MARCEL DESAILLY
Zagueiro e Volante (1986-2006)
Marcel Desailly nasceu em Accra, Gana, em 7 de setem-
bro de 1968, e seu nome original era Adonke Abbey, mas
obteve cidadania francesa ao ser adotado por um diplo-
mata francês. Possuía incrível raça e poder de marcação.
Começou sua carreira profissional no Nantes, em 1986.
Depois, passou pelo Olympique, Milan e Chelsea, onde
atingiu seu auge. Jogou ainda pelo Al-Gharafa e Qatar.
Em 1992/93 e 1993/94, foi o único jogador até então que
conquistou duas Champions League por clubes diferen-
tes: Olympique e Milan. Pela Seleção Francesa, jogou
116 vezes e conquistou a Copa de 1998, duas Copas das
Confederações e a Eurocopa de 2000.
Principais títulos por clubes: Champions Lea-
gue (1992/93 pelo Olympique; Série A (1993/94 e
1995/96), Champions League (1993/94), Super-
copa Italiana (1994 e 1996) e UEFA Super Cup
(1994) pelo Milan; UEFA Super Cup (1998),
FA Cup (1999/2000) e FA Caridade (2000)
pelo Chelsea.
Principais títulos pela Seleção
Francesa: Copa do Mundo
(2008), Eurocopa (2000) e
Copa das Confederações
(2001 e 2003).
MICHEL PLATINI
Meia (1972-1987)
Com seus passes perfeitos, cobranças de faltas
precisas e gols antológicos, Michel François Platini
(*Joeuf, França, 21-06-1955) é considerado um dos
maiores craques da história. Foi o primeiro jogador
a conquistar três Bolas de Ouro seguidas, feito
superado apenas por Messi. Porém, seu início não
foi fácil, em razão de seu físico franzino. Começou
a carreira no Nancy, em 1972. Ficou até 1979.
Depois, foi para o Saint-Étienne, ficando até 1982.
Encerrou a carreira na Juventus da Itália, em 1987.
Participou de três Copas do Mundo: 1978, 1982 e
1986. Um ano após se aposentar, tornou-se técnico
da Seleção Francesa. Foi eleito presidente da
UEFA em 2007.
Principais títulos por clubes: Ligue 2 (1974/75)
e Coupe de France (1978) pelo Nancy; Ligue 1
(1980/85) pelo Saint-Étienne; Série A (1983/84
e 1985/86), Copa Itália (1983), Taça dos Clubes
Vencedores de Taças (1983/1984), UEFA Super
Cup (1984), Champions League (1984/85) e Copa
Intercontinental (1985) pela Juventus.
Principais títulos pela Seleção Francesa: Euroco-
pa (1984) e Copa Artemio Franchi (1985).
52
PATRICK VIEIRA
Volante (1993-2011)
Patrick Donalé Vieira (*Dakar, Senegal, 23-06-
1976) fez parte do elenco campeão da Copa
de 1998, da Eurocopa de 2000 e da Copa das
Confederações de 2001 e de 2003. Começou sua
carreira no Cannes, em 1993. Depois, passou pelo
Milan e chegou ao Arsenal da Inglaterra, em 1996,
onde se projetou. Ficou até 2005. Ainda atuou
pela Internazionale e pelo Manchester City, onde
encerrou a carreira em 2011. Possui 107 partidas
pela Seleção Francesa. Em 11 de maio de 2010, foi
eleito Embaixador da Boa-Vontade da Organização
das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.
Desde 2016, está treinando o New York City.
Principais títulos por clubes: Premier League
(1997/98, 2001/02 e 2003/04), FA Cup (1997/98,
2001/02, 2002/03 e 2004/05) e FA Community
Shield (1998, 1999, 2002 e 2004) pelo Arsenal;
Série A (2006/07, 2007/08 e 2008/09), Supercopa
Italiana (2006 e 2008) e Champions League
(2009/10) pela Internazionale; FA Cup (2010/11)
pelo Manchester United.
Principais títulos pela Seleção Francesa: Copa do
Mundo (1998), Eurocopa (2000) e Copa das Confe-
derações (2001 e 2003).
THIERRY HENRY
Atacante (1983-1995)
Thierry Daniel Henry (*Les Ulis, Esson-
ne, França, 17-08-1977) foi um dos mais
completos jogadores do mundo: chutava
bem com os dois pés, possuía grande velocida-
de, poder de finalização e ótimos dribles. Come-
çou sua carreira profissional em 1995, no Monaco.
Em 1998, estava na Juventus e, em 1999, transferiu-se
para o Arsenal, onde encontrou seu auge. Em pouco
tempo, firmou-se como principal artilheiro da equipe e,
depois, tornou-se o maior goleador da história do clube. Em
2007, foi para o Barcelona, onde ficou até 2010. Assinou contrato,
então, com o New York Red Bulls. Em 2012, retornou ao Arsenal
por empréstimo. Voltou aos Estados Unidos no mesmo ano. Em 2014,
anunciou sua aposentadoria dos gramados. Disputou quatro Copas do
Mundo: 1998, 2002, 2006 e 2010. No total, disputou 123 partidas pela
Seleção Francesa, marcando 51 gols: é o maior artilheiro da seleção.
Principais títulos por clubes: Ligue 1 (1996/97) e Trophée des
Champions (1977) pelo Monaco; Premier League (2001/02 e 2003/04),
FA Cup (2001/02, 2002/03 e 2004/05) e FA Community Shield (2002
e 2004) pelo Arsenal; Champions League (2008/09), UEFA Super
Cup (2009), Eurocopa (2009), La Liga (2008/09 e 2009/10), Copa del
Rey (2008/09) e Supercopa da Espanha (2009) pelo Barcelona; MLS
Supporters’ Shield (2013).
Principais títulos pela Seleção Francesa: Copa do Mundo (1998),
Eurocopa (2000) e Copa das Confederações (2003).
53
HOLANDA
CRUYFF
Atacante (1964-1984)
Hendrik Johannes Cruijff (*Amsterdã,
Holanda, 25-04-1947 - g Barcelona,
Espanha, 24-03-2016), mais conhecido
como Johan Cruijff ou Johan Cruyff, é
considerado o maior jogador holandês de
todos os tempos e um dos maiores de todas
as gerações. Explodiu para o mundo em 1974,
disputando a Copa na Alemanha, quando, defendendo
a Seleção da Holanda e sob o comando do técnico Rinus
Michels, inovou, renovou e revolucionou o futebol com o
famoso “Carrossel Holandês”. Começou no Ajax, em 1963,
ficando até 1973. Durante três anos (1971, 1972 e 1973), o Ajax
encantou o mundo. Cruyff ainda passou pelo Barcelona, Los Angeles
Aztecs, Washington Diplomats, Levant, voltou para o Ajax e pendurou
as chuteiras no Feyenoord, da Holanda, em 1984. Foi um gênio da bola.
Só faltou conquistar uma Copa do Mundo. Como técnico, dirigiu o Ajax, o
Barcelona e a Seleção da Catalunha.
Principais títulos por clubes: Campeonato Holandês (1965/66, 1966/67, 1967/68,
1969/70, 1971/72, 1972/73, 1981/82 e 1982/83), Copa dos Países Baixos (1966/67,
1969/70, 1970/71, 1971/72 e 1982/83), Copa dos Campeões da Europa (1970/71, 1971/72
e 1972/73), Copa Intercontinental (1972) e Supercopa Europeia (1972 e 1973) pelo Ajax;
Campeonato Espanhol (1973/74) e Copa do Rei (1977/78) pelo Barcelona; Campeonato
Holandês (1984) e Copa dos Países Baixos (1984) pelo Feyenoords.
54
DENNIS BERGKAMP
Atacante (1986-2006)
Dennis Nicolaas Maria Bergkamp (*Amsterdã, Holanda, 10-05-1969), com sua técnica apuradíssima e
grande poder de finalização, foi tido pela Fifa como um dos melhores jogadores do mundo. Começou sua
carreira profissional no Ajax, em 1986, ficando até 1993 e marcando 122 gols. Depois, foi para a Interna-
zionale, permaneceu até 1995 e marcou 22 gols. Encerrou a carreira no Arsenal, em 2006, balançando
a rede 120 vezes. Pela Seleção Holandesa, que defendeu 79 vezes, marcou 37 gols, tornando-se o seu
terceiro maior artilheiro, ficando atrás somente de Patrick Kluivert e Robin van Persie. Teve sua carreira
um pouco prejudicada pelo medo de andar de avião, que o impediu de jogar várias partidas fora de casa
pela Liga dos Campeões. Disputou a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos.
Principais títulos por clubes: Eredevisie (1989/1990), KNVB Cup (1986/87 e 1992/93), Johan Cruijff
Schaal (1993), UEFA Cup Winners’ Cup (1986/87) e UEFA Cup (1991/92) pelo Ajax; UEFA Cup
(1993/94) pela Internazionale; Premier League (1997/98, 2001/02 e 2003/04), FA Cup (1997/98,
2001/02, 2002/03 e 2004/05) e FA Community Shield (1998, 1999, 2002 e 2004) pelo Arsenal.
KOEMAN
Zagueiro (1980-1997)
Ronald Koeman (*Zaandam, Holanda, 21-03-1963) é o zagueiro que mais fez gols na história
do futebol: 207 em 581 jogos. Foi, também, um dos melhores cobradores de falta de todos os
tempos. E é um dos poucos a ter jogado nos três grandes clubes rivais de seus país: Ajax,
PSV Eindhoven e Feyenoord. Porém, seu nome ficou marcado mesmo como craque
do Barcelona, da Espanha, equipe em que ficou mais tempo: seis anos. Começou
sua carreira no pequeno Groningen, da Holanda, em 1980, indo atuar no Ajax em
1983. Foi para o PSV Eindhoven em 1986 e, em 1989, Cruyff, que era técnico do
Barcelona, chamou-o para jogar lá. No clube catalão atuou em 264 jogos e fez
incríveis 88 gols. Deixou o Barcelona em 1995, contratado pelo Feyenoord,
onde encerrou a carreira em 1997. Pela Seleção Holandesa, onde jogou
algumas vezes ao lado de seu irmão, Erwin Koeman, participou das
Copas de 1994 e 1998, atuando, no total, em 78 jogos e fazendo
14 gols. Como técnico, dirigiu várias equipes desde 2000, mas
desde 2016 está no Everton, da Inglaterra.
Principais títulos por clubes: Campeonato Holandês
(1984/85) e Copa dos Países Baixos (1985/86) pelo
Ajax; Campeonato Holandês (1986/87, 1987/88
e 1988/89), Copa dos Países Baixos (1987/88
e 1988/89) e Champions League (1987/88)
pelo PSV; Campeonato Espanhol (1990/91,
1991/92, 1992/93 e 1993/94), Copa do
Rei (1989/90), Supercopa da Espanha
(1991 e 1992), Champions League
(1991/92) e Supercopa Europeia
(1992) pelo Barcelona.
Principal título pela
Seleção Holandesa:
Eurocopa (2008).
55
MARCO VAN BASTEN
Atacante (1982-1995)
Marcel “Marco” van Basten (*Utrecht, Holanda, 31-10-1964)
começou sua carreira profissional no Ajax, em 1982, substi-
tuindo Cruyff e marcando gol. Ficou até 1987. Só atuou em
dois clubes na carreira. Aí veio o Milan. Foi então que se con-
sagrou mundialmente, apesar das contusões. Ao lado de dois
outros jogadores holandeses, Gullit e Rijkaard, conquistou
títulos importantíssimos, como, por exemplo, o bicampeonato
da Champions League. Parou em 1995 por causa da gravida-
de de suas lesões. Pela Seleção Holandesa principal, atuou
de 1983 a 1992, participou de 58 jogos e marcou 34 gols.
Tinha grande noção de posicionamento, postura elegante,
velocidade, espírito coletivo, além de um enorme faro de gol.
Em 1992, foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa.
Principais títulos por clubes: Campeonato Holandês
(1981/82, 1982/83 e 1984/85), Copa dos Países Baixos
(1983, 1986 e 1987) e Recopeia Europeia (1987)
pelo Ajax; Campeonato Italiano (1987/88, 1991/92
e 1992/93), Supercopa da Itália (1988, 1992
e 1993), Champions League (1988/89 e
1989/90), Copa Intercontinental (1989
e 1990), Supercopa Europeia (1989
e 1990) e Trofeo Luigi Berlusconi
(1992, 1993 e 1994) pelo Milan.
Principal título pela
Seleção Holandesa:
Eurocopa (1988).
NEESKENS
Meia-armador (1968-1991)
Johannes Jacobus Neeskens (*Amsterdã, Holanda,
10-09-1951) foi um dos maiores jogadores da história
do seu país. Era o armador da equipe que deslumbrou
o mundo na década de 1970 com o chamado “Futebol
Total”. Com grande preparo físico, era “polivalente”,
cerebral, podendo jogar em qualquer posição em
qualquer momento do jogo. Começou em 1968, no RCH,
como lateral-direito. Em 1970, mudou-se para o Ajax,
virou meia e tornou-se ídolo do clube. Viveu grandes
momentos, como o tricampeonato da Champions
League. Em 1974, transferiu-se para o Barcelona e
também tornou-se um grande ídolo do time catalão.
Ficou até 1979. Passou pelo New York Cosmos, mais três
times norte-americanos e mais três suíços, encerrando
a carreira em 1991. Pela Seleção Holandesa, jogou
de 1970 a 1981, participando da famosa “Laranja
Mecânica”, que revolucionou o futebol na Copa de 1974:
no total, atuou em 49 jogos e marcou 17 gols.
Principais títulos por clubes: Eredivisie (1972 e 1973),
KNVB Cup (1971 e 1972), Champions League (1970/71,
1971/72 e 1972/73), UEFA Super Cup (1972 e 1973) e
Taça Intercontinental (1972) pelo Ajax; Copa del Rey
(1978) e UEFA Taça das Taças (1979) pelo Barcelona.
Principal título pela Seleção Holandesa: Torneio
Internacional de Paris (1979).
56
RIJKAARD
Volante (1980-1995)
Franklin “Frank” Edmundo Rijkaard (*Amsterdã, Holanda,
30-09-1962) foi um dos grandes craques da década de 1980.
Começou sua carreira no Ajax, em 1980, onde se tornou
grande amigo de Marco van Basten. Ficou até 1987. Depois,
passou pelo português Sporting, Real Zaragoza, Milan,
retornando ao Ajax em 1993, onde encerrou a carreira em
1995. Jogando sempre de cabeça erguida, com seus passes
precisos e gols decisivos conquistou importantes títulos
no Ajax e no Milan, sendo que neste último formou um trio
histórico com os compatriotas Van Basten e Ruud Gullit. Na
Seleção Holandesa, jogou de 1981 a 1994, participando
de 73 jogos e marcando 10 gols. Em 1998, começou sua
carreira de técnico, passando por diversas equipes, inclusive
a Seleção Holandesa, encerrando essa função em 2013.
Principais títulos por clubes: Campeonato Holandês
(1981/82, 1982/83, 1984/85, 1993/94 e 1994/95), Copa
dos Países Baixos (1983, 1986, 1987 e 1993), Supercopa
dos Países Baixos (1993, 1994 e 1995), Recopa Europeia
(1986/87) e Champions League (1994/95) pelo Ajax;
Campeonato Italiano (1991/92 e 1992/93), Supercopa
da Itália (1988 e 1992), Champions League (1988/89 e
1989/90), Supercopa Europeia (1989 e 1990) e Copa
Intercontinental (1989 e 1990) pelo Milan.
Principal título pela Seleção Holandesa: Eurocopa (1988).
RUUD GULLIT
Meia-atacante (1979-1996)
Rudi Dil (*Amsterdã, Holanda, 01-09-
1962) é considerado até hoje como um dos
poucos jogadores completos da história do
futebol. Tinha vasto repertório de dribles velo-
zes e potentes arremates de fora da área, além de
muita raça, dedicação, técnica, inteligência e impulsão.
Atuava tanto como líbero, meia ou atacante. Começou no
pequeno Haarlem, em 1979, onde ficou até 1982. Passou
por diversos clubes, até chegar ao Chelsea, em 1995, onde
encerrou a carreira em 1996. No Milan, formou um trio fantás-
tico com seus compatriotas Van Basten e Rijkaard, conquis-
tando muitos títulos. Em 1987, foi eleito o melhor jogador do
mundo. Está incluído na lista da Fifa dos maiores jogadores do
século XX, ocupando a 18ª posição. Pela Seleção Holandesa,
atuou de 1981 a 1994, participando de 66 jogos e fazendo 17
gols. Em 1996, começou a carreira de técnico, atividade que
exerceu até 2011.
Principais títulos por clubes: Eerste Divisie (1980/81) pelo
Haarlem; Eredivisie (1983/84) e Copa dos Países Baixos
(1983/84) pelo Feyenoord; Eredivisie (1985/86 e 1986/87)
pelo PSV Eindhoven; Série A (1987/88, 1991/92 e 1992/93),
Supercopa da Itália (1988, 1992 e 1994), Champions League
(1988/1989 e 1989/90), Supercopa Europeia (1989 e 1990)
e Copa Intercontinental (1989 e 1990) pelo Milan; Copa da
Itália (1994) pelo Sampdoria; Copa da Inglaterra (1996/97)
pelo Chelsea.
