livro-cientifico

Heitor Cruz  181

Referências

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Br J Dermatol 1971;85:119-26.

3. Lucky AW, Biro FM, Huster FA et al. Arch Dermatol 1991;172:210-6.
4. Cunliffe WJ, Gould DJ. Prevalence of facial acne vulgaris in late adolescence and in

adults. Br Med J 1979;1:1109-10.
5. Goulden V, Clark SM, Cunlifffe WJ. Post-adolescent acne: a review of clinical features. Br

J Dermatol 1997;136:66-70.
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Invest Dermatol 1979;73:395-513.
7. Thiboutot DM. Acne: an overview of clinical research findings. Dermatologic clinics

1997;15:97-109.

ROSÂNGELA ROBLEDO

Celulite em um Circuito de
Tratamento Inteligente

Introdução

O fibro edema geloide (FEG), conhecido popularmente como
celulite, é uma patologia que atinge a estrutura dermo-hipodérmi-
ca, caracterizada por nódulos de variado tamanho e localização,
espessamento subepidérmico, podendo apresentar um quadro
álgico evoluindo para um déficit funcional no membro inferior
acometido.

Está relacionado a um processo reativo da matriz extracelular
com consequente hiperpolimerização das glicosaminoglicanas, re-
tenção hídrica, aumento da viscosidade da substância fundamen-
tal, irritação das fibras teciduais com formação de tecido fibroso.

O fibro edema geloide (FEG), além de ser desagradável do pon-
to de vista estético, cada vez aparece mais cedo, atingindo jovens
e adolescentes, nas diversas estruturas do corpo humano. Acar-
reta problemas álgicos nas zonas acometidas e diminuição nas
atividades funcionais, que provoca sérias complicações, podendo
levar até a quase total imobilidade dos membros inferiores além
de dores intensas e problemas emocionais (SANT’ANA, 2007).
Segundo Lopes (2002), a chamada celulite não é uma verdadeira
inflamação celular, como designa a determinação, mas na realida-
de se trata de um lipoedema, com diversas outras denominações,

Rosângela Robledo  183

que é na realidade um acúmulo de gor- Proposta de Tratamento
dura localizado, mas fundamentalmente
nas pernas, entre coxas e região glútea Pensando em um passo a passo para
das mulheres, que produz certo grau de obter resultados eficientes, é sugerido
edemaciação da pele e do tecido celular um circuito de tratamento com etapas
subcutâneo. consecutivas e dependentes, de no mí-
nimo 10 sessões, podendo ser realizada
Muitas mulheres procuram tratamen- uma vez por semana.
tos estéticos para tentar se encaixar nos
padrões de beleza estabelecidos nos dias O tempo de tratamento por sessão
atuais, pensando em resultados efetivos será de 1h40.
e em poucas sessões. O circuito de tra-
tamento inteligente tem como principal Passo a Passo
objetivo trabalhar de forma localizada a
parte onde se deseja reduzir a “celulite” Passo 1 Esfoliação 2’
e melhorar a aparência da pele e quali-
dade de vida. Verificamos que, por meio Passo 2 Hiperemia 1’
das etapas de tratamento propostas, é
possível observar os resultados desde a Passo 3 Massagem manual local 10’
primeira sessão. com permeação de
ativos
Metodologia
Passo 4 Massagem mecânica 6’
No FEG, existem duas maneiras de
proceder ao seu tratamento: medidas Passo 5 Aparelho de ondas de média de 40’
gerais (dieta com reeducação alimentar, choque por piezoelétrico (região)
atividade física, farmacologia) ou trata-
mento direcionado local com cosmeto- Passo 6 Manta térmica com raios 20’ 60
logia, drenagem linfática ou massagem infravermelhos
modeladora, termoterapia, eletroestimu-
lação e eletroterapias. Passo 7 Drenagem linfática 20

De acordo com Borges, alguns princí- Esfoliação
pios ativos são usados no tratamento do
FEG onde atuam promovendo o aumento Tem como objetivo afinar o tecido,
da circulação e ativando a permeabilida- remover as células mortas e fazer a re-
de da pele, podendo ser adicionado aos moção de resíduos da pele, preparando-a
géis utilizados para o acoplamento do para a próxima etapa do tratamento.
transdutor do ultrassom.
Hiperemia
Neste artigo, elegemos a associação de
recursos estéticos observando a fisiologia. Ação vasodilatadora, que promove au-
mento da circulação cutânea, hiperemia
(vermelhidão) e aquecimento no local apli-
cado, favorecendo o estímulo da drenagem
de líquidos e toxinas, descongestionando
os tecidos e diminuindo a quantidade de lí-

184  Celulite em um Circuito de Tratamento Inteligente

quido retido. Benefícios importantes para o tiálgica, ou seja, na proteção, combate e
preparo da pele a fim de receber a próxima analgesia da dor. 
etapa do tratamento.
Aparelho de Ondas de Choque
Massagem Manual Local com Por Piezoelétrico ou Aparelho de
Permeação de Ativos Ultrassom 3 MHZ – Média de 40’
(Região)
A massagem exerce um efeito mecâ-
nico local resultante da ação direta da O ultrassom é definido como uma vi-
pressão exercida no segmento massagea- bração acústica inaudível de alta frequên-
do e, também, uma ação reflexa, indireta cia capaz de produzir efeitos fisiológicos
por liberação local de substâncias vasoa- térmicos e não térmicos. O ultrassom te-
tivas. As técnicas de massagem podem rapêutico é eficaz quando há combinação
promover: alívio da dor, relaxamento de um meio de acoplamento adequado
muscular local e geral, aumento de nutri- com a técnica de contato direto. O uso do
ção tecidual, circulação sanguínea e lin- ultrassom requer alguns procedimentos
fática, mobilidade articular, remoção dos técnicos a fim de possibilitar a perfeita
tecidos metabólicos, entre outros. interação da onda com os diferentes teci-
dos (AGNES, 2007). A aplicabilidade será
Massagem Mecânica – 6’ local, por região e devidamente progra-
mado pelo profissional.
Ação com aparelho de endermotera-
pia vibratória conhecido como uma téc- Manta Térmica com Raios
nica de origem francesa. Funciona como Infravermelhos – 20’ 60
uma massagem triaxial segura, não inva-
siva, eficiente e indolor que combinam Drenagem Linfática – 20’
forças paralelas e verticais, proporcio-
nando uma mobilização profun dos te- Os resultados da associação final da
cidos agindo diretamente na pele, nas drenagem linfática manual associada ao
fibras musculares com movimentos vi- infravermelho longo finalizam esse cir-
bratórios, circulares e de percussão. cuito inteligente com chave de ouro.

Entre os benefícios da vibração pode- A drenagem linfática manual correta-
mos citar: aumento da permeabilidade mente aplicada, com manobras lentas e
da pele, da troca metabólica entre os te- leves num ritmo inalterado, a fim de pro-
cidos, hiperemia periférica e localizada, mover a absorção de líquidos exceden-
da oxigenação, ação descongestionante tes e de proteínas no espaço intersticial,
e ação fibrinolítica.  Na musculatura, há além de todos os benefícios já conheci-
resultados na diminuição do ácido lácti- dos, unida ao uso do infravermelho lon-
co, efeito  mio-relaxante, manutenção e go que, na sua faixa de frequências de
tonificação da musculatura.  Por fim, no energia, as moléculas absorvem a água,
sistema nervoso, há importante ação an- portanto produzem a bioestimulação,

Rosângela Robledo  185

melhora o metabolismo e proporciona a de de substâncias nocivas ao organismo
desintoxicação metabólica. eliminadas.

Um dos mecanismos de defesa do Com essas alterações no local, o ca-
nosso organismo é manter a temperatura tabolismo das gorduras acelera e as eli-
corporal constante em aproximadamente mina, e, como a celulite também está
36 ºC. Quando surgem alterações nesse relacionada com má acumulação de gor-
estado, o corpo reage recorrendo a me- dura, ela também será afetada.
canismos de termorregulação como a hi-
perventilação pulmonar, a vasodilatação Conclusão
e o aumento da transpiração.
Com a associação dos recursos men-
Então, o que a termoterapia faz é usar cionados é possível observar a melhora
desses mecanismos para atingir seu ob- do aspecto na pele e da redução de celu-
jetivo, como o emagrecimento e a elimi- lites até grau III, visível desde a primeira
nação de celulites, por exemplo. Para a sessão.
vasodilatação acontecer, é preciso que
seja liberada a acetilcolina, que facilita A indicação do home care com ativos
o fluxo de sangue. Quanto mais sangue específicos direcionados à disfunção esté-
circular no local, maior será a quantida- tica e do uso diário da bermuda com tecido
emana farão a diferença nos resultados.

AB
FIGURA 1  (A) Início do tratamento; (B) Após 3 seções de tratamento

186  Celulite em um Circuito de Tratamento Inteligente

Referências

1. Borges F. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Pau-
lo: Phorte, 2006.

2. Azevedo, Silberto. Fitoterapia - Centella Asiática: vasodilatador, antcelulítico e normaliza-
dor da circulação. 2009.

3. LOPES, M. L. M. Drenagem linfática manual e estética. Odorizzi: Blumenau, 2002
4. SANT’ANA, E. M. C.;MARQUETI, R. de C.;LEITE, V. L.Fibro Edema Gelóide (celulite): Fisiopa-

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so em:16. ago. 2010.
6. PRENTICE, William E. Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas. Artmed: São Paulo, 2ª
7. AGNES, JONES. Eletrotermoterapia Teoria e Prática.Rio Grande do Sul: Orium, 2007.
8. Guirro E, Guirro R. Fisioterapia dermato-funcional. 3 ed. revisada e ampliada, São Paulo:

Manole; 2004.
9. Pesquisa sobre endermoterapia vibratória: <https://www.webartigos.com/artigos/

aparelhos-de-endermoterapia-vibratoria-na-estetica/132869>.

