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Published by ㅤㅤㅤ ㅤㅤ, 2018-03-12 09:39:37

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'e'du'c''ac'--a--o--f-u-t-e-b-o-l**

BRASIL

PELÉ

Atacante (1956-1977)

Edson Arantes do Nascimento
(*Três Corações-MG, Brasil, 23-10-
1940) nasceu sob as bênçãos de uma
fada madrinha única que o tocou com a sua
varinha mágica para transformá-lo no melhor
jogador do mundo.
Pelé chegou ao Santos com 16 anos, vindo da cidade
de Bauru-SP. Dez meses depois, ao completar 17, já
fazia sua estreia na Seleção Brasileira, no dia 7 de agosto
de 1956, no Maracanã, jogo que a Argentina venceu por 2 a 1
e o gol brasileiro, claro, foi de Pelé.
Na Copa do Mundo de 1958, a distribuição de números das camisas
brasileiras foi feita de modo aleatório: Gilmar jogou com a 3, Garrincha
com a 11, Zagallo com a 17, mas coube a Pelé a número 10. A partir de
então, essa camisa se tornou mística no mundo inteiro: ao número 10 deve
corresponder sempre o melhor jogador do time.
Em 1969, o Santos fazia excursão à África. Um dos países a ser visitado estava em
guerra. Temendo pela segurança, os santistas tentaram cancelar o jogo. Pois os dois
países em guerra declararam trégua para ver Pelé em ação. Em novembro de 1969, Pelé
marcou o milésimo gol de sua carreira, aos 29 anos de idade. Outros jogadores, poucos,
chegaram aos mil gols, mas nenhum com a idade de Pelé.
Pelé é um capítulo especial na história do futebol mundial.
Foram apenas dois os times da vida de Pelé: Santos, de 1956 a 1974; e New York Cosmos, de 1975
a 1977. Pela Seleção Brasileira, fez 92 jogos e marcou 77 gols.
Em sua carreira, foram 1.281 gols em 1.363 partidas. Em 1969, o jornal francês L’Equipe o elegeu o
melhor jogador de futebol; o Comitê Olímpico Internacional o elegeu o melhor atleta do século; e a Fifa, no
mesmo ano, o elegeu o melhor jogador de futebol do século 20.

Principais títulos por clubes: Mundial Interclubes (1962 e 1963), Taça Libertadores da América (1962 e 1963),
Recopa Intercontinental (1968), Taça Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), Taça Roberto Gomes Pedrosa (1968),
Torneio Rio-São Paulo (1959, 1963, 1964, 1966 e 1968), Campeonato Paulista (1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965,
1967, 1968, 1969 e 1973) pelo Santos; Liga Norte-Americana de Futebol (1977) pelo New York Cosmos.

Principais títulos pela Seleção Brasileira: Copa do Mundo (1958, 1962 e 1970).

5

ADEMIR DA GUIA

Meia-esquerda (1960-1977)
Ademir da Guia (*Rio de Janeiro-RJ, 03-04-1942)
foi, sem dúvida, o mais clássico dos jogadores
de futebol do Brasil. Filho do zagueiro Domingos
da Guia que, de tão clássico foi apelidado de
“Divino Mestre”, herdou dele a classe e o apelido:
“Divino”. Foi titular absoluto do Palmeiras durante
16 temporadas, de 1962 a 1977. É o jogador que
mais vezes vestiu a camisa do Palmeiras: 901
jogos. E é o terceiro maior artilheiro do clube, com
153 gols. Em campo, parecia um jogador lento –
mas só parecia. Sua carreira profissional começou
no Bangu-RJ, de 1960 a 1961. Pela excelência de
seu futebol, é considerado um dos jogadores mais
injustiçados do Brasil, pois só jogou 12 vezes pela
Seleção Brasileira e em apenas uma Copa, a de
1974, durante 45 minutos.

Principais títulos por clube: Campeonato Brasileiro
(1972 e 1973), Robertão (1967 e 1969), Taça
Brasil (1967), Rio-São Paulo (1965), Campeonato
Paulista (1963, 1966, 1972, 1974 e 1976),
Torneio Rio-São Paulo (1965), Troféu Ramón de
Carranza, Espanha (1969, 1974 e 1975), Torneio
Mar del Plata, Argentina (1972), Troféu Cidade de
Barcelona (1969) pelo Palmeiras.

ADEMIR DE
MENEZES

Atacante (1939-1956)
Ademir Marques de Menezes
(*Recife-PE, 08-01-1922 - g Rio de
Janeiro, 11-05-1996) foi um dos maiores
jogadores do futebol brasileiro na década de
1940. Tinha o apelido de “Queixada”, devido ao
seu queixo proeminente. Veloz, artilheiro que dribla-
va na velocidade e sempre em direção ao gol adversá-
rio. Foi artilheiro da Copa do Mundo de 1950 com 9 gols.
Por sua velocidade, foi até inventado um novo nome para
a sua posição: ponta de lança. Foi revelado pelo Sport Recife
e contratado pelo Vasco da Gama em 1942. Quatro anos depois,
sua fama e seu futebol já eram tamanhos que o técnico do Flumi-
nense, Gentil Cardoso, disse aos seus dirigentes: “Deem-me Ademir
que lhes darei o campeonato”. Ademir foi contratado e o Fluminense
foi campeão carioca de 1947. Mas, no ano seguinte, ele já estava de
volta ao seu amado Vasco da Gama. Ademir defendeu o Sport de
1939 a 1942 e, em 1957, voltou para encerrar a carreira. Jogou pelo
Vasco da Gama, de 1942 a 1945 e de 1948 a 1956; pelo Fluminense,
de 1946 a 1947. Pela Seleção Brasileira, fez 37 gols em 41 jogos.

Principais títulos por clubes: Campeonato Pernambucano
(1941) pelo Sport; Campeonato Sul-Americano de Clubes
(1948), Campeonato Carioca (1945, 1949, 1950 e 1952) pelo
Vasco; Campeonato Carioca (1946) pelo Fluminense.

Principais títulos pela Seleção Brasileira: Campeonato
Sul-Americano (1949) e Campeonato Pan-Americano (1952).

6

CAFU

Lateral-direito (1989-2008)

Marcos Evangelista de Morais (*São Paulo, 07-06-1970) só venceu na
vida porque foi muito persistente: participou de nove peneiras até ser
aprovado no São Paulo. Nunca desistiu. Chegou a ser ponta-direita e
volante até ser fixado na lateral direita por Telê Santana. É considerado
um dos maiores laterais-direitos da história do futebol. Era dono de inve-
jável preparo físico, forte na marcação e recordista em jogos da Seleção
Brasileira: 149, marcando cinco gols. É também o único jogador a par-
ticipar de três finais seguidas de Copa do Mundo (1994, 1998 e 2002),
sendo que, em 2002, o ano do pentacampeonato brasileiro, foi o capitão.
Participou, também, da Copa de 2006. Defendeu o São Paulo-SP (1989
a 1994); Real Zaragoza-ESP (1994-95); Juventude-SC (1995); Palmei-
ras-SP (1995-97); Roma-ITA (1997-2003); Milan-ITA (2003-08).

Principais títulos por clubes: Mundial Interclubes (1992 e 1993), Copa
Libertadores da América (1992 e 1993), Recopa Sul-Americana (1993
e 1994), Supercopa da Libertadores (1993), Campeonato Brasilei-
ro (1991), Campeonato Paulista (1989, 1991 e 1992) pelo São
Paulo; Campeonato Paulista (1996) pelo Palmeiras; Recopa
da UEFA (1995) pelo Real Zaragoza; Campeonato Italiano
(2001) e Supercopa da Itália (2001) pela Roma; Mun-
dial de Clubes da FIFA (2007), Liga dos Campeões
da UEFA (2006/07), Supercopa da UEFA (2003 e
2007), Campeonato Italiano (2004), Superco-
pa da Itália (2004) e Trofeo Luigi Berlusconi
(2005, 2006, 2007 e 2008) pelo Milan.

Principais títulos pela Seleção Brasi-
leira: Copa do Mundo (1994 e 2002),
Copa das Confederações (1997) e
Copa América (1997 e 1999).

CARLOS ALBERTO

Lateral-direito (1963-1982)

Carlos Alberto Torres (*Rio de Janeiro-RJ, 17-07-1944) tinha
duas qualidades notáveis: a capacidade de liderar um grupo e
excepcional futebol para um lateral-direito. Foi capitão da Seleção
Brasileira tricampeã em 1970 e ficou eternamente apelidado por
seus companheiros de futebol de “Capita”. Na Copa do Mundo de
1970, o centroavante inglês Lee deu duas entradas criminosas no
goleiro Félix. O Capita chamou Pelé e pediu que ele acertasse o
inglês. Pelé disse que era muito visado e poderia ser expulso. Na
primeira bola que o centroavante pegou, Carlos Alberto saiu de
sua posição e deu-lhe uma pancada escandalosa. Lee não voltou
mais à área brasileira. O Capita começou sua carreira no Flu-
minense, em 1963; em 1966, transferiu-se para o Santos, onde
ficou até 1971. Teve rápida passagem pelo Botafogo, mas voltou
ao Fluminense (1971 a 1974); Santos (1974 a 1977); Flamengo
(1977 a 1980) e encerrou sua carreira nos Estados Unidos, no
New York Cosmos, em 1982. Abraçou a carreira de técnico e,
entre idas e vindas, dirigiu 21 times.

Principais títulos por clubes: Campeonato Carioca (1964,
1975 e 1976) pelo Fluminense; Recopa Sul-Americana
(1968), Recopa Intercontinental (1968), Torneio Roberto
Gomes Pedrosa (1968), Campeonato Paulista (1965, 1967,
1968, 1969 e 1973) e Torneio Rio-São Paulo (1966) pelo
Santos; Campeonato Norte-Americano (1977, 1978, 1980 e
1982) pelo New York Cosmos (EUA).

Título pela Seleção Brasileira: Copa do Mundo (1970).

7

DIDI

Meia-armador (1946-1966)

Por sua elegância dentro de campo, toques de classe e porte
ereto, Valdir Pereira foi apelidado pelo jornalista e dramaturgo
Nelson Rodrigues de “Príncipe Etíope”. Nascido na cidade de
Campos-RJ (*08-10-1928 - g Rio de Janeiro-RJ, 12-05-2001),
Didi foi o mais completo meia do futebol brasileiro até a sua épo-
ca. Era exímio cobrador de faltas e criou a “folha seca”: batida na
bola com o lado externo do pé que fazia a bola mudar de direção
como uma folha caindo de uma árvore. Foi com um gol assim de
Didi que o Brasil se classificou para a Copa do Mundo de 1958.
Eleito melhor jogador da Copa de 1958, recebeu o apelido de Mr.
Football dado pela imprensa europeia. Ao deixar o futebol iniciou
a carreira de técnico. Dirigiu a Seleção do Peru contra o Brasil,
na Copa do Mundo de 1970 (foi derrotado por 4 a 2). Clubes que
Didi defendeu: Americano-RJ (1946); Lençoense-SP (1946-1947);

Madureira-RJ (1947-1949); Fluminense-RJ (1949-1956);
Botafogo-RJ (1956-1959, 1960-1962 e 1964-1965); Real
Madrid-ESP (1959-1960); Sporting Cristal-PER (1963);
Veracruz-MEX (1965-1966) e São Paulo-SP (1966).

Principais títulos por clubes: Copa Rio (1952) e
Campeonato Carioca (1951) pelo Fluminense;
Torneio Rio-SP (1962), Campeonato Carioca
(1957, 1961 e 1962) pelo Botafogo; Liga
dos Campeões da UEFA (1958/59)
pelo Real Madrid.

Principais títulos pela Seleção
Brasileira: Copa do Mundo
(1958 e 1962) e Pan-Ameri-
cano de Futebol (1952).

DJALMA SANTOS

Lateral-direito (1949-1971)

Bastou um só jogo para Djalma Santos (*São Paulo-SP,
27-02-1929 - g Uberaba-MG, 23-07-2013) ser escolhido o
melhor lateral-direito da Copa. Isso aconteceu na Copa de
1958, na Suécia: Djalma passou todos os jogos na reserva,
mas entrou no time no lugar do contundido De Sordi no
jogo final e foi escalado para a seleção dos melhores da
Copa. Djalma Santos foi também agraciado com o título
de melhor lateral-direito de todos os tempos pela Fifa.
Começou sua carreira profissional na Portuguesa de
Desportos-SP, pela qual disputou 434 jogos em onze anos
(1948-1959). Transferiu-se para o Palmeiras e disputou
498 jogos em mais nove anos (1959-1968). Encerrou sua
carreira no Atlético Paranaense, em 1971, aos 42 anos,
mas, aos 80 anos, ainda jogava sua pelada semanalmente
com os amigos em Uberaba, Minas Gerais, onde faleceu.
Pela Seleção Brasileira, disputou 111 jogos, de 1952 a
1968, marcando 11 gols. Participou de quatro Copas do
Mundo: 1954, 1958, 1962 e 1966. Terminou a carreira sem
nunca ter sido expulso.

Principais títulos por clubes: Torneio Rio-SP (1952
e 1955) pela Portuguesa; Taça Brasil (1960 e 1967),
Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967), Torneio Rio-
São Paulo (1965), Campeonato Paulista (1959, 1963 e
1966) pelo Palmeiras; Campeonato Paranaense (1970)
pelo Atlético Paranaense.

Principais títulos pela Seleção Brasileira: Copa do
Mundo (1958 e 1962).

8

DOMINGOS DA GUIA

Zagueiro (1929-1947)
Naqueles anos 1930-1940 o grande zagueiro era aquele
que não se deixava driblar pelo adversário e que tirava,
de qualquer jeito, a bola de sua área. Mas, assim não foi
Domingos Antônio da Guia (*Rio de Janeiro-RJ,
19-11-1912 - g Rio de Janeiro-RJ, 18-05- 2000). Ele que-
brou os paradigmas, os costumes da época: não dava boti-
nadas nem chutão: dominava a bola e saía jogando com a
classe e elegância de um bom jogador do meio de campo.
É até hoje considerado o melhor zagueiro brasileiro de
todos os tempos para quem o viu jogar. Em 1938, defen-
deu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo, na França. E
lá cometeu um pecado: um pênalti sobre o atacante Piola,
da Itália. O Brasil perdeu, 2 a 1, e a jogada foi apelidada
de “Domingada”. Mas o melhor apelido ele ganhou quando
saiu do Vasco para o Nacional, do Uruguai. Por suas
exibições, passou a ser chamado de “El Maestro Divino”.
O Mestre Divino deixou como legado, além da beleza e
eficiência de seu futebol, o filho Ademir da Guia, o Divino.
Domingos foi revelado pelo Bangu-RJ, onde jogou de
1929-1932 e 1948-1949. Depois, Vasco-RJ (1932-1934);
Nacional-URU (1933); Boca Juniors-ARG (1935-1936);
Flamengo-RJ (1936-1943) e Corinthians-SP (1944-1947).

Principais títulos por clubes: Campeonato Uruguaio
(1933) pelo Nacional; Campeonato Carioca (1934) pelo
Vasco; Campeonato Argentino (1935) pelo Boca Juniors;
Campeonato Carioca (1939, 1942 e 1943) pelo Flamengo.

FALCÃO

Volante (1973-1986)
Paulo Roberto Falcão (*Abelardo
Luz-RS, 16-10-1953) tornou-se
profissional no Internacional-RS aos 20
anos de idade. Ao contrário dos volantes
da época, que eram mais destruidores de
jogadas, mais defensivos, Falcão se notabilizou
pela classe, pela técnica, pela ofensividade e
tornou-se rapidamente um dos melhores volantes do
futebol brasileiro e um dos principais jogadores da vitoriosa
e quase imbatível equipe do Internacional nos anos 70. Tanto
sucesso o levou à Roma-ITA, em 1980. E, com seu vistoso
e eficiente futebol, levou a Roma ao título italiano, título que
a equipe não via há 40 anos. Com a extraordinária façanha,
ganhou o apelido de “Rei de Roma”. Inexplicavelmente, ficou
fora da Copa de 1978, mas participou das Copas de 1982
e 1986. No Internacional, jogou por sete anos (1973-1980);
na Roma, de 1980 a 1985; no São Paulo-SP, 1985-1986.
Pela Seleção Brasileira, disputou 34 jogos, de 1976 a 1986,
marcando 7 gols.
Principais títulos por clubes: Campeonato Brasileiro (1975,
1976 e 1979), Campeonatos Gaúchos (1973, 1974, 1975, 1976 e
1978) pelo Internacional; Campeonato Italiano (1982/83), Copa
da Itália (1980/81 e 1983/84) pela Roma; Campeonato Paulista
(1985) pelo São Paulo.

9

FEITIÇO

Centroavante (1921-1940)

Luís Macedo Matoso (*São Paulo, 29-12-
1901- g São Paulo, 23-08-1985) ganhou o apelido
de Feitiço de uma torcedora encantada com o seu
futebol :“Ele parece um feitiço”. E o apelido pegou.
Nasceu no bairro do Bixiga, em São Paulo, jogava
bocha até conhecer o futebol. Tornou-se exímio arti-
lheiro e tinha uma especialidade: fazer gols de bico.
“Eu comecei a fazer as jogadas de bico para chegar
com o pé à frente do adversário. Foi dando certo
e eu continuei”, explicou ele anos depois. Outra
especialidade: as cabeçadas. Foi artilheiro do Cam-
peonato Paulista em seis temporadas (1923, 1924,
1925, 1929, 1930 e 1931) e, no Paulistão de 1927,
fez parte do histórico ataque do Santos formado
por Osmar, Camarão, Feitiço, Araken e Evangelista,
que marcou 100 gols em 16 partidas. O artilheiro da
competição foi Araken, com 31 gols. Feitiço jogou
no Corinthians, São Bento (da Capital), Peñarol (do
Uruguai), Santos, Vasco da Gama, Palestra Itália e
São Cristóvão, onde encerrou a carreira em 1940.
Teve discreta passagem pela Seleção Brasileira.

Principais títulos por clubes: Campeonato Paulista
(1925) pelo São Bento; Campeonato Uruguaio
(1935) pelo Peñarol; Campeonato Carioca (1936)
pelo Vasco da Gama.

FRIEDENREICH

Centroavante (1909-1935)

O mulato Arthur Friedenreich (*São
Paulo, 18-07-1892 - g São Paulo, 06-
09-1969) era filho de um alemão, Oscar
Friedenreich, funcionário público, com a pro-
fessora primária negra Mathilde Moraes e Silva.
Começou a jogar futebol em 1909 para rapidamen-
te tornar-se uma lenda naquele começo de século. Em
1919, marcou o gol da vitória da Seleção Brasileira sobre
o Uruguai, 2 a 1, dando ao futebol brasileiro o seu primeiro
título: o de campeão Sul-Americano (hoje Copa América). Por
sua raça, sua determinação em campo, sua valentia, ganhou o
apelido de El Tigre, dado pelos uruguaios. Foi nove vezes artilheiro do
Campeonato Paulista. O número de gols e partidas jogadas é uma gran-
de polêmica. O jornalista e historiador santista De Vaney publicou que ele
teria jogado 1.329 partidas, marcando 1.239 gols. Esse número chegou até a
ser reconhecido oficialmente pela Fifa, como consta do livro “Almanaque dos
Artilheiros”, do jornalista José Manuel Dressler. Outras pesquisas aparecem
com números diferentes como, por exemplo, dos jornalistas Orlando Duarte
e Severino Filho, que chegaram a 554 gols em 561 partidas. Fried defendeu
o Germânia-SP, Mackenzie-SP, Ypiranga-SP, Americano-SP, Paysandu-SP,
Paulistano-SP, Flamengo-RJ, Internacional-SP, Atlético Santista-SP, Santos-SP
e São Paulo-SP, voltando ao Flamengo-RJ em 1935, onde encerrou a carreira.

