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Francisco Calheiros
Presidente da Confederação
do Turismo Português
“O turismo
precisa de
mais anos
como estes”
Programa REVIVE
Tem ano decisivo em 2017
Vítor Filipe
Go4Travel quer unir mais
os accionistas na 1ª Convenção
Congressos da APAVT
Cá dentro ou lá fora
divide opiniões
Objectivos para 2017
Soltrópico quer mais
passageiros nos charters
e crescer no regular
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nortravel.pt
PROGRNAOMRATÇRÃAOVEL 2017
QUALIDADE , FIABILIDADE E INOVAÇÃO
SIGA-NOS
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>abertura
Ausente do calendário Sete anos depois
do European Tour desde
2010, o mais antigo torneio Portugal de novo no
pro ssional português de circuito europeu de golfe
golfe, já na sua 55ª edição, vai
este ano renascer na primeira
divisão europeia de golfe.
Um regresso que é uma boa
novidade, pela importância
que o golfe assume na região
algarvia.
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E m Portimão, entre o mar rio desportivo nacional, o Open de primeiro evento do European Tour European Tour, poder igualmente
e a serra de Monchique, Portugal @ Morgado Golf, formará de 2017 em solo europeu, depois contribuir de forma decisiva para
o Morgado Golf Resort, um triunvirato de eventos de luxo do circuito ter passado pela África a imagem do golfe de Portugal e do
da NAU Hotels & Re- com o Millennium Estoril Open (em do Sul, Austrália, China, Emirados Algarve, e colocar o Morgado Gol-
sorts, vai receber de 11 a ténis) na semana anterior e o WRC Árabes Unidos, Qatar, Malásia, Mé- fe Resort e Portimão no mapa dos
14 de Maio, a 55.ª edição do Open de xico, Índia, Estados grandes eventos internacionais da
Portugal, este ano rebaptizado com Unidos e Marrocos. modalidade”.
o nome de Open de Portugal @ Mor- O mesmo sucede
gado Golf Resort que vai voltar, por Open de Portugal @ Morgado Golf no Challenge Tour, REGRESSO FESTEJADO
três anos, a ser pontuável para os Resort circuito que arran-
dois principais circuitos europeus O regresso de um campo algarvio ao
de golfe. Data: 11 a 14 de Maio ca no Quénia, segue circuito europeu de golfe foi festeja-
Federação Portuguesa de Golfe Local: Morgado Golf Resort, Portimão, Algarve para a Turquia e de- do pela Região de Turismo do Algar-
(FPG), PGA de Portugal e grupo Pontua para: PGA European Tour (1º divisão pois terá no Algarve ve, com o seu presidente, Desidério
NAU Hotels & Resorts foram as europeia) e Challenge Tour (2ª divisão) o ponto alto da sua Silva, a congratular-se com o facto e
entidades que uniram esforços no Entidades envolvidas: Federação Portuguesa temporada. a sublinhar que este acontecimento
sentido de viabilizar o regresso do de Golfe (FPG), PGA de Portugal, grupo NAU Mário Azevedo Fer- “coloca a nossa região no mapa dos
Open de Portugal @ Morgado Golf Hotels & Resorts reira, presidente- grandes eventos internacionais da
Resort aos calendários oficiais do -executivo (CEO) da modalidade, e contribui fortemente
PGA European Tour e do Challenge NAU Hotels & Re- para o posicionamento do Algarve
Tour, por um período de três anos. A sorts, lembrou que enquanto destino privilegiado para
parceria, sancionada pelo PGA Eu- “a NAU Hotels & Resorts oferece 8 a prática do golfe”.
ropean Tour e pelo Challenge Tour unidades hoteleiras e 3 campos de Tanto mais que o Algarve figura
e formalizada a 23 de Fevereiro, golfe no Algarve, bem conhecidos desde há muitos anos no ranking
permite levar pela primeira vez ao de todos”, sublinhando que “o gol- dos melhores destinos de golfe do
Morgado Golf Course, no concelho fe é um dos mais importantes seg- mundo e que esta modalidade é as-
de Portimão, a primeira e a segunda mentos de mercado para os nossos sumida como produto turístico es-
divisão do golfe profissional euro- hotéis, e uma âncora de referência tratégico para a região, que registou
peu, num torneio de meio milhão de para o Morgado Golfe Resort”. Nes- o ano passado mais de 1,3 milhões
euros em prémios monetários. te sentido, destacou ainda, “temos de voltas.
