40
ANOS DE HISTÓRIA
do Departamento
de Ciência dos Materiais
da NOVA
Rodrigo Martins e Leopoldo Guimarães
Ficha técnica:
Título:
40 ANOS DE HISTÓRIA do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA
Coordenação:
Rodrigo Martins e Leopoldo Guimarães
Editor:
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
Responsáveis pela Edição:
Rodrigo Martins, João Pedro Veiga, João Paulo Borges, Maria Teresa Cidade,
Regina Monteiro, Elvira Fortunato
Design/Impressão:
GetBrand/JFernandes Lda.
N. DL:
416332/16
Data 1.ª Edição:
Junho 2016
Tiragem:
500 exemplares
ISBN:
978-972-8893-56-9
ÍNDICE
005 O Departamento de Ciência dos Materiais
no Processo de Criação e Evolução da Universidade Nova de Lisboa
010 O Ensino de Materiais em Portugal
012 O Ensino dos Materiais na Nova
014 O Reconhecimento Internacional
e Nacional da formação de Materiais na Nova
023 A Investigação em Portugal na área de Materiais
026 A Investigação em Materiais na Nova
029 Grupo de Materiais Estruturais (ME)
049 Grupo de Materiais
Poliméricos e Mesomorfos (MPM)
063 Grupo de Materiais
para a Eletrónica, Optoeletrónica e Nanotecnologias (MEON)
088 Infraestruturas comuns ao DCM
o91 Notáveis do Departamento
o97 Corpo Docente
e Colaboradores “No Passado”
1o3 Corpo Docente
e Colaboradores “No Presente”
107 Ferramentas para Escrever o Futuro
1o9 O Presente do Futuro
115 Comemoração do 40º Aniversário
O DEPARTAMENTO
DE CIÊNCIA DOS MATERIAIS NO
PROCESSO DE CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO
DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 006
O DEPARTAMENTO Universidade coincidir com o tradicional… À universidade exige-se
DE CIÊNCIA Nova de Lisboa. que se abra cada vez mais aos problemas da sociedade
DOS MATERIAIS Geração do conceito onde se integra, e isto pela simples razão de congregar
NO PROCESSO nela os meios mais capacitados para equacionar aque-
DE CRIAÇÃO A decisão de criar a Universidade Nova de Lisboa foi les problemas e, de modo mais isento, e de modo mais
E EVOLUÇÃO tomada em 1973 (Decreto-Lei 402/73 de 11 de agosto) isento, propor, para eles, soluções alternativas. Torna-se
DA UNIVERSIDADE em conjunto com a Universidade do Minho, Universi- então uma instituição com impacte político, intervindo
NOVA DE LISBOA dade de Aveiro, Instituto Universitário de Évora e outros em mecanismos de decisão, influenciando direta ou
estabelecimentos de carácter politécnico: Covilhã, Faro, indiretamente o desenvolvimento global dos países…”
Leiria, Setúbal, Tomar e Vila Real, alguns dos quais se
tornaram, mais tarde, universidades. A decisão foi justi- O modelo da Universidade Nova de Lisboa.
ficada através de vários argumentos, designadamente: Linhas orientadoras
“… pela necessidade de dar resposta à crescente procura A universidade procurou situar-se no conceito gerador,
de ensino superior que se acentua de ano para ano sem deixar de atender aos problemas prementes que
e o reconhecimento das vantagens de uma diversifica- na altura afetavam o sistema universitário português,
ção deste ensino…” evitando que a sua atuação se traduzisse numa simples
ampliação das estruturas existentes ou na maior ou
Na realidade, “a criação de novos estabelecimentos”, menor adaptação de esquemas tradicionais.
associava-se, na altura: “à ideia de que, para além do
seu papel descongestionador das escolas existen- Preconizava-se assegurar elevada flexibilidade curri-
tes, poderiam os mesmos desencadear uma série cular, possibilitando a formação não só em áreas de
de inovações pedagógicas, administrativas, estruturais… grande procura no momento, mas também em domí-
Os últimos anos tinham sido marcados por profundas nios interdisciplinares para os quais se previa bastante
mutações socioeconómicas e políticas que depen- interesse futuro, motivadoras dos estudantes. Todas as
diam, em parte, da evolução científica e tecnológica principais áreas do conhecimento deveriam estar repre-
em curso... Novos Materiais, novas fontes de energia, sentadas, desde a filosofia às tecnologias, provocando
novos e mais eficientes sistemas de informação. Siste- uma harmoniosa interpenetração de culturas cada vez
mas sociotecnológicos de complexidade crescente, mais exigida pela problemática dos dias de então, assim
impuseram modificações na estrutura e conteúdo do como nos dias do futuro, qualquer que este fosse.
ensino e um esforço ainda mais intenso de investigação
inventiva, adaptativa ou mesmo preventiva em áreas Tais objetivos, associados a uma necessária modifi-
que se começavam já a delinear. Tudo isto exigiu um cação dos métodos de ensino, exigiam a disponibili-
leque de qualificações e profissões que não podiam dade de pessoal docente habilitado, predisposto para
a inovação e virado para um trabalho dedicado em
regime de tempo integral.
