Poem'arte

daso e m `a rte

Histórias BEMM

Ficha técnica
Título: POEM`ARTE
Autor: Alunos do AEMM
Arranjo gráfico: Graça Silva e José Plácido
Edição: Bibliotecas Escolares Marquês de Marialva
Coleção: Histórias das BEMM, n.º 22 junho de 2022

Poem`arte de Alunos do AEMM está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-Não Co-
mercial-Sem Derivações 4.0 Internacional.

2

Haverá verbo mais bonito do que “salvaguardar”?
Miguel Esteves Cardoso

Sabemos bem que o ato de escrever tem múltiplas exigências, que vão muito para
além da correção linguística. De facto, a escrita reclama uma atitude concentrada e se-
rena, capacidade de organização e de análise, conhecimento, imaginação, sensibilidade.
Será talvez por se tratar de um combate em tantas frentes que muitas das crianças e jo-
vens com quem trabalhamos diariamente vivem o momento da escrita com angústia e
desconfiança, incapazes de sentir o encanto de poder transformar em palavras só delas
uma emoção, uma opinião, uma memória.

Ora, não obstante o inegável esforço que exige, a escrita constitui uma forma privi-
legiada de desenvolver competências e saberes muito válidos para a formação pessoal
dos nossos alunos e para o exercício consciente da sua cidadania. Por outro lado, quando
são estimulados a escrever e são capazes de o fazer, vencendo o temível fantasma das
páginas em branco, sentem a alegria indizível de ter superado um obstáculo que parecia
intransponível. E, deste modo, vão adquirindo a segurança e a confiança tão necessárias
ao seu bem-estar e ao sucesso das aprendizagens.

Os poemas que fazem parte deste livro são exemplos de páginas em branco que fo-
ram vencidas pela imaginação e sensibilidade dos nossos alunos. Para muitos, são desafi-
os superados, a prova de que é possível, afinal, com as palavras únicas de cada um, ex-
pressar uma emoção, um desejo, uma memória. Provavelmente, se para aqui não tives-
sem voado, acabariam perdidos e esquecidos, em cadernos fechados ou numa gaveta,
talvez para sempre. Nunca teriam tido a oportunidade de serem lidos, apreciados e ilus-
trados por outras pessoas.

Neste pequeno livro, reunimos poemas escritos nas aulas de Português e ilustrados
por pais, professores e alunos na disciplina de Educação Visual. E a mostrar a forte liga-
ção entre escrita, leitura e arte, juntámos também lindos poemas visuais, inspirados na
obra de Jorge Amado, O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, e realizados no âmbito de
um DAC, que envolveu as disciplinas de Educação Visual e de Português. Aqui, nas pági-
nas deste livro, todos estes trabalhos vencem o duro desgaste do tempo e permanecem.
A eles poderão os leitores voltar sempre que quiserem, as vezes que quiserem, como
quem visita a casa um amigo: com a mesma alegria e, talvez, com a mesma saudade…

Agradecemos a colaboração de todos.

Ana Mineiro, Professora

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dasHistórias BEMM Mariana Lages, 8.º F

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RECOMEÇO

Eu estava a olhar
Para o mundo à minha volta,
Para as paisagens, para o ar…

Para tudo o que existia.
Pude então ver

Dois pássaros a voar.
Eles pareciam tão livres,
Sem nada para se preocupar.

Então, reparei
Que queria ser livre também,
Que queria abrir o coração.

E parei para pensar
O que eu poderia mudar

Para recomeçar.

Beatriz Silva, 8.º A

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SARA

No teu olhar, vejo o meu mundo,
Vejo alegria, felicidade.
O teu sorriso encanta-me,
Dá-me liberdade.

Nos teus braços, sinto-me confortável,
Sinto o vento a bater-me na cara.
O teu respirar suave
Dá-me tranquilidade e tudo, Sara.

Rúben Gonçalves, 8.º A

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AMOR

O amor é para se mostrar
E não para se esconder.

É para semear
E depois crescer.
É algo belo e completo,
Sem medo de errar,
Sem medo de se mostrar
É algo para ser e viver.

