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Published by hmilheiro, 2019-05-23 11:54:51

ESP_RALI_2019

ESP_RALI_2019

#13 O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES >> autosport.pt

ANO 41

25/05/2019

2,35€ (CONT.)

DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES

GESUPEICIAAL48PÁGINAS

RVOADALFOLNYE

DE PORTUGAL

» MAPAS
» ONDE VER
» INSCRITOS
» EQUIPAS
» PILOTOS



SIGA-NOS EM 3

#13

VODAFONE RALLY DE PORTUGAL
2019

f l> > a u t o s p o r t . p t
S/ SUMÁRIO facebook.com/autosportpt twitter.com/AutoSportPT

3 SUMÁRIO 22 SS3/6 ARGANIL (14,44 KM) José Luís Abreu
4 ANTEVISÃO RALI PORTUGAL 24 SS7 SSS LOUSADA (3,36 KM)
8 WRC2 PRO / WRC2 26 SS8/11 VIEIRA DO MINHO (20,53 KM) DIRETOR-EXECUTIVO
10 TOYOTA 28 SS9/12 CABECEIRAS DE BASTO (22,22 KM)
11 HYUNDAI 30 SS10/13 AMARANTE (37,60 KM) [email protected]
12 M-SPORT 32 SS16/19 MONTIM (8.64 KM)
13 CITROËN 34 SS17/20 FAFE (11,18 KM) Muito se tem falado nos
14 MAPA DO RALI DE PORTUGAL 36 SS18 LUÍLHAS (11,89 KM) do facto do Promotor
16 SHAKEDOWN PAREDES (4,60 KM) 38 RALI DE PORTUGAL 1969 do WRC pretender
18 SS1/4 LOUSÃ (12,35 KM) 46 HORÁRIO / PALMARÉS incluir mais provas
20 SS2/5 GÓIS (18,78 KM) 47 LISTA DE INSCRITOS de ‘longa distância’
no calendário, tirando
I/ I N S TA N TÂ N E O provas da Europa. Fala-se de uns
e doutros, e mais ano, menos ano,
No momento em que Walter Rohrl passa na Selada das Eiras, no troço de Arganil do Rali de Portugal 1985, cumpria 48,91 Km do troço, a conversa pode passar também
faltavam-lhe ainda 7.77 Km para os 56.68 Km da especial. Em 2019, os três troços da Lousã, Góis e Arganil, perfazem juntos 45.57 Km... a incluir o Rali de Portugal. É quase
inevitável, que, pelo menos, o
PROPRIEDADE FOLLOW MEDIA COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL, LDA. – NIPC 510430880, RUA MANUEL INÁCIO Nº8B 2770-223 PAÇO DE ARCOS REDAÇÃO RUA MANUEL INÁCIO Nº8B assunto venha à baila, e por isso, e
2770-223 PAÇO DE ARCOS GERÊNCIA PEDRO CORRÊA MENDES [email protected] DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES [email protected] ao contrário do que muitos adeptos
DIRETOR-EXECUTIVO JOSÉ LUÍS ABREU [email protected] COLABORADORES MARTIN HOLMES, NUNO BRANCO, FÁBIO MENDES E ANDRÉ DUARTE já sentenciam nas redes sociais –
FOTOGRAFIA AIFA/JORGE CUNHA, PAULO MARIA/INTERSLIDE, ANDRÉ LAVADINHO, ZOOM MOTORSPORT/ANTÓNIO SILVA DESIGNER GRÁFICO ANA SILVA [email protected], alguns deles já atiraram a toalha
IMPRESSÃO SOGAPAL, S. A., SOC. GRÁFICA DA PAIÃ, S. A. DISTRIBUIÇÃO VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES, S. A. TIRAGEM 15 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC 105 448 ao chão e nem sequer ponderam
DEPÓSITO LEGAL Nº 68970/73 – COPYRIGHT© TODOS OS DIREITOS RESERVADOS DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO EM VIGOR. EMVIRTUDE DO DISPOSTO NO ARTIGO 68 Nº2, I) E J), ARTIGO ir à luta – eu tenho uma ideia bem
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COMUNICAÇÃO PÚBLICA OU A COLOCAÇÃO À DISPOSIÇÃO, DA TOTALIDADE OU PARTE DOS CONTÉUDOS DESTA PUBLICAÇÃO, COM FINS COMERCIAIS DIRETOS OU INDIRETOS, EM QUALQUER Rali de Portugal, que é adorado
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ANÚNCIOS. EDIÇÃO ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO. CONTACTO [email protected] nossa organização é de primeira
água, a beleza da prova é fantástica,
a história da grande maioria
dos troços que os pilotos atuais
‘pisam’ é de exceção, o espetáculo
que é oferecido pelo público,
é absolutamente sensacional,
pelo que, a meu ver, o que temos
de fazer é aproveitar mais esta
oportunidade para mostrar ao
mundo porquê o Rali de Portugal
nunca pode sair do calendário.
Quem decide se continuamos ou
não a ter prova por muitos e bons
anos, tem de sentir algo do estilo:
“Mas como posso tirar uma prova
destas do calendário?” Para além
do espetáculo do público, tudo o
resto, está garantido, um leque
excecional de pilotos e máquinas,
grandes troços, o regresso da zona
centro ao Rali de Portugal. E nem
sequer falta Sébastien Loeb, ele
que vai finalmente saber o que
é Arganil. Mostrem-lhe o que já
viram ‘monstros’ como Alen, Rohrl,
Blomqvist, Vatanen, Mikkola,
Kankkunen, Biasion, Sainz, McRae,
Makinen, Gronholm, etc…

4WRC/ VODAFONE RALLY DE PORTUGAL
VODAFONE RALLY DE PORTUGAL - ANTEVISÃO
Sébastien Ogier, Ott Tanak, Thierry Neuville, Citroën,
Toyota e Hyundai, têm à partida do Vodafone Rally

de Portugal duas vitórias cada, quer os pilotos, ou as
respetivas equipas. Por isso a questão para a prova
portuguesa do Mundial de Ralis é simples: Quem
desempata? Ou a M-Sport Ford surpreende como já
esteve perto de fazer na Córsega?

José Luís Abreu com Martin Holmes
[email protected]

FOTO @World/A. Lavadinho; A. Vialatte; Martin Holmes Rallying

QUEM DESEMPATA?

SehácincoanosoRalidePortugal carros na estrada, precisamente, Sébas- saber que desde que o rali voltou ao norte, Citroën C3 WRC e Ford Fiesta WRC serão
regressava ao norte, desta feita, tien Ogier, Ott Tanak e Thierry Neuville vão nunca se repetiu o vencedor, nem sequer a um meio termo.
dá-se um novo retorno a uma sofrer bastante para limpar os troços, pois marca. Em 2015 o triunfo foi para Jari-Matti
das suas ‘casas’ mais acolhe- ao que sabemos, as suas características Latvala (Volkswagen Polo WRC), no ano TRIO PARA O TRIUNFO
doras, as zonas de Arganil, Góis foram substancialmente modificadas, seguinte, 2016, Kris Meeke (Citroën DS3
e Lousã. Numa altura em que as tantos têm sido os arranjos nas estradas. WRC), 2017, Sébastien Ogier (Ford Fiesta Não será fácil que o triunfo no Rali de Por-
provas europeias do WRC precisam de No passado, Arganil era sobejamente co- RS WRC 2017) e no ano passado, Thierry tugal caia nas mãos de algum piloto fora do
‘vestir’ os seus fatos de gala e colocar de nhecido por ter um traçado muito duro, e Neuville (Hyundai i20 WRC). Será a vez trio da frente no campeonato, Ogier, Tanak
pé eventos insubstituíveis, o ACP só tem embora essa característica se mantenha, de Ott Tanak e do seu Toyota Yaris WRC? e Neuville, sendo que tudo vai depender
que tornar melhor o que já é excelente, essa dureza foi muito aligeirada. Portanto, Curiosamente, o estónio é um dos gran- das dificuldades que os primeiros pilotos
pois se há algo que nunca faltou na nossa mais terra para ‘limpar’. de favoritos a esta prova, não tanto por encontrem ao abrir a estrada no primeiro
prova é muita emoção e espetáculo, dentro É neste contexto que as peças do puzzle vir do seu segundo triunfo da época, no dia. Os troços da zona de Arganil não são
e fora dos troços. competitivo desta edição do Vodafone Chile, mas essencialmente por ter vindo muito extensos, pelo que a perda de tempo
Hoje em dia, e apesar da segurança ser Rally de Portugal se irão encaixar e por a mostrar que, quando não tem proble- também pode não ser significativa e se
sempre uma tecla a bater insistentemente, isso em nada estranharemos que no final mas é o homem a ‘abater’. Mas há aqui assim for, a grande probabilidade é que
porque nunca nos vamos poder esquecer do primeiro dia do rali, a classificação do uma nuance que achamos importante. volte a ser um desses três pilotos a vencer.
dela, o Rali de Portugal que temos pela campeonato seja quase um espelho in- O Yaris é um excelente carro, mas que se Foi assim em todas as seis provas até aqui
frente tem inúmeros pontos de interesse, vertido da classificação atual. sente melhor em ralis mais ‘enrolados’, e realizadas.
nada faltando para que possa ser uma das Claro que tudo isto depende da meteorolo- nesse aspeto o Hyundai i20 WRC é melhor A Ogier cabe a tarefa de abrir a estrada ele
provas mais animadas da época. gia, mas não se espera mau tempo, muito para o tipo de troços do Rali de Portugal, que tem vindo a fazer um bom campeo-
menos o que se viveu em 2001 na zona. rápidos e encadeados, com poucas zonas nato, sendo como quase sempre, muito
PRIMEIRO DIA DIFÍCIL verdadeiramente lentas. Por outro lado consistente. Começou logo a vencer no
QUEM É O FAVORITO? o Toyota Yaris WRC é muito refinado em Monte Carlo, depois de bater Neuville por
Em primeiro lugar e sabendo do trabalho termos aerodinâmicos e isso ajuda muito 2.2s, mas como é habitual, teve dificulda-
que está a ser feito pelas Câmaras Muni- É uma questão de difícil resposta, mas nas ‘tais’ zonas rápidas e encadeadas. Já o des na Suécia, acabando mesmo por sair
cipais, Lousã, Góis e Arganil, os primeiros para quem gosta de estatística, fique a de estrada e abandonar.

>> autosport.pt

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Venceu o Rali do México, ainda que isso sempre um forte candidato a vencer. para Ogier por 2.2s, foi terceiro na Sué- sexto, uma boa estreia com o Yaris. Re-
tenha sucedido com alguma sorte, pois No Monte Carlo foi terceiro após grande cia, depois de ter chegado a ser oitavo, petiu a mesma posição na Suécia, mas no
no mesmo troço em que sofreu um furo recuperação, depois de liderar até que depois de bater e perder algum tempo. México as coisas melhoraram. Terminou
lento, o seu colega de equipa saiu de es- um furo o fez perder mais de dois minu- No México foi quarto, passando o rali todo na quinta posição, mas chegou a passar
trada e ficou com o carro ‘pendurado’ meio tos. Venceu na Suécia, liderando desde a recuperar de um furo logo a abrir. Na pela liderança. Um furo, danificou-lhe a
dentro, meio fora da estrada. A especial foi o primeiro troço de sábado. No México, Córsega, lutou com Elfyn Evans nos úl- suspensão do Yaris e em duas especiais,
interrompida e o tempo nominal que lhe apesar do atraso do primeiro dia, ainda timos troços, depois do atraso de Tanak, passou de primeiro para quinto. Na Córse-
foi atribuído ‘salvou-o’. Na Argentina foi recuperou até segundo. Na Córsega, fu- e o triunfo caiu-lhe do céu, quando Evans gaMeekemostrouumgrandeandamento,
terceiro, mas só lá chegou na PowerStage, rou quando lutava pelo triunfo com Elfyn furou na PowerStage. Neuville venceu na mas um furo logo no troço de abertura
depois de aproveitar um furo de Kris Mee- Evans. A mecânica do Yaris traiu-o na Ar- Argentina, aproveitando bem os azares atrasou-o muito, e os seus problemas
ke. No Chile foi segundo depois duma boa gentina, novamente problemas elétricos, de Ogier e Tänak. Como referimos, teve pioraram quando cortou uma berma e
luta e passou a líder do campeonato. Em terminando apenas em oitavo e no Chile, um grande acidente no Chile. danificou a suspensão traseira direita do
Portugal, vai depender muito do estado venceu e convenceu, depois de realizar seu Yaris WRC.
dos troços, devido à menor apetência do uma prestação quase perfeita. O QUE PODEM FAZER OS OUTSIDERS Foi o seu pior rali até aí. Na Argentina, um
C3 WRC para pisos mais escorregadios, Thierry Neuville chega a Portugal depois furo no último troço ‘roubou-lhe’ o pódio
mas a sua experiência e classe vai per- de um grande acidente no Chile, que não Pelo que tem vindo a fazer este ano, Kris a que tinha chegado com muito mérito.
mitir-lhe andar na luta. acreditamos que lhe pese na mente, pois Meeke é um dos pilotos que pode vencer No Chile, um mau fim de semana. Até ao
No ano passado, Ott Tänak não passou de está apostado em dar sequência à bela em Portugal, o que para si não seria novi- seu acidente na PE7 era quinto e estava
Viana do Castelo, depois de bater numa luta que tem vindo a travar na frente do dade. Tem tido alguns altos e baixos nas a andar logo a seguir ao ritmo dos três
enorme pedra deixada na estrada por campeonato. Venceu em Portugal o ano últimas provas, mas o seu andamento primeiros.
Elfyn Evans, e abandonou, pelo que não passado, tem um carro que se ‘dá’ muito tem-se dado a um nível elevado, ainda Elfyn Evans costuma andar bem em Por-
háreferênciasquanto ao seu andamento bem nas estradas portuguesas, pelo que que não suficiente para o trio da frente. tugal, foi segundo o ano passado, sexto há
com o Toyota Yaris WRC em Portugal. virá motivado para recuperar o que perdeu Só mesmo a espaços. Tem-se adaptado dois anos. Pode fazer um brilharete, mas
Estará forte, certamente, mas quão no Chile, a liderança do Mundial. bem ao Yaris, e ninguém ficaria muito não acreditamos que possa vencer, ainda
forte é que não sabemos. Contudo, se Começou bem no Monte Carlo, perdeu admirado se vencesse. que tenha tudo para aproveitar bem o
No Monte Carlo, andou bastante bem, foi

WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - HISTÓRIA

6

primeiro dia de prova para ir para a frente. do líder quando ficou preso num banco de que costuma andar bem em Portugal, é a resultado, mas por vezes apaga-se um
No Monte Carlo, despistou-se violen- neve. No México voltou a ter problemas prova ideal para se ‘regenerar’ totalmente. pouco. Mas pode terminar o rali no pódio.
tamente, na Suécia foi quinto, fez uma mecânicos no seu Toyota Yaris WRC e No Monte Carlo, saiu de estrada logo a abrir Depois de vencer o Rali Serras de Fafe em
prova de trás para a frente, chegou a ser foi apenas oitavo. Na Córsega, mais uma e só recuperou até 11º. Na Suécia, saiu de ‘treino’ fez um mau resultado no México,
terceiro, mas foi perdendo gás e caindo desilusão, e tudo começou a correr mal estrada, mas enquanto rodou, mostrou foi nono, depois de ter lutado na frente do
na classificação. No México, terminou em logo nos reconhecimentos, pois as notas um grande andamento. O Rali do México rali. Um problema mecânico, tramou-o,
terceiro, depois de um ano sem pódios. não eram as adequadas num rali 65% ficou marcado por outro mau momento, mas deixou boas indicações.
Na Córsega merecia ter vencido. Perdeu novo. Terminou em quinto na Argen- com um acidente violento. Foi quinto na Na Córsega foi quarto, depois de proble-
o rali sem cometer um erro, simplesmente tina, depois de se atrasar com um furo Córsega, fugindo dos erros, nada arriscou mas com os travões do Hyundai não lhe
apanhouuma pedrana trajetória. Esteve na fase inicial do rali. No Chile, estava a e foi quinto. permitirem lutar mais. Na Argentina fez
brilhante. andar razoavelmente bem, até que a sua Voltou a fazer um rali pobre na Argentina, um rali irregular, mas terminou o rali em
Já na Argentina, um erro numa nota, uma boa recuperação terminou quando bateu moderando o andamento para evitar novo sexto.
curva em que entrou um pouco mais de- numa pedra no último troço do segundo acidente e por fim no Chile foi quinto, mas Em suma, tudo está preparado para um
pressa, bateu fortemente e abandonou. dia, e quebrou o eixo de transmissão do sempre a um ritmo baixo, longe da frente. grande rali, o WRC vai voltar a Arganil,
Redimiu-se no Chile, com um quarto lugar, seu Yaris WRC. De positivo, o facto de ter terminado o podem ser bem mais que três os pilotos
mas o resultado foi melhor que a exibição. Teemu Suninen tem vindo a recuperar terceiro rali consecutivo. a lutar pelo triunfo. O que mais pedir?
Sébastien Loeb é a grande surpresa que a sua confiança depois de um início de Dani Sordo pode ser o ‘joker’ desta prova, Segurança acima de tudo. Quem for ver
a Hyundai guardou para a última hora. campeonato terrível. Aqui e ali já se têm pois gosta e costuma andar bem em Por- a prova tenha cuidado consigo. Nada é
De modo a potenciar ao máximo as hi- visto boas prestações, e tendo em conta tugal. Tem o carro perfeito para um grande mais importante que isso...
póteses dos seus pilotos assegurarem
bons pontos, trocou Andreas Mikkel-
sen por Loeb, que vem duma excelente
prestação no Chile, naquela que foi a sua
primeira prova em terra com o i20 WRC.
No Monte Carlo, Loeb foi quarto, apenas
com um dia de testes num carro e equipa
novos, depois de uma boa luta com Jari-
-Matti Latvala. O Rali da Suécia nunca foi
muito a praia de Loeb, numa prova em que
se notou a falta de ritmo e acima de tudo,
o conhecimento e adaptação ao carro. Foi
sétimo. Na Córsega, terminou em oitavo,
depois de perder dois minutos no troço de
abertura devido a um toque, mas no Chile
regressou o bom ‘velho’ Loeb. Fez uma
prova em crescendo, tendo lutado pelo
segundo lugar até à derradeira especial.
Em Portugal, não conhece o rali do Centro/
Norte, mas depois do que fez no Chile, há
quecontarcomeleparaumbomresultado.
Esapekka Lappi está a demorar a fazer
na Citroën o que já fazia na Toyota. O
problema é que são carros totalmente
diferentes e o finlandês anda às ‘aranhas’.
Não se espera nada de muito significati-
vo em Portugal, mas sendo uma prova
que conhece razoavelmente deve andar
melhor do que habitualmente. No Monte
Carlo, desistiu com problemas de motor
no seu C3 WRC, na Suécia fez um grande
rali, foi segundo, depois duma excelente
luta com Neuville e Mikkelsen. No México,
não esteve bem, mas ‘ajudou’ a equipa,
já que apesar de ter saído de estrada, foi
essa interrupção que ‘entregou’ a vitória
a Ogier. Na Córsega, muitas queixas com
as afinações, foi sétimo e na Argentina
capotou violentamente tendo mesmo
que ir para o hospital, por precaução. No
ano passado fez três pódios, mas este ano
está bem longe disso.
A prestação de Jari-Matti Latvala neste
WRC é de altos e baixos. Tanto faz coisas
extraordinárias, como comete erros in-
fantis. Já venceu em Portugal, mas como
as coisas lhe andam a correr, não está
nada confiante.
Latvala terminou o Monte Carlo em quinto,
na Suécia era segundo a cinco segundos

>> autosport.pt

7

SEIS GALOS PARA UM POLEIROCAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS/VODAFONE RALLY DE PORTUGAL
PO equilíbrio é a palavra
araalémdo WRC, o Rali de Por- já conhece os todos troços do segundo da frente, até aqui houve grande luta
de ordem no CPR, pelo tugal marca também a quarta dia. Por alto teremos 91 Km novos e 86 em duas das três provas, só nos Açores
que no Rali de Portugal prova do Campeonato de Por- ‘usados’ o que significa que o conheci- Ricardo Moura dominou facilmente. Em
vamos assistir a mais do tugal de Ralis, um evento que mento prévio dos troços se esbate muito. Mortágua o vencedor poderia ter sido
mesmo, agora com todos vai ajudar a definir um pouco Neste momento, fruto de dois triunfos um de quatro pilotos.
os principais protagonistas em Fafe e Mortágua, Ricardo Teodósio Ricardo Teodósio, venceu duas provas,
melhor o evoluir da competição. lidera isolado o campeonato, mas nesta em Fafe, fruto duma exibição quase
presentes, tal como sucedeu Esta prova tem uma particularidade fase já vários pilotos de topo ficaram de exemplar, foi terceiro nos Açores depois
em Fafe. Prognósticos? muito interessante, já que em termos fora numa prova, pelo que os números de uma grande luta com Bruno Maga-
Só depois do ‘jogo’... do CPR é um rali quase totalmente novo não espelham de forma fidedigna a cor- lhães e voltou a vencer em Mortágua,
relação de forças. depois de uma luta a quatro, até perto do
no primeiro dia, que se realiza na zona O equilíbrio é grande e entre os pilotos fim. Fontes isolou-se, mas despistou-se
no penúltimo troço e abriu caminho ao
José Luís Abreu Arganil, Góis e Lousã (só Lousada é ‘co- algarvio.
[email protected] nhecida’), sendo que a caravana do CPR Ricardo Moura ainda é segundo no CPR
mas só deverá aparecer numa ou noutra
prova, Miguel Barbosa é terceiro, tem
mostrado andamento para vencer, como
por exemplo em Fafe, em que bateu Ri-
cardo Moura em luta direta. Nos Açores,
desistiu logo no primeiro troço devido
a um toque que danificou o radiador do
seu Skoda e em Mortágua esteve na luta,
liderou o rali, foi quem mais especiais
venceu, mas cedeu na parte decisiva da
prova devido a más escolhas de pneus
e afinações.
Bruno Magalhães regressa depois de
não ter corrido em Mortágua, sendo que
em Fafe fez um rali de aprendizagem e
adaptação ao Hyundai, o que lhe permitiu
um segundo lugar nos Açores, atrás do
líder incontestado, Ricardo Moura.
Armindo Araújo começou mal em Fafe,
terminou em sexto, uma prova em que
era terceiro quando o carro teve pro-
blemas mecânicos. Ficou de fora nos
Açores e regressou em Mortágua, sendo
premiado com um segundo posto final,
depois de muita luta pelo triunfo.
José Pedro Fontes esteve abaixo das suas
possibilidades em Fafe, terminando em
quarto, não foi aos Açores e em Mortá-
gua esteve perto de vencer quando saiu
de estrada na penúltima especial. Um
grande azar, mas uma prestação que
deixou claro que vai continuar a lutar
pelas vitórias, na terra ou ainda mais
no asfalto.
Pedro Meireles também já deixou cla-
ro em Mortágua o que pode fazer com
o seu novo VW Polo GTI R5, pelo que
neste contexto é muito difícil apontar
um favorito no Rali de Portugal, uma
prova em que o sprint e o endurance se
misturam. Qualquer um dos seis pilotos
referidos pode vencer.
Depois há ainda Pedro Almeida, António
Dias, sendo que a luta nos 2WD será ainda
mais complicada, já que será mais uma
questão de sobrevivência que outra coisa
qualquer. Fica por referir que a prova do
CPR acaba na PE10, Amarante, a meio do
dia de sábado.

WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS

8

GRANDE LISTA NAS
COMPETIÇÕES SECUNDÁRIAS

O WRC2 Pro e WRC2
prometem muita

competitividade no Rali de
Portugal, sendo que o nosso

país recebe a estreia do
novo Skoda Fabia R5 Evo no

Mundial de Ralis

José Luís Abreu Vai ser interessante a luta já que os R5), Guillaume De Mévius (Citroën C3 Com a ausência
[email protected] três estão separados por apenas sete R5), Henning Solberg (Skoda Fabia R5), de Gus
pontos. Provavelmente, os pilotos ofi- Pierre-Louis Loubet (Skoda Fabia R5), Greensmith,
Apesar da lista de inscritos do ciais da Citroën e Skoda vão reeditar as Jari Huttunen (Hyundai I20 NG R5), Mads Ostberg
Vodafone Rally Portugal in- lutas anteriores. Para ajudar à festa, Jan sendo que os melhores portugueses pode passar
cluir apenas 61 concorrentes, Kopecký, marca presença em Portugal se vão preocupar essencialmente com para a frente do
sendo a mais curta desde 2012, com um dos novos Skoda Fabia R5 Evo. a luta pelo CPR, não sendo de descurar WRC2 Pro
quando a prova ainda se rea- No WRC2 para privados, estarão em que se possam intrometer em posições
lizava no Algarve – o Júnior Portugal os cinco melhores classifi- de destaque se decidirem continuar vantagem para Daniel Nunes.
WRC/WRC 3 não vem este ano a Portugal cados da competição, Benito Guerra até ao fim da prova. Os cinco primeiros classificados da
e no ano passado só isso correspondeu a (Skoda Fabia R5), Takamoto Katsuta A prova conta ainda com 15 inscri- competição, Daniel Berdomás, Daniel
14 inscrições – existem na lista motivos (Ford Fiesta R5), Ole Christian Veiby ções na Peugeot Rally Cup Ibérica. Nunes, Josep Bassas, Pedro Antunes
muito fortes para se esperarem grandes (Volkswagen Polo GTI R5), Nikolay Gr- Realizadas que estão duas provas da e José M. G. Reyes, todos eles marcam
lutas nas competições secundárias. Do yazin (Skoda Fabia R5) e Alberto Heller competição, os ralis Serras de Fafe presença em Portugal, estando sepa-
CPR já falámos noutro lado, pelo que (Ford Fiesta R5), que serão bem secun- e Sierra Morena, o espanhol Daniel rados por por apenas 13 pontos, pelo
desta feita vamos analisar o WRC2 Pro dados por Emil Bergkvist (Ford Fiesta Berdomás lidera com uma curtíssima que se espera muita ação e luta pelas
e WRC2. primeiras posições.
Pela primeira vez desde a Suécia, a M-S- Há ainda outros nomes lusos inscritos
port participa com três carros, o tercei- neste evento: Hugo Lopes, Carlos Fer-
ro para Gus Greensmith, que se estreia nandes, Ricardo Sousa e Paulo Moreira.
na prova portuguesa aos comandos de Recorde-se que a Peugeot Rally Cup
um WRC. Outro destaque do evento é Ibérica disputa-se apenas no primeiro
a estreia do novo Skoda Fabia R5 Evo. dia, terminando em Lousada. O CPR só
No WRC2 Pro concorrem quatro equipas, termina após a PE10.
com o Rali de Portugal a registar um
recorde de 32 carros R5, mais de metade
da lista de inscritos.
No WRC2 Pro, o líder da competição,
Gus Greensmith corre de WRC, mas o
segundo, terceiro e quarto classificados,
Mads Ostberg (Citroën C3 R5), Lukasz
Pieniazek (Ford Fiesta R5) e Kalle Ro-
vanperä (Skoda Fabia R5 Evo) marcam
presença, prometendo muita luta nas
estradas portuguesas.