007 O Departamento de Ciência dos Materiais
no processo de criação e evolução da Universidade Nova de Lisboa
Por outro lado, critérios de economia de meios, asso- Aárea dos MATERIAIS na estrutura de ensino ÁREA DAS CIÊNCIAS HUMANAS
ciados à necessária flexibilidade na utilização das insta- e investigação preconizada na criação da E DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
lações, apontavam para um modelo concentrado de Universidade Nova de Lisboa
universidade e para uma compartimentação depar- ›› Departamento de Línguas e Cultura Modernas
tamental. Seria ao nível dos departamentos que se A área dos MATERIAIS integrava o primeiro trabalho de ›› Departamento de Ciências Sociais (Sociologia,
agrupariam os meios humanos e o equipamento neces- planeamento das atividades de ensino e investigação
sários para a prossecução de trabalhos em domínios da UNL, as quais abrangiam as áreas disciplinares de Antropologia Cultural, Ciências Políticas
afins ou que viriam a associar-se funcionalmente, sem Ciências Exatas e Naturais, Ciências Humanas, Ciências e Administrativas)
prejudicar o diálogo criador e estimulante entre pessoas Sociais, Artes, Ciências Médicas, Ciências Aplicadas ›› Departamento de História
de formação diferente. e Tecnologias. ›› Departamento de Análise e Política Económica
›› Departamento de Ciências da Educação
O modelo da universidade, mais do que uma descrição As estruturas de ensino e investigação desenvolver-
de mecanismos e ações, seria uma intenção de modo se-iam na base de unidades departamentais. Deste ÁREA DAS ARTES
de viver, individual e coletivo, tendo por base institu- modo, cada departamento constituiria uma unidade
cional de funcionamento um conjunto de estruturas, física de suporte das atividades de ensino e investiga- ›› Departamento de Musicologia e das Artes Visuais
órgãos e funções. ção em áreas científicas homogéneas, ou de domínios
interdisciplinares bem definidos, em particular no domí- ÁREA DAS CIÊNCIAS APLICADAS
Na comunidade universitária que se pretendia construir, nio das tecnologias, em que a divisão foi feita pelos E DAS TECNOLOGIAS
avultava em primeiro lugar um novo tipo de estudante, grandes problemas técnicos da atualidade de então:
pedindo-lhe uma atitude adulta e responsável em rela- informação, MATERIAIS, energia e sistemas. ›› Departamento de Estudos Urbanos
ção à aprendizagem que ele busca; uma capacidade ›› Departamento das Ciências da Gestão
de formular interrogações, e de, por si, procurar os ÁREA DAS CIÊNCIAS EXACTAS E NATURAIS ›› Departamento das Ciências da Informação
caminhos de resposta. Pedia-se aos docentes que não ›› Departamento de Ciências e Tecnologia
se comportassem como empregados de uma empresa, ›› Departamento de Matemática
promovendo a criatividade individual, a capacidade de ›› Departamento de Física dos Materiais
dialogar e de sair do campo da especialidade. Preten- ›› Departamento de Química ›› Departamento das Tecnologias de Produção
dia-se por fim reconhecer a mobilidade do saber profis- ›› Departamento de Ciências da Vida
sional, a mobilidade geográfica do pessoal altamente ›› Departamento de Ciências da Terra e do Espaço e do Projeto
qualificado, dos meios de ensino e aprendizagem, o
que traduzia a necessidade de abertura para o exterior. ÁREA DAS CIÊNCIAS MÉDICAS E PARAMÉDICAS
›› Departamento de Fisiopatologia
›› Departamento de Neuropsicologia e das Ciências
do Comportamento
›› Hospital – Centro de Saúde
40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 008
Planeamento inicial da implantação física Os avanços verificados nesta área foram reconhecidos
da Universidade Nova de Lisboa ao nível nacional e internacional, coroado com a visita
ao departamento do Prof. Nevill Mott, prémio Nobel
A problemática da instalação física da universidade foi da Física em 1977 e personalidade liderante, no plano
na altura dividida em duas fases: instalações provisórias mundial, na investigação científica ligada ao desen-
e instalações definitivas. Em relação às primeiras, foi volvimento de materiais semicondutores utilizados na
proposto ao Ministério da Educação a aquisição de um conversão fotovoltaica da energia solar.
prédio (negado) e a aquisição de um terreno na Quinta
da Senhora da Paz, no Lumiar (sem despacho defini- Prof. Sir Nevill Mott
tivo). Estudou-se ainda a possibilidade de construção Prémio Nobel da Física em 1977
de pavilhões em terreno cedido a título de empréstimo e Prof. Honoris Causa da UNL em 1981
pela Universidade Católica, encetando-se contactos
para o aluguer de alguns andares em Lisboa. Final- Como corolário dos resultados alcançados, foi levado
mente, a fase provisória estabilizou, com a dispersão a cabo um projeto industrial liderado pela empresa
dos diversos setores da universidade por vários locais Tudor, destinado à fabricação local de células sola-
em Lisboa e em andares na Avenida da República. res de silício amorfo. Este projeto levou à constituição
de uma empresa designada de Portsol, que não teve
No que respeita às instalações definitivas, examinaram-se continuidade devido à conjugação de fatores externos
15 localizações possíveis na zona da Grande Lisboa, sendo e internos desfavoráveis.
finalmente selecionada a zona do Monte de Caparica, a
sul do Tejo, que oferecia as melhores condições de entre Fase de evolução programática da
todo o conjunto de possibilidades com vista à instalação Universidade Nova de Lisboa. Incidência
de todos os departamentos projetados para a Universi- na implantação do Departamento de
dade Nova de Lisboa, numa área de cerca de 53 ha. Ciência dos Materiais
O Departamento de Ciência e Tecnologia dos Mate- Em 1977 a universidade foi reestruturada relativamente
riais, consagrado desde o princípio, iniciou as suas ativi- ao seu conceito inicial, tomando uma estrutura em
dades letivas e de investigação científica em instalações tudo semelhante à estrutura clássica das universidades
provisórias no Seminário dos Olivais, sob responsabili- portuguesas, dividindo-se em faculdades e outras enti-
dade do Prof. Leopoldo Guimarães, onde se articula- dades agregadas. A Faculdade de Ciências e Tecnolo-
ram as atividades da área das Ciências Aplicadas e das gia realizou progressivamente a mudança do Seminário
Tecnologias. A investigação científica ligada às áreas da
microeletrónica e conversão da energia (fotovoltaica) foi
desenvolvida no Centro de Física Molecular das univer-
sidades de Lisboa (Complexo Interdisciplinar – situado
no IST). Aqui se procederam aos primeiros desenvol-
vimentos na área do silício amorfo, sob a coordenação
do Prof. Rodrigo Martins.
009 O Departamento de Ciência dos Materiais
no processo de criação e evolução da Universidade Nova de Lisboa
dos Olivais, onde durante algum tempo levou a cabo as Os setores e grupos no Departamento ›› Materiais Semicondutores e Microeletrónica, liderado
atividades em regime provisório (mercê de um protocolo de Ciência dos Materiais pelo Prof. L. Guimarães;
assinado com a reitoria do Seminário), consagrando, de
forma planeada, a sua implantação física no Campus Apesar de ter sido projetado inicialmente como Depar- ›› Materiais Poliméricos e Mesomorfos, liderado pelo
da Caparica. Os departamentos foram realizando a sua tamento, no processo de transferência para o Campus Prof. A. F. Martins;
instalação à medida da disponibilidade de instalações da Caparica houve uma agregação com a área da
compatíveis com a atividade dos diferentes setores, Física, levando em 1981 à criação de um único depar- ›› Cristaloquímica, liderado pela Prof.ª O. Figueiredo;
mormente no que respeitava à investigação científica, tamento com dois setores: o da Física e o dos Materiais, ›› Metalurgias Física e Industrial, liderado pelo Prof. J.
tendo o DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DOS MATERIAIS que conjuntamente eram responsáveis pela Licencia-
acompanhado esta evolução. Todas as outras Faculda- tura em Engenharia Física e dos Materiais. Esta iniciativa D. Botas;
des, Escolas e Institutos, assim como a Reitoria, optaram foi liderada pelos Profs. Leopoldo Guimarães e Manuel ›› Materiais da Eletrotecnia, Cerâmicos e Vidros, liderado
por se instalar em diferentes locais de Lisboa. Laranjeira.
pelo Prof. A. L. Rodrigues;
Estruturação do Departamento de Ciência O setor dos Materiais era constituído pelos seguintes ›› Qualidade, liderado pelo Prof. Guedes Soares.
dos Materiais grupos:
Os grupos de Cristaloquímica e Cerâmicos fundem-se
O mundo sempre foi confrontado com a problemática ›› Energia, Tecnologia dos Filmes Finos e Microele- e o grupo de Materiais para a Eletrotecnia extingue-se,
dos Materiais, necessários e fundamentais às diferentes trónica, coordenado pelo Prof. L. Guimarães; com a passagem do Prof. A. L. Rodrigues para o criado
áreas de aplicação tecnológica. Apesar disso, os depar- Departamento de Engenharia Eletrotécnica e Compu-
tamentos de Ciência dos Materiais enfrentaram, nas ›› Materiais Poliméricos e Cristais Líquidos, coordenado tadores, em 1991. Também a área da Qualidade perde
diversas fases da sua trajetória, inúmeros obstáculos pelo Prof. A. F. Martins; notoriedade, com a integração da Prof.ª Zulema Lopes
derivados do facto de nunca terem tido antes o privi- Pereira no Departamento/Secção de Produção Indus-
légio de se terem organizado como áreas autónomas, ›› Metalurgias Física e Industrial, coordenado pelo trial, conjuntamente com a Prof.ª Virgínia Machado,
ao nível da simbologia de outras áreas que todavia Prof. J. D. Botas; extinguindo-se a área no Departamento com a jubilação
sempre dela se serviram. O departamento de Ciência do Prof. Guedes Soares em 1999.