Principais títulos por clubes: Campeonato Paulista (1918, 1919, 1921,
1926, 1927 e 1929) pelo Paulistano; Campeonato Paulista (1931) pelo
São Paulo.

Principais títulos pela Seleção Brasileira: Campeonato Sul-Americano
(1919 e 1922).

10

GARRINCHA

Ponta-direita (1953-1972)

“Anjo das pernas tortas”, “Alegria do
Povo” foram alguns dos apelidos que Manuel
Francisco dos Santos (*Pau Grande-RJ, 28-10-
1933, - g Rio de Janeiro, 20-01-1983) recebeu ao
longo de sua vida, além do apelido mais famoso de
todos, Garrincha, que tem origem no nome de um pás-
saro que ele gostava de caçar quando menino. Tornou-se
profissional aos 20 anos de idade, no Botafogo. Conta-se
que em seu primeiro treino-teste deu dois dribles estonteantes
em Nilton Santos, o melhor lateral-esquerdo do futebol brasileiro.
Nilton Santos disse ao diretor de futebol do Botafogo: “Contrata logo
esse moleque. É melhor ter ele do nosso lado do que no time adversá-
rio”. É o maior ponta-direita do futebol brasileiro. Não é exagero também
afirmar que foi o melhor do mundo, em sua conturbada carreira. Reunia tudo
aquilo que diversos pontas tinham em parte: velocidade, drible, cruzamento per-
feito. Nunca levou a vida muito a sério e sempre chamava qualquer um de “Gente
boa”. Mesmo aqueles que muito o prejudicaram como aconteceu no Botafogo, onde
tomava remédios e mais remédios para poder jogar. Muitos remédios e muita cachaça
abreviaram a carreira dele. Foi um gênio na Copa do Mundo de 1958, ao lado de Pelé, e
decisivo na Copa de 62, quando não tivemos Pelé, que se contundiu no segundo jogo. Além
das pernas tortas, tinha a perna esquerda seis centímetros mais curta que a outra. Era impossí-
vel jogar futebol assim. Mas Garrincha não conhecia a palavra impossível. Morreu aos 49 anos de
idade, vítima de cirrose alcoólica. De 1953 a 1965, jogou no Botafogo; 1966, no Corinthians. A partir
de 1967 até 1972 teve rápidas passagens por: Portuguesa Santista-SP; Júnior de Barranquilla-COL;
Flamengo-RJ; Red Star-FRA; Olaria-RJ, onde encerrou a carreira em 1972. Jogou 60 partidas pela Seleção
Brasileira, de 1955 a 1966, marcando 16 gols.

Principais títulos por clubes: Campeonato Carioca (1957, 1961 e 1962) e Rio-São Paulo (1962 e 1964) pelo
Botafogo; Rio-São Paulo (1966) pelo Corinthians.

Principais títulos pela Seleção: Copa do Mundo (1958 e 1962).

11

GILMAR

Goleiro (1951-1969)

Gylmar dos Santos Neves (*Santos-SP, 22-08-1930 - g São
Paulo, 25-08-2013) foi simplesmente o melhor goleiro do Brasil
em sua época e um dos melhores de toda a história. Chegou
ao Corinthians vindo como contrapeso da negociação com o
volante Ciciá, que nunca mais foi visto. Alto, de muita agilidade,
calmo ao extremo, nunca se deixou abalar por uma falha. Era o
goleiro do Corinthians na Copa de 1958, mas, no bi de 1962, já
estava no Santos, onde encerrou a carreira. Foi revelado pelo
Jabaquara (da cidade de Santos), de onde saiu em 1951 para
o Corinthians, clube que defendeu até 1961. Transferiu-se para
o Santos e lá encerrou a carreira em 1969. Disputou 104 jogos
pela Seleção Brasileira, de 1953 a 1969. Disputou três Copas
do Mundo: 1958, 1962 e 1966, sagrando-se bicampeão mundial
titular em 1958 e 1962. Pelo Santos, foi também bicampeão

mundial em 1962 e 1963.

Principais títulos por clubes: Campeonato Paulista (1951,
1952 e 1954), Torneio Rio-São Paulo (1953 e 1954) e
Pequena Taça do Mundo (1953) pelo Corinthians;
Campeonato Paulista (1962, 1964, 1965, 1967 e
1968), Taça do Brasil (1962, 1963, 1964, 1965 e
1968), Taça Libertadores da América (1962 e
1963), Taça Intercontinental (1962 e 1963),
Torneio Rio-São Paulo (1963, 1964
e 1966) e Recopa dos Campeões
Mundiais (1968) pelo Santos.

Principais títulos pela Sele-
ção Brasileira: Copa do
Mundo (1958 e 1962).

KAKÁ

Atacante (desde 1999)

Ricardo Izecson dos Santos Leite (*Gama-DF, 22-04-1982) tinha o
apelido de Cacá até se tornar craque de futebol e passar a usar Kaká.
Ainda rapaz, teve um sério acidente na piscina da casa de seus pais
e fraturou a coluna. Após severo tratamento, curou-se sem sequelas.
Fez sua estreia no São Paulo na final do Rio-São Paulo, em 2001,
quando o Tricolor perdia por 1 a 0 para o Botafogo-RJ. Entrou e fez os
dois gols da virada, da vitória e do título. É a maior revelação do São
Paulo nos últimos tempos. Em 2003, criticado pela torcida, acabou
sendo negociado com o Milan-ITA, pela bagatela de US$ 8,5 milhões.
Rapidamente Kaká se tornou ídolo na Itália e admirado em toda a
Europa. Em 2007, foi eleito pela Fifa o melhor jogador do mundo. Dois
anos depois, foi negociado com o Real Madrid por 65 milhões de
euros. Em 2013, voltou para o Milan e, em 2014, foi negociado com o
Orlando City. No mesmo ano foi emprestado para o São Paulo e, em
2016, retornou ao Orlando City. Até junho de 2016, disputou 92 jogos
pela Seleção Brasileira e marcou 29 gols.

Principais títulos por clubes (até junho/2016): Torneio Rio-São
Paulo (2001) pelo São Paulo; Campeoanto Italiano (2003/04),
Supercopa Italiana (2004), Champions League (2006/07), UEFA
Super Cup (2003 e 2007), Mundial de Clubes da Fifa (2007),
Supercopa da Itália (2004) pelo Milan; Copa do Rei (2010/11),
Campeonato Espanhol (2011/12), Troféu Santiago Bernabéu (2009,
2011, 2012 e 2013), Supercopa da Espanha (2012), Troféu Teresa
Herrera (2013) pelo Real Madrid.

Principais títulos pela Seleção Brasileira (até junho/2016):
Copa do Mundo FIFA (2002), Copa das Confederações (2005 e 2009),
Superclássico das Américas (2014).

12

LEÔNIDAS

Centroavante (1929-1950)

Quando o São Paulo Futebol Clube comprou Leônidas da
Silva (*Rio de Janeiro-RJ, 06-09-1913 - g Cotia-SP, 24-01-
2004) por 200 contos de réis, em 1942, os adversários
diziam que o Tricolor havia comprado o bonde mais caro da
história, uma vez que tinha 29 anos de idade. Pois Leônidas,
chamado de “Homem Borracha”, “Diamante Negro”, ainda
tinha muito o que mostrar. Com ele, o Tricolor foi campeão
paulista cinco vezes nos anos 1940. Maravilhou o mundo
com o lance acrobático da “bicicleta”. Alguns atribuem a
invenção da “bicicleta” ao jogador Petronilho de Brito e que
coube a Leônidas tornar a jogada conhecida universalmente.
Consta que na Copa de 1938, Leônidas realizou a jogada
para espanto e estupefação da torcida, mas o juiz, que não
conhecia o lance, marcou falta. Disputou as Copas de 1934 e
1938 (foi o artilheiro com sete gols) e só não disputou outras
Copas porque a competição foi interrompida nos anos 40
devido à Segunda Grande Guerra. Depois de pendurar as
chuteiras em 1950, iniciou carreira de técnico no São Paulo.
Mais tarde, tornou-se comentarista esportivo.

Principais títulos por clubes: Campeonato Carioca
(1934) pelo Vasco da Gama; Campeonato Carioca
(1935) pelo Botafogo; Campeonato Carioca (1939) pelo
Flamengo; Campeonato Paulista (1943, 1945, 1946,
1948 e 1949) pelo São Paulo.

Principais títulos pela Seleção Brasileira: Copa Rio
Branco (1932) e Copa Roca (1945).

LUÍS PEREIRA

Zagueiro (1947-1997)

Em 1968, o time do São Bento (cidade
de Sorocaba, interior de São Paulo) tinha
um zagueiro alto, forte, mulato e de pernas
tortas que atendia pelo apelido de Luís Chevrolet
(o apelido veio dos tempos em que foi operário da
montadora de carros). Tratava-se de Luís Edmundo
Pereira (*Juazeiro-BA, 21-06-1949), que se diferenciava
dos outros zagueiros de então pela classe, pela facilidade
de começar uma jogada, de dar um drible. Quem viu Domin-
gos da Guia jogar, considerado o melhor zagueiro de todos os
tempos do futebol brasileiro, diz que Luís Pereira é o segundo. Quem
não viu, não titubeia e afirma que Luís é o maior de todos. Fez sucesso
por onde passou – e passou por muitos times – inclusive na Espanha,
onde era chamado de Don Luís Pereira. Do São Bento foi para o Palmeiras
(1968-1974), onde fez muito sucesso com suas arrancadas empolgantes
para o ataque, o que não era comum na época. Com 35 gols, é o zagueiro
que mais fez gols com a camisa palmeirense. Depois, jogou mais seis anos
no Atlético de Madrid; um no Flamengo, três no Palmeiras (1981-1984) e
seguiram-se Portuguesa, Corinthians, Santo André, Cotia, São Caetano,
São Bernardo, São Bento, voltando ao São Caetano em 1997 para encerrar
a carreira. Pela Seleção Brasileira, disputou 38 jogos, entre 1973 e 1977.
Disputou a Copa do Mundo de 1974.

Principais títulos por clubes: Campeonato Paulista (1972 e 1974), Copa
do Brasil (1969), Campeonato Brasileiro (1972 e 1973) pelo Palmeiras;
Copa da Espanha (1975/76), Campeonato Espanhol (1976/77) pelo
Atlético de Madrid; Campeonato Carioca (1981) pelo Flamengo.

Título pela Seleção Brasileira: Mundialito de Cali (1977).

13

MARCOS

Goleiro (1992-2011)

O goleiro Marcos Roberto Silveira Reis (*Oriente-SP, 04-
08-1973) foi tão excepcional para o Palmeiras que a torcida
achou por bem canonizá-lo. É o São Marcos – santo vene-
rado e muitas vezes chamado pelos torcedores para realizar
milagres. A “canonização” deu-se em março de 1999, quando
pegou tudo contra o Corinthians. Aliás, naquela Libertadores
ele foi eleito o melhor jogador da competição – a primeira
vez que um goleiro conquistou tal título. E como fez milagres
ao longo de sua carreira! Defendeu pênaltis, fez defesas
impossíveis e até marcou um gol. De pênalti, mas foi gol.
Marcos teve apenas um clube em sua vida: o Palmeiras. E só
uma outra camisa com a qual também brilhou: a da Seleção
Brasileira, ajudando a ganhar o pentacampeonato em 2002
com defesas também milagrosas. Pelo Palmeiras, jogou em
1992 e de 1996 a 2011. Disputou 532 jogos. Está em sétimo
lugar entre os jogadores que mais vestiram a camisa do
Alviverde. Pela Seleção Brasileira, jogou 29 partidas, entre
1999 e 2005.

Principais títulos por clube: Campeonato Brasileiro (1993
e 1994), Torneio Rio-São Paulo (1993 e 2000), Campeonato
Paulista (1993, 1994, 1996 e 2008), Copa Mercosul (1998),
Copa do Brasil (1998), Copa Libertadores da América (1999),
Copa dos Campeões (2000), Campeonato Brasileiro Série B
(2003) pelo Palmeiras.

Principais títulos pela Seleção Brasileira: Copa América
(1999), Copa do Mundo (2002), Copa das Confederações (2005).

NEYMAR

Atacante (desde 2009)

Neymar da Silva Santos Júnior (*Mogi
das Cruzes-SP, 05-02-1992) é a maior
revelação do futebol brasileiro na segunda
década deste século XXI. O garoto Neymar teve
infância muito pobre. A família – formada pelo pai,
mãe e irmã – morava em um cômodo cedido pela avó.
O pai era mecânico de automóveis. Chegou às categorias
de base do Santos em 2002, aos 11 anos de idade. Aos 14
anos, fez um rápido estágio no Real Madrid, foi aprovado nos
testes, mas o Santos se antecipou e pagou ao jogador um milhão
de reais para que ele não saísse. Percebendo a joia que tinha em
seus quadros, o Santos cercou o jogador de cuidados. Aos 17 anos, pro-
fissionalizou-se. Depois de passar pelas seleções de base, fez sua estreia
na Seleção Brasileira principal em 2010, num amistoso nos Estados Unidos,
e marcou um gol. Em 25 de maio de 2013, teve anunciada sua transferência
para o Barcelona. Foi uma transferência polêmica quanto aos valores pagos
pelo clube espanhol e recebidos pelo Santos. O caso foi parar na Justiça.
Mas, a partir do Barcelona, Neymar tornou-se, realmente, uma estrela mun-
dial do futebol.

Principais títulos por clubes (até junho/2016): Campeonato Paulista
(2010, 2011 e 2012), Copa do Brasil (2010), Copa Libertadores da América
(2011), Recopa Sul-Americana (2012) pelo Santos; Mundial Interclubes
(2015), Liga dos Campeões da Uefa (2014/15), Supercopa da Uefa (2015),
Copa do Rei (2014/15 e 2015/16), Campeonato Espanhol (2014/15 e
2015/16) e Supercopa da Espanha (2013) pelo Barcelona.

Principais títulos pela Seleção Brasileira (até junho/2016): Copa das
Confederações (2013) e Superclássico da Américas (2011, 2012 e 2014).

14

NÍLTON SANTOS

Lateral-esquerdo (1948-1964)

O futebol de Nílton dos Santos (*Rio de Janeiro, 16-05-1925 - g Rio
de Janeiro, 27-11- 2013) foi tão eficiente, tão fantástico, que ele re-
cebeu o apelido de “Enciclopédia”, pois sabia tudo dentro de campo.
Teve apenas um time em toda a sua carreira: o Botafogo-RJ. Em
um tempo em que os laterais só defendiam, Nílton Santos inovou e
passou também a atacar. Foi assim que ele marcou o segundo gol
da vitória sobre a Áustria, 3 a 0, na Copa de 1958, quando o Brasil
conquistou o seu primeiro Mundial. Manteve fora de campo a mesma
elegância dos gramados: discreto, avesso às badalações. Jogou
729 vezes pelo seu amado Botafogo. Nos últimos anos da carreira,
jogou como quarto-zagueiro. Mesmo com a idade, sempre chegava
à frente do adversário. Um dia, perguntaram-lhe qual era o segredo
e ele respondeu: “Depois de tantos anos, conheço os atalhos.” Pela
Seleção Brasileira, jogou 75 partidas, entre 1949 e 1962. Disputou
quatro Copas do Mundo: 1950, 1954, 1958 e 1962, sendo bicam-
peão nas duas últimas.

Principais títulos por clube: Torneio Rio-São Paulo (1962
e 1964) e Campeonato Carioca (1948, 1957, 1961,
1962) pelo Botafogo.

Principais títulos pela Seleção Brasileira:
Copa do Mundo (1958 e 1962), Campeonato
Sul-Americano (1949), Taça Oswaldo Cruz
(1950, 1955, 1956, 1958, 1961 e 1962),
Copa Rio Branco (1950), Campeo-
nato Pan-Americano (1952), Taça
Bernardo O’Higgins (1955, 1959
e 1961) e Taça do Atlântico
(1956 e 1960).

RIVALDO

Meia-atacante (1990-2015)

Rivaldo Vítor Borba Ferreira (*Paulista-PE, 19-04-1972) foi revelado
pelo Paulistano, time de sua cidade natal. Passou pelo Santa Cruz-
-PE e, em seguida, pelo Mogi Mirim de São Paulo, onde seu futebol
começou a aparecer no Campeonato Paulista. No ano seguinte,
1993, foi emprestado para o Corinthians, mas não emplacou. Seu
futebol cresceu mesmo foi a partir de 1994, quando foi transferido
para o Palmeiras. Era um meia com muita força de ataque. Chutava
forte e marcou muitos gols de fora da área. A carreira internacional
começou no La Coruña-ESP, onde tornou-se ídolo e ficou de 1996
a 1997. Em seguida, foi para o Barcelona, onde ficou por cinco anos
e foi eleito, em 1999, o melhor jogador do mundo pela Fifa. Após
o Barcelona, Rivaldo percorreu diversos times até encerrar sua
carreira em 2015, no Mogi Mirim. Pela Seleção Brasileira, jogou 74
partidas e marcou 37 gols, entre 1993 e 2003. Disputou duas Copas
do Mundo: 1998 e 2002, sendo campeão nessa última.

Principais títulos por clubes: Campeonato Brasileiro (1994) e
Campeonato Paulista (1996) pelo Palmeiras; Campeonato Espa-
nhol (1997/98 e 1998/99), Copa do Rei (1998), Supercopa Europeia
(1998) pelo Barcelona; Liga dos Campeões da UEFA (2002/03),
Supercopa da UEFA (2003), Copa da Itália (2002/03) pelo Milan;
Campeonato Grego (2004/05, 2005/06 e 2006/07), Copa da Grécia
(2004/05 e 2005/06) pelo Olympiacos; Campeonato Uzbeque (2008
e 2009) e Copa do Uzbequistão (2008) pelo Bunyodkur.

Títulos pela Seleção Brasileira: Copa do Mundo (2002), Copa
América (1999) e Copa das Confederações (1997).

15

RIVELLINO

Meia (1965-1981)

Roberto Rivellino (*São Paulo-SP, 01-01-1946) foi um dos maiores joga-
dores e ídolos do Corinthians, mesmo sem ter conquistado um título de
campeão paulista no Timão. Era uma fase muito ruim que o Corinthians
enfrentava. Após a derrota para o Palmeiras na final do Paulistão de
1974, transferiu-se para o Fluminense, onde também se tornou ídolo e,
finalmente, conseguiu o título de campeão. Muito criativo, driblava com
facilidade e tinha um potente chute com a canhota que lhe rendeu o título
de “Patada Atômica”, dado pela imprensa mexicana na Copa de 1970.
Em nove anos de Corinthians, realizou 474 jogos e marcou 141 gols.
Embora a torcida tenha ficado bronqueada com ele depois da perda do
título paulista de 1974, hoje há um busto em sua homenagem no Parque
São Jorge. Reconhecimento do Corinthians pelo grande futebol que Ri-
vellino sempre mostrou. Ficou no Fluminense de 1975 a 1978, quando foi
para o futebol árabe e defendeu o Al-Hilal até 1981. Para se ter uma ideia

do tamanho do futebol de Rivellino, basta dizer que Diego Armando
Maradona não cansa de repetir que foi ele, Rivellino, a sua inspira-
ção como jogador de futebol. Pela Seleção Brasileira, jogou 122
partidas e marcou 43 gols, entre 1965 e 1978. Disputou três
Copas do Mundo: 1970, 1974 e 1978.

Principais títulos por clubes: Torneio Rio-São Paulo
(1966) pelo Corinthians; Campeonato Carioca
(1975 e 1976) pelo Fluminense; Campeonato
Saudita (1978/79), Copa Príncipe Faisal Bin
Fahad (1979/80) pelo Al-Hilal.