Pré-Congresso de Dermopigmentação

PALESTRANTES

JAMES OLAYA VÂNIA MACHADO
Dermopigmentador Dermopigmentadora

MARIANA FREITAS SANDRA ROCHA
Dermopigmentadora Dermopigmentadora

JAMES OLAYA

Blefaropigmentação

Os Perigos de Embelezar o Olhar

A vaidade feminina faz com que inúmeras mulheres, em todo o
mundo, busquem procedimentos que possam contribuir de forma
benéfica para a sua aparência e autoestima, respectivamente.

Atualmente, uma das grandes preocupações relacionadas à
beleza feminina é manter a beleza do olhar por meio de técnicas
que tragam praticidade ao seu dia a dia. Uma das alternativas é a
blefaropigmentação, técnica de maquiagem de caráter semiper-
manente (tatuagem cosmética) aplicada na região da margem
palpebral ou dos supercílios com o objetivo de embelezamento,
dispensando a necessidade de maquiagem diária.

A blefaropigmentação é uma arte que deriva da tatuagem
e remonta à Antiguidade, sendo utilizada desde 8.000 a.C. por
egípcios, como Cleópatra. O emprego da tatuagem nas pál-
pebras evoluiu com o tempo, passando de desenhos tribais e
linhas que definiam a condição social para uma técnica que
resultaria em definição e realce dos olhos, através da micropig-
mentação cosmética de pálpebras, supercílios e lábios, com a
finalidade estética.

A técnica de blefaropigmentação consiste na introdução de
pigmentos na região palpebral, por escarificações feitas por
meio de um aparelho chamado dermógrafo que movimenta um
conjunto de 1 a 14 agulhas. Esse processo tem a intenção de criar

190  Blefaropigmentação

depósito desses pigmentos – geralmen- músculos, tendões e ligamentos, glându-
te à base de dióxido de titânio, óxido de las, bolsas de gordura e conjuntivas.
ferro, glicerol ou álcool isopropílico – na
camada mais superior da pele. A presença de glândulas de Meibo-
mius e lacrimais auxiliam, por meio de se-
Diante da intensa procura pela técni- creções, o processo de filtragem sensorial
ca de blefaropigmentação, há a necessi- realizada pelos cílios palpebrais. Assim, é
dade de avanços na área da cosmiatria possível evitar o ressecamento da córnea
que tragam o aperfeiçoamento da técni- e permitir o fechamento dos olhos.
ca. A anatomia dos complexos oculares
e tecidos adjacentes é complexa, apre- Com espessura média de 700 µ a 800
sentando certas peculiaridades. A manu- µ, a pele da pálpebra é a mais delgada
tenção de determinadas características do corpo. Está frouxamente aderida aos
fisiológicas e texturiais torna-se essencial tecidos subjacentes, o que permite, em
para uma saúde ocular satisfatória. situações de inflamação e sangramento,
a formação de considerável edema.
Com isso, o conhecimento prévio da
anatomia e entendimento das áreas de A placa tarsal é uma faixa de tecido
risco são cruciais para uma excelente prá- conjuntivo denso e situa-se, posteriormen-
tica, além da precaução de danos e possí- te, à pele e ao músculo orbicular, e, ante-
veis intercorrências que podem acarretar riormente, à conjuntiva palpebral (tarsal).
em complicações óculo-palpebrais. É nessa região que as glândulas de Meibo-
mius estão dispostas. Essas glândulas são
Anatomia Palpebral alinhadas verticalmente na placa tarsal e
se abrem junto à margem palpebral, onde
A compreensão da anatomia palpe- se pode notar seus orifícios. As placas tar-
bral e sua rede de vasos e capilares lin- sais são contínuas perifericamente com o
fáticos pelo profissional que executa a septo orbitário (uma fina, mas relevante
técnica de blefaropigmentação apresen- estrutura divisória entre a pálpebra e a
ta notável importância. órbita). Ao longo da margem palpebral,
encontramos os cílios, anteriormente
As pálpebras são estruturas especia- (com importante função protetora), e os
lizadas com componentes anatômicos orifícios meibomianos, posteriormente.
únicos, que participam da estética e da No terço nasal, observa-se uma abertura
expressão facial e apresentam como prin- denominada “ponto lacrimal”, responsá-
cipal função a proteção dos globos ocu- vel pela drenagem da lágrima (Figura 1).
lares. São consideradas anexos oculares
e são formadas por um tecido músculo- As pálpebras são supridas por uma
-fibroso recoberto por pele na parte ex- extensa malha vascular, a qual forma
terna e conjuntiva na parte interna, além anastomoses entre ramos originados da
de apresentarem pele, pouco tecido sub- artéria carótida externa (pela face) e da
cutâneo, tecido conjuntivo denso (septo), artéria carótida interna (pela órbita). O
fluido linfático das pálpebras superiores
é drenado para linfonodos pré-auricula-

Fat James Olaya  191
Levator
palpebrae Accessory
superioris lacrimal
gland
Skin Bulbar conjunctiva
Tarsal conjunctiva

Cilia

FIGURA 1 

res e das pálpebras inferiores para os lin- Técnica e Equipamentos
fonodos submandibulares.
Na aplicação da técnica de blefaro-
A epiderme possui mais queratina pigmentação, existem várias opções de
que a mucosa (popularmente conheci- equipamentos e pigmentos que são uti-
da como linha-d’água). A mucosa é mais lizados. É um procedimento com base na
vascularizada e altamente irrigada com os eletrólise; pequenas quantidades de pig-
capilares linfáticos, por isso aumenta dras- mentos são depositadas na derme com o
ticamente os riscos de intercorrências. auxílio do dermógrafo, e a maioria é in-
corporada por macrófagos com mínima
Em razão da grande vascularização local reação inflamatória.
das pálpebras, há um risco elevado de san-
gramento e equimoses. Além disso, o siste- As agulhas circulares apresentam
ma de drenagem linfática é muito frágil. pontas sortidas e são consideradas mais

192  Blefaropigmentação

seguras quando comparadas às agu- tações devem ser respeitadas – como a
lhas de uma única ponta, uma vez que linha-d’água –, pois a pigmentação inde-
esta apresenta um poder de penetração vida dessa área mucosa do anexo ocular
maior. A profundidade de penetração da (transição mucocutânea) pode favorecer o
agulha também determina bons resulta- surgimento de resultados desagradáveis.
dos na técnica, uma vez que a escolha
e penetração adequada podem evitar Complicações
rompimentos de vasos mais calibrosos
e favorecer a migração indevida de pig- Intercorrências e complicações na
mento por meio da corrente sanguínea. aplicação da técnica de blefaropigmenta-
ção são raras. Muitas vezes, elas podem
Na blefaropigmentação, a implanta- ser justificadas em razão da falta de pre-
ção dos pigmentos ocorre a nível sube- paro adequado do profissional.
pidérmico e não intraepidérmico. Com
isso, a maquiagem é duradoura, mas O desconhecimento dos equipamen-
não definitiva, uma vez que o pigmento tos e técnicas de design (arte de maquiar),
introduzido a esse nível sofre despren- são fundamentais, pois é necessário uma
dimento com as células de regeneração boa acuidade visual e noções estéticas de
(queratinócitos), tendo assim, uma dura- maquiagem por parte do profissional.
ção média de 18 meses.
Uma das causas mais comuns é o
As particularidades histológicas dos erro na aplicação do pigmento, não res-
tecidos das pálpebras interna e externa peitando o limite da linha-d’água: pos-
influenciam na sustentação do pigmen- teriormente, na transição mucocutânea,
to. Um exemplo é o pigmento preto, que ou anterior na pele infraciliar. Esses erros
pode apresentar carbono, óxidos de ferro podem contribuir para a sua migração in-
ou de titânio em sua composição e for- devida e uma aparência inestética.
ma uma cicatrização com uma coloração
mais intensa e escura na epiderme. Já na Neste caso, há opções para reversão
região mucosa, há perda de grande parte dos resultados inesperados baseadas nas
de partículas desse mesmo pigmento em mesmas técnicas utilizadas para remo-
razão da maior facilidade de fagocitose ção de tatuagens. Uma das opções de es-
pelo sistema imune. colha é o uso de laser de Neodimio YAG
(ítrio-alumínio-granada, conhecido como
A viscosidade do pigmento a ser utili- Nd-YAG), aparelho que emite uma série
zado pode ser determinante na qualidade de pulsos de alta energia em curtos es-
do resultado do trabalho. Pigmentos cons- paços de tempo, com um comprimento
tituídos por partículas maiores apresentam de onda de 1064 nm (luz infravermelha)
menores probabilidades de migração e res- que permite maior potencial de penetra-
pectiva pigmentação de áreas indevidas. ção e menor efeito inflamatório.