A Skoda estreia
em Portugal o
seu novo Skoda
Fabia R5 Evo

Benito Guerra lidera o WRC2, mas em Portugal terá uma oposição muito forte pela frente



WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - EQUIPAS

10 TOYOTAGAZOO RACING WRT

#5 #8 #10 EQUIPA TANAKFAVORITO

KRIS OTT JARI-MATTI A Toyota só precisou de ano e meio para passar a
MEEKE TÄNAK LATVALA lutar de igual para igual com as suas adversárias,
mas apesar de no ano passado ter deixado a
IDADE 39 ANOS IDADE 31 ANOS IDADE 34 ANOS ideia que, mantendo a mesma evolução, seria
pouco menos que imbatível este ano, isso não
PAÍS IRLANDA DO NORTE PAÍS ESTÓNIA PAÍS FINLÂNDIA está a acontecer. Não porque os seus pilotos
estejam a falhar demais, mas essencialmente
NAVEGADOR SEBASTIAN MARSHALL NAVEGADOR MARTIN JÄRVEOJA NAVEGADOR MIIKKA ANTTILA porque o nível do WRC é hoje em dia muito
elevado, e qualquer pequena falha, mecânica,
PARTICIPAÇÃO 97 PARTICIPAÇÃO 98 PARTICIPAÇÃO 201 ou um erro dos pilotos, afasta-os de imediato
das lutas na frente. Ott Tanak já venceu duas
PRIMEIRA GRÃ-BRETANHA 2002 PRIMEIRA RALI DE PORTUGAL 2009 PRIMEIRA RALI DA GRÃ-BRETANHA 2002 vezes, e só os dois contratempos mecânicos na
Córsega e na Argentina impedem que lidere o
VITÓRIAS 5 VITÓRIAS 8 VITÓRIAS 18 campeonato. Em termos de andamento puro, o
estónio tem dado cartas, mas os Yaris WRC ainda
2º LUGAR 1 2º LUGAR 7 2º LUGAR 25 não estão a 100% ao nível da fiabilidade.
Mas não é só isso, pois Tanak também cedeu por
3º LUGAR 6 3º LUGAR 6 3º LUGAR 22 culpa própria.
Kris Meeke já provou ser uma boa escolha, e a
MELHOR CLASSIFICAÇÃO 1º MELHOR CLASSIFICAÇÃO 1º MELHOR CLASSIFICAÇÃO 1º pouco e pouco tem-se aproximado da frente. Teve
uma saída de estrada no Chile, mas tem andado
TOTAL PÓDIOS 12 TOTAL PÓDIOS 21 TOTAL PÓDIOS 65 bem o suficiente para estar mais perto do trio da
frente. Depois do acidente que teve em Portugal
PONTOS 469 PONTOS 719 PONTOS 1606 o ano passado, vamos ver o que faz este ano...
Já Jari-Matti Latvala, continua a cometer
DESISTÊNCIAS 32 DESISTÊNCIAS 18 DESISTÊNCIAS 31 pequenos erros, mas quando tudo está bem,
pode vencer em qualquer lado. Claramente, em
TITULOS 0 TITULOS 0 TITULOS 0 Portugal qualquer um dos três é candidato ao
pódio, e Tanak vai lutar pelo triunfo, ainda que a
posição na estrada não o vá ajudar muito.

HYUNDAI SHELLMOBIS WRT >> autosport.pt

11

#6 #11 #19 EQUIPA TRÊSPARAVENCER

DANI THIERRY SÉBASTIEN A Hyundai chega a Portugal com um autêntico
SORDO NEUVILLE LOEB Dream Team, e tal como as restantes equipas,
apesar de ter altos e baixos, está ainda mais
IDADE 35 ANOS IDADE 30 ANOS IDADE 45 ANOS forte este ano. Trocou à última da hora Andreas
Mikkelsen por Sébastien Loeb, que depois
PAÍS ESPANHA PAÍS BÉLGICA PAÍS FRANÇA da exibição do Chile, aumenta ainda mais as
hipóteses da equipa pontuar bem em Portugal,
NAVEGADOR CARLOS DEL BARRIO NAVEGADOR NICOLAS GILSOUL NAVEGADOR DANIEL ELENA continuando a ajustar o seu line-up para
potenciar ao máximo o seu ganho de pontos. E
PARTICIPAÇÃO 162 PARTICIPAÇÃO 103 PARTICIPAÇÃO 176 isso tem-se refletido.
O piloto em maior destaque é claramente Thierry
PRIMEIRA RALI DA CATALUNHA 2003 PRIMEIRA RALI CATALUNHA 2009 PRIMEIRA RALI DA CATALUNHA 1999 Neuville, que apesar do acidente no Chile, vem
a Portugal como forte candidato a repetir o que
VITÓRIAS 1 VITÓRIAS 11 VITÓRIAS 79 fez em 2018: vencer! É o terceiro na estrada, tem
uma pequena vantagem a esse nível face a Ogier
2º LUGAR 25 2º LUGAR 11 2º LUGAR 29 e Tanak, e isso pode fazer muita diferença.
Para além disso, o Hyundai i20 WRC costuma dar-
3º LUGAR 18 3º LUGAR 15 3º LUGAR 10 se bem em Portugal e por isso tanto Dani Sordo
como Sébastien Loeb podem fazer excelentes
MELHOR CLASSIFICAÇÃO 1º MELHOR CLASSIFICAÇÃO 1º MELHOR CLASSIFICAÇÃO 1º resultados. O espanhol sente-se em ‘casa’ em
Portugal, e nos últimos três anos, foi terceiro ou
TOTAL PÓDIOS 44 TOTAL PÓDIOS 37 TOTAL PÓDIOS 118 quarto no Rali de Portugal. Quanto a Sébastien
Loeb, acusou a falta de ritmo e de testes no
PONTOS 1061 PONTOS 1103 PONTOS 1707 Monte Carlo, não fez nada de especial na Suécia,
teve um azar que o afastou da frente na Córsega,
DESISTÊNCIAS 22 DESISTÊNCIAS 14 DESISTÊNCIAS 21 mas no Chile fez o suficiente para que Andrea
Adamo preferisse tê-lo em Portugal ao invés de
TITULOS 1 (MUNDIAL JÚNIOR WRC 2005) TITULOS 0 TITULOS 9 WRC, 1 JWRC Mikkelsen. Partindo lá de trás, e com um primeiro
dia em troços que ninguém conhece, pode
perfeitamente ser o Ás de trunfo.

WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - EQUIPAS

12 M-SPORTFORD WRT

# 3 #33 #44 EQUIPA OSOUTSIDERS

TEEMU ELFYN GUS A M-Sport é o melhor exemplo que temos para
SUNINEN EVANS GREENSMITH perceber a diferença que faz ter um piloto
de topo ou não. Sem Sébastien Ogier, os dois
IDADE 24 ANOS IDADE 30 ANOS IDADE 22 ANOS melhores resultados da M-Sport/Ford foram os
pódios de Elfyn Evans no México e na Córsega.
PAÍS FINLÂNDIA PAÍS PAÍS DE GALES PAÍS GRÃ-BRETANHA Já se percebeu que só em ocasiões muito
especiais, os seus pilotos conseguem resultados
NAVEGADOR MARKO SALMINEN NAVEGADOR SCOTT MARTIN NAVEGADOR ELLIOTT EDMONDSON de relevo, com a agravante de que este ano,
Teemu Suninen está a passar por uma crise de
PARTICIPAÇÃO 46 PARTICIPAÇÃO 82 PARTICIPAÇÃO 33 confiança. A primeira vez que fez um resultado,
digamos, normal, foi na Córsega, curiosamente
PRIMEIRA RALI DA FINLÂNDIA 2014 PRIMEIRA RALI DA GRÃ-BRETANHA 2007 PRIMEIRA RALI DA GRA-BRETANHA 2014 logo a seguir ao acidente que teve no México.
Antes, péssimos resultados em Monte Carlo e
VITÓRIAS 0 VITÓRIAS 1 VITÓRIAS 0 na Suécia.
Chega a Portugal depois de três provas
2º LUGAR 0 2º LUGAR 4 2º LUGAR 0 consistentes, sem grandes erros, em crescendo
de confiança e por isso talvez Portugal seja a
3º LUGAR 1 3º LUGAR 4 3º LUGAR 0 prova ideal para chegar ao nível que precisa.
Recorde-se que foi no nosso país que conseguiu
MELHOR CLASSIFICAÇÃO 3º MELHOR CLASSIFICAÇÃO 1º MELHOR CLASSIFICAÇÃO 7º o único pódio da sua carreira no WRC.
Quanto a Elfyn Evans, a sua posição no
TOTAL PÓDIOS 1 TOTAL PÓDIOS 9 TOTAL PÓDIOS 0 campeonato espelha muito bem o seu
andamento. Longe do trio da frente, mas com
PONTOS 121 PONTOS 447 PONTOS 8 ‘unhas’ para lutar com Kris Meeke pela posição
de ‘melhor dos outros’.
DESISTÊNCIAS 4 DESISTÊNCIAS 10 DESISTÊNCIAS 4 É perfeitamente possível que ambos os pilotos
da M-Sport façam um bom resultado em
TITULOS 0 TITULOS 1 (MUNDIAL JÚNIOR WRC 2012) TITULOS 0 Portugal, sendo que desta feita a M-Sport conta
ainda com a estreia de Gus Greensmith no WRC.

CITROËN TOTAL WRT >> autosport.pt

#1 #4 13

SÉBASTIEN ESAPEKKA EQUIPA CLASSEECONSISTÊNCIA
OGIER LAPPI
Sébastien Ogier está a fazer o que pode, e o que não pode
IDADE 35 ANOS IDADE 28 ANOS para se manter onde está, no comando do campeonato,
enquanto o seu colega de equipa, Esapekka Lappi, ainda
PAÍS FRANÇA PAÍS FINLÂNDIA não provou merecer a confiança que a Citroën lhe deu
ao ir buscá-lo à Toyota. O finlandês fez bem melhores
NAVEGADOR JULIEN INGRASSIA NAVEGADOR JANNE FERM resultados com o Yaris WRC o ano passado do que está
a fazer com o C3 WRC este ano, o que significa que só a
PARTICIPAÇÃO 142 PARTICIPAÇÃO 48 espaços se conseguiu entender com o carro. Foi segundo
na Suécia, e os dois outros únicos resultados foram o
PRIMEIRA RALI DO MÉXICO 2008 PRIMEIRA RALI DA FINLÂNDIA 2011 sétimo lugar na Córsega e o sexto no Chile. Pobre demais.
Claro que é injusto para si dizer que o ‘outro’ carro da
VITÓRIAS 46 VITÓRIAS 1 equipa lidera o campeonato, porque aí está Ogier, e pilotos
‘desses’ só apareceram cinco ou seis nas mais de quatro
2º LUGAR 18 2º LUGAR 1 décadas do WRC, mas Lappi já tinha que estar a fazer mais
e melhor.
3º LUGAR 11 3º LUGAR 3 Quanto a Sébastien Ogier, tem-se queixado que o Citroën
C3 WRC é ‘difícil’ quando os pisos são mais escorregadios
MELHOR CLASSIFICAÇÃO 1º MELHOR CLASSIFICAÇÃO 1º ou têm mais terra para limpar, mas a verdade é que tem
aproveitado bem todas as restantes oportunidades para
TOTAL PÓDIOS 75 TOTAL PÓDIOS 5 alcançar bons pontos.
A regularidade está a valer a Ogier a liderança do
PONTOS 2068 PONTOS 243 campeonato.
Segue-se Portugal, que é uma prova em que Sébastien
DESISTÊNCIAS DESISTÊNCIAS 9 Ogier tem tido altos e baixos nos últimos anos. Venceu em
2017, mas desistiu em 2018. No Rali de Portugal a norte,
TÍTULOS 6+1 (WRC PILOTOS TÍTULOS 1+1 (MUNDIAL WRC2 2016;, só venceu uma vez. Vai ser primeiro na estrada em Arganil,
onde vai ter muita terra para ‘limpar’, tais são os arranjos
2013-2017+MUNDIAL JÚNIOR WRC 2008) CAMPEÃO ERC 2014) que as estradas têm sofrido.

WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - MAPA GERAL

14

DIA 2 / DIA 3

DIA 1 >> autosport.pt

Para que possa acompanhar todas as incidências da prova, nas próximas 15
páginas o AutoSport dá-lhe toda a informação para escolher e chegar às
Zonas Espetáculo. Com as tecnologias hoje existentes, caso possua um
smartphone com leitor de QR Codes, estes dão-lhe acesso à informação necessária. Tudo para que possa planear
mais facilmente a sua deslocação e ver, ao vivo e em segurança, os melhores carros e pilotos do Mundial de Ralis.

WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - MAPAS

16

SHAKEDOWN PAREDES4.60KM 30MAIO8h00»9h30»11h30

É uma prova teste, serve
para confirmar que os carros
estão ‘au point’, mas em nada
se assemelha aos pisos que
os pilotos e as equipas vão
encontrar no rali. Tem vindo a
ficar cada vez mais largo, todos
os anos tem novos arranjos, e
por isso é também cada vez mais
rápido. É um bom espetáculo
para o público, especialmente
dentro do circuito de Baltar,
mas fora dali tem poucas zonas
interessantes. Claro que os WRC
são espetaculares em qualquer
lado, mas se pretender ver
saltos, ganchos, longos slides
em drift, é no circuito de Baltar
que pode ver isso tudo. Por tudo
isto, aconselhamos vivamente a
ver o shakedown no interior das
instalações do circuito de Baltar,
onde decorrem os últimos 800
metros da classificativa, numa
longa sequência de curvas e
derrapagens controladas.

>> ZONAS ESPETÁCULO

ZE 1 ZE 2 ZE 3

3,00 KM 3,15 KM 3,79 KM



WRC/ 31 MAIO 09h48»13h51
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - MAPAS

18

PE 1/4 LOUSÃ 12.35KM

O troço da Lousã é novo para o Rali de
Portugal, mas não é virgem nos ralis
portugueses. Começa a subir por uma
estrada muito fechada de árvores, na
curva de nível da serra. Na zona mais alta,
a especial fica mais larga e tem muitas
zonas abertas sem árvores, com uma vista
espetacular sobre a Lousã.
Entra depois numa zona encadeada de
ganchos, catorze, e já há quem lhe chame
o Turini da Lousã. Há aqui uma enorme ZE,
pelo que pode ver ganchos, mas para os ver
todos, só no WRC All Live, pois na descida a
estrada tem quase sempre árvores.
É sempre a descer até ao final, nos
arredores da povoação de Vilarinho.
apesar de lhe chamarmos ‘novo’, este troço
foi usado em quatros ralis do campeonato
nacional: Volta a Portugal 1976, Rali do
Centro 1977, Rali da Figueira da Foz 1978
e Rali da Figueira da Foz 1984 e logo com
quatro versões diferentes: uma de 21 km
(Volta a Portugal 1976), outra de 8,9 km
(Rali do Centro 1977 e Rali da Figueira da
Foz 1978), outra na mesma distância mas
em sentido contrário (Rali do Centro 1977 e
Rali da Figueira da Foz 1978) e por fim a do
Rali da Figueira da Foz 1984 que tinha 13,50
km. Todas estas versões passaram nos já
famosos ganchos de Vilarinho.

>> ZONAS ESPETÁCULO

ZE 4 ZE 5 ZE 6

4,20 KM 8,05 KM 11,89 KM

>> autosport.pt

19

WRC/ 31 MAIO 10h32»14h35
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - MAPAS

20

PE 2/5 GÓIS 18.78KM

É um troço absolutamente fantástico a arriscado. De carro nem pensar. Só para os >> ZONAS ESPETÁCULO
todos os níveis. Em termos de condução é mais corajosos.
o mais interessante dos três, das serras A descida é bem conhecida, tem sido muito ZE 7
do Açor e Lousã. Começa a subir e a utilizada recentemente (nos últimos dois
oscilar entre zonas mais lentas e outras anos) para testes, e depois dos incêndios, 4,28 KM
muito rápidas. Entra depois numa zona ficou (infelizmente) tudo muito despido,
nova, nunca usada e muito mais lenta. pelo que se podem ver vários quilómetros
Talvez para ganhar fôlego para o que se da descida até ao Colmeal.
segue, pois o troço volta ao percurso Detalhando, a fase inicial até ao Km 3,40 foi
clássico e usado pela primeira vez em usado pela primeira vez no Rali Internacional
2001, em que anda na cumeada da serra e TAP de 1967. Foi neste pedaço de estrada,
em grandes retas, ou perto disso. É uma que se fazia parte da antiga ligação Góis-
zona extraordinariamente rápida, muito Arganil, onde se começou a criar a história
espetacular em algumas zonas em que os dos ralis na zona de Arganil e no Rali de
carros vão ser obrigados a longos slides, Portugal. Foi utilizado em 1967, 1968, 1969,
e desde já garantimos uma coisa. Quem e 1970 em ambos os sentidos, sendo que
estiver a ver pelo WRC All Live vai adorar o em 1967 apenas foi usado no sentido de
que irá ver, pois em todo o Mundial de Ralis 2019. Foi recuperado para o rali em 1998,
não vai ver muitas paisagens como as que no troço de Góis. Entre os Km 3,40-5,70 é
vê nesta zona. completamente novo, nunca usado no Rali de
Depois, o troço vira à direita no cruzamento Portugal. Do Km 5,70-11,60 repete-se o que já
da Mimosa, em direção ao Colmeal para escrevemos para o Km 0-3,40.
uma zona inicialmente rápida mas que fica Do Km 11,60 até ao final, 18,80, ou seja, do
gradualmente mais lenta e encadeada. cruzamento da Mimosa até ao Colmeal, este
A ZE do cruzamento da Mimosa vai ser das troço foi usado pela primeira vez no Rali da
melhores do rali que que dá para ver quase Figueira da Foz 1988, utilizado no Rali de
dois quilómetros de descida, antes dos Portugal pela primeira vez em 1992, mas em
carros passarem junto aos espectadores. sentido contrário e em 1993 passou a fazer-
O problema é que para aqui chegar, só de se no sentido de 2019. O rali utilizou esta
jipe, de SUV não dá, ou pelo menos é muito estrada de 1992 a 1997.

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21

ZE 8 ZE 9 ZE 10

8,96 KM 11,51 KM 15,00 KM

WRC/ 31 MAIO 11h20»15h23
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - MAPAS

22

PE 3/6 ARGANIL 14.44KM

O troço começa em asfalto, um pouco antes da casa do PPD, >> ZONAS ESPETÁCULO ZE 12
depois passa nos tradicionais saltos de Arganil, que foram
arranjados e estão muito mais largos. Pouco depois vira à ZE 11 12,31 KM
direita, a descer em direção ao Sardal, uma zona que só foi
usada duas vezes pelo Rali de Portugal. A descida é estreita 6,67KM
e nalguns pontos lenta (e com um enorme precipício do lado
direito) devido à existência de ganchos. Passado o gancho
do Sardal, à esquerda, o troço segue em direção ao Pai das
Donas por uma estrada tendencialmente a descer e com o
precipício ainda do lado do navegador. Nesta zona há uma
enorme ZE, que parece um autêntico estádio, em que se
pode ver cerca de dois quilómetros de troço. Se quiser vir
para aqui, uma coisa garantimos, serão muitos os milhares
de pessoas a fazê-lo, por isso vá cedo, muito cedo.
Após passarem pelo gancho do Pai das Donas o troço volta
a subir, por uma estrada larga e que varia novamente entre
zonas muito rápidas e ganchos.
A parte final é a descida para o Alqueve, onde o precipício é
novamente do lado do navegador. Em 1992, Kenneth Eriksson
foi parar quase 150m abaixo do nível da estrada.
A zona inicial da PE foi usada pela primeira vez em 1977, na
versão dos 42 km de Arganil. Estava também incluido no
Arganil 56,50 km usado de 1983 a 1986.
Esta zona foi usada em 1977-1986 e de 1990 a 2001. Entre o
Km 1,50 e 8,80, o percurso foi usado apenas duas vezes, em
2000 e 2001. Inclui o gancho do Sardal e do Pai das Donas.
Entre os Km 8,80 e 9,50 nunca foi usado, daí até final, é a
tradicional descida para o Alqueve.
Foi utilizado pela primeira vez, embora em sentido contrario,
no TAP de 1969, e até 1971. Entre 1977-1982 fez parte do
troço de Arganil de 42 km, de 1983 a 1986 fez parte dos
56,50 km de Arganil.
Voltou em 1990 e daí até 1999 manteve-se no percurso da
prova. Fez-se parcialmente, mas em sentido contrário em
2000 e 2001, última vez que o WRC foi a Arganil. Até agora!

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23

WRC/ 31 MAIO 19h03
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - MAPAS

24

PE 7 LOUSADA 3.36KM

É preciso puxar muito pela cabeça para tentar
perceber se ao longo da história do WRC existiu
ou existe uma super especial melhor do que
Lousada. Depois de 14 anos fora do Rali de
Portugal, que foi para outras paragens, a mítica
pista da Costilha está desde 2015 novamente
a fazer furor, pois sendo verdade que o traçado
não é perfeito, quando analisamos tudo a
super especial de Lousada resulta num enorme
espetáculo.
As bancadas tipo estádio emprestam um colorido
que só é possível em... estádios, e ver os longos
slides dos carros em vários pontos do traçado, a
que o público responde com muito entusiasmo,
é fantástico. Para o comprovarmos, vale a pena
recordar o que nos disseram vários pilotos sobre
o troço, nos últimos anos: Kris Meeke: “É tão bom
correr num sítio onde o desporto automóvel é
adorado.”; Dani Sordo: “Foi muito bom ver tantos
espectadores. Hayden Paddon: “É fantástico
ver tanta gente.”; Miguel Campos: “Um grande
espetáculo. O rali no Norte é isto mesmo.”
Como (quase) sempre, os concorrentes arrancam
dois a dois, as pistas divergem, e ao cabo de das
voltas são várias as ‘séries’ que se disputam ao…
centímetro. Qualquer ponto do circuito é bom
para ver… e para fazer parte da festa. Imperdível!

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25

WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - MAPAS

26

PE 8/11 VIEIRA DO MINHO 20.53KM 1JUNHO8h38»15h08

É o primeiro de dois troços da temível Serra da >> ZONAS ESPETÁCULO
Cabreira. No passado, era um troço único, que juntava
duas partes que agora se realizam separadamente. ZE 14
Tem um início muito sinuoso, estreito íngreme, que
depressa se torna numa zona ainda sinuosa mais 3,86 KM
mais fluida, mais parecendo em algumas partes uma
paisagem lunar, sem árvores, e com muitas pedras a ZE 15
ladear a estrada. É muito escorreito, longas curvas e
contra curvas, bem complicado para os navegadores 9,23 KM
ditarem notas tão rápido, em determinadas zonas,
permite velocidades bem acima dos 140 Km/h, e tem
muito poucas zonas verdadeiramente lentas.
Após a passagem no alcatrão, o troço tem de
imediato um bom salto e entra numa zona mais
clássica, com muito mais árvores a ladear a estrada,
numa zona que foi inúmeras vezes utilizada pelo
antigo Rali de Portugal, e que era a parte inicial da
mítica especial da Serra da Cabreira.
A meio do troço tem um bom salto, numa ZE, onde
está sempre muito público, entra depois numa zona
a descer e mais sinuosa, tornando-se pouco depois
bem mais rápida até final.
É uma especial muito variada, já que tem três
zonas muito distintas em termos de condução. Com
passagem garantida pela zona espetáculo do campo
de futebol e com o seu término em Anjos, o troço de
Vieira do Minho e as estradas da Serra da Cabreira
são um clássico da nossa prova e que ao longo
dos anos têm provocado muitos dissabores aos
participantes do Rali de Portugal.

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27

ZE 16 ZE 17 ZE 18

10,57 KM 15,35 KM 20,28 KM

WRC/ 1JUNHO 09h31»16h01
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - MAPAS

28

PE 9/12 CABECEIRASDEBASTO22.22KM

Esta é uma das especiais mais bonitas de
todo o Rali de Portugal e um troço que é
uma delícia de pilotagem... para os pilotos,
que andam muitas vezes bem atravessados,
já que o tipo de especial, encadeada e
rápida, isso permite.
Foi estreado em 2017, nesta versão, grande
parte do percurso era inédito e nunca antes
tinha sido utilizado no itinerário do rali.
O troço começa na Área de Lazer da Veiga e
a maioria dos primeiros onze quilómetros
decorrem em estradas já conhecidas mas
poucas vezes percorridas ao longo do
historial da prova. Tem zonas mais amplas,
com a estrada bem ‘recortada’ na serra,
acompanhando bem as curvas de nível
o que permite um traçado fluido, mas
também tem zonas muito ‘fechadas’ pelas
árvores, com algumas raízes traiçoeiras nas
trajetórias.
Após um salto sobre o asfalto entra numa
zona bem mais rápida, quase parece uma
auto estrada de terra. E aqui ainda não
se chegou sequer a meio do troço. Já no
concelho de Montalegre, os concorrentes
terão oportunidade de passar pelo Campo
das Maçãs e a Serra das Torrinheiras.
Daqui até final entramos naquela que é a
parte mais bonita da especial, que continua
ainda mais rápida, mudando depois já
mais perto do final em Busteliberne, já no
concelho de Cabeceiras de Basto, para uma
zona mais estreita não permitindo aqui
velocidades tão elevadas.