Principais títulos pela Seleção Brasi-
leia: Copa do Mundo (1970) e Copa
Roca (1971 e 1976).

ROBERTO CARLOS

Lateral-esquerdo (1990-2012)

Roberto Carlos da Silva Rocha (*Garça-SP, 10-04-1973) foi reve-
lado pelo União São João, da cidade de Araras. Teve uma rápida
passagem por empréstimo no Atlético Mineiro e foi negociado
com o Palmeiras em 1993, quando o Verdão começava a formar
uma forte equipe com o patrocínio da Parmalat. Na época, Rober-
to Carlos custou cerca de US$ 400 mil e, em 1995, foi negociado
com a Inter de Milão por US$ 7 milhões. Mas seu maior momento
ocorreu a partir de 1996, quando chegou ao Real Madrid, onde se
tornou um dos maiores ídolos na história do clube, só saindo em
2007, quando jogou duas temporadas no Fenerbahçe (Turquia).
Depois, passou pelo Corinthians e pelo Anzhi Makhachkala.
Pela Seleção Brasileira, colecionou títulos e polêmicas. Integrou
a equipe que foi campeã mundial em 2002, na Coreia e Japão.
Em compensação, foi considerado como um dos culpados pela
eliminação diante da França, na Copa de 2006. Pela Seleção Bra-
sileira, disputou 125 partidas, entre 1992 e 2006, fazendo 11 gols.
Disputou três Copas do Mundo: 1998, 2002 e 2006.

Principais títulos por clubes: Campeonato Brasileiro (1993 e
1994), Rio-São Paulo (1993), Campeonato Paulista (1993 e 1994)
pelo Palmeiras; Campeonato Espanhol (1997, 2001, 2003 e 2007),
Supercopa da Espanha (1997, 2001 e 2003), Champions League
(1997/98, 1999/00 e 2001/02), Mundial Interclubes (1998 e 2002),
Supercopa Europeia (2002) pelo Real Madrid; Supercopa da Turquia
(2007 e 2009) pelo Fenerbahçe.

Principais títulos pela Seleção Brasileira: Copa América (1997 e
1999), Copa das Confederações (1997) e Copa do Mundo (2002).

16

RONALDO

Atacante (1993-2011)

Talvez, alguém discorde. Mas, sem
dúvida alguma, Ronaldo Luís Nazário
de Lima (*Rio de Janeiro-RJ, 22-09-1976)
é o maior centroavante do futebol de todos os
tempos e, também, um dos maiores jogadores
da história. O Fenômeno surgiu no São Cristó-
vão-RJ e foi levado para o Cruzeiro-MG pelo ex-pon-
ta- direita Jairzinho, em 1993. Ficou uma temporada
em Minas, o bastante para ser artilheiro do Campeonato
Mineiro. No ano seguinte, foi para o PSV Eindhoven-HOL,
onde também se tornou artilheiro – aliás, uma constante por
onde passou. Em 1994, participou, sem jogar, da Copa do Mundo
dos Estados Unidos. E como na seleção havia o Ronaldão, do São
Paulo, ele passou a ser o Ronaldinho, apelido que o acompanhou por
muito tempo. Na Europa, virou o Fenômeno. Foi eleito por três vezes o Me-
lhor Jogador do Mundo (1996, 1997 e 2002). Após várias contusões, em 2009,
mostrando um incrível poder de recuperação, veio jogar no Corinthians, sendo,
mais uma vez, campeão, e encerrando a carreira em 2011. Pela Seleção Brasileira,
jogou 105 partidas, entre 1994 e 2011, marcando 67 gols. Disputou quatro Copas do
Mundo: 1994, 1998, 2002 e 2006. Até 2014, era o maior artilheiro da história das Copas do
Mundo, com 15 gols. Foi superado por Miroslav Klose, da Alemanha, que, na Copa realizada
no Brasil, marcou seu 16º gol.

Principais títulos por clubes: Copa do Brasil (1993) e Campeonato Mineiro (1994) pelo Cruzeiro;
Copa da Holanda (1996) pelo PSV; Recopa Europeia (1997), Copa do Rei (1997) e Supercopa da
Espanha (1996) pelo Barcelona; Copa da UEFA (1998) pela Internazionale; Mundial Interclubes (2002),
Supercopa da UEFA (2002), Campeonato Espanhol (2003 e 2007) e Supercopa da Espanha (2003) pelo
Real Madrid; Copa do Brasil (2009) e Campeonato Paulista (2009) pelo Corinthians.

Principais títulos pela Seleção Brasileira: Copa do Mundo (1994 e 2002), Copa América (1997 e 1999) e Copa
das Confederações (1997).

17

ROGÉRIO CENI

Goleiro (1992-2015)

Especialista em marcar e evitar gols, Rogério Ceni (*Pato Branco, 22-01-
1973) se especializou também em bater recordes. Confiram alguns desses
recordes, segundo o site oficial do São Paulo e reconhecidos pelo Guiness.
Gols como goleiro: 131; Jogos por um mesmo clube: 1237; Jogos como
capitão de um time: 971. Outros recordes mundiais: Goleiro com mais gols
de falta: 61 (lembrando: um foi de bola rolando em jogada de falta, pode ser
entendido então como 62); Goleiro com mais gols de pênalti: 69 (contando
somente durante o tempo normal); Goleiro com mais gols em uma única
temporada: 21 (2005); Jogos como titular de um mesmo time: 1224; Atleta
em atividade com mais jogos, independentemente de clube, no futebol
mundial: 1256 (incluindo Sinop e Seleção). Rogério foi revelado pelo Sinop-
-MT e chegou ao São Paulo em 1992. Tornou-se titular em 1997 e assim
ficou até se aposentar em 2015, conquistando inúmeros títulos. Disputou
poucos jogos pela Seleção Brasileira: apenas 17, entre 1997 e 2006. E
participou de duas Copas do Mundo: 2002 e 2006.

Principais títulos por clubes: Campeonato Matogrossense (1990) pelo
Sinop; Campeonato Mundial de Clubes da FIFA (2005), Copa Interconti-
nental (1993), Copa Libertadores da América (1993 e 2005), Supercopa
da Libertadores da América (1993), Copa Sul-Americana (2012), Copa
Conmebol (1994), Copa Master da Conmebol (1996), Recopa Sul-Ameri-
cana (1993 e 1994), Campeonato Brasileiro ( 2006, 2007 e 2008), Torneio
Rio-São Paulo (2001), Campeonato Paulista (1998, 2000 e 2005), Super-
campeonato Paulista (2002), Copa dos Campeões Mundiais (1995 e 1996)
pelo São Paulo.

Principais títulos pela Seleção Brasileira: Copa do Mundo (2002) e
Copa das Confederações (1997).

ROMÁRIO

Atacante (1985-2009)

Apesar de baixinho, Romário de
Souza Faria (*Rio de Janeiro, 29-01-
1966) é um dos maiores centroavantes
do futebol brasileiro e mundial. Com apenas
1,67 metro de altura, Romário marcou muitos
gols em sua longa carreira, alguns deles até
mesmo de cabeça e contra grandalhões, como
aconteceu no jogo Brasil 1 x Suécia 0, na Copa do
Mundo de 1994, quando o baixinho virou gigante no meio
dos gigantes suecos e fez o gol da vitória de cabeça. Romá-
rio foi revelado pelo Olaria-RJ, em 1980, quando tinha 14 anos.
No ano seguinte estava no Vasco. Em 1988, o Baixinho alçou voo
para terras europeias, mais precisamente Holanda, onde foi defender
o PSV Heindhoven . O grande ano de Romário foi 1994. Na Copa dispu-
tada nos Estados Unidos, ele formou dupla com Bebeto e os dois foram os
mais importantes jogadores da Seleção Brasileira que conquistou o tetracam-
peonato mundial. A Fifa o elegeu como o melhor jogador da Copa e, ao final do
ano, o melhor jogador do Mundo de 1994. Após passar por diversas equipes, en-
cerrou a carreira com um jogo único pelo América carioca, em 2009. Pela Seleção
Brasileira, atuou em 85 partidas, de 1987 a 2005, marcando 71 gols. Disputou duas
Copas do Mundo: 1990 e 1994. Romário hoje é senador da República do Brasil.

Principais títulos por clube: Campeonato Carioca (1987 e 1988), Campeonato
Brasileiro (2000) e Copa Mercosul (2000) pelo Vasco da Gama; Campeonato
Holandês (1988/89, 1990/91 e 1991/92) pelo PSV; La Liga (1993/94) e Supercopa
da Espanha (1994) pelo Barcelona; Copa Mercosul (1999), Copa Ouro (1996)
e Campeonato Carioca (1996 e 1999) pelo Flamengo; Torneio Naranja (1996) e
Copa Fuji (1997) pelo Valência; Qatar Crown Prince Cup (2003), Copa do Emir
(2003) e Qatar Stars League (2003/04) pelo Al-Sadd.

Principais títulos pela Seleção Brasileira: Copa do Mundo (1994), Copa das
Confederações (1997) e Copa América (1989 e 1997).

18

RONALDINHO GAÚCHO

Atacante (1998-2015)

Ronaldo de Assis Moreira (*Porto Alegre, 21-03-1980) encantou o mundo
com seu futebol irreverente que representava a soma de arte com
malandragem. Dentuço, bandana na cabeça, dribles fantásticos, passes
precisos, ele saiu do Grêmio de Porto Alegre aos 21 anos para brilhar no
francês Paris Saint-Germain e conquistar toda a Europa, até alcançar o
título de melhor jogador do Mundo concedido pela Fifa em 2004 e 2005
– o auge de sua carreira. Brilhou na Copa do Mundo de 2002, quando o
Brasil conquistou o pentacampeonato, inclusive marcando um belo e im-
portante gol de falta sobre a Inglaterra, quando o jogo estava ainda 1 a 1.
Com a vitória, o Brasil se classificou para a semifinal. Ronaldinho brilhou
também no Barcelona e no Milan, antes de voltar ao Brasil em 2012, para
defender o Flamengo e, um ano após, ter excelente passagem pelo Atlé-
tico Mineiro. Pela Seleção Brasileira, jogou 102 partidas, de 1999 a 2013,
fazendo 35 gols. Participou de duas Copas do Mundo: 2002 e 2006.

Principais títulos por clubes: Campeonato Gaúcho (1999) e Copa
Sul (1999) pelo Grêmio; UEFA Cup (2001) pelo Paris Saint-Ger-
main; UEFA Champions League (2005/06), La Liga (2004/05,
2005/6), Supercopa da Espanha (2005 e 2006), Copa Cata-
luña (2003/2004, 2004/2005, 2006/2007) pelo Barcelona;
Trofeo Luigi Berlusconi (2008, 2009 e 2011) e Serie A
(2010/11) pelo Milan; Campeonato Carioca (2011)
pelo Flamengo; Campeonato Mineiro (2013),
Copa Libertadores da América (2013), Recopa
Sul-Americana (2014) pelo Atlético Mineiro.

Principais títulos pela Seleção
Brasileira: Copa do Mundo (2002),
Copa das Confederações (2005)
e Copa América (1999).

SÓCRATES

Meia (1974-1989)

Foi dono de um futebol tão grande quanto o seu nome:
Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira
(*Belém, 19-02-1954 - g São Paulo, 04-12-2011 ). Foi
também um jogador de nível intelectual mais alto que a
média de seus companheiros, sempre ligado a eventos
culturais, sociais, livros e política. Preocupado mais em
se formar em medicina do que jogar futebol, pouco trei-
nava na época em que estudava e jogava no Botafogo
da cidade de Ribeirão Preto-SP. No Corinthians, onde
chegou em 1978, tornou-se ídolo por sua classe, seus
passes de calcanhar, seus gols, mas também não che-
gou a ser um atleta padrão: era visto sempre com copo
de cerveja na mão e cigarro na boca. Mesmo sem nun-
ca ter sido um exemplo de preparo físico, foi um grande
jogador. Saiu do Corinthians para o Fiorentina-ITA, em
1984, onde o seu comportamento de não-atleta acabou
por não agradar. Voltou ao futebol brasileiro para jogar
no Flamengo, em 1985. Foram duas temporadas no Rio,
mais uma em Santos para pendurar as chuteiras em
1989 no Botafogo de Ribeirão Preto, onde havia iniciado
sua carreira. Pela Seleção Brasileira, jogou 63 partidas
e marcou 25 gols, entre 1978 e 1986. Participou de
duas Copas do Mundo: 1982 e 1986.

Principais títulos por clubes: Campeonato Paulista
(1979, 1982 e 1983) pelo Corinthians; Campeonato
Carioca (1986) pelo Flamengo.

19

TAFFAREL

Goleiro (1985-2003)

Mesmo depois de anos de aposentadoria, o goleiro Cláudio André Mergen
Taffarel (*Santa Rosa, 08-05-1966) continua sendo um grande ídolo do
Internacional-RS, onde começou sua carreira. O dado curioso nessa
idolatria é que nos cinco anos em que defendeu o Colorado (1985-1990),
Taffarel nunca foi campeão, nunca levantou um caneco. Apesar disso,
quando foi convocado para a Seleção Brasileira, em 1990, dizia-se que
a escalação do time seria Taffarel e mais 10 – não importava muito quais
seriam os outros 10. Aliás, ele foi um dos poucos jogadores que escapa-
ram do vexame da Seleção que caiu ainda na primeira fase daquela Copa.
Tanto assim, que foi titular nas Copas de 1994 e 1998. Na Copa de 1994,
defendeu um pênalti na decisão contra a Itália em que o Brasil sagrou-se
tetracampeão. Em 1998, na França, Taffarel defendeu duas cobranças de
pênalti contra a Holanda para decidir quem iria para a final. Deu Brasil,
claro. Depois que saiu do Internacional, em 1990, jogou pelo Parma,

Reggiana, Atlético Mineiro, Galatasaray, voltando ao Parma em 2001,
encerrando a carreira lá mesmo, em 2003. Disputou três Copas do
Mundo: 1990, 1994 e 1998.

Principais títulos por clubes: Copa da Itália (1992 e 2002)
e Recopa Europeia (1993) pelo Parma; Campeonato
Mineiro (1995), Copa Centenário de Belo Horizonte
(1997) e Copa Conmebol (1997) pelo Atlético Mi-
neiro; Campeonato Turco (1999 e 2000), Copa
da Turquia (1999 e 2000), Liga Europa da
UEFA (2000) e Supercopa Europeia (2000)
pelo Galatasaray.

Principais títulos pela Seleção
Brasileira: Copa América (1989 e
1997) e Copa do Mundo (1994).

TOSTÃO

Atacante (1962-1973)

Eduardo Gonçalves de Andrade (*Belo Horizonte, 25-01-1947)
foi um dos maiores jogadores do futebol brasileiro. Certamen-
te, o maior e melhor que o Cruzeiro já teve até hoje. Revelado
pelo América-MG no começo dos anos 60, foi contratado pelo
Cruzeiro quando tinha apenas 17 anos. Seu apelido refere-se
a uma moeda de dez centavos, de pequeno valor. Tostão era
pequeno no tamanho (adulto, chegou a 1,71 metro), mas de
enorme futebol. Era também jogador de extrema inteligência
dentro de campo, capaz de antever jogadas e situações. Em
1965, com a inauguração do Mineirão, fez parte do time do
quase imbatível Cruzeiro, que foi campeão mineiro de 1965 a
1969. Em 1966, aplicou sonora goleada no Santos, no Mineirão,
6 a 2, pela Taça do Brasil. Tostão foi um dos artilheiros do Brasil
na vitoriosa campanha das eliminatórias para a Copa de 1970,
jogando ao lado de Pelé. Em novembro de 1969, num jogo
contra o Corinthians, levou uma bolada no olho esquerdo que
lhe provocou descolamento da retina. A grave contusão quase o
impediu de ir à Copa do México. De volta, campeão do Mundo,
Tostão se transferiu do Cruzeiro para o Vasco, mas encerrou
sua carreira precocemente, em 1973, com 26 anos, por causa
do problema no olho. Pela Seleção Brasileira, jogou 65 partidas
e marcou 36 gols, entre 1966 e 1972. Disputou duas Copas do
Mundo: 1966 e 1970.

Principais títulos por clube: Campeonato Mineiro (1965, 1966,
1967, 1968 e 1969) e Copa do Brasil (1966) pelo Cruzeiro.

Principais títulos pela Seleção Brasileira: Copa do Mundo
(1970), Copa Roca (1971) e Taça Independência (1972).

20

ZICO

Meia-atacante (1971-1994)

Arthur Antunes Coimbra (*Rio de Janeiro, 03-03-1953) era um garotinho
esmirrado, frágil, quando chegou ao Flamengo em 1967, aos 14 anos.
Acreditando no seu futebol, o Flamengo investiu num longo trabalho envol-
vendo profissionais da área médica, nutricionistas e preparadores físicos
que o transformaram num jogador mais forte, que chegou a 1,72 m de
altura, que não era considerada baixa para a época (Pelé mede 1,73 m).
Anos depois, trabalho semelhante foi feito com Messi, no Barcelona. Zico
tornou-se o maior craque do Flamengo dos últimos tempos. Preciso nos
passes, lançamentos, eficiente nos dribles e especialista nas cobranças de
faltas. Em 1971, profissionalizou-se e ficou no Flamengo até 1983, quando
se transferiu para a Unidese-ITA. Voltou dois anos depois e ficou até
1989, quando encerrou a carreira despedindo-se com uma vitória sobre o
Fluminense. Porém, dois anos depois aceitou convite do Kashima Andlers
e voltou ao futebol. Ficou dois anos no Japão onde é ídolo até hoje. Zico
foi o maior artilheiro da história do Maracanã com 333 gols em 435 jogos.
Disputou três Copas do Mundo: 1978, 1982 e 1986.

Principais títulos por clube: Campeonato Mundial Interclubes
(1981), Copa Libertadores da América (1981), Campeonato
Brasileiro (1980, 1982 e 1983), Campeonato Carioca (1972,
1974, 1978, 1979, 1981 e 1986) e Troféu Ramón de
Carranza (1979 e 1980) pelo Flamengo.

Principais títulos pela Seleção Brasileira:
Superclássico das Américas (1976), Torneio Bi-
centenário dos EUA (1976), Copa Rio Bran-
co (1976), Copa Oswaldo Cruz (1976),
Taça do Atlântico (1976) e Mundialito
de Cáli (1977).

ZIZINHO

Meia (1939-1962)

Tomás Soares da Silva (*São Gonçalo, 14-09-1921 - g Ni-
terói, 08-02-2002), também respeitosamente conhecido
como Mestre Ziza, foi um dos maiores jogadores de
futebol do Brasil durante os anos 1940 e 1960. Quem o
viu jogar não pensa duas vezes ao chamá-lo de Pelé da
época. O próprio Pelé sempre se declarou fã ardoroso de
Zizinho. Durante 11 anos, de 1939 a 1950, foi jogador do
Flamengo, clube que o revelou e ao qual sempre declarou
seu amor. Em 1950, ao ser negociado com o Bangu (que
era um time rico na época), Zizinho foi às lágrimas, mas
ficou até 1957, quando se transferiu para o São Paulo e
foi campeão paulista. Zizinho tornou-se admirado pela
valentia, pelo talento, por sua genialidade em atacar, armar
jogadas, cabecear, chutar e ver o jogo como ninguém. Seu
futebol era vistoso, bonito, vigoroso – um Pelé. A Fifa o
elegeu como o melhor jogador da Copa de 1950, no Brasil
(Zizinho disputou só essa Copa do Mundo). Não ganhá-la
foi a frustração maior da vida de Mestre Ziza. Depois do
São Paulo, Zizinho ainda atuou pelo Uberaba e pelo Audax
Italiano, do Chile, onde encerrou a carreira em 1962.

