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Published by Mahmoud Lubbad, 2017-07-20 18:58:40

Portfolio e projeto da escola

Portfolio e projeto da escola

Escolinha Pimpolho

Brincar é, sem dúvida, uma forma de aprender, mas é muito mais que isso.
Brincar é experimentar-se, relacionar-se, imaginar-se, expressar-se,
compreender-se, confrontar-se, negociar, transformar-se, ser.

Na escola, a despeito dos objetivos do professor e de seu controle, a brincadeira não envolve
apenas a criatividade cognitiva da criança. Envolve a criança toda. A prática social, atividade
simbólica, forma de interação com o outro. Acontece no âmago das disputas sociais, implica a
constituição do sentido. É criação, desejo, emoção, ação voluntária.

(Fontana & Cruz, 1997, P. 139)

APRESENTAÇÃO

O desafio que permanece é o de delimitar o que é específico da educação
infantil. Como traduzir intenções, realizar e promover interações de modo
sistematizado em um projeto educacional e pedagógico para educação
infantil? Como fazer isso de modo simples e, ao mesmo tempo
claro?

(Machado, 2004)

A Proposta Pedagógica da CRECHE E PRÉ-ESCOLA “Escolinha
Pimpolho”, situada no de Fortaleza Fortaleza/CE, é um instrumento
teórico metodológico que procura expressar os resultados das
reflexões, estudos, participação e conclusão coletiva de uma equipe
comprometida com os resultados educacionais e que, ao buscar a identidade para a Educação Infantil a
particulariza perante as demais.

Desta forma, torna-se necessário ter clareza sobre a força e os limites desta proposta. A sua corporeidade
acontece na interação entre professores, crianças, equipe gestora, pais, funcionários da instituição e
comunidade, pois são sujeitos que dão vida à escola. Na sua essência compromete indivíduos com uma ideia,
com uma prática libertadora, transformadora. A forma de firmar este compromisso implica planejamento
participativo, dando lugar e sentido a uma ação conduzida pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil.

Dessa forma, a função da Proposta é delinear o horizonte da caminhada, estabelecendo a referência geral,
expressando o desejo e compromisso do grupo de elaboração em fazer acontecer de fato “o direito de
todos a uma educação de qualidade”.

Partindo dessa premissa a Proposta Pedagógica como um todo, deve ser compreendida numa perspectiva
dinâmica, em constante reformulação, ainda que algumas partes sejam de “durabilidade” maior, como por
exemplo, o referencial conceitual. Por isso passa a ser vista como um acordo coletivo envolvendo os
diferentes segmentos da comunidade escolar, explicitando, a curto, médio e longo prazo, as razões e
propósitos de seu compromisso na formação das crianças da Educação Infantil.

A base teórica que sustenta a Proposta ora apresentada está sintetizada nos ideais das escolas de filosofia,
sócio interacionista construtivista, que se caracterizam por visarem o desenvolvimento das potencialidades
criativas e transformadoras do ser humano, na diversidade e nos propósitos das escolas inclusivas, que se
caracterizam por não segregarem e/ou discriminarem as crianças sob
qualquer pretexto, por estarem constantemente se aprimorando para
atender as necessidades educativas de todos os aprendizes. Assim sendo,
enquanto uma escola INOVADORA precisa refletir como educar, cuidar e
brincar, na Educação Infantil, pode auxiliar no desenvolvimento das
capacidades de apropriação e conhecimento da criança em relação a si e ao
mundo, num movimento contínuo de aprender a conhecer, aprender a
fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

Assim, essa Proposta pretende atuar e orientar os funcionários e
comunidade da CRECHE E PRÉ-ESCOLA “Escolinha Pimpolho”, quanto aos

procedimentos essenciais na sua ação educativa. A intenção é que este trabalho represente uma consistente e
significativa contribuição a todos os envolvidos na Educação Infantil.

INTRODUÇÃO

Delinear uma Proposta Pedagógica para a Educação Infantil significa pôr
Creches e Escolas diante de atraentes tarefas e sérios desafios. O modo como
estas instituições historicamente se organizaram reflete o posicionamento que
assumiram acerca de sua função social em face de uma dada representação de
criança e de um entendimento de seu processo de desenvolvimento entre
outros fatores.

(Moraes, 2011, p. 181)

A Proposta Pedagógica baseia-se na política educacional vigente, preconizada pelo Ministério da Educação
e na contribuição de pensadores influentes tais como Piaget, Vygotsky e Wallon, que consonantemente
consideram o desenvolvimento humano como resultante de uma dupla história, que envolve as condições
do sujeito e as sucessivas situações com as quais ele se envolve e às quais responde num sistema específico
de trocas com o meio.

Ao elaborar este documento, a instituição busca destacar a sua função principal que é cuidar e educar,
consolidando, desta forma, o seu papel social e viabilizar o sucesso educacional das crianças assistidas
preservando o bem-estar físico e mental; estimulando seus aspectos, cognitivo, emocional e social.

Na escola infantil, para realizarmos um trabalho onde a educação e o
cuidado estejam presentes, devemos definir esta proposta pedagógica dentro
de princípios éticos, políticos e estéticos.

Éticos➢ – Autonomia, responsabilidade, solidariedade e respeito

ao bem comum;

➢ Políticos – Direitos e deveres do cidadão, exercício da

criticidade e respeito a ordem democrática;

Estéticos➢ – Sensibilidade, criatividade, ludicidade e diversidade de manifestações artísticas e

culturais.

Decidimos por uma fundamentação pedagógica que permita acompanhar o educando em seu
desenvolvimento considerando suas particularidades e ao mesmo tempo oferecendo suporte afetivo e
educativo.

Esta Proposta é flexível e será permanentemente revisada, atualizada e concretizada nos projetos
educacionais, planejados periodicamente. Nela, estão contidas as tendências pedagógicas contemporâneas
utilizadas na educação infantil, bem como, o sistema de estimulação, acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento das crianças. As metas aqui propostas efetivar-se-ão em parceria com toda a comunidade
escolar e com o real comprometimento de todos os profissionais que a elaboraram. Fundamenta-se na
construção de um conhecimento que não é pronto e acabado, mas que está em permanente avaliação e
reformulação, de acordo com os avanços dos principais paradigmas educacionais da atualidade ou outras
alterações que se fizerem necessárias.

Não deseja ser, portanto um manual de ação pedagógica, mas um caminho aberto para ser enriquecido pela
dinâmica da prática, tanto nos aspectos estruturais, como nos conteúdos e metodologias educacionais praticados.

Pretendemos que esta proposta seja impulsora e condutora do bom
desempenho do corpo técnico e administrativo no alcance das metas e objetivos
que a escola se propõe a concretizar durante a sua trajetória.

A concretização de boas Propostas Pedagógicas em CRECHE E PRÉ-ESCOLA
inicia-se pela consideração de que os professores de Educação Infantil se
apropriam de modelos pedagógicos e de representações sociais aprendidos em
programas de formação profissional ou vividos em suas experiências
profissionais como elementos canalizadores das ações educativas.

III - POLÍTICA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

A Educação Infantil é primeira etapa da Educação Básica, ofertada por meio do
atendimento em creches, de 0 a 3 anos e 11 meses, Escolas de 4 a 5 anos e 11
meses, instituídos em estabelecimentos educacionais públicos ou privados que
educam e cuidam de crianças no período diurno, em jornada integral ou parcial,
regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e
submetidos a controle social.
Da mesma forma, aprendizagem são construções pessoais em interações com “Outros” num vínculo
genuíno de troca, respeito mútuo e autoria. Espaço onde se cria um canal mágico do estar com, em
conversações internas e externas (informações) e intervenções que podem possibilitar a mudança,
ressignificações e construções em cada um e em seus diferentes lugares.
As políticas de educação infantil devem garantir os direitos do aprender, do cuidar e brincar, dimensões
indissociáveis nas práticas educativas com crianças, bem como se constituir em política de Estado.

IV - MARCO LEGAL DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Os fundamentos teóricos e princípios adotados para a construção da Proposta Pedagógica da CRECHE E PRÉ-
ESCOLA “Escolinha Pimpolho” respaldam-se na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96),
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), Estatuto da Criança e Adolescentes (ECA).
Neste sentido, refletindo acerca do contexto histórico da Educação Infantil no Brasil, e da Educação em uma
perspectiva ampla, identificamos que a partir da década de 1980, com o avanço da democratização no país,
observam-se mudanças impulsionadas por mobilização popular, entre elas a luta pelo direito à educação, este que foi
reafirmado com a Constituição Federal de 1988, que também define o atendimento em creches e Escolas para

crianças de zero a seis anos de idade como dever do Estado, organizado em sistemas de ensino nas diferentes esferas
administrativas, garantindo o acesso e a permanência na escola pública, gratuita e de qualidade.
A LDB nº 9.394 de 1996, em seu Artigo. 29 define a Educação Infantil como a
primeira etapa da Educação Básica, com a finalidade do desenvolvimento integral
da criança de zero a cinco anos de idade em seus aspectos físico, afetivo,
intelectual, linguístico e social, complementando a ação da família e da
comunidade. Ainda, em seu art. 8º, parágrafo 1º, dispõe “Caberá à União a
coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e
sistemas e exercendo funções normativas, redistributiva e supletiva em relação às
demais instâncias educacionais”.

V - REGULAMENTAÇÕES DA EDUCAÇÃO INFANTIL DEFINIDAS PELO CONSELHO ESTADUAL OU DE
FORTALEZA DE EDUCAÇÃO
A criança de 6 anos de idade passa a integrar o ensino fundamental de 8 anos de duração, por meio da Lei
nº 11.114, de maio de 2005, com garantia de ensino gratuito e obrigatório. No ano seguinte, o ensino
fundamental é ampliado para 9 anos de funcionamento (Lei 11.274/2006).
Após um extenso trabalho de reivindicação dos movimentos em defesa da Educação Infantil, em junho de 2007 foi
criada a Lei 11.494, que passa a incluir as instituições públicas conveniadas com o setor público no Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
O Ministério da Educação lançou em abril de 2007, Decreto 6.094, o Plano de
Desenvolvimento da Educação – PDE com a prioridade de desenvolver uma

educação básica de qualidade da creche à pós-graduação, numa visão sistêmica, que
integra os diversos níveis do processo educacional. Em seu âmbito, cria-se o
Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, em que inaugura um novo
regime de colaboração, conciliando a atuação dos entes federados sem lhes ferir a
autonomia, envolvendo primordialmente a decisão política, a ação técnica e
atendimento da demanda educacional, visando à melhoria dos indicadores
educacionais da educação básica.

