The words you are searching are inside this book. To get more targeted content, please make full-text search by clicking here.
Discover the best professional documents and content resources in AnyFlip Document Base.
Search
Published by tatianaporto.dg, 2023-06-26 18:32:42

Manual do Vendedor de Calçados 2023

Manual do Vendedor de Calçados 2023

MANUAL DO VENDEDOR DE CALÇADOS Guia prático para ajudar a melhorar o volume de negócios das lojas REALIZAÇÃO: APOIO: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA


3 “UMA META É UM SONHO COM UM PRAZO.” Napoleon Hill Escritor renomado, que assessorou os presidentes norte-americanos Woodrow Wilson e Franklin Delano Roosevelt, falando sobre vendas C ontribuir para que o setor calçadista evolua e gere mais negócios foi a motivação inicial para o desenvolvimento do Manual do Vendedor de Calçados, que agora chega ao mercado. Há alguns anos, já percebíamos dois problemas recorrentes no setor calçadista: a alta rotatividade dos vendedores dentro das lojas e a falta de um material de apoio a estes profissionais. Estas duas situações são complementares e EDITORIAL UM GUIA PARA AJUDAR Vendedores de Valor 3


4 uma influencia a outra, pois muitos acabam não seguindo na área de vendas justamente por não terem subsídios para desenvolver suas tarefas com qualidade. Ao mesmo, a falta de um ‘guia’ faz com que muitos desistam precocemente de ser vendedores, o que traz um prejuízo enorme ao setor e, também, impede que muitos talentos desta atividade desabrochem. Por tudo isso, em 2010, iniciei um processo de capacitação de vendedores nas lojas em que atuo como representante comercial. Os resultados não poderiam ser melhores. Centenas de pessoas se sentem mais preparadas para os desafios das vendas e ajudam os empreendimentos a prosperar. Com isso, o setor cresce, gera mais empregos e impostos, que se traduzem – em última análise – no desenvolvimento da economia e do país. O material que faltava! Apesar do sucesso dos meus treinamentos, percebemos que ainda faltava algo, um verdadeiro manual criado especificamente para vendedores de calçados. Buscando parceiros altamente qualificados e especialistas em suas respectivas áreas de atuação, desenvolvemos este material, que condensa informações que ajudarão os vendedores a ampliar o volume de negócios das lojas e – ainda mais importante – irão proporcionar clientes e consumidores mais satisfeitos e felizes. E clientes felizes sempre voltam - e compram novamente. Este material é dividido em dois grandes blocos, sendo que o primeiro traz informações específicas sobre a arte de vender e, ainda, dá destaque às principais tendências de moda da atualidade, aquelas que estão neste momento nas vitrines e sendo vendidas nas lojas do Brasil. Já a segunda parte do material é composto por informações técnicas, como quais são os materiais mais usados nos calçados, quais são as partes que compõem um sapato e quais são os principais modelos comercializados, além de contar com instruções de conservação & limpeza dos produtos e também com a atualização da legislação que rege as relações entre lojas e consumidores, com enfoque especial nas trocas e devoluções. Tudo foi pensado para se ter um material didático, ilustrativo e compacto, no qual os vendedores encontrem um sustentáculo para suas atividades diárias. Aproveitamos o espaço para um agradecimento especial à Ablac - Associação Brasileira dos Lojistas de Calçados e Artefatos, cujas publicações serviram de base e ponto de partida para uma grande parte deste material. Também nossa reverência mais que especial à Ferracini, VitLog, OXN, Tchocco, SindiLojas Goiás, FIEG, Sindicalce Goiás, Cabana do Calçado e Cabana Magazine, parceiros que acreditaram na ideia e a apoiaram plenamente. Muitos outros projetos e iniciativas estão sendo preparados por nossa equipe, todos pensados e idealizados para que o setor calçadista brasileiro se desenvolva ainda mais. Uma boa leitura e ótimos negócios!


5 senaigoias.com.br


6 ÍNDICE + EXPEDIENTE ENCONTRE TUDO FÁCIL E Veja quem Fez MODA - MASCULINO Pgs 07 a 14 PRINCIPAIS MODELOS DE CALÇADOS Pgs 15 a 25 ESPECIAL FERRACINI Pgs 26 a 29 IDENTIFICAÇÃO DO CALÇADO Pg 30 CONSERVAÇÃO & LIMPEZA Pg 31 DIREITOS DE CONSUMIDOR Pg 32 DICAS PARA VENDER + E MELHOR Pgs 33 a 40 HISTÓRIA DO CALÇADO Pgs 42 a 45 PARTES DO CALÇADO Pgs 46 e 47 MATERIAIS UTILIZADOS Pgs 48 a 51 TECNOLOGIA TURBINA VENDAS Pgs 53 e 54 QUEM É MARCELO ROCHA? Pg 55 MANUAL DO VENDEDOR DE CALÇADO MAIO DE 2023 O Manual do Vendedor de Calçados é uma publicação desenvolvida por Marcelo Rocha, representante comercial com mais de 27 anos de atução no setor, em parceria com a GBM Comunicação, bureau especializado em publicações setoriais. Realização: Marcelo Rocha & GBM Comunicação Projetos Editorial e Gráfico: GBM Comunicação Editores: Mauro Moraes e Milton Grabin Moda: Camila Veiga Conteúdo sobre Vendas: Marcelo Rocha Fotos & Imagens: Arquivos GBM e Pesquisa Apoiadores: Ferracini, VitLog, OXN, Tchocco, SindiLojas Goiás, FIEG, Sindicalce Goiás, Cabana do Calçado e Cabana Magazine Agradecimento Especial (Conteúdo Técnico): Ablac - Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados Endereço GBM Comunicação Rua Joaquim Pedro Soares, nº 540 Prédio da ACI-NH/CB/EV/DI Centro | Novo Hamburgo - RS Fone (51) 98357.1828 @oficialmarcelorocha (62) 99972.0336 gbmcomunica.com.br (51) 98357.1828


7 O QUE É MODA HOJE em Masculino Camila Veiga Há duas grandes influências na moda invernal masculina para 2023, que estão, neste momento, nas vitrines das lojas do Brasil. A primeira delas recebe o nome de Gorpcore, fazendo referência ao estilo funcional, com ares de acampamento. Um reflexo ainda forte das privações da pandemia e o desejo pela liberdade. Já a segunda macrotendência, conhecida no meio fashion como Y2K, reinterpreta sucessos da moda dos anos 2000, seja com toques mais esportivos, ou com a elegância nostálgica do estilo preppy. No mix de referências, surge uma temporada bastante democrática e com muito desejo pelo conforto. Imagens: Reprodução Vogue Runway