O torneio da primeira divisão eu- vindo, ano após ano, a posicionar A prova vai dar grande visibilidade
ropeia, PGA European Tour, vai as- os nossos campos e hotéis no pa- internacional ao Algarve mas tam-
sumir o formato de “dual ranking”, norama do golfe nacional para bém, de forma genérica, ao golfe em
à semelhança com o que aconteceu torneios amadores e profissionais, Portugal, cabendo aqui não esque-
durante anos com o Madeira Islan- Vodafone Rally de Portugal (auto- tendo vindo a ganhar o reconheci- cer que o ano passado a actividade
ds Open BPI. No caso da segunda mobilismo) na semana posterior. mento de todos pela qualidade das turística relacionada com o golfe
divisão europeia, o Challenge Tour, De acordo com os organizadores, a nossas instalações e serviço”. representou cerca de 300 milhões
o torneio assume o estatuto de “Ma- data escolhida, de 11 a 14 de Maio, Para o CEO do grupo NAU Hotels de euros no nosso país, numa varia-
jor”, um dos mais importantes even- assume grande importância uma & Resorts, “é uma enorme alegria e ção positiva de 10% face ao ano de
tos do ano. Em termos de calendá- vez que permite ao Open de Por- satisfação ver os esforços de todos 2015.<
tugal @ Morgado Golf Resort ser o recompensados desta forma pelo
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decisão fácil, o Montijo mexe com os réplica do Brasil, com Lisboa a ser a “(…) quando me temos 1% dos que viajam se con-
ambientalistas, com as autarquias, porta de entrada dos americanos na perguntam o que é seguirmos duplicar para 2% serão
com a Força Aérea, mas há uma coi- Europa –, e será muito complicado que eu penso deste ou mais uns milhares de dormidas, os
sa que se chama interesse nacional e que após um voo dos EUA os ameri- daquele documento, espanhóis que são o nosso quarto
quando este está em causa, há que canos tenham que estar duas horas tendo a dizer que o mercado poderiam ser o primeiro
ultrapassar as dificuldades. A ques- numa fila. que me interessa é pela proximidade e o Brasil que está
tão do aeroporto é o único garrote A partir de quando é que para a CTP saber se o governo a recuperar. Agora temos ainda os
que impede o desenvolvimento de passa a ser inaceitável que o novo ae- que vem a seguir vai EUA que vai duplicar em lugares com
Lisboa e há que resolver isso, evi- roporto não esteja a funcionar? adoptá-lo ou não, a política da TAP e a China que vai
dentemente tendo em atenção que A decisão já peca por tardia, e isso é ter dois voos directos, o que vai abrir
há situações a resolver como a ques- claro. O que nos é dito é que estamos e todos sabemos um novo mercado. Ou seja, quando
tão das ligações porque o Montijo é a falar num período entre dois anos a que isso não tem olhamos para 2017 temos mais 58 li-
do outro lado do Tejo. Como é que dois anos e meio, mas o que se pas- nhas aéreas o que nos permitirá um
milhões de pessoas vão atravessar? sa é que já neste momento estamos acontecido” bom crescimento. Se calhar o Algar-
Por via terrestre, por via ferroviária, a recusar algumas frequências em ve não irá crescer em ocupação em
por via marítima? Tudo isto tem que algumas horas do dia. Portanto há dinâmica notável e hoje ninguém Julho e Agosto mas poderá crescer
ser resolvido, e de forma prioritária que esquecer o timing sendo neces- põe em marcha um evento sem que em preço. O crescimento do Porto é
porque o que não pode acontecer é sário que haja aqui alguma elastici- pense em Lisboa ou no Algarve. No recente, como o “boom” dos Açores e
fazermos tudo bem, os empresários dade. Em alguns países da Europa há caso de Lisboa a Web Summit é um da Madeira e começamos a ter oferta
fazerem tudo bem, estarmos a cres- muito mais voos nocturnos que em bom exemplo, como o congresso dos extremamente interessante quer no
cer mas depois os turistas não pode- Portugal, se calhar temos que nos diabéticos que se repete ao fim de Alentejo quer no Centro, e até a ter
rem vir por não termos capacidade adaptar até que o Montijo esteja a seis anos e nos vai trazer de novo congressos nestas zonas. Isto para
aeroportuária. funcionar no sentido de tentarmos 20 mil médicos durante cinco dias, dizer que tem havido uma progres-
Estando contente com o anúncio do perder o menor número de voos e quanto ao Algarve não há nenhuma são o que me permite olhar para
novo aeroporto, tendo nós ganho rotas possíveis. marca de automóveis que não pen- 2017 com grande optimismo.
