UM MANUAL PARA ENTENDER, REFLETIR, AGIR, TRABALHAR E COMBATER O BULLYING ONLINE E OFFLINE alunos do sistema Ânima de educação, 2024
introdução —————————————————————— 2 o que é o bullying? ———————————————— 4 consequências ——————————————————— 8 como ajudar? ———————————————————— 9 projetos de colaboração ———————————— 14 finalização ————————————————————— 19 UNIDOS TODOS PODEMOS NOS REBELAR E CAUSAR A VERDADEIRA REVOLUÇÃO – A REVOLUÇÃO DO AMOR: A REVOLUÇÃO QUE VENCERÁ O ÓDIO E A VIOLÊNCIA!
Vocês sabem sabem identificar o bullying? Então, quando alguém é constantemente alvo de agressões, humilhações, intimidações ou exclusões por parte de outras pessoas. Isso pode acontecer na escola, nas redes sociais, ou em qualquer outro lugar. O bullying pode ter sérias consequências para a vítima, afetando sua autoestima, saúde mental e até mesmo seu desempenho escolar. É importante estarmos atentos aos sinais de bullying, tanto em nós mesmos, quanto nos nossos colegas. Se perceberem que alguém está sofrendo bullying, não se calem. Conversem com essa pessoa, ofereçam apoio e busquem ajuda de um adulto de confiança, como um professor, pais ou orientador.
Lembrem-se sempre de que o respeito e a empatia são fundamentais em qualquer relação. Não tolerem o bullying e não sejam espectadores passivos. Juntos, podemos criar um ambiente mais seguro e acolhedor para todos. Vamos nos unir contra o bullying e fazer a diferença! Vamos lutar por um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todos! Contem conosco se precisarem de apoio ou orientação, juntos somos mais fortes!
A origem da palavra “bullying” é inglesa, referindo-se ao ato de agredir e intimidar uma pessoa que normalmente não é aceita pelo grupo ou pelo indivíduo que pratica a violência. O cyberbullying, então, se caracteriza pela violência nos meios de comunicação virtuais. O bullying, de acordo com o MEC, é “o comportamento agressivo e antissocial de estudantes, sem motivação evidente, em uma relação desigual de forças”. Se diferencia das brigas comuns, as que chegam às vias de fato ou as que ficam apenas na discussão. Ele acontece principalmente em escolas e avançou para o âmbito digital com o avanço das tecnologias, mas, infelizmente, ele também pode ser visto em outros locais como condomínios e agremiações esportivas. A escola é o local onde crianças e adolescentes passam grande parte do seu tempo e onde ocorre de forma mais direta o contato com pessoas diferentes do seu círculo familiar. É também ali que eles têm contato com a sociedade de forma geral. “valentão” ação contínua
Os causadores do bullying o praticam por diversos fatores que costumam sendo externos ao ambiente escolar, seja por violência em casa, partida dos pais, influencias vindas da internet ou outros meios. A verdade é que quem pratica o bullying na escola muitas vezes nem ao menos reconhece que está prejudicando outra pessoa, a prática do bullying é geralmente um pedido de socorro que parte do agressor que não consegue lidar com suas próprias questões e acabam praticando o bullying por estarem tão inseridos em um ambiente de violência, logo, já encaram aquilo como algo normal, quase uma forma de sobrevivência. Por isso é importante orientar os responsáveis, coordenadores, professores e demais adultos envolvidos na vida dessas crianças, é de extrema importância que os professores e demais adultos em contato com estas crianças sejam bem informados a respeito do contexto onde a criança está inserida, o tipo de bullying que ela está praticando e contra quem, para assim descobrir a melhor forma de lidar com a situação. Às vezes, tudo que estes jovens precisam é serem instruídos por adultos que os ajudarão os tratando com respeito e resolverão o problema do bullying o cortando pela raiz.
O ambiente escolar reflete a sociedade para o jovem, apesar de ser uma espécie de microorganismo social. Ali, naquele espaço, também é recriado o que acontece fora do colégio. E, como bem sabemos, a sociedade em geral é agressiva e excludente, e isso claramente acaba refletindo no âmbito escolar. Agora, vamos conhecer as formas de se praticar bullying? Se liga só: VERBAL Apelidos pejorativos, insulto e xingamento; MORAL Disseminação de fake news sobre a vida de alguém, difamação e calúnia; SEXUAL Assediar ou induzir assédio fisicamente e virtualmente; SOCIAL Isolar, excluir e ignorar; PSICOLÓGICO Aterrorizar, amedrontar, intimidação, chantagear e perseguição; FÍSICO Chutes, socos, cuspir na pessoa, bater; MATERIAL Furtar, rasgar, destruir pertences de outra pessoa; VIRTUAL Depreciar a pessoa com comentários preconceituosos, adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento com intuito de criar constrangimento social.