8 O QUE É MODA HOJE em Masculino CORES Fãs de cores marcantes têm espaço garantido na temporada. A ideia do color block, que mistura cores contrastantes no look, influencia calçados mais coloridos, e é facilmente aplicável nos sneakers. No meio termo do intenso e do sofisticado, temos a cor do ano de 2023: Viva Magenta. Nas opções mais neutras, tons de cinza são uma ótima pedida. E o retorno do sempre adorado “total black” coloca o preto de volta ao topo, também nos sapatos. 8 >> CONTINUA


SINDICALCE - Sindicato das Indústrias de Calçados no Estado de Goiás Rua 200, nº 1121 - Qd. 67 – C - Lt. 1/5 - 1º andar - Edifício Pedro Alves de Oliveira CEP: 74645-230 - Setor Leste Vila Nova - Goiânia – GO (62) 3225-6402 (62) 98109-8608 [email protected] www.sindicatodaindustria.com.br/sindicalcego @sindicalcego ENTIDADE PIONEIRA NA ORGANIZAÇÃO SINDICAL DO EMPRESARIADO GOIANO, FUNDADA EM 25 DE OUTUBRO DE 1949 Principais benefícios oferecidos aos associados: > Salas completas para treinamento e reunião, com ar-condicionado, internet, data show, café e água; > Salas para processo seletivo; > Cursos e palestras gratuitos e com descontos para associados; > Parceria com empresa para destinação de resíduos; > Parcerias com seguro para veículo e descontos em postos de gasolina; > Certificado Digital com desconto especial; > Participação em feiras e eventos; > Orientação jurídica trabalhista; > Assistência Jurídica com desconto diferenciado no mercado; > Vacinas com descontos; > Cartão FIEG Multibenefícios, com descontos em vários estabelecimentos; > Parcerias com Planos de Saúde; > Garanti Goiás; > Orientação Ambiental; > Benefícios Sesi, Senai, IEL e todo o sistema FIEG. Sindicato das Indústrias de Calçados no Estado de Goiás


10 MODELOS Assim como os tênis e abotinados estilo adventure ganharam a configuração de itens da moda, as galochas de borracha também estão ocupando seu espaço. Mas não com tanta importância quanto as botas chelsea (aquelas com cano baixo ou médio, com elástico na lateral). Mocassins e derbys são opções sempre presentes, bem como os sneakers mais discretos. O QUE É MODA HOJE em Masculino


11 MATERIAIS As lonas e os materiais de efeito acolchoado ocupam o lugar do funcional em modelos mais volumosos, ou mais discretos. A camurça também marca presença, com seu toque macio e visual que remete ao aconchego. O couro segue presente, como o clássico atemporal que é, especialmente na linha de modelos mais sofisticados. O verniz – destacadamente em preto e Viva Magenta – apareceu em variadas grifes, bem como o material metalizado. O QUE É MODA HOJE em Masculino


12 SOLADOS Se o cabedal já é preto, por que não colorir o solado? Grifes muito elegantes investiram nesse mix para transformar seus modelos em hits da moda. Tratorados sem exageros desenham novas roupagens para os sapatos mais tradicionais. E solas grossas, que parecem criar bordas em torno do cabedal, também se destacam. O QUE É MODA HOJE em Masculino >> CONTINUA


A Solart tem o orgulho de apoiar o Manual do Vendedor de Calçados, um material didático essencial para capacitar vendedores em todo o Brasil. Nossa parceria com esse importante projeto reforça nosso compromisso em fornecer soluções de qualidade para a indústria calçadista. Com uma história de excelência e inovação, a Solart é referência no mercado de componentes para calçados. Nossos produtos são desenvolvidos com a mais alta tecnologia e qualidade, garantindo durabilidade, conforto e estilo para os consumidores. Nossa fábrica é um verdadeiro centro de expertise, onde a precisão e a atenção aos detalhes se unem para entregar componentes de alto desempenho. Desde solas, saltos e palmilhas até acessórios e materiais especializados, oferecemos uma ampla gama de opções para atender às necessidades de todos os tipos de calçados, incluindo a linha feminina. Estamos comprometidos em fornecer soluções personalizadas e apoio técnico para impulsionar o sucesso dos nossos clientes. Seja você um fabricante renomado ou uma empresa em ascensão, estamos aqui para colaborar, fornecer insights valiosos e garantir que você tenha acesso aos melhores componentes do mercado. Conte com a Solart para elevar a qualidade e a performance dos seus calçados. Estamos à disposição para ajudar a indústria calçadista brasileira a prosperar. Reginaldo Barbosa Diretor da Solart Componentes que se encaixam Solart: Componentes que se encaixam perfeitamente na indústria calçadista brasileira! Entre em contato conosco: www.solart.com.br [email protected] (62) 99938-4213 @solartcomponentes


14 CAMILA VEIGA Jornalista, pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise das Mídias Sociais e pós-graduanda em Neuromarketing, Camila já foi três vezes premiada por reportagens sobre a MODA e cluster calçadista. Soma também experiências como editora e assessora de imprensa. DETALHES O brilho escovado, sem exageros, é uma proposta bastante interessante para os modelos sociais da temporada. Notavelmente, os abotinados da temporada se destacam pelo efeito espelhado em seus cabedais. E, para conferir o ar esportivo, a quantidade acentuada de cadarços torna o cordão funcional um elemento central dos modelos. O QUE É MODA HOJE em Masculino


15 CONFIRA OS PRINCIPAIS modelos de calçados ALBERT: caracteriza-se principalmente por apresentar um colarinho que envolve toda a boca do calçado, em alguns modelos inclui-se a lingueta. ALPARGATA: modelo de solado baixo e cabedal fechado, fácil de calçar. É mais comum em jeans ou lona, e seu solado varia da borracha até a trama de cordas. ANABELA: a sola tem a estrutura de um calçado com salto fino (bastante inclinação), sendo o solado inteiro, diminuindo na parte da frente. A altura do salto e o estilo podem variar. ANKLE BOOT: bota de cano bem curto, que cobre levemente os tornozelos. Uma variação mais moderna dos abotinados. ANKLE STRAP: marcante pela tira que envolve o tornozelo, geralmente com uso de fivela para o ajuste. A nomenclatura vale tanto para sandálias, quanto para sapatos fechados que têm este adereço.