dos Materiais da Faculdade de Ciências e Tecnologia ›› Materiais da Eletrotecnia, coordenado pelo Prof.
da UNL, por ter sido o primeiro a ser criado no espaço A. L. Rodrigues; A partir de 1995, os grupos existentes no DCM eram:
universitário português, enfrentou, com maior acutilân-
cia, esse ambiente adverso e dispersivo. Foi necessá- ›› Cristalografia, coordenado pela Prof.ª M. O. Figueiredo; ›› Materiais Semicondutores e Microeletrónica, liderado
rio criar o conceito, definir a substância e providenciar ›› Qualidade, coordenado pelo Prof. Guedes Soares. pelo Prof. R. Martins;
o espaço de atuação, o que somente foi conseguido em
plenitude, nos anos mais recentes, graças à coerência, Em 1983 ingressa no Departamento a Prof.ª Regina ›› Materiais Poliméricos e Mesomorfos, liderado pelo
competência e reconhecimento alargado que a atual Monteiro e cria-se o grupo de Materiais Cerâmicos Prof. A. F. Martins;
direção do departamento logrou alcançar. e da Eletrotecnia.
›› Metalurgia, liderado pelo Prof. F. B. Fernandes;
Em 1987 começa a pensar-se na reorganização depar- ›› Materiais Cerâmicos, liderado pela Prof.ª R. Monteiro.
tamental da Faculdade e também na criação de um
Departamento dos Materiais, cuja constituição é apro- Em 1999, com a integração no departamento do grupo
vada em 1989 e com isso pensa-se na criação de uma da Secção com Gestão Autónoma da Área da Física
licenciatura autónoma. Nessa altura há um redesenhar (SGAAF), cria-se o grupo de Materiais Dielétricos
dos grupos que passam a designar-se de: e Eletretes, liderado pelo Prof. M. Mendes.
A criação da área de Formação em Microeletrónica
e Nanotecnologia e a necessidade de se seguirem
015 O Departamento de Ciência dos Materiais
no processo de criação e evolução da Universidade Nova de Lisboa
física, química, eletrónica e de gestão, que lhes permite ›› 2011, Joana Neto, prémio SPM/E-MRS importante contribuição para o produto interno portu-
adaptar a toda e qualquer situação. Esta mais-valia é e Ana Sofia Cruz, prémio OE; guês, de Miguel Sanches, formado em Engenharia
também transposta pelos formandos na área que resol- de Materiais tendo sido extremamente relevante para
vem lançar/criar empresas, como é o caso de Fernando ›› 2012, Mafalda Costa, prémio OE; a sua carreira a formação que aí teve. A este facto,
Soares, que cria uma empresa para dar apoio às empre- ›› 2013, Salomé Moço, prémio SPM; deve juntar-se a nomeação para diretor da Cloud/
sas instaladas em Portugal na área da indústria automó- ›› 2015, Ana Correia, prémio SPM. IBM de Gonçalo Andrade e para diretor da Imprensa
vel: autorrádios: painéis de controlo; airbags; montagem Nacional - Casa da Moeda de Luís de Matos. Para além
superficial de componentes. A empresa, iniciada em 1996, Há que realçar aqui o espírito empreendedor, cria- disso, deve também relevar-se as funções sociais de
ainda persiste, com filiais em Espanha (Valência); Polónia tivo e inovador de Cláudia Ranito, CEO e fundadora formados pela Nova, como é o caso de Alain Pereira,
(Varsóvia); Hungria (Budapeste); e Roménia (Bucareste), da Medbone, empresa criada na área dos Biomateriais. chefe de gabinete do Presidente da Câmara Municipal
tornando-o num empresário de sucesso. A este exemplo Para além disso há que destacar os prémios na área de Almada.
outros se seguiram, nomeadamente na área das ener- da inovação com que foi e tem sido galardoada, consti-
gias renováveis (Engenheiro Manuel Santos). tuindo uma marca de inegável qualidade. Elvira Fortunato Isabel Ferreira Luís Pereira
Em termos de consolidação da formação e seu reco- Em 2008, a atribuição na primeira edição da primeira Face a todo este reconhecimento da sociedade civil,
nhecimento a nível nacional, destacamos os prémios bolsa avançada a um português pelo Conselho Europeu não existem dúvidas sobre a estratégia que foi imple-
de Jovem Engenheiro atribuídos pela Ordem dos de Investigação (ERC), ainda mais ficando em primeiro mentada há mais de 35 anos e na qual se tem prosse-
Engenheiros e que distinguiram nos anos 90 Fernando lugar na área de engenharia, a alguém licenciado em guido: os materiais devem ser vistos nas suas vertentes
Ferreira e, na primeira década do século XXI, Pedro Engenharia dos Materiais pela Nova e que aí se douto- multifuncionais e de aplicação multissetorial, sendo
Barquinha, que também foi distinguido com o prémio rou (Elvira Fortunato), catapultou de forma imparável a base de desenvolvimento de produtos, sistemas
Ciência da Gulbenkian. Também é relevante destacar esta formação, a nível nacional e internacional. e tecnologias.
que, em 2010, o prémio de melhor aluno da FCT-UNL
foi atribuído a um mestre formado em Engenharia dos A consolidação e a abertura de outras perspetivas ficou Seguidamente, apresentamos a estrutura curricular
Materiais, Bruno Brás, atualmente a trabalhar na Agên- reforçada em 2015 através de: vigente do Mestrado Integrado em Engenharia de
cia Espacial Europeia, ESA. Materiais, cujo coordenador é, desde 2006, o Prof.
1. A atribuição de uma bolsa ERC de Consolidação João Paulo Borges.
Para além disso, em termos de reconhecimento de a Isabel Ferreira e outra de iniciação a Luís Pereira,
formados na área de materiais pela Nova, foram distin- ambos formados pela Nova e aí também doutora-
guidos pela Ordem dos Engenheiros (OE) e pela Socie- dos. Isto é, o que acontecera anteriormente não era
dade Portuguesa dos Materiais (SPM), desde a sua um caso isolado, mas sim a prova de que a formação
implementação, 15 engenheiros formados pela Nova, de dada promove o espírito inventivo e criativo, marca
onde queremos realçar 9 primeiros prémios atribuídos a: indelével do ensino dos materiais na Nova, potencian-
do-a para patamares de excelência, em termos inter-
›› 2003, Cláudia Ranito, prémio SPM/FEMS; nacionais. À data, nenhum outro departamento em
›› 2004, Pedro Barquinha, prémio OE; Portugal e em qualquer outra área do saber conse-
›› 2006, Cláudia Batista, prémio SPM; guiu este feito.