Principais títulos por clubes: Campeonato Carioca
(1942, 1943 e 1944) pelo Flamengo e Campeonato Pau-
lista (1957) pelo São Paulo.

Principais títulos pela Seleção Brasileira: Campeona-
to Sul-Americano (1949), Copa Roca (1945), Copa Rio
Branco (1950), Campeonato Pan-Americano (1952), Taça
Bernardo O’Higgins (1955), Taça Oswaldo Cruz (1950,
1955 e 1956) e Taça do Atlântico (1956).

21

ALEMANHA

BECKENBAUER

Líbero (1964-1983)
Franz Anton Beckenbauer (*Munique,
Alemanha, 11-09-1945) foi o maior líbero
do futebol mundial. Elegante, dentro e fora
de campo, clássico, deu tanta nobreza à sua
posição que passou a ser chamado de Kaiser
(Imperador, em alemão). Seu futebol fino contrastava
com o futebol-força da Alemanha. Atuava como líbero,
como zagueiro e até mesmo como lateral. Além de tudo
isso, ainda marcava gols. Sem dúvida alguma, o maior jogador
do futebol da Alemanha e um dos maiores do mundo. Revelado
pelo Bayern Munique, foi campeão do Mundo com a Seleção da
Alemanha, em 1974, e voltou a ganhar o título em 1990, na Itália, como
técnico. Só ele e Zagallo realizaram essa façanha. Foi também presidente
do Bayern e presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2006,
na Alemanha. Beckenbauer foi jogar nos Estados Unidos, no New York Cos-
mos, em 1977. Anos depois ele contou que se arrependeu. O técnico da Seleção
Alemã, Helmuth Schon, entendeu que ele não queria mais nada com o futebol e não
o convocou para a Copa de 1978 quando, aos 32 anos, ainda tinha muito futebol. Dis-
putou três Copas do Mundo: 1966, 1970 e 1974. Pela Seleção Alemã, jogou 103 partidas,
marcando 14 gols, entre 1965 e 1977.
Principais títulos por clubes: Mundial Interclubes (1976), Liga dos Campeões da UEFA
(1973/74, 1974/75 e 1975/76), Recopa Europeia (1966/67), Campeonato Alemão (1968/69,
1971/72, 1972/73 e 1973/74), Copa da Alemanha (1965/66, 1966/67, 1968/69 e 1970/71) pelo
Bayern München; Campeonato Estadunidense (1976/77, 1977/78 e 1979/80) pelo New York Cosmos;
Campeonato Alemão (1981/82) pelo Hamburgo.
Principais títulos pela Seleção da Alemanha: Copa do Mundo (1974) e Eurocopa (1972).

22

GERD MÜLLER

Atacante (1963-1982)
Gerhard Müller (*Nördlingen, Alemanha, 03-11-1945), o “Bombardeiro”, como a torcida o chamava, começou
sua vida profissional no clube de sua cidade, o Nördlingen, em 1963. No ano seguinte estava no Bayern Mu-
nique, que defendeu até 1979, quando foi para os Estados Unidos e encerrou sua carreira no Fort Lauderdale
Strikers, em 1982. Defendeu a Seleção da Alemanha entre 1966 e 1974, em 62 jogos, marcando 68 gols.Tinha
incrível faro de gol e muita raça. Foi o artilheiro da Copa de 1970, com 10 gols. E o maior artilheiro do Campe-
onato Alemão, com 365 gols em 427 jogos. Müller deixou o futebol em 1982, mas, 30 anos depois, em 2012, vol-
tou a ser notícia: o craque Messi, em 2012, marcou 91 gols durante a temporada. E, com esse feito, ultrapassou
o recorde de 85 gols em uma temporada que era de Müller desde 1972. “Meu recorde durou 40 anos e, agora, o
melhor jogador do mundo o quebrou. Estou orgulhoso”, disse Müller ao jornal Gazzetta dello Sport.
Principais títulos por clubes: Mundial Interclubes (1976), Liga dos Campeões da UEFA (1973/74, 1974/75
e 1975/76), Recopa Europeia (1966/67), Campeonato Alemão (1968/69, 1971/72, 1972/73 e 1973/1974), Copa
da Alemanha (1965/66, 1966/67, 1968/69 e 1970/71) pelo Bayern München.
Principais títulos pela Seleção da Alemanha : Copa do Mundo (1974) e Eurocopa (1972).

ANDREAS BREHME

Zagueiro (1981-1998)
De herói a falido e esquecido. Foi assim a vida do zagueiro Andreas “Andy” Brehme (*Hambur-
go, Alemanha, 09-11-1960). Brehme foi o zagueiro que cobrou o pênalti que resultou no gol
da vitória, 1 a 0, sobre a Argentina na final da Copa do Mundo de 1990, na Itália. Faltando
pouco mais de cinco minutos para o final da partida contra a Argentina, o zagueiro Sensini
cometeu pênalti sobre Völler. A responsabilidade da cobrança caiu nos pés, ou melhor,
no pé direito de Brehme, o pé que teoricamente não era o melhor, mas que era
seu preferido para cobrar penalidades - as faltas, por sua vez, preferia cobrá-las
com o esquerdo. O alemão foi para a cobrança e fez o gol que deu o terceiro
título mundial à Alemanha. Ao parar de jogar futebol, passou por alguns
clubes como auxiliar técnico, mas não progrediu na carreira. Em 2014,
foi amplamente noticiado na Europa que Brehme estava falido e não
tinha como pagar dívidas de cerca de 200.000 euros. Quando os
campeões alemães de 1990 se reuniram para um jantar de
confraternização para comemorar os 25 anos da conquis-
ta da Copa de 90, Brehme não compareceu. Mas, dias
depois foi noticiado que ele estava no Egito implantando
escolinhas de futebol.
Principais títulos por clubes: Campeonato Ale-
mão (1986/87) e Supercopa Alemã (1987) pelo
Bayern; Campeonato Alemão (1997/98)
pelo Kaiserslautern; Campeonato
Italiano (1988/89), Supercopa da Itália
(1989) e Copa da Uefa (1990/1991)
pela Internazionale.
Principal título pela Sele-
ção da Alemanha: Copa
do Mundo (1990).

23

FRITZ
WALTER

Atacante (1937-1959)

Friedrich “Fritz” Walter (*Kaiser-
slautern, Alemanha, 31-10-1920
- g Enkenbach-Alsenborn, Alemanha,
17-06-2002) é considerado até hoje o
maior jogador de futebol da Alemanha da
primeira metade do século 20. Seus 22 anos
de carreira foram passados em um clube só,
o Kaiserslautern de sua cidade natal. Fritz, ainda
jovem, fez sua estreia na Seleção Alemã, mas teve que
interromper sua carreira para lutar na Segunda Guerra. E
pior: defender a ideologia nazista com a qual não concordava.
Preso pelos russos, contraiu malária, quase morreu. Ao final da
guerra, voltou à Alemanha que encontrou destroçada, assim como
o futebol. Trabalhou arduamente no reerguimento dos dois. Levou seu
time aos únicos dois títulos nacionais conquistados em sua história até
1990. Após a guerra, a Alemanha ficou proibida de participar de compe-
tições internacionais. Levantada a proibição, participou da Copa do Mundo
de 1954. Fritz foi um dos gandes líderes e artífices da conquista do Mundial de
54, derrotanto, na final, a toda poderosa Hungria de Puskás e companhia. Fritz
defendeu a Alemanha Oriental (1940-1943) e a Alemanha Ocidental (1951-1958). Ao
todo, em sua carreira, disputou 425 jogos e marcou 378 gols, média de 0,88 gol por jogo.
O estádio de seu time de sempre tem hoje o seu nome: Fritz Walter Stadion.

Principais títulos por clube: Campeonato Alemão (1951 e 1953).

Principal título pela Seleção Alemã: Copa do Mundo (1954).

JÜRGEN KLINSMANN

Atacante (1981-2003)

Jürgen Klinsmann (*Göppingen, Alemanha, 30-07-1964) foi um jogador de muitos times, desde que
começou sua carreira no Stuttgarter Kickers (3ª Divisão Alemã), de 1981 a 1984. Seu segundo clube
foi o Stuttgart (1ª Divisão), de 1984 a 1989; seguiram-se Internazionale (Itália); Monaco (Monaco);
Tottenham Hotspur (Inglaterra); Bayern Munique (Alemanha); Sampdoria (Itália); Tottenham, encerran-
do sua carreira nos Estados Unidos, defendendo o Orange Country Blue Stars. Defendeu a Seleção
Alemã de 1987 a 1998 (108 jogos, 47 gols). Como técnico, dirigiu a Alemanha, o Bayern Munique e a
Seleção dos Estados Unidos. Foi um centroavante goleador (238 gols em 542 jogos) e dono de futebol
refinado. Graças aos seus cabelos loiros e a sua habilidade de marcar gols, logo recebeu o apelido de
“Bombardeiro Dourado”. A família de Klinsmann administra uma padaria no subúrbio de Botnang, em
Stuttgart, por isso ele é carinhosamente citado como o “filho do padeiro”. Curiosamente, Klinsmann
tem o diploma de padeiro.

Principais títulos por clubes: Copa da UEFA (1990/91) e Supercopa da Itália (1989) pela Internazio-
nale; Copa da UEFA (1995/96) e Campeonato Alemão (1996/1997) pelo Bayern München.

Principais títulos pela Seleção da Alemanha: Copa do Mundo (1990), Eurocopa (1996) e US Cup (1993).

24

LITTBARSKI

Ponta-direita (1978-1997)
Pierre Michael Littbarski (*Berlim,16-04-1960) é um baixinho (1,68 m) como Messi; tem pernas tortas
como Garrincha; nome francês como Platini; sobrenome polonês como Boniek e é alemão como
Beckenbauer. Bem, a soma de tudo isso não fez dele um superjogador, um Pelé. Mas Littbarski foi
um dos grandes jogadores do futebol alemão e um dos dois no mundo (o outro foi Cafu) a disputar
três finais de Copas do Mundo: 1982, 1986 e 1990. Disputou 73 jogos pela Seleção Alemã e marcou
18 gols. Começou a carreira no Colônia, da cidade de Colônia, em 1978, e lá ficou até 1986, quando
se transferiu para o francês Racing. Um ano depois estava de volta ao seu clube do coração, que
defendeu até 1993. O passo seguinte foi a transferência para o futebol japonês, onde ficou até 1997,
jogando primeiro no United Chiba e, depois, no Brummell Sendai, onde encerrou a carreira. Em 1981,
Telê Santana foi à Alemanha assistir a um jogo entre os donos da casa (que venceram por 3 a 1) e
Portugal. Telê, então técnico da Seleção Brasileira, voltou de lá impressionado com Littbarski e o defi-
niu assim:“Quem nunca o viu jogar, pode pensar num Zé Sérgio: ponta-direita que usa o pé esquerdo,
é rápido, dribla bem e finaliza com precisão”. Zé Sérgio era, na época, excelente ponta do São Paulo.
Principal título por clubes: Copa da Alemanha (1993) pelo Colônia.
Principal título pela Seleção da Alemanha: Copa do Mundo (1990).

LOTHAR MATTHÄUS

Meia (1979-2000)
Lothar Herbert Matthäus (*Erlangen, Alemanha, 21-03-1961) foi um dos grandes craques do
futebol alemão, um dos maiores. A quantidade de títulos conquistados atesta isso. Porém,
foi também uma pessoa de difícil relacionamento, encrenqueiro e a quantidade de pro-
blemas criados ao longa da vida é um forte atestado. Matthäus iniciou sua carreira no
Borussia Mönchengladbach, em 1979, e por lá ficou até 1984. Em 1980 recebeu
a sua primeira convocação. É o jogador que mais vestiu a camisa da Seleção
Alemã: 150 vezes (Miroslav Klose é o segundo colocado com 137 jogos). É
também recordista em participação de Copas do Mundo: 5 vezes (em-
patado com o goleiro mexicano Carbajal e o também goleiro Gianluigi
Buffon, italiano). Ao lado da carreira vitoriosa, enumerou uma série
de encrencas com jornalistas, companheiros, dirigentes. Jürgen
Klinsmann e Berti Vogts são dois dos muitos desafetos.
Matthäus esteve no Brasil dirigindo o Atlético Paranaense.
Um dia pegou um avião e voltou para a Hungria, onde
morava sua família. Ficou por aqui apenas um mês.
Principais títulos por clubes: Campeonato
Alemão (1985, 1986, 1987, 1994, 1997, 1999 e
2000), Copa da Uefa (1996) e Copa da Ale-
manha (1986, 1998 e 2000) pelo Bayern
de Munique; Série A (1989), Superco-
pa Italiana (1989) e Copa da Uefa
(199/91) pela Internazionale.
Principais títulos pela Sele-
ção da Alemanha: Euro-
copa (1980) e Copa do
Mundo (1990).

25

MANUEL
NEUER

Goleiro (desde 2006)

O goleiro Manuel Peter Neuer
(*Gelsenkirchen, Alemanha, 27-
03-1986) é hoje um dos melhores e
mais completos em sua posição. Nas
bolas cruzadas em sua área, aprovei-
ta bem sua altura, 1,93 m, para fazer as
defesas; se a bola vai lá no cantinho, estica-se
todo, mostrando incrível habilidade e flexibilidade
para o seu tamanho e faz a defesa. Mas, existem
outros goleiros que também fazem isso. Porém, Neuer
tem outro diferencial: joga como um líbero, dando total
liberdade para os zagueiros avançarem. Está sempre posi-
cionado à frente de sua área, pronto para intervir com os pés
no caso de um contra-ataque surpreendente do adversário. O site
português www.ogoal.com fez avaliação das atuações do goleiro
Neuer e conferiu estas notas: habilidade na área, nota 8; comando na
área, 7,5; excentricidade, 5,0; habilidade com os pés, 9,0; distribuição de
bola, 10; defesas de pênaltis, 7,0; posicionamento, 8; reflexos, 8; domínio de
bola, 7,5. A carreira do goleirão começou nas categorias de base do Schalke
04, em 2003. Três anos depois, profissionalizou-se. Em 2011, transferiu-se para o
Bayern de Munique. Na Seleção Alemã principal, fez sua estreia em 2009.

Principais títulos por clubes: Copa da Liga Alemã (2005) e Copa da Alemanha
(2010/2011) pelo Schalke 04; Supercopa da Alemanha (2012), Campeonato Alemão
(2012/13, 2013/14, 2014/15, 2015/16), Liga dos Campeões da UEFA (2012/13), Copa da
Alemanha (2012/13, 2013/14, 2015/16), Supercopa da UEFA (2013), Copa do Mundo de Clubes
da FIFA (2013) pelo Bayern de Munique.

Principal título pela Seleção Alemã: Copa do Mundo (2014).

MATTHIAS SAMMER

Zagueiro e Volante (1985-1998)

Apelidado de “Cabeça de Fósforo” por seus cabelos louros, Matthias Sammer (*Dresden, Alemanha, 05-09-
1967) foi um dos principais jogadores da Alemanha Oriental, na década de 90, entre aqueles que depois
optaram por atuar pela Alemanha reunificada. Sua carreira foi curta, apenas 13 anos, devido a uma série de
lesões. Começou no futebol no Dynamo de sua cidade, em 1985. Três anos depois já se tornava campeão
nacional da Alemanha Oriental. Pouco antes da reunificação das Alemanhas e das Ligas Alemãs, o Dynamo
não teve como manter suas principais estrelas, o que permitiu que ele fosse negociado. Sammer foi então
adquirido pelo Stuttgart e passou a receber um salário 30 vezes maior. E ali foi campeão alemão no primeiro
campeonato das ligas unificadas, em 1991/92. Conquista que chamou a atenção da Internazionale. Transfe-
rido para a Itália, Sammer fez boa temporada, mas preferiu voltar à Alemanha, alegando que não havia se
adaptado. Voltou como jogador do Borussia Dortmund. O auge da carreira foi na temporada de 1995/96. O
ano seguinte foi marcado por uma série de lesões que acabaram por fazê-lo desistir do futebol.

Principais títulos por clubes: Campeonato Alemão Oriental (1989 e 1990) e Copa da Alemanha Oriental
(1990) pelo Dynamo Dresden; Campeonato Alemão (1992) pelo Stuttgart; Campeonato Alemão (1995 e
1996), Supercopa da Alemanha (1995 e 1996) e Liga dos Campeões (1997) pelo Borussia.

Principais títulos pela Seleção da Alemanha: Cup US (1993) e Eurocopa (1996).

26

Miroslav Klose

Centroavante (desde 1989)

Polonês de nascimento, Miroslav Josef Klose (*Opole, Polônia,
09/06-1978), naturalizado alemão, é um centroavante recordista
em gols da Copa do Mundo (16, contra 15 de Ronaldo Fenômeno),
fez sucesso na Alemanha e também nos cinco anos que defendeu
a Lazio, da Itália, mas está longe de ser o grande goleador como
foram outros camisas 9. A grande qualidade de Miroslav Klose foi a
regularidade. Somente saía dos times pelos quais foi titular em caso
de contusão. Podia não fazer o gol daquele jogo, mas, com quase
certeza, o passe para o gol ou para iniciar a jogada saiu de seus pés.
Os primeiros chutes, e gols, foram no pequeno Homburg, na épo-
ca, 1998, na 3ª Divisão alemã. No ano seguinte, foi contratado pelo
Kaiserlautern, onde ficou até 2004. Passou pelo Werder Bremen, pelo
Bayern de Munique e de 2011 até maio de 2016 defendeu a Lazio, da
Itália. Miroslav disputou a Copa de 2002 pela Alemanha, que defen-
deu também em 2006, 2010 e 2014. Marcou quatro gols em cada
Copa, superando o Fenômeno. Em 666 jogos, Miroslav marcou
284 gols, o que dá a média de 0,42 gol por jogo. Ronaldo dis-
putou 616 jogos e marcou 414, media de 0,67 gols por jogo.

Principais títulos por clubes: Copa da Liga Alemã
(2005/06) pelo Werder Bremen; Copa da Liga Alemã
(2006/07), Campeonato Alemão (2007/08 e 2009/10),
Copa da Alemanha (2007/08, 2009/10) e Superco-
pa da Alemanha (2010) pelo Bayern de Muni-
que e Copa da Itália (2012/13) pela Lazio.

Principal título pela Seleção Alemã:
Copa do Mundo (2014).

Oliver Kahn

Goleiro (1987-2006)

Os brasileiros têm uma imagem inesquecível do goleiro Oliver
Rolf Kahn (*Karlsruhe, Alemanha, 15-06-1969): foi na final da
Copa do Mundo de 2002. O Brasil empatava em 0 a 0, e a Ale-
manha era um adversário difícil. Até que, já no segundo tempo,
Rivaldo pegou a bola na entrada da área, bateu forte. O goleirão
Oliver Kahn bateu roupa e a bola sobrou para Ronaldo fazer 1 a
0. Depois, o Brasil chegou aos 2 a 0 e tornou-se pentacampeão.
Mas se o goleirão foi vice-campeão, sob os olhares da Fifa ele
foi o melhor jogador da Copa, deixando Ronaldo Fenômeno em
segundo lugar, vice. Aos 18 anos de idade, Kahn fez sua estreia
como profissional no pequeno Karlsruher, que defendeu até
1994. Contratado pelo Bayern, foi convocado para a Copa da
França, em 1998, mas ficou na reserva. Sua chance como titular
da Seleção Alemã aconteceu após a Copa da França, com a
aposentadoria do titular Andreas Köpke. Em 2000, ele teve a me-
lhor fase de sua carreira, quando foi eleito o melhor jogador do
Campeonato Alemão e conquistou o título da Liga dos Campe-
ões da Uefa. Em 17 de maio de 2008, Khan anunciou a aposen-
tadoria. Participou de três Copas do Mundo: 1998, 2002 e 2006.