16 BABUCHE: também conhecido por “crocs”, em referência à marca mais famosa dos tamancos de borracha de formato grande e alças para os calcanhares. BALLERINE: sapatilhas para uso cotidiano, mas com design muito semelhante àquelas originalmente feitas para o ballet. São delicadas, com solado mais fino e podem apresentar lacinho na frente. BIRKEN: mais um exemplo de marca (Birkenstock) que virou um verdadeiro estilo de calçado. As sandálias birken são caracterizadas pelo solado grosso e o cabedal com duas tiras largas e fivelas. BOTA: tem a parte traseira, chamada de cano, acima do tornozelo. Pode ser de “enfiar”, amarrar ou com zíper. BOTA CANO LONGO: diferencia-se por seu cano sobrepor-se à panturrilha, podendo ir até o joelho. BOTA CHELSEA: de cano baixo a médio, é marcante pelo elástico na lateral, facilitando o calce.


17 BOTA COWBOY OU WESTERN: com elementos muito notáveis, traz referências dos cowboys norte-americanos, como o bico mais alongado e bordados pelo cabedal. BOTA MONTARIA: inspirada pelos modelos usados para montar a cavalo, tornou-se um clássico do estilo feminino. Possui cano alongado e reto, solado baixo e, geralmente, alguma fivela como adereço. BOTA OVER-THE-KNEE: talvez o modelo mais exuberante de botas, já que “veste” quase toda a perna, subindo acima dos joelhos. Quanto mais macio e maleável for seu material, mais confortável será. BOTA TRATORADA: a inspiração militar trouxe os solados tratorados para compor uma grande variedade de modelos de botas. BOTINA: é uma bota de cano médio, em que a parte traseira sobrepõe-se apenas ao tornozelo. Pode possuir elástico ou não.


18 BROGUE: tipo semelhante ao sapato inglês, que tem como característica marcante os detalhes vazados, as costuras que enfeitam suas peças e a biqueira. Existem variantes no estilo napolitano. Também é denominado Golf. CHANEL OU SLINGBACK: sua principal característica é a abertura da parte traseira, onde uma tira circunda o pé fazendo a fixação. Pode ter salto alto ou médio e uma pequena abertura no bico. CHINELO: calçado macio, geralmente com salto baixo, tem gáspea que cobre somente o peito do pé. O chinelo de dedo se prende ao pé através de uma tira que passa entre os dedos maiores. CLOG: termo em inglês que significa tamanco. De modelagem fechada na frente e aberta atrás, é muito parecido com os tamancos holandeses, totalmente feitos em madeira. COTURNO: as amarrações, a lingueta robusta e o solado imponente são elementos primordiais nas botas deste estilo. DAD SNEAKER: tendência mais atual, contempla os modelos de tênis mais robustos e opulentos, tanto em cabedais volumosos, quanto em solados de visual pesado.


19 DOCKSIDE: criado inicialmente para fins náuticos, diferencia-se dos mocassins por seu solado liso e seus cadarços, que trans - passam por ilhoses. ESPADRILLE: sandália com solado de cor - das e amarração em fita para os tornozelos. Pode ter alturas diferentes, mas privilegia solados anabelados. FISCHERMAN: as “sandálias de pescador” possuem um conjunto característico de tiras sobre os pés, unidas por uma peça que sobe até a alça que circunda os tornozelos. FLATFORM: qualquer calçado com solado robusto, mas sem inclinação. Apesar de alto, o solado é reto, mantendo a mesma espessura nas partes da frente e de trás dos pés. GALOCHA: bota em borracha, inicial - mente usada apenas para ambientes que necessitavam de segurança, ou em dias de chuva, está cada vez mais fashionista.


20 GLADIADORA: como o próprio nome sugere, a inspiração é antiga e se reproduz em diversas tiras estreitas que cobrem desde o peito do pé até a panturilha, com amarração ou fivelas. HUARACHE: tem como característica o trabalho artesanal. Seu cabedal é composto de tiras enfiadas e trançadas. Construção normalmente baixa. INGLÊS: modelo fechado, de amarrar, em que a gáspea e traseiro sobrepõem-se às laterais. Também conhecido como Oxford, Derby ou Richelieu. KITTEN HEEL: saltinho delicado e fino; um meio termo entre o flat e o salto alto. LOAFER: muito semelhante ao mocassim, possui solado mais fino e um cabedal mais alongado e minimalista, sem adereços. LUÍS XV: caracteriza-se pelo acabamento sofisticado, de bico e salto finos, e salto elevado.


21 MARY-JANE OU SAPATO BONECA: em maioria com bico arredondado, é marcante por um tira que recobre o peito do pé e faz fechamento delicado. MEIA-PATA: solado cuja parte da frente é elevada para acompanhar o salto alto do calcanhar, com vazado entre as duas partes. MOCASSIM: modelo sem cadarços, que apresenta uma costura na parte superior da gáspea (espelho), e seu cabedal envolve todo o pé. Pode ter salto médio, em calçados femininos, e baixo, nos masculinos. MONK: é semelhante ao napolitano, mudando apenas seu sistema de fechamento, que é feito através de passador com fivela, no lugar dos atacadores. MULE: tem a parte frontal fechada e a ausência da parte traseira.


22 NAPOLITANO: sua característica principal é a sobreposição do traseiro à gáspea, unidas através de costura. Geralmente, a gáspea e a lingueta formam uma única peça e tem construção baixa. Pode apresentar biqueira na gáspea e seu fechamento é através de cadarços. É também denominado Gibson. OPEN BOOT: abotinado feminino que deixa os dedos à mostra, podendo ter ainda uma abertura na parte traseira. É um modelo com recortes, mas não tão aberto quanto uma sandal boot. OXFORD: originalmente masculino e, hoje, com versões super femininas, é o modelo de sapato mais clássico: cabedal liso e amarrações na parte mais superior da lingueta. PANTUFA: calçado macio, para uso doméstico, cujo cabedal pode ser de diversas formas e em vários materiais, como tecido, lã sintética, lã de ovelha, entre outros. PAPETE: sandália de solado robusto, mas sem elevação de salto. Possui aspecto mais pesado, com tiras largas sobre o peito do pé e fechamento traseiro.


23 PEEP TOE: todo modelo que possui abertura específica para os dedos, podendo incluir scarpins ou sapatilhas dentro das suas variações. PLATAFORMA: solado alto, que oferece mais estabilidade, por ter uma sequência e apenas uma leve inclinação entre a parte da frente e a parte de trás do pés, não tão acentuada quanto a da Anabela. RASTEIRINHA: sandália sem salto, com solado delicado e flat. SANDAL BOOT: híbrido de bota e san - dália, traz recortes no cabedal para compor um modelo mais robusto de sandália, a ponto de poder ser usado com meias. SANDÁLIA: modelo aberto, composto de tiras. A espessura e a distribuição das tiras criam novas nomeclaturas, que podem ser esclarecidas em outros tópicos deste manual.


