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Um papo honesto e bem humorado sobre os primeiros anos de maternidade.

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Published by Camila Santos, 2015-07-30 10:19:11

Tudo Sobre Minha Mãe

Um papo honesto e bem humorado sobre os primeiros anos de maternidade.

Keywords: maternidade,vida fora do brasil,mãe de primeira viagem,mães

Cartas para Maria

Maria, 5 anos
Gael, 2 anos

Minha filha Maria completa 5 anos hoje. Todos os anos,
desde seu primeiro aniversário, escrevo uma carta para
ela em 19 de janeiro. Conto um pouco de como foi o
ano que passou, de como ela é, das coisas que estão
acontecendo na sua vida e na nossa família.

Quero continuar escrevendo até ela ter 18 anos e, em
algum momento, quando ela for adulta, dar as cartas
impressas de presente. Uma espécie de registro da sua
infância e adolescência, escrito pela pessoa que a gerou,
a pariu e cuidou dela até completar a maioridade.

Não sei direito como foi que tive essa ideia. Acho que
quando a Maria completou 1 ano eu estava tão feliz, tão
orgulhosa dela e de mim mesma, que precisava
extravasar a emoção.

Além do mais, sinto falta de saber mais sobre a minha
infância. Nossa geração não teve essa coisa de mil fotos
digitais que documentam tudo, e eu, particularmente,
não tenho muitas memórias na cabeça. Sempre fico
pensando na minha infância, principalmente agora, que
vivo a dos meus filhos.

Nunca me preocupei muito em escrever bonito nas

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cartas. Escrevo o que vem no meu coração naquele
momento e o que me lembro do ano que passou.
Lógico que é impossível resumir um ano inteiro de um
filho numa carta, então coloco o que ainda está fresco
na minha cabeça e o que foi de fato muito relevante
naquele período. No ano que o meu caçula nasceu, por
exemplo, escrevi sobre como a Maria recebeu o irmão,
do quanto ela amadureceu rápido e assumiu seu novo
papel na família.

Há cartas em que escolhi contar alguma história do
cotidiano ou uma gracinha que ela fez ou disse. É só
uma no meio de mil outras, mas ajuda a ilustrar a fase.

Na carta de 4 anos há um trecho em que falo da relação
de amizade dela com a prima e sobre a imaginação
incrível que as crianças têm nessa idade. Contei que
uma vez peguei ela e a Nina brincando de Barbie, cada
uma com sua boneca, mas sem o Ken para
desempenhar a figura masculina. Na falta dele, cada
uma pegou uma panelinha para fingir de príncipe. Era
tão engraçado! Não tem príncipe, sem problemas, tem
panelinha. “Vem, príncipe, vamos dançar”, e lá estava a
Barbie de cada uma abraçada a uma panelinha. E as
duas priminhas juntas na maior viagem fantástica.

Acredito que na infância podemos encontrar muito da
nossa essência como pessoas. É uma época na qual
ainda não agimos tão pressionados pelas expectativas
dos outros, e durante um bom tempo somos o que

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somos. Espero que, por meio das cartas, a Maria possa,
no futuro, revisitar com mais facilidade esse lugar que
contém tanta informação importante sobre quem ela é.

Existem tantos momentos na nossa vida adulta em que
a gente sai do trilho e é tão fácil esquecer o que existe
mesmo dentro de nós... Imagine que bacana, em um
momento de muita solidão, ler alguma coisa do tipo
“Você é muito querida na escola”. Ou, numa crise
profissional, quando você está prestes a chutar o pau da
barraca no escritório, ler que “você sempre se
interessou por artes…”.

As cartas contêm também um pouco dos meus
sentimentos de mãe. Não quero ser protagonista das
memórias, mas talvez um dia a Maria tenha seus
próprios filhos e queira saber como foi a maternidade
para a mãe dela. E não adianta eu contar isso daqui a 30
anos, quando eu for avó, porque aí já vai ser outra
história. Interessante é deixar as alegrias e os desafios
com a perspectiva de agora. Imagine um dia a Maria,
com seu primeiro bebê no colo, lutando consigo mesma
para virar uma boa mãe, e então ela lê que a mãe dela
também teve que rever conceitos, se superar, se
reinventar. Não será revelador saber que eu também
não vim pronta?