Leonor Reis, 8.º D

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Salvador Graça, 8.º F

8

POEMA A UM EDUARDO

Não ter ideias
É uma Odisseia…
Pode haver poemas menores
E também muito maiores,
Mas o meu vai ser dos melhores.
Este poema é dedicado
A um jovem chamado Eduardo.
Até podem dizer
Que tem muitas dificuldades
Mas ele esforça-se para superá-las.
Pode ser devagar, mas o que interessa

É superá-las!

Eduardo Silva, 8.º E

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Artur Oliveira, 8.º E

OLHAR

Olhar é ver,
Ver é reparar,
Reparar é prestar atenção,

É arranjar.

Todos os dias, nós olhamos,
Vemos e reparamos

Nas pessoas, nos objetos, na natureza…
Tudo o que nos rodeia
É alvo do nosso olhar.

A luz que vemos é o caminho.
Naquilo que erramos, reparamos.

Ver é sentir
As portas a abrir.

A vida é olhar e refletir
Com olhos de ver

Para sentir o que fazer.

Beatriz Calixto, 8.º A

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MÃE

A minha mãe dá-me força para viver.
Gosto dela desde aqui até ao fim do mundo.

Estar com ela
É o meu melhor presente.
Adoro senti-la ao meu lado,

À noite, no aconchegar.
Sei que não haverá nunca
Um amor tão dedicado!

Lucas Jacinto, 8.º E

Tiago, 8.º E

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Entre amigos

Que vontade ir ter com os amigos
Para nos divertirmos sem parar!

Acordo um dia, alegre,
Sabendo que com amigos ia jogar.

Digo bom dia a toda a gente,
Já estou preparado para brincar.

Uma futebolada amigável,
Como qualquer outra.

Mas, como estava com eles,
Não seria só mais outra.

Depois de uma tarde cansativa,
Um bom jantar nos espera!

Um bom convívio entre amigos
Não há coisa mais bela!

Alex Brigant, 9.º D

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É PRECISO

O nosso planeta é espetacular
E como obrigação temos de o salvar.
Mas, para isso, é preciso ver e reparar.

Há milhões de anos, apareceu um planeta
Que até hoje nos suporta
E em troca desgastámo-lo.

Apesar de tudo, ainda podemos reparar.
Mas, para isso, é preciso atuar.

Milhares de belezas naturais, edifícios, artefactos…
Tanta coisa para citar…

Será que é preciso “deitar tudo por água abaixo”?

Temos de nos juntar
Para todos evoluírem,
Pois precisamos salvar
As próximas gerações!

João Reis, 8.º D

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Te n h o v á r i o s s e n t i m e n t o s

Sinto algo por uma pessoa
Mas também não sei demonstrar.
Sei lá bem qual a melhor escolha

Para no meu futuro continuar.

Com a família queria aproveitar
Cada segundo vivido:

Sei que mais tarde não vai dar
Receber todo este mimo.

Amigos tenho poucos,
Dois ou três verdadeiros.
Os outros são um pouco loucos,
Andam por outros carreiros.

Sentimentos…
Por vezes, sinto-me triste,

Com vontade de chorar,
Mas dos olhos saíste

Pela cara a escorregar.

Lara Póvoa, 9.º D

Mariana Barros, 5.º A

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Renato Silva, 8.º F

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Matilde Almeida, 8.º F

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A CANETA AZUL

Esta caneta é uma coisa
Tão boa para escrever
Aquilo que me vai na alma
E aquilo que quero dizer.
Quantas vezes eu desenhei
Com esta caneta azul!
Já desenhei tantas paisagens,

Desde Norte a Sul.
Ela tem-me acompanhado
Desde o dia em que a comprei.

E foi a partir dela que
Para este poema me inspirei.

Foi com ela que escrevi,
Foi com ela que aprendi.

Leandro Dias, 9.º D

Lucas Jacinto, 8.º E

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A VIDA

A vida é curta
E só a vivemos

Uma vez.
Vamos aproveitar
Aquilo que temos.
Vamos ser felizes
E guardar connosco,
Para sempre, as memórias.
Aproveitemos a vida
Enquanto aqui estamos.