esta pequena batalha – uma das cin- se neste destino quando prepara os Como presidente da Confederação e
co prioridades da CTP era a decisão CONTINUAR A CRESCER seus eventos. Tudo isto só para dar como empresário, pensa que esta é
do aeroporto –, há outra situação Os anos de 2015 e 2016, e ao que tudo uma ideia da quantidade de adapta- uma boa altura para se investir em
completamente intolerável, a do indica 2017, são anos muito bons ções que fizemos, e dos novos produ- turismo?
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras para o turismo em Portugal. Hoje tos que criámos. Não tenho dúvidas que sim, aliás já o
porque o início de 2017 foi pior que o cada vez mais quem investe quer ter Segunda questão: os anos de 2015, foi nos últimos anos, e é isso que está
de 2016 que tinha já sido pior que o garantias de retorno, daí que lhe per- e 2016 foram óptimos, mas atenção a acontecer. Temos grandes empre-
de 2015. Antes, em alguns períodos gunte se estão a ser tomadas medi- porque a base é muito pequena. O sários de turismo que não param, to-
da madrugada, quando confluíam os das no sentido de segurar os merca- meu discurso, de 2014 para 2015 dos os dias vemos aparecer novos in-
voos do Brasil e de África, havia um dos, especialmente novos mercados incidia num grande desafio que tí- vestimentos, seja em hotelaria, seja
pico e estes serviços funcionavam que têm vindo em força muito por nhamos pela frente que era o do au- em animação turística e mesmo o
mal, mas agora temos filas ao meio via da situação geopolítica noutros mento de preços, o que só se conse- rent-a-car cresce por via do turismo.
dia. Não precisamos de ser ilumi- destinos? guiria aumentando a ocupação. Ora Muito por via do crescimento do
nados para saber que depois de um Primeira questão: acho de uma in- isso está a acontecer, a procura está turismo e dos novos investimentos
voo de longo curso – o da Rússia é justiça tremenda dizer-se que o nos- a crescer mais do que a oferta o que fala-se cada vez mais na falta de
menor, mas o de São Paulo e outros so sucesso se deve ao insucesso dos está a ter um impacto directo nos mão-de-obra qualificada. Muitos ho-
duram 11 horas – o que as pessoas outros, porque isso seria esquecer preços que estão a subir o dobro da téis que abriram contratações para
querem é chegar a casa ou ao hotel, tudo o que os nossos empresários ocupação em muitas regiões do país. o Verão, ficaram aquém dos lugares
não suportam estar horas numa fila têm feito, não baixando os braços Quando olhamos para os mercados que tinham para ocupar. Como olha
para poderem entrar no país. Já tive em alturas de crise, e que com o seu conseguimos ter uma noção da ca- para esta questão?
várias reuniões, com a TAP e com a trabalho conseguiram que tivésse- pacidade que temos de crescimento. Com esta questão está a colocar o
ANA, já tive o compromisso do se- mos um crescimento completamen- Fomos redescobertos pelos france- dedo numa ferida, porque a área dos
nhor David Neeleman que me disse te sustentável. Nós inventamos tudo, ses que estão a chegar com toda a recursos humanos não tem conse-
que se é uma questão de ter que pa- vamos buscar turistas aos locais força, as reservas dos ingleses que guido dar ao sector o número de pro-
gar, a TAP paga, mas a situação não mais recônditos, temos um sector se dizia que deixariam de vir devido fissionais qualificados que necessita.
se resolve. Agora que a questão do de animação turística com uma pu- ao Brexit estão a aumentar 20% para O que é que a CTP podia fazer e fez?
novo aeroporto está resolvida, vão jança impressionante, na hotelaria o Verão, os alemães de que apenas Em primeiro lugar, conseguimos
ter que me ouvir todos os dias falar acompanhamos todas as tendências, obter o estatuto de organismo inter-
sobre esta situação. A TAP está a o sector dos eventos está com uma médio. Passo a explicar: ao contrá-
fazer um grande investimento nas
rotas dos Estados Unidos – com o
qual concordamos inteiramente e
que esperamos que venha a ser uma
Três Estrelas Premium t Lisboa
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"O om de receber | The gift of hospitality
Rua Alexandre Herculano, 13 Central de Reservas: Av. Duque de Loulé, 121
1150-005, Lisboa Tel.: (+351) 21 351 25 28 t Fax: (+351) 21 352 02 72 1050-089 Lisboa
Latitude/Longitude: [email protected] t www.domcarloshoteis.com #$%&'()%*L**a+*t**i,tu-d%e.//L*o0n)g*1i2tu!d3*e: !"