Ainda no PDE cria-se o Programa Nacional de Aparelhagem da Rede Escolar Pública de
Educação Infantil (Proinfância) para construção e compra de equipamento de creches e escolas
de educação infantil. Para tal, em 2007 e 2008 foram conveniadas 1022; em 2009, mais 700
instituições; em 2010, mais 500 instituições; em 2011 mais 1.500 instituições; com previsão de
6.000 instituições de educação infantil ao todo até o ano de 2014.

Nos últimos anos, ainda, no âmbito das políticas para a educação infantil, o MEC realizou a inclusão de acervo
da educação infantil (60 títulos) no Programa Nacional de Biblioteca da Escola (PNBE); criou programas
suplementares de material para a educação infantil; fortaleceu o Programa Nacional de Alimentação Escolar
com a distribuição de materiais orientadores, elaborados pelo Ministério da Saúde para creches e Escolas; entre
outras ações.

A Emenda Constitucional nº 59/2009, prevê a obrigatoriedade do ensino de quatro a dezessete anos e amplia
a abrangência dos programas suplementares para todas as etapas da educação básica.

Em 2009, o Conselho Nacional de Educação, por meio da Câmara de Educação Básica, fixa as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), de caráter mandatório, orientando a formulação
de políticas para a educação infantil, incluindo o planejamento, desenvolvimento e avaliação pelas unidades
de seu Projeto Político-Pedagógico.

As DCNEI determinam, ainda, a garantia de cada criança ao acesso a processos de construção de
conhecimentos e a aprendizagem de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à
liberdade, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e interação com outras crianças.

De acordo com o artigo 6º da Constituição Federal de 1988, Educação e Saúde são direitos sociais. Ambas
são, igualmente, direito de todos e dever do Estado, conforme preconizam os artigos 196 e 205 desta
Constituição.

Tais preceitos constitucionais encontram ressonância na legislação educacional. A Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, Lei 9.394/1996 (LDB), dispõe, no Artigo 2º, entre os direitos fundamentais da
criança e do adolescente, o direito à vida e à saúde.

A garantia aos mesmos direitos é preconizada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei 8.069,
de 13 de julho de 1990) que ademais dispõe em detalhe acerca do atendimento necessário à mãe gestante, à
parturiente, à criança e ao adolescente, definindo obrigações para o poder público e o Sistema Único de
Saúde - SUS, entre outros agentes.

Outrossim, o parecer do Conselho Nacional de Educação para as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil corrobora com esse direito quando determina

“As instituições de Educação Infantil devem assegurar a educação em sua integralidade, entendendo o cuidado como
algo indissociável ao processo educativo”. E, ainda: “As práticas envolvidas nos atos de alimentar-se, tomar banho,

trocar fraldas e controlar os esfíncteres, na escolha do que vestir, na atenção aos riscos de adoecimento mais fácil
nessa faixa etária, no âmbito da Educação Infantil, não são apenas práticas que respeitam o direito da criança de ser
bem atendida nesses aspectos, como cumprimento do respeito à sua dignidade como pessoa humana. Elas são
também práticas que respeitam e atendem ao direito da criança de apropriar-se, por meio de experiências corporais,
dos modos estabelecidos culturalmente de alimentação e promoção de saúde, de relação com o próprio corpo e
consigo mesma, mediada pelas professoras e professores, que intencionalmente planejam e cuidam da organização
dessas práticas”.
Assim sendo, de acordo com o marco legal, as crianças passam a ser inseridas na perspectiva dos direitos humanos à
saúde, cuidado, alimentação, entre outros, bem como a participação na vida social e cultural em que está inserida.

VI - PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
A Proposta Pedagógica é o plano orientador das ações da instituição e define metas que se pretende para a
aprendizagem e o desenvolvimento das crianças que nela são educados e cuidados. É elaborado num processo
coletivo, com a participação da direção, dos professores e da comunidade escolar.
A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança acesso a
processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens,
assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à
convivência e à interação com outras crianças (Res CNE/CEB nº 5/2009, art.8º).

As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do planejamento
curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia,
constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra,

Questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.
(Res CNE/ nº 5/2009, art.4º).

A proposta pedagógica revela o contexto, a história, os sonhos, os desejos, as
crenças, os valores, as concepções, indicando os princípios e as diretrizes que
orientam a ação de educar as crianças. Revela ainda as formas de organização,

Planejamento, avaliação, as articulações, os desafios e formas de superá-los. Uma vez que o processo de
constituição de identidades é dinâmico, a mesma está sempre num movimento de construção e reconstrução.
Toda instituição implementa uma proposta pedagógica por meio de práticas e ações.

O Projeto Político-Pedagógico (PPP) ou Proposta Pedagógica deve ser organizado, respeitando as
exigências das Diretrizes Curriculares nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) de forma a contemplar:

Aspectos políticos e filosóficos, que explicitem o histórico e a contextualização sócio-político cultural da instituição;
os objetivos do trabalho; as concepções de criança, de Educação Infantil, aprendizagem, desenvolvimento, infância,
educar e cuidar, diversidade e pertencimento;

Aspectos da estrutura e funcionamento da instituição e da prática pedagógica cotidiana: organização e
gestão do trabalho educativo (critérios de matrícula, enturmarão, recursos humanos e formação inicial e
continuada, seus papéis no processo educativo, regras, normas, espaço físico, infraestrutura, mobiliários,
recursos didáticos, relação com a família e comunidade, parcerias, convênios, entre outros); proposta
curricular, metodologias, referenciais teóricos que fundamentam as práticas, formas de seleção e
organização do conhecimento, bem como eixos e aspectos a serem trabalhados, práticas de planejamento
e avaliação (concepção, instrumentos, momentos), organização dos espaços e ambientes, organização dos
tempos, as múltiplas relações e interações que se estabelecem entre os diversos atores envolvidos e as
diferentes transições na educação infantil e para o ensino fundamental.

VII - OBJETIVOS DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

OBJETIVO GERAL

Garantir à criança o acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de
conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à
saúde, à liberdade, à confiança ao respeito, a dignidade, à brincadeira, à convivência e a interação
com outras crianças.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Dar a verdadeira oportunidade para as crianças a se transformarem em cidadãos conscientes de seus
direitos e deveres para com a sociedade;
Valorizar a educação como um instrumento de humanização e de interação social;
Promover o respeito aos direitos da criança tendo como referência o disposto no Estatuto da Criança e
do Adolescente;
Propiciar a criança ambiente calmo e acolhedor que lhe permita uma descoberta para o amor e a
segurança com os quais se cercam;
Respeitar as diversidades de expressões culturais, a identidade e a individualidade;
Fortalecer a participação dos pais nas atividades escolares;

Priorizar o aspecto lúdico e as brincadeiras como processo de aprendizagem;

Estimular o desenvolvimento da criança respeitando o seu nível de maturação;

Proporcionar condições para o desenvolvimento integral e harmônico da criança, em seus aspectos
biopsicossocial e cultural respeitando seus interesses e suas necessidades;

Propiciar o acesso à cultura local como uma forma de socializar os valores existentes na comunidade;

Desenvolver projetos e procedimentos que visem estimular uma dinâmica participativa entre
profissionais, crianças e família no âmbito da escola;

Promover eventos educativos e culturais;

Despertar nos familiares e moradores próximos o espírito de cooperação de modo a manter
em segurança as instalações da instituição;

Trabalhar em parcerias com outros setores da sociedade, através de instrumentos específicos,
em acordo com as finalidades e objetivos da escola;

Proporcionar a Formação Continuada em Serviço dos profissionais da Educação Infantil para
a reflexão da prática.

VIII - CONTEXTO DA UNIDADE DE
EDUCAÇÃO INFANTIL E DA
COMUNIDADE

A nossa clientela compõe-se de crianças com diferentes
níveis e histórias de vida pertencentes a famílias de classe
baixa e média onde a maioria dos pais trabalham fora nos
mais diversos setores, como residências, comércio,
prefeitura, estado, construção civil, dentre outros. A
mesma está inserida num contexto em que os filhos, por
vários motivos, não têm os pais presentes no seu dia-a-dia
ou até mesmo não os têm presentes em suas vidas,
dificultando assim, o seu desenvolvimento no processo
ensino aprendizagem.

Essa desestruturação familiar verificada em nossa
comunidade escolar tem como fatores preponderantes: o
desemprego, a baixa renda familiar, pais separados,
violência doméstica, alcoolismo, etc. (diagnóstico escolar).
Diante disso, a escola se torna o espaço necessário para agregar estas crianças.

A nossa escola é a única a ofertar a modalidade de educação infantil usando dos princípios de educação de
Inovação Concentrada de Fortaleza. Atualmente atende crianças de 1 ano e 6 meses a 5 anos, em 4
turmas por turno, desenvolvendo uma educação com o planejamento de atividades pedagógicas inerentes
a faixa etária. Porém nos deparamos com um problema sério quanto ao espaço para desenvolver as
atividades, pelo fato da estrutura física ser muito restrita, o que será corrigido quando do seu
funcionamento nas novas instalações, na Creche Pró Infância, em 2013, quando ampliará o atendimento
para a faixa etária a partir de 4 meses. Esta é a nossa maior meta.

Quanto aos professores, há certa rotatividade que esperamos minimizar através de Concurso Público
previsto pelo Poder Público De Fortaleza, assegurado no Plano de Cargos e Carreiras e pelo Orçamento
Público do de Fortaleza.

Atualmente a instituição está inserida numa região onde predominam residências de
pequeno e médio porte e encontra-se próxima ao Cemitério local.

Brevemente a instituição mudará para as novas instalações da Creche Modelo do Pro
infância, localizada em meio a poucas residências, quase todas de porte médio, ficando
próxima a uma pequena fábrica artesanal de bolos.

A população anseia por uma escola de Educação Infantil que venha a contribuir na
formação da criança, favorecendo oportunidades a serem incentivadas pelos
educadores, a examinar, explorar, construir significações, possibilitando o ensino
de qualidade.

Os pais e comunidade são participativos nos eventos que a escola oferece, contribuindo assim para o melhor
desenvolvimento da instituição.