Hoje, ao reler as cartas que já escrevi para a Maria,
percebi que uma coisa está óbvia nelas: minha filha foi
sempre, e em todas as circunstâncias, muito amada. Eu

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e o pai dela estamos fazendo tudo que está ao nosso
alcance para que ela se desenvolva e cresça feliz. Não é
tudo na vida, e a grande maioria das batalhas ela terá
que vencer sozinha mesmo, mas, convenhamos, é um
bom começo, né?

Nota: Além das “Cartas da Maria” existem também as “Cartas do Gael”,
nas quais as palavras mais frequentes até agora são “lindo”,
“bochechudo”, “safado pra caramba” e “amor da minha vida”. 


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Viajando sozinha

Maria, 4 anos
Gael, 1 ano

Imagine a cena: Natal, meu marido animadíssimo,
esperando eu abrir o meu presente. Era um envelope e
dentro havia uma passagem para Washington e Nova
York. Sim, UMA passagem. Para mim sozinha, sem as
crianças, sem ele. Em outra vida isso seria, claro, um
super presente. Sempre gostei de viajar sozinha.
Naquele momento, contudo, com um sorriso amarelo
na cara, eu só pensava em como conseguiria cancelar a
viagem sem magoá-lo. Mas o certo é que de jeito
nenhum eu iria para outro continente deixando meus
filhos para trás.

O problema não é que não confio no meu marido para
cuidar das crianças. Muito pelo contrário, se tem alguém
em quem posso confiar é ele. Já me separei das crianças
outras vezes; foram viagens curtas, aqui pela Europa
mesmo. Agora, outro continente, por quase uma
semana, era um passo maior do que eu achava que
podia dar.

A relutância em viajar sem as crianças tem a ver com a
maneira como a maternidade aconteceu para mim. Virei
mãe sem família nenhuma por perto, sem babá, sem
empregada. E, talvez por nunca ter tido a quem
recorrer, não estou acostumada a delegar meus filhos.

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Sempre sou eu quem está lá para eles. Além disso, tenho
que admitir que essa coisa de não querer largar o osso
também tem a ver com minha personalidade. Tenho a
maior dificuldade em aceitar ajuda e não sou de pedir
arrego. Características que se potencializaram
totalmente para o bem e para o mal – com a
maternidade.

Diante da minha hesitação, meu marido até tentou se
organizar no trabalho para que pudéssemos adiar a
viagem para alguma coisa do tipo “o mais tarde que
você conseguir”. Mas a verdade é que se eu desistisse de
viajar naquela semana provavelmente não iria ter outra
chance. Estava tudo bem planejado. Ele ia estar
tranquilo no trabalho, podia sair mais tarde e voltar
mais cedo para levar as crianças no jardim de infância.
E minha sogra, que mora em Berlim, viria passar a
semana aqui em Colônia para dar uma força. Era pegar
ou largar. E eu peguei.

Peguei porque tinha certeza de que as crianças iam ficar
bem. E também porque, mais do que ninguém, eu sabia
o quanto ia ser bom para mim ficar um pouco sozinha.

Muito longe de estar super animada, a primeira coisa
que senti quando botei o pé na estrada foi medo. É
quase engraçado constatar que a maternidade (e talvez a
idade) fez de mim, a louca das loucas, uma mulher meio
medrosa. No caminho para o aeroporto fui tentando
racionalizar meus pensamentos e me acalmar.

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Por que tanto medo? Sozinha eu já tinha mochilado
pelos quatro cantos do mundo e sempre consegui voltar
intacta para casa. Minha sogra é uma avó dedicada,
cuidadosa. Meu marido ia estar em casa. Os números da
emergência dos hospitais mais próximos estavam
colados na geladeira. As professoras do jardim de
infância estavam alertas. Até um post-it na bicicleta do
Gael para não que não esquecessem o capacete eu tinha
deixado. Mas lembrar de tudo isso não adiantava, meu
medo era tão grande que tinha até pensado em deixar
uma carta de despedida para as crianças, caso meu avião
caísse ou acontecesse alguma coisa do tipo. Sem
exagero, só desisti da carta porque teria sido loucura
demais.