38.723823 / -9.14747
38.725304 / -9.148124
acessos. Na parte traseira, as liga- ao exterior através de amplas portas
ções à Av. Sidónio Pais, foram não em vidro que deixam livre a entrada
apenas requalificadas como se abri- do sol.
ram novos acessos. O que salta à vis- Quando visitámos o edifício ain-
ta, além do imóvel agora exposto aos da decorriam os últimos retoques
olhos de todos, é a existência de uma como, por exemplo, a recolocação de
escada rolante que facilita e apressa alguns azulejos, qual puzzle, que por
a subida a quem ali chega, por exem- via das obras tiveram que ser crite-
plo, em autocarros de turismo. Em riosamente retirados, numerados e
guardados para agora reaparecerem,
Equipamentos restaurados, embelezando as pare-
des. Outros, antes de restaurados ti-
Sala de eventos veram que ser recuperados. “Muitos
2.000 m2 – 1500 pessoas / dos azulejos que revestiam as pare-
des foram roubados, estavam para
jantares venda na Feira da Ladra, a Política
Judiciária é que os recuperou e nos
2.500 pessoas em pé entregou”, conta o director-geral do
2.000 pessoas sentadas Turismo de Lisboa.
O átrio abre-se em frente, para os
em plateia Torreões, onde mora a exposição
permanente “Carlos Lopes”. Ali, em
Salão Nobre: 200 m2 dois andares, podem apreciar-se
Átrio central: 180 m2 mais de 300 peças do primeiro atleta
Foyers: 280 m2 português a vencer uma Medalha de
Salas de apoio Ouro nos Jogos Olímpicos. Para ela,
Copa o atleta cedeu troféus, medalhas e
equipamentos desportivos. Por ali
torno do Pavilhão foi eliminada a há também uma linha do tempo que
zona de estacionamento, ao mesmo conta a história de vida e de carrei-
tempo que se reforçou a sua ligação ra do atleta desde o seu nascimento,
ao parque Eduardo VII através de cada quadro da sua vida explicado
uma grande escadaria e outros aces- em português e inglês. A exposição
sos pedonais. vai estar acessível a todos aqueles
Todos estes foram pormenores que que se desloquem ao Pavilhão para
saltaram à vista quando visitámos o assistir a algum evento mas até 19 de
Pavilhão dois dias antes da sua rea- Março pode ser apreciada pelo pú-
bertura, tendo como guia o director- blico em geral que também poderá
-geral do Turismo de Lisboa, Vítor assistir, neste período, a duas produ-
Costa, que guarda muitas recorda- ções multimédia, na sala de eventos,
ções deste edifício onde, durante uma sobre os 20 anos do Turismo de
anos, teve o seu gabinete, num tem- Lisboa, que retrata também a evolu-
po em que ali funcionava o departa- ção da cidade ao longo de duas déca-
mento de Turismo da Câmara Mu- das, outra sobre a história do próprio
nicipal de Lisboa e Vítor Costa era Pavilhão.
vereador do Pelouro. Como é que uma exposição perma-
nente não se pode visitar sempre? O
O QUE HÁ DE NOVO director-geral do Turismo de Lisboa
Mas voltemos ao átrio de entrada do explica: “O Pavilhão vai estar aberto
Pavilhão Carlos Lopes, revestido por durante um mês para assinalar a sua
painéis de azulejos, em azul e branco reinauguração, podendo o público
como manda a tradição portuguesa. vir ver as exposições e o resultado
Os azulejos, tal como os tectos altos final das obras até 19 de Março, en-
em estuque trabalhado, são aliás um tre as 10h00 e as 18h00, com acesso
fio condutor de todo o interior do livre”. Depois, continuou Vítor Cos-
imóvel que agora se abre mais ainda ta, o Pavilhão encerra e só abrirá
nas alturas em que acolher eventos”.