Além dos equipamentos e pigmentos O laser Nd-Yag Q-Switched (Nd-Yag
de escolha, o emprego da técnica deve QS) emite um comprimento específico
respeitar algumas considerações. As limi- para as cores pretas e escuras, sendo as-

James Olaya  193

sim o mais utilizado para a remoção da Conclusão
pigmentação indevida em blefaropig-
mentações malsucedidas. O número de O profissional responsável pela exe-
sessões varia de acordo com o cliente. cução da blefaropigmentação deve,
sobretudo, possuir um conhecimento
Complicações mais severas têm sido prévio da anatomia palpebral; técnicas
descritas mais raramente. Em seu tra- de design; equipamentos e pigmentos
balho, Goldberg e Shorr publicaram um utilizados na técnica e possíveis riscos.
caso de necrose das margens palpebrais
e dois casos de migração do pigmento. A falta de noções estéticas de ma-
Outras complicações relatadas são: per- quiagem podem trazer resultados insa-
da de cílios, infecção localizada, granulo- tisfatórios, por vezes até caricatos e/ou
ma e reações alérgicas. desagradáveis, enquanto a falta de noção
técnica pode acarretar em complicações
Há poucos estudos que comentam as brandas ou severas (raras).
complicações óculo-palpebrais da técnica
de blefaropigmentação. Em situações de Entre as intercorrências mais comuns,
intercorrências, é sugerida a massagem está a migração indevida de pigmento
local da área em sentido contrário ao flu- ocasionada por rompimento indevido
xo do vaso, porém o sentido dos cílios de vasos. O resultado insatisfatório pode
deve ser respeitado. O profissional deve ser revertido port meio da aplicação de
interromper o procedimento e sugerir ao laser Nd-Yag Q-Switched (Nd-Yag QS),
cliente que procure ajuda médica (oftal- também usado na remoção de tatuagens.
mologista).
A noção técnica permite ao profis-
FIGURA 2 sional a escolha correta dos materiais
(dermógrafo, agulhas, pigmentos), pro-
fundidade de aplicação das agulhas entre
outros aspectos de grande relevância.

Com isso, o profissional deve ser sub-
metido a extenso treinamento (sobretu-
do em pele artificial) e, posteriormente,
avaliado por um profissional docente al-
tamente capacitado e experiente.

194  Blefaropigmentação

FIGURA 3

Referências

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and practice of ophthalmic plastic and reconstructive surgery. Philadelphia: W B Saun-
ders; 1996. p.676-81

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James Olaya  195

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mentación; 1ª edição. Madrid: Videocinco, 1995.

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arte. 3ª Edição. São Paulo: Livraria Médica Paulista, 2009.

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10. Peters NT, Conn H, Cote MA. Extensive lower eyelid pigment spread after blepharopig-
mentation. Ophthal Plast Reconstr Surg 1999;15:445-7

VÂNIA MACHADO

Procedimento Biosseguro para
um Resultado de Excelência

O procedimento biosseguro é um conjunto de ações voltadas
à prevenção e proteção do bem-estar do profissional e de seu
cliente nas prestações de serviço para a obtenção de resultados
de excelência.

A premissa da biossegurança é avaliar os perigos e deixar o
procedimento menos arriscado. 

ƒ Perigo: fonte ou situação com potencial para provocar danos,
como lesão, doença, dano à propriedade, meio ambiente, local
de trabalho ou a combinação destes.

ƒ Risco: combinação da probabilidade de ocorrência e da conse-
quência de um determinado evento perigoso. 

Resumindo

Perigo é a fonte geradora e o Risco é a exposição a essa fonte. 
Somos submetidos a cinco tipos variados de risco:

1º risco físico verde;
2º risco químico vermelho;
3º risco biológico marrom;
4º risco ergonômico amarelo;
5º risco de acidente azul.

Vânia Machado  197

Precisamos entender como são esses ris- Riscos Químicos – Vermelho
cos que estão ao nosso redor, mapeá-los
e avaliá-los de forma a criar um protocolo “Os agentes químicos são produtos
de medidas protetivas. ou substâncias que possam penetrar no
organismo pela via respiratória, nas for-
Riscos Físicos – Verde mas de poeiras, fumos, névoas, neblinas,
gases ou vapores, ou que possam ter con-
Exemplos: ruídos, vibrações, frio, calor, tato ou ser absorvidos pelo organismo
pressões anormais e umidade. As radia- através da pele ou por ingestão.”
ções não ionizantes, como a iluminação do
sol e a artificial, também são consideradas Produtos de limpeza devem ser admi-
um risco físico. Com relação à iluminação, nistrados com cuidado. Lembrando que
o ambiente de trabalho deve ser bem ilu- não é permitido o uso de vassouras para
minado de forma a proporcionar boa vi- não levantar microrganismos nem poeiras.
são e conforto para que os profissionais
possam executar suas atividades de forma Se possível, sempre que for fazer a
adequada, assim como a temperatura am- limpeza pesada, manter as saídas de ar
biente deve ser agradável, proporcionan- abertas, como janela e porta. O ar-con-
do satisfação e boa saúde no trabalho. A dicionado deve ser mantido higienizado
questão da temperatura também ajuda a e, possivelmente, dependendo do fluxo
diminuir a proliferação de germes no am- de clientes, realizar a limpeza trimensal-
biente de trabalho. Em suma, os riscos fí- mente para a sua própria segurança.
sicos podem ser encontrados em:
Os produtos utilizados para a higie-
ƒ dermógrafos, com grande vibração e nizações de pele devem ser aplicados to-
ruídos; mando cuidado com os orifícios abertos,
como olhos, narizes e boca, e reafirman-
ƒ iluminação inadequada do ambien- do que, em todo momento, o profissional
te sem um suporte de luz adequado, deve estar de luvas.
como as luminárias e as lupas com
iluminação que é mais comumente Lembrando que todo produto deve
utilizada; conter o registo da Anvisa (Agência Na-
cional de Vigilância Sanitária).
ƒ ar-condicionado para manter uma
sala em temperatura agradável aos Riscos Biológicos– Marrom
23 ºC. Claro que tais temperaturas de-
pendem muito do conforto que o pro- Riscos biológicos. São eles: vírus, bac-
fissional se adapta a trabalhar, mas térias, protozoários, fungos, parasitas e
salas com temperaturas superiores a bacilos.
25 ºC podem afetar seu desempenho,
e, como já relatado, a proliferação de Podem acontecer quando somos sub-
germes ao nosso redor. metidos à exposição sem os devidos EPI’s
(Equipamento de Proteção Individual),
ou seja, cada profissional adota a manei-

198  Procedimento Biosseguro para um Resultado de Excelência

ra mais confortável com os EPI’s, mas o Riscos Ergonômicos – Amarelo
correto é o uso de luvas, toucas, jaleco
descartáveis que cubra o punho e óculos Exemplos: esforço físico intenso, levan-
de proteção. tamento e transporte manual de peso,
exigência de postura inadequada, con-
Outro momento crucial é o manuseio trole rígido de produtividade, imposição
do dermógrafo. Deve-se tomar cuidado de ritmos excessivos, trabalho noturno,
para não se perfurar com a agulha já jornadas de trabalho prolongadas, mo-
comprometida com os fluidos corpóreos notonia e repetitividade, entre outras si-
do cliente. Muitos equipamentos não re- tuações causadoras de estresse físico ou
colhem a agulha quando parados, e isso psicológico.
pode acidentalmente perfurar a sua pele
sem mesmo estar ligado. Dê preferência Nesse caso, o nosso ambiente de tra-
aos equipamentos seguros nesse sentido. balho deve ser o mais confortável em
relação aos mochos e macas. Mantenha
Em relação a equipamentos, quanto uma postura na qual não comprometa
mais segurança ele oferecer ao profissio- sua coluna nem seus membros.
nal melhor. No caso de agulhas, dê pre-
ferência às que já vem com as agulhas, Antes de cada procedimento, reco-
cabeçais e ponteiras embutidas em uma mendo fazer alongamentos, pois estes
única peça, que chamamos de cartuchos. ajudam a preparar nosso objeto de traba-
Os cartuchos são de fácil manuseio e lho mais importante: nosso corpo. Alon-
devem ser abertos obrigatoriamente na gue especialmente braços e mãos, sempre
frente da cliente e, após o seu uso único, entre cada procedimento. O nosso corpo
deve ser descartado em um EPC (Equipa- deve ser preparado e tonificado para que
mento de Proteção Coletiva), que comu- não tenhamos um comprometimento de
mente conhecemos como Descarpack. nossas funções motoras. Existem várias
lesões que são suscetíveis em nossa pro-
Sempre lembrando que devemos usar fissão, como LER (Lesão por Esforço Re-
barreiras em todos os materiais, e podem petitivo), tendinites, cistos, epicondilite,
ser barreiras feitas com filme osmóticos hérnia nas vertebras da coluna na região
(plástico filme) ou com embalagens pró- cervical, bursites. Tome todas as medi-
prias para o uso, como os protetores de das protetivas para não ficar imobilizado
cabo. Após todo o procedimento, deve quando executar os procedimentos.
ser realizado a troca das barreiras, prin-
cipalmente a que esteve mais em exposi- Equipamentos de grande vibração
ção com os fluidos corpóreos da cliente. também comprometem nossa precisão
fina, pois as vibrações excessivas indu-
Devemos usar o máximo de produtos zem ao erro das precisões de nossas téc-
descartáveis, como lençóis, anéis, base nicas. O equipamento deve ser o mais
de batoques e todos os EPI´s. O cliente preciso, facilitando a vida do profissional.
também deve ter seu EPI formado de
touca, babador e propés. Comparo nossa função a uma marato-
na, na qual o atleta tem de percorrer um

