como um teste de diferenciais competitivos”, diz.

Frequentemente com bons resultados, Galló é sem-
pre listado entre os executivos mais admirados do país.
Ele, inclusive, já perdeu as contas de quantos prêmios
ganhou. “É sempre bom recebê-los”, afirma. “Mas eles
não garantem o dia seguinte, e sim apresentam o su-
cesso do passado. Precisamos continuar trabalhando.”

156 II II DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018

HOMENAGEM EMPREENDEDORISMO

A HISTÓRIA DO PIANISTA QUE SUA AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO VIROU
VIROU MAESTRO E ATIVISTA REFERÊNCIA EM IDEIAS INOVADORAS
SOCIAL GANHOU OS CINEMAS
por DUDI MACHADO
por VERRÔ CAMPOS
SMOKING R$ 14.035 E CAMISA R$ 1 .650 ERMENEGILDO ZEGNA | SAPATOS ACERVO PESSOAL AAGENDA DO DIA DE Roberto Martini,
O ATOR ALEXANDRE NERO CEO e chefe de criação da Flagcx, agência de
assombrou-se com o maestro comunicação e publicidade (ou “plataforma
João Carlos Martins, interpre- de disrupção criativa”, como a empresa se
tado por ele no longa João, o Ma- apresenta) criada por ele, é comandada por um robô.
estro, lançado em 2017. “É um homem apai- Entre sinais vermelhos, amarelos e verdes, o sistema
xonado, obcecado pela música, que desafia de gerenciamento de projetos transforma em realida-
seus próprios limites”, descreveu Nero. A de conceitos que para muitos ainda parecem coisas
vida do maestro merecia mesmo um roteiro de ficção científica. Não no dia a dia de Martini: sua
cinematográfico. Ele começou a tocar piano empresa já vive no futuro agora.
aos oito anos e acabaria se transformando
em um dos maiores intérpretes de Bach da Organizações exponenciais, biomimética e o estudo
história. Mas, tanto quanto seus feitos, os de redes são os três pilares dos modelos de desenvolvi-
golpes da vida marcam a trajetória desse mento da Flagcx, que desde o início de 2017 já não existe
artista, que, no auge da carreira, teve os mo- de fato com uma sede física – a Castle, novo endereço
vimentos da mão direita comprometidos do grupo, na Vila Madalena, Zona Oeste de São Paulo,
por uma queda durante um jogo de futebol. funciona mais como um ponto de encontro e espaço
para reuniões, palestras e afins do que como uma sede
“Tratei a adversidade com rancor, pensei propriamente dita. A Flagcx existe como um conceito,
até em suicídio”, contou ele à GQ. Martins uma ideia, uma comunidade, segundo seu criador. “Pre-
continuou obcecado pelo piano, fazendo cisamos nos desmaterializar fisicamente para sermos
concertos com a mão esquerda. Depois dis- capazes de nos plugar com profissionais e trabalhar de
so, vieram ainda uma embolia pulmonar, qualquer lugar do mundo”, raciocina Martini. “Traba-
que o deixou em coma por 60 dias, e um lhar em rede é uma cultura. Temos que implementar
golpe na cabeça em um assalto, que com- isso na prática.”
prometeu os movimentos da mão direita.
Uma doença causada pela repetição de Desde que foi criada, há quatro anos, a empresa já
movimentos agravou ainda mais o quadro. cresceu 600% e incorpora nada menos que 19 unidades
de negócio, entre elas a CuboCC – surgida em 2004,
Em 2004, quando a mão direita também o embrião do grupo –, Mesa & Cadeira e Mandalah. A
“fechou”, João reinventou-se como maes- receita vem funcionando bem, obrigado. Com clientes
tro. O que antes era revolta virou estímulo como Unilever, Coca-Cola, Netflix, Google e Spotify, a
para se dedicar a projetos sociais. Hoje, com empresa foi pioneira em áreas como realidade aumen-
77 anos, Martins faz 220 concertos por ano tada e filmes 360 graus e produziu no Brasil a primeira
com a Bachiana Filarmônica e comanda música com ajuda de inteligência artificial. Ela segue
uma fundação para formação musical de como ponta de lança na inevitável transformação do
crianças da periferia, um coral com crian- sistema de comunicação e de seus valores e agora como
ças refugiadas, o Somos Iguais, e um novo nova estrutura: Martini e seus sócios recompraram a
projeto, que pretende abrir orquestras em participação que a Interpublic tinha no grupo e passa-
cidades com até 70 mil habitantes pelo país. ram a deter 100% de seu controle.
“Daqui a cinco anos, teremos mil orquestras
no Brasil. Me cobra isso.” Alguém duvida?

DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018 II II 157

BLAZER R$ 12. 860, TRICÔ R$ 3.7 10, CAMISA R$ 2. 840 E CALÇA R$ 3.600 BOTTEGA VENETA | RELÓGIO CAPEL AND 10065 BAUME &
MERCIER R$ 17. 300 | SAPATOS ACERVO PESSOAL

ESPERTO E BEM-INFORMADO, O CANTOR SE ESFORÇA PARA FUGIR DA MESMICE EM UM SEGMENTO
SEMI-ÁRIDO QUANDO O ASSUNTO É ESTILO. O RESULTADO FINAL É PURO ACERTO

SÃOPOUCOSOSARTISTAS popula- ESTILO anos e pela mulher, a atriz Fernanda Souza –
res no Brasil que realmente conseguem “A Fê sempre me ajuda a comprar roupas” –,
resultados convincentes quando o as- por Thiaguinho também se inspira em ídolos mu-
sunto é estilo. O cantor Thiago André sicais, como Justin Timberlake e Kanye West.
Barbosa, mais conhecido como Thiaguinho, é SYLVAIN Seu radar é muito bem calibrado para absorver
um deles. Pagode e samba são suas armas vo- JUSTUM as tendências e novidades que vêm das passa-
cais, mas é no closet recheado que se esconde relas e aplicá-las em shows ou na vida fora dos
um verdadeiro arsenal. Jaquetas poderosas, palcos. “Quando era mais novo, eu também
costumes bem-cortados, calças afuniladas, me espelhava nas pessoas que eu gostava. Você
tricôs delicados e um surpreendente domínio serve de referência para as pessoas que apre-
da combinação de cores justificam – e como! – ciam a sua música.” Thiaguinho é um oásis de
a presença do rapaz na categoria Estilo do estilo em seu segmento e deveria ser inspira-
prêmio Men of the Year 2017. ção para mais gente. Sobreposições, grafismos
e até brilho o cara segura. O cantor foge dos
“Sempre me preocupei com o que vestir, clichês e ganha muitos pontos por tentar fazer
desde criança. Meus pais se vestem muito o diferente em um terreno tão cheio de tabus.
bem. Certamente, fui influenciado por eles” Sabe tudo esse moleque!
conta. Auxiliado por um personal stylist há seis

158 II II DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018

MÚSICA DESIGN

EMICIDA, MARCELO D2, RAEL E FIÓTI SÃO OS ELE TRANSITA COM IGUAL COMPETÊNCIA
PRINCIPAIS EXPOENTES DO GÊNERO HOJE ENTRE O DESIGN INDUSTRIAL E O AUTORAL

por RICARDO FRANCA CRUZ por BETA GERMANO

N ÃO É O SOM QUE VOCÊ ouve em todas as rá- FILHO DE PEIXE TUBARÃO É! Zanini de Zani-
dios, muito menos são os artistas que estão to- ne nunca teve medo do sobrenome que carrega. Ele
dos os dias tocando nos estúdios de TV. Não são aprendeu com o pai, o arquiteto Zanine Caldas, e
os nomes que lotam os grandes festivais Brasil amigos dele (Sérgio Rodrigues, Amilcar de Castro
afora, apesar de dominarem as redes sociais, nem o ritmo e outros) quase tudo o que sabe sobre design, arte e arqui-
que você ouve em qualquer lugar. Ainda é marginalizado, tetura. Desenhou uma mesa de centro desmontável em
é verdade – e, talvez, ainda bem. Mas é a música que mais 2002, quando ainda estudava na PUC Rio, e não parou de
influencia e é influenciada pelas ruas, mesmo porque nas- crescer. Só em 2017, ele lançou 20 peças e estreou no uni-
ceu delas e nelas, e, por isso, mais se conecta à moda, que verso dos revestimentos ao criar um cobogó para chamar
olha para o asfalto como o gavião escaneia o solo. Não à toa, de seu. Também em 2017, abriu uma loja onde são vendi-
são seus expoentes contemporâneos que detêm pelo mun- das peças do Studio Zanini e de outros designers que ele
do os contratos com as grandes marcas, de luxo ou não. aprova, lançou um documentário sobre o seu pai e assi-
nou os interiores de um prédio no Leblon.
Indiscutivelmente, o rap é hoje o estilo musical mais
contundente do Brasil. É o mais inovador, mistura dis- É, sem dúvida, o designer brasileiro que melhor tran-
curso político e convite à festa na mesma medida, une sita entre a indústria – já fez parcerias com marcas como
todas as classes sociais e, se não faz você sacudir o es- Mekal, Tolix, Cappellini, Poltrona Frau e Slamp – e o de-
queleto nem um milímetro, amigo, você precisa consul- sign autoral (ele mantém uma marcenaria para criar pe-
tar um médico. Peça um atestado por insensibilidade ças únicas ou limitadas). E revelou recentemente sua fa-
aos beats dos DJs, por insensibilidade aos riscos da agu- ceta de artista. Desdobramentos dos estudos para móveis,
lha dos toca-discos no vinil e, talvez, por falta de com- suas esculturas ganharam o concorrido passaporte de en-
preensão à poesia rimada que flui das ideias daqueles trada para o mundo artsy: são vendidas na galeria Luciana
que seguram o microfone. Emicida é o nome que salta Caravello, no Rio de Janeiro, e estarão expostas ao lado de
aos olhos e ouvidos em 2017: foi capa da GQ (um gran- móveis inéditos no MAM RJ a partir do dia 9 de dezembro.
de feito, cá entre nós), gravou seu primeiro DVD – “um
soco”, como ele define – com participação e bênção de “Para mim, é tudo uma coisa só. Seja uma peça indus-
Caetano Veloso no Dia da Consciência Negra. Marcelo trial, uma série limitada ou uma escultura, sempre come-
D2, o pai do rap com samba, tem tanta história que sua ço estudando as formas sem definições prévias, pois sem-
caminhada virou a cinebiografia Legalize Já!, lançada pre fui apaixonado por artes plásticas”, explica o carioca.
no Festival do Rio. Ao lado deles, Rael, um milimétrico
neurocirurgião de rimas com voz de rhythm and blues, Se em 2016 fechou com o prêmio do Philadelphia Mu-
e Fióti, irmão de Emicida, estrategista dos negócios, dos seum of Art, em 2017, Zanini lança uma série limitada de
palcos e da LAB, a marca de roupas de ambos, comple- novos móveis de madeira de demolição, feitos para a Es-
tam a quadrilha. A banca é forte e representa. Um sal- passo, durante a Design Miami; em janeiro de 2018, apre-
ve à velha e à nova escola do rap nacional! sentará uma linha com a América Móveis e mais novida-
des arquitetônicas. Em paralelo, ele trabalha na edição de
um livro que comemorará o centenário de seu pai em 2019.