Principais títulos pelos clubes: Copa da UEFA (1996), Cam-
peonato Alemão (1997, 1999, 2000, 2001, 2003, 2005, 2006 e
2008), Supercopa da Alemanha (1997, 1998, 1999, 2000, 2004
e 2007), Copa da Alemanha (1998, 2000, 2003, 2005, 2006 e
2008), Champions League (2000/01) e Mundial de Clubes (2001)
pelo Bayern Munique.

Principal título pela Seleção Alemã: Eurocopa (1996).

27

Paul Breitner

Lateral-esquerdo e Volante (1970-1983)
Competente nas duas posições em que atuou, Paul Breitner (*Kolbermoor, Alemanha, 05-09-1951) foi
também excelente na Seleção Alemã e no Real Madrid, mas teve a carreira abalada por polêmicas. Che-
gou ao Bayern Munique em 1970, quando o Bayern deixava de ser pequeno para entrar no seleto grupo
de grandes times. Tinha Gerd Müller, Beckenbauer e o goleiro Sepp Maier. Após conquistar a Copa do
Mundo de 1974, mudou-se para o Real Madrid, onde ficou até 1977. Voltou à Alemanha, ficou um ano
no Eintracht Braunschweig e novamente vestiu a camisa do Bayern até 1983, quando se aposentou com
31 anos de idade. Após o título mundial de 1974, ainda com 23 anos, Breitner se afastaria da Seleção e
do Bayern, chamando o técnico Helmut Schön de “senil” e o auxiliar-técnico Jupp Derwall de “idiota”. Só
voltou à Seleção Alemã em 1980 e participou da Copa de 1982, disputada na Espanha. No jogo final,
contra a Itália, marcou o gol de seu time na derrota por 3 a1. Ao deixar o Bayern e a Seleção, Breitner
ainda provocou outra polêmica afirmando, sem citar nomes, que havia doping na Seleção e em vários
clubes alemães.
Principais títulos por clubes: Campeonato Alemão (1972, 1973, 1974, 1980 e 1981), Copa da Alema-
nha (1971 e 1982), Liga dos Campeões (1974) pelo Bayern Munique; Campeonato Espanhol (1975 e
1976) e Copa do Rei (1975) pelo Real Madrid.
Principais títulos pela Seleção da Alemanha: Copa do Mundo (1974) e Eurocopa (1972).

OVERATH

Meia (1962-1977)
Wolfgang Overath (*Siegburg, Alemanha, 29-09-1943) é considerado um dos maiores meio-
-campistas do futebol alemão. Começou a jogar no time amador de sua cidade, o Siegburg,
aos 10 anos de idade. Por lá ficou até 1962, quando foi convidado a jogar no Colônia,
único time que defendeu em toda a sua carreira. Curiosamente, 1962 é também o
ano da criação da Bundesliga, a Liga de Futebol Profissional Alemã, a principal
competição da Alemanha. Pelo Colônia (Köln, em alemão), Overath disputou 765
jogos e marcou 267 gols; pela Seleção, foram 81 jogos e 17 gols. Seu primeiro
título foi exatamente no primeiro campeonato organizado pela Bundesliga,
em 1962. Overath era um jogador de meio de campo completo: forte na
marcação, tinha um potente chute de pé esquerdo e estava sempre
em boa forma física. Parecia ter nascido para jogar na Seleção,
onde mostrava sempre melhor desempenho. Na Copa do Mun-
do de 1970, no México, foi eleito pela imprensa como o me-
lhor jogador de meio-campo, ao lado do brasileiro Gérson.
Naquela Copa, a Alemanha ficou em terceiro e o gol da
vitória sobre o Uruguai, que garantiu a terceira colo-
cação, foi de Overath. Retirou-se da Seleção após
a conquista do título Mundial de 1974. Ainda
jogou mais três temporadas pelo seu time e
se aposentou em 1977, após conquistar
o título da Copa da Alemanha.
Principais títulos por clube:
Campeonato Alemão (1963/64)
e Copa da Alemanha (1968 e
1977) pelo Colônia.
Principal título pela
Seleção da Alema-
nha: Copa do
Mundo (1974).

28

Philipp
Lahm

Lateral e Meia
(desde 1999)

Philipp Lahm (*Munique, Alema-
nha, 11-11-1983) chegou ao Bayern
Munique com apenas 12 anos de idade.
Aos 19 anos foi profissionaizado, mas jo-
gando pela equipe B do Bayern. Para ganhar
experiência, foi emprestado ao VfB Stuttgart
pelo qual disputou o Campeonato Alemão de 2003
a 2005. De volta ao Bayern, enfrentou problemas de
contusão até se tornar titular, em novembro de 2005.
Em janeiro de 2011, Lahm não só era titular como também
recebeu a braçadeira de capitão. Na Seleção, Lahm foi convo-
cado a primeira vez para a Eurocopa 2004, em Portugal. Voltou
à Seleção na Copa do Mundo de 2006. Não mais saiu da Seleção
Alemã. Na Copa de 2010, na África do Sul, Lahm ganhou a braçadeira
de capitão da equipe. A Alemanha caiu na semifinal, mas Lahm continuou
titular. Depois de levar a Alemanha à conquista do tetracampeonato mundial
no Maracanã, Lahm surpreendeu a todos quando anunciou a sua aposentadoria
da Seleção. “Meu ciclo na Seleção acabou. Quero ter mais tempo para me dedicar
ao Bayern”, declarou.

Principais títulos por clubes (até junho/2016): Campeonato Alemão ( 2002/03,
2005/06, 2007/08, 2009/10, 2012/13, 2013/14, 2014/15 e 2015/16), Copa da Alemanha
(2002/03, 2005/06, 2007/08, 2009/10, 2012/13, 2013/14 e 2015/16), Supercopa da Alema-
nha (2010 e 2012), Champions League (2012/13), Supercopa Europeia (2013) e Mundial de
Clubes (2013) pelo Bayern Munique.

Principal título pela Seleção da Alemanha: Copa do Mundo (2014).

RUMMENIGGE

Atacante (1974-1989)

O craque e artilheiro Karl-Heinz Rummenigge (*Lippstadt, Alemanha, 25-09-1955) brilhou em clubes, mas
não teve a mesma sorte nos mundiais disputados por sua Seleção. Participou das Copas de 1978, 1982 e
1986 e não conquistou nenhum título. Ao contrário dos jogadores alemães sempre disciplinadamente téc-
nicos, Rummenigge tinha mais criatividade, como definiu Giovanni Trapattoni, o técnico italiano com quem
ele trabalhou na Internazionale: “Ele é rápido, muito técnico, cerebral e um artilheiro nato. Nem parece ale-
mão!” Chegou ao Bayern em 1974 e vestiu sua camisa até 1984, quando se transferiu para a Internaziona-
le da Itália. Pelo Bayern, disputou 310 jogos, marcando 162 gols. No total de sua carreira, foram 519 jogos
(95 pela Seleção) e o total de 265 gols. Terminado seu contrato com a Inter de Milão, Rummenigge aceitou
convite para jogar no pequeno Servette, da Suíça, em 1987. Foi ali que colocou em prática o seu plano de
fazer a transição para a aposentadoria. Ficou duas temporadas. Na primeira, foi o artilheiro do campeoanto
suíço, apesar de seu time ficar em modesto sétimo lugar. Na temporada seguinte, jogou à meia força com
o pensamento já na vida fora de campo. Nas duas temporadas, foram 50 jogos e 34 gols. Discretamente, o
jogador que conseguiu aliar a força do tanque alemão com a categoria de um jogador clássico sul-america-
no pendurou as chuteiras.

Principais títulos por clubes: Campeonato Alemão (1980 e 1981), Copa da Alemanha (1982 e 1984),
Champions League (1975 e 1976) e Copa Intercontinental (1976) pelo Bayern.

Principal título pela Seleção Alemã: Eurocopa (1980).

29

SEPP MAIER

Goleiro (1965-1979)

O garoto Josef Dieter Maier (*Haar, Alemanha, 28-02-1944)
era apaixonado pelo tênis, único esporte que praticava. Seu
amigo, Franz, era o companheiro de todas as horas nas
quadras, menos quando estava praticando outro esporte: o
futebol. Franz acabou por convencer o amigo Josef a trocar
de esporte. Incentivado pelo amigo Franz Beckenbauer,
Josef tentou ser atacante, mas foi convencido, devido à
sua falta de habilidade, a jogar no gol. Foi uma descoberta
e tanto. Um pouco mais à frente, Sepp Maier encontrou-se
com seu amigo Franz Beckenbauer no Bayern Munique, um
time modesto até aquele ano de 1965. Foi ali que começou
a história do grande time, história para a qual três amigos
muito contribuíram: Franz Beckenbauer, Sepp Maier e Gerd
Müller. No ano seguinte, 1966, o Bayern já conquistaria a
Copa da Alemanha; em 1967, a Recopa Europeia; em 1969,
conquistaria o título de campeão alemão, inscrevendo-se de-
finitivamente entre os grandes. Se fora de campo Sepp Maier
era um brincalhão, sempre alegrando os amigos com suas
piadas e brincadeiras, dentro de campo era furioso, arroja-
do, corajoso, jogando-se aos pés de jogadores adversários.
Sepp Maier foi o maior goleiro do futebol alemão.

Principais títulos por clube: Campeonato Alemão (1969,
1972, 1973 e 1974), Copa da Alemanha (1966, 1967, 1969
e 1971), Recopa Europeia (1967), Champions League
(1974, 1975 e 1976) e Copa Intercontinental (1976) pelo
Bayern Munique.

Principais títulos pela Seleção da Alemanha: Eurocopa
91972) e Copa do Mundo (1974).

UWE SEELER

Atacante (1953-1972)

O baixinho Uwe Seeler (*Hamburgo,
Alemanha, 05-11-1936), de ape-
nas 1,69 m de altura (dois centímetros
a mais que Romário), intimidou muito
jogador grandalhão ao longo dos 19 anos em
que jogou pelo Hamburgo, seu único time na
Alemanha. Não tinha a altura nem a classe de um
Romário, mas foi o precursor de um tipo de joga-
dor que depois se tornou muito comum na Alemanha:
o tanque. Seeler era uma massa bruta que literalmente
conquistava espaço na área adversária para então chegar
ao seu objetivo: o gol. E foram muitos, talvez não muito bonitos,
sem aquele drible, aquele toque de classe. Mas no entrechoque
da grande área, no bate-rebate e na bola alta ele era insuperável.
Porém, como ensinou o filófoso-goleador Dadá Maravilha, “não
existe gol feio. Feio é perder o gol”. E isso Uwe Seeler não fazia.
Ao longo de sua carreira, disputou 649 jogos, marcando 575 gols
com a excelente média de 0,88 por partida. Foi artilheiro nacional
da Alemanha por oito temporadas e eleito por três vezes o melhor
jogador da Europa. Disputou as Copas do Mundo de 1958, 1962,
1966 e 1970. Em 1965, no auge de sua carreira, teve um tremendo
susto: uma ruptura do tendão de Aquiles na perna direita foi tão
séria que o fim de sua carreira chegou a ser anunciado. Mas, seis
meses depois ele já estava de volta.

Principais títulos conquistados por clube: Campeonato Alemão
(1960) e Copa da Alemanha (1963) pelo Hamburgo.

30

ARGENTINA

MARADONA

Meia-atacante (1976-1997)

Apelidado de “El Pibe de Oro” (O
Menino de Ouro), o baixinho Diego
Armando Maradona Franco (*Lanús,
Argentina, 30-10-1960), de 1,64 metro
de altura, é considerado até hoje o maior
jogador da Argentina. Há quem diga que ele
foi maior que Pelé. Mas, claro, esse é um sen-
timento genuinamente argentino. Um craque, sem
dúvida. Com habilidade fora do comum em sua perna
esquerda, como demonstrou no jogo contra a Inglater-
ra, na Copa do México, em 1986, ao marcar um dos gols
da vitória de seu País, driblando meio time inglês. Manhoso,
esperto, malandro como demonstrou no mesmo jogo ao marcar
um gol com a mão que ele, com fina ironia, atribuiu à Mano de Diós.
Revelado no Argentinos Juniors, brilhou no Boca, no Barcelona e, mais
intensamente, no Napoli. Voltou ao Boca de seu coração para encerrar a
carreira. Envolveu-se seguidamente em polêmicas e em comportamentos
pouco recomendáveis como o uso de drogas. Mas, dentro de campo, chegou
perto de Pelé.

Principais títulos por clubes: Campeonato Argentino Metropolitano (1981) pelo Boca
Juniors; Copa do Rei (1983), Copa da Liga Espanhola (1983) e Supercopa da Espanha
(1983) pelo Barcelona; Copa da UEFA (1989), Campeonato Italiano (1987 e 1990), Copa
da Itália (1987) e Supercopa da Itália (1990) pelo Napoli.

Principal título pela Seleção Argentina: Copa do Mundo (1986).

31

ARDILES

Meia (1973-1991)

Osvaldo César Ardiles
(*Bel Ville, Argentina, 03-08-
1952) foi um dos craques da
ótima Seleção da Argentina que
se sagrou campeã mundial em 1978.
Pequeno, magro, parecia frágil, mas
possuía incrível vitalidade. Era incansável
no desarme e, com a mesma competência,
armava jogadas com passes precisos. Após o
sucesso de 1978, Ardiles deixou o argentino Hura-
cán para brilhar no Tottenham Hotspur da Inglaterra,
onde era chamado pela torcida de Ossie. Foi o primeiro
jogador sul-americano a se tornar ídolo na terra da Rainha.
Na época da Guerra das Malvinas, Ardiles foi emprestado ao
Paris Saint-Germain e só voltou após o conflito contra a Argen-
tina, quando sua presença na Inglaterra tornou-se mais segura.
Depois de duas temporadas no futebol dos Estados Unidos, encerrou
a carreira no pequeno Swindon Town inglês, onde começou também a
carreira de técnico. Trabalhou em diversos países da Europa e também no
México, no Japão, na Croácia e na Argentina. Nos últimos anos, tem se dedi-
cado a palestras na Europa. Em uma delas, ao ser questionado se a Argentina
foi favorecida na Copa de 1978, afirmou que se isso um dia for confirmado, devolve-
rá a sua medalha de ouro.

Principais títulos por clube: Copa da Uefa (1983/84), Copa da Inglaterra (1980/81,
1981/82) e Supercopa da Inglaterra (1981) pelo Totteham Hotspurs.

Principal título pela Seleção Argentina: Copa do Mundo (1978).

BATISTUTA

Atacante (1988-2005)

Gabriel Omar Batistuta (*Reconquista, Argentina, 01-02-1969) foi um grande goleador desde os
primeiros chutes dados no Newell’s Old Boys no início da carreira, em 1988. No ano seguinte já estava
no River Plate e, na temporada seguinte, no Boca Juniors, onde sua facilidade de fazer gols chamou
a atenção dos dirigentes da Fiorentina, da Itália. Dois anos depois, transferiu-se para a Roma, onde
jogou ao lado de Cafu na temporada de 2001/02. Seus gols ajudaram a Roma a alcançar o título
nacional, em 2001, o que não acontecia desde os tempos de Falcão, em 1982. Nessa época, Batistuta
já tinha o apelido de Batigol. Emprestado para a Internazionale, de Milão, não ficou até o final da
temporada: seduzido por ótima proposta financeira, foi para o Qatar. Batistuta encerrou a carreira por
causa das seguidas lesões e fortes dores no joelho. Na época, correu até o risco de amputação, o que
acabou não acontecendo. Sua passagem pelo Qatar acabou lhe rendendo um contrato para ser
garoto-propaganda da campanha do país árabe para ser sede da Copa do Mundo de 2022.

Principais títulos por clubes: Campeonato Argentino (1989/90), pelo River Plate; Campeonato
Italiano, Série B (1993/94), Copa da Itália (1995/96), Supercopa da Itália (1996) pela Fiorentina;
Campeonato Italiano (2000/01), Supercopa da Itália (2001) pela Roma; Campeonato do Qatar (2004)
pelo Al-Arabi Doha.

Principais títulos pela Seleção Argentina: Copa América (1991 e 1993) e Copa das Confederações (1992).

32

BURRUCHAGA

Meia (1979-1998)
Foi no pequeno Arsenal de Sarandí que Jorge Luis Burruchaga (*Gualeguay, Argentina, 09-10-1962)
deu seus primeiros chutes no longínquo ano de 1979. Foram três anos até deixar a periferia e se
instalar em Buenos Aires para defender o Independiente. Mais três anos e o valente meio-campista
batia asas para o Nantes, da França. Foi uma longa temporada de sete anos. E então, como jogador
do Nantes, Burruchaga foi convocado para a disputar a Copa de 1986 no México. Ali, viveu o maior
momento de emoção em toda a sua vida e teve seu nome eternizado em corações e mentes argen-
tinos. Faltavam apenas seis minutos para o fim da Copa de 1986. O então meia da seleção portenha
recebeu passe em profundidade de Diego Maradona e tocou na saída do goleiro para decretar o 3 a 2
na decisão contra a Alemanha Ocidental, que três minutos antes havia empatado a partida. “Foi muito
difícil explicar o que eu senti. Campeão do Mundo e com o meu gol decisivo. Jogar a Copa do Mundo
já era a grande realização; marcar o gol da vitória, do título... isso nem passava pela minha cabeça”.
Principais títulos por clubes:
Copa Libertadores (1984), Copa Intercontinental (1984), Recopa Sul-Americana (1995) e Supercopa
Libertadores (1995) pelo Independiente.
Principal título pela Seleção Argentina: Copa do Mundo (1986).

CRESPO

Atacante (1993-2012)
Hernán Jorge Crespo Samanta (*Florida, Argentina, 05-07-1975) fez gols, e muitos, por onde
passou. Estreou nos profissionais do River Plate aos 18 anos, em 1993. Três anos depois,
mudou-se para a Itália onde defendeu: Parma (1996-2000), Lazio (2000-2002), Internazio-
nale (2002-2003). Mudou-se para o Chelsea, da Inglaterra, onde ficou sob contrato até
2009. Mesmo pertencendo ao Chelsea, voltou à Itália e defendeu o Milan e a Inter-
nazionale por empréstimo. Em 2009, acabou tendo o seu passe negociado com a
Internazionale, onde ficou por uma temporada para depois se transferir para o
Genoa. Após passar pelo Parma, em janeiro de 2012 ele foi contratado pelo
Barasat, da Índia. Dois anos depois retornava ao Parma, agora como
técnico das categorias de base. Em 2015, obteve licença do Parma
para assinar contrato como técnico da equipe profissional do Mo-
dena. Crespo foi sempre um jogador de muita presença na área:
fazia muitos gols de cabeça e chutava com ambos os pés. É
o oitavo maior goleador do futebol argentino até hoje.
Principais títulos por clubes: Campeonato Argentino
(1993 e 1994), Libertadores da América (1996)
pelo River Plate; Copa da Itália (1999), Super-
copa Italiana (1999), Copa da Uefa (1999),
Supercopa Europeia (1999) pelo Parma;
Supercopa Italiana (2000) pela Lazio;
Supercopa Italiana (2004) pelo
Milan; Liga Inglesa (2006) pelo
Chelsea; Supercopa Italiana
(2006 e 2008), Liga Italiana
(2007, 2008 e 2009) pela
Internazionale.

