40 Anos de História DCM - FCT/UNL

049 Grupo de Materiais Estruturais (ME)

Investigadores/Bolseiros

Colaboradores (Investigadores/bolseiros) que integraram o Grupo de Materiais Estruturais

Ano Ano Nome Categoria Ano Ano Nome Categoria
Entrada Saída Entrada Saída
Maria Vlad Pós-Doc Hugo Lisboa BTI
1998 1998 Rui Miguel Santos Martins BTI 2010 2011 Rui Luis Perry da Camara Borges Bolseiro de doutoramento
2001 2003 Anderson Santos Paula Bolseira de doutoramento 2011 ... Alexandru Alexa Bolseiro ERASMUS
2002 2006 Karimbi Mahesh Pós-Doc 2011 2011 Roque Gonçalo Saldanha Soares Bolseiro de doutoramento
2004 2012 Christian Mariani Lucas dos Santos Bolseiro de doutoramento 2012 2015 João Pedro de Sousa Oliveira Bolseiro de doutoramento
2004 2005 Rui Miguel Santos Martins Bolseiro de doutoramento 2012 ... Rafaella Magalhães Colaboradora
2005 2008 João Paulo Canejo Bolseiro de Investigação 2012 ... Filipa Pereira Bolseira de doutoramento
2005 2007 Sancho Correia Colaborador/PhD 2012 ... Pablo Vigarinho Bolseiro de Investigação
2005 2011 Nicoleta Andronache Bolseira ERASMUS 2013 2014 Nuno Fernandes Bolseiro de Investigação
2006 2006 Carmela Gurau Bolseira ERASMUS 2013 2014 Filipa Lopes Bolseira de doutoramento
2006 2007 Tiberiu Potecasu Bolseiro ERASMUS 2013 ... Patricia Freitas Rodrigues Bolseira de doutoramento
2007 2007 Sónia Cristina Carvalho Ferreira Bolseira de doutoramento 2014 ... Pavel Mazaev Bolseiro – Estudante
2008 2012 Rui Miguel Santos Martins Colaborador doutorado 2014 2014 doutoramento
2008 ... Filipe Neves Pós-Doc Bolseira de Investigação
2008 2011 Albino Luis Dória Freitas BTI 2015 ... Sara Sequeira Bolseiro de Investigação
2008 2010 Elin Figueiredo Bolseiro de doutoramento/ 2015 2015 Ângela Machado Bolseira ERASMUS
2009 ... Pós-Doc 2015 2015 Sarah Benart Bolseira ERASMUS
Maria João Furtado Bolseira de doutoramento 2015 2015 Harold Barbey Bolseira pós-doc
2009 2013 Corneliu Craciunescu Pós-Doc 2015 2015 Andersan Santos Paula Bolseira de Investigação
2009 2011 Victor Dogaru Bolseiro ERASMUS 2015 ... Teresa Kulberg Bolseiro – Estudante
2009 2009 Ioana Olteanu Andrada Bolseira ERASMUS 2016 2016 Saulo Diniz doutoramento
2009 2009 Pedro Valério Bolseiro de doutoramento Bolseira de Investigação
2009 2012 Andreia Lopes Bolseira de Investigação 2015 2016 Ana Barbosa
2010 ...
... Ainda se encontra no ativo.



GRUPO
DE MATERIAIS POLIMÉRICOS
E MESOMORFOS (MPM)

M. Teresa Cidade

40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 052

GRUPO A origem do grupo Martins implementou, igualmente no IFM, um labora-
DE MATERIAIS tório de química e outro de ótica vocacionados para
POLIMÉRICOS A história da secção de Materiais Poliméricos e Meso- a síntese e caracterização dos cristais líquidos. O Doutor
E MESOMORFOS morfos, do Departamento de Ciência dos Materiais A. Farinha Martins é contratado como professor auxiliar
(MPM) da FCT-UNL, começou muito antes da criação deste da FCT-UNL, no ano letivo de 1978/79, altura em que
Departamento. a faculdade funcionava ainda no Seminário dos Olivais,
continuando a investigação a ser realizada no IFM-INIC.
Na realidade iniciou-se em 1973, curiosamente o ano
em que é criada a Universidade Nova de Lisboa, com A partir de 1974, no grupo do Doutor Farinha Martins foram
a instalação do primeiro espectrómetro de Ressonân- admitidos vários estudantes de doutoramento provenien-
cia Magnética Nuclear (RMN) de sólidos em Portugal, tes do IST que vieram a defender as teses de doutora-
mais propriamente no Instituto de Física e Matemá- mento na FCT-UNL entre 1981 e 1986, nomeadamente
tica do  Instituto Nacional de Investigação Científica António Correia Diogo, António Carlos Casa Nova Ribeiro,
(IFM-INIC), em Lisboa, e com o recrutamento do Doutor Jorge Boavida Ferreira (todos docentes à época do IST) e
A. Farinha Martins (que, na qualidade de bolseiro do João Paulo Casquilho, que entra como assistente estagiá-
Instituto de Alta Cultura do IAC/INIC, tinha desenvolvido rio para o Departamento de Física da FCT-UNL em 1980
trabalho de investigação na Universidade de Grenoble e integra o grupo em 1983, tendo partido para Grenoble,
no domínio da Física dos Cristais Líquidos estudados por em 1986, onde preparou a sua tese de doutoramento que
RMN, tema da sua tese de doutoramento) para liderar veio a defender na FCT-UNL em 1990.
uma futura equipa de investigação dedicada à RMN em
cristais líquidos. O domínio dos cristais líquidos foi intro- O Grupo de Materiais Poliméricos
duzido em Portugal por esta via, e a RMN/TF era então e Mesomorfos
uma técnica emergente. Ainda na década de 70, Farinha
O Prof. Assis Farinha Martins instala-se no Campus
da Caparica em 1982, quando a FCT-UNL se transfere
do Seminário dos Olivais para o Monte da Caparica,
dando origem ao atual Grupo de Materiais Poliméricos
e Mesomorfos (GMPM) do DCM.

A. F. Martins, Os Cristais Na primeira metade da década de 80 do séc. XX na FCT-UNL
Líquidos, Fundação só existia o Edifício I, não havia arruamentos, o que implicava
Calouste Gulbenkian, um lodaçal no inverno, e as ovelhas passeavam-se pelos
Colóquio "Ciências", campos.
7,253, 1991
Em 1985 tomam posse como Assistentes Estagiárias da
FCT-UNL Maria Teresa Cidade e Maria Helena Godinho,

053 Grupo de Materiais Poliméricos e Mesomorfos (MPM)

que integram o grupo do Prof. A. Farinha Martins e  que, Numa das primeiras aulas dadas pela então Assistente Estagiária FIGURA 3.1 > Grupo de Materiais Moles
para além da sua atividade docente, começaram a desen- Teresa Cidade, o Prof. Leopoldo Guimarães entrou na sala e Biofuncionais em 2014
volver trabalho de investigação experimental no IFM, na antes desta acabar, não se apercebendo que havia um docente
FCT-UNL e também em Nice e Sophia-Antipolis. A Doutora na sala. Só mais tarde nesse dia foram apresentados pelo Prof.
Vera Sá da Costa integra o grupo em 1987, aí permane- Leão Rodrigues, à data presidente do Departamento.
cendo até 1990. Mais tarde, para a substituir, ingressa, por
concurso público, em 1993, o Prof. Jorge Boavida Ferreira, de investigação na FCT-UNL, o CENIMAT – Centro de
proveniente do IST, onde permanece até à sua aposen- Investigação de Materiais, de que o Prof. A. Farinha Martins
tação em 2014. De realçar também o contributo do Prof. (desde 1985 Prof. Catedrático) foi diretor (1994-1998), coad-
João Moura Bordado como professor convidado do DCM, juvado pelos Profs. Maria Teresa Cidade e Francisco Braz
e associado ao grupo, entre 1989 e 1994. Fernandes, este do Grupo de Materiais Estruturais.