24 SAPATÊNIS: híbrido de tênis e sapato, com estilo casual e amarração discreta, que permite combinações mais urbanas. SAPATILHA: um clássico dos calçados femininos, tem cabedal decotado e ausência de salto. Costuma ser bastante flexível. SCARPIM OU PUMP: sapato feminino com cabedal mais decotado, geralmente de saltos notáveis, mesmo que nem sempre tão altos. SLIDE: modelo de chinelo composto por uma única tira larga sobre o pé. O famoso “chinelo de enfiar o pé”. SLIP ON: caracterizado por “ser de enfiar”, não possui cadarços, nem aberturas. Em algumas variações do estilo tênis, possui elástico discreto na lateral.


25 SLIPPER: variação ainda mais delicada do loafer, em referência aos antigos calçados que pessoas da realeza usavam com seus trajes de pijama. SNEAKER: termo universal para os tênis, sempre com um olhar muito mais voltado para a moda, do que para os esportes. Já tiveram opções com saltos anabelados, inclusive. STILETTO: o famoso “salto agulha”, fino e super alto. TAMANCO: sua gáspea, geralmente larga, cobre somente o peito do pé. Diferente do mule, costuma ser aberto nos dedos. TÊNIS: tem grande número de peças, reforços e costuras na gáspea, colarinhos e linguetas estofados, atacadores grossos e reforçados, destinado geralmente a ativida - des esportivas ou para o lazer. WEDGES: plataformas bem altas, com ares super fashionistas – para quem adora as alturas com conforto.


30 IDENTIFICAÇÃO DOS CALÇADOS QUANTO À COBERTURA DOS PÉS Basicamente, os calçados podem ser classificados em abertos, nos quais partes dos pés - principalmente os dedos - ficam expostos; e os fechados, que cobrem a totalidade dos pés. QUANTO À NUMERAÇÃO Os calçados também podem ser classificados quanto à numeração, que é a medida adequada para um calçado ficar confortável e funcional no pé. A definição dessa medida se dá pelo comprimento do pé, mais o suplemento para permitir alongamento durante a marcha. Com variações de acordo com o estilo, funcionalidade e definição própria de cada fabricante, a numeração não é exata em todos os modelos. Ainda assim, segue uma lógica referencial. Os padrões mais usados no mundo são o Ponto Inglês (cada ponto equivale a 8,46mm), o Ponto Americano (praticamente igual ao Ponto Inglês - mas para cada ponto americano mulher, 10 ½ pontos são anulados; e para cada ponto americano homem, 11 ½ pontos são anulados) e o Ponto Francês, utilizado no Brasil. Ponto Francês é o utilizado no Brasil Na métrica do Ponto Francês, utilizado no Brasil, cada ponto equivale a 6,66mm (2/3 de 01 cm). A quantidade de pontos é a referência para determinar a numeração nesse sistema. Numeração pelo ponto francês Categoria Numeração Bebê Do 16 ao 22 Criança Do 23 ao 26 Menina Do 27 ao 33 Menino Do 27 ao 36 Mulher Do 33 ao 40 Homem Do 36 ao 46 Pés estão cada vez maiores Uma tendência verificada nos últimos anos aponta para que estas numerações tendem a aumentar, já com modelos femininos chegando - e até ultrapassando, em muitos casos - ao número 41. Do mesmo modo, não é incomum calçados masculinos com numeração igual ou suerior ao 48.


31 > Evite molhar seus sapatos. Caso isto ocorra, nunca coloque-os no sol. Deixe-os secar à sombra, longe de qualquer outra fonte de calor. Nada de deixar atrás de geladeiras, usar secador de cabelos, etc; > Colocar jornal na parte de dentro do sapato ajuda a absorver a umidade e ainda mantém a forma do calçado. Botas de cano alto podem ser preenchidas com revistas enroladas, mantendo seu formato intacto; > Máquina de lavar está fora de cogitação; > Independente do material do seu sapato, delicadeza é palavra-chave. Jamais esfregue com força ou passe esponjas grossas; > Calçados precisam “respirar”, os de couro principalmente. Após o uso, o ideal é deixar o seu sapato em ambiente arejado; > O uso de sapatos de couro por dois dias seguidos não é recomendado, pois, além da deformação acentuada do material, ele pode acumular odores, o famoso chulé. MATERIAIS > Couro/sintético em geral Umedeça levemente uma flanela macia e passe delicadamente sobre a superfície para retirar a sujeira. O ideal é utilizar produtos impermeabilizantes logo que eles sejam comprados. Sprays, graxas e pomadas próprias também evitam o ressecamento e o aparecimento de rachaduras. > Couro ou sintético tipo camurça e nobuck Escovas de cerdas bem macias são o principal aliado deste tipo tão delicado de couro. As escovas devem ser utilizadas sempre secas. > Couro/sintético tipo croco e cobra Use apenas flanelas e panos macios secos. > Couro/sintético verniz Utilize somente flanelas e panos macios umedecidos. Jamais use escovas, pois elas podem riscar o verniz. > Cabedais têxteis Limpar somente com pano úmido e sabão neutro. DICAS ÚTEIS PARA conservação & limpeza


32 0 Código Brasileiro de Defesa do Consumidor (CDC) é um conjunto de normas que visa proteger os direitos do consumidor, bem como disciplinar as relações e as responsabilidades entre o fornecedor e o consumidor final, estabelecendo padrões de conduta, prazos e penalidades. De acordo com o Art. 4º, a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo atender às necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos e a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo. Também define como princípios o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo e a ação governamental no sentido de proteger o consumidor. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA Os fornecedores de produtos de consumo duráveis (calçados, por exemplo) ou não duráveis, conforme o Art. 18, respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes no recipiente, na embalagem, na rotulagem ou em mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. PROCEDIMENTO DE TROCA Conforme o art. 26, inciso II, do Código de Defesa do Consumidor, o consumidor tem direito à troca do calçado em caso de defeito de fabricação. Até 30 dias após a aquisição, deve comparecer à loja onde comprou o produto, com a nota fiscal ou o cupom fiscal correspondente, e solicitar a análise e a eventual troca. A loja deve encaminhar o produto à fábrica para análise e elaboração de laudo técnico. Confirmado o defeito de fabricação ou de matéria-prima, a fábrica se responsabilizará pelo ocorrido, efetuando os reparos necessários para a devolução do produto em perfeito estado ou reembolsando o consumidor no prazo de 30 dias. Após esse período, até 90 dias, a avaliação e a troca devem ser realizadas através do SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor do fabricante. PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO INCORRETO, A CONSERVAÇÃO INADEQUADA DO PRODUTO, O DESGASTE NATURAL E OS DANOS PROVOCADOS POR ACIDENTES NÃO SÃO COBERTOS PELA GARANTIA DO FABRICANTE! IMPORTANTE CONHECER OS DIREITOS DO CONSUMIDOR