33

DANIEL PASSARELLA

Zagueiro (1971-1989)
Com apenas 1,76 metro de altura, Daniel Alberto Passarella (*Chacabuco, Argentina, 25-05-1953) foi
um grande cabeceador. Era senhor das bolas altas em sua área e ainda um formidável atacante nas
bolas levantadas nas áreas adversárias. Segundo edição da revista Placar de 2009, Passarella foi o
segundo maior zagueiro artilheiro da história do futebol, perdendo apenas para o holandês Ronald
Koeman (que marcou 207 gols em 581 jogos). Passarella marcou um total de 156 gols em sua car-
reira, maior parte deles de cabeça ou em cobranças de faltas. Começou a carreira no Sarmiento, que
defendeu de 1971 a 1973. Depois, transferiu-se para o River Plate, onde jogou de 1974 a 1982. Ficou
seis anos na Itália (Fiorentina e Internazionale), mas nunca conseguiu ser campeão. Apesar disso, foi
sempre e ainda é muito respeitado na terra do Imperador Júlio César. Encerrou a carreira em 1989, no
River Plate, e ali mesmo iniciou a carreira de técnico, dirigindo o River, time do seu coração, por cinco
anos. Em 1994, assumiu a direção da Seleção Argentina, por quatro anos. Em 2005, Passarella teve
passagem não bem-sucedida como técnico do Corinthians, de São Paulo.
Principais títulos por clubes: Campeonato Argentino (1975, 1977, 1979 e 1981) pelo River Plate.
Principal título pela Seleção Argentina: Copa do Mundo (1978 e 1986).

DI STÉFANO

Atacante (1945-1966)
Por sua incrível velocidade com a bola nos pés, Alfredo Stéfano Di Stéfano Laulhé (*Buenos Aires,
Argentina, 04-07-1926 - g Madrid, Espanha, 07-07-2014) foi apelidado de “La Saeta Rubia” (A Flecha
Loura). Mas não foi só a velocidade que colocou Di Stéfano na lista dos maiores jogadores de
futebol do mundo de todos os tempos: era um exímio goleador. Tinha fome de gols. Certa vez,
declarou: ”Futebol para mim se trata de gols, de muitos gols. De preferência, meus gols”.
Chegou ao River Plate aos 18 anos, foi emprestado ao pequeno Huracán e depois se
bandeou para a Colômbia, que apareceu no cenário mundial como o Eldorado do
futebol, pagando imensos salários a jogadores de todo o mundo. Ficou lá de 1949 a
1953, quando foi para a Espanha defender o Real Madrid, de 1953 a 1964. O time
da capital, até então, era modesto e apenas o terceiro colocado em conquis-
ta de títulos espanhóis, atrás de Atlético de Madrid e Barcelona. Mudou a
história do Real Madrid, que passou a conqustar títulos, inclusive o da
Liga dos Campeões da Uefa (hoje, Champions League) por cinco anos
consecutivos. Realmente, o Pelé da época. Defendeu a Seleção Ar-
gentina (6 jogos), Colombiana (4 jogos) e Espanhola (31 jogos).

Principais títulos por clubes: Campeonato Argentino
(1945 e 1947) pelo River Plate; Campeonato Colombia-
no (1949, 1951, 1952 e 1953), Copa Colômbia (1953)
e Pequena Taça do Mundo (1953) pelo Milionarios;
Campeonato Espanhol (1954, 1955, 1957, 1958,
1961, 1962, 1963 e 1964), Copa Latina (1955
e 1957), Liga dos Campeões da UEFA
(1956, 1957, 1958, 1959 e 1960), Pe-
quena Taça do Mundo (1956), Mundial
de Clubes (1960) e Copa da Espa-
nha (1962) pelo Real Madrid.

Principal título pela Sele-
ção Argentina: Campe-
onato Sul-Americano
(1947).

34

FILLOL

Goleiro (1969-1990)
O futebol da Argentina sempre teve grandes goleiros, mas
Ubaldo Matildo Fillol (*San Miguel del Monte, Argentina, 21-
07-1950) foi um dos maiores, senão o maior de todos. Desde
que foi revelado pelo Quilmes, em 1969, até o final da carreira,
em 1990, Fillol, apelidado “El Pato”, passou por diversos times
e também pela Seleção da Argentina, pela qual disputou as
Copas do Mundo de 1974, 1978 e 1982. Despertou a admira-
ção do torcedor argentino e também a bronca dos rivais, como
Hugo Gatti, que declarou: “Ele foi o goleiro mais importante
que conheci... debaixo dos paus. Sabia como ninguém solu-
cionar problemas que ele mesmo criava.” Essa foi uma crítica
constante e, até certo ponto, injusta, segundo a qual Fillol
não saía bem do gol, como faziam outros grandes goleiros
argentinos com Carrizzo e até mesmo Gatti. Talvez não fosse
mesmo tão bom nesse quesito como eles, mas compensava
com a incrível agilidade. Fillol teve passagem pelo Flamengo.
Foi apenas uma temporada. Seus críticos diziam que ele tinha
vindo ao Brasil mais interessado em imóveis em Copacabana
do que no Flamengo. Pura maldade.

Principais títulos por clubes: Campeonato Argentino (1975,
1977, 1979 e 1981) pelo River Plate; Taça Gauanabara
(1984) e Taça Rio (1985) pelo Flamengo; Supercopa da Es-
panha (1985) pelo Atlético de Madrid; Supercopa Sul-Ame-
ricana (1988) pelo Racing.

Principal título conquistado pela Seleção Argentina:
Copa do Mundo (1978).

KEMPES

Atacante (1970-1996)
Artilheiro da Copa do Mundo de 1978, com seis
gols, e eleito o melhor jogador daquela compe-
tição, Mario Alberto Kempes Chiodi (*Bell Ville, Ar-
gentina, 15-07-1954) foi um dos maiores artilheiros do
futebol argentino e ganhou o apelido de “El Matador” dos
torcedores e da imprensa. Até hoje os argentinos não esque-
cem a imagem daquele jovem cabeludo de 23 anos de idade
invadindo a área holandesa e marcando o gol que deu o título
mundial à Argentina. O jogo estava na prorrogação e o estádio Monu-
mental de Nuñez foi à loucura. “El Matador” começou sua carreira no
pequeno Instituto, de Córdoba, onde jogou de 1970 a 1973. Daí, para
o Rosário Central e diversos times espalhados pelo mundo. Após ter
pendurado as chuteiras em 1992, o atacante argentino voltou a jogar
profissionalmente três anos depois para ter uma breve passagem
pelo chileno Fernández Vial e pelo Pelita Jaya, da Indonésia, onde foi
jogador e técnico. Ele ainda comandou equipes da Venezuela e Albâ-
nia. O primeiro título como treinador só veio em 1999, com o boliviano
The Strongest.
Principais títulos por clubes: Copa do Rei (1979/80), Recopa
Europeia (1979/80) e Supercopa da Europa (1980) pelo Valencia;
Campeonato Argentino (1981) pelo River Plate.
Principal título pela Seleção Argentina: Copa do Mundo (1978).

35

MESSI

Atacante
(desde 2000)

Lionel Andrés Messi (*Ro-
sário, Argentina, 24-06-1987)
é um desses raros fenômenos
que acontecem no futebol de quando
em quando. O garotinho que chamou a
atenção dos olheiros do Barcelona para seu
futebol ainda aos 10 anos de idade, na cidade
de Rosário, foi levado para a Espanha, onde foi
submetido a um rigoroso trabalho de aperfeiçoa-
mento físico, numa equipe composta por médicos,
preparadores físicos, nutricionistas e até psicólogo para
crescer e chegar a 1,70 metro de altura de hoje, muito longe
da quilométrica altura de seu futebol. Por cinco vezes arrebatou
o título de Melhor Jogador do Mundo dado pela Fifa (2009, 2010,
2011, 2012 e 2015). Aos 24 anos de idade, em 2012, tornou-se o
maior artilheiro do Barcelona. Também em 2012, ao marcar o gol número
90, superou o recorde mundial de gols em apenas um ano no futebol mun-
dial, apenas em partidas oficiais. Sua habilidade com a perna esquerda, seus
dribles curtos e em velocidade sempre em direção ao gol, suas cobranças de falta
e até mesmo gols de cabeça fazem de Messi o melhor jogador do futebol Mundial de
sua época.

Principais títulos por clube: La Liga (2004/05, 2005/06, 2008/09, 2009/10, 2010/11,
2012/13, 2014/15 e 2015/16), Copa del Rey (2008/09, 2011/12, 2014/15 e 2015/16), Su-
percopa da Espanha (2005, 2006, 2009, 2010, 2011 e 2013), Champions League (2005/06,
2008/09, 2010/11 e 2014–15), UEFA Super Cup (2009, 2011 e 2015) e Mundial de Clubes
(2009, 2011 e 2015) pelo Barcelona.

Principal título pela Seleção Argentina: Jogos Olímpicos (2008).

36

MORENO

Atacante (1935-1961)

José Manuel Moreno Fernández (*Buenos Aires, Argentina,
03-08-1916 - g Buenos Aires, 26-08-1978) era apelidado “El
Charro”. Foi um dos grandes atacantes do futebol argentino e
fez parte do célebre time do River Plate que, nos anos 1940,
era chamado de “La Máquina”, tamanho o sucesso alcançado
naqueles anos. Além da Argentina, Moreno também jogou
futebol no México, Chile, Uruguai e Colômbia. Só não conseguiu
o título nacional no Uruguai. Apesar de tanto sucesso, em clubes
e na Seleção Argentina, Moreno não disputou nenhuma Copa do
Mundo, já que nos anos 40, quando ele mais brilhou, a competi-
ção foi suspensa por causa da Segunda Guerra Mundial. Mesmo
meio gordinho, Moreno tinha muita vitalidade física e velocidade,
o que impressionava na época, pois diziam que Moreno gostava
tanto da bola como de dançar um tango; afinal, ele nasceu e
foi criado no bairro boêmio La Boca. Ele fez parte do famoso
ataque do River que teve Adolfo Padernera, Ángel Labruna,
Juan Carlos Muñoz e Félix Lostau.

Principais títulos por clubes: Campeonato Argen-
tino (1936, 1937, 1941, 1942 e 1947) pelo River
Plate; Campeonato Mexicano (1946) pelo Real
Espanha; Campeonato Chileno (1949) pelo
Universidad Católica; Campeonato Co-
lombiano (1955 e 1957) pelo Indepen-
diente de Medellín.

Principais títulos pela Seleção
Argentina: Campeonato Sul-
Americano (1941 e 1947).

OMAR SÍVORI

Atacante (1954-1969)

O baixinho Enrique Omar Sívori (*San Nicolás de los Arroyos,
Argentina, 02-10-1935 - g San Nicolás, 17-02-2005) entrou
para a rica história do futebol argentino pela incrível habilida-
de com a perna esquerda, pela facilidade e ousadia com que
passava a bola entre as pernas dos advesários, pela quan-
tidade de gols que marcou e pela quantidade de confusões
que arranjou dentro de campo. Revelado pelo River Plate, “El
Cabezón” conquistou três títulos nacionais e se transferiu para
a Itália. Por oito anos defendeu a Juventus; depois, por mais
quatro, o Napoli. Chegou até mesmo a defender a Seleção,
aproveitando-se de sua ascendência italiana. Tinha menos de
1,70 metro de altura, mas era um gigante em campo. Quando
pegava a bola, tinha um objetivo: o gol adversário – e quase
sempre chegava lá por caminhos tortuosos, cheios de dribles
e malabarismos. Era craque, porém era complicado. Nos 12
anos em que jogou no futebol italiano, foi suspenso 33 vezes.
Quando chegou à Juventus, em 1957, Sívori foi olhado com
desconfiança pela torcida, que não botou muita fé naquele bai-
xinho de pernas curtas. No entanto, logo após a apresentação,
pediu a bola e deu quatro voltas no gramado fazendo embai-
xadinhas, sem deixar a bola cair. Conquistou os tiffosi.

Principais títulos por clubes: Campeonato Argentino
(1955, 1956 e 1957) pelo River Plate; Série A (1957/58,
1959/60 e 1960/61) e Copa da Itália (1958/59 e 1959/60)
pela Juventus.

Principal título pela Seleção Argentina: Copa América (1957).

37

RIQUELME

Meia (1996-2015)

O futebol argentino é pródigo
em “camisas 10” clássicos e
Juan Román Riquelme (*Buenos
Aires, Argentina, 24-06-1978) é um
legítimo representante dessa escola. Seu
futebol limpo, eficiente e clássico apareceu
no Argentinos Juniors ainda criança. Com 17
anos, em 1995, chegou ao Boca Juniors, time
que defendeu até 2002, quando se transferiu para
o Barcelona, mas não se deu bem e fez fraca tempo-
rada. Transferiu-se para o Villarreal e, aí sim, acertou, fez
ótima temporada e levou o seu time à inédita classificação
para a disputa da Copa dos Campeões da Europa na tempora-
da 2004/05. O Villa, chamado de Submarino Amarelo, foi bem na
competição, eliminando grandalhões como o Manchester United e a
Internazionale. Mas, na semifinal, contra o Arsenal, Riquelme perdeu
um pênalti e seu time foi eliminado. Riquelme nunca mais conseguiu
recuperar a boa forma. Após a Copa do Mundo de 2006, teve uma série de
desentendimentos com seu técnico, ficou na reserva e começou uma negocia-
ção para voltar ao Boca. Retornou em 2008. Em 2014, anunciou que voltaria ao
Argentinos Juniors para encerrar a carreira. A grande fase de Riquelme foi mesmo
no Boca, onde conquistou 12 títulos.

Principais títulos por clubes: Campeonato Argentino (1998, 1999, 2000, 2001, 2008 e
2011), Copa Libertadores da América (2000, 2001 e 2007), Copa Intercontinental (2000), Re-
copa Sul-Americana (2008), Copa Argentina (2011/12) pelo Boca Juniors; Copa Intertoto (2003
e 2004) pelo Villarreal.

Principal título pela Seleção Argentina: Olimpíada (2008).

VERÓN

Volante (1994-2014)

Jogador muito forte na marcação, Juan Sebastián Verón (*La Plata, Argentina, 09-03-1975) é conhe-
cido na Argentna por “La Brujita”, em razão de ser filho de Juan Ramón Verón, ex-jogador também
revelado pelo Estudiantes de La Plata que tinha o apelido de “La Bruja”. Herdou do pai também o
futebol de forte marcação, mas de muita precisão nos passes. Após duas temporadas no Estudiantes,
transferiu-se para o Boca, onde ficou pouco tempo, e já partiu para o Sampdoria, Itália. Foram duas
temporadas no Sampdoria, uma no Parma e mais duas na Lazio para, em seguida, transferir-se para
o Manchester United e, depois, para o Chelsea. Após três anos de futebol inglês, foi emprestado para
a Internazionale, da Itália. Em 2006, fez o caminho de volta para o Estudiantes, onde se aposentou e
depois tornou-se presidente do clube. Uma de suas maiores façanhas, e também de seu clube, acon-
teceu em 2009, quando levou o Estudiantes, de forma épica e marcante, ao título da Taça Libertadores
da América, ao derrotar de virada o Cruzeiro por 2 a 1 em pleno Estádio do Mineirão.

Principais títulos por clubes: Campeonato Argentino B (1995), Campeonato Argentino (2006 e
2010) e Copa Libertadores (2009) pelo Estudiantes; Copa da Itália (1998/99) e Copa da UEFA
(1998/99) pelo Parma; Campeonato Italiano (1999/00), Copa da Itália (1999/00) e Supercopa da Itália
(2000) pela Lazio; Campeonato Inglês (2002/03) pelo Manchester United; Copa da Itália (2004/05 e
2005/06), Supercopa da Itália (2005 e 2006) e Campeonato Italiano (2005/06) pela Internazionale.

38

BULGÁRIA

HRISTO STOICHKOV

Atacante (1984-2004)
O melhor jogador de futebol da Bulgária, Hristo
Stoichkov (*Plovdiv, Bulgária, 08-02-1966) se notabilizou,
especialmente, por sua perna altamente desequilibradora
e seu comportamento tremendamente desequilibrado. Fez
sucesso participando de três elencos: o do CSKA Sófia na
década de 1980, do Dream Team do Barcelona no início da década
de 1990 e o da Seleção Búlgara da Copa do Mundo de 1994. Seu
temperamento explosivo na juventude, levou o pai, ex-militar, a colocá-lo
para treinar no CSKA na esperança de que num time militar ele melhorasse
o comportamento. No primerio título que disputou, aos 19 anos, marcou o gol
da vitória contra o arquirrival Levski Sófia, mas a partida cheia de lances violentos
terminou em pancadaria geral. Foi tão grave que o Exército resolveu suspender todos
os jogadores e eliminar ambos os times. Punição que durou um ano. Stoichkov mudou-
se para o Barcelona, na sua primeira passagem, em 1990, e foi um dos astros do time
que defendeu por cinco anos. Chegou a jogar com Romário, de quem se tornou muito amigo.
Na época do Barcelona, cunhou a frase: “Só existem dois Cristos, um está no céu, o outro no
Barcelona”, em alusão ao seu nome que é a versão búlgara de Cristo. Sua grande façanha foi ter
participação decisiva na classificação da Bulgária para a Copa de 1994, nos Estados Unidos, e levá-la
ao quarto lugar. Tornou-se definitivamente o maior craque do País.
Principais títulos por clubes: Liga Búlgara (1986/87, 1988/89 e 1989/90), Copa Búlgara (1987, 1988
e 1989) e Supercopa Búlgara (1989) pelo CSKA; Liga dos Campeões (1991/92), Recopa Europeia (1996
e1997), Campeonato Espanhol (1990/91, 1991/92, 1992/93 e 1993/94), Copa do Rei (1997) e Supercopa da
Espanha (1992, 1993, 1995 e 1996) pelo Barcelona; Supercopa da Ásia (1998), Copa dos Vencedores da Copa
Asiática (1998) pelo Al Nassar; Copa Nabisco (1999) pelo Kashiwa Reysol; US Open Cup (2000) pelo Chicago Fire;
MLS Cup (2004) pelo DC United.

CAMARÕES

ROGER MILLA

Atacante (1965-1997)
Até hoje, Albert Roger Mooh Miller (*Yaoundé, Camarões, 20-05-1952) é tratado por seus companheiros camaroneses de “Excelência”,
tamanho foram o futebol e a sua importância para o futebol de Camarões. Milla já tinha 25 anos de idade quando deixou o seu time,
Tonnerre Yaoundé, e foi para a França defender o Valenciennes. Passou pelo Monaco, Bastia, Saint-Étienne, Montpellier e JS Saint-Pier-
roise. Voltou a Camarões para defender o Tonnerre Yaoundé, de sua origem, passou pelo Pelita Jaya e encerrou a carreira no Putra Sa-
marinda, da Indonésia, aos 45 anos de idade. Milla tinha muita velocidade, ótima técnica e gostava de comemorar seus gols com uma
sambadinha que ele dizia ser em homenagem ao centroavante Careca e a Pelé, que vira jogar quando criança. Sua primeira grande
atuação em termos mundiais aconteceu na Copa de 1990 quando, na estreia, Camarões venceu a Argentina, então campeã do Mundo.
Nessa Copa da Itália, Milla marcou quatro gols e levou a Seleção Camaronesa até as quartas-de-final, feito inédito. Saiu da África com
o título de melhor jogador do continente, em 1977. No futebol francês, foi herói de outro clube pequeno, o Bastia: pela equipe da Córse-
ga, marcou o gol do título da Copa da França de 1981 sobre o então poderoso Saint-Étienne de Michel Platini. Roger Milla voltou a ser
notícia na Copa dos Estados Unidos: aos 42 anos e 39 dias, tornou-se o mais velho atleta a disputar a competição até então.
Principais títulos por clubes: Campeonato Camaronês (1972 e 1973) pelo Léopards Douala; Copa de Camarões (1974) e Reco-
pa Africana (1975) pelo Tonnerre Yaoundé; Copa da França (1980) pelo Monaco; Copa da França (1981) pelo Bastia.
Principal título pela Seleção de Camarões: Copa das Nações Africanas (1984 e 1988).