Principal título pela Seleção Holandesa: Eurocopa (1988).
57
SEEDORF
Meia-direita (1992-2014)
Clarence Clyde Seedorf (*Paramaribo, Suriname, 01-04-
1976) foi um jogador raro. Com seus lançamentos precisos,
dribles desconcertantes, chutes certeiros com os dois pés
e grande preparo físico, conquistou o título da Champions
League quatro vezes e possui passagem brilhante em
diversos times. Começou no Ajax em 1992, com apenas
16 anos, tornando-se o jogador mais jovem a vestir a
camisa do clube, que estava numa fase áurea. Em 1995,
foi para o Sampdoria. Depois, passou pelo Real Madrid,
Internazionale, Milan e, em 2012, foi para o Botafogo
carioca, encerrando a carreira em 2014. Em seguida,
passou a dirigir o Milan, mas ficou apenas um ano. Pela
Seleção Holandesa, jogou de 1994 a 2008, disputou 87
jogos e marcou 11 gols.
Principais títulos por clubes: Campeonato Holandês
(1993/94 e 1994/95), Copa da Holanda (1992/93), Superco-
pa da Holanda (1993 e 1994), Champions League (1994/95)
e Copa Intercontinental (1995) pelo Ajax; Campeonato
Espanhol (1996/97), Supercopa da Espanha (1997), Cham-
pions League (1997/98) e Copa Intercontinental (1998) pelo
Real Madrid; Copa do Mundo de Clubes (2007), Champions
League (2002/03 e 2006/07), Supercopa da Europa (2003
e 2007), Campeonato Italiano (2003/04 e 2010/11), Copa
da Itália (2003), Supercopa da Itália (2004 e 2011) e Troféu
Luigi Berlusconi (2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2011) pelo
Milan; Campeonato Carioca (2013) pelo Botafogo-RJ.
SNEIJDER
Meia (desde 2002)
Wesley Benjamin Sneijder (*Utrecht,
Holanda, 09-06-1984) foi quem fez os dois
gols da Holanda que eliminaram o Brasil na
Copa de 2010, na África do Sul. Foi o grande
protagonista da Seleção Holandesa finalista dessa
Copa e considerado o segundo melhor jogador da
competição, atrás somente do uruguaio Forlán. Com sua
técnica refinada, excelente visão de jogo e boa finalização,
é um dos grandes jogadores do futebol mundial na atualidade.
Começou sua carreira profissional no Ajax, em 2002, ficando até
2007. Depois, passou por Real Madrid, Internazionale e, desde
2013, está no Galatasaray, da Turquia. Na Seleção Holandesa
principal, está desde 2003.
Principais títulos por clubes (até junho/2016): Campeonato
Holandês (2001/02 e 2003/04), Copa da Holanda (2001/02,
2005/06 e 2006/07) e Supercopa da Holanda (2002, 2005, 2006
e 2007) pelo Ajax; Campeonato Espanhol (2007/08) e Superco-
pa da Espanha (2008) pelo Real Madrid; Campeonato Italiano
(2009/10), Champions League (2009/10), Copa Itália (2009/10 e
2010/11), Supercopa Italiana (2010) e Mundial de Clubes (2010)
pela Internazionale; Campeonato Turco (2012/13 e 2014/15),
Supercopa da Turquia (2013 e 2015) e Copa da Turquia
(2013/14, 2014/15 e 2015/16) pelo Galatasaray.
58
HUNGRIA
PUSKÁS
Atacante (1943-1966)
Ferenc Puskás Biró (*Budapeste,
Hungria, 02-04-1927 - g Budapeste,
Hungria, 17-11-2006) é considerado o
maior craque da história do futebol hún-
garo e um dos maiores de todos os tempos.
Defendeu também a Seleção Espanhola. Aos 12
anos, já treinava no Honvéd, onde foi profissionali-
zado em 1943, aos 16 anos de idade. O Honvéd foi um
time formado pelo exército húngaro para ser campeão.
E tornou-se uma máquina de jogar futebol. A Hungria foi
vice-campeã da Copa de 1954, perdendo para a Alemanha
em razão de várias adversidades. Puskás marcou 84 gols em 85
jogos pela Seleção Húngara, uma média incrível de quase um gol
por jogo. Rápido, técnico, habilidoso e cerebral, era a estrela máxima
do time. Um pouco baixinho, meio gordinho, a partir de 1958 encantou o
mundo também pelo Real Madrid, encerrando a carreira em 1966. A partir
desse ano tornou-se treinador. Passou por diversas equipes, terminando essa
atividade em 1993.
Principais títulos por clubes: Campeonato Húngaro (1950, 1952, 1954 e 1955) pelo
Honvéd; Champions League (1958/59, 1959/60 e 1965/66), Copa Intercontinental (1960),
Campeonato Espanhol (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965) e Copa do Generalíssimo (1962)
pelo Real Madrid.
Principal título pela Seleção Húngara: Jogos Olímpicos (1952).
59
INGLATERRA
BOBBY
CHARLTON
Meia-atacante (1954-1975)
Robert Charlton (*Ashington, Inglaterra,
11-10-1937) é considerado um dos maiores
meias do futebol mundial de todos os tempos.
Era um verdadeiro gentleman da esportividade,
recebendo o título de “Sir” da Rainha Elizabeth II,
em 1974, por seus serviços ao esporte, na Inglaterra.
Com sua visão de jogo fantástica, seus chutes certeiros
de média e longa distância, seus dribles desconcertantes,
foi o melhor jogador da Copa de 1966, levando o “English
Team” ao título, além de conquistar a Bola de Ouro. Começou no
Manchester United em 1954, ficando até 1973. É o maior artilheiro
da história do clube, com 249 gols em 758 jogos, e o maior artilheiro da
Seleção Inglesa, com 49 gols em 106 jogos. Em 1958, com 21 anos, Bobby
escapou da morte. Ele estava no avião que levava o time do Manchester
de volta à Inglaterra, após um jogo na Iugoslávia, contra o Estrela Vermelha.
O avião fez escala em Munique-ALE e, logo após decolar, caiu nas imediações
do aeroporto. Oito jogadores morreram. Três meses depois ele já estava jogando e
ajudando a reconstruir o time. Atuou ainda pelo Preston North End e pelo Waterford
United, encerrando a carreira em 1975.
Principais títulos por clubes: Campeonato Inglês (1055/56, 1956/57, 1964/65 e 1966/57),
Copa da Inglaterra (1963), Supercopa da Inglaterra (1965 e 1967) e Copa dos Campeões
(1967/68) pelo Manchester United.
Principal título pela Seleção Inglesa: Copa do Mundo (1966).
60
BILLY WRIGHT
Centro-médio (1939-1959)
William Ambrose Wright (*Ironbridge, Inglaterra,
06-02-1924 - g Londres, Inglaterra, 03-09-1994)
é o primeiro jogador do mundo a defender a sua
seleção mais de 100 vezes, além de ter sido capitão
da Inglaterra por incríveis 90 partidas. Disputou três
Copas do Mundo. Em toda a sua vida só teve um
clube: o Wolverhampton Wanderers, onde foi eleito o
melhor jogador do futebol inglês em 1952. Começou
lá em 1934, com apenas 10 anos, e se profissiona-
lizou em 1939. Pela Seleção da Inglaterra, atuou de
1946 a 1959, disputando 103 partidas. Foi capitão
da Seleção nas três primeiras participações ingle-
sas em Copas do Mundo: 1950, 1954 e 1958. Sua
última partida na seleção ocorreu numa histórica
vitória sobre os Estados Unidos por 8 a 1. Depois
que abandonou os gramados, foi técnico do
Arsenal, de 1962 a 1966.
Principais títulos pelo clube: Copa
da Inglaterra (1949), Supercopa da
Inglaterra (1949, 1954 e 1959) e
Campeonato Inglês (1954, 1958
e 1959) pelo Wolverhamp-
ton Wanderers.
BOBBY MOORE
Zagueiro (1958-1978)
Robert Frederick Chelsea Moore (*Essex,
Inglaterra, 12-04-1941 - g Londres, Inglaterra,
24-02-1993) foi capitão do West Ham e da
Seleção Inglesa que conquistou a Copa do
Mundo de 1966, um verdadeiro gênio da bola e
um grande líder do seu time. Desarmava seus
adversários com facilidade e sabia sair jogando.
Surgiu na base do West Ham em 1956, quando
tinha 15 anos. Passou para o time profissional em
1958 e permaneceu até 1974. Depois, passou
pelo Fulham, New England, Seattle Sounders,
encerrando a carreira em 1978 no Heming
Fremad, da Dinamarca. Começou a carreira de
treinador em 1980 e dirigiu três equipes: Oxford
City, Eastern AA e Southend United, encerrando
essa atividade em 1986, sem sucesso. Pela
Seleção Inglesa, disputou duas Copas do Mundo:
1966 e 1970. Em 1993, anunciou que estava com
câncer no fígado e no intestino, vindo a falecer
neste mesmo ano, aos 51 anos.
Principais títulos por clubes: FA Cup (1963/64),
Recopa da UEFA (1964/65) e Liga de Futebol
Internacional (1963/64) pelo West Ham.
Principal título pela Seleção Inglesa: Copa do
Mundo (1966).
61
BRYAN ROBSON
Meia-atacante (1974-1996)
Bryan Robson (*Chester-le-Street, Inglaterra, 11-01-1957) começou sua carreira profissional no West
Bromwich Albion, em 1974, permanecendo até 1981. Porém, sua passagem marcante mesmo foi pelo
Manchester United, onde jogou de 1981 a 1994. Ele é o capitão que mais tempo ficou no posto na his-
tória do clube, tendo permanecido durante 12 temporadas. Desarmando adversários, puxando rápidos
contra-ataques, dando belos lançamentos e fazendo gols inesquecíveis, conquistou lá quatro Copas
da Inglaterra, além de outros títulos. Atualmente, é o embaixador do clube. Em 1994, transferiu-se para
o Middlesbrough, onde encerrou a carreira em 1996. Pela Seleção Inglesa, atuou de 1980 a 1996, ten-
do jogado 90 partidas e marcado 26 gols. Disputou três Copas do Mundo: 1982, 1986 e 1990, sendo o
capitão da seleção por nove anos. Como treinador, começou no Middlesbrough, em 1994, passou por
diversas equipes e terminou na Seleção Tailandesa, em 2011.
Principais títulos por clubes: Campeonato da Inglaterra (1983, 1985, 1990 e 1994), Supercopa da
Inglaterra (1983, 1990, 1993, 1994), Copa da Liga Inglesa (1992) e Campeonato Inglês (1993 e 1994)
pelo Manchester United.
DAVID BECKHAM
Meia-atacante (1993-2013)
David Robert Joseph Beckham (*Leytonstone, Inglaterra, 02-05-1975) é o jogador de linha que mais
defendeu a Seleção Inglesa em todos os tempos. Foram 115 jogos, de 1996 a 2009, marcando 17
gols. Começou sua carreira profissional em 1993 no Manchester United onde, com seus passes
precisos, seus chutes de longa distância e suas cobranças de faltas perfeitas, conquistou
inúmeros títulos. Só em 1999 foram quatro: Premier League, FA Cup, Champions League
e Copa Intercontinental. Ficou até 2003 sendo que, em 1995, chegou a ser emprestado
para o Preston North End. Depois, passou pelo Real Madrid, Los Angeles Galaxy e
Milan, encerrando a carreira no Paris Saint-Germain, em 2013. No Real Madrid,
jogou no “galático” time que tinha Ronaldo, Zidane, Roberto Carlos, Raúl e Figo.
Disputou três Copas do Mundo: 1998, 2002 e 2006. É o único jogador inglês
a ser campeão nacional em quatro países diferentes (Inglaterra, Espanha,
Estados Unidos e França). Foi o primeiro jogador britânico a disputar mais
de 100 partidas pelo principal torneio europeu, a Champions League.
Principais títulos por clubes: Campeonato Inglês (1995/96,
1996/97, 1998/99, 1999/00, 2000/01 e 2002/03), Copa da
Inglaterra (1995/96 e 1998/99), Supercopa da Inglaterra
(1993, 1994, 1996 e 1997), Champions League (1998/99)
e Copa Intercontinental (1999) pelo Manchester
United; Supercopa da Espanha (2003) e
Campeonato Espanhol (2006/07) pelo Real
Madrid; Torneio da Conferência Oeste (2009
e 2010), Campeonato Americano (2010 e
2011) e Copa dos Estados Unidos (2011
e 2012) pelo Los Angeles Galaxy;
Campeonato Francês (2012/13) pelo
Paris Saint-Germain.
Principais títulos pela
Seleção Inglesa: Torneio
da França (1997) e
Torneio de Verão da
FA (2004).
62
DUNCAN EDWARDS
Meia-armador (1953-1958)
Duncan Edwards (*Dudley, Inglaterra, 01-10-
1936 - g Munique, Alemanha, 21-02-1958)
foi um dos oito jogadores que faleceram no
desastre aéreo de Munique, em 1958. Ele
estava no avião que voltava à Inglaterra, depois
de um jogo na Iugoslávia, contra o Estrela
Vermelha. O avião fez escala em Munique
e, logo após decolar, caiu nas imediações
do aeroporto. Edwards chegou a sobreviver,
mas faleceu 15 dias depois em razão das
lesões, com 21 anos. Foi um dos Busby
Babes, uma equipe formada por jovens que
eram comandados no Manchester United
por Matt Busby, em meados dos anos 1950.
Em 1953, com 16 anos, ingressou na equipe
profissional. Tornou-se o jogador mais jovem
a disputar uma partida na Primeira Divisão
Inglesa e, posteriormente, o mais jovem a
atuar pela Seleção Inglesa após a Segunda
Guerra Mundial. Pela Seleção, chegou a jogar
18 partidas, marcando 5 gols. Bobby Charlton
chegou a declarar que “foi o único jogador que
me fez sentir inferior.”
Principais títulos pelo clube: Primeira Divisão
(1955/56 e 1956/57) pelo Manchester United.
FRANK LAMPARD
Meia-armador (1995-2015)
Frank James Lampard (*Londres, Inglaterra, 20-
06-1978) teve o seu valor questionado no início de
sua carreira por ser sobrinho de Redknapp e filho do
ex-jogador Frank Lampard. Começou em 1994 no time
de base do West Ham. A carreira profissional iniciou em
1995, no Swansea City. Em 1997, voltou para o West Ham,
onde ficou quatro anos. Depois, foi para o Chelsea, onde perma-
neceu 13 anos. Em 2014, transferiu-se para o New York City e foi
por empréstimo para o Manchester City, onde encerrou a carreira
em 2015. O seu auge foi no Chelsea, onde fez gols antológicos,
além de passes e lançamentos memoráveis. Ao lado de Drogba, é
o grande ídolo da história do clube e lá obteve conquistas impor-
tantes, como a Champions League e três Premier League, entre
outras. Disputou duas Copas do Mundo: 2006 e 2010.
Principais títulos por clubes: Copa Intertoto da UEFA (1999)
pelo West Ham; Campeonato Inglês (2004/05, 2005/06 e 2009/10),
Copa da Inglaterra (2006/07, 2008/09, 2009/10 e 2011/12), Copa da
Liga Inglesa (2005 e 2007), Supercopa da Inglaterra (2005 e 2009),
Champions League (2011/12) e Liga Europa da UEFA (2012/13)
pelo Chelsea.
Principal título pela Seleção Inglesa: Torneio de Verão da FA (2004).
63
GARY
LINEKER
Atacante (1978-1994)
Gary Winston Lineker (*Leicester,
Inglaterra, 30-11-1960) além de ter
bom cabeceio, oportunismo, velocidade
e habilidade, era um exemplo dentro e fora
de campo. Nunca recebeu um cartão em toda
sua carreira, nem amarelo, tornando-se o grande
símbolo do “fair play” no futebol. É o único jogador
inglês que conquistou a artilharia em uma Copa do
Mundo, marcando seis gols na Copa de 1986, no México.
Começou sua carreira nos times de base do Leicester City,
em 1976, tornando-se profissional em 1978, ficando até 1985.
Depois, passou pelo Everton, Barcelona e Tottenham Hotspur.
Em 1992, foi para o Japão, jogar no Nagoya Grampus Eight, encer-
rando a carreira lá em 1994. Pela Seleção Inglesa, atuou de 1984 a
1992, jogando 80 partidas e marcando 48 gols, um a menos que Bobby
Charlton, o maior artilheiro do English Team até então. Em 2002, ajudou o
clube do seu coração, o Leicester City, a sair da falência, formando um consór-
cio com empresários e habitantes da região. Participou de duas Copas do Mundo:
1986 e 1990.
Principais títulos por clubes: Segunda Divisão (1980) pelo Leicester City; Superco-
pa da Inglaterra (1985) pelo Everton; Recopa Europeia (1989) e Copa do Rei (1988) pelo
Barcelona; Copa da Inglaterra (1991) pelo Tottenham Hotspur.