33 “VOCÊ NÃO SE TORNA UM EXCELENTE VENDEDOR EM UM DIA. VOCÊ SE TORNA UM EXCELENTE VENDEDOR NO DIA A DIA.” Jeffrey Gitomer A MENTALIDADE A economia do mundo é baseada em um princípio chamado escassez. Tudo que tem menos vale mais, ou seja, o valor de um profissional não está na sua importância, mas na sua raridade. Quanto mais difícil for substituí-lo, maior será o seu valor no mercado de trabalho. Exemplo: quais são as cores dos olhos que nós mais admiramos aqui no Brasil? Azul e verde, porque tem pouco. Na Alemanha e nos países nórdicos, o olho azul não faz tanta diferença, já o olho castanho é admirado porque lá tem muitos olhos azuis e poucos castanhos. Aqui no Brasil, olhos castanhos são mais comuns e olhos verdes ou azuis são mais difíceis de encontrar. Entenda que a admiração que temos por algo é proporcional à raridade ou dificuldade de encontrá-lo. Da mesma forma, um Vendedor de Valor é raro. Você não o encontra em qualquer lugar, você não o encontra na multidão. O Vendedor de Valor é alguém que pensa diferente da grande massa, que age diferente da multidão e tem conhecimentos diferentes da maioria das pessoas. O Vendedor de Valor é aquele que acorda todos os dias não para trabalhar, mas para construir um propósito, o seu projeto de vida. Ele tem uma visão inspiradora do futuro, por isso ele sai todos os dias para prosperar, porque a prosperidade dele beneficia toda a estrutura abaixo dele: a família, a esposa ou esposo e os filhos. CARACTERÍSTICAS DO VENDEDOR DE VALOR > Paixão por aprender: O Vendedor de Valor é alguém que sempre está buscando conhecimento. Ele quer evoluir, pois entendeu que quem aprende não depende. Lá em Provérbios 22:29, diz: “Viu um homem perito em sua obra? Diante dos reis, será colocado”. O Vendedor de Valor quer se tornar perito, pois sabe que esse é o caminho da prosperidade. Ele não se acomoda com o que aprendeu no passado. Ele tem a humildade de reconhecer que não sabe DICAS PARA VENDER Mais & Melhor Marcelo Rocha


34 DICAS PARA VENDER Mais & Melhor tudo, mas tem o coração ensinável para evoluir durante toda a trajetória da vida. > Entende a necessidade do cliente O Vendedor de Valor usa a técnica da Escuta Ativa para ser um resolvedor de problemas, criar soluções eficazes e não ser o vendedor transacional, que só quer empurrar um produto para o cliente. Ele quer ajudar o cliente a comprar bem. Ele se interessa, faz perguntas abertas (perguntas que fazem o cliente refletir/pensar em possibilidades), como aquele médico atencioso que está investigando o paciente antes de dar o seu parecer Ele é um verdadeiro consultor de vendas. Muitos vendedores parecem uma metralhadora, falando igual uma matraca sobre o produto sem antes entender a real necessidade do cliente. Não é à toa que nós temos dois ouvidos e uma boca. O Vendedor de Valor é alguém que ouve mais do que fala. > Sabe contar boas histórias O Vendedor de Valor é alguém que sabe persuadir. Todo cliente tem um “fiscal” no cérebro que tenta resistir às investidas dos vendedores. O Vendedor de Valor sabe contar uma história melhor do que a história do que o cliente conta pra ele mesmo. Se o cliente diz que o produto está caro, o Vendedor de Valor sabe contar uma boa história, a ponto de o cliente ver valor no produto e achar que o preço é justo para a quantidade de benefícios que o mesmo oferece. Se um vendedor utilizar as estratégias corretas, ele pode fazer conversão de vendas para qualquer cliente com qualquer produto.


35 CONHEÇA A JORNADA DE CONHECIMENTO DO VENDEDOR DE VALOR! > A venda antes da venda Nos primeiros 5 segundos de contato visual com o cliente, o cérebro dele começa a analisar se você é confiável, empático e ágil na informação das características, benefícios e valor do produto que ele quer. Por isso que o Vendedor de Valor sorri sempre, é mais educado e simpático; chama o cliente sempre pelo nome e usa a empatia como uma espécie de imã invisível que atrai pessoas para o seu radar de atuação. E assim elas são direcionadas para o chamado Call to Action (chamada para ação): COMPRAS. Nesse curto espaço de tempo executado de forma eficaz, você conseguirá fazer rapport (conexão) com o cliente, conquistando suas emoções e a atenção para o caminho da conversão em vendas. Este caminho ficará claro desde que o vendedor conheça o funil de vendas, jornada de compras do consumidor e siga cada processo e técnica de venda que vamos conhecer logo adiante. > Aprenda a arte de comunicar para vender mais e melhor O conceito de comunicação vem do latim communicare, que significa tornar comum, compartilhar, trocar opiniões, associar, conferenciar. O ato de comunicar implica em trocar mensagens, que, por sua vez, envolve emissão e recebimento de informações. A psicologia diz que, se você utilizar as argumentações (“comunicações”) corretas, as pessoas podem ser convencidas. Então aprenda a comunicar, “contar” uma história (storytelling) capaz de mostrar que o seu produto soluciona/ facilita algum problema simples/comum no dia a dia do cliente. E mostre que o seu produto resolve esse problema de uma maneira diferente, simples e inovadora. Se a sua história for melhor do que a velha história de “tá caro ou vou pensar” (que a mente do cliente cria para não comprar), aí você venceu a batalha da persuasão (comunicação) corretamente e merece comemorar a conversão da venda.


36 A comunicação verbal refere-se a todas as formas de comunicação baseadas na fala entre duas pessoas ou mais. Isso inclui palavras ditas, mensagens escritas e linguagem de sinais, assim como todas as informações codificadas que representam um determinado sistema de linguagem. Comunicação não verbal, como o próprio nome sugere, é aquela que acontece sem o uso de palavras faladas ou escritas. Inclui comportamentos aparentes, como olhares, gestos, toques e posturas, assim como mensagens menos óbvias, como roupas, distância espacial entre as pessoas, etc. Utiliza também signos visuais, como, por exemplo, ilustrações, placas e músicas. A comunicação não verbal engloba o uso da linguagem corporal, quando o indivíduo é capaz de se expressar utilizando o seu corpo, através de expressões faciais, posturas corporais, distâncias físicas e gestos que são de caráter inconsciente ao comunicador. Para aprofundamento nesse importante assunto que é essencial para ser Vendedor de Valor, sugiro a leitura do livro “O Corpo Fala”, do autor Pierre Weil e Roland Tompakow - a linguagem silenciosa da comunicação não verbal. DICAS PARA VENDER Mais & Melhor CUIDADO COM A COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL (linguagem corporal ) porque sua boca pode estar comunicando algo e ao mesmo tempo seu corpo está depondo contra VOCÊ!