M. Helena Godinho em 1985 e na atualidade A. Farinha Martins FIGURA 3.2 > Alguns elementos
do Grupo de Materiais Poliméricos e Mesomorfos em 2012
M. Teresa Cidade em 1985 e na atualidade O Grupo de Materiais Poliméricos e Mesomorfos do CENI-
MAT/I3N, recentemente renomeado Grupo de  Materiais
Com a extinção do INIC em 1993, o grupo de Cristais Moles e Biofuncionais (GMMB), foi dirigido pelo Prof. A.
Líquidos do IFM dividiu-se, tendo os docentes do IST Farinha Martins até 2004, passando depois a ser dirigido
formado uma nova unidade no quadro da UL e todos os pela Prof.ª M. Helena Godinho. Este grupo, que começou
docentes da FCT-UNL passaram a integrar uma unidade com 5 membros efetivos (A. Farinha Martins, J. Boavida
Ferreira, João Paulo Casquilho, M. Helena Godinho e M.
Teresa Cidade), foi crescendo ao longo dos anos, contando
hoje (2016) com 13 membros efetivos e 15 colaboradores.
O Prof. Farinha Martins veio a aposentar-se em 2011, ainda
que se mantenha ligado ao GMMB. (Figuras 3.1 e 3.2)

As entradas das Profs. M. Helena Godinho e M. Teresa
Cidade, e mais tarde (1999) do Prof. João Paulo Borges,
que se doutorou em 2004, sob a orientação da Prof.ª

40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 054

FIGURA 3.3 > Foto com membros do CENIMAT em 1999. Em baixo M. Helena Godinho, deram um impulso à investigação e Mesomorfos (SMPM) contou ainda com o Doutor Antó-
ao centro, Teresa Cidade; 2.ª linha, segunda a contar da esquerda, do grupo, alar­gando-a a áreas distintas da RMN de cris- nio Gabriel Malagueta Feio que, embora pertencendo
Carmo Lança; 1.ª linha, 4.º e 5.º a contar da esquerda, Boavida Ferreira tais líquidos, nomeadamente o desenvolvimento de cris- aos quadros da Universidade de Lisboa enquanto ex-in-
e Gabriel Feio, entre colegas de outros grupos tais líquidos e elastómeros líquidos cristalinos à base da vestigador do INIC, desenvolveu atividade científica
celulose e suas aplicações (M. Helena Godinho), proces- no CENIMAT, como responsável pelo laboratório de
FIGURA 3.4 > Foto de Teresa Cidade em visita samento e caracterização de polímeros e compósitos de RMN, e prestou serviço docente no DCM, para o qual
de estudo com alunos nos primeiros anos da década de 90 matriz polimérica, com especial destaque para a reologia foi contratado como professor associado convidado
experimental (Teresa Cidade) e materiais para aplicações a título gratuito. O Doutor A. Gabriel Feio aposentou-se da
médicas (João Paulo Borges). Entretanto, e por períodos FC-UL em 2013 mas continua a colaborar com o grupo
mais ou menos longos, nos idos anos de 80 e 90 do século de investigação no CENIMAT. (Figura 3.3)
XX, outros assistentes estagiários/assistentes passaram
pelo grupo: Luísa Ferreira, Mário Soares, Edite Viana. Aquando da reformulação dos departamentos e suas
secções em 2009/10, altura em que já era (desde 2000)
João Paulo Borges em 1999 e na atualidade responsável da Secção a Prof.ª M. Teresa Cidade, inte-
graram a Secção de Materiais Poliméricos e Mesomor-
Independentemente da abertura a novas áreas de inves- fos (SMPM) dois docentes inicialmente pertencentes a
tigação, a RMN foi sempre um tópico importante do outra secção do Departamento (grupo MEO), os profes-
grupo. Prova disso é a criação do Laboratório de RMN do sores Carlos Alberto Nunes de Carvalho e Guilherme
CENIMAT, no início dos anos 90 e a montagem, em 1996, Lavareda, que não fazem, no entanto, investigação nas
de um sistema de Reo-RMN (reologia associada à RMN, áreas tradicionais do grupo. Mais recentemente (2013)
permitindo medidas de propriedades viscoelásticas de integrou a Secção a Prof.ª Maria do Carmo Lança, que
polímeros), sistema este que tinha sido proposto pela iniciou a sua carreira docente em 1990 na Secção com
primeira vez (a nível mundial) pelo Prof. A. Farinha Martins Gestão Autónoma da Área da Física (FCT-UNL), tendo
[A. F. Martins et al., Phys. Rev. Lett. 57, 1745-1748 (1986)]. depois (1999) integrado o Departamento de Ciência dos
Materiais numa secção de Materiais Eletroativos, entre-
É devido a esta continuada aposta na RMN que, entre tanto extinta, e passado um tempo breve pela Secção de
os anos 1998 e 2013, a Secção de Materiais Poliméricos Materiais para a Eletrónica, Optoeletrónica e Nanotecno-
logias. A Prof.ª M. Carmo Lança desenvolve a sua ativi-
dade de investigação na área dos materiais eletroativos,
biomateriais e materiais naturais.

Atividade docente

A SMPM foi, à data da sua constituição, responsável
pelas unidades curriculares de Física de Polímeros,

















063 Grupo de Materiais Poliméricos e Mesomorfos (MPM)

Distinções e Prémios Colaborações Outras Unidades Orgânicas da UNL – Instituto
(Séc. XXI) de Higiene e Medicina Tropical (IHMT): desenvolvimento
Foram várias as distinções e prémios atribuídas a mem­­ de nanopartículas superparamagnéticas para o terag-
bros da secção: Universidades estrangeiras – Kent (EUA, cristais líqui- nóstico do cancro.
dos e redes líquidas cristalinas), McGill (Canadá, cristais
›› 1979 Assis Farinha Martins, como investigador do líquidos e redes líquidas cristalinas), São Paulo (Brasil,
INIC, complexo II, Prof. convidado em EPF-Lausanne, cristais líquidos e redes líquidas cristalinas), Cambridge
Suíça, 1979; (R.U., cristais líquidos e redes líquidas cristalinas), Ljubl-
jana (Eslovénia, cristais líquidos e redes líquidas crista-
›› 1985-86 Assis Farinha Martins, Prof. convidado linas), Nice, Paris Sud (França, cristais líquidos e  redes
na Universidade de Grenoble, França; líquidas cristalinas), San Sebastian (dependência da
viscosidade com a pressão através de caracterização
›› 1981-93 Assis Farinha Martins, Secretário-Geral reológica e PVT, de polímeros líquidos cristalinos e suas
da Sociedade Portuguesa de Física; misturas com termoplásticos), Huelva (tribol­ogia de
massas lubrificantes) e Sevilha (caracterização morfoló-
›› 2010 Maria Helena Godinho, Featured Research em gica e reológica de emulsões) (Espanha).
SoftMatterWorld Newsletter, número 22, outubro;
Universidades portuguesas – Universidade de Lisboa
›› 2010 Maria Helena Godinho, Liquid crystal artist, (IST, colaboração de longa data na área das películas
setembro, Sociedade Internacional de Cristais finas; IST, cristais líquidos e redes líquidas cristalinas; FF,
Líquidos; reologia de pomadas; CFMC e CFT, reologia de fluidos
complexos, cristais líquidos e redes líquidas cristalinas),
›› 2010-11 Maria Helena Godinho, Air Force Lab. Grant Aveiro (Dep. Física, propriedades elétricas de biomate-
(AFOSR), USA, Micro and Nanostructures from riais), Porto (FEUP, sistemas injetáveis para reparação
Liquid Crystalline Cellulose Materials (Grant award de tecidos), Minho (Dep. Eng. Polímeros, preparação
no FA8655-10-1-3020); e caracterização de misturas polímero/polímero líquido
cristalino).
›› 2010-13 e 2013-16 Maria Teresa Cidade, Presidente
da Sociedade Portuguesa de Reologia; Outros Departamentos FCT-UNL – Química (caracteri-
zação reológicas de hidrogéis e líquidos iónicos, produ-
›› 2011 Maria Helena Godinho, Certificate of Apprecia- ção de fibras de Ion Jelly®), Física (colaborações no
tion For  Valuable Contribution and Dedicated Service âmbito do desenvolvimento de Biomateriais – labora-
in  Peer Review para artigos submetidos às revistas tório de cultura celular), Engenharia Civil (caracterização
da ACS; reológica de caldas hidráulicas e de betumes), Enge-
nharia Eletrotécnica (captação de energia para aplica-
›› 2015 Maria Teresa Cidade, Bolsa de Excelência no ções eletrónicas autónomas).
âmbito do projeto, JRP-ENG59, “Sensor development
and calibration method for inline detection of visco-
sity and solids content of non-Newtonian fluids”, enti-
dade financiadora: EURAMET, European Association
of National Metrology Institutes;

›› 2016 Maria Helena Godinho, Invited overseas lecturer
pela British Liquid Crystal Society.

