Em “Quarto de despejo”, a escritora Carolina Maria de Jesus dá
voz, por meio de um diário, ao dia a dia na favela do Canindé,
que beirava o Rio Tietê, em São Paulo. A obra, que se passa
entre 1955 e 1960, é composta por registros autobiográficos da
autora e denúncia o abandono, a violência e a pobreza presente
na vida dos moradores da favela, assim como a condição da mulher
negra no Brasil. Carolina morou na favela, período em que também
escreveu seu diário, até este ser publicado pelo jornalista
Audálio, que a conheceu durante uma reportagem.
“Quando eu não tinha o que
comer, em vez de xingar eu
”escrevia.
Depoimento da autora
Reportagem “Retrato da favela no diário de Carolina”, com texto e
fotos de Audálio Dantas, na edição de 20 de junho de 1959 de O
Cruzeiro.
GGêênneerrooss
lliitteerráárriiooss
Pode ser encontrado em
textos em verso ou prosa. lírico
Costuma ser Carregado de
palavras de forte carga
emotiva, que expressam
sentimentos e emoções da voz
que fala, subjetividade,
musicalidade, imagens
visuais e sonoras, etc.
Toda narração apresenta uma ou mais
vozes (narrador) que conta uma
história (ação) que se desenrola no
tempo e no espaço. Hoje, somos lírico
narrativo
dleoitorgeêsnerdoeGGêrênonéempearinroccoose,ss, que se originam
longos poemas
narrativolsliitqteueerráárrreilioaotssam ações de uma
figura heroica (Ulisses, Aquiles,
Diogo Álvares Correia...). Também
acompanhamos séries televisivas que
dialogam com o esse formato e com uma
“Idade Média imaginada como Vikings,
Game of Thrones, Spartacus...)
Pode ser encontrado em
textos em verso ou prosa. lírico
narrativo
Costuma ser Carregado de dramático
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que fala, subjetividade,
musicalidade, imagens
visuais e sonoras, etc.
Para saber mais
A crônica é um exemplo
de gênero híbrido, que
explora os limites
entre literatura e
jornalismo. Afinal,
ninguém sabe, de fato,
se passei ou não por
Curitiba.