>> ZONAS ESPETÁCULO

ZE 19 ZE 20 ZE 21 ZE 22

3,49 KM 11,04 KM 14,34 KM 16,86 KM

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29

WRC/ 1JUNHO 10h47»17h17
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - MAPAS

30

PE 10/13 AMARANTE 37.60KM

Como tem sido tradição desde 2015, o troço de Amarante
continuará a ser o mais longo da prova, mas a verdade é
que apesar de ter continuado a denominar-se Amarante, o
troço mudou por completo em 2017. Mantendo uma extensão
semelhante ao anterior, o tal célebre troço que passava no meio
de enormes pedras, local que foi muito visitado pelos fotógrafos
na altura, foi para o lado de lá da serra e o novo utiliza grande
parte do antigo Marão, troço clássico do Rali de Portugal.
Sítios como o gancho do Fridão, a Ponte da Guiné e o Gancho
da Sapinha, serão percorridos novamente em 2019 no mesmo
sentido como foram pela primeira vez em 1969.
Curiosamente, é um troço que tem vindo a alargar de ano para
ano, e já esteve mais longe de ser uma auto estrada em piso de
terra. Tem uma parte inicial, o antigo Fridão, com cerca de 10 Km,
numa estrada bastante larga e de piso muito liso, embora com
curvas longas e a maior parte delas muito largas, intercaladas
com longas retas. No planalto, entra numa zona bem mais
aberta, depois vai estreitando até ao asfalto, que se torna
empedrado, a descer, muito estreito e lento. Entra numa descida
pronunciada, em terra, lenta e que culmina com o conhecido
e mítico gancho do Fridão, a ‘tal’ zona em que no passado os
concorrentes ‘roubavam’ uns metros à especial, atalhando.
Continua a descer numa zona rápida, com muitos rails, até à
ponte da Sapinha.
Depois, uma subida rápida, cerca 1.5 Km de asfalto, entra em
terra num novo gancho e depois a nova subida ainda mais
rápida, mais larga e bonita do troço. A descida é rápida, mas
entrecortadas por alguns ‘cotovelos’, até ao final.
É um troço muito variado, de alto ritmo, onde se pode ganhar
muito tempo, mas onde também é fácil cometer erros, pois não
é fácil manter a concentração no topo em quase 40 Km. É o
troço que mais pode contribuir para decidir o rali. Ou pelo menos
encaminhá-lo bem. Para os concorrentes do CPR, é onde tudo se
decide. Para acabar em beleza.

>> ZONAS ESPETÁCULO

ZE 23 ZE 24 ZE 25 ZE 26

1,08 KM 13,35 KM 20,88 KM 35,37 KM

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31

WRC/ 2JUNHO 8h25»10h35
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - MAPAS

32

PE 16/19 MONTIM 8.64KM

Montim é um troço que esteve muitos
anos afastado do Rali de Portugal, mais
precisamente 21, mas que regressou em
2017 já numa versão mais atual, utilizada
pela Demoporto no Rali Serras de Fafe.
Muito pouco tem em comum com a
primeira versão do ano de estreia (1986),
quando abriu a terceira etapa da prova e
as hostilidades na zona de Fafe já sem as
equipas de fábrica que não arrancaram do
Autódromo do Estoril.
Com um início muitíssimo rápido, o troço
de Montim entra depois numa zona mais
encadeada e por conseguinte mais lenta,
que foi aberta propositadamente há cerca
de um quarto de século para permitir que
o troço fosse mais extenso. Foi nesta
especial que o piloto espanhol Carlos Sainz
que viu o seu Lancia do Jolly Club ressaltar
num rego e embater numa barreira, o que
levou a vários capotanços e à desistência,
em 1993, mas o troço deste ano realiza
-se no sentido oposto. O piso é muito bom,
o que é uma característica dos troços
de Fafe, sendo que esta especial apenas
servirá para preparar o aperitivo da
PowerStage, que se realiza em Fafe. Ainda
assim, tem zonas muito interessantes de
pilotagem mas excetuando a parte inicial é
mesmo muito lento para estes WRC.

>> autosport.pt

33

>> ZONAS ESPETÁCULO

ZE 28 ZE 29 ZE 30

1,91 KM 4,30 KM 5,58 KM

WRC/ 2JUNHO 9h08»12h18
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - MAPAS

34

PE 17/20 FAFE 11.18KM

Fafe é o um dos ex-libiris dos troços do Rali >> ZONAS ESPETÁCULO ZE 32 ZE 33
de Portugal, ‘nasceu’ em 1984, ainda como
um pequeno troço de dez quilómetros nas ZE 31 5,08 KM 7,29 KM
serranias de Fafe, mas ao longo do tempo foi-
se tornando cada vez mais importante, mesmo 4,72 KM
tendo tido muitas versões distintas, que
nunca dispensaram os dois maiores cartões
de visita do rali: a passagem de asfalto do
Confurco e o Salto da Pedra Sentada, locais de
autênticas romarias na sua ‘peregrinação’.
Neste dois locais centra-se a grande
percentagem do interesse deste troço, que no
entanto tem outras zonas bem dignas de se
verem. Por exemplo, a zona de planalto entre
Vila Pouca e o Salto de Pereira, espetacular em
termos de pilotagem.
A parte inicial do troço é menos interessante,
pois é estreia e sinuosa, muito propensa a
erros, especialmente para quem atacar forte
na PowerStage. Que o diga Andreas Mikkelsen
que em 2017 tinha o rali ganho (no WRC2) mas
bateu nessa zona, capotando.
As melhores partes são precisamente depois
deste local, já que logo após a curta passagem
de asfalto junto a Vila Pouca, os pilotos entram
no planalto, o troço é muito rápido até ao Salto
de Pereira, um salto complicado para alguns, e
uma zona onde por vezes batem ao não aterrar
bem direcionados.
Segue-se a descida para o Confurco, muito
sinuosa e lenta, mas a passagem no asfalto
é um autêntico espetáculo de derrapagem
artística.
Segue-se a subir para a zona do Salto da Pedra
Sentada, numa zona rápida, mas traiçoeira,
com o troço a terminar cerca de 500 metros
depois do salto.

>> autosport.pt

35

ZE 34 ZE 35

8,77 KM 18,68KM

WRC/ 2JUNHO 9h49
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - MAPAS

36

PE 18 LUÍLHAS 11.89KM

O troço de Luílhas regressou nos
últimos anos ao Rali de Portugal,
sendo interessante porque é bem
diferente de Fafe e Montim. Os
ex-libiris do troço são o gancho de
Gontim e a descida em ganchos, e
por fim, pouco depois, um enorme
salto, isto num troço que é bem
mais interessante agora do que no
passado, pois as estradas eram
estreitas e isso tornava a especial
demasiado desinteressante em
termos de pilotagem. Com o
advento das antenas eólicas, o
município foi criando e alargando
estradas e isso deu outro colorido
à especial, que tem agora partes
bem mais rápidas que no passado,
precisamente por causa desses
alargamentos e criação de novas
estradas junto às antenas. A já
referida descida em ganchos é
muito interessante, para quem
gosta do estilo, mas os carros só
podem ser vistos ao longe porque
a única ZE do troço fica 500 metros
depois destes ganchos. Leve
binóculos que se diverte mais até
passarem perto de si.

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37

>> ZONAS ESPETÁCULO

ZE 36

10,41 KM

WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - HISTÓRIA

38

Posto de Vigia do Monte Redondo,
com a Serra do Açor como pano
de fundo, numa paisagem que
‘esconde’ inúmeros caminhos do
Rali de Portugal

Selada das Eiras, em Arganil. A caminho da Lomba
e do controlo em frente à Câmara de Arganil

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PELOS CAMINHOS50 ANOS DEPOIS DA VITÓRIA DE FRANCISCO ROMÃOZINHO
DO RALLYETAP

A ideia surgira há algum tempo e foi amadurecendo. Como forma de assinalar
a vitória de Francisco Romãozinho e João Canas Mendes, o Autosport pegou
no roadBook cedido pelo mestre Manuel Coentro, e, em quatro dias,
percorreu os trilhos enfrentados pelos audaciosos concorrentes do Rallye
Internacional TAP de 1969, uma prova marcada por péssimas condições
meteorológicas, que viria a consagrar a dupla portuguesa ao volante de um Citroën
DS21, após a célebre desclassificação de Tony Fall e Henry Liddon

João Costa e Vasco Morgado
[email protected]
FOTOS João Costa e Vasco Morgado

Percorrer o itinerário de um “velho” Rallye TAP, smartphone, sendo que, em alguns casos, as velhinhas
ainda que em toada de passeio, é uma verdadeira estradas nacionais haviam dado lugar a autoestradas e
aventura que, acima de tudo, valoriza o esforço itinerários complementares.
e a ousadia daqueles que, há meio século, o pal- O percurso comum da terceira edição do TAP teve início
milharam em frenético ritmo de competição. em Espanha mas, como a etapa que ligou a cidade de San
O primeiro dos desafios consistiu em traçar o Sébastian ao Casal do Marco não teve grande história
percurso desenhado há cinquenta anos no mapa atual para contar, optámos por iniciar a aventura naquela que
das estradas portuguesas. Com a ajuda do roadbook seria a segunda etapa do rallye e, assim, numa manhã
oficial da prova e recorrendo a cartas militares e mapas fria de sábado, apresentámo-nos no Parque Eduardo
das estradas da época, foi possível decalcar perto de dois VII, em Lisboa, o primeiro dos 85 Controlos que teríamos
mil quilómetros no Google Earth e transferi-los para o pela frente.

O vencedor do TAP de 1969,
Francisco Romãozinho

WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - HISTÓRIA

40

PEC 3 - Barragem do Cabril,
nos arredores de Fajão a
caminho da Portela do Vento
onde terminava a PEC

1º dia Várzea de Sintra, Cheleiros, Mafra, Gradil e resto já está alcatroado e foi amplamente Sobral Valado.
Torres Vedras antes de chegar a Vila Verde utilizado de 1983 a 1994 pelo conhecido Por aqui passaram
LISBOA – PAMPILHOSA DA SERRA dos Francos onde começava a subida à troço de Montejunto. Uma referência ainda alguns Rallyes TAP
Serra de Montejunto. Até chegar a São para o mau piso da descida final para São e o Londres-México
Oito horas da manhã. Para trás, ficava o Salvador, junto à EN1, eram três os Contro- Salvador. De todas as estradas de terra
topo do Parque Eduardo VII. A Serra de los a percorrer e aqui tivemos o primeiro que fizemos nesta aventura, esta foi a que em 1970
Sintra era a primeira dificuldade do dia. contacto com os famosos quilómetros apresentou as piores condições.
O caminho para lá chegar incluía pas- ‘roubados’. Para o leitor que não está fa- A partir de Montejunto e até à Pampilho- curvas bastante agradável de conduzir
sagem pela A5 até à saída para a EN117, miliarizado com esta expressão muito sa da Serra, onde terminaríamos o dia, se assumia como um dos trechos mais
a subida dos Cabos d’Ávila e, já na zona utilizada na época, quando um organiza- a recriação do rallye traduziu-se num interessantes deste primeiro dia, embora
da Amadora, o atual IC19 até ao Cacém, dor submetia a sua prova às autoridades passeio sem grandes dificuldades. Depois menos desafiante, acreditamos, do que em
onde derivámos para a Estalagem do Rio a fim de ser aprovada, esta tinha de estar de “picar o ponto” no quartel militar de 1969, quando era feito ainda em terra. Ao
e a célebre Casa dos Vasos, seguindo, de acordo com os limites de velocidade Abrantes, onde há cinquenta anos, havia jornal Motor, o vencedor Francisco Ro-
depois, para a estrada de Albarraque. Dois impostos pelo código da estrada para que um Controlo Horário, as coisas animaram mãozinho relatou, na época, as peripécias
Controlos Horários, fáceis de cumprir, a realização da prova fosse autorizada. um pouco após a passagem em Belver, já vividas neste percurso. A primeira, logo no
compunham a ligação até São Pedro de Uma formade contornaresse‘problema’ que uma sequência de curvas e contra- inicio, quando um concorrente atrasado
Sintra, onde os concorrentes subiam ao e tornar a prova mais competitiva seria se atravessou à sua frente no Controlo,
palácio e posteriormente desciam pela apresentar uma quilometragem menor atrasando a sua partida. E, com a ânsia
Rampa da Pena até à vila. Hoje em dia, é nalgumas secções do rallye de modo a que, de recuperar o tempo perdido, Romão-
impossível recriar esse trajeto dado que no papel, a média respeitasse os limites zinho fez ainda um pião, o que o levou a
o sentido do trânsito é o inverso ao que legais, mas, na realidade, os concorrentes penalizar 39 segundos no final dos 4,9
foi percorrido na época, forçando-nos a teriam de andar muito mais depressa do quilómetros reais e não os 3,9 referidos
atalhar caminho, retomando o percurso que a média indicada se não quisessem no roadbook. Após esta pequena difi-
de 1969 no Largo do Vítor, em plena Vila penalizar dado que o percurso era mais
Património Mundial da Humanidade. Nas extenso do que o roadbook apresentava.
traiçoeiras curvas da Serra de Sintra, Do primeiro Controlo, após Vila Verde dos
percorremos os quatro Controlos que os Francos, até ao cruzamento das antenas
concorrentes, naquele ano, tiveram de distavam 5,7 quilómetros, quando a orga-
cumprir à média de 60 km/h. Palácio da nização indicava 4,6. E do Controlo entre o
Pena, Regaleira, Seteais, Monserrate e o cruzamento do planalto e a EN1 distavam
Penedo faziam parte desta sequência dia- 5,9 quilómetros quando o roadbook da
bólica que compunha a primeira grande prova mencionava apenas 4,5. Esta zona,
dificuldade do rallye. Seguimos depois entre o cruzamento do planalto e a EN1 é,
em direção a Montejunto, passando pela hoje em dia, o único pedaço de estrada que
se mantém em terra batida pois tudo o

>> autosport.pt 41

No alto da Aveleira, aqui da Serra. A exposição conta ainda com
estava instalado um controlo um fato de competição que pertencera
de passagem na ligação de a Carlos Sainz, oferecido pelo espanhol
Góis para Arganil como gesto de amizade, quando passa-
va semanas a treinar na Serra do Açor.
Uma visita a Fajão não estaria completa
sem uma escapadinha ao Restaurante ‘O
Pascoal’, sucessor do mítico ‘Juiz de Fajão’
onde tanta gente que o Rali trazia àquelas
paragens matou a fome e a sede…