›› 2008, Nuno Correia, prémio SPM;
›› 2009, Ana Batista, prémio SPM; 2. A nomeação para CEO da Volkswagen Autoeuropa,
a maior empresa instalada em Portugal com a mais
40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 016
1.º Semestre 4.º Semestre 8.º Semestre
Análise Matemática I Física de Polímeros Degradação e Protecção de Superfícies
Álgebra Linear e Geometria Analítica Informática para Ciências e Engenharias E
Física I Materiais Cerâmicos e Vidros Modelação Computacional de Materiais
Introdução à Ciência e Engenharia de Materiais Mecânica dos Materiais I
Química B Propriedades Físicas dos Materiais Planeamento e Controlo da Qualidade
Ciência, Tecnologia e Sociedade
2.º Semestre Tecnologias de Revestimentos e Películas Finas
5.º Semestre
Análise Matemática II C Grupo de Opção I: Superfícies e Interfaces ; Biomecânica
Cristaloquímica Compósitos – Materiais e Aplicações e Hemodinâmica; Planeamento e Controlo da Produção;
Física II Materiais Semicondutores Espumas e Materiais Celulares; Materiais Celulósicos
Introdução às Probabilidades Estatística e Investigação Nanomateriais e Nanotecnologias e Papel; Materiais e Tecnologias de Mostradores Planos
Operacional Técnicas de Caracterização e Ensaios não Destrutivos
Química Orgânica Geral B Técnicas de Instrumentação Empreendedorismo
Competências Transversais para Ciências e Tecnologia
6.º Semestre 9.º Semestre
3.º Semestre
Materiais para a Conversão e Conservação de Energia Cristais Líquidos e Aplicações
Análise Matemática III C Mecânica dos Materiais II
Desenho Técnico Assistido por Computador Microeletrónica I Processamento e Reciclagem de Polímeros
Física III Tecnologia de Cerâmicos e Vidros
Metalurgia Física e Metalografia Tratamentos Térmicos e Mecânicos Projeto de Dissertação
Química dos Polímeros Opção: PIIC – Programa de Introdução à Investigação
Científica PIPP – Programa de Introdução à Prática Seleção de Materiais e Sustentabilidade
Profissional
Grupo de Opção II: Materiais de Construção; Gestão
7.º Semestre de Empresas; Cimentos e Compósitos de Matriz Mineral;
Sensores: Materiais e Aplicações; Transferência de
Biomateriais Conhecimento e Tecnologia; Microeletrónica II; Soldadura
Cerâmicos Técnicos
Reologia dos Materiais Unidade Curricular do Bloco Livre B: UC opcional a escolher
Tecnologias de Enformação de Materiais Metálicos de entre as oferecidas por todos os departamentos
Unidade Curricular do Bloco Livre A: UC opcional a escolher da Faculdade
de entre as oferecidas por todos os departamentos
da Faculdade 10.º Semestre
Dissertação em Engenharia de Materiais
017 O Departamento de Ciência dos Materiais
no processo de criação e evolução da Universidade Nova de Lisboa
A formação a nível de Mestrado a) Mobilidade dos alunos entre as universidades preterindo os abrangentes, como o Mestrado Nacio-
participantes; nal em Engenharia de Materiais. O descontinuar deste
O grau de mestre foi introduzido nas universidades mestrado traduziu-se por uma grande perda, pois
portuguesas em 1980. O DCM tem vindo a participar, b) M obilidade de peritos associados às diferentes potenciava a fertilização cruzada do saber e do ensi-
desde a sua criação, nos mestrados promovidos por universidades, para a lecionação em áreas onde nar, numa área em que Portugal tem apresentado
outras universidades, conjuntamente ou por sua inicia- existe saber complementar ou partilhado; dos melhores resultados, em termos internacionais
tiva, que a seguir se enumera: de investigação e aplicação do conhecimento.
c) Reconhecimento conjunto das universidades envol-
MESTRADO EM FÍSICA DAS 3 UNIVERSIDADES vidas nesta formação, com alunos a poder realizar MESTRADO EM GESTÃO E QUALIDADE
DE LISBOA (CLÁSSICA, TÉCNICA E NOVA) partes do trabalho de tese em outras unidades, DOS MATERIAIS, QUALIMAT
distintas daquelas onde se encontravam inscritos;
Por iniciativa dos departamentos de Física das 3 univer- Em conjunto com o Laboratório Nacional de Enge-
sidades de Lisboa, criou-se em 1985 um dos primeiros d) Cruzamento de saberes e a realização de trabalhos nharia, Tecnologia e Inovação, LNETI, foi criado em
mestrados a nível nacional, na área da Física, onde se comuns. 1999 o Mestrado em Gestão e Qualidade dos Mate-
deve realçar o papel que teve o Prof. Manuel Celorico riais, de forma a satisfazer uma necessidade de
Moutinho, do departamento de Física da Nova, na sua O primeiro representante da Nova neste mestrado foi o formação sentida pelo tecido empresarial. Os promo-
criação e promoção. Nesse mestrado foi solicitado ao Prof. Assis Farinha Martins. A partir de 1991, a Universi- tores desta iniciativa foram os Profs. Duarte Botas e
então polo de Materiais do departamento de Física e dade de Coimbra passa a integrar este mestrado. Rodrigo Martins, por parte da FCT-UNL e o Engenheiro
dos Materiais que participasse na lecionação asso- Paulo Sá e Cunha, por parte do LNETI. O mestrado foi
ciada aos materiais semicondutores amorfos e suas A coordenação das duas primeiras edições deste apoiado por fundos estruturais dos programas comu-
aplicações em dispositivos eletrónicos e optoeletróni- mestrado foi efetuada pelo Prof. Amaral Fortes (IST), as nitários destinados à formação. Com a falta de incen-
cos. Esta formação foi garantida pelo Prof. Rodrigo 3.ª e 4.ª edições foram coordenadas pelo Prof. Rodrigo tivos e com a reorganização de cursos e formação
Martins. Também associado a este mestrado, foram Martins, da FCT-UNL, edições que foram então apoia- associados ao processo de Bolonha, este mestrado
formados os primeiros mestres pelo setor de materiais: das por verbas conseguidas através dos fundos de deixou de funcionar a partir de 2006.
Manuela Vieira e Filomena Bento. formação europeus associados ao Programa Específico
de Desenvolvimento da Indústria Portuguesa, PEDIP. De entre os mestrandos formados, gostaríamos
MESTRADO NACIONAL EM ENGENHARIA de salientar José Fernando Gomes Requeijo, atual
DE MATERIAIS Frequentaram este mestrado alunos que beneficiaram docente no Departamento de Engenharia Mecânica
desta formação partilhada, de modo a potenciarem toda e Industrial, associado à área do ensino da Gestão
Em 1989, por iniciativa dos departamentos de Materiais a sua criatividade, onde se destacam: Tito Trindade (UA) e Controlo da Qualidade.
das 5 universidades públicas portuguesas (FCT-UNL, e Rui Reis (UM, o segundo português formado em Portu-
IST-UTL, UA, FE-UP, UM) e sob a coordenação do Prof. gal a receber uma bolsa avançada da ERC e responsável MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA
Amaral Fortes, apoiado então pelo Presidente da Junta pela criação do laboratório 3Bs - Biomateriais, Biodegra- DE MICRO E NANOTECNOLOGIAS
Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT), dáveis e Biomimética de referência, a nível internacional).