Vânia Machado  199

longo caminho e, para isso, precisa ter vinculada ao conhecimento e à busca
bom preparo físico e condições física que constante deste pelos profissionais. Os
o ajudam, como uma roupa confortável congressos científicos certificam os mes-
e um tênis apropriado. Se esses equipa- tres que sobem ao palco para comparti-
mentos forem de má qualidade, seu de- lhar suas experiências, conhecimentos e
sempenho, por melhor que seja, não será técnicas criadas que tiveram um real re-
o suficiente para leva-lo à vitória. sultado, com comprovações científicas e
histórias de sucesso.
Riscos de Acidentes – Azul
Conclusão
Riscos de acidentes causados por
arranjo físico inadequado, máquinas e Para trabalhar de maneira menos ar-
equipamentos sem proteção, ferramentas riscada, é necessário entender os riscos
inadequadas ou defeituosas, iluminação a que somos submetidos. A seguir, algu-
e armazenamento inadequados, além de mas dicas para se prevenir:
outras situações de risco que poderão con-
tribuir para a ocorrência de acidentes. ƒ tenha uma sala confortável e de fácil
limpeza;
O profissional consciencioso mantém-
-se atualizado das técnicas mais moder- ƒ use bons equipamentos de EPI´s, ma-
nas, sempre oferece o que há de melhor terial com registro da Anvisa;
no mercado.
ƒ crie um manual de procedimento (exi-
A falta de conhecimento profissional gência da Anvisa), pois essa sistemá-
é um risco de acidente. A negligência tica mantém o resultado constante e,
com fatores importantes, como a biosse- assim, você poderá avaliar quais fatos
gurança que já alertamos ate aqui, é um necessitarão serem ajustados quando
ato grave em nossa profissão. o resultado final não se encaixar exa-
tamente no desejado;
Entender exatamente o que está acar-
retando efeitos benéficos ou maléficos ƒ e um dos mais importantes: seja um
(quando ou não deve ser realizado um profissional consciencioso, mantenha-
procedimento). -se atualizado em cursos e congressos
especializados. Saiba exatamente o
Os clientes desejam o máximo de que fazer e como fazer.
naturalidade, e essa necessidade está

Referências

1. MAURO, Maria Yvone Chaves; et al. Riscos Ocupacionais em Saúde. Revista Enferma-
gem UERJ. Rio de Janeiro, n. 12, n. 3, out., 2004. Disponível em: <http://www.facenf.
uerj.br/v12n3/v12n3a14.pdf>. Acesso em: 10 set. 2012.

200  Procedimento Biosseguro para um Resultado de Excelência

2. BRASIL. Segurança e Medicina do Trabalho: NR-1 a NR-34. São Paulo: Atlas, 867 p., 2011.

3. COSTA, Taiza Florêncio; FELLI, Vanda Elisa Andrés. Exposição dos trabalhadores de en-
fermagem às cargas químicas em um hospital público universitário da cidade de São
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jul./agos., 2005. Disponível em:  <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n4/v13n4a07.pdf>.
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4. CUNHA, Ana Carina. Aplicabilidade da Norma Regulamentadora-32: visão dos
trabalhadores de enfermagem de um hospital público do RJ. Dissertação (Mestrado em
Enfermagem). Programa de Pós Graduação em Enfermagem. Universidade Estadual
do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 157 f., 2010. Disponível em <http://www.bdtd.uerj.
br/tde_arquivos/20/TDE-2011-10-21T122343Z-1915/Publico/Ana_Carina_Cunha_final.pdf>.
Acesso em: 13 set. 2012.

5. DAVID, Helena Maria Scherlowski Leal; et al. Organização do trabalho de enfermagem
na atenção Básica: uma questão para a saúde do trabalhador. Texto Contexto Enferma-
gem. Florianópolis, v. 18, n. 2, p. 206-214, abr./jun., 2009. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/tce/v18n2/02.pdf>. Acesso em 19 set. 2012.

6. LOUREIRO, Lívia Agy; et al. Adesão de profissionais de enfermagem ao seguimento
clínico após exposição ocupacional com material biológico. Revista Eletrônica de En-
fermagem. Goiânia. v. 11, n. 2, p. 303-308, 2009. Disponível em: <http://www.fen.ufg.br/
revista/v11/n2/v11n2a10.htm>. Acesso em: 10 set. 2012.

7. MARZIALE, Maria Helena Palucci; RODRIGUES, Christiane Mariani. A produção científi-
ca sobre os acidentes de trabalho com material perfurocortante entre trabalhadores
de enfermagem. Revista Latino-Americana Enfermagem. Ribeirão Preto. v. 12, n. 4, p.
571-577, jul./agos., 2002. Disponível em:  <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v10n4/13370.
pdf>. Acesso em: 10 set 2012.

8. OLIVEIRA, Adriana Cristina; GONÇALVES, Jacqueline de Almeida. Acidente ocupacio-
nal por material perfurocortante entre profissionais de saúde de um Centro Cirúrgi-
co. Revista Escola Enfermage USP. São Paulo, v. 44, n. 2, p. 482-487, 2010. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v44n2/34.pdf>. Acesso em: 19 set. 2012.

9. OLIVEIRA, Marcia Moreira de.  Alterações Psicofisiológicas dos Trabalhadores de
Enfermagem no Serviço Noturno. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Programa
de Pós Graduação da Escola de Enfermagem Ana Nery. Universidade Federal do Rio
de Janeiro. Rio de Janeiro, 128 f., 2005. Disponível em:  <http://teses.ufrj.br/EEAN_M/
MarciaMoreiraDeOliveira.pdf>. Acesso em: 10 set. 2012.

10. ROBAZZI, Maria Lúcia do Carmo Cruz; MARZIALE, Maria Helena Palucci. A norma re-
gulamentadora 32 e suas implicações sobre os trabalhadores de enfermagem. Revista
Latino-Americana Enfermagem.  Ribeirão Preto,  v. 12,  n. 5, p. 834-836, out., 2004. Dispo-
nível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v12n5/v12n5a19.pdf>. Acesso em: 13 set. 2012.

11. SANTOS, Kleber dos; MARTENDAL, Luana.  Coping e Adoecimento Cardíaco em um Tra-
balhador da Saúde.Psicol. Argum. Curitiba, n. 26, v. 55, p. 281-292, out./dez., 2008. Dis-

Vânia Machado  201

ponível em: <http://www2.pucpr.br/reol/index.php/PA?dd1=2524&dd99=view>. Acesso
em: 15 set. 2012
12. SOUZA, Adenícia Custódia Silva; et al. Conhecimento dos graduandos de enfermagem
sobre equipamentos de proteção individual: a contribuição das instituições formado-
ras. Revista Eletrônica de Enfermagem.Goiânia, v. 10, n. 2, p. 428-437, 2008. Disponível
em: <http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n2/v10n2a14.htm>. Acesso em: 09 set. 2012.

MARIANA FREITAS

Makeup to Wake Up

Qual mulher não gostaria de despertar pela manhã sem aque-
la “carinha” de quem acabou de acordar? Qual mulher não gos-
taria de estar sempre pronta, seja para ir à padaria, à academia,
ao supermercado, buscar as crianças na escola, ir ao trabalho e
chegar ao final do dia com batom, sobrancelhas e delineado nos
olhos impecáveis, pronta para um happy hour ou mesmo para
deitar linda da mesma maneira como acordou?

Nós, micropigmentadores, profissionais da beleza, temos nas
mãos esse poder, o poder de trazer facilidade para o dia a dia das
nossas clientes, o poder de elevar a autoestima, o poder de devol-
ver a vontade de uma mulher de se olhar no espelho e se sentir
feliz com o que vê. Temos em nossas mãos o poder do embele-
zamento e do empoderamento feminino. Você sabe vender essa
ideia para a sua cliente?

Temos no rosto três pontos de extrema importância e que po-
demos valorizar com a micropigmentação:

ƒ lábios;
ƒ olhos;
ƒ sobrancelhas.

Muitas profissionais ficam focadas apenas nas sobrancelhas,
mas precisamos ter em mente que podemos ir muito além. Pode-

Mariana Freitas  203

FIGURA 1

mos oferecer uma maquiagem completa FIGURA 2
como uma forma de rejuvenescimento e
praticidade, com adesão das clientes de trazem sensação de poder, autoconfian-
praticamente 100%. O medo da maioria ça, ou seja, um olhar sempre descansado.
das mulheres é de ser uma maquiagem
pesada e de não “combinar” com o dia Lábios corados, avermelhados ou rosa-
a dia, mas, se você trabalhar com cores dos, sem bordas muito definidas nos trans-
suaves e sem exagero, você atingirá não mitem sensação de saúde e jovialidade.
somente sua cliente, mas uma grande
parte do ciclo de relacionamento que Seguem três exemplos de mulheres
ela tiver. que possuem micropigmentação em
sobrancelhas, olhos e lábios, utilizando
Quando temos a oportunidade de tra- apenas base e blush.
balhar com os três procedimentos numa
mesma cliente, devemos nos preocupar
com a harmonia das formas e das cores
que vamos implantar naquela pele. Além
disso, precisamos usar o visagismo para
garantir que a harmonização de cores e
formas combine também com a persona-
lidade da pessoa e com a imagem que ela
deseja transmitir (Figira 2).

Sobrancelhas bem desenhadas e com
design adequado, levemente arqueadas e
sem marcação frontal permitem um olhar
marcante sem exagero. Um olhar alegre!

Olhos levemente esfumados, com de-
lineado mais marcado próximo à raiz de
cílios, permitem um olhar mais profundo,

204  Makeup to Wake Up

FIGURA 3

Você sabia que podemos fazer os três lábios, ao final dos procedimentos, eles
procedimentos em uma única sessão? já estarão praticamente desinchados.