Não se engane com a voz mansa e o eterno jeito cario-
ca de ser. O boné disfarça uma característica peculiar de
Zanini: maxilares definidos e fortes prontos para devorar
qualquer oportunidade. Com ou sem crise, de fome esse
tubarão não morre!

DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018 II II 159

MODA GASTRONOMIA
NACIONAL
JEFFERSON RUEDA
FUNDADOR DA ELLUS, HÁ 45 ANOS É UM DOS
HERÓIS DA RESISTÊNCIA DA MODA NACIONAL DE ADAM CLAYTON, BAIXISTA DO U2, A FHC,
TODOS FICARAM FÃS DE SUA CASA DO PORCO
por SYLVAIN JUSTUM
por PITI VIEIRA
POUCASMARCASNOMUNDOPODEM orgu-
lhar-se de manter boa relevância por 45 anos e, ao CRIADOEMSão José do Rio Pardo (SP), Jefferson
longo do período, ostentar no portfólio de desfiles Rueda, de 40 anos, aprendeu a cozinhar aos 7, e,
e campanhas nomes como os de Kate Moss, Milla aos 13, assumiu a função de preparar todas a re-
Jovovich e Alek Wek. Pois saiba que uma dessas marcas feições da casa. Como nunca foi chegado aos es-
é 100% brasileira. A Ellus, fundada em 1972 por Nelson tudos, mudou-se para a capital para cursar gastronomia
Alvarenga, recebe nossa devida homenagem pelos exce- no Senac. O objetivo era se aperfeiçoar na profissão e re-
lentes serviços prestados à moda nacional. Atualmente tornar à cidade natal, onde abriria um bar ao lado da casa
parte da holding InBrands, a grife mantém intacto o DNA dos pais. Passados mais de 20 anos, ele ainda tem o for-
urbano cuja excelência no jeanswear rende um sem-fim te sotaque caipira, mas suas receitas ganharam o mundo.
de fortes imagens, registradas no livro Ellus Revolution,
sob a direção criativa de Adriana Bozon, fiel escudeira Depois de ter trabalhado nas cozinhas de Parigi, Pomo-
que hoje comanda o estilo da Ellus. dori e Attimo, abriu, há dois anos, a Casa do Porco, que
não surpreende apenas por utilizar uma única proteína,
Nelson Alvarenga é atualmente presidente do con- mas também por levar multidões ao centro da cidade. Do
selho da InBrands, que comanda também as outras ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao baixista do
grifes do grupo (Richards, VR, Salinas, Bob Store, U2, Adam Clayton, do artista plástico e ativista social chi-
Herchcovitch;Alexandre e SPFW), mas mantém, é claro, nês Ai Weiwei ao estilista Walério Araújo, todos ficaram
uma relação mais do que afetiva com a Ellus. As lem- fãs. A fila na porta é diária e se estende por horas, já que
branças estão muito vivas. “Como esquecer a campanha não há reserva, mas ninguém arreda pé do restaurante e
Mania de Você, de 1979, que, em plena ditadura, falava bar, que subiu 16 colocações no 50 Best América Latina
de liberdade e amor?”, relembra. Desfiles memoráveis deste ano e ficou em oitavo na lista. A casa também en-
no Campo de Marte, no Theatro Municipal e na Estação trou no Guia Michelin na lista dos restaurantes de boa co-
Júlio Prestes, em São Paulo, além do concurso Look of zinha e bom preço, os Bib Gourmand, uma classificação à
the Year, realizado em parceria com a agência de modelos parte. “O ano de 2017 está sendo maravilhoso! O sucesso
Elite, no fim dos anos 1980, também marcaram época. da Casa do Porco é a prova de que se você é bom no que
faz e é correto, pode relaxar que tudo vai dar certo”, diz.
Os tempos e os costumes mudaram, o mercado ficou
mais competitivo e vem sofrendo com a falta de apoio SMOKING R$ 9. 295 E CAMISETA R$ 1 .095 BURBERRY | SAPATOS ACERVO PESSOAL |
do governo. Não está fácil ser empresário de moda no RELÓGIO TRANSOCEAN CHRONOGRAPH UNITIME BREITLING R$ 51.825
Brasil, mas Nelson costuma sempre olhar para frente.
“O país ‘atrasado’ não nos ajuda, isso é um fato. Os altos
impostos, as grandes crises econômicas e de confiança,
a indústria têxtil nacional sucateada, entre tantos outros
fatores, dificultam a vida. Mas somos criativos, confian-
tes e estamos sempre nos reinventando para perpetuar
as nossas marcas. Os desafios me estimulam”, declara
otimista Nelson Alvarenga. Nos próximos 45 anos, ele
espera que a Ellus continue sólida, com o mesmo espírito
livre, sempre moderna e acompanhando o mundo sem
perder a identidade. Nós também.