2º Dia
PAMPILHOSA DA SERRA - PORTO
Descida de Montejunto até culdade, nova ligação se impunha até ao
São Salvador revelou-se o início do troço de Proença-a-Nova. Pouca A segunda jornada, ligando Pampilhosa da
troço de terra mais duro de gente saberá que, à entrada desta vila, já Serra ao Porto, reservava-nos 9 Controlos
se cumpriu um troço do Rallye TAP e que, distribuídos ao longo de 374 quilómetros
toda esta aventura ainda hoje, é parcialmente usado pela de estradas nacionais e municipais, in-
Início da PEC 2 - Baja do Pinhal, do Campeonato Nacional cluindo a antiga e temida florestal que liga
Proença-a-Nova. de Todo-Terreno. Com uma distância de Góis a Arganil. A abrir as hostilidades, o
cinco quilómetros, o percurso está hoje troço da Barragem do Cabril ligava a vila
O troço iniciava-se 50m completamente asfaltado. Depois de um da Pampilhosa da Serra à Portela do Vento.
após o cruzamento início muito encadeado, a subir, o troço Pouco resta dos 33 quilómetros de estrada
terminava à entrada da vila junto a um de terra de então. Ao avançar do alcatrão,
telheiro que, curiosamente, se mantivera resistiu apenas uma pequena parte no
de pé até há bem pouco temo, não resis- piso original, entre o cruzamento para
tindo, contudo, à passagem do tempo. Há Pescansecos e a aldeia de Sobral Valado.
cinquentas anos, Tony Fall, num Lancia Reza a história que o Controlo instalado na
Fulvia HF 1600, começava aqui a marcar EN2, 900 metros após o final deste troço,
posição, vencendo a Prova Especial com teve de ser anulado por César Torres para
menos dois segundos que o sueco Jan evitar as pesadas penalizações devido
Henriksson num Opel Kadett Rallye, e à lama, à chuva e ao nevoeiro cerrado
menos onze segundos que o piloto portu- que se abateram sobre estas estradas
guês José Lampreia, num Datsun 1600 SSS. serranas. “Porta do Inferno”, era assim
Restava-nos uma longa ligação de 126 que o jornal ‘Motor’ rotulava o Controlo
quilómetros até Pampilhosa da Serra, entre a Pampilhosa da Serra e a Portela
com passagem por Castelo Branco, onde do Vento e que levou a tantos atrasos e
se encontrava o último Controlo do dia. contratempos entre os concorrentes. Para
Para encerrar a jornada, impunha-se uma se ter uma ideia das dificuldades sentidas
visita ao Museu do Rally, em Fajão, onde pela caravana do rallye, a diferença entre
dezenas de fotografias recordam a passa- o primeiro concorrente a aparecer no
gem, ao longo de décadas, do Rali de Por- Controlo de Góis (Richard Bochnicek) e
tugal pela região de Arganil e Pampilhosa o segundo (Colaço Marques) foi de trinta
e cinco minutos!
A ligação entre Góis e Arganil foi, naquele
ano, um dos maiores desafios que os con-
correntes tiveram pela frente. Embora o
roadbook referisse que o Controlo distava
vinte quilómetros, na realidade registámos
25, que teriam de ser percorridos em vinte
minutos. Esta velha ligação pela serra
voltará a ser feita, em parte, na edição
de 2019 do Rali de Portugal. O percurso
começava em Góis, junto ao quartel dos
bombeiros, entrando pouco depois numa
estrada em terra, rasgada nos rochedos
e seguindo pelas cumeadas da serra até
ao alto da Aveleira, iniciando a descida em
ganchos sucessivos até Lomba, culmi-
nando no Controlo de Arganil, montado
em frente aos Armazéns Montalto. O per-
curso é absolutamente extraordinário,
com paisagens deslumbrantes e estra-
das de cortar a respiração. Tony Fall foi
quem menos penalizou neste percurso
em 1969, gastando mais 4m09s do que os
20 minutos previstos pela organização. O
troço era então feito de noite e, enquanto
o percorríamos durante a nossa aventura,

WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - HISTÓRIA

42

A descida para o Gerês, na PEC 7 -
Gerês, já em alcatrão, revelou-se
uma das estradas mais bonitas
por onde passámos durante os
quatro dias

Descida para o Gerês,
na PEC 7 - Gerês, por uma estrada

estreita e onde os precipícios
estão sempre à espreita

Na Serra da Deguimbra, Hotel de Arganil. Uma das paragens
durante a segunda obrigatórias durante a recriação do Rallye TAP de 1969
passagem por Arganil.
Foi a primeira vez que
o Rallye Tap se aventurou
por estas estradas em Arganil

imaginávamos a dose de loucura neces- nutos eram, na realidade, seis quilómetros alcatrão. Numa estrada já de si difícil, e pouco mais de catorze horas em estradas
sária para ali andar a fundo, à noite, sob cheios de curvas desenhadas no fundo feita de noite, tivemos inúmeras surpresas cuja qualidade pouco ou nada tem a ver
nevoeiro cerrado e quase isolados em de um vale. Uma estrada completamente devido à água e à mudança repentina de com as atuais. Uma autêntica loucura!
termos de comunicações. Outros tempos! desconhecida e longe da realidade atual aderência. Em 1969, esta parte do percurso
Aproveitámos a paragem em Arganil para do Rali de Portugal mas que, à época, foi fora percorrida de dia, o que terá certa- 3º Dia
visitar o Hotel de Arganil, aquele que, ainda percorrida várias vezes pelo então Rallye mente aliviado o nível de dificuldade aos
hoje, é o ponto de encontro das equipas Internacional TAP. O troço de Aguiar da 42 concorrentes que chegariam ao Porto. PORTO - ALVARENGA
quando vão testar nos troços da região. Beira era outro dos pontos de interesse No entanto, dificilmente teriam tido tempo
Na companhia do proprietário, Rodrigo desta fase da aventura. Tratava-se da para apreciar a magnífica paisagem, já O terceiro dia, o mais longo desta aven-
Ventura, percorremos alguns dos corre- versão de um troço que, mais tarde, ficaria que os ponteiros do relógio continuavam tura, começou ainda noite cerrada, pelas
dores do Hotel e, qual máquina do tempo, conhecido como Lapa e que terminava a rodar. Restavam agora os 69 quilóme- seis horas da manhã. Com o Estádio do
revisitámos algumas histórias dos ralis no espetacular Santuário da Lapa. Esta tros finais até ao Porto, revelando-se um Dragão como pano de fundo, partimos
vividas em Arganil. A conversa e o almoço versão de 69 começava ainda dentro de tormento de fazer devido ao trânsito e à em direção à Circunvalação, seguindo
estenderam-se no tempo mas, apesar Aguiar da Beira e o caminho estreito em passagem pelas povoações, que, com o depois pela EN 13 até Viana do Castelo
de ter ficado muito por contar, era tempo terra da época, deu lugar a uma estrada aproximar da cidade do Porto, iam apa- onde tínhamos o primeiro Controlo do
de seguir caminho em direção ao Porto. de alcatrão larga, incaracterística e muito recendo em maior número. Foi com alívio dia. Seguimos então pela Rampa de Santa
A longa ligação em alcatrão até à cidade rápida. O final do segundo dia reserva- que passámos o quilómetro 1 da EN108, Luzia até ao santuário sobranceiro a Viana
invicta teve, pelo meio, alguns Controlos e va-nos ainda algumas emoções: após onde, há cinquentas anos, estava insta- do Castelo atravessando depois a serra
outras tantas armadilhas. Nas imediações passarmos Lamego, o percurso da prova lado o Controlo final da etapa. Em jeito rumo a Orbacém. Aqui, disputou-se há
de Penalva do Castelo e Sátão, vigorou, pendurava-se nas varandas sobre o Dou- de primeiro balanço, a chegada ao Porto cinco décadas a sexta Prova de Classifica-
uma vez mais, o conceito dos quilómetros ro até Porto Antigo. A primeira parte da despertara-nos para uma realidade: Em ção do rallye, o famoso troço de Orbacém
‘roubados’ e aquilo que deveriam ser 4 descida, até Penajóia, é cheia de curvas dois dias de condução intensa, havíamos
quilómetros para percorrer em quatro mi- onde, do nada, aparecia água a correr pelo percorrido o mesmo que, em 1969, levara

Na Porta da Cruz >> autosport.pt
Alta no Buçaco
após o rali passar 43
junto ao Palace
Hotel do Buçaco Durante a PEC 8 na
Cabreira, na travessia
de uma ponte sobre o
Rio Ave nos arredores da

povoação de Anjos

No Santuário de Santa Troço de Orbacém, com A meio da descida para o Gerês,
Luzia, no arranque vista para o Rio Minho durante a PEC 7, parámos várias vezes
do 3º dia antes de para apreciar o cenário proporcionado

iniciarmos a travessia pela altitude do troço
da Serra de Santa Luzia
em direcção a Orbacém

que, durante anos, fez parte do itinerário a Vilarinho das Quartas, da qual nada Chegámos a Rossas quase ao lusco-fusco, ao tempo que se fazia sentir.
da prova, sendo uma parte utilizada em resta. O percurso até ao Campo do Gerês avançando sem demora para o início do Após uma rápida descida até Amarante
2018 no troço de Caminha. Ao longo dos foi menos interessante, obrigando a uma troço do Marão, onde chegámos já de começámos a subir para Baião. Tínhamos
12 quilómetros do troço, é notório o con- paragem em Pico de Regalados para um noite. Se enfrentar a florestal do Marão pela frente o temível Cavalinho! Hoje em
traste entre a “autoestrada” em terra almoço tardio mas retemperador, como o de noite, com um normal automóvel de dia, poucos se lembram do Cavalinho, um
correspondente à parcela utilizada no ano norte de Portugal tão bem nos sabe ofe- estrada era algo que não nos deixava mui- terror para os concorrentes dos rallyes das
passado e o estado pouco recomendável recer. Foi o combustível necessário para to confortáveis, a situação piorou quando décadas de 60 e 70. A antiga EN101 dera
da outra parte, afastada dos holofotes conseguirmos enfrentar o resto do dia. nos deparámos com um lamaçal incrível. lugar a uma nova versão, com uma cota
da competição. Até ao Soajo, tínhamos Vieira do Minho abriu-nos as portas da A grande incógnita era se os vinte quiló- mais alta e, para comprovar que estáva-
pela frente duas longas ligações. Na EN Serra da Cabreira, onde, há 50 anos se metros até à Casa do Guarda da Sapinha mos perante um local sagrado para os
301 tivemos oportunidade de percorrer o disputou mais uma Prova de Classifi- estariam em idêntico estado. Avançámos amantes dos ralis, andámos a desenterrar
antigo troço de Vilar de Mouros, utilizado cação. Pinheiro, Senhora da Orada, Es- com receio e, em algumas ocasiões, andá- alguns dos marcos quilométricos de pe-
apenas uma vez pelo Rali de Portugal pindo, Zebral e Anjos foram pontos de mos mais de lado do que para a frente, tal dra ainda existentes no local. Vivíamos
e incontáveis vezes pelos Ralis James passagem deste trajeto que terminava era a falta de aderência mas, felizmente, os um dos pontos altos destes quatro dias
e Sopete. O vale que acompanha o Rio junto a um fontanário que ainda existe. lamaçais desapareceram e foi no Marão de viagem. A subida é extraordinária,
Coura proporciona momentos de prazer Reza a história que Alfredo César Torres que encontrámos o melhor piso de terra curva após curva numa estrada estrei-
ao volante. Chegados à Vila do Soajo, ter- anulou um Controlo ali colocado devido destes quatro dias. Já noite cerrada, o que ta e pendurada na Serra da Aboboreira.
ra de Espigueiros onde, em 1969, estava ao dilúvio que se abateu sobre o percurso não nos permitiu fotografar, e com um Não admira que fosse tão temida e tão
instalado mais um Controlo, iniciava-se da prova, para permitir aos concorrentes piso excelente, atingimos o gancho da castigadora para os que ali competiam.
a descida do vale, a travessia do Rio Lima recuperar na ligação seguinte até Para- Sapinha e a Casa do Guarda onde, em Francisco Romãozinho, o vencedor do
e a subida até à EN203. A estrada de hoje dança. Infelizmente não surtiu o efeito 1969, a organização tinha instalado mais TAP de 69, penalizou aqui nove minutos!
perdeu algum do encanto de outrora, no- desejado e algumas equipas penalizaram um Controlo que viria a ser igualmente Depois de passarmos por Baião, Porto
meadamente uma ponte em pedra junto fortemente tal era o atraso que levavam. anulado devido às condições do piso e Antigo, Cinfães e Castelo de Paiva, eis-nos

WRC/ Mosteiro de Folques.
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - HISTÓRIA Este local já viu passar
inúmeros Ralis de Portugal,
44 o de 2019 não será exceção