Eventos que poderão ser da mais di-
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>reportagem
Uma história versa índole, para isso mesmo ficou antiga escadaria, agora restaurada, que é usual no mercado”.
com 85 anos o pavilhão adaptado após as obras mas também por elevador, permitin- Pelas características do espaço, a
que requalificação que no seu inte- do assim o acesso a pessoas com mo- adesão deverá ser grande e a promo-
1921 – Construção do então rior abrangeram a total restauração bilidade reduzida, para quem foram ção do espaço está já a ser feita junto
dos azulejos, no hall de entrada, nos também criadas casas-de-banho dos organizadores de eventos, tendo
denominado Pavilhão das foyers, no Salão Nobre. “Tudo estava apropriadas. sido já visitado por muitos associa-
Indústrias destinado à muito degradado, houve que trocar Somam-se ainda, para eventos, o dos da APECATE - Associação Por-
Exposição Internacional do Rio tubos, reconstituir muita coisa, re- átrio central com 180 m2, foyers com tuguesa de Empresas de Congressos,
de Janeiro, organizada em 1922, tirar os azulejos para voltar a reco- 280m2, salas de apoio e copa com 113 Animação Turística e Eventos, po-
com projecto dos arquitectos locá-los, tratar dos tectos”, artistica- m2, esta a servir de suporte a even- tenciais utilizadores do espaço.
Carlos Rebelo de Andrade e mente trabalhados. tos que necessitem de recorrer a ser- À cidade fazia já falta um espaço
Guilherme Rebelo de Andrade. viços de catering. como este já que, segundo o direc-
UM ESPAÇO ÚNICO PARA Estando desde o início prevista a sua tor-geral do Turismo de Lisboa “há
1929 – 1931 – Reconstrução do EVENTOS exploração comercial, a partir de muita procura, especialmente de es-
agora o Pavilhão está aberto a reser- paços diferentes” pelo que o Pavilhão
Pavilhão a meio da encosta do Ao todo, o Pavilhão conta agora com vas, com Vítor Costa a adiantar que Carlos Lopes vem “enriquecer a ofer-
Parque Eduardo VII que então sete espaços diferenciados para even- os preços vão estar “dentro daquilo ta da cidade”. <
ainda não existia como tal. tos, qualquer deles podendo ser utili-
zado separadamente ou em conjunto: Um equipamento que vai
1932 – Reinauguração 5 foyers, um Salão Nobre, no piso su- servir o futuro da cidade
perior, uma sala de eventos e ainda
por ocasião da Exposição várias salas de apoio e outros espa- No dia em que Carlos Lopes celebrava o seu 70º aniversário, 18
Industrial Portuguesa que ços. Tudo isto “sem concorrer directa- de Fevereiro, o Pavilhão que leva o seu nome foi reinaugurado em
teve lugar no Parque Eduardo mente com qualquer outro venue da cerimónia presidida pelo primeiro-ministro António Costa e que
VII, destinando-se a acolher cidade, dada a sua capacidade”, expli- serviu para homenagear o ex-campeão olímpico e distinguir Mário
eventos de promoção de cou Vítor Costa durante a visita que a Machado, ex-presidente adjunto do Turismo de Lisboa.
actividades económicas Turisver realizou ao Pavilhão. Carlos Lopes, atleta a quem é dedicada a exposição permanente, foi
A sala de eventos, espalha-se por a figura central da cerimónia de inauguração, tendo recebido das
Anos 40 – Adaptação do uma área de 2.000 m2, estando equi- mãos do primeiro-ministro e do presidente da Câmara de Lisboa,
pada com todas as infra-estruturas a Chave do Pavilhão. Elogios ao antigo atleta não faltaram, com
Pavilhão para acolher, em necessárias para receber os mais o primeiro-ministro a sublinhar as “grandes alegrias” que deu ao
1947, o Campeonato Mundial variados tipos de eventos, desde pro- país. Mas António Costa agradeceu também Câmara e à Associação
de Hóquei em Patins. Durante vas desportivas (podem ser monta- Turismo de Lisboa, por “devolverem à cidade e ao país um
o Estado Novo é palco de das bancadas e colocados pavimen- equipamento que faz parte da nossa memória colectiva”.