160 II II DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018

CINEMA

O ATOR BRILHOU EM BINGO: O
REI DAS MANHÃS, UM DOS
MAIS ELOGIADOS LONGAS
NACIONAIS DE 2017

por VERRÔ CAMPOS

| N ÃO FOI SÓ EM Bingo: O Rei
das Manhãs que Vladimir Bri-
4.610 chta voltou à São Paulo da
década de 1980. Nosso pre-
R$ miado na categoria Cinema escolheu
a cantina Lazzarella, no Bexiga, como
ZEGNA locação para este retrato. O sobrado foi
construído por seu avô, e era lá que Bri-
ERMENEGILDO chta passava as férias quando criança.
“Naquela época, ninguém usava ber-
TENIS muda em São Paulo. Um dia, saí para
comprar sorvete e vi que só eu estava
| usando. Voltei e pus uma calça”, con-
ta. Esse senso de observação já menino
180 ele credita à vocação para ator, que diz
ser como a de seu personagem no fil-
R$ me, um dos mais elogiados longas na-
cionais de 2017. “Ele tem a consciência
TROUSSEAU de que pertence ao palco, que queria
isso. Eu também nunca tive dúvida.”
C A M I S E TA
35.500 Vladimir sempre foi engraçado.
“Normalmente, o caçula de uma famí-
| lia de muitos filhos fica mais engraçadi-
$ nho. É uma forma de apanhar menos,
chamar atenção. Um dos meus maio-
NR res prazeres era ver meus irmãos garga-
lhando. O fato de eu fazer humor hoje é
LAURE porque persigo aquele riso que não con-
BLANC sigo mais arrancar deles. Sabe a coisa
do cara que bebe perseguindo a sensa-
LPH ção do primeiro gole? Acho que persigo
ONT aquela gargalhada dos meus irmãos.”

A Mas o mais impressionante em Bingo
M é a viagem do riso ao drama. O diretor
Daniel Rezende diz que Brichta “mer-
HR gulhou de cabeça numa piscina sem sa-
ber se tinha água dentro” e o descreve
0 como “um monstro como ator”. Con-
P cordamos – e ficamos na torcida pelo
Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
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RELÓGIO

DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018 II II 161

ESPORTE REVELAÇÃO

COMO FAZER O PAÍS SE APAIXONAR DE NOVO O PERNAMBUCANO VIVEU SUA CONSAGRAÇÃO
PELA SELEÇÃO? ELE CONSEGUIU NA TV COM PERSONAGENS FORTES