40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 064

Investigadores/ Ano Ano Nome Categorias Ano Ano Nome Categorias
Bolseiros entrada saída entrada saída
Isabel Machado Bolseira de Gonçalo Pereira Bolseiro de
Colaboradores (Investigadores/bolseiros) que integra- 1992 1994 da Graça Investigação 2010 2011 Investigação
ram/integram o Grupo de Materiais Poliméricos e Meso- Fernanda
morfos do DCM e/ou CENIMAT. 1992 1994 Simões Bolseiro de 2011 … Luís Baltazar Bolseiro de
Catarina Rosa Investigação doutoramento
1992 … Leal / Pós-Doc
Susana Filipe Investigadora
2001 2004 CENIMAT 2011 … Susete Pós-Doc
Ana Paula Fernandes
2002 2012 Duarte Bolseira de 2011 2013 Bolseira de
doutoramento Ana Sofia Mota doutoramento
Pedro Lúcio 2012 … Pedrosa
Almeida Bolseira de 2013 2014 Pós-Doc
Inês Costa doutoramento Coro Echevarria
Daniela Filip / Pós-Doc Bolseiro de
João Paulo Tiago Brehm Investigação
Canejo Investigador
2002 … CENIMAT 2013 2015 Luis Aguirre Pós-Doc
Ana João 2014 …
2004 2008 Investigadora 2014 2015 João Avó Pós-Doc
2004 2010 Ana Boto
2007 … Pós-Doc 2014 2015 Ana Filipa Bolseira de
Hugo Lisboa Correia Investigação
2007 2008 Bolseiro de 2014 2015
2008 2009 Ana Espiga doutoramento Ana Claúdia Bolseira de
2008 2012 Machado / Pós-Doc 2014 … Videirinha Investigação
2008 2013 Sofia Prata
2008 2012 Bolseira de 2015 … José Eduardo Bolseiro de
2009 … Ana Catarina doutoramento Pereira Investigação
Trindade
Bolseira de Stephanie Bolseira de
Sudarshan investigação Soares doutoramento
Kundu
Luis Pinto Bolseiro de Marta Corvo Bolseira de
doutoramento Gestão C&T
2015 … Ângela Machado
Bolseira de 2015 … Investigadora
doutoramento Gabriela
2015 … Azevedo Bolseira de
Bolseira de 2015 … doutoramento
doutoramento Andreia Furtado
Investigadora
Bolseira de Jorge Silva
doutoramento Investigador
2009 2013 / Pós-Doc 2015 … Célia Henriques CENIMAT
2009 2010
Pós-Doc Investigadora
CENIMAT
Pós-Doc
... Ainda se encontra no ativo.

GRUPO
DE MATERIAIS PARA A
ELETRÓNICA, OPTOELETRÓNICA
E NANOTECNOLOGIAS (MEON)

Rodrigo Martins e Leopoldo Guimarães

40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 066

GRUPO Origem do grupo Em 1979/80, Rodrigo Martins instala no CFMUL o primeiro sistema
DE MATERIAIS de deposição de silício amorfo por descarga luminosa indutiva de
PARA A ELETRÓNICA, A história do grupo de Materiais para a Eletrónica, Optoele- rádio frequência em Portugal
OPTOELETRÓNICA trónica e Nanotecnologias (MEON), do Departamento de
E NANOTECNOLOGIAS Ciência dos Materiais da FCT-UNL, tem início no Centro António Quintela, que apoiou o processo de transfor-
(MEON) de Física Molecular da Universidade de Lisboa, CFMUL, mação e adaptação dos geradores de rádio frequência.
onde em 1977 foi montado um laboratório para litografia e Como gerador de rádio frequência foi usado um trans-
Elementos do Grupo MEON com o Dr. Tawad, gravação de circuitos eletrónicos, usando verbas disponi- missor cedido pelos CTT/Marconi que se encontrava nos
CEO da empresa Fuji Japão bilizadas pelo INIC e coordenadas pelo Prof. L. Guimarães Açores e tinha sido utilizado durante a Segunda Guerra
como responsável da linha 6 do CFMUL. O sistema era Mundial! Na adaptação deste equipamento foi relevante
simples e consistia em se desenhar máscaras em rubilite o apoio dado pelo Engenheiro Pedro Mirão. Este gera-
com sistema tipo pantógrafo e a repetição padrão usando dor usava uma frequência da ordem dos 5,5 MHz e uma
um sistema de dispersão ótica (chapa perfurada, por potência máxima de cerca de 200 W - 300 W.
trás da qual se encontrava a película a emulsionar). Este
sistema teve um forte contributo de Serafim Nunes. FIGURA 4.1 > Sistema de evaporação térmica usado
para a produção de células solares de CdS/Cu2S
Seguiu-se a montagem do sistema de evaporação
térmica para a produção de células solares de CdS/ As áreas dos filmes produzidos cingia-se a áreas infe-
Cu2S e produção de filmes finos metálicos, atividade riores a 2 cm x 2 cm, pelo que foi montado um outro
coordenada por E. Morgado. Montou-se um evapora- sistema capacitivo, que permitia produzir filmes com
dor resistivo para produzir contactos metálicos para áreas de 5 cm x 5 cm, usando para o efeito substratos
a produção das células solares. (Figura 4.1) metálicos. Neste sistema foi utilizado um gerador de
rádio frequência cedido pelos serviços de transmissão
Em 1979/80, Rodrigo Martins instala no CFMUL e comunicação da Polícia de Segurança Pública, que
o  primeiro sistema de deposição de silício amorfo por
descarga luminosa indutiva de rádio frequência em
Portugal (hoje em dia designado de deposição química
assistida por plasma de rádio frequência, PECVD), sendo
uma réplica do sistema existente na Universidade de
Dundee, Escócia, pioneira mundial nesta área e onde
Rodrigo Martins tinha estado a trabalhar com o Prof.
Walter Spear na realização do seu mestrado. Para além
do sistema, também montou a instalação de gases. Toda
esta atividade foi inicialmente apoiada pelo técnico Joel
Figueiredo, a que se juntou Manuel Maria Quintela e o
apoio dos colegas Carlos Nunes de Carvalho e Antó-
nio Guerreiro Dias. Uma palavra aqui deve ser dada a

067 Grupo de Materiais para a Eletrónica, Optoeletrónica e Nanotecnologias (MEON)

teve de ser readaptado e funcionava a uma frequência a Tecnologias da Microeletrónica e Células Solares FIGURA 4.2 > Primeiro sistema
de cerca de 4,5 MHz, a uma potência máxima de cerca de CdS/Cu2S e outro designado de 6B, Desenvolvimento de deposição de silício amorfo
de 250 W. Este sistema ficou concluído em 1982. das aplicações do Si-a; Si-poli e Si-c na conversão em Portugal
fotovoltaica e microeletrónica, cujo coordenador geral foi
Na mesma altura, foram projetadas e instaladas câma- o Prof. L. Guimarães. A partir de 1983, a linha 6B passa FIGURA 4.3 > Sistema de deposição
ras de vácuo para caracterização elétrica em função da a ser liderada por R. Martins. Esta situação mantém-se de silício amorfo por PECVD constituído por câmara
temperatura e caracterização termoelétrica dos filmes até 1990, altura em que R. Martins e a equipa que com de decomposição separada da câmara de deposição, assistido por
(R. Martins, com o apoio de J. Figueiredo e M. Quintela). ele trabalha transitam para o Campus da Caparica campo magnético, patente da autoria de R. Martins e L. Guimarães
(E.  Fortunato, I. Baía, M. Vieira, I. Ferreira e A. Maçarico). do silício amorfo e de óxidos transparentes condutores
Com base nos resultados, e associados à investigação do (1986), bem como no desenvolvimento de novos sistemas
silício amorfo, o grupo consegue financiamento do Minis- Em 1981/82, Carlos M. Dias, então aluno de Engenharia de deposição. Filomena Bento (mestranda, L. Guimarães),
tério da Indústria/Direção Geral de Energia, para produzir Física e Materiais (especialidade Física), colabora com no apoio ao sistema de instalação de forno de difusão e
células solares de grande área. Na altura propôs-se produ- o  grupo no processo de projeto e instalação de siste- processo de fabrico de células solares de CdS/Cu2S.
zir células solares de 15 cm x 15 cm. Da investigação reali- mas de gases para forno de difusão.
zada constatou-se que um dos problemas da tecnologia
PECVD era o bombardeamento da superfície por espécies Com base em verbas ganhas com projetos da JNICT
de alta energia, crítico quando se aumentava a potência (Desenvolvimento de células solares de silício amorfo: 1983-
de rádio frequência. Para resolver este problema técnico 1985) e do Ministério da Indústria (Desenvolvimento de um
o grupo propôs uma nova tecnologia de deposição, módulo fotovoltaico, n.º CDI-U/015/84 (1984/88), coor-
um sistema cujo processo de decomposição gasosa se denados pelo Prof. L. Guimarães, o grupo desenvolve e
efetuava numa câmara separada da deposição (designado instala um sistema para a produção de óxidos transpa-
de sistema TCDDC) (Figura 4.3). Este sistema possuía ainda rentes e condutores, produzidos por evaporação térmica
um campo magnético associado à câmara de deposição, reativa, para aplicações na optoeletrónica. Esta atividade
que servia como guia para as espécies gasosas dissocia- é coordenada por R. Martins, apoiada por C. N. de Carva-
das. Este sistema foi patenteado (R. Martins, L. Guimarães, lho e pelos técnicos M. Quintela e J. Figueiredo. A partir
Patente n.º 75159/82-P, “Production of semiconductors films de 1985, o grupo recebe os primeiros alunos (Física e dos
and alloys by two consecutive decomposition and deposition Materiais, especialidade Materiais) para realizarem ativi-
chamber system”, designado de “after glow” PECVD system). dade na área de processos e caracterização de material
Este sistema ficou concluído em 1982. e dispositivos, onde se realça:

Em 1983, no âmbito de acordos de colaboração entre a) Manuel Santos, Sara Soalheira, António Maça-
a FCT-UNL e a Universidade de São Paulo, foi instalado rico, Clarisse Nunes, Carlos Valente, Rogério Puga
no Laboratório de Microeletrónica (LME/USP) o primeiro Leal, Isilda Baía, entre outros, no apoio ao processo
sistema de deposição de silício amorfo, baseado nesta de  fabrico e caracterização de filmes e dispositivos
tecnologia. de silício amorfo (1985).