Apesar dos problemas, acreditamos que com a formação continuada para professores, o trabalho em equipe, a
parceria com os pais e a SMEC, possamos oferecer um ensino de qualidade para as crianças desta comunidade.

IX - QUEM SÃO OS SEUS ELABORADORES

A elaboração da Proposta Pedagógica da CRECHE E PRÉ-ESCOLA “Escolinha Pimpolho” contou com a
participação de todos os segmentos da escola, professores, gestores, merendeiras, coordenadores
pedagógicos, família, líderes comunitários, representante do Conselho De Fortaleza de Educação, entre
outros, levando-se em consideração os interesses e necessidades das crianças, tendo em vista que a
elaboração, implementação e avaliação do trabalho educativo é tarefa de toda a comunidade escolar, numa
relação de parceria, de trocas, de corresponsabilidade no cuidar e educar das crianças, para que haja
coerência nas ações entre eles e, dessa forma, a criança seja beneficiada.

Foi indispensável a comunicação com a família, a reflexão acerca das etapas do desenvolvimento humano,
sobre a proposta pedagógica institucional, sobre a inclusão e a diversidade num processo de intercâmbio e
trocas constantes considerando as expectativas, vivências e concepções da família em relação à educação e
aos cuidados para com as crianças.

XI - PRINCÍPIOS NORTEADORES DA PROPOSTA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Ü Contexto: porque diz respeito a uma instituição específica, situada numa determinada realidade, envolvendo
crianças, famílias e profissionais concretos;

Ü Organização: porque prevê a organização do trabalho com crianças de 0 a 5 anos e 11 meses numa instituição
educativa;

Ü Intencionalidade: porque esse trabalho prevê metas e objetivos em relação à formação das crianças, numa ação
à da família e da comunidade;

Ü Unidade: porque, a proposta pedagógica deve buscar uma unidade de concepções e de formas de conduzir o
trabalho, que estas sejam coerentes com as concepções;

Ü Coerência: porque prevê uma busca constante de coerência entre o que acreditamos e o que fazemos;

Ü Consistência: porque é um trabalho fundamentado não apenas nas crenças e experiências daqueles envolvidos na
instituição, mas também nos conhecimentos produzidos na área;

Ü Consciência: porque é um trabalho profissional e para desenvolvê-lo devemos ter consciência do que fazemos,
para que fazemos e de como fazemos;

Ü Participação: porque prevê o envolvimento dos profissionais, crianças e famílias que compõem a instituição de
Educação Infantil;

Ü Compromisso: porque aqueles que participam de sua elaboração devem se comprometer com a implementação
das questões registradas na proposta pedagógica, avaliando-as continuamente.

Ü Provisoriedade: porque a proposta pedagógica de uma instituição é sempre provisória, estando sempre num
movimento de construção e reconstrução.

X - REFERENCIAL CONCEITUAL

EDUCAÇÃO INFANTIL

“Primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e Escolas, às quais se caracterizam como espaços
institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e
cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e
supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. É dever do Estado
garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção. ”

A educação infantil é um direito humano e social de todas as crianças até seis anos de idade, sem distinção alguma
decorrente de origem geográfica, caracteres do fenótipo (cor da pele, traços de rosto e cabelo), da etnia,
nacionalidade, sexo, de deficiência física ou mental, nível socioeconômico ou classe social.

Todas as instituições de educação infantil localizadas em um de Fortaleza, tanto as públicas quanto as privadas,
integram o respectivo sistema de ensino estadual, distrital ou de Fortaleza (LDB, art. 18, incisos I e II).

Esse tratamento integral dos vários aspectos do desenvolvimento infantil evidencia a indissociabilidade do educar e
cuidar no atendimento às crianças. A educação infantil, como dever do Estado é ofertada em instituições próprias –
creches para crianças até 3 anos e Escolas para crianças de 4 e 5 anos – em jornada parcial ou integral, por meio de
práticas pedagógicas cotidianas.

Essas práticas devem ser intencionalmente planejadas, sistematizadas e avaliadas em um projeto político-pedagógico
(proposta curricular), que deve ser elaborado com a participação da comunidade escolar e extraescolar e
desenvolvido por professores habilitados. A educação infantil ocorre em espaços institucionais, coletivos, não
domésticos, públicos ou privados, caracterizados como estabelecimentos educacionais e submetidos a múltiplos
mecanismos de acompanhamento e controle social.

XI CRIANÇA

“Sujeito

histórico e de direitos, que nas

interações, relações e práticas cotidianas que vivencia,

constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina,

fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra,

questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a

sociedade, produzindo cultura”.

INFÂNCIA

É preciso que se compreendam crianças, jovens e adultos inseridos na história e na cultura e produtores de história
e cultura, que se concebam a infância e a adolescência como categorias sociais e não fases efêmeras que precisam
ser aligeiradas em nome da modernidade e de sua ânsia de futuro e superação.

É preciso ainda compreender e respeitar a criança, o jovem, o adulto nas suas particularidades e diferenças,
garantindo uma mesma atitude frente às desigualdades, a opressão, ao autoritarismo, a discriminação de gênero, o
racismo e tantas outras formas de preconceito sempre contrárias à democracia. Porém, para que essa multiplicidade
não se esgote numa simples diversidade, é preciso que se forje também uma sintonia. Construir a unidade na
diversidade e contra a desigualdade – eis um desafio para a construção de uma proposta pedagógica que aposte na
seriedade e na qualidade, também um pressuposto para orientar essa avaliação.

CURRÍCULO

“Conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que
fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o
desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos e 11 meses de idade”.

O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e
os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental,
científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade (Res

CNE/CEB nº 5/2009, art. 3º). Intencionalmente planejadas e permanentemente avaliadas, as práticas que
estruturam o cotidiano das instituições de Educação Infantil devem considerar a integralidade e indivisibilidade das
dimensões expressivo-motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural das crianças, apontar as
experiências de aprendizagem que se espera promover junto às crianças e efetivar-se por meio de modalidades que
assegurem as metas educacionais de seu projeto pedagógico (Parecer CNE/CEB nº 20/2009, pág. 6).
As propostas curriculares da Educação Infantil devem garantir que as crianças tenham experiências variadas com as
diversas linguagens, reconhecendo que o mundo no qual estão inseridas, por força da própria cultura, é
amplamente marcado por imagens, sons, falas e escritas. Nesse processo, é preciso valorizar o lúdico, as brincadeiras
e as culturas infantis (Parecer CNE/CEB nº 20/2009, pág. 6).

BRINCAR

Definir o brincar como uma atividade que dá prazer à criança é incorreto por duas razões: muitas atividades dão a
criança experiências de prazer mais intensas, como por exemplo: chupar a chupeta; existem jogos nos quais a
própria atividade não é agradável igual a jogos que só dão prazer à criança se ela considerar o resultado interessante
(quando não perde).
Entende-se que o brincar preenche necessidades da criança, aquilo que é motivo para ação. A criança satisfaz certas
necessidades no brinquedo. Se ignorarmos as necessidades da criança e os incentivos que são eficazes para colocá-la
em ação, nunca seremos capazes de entender seu avanço de um estágio do desenvolvimento para outro, porque
todo avanço está conectado com uma mudança acentuada nas motivações, tendências e incentivos.
Para os bebês, por exemplo, é necessário um número maior de um mesmo tipo de brinquedo e/ou material, pois
ainda é difícil para eles entenderem que devem compartilhar as coisas na sala. A rotatividade destes, em sala, é
igualmente imprescindível e deve ser feita criteriosa e o mais frequentemente possível ou de acordo com a
demanda das crianças.
Nesse sentido, pode-se perguntar: que necessidades a criança tem? Se não entendermos o caráter especial dessas
necessidades, não podemos entender a singularidade do brinquedo como uma forma de atividade. A tendência da
criança é satisfazer seus desejos imediatamente. Entretanto na Escola surge uma grande quantidade de tendências e
desejos não possíveis de serem realizados imediatamente.

O brincar parece ser inventado justamente quando as crianças começam a experimentar tendências irrealizáveis.
Como exemplo ocupar o papel de sua mãe, quando não consegue pode ficar mal-humorada. Para resolver essa
tensão, a criança em idade Escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis
podem ser realizados e esse mundo é o que chamamos de brincar.

Se todo brincar é realização, a realização na brincadeira das tendências que não podem ser imediatamente satisfeitas,
então os elementos das situações imaginárias se constituirão automaticamente, uma parte da atmosfera emocional do
próprio brinquedo.

Da mesma forma que numa situação imaginária tem que conter regras de comportamento, todo o jogo com regras
contém uma situação imaginária. O jogo mais simples com regras transforma-se imediatamente numa situação
imaginária, no sentido de que, assim que o jogo é regulamentado por certas regras, várias possibilidades de ação são
eliminadas.

A ação numa situação imaginária ensina a criança a dirigir seu comportamento não somente pela percepção
imediata dos objetos ou pela situação que a afeta de imediato, mas também pelo significado dessa situação.

Um estágio vital de transição em direção à operação com
significados ocorre quando pela primeira vez, a criança lida com os
significados como se fossem objetos (como por exemplo, ela lida
com o cabo de vassoura pensando ser um cavalo).

Numa fase posterior a criança realiza esses atos de forma
consciente. Nota-se essa mudança, também no fato de que, antes da
criança ter adquirido linguagem gramatical e escrita, ela sabe como
fazer várias coisas sem saber que sabe, ou seja, ela não domina essas
atividades voluntariamente. No brincar, espontaneamente, a criança
usa sua capacidade de separar significado do objeto sem saber o que
está fazendo, da mesma forma que ela não sabe estar falando em
prosa e, no entanto, ela fala, sem prestar atenção as palavras.

Em síntese, pode-se afirmar que o brincar cria na criança uma nova
forma de desejos, ensina-a a desejar, relacionando seus desejos a um
“eu” fictício, ao seu papel no jogo e suas regras. Dessa maneira, as
maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brincar,
aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real
e moralidade.

Brincar é vital para a criança. A brincadeira tem uma função lúdica que estimula
a imaginação da criança. Por meio do brincar é que a criança vai significar e
ressignificar o real, tornar-se sujeito e partícipe.

A brincadeira é um espaço de aprendizagem, de imaginação e reivindicação da
realidade.