por PATRICK CRUZ por NATÁLIA LEÃO

D URANTE MESES, a GQ negociou com o staff N O JARGÃO ESPORTIVO, a expressão “cor-
de Tite uma entrevista exclusiva com o treinador. rer por fora” faz referência a quem não começa
Para qualquer um que estivesse acompanhando o uma competição entre os favoritos, mas faz um
desempenho da seleção brasileira nas eliminató- trabalho excepcional e consegue um êxito sur-
rias para a Copa da Rússia, parecia fato sacramentado: não preendente. Foi nessa tática que o ator pernambucano
havia mais como a equipe ficar fora do mundial. Mas Tite Renato Góes investiu em sua carreira. “Eu nunca esperei
não abriu mão da precaução: a entrevista ocorreria, disse pelo cinema, pela TV ou pelo teatro. O segredo é correr
ele, mas só quando a classificação estivesse 100% certa. por fora. Ao invés de bater na porta pedindo trabalho, eu
Em contatos com outras fontes, a equipe da GQ soube que me mantinha em produção , por mais difícil que isso seja.
o treinador estava dando a mesmíssima resposta a poten- Depois, batia na porta e dizia: ‘Vá ver minha peça’.”
ciais patrocinadores, marcas interessadas em associar suas
imagens às do homem que havia ajudado o país a redesco- Renato construiu uma carreira sólida na Globo – já são
brir sua paixão pela seleção: qualquer que fosse o valor da 12 anos e mais de dez séries e novelas. Então, por que só
proposta ou a marca interessada, a conversa aconteceria agora o prêmio de revelação? “Acredito que até este ano
apenas depois de a classificação ocorrer de fato. as pessoas não relacionavam um papel ao outro, viam os
personagens, mas não me identificavam. Com Velho Chico
Esse episódio, prosaico, ilustra algumas das qualidades [ele interpretou Santo na primeira fase da novela] e Os Dias
que fizeram os torcedores caírem de amores pelo técnico: Eram Assim [folhetim em que viveu o médico Renato],
nada de oba-oba e seriedade observada mesmo nos míni- em que interpretei heróis muito fortes, isso mudou.” A
mos detalhes do trabalho com a seleção brasileira. Tite, próxima vez que você se deparar com o ator nas telas, será
claro, cumpriu a promessa e concedeu à GQ sua primeira na pele do rapper Marcelo D2. “As escolhas são o grande
entrevista a uma revista masculina depois da classificação segredo da nossa profissão, saber o passo que você vai dar
da seleção para a Copa da Rússia. A reportagem foi publi- garante a longevidade. Se você é um ótimo ator que faz
cada em nossa edição de julho. sempre o mesmo tipo de papel, tem que ser muito bom
no que faz”, afirma. “E se passeia por várias linhas e erra,
Os resultados em campo ajudaram a transformar Tite pelo menos errou tentando algo diferente.”
em virtual unanimidade nacional. Ele saiu das eliminató-
rias invicto, com dez vitórias e dois empates. Derrota, ape- TERNO R$ 10. 8 80 E SAPATOS R$ 5 .460 GUCCI | CAMISETA TROUSSEAU R$ 180 |
nas uma, em amistoso (contra a Argentina, realizado em RELÓGIO TRANSOCEAN CHRONOGRAPH UNITIME BRIETLING R$ 51.825
junho na Austrália). Às vitórias e à campanha estupenda
nas eliminatórias soma-se ainda a seriedade associada ao
treinador (e explícita em episódios como os relatados aci-
ma). Esse conjunto de fatores permite que Tite trabalhe
sem ter sua imagem associada à dos dirigentes da CBF
– alguns, ele próprio havia pedido em um abaixo-assina-
do, que deixassem a entidade. E são também esses fatores
que o mantêm distante de críticas à aparente contradição.
“Talvez tenha sido um pouco egoísta da minha parte, mas
aceitei o convite porque era um sonho. Era naquela hora ou
nunca”, disse ele. A gente agradece, professor.

162 II II DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018

COSTUME ERMENEGILDO ZEGNA R$ 14. 280 | CAMISA SALVATORE FERRAGAMO R$ 2.490| TÊNIS ACERVO PESSOAL

E NÃO É QUE ELE SE REINVENTOU MAIS UMA VEZ? O EX-CORRESPONDENTE INTERNACIONAL E
EX-APRESENTADOR DO BBB E DO FANTÁSTICO AGORA BRILHA COM SEU PROGRAMA DE ENTREVISTAS

ERA DIVERTIDO o personagem “Pedro TELEVISÃO ocupado por Jô Soares, praticamente um sinô-
Miau – repórter e gato”, criado pelo extin- nimo de talk show na televisão brasileira. Mas
to Casseta & Planeta com nada sutil ins- por o desafio foi superado sem sustos, a despeito da
piração no jornalista Pedro Bial. Piada à confessa ansiedade do entrevistador. “Não fi-
parte, não é que há de fato um paralelo entre os PATRICK camos pensando em como seria a resposta do
gatos (ou, ao menos, o que se diz deles) e o feli- CRUZ público”, disse ele à GQ entre goles de cerve-
no da vida real? Na TV, Bial tem enfileirado vi- ja em uma tarde quente em São Paulo. “Deci-
das – e a mais recente é um sucesso. di transformar a ansiedade em algo produtivo.
Trabalhamos para dar às pessoas um programa
Depois de sua encarnação como correspon- com a pegada de TV aberta, mas com o conte-
dente internacional e como apresentador (do údo que se vê mais na fechada.”
Fantástico e do Big Brother Brasil, apenas para
citar algumas), o ano de 2017 marcou a estreia Bial quer que seu programa ajude a “contri-
de Conversa com Bial. Seu programa de entre- buir para o debate”. Mas ele rechaça manique-
vistas foi escalado para uma missão que pro- ísmos na avaliação sobre o momento atual do
fissionais menos experientes poderiam enca- país. “Otimismo e pessimismo são duas formas
rar como uma fria: ocupar o horário que por 16 diferentes de ser estúpido”, afirma. “Se as op-
anos na Globo (e os 11 anteriores, no SBT) foi ções são essas, eu prefiro ser teimoso.”

DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018 II II 163

MODA S U S T E N TA B I L I DA D E
INTERNACIONAL
PEDRO PAULO
O HOMEM QUE REPOSICIONOU A LOUIS DINIZ
VUITTON COM SEU STREETWEAR DE LUXO
DE PILOTO DE FÓRMULA 1 A FAZENDEIRO
por SYLVAIN JUSTUM PIONEIRO NA PRODUÇÃO DE ORGÂNICOS

QUERO INJETAR DIVERSÃO na marca”, por GUILHERME MANECHINI FOTO FRANCO AMENDOLA CAMISA ACERVO PESSOAL
declarou Kim Jones logo após ser contratado AGRADECIMENTOS APPLE, JAPAN HOUSE, LINHA AZUL/METRÔ SP; CANTINA LAZZARELLA; ESTHER ROOFTOP; EDÍFICIO COPAN
pela Louis Vuitton, em 2011. Seis anos depois, LÁ SE VÃO DEZ ANOS desde que o ex-piloto de Fór- PGRROODO.MEIXNEGCMUTAIXVABIETNTEZNOCAOMUERNTD(OOLDA;MGOTC);TFÁEVIRONADUNADROTHEAADSDSAISD;T.VFAONTEOSGSRAASFEINAAROPDRROIDGUOÇBÃEORADLEDMO;ODAADRKIAAKNAIKLEOMBAOTSASU;SIFSÁT.BIPOROXDAVUIÇEÃRO CATARINA GAVASSE
é possível afirmar que ele fez mais do que isso. mula 1 Pedro Paulo Diniz deu os primeiros passos
O diretor criativo da linha masculina da gigante francesa para criar uma empresa voltada à produção de ali-
reposicionou a marca no segmento e é o nome que melhor mentos orgânicos com manejo sustentável da terra.
soube fundir o streetwear com o alto luxo. Faz mais de um Dois conceitos pouco explorados no país, mesmo com a
ano que só se fala da bombada colaboração com a Supre- enorme importância da agricultura na economia brasileira.
me. O buzz chegou ao ponto de levantar questões sobre os
rumos da Maison depois de tamanho golaço. A depender Foi assim que nasceu a Fazenda da Toca, localizada a
do savoir-faire de Jones, a aventura está só começando. cerca de 230km de São Paulo. Junto com o perfil inovador
da empresa, um outro desafio: criar um negócio de grande
A familiaridade do britânico com a estética esportiva escala. “Ainda hoje, o mercado brasileiro de orgânicos é
das ruas não nasceu ontem. Ele explorou o universo no muito pequeno em termos de produção e até mesmo em
início dos anos 2000 com sua marca homônima, ante- oferta de produtos”, diz o empresário. Na Austrália, por
cipando o que viria a ser o fenômeno da segunda década exemplo, há 17 milhões de hectares certificados para a
deste século. As passagens pela Umbro e pelo estilo da produção de orgânicos. No Brasil, menos de 1 milhão.
Pastelle, label de Kanye West que deu o que falar em
2008, deram a ele bagagem para aplicar a receita na tra- Para encarar o desafio, além de investimentos em
dicional grife do monograma e do Damier. O refresh pesquisa, adaptações de planejamento foram frequen-
na imagem do homem Vuitton somado às colaborações tes na gestão da fazenda nos últimos anos. A mais re-
certeiras abre as portas para uma nova, conectada e exi- cente ocorreu no início de 2017, quando o conselho de
gente leva de consumidores. Sem esquecer as raízes glo- administração da empresa, que inclui a holding de in-
betrotters da grife, Jones faz, a cada estação, escala em vestimentos da família, a Península, gerida por Abilio
uma cultura diferente, explorada de maneira nada literal Diniz, decidiu encerrar as linhas de produtos finais da
e muito sofisticada – a África, onde o designer passou a empresa. “O negócio se transformou. Estamos come-
infância, aparece com frequência. morando o segundo trimestre com resultado positivo. E
mais importante: regenerando a biodiversidade, a vida.”
Kim Jones é o nome mais quente da fervilhante moda
masculina atual. Sem hype nem afetação, ele cumpre com
louvor o desafio das grandes maisons de luxo no mundo de
hoje: entender o mercado, manter-se relevante sem aban-
donar a sua essência e imprimir a sua assinatura própria
sem, no entanto, sobrepor-se ao DNA da empresa.