Geralmente, dou início ao trio da “ma- No microlabial, utilizo agulhas de 1,
keup to wake up” pelo procedimento de 3 e 5 pontas e de movimentos variados,
micropigmentação labial que conside- como pêndulo, varredura, linha riscada,
ro o mais trabalhoso, mais demorado e arraste e um movimento que nomeei de
mais doloroso. A região da mucosa dos “asterisco” (varredura e diversas direções
lábios também é o local onde geralmente diferentes).
ocorre maior edema. Começando pelos

FIGURA 4  Nuance art lips logo após procedimento, técnica suave e sem muito edema.

Mariana Freitas  205

FIGURA 5  Lábios cicatrizados e saudáveis com cores suaves.

O segundo passo para a execução des- demos deixar nenhum dos locais muito
sa maquiagem são as sobrancelhas. evidentes, mantendo sempre a harmonia
entre eles, pois a intenção é proporcionar
Não importa a técnica escolhida, som- uma maquiagem para o dia a dia, bonita,
breadas, só fios ou técnica mesclada de fios suave e natural.
e sombra, o importante é deixar o par de
sobrancelhas bem desenhadas e suaves. Para as sobrancelhas utilizo sempre agu-
lhas de uma ponta e de extrema precisão.
A frente das sobrancelhas é um ponto No desenho, teremos fios finos, em movi-
de extrema importância, nada de formas mento e/ou sombras suaves e delicadas,
retas e cores fortes. Devemos nos preo- sem bordas superiores muito marcadas.
cupar sempre em deixá-las muito suaves
e discretas. Lembrando que para o trio Por último, trabalhamos com o de-
de maquiagem semipermanente não po- lineado de olhos. O procedimento nos

FIGURA 6

206  Makeup to Wake Up

FIGURA 6  (continuação)

olhos é o mais delicado e precisamos da dela. Dessa forma, podemos escolher o
tranquilidade da cliente. Quando che- melhor desenho e técnica de implante. Em
gamos nessa área, é importante que a um olho muito raso e com um pequeno
cliente esteja bem anestesiada. Para que espaço entre as pálpebras, não temos mui-
isso ocorra, utilizo o anestésico durante to espaço para trabalhar o sombreamento.
todo o procedimento e vou reaplicando Por outro lado, quando temos um côncavo
enquanto faço lábios e sobrancelhas. maior, podemos alongar o sombreamento
e dar um efeito de profundidade.
Com o objetivo de termos um olho
delicado, trabalho com efeitos de som- Em peles maduras e com muita elas-
breamento resultando em um delineado ticidade, as técnicas de sombreamento
leve e delicado. não são indicadas. Nesses casos, traba-
lhamos com delineados mais finos próxi-
É muito importante analisar a quali- mos à linha dos cílios.
dade da pele da cliente e o tipo de olho

FIGURA 7

Mariana Freitas  207

FIGURA 7  (continuação)

Para implantar o pigmento nos olhos, quantidade de pigmento (partes mais es-
utilizo agulhas de baixo calibre, uma curas) e movimentos rápidos (pêndulo)
ponta nano ou três pontas micro com para sombras leves.
movimentos lentos para áreas de maior

SANDRA ROCHA

Técnicas Inovadoras de
Implante de Pigmentos na Pele

Epiderme Camada córnea (queratinizada)
Derme Terminação nervosa livre
Glândula sudorípara

Hipoderme Tecido subcutâneo (adiposo)
Fonte: Dermatologia pediatrica, editora dos editores

Alguns tópicos para realizar uma micropigmentação de qua-
lidade:

pele    tipo    idade    resposta da pele ao trauma e pigmento;
técnica    movimento    agulha;
clima: calor (exposição ao sol), frio, umidade.

Sandra Rocha  209

4 FLAT
5 SHADER

A Técnica A Cor

Sabemos que o resultado final é verda- Para as agulhas de conforto, é impor-
deiramente importante, por isso são uti- tante escolher sempre um tom a mais da
lizadas técnicas inovadoras com agulhas cliente.
de conforto rápidas, que agridem menos
a pele fazendo com que o processo infla- A Cura
matório diminua automaticamente, assim
a resposta do implante é excelente. Após 30 dias de procedimento, você
encontra resultados de cura igual aos de
agulhas de poucas pontas, com o confor-
to muito maior.

TALK SHOW

NAYARAH ALMEIDA FERNANDA GONÇALVES
JOAQUIM ALMEIDA Dermopigmentadora
Dermopigmentadores

NAYARAH ALMEIDA
JOAQUIM ALMEIDA

Sobrancelhas

“Ter paixão pelo que faz é se tornar
amante de seus resultados”
Nayarah Almeida

Desde o início da minha carreira como artista de micropig-
mentação, aprendi com minha mentora e amada esposa que para
termos resultados extraordinários precisamos nos envolver inti-
mamente com nossa obra de arte.

Todos sabemos que fios realistas e finos, bem implantados
com o menor trauma na pele, harmonia, caimento, encaixe perfei-
to e a maior simetria possível entre eles, muitas vezes, é a maior
preocupação entre boa parte dos profissionais. Acredito sim que
o estudo constante da fisiologia da pele, a evolução das máquinas
e o resultado esperado de diferentes tipos de agulha, o treino da
habilidade motora de cada pessoa para ter precisão, pressão e
velocidade ideais na fixação desses fios devem ser considerados
e são IMPORTANTES. Contudo, para nós existem outros dois fa-
tores que consideramos até mais importantes do que a técnica de
fios realistas. Um deles é a cor/aspecto.

O estudo correto sobre a cor e a mistura de cores usadas para
cada tipo de pele correspondente à cor do pelo das sobrancelhas,
visando ao equilíbrio não somente imediato mais sim a médio e
longo prazos, são muito importantes.

212  Sobrancelhas

Entretanto, ao analisarmos vários ca- Para isso, usamos o seguinte critério
sos/trabalhos de outros colegas que che- de importância para a execução de nos-
gavam em nosso estúdio, observamos sos trabalhos em sobrancelhas:
sobrancelhas com fios bem implantados e
simétricos, mas com uma coloração ruim Investimos cerca de 50% do tempo
ou um com coloração boa, contudo com do procedimento na projeção do dese-
graves problemas de assimetria. Com nho perfeito, levando em consideração o
esses dados, chegamos à conclusão, já gosto da cliente, seus traços geométricos
conhecida mas pouco explorada, de que faciais e a mensagem que ela quer passar
quando se deseja sobrancelhas bonitas e/ de sua personalidade por meio do forma-
ou realistas o design e a simetria delas são to de suas sobrancelhas.
extremamente importantes.
Sempre começamos desenhando um
O desenho correto, harmônico e, prin- lado das sobrancelhas, pois “é importante
cipalmente, simétrico tem o papel mais lembrar que a aprovação e confirmação
importante na composição das sobran- desse desenho devem ser feitas com a
celhas, pois pode definir o sucesso ou o cliente sentada ou em pé para que a mus-
fracasso total de todo o procedimento. culatura do rosto não esteja relaxada”.

Muito Importantes
importante técnicas

cor fios/sombra

Extremamente
importante

desenho/simetria

FIGURA 1

Nayarah Almeida e Joaquim Almeida   213

Após a aprovação de um lado da so-
brancelha, usamos nossa exclusiva técnica
de medição para replicar todas as coorde-
nadas no outro lado, fazendo com que
elas fiquem milimetricamente simétricas.

Em 2017, em uma feira em São Paulo,
tivemos a comprovação científica da per-
feição de nosso método quando uma de
nossas clientes teve suas sobrancelhas ana-
lisadas pelo revolucionário software Bafa
(Bio Arquitetura Facial Avançada), desen-
volvido pela querida Vânia Machado.

A escolha da cor está diretamente re-
lacionada ao tom do pelo de cada clien-
te, pois o equilíbrio e a neutralização da
composição do pigmentado será levado
em consideração.

Para nós, a definição da técnica será
baseada considerando o tipo e as caracte-
rísticas de pele para um resultado bonito
a curto, médio e longo prazo.

214  Sobrancelhas

Resultado da técnica new face
de fios realistas e soft shadow
Sr. e Sra. Almeida.

FERNANDA GONÇALVES

A Evolução da
Blefaropigmentação

Por mais que nem sempre prestamos a devida atenção às
nossas pálpebras, elas desempenham funções de extrema impor-
tância para os olhos, como proporcionar harmonia para o rosto,
evitar que a superfície frontal do globo ocular seque, proteger
dos efeitos negativos do ambiente, manter a umidade e brilho
da córnea, umedecer constantemente a conjuntiva, além de ser
uma poderosa arma de sedução, pois o contato com outra pessoa
começa a partir dos olhos.

Quando, Onde, Como e Por Que Surgiu a Ideia
de Maquiar as Pálpebras?

Tudo começou no Egito, com um propósito bem diferente do
de hoje: homens e mulheres do Egito antigo preenchiam as pál-
pebras com uma pasta chamada Kohl, feita do mineral Malaquita
misturada a carvão, cinzas e outros minerais.