Desde muito cedo, as crianças envolvem-se em diferentes brincadeiras. O brincar é uma das atividades
fundamentais para o desenvolvimento das crianças pequenas. Por meio das brincadeiras, a criança pode
desenvolver algumas capacidades importantes, tais como: a atenção, a imitação, a memória e a imaginação.
Ao brincar, as crianças exploram e refletem sobre a realidade e a cultura na qual vivem, incorporando-se

e, ao mesmo tempo, questionando regras, papéis sociais e recriando cultura. Nos jogos de faz de conta,
por exemplo, a criança recria situações que fazem parte de seu cotidiano, trazendo personagens e ações
que fazem parte de suas observações.

O modo como as crianças vão se apropriar dos objetos que são colocados à sua disposição para brincar e
os enredos que vão criar a partir deles depende da cultura na qual a criança está inserida. A criança
aprende a brincar com os outros membros de sua cultura.

Primeiramente com os mais próximos e, à medida que cresce e se desenvolve, vai ampliando seu rol de
relações. Suas brincadeiras são repletas de hábitos, valores e conhecimentos do grupo social ao qual
pertence. Por isso dizemos que a brincadeira é histórica e socialmente construída.

Ou seja, a criança utilizará as experiências que vive em sua comunidade – os valores que circulam as
tradições, os personagens do folclore típico da localidade.

Por último cabe ressaltar que o brincar é, acima de tudo, um direito da criança e como tal deve ser
respeitado. Constitui-se em um dos dois eixos de trabalho preconizado pelas DCNEI. Portanto, a
unidade de educação infantil não pode deixar de oferecer momentos do brincar as crianças pequenas,
pois estaria impedindo o processo de aprendizagem.

A brincadeira não é uma atividade que a criança já nasce sabendo. Brincar implica troca com o outro,
trata-se de uma aprendizagem social. Nesse sentido, a presença do professor é
fundamental, pois será ele quem vai mediar as relações, favorecer as trocas e parcerias,
promover a integração, planejar e organizar ambientes instigantes para que o
brincar possa se desenvolver.

O professor precisa refletir sobre a importância e o papel das brincadeiras
no seu trabalho. Deve fazer de todas as atividades de educar e
cuidar um brincar: no banho, nas trocas, na alimentação, na
escovação dos dentes, na cotação de histórias, no cantar, no
relacionar. Brincar dá à criança oportunidade para
imitar o conhecido e construir o novo.

INTERAÇÃO

“Se as interações sociais e educativas pressupõem a manifestação e o confronto
de diferentes ideias, não cabe, sob nenhuma hipótese, colocar apenas sobre os
ombros do professor a tarefa de promovê-las. De nada adianta um professor
competente e criativo atuando em uma escola autoritária, rígida e hierárquica.
Professores que exerçam efetivamente o papel de mediadores entre alunos e
conhecimento, facilitando a aproximação dos primeiros ao segundo são absolutamente
necessários. De igual forma, é absolutamente imprescindível que a organização escolar
se transforme para acolher as interações educativas que nela se passam. Assim, se a
construção de conhecimentos se dá na interação social – entre professores e alunos e
entre os próprios alunos – faz-se urgente refletir sobre a estrutura e o modo de
funcionamento da escola, buscando fazer dela um espaço onde o saber socialmente
construído seja de fato socialmente distribuído...”

DIVERSIDADE

É a escola que integra e inclui a todos. Que consegue fazer com que todos e cada um no seu nível,
possibilidades e limitações, consigam aprender e se desenvolver integralmente; que respeita as diferenças;
que cria um ambiente rico com diferentes estímulos para aprender o mesmo objeto, tendo em vista as
diferenças.

Os grandes desafios para construir a escola inclusiva são: a formação do professor para ações educativas
inclusivas; a parceria das famílias para esse trabalho; os espaços, recursos e materiais didáticos adaptados para
atender às diferenças; e a construção de uma proposta pedagógica que contemple as diferenças,
diversificando as experiências com estímulos diferentes.

As crianças devem estar todas juntas aprendendo. A diferença é um fator importante para os processos de
aprendizagem e desenvolvimento, pois eles se tornam mais efetivos quando se tem a oportunidade de
realizar trocas com pares em níveis de aprendizagens e desenvolvimento diferentes, gerando novos desafios
e contribuindo para que as pessoas avancem em suas conquistas.

FUNÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL

“…reconhecer o papel social da Escola (educação infantil) significa reconhecer como legítimos e, mais do que isso,
assumir junto com a escola pública, a tarefa de universalização dos conhecimentos. Reconhecer o papel social da
Escola (educação infantil) significa compreender que ela tem função a função de contribuir com a escola. Nem
inútil, nem incapaz de resolver todos os problemas futuros, nem tampouco importante em e por si mesma, a Escola
(educação infantil) tem sim, como papel social o de valorizar os conhecimentos que as crianças possuem e garantir a
aquisição de novos conhecimentos, exercendo o que me acostumeis a chamar de função pedagógica da Escola
(educação infantil), para diferenciá-la das demais (in Souza, S. J. & Kramer, S –Educação ou Tutela, 1991, pag. 52) ”

Desta forma, evidencia-se:

Ü considerar o universo cultural da criança;

Ü não considerar unicamente os aspectos do desenvolvimento cognitivo,
organizados em áreas de conhecimento compartimentadas conforme as
disciplinas escolares, visando a alfabetização;

Ü não separar o conhecer do desenvolver;

Ü valorizar o jogo e o brinquedo como atividades fundamentais da
criança;

Ü valorizar as interações: criança com o objeto do conhecimento, criança
com criança (de diferentes idades/grupos na própria unidade escolar, criança
com adultos, crianças e suas famílias; crianças e demais profissionais de
educação da escola);

Ü articular as atividades relativas ao cuidado às atividades da
função pedagógica;

Ü Considerar de fato a criança como um ser social, produtor de cultura.

EDUCAR E CUIDAR

A dimensão do cuidado deve receber especial atenção na Proposta Pedagógica, em especial com as
crianças da faixa etária compreendidas entre 0 e 36 meses de idade. Cuidado refere-se a uma postura de
respeito às necessidades integrais da criança, observando o conforto, a alimentação, a socialização, os
momentos de repouso, e, também, respeito às necessidades emocionais e características individuais.

Cabe destacar que a ênfase para o cuidado não significa abrir mão da dimensão educativa, presente no
binômio educar e cuidar. A criança tem direito ao conhecimento, e ao reconhecimento de si mesma
como um sujeito que integra suas várias dimensões, biopsicossocial.

Cuidar e educar envolve amor, afetividade, criatividade, estudo, dedicação, cooperação, conhecimento dos
aspectos biológicos e maturacionais da criança e respeito às necessidades e singularidades de cada um. É
importante ressaltar que as necessidades da criança devem ser observadas, ouvidas, respeitadas e atendidas
pelo/pela professor/a, para que em parceria com as demais pessoas que compõem a comunidade escolar
(direção, servidores, pais e comunidade) proporcionem condições ao desenvolvimento integral da criança.
Para tanto, o ambiente da creche deve ser rico de experiências para exploração ativa, compartilhadas por
crianças e adultos, em que as relações sociais estabelecem o diálogo como forma de construção do
conhecimento.

A instituição educacional, que atende crianças nessa faixa etária, na perspectiva da construção de uma sociedade mais
democrática e pluralista, deve se pautar por uma estrita relação com a família, procurando entender e respeitar os
diferentes tipos de família, seu histórico, sua cultura, propiciando um diálogo aberto considerando-as como
interlocutoras e parceiras no processo educativo infantil.

Buscando orientação e/ ou supervisão para estas tarefas.

O berçário requer maior atenção quando se refere à saúde, principalmente se os educadores se propõem a oferecer
maior liberdade de exploração e locomoção aos bebês. Sem dúvida isso exige maior atenção e esforço quanto à
higienização do ambiente, dos utensílios e dos brinquedos. Para todas as faixas etárias atendidas na creche é
necessário preservar um ambiente de convivência, cuidando de sua organização e limpeza.

Segundo Barbosa e Horn (apud CRIADA e CARECER 2001), as atividades diárias da creche devem ser planejadas,
prevendo: horário de chegada e saída das crianças, alimentação, higiene corporal e bucal, repouso, brincadeiras,
músicas, atividades psicomotoras, jogos diversificados (como o de faz de conta, os jogos imitativos etc.), exploração de
materiais gráficos e plásticos (os livros de histórias, revistas e brinquedos diversos), dentre outros. As autoras
ressaltam que essas atividades devem estar pautadas na criatividade, estimulação, imaginação, de forma a promover as
diferentes linguagens expressivas da criança.

Para que a estruturação espaço-temporal tenha significado, Barbosa e Horn (ibid., 2001) acreditam ser de
fundamental importância que o/a professor/a conheça como as crianças brincam, como as brincadeiras se
desenvolvem, o que mais gostam de fazer, em que espaços preferem ficar, o que lhes chama mais a atenção, em
quais momentos do dia estão mais tranquilas ou mais agitadas. Tais informações ajudarão o/a professor/a a planejar
os momentos adequados para o desenvolvimento das atividades, conforme a pré-disposição da criança.

As atividades de banho, higiene e alimentação possibilitam estabelecer uma boa relação afetiva com a criança, pois
estes momentos constituem-se em um ato educativo privilegiado.

O olhar estabelece uma troca de sentimentos de confiança (ou desconfiança), manifesta carinho e compreensão, (ou
indiferença e raiva), desperta entusiasmo e alegria (ou inibe e amedronta); o toque da mão do adulto pode transmitir
segurança ou medo, entrega ou retraimento (...) o ato de dar banho, trocar a fralda, vestir e pentear o cabelo são
gestos de comunicação humana entre o adulto e a criança nos quais há uma troca profunda de sentimentos e,
portanto, de organização mental, de estruturação interior, de formação da autoimagem, (...) a fala do adulto inicia a
criança na linguagem, pois vai dizendo o que ela faz, o que as outras estão fazendo, o que sentem, e, assim, vai
mediando os atos por meio da linguagem.