Além do lance do medo, eu tinha que aceitar que não
estava mais no controle. Tinha que deixar rolar. Talvez
meu marido fosse esquecer que quando a temperatura
está muito baixa a Maria vai para escola com a calça
azul, que é mais quentinha. E que na merendeira do
Gael não adianta colocar banana, que ele não come.
Frio, fome, sono, tristeza, nariz entupido – seja lá o que
fosse, eu tinha que confiar que as coisas se arranjariam,
e não seria do meu jeito.

Não sei direito quando foi que me deu o clique para
parar de encanar. Talvez tenha sido no momento em
que reclinei a poltrona no avião para ler um livro, ou
quando mandei uma mensagem para minha amiga em
NY dizendo que, sim, claro que eu topava drinques na

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terça à noite. Fato é que me dei conta bem rápido de
que estava vivendo momentos raros e que tinha que
aproveitar.

Morri de saudades das crianças. No voo de volta meu
coração dava pulos de alegria só de pensar que logo
estaria com elas de novo. Mas quando cheguei em casa,
vi o quanto a separação tinha valido a pena. Não era só
o penteado da Maria e a arrumação na geladeira “à la
sogrita” que estavam diferentes. Eu também estava
diferente. Mais forte, mais conectada comigo mesma, e
feliz. Nada como uma viagem bacana para reciclar os
pensamentos. Também me dei conta de que muito
daquela mulher cosmopolita que eu achava que não
existia mais ainda vive em mim, apesar de meio
adormecida. E, finalmente, palmas para mim, que
superei o medo de sair de perto das crianças e
amadureci um pouco mais nessa tarefa complexa de ser
uma mãe equilibrada.

Assim como a grande maioria das mães, todos os dias
abdico de coisas pequenas e grandes em prol do bem-
estar dos meus filhos. Mas sempre que faço alguma
coisa legal por mim percebo que, de bem com a vida, é
muito mais fácil ser a mãe que eu quero ser. Se pensar
só na gente não é motivação suficiente para largar o
osso de vez em quando, a gente deveria então pensar
nos nossos filhos. Eles merecem conviver com uma
mulher feliz. 


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Os trens

Maria, 5 anos
Gael, 3 anos

Domingo passado acertei na mosca na programação
infantil para o Gael. Aconteceu por acaso e não custou
um centavo sequer. Na verdade, tínhamos planejado ir
ao teatro, mas fui colocá-lo para tirar uma soneca, não
resisti e dormi junto com ele. Perdemos a hora e meu
marido acabou levando nossa filha ao teatro sozinho.

Quando acordamos não tínhamos mais programa. O
Gael queria brincar de trem. Ele está numa fase muito
ferroviária da vida dele. Tem uma caixa com trenzinhos
e trilhos de madeira e passa horas construindo
percursos com o pai. Sou péssima para brincar de trem;
já tentei e juro não consigo entrar na viagem… E para
me poupar de 2 horas de piuí piuí piuí, sugeri ao Gael
que, em vez de brincar em casa, fôssemos para a
estação de trem aqui de Colônia para ver trens de
verdade. Ele topou na hora.

Confesso que pensei que podia estar me metendo em
uma grande roubada (e se a estação estivesse cheia? e se
ele quisesse entrar no trem de qualquer jeito?). Resolvi,
contudo, abraçar a ideia e me dedicar de corpo e alma à
observação de trens.

Chegando à estação, subimos para a plataforma de

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embarque e caminhamos bem para o final, até um
trecho em que não havia mais passageiro nenhum.
Sentamos no chão e ficamos ali quase 1 hora curtindo o
solzinho de final de tarde e o vai e vem dos trens. Para
onde eles estão viajando? O que estava acontecendo lá
dentro? Porque um é vermelho e o outro branco? O
que é aquele fio preto em cima deles? Quando o
homem do trem vai apitar e eles vão seguir viagem? Era
tudo tão interessante que o Gael parecia estar em
transe, tamanha a atenção que prestava em tudo. Foi
muito bacana.

