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SUPER
HOMENS

Uma revista para
Espiritos Livres

1ª Edição - 2015

Editores
Luana Clara Luna Neri Serra
Maria Stefanys Sousa Silva
Maria Muryell Xavier De Castro

Impressão
1ª Edição - 2015

Professora
Sandra Helena De Sousa

Disciplina
Filosofia e Psicologia I

Turma 58

Contexto Na sensibilidade romântica dominou o
amor da irresolução e das ambivalências. O ter-
Histórico mo mais típico para indicar esses estados de
ânimo foi Sehnsucht ("anseio"): um desejo que
Ruptura com a tradição racionalista: Duran- jamais pode alcançar sua própria meta, pois não
te o século XIX, encontramos como um de seus a conhece e não quer ou não pode conhecê-la.
principais movimentos, a ruptura com a tradição Após a Revolução Francesa de 1789, pro-
racionalista moderna. A centralidade da razão, a cessa-se o movimento ao qual foi dado o nome
valorização do conhecimento, a ênfase na proble- de romântico, o romantismo, cuja tendência ge-
mática do método e da fundamentação da ciência, ral consiste em acentuar o sentimento sobre o
o recurso da lógica, a preocupação com a crítica pensamento, a intuição sobre o conceito, o di-
vão ser considerados por muitos desses filósofos nâmico sobre o estático, o orgânico sobre o me-
desse século. Esse novo pensamento se resulta as- cânico, o expressivo sobre o plástico. Surgem,
sim de uma reação contra o racionalismo e a fi- então, na filosofia, nomes como Schleger, Tieck,
losofia crítica, em busca de alternativas, de uma Novalis, Hólderlin, etc.
forma de expressão. Na Alemanha foi onde o romantismo
Considerando-se que esse movimento tem seu mais ganhou difusão, tornou-se escola, sendo
início nos questionamentos à filosofia kantiana mais do que propriamente uma filosofia, tratou-
pelos pensadores do período conhecido como -se de um movimento estético, que procurava a
idealismo alemão pós-kantiano que, de certa for- superação total do iluminismo e a afirmação do
ma, inclui o próprio Hegel, desenvolvendo-se a romantismo. O movimento que promoveu tal
partir daí na elaboração do pensamento român- reviravolta foi o Sturm und Drang ("Tempesta-
tico, com o qual, no entanto, Hegel não se identi- de e ímpeto"), cujas posições e ideias de fundo
fica, e dando espaço ás filosofias de Shopenhauer, eram:
Kierkegaard e Nietzsche. a) a natureza, entendida como força onipotente
Dessa forma, cada um rompe com uma visão di- e criadora de vida;
ferente. O ideal é examinar essa nova tendência b) o gênio, como força originária que cria ana-
que surge e que abre caminho para alguns dos logamente a natureza e e regra de si mesmo;
mais importantes desenvolvimentos da filosofia c) o panteísmo, que comega a se contrapor a
contemporânea. concepção iluminista da divindade como razão
O romantismo segundo Gusdorf diz que a suprema;
melhor definição é “que ele representa o desejo d) o sentimento pátrio, expressão no ódio pelo
de ressacralizar a vida, a tentativa de edificar uma tirano, na exaltação da liberdade e no desejo de
nova Fé que fosse capaz de substituir o catolicis- infringir convenções e leis exteriores;
mo tradicional”(Gusdorf, Le Romantisme, Payot e) a predileção pelos sentimentos fortes e pelas
Paris, 1993, p. 657). paixões impetuosas.
Essa ressacralização da vida era um a ten- Quem deu sentido e importância supra-
tativa de construir uma nova Fé capaz de substi- nacional ao Sturm und Drang foram princi-
tuir o catolicismo (Cfr.Jean Gualmier, Les grands palmente Goethe, Schiller e os filósofos Jacobi
écrivains devant Dieu, apud Gusdorf, Du Néant à e Herder com sua primeira produção poética e
A palavra "romântico",aparece pela primeira literária. Jena foi a cidade em que no ultimo lus-
vez na Inglaterra, pela metade do século XVII, para tro do século XVIII se constituiu o circulo dos
designar o fabuloso, o extravagante, o fantástico e românticos, cujos animadores foram os irmãos
o irreal. Gradualmente o termo passou a identifi- Schlegel, August Wilhelm e Friedrich; este ulti-
car o renascer do instituto e da emoção, sufocados mo fundou em Berlim em 1798 o órgão oficial
pelo racionalismo prevalente do século XVIII. do novo movimento, a revista “Athenaeum”.

Ao movimento aderiram Novalis, Tieck,
Wackenroder, Fichte, Schelling e, principalmente,
Schleiermacher. - Johnn Wolfgang Goethe (1749-
1832) é um legítimo representante do romantis-
mo alemão. Viu no homem e na natureza uma
união indissolúvel, e compreendeu que a intuição
e o pensamento formam um todo.
O pensamento romântico surgiu de uma
profunda insatisfação com os fumos da filosofia
moderna, com a ideia de crítica e de fundamenta-

Arthurção teórica do conhecimento e da prática, etc.
Schopenhauer
(1788-1860)

Trata da inseparabilidade do sujeito e do ob-
jeto, com a qual quer refutar a tese do materialis-
mo e do subjetivismo, é um filósofo romântico,
pessimista e sombrio. Forte crítico do racionalis-
mo iluminista, e de Hegel.
Para Schopenhauer embora o que sobreviva
à morte não seja o indivíduo, mas a vontade uni-
versal, isso não importa, uma vez que a existência
do indivíduo, finito, e limitado, é sempre dor e so-
frimento.
Schopenhauer acaba assim justificando uma
“ética do suicídio”, do fim da individualidade.
Para Schopenhauer o mundo é uma representação
de cada um. E esta representação, este trabalho do
intelecto, não nos leva alem do mundo sensível.
O mundo como representação é, portanto, fenô-
meno. Mas, enquanto para Kant o fenômeno é a
única realidade cognoscível, para Schopenhauer
o fenômeno é a ilusão que cobre a realidade das
coisas, o "véu de Maya" que esconde a face da re-
alidade.
A essência de nosso ser é a vontade. A essên-
cia do mundo é vontade insaciável, e um eterno
tender. E a vida do homem é necessidade e
dor, oscila entre crueldade, dor e
tédio. Todavia, quando o homem
chega a compreender que a reali-
dade e vontade e que ele próprio
e vontade, então ele esta pron-
to para sua redenção.