GLENN HODDLE
Meia-atacante (1975-1995)
Glenn Hoddle (*Londres, Inglaterra, 27-10-1957) foi um dos maiores jogadores de sua geração e
ficou conhecido por seu exímio controle da bola. Começou sua carreira profissional em 1975 no
Totthenham Hotspur, ficando lá 12 anos. Depois, jogou no AS Monaco, Swindon Town, encerrando
a carreira no Chelsea, em 1995. Pela Seleção Inglesa, atuou de 1979 a 1988, participando de 53
jogos e marcando 8 gols. Quando atuava pelo Swindon Town, exercia também a função de técnico:
era jogador-treinador. Quando foi para o Chelsea, a mesma coisa: era jogador-treinador. Assumiu de
forma definitiva o cargo de técnico em 1996, quando dirigiu a Seleção da Inglaterra. Ficou até 1999.
Depois, comandou o Southampton, o Tottenham Hotspur e, por último, o Wolverhampton Wanderers,
onde encerrou a carreira em 2006. Entrou para o Hall da Fama do Futebol Inglês em 2007.
Principais títulos por clubes: FA Cup (1981 e 1982) e Taça UEFA (1984) pelo Tottenham Hotspur;
Division 1 (1987/88) e Copa da França (1991) pelo AS Monaco.
64
GORDON BANKS
Goleiro (1958-1978)
Gordon Banks (*Sheffield, Inglaterra, 30-12-1937) é
considerado um dos maiores goleiros do mundo em
todos os tempos. Começou sua carreira profissional no
Chesterfield, em 1958, ficando até 1959. Depois, jogou no
Leicester City, Stoke City e, por último, no Fort Lauderdale
Strikers, dos EUA, encerrando a carreira em 1978. Pela
Seleção Inglesa, atuou de 1963 a 1972, participando de
73 jogos. Foi uma das peças fundamentais para a con-
quista da Copa do Mundo de 1966 pelo English Team, na
Inglaterra. Foi o goleiro menos vazado dessa Copa, com
apenas três gols sofridos. O momento marcante de sua
carreira foi na Copa de 1970, no México, quando defen-
deu uma cabeçada “indefensável” de Pelé: o lance ficou
eternizado como A Defesa do Século. Em 1972, sofreu
um acidente automobilístico que o fez perder parte da
visão de um olho, o que praticamente encerrou sua
carreira. Mesmo assim, jogou pelo Lauderdale
Strikers, dos EUA. Em 2002, entrou para o Hall
da Fama do Futebol Inglês.
Principais títulos por clubes: Copa da
Liga Inglesa (1963/64) pelo Leices-
ter City; Copa da Liga Inglesa
(1971/72) pelo Stoke City.
Principal título pela Sele-
ção Inglesa: Copa do
Mundo (1966).
JIMMY GREAVES
Atacante (1957-1971)
James Peter Greaves (*East Ham, Inglaterra, 20-03-
1940) é o terceiro maior goleador de todos os tempos
na Seleção Inglesa. Considerado um dos melhores
atacantes de sua geração. Começou sua carreira
profissional no Chelsea, em 1957, quando tinha
apenas 17 anos. Nas quatro temporadas que passou
lá, foi artilheiro nacional duas vezes. A segunda vez
foi em sua quarta temporada, quando marcou 41 gols,
o recorde em uma edição do campeonato até hoje.
Tornou-se o mais jovem jogador a marcar 100 gols no
Campeonato Inglês, quando tinha 20 anos. Em 1961,
transferiu-se para o Milan, mas ficou apenas cinco
meses. Voltou para a Inglaterra, só que desta vez para
o Tottenham Hotspur. Em suas nove temporadas no
clube, foi o artilheiro do time em todos esses anos.
Em 1970, transferiu-se para o West Ham United, onde
encerrou a carreira em 1971. Pela Seleção Inglesa,
atuou de 1959 a 1967, jogando 57 partidas e marcando
44 gols. Disputou duas Copas do Mundo: 1962 e 1966.
Principais títulos por clubes: Série A (1961/62) pelo
Milan; FA Cup (1961/62 e 1966/67) e Recopa Europeia
(1962/63) pelo Tottenham Hotspur.
Principal título pela Seleção Inglesa: Copa
do Mundo (1966).
65
KEVIN KEEGAN
Atacante (1968-1985)
Joseph Kevin Keegan (*Armthorpe, Inglaterra, 14-02-1951) é considerado o primeiro jogador-celebridade
da Inglaterra. Foi eleito o melhor da Europa por dois anos consecutivos: 1978 e 1979. Passou por
diversos clubes: começou no Scunthorpe United, em 1968, ficando até 1971; de 1971 a 1977, jogou
no Liverpool; de 1977 a 1980, no Hamburger SV; de 1980 a 1982, no Sothampton; de 1982 a 1984, no
Newcastle United; e em 1985 no Blacktown Cidade, onde encerrou a carreira. Pela Seleção Inglesa,
atuou de 1972 a 1982, jogando 63 partidas e fazendo 21 gols. Como treinador, começou no Newcastle
United, em 1992, ficando até 1997. Depois, foi treinar o Fulham e, de 1999 a 2000, foi o técnico da
Seleção Inglesa. Ainda dirigiu o Manchester City e o Newcastle United, onde encerrou a carreira de
técnico em 2008. Disputou apenas uma Copa do Mundo: a de 1982.
Principais títulos por clubes: Campeonato Inglês (1972/73, 1975/76 e 1976/77), FA Cup (1973/74),
FA Caridade (1974 e 1976), Taça da Europa (1976/77) e Taça da UEFA (1972/73 e 1957/76) pelo
Liverpool; Bundesliga (1978/79) pelo Hamburger SV.
MICHAEL OWEN
Atacante (1996-2013)
Michael James Owen Gallate (*Chester, Inglaterra, 14-12-1979) começou sua carreira
nas divisões de base do Liverpool, em 1991. Assinou seu primeiro contrato profissional
em 1996, quando tinha 16 anos, e ficou no Liverpool até 2004. Foi onde viveu seus
melhores momentos. Tanto que, já em 1998, chegou à Seleção Inglesa principal,
jogando por ela durante 10 anos, atuando em 89 partidas e marcando 40 gols.
Também em 1998, foi eleito o Jogador Jovem do Ano pela PFA (Associação
de Futebolistas Profissionais da Inglaterra) e, em 1999, o Melhor
Jogador Inglês do Ano. Em 2001, foi peça fundamental do time que
conquistou a Copa da Liga, a FA Cup e a Copa da UEFA. Depois
do Liverpool, teve uma passagem rápida pelo “galático” Real
Madrid, retornando ao futebol inglês em 2005, só que para
jogar no Newcastle United. Em 2009, o Manchester United o
contratou, na tentativa de suprir a ausência de Cristiano
Ronaldo, que havia ido para o Real Madrid. Em 2012,
transferiu-se para o Stoke City, onde encerrou a
carreira em 2013. Participou de três Copas do
Mundo: 1998, 2002 e 2006.
Principais títulos por clubes: FA Cup
(2000/01), Worthington Cup (2001/02 e
2002/03), Community Shield (2001),
UEFA Cup (2000/01), UEFA
Super Cup (2001) e FA Youth
Cup (1996) pelo Liverpool;
Premier League (2010/11),
Copa da Liga Inglesa
(2010) e Supercopa
da Inglaterra
(2010) pelo
Manchester
United.
66
STANLEY
MATTHEWS
Ponta-direita (1931-1965)
Stanley Matthews (*Stoke-
-on-Trent, Inglaterra, 01-02-1915
- g Hanlei, Inglaterra, 23-02-2000) foi
o primeiro jogador de futebol a ser no-
meado Cavaleiro do Império Britânico pela
Rainha Elizabeth II. Um exemplo de craque,
cavalheiro e ídolo. Pelos seus dribles descon-
certantes, recebeu o apelido de “Mago do Drible”.
Num exagero, os ingleses chegaram a compará-lo
com Garrincha. Sua obsessão pela saúde perfeita her-
dou do pai, o pugilista inglês Jack Matthews. Jogou até os
50 anos e construiu uma carreira sólida graças a treinos, dieta
balanceada, isenção de vícios e paixão pelo futebol. Começou
no Stoke City em 1931 e ficou até 1947. Depois, foi para o Blackpo-
ol, onde ficou até 1961. Voltou para o Stoke City e encerrou a carreira
em 1965. Ninguém atuou mais tempo pela Seleção Inglesa do que ele:
foram 23 anos, de 1934 a 1957, marcando 11 gols em 54 partidas oficiais.
Em toda a sua carreira, disputou 837 jogos e marcou 91 gols. Nunca foi expul-
so. Participou de duas Copas do Mundo: 1950 e 1954. Em 2002, foi incluído no
Hall da Fama do Futebol Inglês. O maior ponta-direita inglês de todos os tempos.
Principais títulos por clubes: Segunda Divisão (1932/33 e 1962/63) pelo Stoke City; FA
Cup (1953) pelo Blackpool.
Principais títulos pela Seleção Inglesa: Campeonato Britânico (1935, 1938, 1939, 1947, 1948,
1950, 1952, 1954 e 1955).
PAUL GASCOIGNE
Meia-Atacante (1985-2004)
Paul John Gascoigne (*Dunston, Inglaterra, 27-05-1967) é também conhecido por seu apelido: Gazza.
É um dos jogadores ingleses mais influentes e polêmicos de todos os tempos. Começou em 1980
nas categorias de base do Newcastle United. Assinou seu primeiro contrato profissional em 1985 e
ficou no Newcastle até 1988, marcando 21 gols. Já nesse período enfrentou seus primeiros problemas
disciplinares. Em 1988 foi para o Tottenham, ficando até 1992 e marcando 19 gols. Na final da Copa da
Inglaterra 1990/91 sofreu uma fratura e ficou parado um ano. A partir daí, passou por diversas equipes:
Lazio, Rangers, Middlesbrough, Everton, Bumley, Gansu Tianma e, finalmente, Boston United, onde
encerrou a carreira em 2004. Pela Seleção Inglesa, jogou de 1988 a 1998, disputando 57 partidas
e fazendo 10 gols. Em 2005, tentou a carreira de treinador no Kettering Town, mas seus problemas
mentais e o alcoolismo provocaram sua demissão. Participou da Copa do Mundo de 1990. Em 1988,
foi eleito o Jogador Jovem do Ano pela PFA. Em 2002, entrou para o Hall da Fama do Futebol Inglês.
Principais títulos por clubes: FA Youth Cup (1985) pelo Newcastle United; FA Cup (1991) pelo
Tottenham Hotspur; Premier Division (1995/96 e 1996/97), Taça da Escócia (1996) e Taça da Liga
Escocesa (1996) pelo Rangers.
67
STEVEN GERRARD
Volante e Meia (desde 1998)
Steven George Gerrard (*Whiston, Inglaterra,
30-05-1980) é apontado como o maior ídolo
da história do Liverpool. Destaca-se por ser, ao
mesmo tempo, um meia brilhante e um volante
marcador implacável. Além de dar passes e fazer
lançamentos com extrema eficiência, a sua marca
registrada são os fortes chutes de longa distância
e as bolas paradas. Começou sua carreira
nas equipes de base do Liverpool, em 1987, e
estreou no time profissional dos Reds em 1998.
Ficou até 2015. Portanto, no total, ficou 28 anos
no Liverpool. Em 2010, foi homenageado com
uma estátua de cera, exposta no famoso Museu
Madame Tussauds, em Londres. Pelos Reds, jogou
504 partidas e marcou 120 gols. Em 2015, pela
primeira vez mudou de clube: está jogando nos
EUA pelo Los Angeles Galaxy. Na Seleção Inglesa,
jogou 114 partidas e marcou 21 gols. Disputou três
Copas do Mundo: 2006, 2010 e 2014.
Principais títulos por clubes (até junho/2016):
Copa da UEFA (2000/01), Supercopa Europeia (2001
e 2005), Copa da Inglaterra (2000/01 e 2005/06),
Copa da Liga Inglesa (2000/01, 2003/04 e 2011/12),
Supercopa da Inglaterra (2001 e 2006) e Champions
League (2004/05) pelo Liverpool.
WAYNE ROONEY
Atacante (desde 2002)
Wayne Marc Rooney (*Liverpool, Ingla-
terra, 24-10-1985) tornou-se, em 2003, o
jogador mais jovem a jogar pela Seleção Inglesa.
Começou nas divisões de base do Everton, aos 10
anos, em 1996. Foi promovido para a equipe principal
em 2002, ficando no Everton até 2004. Transferiu-se,
então, para o Manchester United, por 25 milhões de libras,
onde está até os dias atuais. Até agora, já participou de três
Copas do Mundo: 2006, 2010 e 2014. Até maio de 2016, já havia
disputado 113 jogos pela seleção e feito 52 gols. Em setembro
de 2015, superou a marca de Bobby Charlton de maior goleador
da seleção, quando marcou seu quinquagésimo gol. Alguns Prê-
mios Individuais: Jogador Inglês do Ano (2008 e 2009), Jogador
do Ano pela PFA e pela FWA (2009/10), Artilheiro do Mundial
de Clubes (2008) e Bola de Ouro do Mundial de Clubes (2008),
entre outros.
Principais títulos por clubes (até junho/2016): Mundial de
Clubes (2008), Champions League (2007/08), Premier Lea-
gue (2006/07, 2007/08, 2008/09, 2010/11 e 2012/13), FA Cup
(2015/16), Carling Cup (2005/06 e 2009/10) e FA Community
Shield (2007, 2010 e 2011) pelo Manchester United.
68
IRLANDA DO
NORTE
GEORGE BEST
Ponta-direita (1963-1984)
George Best (*Belfast, Irlanda do Norte,
22-05-1946 - g Londres, Inglaterra, 25-11-
2005) é considerado não só o melhor jogador
irlandês da história, mas também britânico. Quan-
do criança, era tão fanático por futebol que dormia
com uma bola na cama. Aos 15 anos, foi descoberto
por um olheiro do Manchester United que o vira jogar num
time amador de Belfast, os Cregagh Boys. Em 1963, aos 17
anos, já estava estreando como profissional. O clube ainda vivia
o luto causado pela morte, em acidente aéreo, de alguns integran-
tes da equipe. Por ser um jogador completo, que reunia habilidade,
agilidade, técnica, dribles desconcertantes e fortes chutes com ambas
as pernas, Best não demorou a explodir. Chegou até a ser comparado com
Garrincha. Logo em sua primeira temporada conquistou a Copa da Inglater-
ra 1963. Depois, vieram vários títulos. Em 1969, ganhou a Bola de Ouro, como
o melhor jogador europeu do ano. É o único jogador irlandês que recebeu esse
prêmio. Ficou no Manchester até 1974, disputando 470 jogos e fazendo 179 gols. Infe-
lizmente, com o sucesso, Best caiu na noite e se deixou envolver por bebidas e por belas
mulheres. Tornou-se indisciplinado, atrasava-se nos treinos e foi expulso de campo várias
vezes. Passou depois por diversas equipes, encerrando a carreira em 1984. Por sua seleção,
disputou 37 partidas e marcou 9 gols, de 1964 a 1977. Faleceu, endividado, em 2005, aos 59
anos, de cirrose.
Principais títulos por clubes: Campeonato Inglês (1964/65 e 1966/67), Copa da Inglaterra (1963),
Supercopa da Inglaterra (1965 e 1967) e Taça dos Campeões europeus (1967/68) pelo Manchester United.
69
ITÁLIA
ROBERTO
BAGGIO
Meia-atacante
(1982 a 2004)
Roberto Baggio (*Caldogno,
Itália, 18-02-1967) tinha uma
técnica refinada, velocidade,
finalização certeira, visão de jogo, muito
bom nas bolas paradas e um incrível
domínio de bola. Ambidestro, fazia gols
de todas as formas e driblava facilmente os
adversários. Um dos maiores jogadores dos anos
90, foi vencedor da Bola de Ouro e do prêmio de
Melhor Jogador do Mundo pela Fifa, em 1993. Chegou
a ser comparado com o brasileiro Zico. Jogou nos três
maiores clubes italianos: Juventus, Milan e Internazionale.
Começou em 1980, nas categorias de base do Caldogno. Iniciou
sua vida profissional no Vicenza, em 1982, onde ficou até 1985.
Depois, passou por diversas equipes: Fiorentina, Juventus, Milan,
Bologna, Internazionale, encerrando a carreira no Brescia, onde atuou
de 2000 a 2004. É o único jogador italiano que jogou três Copas do Mundo
e fez gols nas três: 1990, 1994 e 1998. Na Copa de 1994, o fato que o marcou
muito: a perda do pênalti na final contra o Brasil, levando a Seleção Brasileira ao
tetracampeonato. É o maior artilheiro italiano em Copas do Mundo: nove gols, ao
lado de Paolo Rossi e Vieri.
Principais títulos por clubes: Série B1 (1984/85) pelo Vicenza; Copa da Itália (1993),
Copa UEFA (1993), Série A (1994/95) e Supercopa da Itália (1995) pela Juventus; Série A
(1995/96) pelo Milan; Copa da UEFA (1997/98) pela Internazionale.