Sei que pode parecer exagero quando digo que esse foi
um dos passeios mais legais que já fiz com meu filho.
Mas o que fez essa tarde tão especial para mim, e com
certeza para ele também, foi que eu estava de corpo e
alma ali. Em uma vida na qual sempre existem várias
coisas acontecendo ao mesmo tempo, é libertador
poder viver um momento de cada vez. É maravilhoso
desacelerar e perceber que momentos muito simples
podem ser extraordinários. E é tão fácil viver o
extraordinário com nossos filhos, as oportunidades
aparecem o tempo inteiro.

Tenho a impressão de que muitos de nós, pais e mães
dedicados, estamos nos enganando com o que é de fato
essencial para uma criança. Estamos preocupados em
dar para nossos filhos os brinquedos mais incríveis,
fazer os programas mais espetaculares, viagens
interplanetárias… Não que tudo isso também não seja

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legal, mas acho que, no fundo, o que eles mais querem e
precisam mesmo é se relacionar com a gente. É a troca,
a conversa, o olho no olho.
Da próxima vez que eu quiser fazer alguma coisa bem
bacana com meu filho vou respirar fundo e tentar me
lembrar de que talvez ele só esteja querendo que eu
desacelere o trem.


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1! 12

E agora, quem sou eu?

Maria, 5 anos
Gael, 3 anos

Se você me perguntasse isso 5 anos atrás, antes da
minha primogênita nascer, eu saberia direitinho te
responder. Trabalho com relações internacionais, tenho
muitos amigos, sou sempre a última a levantar da mesa
do bar, gosto de viajar – de me jogar no mundo, para
ser precisa.

Depois que meus filhos nasceram, contudo, um monte
de coisas em mim e na minha vida mudou e um dia me
dei conta de que não sabia mais responder essa
pergunta direito. Coitada de mim, estava mesmo
perdida: nem fazer alusão à minha capacidade de tomar
mais cerveja que todos meus amigos eu podia mais, já
que jogar conversa fora num bar é algo que
praticamente não existia mais na minha vida.

Está certo, maternidade muda tudo mesmo: são novas
prioridades, novo estilo de vida, novos gostos. Eu
percebia e aceitava a necessidade de me reinventar, a
versão 3.0 estava totalmente desatualizada. Só tinha um
problema: a grande metamorfose teria que esperar. Sim,
porque, diferentemente de outros momentos da minha
vida, em que outras transformações se fizeram
necessárias, agora eu não tinha tempo para pensar em
mim. Na minha vida de mãe – nada terceirizada – de

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duas crianças pequenas havia espaço para muito poucas
coisas que não fossem eles. Não era só tempo físico:
não havia espaço mental para promover
transformações. E, veja, quando digo isso não é de
forma apenas negativa; houve uma fase em que essa
imersão absoluta na maternidade era tudo que eu queria
viver, e foi maravilhoso.

Mas depois de um tempo, viver assim, sem prestar
muita atenção em mim, nessa lacuna entre “o que eu
fui” e “o que eu serei”, começou a me gerar uma
angústia enorme. O ápice da crise foi quando, prestes a
vencer minha licença-maternidade, sem ter um novo
emprego nem ser rica, avisei no meu trabalho que eu
não ia mais voltar. Joguei pela janela um contrato com
um das maiores agências de cooperação internacional
da Europa. As crianças tinham 3 anos e 1 ano e eu
ainda não estava preparada para sair de perto delas.

Mas, principalmente, eu não tinha mais vontade de nada
daquilo. Não combinava mais comigo. As viagens
frequentes, a competição acirrada, os horários pouco
flexíveis. Se, por um lado, tomar essa decisão me liberou
para ficar com as crianças, que era o que eu queria,
podia e achava que devia fazer, por outro lado abrir
mão do emprego garantido gerou uma insegurança
enorme em relação ao meu futuro. Quem era eu além
daquela mãe dedicada? Sim, porque um dia as crianças
iriam crescer. E, então, como seria minha vida além da
maternidade?