Prof. José Mariano Gago, foi lançado o primeiro mestrado Com o processo de Bolonha, os diferentes depar-
nacional, que tinha como pontos originais os seguintes: Este mestrado funcionou de forma contínua até 2006, tamentos da FCT-UNL, para além de promoverem
altura em que com o chamado processo de Bolonha
a Escolas preferiram dar corpo a mestrados próprios,
40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 018
FIGURA 1.2 > Alunos na as condições de formação e investigação existentes, microeletrónica, mostradores planos, eletrónica orgâ-
Câmara Limpa numa aula de Microeletrónica associados aos centros de Investigação em Materiais nica, gravação eletrónica; tecnologias de processa-
(CENIMAT) e Centro de Excelência em Microeletrónica mento, eletrónica analógica e digital, biossensores,
a reestruturação das formações existentes, também e Optoeletrónica de Processos (CEMOP), complemen- entre outras, explorando o saber existente e criado
pensaram em novas ofertas curriculares consistentes, tadas por formação relevante nas áreas da eletrónica no DCM, cujo expoente máximo são os detentores de
de forma a responderem ao desafio lançado pela dire- (assegurada pelo departamento de Engenharia ERC que têm atividade nestas áreas.
ção da FCT-UNL. Eletrotécnica), mecânica quântica (asseguradas pelo
departamento de Física) biociências e biotecnolo- Este curso já mereceu a avaliação por parte da Agência
Por iniciativa da direção da FCT-UNL, sob a direção do gia (asseguradas pelos departamentos de Química e de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior A3ES em
Prof. Fernando Santana, foi promovido em 2008 um Ciências da Vida). A proposta apresentada pelo DCM 2014, que o considerou um dos melhores cursos avalia-
concurso, com avaliação independente internacional, foi a que ficou em primeiro lugar, de forma destacada. dos pela agência e com dimensão internacional, corro-
para áreas de formação estratégicas de nível interna- Como resultado, para além de potenciar a apresenta- borando assim a avaliação prévia efetuada em 2008.
cional. Uma comissão interna do DCM liderada pelo ção de uma nova proposta de formação, foi também Encontramo-nos ainda numa fase inicial da formação,
Prof. Rodrigo Martins, apoiado pelo Prof. Carlos Dias garantida a abertura de concurso para uma vaga de tendo-se formado os primeiros mestres em 2014, pelo
apresentou uma proposta de curso na área de Micro Professor Associado, que veio mais tarde (2012) a ser que ainda se está numa fase de consolidação, em
e Nanotecnologia, potenciando o saber instalado e preenchida pela Prof.ª Isabel Ferreira. termos de teste à sustentabilidade desta formação de
muito alto nível e com níveis de formação claramente
Consolidada a coerência desta proposta, a mesma foi comparáveis ao que de melhor se faz internacional-
submetida ao Conselho Científico da FCT-UNL que mente. Neste ponto particular, de salientar o facto de
a aprovou e a submeteu para aprovação superior. Deste professores de eminentes escolas, como Cambridge,
processo resultou a abertura em 2009 do Mestrado pretenderem colaborar na formação de alto nível que é
Integrado em Engenharia de Micro e Nanotecnologias, oferecida, como é o caso do Prof. Arokia Nathan.
o primeiro nesta área, existente em Portugal. O numerus
clausus inicial foi de 25. Tendo em conta a enorme Em seguida, apresentamos a estrutura curricular deste
procura por esta formação e o facto de todas as vagas mestrado integrado, cujo coordenador é, desde 2014,
serem preenchidas com médias bastante relevan- o Prof. Hugo Águas.
tes, a escola tem vindo a aumentar o numerus clausus
que é de momento de 55 vagas.
A formação multidisciplinar é abrangente, estando
focalizada para a utilização e exploração das funcio-
nalidades dos materiais e tecnologias afins, em termos
de micro e na fabricação, bem como na produção
e desenvolvimento de dispositivos e sistemas eletróni-
cos, para aplicações abrangentes, incluindo na área
da saúde. Neste contexto é de realçar a formação
sólida e consistente dada na área dos dispositivos
da eletrónica e optoeletrónica e suas funcionalidades,
GRUPO
DE MATERIAIS ESTRUTURAIS (ME)
Regina Monteiro
40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 032
FIGURA 2.1 > Docentes do Grupo de Investigação
de Materiais Estruturais, CENIMAT, 2007
GRUPO
DE MATERIAIS
ESTRUTURAIS
(ME)
A origem e a Em 1983, estando já a FCT-UNL situada no Campus
constituição do grupo da Caparica, surge o Grupo de Materiais da Eletrotecnia,
Cerâmicos e Vidros constituído pelos docentes Leão
Na génese do DCM, com a localização da FCT-UNL Rodrigues e Regina Monteiro e pela docente convidada
ainda no Seminário dos Olivais em Lisboa, foi constituído Ondina Figueiredo.
o Grupo de Metalurgia Física e Industrial com a entrada
dos docentes Teresa Nogueira (1976), José Duarte Botas No ano de 1983, o Grupo de Metalurgia Física e
(1977), Lucelinda Cunha (1978) e Francisco Braz Fernan- Industrial passa a ter um novo elemento, Maria João
des (1978). Em 1979 foi admitido José Manuel Carriço Cardoso. Após a saída desta docente, no ano de 1985,
como técnico de laboratório (reformado em 1996). o Grupo de Metalurgia Física e Industrial passa a inte-
grar o docente Rui Silva.
033 Grupo de Materiais Estruturais (ME)
No ano de 1987, o Grupo de Materiais da Eletrotecnia, e microdurómetro) e uma sala de fornos. No período FIGURA 2.2 > Laboratório de Metalurgia nos Olivais
Cerâmicos e Vidros integra um novo elemento, Sara de 1978 a 1981, em que a FCT-UNL esteve instalada (F. M. Braz Fernandes e José Carriço)
Soalheira, que desempenha funções até 1989. no Seminário dos Olivais, este laboratório deu apoio a
aulas laboratoriais das disciplinas de Ciência dos Mate- FIGURA 2.3
No ano de 1989, o Grupo de Materiais da Eletrotecnia, riais (Licenciatura em Eng.ª de Produção Industrial), Fachada das instalações da FCT-UNL no Seminário dos Olivais
Cerâmicos e Vidros integra uma nova docente, Marga- de Metalografia (1.º e 2.º Cursos de Especialização em
rida Lima, enquanto em 1990 o Grupo de Metalurgia Ciência dos Materiais), de Metalurgia Física e Meta-
Física e Industrial passa a ter mais um docente, Alexan- lografia (Curso de Especialização em Engenharia da
dre Velhinho. Soldadura, organizado em colaboração com o Instituto
de Soldadura), apoio à prestação de serviços a empre-
Em 1994 (após a saída do Prof. Leão Rodrigues para sas (Autosil e Siderurgia Nacional, e apoio ao trabalho
o Departamento de Eletrotecnia), passam a exis- de investigação de Maria Teresa Nogueira (processa-
tir a Secção de Metalurgia (José Duarte Botas, F. Braz mento termomecânico de ligas de alumínio) e F. Braz
Fernandes, Teresa Nogueira, Lucelina Cunha, Rui Silva Fernandes (tratamentos térmicos de aços).