70
ALESSANDRO DEL PIERO
Atacante (1991-2014)
Alessandro Del Piero (*Conegliano, Itália, 09-11-1974) é um dos
maiores jogadores italianos de todos os tempos e um dos maio-
res cobradores de faltas do futebol mundial. Construiu toda a sua
carreira praticamente na Juventus, onde conquistou seis títulos
da Série A, quatro Supercopas, Liga dos Campeões, artilheiro
máximo da história da Vecchia Signora (289 gols) e atleta que
mais atuou com a camisa bianconera (705 jogos). Começou
nas categorias de base do Padova, em 1988, passando para o
time profissional em 1991. Só em 1993 foi para a Juventus, onde
se consagrou. Ficou até 2012. Aceitou o desafio e foi jogar no
Sydney FC, da Austrália. Após dois anos, outro desafio, aos 39
anos: o Delhi Dynamos, da Índia, onde encerrou a carreira. Pela
Seleção Italiana, jogou 91 partidas e marcou 27 gols. Disputou
três Copas do Mundo: 1998, 2002 e 2006, sendo que foi funda-
mental na conquista da Copa de 2006.
Principais títulos por clubes: Série A (1994/95, 1996/97,
1997/98, 2001/02, 2002/03 e 2011/12), Série B
(2006/07), Copa da Itália (1994/95), Supercopa da
Itália (1995, 1997, 2002 e 2003), Champions Lea-
gue (1995/96), UEFA Super Cup (1996), Copa
Intercontinental (1996), UEFA Intertoto Cup
(1999), Copa Europeia/Sul-Americana
(1996) e Trofeo Luigi Berlusconi (1995,
1998, 1999, 2000, 2001, 2003, 2004,
2010 e 2012) pela Juventus.
Principal título pela Seleção
Italiana: Copa do
Mundo (2006).
ANDREA PIRLO
Volante e Meia (desde 1995)
Poucos jogadores na história do futebol trataram a bola
de forma tão íntima e gentil quanto Andrea Pirlo (*Brescia,
Itália, 19-05-1979). Passes preciosos, lançamentos
precisos, cobranças de faltas perfeitas e dribles
desconcertantes, aliados a uma elegância ímpar, fazem
parte do repertório deste atleta que é um dos melhores
meio-campistas que o mundo já viu. Começou nas
categorias de base do Flero, Voluntas e Brescia, onde se
profissionalizou em 1995 e ficou até 1998. Depois, jogou
na Internazionale, Reggina, Brescia novamente, Milan
(onde conquistou seus títulos mais importantes), Juventus
e, finalmente, New York City, onde joga atualmente. Ele é
o único italiano a disputar duas Olimpíadas (2000 e 2004).
Pela Seleção Italiana, participou de 116 jogos e fez 13
gols. Disputou três Copas do Mundo: 2006, 2010 e 2014.
Em 2006, além de ter sido campeão, foi eleito o Terceiro
Melhor Jogador da Copa.
Principais títulos por clubes: Série A (2003/04 e 2010/11),
Copa da Itália (2002/03), Supercopa da Itália (2004),
Champions League (2002/03 e 2006/07), Supercopa Europeia
(2003 e 2007) e Mundial de Clubes (2007) pelo Milan; Série
A (2011/12, 2012/13, 2013/14 e 2014/15), Supercopa da Itália
(2012 e 2013) e Copa da Itália (2014/15) pela Juventus.
Principal título pela Seleção Italiana: Copa do Mundo (2006).
71
SHUTTER BUFFON
Goleiro (desde 1995)
Gianluigi Buffon (*Carrara,
Itália, 28-01-1978) é, ao lado
do goleiro mexicano Antonio
Carbajal e do meia alemão Lothar
Matthäus, um dos três jogadores que
já disputaram cinco Copas do Mundo
(1998/2002/2006/2010/2014). Buffon decla-
rou, em junho de 2016, enquanto participava
da Eurocopa, que gostaria de estar na Copa de
2018, o que o tornaria recordista de participações
em Mundiais de forma isolada (ele vai estar com 40
anos). Em 2013, foi considerado pelo IFFHs o melhor go-
leiro dos últimos 25 anos. Pelo mesmo IFFHs, foi considerado
o Melhor Goleiro do Mundo em 2003, 2004, 2006 e 2007. Só
atuou por duas equipes profissionais: o Parma, de 1995 a 2001, e
a Juventus, a partir de 2001. É o jogador que mais atuou pela Seleção
Italiana (143 jogos). Em 20 de março de 2016, em clássico local contra
o Torino, “Gigi”, como também é conhecido, superou o recorde de 929
minutos de Sebastiano Rossi sem sofrer gols na Série A, atingindo a marca de
974 minutos.
Principais títulos por clubes (até junho/2016): Copa da UEFA (1998/99), Copa da
Itália (1998/99) e Supercopa da Itália (1999) pelo Parma; Série A (2001/02, 2002/03,
2011/12, 2012/13, 2013/14, 2014/15 e 2015/16), Série B (2006/07), Supercopa da Itália
(2002, 2003, 2012, 2013 e 2015) e Copa da Itália (2014/15 e 2015/16) pela Juventus.
Principal título pela Seleção Italiana (até junho/2016): Copa do Mundo (2006).
CLAUDIO GENTILE
Zagueiro (1971-1988)
Claudio Gentile (*Trípoli, Líbia, 27-09-1953) tinha o apelido de “Gaddafi” por ter nascido na Líbia,
uma ex-colônia italiana. Chegou à Itália aos oito anos. Era conhecido por ser um zagueiro duro na
marcação. No entanto, recebeu apenas um cartão vermelho em toda a sua carreira, por ter colocado
a mão na bola. Sua passagem mais marcante foi na Juventus, onde jogou por 11 anos e conquistou
títulos importantes como seis campeonatos italianos, duas Copas da Itália, uma Recopa Europeia
e uma Copa da UEFA. Formou com Dino Zoff, Gaetano Scirea e Antonio Cabrini uma das linhas
defensivas mais sólidas do futebol, culminando com a conquista da Copa do Mundo de 1982. Nesta
Copa, ficou famoso pelas entradas violentas em Zico e Maradona. Começou a carreira profissional
no Arona, da Série D, em 1971. Depois, passou por Varese, Juventus, Fiorentina, pendurando as
chuteiras no Piacenza, em 1988. Disputou 71 jogos pela Seleção Italiana. Disputou duas Copas do
Mundo: 1978 e 1982.
Principais títulos por clubes: Série A (1974/75, 1976/77, 1977/78, 1980/81, 1981/82 e 1983/84), Copa
da Itália (1978/79 e 1982/83), Taça EUFA (1976/77) e Taça das Taças (1983/84) pela Juventus.
Principal título pela Seleção Italiana: Copa do Mundo (1982).
72
DINO ZOFF
Goleiro (1957-1983)
Dino Zoff (*Mariano del Friuli, Itália, 28-02-1942) entrou para a história como o jogador mais velho
a ser campeão de uma Copa do Mundo, em 1982, na Espanha, quando tinha 40 anos. Até hoje,
muitos o consideram o melhor goleiro de todos os tempos. Apesar de não ser muito alto (1,82 m),
era ágil, tinha todos os fundamentos de um ótimo goleiro e era um líder em campo. Formou,
com Cabrini, Scirea e Gentile, uma das principais linhas defensivas do futebol, na seleção e na
Juventus. Só chegou a um grande clube, a Juventus, quando já estava com 30 anos. Começou a
carreira profissional na Udinese, em 1957. Depois, jogou no Mantova, Napoli e, em 1972, foi para a
Juve, ficando 11 anos lá e encerrando a carreira. Pela Seleção Italiana, jogou 112 partidas, sendo
59 como capitão. É o quarto jogador que mais atuou pela Azzurra, atrás apenas de Buffon, Paolo
Maldini e Fabio Cannavaro. Participou de quatro Copas do Mundo: 1970, 1974, 1978 e 1982.
Principais títulos por clubes: Campeonato Italiano (1972/73, 1974/75, 1976/77, 1977/78, 1980/81 e
1981/82), Copa da UEFA (1976/77) e Copa da Itália (1978/79 e 1982/83) pela Juventus.
Principais títulos pela Seleção Italiana: Eurocopa (1968) e Copa do Mundo (1982).
FABIO CANNAVARO
Zagueiro (1992-2011)
Fabio Cannavaro (*Nápoles, Itália, 13-09-1973) foi o capitão da Seleção Italiana cam-
peã da Copa do Mundo de 2006. Nesta Copa, recebeu o apelido de “Muro de Ber-
lim”, pela forma segura de proteger sua defesa. É considerado um dos melhores
zagueiros de todos os tempos. Mestre em se posicionar e em se antecipar aos
adversários. É o segundo jogador que mais vezes atuou pela Azzurra, com
136 jogos, atrás somente de Buffon. Detém o recorde de 79 partidas
como capitão da seleção. Segundo a Fifa, foi o segundo melhor joga-
dor da Copa de 2006, mas, pela própria Fifa, foi eleito o Melhor Jo-
gador do Ano de 2006. Começou a carreira nas equipes de base
do Napoli, em 1988, passando para o time profissional em
1992. Ficou no Napoli até 1995. Depois, jogou no Parma,
Internazionale, Juventus, Real Madrid, retornou à Juve,
encerrando a carreira no Al-Ahli, em 2011. Disputou
quatro Copas do Mundo: 1998, 2002, 2006 e 2010.
Em 2014, iniciou a carreira de técnico.
Principais títulos por clubes: Copa
UEFA (1999), Copa da Itália (1998/99 e
2001/02) e Supercopa da Itália (1999)
pelo Parma; La Liga (2006/07 e
2007/08) e Supercopa da Espa-
nha (2008) pelo Real Madrid.
Principal título pela Se-
leção Italiana: Copa do
Mundo (2006).
73
FRANCESCO
TOTTI
Meia e Atacante (desde 1992)
Francesco Totti (*Roma, Itália,
27-09-1976) só teve um clube
profissional até hoje: a Roma, onde
está desde as equipes de base, onde
entrou em 1989, passando para o time
profissional em 1992 e permanecendo até
os dias atuais. É o capitão, o camisa dez,
o maior artilheiro e o jogador que mais vezes
vestiu a camisa do clube. Foi eleito, também, por
cinco vezes, o que é um recorde, o melhor jogador
italiano pela Associação Italiana de Jogadores. Está em
primeiro lugar entre os maiores artilheiros em atividade da
Série A e é o jogador que mais marcou na Série A por um
único time. Disputou duas Copas do Mundo: 2002 e 2006, sendo
campeão nessa última e inserido pela Fifa entre os 23 melhores da
competição. No total, jogou 58 partidas pela Azzurra e marcou nove
gols, entre 1998 e 2006.
Principais títulos pelo clube: Campeonato Italiano (2000 e 2001), Supercopa da
Itália (2001 e 2007) e Copa da Itália (2006/07 e 2007/08) pela Roma.
Principal título pela Seleção Italiana: Copa do Mundo (2006).
FRANCO
BARESI
Líbero e Zagueiro (1977-1997)
Franchino Baresi (*Travagliato, Itália, 08-05-1960) só teve um clube em toda a sua carreira: o Milan,
onde entrou nas categorias de base em 1974, passou para o time profissional em 1977 e ficou até
1997. É considerado um dos maiores líberos da história do futebol, ao lado de Gaetano Scirea e Franz
Beckenbauer. Tornou-se capitão aos 22 anos e conquistou uma impressionante galeria de títulos: seis
Campeonatos Italianos, três conquistas da Liga dos Campeões, dois Mundiais de Clubes e três Su-
percopas Europeias, entre outros. Ao aposentar-se, viu sua camisa 6 ser eternizada pelo clube, a mais
linda homenagem que um jogador pode receber. Pelo Milan, jogou 719 partidas e marcou 33 gols.
Disputou três Copas do Mundo: 1982, 1990 e 1994. Pela Seleção Italiana, jogou 82 partidas e marcou
apenas um gol.
Principais títulos pelo clube: Série A (1978/79, 1987/88, 1991/92, 1992/93, 1993/94 e 1995/96),
Champions League (1988/89, 1989/90 e 1993/94), Copa Intercontinental (1989 e 1990), Supertaça Eu-
ropeia (1989, 1990 e 1994) e Supercopa da Itália (1987/88, 1991/92, 1992/93 e 1993/94) pelo Milan.
Principal título pela Seleção Italiana: Copa do Mundo (1982).
74
GAETANO SCIREA
Zagueiro e Líbero (1972-1988)
Gaetano Scirea (*Cernusco sul Naviglio, Itália, 25-05-1953
- g Babsk, Polônia, 03-09-1989) foi um exemplo dentro e
fora dos gramados. Apesar de sua posição, nunca recebeu
um cartão vermelho. Virou sinônimo de fair play, lealdade e
integridade. E era um craque de bola. Foi um dos maiores
líberos da história do futebol. Começou sua carreira profissio-
nal no Atalanta, em 1972. Ficou só dois anos. Depois, só foi
Juventus, até o fim de sua vida profissional. Foram 14 anos
de muitas conquistas: sete Campeonatos Italianos, duas
Copas da Itália, uma Liga dos Campeões, uma Recopa, uma
Supercopa da Europa, uma Copa da Uefa e um Mundial
Interclubes. Disputou três Copas do Mundo: 1978, 1982 e
1986, tendo vencido a de 1982. Um ano após ter pendurado
as chuteiras, sofreu um trágico acidente na Polônia: seu car-
ro, em uma estrada, colidiu com um caminhão e ele faleceu
na hora. Scirea tinha só 36 anos.
Principais títulos por clube: Campeonato Italiano
(1974/75, 1976/77, 1977/78, 1980/81, 1981/82,
1983/84 e 1985/86), Copa da Itália (1978/79
e 1982/83), Taça Uefa (1976/77), Taça das
Taças (1983/84), UEFA Super Cup (1984),
Taça da Europa (1984/85) e Taça Inter-
continental (1985) pela Juventus.
Principal título pela Seleção
Italiana: Copa do
Mundo (1982).
GIACINTO FACCHETTI
Lateral-esquerdo (1960-1978)
Giacinto Facchetti (*Treviglio, Itália, 18-07-1942
- g Milão, Itália, 04-09-2006) foi um dos melhores
laterais-esquerdos da história do futebol. Em toda
a sua carreira profissional, só teve uma equipe: a
Internazionale, de 1960 a 1978. Foi expulso somente
uma vez em sua impecável carreira. Depois, continuou
a viver o clube intensamente: foi diretor e até mesmo
seu presidente – o último cargo, de 2004 a 2006,
quando faleceu. Era um lateral-esquerdo que gostava
de avançar, o que era inovador para a época. E muito
veloz: ele chegou a ser campeão em 100 metros rasos
quando era adolescente. É o defensor com maior
número de gols na Série A: foram 60 em 18 anos. Pela
Seleção Italiana, atuou de 1963 a 1977, participou
de 94 jogos e, em 70 deles, foi seu capitão. Disputou
duas Copas do Mundo: 1970 e 1974. Teve tanta
identificação com a Internazionale, que a camisa 3 foi
aposentada pelo clube: uma grande homenagem para
um grande atleta.
Principais títulos pelo clube: Campeonato Italiano
(1962/63, 1964/65, 1965/66 e 1970/71), Copa da
Itália (1977/78), Taça da Europa (1963/64 e 1964/65),
Taça Intercontinental (1964 e 1965) e Campeonato da
Europa (1968) pela Internazionale.
75
GIAMPIERO
BONIPERTI
Atacante e Ponta-direita
(1946-1961)
Giampiero Boniperti (*Barengo,
Itália, 04-07-1928) só teve um clube
em sua vida profissional: a Juventus,
de 1946 a 1961, onde atuou em 465
jogos e fez 182 gols. E mais: foi presidente
do clube durante 19 anos e é, até hoje, seu
presidente honorário. Disputou duas Copas do
Mundo: 1950 e 1954. Pela Seleção Italiana, jogou
38 partidas, entre 1947 e 1960, foi capitão durante oito
anos e fez 8 gols. Formou, junto com John Charles e Omar
Sívori, o chamado “Trio Mágico”, um dos melhores ataques
da primeira divisão italiana. É o segundo maior artilheiro da
história da Juventus, atrás somente de Alessandro Del Piero.
Em 2004, foi introduzido no Fifa 100, uma lista dos melhores 125
jogadores de todos os tempos, escolhidos por ocasião do centenário da
Fifa. Em 2012, entrou para o Hall da Fama do Futebol Italiano. Entre 1994
e 1999, também serviu como deputado ao Parlamento Europeu.
Principais títulos pelo clube: Campeonato Italiano (1949/50, 1951/52, 1957/58,
1959/1960 e 1960/61) e Copa da Itália (1958/59 e 1959/1960) pela Juventus.
GIANNI RIVERA
Meia (1959-1979)
Gianni Rivera (*Alessandria, Itália, 18-08-1943), o “Bambino d’Oro”, foi o primeiro jogador italiano a
ganhar a Bola de Ouro, como o maior jogador da Europa, em 1969. Começou sua brilhante carreira
no Alessandria, de sua cidade, em 1959, e, em 1960, já estava no Milan, onde ficou até o fim de
sua vida profissional, em 1969, e conquistou inúmeros e importantes títulos. Foi um dos maiores
jogadores da Itália de todos os tempos, criativo, elegante, com dribles incríveis e grande visão
de jogo. Pela Seleção Italiana, atuou de 1962 a 1974, participou de 60 jogos e marcou 14 gols.
Disputou quatro Copas do Mundo: 1962, 1966, 1970 e 1974. Foi o principal nome que levou o Milan
a iniciar a projeção mundial que tem hoje. Atualmente, Rivera trabalha na prefeitura de Roma, onde
cuida da Secretaria de Esportes.