A partir de 1983, passaram a existir dois projetos b) Elvira Fortunato (monitora de L. Guimarães) e Manuela
estratégicos na linha 6. Um, designado de 6A e referente Vieira (mestranda, R. Martins), no apoio à caracterização

40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 068

FIGURA 4.4 > Escola de Inverno sobre silício amorfo, e Optoeletrónica de Processos (CEMOP, que funciona energia de r.f.), tendo sido contemplada com forte inves-
Folgaria - Itália 1989 num espaço de gabinete cedido para o  efeito pelo timento do PEDIP (o equivalente a 2,5 milhões de euros).
Uninova. Com ele inicia-se também alguma atividade no A empresa extinguiu-se em 1992, o que fez com que a
c) Isabel Ferreira no apoio à equipa do silício amorfo Campus da Caparica, onde participam os colaborado- política de investimento em energias alternativas fosse
e medidas de potencial termoelétrico (1986). Alexan- res Fernando Soares, Elvira Fortunato, Isilda Baía, Isabel repensada, e o projeto Portsol não vingou.
dre Velhinho, Luís Nobre Gonçalves, Luís Rodrigues Ferreira e Manuela Vieira).
e Guilherme Lavareda (1987), software para aquisição Em 1989, o grupo ganha um projeto que lhe permite dar
e tratamento de dados de espectroscopia de infra- Em 1988, sob a liderança do Prof. L. Guimarães, o grupo um grande salto qualitativo, em termos de instalações
vermelho e determinação da densidade de estados ganha o primeiro projeto europeu “Hydrogenated amor- e equipamentos para a microeletrónica. São os projetos
em silício amorfo. Luís Rodrigues também desenvolve phous silicon integrated tandem solar cells produced by PEDIP, com um financiamento equivalente a 2 M€:
o  software para tratamento de dados de espectros- a two consecutive decomposition and deposition cham-
copia de massa aplicada aos processos de deposição ber (TCDDC) system – AMOR”, JOULE, EN 3S-0144-P i. “Microeletrónica e Optoeletrónica de Processos Asso-
de silício amorfo (1987-1988). (1988/90), que coordena. É o primeiro grande projeto ciados à Tecnologia das Películas Finas – CEMOP I”,
que permite contratar bolseiros e investir na aquisi- projeto PEDIP n.º 00038 (1989/91). Para além de
Em 1987, o grupo ganha em parceria com a Universidade ção de equipamentos para processos (deixar de usar construção de edifício próprio, serviu para aquisição
de Telavive, Israel (coordenador), o projeto “Improvement rotâmetros e passar a usar controladores de fluxo de de parte do equipamento de apoio, nomeadamente,
in metallization passivation for solar cells”, USAID-CDR massa; usar gerador de rádio frequência próprios para equipamento de litografia e alinhador de máscaras;
(C7-178) (1987/88), financiado pelos Estados Unidos processos de plasma a trabalharem a 13,6 MHz; aqui- sistemas de tratamento de águas para câmara limpa;
de América, a que fica ligada E. Fortunato. Este projeto sição de  quadrupólo de massa; novos processos de sistema de erosão seca.
permite reforçar o conhecimento em técnicas de carac- aquecimento) e caracterização (eletrómetros, espectros-
terização de óxidos e silício, por Auger, inexistentes em copia de infravermelho, computadores, espectroscopia ii. “Microeletrónica e Optoeletrónica de Processos –
Portugal. Neste mesmo ano e  com base no programa do ultravioleta ao infravermelho próximo, entre outros). CEMOP II”, projeto PEDIP n.º 00250 (1991/93). Este
mobilizador da JNICT, o grupo ganha o projeto “Microele- projeto foi praticamente destinado a apoiar as aqui-
trónica de películas finas”, JNICT, projeto n.º 87 618 Neste mesmo ano fez-se uma aliança com a empresa sições de equipamento, tais como: sistema de trata-
(1987/90), coordenado por R. Martins, que serve de base Tudor Portugal para promover o aparecimento de uma mento de ar para câmara limpa; forno de difusão
à criação do Centro de Excelência de Microeletrónica empresa na área fotovoltaica, designada de Portsol. de 3 bocas para bolachas até 8 polegadas; forno de
Pelo lado da Tudor, o grande impulsionador, para além difusão da Tempress para bolachas até 6 polegadas;
do administrador (A. Salvador), foi o capitão Correia de com uma boca para deposição química de vapores
Campos, depois substituído pelo Engenheiro Pimentel, a baixa pressão (crescimento de silício policristalino);
tendo como responsável pelo projeto Portsol nomeado bancada para processos de erosão húmida de circui-
pela Tudor o Engenheiro Vítor Pedroso. Essa empresa tos da microeletrónica; sistemas de ar condicionado;
tinha como parceiro a FCT-UNL/Uninova e como gestor sistemas de soldadura de microcircuitos; sistema de
técnico por parte da FCT-UNL/Uninova, Rodrigo Martins. corte de bolachas de silício cristalino; fornos para
A ideia da Tudor era a de vender pacotes de energia, na recozimento de materiais e dispositivos em atmos-
linha de orientação do que já faziam: pilhas secas e bate- fera controlada; sistema de  ar comprimido tratado.
rias. A empresa fez fortes investimentos na aquisição de
terrenos (Palmela) e equipamentos (bombas de vácuo e Estes projetos foram marcantes em tudo o que o
geradores de r.f. e respetivos sistemas de adaptação da CEMOP foi e é, apoiando o próprio crescimento e





















079 Grupo de Materiais para a Eletrónica, Optoeletrónica e Nanotecnologias (MEON)

Detetores de infravermelho de silício Sensor de posição linear integrado de silício Produção de ligas de SiC policristalino
cristalino, 1993 amorfo hidrogenado (patente nacional), 1997 por hot-wire-CVD, 1999

Dispositivos baseados na tecnologia do silício cris- Dispositivo constituído por conjuntos de 32 sensores Produção de filmes finos de silício e ligas de silício-
talino, para aplicação em sistemas de deteção ótica. lineares integrados, desenvolvido para aplicações em -carbono (dopados e não dopados) de estrutura orde-
As junções p-n foram totalmente produzidas em Portu- sistemas de inspeção tridimensionais, para controlo nada (grãos cristalinos) a baixa temperatura, utilizando
gal (DCM/FCT-UNL e CEMOP/Uninova), utilizando contínuo de processos, por meios óticos (1997). Prémio uma tecnologia de baixo custo, para aplicações na
fornos de difusão de atmosfera controlada (AP-CVD) ANIMEE de Inovação e Criatividade ANIMEE: Menção eletrónica e optoeletrónica (1999).
(1993). Menção Honrosa da Associação Nacional das Honrosa 1997.
Indústrias Elétrica e Eletrónica, ANIMEE 1993.

Sensores de hidrogénio, 1997 Novos sistemas metalúrgicos de Cu/Sn Produção de Si policristalino por LPCVD, 2001
para soldadura, 1999
Dispositivos baseados em estruturas MIS de silício Produção de filmes finos de silício policristalino de grau
amorfo hidrogenado, para aplicação em sensores de Desenvolvimento de um novo sistema metalúrgico eletrónico (dopados e não dopados), utilizando a tecno-
gases (1997). capaz de substituir o chumbo nos processos de solda- logia de LPCVD (2001).
dura convencionais e de resistir a altas temperaturas de
Estrutura dos sensores trabalho, como é o caso dos componentes eletrónicos Ligas de silício carbono
de hidrogénio de silício de alta potência (1999). microcristalinas
amorfo hidrogenado

40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 080 Detetores IRS, 2007

Produção de memórias ferroelétricas, 2001 Detetores de infravermelho usando a tecnologia do
silício cristalino, encapsulados e com especificações
Produção de memórias ferroelétricas utilizando estruturas comerciais.
de TCO/n-a-Si:H/PZT/a-Si/Pt, que foram pela primeira
vez produzidas e demonstram ter melhor desempenho
que as estruturas clássicas à base de silício cristalino (2001).

Transístores de Filme Fino (TFT) usando ZnO Biossensor de DNA/RNA, 2006 (patente Placa de circuito impresso com conjuntos
como semicondutor ativo, 2002/2003 internacional) de IRS Integrados, 2007

TFT totalmente transparente e produzido à temperatura Demonstrador do sistema de deteção, incluindo o Placa integrada de IRS para deteção de um spot de luz
ambiente. Trabalho pioneiro patenteado internacional- sistema USB para ligação a computador, placa de laser sobre um alvo.
mente em parceria com a SAMSUNG. circuito impresso, fotodetetor, LED; contentor e respe-
tivo esquemático do sistema.