e Alexandre Velhinho), a Secção de Cerâmicos e Vidros
(Regina Monteiro e Margarida Lima) e a Secção de Cris- Com base no conhecimento dos investigadores que
taloquímica (Ondina Figueiredo e João Pedro Veiga, que então constituíam o grupo (José Duarte Botas, asso-
integra o DCM nesse ano). ciado a estudos de solidificação de ligas metálicas,
Francisco Manuel Braz Fernandes, microestrutura de
Entretanto, nos anos seguintes, com a aposentação aços e Maria Teresa Nogueira, mecânica dos materiais),
dos Profs. Teresa Nogueira (2007), Duarte Botas (2007) foram então desenvolvidas as seguintes linhas de inves-
e Lucelinda Cunha (2009) e a jubilação da Prof.ª Maria tigação: solidificação de ligas metálicas e compósitos
Ondina Figueiredo (2008), criou-se em 2009 a Secção (Duarte Botas); propriedades mecânicas dos materiais e
de Materiais Estruturais. Atualmente o grupo de Mate- ligas com memória de forma (Maria Teresa Nogueira);
riais Estruturais é constituído pelos docentes F. Braz processamento termomecânico de ligas metálicas (F.
Fernandes, Regina Monteiro, Rui Silva, Margarida Lima, Braz Fernandes).
Alexandre Velhinho e João Pedro Veiga.
Entre 1976 e 1982, a atividade do grupo foi coordenada
Atividade laboratorial por Maria Teresa Nogueira, que durante este período
e de investigação no grupo trabalhou na estruturação do Curso de Especialização
em Ciência dos Materiais e na Licenciatura em Enge-
ÁREA DA METALURGIA nharia dos Materiais. Maria Teresa Nogueira foi também
a responsável pela aquisição de equipamento e mate-
O grupo de Metalurgia, iniciado por Teresa Nogueira rial necessário para o funcionamento do Laboratório
no Seminário dos Olivais, começou por dispor de um de Metalografia (Figuras 2.2 e 2.3) e da sala de fornos
espaço laboratorial destinado à metalografia (sistemas (no Seminário dos Olivais). Colaborou no Curso Inten-
de polimento mecânico e eletrolítico, microscopia ótica sivo de Microscopia Eletrónica (maio de 1981), coorde-
nado pelo Prof. John Joseph Hren (em licença sabática
40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 034
na FCT-UNL, 1980/81). M. Teresa Nogueira também Rui Silva, tendo sido implementadas as potencialidades AFNOR) em tapete STELMOR na siderurgia da USINOR
colaborou num projeto sobre as propriedades mecâ- de aquisição de imagens por eletrões retrodifundidos e em Longwy, França, e serviu de suporte a uma tese
nicas da cortiça, coordenado pelo Prof. Amaral Fortes a análise e distribuição elementar por espectroscopia de de engenheiro CNAM (C. Basso, École des Mines de
(IST/ UTL). raios X. O DCM e o CENIMAT passavam assim a dispor Nancy, 1985). A publicação principal resultante do
de capacidade na análise elementar dos materiais. trabalho de doutoramento [F. Braz Fernandes, 1984],
Em 1984, foram atribuídos ao grupo de Metalurgia diver- além de ser referida na secção de modelação de trata-
sos espaços laboratoriais no novo Campus da FCT-UNL Em 2006, o grupo de Materiais Estruturais do CENIMAT mentos térmicos no volume 4 do Metals Handbook
no Monte da Caparica. Destes espaços destaca-se, pela adquiriu, sob a responsabilidade de Alexandre Velhinho, (ASM), ainda hoje continua a ser citada (10 citações em
sua importância no ensino e investigação, o laborató- um microscópio ótico digital. Este instrumentoveio alargar WoK nos últimos 5 anos). F. Braz Fernandes foi investi-
rio de Metalurgia e Metalografia. Para este laborató- os modos disponíveis para observação microestrutural, gador responsável do projeto:
rio, então sob a responsabilidade de Teresa Nogueira, passando a incluir a iluminação em campo escuro e o
e com o apoio do técnico José Carriço, foram instalados contraste porinterferência, para além de teracrescentado ›› JNICT 87/219 - “Análise de Tensões Residuais por
alguns equipamentos indispensáveis para a preparação outras funcionalidades motorizadas e semiautomáticas. Difração de Raios X” (1988 – 1990).
metalográfica e observação microestrutural. Destes Na mesma sequência de investimentos, o grupo de
equipamentos, salienta-se um microscópio ótico meta- Materiais Estruturais reequipou o CENIMAT com novos No âmbito deste projeto, foi desenvolvido trabalho que
lográfico, dispondo de iluminação sob campo claro, equipamentos destinados à preparação metalográfica e conduziu à implementação da técnica de medição de
luz polarizada e luz oblíqua, e outros equipamentos aos ensaios mecânicos. tensões residuais no Laboratório de Difração de Raios
para preparação metalográfica. Complementava-se X da FCT-UNL. Esta técnica foi, durante este projeto,
assim a capacidade do DCM no âmbito da caracteriza- Associada à área da metalurgia, o grupo desenvolve aplicada à caracterização de estados de tensões em
ção microestrutural. Também a um nível microscópico, atividade associada às seguintes áreas: provetes cilíndricos de um aço-ferramenta (H13 da AISI)
e com vista à caracterização mecânica, foi adquirida temperados; estes resultados experimentais foram
por essa altura um microdurómetro Vickers. Mais tarde, ›› Ligas Ferrosas (F. M. Braz Fernandes); confrontados com cálculos de previsão de estados de
os meios de caracterização mecânica foram comple- ›› Ligas com Memória de Forma (M. T. Nogueira, F. M. tensões, no âmbito do trabalho de doutoramento de
mentados para um nível de avaliação macroscópico, Rui J. C. Silva.
adquirindo-se uma máquina de ensaios mecânicos Braz Fernandes);
universais e, posteriormente, também um macrodu- ›› Caracterização estrutural por difração de raios X Ligas com memória de forma
rómetro Rockell. Em 2014, então sobre a responsabili-
dade de Rui J. C. Silva, as infraestruturas do laboratório (M. O. Figueiredo, F. M. Braz Fernandes); Entre 1988 a 1990, M. Teresa Nogueira coordenou uma
de Metalurgia e Metalografia do DCM foram renovadas. ›› Materiais heterogéneos: compósitos e materiais com linha de ação (n.º 2D) do Centro de Engenharia Mecâ-
nica das Universidades de Lisboa, CEMUL, sobre ligas
No âmbito do Programa Ciência, foi proposta, pela gradiente de funcionalidade (J. D. Botas, A. Velhinho); com memória de forma. Foi também responsável por
então secção de Metalurgia do DCM, a aquisição de ›› Arqueometalurgia (R. J. C. Silva). um projeto de investigação sobre ligas Cu-Al-Zn com
um microscópio eletrónico de varrimento por efeito memória de forma:
termoiónico (Zeiss DSM 962), instalado em 1986 no Ligas ferrosas
ainda muito recente CENIMAT. Este equipamento, ›› JNICT PBIC/C/CTM/1432/92, CEMUL / FCT-UNL,
então sob a responsabilidade de J. Duarte Botas foi Em 1984, F. Braz Fernandes inicia esta atividade de “Fluência de ligas com dupla memória de forma
inicialmente operado pela técnica Rita Bastos. Em 1999, investigação focalizada na caracterização das transfor- do sistema Cu-Zn-Al” (1 992 a 1995).