Principais títulos por clubes: Campeonato Italiano (1961/62, 1967/68 e 1978/79), Copa da Itália
(1966/67, 1971/72, 1972/73 e 1976/77), Taça dos Clubes Vencedores de Taças (1967/68 e 1972/73),
Champions League (1962/63 e 1968/69) e Taça Intercontinental (1969) pelo Milan.
Principal título pela Seleção Italiana: Eurocopa (1968).
76
GIUSEPPE BERGOMI
Zagueiro (1981-2002)
Giuseppe Bergomi (*Milão, Itália, 22-12-1963) só
teve uma equipe em sua vida: a Internazionale,
de 1978 a 2002, sendo que no time profissional
estreou em 1981. Em 1982, quando tinha 18 anos,
ajudou a Itália a conquistar a Copa do Mundo, na
Espanha, tendo brilhado no jogo final, em que a
Seleção Italiana derrotou a Alemanha por 3 a 1 e
ele teve a difícil missão de marcar Rummenigge.
Tinha o apelido de “Lo Zio” (o tio, em italiano),
devido ao peculiar bigode e vastas sobrancelhas.
Conquistou três vezes a Taça UEFA e é o jogador
que mais esteve presente nessa competição: 96
jogos. É um dos maiores zagueiros de todos os
tempos e, em 2004, foi eleito por Pelé para fazer
parte dos 100 FIFA maiores jogadores vivos.
Disputou quatro Copas do Mundo: 1982, 1986,
1990 e 1998, quando tinha 34 anos.
Principais títulos por clube: Serie A (1988/89), Copa da
Itália (1981/82), Supercopa Italiana (1989) e Taça UEFA
(1990/91, 1993/94 e 1997/98) pela Internazionale.
Principal título pela Seleção Italiana: Copa do
Mundo (1982).
GIUSEPPE
MEAZZA
Meia e Atacante (1927-1947)
O estádio da cidade de Milão leva oficialmente
o nome de Giuseppe Meazza (*Milão, Itália, 23-
08-1910 - g Rapallo, Itália, 21-08-1979), um dos me-
lhores jogadores italianos de todos os tempos. Jogou
nos três maiores clubes de seu país (Internazionale, Milan
e Juventus), mas sua imagem clubística está mais ligada
à Internazionale, onde começou em 1927, ficando até 1940
e tornando-se o seu maior ídolo. Depois, jogou no Milan (duas
temporadas), Juventus (uma temporada), Varese (uma temporada),
Atalanta (uma temporada) e, finalmente, Internazionale, para onde re-
tornou em 1946, encerrando a carreira em 1947. Gostava de intimidar
os goleiros adversários, parando a bola, chamando para que viessem
até ele desarmá-lo e, por fim, os driblava, completando a jogada com
o gol vazio. É o maior artilheiro da história da Internazionale. Estreou
pela Seleção Italiana em 1930 e disputou duas Copas do Mundo, 1934
e 1938, sendo campeão nas duas. Na Copa de 1938, na França, fez
uma saudação fascista ao receber o troféu: até hoje, é o único capitão
da equipe campeã de uma Copa que foi vaiado. Jogou pela Seleção
Italiana 53 vezes, marcando 33 gols.
Principais títulos por clube: Campeonato Italiano (1929/30 e
1937/38) e Copa da Itália (1938/39) pela Internazionale.
Principais títulos pela Seleção Italiana: Copa do Mundo (1934 e 1938).
77
LUIGI RIVA
Atacante (1962-1976)
Luigi Riva (*Leggiuno, Itália, 07-11-1944) é o maior
artilheiro da Seleção Italiana, com 35 gols em 42
jogos. Seus chutes com o pé esquerdo eram tão
potentes que ficaram conhecidos como "rombo di
tuono" (“ronco do trovão”). O atacante defendeu
apenas o minúsculo Legnano (de 1962 a 1963) e o
tradicional, mas pequeno, Cagliari (de 1963 a 1976).
Todos os torcedores dos grandes times italianos
quiseram tê-lo, mas nunca puderam. Foi três vezes
artilheiro da Série A. Exemplo dentro e fora de
campo, Gigi Riva nunca foi de muitas palavras, mas
sim de muitos gols e aplicação máxima. Aos 9 anos,
perdeu o pai. Aos 16, perdeu a mãe e teve que
cuidar das duas irmãs trabalhando como eletricista
e jogando futebol por uma equipe amadora, o
Laveno. Tempos depois, uma de suas irmãs faleceu,
vítima de leucemia; e a outra ficou paralítica,
após um acidente de carro. Mas Riva, com garra
e determinação, venceu. Disputou duas Copas
do Mundo: 1970 e 1974. Nos anos 80, tornou-se
presidente do Cagliari.
Principal título por clubes: Campeonato Italiano
(1969/70) pelo Cagliari.
Principal título pela Seleção Italiana:
Eurocopa (1968).
Paolo
Maldini
Zagueiro (1984-2009)
Paolo Cesare Maldini (*Milão,
Itália, 26-06-1968) é considerado
pela Fifa como o maior zagueiro central
de todos os tempos. Só teve um time em
toda a sua carreira: o Milan. Começou nas
equipes de base em 1978 e passou para o
time profissional em 1984, ficando até 2009. Com
sua técnica, vigor físico, classe e marcação impla-
cável, conquistou, entre outros títulos, sete Campeo-
natos Italianos, cinco Champions League e três Mundiais
Interclubes. A mítica camisa 3 rossonera, desde 1985, é só
sua: em sua homenagem, está aposentada. Pelo Milan, dispu-
tou incríveis 902 jogos e conquistou 26 títulos em 25 anos de vida
profissional. É o jogador que mais vezes vestiu a camisa do Milan. E
é o que mais atuou na Série A: 647 vezes. Jogou 126 partidas pela
Seleção Italiana, entre 1988 e 2002. É o segundo jogador com mais
partidas realizadas em mundiais: 23 contra 25 de Lothar Matthäus.
Disputou quatro Copas do Mundo: 1990, 1994, 1998 (quando foi
treinado por seu pai, Cesare Maldini) e 2002.
Principais títulos por clube: Campeonato Italiano (1988, 1992,
1993, 1994, 1996, 1999 e 2004), Supercopa Italiana (1988, 1992,
1993, 1994 e 2004), Champions League (1989, 1990, 1994, 2003 e
2007), Supercopa Europeia (1989, 1990, 1994, 2003 e 2007), Trofeo
Luigi Berlusconi (1992, 1993, 1994, 1996, 1997, 2005, 2006, 2007,
2008 e 2009), Copa Intercontinental (1989 e 1990), Copa da Itália
(2003) e Copa do Mundo de Clubes (2007) pelo Milan.
78
PAOLO ROSSI
Atacante (1973-1987)
Paolo Rossi (*Prato, Itália, 23-09-1956) consagrou-se na
Copa do Mundo de 1982, quando desclassificou a mágica
Seleção Brasileira de Telê Santana nas quartas-de-final,
marcando os três gols da vitória italiana por 3 a 2, no jogo
que ficou conhecido como “tragédia de Sarriá”. Foi o artilheiro
daquela Copa na Espanha com seis gols. Tornou-se para
os italianos “Il Bambino d’Oro” (“O Menino de Ouro”). Ele é o
único a ganhar os três principais prêmios da Copa em uma
só edição: o título, a artilharia e a eleição de melhor jogador.
Marcou época também na Juventus, onde começou nas
equipes de base em 1972, com 15 anos. Passou para a equi-
pe profissional em 1973, ficando até 1976. Depois, jogou no
Como, Lanerossi Vicenza, Perugia, voltou para a Juventus,
Milan, encerrando a carreira no Hellas Verona, onde jogou
em 1986 e 1977. Pela Seleção Italiana jogou 48 partidas e
marcou 27 gols, entre 1977 e 1986. Participou de duas
Copas do Mundo: 1978 e 1982.
Principais títulos por clubes: Campeonato
Italiano Série B (1977) pelo Vicenza; Campe-
onato Italiano Série A (1982 e 1984), Copa
da Itália (1983), Recopa Europeia (1984),
Supercopa Europeia (1984) e Copa
dos Campeões da Europa (1985)
pela Juventus.
Principal título pela Seleção
Italiana: Copa do Mundo
(1982).
SALVATORE SCHILLACI
Atacante (1982-1997)
Salvatore Schillaci (*Palermo, Itália, 01-12-
1964) teve seu grande momento na Copa do
Mundo de 1990, saindo da reserva e tornando-
se o grande destaque da Seleção Italiana. A
Copa foi realizada na Itália, que foi eliminada
nas semifinais pela Argentina, mas “Totò” (como
era carinhosamente chamado) foi o artilheiro
da competição, com seis gols, e foi eleito o
melhor jogador daquele mundial. Começou
sua carreira profissional em 1982, no Messina,
que disputava a Série C2. Em 1982, transferiu-
se para a Juventus e, em 1992, foi atuar na
Internazionale. Em 1994, rumou para o Japão,
para jogar no Júbilo Iwata, sendo rebatizado
como “Totò-San”, encerrando sua carreira em
1997, sofrendo muito com contusões. Pela
Seleção Italiana, entre 1990 e 1991, realizou 16
partidas e fez sete gols. Disputou só a Copa do
Mundo de 1990.
Principais títulos por clubes: Copa da
Itália (1989/90) e Copa UEFA (1989/90)
pela Juventus; Copa UEFA (1993/94) pela
Internazionale; Campeonato Japonês (1997)
pelo Júbilo Iwata.
79
SANDRO MAZZOLA
Meia (1960-1977)
Alessandro Mazzola (*Turim, Itália, 08-11-1942) só
teve uma equipe em sua brilhante carreira: a Inter-
nazionale, onde atuou de 1960 a 1977. É filho de
outro grande craque: Valentino Mazzola, que faleceu
juntamente com todo o time do Torino, na tragédia
aérea de Superga, em 1949, quando Sandro tinha
sete anos. Com sua velocidade, habilidade e ótimo
poder de finalização, tornou-se um dos maiores
nomes do clube nerazzurro. Jogou 565 partidas pela
Internazionale, marcou 158 gols e é o quarto maior
artilheiro da história azul e preta. Foi capitão do
time de 1970 a 1977. Em 1971, foi eleito o segundo
melhor jogador do mundo, atrás somente de Johann
Cruyff. Disputou três Copas do Mundo: 1966, 1970
e 1974. Pela Seleção Italiana, participou de 70
partidas e marcou 22 gols.
Principais títulos por clube: Campeonato
Italiano (1962/63, 1964/65, 1965/66 e
1970/71), Champions League (1963/64
e 1964/65) e Copa Intercontinental
(1964 e 1965) pela Internazionale.
Principal título pela Seleção
Italiana: Eurocopa (1968).
SILVIO PIOLA
Atacante (1929-1954)
Silvio Piola (*Robbio, Itália, 29-09-1913, gGattinara, Itália,
04-10-1996)) foi um dos melhores atacantes do futebol italiano.
Destacou-se por sua longa carreira e por ter sido o principal
jogador na Copa do Mundo de 1938, que a Itália conquistou.
Sua única decepção foi nunca ter conquistado um título da
primeira divisão do futebol italiano. É o maior artilheiro da
história do Campeonato Italiano, com 274 gols. Era um atacante
completo e marcava gols de todas as formas. Começou sua
carreira com 15 anos, em 1929, no tradicional Pro Vercelli.
Ficou até 1934. Depois, atuou na Lazio, Torino, Juventus e,
por fim, no Novara, onde ficou de 1947 a 1954. Da Lazio, saiu
em 1943, em virtude da Segunda Guerra Mundial, para a qual
foi convocado. Chegou a ser dado como morto e teve uma
missa rezada em sua homenagem, mas logo reapareceu como
jogador do Torino. Pela Seleção Italiana, jogou entre 1935
e 1952, participou de 34 jogos e marcou 30 gols, a melhor
média de gols da história da seleção italiana. É o terceiro maior
artilheiro da seleção, sendo o capitão dela por sete anos. Sua
imagem internacional poderia ter tido muito mais projeção se
tivessem ocorrido as Copas de 1942 e 1946.
Principal título por clube: Campeonato Italiano Série B
(1947/48) pelo Novara.
Principal título pela Seleção Italiana: Copa do Mundo (1938).
80
MÉXICO
CARBAJAL
Goleiro (1949-1966)
Antonio Felix Carbajal Rodrí-
guez, também conhecido como
“La Tota” (*Guanajuato, México, 07-
06-1929) é o goleiro que mais Copas
do Mundo disputou, ao lado do goleiro
Buffon, da Itália. Sua primeira Copa foi a
de 1950, no Brasil; depois, vieram as Copas
de 1954, 1958, 1962 e, por fim, a Copa de 1966,
na Inglaterra. Foram 16 anos vestindo a camisa nº
1 da Seleção Mexicana. Começou sua carreira como
juvenil do Real Club España, em 1949. Fez lá duas boas
temporadas. Em 1950, foi jogar no Club León. E não saiu
mais. Ficou até 1966, jogando 364 partidas. Destacava-se
pela grande agilidade e boas saídas de gol. Pela Seleção Me-
xicana atuou em 48 jogos. Após pendurar as chuteiras, treinou as
equipes de León, Unión de Curtidores, Atletas Campesinos e Morella.
Foi, por algum tempo, treinador de goleiros da Seleção Mexicana. Foi re-
conhecido pela IFFHS como o melhor goleiro da CONCACAF no século XX.
Principais títulos por clube: Campeonato Mexicano (1952 e 1956) e Copa do
México (1958) pelo León.
HUGO SÁNCHEZ
Atacante (1975-1998)
Hugo Sánchez Márquez (*Cidade do México, México, 11-07-1958) é considerado o maior jogador de
futebol do México de todos os tempos. Marcava gols de qualquer jeito: com os chutes clássicos, com
a cabeça, de voleio e bicicleta, além de provocar os adversários. Começou em 1975 no Pumas, time
da Universidade Nacional do México, onde cursava odontologia. Em 1979 foi para os EUA, jogar no
San Diego Sockers. Em 1981, transferiu-se para o Atlético Madrid, onde se tornou ídolo. Quatro anos
depois, foi jogar no arquirrival, o Real Madrid, e foi artilheiro da La Liga quatro anos consecutivos,
além de se tornar pentacampeão espanhol. Saiu do Real Madrid em 1992 e ainda passou por algumas
equipes: o mexicano América, Rayo Vallecanno, Atlante, Linz, Dallas Bum, encerrando a carreira no
Celaya, em 1998. Pela Seleção Mexicana, jogou entre 1977 e 1998, atuando em 58 partidas e marcan-
do 29 gols. Disputou três Copas do Mundo: 1978, 1986 e 1994.
Principais títulos por clubes: Primeira Divisão (1976/77 e 1980/81), Taça dos Campeões CONCA-
CAF (1980) e Copa Interamericana (1980) pelo Pumas; Copa del Rey (1985) e Supercopa da Espa-
nha (1985) pelo Atlético Madrid; La Liga (1985/86, 1986/86, 1987/88, 1988/89 e 1989/90), Supercopa
da Espanha (1988, 1989 e 1990), Copa del Rey (1989) e Taça UEFA (1985/86) pelo Real Madrid; Taça
dos campeões CONCACAF (1992) pelo América; Primeira Liga (1995/96) pelo Linz.
Principais títulos pela Seleção Mexicana: Jogos Pan-Americanos (1975) e CONCACAF Gold Cup (1977).
81
PARAGUAI
ROMERITO
Meia (1977-1998)
Julio César Romero Insfrán (*Luque, Paraguai, 28-08-1960) é considerado por muitos em seu país como o
melhor jogador paraguaio de todos os tempos, pela sua raça e pela sua técnica refinada. No entanto, onde
ele fez mais sucesso foi no Brasil, atuando pelo Fluminense. Foi ele o autor do gol do título do Campeonato
Brasileiro de 1984 sobre o Vasco. Ao lado de Assis, Washington, Branco e Ricardo Gomes, conquistou
também o bi carioca (1984 e 1985). É o único paraguaio incluído na lista dos 100 melhores jogadores vivos da
história, elaborada por Pelé e pela Fifa, em 2004. Começou em 1977 no pequeno Sportivo Luqueño. Em 1980
foi para o New York Cosmos e, em 1983, já estava no Fluminense, onde ficou até 1989. Depois, passou por
Barcelona, Puebla, Sportivo Luqueño, Olimpia, Sportivo Luqueño, Deportes La Serena, Cerro Corá, retornando
pela terceira vez ao Sportivo Luqueño. Encerrou a carreira em 2003, no paraguaio Cerro Corá. Na Seleção
Paraguaia, atuou de 1979 a 1990, jogando 32 partidas e marcando 13 gols.
Principais títulos por clubes: Liga Norte-Americana (1980 e 1982) pelo New York Cosmos; Campeonato
Brasileiro (1984), Campeonato Carioca (1984 e 1985) e Copa Kirin (1987) pelo Fluminense; Recopa Europeia
(1988/89) pelo Barcelona; Campeonato Mexicano (1989/90) pelo Puebla; Torneio República (1992) pelo Olimpia.
Principal título pela Seleção Paraguaia: Copa América (1979).