37 > Prospecção: gerar demanda para seu público-alvo ter a consciência de que precisa do seu produto ou serviço. > Qualificação e abordagem: venda pra quem pode comprar de você. Foque no seu público-alvo e não desperdice tempo e energia com quem não valoriza o seu produto ou serviço. > Apresentação de valor: conhecer bem seu produto ou serviço para mostrar que a sua solução é a melhor para seu cliente. > Follow UP: palavra em inglês que significa acompanhamento. O Vendedor de Valor não pode perder a conexão/contato com o cliente para não deixar ele solto ou insatisfeito e, assim, ter a oportunidade de pensar em debandar para o lado do seu concorrente, podendo nunca mais voltar. > Negociação: não dê o preço antes de falar dos benefícios e valores do seu produto. > Fechamento: seja mestre no contorno de objeções do cliente e aprenda a buscar o sim dele. Busque um índice de fechamento de vendas como nunca teve. Nesse processo de vendas, é fundamental ter controle emocional, autoconhecimento para você trabalhar seus pontos fracos, fortalecer suas competências e habilidades para não colocar tudo a perder no penúltimo processo de venda. > Pós-venda: pouquíssimos vendedores fazem essa etapa e até nem conhecem essa importante fase nas vendas, que tem o objetivo de fidelizar e cuidar dos clientes atuais, antes de investir mais recursos e tempo na tentativa de buscar clientes novos. FUNIL DE VENDAS


38 É o caminho que um potencial cliente percorre antes de realizar uma compra. A jornada de compras possui geralmente quatro etapas: aprendizado e descoberta; reconhecimento do problema; consideração da solução e a decisão de compra. Utiliza a ferramenta CRM DE VENDAS para fazer PÓS-VENDAS e fidelizar o cliente. CRM é a sigla usada para “Customer Relationship Management”, ou seja, Gestão de Relacionamento com o Cliente. Nas empresas, o CRM é a ponte que vai fortalecer a relação entre a equipe comercial e o cliente, no intuito de descobrir suas preferências, desejos e necessidades. Tarefa para casa: Pesquise sobre o Chat GPT, a inteligência artificial do momento que está abalando a liderança da gigante Google e promete ser o início do processo tecnológico que vai varrer do mapa muitas profissões e funções primárias do mercado. Será que a sua função/ocupação profissional pode ser eliminada de uma hora para outra? Não sei. Depende do seu esforço, foco e disciplina para estar dentro do conceito “Lifelong Learning”. Segundo Conrado Schlochauer, autor do livro “Lifelong Learning”, o poder do aprendizado contínuo, “o aprendizado é o único caminho para nos mantermos relevantes e ativos”. Lembre-se: Eu posso fazer tudo por você, menos a sua parte. Então, estude e se atualize para mudar seus hábitos profissionais. Só assim você pode ter a vida de resultados que tanto precisa e deseja. E por fim e não menos importante, vamos estudar as famosas SKILLS (habilidades) que são super valorizadas pelos recrutadores e desejadas pelo mercado atual. Você tem que ficar ligado nesse último tópico para se tornar verdadeiramente um Vendedor de Valor! O ditado mais popular do mundo corporativo a seguir evoca o constante desenvolvimento e aperfeiçoamento das habilidades. “As empresas contratam as pessoas por suas competências técnicas e as demitem pelas comportamentais”. SKILLS: termo que vem do inglês e refere-se às habilidades que cada pessoa tem para desempenhar uma tarefa ou ação. 1. Habilidades Comportamentais (SOFT SKILLS) Inclui características de personalidade e de temperamento, afinal não podem ser medidas ou DICAS PARA VENDER Mais & Melhor CONHEÇA A NOVA JORNADA DE COMPRAS DO CLIENTE >> CONTINUA


Nossos Endereços: Loja I: Av. Pio Xll, no 600 - Cidade Jardim Loja ll: Av. Central, no 475 - Jardim Nova Esperança Loja lll: Av. Gabriel Henrique, no 1626 - Goiânia Viva @cabanadosapato (62) 98538-4583 Temos o melhor para seus pés!


40 testadas de uma maneira objetiva. Exemplos de SOFT SKILLS: > capacidade de liderança; > empatia; > criatividade; > inteligência emocional; > capacidade de persuasão; > paciência; > flexibilidade; > capacidade de comunicação; > resiliência. 2. Habilidades Técnicas (HARD SKILLS ) Competências que podem ser alcançadas por meio de um curso, lendo um livro, indo a um congresso etc. Elas podem ser testadas e medidas sem grandes problemas. Em geral, as HARD SKILLS são apresentadas no currículo e, por bastante tempo, eram as mais valorizadas pelas empresas, mas hoje a situação não é bem essa. Exemplos de HARD SKILLS: > fluência em um idioma; > habilidade de programação; > conhecimento em photoshop; > curso de graduação; > curso de mestrado ou de especialização; >realização de cursos de capacitação. CONSIDERAÇÕES FINAIS Tanto as habilidades comportamentais quanto as habilidades técnicas podem e devem estar em constante desenvolvimento e aperfeiçoamento, para você ser valorizado, desejado e pago pela sua RARIDADE de Vendedor de Valor.


42 Não há um consenso definitivo sobre quando e como os calçados surgiram. O fato é que, desde sempre, o ser humano buscou meios para proteger seus pés, que ficavam em contato direto com os mais variados tipos de solos e estavam sujeitos às intempéries. Os primeiros registros catalogados por pesquisas apontam que o calçado surgiu no final do período paleolítico, entre os anos de 12.000 a.C e 15.000 a.C. A bota primitiva e os modelos de sandálias tinham como principal objetivo proteger os pés e eram feitos de couro cru, madeira, palha e tecidos. O couro de cabra ou cachorro era cortado em tamanho próximo ao pé e trançado com tiras de fibras ou papiro. O couro usado como solado era grosso, geralmente de cavalo ou boi. Em alguns casos, os solados eram confeccionados de madeira. O método para amaciar as peles era molhar e sová-las com malho, após raspagem da carne e dos pelos. Houve um avanço quando se descobriu que o óleo ou a gordura de animais marinhos, quando esfregado na pele, ajudava a conservá-la maleável por mais tempo. Depois, descobriu-se a técnica do curtimento usada até hoje. Outra invenção importante foi a agulha de mão, feita de marfim de mamute ou ossos de animais e usada para costurar as partes. HISTÓRIA DE ARTEFATO DE PROTEÇÃO à diferenciação social Calçado primitivo encontrado na Armênia em 2008 Pinturas do período paleolítico, em cavernas do leste da Espanha, mostram homens calçados >> CONTINUA