a responsabilidade desse equipamento transitou para mações de fases em ligas ferrosas e na modelação das
suas cinéticas de transformação. Este trabalho foi utili-
zado no estudo de otimização das condições de arrefe-
cimento de arame de aço eutectoide (XC80, designação
035 Grupo de Materiais Estruturais (ME)
É esta atividade que marca o grupo, e uma área que de post-doc da FCT/MCTES atribuída a K. K. Mahesh a de transformação por DSC de um grupo selecionado de
ainda se mantém ativa, em termos de investigação. partir de 2004. limas endodônticas, sob orientação de Sancho Correia
e coorientação de F. M. Braz Fernandes. Em dezembro
Na continuação do interesse de F. M. Braz Fernandes Em 2006 teve início uma colaboração com a Univer- de 2013 foi apresentada uma tese de mestrado (Joana
pelos aspetos relacionados com as interações tensões/ sidade de Galati (Roménia) alargando o domínio Cruz) sobre o comportamento à flexão de arames
transformações de fases e de modo a dar continui- do estudo das ligas com memória de forma às ligas de ortodontia, com a coorientação de Rafaella Maga-
dade ao trabalho de M. Teresa Nogueira sobre as ligas do sistema Cu Al Ni. Esta colaboração iniciou com um lhães (Dentista/Ortodontia).
com memória de forma, foi iniciado a partir do ano de estágio de uma estudante ERASMUS (2006) e prosse-
2000 o estudo das ligas Ni-Ti com memória de forma. guiu depois com a definição de um trabalho de douto- De 2012 a 2015, F. M. Braz Fernandes foi coordena-
Primeiro, relativamente à produção e caracterização de ramento (C. Gurau, tese defendida em 2008) e com dor local (para o CENIMAT) da equipa de investigação
películas finas. Depois, abordando também o estudo o estágio de 2 alunos ERASMUS em 2009 e 1 aluno do projeto:
dos tratamentos térmicos e termomecânicos destas ERASMUS em 2011.
ligas Ni-Ti e as suas aplicações, tendo resultado em ›› PTDC/EME-PME/122795/2010 “Ni-Ti-Fail – Assessment
2 projetos de fim de licenciatura pré-Bolonha, 2 teses A caracterização do comportamento termomecâ- of fracture risk of Ni-Ti endodontic files during clinical
de mestrado pré-Bolonha, 11 teses de mestrado, 5 teses nico foi ainda suportada pelo projeto de cooperação use” (Investigador Responsável: Manuel Freitas, IST/
de doutoramento e apoio a 3 post-doc. Luso-checa (2005-2007) intitulado “Experimental study UTL).
of thermal treatment effects on the properties of Ni-Ti
Este trabalho esteve associado a um conjunto de cola- shape memory alloys”, envolvendo F. M. Braz Fernan- Na sequência dos estudos deste projeto, foi apresen-
borações internacionais: Instituto Militar de Engenharia, des, Rui J. C. Silva e K. K. Mahesh (CENIMAT) e Vaclav tada em 2015 uma tese de mestrado (Ana Rita Alves)
Rio de Janeiro, Brasil; Forschgszentrum Rossendorf, Novak e Petr Sittner (Institute of Physics, Praga). que analisou o efeito de tratamentos térmicos de limas
Dresden, Alemanha; Instituto de Física da Academia endodônticas sobre o número de ciclos até à rotura
de Ciências da República Checa, Praga, República A partir de 2005, iniciaram-se vários estudos na área em rotação/flexão e em torção.
Checa; National Aerospace Laboratories, Banga- dos biomateriais: aplicações em biomecânica, compor-
lore, Índia; Department of Materials Science, Manga- tamento em serviço de limas endodônticas, de arames A partir de janeiro de 2010, teve início uma colaboração
lore University, Mangalagangotri, Mangalore, Índia; para ortodontia e comportamento electroquímico com a Prof.ª Rosa Miranda na área da soldadura de ligas
High Energy Materials Science Beamline (P07) de ligas Ni-Ti. Este último tipo de estudos foi possível com memória de forma, no âmbito do projeto:
of Helmholtz Zentrum Geesthacht (HZG), DESY, graças à colaboração de Rui J.C. Silva enquanto respon-
Hamburgo, Alemanha. sável pelo equipamento de voltametria adquirido pelo ›› PTDC/EME-TME/100990/2008 “Ligação de micros-
DCM. Em 2009 foi apresentada nesta área por Sancho sistemas e sistemas de pequena dimensão em ligas
No sentido de melhor interpretar o comportamento Vilaverde Correia a dissertação de doutoramento em de memória de forma com lasers de infravermelho
termomecânico das ligas Ni-Ti, foi implementada Medicina Dentária, Especialidade Dentisteria Conser- de última geração” (Investigadora Responsável: Rosa
no CENIMAT a capacidade de realização de ensaios vadora (Faculdade de Medicina Dentária, Universidade Miranda).
para a determinação da resistividade elétrica (durante de Lisboa) subordinada ao tema “Comportamento em
um ensaio mecânico e com a possibilidade de varia- serviço de limas endodônticas superelásticas de Ni-Ti”. Como resultado destes estudos foram apresentadas
ção de temperatura), com a finalidade de poder efetuar Em julho de 2010 foram defendidas 3 teses de mestrado duas teses de mestrado (em Engenharia Mecânica
o acompanhamento das transformações estrutu- em Medicina Dentária (especialidade de Dentisteria) e em Engenharia dos Materiais), sendo ainda de real-
rais durante o processo de deformação desta classe focando a caracterização estrutural (por DRX in situ alta/ çar o trabalho efetuado por João Pedro Oliveira, condu-
de ligas. Este trabalho foi realizado no âmbito da bolsa baixa temperatura) e determinação de características cente ao seu doutoramento.
047 Grupo de Materiais Estruturais (ME)
›› Comissão Técnica Portuguesa de Normalização ›› Comissão Organizadora da conferência FGM2010 – Distinções e Prémios
CT12 – Aços e Ferros Fundidos (F. M. Braz Fernandes, Multiscale, Multifunctional and Functionally Graded
desde 1994); Materials Conference, Guimarães, Portugal (Alexan- 1994 Maria Ondina Figueiredo integra a Comissão para
dre Velhinho, 2010); a integração de Portugal no sincrotrão europeu ESRF.