Leonor Costa, 8.º D

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FUTEBOL

O futebol é um desporto,
Mas, se alguém se aleija,
A situação pode dar para o torto.

Ainda fica melhor
Se alguém marcar.
Ficamos muito felizes
E vamos festejar.
Também podemos ficar tristes
Por sofrermos um golo
E perdermos o jogo.
Assim, não comemos bolo
Para a vitória celebrar.
Contudo, aprendemos com os erros
Para no futuro poder melhorar
E conseguir jogar melhor
Para no futuro conseguirmos ganhar.

Bruno Serra, 8.º A

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Vou conseguir Nuno Pacheco, 9.º D

Sinto-me estranho
Sinto-me vazio

Tenho medo de um futuro
Em que nada tenho

Para mudar este futuro
Tenho de me esforçar
Preciso sair deste escuro

Vou tentar
Vou conseguir
Um caminho
Onde vou estudar
E vou sobressair

A ajuda dos meus amigos
É-me útil

Porque assim sigo
E não me sinto inútil.

Isabel Laranjo, 5.º A

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A VIDA

A vida é uma completa montanha.
Iremos ter sempre altos e baixos.

Então, por que não paramos
Enquanto pensamos?

Temos uma só vida. Por que não aproveitar?
Temos de viver o que queremos e podemos.
Às vezes, pensar alto é a mesma coisa que sonhar.
Temos de sonhar aquilo que para a vida queremos.
Crianças dizem a adultos que gostavam de ser “maiores”.
Adultos dizem a crianças que gostavam de voltar à infância.

Nem sempre ser adulto é o melhor.
Antes ficar mais tempo na infância.

Carina Ferreira, 8.º E

Érica Salomé, 8.º E

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2021, um ano incomum

Não sei o sentido da vida:
Num momento está tudo bem,

Noutro está tudo mal!
Devemos dar mais valor
aos momentos felizes.
Amanhã, o mundo pode mudar
E o chão pode desabar!

2021 não foi um ano bom…
É pena eu não ter o dom
De viver só coisas boas.

Perdi uma amiga com “A” grande.
Morava no Brasil.

Apesar da diferença de idade,
Foi das melhores pessoas que conheci.

Faço este poema em sua memória,
Por tudo o que me ajudou,

Mas nada que possa dizer será suficiente
Para falar de quem tanto me ensinou,
Da pessoa que foi e será para sempre.

Ana Gonçalves, 9.º D

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OLHAR

Às vezes, olhamos
Mas não reparamos

Nos detalhes.
Temos de olhar para
O que nos faz feliz,
Para não pensarmos
Em situações más.

Temos de analisar
Todas as perspetivas
E reparar que nem tudo

É mau e triste.
Olhemos o lado positivo

E tudo fica bem.

Lucas Carvalho, 8.º A

Fátima Lourenço, professora

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CARRUAGEM DE SENTIMENTOS

A vida é um comboio
Que tem várias carruagens.

Em cada uma delas,
Encontra-se um sentimento.

Mas essas carruagens são frágeis,
Tão frágeis como nós.

Como não as sabemos controlar,
Elas acabam por descarrilar.

E assim é a vida…
Vai acabando sem avisar,
Descarrilando, desencontrada
E sem se conseguir consertar.

Os sentimentos que descarrilam
Já não voltam a se reparar.

Marcos Rosas, 9.º D

Tomás Sequeira, 8.º E

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SONHO DE CRIANÇA

Desde criança a sonhar
Com os olhos postos na bola.
Jogava em tudo o que é canto,

Até no recreio da escola.
Queria no estádio entrar

E ouvir toda a gente
O meu nome gritar.
Jogar pela seleção
Com todo o Portugal a olhar,
Como via na televisão
O Ronaldo a jogar.
Lembro-me de em criança
Ter o sangue sempre a vibrar
E agora que sou jovem
Para isso estou a trabalhar.