PERU
TEÓFILO
CUBILLAS
Meia-atacante (1966-1987)
Teófilo Juan Cubillas Arizaga (*Lima,
Peru, 08-03-1949) é considerado o melhor
jogador peruano de todos os tempos e um
dos melhores da América do Sul. Com sua
técnica, sua habilidade, seus chutes precisos de
média e longa distância, tornou-se o maior goleador
da Seleção Peruana e o oitavo maior artilheiro nas
Copas do Mundo. Começou em 1966 no Alianza Lima,
ficando até 1972. Depois, passou pelo Basel da Suíça, Porto,
Alianza Lima, FL Strokers, retornando pela segunda vez ao
Alianza Lima em 1987, para encerrar a carreira. Na Seleção Peru-
ana, atuou entre 1968 e 1982, jogando 117 partidas e marcando 26
gols. Foi um dos jogadores mais completos que se viu jogar. É também
um dos 50 futebolistas mais votados como Melhor Jogador em todos os
rankings históricos que se fizeram no final do Século XX. Disputou três Copas
do Mundo: 1970, 1978 e 1982.
Principais títulos por clubes: Campeonato Peruano (1977 e 1978), Torneo Aper-
tura do Campeonato Peruano (1971) e Torneo Inter-Regional do Campeonato Peruano
(1978) pelo Alianza Lima; Campeonato Suíço (1973) pelo Basel; Liga Norte-Americana
(1985) pelo FL Strikers.
Principal título pela Seleção Peruana: Copa América (1975).
82
PORTUGAL
CRISTIANO
RONALDO
Meia-esquerda
(desde 2001)
Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro
(*Santo António, Funchal, Portugal, 05-
02-1985) é, simplesmente, um dos melhores
jogadores do mundo na atualidade. O “CR7” é
um dos atletas mais completos de todos os tempos:
chuta muito bem com os dois pés, cobra faltas com
extrema precisão, possui excelente visão de jogo, é
muito veloz, driblador, habilidoso, passes precisos, ótimo
cabeceador e um enorme poder de finalização. Tornou-se o
primeiro jogador a conquistar todos os quatro prêmios principais
da PFA e da FWA (Associação dos Jornalistas de Futebol da
Inglaterra). Alguns de seus prêmios até junho de 2016: Fifa Bola de
Ouro em 2013 e 2014; Melhor Jogador do Mundo pela Fifa, em 2008;
Melhor Jogador da UEFA na Europa (2013/14), entre muitos outros. Começou
sua carreira aos 8 anos, em 1993, no Clube de Futebol Andorinha, de Santo
António. Em 1995, foi para o Nacional da Madeira e, em 1997, transferiu-se para o
Sporting Clube de Portugal, onde, em 2001, tornou-se profissional. Em 2003, rumou
para o Manchester United e, desde 2009, está no Real Madrid. Quando tinha 17 anos,
foi diagnosticado com um pequeno problema de coração, fez uma cirurgia e em pouco
tempo já estava recuperado. Já é o maior artilheiro da história do Real Madrid, ultrapassando
Raúl González. É o maior artilheiro da Seleção Portuguesa e, em breve, ultrapassará Figo, como
o jogador que mais vezes vestiu a camisa de Portugal. Até agora disputou três Copas do Mundo:
2006, 2010 e 2014, mas nunca brilhou na competição. Um grande ídolo dentro e fora de campo, por
suas ações sociais.
Principais títulos por clubes (até junho/ 2016): Mundial de Clubes (2008), Champions League (2007/08),
Premier League (2006/07, 2007/08 e 2008/09), FA Cup (2003/04), Carling Cup (2005/06 e 2008/09) e FA
Community Shield (2007 e 2008) pelo Manchester United; Mundial de Clubes (2014), Champions League (203/14
e 2015/16), Supertaça da UEFA (2014), La Liga (2011/12), Copa Del Rey (2010/11 e 2013/14), Supercopa de España
(2012), World Football Challenge (2011 e 2012), Troféu Santiago Barnabéu (2010, 2011, 2013 e 2015) e Troféu Teresa
Herrera (2013) pelo Real Madrid.
Principal título pela Seleção Portuguesa: Eurocopa (2016).
83
EUSÉBIO
Atacante (1957-1980)
Eusébio da Silva Ferreira (*Lourenço Marques, África Oriental
Portuguesa, 25-01-1942 - g Lisboa, Portugal, 05-01-2014)
ficou conhecido como “Pantera Negra” e é o maior ídolo da
história do Benfica e seu maior artilheiro: 467 gols em 614
jogos. Foi um dos melhores atacantes do futebol, com ótima
finalização, chute forte com as duas pernas, bom cabeceio,
velocidade e habilidade. Começou aos 15 anos, em 1957,
no Sporting Lourenço Marques, filial do Sporting de Portugal
em Moçambique. Em 1960 foi contratado pelo Benfica, onde
jogou 15 anos e se consagrou, chegando a conquistar 11
vezes o título do Campeonato Português e uma Champions
League. Após sair do Benfica, passou por diversas equipes,
encerrando a carreira no Bufallo Stallions, em 1980. Pela Se-
leção Portuguesa, atuou de 1961 a 1973, participando de 64
jogos e marcando 41 gols. Destacou-se na Copa do Mundo
de 1966, eliminando o Brasil, conquistando o terceiro lugar no
Mundial e a artilharia da competição, com 9 gols.
Principais títulos por clubes: Campeonato Provincial de
Moçambique (1960) e Campeonato Distrital de Lourenço
Marques (1960) pelo Sporting Lourenço Marques; Cam-
peonato Português (1960/61, 1962/63, 1963/64, 1964/65,
1966/67, 1967/68, 1968/69, 1970/71, 1971/72, 1972/73 e
1974/75), Taça de Portugal (1961/62, 1963/64, 1968/69,
1969/70 e 1971/72), Champions League (1961/62), Taça Ri-
beiro dos Reis (1963/64, 1965/66 e 1970/71) e Taça de Honra
(1962/63, 1964/65, 1966/67, 1967/68, 1968/69, 1971/72,
1972/73, 1973/74 e 1974/75) pelo Benfica.
LUÍS FIGO
Meia (1989-2009)
Luís Filipe Madeira Caeiro Figo
(*Lisboa, Portugal, 04-11-1972) foi
eleito pela Fifa o Melhor Jogador do
Mundo em 2001. Além desse, possui
muitos outros prêmios individuais. Era um
meia de muita classe, excelente técnica, grande
visão de jogo, passes e lançamentos perfeitos,
dribles estonteantes e finalizações fulminantes com
a perna direita. Começou sua carreira profissional em
1989, no Sporting, ficando até 1995. Transferiu-se para o
Barcelona, permanecendo até 2000. Aí foi atuar no arquirrival,
o Real Madrid. Para irritar ainda mais os torcedores do Barça,
ele conquistou muitos títulos nos cinco anos que jogou lá. Por fim,
atuou na Internazionale, encerrando a carreira em 2009. Pela Seleção
Portuguesa, jogou entre 1991 e 2006, participando de 127 partidas e
marcou 32 gols. Disputou duas Copas do Mundo: 2002 e 2006. Ainda
é o jogador que mais vezes vestiu a camisa de Portugal, podendo, em
breve, ser ultrapassado por Cristiano Ronaldo.
Principais títulos por clubes: Taça de Portugal (1995) e Supertaça
de Portugal (1995) pelo Sporting; Supercopa da Espanha (1996),
Campeonato Espanhol (1997/98 e 1998/99) pelo Barcelona; Super-
copa da Espanha (2001 e 2003), Campeonato Espanhol (2000/01 e
2002/03), Supertaça Europeia (2002), Champions League (2001/02)
e Taça Intercontinental (2002) pelo Real Madrid; Supercopa da Itália
(2005, 2006 e 2008), Copa da Itália (2006) e Campeonato Italiano
(2005/06, 2006/07, 2007/08 e 2008/09) pela Internazionale.
84
RÚSSIA
RINAT DASAYEV
Goleiro (1975-1991)
Rinat Fäyzeraxmanovich Dasayev (*Astracã, União Soviética, 13-06-1957) é um dos maiores
goleiros russos da história, ficando atrás somente do lendário Lev Yashin. Foi um dos melhores
do mundo na década de 1980. E foi premiado com o título de Melhor Goleiro do Mundo em 1988
pela IFFHS. Está na lista de Pelé entre os 125 maiores jogadores vivos, feita em 2004. Tinha os
apelidos de “Cortina de Ferro” e “O Gato”. Jogou em apenas três clubes. Começou em 1975, no
Volgar Astrakhan, de sua cidade natal. Em 1978, foi para o Spartak Moscou, onde ficou nove anos.
Por fim, foi jogar no Sevilla, onde encerrou a carreira em 1991. Pela Seleção Russa, jogou de 1979
a 1990, atuando em 91 partidas. Disputou três Copas do Mundo: 1982, 1986 e 1990. No primeiro
jogo da Copa de 1982, o Brasil conseguiu vencer suadamente por 2 a 1 e ele teve uma atuação
sensacional. É o segundo jogador que mais atuou por sua seleção, atrás somente de Blokhin.
Principais títulos por clubes: Liga da URSS (1979, 1987 e 1989) pelo Spartak Moscou.
YASHIN
Goleiro (1950-1970)
Lev Ivanovich Yashin (*Moscou, União Soviética, 22-10-1929 - gMoscou, União
Soviética, 20/03/1990) era conhecido pelo apelido de “Aranha Negra”, na América
do Sul, ou “Pantera Negra”, na Europa, devido ao seu uniforme todo preto. Não é
só o maior jogador russo de todos os tempos, como também o melhor goleiro
do século XX, eleito pela Fifa. Só teve um time em toda a sua carreira: o
Dínamo Moscou, onde ingressou em 1949 e permaneceu durante 21
anos. Começou como goleiro de hóquei no gelo na equipe de fábrica
de ferramentas onde trabalhava, mas, aos 14 anos, decidiu ser
goleiro de futebol. Defendeu 150 pênaltis na carreira e não
levou gols em 270 jogos. Antes de jogos importantes, sempre
fumava um cigarro “para acalmar os nervos” e tomava
uma vodca “para tonificar os músculos”. Pela Seleção
Soviética, jogou 78 vezes, entre 1954 e 1970.
Disputou quatro Copas do Mundo: 1958, 1962,
1966 e 1970, sendo o único jogador do país que
foi a quatro Copas.
Principais títulos por clube:
Campeonato Soviético (1954, 1955,
1957, 1959 e 1963) e Copa da
URSS (1953, 1967 e 1970) pelo
Dínamo Moscou.
Principais títulos pela
Seleção Soviética:
Olimpíadas (1956) e
Eurocopa (1960).
85
UCRÂNIA
ANDREY
SHEVCHENKO
Meia-atacante (1994-2012)
Andriy Mykolayovych Shevchenko
(*Dvirkivschyna, União Soviética, 29-
09-1976) é considerado o maior jogador
da história da Ucrânia, que conseguiu sua
independência na Europa em 1991. Em 1986,
mudou-se para Kiev, em razão do desastre nuclear
de Chernobyl. Alto (1,83 m), ágil, dono de uma técnica
apurada, precisão nos chutes com os dois pés e uma
incrível presença de área, começou sua carreira nesse
mesmo ano, com nove anos de idade, nas divisões de base do
Dínamo Kiev. Passou para o time profissional em 1994, ficando
lá até 1996, quando se transferiu para o Milan. No time italiano, foi
destaque na conquista de diversos títulos importantes, permanecendo
até 2006. Daí, foi para a Inglaterra, jogar no Chelsea até 2009. Retornou
ao Milan e, em 2009, voltou às suas origens, indo jogar no Dínamo Kiev e
encerrando a carreira em 2012. Pela Seleção Ucraniana, atuou em 111 jogos,
entre 1995 e 2012, marcando 48 gols. É o recordista de gols pela sua seleção.
Participou de apenas uma Copa do Mundo: a de 2006, na Alemanha, levando a
Ucrânia até as quartas-de-final.
Principais títulos por clubes: Campeonato Ucraniano (1995, 1996, 1997, 1998 e 1999),
Copa da Ucrânia (1996, 1997, 1998 e 1999) e Supercopa da Ucrânia (2011) pelo Dínamo
Kiev; Champions League (2002/03), Copa da Itália (2003), Supercopa Europeia (2003),
Campeonato Italiano (2003/04), Supercopa Italiana (2004) e Trofeo Luigi Berlusconi (2002, 2005 e
2008) pelo Milan; Copa da Liga Inglesa (2007) e Copa da Inglaterra (2007) pelo Chelsea.
86
URUGUAI
OBDULIO
VARELA
Centromédio (1936-1955)
Obdulio Jacinto Muiños Varela
(*Montevidéu, Uruguai, 20-09-1917
- g Montevidéu, Uruguai, 02-08-1996)
foi o grande capitão da Seleção Uruguaia
quando conquistou a Copa do Mundo em
1950, sobre o Brasil, em pleno Maracanã, vitó-
ria que ficou conhecida como “Maracanazo”. Seu
admirável caráter, sua liderança nata, sua personali-
dade forte e sua pele mulata lhe renderam o apelido de
“El Negro Jefe” (“O Chefe Negro”). O futebol praticado em
campo, a garra, a raça e o amor à camisa o transformaram
num mito. Começou nas divisões de base do pequeno Deporti-
vo Juventud, em 1932, passando para o time profissional em 1936.
Dois anos depois estava no Montevideo Wanderers, onde mostrou
seu temperamento forte e muito talento no meio de campo, sendo já
convocado para a seleção em 1939. Mas seu auge começou quando se
transferiu para o Peñarol, em 1943, e onde ficou até encerrar a carreira, em
1955. Tornou-se capitão tanto do Peñarol quanto da Seleção Uruguaia. Por
conta da Segunda Guerra Mundial, a Copa do Mundo só voltou a ser disputada
em 1950. E no Brasil. Foi aí que ele se consagrou de vez. Pela Seleção, disputou 45
jogos, entre 1939 e 1954. Disputou só duas Copas: 1950 e 1954, sendo que esta última
já com 36 anos.
Principais títulos por clubes: Campeonato Uruguaio (1944, 1945, 1949, 1951, 1953 e 1954)
pelo Peñarol.
Principais títulos pela Seleção Uruguaia: Copa América (1942) e Copa do Mundo (1950).
87
DARÍO PEREYRA
Zagueiro (1975-1992)
Alfonso Darío Pereyra Bueno (*Montevidéu, Uruguai, 20-10-
1956) consagrou-se após mudar de país e mudar de posição.
Começou sua carreira profissional no Nacional de Montevidéu,
em 1975, quando tinha 18 anos, como meia-esquerda, sendo
seu capitão desde os 19. Iniciou na Seleção Uruguaia também
com 18 anos. Tinha como pontos fortes o preparo físico, a
técnica apurada e uma garra incomum. Dois anos depois,
era anunciado como jogador do São Paulo Futebol Clube.
Suas primeiras atuações no Tricolor paulista foram como
meia-armador e volante. Não deram muito certo, além de ter
sofrido com várias contusões. Até que, em julho de 1980,
o técnico Carlos Alberto Silva resolveu improvisá-lo como
quarto-zagueiro. Pronto! A experiência deu certo e o São Paulo
conquistou o título do Campeonato Paulista. Formou uma
primorosa dupla de zaga com Oscar. Conquistou vários títulos
nos 11 anos que ficou no São Paulo. Depois, teve rápidas
passagens pelo Flamengo e pelo Palmeiras, encerrando a
carreira no Matsushita Electronic, do Japão, em 1992. Pela
Seleção Uruguaia, disputou 34 jogos e uma Copa do Mundo:
a de 1986, no México.
Principais títulos por clubes: Campeonato Uruguaio
(1976) pelo Nacional; Campeonato Brasileiro (1977
e 1986) e Campeonato Paulista (1980, 1981, 1985 e
1987) pelo São Paulo; Copa do Imperador (1990) pelo
Matsushita Electronic.
DIEGO
FORLÁN
Atacante (desde 1997)
Diego Forlán Corazo (*Montevidéu,
Uruguai, 19-05-1979) é filho de Pablo
Forlán, ex-jogador que também defendeu
a Seleção Uruguaia e foi ídolo no Peñarol,
no São Paulo e no Cruzeiro. Foi eleito o melhor
jogador da Copa do Mundo de 2010, na África do
Sul, em que o Uruguai ficou em quarto lugar. O gol
que fez contra a Alemanha, para a disputa do terceiro
lugar, foi escolhido o mais bonito do torneio. É o jogador
que mais vezes vestiu a camisa da Celeste (112) e, também,
o seu maior artilheiro (36 gols). Começou nas divisões de base
do Peñarol, Danubio e Independiente, para, em 1997, tornar-se
profissional no próprio Independiente, onde permaneceu até 2002. A
partir daí, passou por diversas equipes: Manchester United, Villarreal,
Atlético de Madrid, Internazionale de Milão, Internacional-RS, Cerezo
Osaka, chegando ao Peñarol em 2015, ficando até 2016. Disputou
três Copas do Mundo: 2002, 2010 e 2014.
Principais títulos por clubes: Premier League (2002/03), FA Cup
(2003/04) e FA Community Shield (2003) pelo Manchester United;
Copa Intertoto (2004) pelo Villarreal; Liga Europa da UEFA (2010)
e Supercopa Europeia (2010/11) pelo Atlético de Madrid; Taça Pi-
ratini (2013), Taça Farroupilha (2013) e Campeonato Gaúcho (2013)
pelo Internacional-RS; Torneio Apertura (2015) e Campeonato
Uruguaio (2015/16) pelo Peñarol.