CITROËN C3 AIRCROSS 1.5 BLUEHDI 100 CV finalmente chegados a Alvarenga onde Era altura de fazer um pequeno desvio
o famoso bife de carne arouquesa nos para receber ‘assistência’ na Mealhada
Preço A partir de 19 257€, com campanha promocional de apoio à retoma) aguardava, fechando, com chave de ouro, e degustar um leitão da Bairrada.
um dia exigente e desgastante, quase Após o merecido repasto, retomámos a
OTERCEIRO ELEMENTO quinze horas depois de termos deixado aventura enfrentando a Serra do Buçaco.
a cidade do Porto… Infelizmente, não nos foi possível des-
Como será fácil de imaginar, gostaríamos de ter vivido esta aventura a bordo crever as estradas da Mata do Buçaco, já
de um Citroën DS21 como aquele que levou Romãozinho à vitória no TAP. Na 4º Dia que esta se encontrava encerrada devi-
impossibilidade de isso acontecer, fizemos questão de o fazer a bordo de um do aos estragos causados pelo Furacão
carro da mesma marca. O nosso cúmplice durante os quatro dias de passeio ALVARENGA - ESTORIL Leslie. Não nos restou alternativa senão
foi um Citroën C3 Aircross BlueHDi 1.5 de 100 cv, que se portou exemplarmente subir a serra pela estrada de alcatrão
durante os mais de dois mil quilómetros percorridos. Oderradeirodia desta aventura era com- até à Porta da Cruz Alta, retomando aí o
Experimentámos diversas condições de terreno, desde a lama no Marão, aos posto por longas ligações em alcatrão e percurso original. Voltámos a encontrar
pisos de terra e à pedra solta de Montejunto e da Lousã, passando pelo alcatrão por dois polos de interesse: a travessia dificuldades mais à frente, numa das
e pela pura rocha na travessia de Góis para Arganil. Em todas elas, o carro francês da Serra do Buçaco e ainda uma nova estradas de terra que o rallye utilizou
foi um fiel companheiro, nunca nos deixando ficar mal. passagem por Arganil. As hostilidades e decidimos seguir por um caminho
Apesar do seu aspeto ‘encorpado’, este SUV compacto mostrou-se sempre tinham início precisamente em Alva- alternativo até ao Controlo na Espinhei-
bastante ágil nas sinuosas estradas do norte do país. Quando era necessário renga, com um troço de 16 km. Como ra. Foi neste Controlo que, há 50 anos,
andar mais depressa para cumprir horários, não registámos quaisquer curiosidade, refira-se que, se o leitor Francisco Romãozinho e João Canas
dificuldades nas prestações dinâmicas que lhe foram exigidas e, dado o carácter visitar os famosos Passadiços do Paiva, Mendes foram fotografados sem a porta
mais ‘desportivo’ desta aventura, o binário e a potência do Citroën C3 Aircross lembre-se que, quando atravessar uma do lado do navegador do seu Citroën. Ao
mostraram-se adequados para suplantarmos as dificuldades encontradas nas estrada de alcatrão perto da entrada do Jornal ‘Motor’, Francisco Romãozinho
inúmeras ultrapassagens que tivemos de efetuar em espaços mais curtos a Areinho, já aí passou a edição de 1969 do relatou assim o que acontecera na Serra
viaturas mais lentas sem nunca comprometer a segurança. Rallye TAP! O Controlo seguinte espera- do Buçaco: “E eis-nos em plena serra
O conforto, nomeadamente o envolvimento dos bancos dianteiros, serviu para va-nos 80 quilómetros depois, às portas do Buçaco com o nevoeiro mais denso
minimizar o desgaste físico de quatro dias ao volante. Gostámos particularmente de Oliveira de Frades, seguindo-se, de- que tivéramos até aí. Nem olhando para
das prestações dinâmicas, do sistema de comutação automática das luzes pois, mais 85 quilómetros até ao Luso. o lado conseguíamos ver as bermas.
de estrada e do comportamento em geral. Não gostámos tanto da pouca Felizmente, as notas permitem-nos ir
profundidade das luzes de máximos, muito necessárias nesta nossa aventura andando depressinha naquela estrada
pelo Portugal ‘profundo’.
Mas estabelecer comparações entre este carro e aquele que foi utilizado há 50
anos por Francisco Romãozinho é como comparar a noite com o dia.
Para além da quase inexistência de tecnologia quando comparado com as atuais
viaturas, o comprimento do Citroën DS21 – que era uma carro fabuloso na época
- deverá ter sido um dos maiores óbices do vencedor da prova. Perguntámo-nos
várias vezes como uma viatura da dimensão do DS21 terá conseguido percorrer
algumas daquelas estradas estreitas e sinuosas. E como o relógio não parava,
isso implicava, muitas vezes, andar de lado o que poderá explicar o facto de o
navegador João Canas Mendes ter ficado quase ao relento em pleno Buçaco!
Na verdade, este Citroën C3 Aircross revela-se muito equilibrado e racional,
aliando proporções compactas a espaço generoso. O carro ideal para uma
condução diária, com consumos contidos, condução agradável, conforto e
modularidade de nota. Um modelo que nos fez gerar sorrisos à chegada a Lisboa,
já que depois de quatro dias de extenuante viagem… afinal já estávamos prontos
para outra, e nesse particular o conforto do C3 Aircross teve todo o mérito!

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45

Serra do Buçaco. Após passar a porta da Cruz
Alta, a descida até à Espinheira era feita em
largos estradões de terra

Selada das Eiras em
Arganil. Foi em 1969,
precisamente há 50
anos, que este local se
estreou no itinerário
do Rali de Portugal.

cheia de lama escorregadia. De repente, comendável. Foi no início deste troço sem quaisquer sinais de ter batido, con- conforme já referimos, a verdadeira razão
sinto uma pancada. Batêramos numa que, supostamente, e de acordo com tinuando pela estrada de alcatrão até o da desclassificação terá sido a troca de
pedra saliente na encosta. Peço ao João as crónicas só mais recentemente di- perdermos de vista. Minutos depois, o carro na Lousã.
que apague a luz de cima. Ele dita-me vulgadas publicamente, Tony Fall terá Fulvia regressava e, à nossa frente, estava Ao percorrer as estradas do país durante
mais duas curvas rápida e depois diz- trocado de carro, sendo esse o verda- um carro impecavelmente lavado e com quatro dias, ficámos com a certeza de
-me: não fui eu que acendi a luz interior. deiro motivo que o levou à desclassi- uma forte batida na frente. Obviamente que os rallyes dos anos 60 e inícios dos
Tu é que, ao bater na rocha, arrancaste ficação na chegada ao Estoril. Numa que não era o mesmo carro.” anos 70 eram para homens de barba rija e,
a minha porta e a luz acendeu! Fiquei entrevista concedida ao Autosport, o Após a Lousã, era tempo de rumarmos para cumprir os horários impostos pelas
estupefacto mas continuei sem hesitar. vencedor Francisco Romãozinho relatou ao Estoril com passagem em Coimbra organizações, exigia-se uma enorme
Ao fim ao cabo, para usar as palavras do este episódio: “Na Serra da Cabreira, e uma longa ligação de 175 quilómetros dose de loucura. Se, na época, tudo pa-
João, “que falta faz a porta?!”. ultrapassei um sem número de carros e até Arruda dos Vinhos. Até ao Estoril, e recia normal, visto a esta distância, tudo
A odisseia prosseguiu até Arganil onde muitos outros bateram forte, como foi o tal como há cinco décadas, o caminho assume um carácter extraordinário, tanto
nos esperava a ligação de Folques a Ar- caso do Tony Fall. Quanto passei por ele fez-se pela EN 250 passando por Loures, a nível físico como mental, sem esquecer
ganil, com passagem pelo Alqueve, Serra na assistência, a frente do Lancia Fulvia Caneças e Idanha, onde uma rua estrei- a mecânica dos carros. Cumprir mais
da Deguimbra, Posto de Vigia, Selada estava de tal maneira maltratada que ta, insuspeita e especial com nome de de mil quilómetros, praticamente sem
das Eiras e Aveleira. Os 19 quilómetros pensei que ele iria desistir. Depois da agremiação já viu passar dez Rallyes de interrupção, em estradas de terra ou de
anunciados no roadbook traduziram-se Cabreira, tínhamos a Senhora da Graça, Portugal. Continuamos em direção ao alcatrão de duvidosa qualidade, no meio
nuns reais 26,5 que, na época, deveriam o Fridão e uma ligação difícil até ao troço Cacém e Albarraque até às tão ansiadas de povoações, de noite, de dia e contra
ter sido cumpridos em 19 minutos rom- de Arouca-Alvarenga. Na altura, fomos Arcadas do Estoril, onde chegámos pelas o relógio, era uma autêntica aventura
pendo o nevoeiro da Serra do Açor. A informados que a liderança estava a ser 22 horas e sem motivos aparentes para que, hoje em dia, será, para muitos, difícil
ligação de 54 quilómetros até à Lousã decidida entre nós e o Tony Fall, o que sermos desclassificados! Relembramos de imaginar. Em quatro dias, passámos
foi feita já de noite. Aqui, tivemos pela era pouco compreensível atendendo ao que, em 1969, chegaram ao Estoril seis por sítios fabulosos que só os ralis nos
frente a última classificativa do progra- estado do Lancia na Cabreira e ainda ao concorrentes embora só quatro se en- levariam a visitar: Góis, Arganil, Santa
ma da terceira edição do TAP: o troço da facto de não o ter visto durante toda a contrassem dentro do limite regulamentar Luzia, Gerês, Cabreira, Marão, o Cavalinho,
Lousã ou, por outras palavras, a famosa noite. Percebi finalmente o que se pas- de 45 minutos de penalização: Tony Fall, o Buçaco e a Lousã entre tantos outros.
descida da EN 236 até Cacilhas. Hoje em sava quando eu e o meu navegador, João Francisco Romãozinho, José Lampreia Se este texto lhe aguçou o apetite, de-
dia, o percurso está maioritariamente Canas, aguardávamos a hora de partida e “Chavan”. O piloto britânico foi des- safiamo-lo a embarcar numa aventura
alcatroado mas a parte inicial ainda para o troço da Lousã. Já de dia, aparece classificado por ter entrado no Controlo semelhante na certeza de que, no final,
está em terra e com um piso pouco re- o Lancia do britânico, sujo de lama, mas final com a esposa dentro do carro mas, terá muito para contar e relembrar…

WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - HORÁRIO

46

H/ H O R Á R I O P/ PALMARÉS 1

QUINTA-FEIRA 30 DE MAIO EDIÇÃO ANO PILOTO/NAVEGADOR CARRO
52 2018 THIERRY NEUVILLE - NICOLAS GILSOUL HYUNDAI I20 COUPE WRC
PAREDES (SHAKEDOWN) (4,60 KM) 51 2017 SÉBASTIEN OGIER – JULIEN INGRASSIA
50 2016 KRIS MEEKE – PAUL NAGLE FORD FIESTA WRC ‘17
FIA P1 08:00/11:30 49 2015 JARI-MATTI LATVALA – MIKKA ANTTILLA CITROËN DS3 WRC
48 2014 SÉBASTIEN OGIER – JULIEN INGRASSIA
FIA P2 09:30/11:30 47 2013 SÉBASTIEN OGIER – JULIEN INGRASSIA VOLKSWAGEN POLO R WRC
46 2012 MADS ØSTBERG – JONAS ANDERSSON VOLKSWAGEN POLO R WRC
OUTROS 11:30/13:30 45 2011 SÉBASTIEN OGIER – JULIEN INGRASSIA VOLKSWAGEN POLO R WRC
44 2010 SÉBASTIEN OGIER – JULIEN INGRASSIA
COIMBRA/HOLDING AREA 43 2009 SÉBASTIEN LOEB – DANIEL ELENA FORD FIESTA RS WRC
42 2008 LUCA ROSSETI – MATTEO CHIARCOSSI  CITROËN DS3 WRC
FIA P2 16:30/17:45 41 2007 SÉBASTIEN LOEB – DANIEL ELENA CITROËN C4 WRC
40 2006 ARMINDO ARAÚJO – MIGUEL RAMALHO CITROËN C4 WRC
FIA P1 17:15/18:00 39 2005 DANIEL CARLSSON – MATTIAS ANDERSON 
38 2004 ARMINDO ARAÚJO – MIGUEL RAMALHO PEUGEOT 207 S2000
COIMBRA/CERIMÓNIA PARTIDA) 19:00 37 2003 ARMINDO ARAÚJO – MIGUEL RAMALHO CITROËN C4 WRC 2
36 2002 DIDIER AURIOL – THIERRY BARJOU 3
SEXTA-FEIRA 31 DE MAIO 35 2001 TOMMI MAKINEN – RISTO MANNISENMAKI MITSUBISHI LANCER EVO IV 4
34 2000 RICHARD BURNS – ROBERT REID SUBARU IMPREZA WRC
PARTIDA COIMBRA 08:30 33 1999 COLIN MCRAE – NICKY GRIST CITROËN SAXO KIT CAR
32 1998 COLIN MCRAE – NICKY GRIST CITROËN SAXO KIT CAR
SS1 LOUSÃ 1 (12,35 KM) 09:48 31 1997 TOMMI MAKINEN – SEPPO HARJANNE TOYOTA COROLLA WRC
30 1996 RUI MADEIRA – NUNO R. SILVA
SS2 GÓIS 1 (18,78 KM) 10:32 29 1995 CARLOS SAINZ – LUIS MOYA MITSUBISHI LANCER EVO IV
28 1994 JUHA KANKKUNEN – NICKY GRIST SUBARU IMPREZA WRC
SS3 ARGANIL 1 (14,44 KM) 11:20 27 1993 FRANÇOIS DELECOUR – DANIEL GRATALOUP FORD FOCUS WRC
26 1992 JUHA KANKKUNEN – JUHA PIIRONEN SUBARU IMPREZA 555
ASSISTÊNCIA ARGANIL/REAGRUPAMENTO 11:48 25 1991 CARLOS SAINZ – LUIS MOYA
24 1990 MASSIMO BIASION – TIZIANO SIVIERO MITSUBISHI LANCER EVO IV
SS4 LOUSÃ 2 (12,35 KM) 13:51 23 1989 MASSIMO BIASION – TIZIANO SIVIERO TOYOTA CELICA GT FOUR
22 1988 MASSIMO BIASION – CARLO CASSINA SUBARU IMPREZA 555
SS5 GÓIS 2 (18,78 KM) 14:35 21 1987 MARKKU ALEN – ILKKA KIVIMAKI TOYOTA CELICA GT FOUR
20 1986 JOAQUIM MOUTINHO – EDGAR FORTES FORD ESCORT COSWORTH
SS6 ARGANIL 2 (14,44 KM) 15:23 19 1985 TIMO SALONEN – SEPPO HARJANNE LANCIA DELTA INTEGRALE
18 1984 HANNU MIKKOLA – ARNE HERTZ TOYOTA CELICA GT FOUR
SS7 LOUSADA (3,36 KM) 19:03 17 1983 HANNU MIKKOLA – ARNE HERTZ LANCIA DELTA INTEGRALE
16 1982 MICHÈLE MOUTON – FABRIZIA PONS LANCIA DELTA INTEGRALE
ASSISTÊNCIA MATOSINHOS 20:10 15 1981 MARKKU ALEN – ILKKA KIVIMAKI LANCIA DELTA INTEGRALE
14 1980 WALTER ROHRL – CHRISTIAN GEISTDORFER LANCIA DELTA 4WD
SÁBADO 1 DE JUNHO 13 1979 HANNU MIKKOLA – ARNE HERTZ RENAULT 5 TURBO
12 1978 MARKKU ALEN – ILKKA KIVIMAKI PEUGEOT 205 T16
PARTIDA MATOSINHOS 06:49 11 1977 MARKKU ALEN – ILKKA KIVIMAKI AUDI QUATTRO S2
10 1976 SANDRO MUNARI – SILVIO MAIGA AUDI QUATTRO S2
SS8 VIEIRA DO MINHO 1 (20,53 KM) 08:38 9 1975 MARKKU ALEN – ILKKA KIVIMAKI AUDI QUATTRO S1
8 1974 RAFAELLE PINTO – ARNALDO BERNACCHINI FIAT 131 ABARTH
SS9 CABECEIRAS DE BASTO 1 (22,22 KM) 09:31 7 1973 JEAN-LUC THÉRIER – JACQUES JAUBERT FIAT 131 ABARTH
6 1972 ACHIM WARMBOLD – JOHN DAVENPORT FORD ESCORT RS 1800
SS10 AMARANTE 1 (37,60 KM) 10:47 5 1971 JEAN-PIERRE NICOLAS – JEAN TODT FIAT 131 ABARTH
4 1970 SIMO LAMPINEN – JOHN DAVENPORT FIAT 131 ABARTH
ASSISTÊNCIA MATOSINHOS 12:50 3 1969 FRANCISCO ROMÃOZINHO – ‘JOCAMES’ LANCIA STRATOS HF
2 1968 TONY FALL – RON CRELLIN FIAT 124 ABARTH
SS11 VIEIRA DO MINHO 2 (20,53 KM) 15:08 1 1967 CARPINTEIRO ALBINO – SILVA PEREIRA  FIAT 124 ABARTH
ALPINE RENAULT 1800
SS12 CABECEIRAS DE BASTO 2 (22,22 KM) 16:01 BMW 2002 TI
ALPINE RENAULT 1600
SS13 AMARANTE 2 (37,60 KM) 17:17 LANCIA FULVIA HF
CITROËN DS PROTO
REAGRUPAMENTO/CAIS DE GAIA 18:55 LANCIA FULVIA HF
RENAULT 8 GORDINI
ASSISTÊNCIA MATOSINHOS 19:15