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Eu não tinha resposta para essa pergunta e só me restou
ter paciência e ir meio tateando no escuro. Começar um
blog, por exemplo, foi uma dessas tentativas. Eu não
sabia na época, mas me dedicar a esse projeto foi o
primeiro passo concreto em direção à minha nova
pessoa. Aprendi um monte de coisas novas, meu
horizonte se expandiu, conheci pessoas.

Até que, outro dia, andando na rua distraída, me dei
conta de que aquela angústia de não saber quem sou e
para onde vou está passando. Pois é, contrariando as
minhas previsões mais pessimistas, sinto que,
devagarinho, estou conseguindo me reinventar.

As crianças cresceram, meu cotidiano com elas foi se
ajustando. E, com mais fôlego (e horas de sono), está
mais fácil ir atrás dos meus novos interesses, buscar as
respostas que preciso, enfim, colocar um pouco o foco
em mim outra vez. E agora vejo que esse movimento
está surtindo efeito: há uma nova pessoa nascendo. Ela
é muito diferente do que eu imaginava, mas tem super a
ver comigo. E o mais importante: essa pessoa existe.
Sim, eu existo de novo!

Se há algum tempo a única coisa sobre a qual eu podia
falar eram minhas crianças, está cada vez mais fácil falar
sobre outras partes da minha vida. Se você me
conhecesse hoje, eu iria te contar que tenho um blog
sobre maternidade e trabalho em uma start-up de
internet em que ninguém tem filhos, mas todos são

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muito compreensivos com meus horários maternos.
Adoro ler, faço amizades fácil (no momento estou em
plena fase de expansão). Estou tentando aprender a
meditar. Morro de preguiça de correr, mas me obrigo,
pois sei que fico desequilibrada se não corro. Gosto de
cozinhar para os amigos. Quero levar uma vida mais
leve, ter mais contato com a natureza. Praticamente não
bebo mais – mas abro exceções para amigos das antigas,
em honra aos velhos tempos. Sou mãe de duas crianças
maravilhosas.
E tenho esse sonho de compilar os textos de que mais
gosto do blog em um livro.

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1! 18

Agradecimentos

À minha família, e, em especial às minhas irmãs Carol e
Julia, primeiras leitoras dos meus textos no blog, a
quem atormentei muito antes de ter coragem do
colocar qualquer coisa online. A Carol pelo olhar
sensível sobre a maternidade e a Julia pela leitura
sensata e pelas dicas preciosas, que me ajudaram muito
a melhorar minha redação.

Às minhas primeiras parceiras no blog, Fabiana Santos,
Adriana Nunes e Tania Menai, não apenas por terem se
juntado a mim, mas principalmente por terem me dado
muita força e muito incentivo, cada uma do seu jeitinho.

Aos meus amigos que compartilharam os textos e
ajudaram a divulgar o blog. São tantos que não posso
listá-los mas, acreditem, sou grata a todos do fundo do
coração.

Às leitoras e aos leitores que deixaram comentários e
mandaram emails de incentivo ao blog. Posso não
conhecê-los pessoalmente, mas conheço seus nomes,
suas histórias, e me agarrei a vocês nos momentos que
me perguntei se valia a pena seguir escrevendo.

À Graziela, pelos emails sinceros, que foram fonte de

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grande inspiração, e por ter sido minha amiga (e alma
gêmea) em um dos momentos mais vulneráveis da
minha vida.
Ao meu marido, Holger, por tudo. Mas principalmente
por nunca ter me julgado e por ter me ajudado como
podia para que eu me reencontrasse depois de 1) mudar
de país, 2) virar mãe, e 3) jogar minha carreira para o
alto.
E aos meus filhos, Maria e Gael, por terem me dado a
chance de experimentar o maior amor do mundo e me
motivarem todos os dias a me tornar uma pessoa
melhor.

Obrigada!


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