Principal título pela Seleção Uruguaia: Copa América (2011).
88
ENZO FRANCESCOLI
Meia-atacante (1980-1997)
Enzo Francescoli Uriarte (*Montevidéu, Uruguai, 12-11-1961) era conhecido, por seu estilo clássico e
elegante, como “El Príncipe”. Foi o único uruguaio incluído por Pelé no FIFA 100, e foi escolhido pela IFFHS
o sexto maior jogador de seu país e o 24º da América do Sul no Século XX. Foi um gênio solitário já que,
na sua época, o futebol uruguaio passava por uma das piores fases de sua história. Começou a carreira
profissional no modesto Montevideo Wanderers, em 1980. Ficou até 1982, quando se transferiu para o
River Plate da Argentina. Suas belas apresentações chamaram a atenção dos clubes europeus e, em
1986, foi contratado pelo Racing Paris/Matra Racing. De 1989 a 1990, atuou no Olympique de Marseille.
Em 1990, desembarcou no futebol italiano, atuando três anos no Cagliari e um ano no Torino. Seu último
clube foi o River Plate, onde jogou de 1994 a 1997. Pela Seleção Uruguaia, jogou 73 partidas entre 1982
e 1997, marcando 17 gols. Disputou duas Copas do Mundo: 1986 e 1990. Foi o ídolo de um menino que,
anos mais tarde, se tornaria um craque: Zidane. Tanto, que o jogador francês colocou o nome de Enzo em
seu primogênito.
Principais títulos por clubes: Campeonato Argentino (1985/86), Torneio Apertura (1994, 1996 e 1997),
Torneio Clausura (1997), Taça Libertadores (1996) e Supercopa Libertadores (1997) pelo River Plate;
Campeonato Francês (1989/90) pelo Olympique Marseille.
Principais títulos pela Seleção Uruguaia: Copa América (1983, 1987 e 1995).
FERNANDO MORENA
Atacante (1968-1985)
Fernando Morena Belora (*Montevidéu, Uruguai, 02-02-1952) é o maior goleador da his-
tória do Campeonato Uruguaio, com 230 gols. É o segundo maior goleador da história
da Copa Libertadores, com 37 gols em 77 jogos, e o jogador uruguaio com mais
artilharias em edições da Copa Libertadores (1974, 1975 e 1982). Durante toda a
sua carreira, marcou 668 gols. É ídolo do Peñarol, clube pelo qual conquistou
seis campeonatos nacionais. Começou sua carreira profissional em 1968
no Racing. De 1969 a 1972, jogou no River Plate, chegando ao Peñarol
em 1973, onde ficou até 1979. A partir daí, passou por diversos times,
mas não com o mesmo brilho: Rayo Vallecano, Valencia, novamente
o Peñarol por dois anos, Flamengo-RJ, Boca Juniors, encerran-
do a carreira no Peñarol, em 1985. Pela Seleção do Uruguai,
atuou de 1971 a 1983, jogando 54 partidas e marcando 22
gols. Disputou apenas uma Copa do Mundo: a de 1974,
mas não passou da primeira fase.
Principais títulos por clubes: Campeonato
Uruguaio (1973, 1974, 1975, 1978, 1981 e
1982), Liguilla Pré-Libertadores da América
(1974, 1975, 1977 e 1978), Copa Liber-
tadores da América (1982) e Copa
Intercontinental (1982) pelo Peñarol;
Supercopa Europeia (1980) pelo
Valencia;.
Principal título pela
Seleção Uruguaia:
Copa América (1983).
89
JOSÉ ANDRADE
Meia-direita (1921-1934)
José Leandro Andrade (*Salto, Uruguai, 01-10-1901 - g Montevidéu, Uruguai, 05-10-1957) foi o
primeiro grande ídolo negro da história do futebol. Esteve na primeira Copa do Mundo, em 1930,
no Uruguai, e foi campeão. Conquistou, também, o bicampeonato olímpico, em 1924 e 1928. Teve
atuações tão impecáveis e perfeitas que recebeu do público francês que o viu jogar nas Olimpía-
das de 1924, em Paris, o apelido de “A Maravilha Negra”. Esbanjava vigor físico, elegância e tinha
grande precisão nos desarmes, com suas famosas “tesouras”. Começou no Bella Vista, em 1921,
ficando até 1925. Daí, foi para o Nacional, permanecendo até 1930. O próximo passo foi o Peña-
rol, onde ficou de 1931 a 1935. Viajou para a Argentina, onde atuou no Atlanta (1933), Argentinos
Juniors e Tallers (1934). Voltou ao Uruguai para encerrar a carreira no Montevideo Anderers, em
1935. Durante o bicampeonato olímpico, foi considerado por muitos como o melhor jogador do
mundo. Vestiu a camisa da Celeste Olímpica por 43 vezes. Após pendurar as chuteiras, entregou-
-se à boemia, ao alcoolismo, falecendo na miséria, solitário, num asilo, com apenas 56 anos.
Principais títulos por clubes: Divisão Extra (1921) e Divisão Intermedia (1922) pelo Bella Vista;
Campeonato Uruguaio (1932 e 1935) pelo Peñarol.
Principais títulos pela Seleção Uruguaia: Copa América (1923, 1924 e 1926), Olimpíada (1924 e
1928) e Copa do Mundo (1930).
GHIGGIA
Ponta-direita (1946-1968)
Alcides Edgardo Ghiggia (*Montevidéu, Uruguai, 22-12-1926 - g Las Piedras, Uruguai,
16-07-2015) é um dos maiores carrascos da história do futebol brasileiro. Foi dele o gol
que deu o título do Uruguai sobre o Brasil, em pleno Maracanã, na Copa do Mundo
de 1950, virando o jogo para 2 a 1. Poderia ter disputado também a Copa de
1954, mas a Roma não o liberou. Por suas raízes, poderia ter defendido a Itália
na Copa de 1958, mas o país não se classificou. Veloz, oportunista e talen-
toso, começou sua carreira em 1946, no pequeno Atlante, do Uruguai. Em
1947, foi jogar no Sud América e, no ano seguinte, transferiu-se para
o Peñarol, ficando até 1953. Nesse mesmo ano, viajou para a Itália,
para jogar na Roma, onde permaneceu até 1951. De 1961 a
1962 atuou no Milan, sendo que depois voltou ao Uruguai para
jogar no Danubio, onde encerrou a carreira em 1968, aos
42 anos. Jogou 12 partidas pela Seleção Uruguaia, de
1950 a 1952, fazendo 5 gols, e 5 partidas pela Seleção
Italiana, de 1957 a 1959, fazendo apenas um gol.
Faleceu devido a um infarto agudo do miocárdio,
em 16 de julho de 2015, exatamente 65 anos
após ter feito o histórico gol do Maracanã.
Principais títulos por clubes: Campe-
onato Uruguaio (1949, 1951 e 1953)
pelo Peñarol; Taça das Cidades
com Feiras, precursora da Copa
da UEFA (1961) pela Roma;
Campeonato Italiano
(1962) pelo Milan.
Principal título pela
Seleção Uru-
guaia: Copa
do Mundo
(1950).
90
LUIS SUÁREZ
Atacante (desde 2005)
Luis Alberto Suárez Diaz (*Salto, Uruguai, 24-01-1987) começou nas
divisões de base do Nacional em 2003, passando para o time profis-
sional em 2005, quando se tornou uma grande revelação do futebol
uruguaio, em razão de suas ótimas exibições. Tanto, que em 2006 já
estava no Groningen, da Holanda, onde permaneceu por uma tem-
porada. Em razão de seus gols e de sua técnica apurada, em 2007
foi negociado com o Ajax por 7,5 milhões de euros. A partir de 2009,
passou a ser o capitão da equipe. Em 2010, foi eleito o Futebolista
Holandês do Ano. Foi destaque na Copa do Mundo de 2010 e, em
2011, transferiu-se para o Liverpool, da Inglaterra, por 26,5 milhões
de euros. Rapidamente, tornou-se um dos principais jogadores do
time. Em 11 de julho de 2014, foi anunciado como novo jogador do
Barcelona, por 79,5 milhões de euros, onde tem conquistado muitos
títulos, formando um trio fantástico com Messi e Neymar. Até agora,
participou de duas Copas do Mundo: 2010 e 2014. Tem causado po-
lêmicas em razão de “dentadas” que dá nos adversários. Já é o maior
artilheiro da Seleção Uruguaia, com 45 gols até maio/2016.
Principais títulos por clubes (até junho/2016): Campeonato
Uruguaio (2005/06) pelo Nacional; Eredevisie (2010/11) e Copa da
Holanda (2009/10) pelo Ajax; Copa da Liga Inglesa (2011/12) pelo
Liverpool; Troféu Joan Gamper (2014 e 2015), La Liga (2014/15
e 2015/16), Copa do Rei (2014/15 e 2015/16), Champions League
(2014/15), Supercopa da UEFA (2015), Supercopa da Espanha (2016)
e Mundial de Clubes (2015).
Principal título pela Seleção Uruguaia: Copa América (2011).
MAZURKIEWICZ
Goleiro (1961-1981)
Ladislao Mazurkiewicz Iglesias (*Pinápolis,
Uruguai, 14-02-1945 - g Montevidéu, Uruguai, 02-
01-2013) é considerado um dos maiores goleiros da
história e o maior da Seleção Uruguaia. Durante a Copa
do Mundo de 1970, era considerado o melhor goleiro do
mundo. Começou nas categorias de base do Racing, em 1958,
chegando ao time profissional em 1961. Em 1965, foi jogar no
Peñarol, onde viveu a melhor fase de sua carreira, conquistando títu-
los importantes. Ficou até 1971 e, depois, teve passagens rápidas por
diversos clubes: Atlético Mineiro, Granada, novamente o Peñarol, América
de Cali, de novo o Peñarol, Cobreloa, Peñarol, América de Cali, retornando
ao Peñarol em 1981 para encerrar a carreira. Pela Seleção Uruguaia, jogou
36 partidas, entre 1965 e 1974. Disputou três Copas do Mundo: 1966, 1970
e 1974. Na de 1970, foi protagonista de dois momentos inesquecíveis com
Pelé. No primeiro, sofreu um drible de corpo sensacional, porém o Rei aca-
bou chutando para fora; no segundo, bateu mal um tiro de meta, Pelé reba-
teu de primeira, mas ele se recuperou a tempo e fez boa defesa. Não fazia
firulas, nem tentava impressionar com saltos espetaculares: suas qualidades
eram saídas perfeitas do gol e reflexos impressionantes.
Principais títulos por clubes: Campeonato Uruguaio (1965, 1967, 1968 e
1981), Copa Libertadores da América (1966), Copa Europeia/Sul-Americana
(1966) e Recopa dos Campeonatos Intercontinentais (1969) pelo Peñarol.
Principal título pela Seleção Uruguaia: Campeonato Sul-Americano (1967).
91
PEDRO ROCHA
Meia-atacante (1959-1980)
Muito conhecido dos brasileiros, Pedro Virgílio Rocha
Franchetti (*Salto, Uruguai, 03-12-1942 - g São Paulo, Brasil,
02-12-2013) começou sua carreira profissional no Peñarol, em
1959, onde viveu momentos maravilhosos e conquistou títulos
muito importantes: oito campeonatos uruguaios, três Copas
Libertadores e dois Mundiais Interclubes, entre outros. Foi o
principal jogador da fase mais gloriosa do clube. Em 1970,
veio para o São Paulo, onde mostrou toda sua habilidade,
classe, técnica e elegância, passando a ser conhecido como
“El Verdugo” ("O Carrasco"). A partir de 1978, teve passagens
rápidas por diversos clubes: Coritiba, Palmeiras, Bangu,
Deportivo Neza, Monterrey e, finalmente, Al-Nassr, onde
encerrou a carreira em 1981. Depois, foi treinador de muitos
clubes. É o único jogador uruguaio que disputou quatro Copas
do Mundo: 1962, 1966, 1970 e 1974. Pela Seleção Uruguaia,
jogou 57 partidas, entre 1961 e 1974, marcando 17 gols.
Darío Pereyra, outro grande jogador uruguaio, o descreve
assim: “Foi o maior jogador uruguaio que vi jogar.”
Principais títulos por clubes: Campeonato Uruguaio
(1959, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967 e 1968), Copa
Libertadores da América (1960, 1961 e 1966), Copa Europeia/
Sul-Americana (1961 e 1966) e Recopa dos Campeões
Intercontinentais (1968 e 1969) pelo Peñarol; Campeonato
Paulista (1971 e 1975) e Campeonato Brasileiro (1977) pelo
São Paulo; Campeonato Paranaense (1978) pelo Paraná.
RODOLFO
RODRÍGUEZ
Goleiro (1976-1994)
Rodolfo Sergio Rodríguez y
Rodríguez (*Montevidéu, Uruguai,
20-01-1956) é outro grande jogador
uruguaio muito conhecido dos brasileiros.
Começou nas divisões de base do Cerro, em
1971, passando para o time profissional em 1976.
Nesse mesmo ano, transferiu-se para o Nacional,
vivendo bons momentos: conquistou três Campeonatos
Uruguaios, uma Copa Libertadores e uma Copa Intercon-
tinental. Em 1984, foi para o Santos, onde fez incríveis defe-
sas. A mais lembrada, ocorreu em 14 de julho de 1984, contra
o América de Rio Preto, na Vila Belmiro: uma sequência de cinco
defesas simplesmente inacreditáveis. Ficou no Santos até 1988.
Depois, teve passagens rápidas por Sporting, Portuguesa, chegando
ao Bahia em 1992 e encerrando a carreira em 1994. Pela Seleção
Uruguaia, jogou de 1976 a 1986, atuando em 78 partidas. Nunca
participou de uma Copa do Mundo, pois se contundiu às vésperas
da Copa de 1986.
Principais títulos por clubes: Campeonato Uruguaio (1977, 1980
e 1983), Copa Libertadores da América (1980) e Copa Interconti-
nental (1980) pelo Nacional; Campeonato Paulista (1984), Copa
Kirin do Japão (1985) e Torneio Cidade de Marseille (1987) pelo
Santos; Campeonato Baiano (1993 e 1994) pelo Bahia.
Principais títulos pela Seleção Uruguaia: Mundialito (1981) e
Copa América (1983).
92
RUBÉN SOSA
Atacante (1982-2006)
Rubéns Sosa Ardaiz (*Montevidéu, Uruguai, 25-04-1966) foi uma espécie de andarilho do futebol, atu-
ando em diversos clubes da Europa, do Uruguai, chegando a jogar até na China. Técnico, de chutes
potentes e passes precisos, é considerado um dos melhores jogadores uruguaios de todos os tempos.
Começou sua carreira profissional no Danubio, em 1982, ficando até 1985, quando foi jogar no Real
Zaragoza, da Espanha, permanecendo até 1988. A partir daí, desfilou seu futebol pelo mundo: Lazio,
Internazionale, Borussia Dortmund, Logroñés, Nacional do Uruguai (quando viveu sua melhor fase),
Shangai Shenhua, novamente Nacional, encerrando sua carreira no Racing Montevideo, em 2006.
Pela Seleção Uruguaia, atuou de 1984 a 1995, jogando 46 partidas e marcando 19 gols. Disputou a
Copa do Mundo de 1990, na Itália.
Principais títulos por clubes: Copa da Espanha (1986) pelo Real Zaragoza; Copa da UEFA (1994)
pela Internazionale; Campeonato Alemão (1996) pelo Borussia Dortmund; Campeonato Uruguaio
(1998, 2000, 2001 e 2002) pelo Nacional.
Principais títulos pela Seleção Uruguaia: Copa América (1987 e 1995).
SCHIAFFINO
Atacante (1943-1962)
Juan Alberto Schiaffino (*Montevidéu, Uruguai, 28-07-1925 - g Montevidéu, Uruguai,
13/11/2002) é considerado por muitos como o maior jogador uruguaio de todos os
tempos. Virou um verdadeiro “Deus do Futebol” para uruguaios e italianos, tor-
cedores do Peñarol e do Milan, nos anos 40 e 50. Alto (1,93 m) e esguio, con-
quistou diversos títulos com seus toques rápidos, total domínio de bola e
uma grande visão de jogo. Começou sua carreira no Peñarol, em 1943,
ficando até 1954. Depois, rumou para a Itália, onde jogou no Milan
(de 1954 a 1960) e na Roma (de 1960 a 1962), onde encerrou a
carreira. Jogou 21 partidas pela Seleção Uruguaia (de 1946 a
1954) e quatro pela Seleção Italiana (de 1954 a 1958). Na
Copa de 1950, foi ele o autor do primeiro gol uruguaio da
final contra o Brasil, comandando a trágica virada sobre
os brasileiros, em pleno Maracanã. Participou tam-
bém da Copa de 1954, com o Uruguai caindo nas
semifinais, num jogo histórico contra a Hungria.
Principais títulos por clubes: Campeonato
Uruguaio (1949, 1951, 1953 e 1954) pelo
Peñarol; Campeonato Italiano (1955,
1957 e 1959) e Copa Latina (1956)
pelo Milan; Taça das Cidades
com Feiras (1961) pela Roma.
Principal título pela
Seleção Uruguaia:
Copa do Mundo
(1950).