DOMINGO 2 DE JUNHO

PARTIDA MATOSINHOS 07:00

SS16 MONTIM 1 (8,64 KM) 08:25

SS17 FAFE 1 (11,18 KM) 09:08

SS18 LUÍLHAS (11,89 KM) 09:49

SS19 MONTIM 2 (8,64 KM) 10:35

FAFE/REGRUPAMENTO 10:55

SS20 FAFE 2 (11,18 KM) 12:18

ASSISTÊNCIA MATOSINHOS 13:47

PÓDIO MATOSINHOS 14:20

7

5

1 1967 O primeiro vencedor, Carpinteiro Albino (Renault 8 Gordini)

2 1979 O vencedor há 40 anos, Hannu Mikkola (Ford Escort RS) 5 2009 O vencedor há 10 anos, Sébastien Loeb (Citroën C4 WRC)
6 3 1989 O vencedor há 30 anos, Miki Biasion (Lancia Delta Integrale) 6 1987 O primeiro recordista, Markku Alen (5 vitórias)
4 1999 O vencedor há 20 anos, Colin McRae (Ford Focus WRC) 7 2010 O recordista ex-aequo, Sébastien Ogier (5 vitórias)

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I/ I N S C R I T O S

NO. CAT. CONCORRENTE PILOTO/CO-PILOTO NAC. CARRO GRUPO PRI.

1 M Citroën Total WRT Sebastien Ogier/Julien Ingrassia FRA/FRA Citroën C3 WRC WRC RC1 P1
8 M Toyota Gazoo Racing WRT Ott Tänak/Martin Järveoja EST/EST Toyota Yaris WRC WRC RC1 P1
11 M Hyundai Shell Mobis World Rally Team Thierry Neuville/Nicolas Gilsoul BEL/BEL Hyundai I20 Coupé WRC WRC RC1 P1
5 M Toyota Gazoo Racing WRT Kris Meeke/Sebastian Marshall GBR/GBR Toyota Yaris WRC WRC RC1 P1
33 M M-Sport Ford World Rally Team Elfyn Evans/Scott Martin GBR/GBR Ford Fiesta WRC WRC RC1 P1
19 M Hyundai Shell Mobis World Rally Team Sebastien Loeb/Daniel Elena FRA/MCO Hyundai I20 Coupé WRC WRC RC1 P1
4 M Citroën Total WRT Esapekka Lappi/Janne Ferm FIN/FIN Citroën C3 WRC WRC RC1 P1
10 M Toyota Gazoo Racing WRT Jari-Matti Latvala/Miikka Anttila FIN/FIN Toyota Yaris WRC WRC RC1 P1
3 M M-Sport Ford World Rally Team Teemu Suninen/Marko Salminen FIN/FIN Ford Fiesta WRC WRC RC1 P1
6 M Hyundai Shell Mobis World Rally Team Dani Sordo/Carlos Del Barrio ESP/ESP Hyundai I20 Coupé WRC WRC RC1 P1
44 M M-Sport Ford World Rally Team Gus Greensmith/Elliott Edmondson GBR/GBR Ford Fiesta WRC WRC RC1 P1
21 WRC 2 Pro Citroën Total Mads Ostberg/Torstein Eriksen NOR/NOR Citroën C3 R5 R5 P2P
22 WRC 2 Pro M-Sport Ford World Rally Team Lukasz Pieniazek/Jakub Gerber POL/POL Ford Fiesta R5 R5 P2P
23 WRC 2 Pro Škoda Motorsport Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen FIN/FIN Skoda Fabia R5 Evo R5 P2P
24 WRC 2 Pro Škoda Motorsport Jan Kopecký/Pavel Dresler CZE/CZE Skoda Fabia R5 Evo R5 P2P
41 WRC 2 Benito Guerra Benito Guerra/Jaime Zapata MEX/MEX Skoda Fabia R5 R5 P2
42 WRC 2 Takamoto Katsuta Takamoto Katsuta/Daniel Barritt JPN/GBR Ford Fiesta R5 R5 P2
43 WRC 2 Ole Christian Veiby Ole Christian Veiby/Jonas Anders Andersson NOR/SWE Volkswagen Polo GTI R5 R5 P2
45 WRC 2 Nikolay Gryazin Nikolay Gryazin/Yaroslav Fedorov RUS/RUS Skoda Fabia R5 R5 P2
46 WRC 2 Alberto Heller Alberto Heller/Jose Diaz CHL/ARG Ford Fiesta R5 R5 P2
47 WRC 2 Emil Bergkvist Emil Bergkvist/Patrik Barth SWE/SWE Ford Fiesta R5 R5 P2
48 WRC 2 Guillaume De Mévius Guillaume De Mévius/Martijn Wydaeghe BEL/BEL Citroën C3 R5 R5 P2
49 WRC 2 Henning Solberg Henning Solberg/Ilka Minor NOR/AUT Skoda Fabia R5 R5 P2
50 WRC 2 Pedro Pedro Emanuele/Baldaccini ITA/ITA Ford Fiesta R5 R5 P2
51 WRC 2 Pierre-Louis Loubet Pierre-Louis Loubet/Vincent Landais FRA/FRA Skoda Fabia R5 R5 P2
52 WRC 2 Ricardo Teodósio Ricardo Teodósio/José Manuel Teixeira PRT/PRT Skoda Fabia R5 R5 P2
53 WRC 2 Simone Tempestini Simone Tempestini/Sergiu Sebastian Itu ROU/ROU Hyundai I20 NG R5 R5 P2
54 WRC 2 Miguel Barbosa Miguel Barbosa/Jorge Carvalho PRT/PRT Skoda Fabia R5 R5 P2
55 WRC 2 Armindo Araújo Armindo Araújo/Luis Ramalho PRT/PRT Hyundai I20 NG R5 R5 P2
56 WRC 2 Eerik Pietarinen Eerik Pietarinen/Juhana Raitanen FIN/FIN Skoda Fabia R5 R5 P2
57 WRC 2 José Pedro Fontes José Pedro Fontes/Inês Ponte PRT/PRT Citroën C3 R5 R5 RC2 P2
58 WRC 2 Jari Huttunen Jari Huttunen/Antti Linnaketo FIN/FIN Hyundai I20 NG R5 R5 RC2 P2
59 WRC 2 Bruno Magalhães Bruno Magalhães/Hugo Magalhães PRT/PRT Hyundai I20 NG R5 R5 RC2 P2
60 WRC 2 Pedro Meireles Pedro Meireles/Mário Castro PRT/PRT Volkswagen Polo GTI R5 R5 RC2 P2
61 WRC 2 Pedro Almeida Pedro Almeida/Nuno Almeida PRT/PRT Skoda Fabia R5 R5 RC2 P2
62 WRC 2 António Dias António Dias/Nuno Rodrigues da Silva PRT/PRT Skoda Fabia R5 R5 RC2 P2
63 WRC 2 Diogo Salvi Diogo Salvi/Paulo Babo PRT/PRT Skoda Fabia R5 R5 RC2 P2
64 WRC 2 Rhys Yates Rhys Yates/James Morgan GBR/GBR Skoda Fabia R5 R5 RC2 P2
72 Kees Burger Kees Burger/Miika Teiskonen NLD/FIN Skoda Fabia R5 R5 RC2
73 Dominik Dinkel Dominik Dinkel/Christina Fürst DEU/DEU Hyundai I20 NG R5 R5 RC2
74 Ricardo Marques Ricardo Marques/Hugo Vasconcelos PRT/PRT Hyundai I20 NG R5 R5 RC2
75 Rmc Motorsport João Fernando Ramos/José Janela PRT/PRT Ford Fiesta R5 R5 RC2
76 Francisco Teixeira Francisco Teixeira/João Serôdio PRT/PRT Skoda Fabia R5 R5 RC2
77 Hélder Miranda Hélder Miranda/Rui Teixeira PRT/PRT Renault Clio RS R3 RC3
78 José Merceano José Merceano/Francisco Pereira PRT/PRT Mitsubishi Lancer Evo X NAT
79 Enrico Oldrati Enrico Oldrati/Simone Scattolin ITA/ITA Ford Fiesta R2 R2 RC4
80 Daniel Berdomás Daniel Berdomás/David Rivero ESP/ESP Peugeot 208 R2 R2 RC4
81 Daniel Nunes Daniel Nunes/Rui Raimundo PRT/PRT Peugeot 208 R2 R2 RC4
82 Sec. Esp. Gc Motorsport Josep Bassas/Axel Coronado ESP/ESP Peugeot 208 R2 R2 RC4
83 Pedro Antunes Pedro Antunes/Paulo Lopes PRT/PRT Peugeot 208 R2 R2 RC4
84 Smc Junior Motorsport Jose M. G. Reyes/diego S. Eusebio ESP/ESP Peugeot 208 R2 R2 RC4
85 Sec. Esp. Racc Motorsport Sergi F. Comellas/María S. Hage ESP/ESP Peugeot 208 R2 R2 RC4
86 Alm Motorsport Georg Linnamäe/Volodymyr Korsia EST/UKR Peugeot 208 R2 R2 RC4
87 Hugo Lopes Hugo Lopes/Nuno Ribeiro PRT/PRT Peugeot 208 R2 R2 RC4
88 Carlos Fernandes Carlos Fernandes/Valter Cardoso PRT/PRT Peugeot 208 R2 R2 RC4
90 Ricardo Sousa Ricardo Sousa/Luís Marques PRT/PRT Peugeot 208 R2 R2 RC4
91 Nabila Tejpar Nabila Tejpar/Max Freeman GBR/GBR Peugeot 208 R2 R2 RC4
92 Ruairi Bell Ruairi Bell/Darren Garrod GBR/GBR Peugeot 208 R2 R2 RC4
93 Paulo Moreira Paulo Moreira/Marco Macedo PRT/PRT Peugeot 208 R2 R2 RC4
94 Club Escuderia Senra Sport Santi Garcia Paz/Néstor Casal Vilar ESP/ESP Peugeot 208 R2 R2 RC4
95 Escuderia Tineo Auto Club Jose Luis P. Olivares/Rodolfo Garcia ESP/ESP Peugeot 208 R2 R2 RC4


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