A lei nº 13.185/2015 institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (bullying) no Brasil, definindo bullying como violência física ou psicológica, intencional e repetitiva. Ela categoriza várias formas de bullying, incluindo físico, verbal, psicológico, moral, sexual, social e virtual (cyberbullying). Os objetivos do programa incluem prevenir e combater o bullying, capacitar docentes, implementar campanhas de conscientização, assistir vítimas e agressores, e promover respeito às diferenças. A lei enfatiza medidas educativas e o envolvimento da comunidade escolar para criar ambientes seguros e acolhedores.
Para a saúde mental da pessoa que sofre o bullying, o ato é devastador e, muitas vezes, irreversível. Devido à violência, a vítima pode passar por momentos severos de tristeza, isolamento social, frustração, raiva, desconfiança, solidão, automutilação, depressão, ansiedade, crises de pânico e ideação suicida.
Se você é a vítima dessa violência, não ofenda o agressor, mas também não ignore. Peça ajuda em casa, ao professor, coordenador e aos seus amigos mais próximos. Não se cale e não revide a violência. Proteja-se e faça a denúncia da agressão, principalmente aos seus responsáveis em casa e aos responsáveis dentro do colégio. Se você é testemunha, não fique em silêncio. Busque ajuda ao perceber qualquer tipo de agressão física ou verbal. Quanto à violência online, não curta e nem compartilhe conteúdo depreciativo sobre a vítima. Acima de tudo, faça uma denúncia e busque ajuda. Se você conhece o agressor, desconstrua a razão que ele possa usar para justificar tal violência. Mostre o quanto essa prática é errada e tem punição. Não se cale, denuncie e manifeste-se contra qualquer tipo de bullying NÃO SE CALE, DENUNCIE E COMPARTILHE ESSE MANIFESTO
A denúncia é uma das ações mais efetivas e essenciais nessa luta contra a violência que é o bullying em todas as suas formas. Assim, podemos, de uma maneira mais assertiva e objetiva, proteger a vítima que sofre com isso. Já podemos observar, através de todo o conteúdo deste e-book, como o bullying pode causar sérios danos emocionais e físicos na vítima. Por esse motivo, a denúncia é um passo importante e decisivo para impedir que mais vítimas sofram. A sua denúncia pode salvar vidas, DENUNCIE: Disque 100.
COMO FUNCIONA O DISQUE 100? LIGAÇÃO GRATUITA A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone, fixo ou celular. DISPONIBILIDADE O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, incluindo finais de semana e feriados. ANONIMATO As denúncias podem ser feitas de forma anônima, garantindo a segurança e privacidade do denunciante
Lidar com pessoas que praticam bullying requer uma abordagem empática e compreensiva, visando entender as razões subjacentes por trás de seu comportamento prejudicial. Aqui estão algumas etapas para abordar essa questão: DIÁLOGO ABERTO E NÃO JULGADOR O primeiro passo seria estabelecer um diálogo aberto e não ameaçador com a pessoa que pratica o bullying. Isso envolveria ouvir atentamente suas preocupações e experiências, sem julgamento ou repreensão. A ideia é criar um ambiente seguro onde eles se sintam confortáveis para compartilhar o que estão passando. IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS SUBJACENTES Durante as conversas, buscar identificar as causas subjacentes do comportamento de bullying. Isso pode incluir questões pessoais, como problemas familiares, dificuldades emocionais, baixa autoestima, pressão dos colegas, entre outros. A compreensão desses fatores é essencial para abordar o problema de forma eficaz. OFERTA DE APOIO E RECURSOS Uma vez identificadas as causas subjacentes, trabalhar em conjunto com a pessoa que pratica o bullying para oferecer o apoio e os recursos necessários para lidar com seus desafios. Isso pode envolver encaminhamento para aconselhamento individual ou em grupo, apoio emocional, orientação sobre habilidades sociais e emocionais, entre outros.
RESPONSABILIZAÇÃO CONSTRUTIVA É importante que a pessoa que pratica o bullying seja responsabilizada por suas ações, mas de uma maneira construtiva e não punitiva. Isso pode incluir a exploração das consequências de seu comportamento, a promoção da empatia em relação às vítimas e o desenvolvimento de estratégias alternativas para lidar com conflitos e emoções.