Detetores integrados de
Infravermelho sem placa de
circuito impresso, produzidos
e desenvolvidos pelo grupo
MEON.

Câmara de Inspeção ótica, 2006

Protótipo para teste de processo de recolha de imagem
3D em tempo real (2006).

Óxidos condutores amorfos de elevada Integração de 128 Sensores de Posição em
mobilidade, 2004 Linha (128 PSD array, Patente), 2007

Produção de óxidos condutores de IZO à temperatura Primeiro Circuito Integrado de Sensores de Posição
ambiente, de levada mobilidade (> 60 cm2V-1.s-1), que de 128 linhas produzido a nível mundial, com base
torna possível a sua utilização em substratos como na tecnologia do silício amorfo, para aplicação em siste-
mylar e papel. mas de inspeção 3D (2007).

Placa de controlo 3D/PSD, 2007 081 Grupo de Materiais para a Eletrónica, Optoeletrónica e Nanotecnologias (MEON)

Placa de controlo e aquisição de dados em tempo TFT eletrocrómicos, 2009
real de PSD de 128L para reconstrução de imagens 3D (invenção patenteada)
(2007).
TFT eletrocrómicos produzidos à temperatura am­biente.

Transístor de papel e memória de papel, 2008 Bateria de Papel, 2009
(invenções patenteadas)
Bateria autorrecarregável de e com papel (invenção).
Primeiro transístor de papel e primeira memória de Prova de conceito: liga-desliga um transístor de papel.
papel inventadas, a nível mundial (2008).

Transístores de filme fino de silício
nanoestruturado, 2007

Integração de nanoestruturas de silício com óxidos
dielétricos de elevada constante dielétrica
(novembro 2007).

Sistemas transistorizados eletrocrómicos a) Bateria de Papel;
impresso por jato de tinta em mylar e papel b) esquemático
(invenção patenteada), 2009 da constituição
da bateria de papel
Prova de conceito, liga-desliga de um sistema eletro-
crómico sem circuitos de endereçamento. Dielétricos amorfos multicompostos,
(patenteada), 2009
Transístores de filme fino de IGZO, 2008
Dielétricos multicompostos amorfos de materiais de
TFT totalmente baseados em óxidos tipo n, produzidos elevado k dielétrico e elevado hiato energético, tais
à temperatura ambiente, com mobilidades superiores
a 20 cm2 V-1 s-1, razões On/Off acima de 108 e tensões
de comutação da ordem de 0-1 V (julho 2008).

40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 082

como: Ta2O5-SiO2, Ta2O5-Al2O3 ou HfO2-SiO2, (patente, Imagem SEM de nanopartículas de WO3 e dispositivo
2009), fabricados à temperatura ambiente. eletrocrómico.

Matriz alfanumérica
eletrocrómica produzida em
substrato flexível (projeto EU
SMART-EC)

Matriz Ativa de Endereçamento baseada Telhas solares, prémio 2012
em TFTs de óxidos (GIZO), 2009
Produção de células solares de silício nano estruturado
Matriz ativa de endereçamento baseada em TFT em telhas, Prémio Energy Life, 2012.
de  óxidos de GIZO de 128x128 pixels, desenvolvido
pelo projeto Multiflexioxide por HP e Uninova (novembro Transístores de filme fino baseados
2009). A imagem à direita mostra a área de um pixel em óxidos semicondutores tipo p
de 350×350. (patente conjunta com ETRI/Coreia), 2010

TFT de óxidos tipo p, à base de Cu2O e SnO produzidos
à temperatura ambiente, seguido de recozimento, com
mobilidades acima de 1 cm2 V-1 s-1 e razões On/Off ≈103.

Primeiro Mostrador plano Produção de plataformas de diagnóstico
endereçado por matriz ativa colorimétrico em papel, 2012 (patente)
baseado em transístores
de óxidos semicondutores Produção de microfluídica e funcionalização de papel
produzido na Europa (projeto para deteção colorimétrica de material biológico e pH.
EU Multiflexioxides).

Produção de nanopartículas para dispositivos Dispositivos CMOS em papel, 2010
mesoscópicos, 2010 (patente internacional)
Produção de dispositivos CMOS em papel e em vidro,
Síntese de nanopartículas para aplicação em disposi- usando transístores tipo n com canal à base de GIZO
tivos eletrocrómicos, e funcionalização de superfícies. e transístores tipo p, à base de SnO e contactos de porta
comum de IZO. Este conceito está patenteado.

083 Grupo de Materiais para a Eletrónica, Optoeletrónica e Nanotecnologias (MEON)

Produção de papel e TFT transparentes, 2013 Produção de células solares em papel Papel eletrónico, 2015
e cartão de embalagem, 2014
Resultado da cooperação entre os grupos de materiais Produção de dispositivos eletrónicos em papel: Prémio
poliméricos e mesomorfos, produziu-se papel transpa- Produção de células solares de silício amorfo em papel da Associação Internacional da Eletrónica Orgânica
rente e TFT de óxidos transparentes em que o papel foi e cartão prensado. Trabalho pioneiro a nível mundial. e Impressa 2015, Munique, Alemanha). Resultado obtido
usado como dielétrico. pelo projeto europeu APLE.

Chip de Microfluídica para micromistura Produção de células solares totalmente
de fluídos, 2014 baseadas em óxidos, 2015

Chip fabricado em PDMS para hibridação de cadeias Primeira célula solar a nível mundial baseada na estru-
simples de ADN com nanossondas ADN-Au. tura TiO2/Cu2O produzida por spray pirólise.

Produção de ISFET totalmente à base
de óxidos, 2014

Produção de transístores de efeito de campo sensíveis a
iões, baseados em óxidos, para aplicações em biossenso-
res (controlo do pH, por exemplo).

40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 084 b) Integração de circuitos de 1.ª geração produzidos
a baixa temperatura à base de ZTO.
Biodeteção eletrocrómica, 2015
c) C ircuitos inversores e oscilador em anel de 19 está-
Utilização de nanopartículas de WO3 para deteção gios produzidos em mylar.
bioeletrocrómica de bactérias ativas eletroquimica-
mente (2015).

Mostrador flexível com TFT de ZTO, 2015 Microfluídica digital, 2015

Produção de mostrador flexível cuja matriz ativa de Microfluídica digital para aplicações em biodeteção.
endereçamento é baseada em TFTs de ZTO. Este dispo-
sitivo é o primeiro produzido na Europa e foi fabricado
no âmbito do projeto ORAMA, com apoio do TNO/
Holanda.

Mostrador Flexível Células Solares em Papel, 2015
usando transistores de
óxido sem Índio na sua Produção de células solares em papel TETRAPAK,
constituição (projeto prémio da Exame Informática, TETRASOLAR 2016.
EU ORAMA)

Produção de dispositivos eletrónicos Circuitos integrados de 1.ª geração
e optoeletrónicos em celulose bacteriana, produzidos a baixa temperatura, 2014-2015
2015
a) Amplificador de alto ganho usando TFTs de GIZO.
Produção de transístores de filme fino, usando o papel
bacteriano como dielétrico e células solares usando
o papel bacteriano como substrato.