inúmeros eventos de diversa tos apropriados por cima do que está Já o presidente adjunto do Turismo de Lisboa, Jorge Ponce de Leão,
natureza. colocado, que “é dos mais resistentes agradeceu à Câmara o empenho na solução encontrada para a
que há”) a jantares até 1.500 pessoas, requalificação do Pavilhão Carlos Lopes, como parte integrante de
Pós- 25 de Abril – Acolhe exposições e até apresentações de “uma estratégia a longo prazo, que vem tornando Lisboa um dos
automóveis, por exemplo, dado ter mais importantes destinos turísticos do mundo”.
congressos e comícios duas portas de acesso ao exterior. Para Fernando Medina, o dia 18 de Fevereiro fica marcado como “um
partidários, espectáculos e O espaço foi totalmente restaurado dia especial, que devolve o Pavilhão à cidade” para “servir o futuro”
eventos diversos (exposições, como explica Vítor Costa: “tivemos com toda a modernidade, mas preservando “todos os seus elementos
provas desportivas, Marchas que retirar a cobertura de amianto identitários”.
Populares…) e as bancadas que estavam podres, Em dia de celebração e agradecimento, Fernando Medina entregou a
mantivemos a fachada e moderni- Medalha Municipal de Mérito ao anterior presidente adjunto da ATL,
1984 – Adopta a actual zámos o espaço com a introdução Mário Machado, que durante diversos mandatos assumiu aquelas
de condições de segurança, acesso funções directivas no turismo lisboeta em representação do sector
designação de Pavilhão Carlos a pessoas com mobilidade reduzida, privado – uma homenagem que tinha já ficado prometida aquando
Lopes em homenagem ao ar condicionado, copa, várias salas da tomada de posse dos novos corpos sociais do Turismo de Lisboa,
atleta que, pela primeira vez na de apoio e até cabines para árbitros, em Maio do ano passado. <
história do desporto português, se for caso disso ” além de “um palco
conquistou uma Medalha de e condições técnicas para suspen-
Ouro nos Jogos Olímpicos. sões”.
O director-geral da ATL reforçou no
2001 – É realizado um projecto entanto que “esta é uma sala para
eventos, uma sala polivalente, se
de remodelação do imóvel pela assim se quiser chamar, não é um
Câmara Municipal de Lisboa centro de congressos”. Mesmo as-
que ca “na gaveta” . sim o espaço “tem todas as condi-
ções para receber um seminário ou
2003 – Encerra por questões um congresso, tudo está preparado
para isso, mas cada organizador terá
de segurança dado o estado depois que moldar o estruturar de
avançado de degradação das acordo com as suas necessidades”.
estruturas. Espaço verdadeiramente icónico do
Pavilhão Carlos Lopes é o Salão No-
2017 – 18 de Fevereiro, o bre que no piso superior se abre so-
bre o Parque Eduardo VII, através de
Pavilhão Carlos Lopes reabre uma varanda. O Salão, como outras
depois de total reabilitação salas do novo venue de Lisboa, dis-
da responsabilidade da põe de uma área de 200 m2 mas o que
Associação Turismo de Lisboa o torna diferente, para além da vista
que adquiriu o direito de que dali se admira, são os seus azu-
superfície por 50 anos , cando lejos, o tecto em estuque trabalhado
apto a receber os mais diversos e até uma artística “porta falsa”. O
eventos culturais, corporativos, acesso a este piso pode fazer-se pela
comerciais, desportivos, entre
outros. <
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>reportagem
O secretário-geral da Taleb Rifai con rma rmar-se
Organização Mundial de
Turismo (OMT), Taleb Rifai, Portugal está a a
que visitou o país no seu último pela qualidade
ano de mandato, acredita que
Portugal não está a bene ciar
da insegurança vivida noutros
países, mas a a rmar-se pela
sua qualidade, e que pode
ser um líder nas questões da
inovação. Esta visita acontece
no Ano Internacional do
Turismo Sustentável para
o Desenvolvimento, cujas
celebrações visam apoiar uma
mudança nas políticas, práticas
empresariais e comportamento
dos consumidores, por forma
a tornar o sector do turismo
mais sustentável nos planos
económico, social e ambiental.