39

CHECOSLOVÁQUIA

MASOPUST

Meia (1950-1970)
Josef Masopust (*Most,
Checoslováquia, 09-02-1931
- g Praga, República Checa, 29-
06-2015) foi um dos grandes nomes
do futebol da Checoslováquia e eleito
o melhor da Europa em 1962. Além de
excelente jogador, Masopust marcou também
por um lance na Copa de 1962, no primeiro jogo
contra o Brasil. Naquela época, não eram permitidas
substituições durante o jogo. Assim, quando Pelé sofreu
distensão na virilha, ficou isolado na ponta direita, fazen-
do número em campo. Mesmo assim, recebeu um passe e,
logo, a marcação de Masopust. O checo ficou parado à frente
de Pelé, sem dar-lhe combate, esperando o que ele iria fazer com
a bola. Pelé, que não conseguia sequer chutar, empurrou a bola para
fora do campo. Masopust foi muito aplaudido por seu gesto de respeito
e solidariedade ao Rei. A história registra que o meio-campista apareceu
para o futebol em 1950, jogando no pequeno ZSJ Technomat Teplice, passan-
do depois para o Dukla Praga, onde jogou até 1968, encerrando sua carreira no
Crossing Molenbeek, da Bélgica. Mais poderoso time da Checoslováquia durante
20 anos, o Dukla não era amado pelo povo por ser uma representação do Exército que
simplesmente se apropriava de jogadores dos outros times. Mas foi lá que Masopust se
tornou um craque. “Nunca deu um chutão na bola”, garantiu Svatopluk Pluskal, seu compa-
nheiro de seleção por 14 anos. Disputou duas Copas do Mundo: 1958 e 1962, quando jogou a
final contra o Brasil.

Principais títulos por clubes: Campeonato Checo (1952/53, 1955/56, 1957/58, 1960/61, 1961/62,
1962/63, 1963/64 e 1965/66) e Copa da Checoslováquia (1961, 1965 e 1966) pelo Dukla Praga.

PAUL NEDVED

Meia-atacante (1991-2009)
Pavel Nedved (*Cheb, Checoslováquia, 30-08-1972) foi um meia-esquerda que se destacou muito por sua
técnica, raça e movimentação em campo. Revelado em 1990 pelo outrora todo-poderoso Dukla Praga,
transferiu-se para o forte Sparta já em 1992, ficando até 1996, quando defendeu a Lazio, da Itália. Cinco
anos depois e alguns títulos conquistados, Nedved transferiu-se para a Juventus com a missão de ocu-
par o lugar do ídolo Zinedine Zidane, que havia ido para o Real Madrid. Na sua segunda temporada, foi
eleito o melhor jogador da Europa pela revista France Football, troféu que depois foi encampado pela Fifa.
Na temporada de 2005-06, a Juventus caiu para a Série B, punida pelo escândalo do Calciopoli quando,
além da Juventus, Milan, Fiorentina e Lazio foram acusados de manipulação de resultados. A Juventus foi
campeã da Série B e voltou à Série A. O checo participou de seu último jogo de futebol em 2009, na vitória
da Juventus sobre a Lazio, em Turim. Ao final do jogo, foi aplaudido pelas duas torcidas e viu ser estendida
pelos torcedores uma faixa com os dizeres: “Grazie, Pavel”. Disputou somente a Copa do Mundo de 2006.

Principais títulos por clubes: Primeira Liga (1992/93), Copa da República Checa (1996) e Liga de
Futebol da República Checa (1993/94 e 1994/95) pelo Sparta Praga; Supercopa da Itália (1998 e
2000), Copa da Itália (1997/98 e 1999/00), Campeonato Italiano (1999-00), Supercopa Europeia (1999),
Recopa Europeia (1998/99) pela Lazio; Supercopa da Itália (2002 e 2003), Campeonato Italiano Série B
(2006/07) e Campeonato Italiano (2001/02 e 2002/03) pela Juventus.

40

CHILE

ELÍAS FIGUEROA

Zagueiro (1964-1982)

O nome completo é Elías Ricardo Figueroa Brander (*Valparaíso, Chile, 25-10-1946), mas, por uma questão de respeito
ao seu futebol, é sempre bom tratá-lo de Don Elías Figueroa.Trata-se, entre outras coisas, do melhor zagueiro do
futebol chileno de todos os tempos; eleito o melhor zagueiro da Copa de 1974, na Alemanha; o melhor zagueiro que o
Internacional, de Porto Alegre, já teve. Não é à toa que usava o seguinte lema: “A grande área é minha casa. Aqui só
entra quem eu quero”. Pretensão? Pergunte aos atacantes que ousaram entrar na casa dele sem sua permissão. Foram
todos colocados para fora do jeito que a ocasião exigia: na classe, na categoria, com um pequeno toque na bola ou aos
trombalhões se o sujeito fosse muito abusado. Começou sua carreira no Santiago Wanderes, em 1963. No ano seguin-
te, estava no Unión La Calera e, em 1965, voltou para o Santiago Wanderes. Dois anos depois, foi exibir seu futebol no
Peñarol, do Uruguai, onde começou a ser chamado de Elías Figueroa. Pois foi no Internacional-RS, para onde ele foi em
1977, que ele passou a ser chamado de Don Elías Figueroa, com muito merecimento, após a conquista de seis títulos
gaúchos consecutivos e dois brasileiros. Ficou até 1976. Jogou ainda no Palestino, Fort Lauderdale, encerrando a carrei-
ra no Colo Colo, em 1982. Na Seleção Chilena, jogou de 1966 a 1982, atuando em 47 jogos e marcando dois gols.

Principais títulos por clubes: Campeonato Uruguaio (1967 e 1968) e Recopa dos Campeões Intercontinentais
(1969) pelo Peñarol; Campeonato Gaúcho (1971, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1976) e Campeonato Brasileiro (1975 e
1976) pelo Internacional; Copa Chile (1977) e Campeonato Chileno (1978) pelo Palestino.

VALDERRAMA COLÔMBIA

Meia (1981-2004) 41

A estátua de Carlos Alberto Valderrama Palacio (*Santa Marta, Colômbia, 02-09-1961) chama
a atenção como Valderrama sempre fez nos campos de futebol, com sua cabeleira loura. É
atração turística em sua cidade, como Valderrama foi atração nos campos de futebol por
onde passou. Não se encontrarão na biografia dele grandes títulos, pelos times ou pela
Seleção Colombiana, mas sua carreira foi sempre pontuada de grandes apresen-
tações. Sem dúvida alguma, o maior jogador de futebol da Colômbia. Seu pai
também foi jogador de futebol, assim como um tio e dois primos. Valderrama
começou lá em Santa Marta, no Unión Magdalena, onde jogou de 1981 a
1983. No ano seguinte, teve uma temporada pelo Milionarios, de Bogotá,
para, logo após, defender o Deportivo Cali. Foram duas temporadas
excepcionais que acabaram por levá-lo à França, no Montpellier.
Depois, vieram diversos times, sempre com atuações que varia-
vam de ótimas a boas, até se despedir do futebol em 2004, no
Colorado Rapids, dos Estados Unidos. Durante 15 anos,
Valderrama foi o maior nome e capitão da Seleção da
Colômbia, cuja camisa vestiu por 111 vezes. A maior
façanha da Seleção de Valderrama foi a incrível
vitória sobre a Argentina, em 1993, jogo válido
pelas eliminatórias da Copa de 1994: 5 a 1
em pleno estádio Monumental de Núñez,
em Buenos Aires. Massacre histórico.

Títulos conquistados por clubes:
Copa da França (1990) pelo
Montpellier; Campeonato
Colombiano (1993 e 1995)
pelo Atlético Júnior;
MLS Supporters’
Shield (1996) pelo
Tampa Bay
Mutiny.

DIDIER DROGBA COSTA DO
MARFIM
Atacante (desde 1994)

Devido às dificuldades econômicas de seu país, o
menino Didier Yves Drogba Tebily (*Abidjan, Costa
do Marfim, 11-03-1978) mudou-se para a França
em 1989. Sua estreia profissional foi no Le Mans,
em 1998, ficando até 2002. Depois, atuou pelo
Guingamp, até 2003, e pelo Olympique de Marselha,
até 2004. Chamou a atenção do Chelsea, que o
contratou por 36 milhões de euros. Embora tivesse
enfrentado várias lesões, na temporada 2009/10
chegou aos 100 gols com a camisa do clube. Em
maio de 2012, ajudou o Chelsea a conquistar sua
primeira Champions League. Em junho, transferiu-
se para o Shangai Shenhua, ficando até 2013.
Jogou ainda no Galatasaray, voltou para o Chelsea,
chegando ao Montreal Impact em 2015, onde
continua brilhando até hoje. Pela Seleção da Costa
do Marfim atuou de 2002 a 2014, jogou 105 partidas
e marcou 65 gols. Disputou três Copas do Mundo:
2006, 2010 e 2014. É considerado um dos melhores
atacantes em atividade no mundo.

Principais títulos por clubes: Premier League
(2004/05, 2005/06, 2009/10 e 2014/15), Football
League Cup (2004/05, 2006/07 e 2014/15), FA
Cup (2006/07, 2008/09, 2009/10 e 2011/12),
FA Community Shield (2005 e 2009) e Liga dos
Campeões (2011/12) pelo Chelsea; Campeonato
Turco (2012/13) e Supercopa da Turquia (2013)
pelo Galatasaray.

DINAMARCA

MICHAEL LAUDRUP

Meia-armador (1981-1998)

Michael Laudrup (*Frederiksberg, Dinamarca, 15-06-1964)
é considerado o melhor jogador da história da Dinamarca.
Sua fabulosa visão de jogo, sua classe, sua elegância, seus
passes precisos e preciosos fizeram com que se tornasse um dos
mais brilhantes meias do mundo. Foi ídolo em seus país, na Juven-
tus e, principalmente, no Barcelona, onde viveu seus melhores anos e
encantou as mais exigentes plateias. Começou nas divisões de base do
Vanlose, em 1971, passou pelo Brondby e pelo Kjobenhavns, onde iniciou sua
carreira profissional em 1981 e ficou até 1982. Jogou mais um ano no Brondby
e, em 1983, embarcou para a Itália, para jogar na Juventus. Foi emprestado para
a Lazio, retornou para a Juventus em 1985 e permaneceu até 1989. Foi vendido para
o Barcelona, que estava em decadência. Tornou-se ídolo, conquistando inúmeros títulos
importantes. Em 1994, foi para o Real Madrid e, em 1996, para o Vissel Kobe, do Japão,
encerrando a carreira no Ajax, em 1998. Pela Seleção da Dinamarca, jogou de 1982 a 1998,
atuando em 104 jogos e marcando 37 gols. Disputou duas Copas do Mundo: em 1986, quando
transformou a Dinamarca em “Dinamáquina”, e em 1998.

Principais títulos por clubes: Taça Intercontinental (1985) e Série A (1985/86) pela Juventus; Copa
del Rey (1989/90), La Liga (1990/91, 1991/92, 1992/93 e 1993/94), Supercopa da Espanha (1991 e 1992),
European Cup (1991/92) e UEFA Super Cup (1992) pelo Barcelona; La Liga (1994/95) pelo Real Madrid;
Eredivisie (1997/98) e KNVB Cup (1997/98) pelo Ajax.

Principal título pela Seleção da Dinamarca: Copa das Confederações (1995).

42

ESPANHA

RAÚL
GONZÁLEZ

Atacante (1994-2015)

Raúl González Blanco (*Madrid,
Espanha, 27-06-1977) passou 16 anos
de sua carreira profissional jogando pelo
Real Madrid e é o jogador que mais atuou na
história do clube com 741 jogos. Foi o mais jovem
profissional do Real Madrid, com apenas 17 anos
e quatro meses, e já foi campeão espanhol em sua
primeira temporada. Os números de Raúl, como a torcida
sempre o chamou, são realmente espetaculares. Em 11-11-
2008, marcou seu gol de número 300 pelo Real. No total, foram
323 gols, quebrando um antigo recorde que era de Alfredo Di Stéfa-
no, no começo dos anos 60. Foi superado recentemente apenas por
Cristiano Ronaldo. Outra boa marca que deixou no Real Madrid: em seus
16 anos de carreira nunca levou um cartão vermelho. Foi sempre titular do
Real Madrid até 2010 quando, por uma série de contusões, resolveu sair e se
transferiu para o alemão Schalke 04. Ficou até 2012, quando foi jogar do Al-Sadd,
do Qatar. Encerrou sua carreira em 2015, no New York Cosmos, onde disputou
apenas 31 jogos.

Principais títulos por clubes: La Liga (1994/95, 1996/97, 2000/01, 2002/03, 2006/07 e
2007/08), Supercopa da Espanha (1997, 2001, 2003 e 2008), UEFA Champions League
(1997/98, 1999/00 e 2001/02), UEFA Super Cup (2002), Copa Intercontinental (1998 e 2002)
pelo Real Madrid; DFB-Pokal (2010/11) e Supercopa Alemã (2011) pelo Schalke 04; Qatar
Stars League (2012/13) pelo Al-Sadd; NASL (2015) pelo New York Cosmos.

43

SHUTTER CASILLAS

Goleiro
(desde 1998)

Um dos melhores goleiros
de todos os tempos do
futebol espanhol, Iker Casillas
Fernández (*Móstoles, Espanha,
20-05-1981), que atualmente defende
o Porto-POR, foi eleito por cinco
temporadas seguidas (2008, 2009, 2010,
2011 e 2012), quando defendia o Real Madrid,
o melhor goleiro do mundo pela Federação
Internacional de História e Estatísticas do Futebol
(IFFHS). Foi também eleito o melhor goleiro da
Copa do Mundo de 2010, quando a Espanha sagrou-se
campeã do mundo. Casillas recebeu da Fifa a Luva de Ouro.
Casillas chegou ao Real Madrid em 1990, aos nove anos de
idade. Saiu somente em 2015, quando se transferiu para o Porto.
O goleirão fez seu jogo de estreia como profissional ao final de
1999, com 18 anos de idade. O técnico do Real era Vicente del Bosque
que, 10 anos depois, viria a ser campeão do mundo com a Seleção da
Espanha. Disputou quatro Copas do Mundo: 2002, 2006, 2010 e 2014.

Principais títulos por clubes: La Liga (2000/01, 2002/03, 2006/07, 2007/08 e
2011/12), Copa do Rei (2010/11 e 2013/14), Supercopa da Espanha (2001, 2003,

2008 e 2012), Liga dos Campeões da UEFA (1999/00, 2001/02 e 2013/14), Supercopa

da UEFA (2002 e 2014), Copa Intercontinental (2002) e Copa do Mundo de Clubes
(2014) pelo Real Madrid.

Principais títulos pela Seleção da Espanha: Eurocopa (2008 e 2012) e Copa do Mundo (2010).

BUTRAGUEÑO

Atacante (1982-1998)

Pode-se dizer que Emilio Butragueño Santos (*Madri, Espanha, 22-07-1963) entrou para o seleto
time das lendas no dia 18 de junho de 1986. Naquele dia, o jovem artilheiro de apenas 23 anos
passou a ser conhecido como “El Buitre” (o abutre) ao destroçar a Seleção da Dinamarca que, na-
quela Copa do México, estava sendo chamada de Dinamáquina por ter vencido, e bem, seus três
primeiros jogos: 1 a 0 na Escócia, 6 a 1 no Uruguai e 2 a 0 na Alemanha. Naquela tarde, na cidade
de Querétaro, a Espanha liquidou a Dinamáquina com sonoros e escandalosos 5 a 1, com quatro
gols de Butragueño. Com a façanha, El Buitre foi se juntar a verdadeiras lendas como Willimowski,
Ademir de Menezes, Kocsis, Fontaine e Eusébio, que também marcaram quatro gols em um jogo
de Copa do Mundo. A carreira do artilheiro começou em 1982 no Real Madrid Castilla, onde jogou
por dois anos. Em 1984, mudou-se para o verdadeiro Real Madrid, time que defendeu até 1995.
Butragueño encerrou sua carreira no mexicano Celaya, em 1998. Depois, tornou-se dirigente es-
portivo. Fez 69 jogos pela Seleção Espanhola e marcou 26 gols.

Principais títulos por clubes: Segunda Divisão Espanhola (1983/1984) pelo Real Madrid Castilla;
Copa da UEFA (1984/1985 e 1985/1986), Campeonato Espanhol (1985/1986, 1986/1987, 1987/1988,
1988/1989, 1989/1990 e 1994/1995), Copa del Rey (1988/1989 e 1992/1993), Copa de la Liga
(1984/1985) e Supercopa da Espanha (1988, 1989, 1990 e 1993) pelo Real Madrid.

44

DAVID VILLA

Atacante (desde 1999)

O centroavante David Villa Sánchez (*Langreo, Espanha, 03-12-1981) é
o maior artilheiro da Seleção da Espanha, com 59 gols, ultrapassando
o legendário Raúl González que marcou 44. Dos 10 aos 17 anos, jogou
no time de sua terra natal, Langreo. Seu primeiro clube profissional foi o
Sporting Gijón, onde ficou até 2003, quando se transferiu para o Real
Zaragoza. Em 2005, foi para o Valencia, onde ficou até 2010, quando foi
negociado com o Barcelona. Villa estreou pela Seleção Espanhola em
2005. Foi peça importante dos times campeões da Euro 2008 e da Copa
do Mundo de 2010. Ele marcou três gols na Copa do Mundo de 2006,
foi o artilheiro da Euro 2008 e ganhou a Chuteira de Prata e a Bola de
Bronze da Copa do Mundo de 2010. Em 2003, quando seu time Sporting
passava por dificuldades financeiras, Villa foi vendido ao Real Zaragoza
por 2,7 milhões de euros. Dois anos depois, o Zaragoza o vendeu ao
Valencia por 12 milhões de euros. Depois de cinco anos, o Valencia o
negociou com o Barcelona por 40 milhões de euros. Em 2013, transfe-
riu-se para o Atlético de Madrid e, no ano seguinte, para o New York
City. Atualmente, está emprestado para o Melbourne City.

Principais títulos por clubes: Copa do Rei (2004) e
Supercopa da Espanha (2004) pelo Real Zaragoza;
Copa do Rei (2008) pelo Valencia; La Liga (2010/11 e
2012/13), Liga dos Campeões (2010/11), Copa do
Mundo de Clubes (2011), Supercopa da Espanha
(2010 e 2011), Supercopa da Europa (2011) e
Copa do Rei (2011/12) pelo Barcelona; La
Liga (2013/14) pelo Atlético de Madrid.

Principais títulos pela Seleção da
Espanha: Eurocopa (2008 e 2012) e
Copa do Mundp (2010).

FÀBREGAS

Meia (desde 2003)

Nascido com nome de famíia nobre, numa pequena e agradável
cidade nas cercanias de Barcelona, Francesc Fàbregas i Soler
(*Arenys de Mar, Espanha, 04-05-1987) começou a jogar futebol
no Mataró, de sua região natal, mas logo foi convidado a fazer um
estágio no Barcelona, onde ficou de 1997 a 2003. Mas o time de
seus sonhos acabou não lhe dando chances. Assim, aos 16 anos de
idade, Fàbregas mudou-se para Londres, convidado pelo Arsenal.
“Eu não pude acreditar quando fui recebido pessoalmente pelo téc-
nico Arsène Wenger que, naquela época, já era uma lenda.” E assim
ele se tornou o mais jovem profissional da história do Arsenal. Oito
anos depois, em 2011, o Barcelona desembolsou 40 milhões de
euros para repatriar um jogador que havia treinado por seis anos em
sua categoria de base. A passagem pelo Barcelona durou três anos,
quando Fàbregas voltou ao futebol inglês, desta vez ao Chelsea. De-
pois de ser campeão inglês pelo Chelsea, em 2014/2015, e quase
cair em 2016, Fábregas declarou ao jornal espanhol Marca: “Pode
ser que até volte a jogar no futebol espanhol, mas não no Barcelona.
A etapa do Barcelona passou, está fechada.”