085 Grupo de Materiais para a Eletrónica, Optoeletrónica e Nanotecnologias (MEON)

Impacto nos Meios Revista Única – Água e Ambiente – Exame Informática FIGURA 4.14 > Eletrónica em papel (resultados do projeto EU APLE)
de Comunicação – Sábado – Visão – Entretanto – Super Interessante –
Ensino e Ciência – Up TAP). Distinções e Prémios
Na área do silício amorfo, de realçar o impacto que teve
o lançamento da PORTSOL, empresa que tentou explo- Este impacto também é visível na internet22. Materiais para a Eletrónica, Optoeletrónica
rar os conceitos desenvolvidos pelo grupo. e Nanotecnologias (MEON)
Publicações
Contudo, é a partir de 2003, com a eletrónica transpa- Da atividade realizada pelo grupo é de realçar as distin-
rente e depois com o papel eletrónico, que existe um Relativamente à produção científica o MEON, publicou, ções e prémios conseguidos:
forte impacto nos meios de comunicação nacional ao longo dos seus quase 40 anos de existência, um ›› 1993 Menção Honrosa, “Prémio Animee de Inovação
e internacional. (Figura 4.14) número muito considerável de artigos em revistas com
revisão científica, anexadas a bases de dados como e Criatividade” pelo trabalho: Sensor ótico de Posição
Em termos de impacto internacional, destaca-se a  Web of Knowledge e a SCOPUS, bem como livros de Silício amorfo, ENDIEL’93. Trabalho coordenado
o impacto que a eletrónica transparente teve, a nível da (autor e edição) e capítulos de livros por E. Fortunato;
rádio (BBC; Deutcheweller, ...); televisão (Euronews, RAI1/
Itália, TV Record/Brasil, TV Globo/Brasil, ...) e na  inter- A evolução do número de publicações desde 1990
net, a começar pela Wikipedia18 e por consulta de sítios pode ver vista na página seguinte, no gráfico 4.1, bem
da internet que apresentamos19. como a sua tendência crescente desde essa data,
o  que demonstra bem a dinâmica do grupo ao nível
Em termos de electrónica do papel há que destacar o da investigação realizada com um total superior a
fato de este conceito ter sido seleccionado como uma 600 publicações científicas, com particular relevância
das 3 ideias inovadoras, em termos de investigação, para os últimos anos em que o grupo tem optado por
pelo Instituto Europeu de Patentes em 201620 tornan- uma estratégia virada para a publicação em revistas
do-o num caso de sucesso mundial, amplamente de elevado impacto e de referência na área como por
disseminado pelos maiores meios de comunicação, os exemplo as da família Advanced Materials (Wiley).
jornais e revistas como Expresso, Negócios, Financial
Times, El País, La Repubblica, L’Espresso entre outros21. Não menos importante é o número de citações referentes
às publicações do grupo, como se pode observar abaixo,
Em termos de impacto nacional, nos meios de comuni- com um total superior a 10 000 citações, demonstrativo
cação, como a televisão, (RTP1; RTP2; SIC; SIC Notícias; da qualidade cientifica e impacto do trabalho realizado.
TVI; TV Informação), a rádio (Antena1; RR; R. Comercial; De salientar o crescimento verdadeiramente exponen-
TSF) e jornais (Publico, Jornal I; Semanário Sol; Diário cial do número de citações, com particular destaque
de Notícias; Correio da Manhã; Diário Económico; Metro; para os últimos 5 anos, período coincidente com a vinda
Cais; O Ribatejo; O Mirante; Jornal da Região; METRO; da primeira ERC (Avanced) para Portugal pela mão da
Prof. Elvira Fortunato. (Gráfico 4.2, na página seguinte)

40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 086

GRÁFICO 4.1 > Evolução no número de publicações ›› 1993 Menção Honrosa, “Prémio Animee de Inova- pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC, pelo
ção e Criatividade” pelo trabalho Desenvolvimento trabalho INVISIBLE);
Número de artigos (Wok) e  caracterização de fotodíodos de silício cristalino, ›› 2008 R. Martins ganha o prémio Profissional do ano
250 ENDIEL’93. Trabalho coordenado por E. Fortunato e R. 2008, atribuído pelo Rotary Clube de Almada e a
Martins, com participação do Investigador do Labora- medalha de ouro Paul Harris, atribuído pela Fundação
200 tório de Microeletrónica e Eletrónica da Universidade Rotária Internacional;
de São Paulo, Brasil, M. Sanematsu; ›› 2008 P. Barquinha ganha os prémios: “Prémio Inovação
150 Jovem Engenheiro 2008”, Ordem dos  Engenheiros,
›› 1997 Menção Honrosa, “Prémio Animee de Inovação e com o trabalho “Nova geração de mostradores planos
100 Criatividade” com o trabalho Sensor linear 3D baseado transparentes com matriz ativa: projeto, fabrico,
na integração de sensores óticos de silício amorfo, caracterização e integração de TFTs de óxidos
50 ENDIEL’97. Trabalho coordenado por E. Fortunato; semicondutores”; Fundação Calouste Gulbenkian
“Estímulo à investigação”, tópico “Física dos sistemas
0 1990 1995 2000 2005 2010 ›› 1999 E. Fortunato é eleita pelo jornal Público como de baixa dimensão”, com o trabalho “Nanotransístores
a 2016 um dos 12 jovens cientistas com mais publicações de óxidos semicondutores”;
a 1994 a 1999 a 2004 a 2009 em Portugal; ›› 2008 Prémio Inovação 2008, atribuído por Exame
Ano informática ao grupo liderado por E. Fortunato e R. Martins;
Número de citações (Wok) ›› 2002 L. Guimarães é eleito reitor da Universidade ›› 2009 E. Fortunato é distinguida com um voto
8000 2010 Nova de Lisboa; de  congratulações pelo parlamento português,
a 2016 por  unanimidade e aclamação, pela atividade cien-
7000 ›› 2002 A Frost & Sullivan distingue o trabalho do grupo tífica realizada; Prémio de Investigação e  Tecnolo-
Ano conduzido por E. Fortunato na área dos condutores gia 2008-2009, atribuído pelo distrito Rotário 1960;
6000 transparentes depositados em substratos de plástico. personalidade do ano, atribuído pelo APMDS; eleita
( h t t p : // w w w 2 . u n i n ov a . p t / c e m o p / n e w s ro o m / “Mulheres de Vermelho”, pela  Fundação Portu-
5000 december2002/frost.php); guesa de Cardiologia; doutora honoris causa pela
Universidade de Galati, Roménia; prémio especial
4000 ›› 2004 R. Martins recebe o prémio de excelência científica, de reconhecimento científico dado aos trabalhos de
primeira edição, atribuído pelo Ministério da Ciência, eletrónica transparente e papel eletrónico pela Rede
3000 Tecnologia e Ensino Superior, através da Fundação da da União Europeia das Mulheres Inventoras e Inova-
Ciência e Tecnologia de Portugal (MCTES-FCT); doras (European Union Women Inventors & Innovators
2000 Network), Finlândia;
›› 2005 E. Fortunato recebe o prémio de excelência ›› 2009 E. Fortunato e R. Martins, eleitos membros
1000 científica do MCTES-FCT; honorários do Rotary Clube de Almada;
›› 2009 E. Fortunato é agraciada com o grau de Doutor
0 1995 2000 2005 ›› 2007 E. Fortunato recebe a medalha de ouro Honoris Causa pela Universidade de Galati, Roménia;
1990 a 1999 a 2004 a 2009 da  Câmara de Almada pela sua atividade científica ›› 2009 O grupo ganha o primeiro prémio de: TechEx
a 1994 e é eleita membro da Academia de Engenharia Printed Electronics USA, 09 Academic R&D Award,
de Portugal; pelo trabalho Paper-e®; “Green Awards 2009” pelo
GRÁFICO 4.2 > Evolução no número de citações
›› 2008 E. Fortunato ganha os prémios: Investigação
atribuído pelo jornal O Ribatejo; Sementes da Ciência,
na área da Ciência e Engenharia, atribuído por
“Ciência Hoje”; Profissional do ano 2008, atribuído
pelo Rotary Clube da Costa da Caparica, Almada, e a
medalha de ouro Paul Harris, atribuída pela Fundação
Rotária Internacional; bolsa avançada concedida

087 Grupo de Materiais para a Eletrónica, Optoeletrónica e Nanotecnologias (MEON)

trabalho de transístor de papel. A coordenação destes ›› 2011 O projeto ERC INVISIBLE coordenado por @FCT-UNL, uma janela de oportunidades aberta
trabalhos é efetuada pela Prof. E. Fortunato; E.  Fortunato é selecionado como uma história de ao mundo, trabalho coordenado por E. Fortunato
sucesso pela ERC; E. Fortunato é eleita pelo jornal e R. Martins; Prémio Green Awards com o trabalho
Expresso como uma das 100 Personalidades Portu- Laboratório em papel (Lab on Paper), coordenado por
›› 2010 E. Fortunato é distinguida pelo Presidente guesas mais influentes; E. Fortunato é nomeada pela E. Fortunato; Prémio Inovação com o trabalho Telhas
da  República Portuguesa com a Ordem do Infante casa da Presidência da República Portuguesa membro solares, Energy Live Expo, 2012, trabalho coordenado
D.  Henrique, “Grande Oficial”, durante as cerimónias da comissão das ordens honoríficas de honra; por H. Águas, I. Ferreira e R. Martins;
do 10 de junho em Faro, de comemoração
do  Dia de  Portugal, Camões e das Comunidades ›› 2011 O grupo é distinguido com o prémio Green
Portuguesas; prémio de Mérito Científico atribuído Awards de mérito de honra de Investigação e Inovação
pela FEMINA; prémio Gold Mercury Sustainability pelo trabalho sobre baterias de papel. Trabalho
Award relativo à personalidade do ano; coordenado por I. Ferreira; o trabalho científico do
grupo Where science fiction meets reality? With oxide
semiconductors! é distinguido pela PSS2011/Wiley
como uma das publicações do TOP12 da revista. Este
trabalho foi coordenado por E. Fortunato;

›› 2012 R. Martins é agraciado com o grau de Doutor
Honoris Causa pela Universidade de Galati, Roménia, e
eleito Presidente da Sociedade Europeia de Materiais
(E-MRS);





›› 2010 R. Martins é distinguido com o Prémio de Inves-
tigação e Tecnologia 2010-2011 atribuído pelo distrito
Rotário 1960;

›› 2010 O grupo ganha o prémio investigação dado pela
sociedade coreana de mostradores (KIDS), pelo trabalho
sobre memória de papel, coordenado por R. Martins;