Érica Cavadas, 8.º E

Carina Ferreira, 8.º E

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A TROCA

No verão, está frio.
No inverno, está calor.

Quem fez esta troca
Ó nosso Senhor?

As flores cheiram mal,
A lama cheira bem.
Quem fez esta troca
Coração não tem.
A areia mata a sede
E a água deixa seco.

Esta troca está errada
Estou cheio de medo.
Quero que tudo fique normal.
Devolvam a minha paz!

Afonso Garrido, 9.º D

João Cruz, 8.º E

26

RECREIO

O recreio da escola é a alegria,
É a euforia

Dos meninos a correr.

É o esquecimento da sabedoria,
A luta e a patifaria,

No recreio a decorrer.

Nele existe o namorico e o beijinho
Que leva ao carinho

E ao momento de nos abraçar.

Encontro-me no campo
Sempre a jogar,

Sempre contente a saltitar.

Corre tudo bem até acabar
E as aulas recomeçar.

Tiago Cardoso, 8.º E

Carina Ferreira, 8.º E

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NATAL

O Natal é uma época de felicidade e amor.
Montamos a árvore de Natal e o presépio.

Na noite de Natal, juntamos a família,
Comemos o bacalhau ou o peru.

À meia-noite, abrimos as prendas.
Logo a seguir, vamos à Missa do Galo.
Lá para a uma e meia da manhã, comemos a ceia

E depois vamos dormir.

Tiago Nogueira, 8.º A

Tomás Silva, 6.º C

28

M

Luís Lopes, 8.º F

29

Diana Jesus, 8.º F

30

TRISTE REALIDADE

O que é que andas a fazer da tua vida?
Vai ver o mundo lá fora!
Acorda para o mundo real
E deixa o virtual!

Anda ver, sentir, curtir com os amigos!
Isso é tudo virtual!

Daqui a 10 ou 20 anos,
O mundo não será mais o mesmo

Que conheces hoje em dia:
Os animais que amas vão ser prejudicados,

Os biomas não serão mais os mesmos
E muito mais será destruído!

Esta é a tua chance
De mudares e ajudares o mundo

Porque não há planeta B!

Afonso Alegre, 8.º D

Ema Santos, 5.º A

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Comer e andar

Tenho fome!
Quero ir almoçar.
Vou até à Telepizza,
Um hambúrguer vou comprar.
Lá no restaurante,
Comida vou pedir.
Mas é melhor comer pouco
Ou corro o risco de explodir.
Tenho que almoçar rápido
Para à escola cedo chegar,
Pois se chegar atrasada,
Uma falta irei levar.

Salomé Santos, 9.º D

32

MUDAR

A mudança não agrada
Nem a quem muda

Nem a quem vê mudar,
Mas é precisa para
Se poder integrar.
Sofremos pelo bem
Para perceber
Que a única opção

É mudar para agradar a quem
Nos dará a mão.

O grupo quer todos iguais
Sem importar se melhoramos ou não.

Não sendo como os demais,
Mesmo perdendo os próprios ideais,

Nunca evoluiremos neste mundo
Sem ambição, sem justiça e sem libertação.

Francisco Alves, 9.º D

Nelly Santos, 8.º E

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SER PESSOA

Para ser uma pessoa,
É preciso viver,
Olhar e perceber

Tudo o que está à nossa volta.

Temos de aproveitar
O tempo para acreditar

Em nós, sem receio
Das palavras dos outros.

Para olhar e perceber,
Temos de sair de casa
E explorar o mundo todo
Que temos para ver.

Simão Gonçalves, 8.º D

Salomé Espírito Santo, 8.º E

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Martim Negrão, 8.º F

35

Cláudio Santos, 8.º F

36

O MAR

Então, para começar
Não tenho nada em que pensar.

Apenas uma coisa:
Sinto-me bem no mar.

Para mim, o mar
É onde posso gritar
Sem ninguém reclamar

De eu lá estar.

Mais do que nunca,
Estou muito feliz!
Pareço uma gaivota

A pairar no ar.