Conheça o maior E-COMMERCE de MODA de GOIÁS www.cabanamagazine.com.br > NOVIDADES todos os dias > FRETE GRÁTIS nas compras acima de R$ 500,00 > Parcelamento em até 12X SEM JUROS > Enviamos para TODO BRASIL


44 Sandálias As sandálias foram os primeiros calçados criados pelo homem. Nos países mais quentes, como o antigo Egito, eram feitas de palha, tramas de papiro ou fibra de palmeira, com a ponta do solado voltada para cima para evitar a entrada de areia nos pés. Calçar constituía um privilégio da nobreza, dos sacerdotes e dos soldados.Na Grécia, o uso de sandálias também era privilégio da aristocracia, mas cidadãos comuns também atribuíam-se esse direito. Cores Modelo mais usado pelos gregos, a sandália protegia os pés tanto de homens quanto de mulheres. Mais tarde, foi adotado o calçado em forma de botinha, para proteger o tornozelo. Vermelho era a cor usada pelos homens, o branco pelos senadores e os tons pastel pelas mulheres. Classe social Ainda na Antiguidade clássica, em Roma e na Grécia, os calçados indicavam a classe social de seus usuários, e os modelos se diferenciavam por cores. Também possuíam solas com adornos especiais e as pessoas de baixa estatura usavam plataforma para parecerem maiores. Bicos compridos Próximo ao século XII, foram difundidos em toda a Europa os modelos conhecidos como “poulaines” ou “crackowes”. Esses calçados se caracterizavam pelo estreitamento e alongamento dos bicos, cujo comprimento era proporcional à posição social do indivíduo. Alguns modelos Vaso grego com pintura de sapateiro trabalhando, 500 A.C Sandália de fibra de palmeiras de Tebas Tutancâmon e sua rainha, da XVIII dinastia, com sandálias com tira em T; século XIV a. C.


45 tinham a ponta tão comprida que era amarrada ao joelho. Os comprimentos dos bicos destes modelos variavam de 45 a 76 cm. Conceito de moda O conceito de moda, como um fenômeno social temporal, surgiu no final do século XV e início do Renascimento, com o desenvolvimento das cidades europeias. Na Veneza do século XVI, os sapatos chamados chapins - plataformas de 65 cm ou mais, feitas de cortiça ou madeira e forradas com couro e veludo – eram usados pelas mulheres. Eram símbolo de posição social e riqueza, porém limitavam atividades como as danças, ignorando o conforto e a praticidade. Eram chamados de “banquinhos andantes” e deixaram de ser moda dois séculos depois, quando os sapatos de salto tornaram-se moda. SÍMBOLOS DE STATUS E DEFINIDORES DE PERSONALIDADE Com o passar dos anos e séculos, o calçado assumiu cada vez mais um papel social e cultural relevante. Grifes viraram sinônimo de estilo e qualidade e conferiram aos sapatos o status de definidor de personalidade. De marcas com atitude mais ousada e contestadora às grifes clássicas e tradicionais, os calçados entraram no imaginário de todas as sociedades e tornaram-se protagonistas no cotidiano, do cinema à literatura, passando também por todas as demais formas de artes. E essa relação de amor e paixão pelos calçados segue em alta, deixando para trás, há muito tempo, seu caráter puramente funcional e prático, que era o de proteger os pés. Forma extrema do poulaine ou crackowe; Flandres, século XV Chapim veneziana do século XVI O clássico sapatinho vermelho do Mágico de Oz e os ousados modelos Louboutin


46 PARTES DO CALÇADO CABEDAL O cabedal tem a função de cobrir e proteger a parte de cima dos pés e é, normalmente, constituído de várias peças e tipos de materiais. Para sua fabricação, podem ser utilizados materiais como couro, tecidos, sintéticos (bastante utilizados em calçados femininos e esportivos), entre outros. Pode ser dividido em gáspea (parte frontal), lateral (lados) e traseiro (parte de trás). Principais peças: Couraça: tem a finalidade de dar forma ao bico do calçado, mantendo-o inalterado e respeitando o formato da fôrma. É colocada entre o forro e a gáspea. Contraforte: dá forma ao traseiro do calçado ajustando-se ao calcanhar. É importante na função de “fixar” o calcanhar no calçado durante o caminhar e é colocado entre o traseiro e o forro. Forros: utilizados como revestimentos para proporcionar acabamento, reforço, absorver a umidade, dar conforto, entre outros; podendo influenciar o custo final. Pode-se forrar todo o cabedal ou apenas uma parte. Materiais mais comuns: não-tecidos, tecidos, sintéticos, têxteis e couros. Avesso: é a peça de forro específica do traseiro (peça interna do calçado). Pode ser fabricada em couro (raspa de porco) ou não-tecido. Protege o calcanhar, evitando o contato com o contraforte. Espumas: materiais utilizados para dar maior conforto, geralmente em tênis. São colocadas entre o forro e o cabedal, mais comumente nas peças conhecidas como lingüeta e “banana”, que fica ao redor do tornozelo. SOLADO Principais peças: Palmilha interna: peça destinada a dar melhor conforto e acabamento. Palmilha de montagem: peça geralmente de material à base de celulose, não-tecido ou couro, cortada no tamanho da planta da fôrma. Dá e mantém a estrutura do calçado e o formato da superfície do pé, sendo a base da montagem do calçado. Reforço da palmilha de montagem: é um material rígido (geralmente feito de aglomerado de celulose, polímeros extrusados e injetados), destinado a permitir fixação correta e firme do salto e também evitar a deformação. Alma: peça que pode ser de aço, arame, madeira ou plástico e que é fixada nas palmilhas ou diretamente no solado. Dá a sustentação aos calçados,


47 em geral nos de salto alto, estabelecendo segurança e estabilidade. Sola: parte que está em contato direto com o solo e que garante, em grande parte, a performance do calçado. Seu material e perfil dão suas propriedades: leveza, durabilidade, flexibilidade, aderência, tração, transpiração e uniformidade. Salto: é um suporte fixado na sola, localizado no calcanhar, que dá equilíbrio ao calçado. Geralmente é feito de material plástico, podendo ser também de madeira ou metal. A altura varia de 1 cm a 10 cm. Tacão: fixado embaixo do salto, é feito geralmente de material sintético duro de ótima resistência, protegendo-o do desgaste e absorvendo o impacto. Entressola: camada intermediária entre a palmilha de montagem e o solado e que tem função estética: tornar o solado mais alto, mais grosso e/ou funcional e oferecer conforto ou amortecer melhor os impactos. Mais utilizada em tênis. Vira: é uma tira estreita desenvolvida com o mesmo material do solado, colada ou costurada em torno da sola do calçado e que tem função estética, variando largura, espessura e desenho conforme o calçado. Essas são as partes básicas do calçado. Outros elementos podem ser acrescentados, dependendo do modelo ou das necessidades específicas da fabricação. Palmilha interna Gáspea Salto Sola Taco Contraforte Palmilha de montaem Alma Forro Avesso Couraça