Mostro, por exemplo, o papiro ao lado, que adquiri em uma
das vezes que estive no Egito. Com ele pude comprovar de perto
o quanto nessa época e, até hoje, as mulheres adoravam marcar o
olhar; na imagem está Faraó Tutancâmon, há 3 milênios a.C., com

216  A Evolução da Blefaropigmentação

seus olhos extremamente marcados pelo maquiagem marcante, com olhos deli-
Kohl, eles acreditavam na época que a ma- neados de preto e coloridos por sombras
quiagem na pálpebra protegeria os olhos em tons de azul turquesa e dourado, ain-
de “espíritos malignos”, por entender que da é referência para a micropigmentação
eles eram a “janela da alma”. A pasta con- decorativa usada nos dias de hoje para
tinha ativos medicinais que curavam al- mulheres ousadas.
gumas doenças e protegia-os da areia do
deserto e de seus componentes.

FIGURA 2

FIGURA 1 O que é Blefaropigmentação?

É impossível lembrar da história do É a arte de micropigmentar a margem
Egito sem mencionar a rainha mais que- palpebral ou dos supercílios com o obje-
rida dos arredores do rio Nilo, que re- tivo de simplificar o uso da maquiagem
presentou muito bem o ideal de beleza diária, de caráter semipermanente.
daquela época. Ela imortalizou seu deli-
neado “gatinho” maquiando seus olhos A técnica da implantação de pigmen-
com carvão vegetal e óleo mineral. to é derivada da tatuagem e, em nosso
meio, realizada principalmente em clíni-
Cleópatra é considerada até hoje um ca de estética ou estúdio de tatuagem. A
ícone feminino por ser uma das mulhe- região palpebral é uma área de delicado
res mais fascinantes da história. Sua manuseio em razão da proximidade do
globo ocular e por ser a pele mais fina
do nosso corpo. Impõe-se, portanto, a
necessidade de conhecimento anatômi-

Fernanda Gonçalves  217

co-funcional do olho e dos anexos para conferindo um olhar pronunciado e ines-
a execução da blefaropigmentação, que quecível.
em realidade é um procedimento inva-
sivo, realizado inclusive sob anestesia. A técnica é diferente da básica (deli-
Torna-se necessária a avaliação por meio neadores e linha dos cílios), pois supõe
de uma ficha de anamnese para a inves- uma maquiagem adicional, uma vez que
tigação de qualquer processo inflamató- temos um leve efeito esfumado.
rio local, como meibomite e blefarite, e
o acompanhamento pós-procedimento Destaca-se por suas linhas suaves e
para prevenir possíveis complicações mudança de cor progressiva e gradien-
oculares. te, com um aparelho de alta tecnologia
e pigmento de alta qualidade. O artista
Do Tradicional ao Ousado e a deve ter a habilidade de uma mão firme
Beleza das Diferenças e ao mesmo tempo leve como o pincelar
em uma tela.
A procura por micropigmentação nas
pálpebras está entre embelezamento es- FIGURA 3
tético, cobertura de cicatrizes e ajuste de
simetria. Estágios do Procedimento

Atualmente, seu uso possui várias ver- ƒ Preparação: antes de criar o desenho,
tentes e técnicas criadas por artistas do deve-se limpar qualquer oleosidade
mundo inteiro, que vão desde um traço com antisséptico, com a finalidade
fino na linha dos cílios até uma micropig- de obter uma pele sem nenhum resí-
mentação colorida e ousada, porém, to- duo, para melhor fixação do desenho
das com a mesma finalidade: embelezar e para que a mão não escorregue, e
de maneira estética o olhar e traduzir o confere-se qualquer possível assime-
aspecto emocional com o fim de exterio- tria dos olhos para o equilíbrio do de-
rizar o que a cliente gostaria de expressar
de forma não verbal.

Técnica Artistic Eyes

A micropigmentação que imita som-
bra nos olhos, normalmente, é escolhida
por um perfil de cliente que quer adicio-
nar alguma luminosidade na imagem.
Sombras e delineadores deixam os olhos
mais expressivos e criam um efeito reju-
venescedor e ligeiramente interessante,

218  A Evolução da Blefaropigmentação

senho. Deve-se traçar uma linha com de um procedimento da micropig-
kajal preto cobrindo todo o nascimen- mentação, faz-se necessário manter
to dos cílios, criar um leve esfumado seca pálpebras e cílios. A pele úmi-
e levá-lo em direção ao centro da pál- da pode fazer com que o anestésico
pebra. entre na cavidade conjuntiva e cause
uma queimadura química da córnea.
ƒ Analgesia: aplicar um anestésico
que tenha efeito sob a pele fechada ƒ Micropigmentação: o método con-
e aguardar uns 20 minutos, assim a siste em três etapas e somente uma
cliente sentirá apenas um leve des- agulha de três pontas linear, para exe-
conforto. Ao aplicar a anestesia, antes cução de efeitos diferentes:

1° etapa Water liner
2° etapa
3° etapa Ao posicionar a agulha a 45° haverá uma maior área pigmentada com média
profundidade; proporciona traços definidos, porém com baixo risco de ex-
pansão; movimento de pêndulo perpendicular para alta saturação.

Para trabalhar na área onde nascem os cílios, o artista deve ter a mão suave,
sem usar força, para não traumatizar, e causar bolhas de sangue, prologan-
do a inflamação pós-tratamento e aumentando o risco de manchas onde o
pigmento foi injetado. O artista deve conhecer esses efeitos e prestar aten-
ção neles durante seu trabalho. Fazer movimentos lentos, precisos, com ve-
locidade rápida 140 BPM.

Shadow

Deve-se posicionar a agulha a um ângulo de 90° em relação à pele para ter-
mos uma área pigmentada com baixa profundidade, pode-se proporcionar
mais falhas nos traços por estar muito próximo à superfície da pele, porém
com baixo risco de expansão. Ótimo posicionamento para obter o efeito
pixel, conferindo naturalidade e acabamento ao procedimento.

Nessa etapa, é de extrema importância a consistência dos traçados. Realize
movimentos cruzados para que não haja manchas e o procedimento fique
uniforme, faça movimentos rápidos de baixo para cima, de forma que haja
um leve esfumado na parte superior, para não obtermos uma linha e sim um
sombreado, usaremos uma velocidade do aparelho baixa de 90 BPM.

Pontilhismo

Posicionando a agulha a 90°, teremos menos área pigmentada com profundida-
de de invasão maior, proporcionando pontos definidos (maior risco de expan-
são caso a agulha permaneça na pele por um tempo maior que o necessário).

Nessa etapa, executam-se pontos unindo Water liner e Shadow. Para que
não vejamos a marcação no limite de cada técnica, os movimentos devem
ser rápidos.

Fernanda Gonçalves  219

Para se ter um bom resultado é im- O Que Fazer para Evitar a
portante: Migração do Pigmento?

ƒ trabalhar com precisão para não fazer Uso de anticoagulantes por parte da
sujeira; cliente; pigmentos de má qualidade que
apresentem riscos; nunca pigmentar a
ƒ esticar bem a pele e trabalhar com mucosa do olho (linha-d’agua); nunca
cuidado, próximo aos capilares, evi- pigmentar perto do canal lacrimal; nun-
tando inchaço excessivo; ca ligar o delineado superior ao inferior,
pois a pálpebra é delicada; não usar for-
ƒ aplicar um colírio com o PH da lágri- ça e sim leveza; se houver sangramento
ma, caso a tinta entre nos olhos du- durante o procedimento, o profissional
rante o procedimento, para acalmar estará aplicando o pigmento em uma ca-
os vasos da mucosa ocular. mada muito profunda e o risco de com-
plicações aumenta consideravelmente.
ƒ Pós-procedimento: cremes pós-pro-
cedimento de micropigmentação são “Não existe uma imposição sobre
ótimos para uma cicatrização úmida, a beleza, um modelo pelo qual possa-
ou seja, nem seca nem molhada, para mos definir um padrão, beleza é um
acelerar a angiogenese e termos o mí- sentimento, gosto é critério, micropig-
nimo de perda tecidual possível. mentação é ciência da arte e Deus é o
Divino, que me deu o dom de exteriori-
Quando a Blefaropigmentação zar o que queremos dizer de forma não
é Contraindicada? verbal, falar com as formas e cores no
seu rosto”
Em casos de doenças como conjunti-
vite, terçol e calázio, basalioma ou desco-
berta de um pequeno ferimento.

PALESTRANTES

MARCELA FARIAS ROBERTA PEIXOTO
Dermopigmentadora Dermopigmentadora

MARCELA FARIAS

Microneedling Marks

Tratamento e Micropigmentação
Corretiva na Pele

Resumo

Este artigo foi desenvolvido por meio de uma reflexão teórica,
que objetivou apresentar a técnica microneedling marks e suas
particularidades, atendo-se em descrever como ocorre o processo
de revitalização das estrias. Dessa forma, são discutidos alguns
conceitos importantes sobre a pele e, também, a patologia es-
trias que acomete em sua maioria mulheres. Além da trajetória
teórica da técnica microneedling marks, que surgiu a partir da
micropuntura, uma técnica que promove a estimulação da pele
com dermógrafo e com cosméticos, iniciando assim um processo
inflamatório e de micropigmentação de estrias. Considerando-se
que não há muitos estudos e revisão de literatura quanto aos tra-
tamentos de estrias, é de suma importância essa reflexão, para
melhor compreensão da recente estratégia estética, uma vez que
as estrias têm grande importância psicossocial para as mulheres.