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Números da OMT 2016 Osecretário-geral da OMT bate à pobreza. E mais importante: estão a contribuir para o crescimento
a rmou, em Lisboa, que criou uma atmosfera de tolerância e do turismo em Portugal. Eu posso dar
As chegadas de turistas “o turismo, os números de maior cooperação entre as pessoas, uma prova disso. No total, o Egipto, a
e o crescimento são os que é algo muito necessário nos dias Tunísia e a Turquia perderam 4 mi-
internacionais em todo o melhores aliados da sus- que correm. No lado menos bom, te- lhões de turistas internacionais. Os
mundo cresceram 3,9% para tentabilidade. Precisamos de crescer mos de perceber que 1,2 mil milhões ganhos de Espanha e Portugal são de
1.235 milhões, superando em sustentavelmente”, disse. de pessoas cruzam fronteiras todos os mais de 6 milhões de turistas. Por isso,
300 milhões o número recorde Taleb Rifai, que acaba de visitar Por- anos, gerando um impacto no ambien- não é justo atribuir o crescimento do
alcançado em 2008, apesar dos tugal, participou na assinatura do te e na sociedade”, disse, para realçar turismo apenas ao azar de outros. Vo-
temores relacionados com a memorando de adesão de Portugal ao que “queremos garantir que as pessoas cês estão bem porque são bons, não
segurança. Ano Internacional do Turismo Susten- são responsáveis e estão conscientes porque outros estejam menos bem”,
tável para o Desenvolvimento, que se de que têm de canalizar o turismo disse Taleb Rifai.
O número de chegadas assinala em 2017, juntamente com a para o lado bom”. Ainda a respeito das estratégias que
secretária de Estado do Turismo, Ana Rifai defendeu que a principal men- estão a ser implementadas no nosso
internacionais em todo o Mendes Godinho, uma iniciativa para sagem deste ano é que o “turismo é país, considerou que Portugal, com o
mundo superou em cerca de promover programas turísticos sus- uma força para o bem” e que precisa foco em “jovens talentos, empreende-
46 milhões o registo de 2015, tentáveis a nível “económico, social, de ser usada correctamente, porque dores e na inovação”, pode estar mais
com o ano de 2016 a ser o e ambiental”. A sessão contou igual- as viagens e o turismo devem “tornar o perto de um futuro que se fará na ino-
sétimo ano consecutivo de mente com a presença de David Sco- mundo num sítio melhor e contribuir vação, e não apenas no crescimento
crescimento sustentável depois wsill, CEO do World Travel & Tourism para melhores empregos, mais rendi- per si e na gestão de destinos, referiu
da crise económica e nanceira Council (WTTC), que acompanhou mentos e para a paz”. o secretário-geral da OMT. “Nesse sen-
mundial de 2009. a visita o cial do secretário-geral da tido, Portugal está a conseguir liderar
OMT a Portugal. PORTUGAL UM EXEMPLO e a tornar-se muito vanguardista. E
Também as receitas turísticas O dirigente referiu que “mais pessoas A SEGUIR acredito que se continuar nessa linha
signi cam mais rendimentos e mais – e tenho todos os motivos para crer
cresceram a um ritmo similar rendimentos signi cam melhor ca- Referindo-se a Portugal, o secretário- que o vai fazer –, Portugal pode ser
neste período. pacidade para tornar este mundo um geral da Organização Mundial do Tu- um pioneiro e um líder na inovação,
lugar melhor”, para acrescentar que “o rismo defendeu que o país não está a liderando o caminho para o futuro”,
As regiões que mais cresceram desa o é como gerirmos essas multi- bene ciar da insegurança que se vive comentou.
dões e esses números”. noutros países, mas sim, a a rmar-se Além disso, Taleb Rifai deixou elogios
foram as da Ásia e Pací co e Embora lembrando a necessidade de pela sua qualidade e que pode ser um ao veri car a consciência política da
África com +8%, seguidas das cautela, Taleb Rifai não tem dúvidas líder em questões da inovação. “Os importância das viagens e turismo
Américas com +4% e da Europa que os benefícios superam o resto. problemas (de insegurança) que estão que está a ser dada por Portugal. Em
com +2% (para 620 milhões “O melhor lado da mudança é o cres- a acontecer em destinos mediterrâni- declarações à imprensa comentou que
de turistas). O único resultado cimento do número de turistas que cos como a Tunísia, Egipto, Turquia, e nunca testemunhou algo de seme-
negativo foi registado no Médio tem gerado empregos, receita e com- até em destinos do Sul da Europa, não lhante ao que encontrou nesta visita
Oriente: -4%.
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