Não há um conteúdo educativo na creche desvinculado dos gestos de cuidar. Não há um ensino, seja um
conhecimento ou um hábito, que utilize uma via diferente da atenção afetuosa, alegre, disponível e promotora da
progressiva autonomia da criança. (DIONE, 2003, p. 9)

Posto isso, é imprescindível o conhecimento, por parte do/da professor/a, de como ocorre o desenvolvimento da
criança, a fim de que o mesmo possa propor atividades adequadas e estimulantes. Nessa perspectiva, estão elencadas
algumas orientações gerais, sem a pretensão de restringir a faixa etária ou as descrições feitas. É importante salientar
que o ritmo de desenvolvimento varia de criança para criança, sendo as especificidades descritas abaixo tidas apenas
como uma referência.

· 4 meses: o bebê grita forte e demonstra preferência por brinquedos. Também ri bastante, expressa desagrado e
reconhece a voz dos familiares. Nessa fase, o bebê tem sua capacidade visual aumentada, ganha o controle sobre os
músculos e nervos da face (envolvidos na visão, audição, paladar, sucção, deglutição e olfato), e fica em pé quando
segurado pela cintura. Ele explora objetos com a boca e balança brinquedos sonoros.

· 5 meses: nessa fase, o bebê começa a desenvolver o comando dos músculos do pescoço, da cabeça e move seus
braços intencionalmente. Imita caretas, segura objetos com firmeza e consegue se arrastar para pegá-los. Chupa os

dedos dos pés e brinca com eles. Além disso, percebe o barulho dos brinquedos e fica atento para o que acontece
ao seu redor. Balbucia, movimenta-se com mais agilidade e pode rolar, esforça-se para sentar, consegue discernir
uma voz doce de uma áspera e demonstra com expressão facial algo que lhe desagrada. Chacoalha brinquedos,
brinca de esconder e transfere objetos de uma mão para a outra.

· 6 meses: o bebê ganha controle do tronco e das mãos. Tudo o que pega ainda leva à boca. Olha quando é chamado
e podem nascer os primeiros dentinhos. Ao final do sexto mês, fica sentado. Balbucia monossílabos associados com
figuras e gosta de brincar de esconder. Demonstra grande interesse pelas mãos. Já estica os braços para pedir colo e
elege o brinquedo favorito.

· 7 meses: grita, ri alto e ensaia engatinhar. Adora mudar objetos de uma mão para outra e levanta os braços em
saudação. Também tem reações de estranheza a pessoas e objetos não conhecidos e sente medo. Repete os próprios
sons.

· 8 meses: o controle muscular se estende às pernas e aos pés do bebê, assim como os dedos indicadores e polegares,
para permitir pegar pequenos objetos. Ganha força no quadril e alguns conseguem engatinhar. Já senta sozinho,
estranha pessoas. Adquire mais dois dentinhos, começa a entender o significado do não e consegue ficar de pé com
apoio. Segura objetos com a ponta dos dedos, bate palmas e coloca vários brinquedos dentro de uma caixa.
Manifesta sentimentos de raiva quando é contrariado.

· 9 Meses: consegue engatinhar bem e adquire mais força nos pés. Passa a manifestar de forma mais clara sua
personalidade, gosta de ser o centro das atenções e faz gracinhas. Agarra-se a móveis e consegue se levantar. Podem
nascer mais dentinhos e é capaz de usar copo, imita sons e acha brinquedos escondidos. Adora jogar objetos ao
chão e observá-los cair, repete fonemas.

· 10 Meses: senta e levanta sozinho, dá tchau e pode falar “mamã”, “Papa”. É curioso, engatinha bem e fica em pé
com apoio, gira a parte superior do corpo para alcançar um objeto, melhora a habilidade manual e começa a definir
qual mão vai ser a dominante. Já troca passinhos com apoio, reproduz sons e pequenas palavras.

· 11 Meses: caminha com apoio, passa da posição de pé para sentado, e desloca-se segurando em móveis, diz tchau.
Vira páginas de um livro, segura copos e chama adultos e crianças para brincar. Ganha mais dentinhos. Move-se com
agilidade, sobe e desce de móveis e escadas. Já abre gavetas e começa a ter noção do que é proibido e permitido.

· 1 Ano: têm interesse pelas cores e coopera para se vestir. Entrega um brinquedo quando pedem e sua linguagem
fica mais apurada. Dá uns passinhos, porém prefere engatinhar para explorar o mundo, define gostos e aversões e
lembra onde estão guardados seus brinquedos.

· 1 Ano e 5 meses: tira brinquedos dos outros, anda e quer subir escadas sozinho. Gosta de imitar os adultos, rabisca
no papel com lápis de cor ou giz de cera e se diverte com água. Usa bastante a palavra não. Corre, brinca com bola,
anda para trás e aumenta o vocabulário. Começa a comer sozinho. Gosta de ouvir várias vezes a mesma história ou a
mesma música.

· 1 Ano e 8 meses: sobe com facilidade em cadeiras, abre e fecha gavetas. Adora rabiscar. Fica mais manhoso na hora
de comer e aprende a usar objetos como o telefone. Tem por volta de 16 dentinhos e deve ser estimulado a treinar
o controle de esfíncteres. Repete quase tudo o que ouve, aprende a montar quebra cabeças e consegue cantarolar
as músicas de que gosta.

· 2 Anos: tem percepção de quem é. Sobe e desce escadas, tirar os sapatos e peças de roupa. Em geral a dentição de
leite se completa. Chuta bola sem perder o equilíbrio, tenta impor suas vontades, passa a sentir ciúme e
normalmente consegue estabelecer o controle da bexiga.

· 3 Anos: pede para ir ao banheiro. Gosta da companhia de outras crianças para brincar. Canta, reconhece cores e
começa a se vestir. Usa frases claras, tornando as palavras suas ferramentas para expressar seus pensamentos. Explica
bem as coisas e continua aprendendo com facilidade e por imitação. Percebe os sentimentos dos adultos, tem em
média 20 dentes de leite e sabe comer de garfo e colher. Gosta de contar e ouvir histórias.

As crianças, nessa faixa etária, são ávidas para aprender, explorar, experimentar, colecionar, perguntar e desejam
exibir suas habilidades. Por isso, a percepção visual, motora, auditiva, gustativa, olfativa e tátil integra o processo de
aprendizagem da criança com o processo de socialização.

Como sugestões para o desenvolvimento dessas habilidades nas crianças pequenas, propõem-se os seguintes
procedimentos:

· 1 a 4 meses: converse, cante músicas de ninar, olhe diretamente nos seus olhos, sorria para ela, toque seu corpo.
Levante-a para que possa enxergar ao seu redor e coloque objetos próximos a seu campo de visão; instale móbiles
no berço para que ela acompanhe o movimento dos brinquedos. Brinque com gestos e palavras, ofereça um
chocalho, leve-a para passear. Ofereça objetos grandes e coloridos, que permitam o manuseio.

· 5 meses: brinque e converse com ela, na hora do banho, e coloque músicas variadas para tocar. Deixe-a, no chão,
em espaços amplos, sobre colchonetes que permitam sua mobilidade.

· 6 meses: coloque em sua mão alimentos diferentes para serem manuseados, como biscoitos, pedacinhos de frutas.
Incentive-a a se arrastar para pegar os brinquedos.

· 7 meses: deixe-a livre para explorar seus brinquedos e ofereça-lhe objetos
sonoros e coloridos.

· 8 meses: nesse período, percebe que a mãe é uma pessoa separada dela e isso
a angustia, dê o máximo de carinho e atenção promovendo dessa forma sua
segurança. Passeie com ela ao ar livre, mostrando tudo o que se passa ao redor. Introduza o “não pode, machuca”.
Use frases curtas, com voz baixa e firme.

· 9 meses: converse e explique para ela tudo o que vai fazer, seja no banho, na refeição, seja na troca de roupa e a
ajude a se manter em pé para fortalecer sua musculatura. Ofereça livros com cores fortes.

· 10 meses: empenhe-se em contar histórias, cantar e mostrar figuras de livros infantis e ofereça brinquedos de
encaixe.

· 11 meses: brinque com ela de colocar e tirar objetos de uma caixa e deixe-a ouvir e cantar cantigas de roda.

· 1 Ano: imite sons de bichinhos com ela, estimule-a a andar, segurando-a pelas mãos.

· 1 Ano e 1 mês: nas atividades livres, deixe-a espalhar os brinquedos
e desmontá-los. Ajude-a a organizar, incentivando-a a guardá-los
quando não quiser mais brincar. Estimule a criança a terminar as
tarefas que inicia.

· 1 Ano e 2 meses: dê revistas para rasgar, folhas para pintar,
desenhar e rabiscar. Deixe-a comer sozinha, ainda que se suje,
e aumente o arsenal de histórias infantis, exercícios com bolas
e brinquedos de encaixe.

· 1 Ano e 6 meses: oportunize atividades para que ela se exercite, subindo escadas, empurrando objetos, cantando
etc. Estimule-a a usar o vaso sanitário.
· 2 Anos: Responda às suas perguntas frequentes, conte histórias e ajude-a a representar personagens.
· 2 Anos e 6 meses: Ajude-a a descobrir o mundo por meio de brincadeiras, leituras e passeios.
· 3 Anos: Passe informações coerentes com a realidade e participe ativamente de suas brincadeiras e personagens
criados por sua imaginação.

PROFESSOR

O profissional de Educação Infantil deverá ter um domínio dos conhecimentos científicos básicos, tanto quanto
conhecimentos necessários para o trabalho com a criança pequena (conhecimentos de saúde, higiene, psicologia,
antropologia e história, linguagem, brinquedo e das múltiplas formas de expressão humana, de desenvolvimento
físico e das questões de atendimento em situações de necessidades especiais). Precisa ainda ter sob controle seu
próprio desenvolvimento, bem como estar em constante processo de construção de seus próprios saberes. Ter
elaborado, maduramente, a questão de seus valores, cultura, classe social, história de vida, etnia, religião e sexo.

Dessa forma, é preciso preparar os professores para esse diálogo, enriquecendo os currículos de formação
profissional e encarando a formação por novas competências no complexo trabalho de constituição dos cidadãos
pela educação escolar. Só poderemos falar em sociedade, em um mundo do trabalho justo em inclusão social
quando os filhos de todos os cidadãos usufruírem de alimentação, saúde, educação, lazer e esportes, cultura e arte,
convivência, afeto, dignidade. É para lutar por esse mundo que devemos envidar todos os esforços para introduzir
na educação escolar melhores condições de acesso e tratamento das informações e conhecimentos
universalmente disponíveis a todos.