Introdução

Na sociedade contemporânea, as pessoas estão cada vez mais
buscando estratégias de estética e beleza, em consequência não
somente dos padrões de beleza estipulados pela mídia, mas tam-

222  Microneedling Marks

bém para sentir-se melhor consigo mes- para estrias, sem ainda haver um con-
mas e viver com qualidade de vida. senso sobre sua utilização ou protocolar
o seu tratamento. Logo, entre as estraté-
Assim, cada vez mais os procedimen- gias no ramo da estética, tem-se aprimo-
tos estéticos têm sido procurados com rado os procedimentos que envolvem a
objetivos que vão desde a satisfação pes- micropuntura, micropigmentação e a téc-
soal a tratamentos patológicos. Todos os nica especializada microneedling marks.
dias são criados novos protocolos, novos
aparelhos e instrumentos estéticos, no- Este artigo objetiva apresentar a técnica
vas formulações cosméticas e cosmecêu- microneedling marks e suas particularida-
ticas, todas com um só intuito: manter a des, atendo-se em descrever como ocorre o
pele jovem e livre de imperfeições. processo de revitalização das estrias.

As estrias cutâneas são uma forma de Compreendendo
cicatriz extremamente comum e terapeu- Melhor a Técnica
ticamente desafiadora em razão de sua
prevalência e permanência. Atualmente, A técnica Microneedling marks foi
as estrias têm grande importância social, desenvolvida por meio da micropuntura
pelas suas consequências estéticas, pois que basea-se no conceito de bioestímulo,
representam um forte impacto psicológi- um mecanismo inteligente, responsável
co, e os indivíduos procuram a prevenção por comandar o organismo e responder
ou uma intervenção adequada que per- aos diversos estímulos.
mita a redução da sua expressão.
A micropuntura é uma técnica que
Nesse sentido, as estrias são cicatrizes promove a estimulação da pele com der-
lineares visíveis que se dispõem paralela- mógrafo e com cosméticos, iniciando as-
mente umas às outras, raras ou numerosas, sim um processo inflamatório.
causando um desequilíbrio elástico locali-
zado. São consideradas uma atrofia da pele Assim, a micropuntura além da região
que surge em razão do rompimento das facial, pode ser empregada no tratamen-
fibras elásticas localizadas na derme. to de cicatrizes de qualquer origem, sen-
do capaz de regenerar o tecido de forma
As estrias são ditas atróficas por suas completa desde a matriz celular, estimu-
características, e a atrofia é a diminuição lar a pigmentação natural (melanina),
de espessura da pele em razão da redu- reduzir fibroses, atrofias e hipertrofias
ção do número e volume de seus elemen- cutâneas.
tos. São frequentemente observadas em
indivíduos obesos, durante a gravidez, A referida técnica é capaz de redu-
em pacientes que fizeram uso prolonga- zir as estrias, reduzir rugas e marcas de
do de corticoides, distúrbios nutricionais, expressões e relaxamento de cicatrizes,
infecções agudas ou outras condições. tudo com um único aparelho (dermógra-
fo) e com produtos especificamente sele-
Considerando-se que são referidos na cionados para obter maior resultado em
literatura poucos métodos de tratamento

Marcela Farias  223

um curto tempo. Com esse tratamento primeira camada da derme (logo abaixo
realizado de forma correta e com os pro- da epiderme, que é a região mais super-
dutos certos, é possível curar as estrias, ficial da pele). Os pigmentos são à base
para depois fazer uma pigmentação para de glicerina, cuja molécula é grande e não
retirar o brilho da pele. passa para as camadas mais profundas da
pele. Cada região da pele exige um tipo e
Destaca-se que a pele é composta de uma quantidade de perfuração específica
duas camadas principais, epiderme e der- para chegar ao resultado satisfatório.
me, as quais são repletas de receptores sen-
sitivos que enviam mensagens diretas ao A partir da micropuntura e da micro-
cérebro. Nesse sentido, a epiderme, cama- pigmentação, desenvolveu-se a técnica
da mais superficial da pele, é responsável microneedling marks, que se diferencia
pela proteção mecânica e renovação das das outras técnicas descritas anteriormen-
células. Sua subcamada mais externa, o ex- te, por ser aprimorada e considerar um
trato córneo, é formado por células mortas, período de tempo necessário para o trato,
o qual deve ser afinado antes do procedi- revitalização e pigmentação da pele. Tam-
mento, permitindo maior permeação dos bém por não ser tão incisiva e trabalhar
princípios ativos e menor resistência à agu- nas camadas mais superficiais da pele, di-
lha, para que a derme seja atingida. ferente da camuflagem (tatuagem) em es-
trias que atinge camadas mais profundas.
Associado à importância do trato/pre-
paro da pele, tem-se o cérebro, que é o Logo, opõe-se aos tratamentos que
órgão alvo do corpo, pois nele os estímu- prometem o imediatismo nos resultados,
los serão decodificados e por meio dele porque a pele precisa desse tempo para
a reação será desencadeada na pele. O processar do inflamatório para a revita-
segredo está em como enviar o comando lização. Assim, entra em questão a res-
de forma correta ao cérebro, para que ele ponsabilidade estética: não ultrapassar
responda com uma resposta eficaz. As- fases, nem etapas, buscando resultados
sim, a interação entre agulhas e recepto- imediatos e trazendo consequências aos
res sensitivos é imediata, pois, na medida clientes ou um resultado indesejado ou
em que, as células são acionadas, o cére- ainda de curta duração.
bro recebe o estímulo e logo envia uma
resposta: o processo inflamatório. A microneedling marks em estrias
consiste inicialmente na ativação do co-
As lesões provocadas nos tecidos lágeno e da elastina por meio de um der-
epidérmico e dérmico começam a ser mógrafo (em velocidade baixa) e um kit
reparadas em razão da ação do sistema de produtos adequados e testados para
imunológico. obter melhores resultados. Com esse
procedimento, conseguem-se eliminar,
Já a “micropigmentação” consiste es- na maioria dos casos, os sulcos faciais.
pecificamente na aplicação de pigmentos
inorgânicos e hipoalérgicos na pele, visan- Por meio da interação entre agulha
do definir os traços e contornos femininos. e receptores sensitivos, as células são
Nesse contexto, o pigmento é aplicado na acionadas, o cérebro recebe o estímulo e

224  Microneedling Marks

começa o processo inflamatório. Conse- A importância da utilização correta
quentemente, as células de defesa viajam das agulhas em cada tipo de imperfei-
pelo sangue até o local da lesão, atraídas ção, os princípios ativos e os cuidados
pelos agentes químicos externos, onde os pré e pós-procedimento são cruciais para
leucócitos promovem a limpeza do local, a positividade dos resultados. Após se-
ao mesmo tempo que o fluxo sanguíneo rem feitas as sessões de tratamento da
torna-se lento para que a maior concen- recuperação da pele e o tônus da pele na-
tração de células de defesa e reparo se turalmente voltar, finaliza-se com a pig-
fixem na lesão. mentação nas estrias.

Enquanto isso, o organismo desenca- Em relação ao pigmento, deve-se usar
deia o processo de proliferação dos va- sempre do tom da pele do paciente, uma
sos sanguíneos capilares para que uma vez que esse pigmento tem como objeti-
quantidade maior de sangue e nutrientes vo tirar o aspecto de brilho nas estrias,
esteja à disposição das células envolvidas suavizando ainda mais a aparência delas.
na regeneração e proliferação dos fibro-
blastos na derme, de forma que a síntese A agulha a ser usada na micropigmen-
de colágeno e elastina seja reestabeleci- tação em estrias deve ser de três pontas,
da, dando continuidade ao processo de entretanto, há casos em que não é neces-
reparação e regeneração da pele. sário pigmentar, pois só com o tratamen-
to já são perceptíveis ótimos resultados.
Isso pode ser explicado porque a le- Cada sessão deverá ser feita com o inter-
são provocada acompanhada com os fa- valo de 30 dias.
tores de crescimento estimula a síntese
de colágeno e elastina, reconstruindo as Em sequência, pode-se observar nas
fibras rompidas. Figuras 1 e 2 alguns dos efeitos da técni-
ca Microneedling Marks em estrias.

FIGURA 1  Estrias em região abdominal antes da técnica Microneedling Marks (1). Estrias da
região abdominal após duas sessões com a técnica Microneedling Marks (2).

Fonte: A autora (2018).

Marcela Farias  225

FIGURA 2  Estrias em região abdominal antes da técnica Microneedling Marks (1). Estrias da
região abdominal após duas sessões com a técnica Microneedling Marks (2).

Fonte: A autora (2018).

Pode-se observar nas Figuras 1 e 2, na Considerações Finais
região abdominal antes da técnica, a pele
com aspecto “rasgado” e profundo com Nesse artigo apresentou-se a técnica
fibras rompidas, enquanto, após duas Microneedling Marks e suas particulari-
sessões, nota-se a pele lisa, sem aspecto dades, atendo-se na explicação do pro-
profundo e fibras rompidas mais sutis/ cesso de revitalização de estrias, com
atenuadas. base em uma reflexão teórica em artigos
já publicados e mais especificamente
Em um estudo realizado por Cosme no material desenvolvido para o curso
(2015), em 15 mulheres, foi analisada a avançado de Microneedling Marks: tra-
eficácia da micropuntura no tratamento tamento, revitalização e pigmentação de
de estrias abdominais, em que os resul- estrias, cicatrizes e marcas de expressão.
tados descritos demonstraram ser uma
técnica eficaz no tratamento de estrias, Embora se tenha discutido especifica-
com a redução do seu tamanho, em milí- mente quanto ao tratamento de estrias
metros, proporcionando assim uma me- abdominais, a técnica em estudo pode
lhora no quadro dessa disfunção. ser aplicada em estrias de outras regiões
do corpo, marcas de expressão, rugas, ci-
Após estudo teórico e práticas, traba- catrizes e vitiligo.
lhando-se entre micropuntura e micro-
pigmentação, buscou-se aprimorar o uso Enfim, a aplicação da técnica Micro-
do dermógrafo, dos ativos e da pigmen- needling Marks promove uma melhora
tação, assim, o resultado foi a criação da significativa em razão do processo in-
técnica Microneedling Marks. flamatório estimulado, sobretudo pelo

226  Microneedling Marks

dermógrafo e consequentemente na re- lidades da pele da cliente, para alcançar
generação da pele, sempre se atendo na o resultado mais condizente com suas
responsabilidade estética, nas individua- expectativas no tratamento.