›› Licenciatura em Conservação e Restauro da FCT-UNL
(em 1997, Ondina Figueiredo foi convidada como ›› Comissão Científica Internacional da conferência VI 1997 F. M. Braz Fernandes é professor convidado na
conselheira na elaboração curricular da primeira International Materials Symposium MATERIAIS 2011 | Escola Naval.
licenciatura). Lecionação de disciplinas nessa Licen- XV meeting of SPM – Sociedade Portuguesa de Mate-
ciatura, com Rui Silva, Margarida Lima e J. P. Veiga); riais, Guimarães, Portugal (Alexandre Velhinho, 2011); 2002 1.º prémio ex-aequo das Jornadas do Mar 2002,
organizadas pela Escola Naval, Alfeite, aos alunos
›› Assembleia de Representantes da Ordem dos Enge- ›› “Guest Editor” de uma edição especial do International bolseiros finalistas de Engenharia de Materiais, Frederico
nheiros (F. M. Braz Fernandes: membro eleito desde Journal of Materials and Product Technology (convite a Figueiredo e Susana Alendouro, com o trabalho sobre
2004); Alexandre Velhinho, 2011); Reciclagem de Resíduos Sólidos Inorgânicos.
›› Comissão Técnica TC05 “Waste Vitrification- Interna- ›› Comissão Científica das conferências internacionais 2004 Prémio do Melhor Estágio do Colégio de Enge-
tional Congress on Glass” (Regina Monteiro, membro Wastes2011, Wastes13, Wastes15 (Regina Monteiro, nharia Metalúrgica e de Materiais da Ordem dos Enge-
desde 2006); 2011-2015); nheiros atribuído a Frederico Figueiredo, licenciado
em Engenharia dos Materiais pela FCT-UNL, com
›› Painel de avaliação na área de Materiais, no âmbito ›› Guest Editor de uma edição especial da Waste Mana- o trabalho “Incineração de Resíduos Sólidos Urbanos:
das Ações Integradas, CRUP (Regina Monteiro, gement (convite a Regina Monteiro, 2015); Matéria-Prima para Vidros e Vitrocerâmicos”, orientado
2004-2008); por Regina Monteiro.
›› Organização do 1.º Encontro Nacional de Utilizado-
›› Painéis de avaliação de projetos no âmbito dos res de Radiação de Sincrotrão, CENIMAT (F. M. Braz 2009 F. M. Braz Fernandes é doutor Honoris Causa em
programas QREN e Portugal 2020, Agência Nacional Fernandes, Maria João Romão, Rui M. S. Martins, 2012); Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade
de Inovação (A. Velhinho: Tecnologias de Materiais de Galati, Roménia.
e Engenharia Mecânica, desde 2008; R. Monteiro: ›› Organização do 2.º Encontro Nacional de Utilizado-
Tecnologias de Materiais, desde 2008; J. P. Veiga: res de Radiação de Sincrotrão & ESRF Day. Pavilhão 2016 Rui J. C. Silva é vencedor do Prémio de investi-
Tecnologias de Materiais, desde 2016); do Conhecimento, Parque das Nações, Lisboa, (Maria gação colaborativa Santander Totta/NOVA, 2015-2016,
João Romão, F. M. Braz Fernandes, 2013); com o Projeto “Singing bronze: material sciences and
›› Painel de avaliação na área de Engenharia Mecânica, acoustic engineering advanced techniques toward the
no âmbito do programa QREN, IAPMEI (Alexandre ›› Comemorações do Ano Internacional da Cristalogra- preservation of the Mafra carillon bells”; em coautoria
Velhinho, 2011); fia na FCT-UNL (coorganização de J. P. Veiga, 2014); com Vincent Debut (FCSH-UNL).
›› Comissão Científica do Colóquio “Vasco da Gama ›› Simpósio “Sustainable solutions for restoration
e os Oceanos”, organizado pela Escola Naval, Alfeite and conservation of cultural heritage” na conferência
(F. M. Braz Fernandes, membro desde 1998); EMRS 2015 Spring Meeting, Lille, França (Coorganiza-
dor: J. P. Veiga, 2015);
›› Comissão Científica do 1.º Workshop Português
de Materiais com Gradiente Funcional, Guimarães, ›› Simpósio “Sustainable knowledge and preservation of
Portugal (Alexandre Velhinho, 2004); Cultural Heritage for future generations” na conferên-
cia EMRS 2016 Spring Meeting, Lille, França (Coorga-
›› Comissão Científica Internacional da conferência nizador: J. P. Veiga, 2016).
FGM2006 – Multiscale and Functionally Graded Mate-
rials Conference, Honolulu, O’Ahu, Hawaii, EUA., no
âmbito da qual coorganiza o simpósio “Degradation
phenomena and mechanisms in multilayered and func-
tionally graded materials” (Alexandre Velhinho, 2006);
40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 048
FIGURA 2.16 > Doutoramento Honoris Causa 1988 Ligas com memória de forma, atividade coorde- 2005 Avaliação do desempenho de biomateriais, coor-
de F. M. Braz Fernandes, Galati, 2009 nada por M. T. Nogueira. denada por F. M. Braz Fernandes.
Marcos relevantes do grupo 1989 Consolidação no Campus da Caparica da ativi- 2009 Criação da secção de Materiais Estruturais.
dade de caracterização estrutural dos materiais, coor-
Seguidamente, enumeram-se os pontos mais relevan- denada por F. M. Braz Fernandes. 2009 Síntese e caracterização de vidros cerâmicos apli-
tes que marcaram a história do grupo e da secção de cáveis como biomateriais em restauro dentário, coorde-
materiais estruturais, tal como existe em 2016. 1990 Utilização de radiação de sincrotrão, atividade nada por R. Monteiro.
1976 Início da atividade do grupo de metalurgia física coordenada por O. Figueiredo, continuada por F. M.
e industrial, coordenada por M. T. Nogueira. Braz Fernandes e J. P. Veiga. 2010 Início de uma colaboração com Rosa Miranda na
1982 Início de atividade em materiais compósitos metá- área da soldadura de ligas com memória de forma.
licos, coordenada por J. D. Botas. 1991 Criação da secção de Cristaloquimica, coorde-
1983 Início da atividade em materiais cerâmicos nada por M. O. Figueiredo. 2010 Reciclagem de sucata das indústrias elétricas
e vidros, coordenada por R. Monteiro. e eletrónica e de resíduos de construção e demolição,
1985 Atividade de investigação em Ligas Ferrosas, 1992 Início da atividade em investigação de mate- coordenada por Margarida Lima.
coordenada por F. M. Braz Fernandes. riais pétreos e cerâmicos do património cultural por M.
O. Figueiredo e continuada por J. P. Veiga.
1993 Investigação em supercondutores, atividade coor
denada por M. O. Figueiredo e L. Rodrigues.
1995 Início da atividade em arqueometalurgia por F. M.
Braz Fernandes e continuada por Rui Silva.
2000 Investigação na área de reciclagem e valorização
de resíduos sólidos inorgânicos não metálicos, coorde-
nada por R. Monteiro.
2001 Estudo do processamento e caracterização
de compósitos de matriz metálica com gradiente
de funcionalidade, coordenada por A. Velhinho.
2002 Síntese de óxidos cerâmicos pelo processo sol-
gel, coordenada por R. Monteiro.
2004 Gradientes de funcionalidade em materiais diver-
sos, como as espumas cerâmicas ou os compósitos
sintáticos, coordenado por A. Velhinho.