Nesse sentido, Oliveira (2003) postula que o professor que trabalha com a Educação Infantil
precisa ter alguns diferenciais que irá lhe ajudar no seu trabalho com as crianças

O professor de educação infantil deve ter formação ética e competência sentido
na especialidade de sua tarefa, levando-se em conta o atual momento sócio
histórico que ocorre em um mundo complexo, contraditório, violento
individualista, consumista e em constante mudança. Ter o domínio de
conceitos e habilidades necessárias para se ter uma atuação junto às crianças,
atuação esta que seja promotora da aprendizagem e do desenvolvimento delas no
de lhes garantir o direito à infância. (OLIVEIRA, 2003, p. 7-8).

O contexto acima citado, descrito por Oliveira (2003), nos permite verificar algumas características necessárias ao
professor de Educação Infantil, observar que esse professor precisa ter conhecimentos necessários na área
pedagógica, para entender e saber trabalhar com as crianças, bem como analisar as suas próprias atitudes e
sentimentos para poder estabelecer uma relação segura com a mesma. Ele deve estar preparado para lecionar para
cada faixa etária.

O professor precisa despertar a atenção das crianças para a participação nas atividades, criando um clima favorável
entre ambos e desta forma poder ocorrer o ensino e aprendizagem. A criança precisa interagir com as outras
crianças e essas atividades proporcionam às mesmas o trabalho em duplas ou grupos desenvolvendo o processo de
socialização. Segundo Barros (1996, p. 168) “a socialização significa o processo de integração dos indivíduos num
grupo”. Não podemos deixar de mencionar neste trabalho a palavra amor, que é necessária quando estamos falando
em educação e principalmente tratando-se de Educação Infantil.

O docente que trabalha com a Educação Infantil, necessita ter um olhar diferenciado envolvendo muito carinho,
compreensão, comprometimento no processo de formar pessoas, ter respeito pelas atitudes e ideias das crianças
para que elas cresçam confiantes em uma educação que ainda é válida e fará a diferença em nossa sociedade.

AFETIVIDADE/VÍNCULO

As relações de afetividade na Educação Infantil, tanto de Professor-Aluno quanto as de Família-Criança, são vistas
como princípio norteador da prática educativa. Sendo assim, a afetividade no dia a dia da sala de aula se reflete na
preocupação com as crianças, reconhecendo-as como seres autônomos, mostrando exigências coerentes e uma
atitude de confiança e respeito a sabedoria e a condição de aprendiz de cada um. Quantas sutilezas estão contidas no
mistério da aprendizagem. A maior delas talvez seja a simples fé de que a criança vai aprender.

É importante que o professor se perceba como facilitador do processo de
aprendizagem, pois, quando a relação que estabelece com o seu aluno é pautada
no vínculo e no afeto, propicia a ele a oportunidade de: mostrar, guardar, criar,
entregar o conhecimento e permite que o outro possa investigar, incorporar e
apropriar-se do conhecimento.

Enfim, as relações permeadas pelo vínculo afetivo contribuem para reparar possíveis fraturas no processo
de aquisição do conhecimento de cada um, dá espaço para que haja um aprendizado que transforma
interiormente propiciando a ele o saber fazer e ser atuante com possibilidades de posicionar-se frente a
uma sociedade exigente e em constante movimento. Por isso, pode-se afirmar que o afeto faz diferença
na construção do sujeito e deixa marcas em suas conquistas.

ENSINO/APRENDIZAGEM

A ação pedagógica visa à promoção dos processos de ensino e de aprendizagem. Assim, considera as interações
entre os sujeitos; a realidade na qual sua unidade está inserida; os conhecimentos prévios das crianças; as relações
afetivas na interação professor-criança, criança-criança, criança-adultos; as mediações intencionais. Nessa concepção
a criança é considerada na sua totalidade de aspectos e potencialidades, como um ser: biológico, cognitivo, social e
afetivo-emocional.

CULTURA

Define-se Cultura como o conjunto de ações, costumes e fazeres que constituem a forma de viver de uma
determinada comunidade, como o falar, vestir, brinquedos, utensílios, artes, dentre outros. A valorização da cultura
local e nacional nos currículos escolares deve articular diferentes práticas culturais, experiências, valores e saberes
das crianças, suas famílias e a comunidade como um todo.

Partindo-se do pressuposto de que a infância é uma fase da vida em que mente e corpo estão abertos a todo tipo
de aprendizado, a criança é mais sensível às sensações e emoções. Nesse aprendizado a arte como atividade
atravessada de um fazer pedagógico possibilita um trabalho significativo por meio de ações voltadas para a criança,
nas quais as brincadeiras de roda e de dança, com Contação de histórias tradicionais e confecção de instrumentos
torna possível avivar nas mesmas, significados e possibilidades das coisas simples de uma forma lúdica e prazerosa.

A pluralidade cultural, isto é, a diversidade de etnias, crenças, costumes, valores etc. que
caracterizam a população brasileira marca, também, as instituições de educação infantil.
O trabalho com a diversidade e o convívio com a diferença possibilitam a
ampliação de horizontes tanto para o professor quanto para a criança. Isto porque
permite a conscientização de que a realidade de cada um é apenas parte de um
universo maior que oferece múltiplas escolhas. Assumir um trabalho de
acolhimento às diferentes expressões e manifestações das crianças e
suas famílias significa valorizar e respeitar a diversidade, não
implicando a adesão incondicional aos valores do outro. (BRASIL.
1998, p. 77)

AVALIAÇÃO

A avaliação é processual, ocorre cotidianamente, ao longo do
período de aprendizado/desenvolvimento da criança.

As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para
acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do
desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou
classificação, garantindo:

A observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano;

A utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.);

A continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação de estratégias adequadas aos diferentes
momentos de transição vividos pela criança (transição casa/instituição de Educação Infantil, transições no interior da
instituição, transição creche/Escola e transição Escola/Ensino Fundamental);
A documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da instituição junto às crianças e os
processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil;
A não retenção das crianças na Educação Infantil. (Resolução CNE/CEB nº 5/2009, art. 10)
Na Educação Infantil a avaliação se dá principalmente pela observação sistemática, registro em caderno de campo,
fichas, questionários, relatórios e reflexão, portfólios (exposição das produções das crianças), autoavaliação para as
crianças maiores (importantíssima para tomada de consciência da criança do seu momento de aprendizado e
desenvolvimento), entre outros.
Na educação infantil é importante, ainda, que sejam avaliadas permanentemente as condições da oferta no contexto
da proposta pedagógica, tais como infraestrutura, organização de espaços, tempos e materiais, aspectos relacionados
com a gestão, entre outros.

CHIEI - SOBRE A UNIDADE DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Segundo o Parecer do CNE/CEB nº 20/2009, as instituições de Educação Infantil devem assegurar a educação em
sua integralidade, entendendo o cuidado como algo indissociável ao processo educativo.
Conhecer as culturas plurais que constituem o espaço da creche e da Escola, a riqueza das contribuições familiares e
da comunidade, suas crenças e manifestações, e fortalecer formas de atendimento articuladas aos saberes e às
especificidades étnicas, linguísticas, culturais e religiosas de cada comunidade. Executar a proposta curricular com
atenção cuidadosa e exigente às possíveis formas de violação da dignidade da criança, e atender ao direito da criança
na sua integralidade por meio do cumprimento do dever do Estado com a garantia de uma experiência educativa
com qualidade a todas as crianças na Educação Infantil.

XIS - ESTRUTURA DE
FUNCIONAMENTO E
ORGANIZAÇÃO DOS
ESPAÇOS

LOCAL DE FUNCIONAMENTO

DENOMINAÇÃO
1. CRECHE E PRÉ-ESCOLA “Escolinha Pimpolho”

LOCALIZAÇÃO
2. Rua Pereira Felgueiras 705, 60 160150 Fortaleza, Brazil

MODALIDADE DE ATENDIMENTO

É oferecido um atendimento exclusivamente diurno, de forma parcial à toda a clientela educacional onde o
funcionamento está dividido em dois turnos: Matutino e vespertino, não comprometendo quaisquer dificuldades a
nenhuma família, tendo em vista que em nosso De Fortaleza as mesmas, na totalidade dos seus membros, não
trabalham o dia todo fora de casa.
XÁ - ORGANIZAÇÃO E FORMAS DE
UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO REFERENTES AO
ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS E AOS ADULTOS

1- Instalações da creche atual
Os espaços físicos não atendem a um bom

funcionamento da Instituição. Tanto os setores
administrativos quanto as salas de aula, não são bem
estruturados, são muito pequenas, quentes e pouco
iluminadas, impossibilitando assim a organização,
principalmente das salas de aula, sem condições de
estruturar os “Cantinhos” de Aprendizagem.

As refeições são servidas nas salas de aula, sendo que anteriormente as crianças alimentavam-se numa área externa
coberta da escola, mas pouco viável a este funcionamento por deixá-las muito exposto à quentura ocasionando
doenças respiratórias.
Os ambientes são decorados no início do ano, conforme a criatividade de cada educadora, com apoio da equipe
gestora e funcionários.
Apesar de a Instituição ser construída numa grande área, onde tem um pátio enorme com muitas fruteiras e hortas,
o espaço físico coberto é muito limitado contendo:
04 salas de aula
Li recepção
Li diretoria/secretaria
Li sala de TV/coordenação
Li cozinha
Li despensa
Li sanitário para funcionários
04 sanitários infantis
Li área livre coberta denominada como “Espaço lúdico interativo de aprendizagens”, constituído dos seguintes
cantinhos: ateliê da arte, faz de conta, jogos e brinquedos, cantinho da leitura e cantinho da beleza.
Li pátio descoberto com piso (utilizado para os eventos escolares)

2- Novas instalações: (funcionará a partir de 2013)
Possui estrutura padronizada nacionalmente pelo Proinfância, as salas e demais ambientes são espaçosos, bem
iluminados e todos são refrigerados. Construída numa grande área, possui espaço físico amplo contendo:

BLOCO DE CRECHE I E II:

10 salas de atividades
04 salas de recepção
04 salas de higiene pessoal
04 salas de repouso
02 salas de alimentação
04 solários
04 sanitários infantis

BLOCO CRECHE III E ESCOLA: a 6 anos com 4

04 salas de atividades
02 salas de recepção
02 salas de repouso
02 solários

BLOCO
MULTIUSO:

01 salas de leitura multiuso
01 salas de informática
02 sanitários infantis para crianças de 3
vasos cada
02 sanitários para adultos e portadores de necessidades especiais
Li sala do rack (apoio à informática)
Li sala Cia. De energia elétrica
01 salas Cia. Telefônica
01 pátios coberto (será utilizado para recreação, recepções e festas)
01 anfiteatros
01 parquinhos
01 áreas descoberta

BLOCO ADMINISTRATIVO:

01 áreas externa coberta de entrada
01 salas de recepção interna
01 secretarias
01 diretorias
01 salas para professores e coordenação pedagógica
01 almoxarifados
02 sanitários para funcionários
01 circulações interna

BLOCO DE SERVIÇOS:

01 entradas para funcionários

01 circulações

01 cozinhas

01 despensas

01 depósitos para alimentos perecíveis

01 refeitórios

01 lactários

05 sanitários para funcionários

01 lavanderias

VI - FAIXA ETÁRIA ATENDIDA
Atualmente, devido sua estrutura física, a escola recebe crianças com idade a partir de l ano e 3 meses a 5 anos. Mas
a partir de 2013, funcionando nas novas instalações, a escola estenderá o funcionamento para as crianças a partir de
4 meses a 5 anos de idade, cuja data de referência é 31 de março. Sendo obrigatória a matrícula a partir de 4 anos
de idade completados em 31 de março do ano que ocorrer a matrícula. Segundo a Resolução CNE/CABE Nº
5/2009 art. 5º, § 2º, é obrigatória a matrícula na educação infantil de crianças que completam 4 ou 5 anos até 31
de março do ano em que ocorrer a matrícula.

AVIEI - CRITÉRIOS DE MATRÍCULA

Sendo a educação infantil um direito de todas as crianças, sem requisito de seleção, a escola atende a toda a
demanda, desde que esteja com idade a partir de 1 ano e 3 meses a 5 anos de idade completos até 31 de março do
ano que ocorrer a matrícula, mesmo que as salas fiquem numerosas. Para isso, havendo necessidade, coloca-se mais
um professor auxiliar na turma. Após a data de referência para a matrícula, a escola só recebe as crianças que
completarem a idade mínima se a sala não estiver superlotada.
Para as crianças com idade obrigatória que chegam durante o decorrer do ano, mesmo a turma estando no seu
limite, a escola faz a sua matrícula, tendo em vista que essa Instituição é a única que oferece educação infantil no de
Fortaleza. Deverá ser assegurada a vaga, em caráter compulsório, para criança com deficiência -Lei 7.853, de
24/10/89. É importante que os critérios sejam transparentes, amplamente discutidos e divulgados na comunidade,
inclusivos e regulamentados pelo Conselho Estadual ou De Fortaleza de Educação. Entretanto, é necessário
esclarecer que qualquer família que questione os critérios de matrícula tem direito à vaga. Por outro lado,
considerando a forte demanda por atendimento, os de Fortalezas que organizaram critérios envolvendo discussão
com os diferentes setores como a Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Saúde, Conselho Tutelar, Conselho
de Educação, Fórum de Educação Infantil, Ministério Público entre outros têm conseguido apoio da população com
relativo sucesso. É importante ressaltar também, que, apesar de existirem critérios para a seleção das crianças a
serem matriculados nas creches e Escolas, esses critérios não podem restringir, impedir ou dificultar o direto da
criança à educação e na verdade devem ser entendidos com os critérios de prioridade e não de exclusividade.

XIXÁ - PERÍODO LETIVO

A escola oferece às crianças uma carga horária de acordo com a Lei 9.394/96, onde estabelece que seja no mínimo
800 horas anuais, distribuídas por no mínimo de 200 dias letivos e 20 horas semanais, com férias e recesso escolar
que ocorrem respeitando, sem prejuízo aos 200 dias letivos, prevendo férias em janeiro e intervalo em junho/julho.

XX - CALENDÁRIO ESCOLAR

O calendário escolar é elaborado anualmente junto à Secretaria De Fortaleza de Educação em consonância com a
SEC. Ele firma o início e término do ano letivo, período de matrículas, datas de reuniões de professores para
planejamentos e estudos, reuniões de pais e eventos escolares. Nele está incluído o período de férias de 30 dias
consecutivos no mês de janeiro e 15 dias para o recesso entre os meses de junho e julho, tendo como referência
para iniciar o recesso, o período da tradicional festa junina, “o São Pedro”.

XIXÁ - ORGANIZAÇÃO DOS TURNOS

· matutino:
Entrada: 07:00 horas (15 minutos de tolerância)
Saída: 11:00 horas
· Vespertino: Entrada: 13,00 horas (15 minutos de tolerância)
Saída: 17:00 horas

XIXIXI - ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS:

Serão organizadas por faixa etária, levando em conta a quantidade equilibrada de meninos e meninas, as
características de desenvolvimento das crianças, número de crianças e horários de trabalho da família, obedecendo as
etapas e níveis que se denominam da seguinte forma:
· CRECHE I:
Ø Berçário I – de 4 a 11 meses de idade; (proporção de 6 a 8 crianças por professor)
Ø Berçário II – de 1 ano a 1 ano e 11 meses de idade; (proporção de 13 crianças por professor)
· CRECHE II:
Ø maternal I – de 2 anos a 2 anos e 11 meses de idade; (proporção de 13 crianças por professor)
· CRECHE III:
Ø Maternal II – de 3 anos a 3 anos e 11 meses de idade; (proporção de 13 crianças por professor)
· ESCOLA:
Ø Pré I – de 4 anos a 4 anos e 11 meses de idade (proporção de 13 crianças por professor)
Ø Pré II – de 5 anos a 5 anos e 11 meses de idade (proporção de 13 crianças por professor)

A enturmarão deverá ser dinâmica e assegurada no planejamento, tanto institucional, quanto do grupo de
professores. Considerar-se-á a criança e seu tempo de formação; deverá ser coerente com os espaços físicos e
recursos institucionais e com os aspectos da prática pedagógica. Deverá ser flexível às faixas etárias, às atividades
possibilitando interações diversas.
O número de crianças por professor deve possibilitar atenção, responsabilidade e interação com as crianças e suas
famílias. Levando em consideração o Plano de Carreira, Cargos e Remuneração do Magistério Público De Fortaleza,
onde em seu Art. 30, inciso I diz que na Educação Infantil (Creche no máximo 25 alunos e Escola até 25 alunos). A
Escola divergirá o número de crianças para o Berçário I, por entender ser inviável um bom atendimento com esse
total de crianças.
Cada turma contará com dois professores, sendo regente e auxiliar. Havendo necessidade de ultrapassar o número
de crianças, a escola deverá colocar mais um professor auxiliar.

AVIEI – RECURSOS HUMANOS

QTM.

PROFESSORES/AUXILIARES

CARGO

VINCULO

NÍVEL E CLASSE

GRAU DE INSTRUÇÃO

PÓS-GRADUAÇÃO
01
Francisca Lucia de P. Soares
Professora
Efetivo

PUNS II – H
Pedagogia
Psicologia Escolar e Educacional
02
Maria Irisar C. Rêgo
Professora
Efetivo
PUNS II – H
Pedagogia
Psicologia Escolar e Educacional
03
Revelia de Paiva Freitas
Professora
Efetivo
PUNS II – B
Pedagogia
Psicologia Escolar e Educacional
04
Rita Costa do N. Paiva
Professora
Efetivo
PUNS II – H
Pedagogia
Psicologia Escolar e Educacional
05
Zenida Andrade
Professora
Efetivo
PUNS II – C

Pedagogia
Psicologia Escolar e Educacional
06
Maria Luciene G. de Paiva
Professora
Contrato
-
Pedagogia
-
07
Elizabete Elizangela O. Barbosa
Professora
Bolsista
-
Pedagogia
-
08
Libriana da Costa Chagas
Professora
Bolsista
-
Pedagogia
-
09
Francisca Itamar Soares
Auxiliar
Bolsista
-
Universitária História

-
10
Francisco Leonardo C. de Lima
Auxiliar
Bolsista
-
Universitário História
-
11
Jose Nilton Hélio de Oliveira
Auxiliar
Bolsista
-
Universitário Geografia
-
12
Lenia Cavalcante Delmiro
Auxiliar
Bolsista
-
Ensino Médio
-
13
Luciana Maria de Araújo
Auxiliar
Bolsista
-
Ensino Médio
-

14
Maria Aparecida da Conceição
Auxiliar
Bolsista
-
Ensino Médio
-
15
Maria Josinaldo da Silva
Auxiliar
Bolsista
-
Magistério
-
16
Marlene Evaristo de Paiva
Auxiliar
Bolsista
-
Universitária História
-
17
Melina Lane de Melo Sá
Auxiliar
Bolsista
-
Universitária História
-
18

Rafaela Ribeiro Borges
Auxiliar
Bolsista
-
Ensino Médio
-
1 - QUADRO DEMONSTRATIVO DE PROFESSORES E AUXILIARES – 2012

2 - QUADRO DEMONSTRATIVO DO PESSOAL ADMINISTRATIVO E TÉCNICO-PEDAGÓGICO

QTM.