Referências

1. ALBANO, R.P.S.; PEREIRA,L.P.; ASSIS, I.B; Microagulhamento – a terapia que induz a
produção de colágeno: Revisão de Literatura. Revista Saúde em Foco – Edição nº 10 –
Ano: 2018.

2. LOPES, I. F. Estrias cutâneas: processo | estratégias para prevenir e retardar o apareci-
mento. Mestrado integrado em ciências farmacêuticas. Instituto Superior de Ciências
da Saúde Egas Moniz. Novembro, 2017.

3. GALDINO, A. P.; DIAS, K. M. Análise comparativa do efeito da corrente microgalvânica:
estudo de caso no tratamento das estrias atróficas. Revista eletrônica “Saúde CESUC”.
Nº01. 2010.

4. GUIRRO, E. C.O; GUIRRO, R.R.J. Fisioterapia dermato – funcional: fundamentos, recur-
sos, patologias. 3 ed. Barueri, 2004.

5. SILVA, katia F.; REIS, Yara P. B. Micropuntura: efeitos benéficos em tratamento de es-
trias. Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS/MG e discente do Curso de Pós-Gra-
duação em Estética e Saúde pelo UNIS/MG, 2017.

6. FARIAS, M. Microneedling Marks: tratamento, revitalização e pigmentação de estrias,
cicatrizes e marcas de expressão. Curso Avançado. (Apostila) 2018.

7. COSME, L. V. Micropuntura com fatores de crescimento no tratamento de estrias abdo-
minais: um estudo experimental acerca da biomedicina estética. Centro Universitário
de Brasília – UNICEUB. Brasília: Faculdade de Ciências da Educação e Saúde – FACES,
2015.

ROBERTA PEIXOTO

Novas Tendências para o Mercado
no Ensino da Micropigmentação

Estamos vivendo uma nova era na educação. Em diversos seg-
mentos, a forma de aprender está sendo transformada pela tecno-
logia. A principal mudança está na maneira de ensinar, conectada
com modernas ferramentas e processos interativos. Nestes novos
modelos de ensino, o aprendizado é contínuo e a tecnologia será
cada vez mais uma aliada.

Você com certeza já se deparou com a palavra “inovação”. Mas
o que ela realmente significa e como aplicá-la no segmento da
micropigmentação? Ao contrário do que muitos possam imagi-
nar, inovar não significa, necessariamente, criar algo novo, mas
sim uma forma diferenciada de pensarmos para atingirmos um
resultado.

Há mais de 10 anos no mercado, a Roberta Peixoto Academy
é uma das principais escolas de micropigmentação do Brasil e
do mundo, contando com mais de 2 mil profissionais treinados.
Localizada em Londrina-PR, a escola possui uma estrutura moder-
na e equipada com os melhores equipamentos e tecnologia, para
proporcionar qualificação e formação de qualidade no segmento.
A academia oferece formação completa em diversas áreas: design
de sobrancelhas, maquiagem profissional e micropigmentação de
sobrancelhas, olhos, lábios e paramédica. Uma das premissas em
2019 para a Roberta Peixoto Academy é utilizar algumas inova-
ções educacionais para um novo projeto, com foco na aprendiza-

228  Novas Tendências para o Mercado no Ensino da Micropigmentação

gem e competências individuais de cada que podem ser aplicados em diferentes
profissional, prezando pela mesma exce- espaços e linguagens. Ensinar e aprender
lência adquirida pelo ensino presencial. não são papéis fixos associados a edu-
cadores e estudantes, respectivamente,
O segmento de micropigmentação mas uma simbiose de compromissos, en-
era desconhecido por grande parte da riquecendo o conteúdo de ambos. Ainda
população brasileira até poucos anos. pouco explorado no Brasil e no mercado
Mas, com o aumento da demanda por da micropigmentação, por conta da nos-
procedimentos permanentes, muitos sa cultura tradicional, a educação híbrida
profissionais da área da beleza, como trabalha com o modelo de sala de aula
maquiadores, esteticistas e designers invertida, que consiste, como o nome já
de sobrancelhas, migraram para a mi- diz, em inverter a ordem de uma sala de
cropigmentação, tornando o mercado aula. Nesse processo, o aluno aprende
mais competitivo e exigindo métodos de antes mesmo de entrar em contato com
aprendizagem mais qualificados. o professor, podendo consumir novos
conteúdos de forma autônoma (e onde
A capacitação precisa moldar-se aos quiser), enquanto utiliza a sala de aula
novos hábitos e demandas. Para um pro- como um espaço para fixação de conhe-
fissional de micropigmentação, princi- cimento. Esse modelo estimula o cresci-
palmente para o que já está inserido no mento pessoal e aumenta o rendimento,
mercado, deslocar-se para uma outra ci- e é uma grande aposta da Roberta Peixo-
dade, ou país, para garantir atualização to Academy para a inovação educacional
do seu mercado é, muitas vezes, uma no mercado de micropigmentação, pois
barreira. Em outros segmentos, o ensino une as melhores práticas do ensino pre-
a distância (EAD) é uma solução apre- sencial com o EAD.
sentada em muitas instituições, e vem
apresentando crescimento ano após ano. Ambos os modelos, EAD e ensino
A expansão da internet, assim como fa- híbrido, serão abordados no novo pro-
tores econômicos e a familiarização das jeto de educação da Roberta Peixoto
pessoas com o universo on-line, auxiliou Academy. Uma vez que o aluno tem
na amplificação desse processo de ensi- mais liberdade para escolher a forma de
no. Outra questão importante relaciona- aprendizagem que mais se identifica e
da ao crescimento do EAD no Brasil é a funciona para si, seja ela on-line, presen-
flexibilidade e comodidade que o aluno cial ou híbrida, haverá uma maior efetivi-
encontra, um vez em que ele é colocado dade na absorção do conhecimento com
como protagonista do seu próprio apren- conteúdo de valor.
dizado, podendo dedicar o seu momento
de estudo quando e onde desejar. Pensando nessa nova forma de con-
sumir conteúdo, a Roberta Peixoto
Uma outra mudança no meio educa- Academy lançará em 2019 uma nova
cional é o ensino híbrido, que tem uma plataforma de aprendizagem on-line e hí-
abordagem presencial e remota, uma brida que atenderá às novas demandas
mistura de conceitos de aprendizagem

Roberta Peixoto  229

e necessidades do mercado, por meio de tação. A percepção de cores, simetria,
um processo de aprendizado contínuo e espaço, sombra e luz proporciona ao
métodos modernos de transmitir conhe- profissional melhor desenvolvimento da
cimento. técnica e evolução na carreira. Para apli-
car os conceitos de desenho e associar
A inovação educacional é um dos ao ensino, a Roberta Peixoto Academy
princípios para a elaboração desse novo foi pioneira no mundo, como a primei-
projeto da Roberta Peixoto Academy. Ao ra academia de ensino a implementar
longo dos anos, a escola recebeu diversos um espaço de arte integrado ao ensino
alunos brasileiros e estrangeiros. São alu- de micropigmentação. Todos os cursos
nos de mais de 15 países, principalmen- possuem práticas e exercícios de arte e
te de língua nativa espanhola e inglesa. desenho que contribuem para o melhor
Para oferecer a todos a possibilidade de desenvolvimento do profissional, o que
um ensino de qualidade, a plataforma favorece o método de aprendizagem e
on-line e híbrida contará com videoaulas garante melhores resultados.
em três línguas: português, inglês e es-
panhol. Todas ministradas pela própria Pensar em processos de inovação na
Roberta, com tutoria e assistência nos educação pode parecer algo distante,
três idiomas, tornando a Roberta Peixoto mas é uma realidade presente e em cons-
Academy pioneira no ensino a distância tante evolução. A adaptação para esses
de micropigmentação nesse quesito. novos modelos de aprendizagem mostra
a atenção às mudanças de comporta-
A metodologia implantada nesse mento de indivíduos e sua coletividade,
novo projeto comunicará conteúdos es- e reconhece que a transformação educa-
pecíficos para que o aluno tenha acesso cional é emergente e contínua.
às principais competências que um pro-
fissional da área necessita. Isso inclui A Roberta Peixoto Academy vem cons-
videoaulas e também exercícios que va- truindo ao longo dos anos uma presença
lidarão o compreendimento do aluno em no universo da micropigmentação, sendo
determinado módulo, com o auxílio de referência para diversos alunos e profis-
tutoria e feedback individual. sionais da área. Além da constante atuali-
zação das técnicas de micropigmentação,
Esse novo formato de ensino incluirá a escola também preza pela experiência
também outra inovação já implemen- de ensino e aprendizagem de seus alunos
tada na Roberta Peixoto Academy em e atua fortemente na inovação do proces-
2018. Há uma percepção bem funda- so de ensino para transformar vidas por
mentada de que a arte tem uma forte meio do conhecimento.
relação com o trabalho de micropigmen-