164 II II DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018

L I T E R AT U R A

SEU SUCESSO NA TV E NOS
CINEMAS AGORA SE REPETE EM
OUTRO UNIVERSO: O LITERÁRIO

por NATÁLIA LEÃO

| TRÊS MESES ANTES de lan-
çar o livro Na Minha Pele – uma
980 mistura de autobiografia, diário,
entrevistas e pesquisas, que trata
R$ de forma leve temas duros como racis-
mo e abismo social –, Lázaro Ramos
N pensou em desistir do projeto, em cons-
trução havia dez anos. “Tive medo”,
O conta. “Estamos vivendo um momento
de muita briga e pouco diálogo, achei
W que a obra seria rejeitada.” Não foi.
Lançado em junho, o livro está desde
) então entre os mais vendidos no país, já
teve sua sétima reimpressão e bateu o
(ACNADDRAE recorde da história da Feira Literária de
Paraty, com mais de 1.400 exemplares
$A3L8E0X vendidos durante o evento.

A Embora encontrar Lázaro sob a ca-
R tegoria Literatura do Men of The Year,
e não em Televisão ou Cinema, possa
ET causar estranheza, ele não é um nova-
O to nesse universo. Na Minha Pele é o
seu quarto livro, mas o primeiro com
L tamanha repercussão (os três primei-
U ros eram voltados ao público infantil e
adolescente). Nas redes sociais, fotos de
O anônimos e celebridades encaixando
Q seus rostos à metade da face do ator, que
ilustra a capa, se multiplicam, assim
ORB como os depoimentos dos leitores so-
RIA bre suas experiências pessoais, como o
autor faz nas páginas de sua obra. “Acho
B que encontrei uma forma de dizer coi-
E sas dolorosas e necessárias sem vomi-
tá-las”, afirma. Nas interações com os
AVATA leitores, o ator e autor diz ter encontrado
JOALH a saída de um terreno movediço onde se
encontrava. “Eu estava muito pessimis-
R ta, mas os leitores compartilharam suas
S histórias e mostraram que agir é mais
importante que ser otimista.”
G
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DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018 II II 165

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Diretor de Redação RICARDO FRANCA CRUZ
Redator-Chefe PATRICK CRUZ
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Editor de Moda SYLVAIN JUSTUM Estagiário de Moda GABRIEL FERIANI

Produtor Executivo ENZO AMENDOLA
Assistente Administrativa ANDREA ZILET

ARTE
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DIGITAL
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COLABORADORES
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CAMILLA BARELLA, CARLOS BESSA, CATARINA GAVASSI, CECILIA TANURE, CUCA ELIAS, DELMO MOREIRA, DENIS FREITAS, DUDI MACHADO, EDSON BATIST, EDSON LUCIANO, FABIO XAVIER,
FERNANDO HADDAD, FRANCO AMENDOLA, GAEL OLIVEIRA, HENRIQUE MARTINS, HERMÉS GALVÃO, HUGO MOGART, IVAN ERICK, IVAN MARTINS, JAYME VASCONCELLOS, JOÃO ARRAES, KAKÁ LOBO,
LOVATTO, LUCAS LISBOA, MANUEL NOGUEIRA, MAR+VIN, MARCELO CALENDA, MARCIO ISHIKAWA, MARILIZ PEREIRA JORGE, MARIO AUGUSTO, MATHEUS PALLOS, MAURICIO PLANEL, MAX BITTENCOURT,
NATTAN FERRREIRA, OCTAVIO DUARTE, OTAVIO ROSSELI, PATRICIA BRESSIANI, PEDRO DIMITROW, PEDRO IGOR ALCÂNTARA, PEDRO PERDIGÃO, RENATO PIZZUTO, RODRIGO BERALDO, RONALDO FERREIRA,

STEFANIA PAPARELLI, THIAGO FERRAZ, TIAGO LEIFERT, TULIO FAGIM, VANESSA SENA, VERÔNICA MAMBRINI, VINICIUS CAVALCANTI, VITOR MIRANDA e YASMINE STEREA

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MARKETING E CIRCULAÇÃO
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Coordenadora de Marketing LUCIANA MORAES
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Paraná / Santa Catarina YAGUAR PUBLICIDADE E REPRESENTAÇÕES LTDA. com Jean Luc Jadoul: (41) 3336-4619 ([email protected])
Rio Grande do Sul JAZZ REPRESENTAÇÕES com Patricia Koops: (51) 3030-7777 / (51) 9792-9898 ([email protected])
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Bahia MUSA MIDIA E PLANEJAMENTO com Diana Falcão: (71) 9962-9832 ([email protected])
Milão MR. ANGELO CAREDDU – Oberon Media: (39) 02-874543 ([email protected])