PROJETO DE OLIMPÍADAS ESCOLARES CONTRA O BULLYING E O CYBERBULLYING Este projeto apresenta uma solução prática para enfrentar o bullying nas escolas. Unindo arte, esporte e campanhas educativas, queremos criar um ambiente escolar saudável e inclusivo, onde a ética, a empatia, a justiça e o respeito sejam cultivados. As aulas de educação física e as práticas esportivas, apesar de importantes, podem às vezes destacar diferenças e limitações, aumentando o risco de bullying. Por isso, este projeto propõe uma abordagem mais ampla, combinando os valores do esporte com outras atividades para mudar essa situação. Embora os esportes tradicionais sejam ótimos para promover valores como respeito, trabalho em equipe e inclusão, eles não são suficientes para alcançar todos os nossos objetivos.
Então, vamos envolver toda a comunidade escolar no combate ao bullying, com competições artísticas, e-sports, modalidades paralímpicas, gincanas de solidariedade e palestras educativas. As competições artísticas, como teatro, vídeos e música, ajudam os alunos a pensar sobre o bullying e estimulam a criatividade. Essas atividades são ótimas para quem não se sente confortável em competições esportivas, oferecendo uma forma diferente de participar e se expressar. As competições de e-sports são super relevantes, pois muitos jovens adoram esses jogos. Além disso, elas servem para promover o bom uso da Internet e combater o cyberbullying, um problema que cresce a cada dia. A inclusão das modalidades paralímpicas é essencial, reconhecendo e valorizando a diversidade na escola. Isso não só promove a participação de alunos com deficiência, mas também ensina todos a valorizar diferentes habilidades e perspectivas.
As gincanas de solidariedade, arrecadando roupas e alimentos, ajudam a levar os bons resultados do projeto além da escola, incentivando os alunos a serem solidários com pessoas de fora. As palestras educativas e os workshops trazem informações importantes sobre bullying e cyberbullying, complementando o que é aprendido nas outras atividades. É crucial que o projeto mantenha um ambiente de respeito e inclusão. Qualquer desrespeito ou discriminação não será tolerado, e a competição deve ser justa e saudável. Se surgirem conflitos, os educadores devem ajudar a resolvêlos de forma respeitosa. Se todas as partes deste projeto forem implementadas corretamente, os benefícios para a comunidade escolar serão enormes.
Os profissionais da educação têm um papel fundamental na prevenção e no combate ao bullying em sala de aula. Ao perceberem situações de bullying, é importante que reajam de forma assertiva e empática. Alguns passos incluem: ESCUTAR E ACOLHER Ao perceberem indícios de bullying, os profissionais devem ouvir atentamente os relatos das vítimas, demonstrando empatia e oferecendo suporte emocional. INVESTIGAR É essencial investigar a situação, conversando com as partes envolvidas e obtendo o máximo de informações para compreender o contexto e tomar as medidas necessárias. PROJETO DE CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO PARA SITUAÇÕES DE BULLYING
BUSCAR MANEIRAS DE INTERVIR IMEDIATAMENTE Diante de casos de bullying, os profissionais devem intervir de forma rápida e eficaz, aplicando medidas disciplinares apropriadas, promovendo a mediação entre os envolvidos e buscando soluções para prevenir novos episódios. ENVOLVER A COMUNIDADE ESCOLAR A prevenção do bullying deve ser uma responsabilidade compartilhada por toda a comunidade escolar, incluindo professores, funcionários, pais e alunos. A criação de estratégias conjuntas pode fortalecer as ações preventivas. É imprescindível promover a conscientização. Assim, os educadores podem trabalhar com os alunos para promover a conscientização sobre o bullying, por exemplo formando mesas redondas para conversas mais aprofundadas. Ao agirem de forma proativa e sensível, os profissionais contribuem para um ambiente escolar mais seguro, saudável e acolhedor para todos os estudantes.
Além de todas as ações já descritas em todo o e-book, é de extrema importância que você entre nessa luta conosco e compartilhe em suas redes sociais, entre amigos, familiares, na sua escola, universidade, ou seja – manda pra geral esse manifesto. Pois juntos podemos, sim, construir uma sociedade mais consciente e responsável, e acima de tudo podemos finalmente ter uma nação REALMENTE LIVRE. Venha e faça parte desse manifesto, SEJA LIVRE, SEJA #BULLYFREE!
Elaboração e pesquisa — Amanda Gonçalves, Caio Nascimento, Claudia ?, Fernanda Valoura, Isabella Perissé, Ítala Tamara, Jéssica Pernis, Millena Azevedo, Polaris Bruce, Quezia Silva, Sophia Vargas, Yasmin ? Projetos — Caio Nascimento e Yasmin ? Edição e design — Polaris Bruce