93
GRANDES
TÉCNICOS
Alex Ferguson
Alexander Chapman Ferguson
(*Glasgow, Escócia, 31/12/1941)
É o treinador mais vitorioso do futebol inglês
e considerado um dos maiores técnicos de to-
dos os tempos. Em 39 anos de carreira, conquis-
tou 49 títulos. Nos 26 anos que dirigiu o Manchester
United, ganhou 38 títulos. Como jogador, atuava como
atacante, e começou sua carreira em 1957, no Queen’s
Park. Depois, continuou jogando só em times escoceses: St.
Johnstone, Dumfermline Athletic, Rangers, Falkirk, encer-
rando a carreira no Ayr United, em 1974. Nesse mesmo ano,
começou sua brilhante carreira de técnico, dirigindo o East
Stirlingshire. Logo após, o St. Mirrem, de 1974 a 1978. Na se-
quência, o Aberdeen, de 1978 a 1985. Por ser rígido na dis-
ciplina, os jogadores o apelidaram de Furious Fergie (Fergie
Furioso). Em 10 de setembro de 1985, o técnico da Seleção
Escocesa, Jock Stein, faleceu após ter sofrido infarto durante
jogo contra o País de Gales. Ferguson assumiu seu posto.
Finalmente, em novembro de 1986 assumiu o comando do
Manchester United, cargo que o consagrou definitivamente.
Em 1999, foi agraciado pela Rainha da Inglaterra com o título
de “Sir”. Aposentou-se em 2013.
Arsène
Wenger
Arsène Wenger
(*Strasbourg, França,
22/10/1949)
É o treinador do Arsenal desde 1996,
isto é, há 20 anos. Como jogador, não
foi um grande craque, atuando, de 1973 a
1981, em times medianos do futebol francês:
FC Mulhouse, ASPV Strasbourg e RC Strasbourg.
Foi como técnico que Wenger decolou no futebol.
Iniciou em 1984 no Nancy, ficando até 1987. Depois,
foi dirigir o Monaco, time de grande expressão na
França, permanecendo até 1994. Conquistou seu
primeiro título como treinador, o Campeonato Fran-
cês, e a Copa da França. Em 1995, voou até o Japão
para dirigir o Nagoya Grampus Eight por um ano. E
ganhou a Copa do Imperador e a Supercopa Japo-
nesa. Enfim, em 1996 chegou ao Arsenal para se
consagrar. Devolveu a glória e o prestígio ao lendário
Arsenal. Ganhou três vezes o Campeonato Inglês,
entre eles o histórico título invicto de 2003/04; seis
Copas da Inglaterra; e seis Supercopas da Inglaterra.
Não gosta de trabalhar com “estrelas”: prefere contra-
tar jogadores jovens para moldá-los ao longo de suas
carreiras. Entre muitos prêmios, ganhou, em 2011, o
de Treinador da Década pela IFFHS.
94
Fabio Capello
Fabio Capello (*San Canzion
d’Isonzo, Itália, 18/06/1946)
Como jogador, era volante, atuando em
apenas quatro equipes, de 1964 a 1980:
Spal (Società Polisportiva Ars e Labor), Roma,
Juventus e Milan. Pela Juventus, conquistou três
Campeonatos Italianos. Como treinador, só dirigiu
grandes equipes. Iniciou no Milan, em 1991, ficou até
1996 e já conquistou muitos títulos: quatro Campeonatos
Italianos, três Supercopas da Itália, uma Supercopa Euro-
peia e a Champions League de 1993/94. Esteve na final do
Mundial de Clubes de 1993, mas perdeu o título para o São Paulo
de Telê Santana. De 1996 a 1997, treinou o Real Madrid e conquis-
tou o Campeonato Espanhol de 1996/97. Voltou para o Milan, ficou uma
temporada e não consquistou títulos. Em 1999, foi comandar a Roma e
lá ficou até 2004. Ganhou o Campeonato Italiano 2000/01 e a Supercopa da
Itália 2000/01. De 2006 a 2007, voltou a dirigir o Real Madrid e novamente con-
quistou o Campeonato Espanhol. Em 2007, foi anunciado como o novo técnico da
Seleção Inglesa. Pediu demissão em 2012. Em 2013, assinou contrato com a Seleção
Russa, sendo demitido em 14 de julho de 2015.
Guus Hiddink José Mourinho
Guus Hiddink (*Varsseveld, Holanda, 08/11/1946) José Mário dos Santos Mourinho Félix (*Setúbal,
Portugal, 26/01/1963)
Como jogador, atuava como meia, e começou sua carrei-
ra profissional no De Graafschap, em 1967. Passou por O premiadíssimo treinador português era meia quando
alguns clubes e encerrou a carreira no próprio De Gra- jogador e só atuou em times de seu país: começou no Rio
afschap, em 1982. Sua carreira de técnico começou em Ave, em 1980, passou pelo Vitória de Guimarães, GD Se-
1987, no PSV. E logo conquistou o título da Champions simbra, encerrando a carreira no Comércio e Indústria, em
League, em 1987/88. Em sua primeira passagem pelo 1987. Na década de 90, atuou como preparador físico e
PSV, conquistou ainda três títulos da Eridivisie e três da adjunto no Estrela da Amadora e no Vitória de Setúbal. Em
Copa dos Países Baixos. Ficou até 1990 e teve uma pas- meados da década, trabalhou com o técnico inglês Bobby
sagem rápida pelo Fenerbahçe, da Turquia, chegando Robson no Sporting. Depois, na mesma função de adjunto,
ao Valencia, da Espanha, em 1991. Em 1994, assumiu passou pelo Porto e pelo Barcelona. Enfim, em 2000, no
um grande desafio: comandar a Seleção Holandesa. Na Benfica, começou sua vitoriosa carreira de técnico. Ficou
Copa de 1998, foi eliminado nas semifinais pelo Brasil, pouco tempo, vai para o União de Leiria e, em 2000, chega
na França. Logo depois, teve uma passagem rápida pelo ao Porto, onde começou a ganhar muitos títulos, inclusive
Real Madrid. Na sequência, mais uma passagem rápida: a sua primeira Champions League. Ficou até 2004. Depois,
ficou três meses no Real Betis. Em 2000, outro desafio: passou pelo Chelsea (tornando-se um dos treinadores
assumiu a Seleção da Coreia do Sul. Na Copa, chegou mais bem pagos do mundo), Internazionale (onde ganha
até as semifinais, perdendo para a Alemanha. A partir outra Champions League), Real Madrid, volta ao Chelsea
daí, assumiu novamente o PSV, comandou a Seleção e, em 26 de maio de 2016, é contratado pelo Manchester
da Austrália, a Seleção Russa, o Chelsea, a Seleção da United para três temporadas. Entre muitos prêmios indivi-
Turquia, o Anzhi, a Seleção da Holanda, voltando nova- duais, foi considerado o Melhor Treinador do Mundo pela
mente ao Chelsea em 2015. IFFHS em 2004, 2005, 2010 e 2012.
95
Josep Guardiola
Josep Guardiola i Sala
(*Santpedor, Espanha, 18/01/1971)
Quando jogador, Pep Guardiola atuava
como volante e começou nas divisões de
base do Barcelona em 1983, aos 12 anos.
Tornou-se profissional em 1990, ficando no
Barcelona até 2001. Entre muitos títulos, conquistou
seis vezes o Campeonato Espanhol e uma vez a Liga
dos Campeões. A partir daí, jogou sem muito sucesso no
Brescia, Roma, Brescia novamente, Al-Ahli, encerrando a
carreira no Dorados de Sinaloa, do México, em 2006. No ano
seguinte, começou sua vitoriosa carreira de técnico no time B
do Barcelona. Em 2008, já estava no time principal. E, até 2012,
simplesmente conquistou dois Mundiais de Clubes, duas Ligas dos
Campeões, duas Supercopas da UEFA, três Campeonatos Espanhóis,
duas Copas del Rey e três Supercopas da Espanha. No início de 2013,
transferiu-se para o Bayern de Munique e, em três anos, ganhou títulos muito
importantes: um Mundial de Clubes, uma Supercopa da UEFA, três Campeonatos
Alemães e duas Copas da Alemanha. Em 1º fevereiro de 2016, foi anunciado como
novo técnico do Manchester City, para três temporadas, a partir de 1º de julho de 2016.
SHUTTER Otto Glória
Marcello Lippi Otaviano Martins Glória (*Rio de Janeiro, Brasil,
09/01/1917 - g Rio de Janeiro, Brasil, 04/09/1986)
Marcello Lippi (*Viareggio, Itália, 11/04/1948)
Antes de chegar ao futebol, Otto Glória era ligado ao
Seu auge como técnico foi a conquista da Copa do basquete. Começou sua carreira de técnico no Botafogo
Mundo de 2006, pela Itália, na Alemanha. Como carioca, em 1948, como assistente de Zezé Moreira, con-
jogador, atuava como zagueiro, mas não brilhou tanto. quistando o título carioca. Em 1951 foi para o Vasco e, no
Jogou em apenas três equipes: Sampdoria, Savona e ano seguinte, para o América-RJ. Em 1954, embarcou para
Pistoiese, de 1969 a 1982. Como treinador, já começou Portugal, ficou até 1961 e dirigiu três times: Benfica, Bele-
em 1982, dirigindo o time B do Sampdoria, ficando nenses e Sporting, conquistando quatro Taças de Portugal.
até 1985. Depois, comandou diversos times: Ponte- Depois, comandou o Olympique, Vasco e Porto. Em 1966,
dera, Siena, Pistoiese, Carrarese, Cesena, Lucchese, foi o técnico da Seleção de Portugal na Copa do Mundo
Atalanta, Napoli, Juventus, Internazionale, novamente da Inglaterra. Foi o primeiro treinador brasileiro a enfrentar
a Juventus, Seleção da Itália, encerrando a carreira na o Brasil numa Copa. E conseguiu eliminar o Brasil, com
China, treinando o Guangzhou Evergrande, de 2012 a a Seleção Portuguesa ficando em terceiro lugar. Depois,
2014. Porém, onde alcançou inúmeras conquistas im- dirigiu várias equipes: Atlético de Madrid, Benfica, Grêmio,
portantes foi em sua primeira passagem pela Juventus, Portuguesa, Santos, Comercial, Monterrey, Vasco, Seleção
como a Liga dos Campeões de 1995/96. Foi justamente da Nigéria, Seleção de Portugal, encerrando a carreira no
pelo seu excelente trabalho na Vecchia Signora é que Vasco em 1983. Dirigia a Portuguesa em 1973, quando divi-
ele foi indicado para dirigir a Seleção Italiana, em 2004. diu o título paulista na decisão contra o Santos porque o juiz
Na Copa do Mundo de 2006, viveu um drama: vários Armando Marques se confundiu na contagem dos pênaltis.
de seus jogadores convocados atuavam em clubes
que foram denunciados pela compra e manipulação de
resultados na Loteria Esportiva. No entanto, Lippi soube
mexer com os brios dos atletas e conquistou a Copa.
96
Rinus Michels
Marinus Jacobus Hendricus Michels (*Amsterdã,
Holanda, 09/02/1928 - g Aalst, Bélgica, 03/03/2005)
Foi a grande sensação da Copa do Mundo de 1974,
na Alemanha, quando dirigiu a Seleção da Holanda e
projetou para o planeta o seu “Futebol Total”, também
chamado de “Carrossel Holandês” ou “Laranja Mecânica”
(que era um filme de sucesso na época, escrito, dirigido
e produzido por Stanley Kubrick). Era um esquema tático
que girava em campo com leveza e eficiência. Nesse
esquema diferenciado, os jogadores não tinham posi-
ção fixa e ficavam rodando em campo para confundir o
adversário. Na Copa, a Holanda eliminou o Brasil e foi
vice-campeã, perdendo para a Alemanha na final. Quan-
do jogador, Rinus Michels atuava como atacante e só
defendeu um time: o Ajax, de 1946 a 1958. Começou sua
carreira de treinador no próprio Ajax, em 1965, ficando
até 1971 e conquistando, entre outros títulos, quatro
vezes o campeonato nacional. Depois, passou
pelo Barcelona, Seleção da Holanda, Ajax, Bar-
celona, Los Angeles, FC Köln, Seleção da
Holanda, Bayer Leverkusen, encerrando a
carreira com a Seleção da Holanda no-
vamente, em 1992. Em 1999, a Fifa
o elegeu “Treinador do Século”.
Telê Santana
Telê Santana da Silva (*Itabirito, Minas Gerais,
26/07/1931 - g Belo Horizonte, Minas Gerais,
21/04/2006)
Como jogador, foi um excelente ponta-direita e come-
çou sua carreira profissional em 1951 no Fluminense,
onde ficou até 1960. Depois, passou por Guarani, Ma-
dureira, encerrando a carreira no Vasco da Gama, em
1963. Ganhou o apelido de “Fio de Esperança“. Como
técnico, iniciou também no Fluminense, em 1964, nas
categorias juvenis, sendo promovido, em 1969, para o
time principal. Passou por Atlético Mineiro, Botafogo,
Grêmio e Palmeiras. Foi quando, em 1980, chegou à
Seleção Brasileira e mostrou, na Copa do Mundo de
1982, um futebol que encantou o mundo, mas que,
infelizmente, não foi campeão, fato que se repetiu em
1986. Trabalhou em outras equipes até que, em 1990,
chegou ao São Paulo. Foi aí que se tornou “Mestre
Telê“ e a sua fama de “pé-frio“ caiu por terra. Conquis-
tou dois Mundiais de Clubes, duas Copas Liberta-
dores, uma Supercopa Libertadores, duas Recopas
Sul-Americanas, um Campeonato Brasileiro e dois
Campeonatos Paulistas. Ficou no Tricolor até janeiro
de 1996, quando sofreu uma isquemia cerebral. É
considerado por muitos o melhor técnico brasileiro de
todos os tempos.
97
Van Gaal
Aloysius Paulus Maria van Gaal
(*Amsterdã, Holanda, 08/08/1951)
Como jogador, atuava como meia e jogou,
sem muita projeção, entre 1972 e 1987, no
Ajax, Royal Antwerp, Telstar, Sparta Roterdã
e AZ Alkmaar. Começou sua carreira de
treinador em 1991, no Ajax, ficando até 1997
e já conquistando diversos títulos importantes:
uma Copa da UEFA, uma Copa dos Países
Baixos, uma Supercopa dos Países Baixos,
três vezes o Campeonato Holandês, uma Liga
dos Campeões, uma Supercopa Europeia e
um Mundial de Clubes. Depois, passou por
Barcelona, Seleção da Holanda, Barcelona,
AZ Alkmaar, Bayern de Munique, Seleção da
Holanda e, finalmente, em 2014, o Manchester
United, onde assinou um contrato por três
temporadas, mas foi dispensado em 23 de
maio de 2016, após a conquista da FA Cup
2015/16. Na Copa do Mundo de 2014, realizada
no Brasil, dirigiu a Seleção da Holanda e
conquistou o terceiro lugar, derrotando o Brasil.
Por seu espírito temperamental, ganhou o título
de carrancudo dentro da imprensa europeia.
Conquistou o Prêmio Rinus Michels, como
treinador profissional do ano na Holanda, em
2007 e 2009.
Zagallo
Mário Jorge Lobo
Zagallo (*Maceió,
Alagoas, 09/08/1931)
Vitorioso tanto como jogador
quanto como técnico. Como joga-
dor, atuava como um ponta-esquerda
recuado e ganhou o apelido de “formi-
guinha“. Começou no América carioca,
em 1948. Depois, atuou no Flamengo e no
Botafogo, encerrando a carreira em 1965. Pela
Seleção Brasileira, jogou as Copas do Mundo de
1958 e 1962, sendo campeão nas duas. Logo após
ter pendurado as chuteiras, iniciou a carreira de técnico,
dirigindo os juvenis do Botafogo. Ao longo da carreira,
no que se refere a clubes, comandou quatro vezes o
Botafogo, três vezes o Flamengo, duas vezes o Vasco da
Gama, além de Fluminense, Al Hilal, Bangu e Portuguesa.
Dirigiu, também, a Seleção do Kwait, a Seleção Saudita
e a Seleção dos Emirados Árabes. Em 1970, substituiu
João Saldanha no comando da Seleção Brasileira e foi
campeão. Na Copa de 1974, foi novamente técnico e
ficou em quarto lugar. Voltou como Supervisor na Copa de
1994 e, de novo, foi campeão. Foi o técnico na Copa de
1998, na França, tornando-se vice-campeão. Na Copa de
2006, foi Coordenador e terminou em quinto lugar. Enfim,
um técnico de renome mundial.
98
Mais que heróis, eles são lendas
Alguns jogadores de futebol nasceram para ser craques.
Alguns poucos no meio desses craques se transformaram em ídolos
e heróis. E uma parcela ainda menor chegou ao patamar da lenda.
São nomes que serão lembrados pelo resto de nossas vidas e de
muitas outras vidas que ainda estão por vir.
Nomes como Pelé, Maradona, Messi, Neymar, Beckenbauer,
Garrincha, Puskás, Gento, Masopust, Cristiano Ronaldo, Ronaldo
Fenômeno, Kaká, Zinédine Zidane, Cruyff... e muitos outros,
você encontrará nesta publicação.
Saiba tudo sobre eles e entenda por que
esses craques viraram lenda.
www.revistaonline.com.br