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ITÁLIA agguerreiro.com.br com.br
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Vogue, GQ, AD, Glamour, GQ Style, Tatler, Glamour Style Book authenticfeet.com.br Louis Vuitton samsonitebrasil.
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PUBLICAÇÕES SOB LICENCIAMENTO Baume & Mercier (11) 3031-1703 br.louisvuitton.com
ÁFRICA DO SUL www.baume-et- loja.flaviaaranha.com Sawary Jeans
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AUSTRALIA (11) 5091-4000 martinstom.com
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Vogue, AD, Condé Nast Traveler, GQ, GQ Style, Brides, gerardo-andriello. (11) 3028-5355 0800 703 6363
Condé Nast Center of Fashion & Design, Vogue Me Boss Orange html netshoes.com.br sundown.com.br
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Freguesia do Ó – São Paulo, SP – CNPJ/MF nº 02.183.757/0001-93

DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018 II II 169

Clube de Cavalheiros

DE OLHO
NELES
EM 2018

EDUARDO MICHEL DOUKERIS
TOLDI Em novembro, o
executivo foi anunciado
Em 2011, ele deixou a vida como o novo comandante
no mercado financeiro da AB InBev na América
para criar a Egrey e do Norte, substituindo
João Castro Neves. Com
mergulhar no mundo da a missão de encabeçar
moda. Nos anos que se a operação que inclui
seguiram, dedicou-se a os Estados Unidos, o
coleções para mulheres, mercado mais importante
para a empresa, o
mas 2017 marcou sua catarinense de Lages
estreia no masculino. automaticamente se
E a novidade não veio cacifa para a sucessão
sozinha. Também em de Carlos Brito, CEO
2017, a marca começou global da maior
sua expansão territorial: cervejaria do mundo.
o Rio acaba de ganhar
a primeira loja da Egrey GABRIEL JESUS
Neymar é a estrela
fora de São Paulo. da seleção, mas é
Gabriel Jesus que,
RODRIGO na Copa da Rússia,
TEIXEIRA tem a chance de
Com filmes com mudar a escrita em
grande potencial uma posição-chave
de concorrer ao para a equipe: a
Oscar, o produtor de centroavante.
carioca estará O jovem atacante
no centro dos do Manchester City
holofotes. A pode se tornar o
Ciambra, uma grande homem-gol
coprodução com da seleção em mais
Martin Scorsese, de uma década. O
está cotado último grande foi
para o prêmio Ronaldo. Pra cima
de melhor filme deles, garoto!
estrangeiro, e Call
me by Your Name, MONTAGEM DE DE NIS FREITAS SOB RE IMAGENS DE DIVULGAÇÃO, RE PRODUÇÃO
para diversas

categorias,
incluindo a de
melhor filme. E,
cereja do bolo,

em 2018 ele
lança ainda a
ficção científica
Ad Astra, com o
astro Brad Pitt.

CAUÃ REYMOND ALBERTO LANDGRAF
Teremos a onipresença do ator em 2018. Ele fará a série Ilha de O chef ficou famoso com o Epice, em São Paulo, que colecionou
prêmios até ser fechado, no último mês de junho. Com o fim do
Ferro, que estreia na Globo em abril, mas, antes de ir ao ar, já restaurante, Landgraf mudou-se para o Rio para dar uma guinada
tem uma segunda temporada prevista. Nos cinemas, estará na na vida e na carreira. E a nova fase é aguardada com ansiedade por
comédia A Dupla, com Tatá Werneck, e em Piedade, outro que seus fãs: em fevereiro, o paranaense vai abrir o Oteque, restaurante
que deve ser um dos mais comentados de 2018. Minúsculo e
deve fazer barulho. Neste, do diretor Cláudio Assis (Amarelo autoral, ele terá cozinha aberta e uma adega de vinhos de respeito.
Manga), Cauã vai contracenar com Matheus Nachtergaele

em uma tórrida cena de sexo. Onipresença em alta rotação.

170 II II DEZEMBRO 2017 II JANEIRO 2018

Hugh Jackman and
the new TimeWalker
Chronograph

O novo TimeWalker Chronograph é inspirado
no desempenho e no espírito das corridas.
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São Paulo: Cidade Jardim 11 3552 8000 · Higienópolis 11 3662 2525 · Ibirapuera 11 5096 1714
Iguatemi São Paulo 11 3032 4230 · JK Iguatemi 11 3152 6180 · Morumbi 11 5184 0775 · Oscar Freire 11 3068 8811

Rio de Janeiro: 21 3252 2744 · Belo Horizonte: 31 3505 5155 · Campinas: 19 3255 8922
Cuiabá: 65 3623 4658 · Curitiba: Barigui 41 3373 4797 · Patio Batel 41 3088 1147

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