›› 2012 Prémio Científico Cidade de Almada, 1.ª edição,
com o trabalho Nanotecnologias e Nanomateriais

40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 088

›› 2013 E. Fortunato é nomeada curadora da Fundação ›› 2016 Profs. Elvira Fortunato e Rodrigo Martins nomea- Infraestruturas
Luso-Americana para o Desenvolvimento; dos finalistas para a edição de 2016 do “European Comuns ao
Inventor Award na categoria de investigação; Departamento de
›› 2014 E. Fortunato recebe a medalha de ouro da Câmara Ciência dos Materiais
Municipal de Alcanena. R. Martins e E. Fortunato são ›› 2016 O grupo promove e lidera a parceria entre
distinguidos pela FCT-UNL com prémios designados a  FCT-UNL e o grupo Nature, referente ao  lança- A par do projeto que permitiu a aquisição de equipa-
de “Menções Honrosas” como um dos 3 Investigadores mento de um novo jornal intitulado: 2D Materials and mento para o denominado “Centro de Investigação em
e um dos 3 docentes com maior visibilidade nacional e Applications; Materiais – CENIMAT”, subprogramas I e III da medida C
internacional (Extensão) de toda a faculdade; do programa Ciência, projeto n.º 0073/C/91 (1991/94),
›› 2016 O grupo é mentor na integração da FCT-UNL havia que garantir a existência de um edifício, que
›› 2014 I. Ferreira ganha bolsa de consolidação do como membro fundador do Centro de Inovação permitisse agregar toda a investigação associada ao
Conselho Europeu de Investigação, com o projeto de Conhecimento em Matérias Primas (KIC, Raw departamento de Ciência dos Materiais. Por sua inicia-
CapTherPV (ERC/Consolidator Grant); Materials), de que fazem parte o CENIMAT/CEMOP, tiva, o  Prof. Rodrigo Martins propõe aos membros que
REQUIMTE, Departamento de Ciências e Engenharia integram o DCM a candidatura a Cursos de Formação
›› 2014 L. Pereira ganha bolsa de Iniciação do Conselho do Ambiente do Departamento de Ciências da Terra. Profissional, apoiados pelo programa PEDIP, associado
Europeu de Investigação com o projeto NewFun ao programa de desenvolvimento educativo de Portu-
(ERC/Starting Grant); ›› 2016 E. Fortunato recebe medalha Blaise Pascal pela gal. Esta ideia merece o apoio da maioria dos membros
Academia Europeia de Ciências, na área de Ciência do DCM que participam em ações de formação avan-
›› 2015 E. Fortunato é escolhida pelo Presidente dos Materiais; çada na área dos Materiais.
da  República Portuguesa para presidir às cerimónias
do 10 de junho em Lamego, de comemoração do Dia ›› 2016 E. Fortunato recebe distinção da Revista Execu- Para apoio à aquisição de mobiliário, sistemas de clima-
de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas, tiva, estando entre as 20 Mulheres Mais Influentes de tização e meios de apoio laboratoriais, contribuem os
com a incumbência de falar sobre Ciência, Inovação e 2015 em Portugal; projetos obtidos por R. Martins, também apoiados pelo
Novas Oportunidades; E. Fortunato é selecionada para programa PEDID, designados de:
integrar o Grupo de Alto Nível da Comissão Europeia ›› 2016 R. Martins, recebe Medalha de Ouro de mérito e
(HLG) de aconselhamento da Presidência da Comissão distinção da cidade de Almada; R. Martins, membro 1. Formação de formadores no âmbito das ações
Europeia, exercendo as funções de vice-presidente; da Academia Europeia de Ciências; de caráter inovador, projetos P060 (Aplicação da
Tecnologia das Películas Finas à Optoeletrónica
›› 2015 O grupo ganha o prémio dado pela Associação ›› 2016 E. Fortunato, nomeada pelo Presidente da e  Microeletrónica; Qualificação Inicial para Técnicos
da Eletrónica Impressa e Orgânica (OE-A), durante República vogal do Conselho Nacional das Ordens de Formação na Área da Microeletrónica (P.O. 2.3/B);
a conferência LOPEC – Large-area, Organic & Printed Honoríficas; Tecnologias Utilizadoras de Vácuo).
Electronics Convention 2015, Munique, fevereiro,
atribuído ao projeto Europeu Autonomous Printed ›› 2016 L. Pereira, selecionado para editor regional da 2. Formação profissional em novas tecnologias e técni-
Paper Products for Labels & Electronics, A3Ple, cuja revista npj 2D materials and applications, do grupo cas para quadros superiores intermédios, ação 1682
atividade foi coordenada por R. Martins e L. Pereira; Nature;

›› 2016 O grupo é distinguido com o prémio Green ›› 2016 A Assembleia Municipal da Câmara de Almada
Awards de mérito de honra de Investigação e Inova- concede por unanimidade um voto de Louvor ao
ção pelo trabalho sobre células solares em  papel DCM, pelo papel que durante os últimos 40 anos tem
(TetraSolar). Trabalho realizado por A. Vicente e coor- vindo a desempenhar, na excelência da educação e
denado por R. Martins; investigação que realiza.

›› 2016 O grupo ganha o prémio de Inovação 2016
da Exame Informática, com o trabalho TetraSolar
(E. Fortunato, R. Martins, H. Águas);













095 Notáveis do Departamento

Em 2016, o Departamento decide homenagear os elementos docentes e seus
ex-alunos que se notabilizaram em termos nacionais e internacionais, pelos serviços
de grande notoriedade pública que prestam ou prestaram à comunidade ou distinções
de que foram alvo pelas sociedades civil e científica.

A lista desses notáveis, bem como o mérito do reconhecimento da sua atividade,
é a que a seguir se apresenta, por ordem cronológica.

Leopoldo José Martinho Guimarães /1 Elvira Maria Correia Fortunato /2

Formação Formação
›› Licenciado em Engenharia Eletrotécnica, pelo Instituto Superior Técnico/Universidade Técnica ›› Licenciada em Engenharia Física e dos Materiais, pela Faculdade de Ciências e  Tecnologia

de Lisboa, 1963; da Universidade Nova de Lisboa, 1987;
›› Mestre – DIC pelo, Imperial College of Science and Technology/Londres/Reino Unido, 1969; ›› Mestre em Engenharia de Materiais – Materiais Semicondutores, pela Faculdade de Ciências
›› Doutor em Conversão de Energia, pela Universidade de Luanda/Angola, 1972;
›› Prof. Extraordinário; e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, 1991;
›› Agregação em Eletrónica de Conversão de Energia, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia ›› Doutorada em Engenharia de Materiais – Microeletrónica e Optoeletrónica, pela Faculdade

da Universidade Nova de Lisboa, 1973; de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, 1995;
›› Prof. Catedrático, pela Universidade Nova de Lisboa em 1976. ›› Agregação em Microeletrónica e Optoeletrónica, pela Faculdade de  Ciências e  Tecnologia

Notável da Universidade Nova de Lisboa, 2005;
›› Fundador do Departamento de Ciência dos Materiais, 1976; ›› Prof.ª Catedrática em Micro e Nanotecnologias – Microeletrónica e Optoeletrónica, pela Faculdade
›› Diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia, de 1982-1990 e 1996-2002;
›› Reitor da Universidade Nova de Lisboa, 2003-2007; de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, 2012.
›› Condecorado com a Medalha de Ouro da Cidade de Almada, e com a medalha “Paul Harris”
Notável
do Rotary Internacional; ›› Vice-Presidente do High Level Group (HLG) do Scientific Advice Mechanism (SAM) da Comissão
›› Profissional do ano 2005 pelo Rotary Club de Almada;
›› Doutor Honoris Causa pela Universidade Vallachia Targoviste-Roménia; Europeia, 2015-2020;
›› Membro da Ordem dos Engenheiros, na qualidade de Engenheiro Conselheiro. ›› Curadora da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, 2011-2018;
›› Membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, 2011-2015;
›› Presidente das Comemorações do Dia de Portugal, 2015;
›› Membro do Conselho de Ciência da Fundação Francisco Manuel dos Santos 2012-2018;
›› Agraciada com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique pela Presidência da  República

Portuguesa, 2010;
›› Membro do Conselho das Ordens Nacionais de Portugal, 2010-2015 e 2015-2020;
›› Diretora do Instituto de Nanomateriais, Nanofabricação e Nanomodelação, 2014-2016;
›› Diretora do Centro de Investigação de Materiais – CENIMAT, 1998 até ao presente;
›› Agraciada com a medalha Blaise Pascal da Academia Europeia de Ciências em  Ciência dos

Materiais, 2016;
›› Doutora Honoris Causa pela Universidade de Galati/Roménia 2009;
›› Membro da Academia de Engenharia de Portugal, 2007;
›› 1.ª Bolsa Advanced da European Research Council de Portugal, 2008.
›› Coordenadora Geral dos Centros de Investigação e Desenvolvimento da Faculdade de Ciências e

Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, desde 2006.