Principais títulos por clubes: Copa da Inglaterra (2004/05) e Copa
da Liga Inglesa (2004) pelo Arsenal; Campeonato Espanhol (2012/13),
Copa do Rei (2011/12), Supercopa da Espanha (2011 e 2013),
Supercopa Europeia (2011) e Copa do Mundo de Clubes (2011) pelo
Barcelona; Copa da Liga Inglesa (2014/15) e Campeonato Inglês
(2014/15) pelo Chelsea.

Principais títulos pela Seleção da Espanha: Eurocopa (2008 e
2012) e Copa do Mundo (2010).

45

GENTO

Ponta-esquerda (1952-1971)
Embora tenha marcado sua carreira como ponta-esquerda, Francisco Gento (*Guarnizo, Espanha,
21-10-1933) também foi um excelente meia, graças à sua habilidade. Quando Gento recebia a
bola pela esquerda e disparava em velocidade, era difícil segurá-lo. Um jornal espanhol fez uma
medição – não oficial, claro – e afirmou que ele era capaz de correr 100 metros em pouco mais de
10 segundos, sem perder o controle da bola (10 segundos era o recorde mundial dos 100 metros
rasos no atletismo em 1960). Façanha improvável, mas que dá mostras da incrível velocidade de
Gento. Começou sua carreira profissional no Racing Santander, em 1952, mas no ano seguin-
te estava no Real Madrid, que defendeu por 18 anos, até 1971. É o único jogador a conquistar
seis vezes a Liga dos Campeões da Europa (1956 até 1960 e 1966). Até 2013, era o futebolista
espanhol com mais títulos oficiais, com 24 conquistas. Seu recorde foi superado por Xavi, quando o
Barcelona conquistou a Supercopa da Espanha de 2013, seu 25º título oficial.
Principais títulos por clube: Mundial Interclubes (1960), Liga dos Campeões (1955/1956, 1956/1957,
1957/1958, 1958/1959, 1959/1960 e 1965/1966), Campeonato Espanhol (1953/1954, 1954/1955, 1956/1957,
1957/1958, 1960/1961, 1961/1962, 1962/1963, 1963/1964, 1964/1965, 1966/1967, 1967/1968 e 1968-1969),
Copa do Rei (1961/1962 e 1969/1970), Pequena Copa do Mundo de Clubes (1956) e Copa Latina (1955 e
1957) pelo Real Madrid.
Principal título pela Seleção da Espanha: Eurocopa (1964).

FERNANDO TORRES

Atacante (desde 2001)
O acaso fez com que Fernando José Torres Sanz (*Fuenlabrada, Espanha, 20-03-1984)
nascesse um grande goleador, um dos mais importantes do futebol espanhol. Ainda garoto,
Fernando era goleiro. Até que um dia levou uma forte bolada na boca que lhe custou três
dentes. Desde então, ele se tornou centroavante – e goleador. Com 11 anos de idade
já estava no Atlético de Madrid, seu time de coração. Aos 17 anos fez sua estreia
como profissional. Após a Copa de 2006, o Liverpool, que já havia tentado antes,
conseguiu levar o atacante de 23 anos de idade, pelo valor mais alto que o
time de Madri já havia conseguido até então: 32 milhões de euros (algo
em torno de R$ 130 milhões). Quatro anos depois, o Chelsea conseguiu
comprar o passe de Fernando Torres por 58 milhões de euros. Depois
de alguns títulos nacionais e o continental da Champions League,
Fernando “El Niño” Torres foi para o Milan, onde ficou até 2015.
Foi aí que cerca de 45 mil torcedores compareceram ao es-
tádio Vicente Calderón para aplaudir Fernando Torres, que
voltava ao seu clube de coração, o Atlético de Madrid,
onde permanece até hoje. Emocionado, ele agrade-
ceu: “Por fim, de volta à minha casa. Obrigado a
todos que tornaram esse sonho possível.” Dispu-
tou três Copas do Mundo: 2006, 2010 e 2014.
Principais títulos por clubes: Troféu Ramón
de Carranza (2015) pelo Atlético de Madrid;
Liga dos Campeões (2011/12), UEFA
Europa League (2012/13) e FA Cup
(2011/12) pelo Chelsea;Trofeo Luigi
Berlusconi (2014) pelo Milan.
Principais títulos pela
Seleção da Espanha: Eu-
rocopa (2008 e 2012)
e Copa do Mundo
(2010).

46

INIESTA

Atacante (desde 2001)

Não se deve esperar de Andrés Iniesta Luján (*Fuentealbilla, Espa-
nha, 11-05-1984) dribles exuberantes ou jogadas mágicas ou show
como fazem Messi e Neymar. Mas dele se espera um jogo eficiente,
dribles em direção ao gol adversário, passes na medida e altura cer-
tas – tudo isso, ao longo de todo o jogo em todos os jogos. Iniesta
parece infalível. Chegou ao Barcelona em 1996 quando tinha ape-
nas 12 anos de idade. Durante duas temporadas, jogou no Barcelo-
na B até que, na temporada 2002/03, fez sua estreia no time titular.
Nas duas temporadas seguintes, alternou jogos no time principal,
no time B e no banco de reservas. Em 2004, quando completou 20
anos de idade, passou a integrar o elenco principal do Barcelona,
embora não fosse sempre o titular enquanto Frank Rijkaard foi o téc-
nico. Com a chegada de Pep Guardiola, Iniesta passou a ocupar o
lugar que era seu: titular. Na Seleção Espanhola, foi convocado para
a Copa de 2006; titular em 2008, quando da conquista da Eurocopa;
fez o gol que deu o título mundial à Espanha, na Copa de 2010;
titular no bi da Eurocopa em 2012.

Principais títulos por clubes: La Liga (2004/05, 2005/06, 2008/09,
2009/10, 2010/11, 2012/13, 2014/15 e 2015/16); Copa del Rey
(2008/09, 2011/12, 2014/15 e 2015/16); Supercopa da Espanha
(2005, 2006, 2009, 2010, 2011 e 2013); Copa Cataluña (2003/04,
2004/05 e 2006/07); Liga dos Campeões (2005/06, 2008/09,
2010/11 e 2014/15); Supercopa Europeia (2009, 2011 e 2015); Copa
do Mundo de Clubes (2009, 2011 e 2015) pelo Barcelona.

Principais títulos pela Seleção da Espanha: Campeonato Euro-
peu (2008 e 2012) e Copa do Mundo (2010).

PUYOL

Zagueiro (1996-2014)

Apesar de ser um marcador
duro, o zagueiro Carles Puyol
Saforcada (*La Pobla de Segur, Es-
panha, 13-04-1978) nunca foi acusado
de ser violento. Puyol era constante na
marcação, não dava espaços para os adversá-
rios e, quando necessário, recorria a faltas, mas
sem ser desleal. Esse perfil fez dele um dos grandes
zagueiros do futebol espanhol e, em particular, do
Barcelona. Foi lá que ele começou, defendendo a equipe
juvenil do Barcelona, em 1995, com 17 anos. Quatro anos
depois, foi promovido à equipe principal. Louis van Gaal, técnico
da equipe na época, tentou colocá-lo em várias posições, como
meio-campista e lateral-direito, porém só conseguiu se fixar como
zagueiro. Disputou os Jogos Olímpicos de Sidney, em 2002, a Eurocopa
2004 e 2008 e se tornou titular definitivo da Seleção Espanhola a partir
da Copa do Mundo de 2006. Foi campeão mundial pela Fúria, em 2010,
e despediu-se da Seleção em 2013, quando disputou seu centésimo
jogo num amistoso contra o Uruguai. Em março de 2014, depois de mui-
tas contusões, anunciou que aquela era sua última temporada. De fato,
aposentou-se no fim do ano. Ao lado de Iniesta é o segundo jogador
com mais partidas pelo Barça: foram 593.

Principais títulos por clubes: La Liga (2004/05, 2005/06, 2008/09,
2009/10, 2010/11, 2012/13), Liga dos Campeões (2005/06, 2008/09 e
2010/11), Supercopa da Espanha (2005, 2006, 2009, 2010, 2011 e 2013),
Copa do Rei (2008/09 e 2011/12), Supercopa da UEFA (2009 e 2011) e
Copa do Mundo de Clubes (2009 e 2011) pelo Barcelona.

Principais títulos pela Seleção da Espanha: Eurocopa (2008 e 2012)
e Copa do Mundo (2010).

47

XAVI

Meia (1997-2015)

O baixinho Xavier Hernán-
dez i Creus (*Terrassa, Es-
panha, 25-01-1980), de apenas
1,70 metro de altura, é o recordista
de jogos com a camisa do Barce-
lona, com 767 partidas ao longo de
sua carreira. Mas entra para a história do
Barcelona não apenas por esse recorde, mas
também por ter sido o melhor meio-campista da
história do clube catalão. Não chegou a ser eleito
o melhor do Mundo pela Fifa, mas foi finalista em três
oportunidades (2009, 2010 e 2011), perdendo todas as
chances para o indiscutível Leonel Messi. Xavi é mais uma
das grandes revelações da profícua e interminável escolinha
do Barcelona, onde chegou aos 11 anos de idade. Aos 17, já
fazia parte do elenco principal e, aos 18, conquistava seu primeiro
título da Liga Espanhola. Xavi sempre se destacou por sua incrível
visão de jogo e passes extremamente precisos. Depois de conquistar a
Supercopa da Espanha, em 2013, tornou-se o jogador espanhol com mais
títulos conquistados: 28. Em 2015, transferiu-se para o Al-Sadd, do Qatar.

Principais títulos por clubes: Copa do Mundo de Clubes (2009 e 2011), Liga
dos Campeões (2005/06, 2008/09, 2010/11 e 2014/15), Supercopa da UEFA (2009
e 2011), La Liga (1998/99, 2004/05, 2005/06, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2012/13 e
2014/15), Copa del Rey (2008/09, 2011/12 e 2014/15) e Supercopa da Espanha (2005,
2006, 2009, 2010, 2011 e 2013) pelo Barcelona.

Principais títulos pela Seleção da Espanha: Eurocopa (2008 e 2012) e Copa do Mundo (2010).

ZUBIZARRETA

Goleiro (1981-1998)

Andoni Zubizarreta Urreta (*Vitória, Espanha, 23-10-1961) está registrado na história como um dos
maiores goleiros da Espanha. Disputou quatro Copas do Mundo e três Eurocopas pela Seleção,
totalizando 126 jogos. Zubizarreta começou sua carreira profissional no Atlético de Bilbao, onde
jogou de 1981 a 1986, quando se transferiu para o Barcelona, cuja camisa defendeu de 1986 a 1994.
Ao sair do Barcelona, foi para o Valencia, onde encerrou a carreira em 1998, depois de defender a
Seleção na Copa da França. Zubizarreta foi sempre um goleiro de muita agilidade, saía bem do gol,
não se importando com os adversários com quem trombava nessas saídas, mostrando muita audácia.
Apesar de ter defendido a Seleção principal por 13 anos (1985-1998), não conquistou nenhum
título expressivo. Em 2010, voltou ao Barcelona como dirigente de futebol. Manteve-se no cargo até
2015, quando foi demitido após o clube ser punido pela Fifa por irregularidades nas contratações de
jogadores menores de idade. Zubizarreta assumiu a culpa pelas irregularidades e o Barça ficou um
ano sem poder fazer contratações.

Principais títulos por clubes: Liga Espanhola (1982/83 e 1983/84), Copa do Rei (1983/1984) e Super-
copa da Espanha (1984) pelo Atlético Bilbao; La Liga (1990/91, 1991/92, 1992/93 e 1993/94), Copa do
Rei (1987/88 e 1989/90), Supercopa da Espanha (1991 e 1992), Taça da Europa (1991/92), Taça das
Taças (1988/89) e UEFA Super Cup (1992) pelo Barcelona; UEFA Intertoto (1998) pelo Valencia.

48

FRANÇA

ZINÉDINE
ZIDANE

Meia (1988-2006)

Zinédine Yazid Zidane (*Marselha,
França, 23-06-1972) é considerado um
dos maiores jogadores de todos os tempos:
ótimo controle de bola, dribles fáceis, passes e
lançamentos precisos, chutes fortes com ambos
os pés e bons cabeceios. Filho de argelinos, começou
sua carreira profissional no pequeno Cannes, em 1988,
ficando até 1992. Daí, foi para o Bordeaux e, em 1996,
transferiu-se para a Juventus, onde se projetou para o mundo,
conquistando diversos títulos. Em 2001, por 77 milhões de euros,
o Real Madrid o contratou e ele jogou ao lado de Figo, Beckham, Ro-
berto Carlos, Raúl e Ronaldo, entre outros craques. Encerrou a carreira
em 2006 e, em 2013, começou como auxiliar técnico do Real Madrid e,
em 2016, assumiu o comando da equipe principal. Pela Seleção Francesa,
atuou em 108 jogos e marcou 31 gols, entre 1994 e 2006. Disputou três Copas
do Mundo: 1998, 2002 e 2006. Na Copa de 1998, na França, ele foi o “carrasco”
do Brasil na final, marcando dois gols na vitória francesa por 3 a 0. Na Copa de 2006,
também brilhou, levando a França para a final contra a Itália, mas acabou sendo expulso
na prorrogação e a França perdeu nos pênaltis. Entre muitos prêmios, foi considerado o
Melhor Jogador do Mundo pela Fifa em 1998, 2000 e 2003.

Principais títulos por clubes: Copa Intertoto da UEFA (1995) pelo Bordeaux; Supercopa Euro-
peia (1996), Copa Intercontinental (1996), Campeonato Italiano (1996/97 e 1997/98), Supercopa da
Itália (1997) e Copa Intertoto da UEFA (1999) pela Juventus; Supercopa da Espanha (2001 e 2003),
Champions League (2001/02), Supercopa Europeia (2002), Copa Intercontinental (2002) e Campeonato
Espanhol (2002/03) pelo Real Madrid.

Principais títulos pela Seleção Francesa: Copa do Mundo (1998) e Eurocopa (2000).

49

ÉRIC CANTONA

Atacante (1983-1997)
O que Éric Daniel Pierre Cantona (*Marselha,
França, 24-05-1966) tinha de habilidoso como
jogador, tinha de polêmico. Por isso, recebeu os
apelidos de “L’Enfant Terrible”, “The Genious” e
“Eric, The King”. Começou nas categorias de base
do Auxerre, aos 15 anos. Seu primeiro contrato
profissional foi em 1983 e já começou a ter pro-
blemas disciplinares, com companheiros e adver-
sários. Sua primeira convocação para a Seleção
Francesa foi em 1987. Passou pelo Martigues,
Marseille, Bordeaux, Montepellier, Nimes e Lee-
des United, sempre criando problemas. Chegou
ao Manchester United em 1992, onde conquistou
diversos títulos e tornou-se ídolo. Parou em 1997,
ao saber que não seria convocado para a Seleção
Francesa que disputaria a Copa em seu país, em
1998. Depois, virou ator de cinema.

Principais títulos por clubes: Campeonato
Francês (1989 e 1991) pelo Marseille; Copa da
França (1990) pelo Montpellier; Campeonato In-
glês (1992) e Supercopa da Inglaterra (1992) pelo
Leeds United; Campeonato Inglês (1993, 1994,
1996 e 1997), Supercopa da Inglaterra (1993, 1994
e 1996) e Copa da Inglaterra (1994 e 1996) pelo
Manchester United.

JEAN-PIERRE PAPIN

Atacante (1983-2009)
Por sua velocidade, seus dribles e suas
finalizações, Jean-Pierre Papin (*Boulogne-
-sur-Mer, França, 05-11-1963) tornou-se um dos
jogadores de maior destaque no início da década de
1990. Começou profissionalmente no Vichy, em 1983,
e depois passou por diversas outras equipes, entre elas o
Olympique de Marseille, onde foi muito vitorioso e tornou-
-se ídolo do clube, e o Milan, onde também conquistou
muitos títulos, como o da Liga dos Campeões. Parou de
jogar em 2004 e depois retomou em 2009, aos 45 anos.
Na Copa de 1986, chegou a jogar ao lado de Platini.
Muitas lesões atrapalharam sua carreira.

Principais títulos por clubes: Copa da Bélgica (1986)
pelo Club Brugge; Ligue 1 (1989, 1990, 1991 e 1992) e
Copa da França (1989) pelo Olympique de Marseille;
Liga dos Campeões (1993/94), Série A da Itália (1993 e
1994) e Supercopa da Itália (1992) pelo Milan; Copa da
UEFA (1995/96) pelo Bayern de Munique.

50

JUST FONTAINE

Atacante (1950-1962)
O grande artilheiro Just Fontaine nasceu em Marraquexe, Marrocos Francês, em 18-08-1933. Seu pai era
francês e, na época, o país africano ainda era colônia francesa e disputava torneios com outras colônias,
como Tunísia e Argélia. Começou a carreira no Casablanca, em 1950. Depois, passou pelo Nice e pelo
Reims, sempre marcando muitos gols. É o jogador que mais marcou gols numa única Copa do Mundo: 13
gols na Copa de 1958, na Suécia. No total, jogou 21 partidas pela Seleção Francesa, marcando incríveis
30 gols. Aposentou-se em 1962, tornando-se, então, presidente do sindicato dos jogadores da França. Foi
técnico das seleções francesa e marroquina. Chutava com os dois pés, era muito veloz, driblava muito bem
e tinha um bom aproveitamento nas bolas aéreas. Em 2004, foi eleito o melhor jogador francês dos 50 anos
da UEFA, nos prêmios de jubileu da entidade, superando Platini e Zidane.
Principais títulos por clubes: Campeonato Marroquino (1952) e Copa dos Campeões do Norte da África
(1952) pelo Casablanca; Coupe de France (1954) pelo Nice; Division 1 (1957/58, 1959/60 e 1961/62) e
Coupe de France (1958) pelo Reims.

LILIAN THURAM

Lateral e Zagueiro (1991-2008)
Ruddy Lilian Thuram-Ulien (*Pointe-à-Pitre, Guadalupe, França, 01-01-1972) é
o jogador com mais partidas pela Seleção Francesa: 142. Pela França, con-
quistou a Copa de 1998, sendo considerado o melhor lateral-direito da
competição, e a Euro 2000. Começou a carreira no Monaco, em 1991,
passando depois pelo Parma, Juventus e encerrando no Barcelona,
em 2008, quando descobriu que sofria de um problema cardíaco.
Atuou também nas Copas de 2002 e 2006, e na Euro 1996,
Euro 2004 e Euro 2008. Apesar do porte físico, era um za-
gueiro rápido, elegante e dono de uma grande técnica.
Principais títulos por clubes: Copa da França
(1990/91) pelo Monaco; Copa da UEFA (1998/99),
Copa da Itália (1998/99) e Supercopa da Itália
(1998/99) pelo Parma; Série A (2001/02 e
2002/03) e Supercopa da Itália (2002/03)
pela Juventus; Supercopa da Espanha
(2006/07) pelo Barcelona.
Principais títulos pela Seleção
Francesa: Copa do Mundo
(2008) e Campeonato
Europeu (2000).

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