Por isso digo:
Mar,

Estás sempre comigo!

Camila Gomes, 9.º D

37

Afonso Lourenço, 8.º E OLHAR O CÉU

Andava pela rua,
Quando olhei para o céu.

Vi as estrelas e a lua:
Parecia uma pintura a pincel.

Reparei nas constelações
Ursa Maior e Ursa Menor.
Eram grandes construções
Feitas com todo o rigor.

Adormeci nesse sossego
E acordei com o nascer do sol.

Vi o céu a alaranjar
E reparei num rouxinol.

Ouvi cânticos encantadores
E o vento a bater nas folhas.
Vi nuvens de algodão doce
E reparei em diversas formas.

Finalmente, percebi
Que o céu é encantador.
As nuvens, a lua e as estrelas
Deram-me uma nova cor.

Ana Laura, 8.º D

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Maria Silva, 8.º F

39

Iara Santos, 8.º F

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O DESEJO

Todos queremos algo na vida,
Seja bom, seja mau,

Seja para a nossa alma querida,
Seja para o mundo em redor…
Sempre nos lembramos de algo com amor.
A vida é como uma montanha,

Cujo cume serve de desejo
Difícil de alcançar

Mas, com o tempo, já o vejo.
Um dia chego a este cume
Já mais cansada,
Mas levo para casa

Uma recordação mais que desejada.

Matilde Matias, 8.º D

41

A VIDA

A vida é como um avião:
Tem um início e um fim.
Tem os seus os altos e baixos
Até acabar de repente.

A vida é uma paixão
Que nos faz viver.
Temos amor e carinho

Até morrer.
Eu amo a minha vida
E não quero mudar.

Gonçalo Santos, 9.º D

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Martim Silva, 8.º F

43

Mafalda Jesus, 8.º F

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O BEM NÃO SE OUVE

O mundo está nas trevas
E ninguém o quer dizer.
Quer-se agradar a toda a gente
Para ninguém ofender.

Quem bem fala
Nada pode falar.
Calam-lhe a boca
Para ninguém assustar.
Perguntam vocês e bem:
Assustar, porquê?
Porque a verdade ofende!
Porque só um a defende.
Quem mal fala, muito fala,
Porque fala o que todos querem ouvir…

Salvador Laranjeira, 9.º D

Leonor Cardoso, 8.º E

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CRAVOS ROXOS

Cravos roxos em janeiro,
Onde vais minha alegria?

Vou ao Rio de Janeiro
Para aí plantar um canteiro.

Para oferecer de comer
A quem não tem.

Para ninguém sofrer
Vou até Belém.

Para ajudar as pessoas pobres,
Eu vou rezar.

Para que ninguém sofra,
Eu vou harmonizar.

Tatiana Silva, 8.º E

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M.ª Leandro, 8.º F

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Ana Direto, 8.º F

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O AMOR E A SAUDADE

Já chorei ao ver as tuas fotos.
Apaixonei-me pelo teu sorriso.

Liguei para te ouvir
E dar um aviso.
Amei e fui amada

Pelas pessoas que conheci.
Já fui rejeitada,

Mas nunca me ofereci.
Saudade é um sentimento

Que devemos sentir
Ao amar uma pessoa
E perdê-la em admitir.

Tatiana Silva, 8.º E

India Leitão, 8.º E

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AMIZADES

A amizade desenvolve a felicidade,
Reduz o nosso sofrimento,
Duplica a nossa alegria
E divide a nossa dor

Que vamos enfrentar ao longo da nossa idade.
A amizade consegue ser tão complexa…

Deixa uns desanimados, outros bem felizes.
Faz-nos cometer erros… Mas quem não os comete?

Um amigo é um ser que a vida não explica
Que só se vai ver quando o outro nascer
E é o espelho que a alma multiplica.

A amizade é mais que uma mão estendida,
Mais que um lindo sorriso,
Mais que a alegria a dividir,

Mais que sonhar os mesmos sonhos
Ou sentir as mesmas dores…

Salomé Espírito Santo, 8.º E

Afonso Alves, 8.º E

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