40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 096

Rodrigo Ferrão de Paiva Martins /3 Luís Miguel Nunes Pereira /5

Formação Formação
›› Licenciado em Engenharia Eletrotécnica e Telecomunicações, pela  Universidade de Luanda/ ›› Licenciado em Engenharia dos Materiais, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade

Angola, 1974; Nova de Lisboa, 2001;
›› Mestre em Materiais Semicondutores Desordenados, pela Universidade de Dundee/Escócia, 1977; ›› Doutor em Microeletrónica e Optoeletrónica, pela Universidade Nova de Lisboa, 2008;
›› Doutor em Conversão de Energia e Materiais Semicondutores, pela Universidade Nova de Lisboa, ›› Prof. Associado em Micro e Nanotecnologias – Microeletrónica, pela Universidade Nova de Lisboa,

1982; 2015.
›› Agregação em Materiais Semicondutores e Microeletrónica, pela Universidade Nova de Lisboa,
Notável
1988; ›› Bolsa Starting da European Research Council, 2015.
›› Prof. Catedrático em Engenharia de Materiais – Microeletrónica e Optoeletrónica, pela Universidade
Maria Teresa Pego Bernardino Nogueira /6
Nova de Lisboa, 2002.
Formação
Notável ›› Licenciada em Engenharia Química, especialidade Metalurgia, Instituto Superior Técnico/
›› Vice-Presidente da Associação Europeia “Energy Materials Industry Research Initiative” – EMIRI,
Universidade Técnica de Lisboa, 1969;
2015-2018; ›› Doutorada em Ciência dos Materiais, especialidade Metalurgia Física, pela  Universidade Nova
›› Membro do Conselho Consultivo de Peritos do Programa Horizon 2020 da  Comissão Europeia
de Lisboa, 1987.
na área de Investigação e Inovação (Materiais Avançados e Nanotecnologias), 2014-2018;
›› Presidente do Senado do European Materials Research Society-E-MRS, 2013-2014; Notável
›› Eleito Membro da Academia Europeia de Ciências, 2016; ›› Presidente da Secção Portuguesa da Amnistia Internacional-Portugal, 2000-2003.
›› Presidente do E-MRS, 2011-2013;
›› Doutor Honoris Causa pela Universidade de Galati, Roménia, 2012; José Narciso Marat Mendes /7
›› Membro da Academia de Engenharia de Portugal, 2012;
›› Prémio Ciência e Tecnologia de Portugal pelo International Rotary Foundation, através do distrito Formação
›› Licenciado em Ciências Físicas e Químicas, pela Faculdade de Ciências da  Universidade de
1960, 2010/2011;
›› 1.º Diretor do Centro de Investigação de Materiais – CENIMAT, 1991-1995; Lisboa, 1967;
›› Fundador e Diretor do Centro de Excelência de Microeletrónica e Optoeletrónica de Processos do ›› Doutorado em Física do Estado Sólido, pela Universidade de Witwatersrand de  Joanesburgo/

Instituto de Desenvolvimento de Novas Tecnologias – CEMOP/UNINOVA, 1989 até ao presente; África do Sul, 1976;
›› Prof. Associado em Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa,
Isabel Maria Mercês Ferreira /4
1979.
Formação
›› Licenciada em Engenharia Física e dos Materiais, ramo Materiais, pela Faculdade de Ciências Notável
›› Presidente da Sociedade Portuguesa de Materiais - SPM, 2003-2009;
e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, 1989; ›› Embaixador Erasmus de Portugal, pela Comissão Europeia,  no âmbito da celebração dos 25 anos
›› Mestre em Engenharia dos Materiais – Materiais para a Conversão de Energia Fotovoltaica,
Erasmus, 2012.
pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, 1994;
›› Doutorada em Engenharia dos Materiais – Optoeletrónica e Microeletrónica, pela Universidade

Nova de Lisboa, 2002;
›› Prof.ª Associada em Micro e Nanotecnologias, pela Universidade Nova de Lisboa, 2012.

Notável
›› Bolsa Consolidator da European Research Council, 2015;
›› Vice-directora do CENIMAT de 2008-2014.

097 Notáveis do Departamento

Maria Teresa Varanda Cidade /8 Luís Miguel Testa Sanches /11

Formação Formação
›› Licenciada em Engenharia Química, pelo Instituto Superior Técnico/Universidade Técnica ›› Licenciado em Engenharia Física e Materiais - Engenharia dos Materiais, pela Faculdade de

de Lisboa, 1983; Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, 1992.
›› Doutorada em Ciência dos Materiais – Materiais Poliméricos e Mesomorfos, pela Faculdade
Notável
de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, 1994; ›› CEO/Diretor Geral e Presidente do Conselho de Gerência da  Volkswagen Autoeuropa, 2015
›› Agregação em Ciência e Engenharia de Materiais – Engenharia de Polímeros, pela Faculdade
– presente.
de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa em 2006.
Cláudia Marina Souto Ranito Lourenço /12
Notável
›› Presidente da Sociedade Portuguesa de Reologia, 2010 até ao presente. Formação
›› Bolsa de Excelência atribuída pela EURAMET - European Association of National Metrology ›› Licenciada em Engenharia dos Materiais, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade

Institutes, 2014. Nova de Lisboa, 2003;
›› Mestre em Engenharia de Materiais, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade
Pedro Miguel Cândido Barquinha /9
Nova de Lisboa, 2006.
Formação
›› Licenciado em Engenharia dos Materiais, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Notável
›› CEO e Fundadora da Medbone, 2008-presente;
Nova de Lisboa, 2004; ›› Prémio Jovem Empreendedor, 2012;
›› Doutor em Nanotecnologias e Nanociências, pela Universidade Nova de Lisboa, 2010; ›› Prémio Internacionalização, Gesventure, 2011;
›› Prémio Mulher Empresária, 2011;
Notável ›› Prémio Portugal Empreendedor, 2011;
›› Prémio “Estímulo à Investigação” da Fundação Calouste Gulbenkian, 2008; ›› Prémio BES Inovação, 2009;
›› Prémio “Inovação Jovem Engenheiro” da Ordem dos Engenheiros, 2008. ›› Medalha de Mérito Empresarial – atribuída pela Câmara Municipal de Cascais, 2009;
›› Prémio no 2.º Concurso de Ideias de Negócio de Cascais – promovido pelo DNA – Cascais, 2008;
António Paulo Sá e Cunha /10 ›› Prémio Colégio de Engenharia Metalúrgica e Materiais – Ordem dos Engenheiros, 2006;
›› Prémio “Federation of the European Materials Societies”, 2003.
Formação
›› Licenciado em Engenharia Metalúrgica, pelo Instituto Superior Técnico/Universidade Técnica Gonçalo Nuno da Cunha Costa Andrade /13

de Lisboa, 1980; Formação
›› Mestre em Engenharia e Produção Industrial, Cranfield Institute of Technology/Reino Unido, 1984; ›› Licenciado em Engenharia dos Materiais – ramo de Microeletrónica, pela Faculdade de Ciências e
›› Prof. Associado Convidado do Departamento de Ciência dos Materiais da Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, 1994;
Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, desde 1994. ›› Pós-Graduação em Engenharia da Qualidade, pelo Instituto de Soldadura e Qualidade, 1996.

Notável Notável
›› Vogal no Conselho de Administração da ANI – Agência Nacional de Inovação, 2014 – presente; ›› Diretor da Divisão de Cloud – IBM em Portugal, 2015-presente.
›› Vice-Presidente da Agência de Inovação-ADI, 2005-2014;
›› Assessor dos Serviços de Apoio ao Conselho da Revolução, 1974-1975;
›› Diretor do Centro de Gestão da Tecnologia e Inovação do Instituto Nacional de Engenharia,

Tecnologia e Inovação – INETI, 1987;
›› Docente Convidado DCM.

40 anos da História do Departamento de Ciência dos Materiais da NOVA 098

Luis Fernando Salgado Alves Salgueiro de Matos /14
Formação

›› Licenciado em Engenharia dos Materiais, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade
Nova de Lisboa, 1995.

Notável
›› Diretor de Engenharia e Laboratórios da Imprensa Nacional – Casa da Moeda, S.A., 2014 – presente.

Alain Magalhães Pereira /15
Formação

›› Licenciado em Engenharia dos Materiais, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade
Nova de Lisboa, 2007;

›› Pós-Graduação em Engenharia dos Materiais, pela Faculdade de  Ciências e Tecnologia
da Universidade Nova de Lisboa, 2008;

›› Mestre em Engenharia de Materiais, pela Faculdade de Ciências e  Tecnologia da Universidade
Nova de Lisboa, 2013.

Notável
›› Chefe de Gabinete da Presidência da Câmara Municipal de Almada, 2014-presente;
›› Chefe de Gabinete do Núcleo de Apoio da Assembleia Municipal do Seixal, 2007-2013.