SERVIDORES

CARGO/FUNÇÃO

VÍNCULO
NÍVEL
CLASSE

GRAU DE INSTRUÇÃO
PÓS-GRADUAÇÃO
01
Maria de Fátima Araújo de M. Pereira
Diretora
Indicada
_

Pedagogia
-
02
Maria de Fátima Valéria
Coord. Pedagógica
Efetivo
PUNS II – B
Pedagogia
· Psicologia Escolar e Educacional
03
Antônia Elza Freitas
Coord. Pedagógica
Efetivo
PNEU III – D
Letras com Habilitação em Língua Portuguesa
· Literatura e Ensino
· Linguística Aplicada ao Ensino de Português
04
Antônia Soares Pereira
Secretária
Cedida
_
Universitária Pedagogia
-
05
Maria Perpétua da Costa Alencar
Aux. Secretaria
Efetivo
_

Ens. Médio Completo
-
06
Valdenny Paiva Silva
Digitador
Bolsista
_
Universitário Gestão Ambiental
-
07
Agassi Machado Gomes
Merendeira
Efetivo
_
Ens. Médio
-
08
Dalila de Paiva Soares
Merendeira
Bolsista
_
Cursando o Ens. Médio
-
09
Maria das Graças Paiva
Aux. Merendeira
Efetivo
_
Cursando o Ens. Médio

-
10
Maria Rita Bezerra de Souza
Aux. Merendeira
Efetivo
_
Ens. Fund. Incompleto
-
11
Antônia Vane ide Costa
ASS.
Bolsista
_
Ens. Médio Incompleto
-
12
Joana Dar Gomes de Menezes
ASS.
Efetivo
_
Ens. Fund. Incompleto
-
13
Luzia Rocha de Oliveira
ASS.
Efetivo
_
Ens. Fund. Incompleto
-

14
Mar Cleide de Paiva Nobre
ASS.
Efetivo
_
Ens. Médio
-
15
Maria das Graças de S. Azevedo
ASS.
Efetivo
_
Ens. Fund. Incompleto
-
16
Maria Iris Soares
ASS.
Efetivo
_
Ens. Fund. Incompleto
-
17
Rita de Cassia Ribeiro
ASS.
Efetivo
_
Ens. Médio
-
18

Francisco Maílson da Silva Ribeiro
Porteiro
Bolsista
_
Universitário História
-
19
Marcos André da Silva Pereira
Porteiro
Bolsista
_
Cursando o Ens. Médio
-
20
Adelson Chagas de Oliveira
Jardineiro
Efetivo
_
Sem Analfabeto
-

3 - QUADRO DEMONSTRATIVO DO CORPO DISCENTE POR ETAPA, NÍVEL E TURNO – 2012

ETAPA

NÍVEL
TURNOS

TOTAL
MATUTINO
VESPERTINO

Creche
Maternal I
Maternal II
30
21
28
21
58
42
SUBTOTAL
51
49
100

Escola

Pré – I
Pré – II

31
21

29

22

60
43
SUBTOTAL
52
51
103
TOTAL GERAL
103
100
203

XAXIM - RECURSOS FINANCEIROS

A CRECHE E PRÉ-ESCOLA “Escolinha Pimpolho” é mantida financeiramente com recursos da Prefeitura
De Fortaleza, através da SMEC e pela Unidade Executora do FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação, por meio do PEDE – Programa Dinheiro Direto na Escola, destinados anualmente à compra de materiais
permanentes e de consumo. A instituição também conta com os repasses do PANE – Programa Nacional de
Alimentação Escolar, com complementação do Poder Público De Fortaleza acima do percentual previsto,
garantindo uma alimentação de excelente qualidade nutricional, incluindo produtos provenientes das hortas
escolares.
Contamos também com a parceria escola – comunidade que contribui através da festa junina, com barracas de
comidas típicas e jogos de pescaria, onde pratos e brindes são doados pelos familiares, professores e funcionários da
escola, tendo como finalidade a aquisição de materiais permanentes, facilitando o trabalho pedagógico e
administrativo. Dispomos ainda da colaboração dos professores e funcionários, que em datas comemorativas, muitas
vezes colaboram com a doação de balas, pipocas e lembrancinhas que auxiliam na organização do evento.

XUXO - A ROTINA NA SALA DE AULA:

É a estrutura do cotidiano na Educação infantil, uma vez que proporciona à criança sentimentos de estabilidade e
segurança oferecendo maior facilidade de organização espaço-temporal, evitando assim que a criança seja sujeita

integrante do estresse que uma rotina desestruturada pode causar. Devendo ela ser rica, alegre e prazerosa,
proporcionando na criança oportunidades de desenvolver suas experiências.
Na educação infantil, a rotina possui relevância por apresentar uma regularidade na organização do tempo tão
necessária às diferentes idades. Isso porque as atividades que se repetem regularmente passam a atuar como
reguladores do tempo para as crianças, permitindo que elas se organizem no espaço e no tempo. Ao criar algumas
referências na instituição a criança é capaz de antecipar atividades que ocorrerão, tendo a possibilidade de organizar
seu tempo, sentindo-se mais confiante.
A organização da rotina, não se faz necessária que seja rígida e inflexível do tempo e não significa que as atividades
sejam feitas do mesmo modo todos os dias. Daí a importância do planejamento, devendo o professor estar atento à
dinâmica do seu grupo de crianças e as suas características coletivas e individuais.
A escola desenvolve atividades exteriores da sala de aula como cuidar de hortas, passeios a vários setores do de
Fortaleza, como praças, lojas, instituições dentre outras.
Na instituição propõe-se hora atividade (Planejamento) para cada turma, onde neste momento professores regentes
são substituídos por professores auxiliares.

1 - QUADRO DE ROTINAS PEDAGÓGICAS
MODALIDADE - CRECHE

MODALIDADE - ESCOLA
BERÇÁRIO I E II
MATERNAL ICE II

§ Recepção das crianças.
§ Troca de fralda dos bebês se necessário.
§ Mamadeiras ou café da manhã.
§ Atividades ao ar livre com banho de sol.
§ Brincar com objetos ou brinquedos.
§ Sono.
§ Banho.
§ Estimulação individual ou grupal
§ Lanche.
§ Leitura de histórias

§ Conversa com os pais e entrega das crianças.

§ Acolhida
§ Chamadinha
§ Calendário
§ Roda de conversa
§ Correção do dever de casa
§ Desjejum (manhã)
§ Relaxamento
§ Atividades metodológicas
§ Higiene das mãos
§ Merenda no refeitório (recreio orientado)
§ Escovação
§ Hora da Leitura
§ Hora do Brincar
§ Atividades diversificadas
§ Entrega do dever de casa
§ Saída

§ Acolhida
§ Chamadinha
§ Calendário
§ Escolha do ajudante do dia
§ Roda de conversa
§ Correção do dever de casa
§ Desjejum (manhã)
§ Relaxamento
§ Atividades metodológicas I
§ Higiene das mãos

§ Merenda no refeitório (recreio orientado)
§ Hora da Leitura
§ Atividades metodológicas II
§ Hora do Brincar
§ Atividades diversificadas
§ Entrega do dever de casa
§ Saída

XIRI - PARTICIPAÇÃO DAS FAMÍLIAS NAS ROTINAS DA ESCOLA

A participação da família nas rotinas da escola caracteriza-se pela relação escola-família sendo regida por normas e
leis. No Brasil, em termos legais, os direitos infanto-juvenis estão amparados pela Constituição e desdobrados no
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069, de 1990, e na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), promulgada em 1996. Segundo a LDB, os profissionais da educação devem ser os responsáveis pelos
processos de aprendizagem, mas não estão sozinhos nesta tarefa. A lei prevê em se Art. 12, uma ação integrada das
escolas com as famílias, enfatizado no parágrafo “VI- articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos
de integração da sociedade com a escola”. Reforçado ainda no Art. 13. Declarando que os docentes incumbir-se-ão
“VI – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade”.

Evidentemente, por lei há a necessidade de a escola estar em perfeita sintonia com a família. Para isso,
torna-se imprescindível gerir formas de ampliar a participação da família, construindo espaços de
corresponsabilidade, não somente na rotina escolar dos alunos, mas também em ações destinadas a valorização das
manifestações culturais, em que os pais e comunidade possam estar engajados nos eventos culturais da escola
tornando-se sujeitos e parceiros do processo de escolarização.
Partindo do princípio que a comunicação entre família e escola, norteia as relações interpessoais, a prática de
comunicação com os pais, entre outras formas, acontece por meio dos seguintes canais: telefone, linguagem escrita,
(bilhete), atividades culturais, orientações gerais, entrega aos pais da ficha de desempenho de aprendizagens dos
alunos, utilização do serviço de som para realização de avisos e comunicados, internet através do blog da escola,
onde se divulgam os eventos da escola; aulas-passeios, projetos da escola e práticas exitosas dos professores e
produções artísticas das crianças.
Pontuam-se aqui estratégias integrando essas duas instituições Escola e família, onde muitas destas, já foram postas
em práticas e outras ainda serão implementadas.
· A abertura de espaços para os pais acompanharem seus filhos no período de adaptação de modo que
diminua a insegurança e a ansiedade dos familiares, nesse momento de separação da criança do contexto familiar;

· Socialização da proposta pedagógica da escola com os pais e outros segmentos escolares;
· Contato com os pais feito pelo diretor e professores na entrada e saída dos alunos na porta da escola;
· Participação dos familiares e comunidade nos projetos e eventos da escola;
· Realização de reuniões envolvendo pais, professores e gestores educacionais focadas na aprendizagem dos
alunos;
· Participação nos Conselhos escolares:
· Participação na elaboração da proposta pedagógica da escola;
· Participação da rede de proteção social para ajudar no encaminhamento de problemas familiares dos alunos;
· Realização de reuniões bimestrais coletivas e individuais, além de palestras e oficinas sobre questões
pedagógicas, alimentares e de cuidados;
· Realização do dia do afeto. Nesse dia a família seria convidada a vir à escola. E durante esse período os pais
participariam juntamente com os alunos, de dinâmicas, gincanas interativas entre pais e professores, danças, jogos e
bingos;
· Exposição das produções desenvolvidas pelos alunos e a comunidade durante o ano, de modo que todas as
turmas tenham a possibilidade de mostrar o que aprenderam e favorecendo o estímulo à família;
· Formação de um grupo de visitas para visitar as famílias em casa, para conhecer a realidade dos alunos;
· Realização da semana da família na escola.
Como um importante ponto de apoio, viabilizar-se-á dessa forma, a participação da família na vida escolar da criança,
uma vez que, há uma grande necessidade de que se faça uma interação para que haja responsabilidades de ambas as
partes, pois tanto a escola quanto a família devem ter a consciência de que a criança é um sujeito de direito que
está em processo de desenvolvimento. Sendo a ação da família complementar à da escola, proporcionando
benefícios, no entanto quando omissa traz implicações nos dois contextos escola e família.

VIVI - ESTRATÉGIA DE ATENDIMENTO PARA O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO

No início do ano letivo as crianças sentem dificuldades de se separarem de seus familiares, deixar o ambiente de
seus lares e entram em desespero com choros, birras, tornando assim muitas dificuldades para entrar em harmonia
com o ambiente escolar. Para isso a escola procura desenvolver um bom acolhimento aos pais para deixá-los mais
seguros e tranquilos e ainda organiza um período de 2 semanas para que as crianças se adaptem e passem a ter um
bom relacionamento com o professor e demais segmentos da escola.

VIVI - FORMAÇÃO E CARGA HORÁRIA DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS


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