48 MATERIAIS UTILIZADOS Há uma enorme diversidade de materiais que podem ser utilizados na fabricação de um calçado. Confira, a seguir, alguns destes materiais e seus principais atributos. COURO É um material oriundo exclusivamente da pele animal que passa por processos de curtimento, pois ao natural é suscetível ao ataque e à decomposição por bactérias, além de não possuir resistência e flexibilidade desejadas. É um dos materiais mais utilizados na fabricação de calçados, em praticamente em todas as partes, principalmente no cabedal e no forro. > boa resistência ao atrito e à flexão, assegurando maior vida útil ao calçado; > absorve suor e permite a transpiração, propiciando um ambiente agradável; > ajuda a regular a temperatura, evitando resfriamento ou superaquecimento; > em solas, facilita a descarga da energia elétrica, o que evita choques; LAMINADOS SINTÉTICOS Os laminados sintéticos são produzidos a partir de compostos estratificados ou não, de polímeros compactos ou expandidos, na forma laminada, com ou sem substratos. Podem ser mais ou menos flexíveis e são basicamente compostos por duas camadas: Parte externa (substrato): material sobre o qual está aplicada a camada de acabamento. Pode ser tecido plano, malha ou não-tecido. Também é conhecido como reforço ou suporte, devido à sua função de dar resistência mecânica. Parte interna (camada plástica) está sobre o substrato. Essa camada dá a espessura e maciez (toque) desejadas. Pode ser constituída pela base que é a camada intermediária entre o substrato, podendo ser expandida ou compacta, em materiais como PVC, PU, EVA e pelo filme de cobertura, camada superior à base.


49 MATERIAIS TÊXTEIS Podem ser tecidos (planos ou malhas) ou não-tecidos: Tecido plano: produto manufaturado, natural ou sintético, tem estrutura plana e flexível, produzido pelo entrelaçamento de dois conjuntos de fios perpendiculares entre si. Um, chamado de urdume, dá o comprimento, e o outro, chamado de trama, dá a largura. Malha: material composto por fios obtidos a partir de fibras de origem natural ou sintética, é o resultado da formação de laços que se interpenetram e se apóiam lateral e verticalmente e provenientes de um ou mais fios. Tem confecção manual ou mecânica. Não-tecido: material com estrutura plana, flexível e porosa constituída de véu ou manta de fibras ou filamentos (longos ou curtos) orientados direcionalmente ou ao acaso, consolidados por processo mecânico, químico, térmico, hidrodinâmico ou combinações desses. ADESIVOS > Adesivo à base de policloropreno: adesivo de contato, com característica viscosa, vulgarmente denominado “cola de sapateiro”, “cola forte” e/ ou “cola sintética”. Muito utilizado nas operações de preparação e de montagem. > Adesivo à base de poliuretano: comumente denominado “cola PVC”, é utilizado para colagens da alta performance (sola/solados/saltos) com excelentes resultados. Possui alta resistência tanto a óleos e graxas como ao calor e é indicado para colagem em diversos tipos de materiais, tais como PVC, poliuretano e náilon. > Adesivo hot melt: adesivo termoplástico também conhecido como cola quente, possui 100% de sólidos e deve ser aplicado com auxílio de máquinas especiais. Produzido a partir de diversas matérias-primas. > Adesivo benzina: chamado ainda de “cola- -cimento”, é utilizado basicamente no setor de preparação para fixar peças do cabedal e que depois serão unidas definitivamente pela costura. Tem coloração âmbar-claro a âmbar-escuro, pouca resistência, mas ótima pegajosidade e é permanente. > Adesivo de látex natural: produto com borracha natural, utilizado para preparação e colagem de forro, amenizando defeitos do couro. Por ser à base de água, é menos tóxico, mas tem cheiro desgradável de amoníaco. > Adesivo de látex sintético: assim como o de borracha natural, possui as propriedades de adesivo de emulsão aquosa, sem ter odor de amoníaco. > Adesivo de cianoacrilato: Proporciona colagem instantânea, obtida através da pressão exercida sobre as partes a serem coladas na presença de umidade superficial. É possível obtê-lo com maior flexibilidade. PRODUTOS AUXILIARES NO PROCESSO DE COLAGEM Além do adesivo propriamente dito, são utilizados alguns produtos auxiliares que facilitam o processo. São eles: diluente, solvente, limpador, primer, reticulante e cola-base.


50 SOLADOS DE COURO Atributos > absorção e transpiração do pé em níveis razoáveis; > mantém a temperatura próxima à temperatura externa (positivo nos dias quentes); > permite a descarga de energia estática para o solo, evitando choques; > aceita diversos acabamentos, proporcionando aspecto final muito bonito; > proporciona ótima fixação ao cabedal, principalmente quando blaqueado; > é um produto natural. SOLADOS DE BORRACHA Borracha Natural (NR) - É obtida pela coagulação do látex da seringueira. Borracha Estireno-Butadieno (SBR) - É indicada na confecção de diversos tipos de solados. Incluem-se todos as borrachas sintéticas compactas, microporosas e porosas. Atributos: > propriedades de flexão, abrasão, tração, elasticidade e não-rasgamento; > custo acessível; > resistência à luz, ao calor e à temperatura. Borracha Polibutadieno (BR) - geralmente, a BR é usada em conjunto com a borracha natural e/ou SBR. Acrilonitrila-Butadieno (NBR) - são aplicadas na fabricação de solas/solados, palmilhas, viras, fachetes, saltos e tacões. SOLADOS DE POLICLORETO DE VINILA (PVC) É obtido basicamente do petróleo e do sal. Utilizado em calçados tipo casual, de uso diário, calçados esportivos (tênis) e mesmo em chuteiras. Atributos: > resistência à ação de fungos e de bactérias; > bom isolamento térmico e elétrico; > boa adesão; > acabamentos diferenciados (acetinados, brilhantes, foscos, entre outros); > Atualmente, pode ser reciclado; > alta transparência; > obtido por processos de sopro, calandragem, SOLADOS


Click to View FlipBook Version