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Published by ascomtrerj, 2019-04-16 16:13:26

Parlatório - Abril/2019

Parlatório - Abril/2019

Revista eletrônica do TRE-RJ - abril 2019 - ed. 113

MUDANÇA CLIMÁTICA

Pela primeira vez, servidores participam da elaboração
das propostas de melhoria do Clima Organizacional

Em Foco Perfil Cá enTRE Nós

A importância do Um servidor que Iguaba Grande terá

trabalho voluntário mantém a tranquilidade eleições suplementares

para a EJE diante das adversidades em junho

Revista eletrônica do TRE-RJ, TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO
produzida pela Assessoria de PRESIDENTE
Comunicação Social (Ascom) e
direcionada ao público interno Desembargador Carlos Santos de Oliveira
Edição 113 - Abril - 2019 VICE-PRESIDENTE E CORREGEDOR
Periodicidade mensal
Desembargador Cláudio Brandão de Oliveira
Jornalista responsável MEMBROS TITULARES
Maurício Duarte
(MTb-RJ 10126/90) Juiz Antonio Aurélio Abi-Ramia Duarte
Reportagem Juiz Paulo Cesar Vieira de Carvalho Filho
Alda Campos Jurista Cristiane de Medeiros Brito Chaves Frota
Leandro Lamarão Desembargador federal Luiz Antonio Soares
Leonardo Coimbra
Luciana Batista Jurista Raphael Ferreira de Mattos
Ludmila Bull MEMBROS SUBSTITUTOS
Tatiana Grossi
Vívian Reis Desembargador Nagib Slaibi Filho
Diagramação Desembargador Luiz Fernando de Andrade Pinto
Guilherme Ferreira
Fernanda Leal Juíza Fernanda Xavier de Brito
Juíza Maria Aglaé Tedesco

Desembargador federal Messod Azulay Neto
Jurista Herbert de Souza Cohn

Jurista Kátia Valverde Junqueira
PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL
Titular: Sidney Pessoa Madruga da Silva

Substituto: Maurício da Rocha Ribeiro
DIRETORIA-GERAL

Bruno Cezar Andrade de Souza

CSoulgaebsotrõeescoemcroítiPcaarsl:aptaó[email protected]

Missão do TRE-RJ: Garantir a legitimidade do processo eleitoral

Visão do TRE-RJ: Tornar-se, até 2021, Tribunal de destaque na eficácia

do julgamento das ações eleitorais, na prevenção e coerção de práticas
eleitorais ilícitas e na promoção do exercício consciente da cidadania

Abril - 2019 - ed. 113

Índice

4Capa
Pela primeira vez, servidores participam
da elaboração das propostas de melhoria
do Clima Organizacional
8
Em Foco

A importância do trabalho

voluntário para a EJE-RJ

12 Perfil 16

Um servidor que mantém

a tranquilidade diante das

adversidades

18 Cá enTRE Nós

Iguaba Grande terá
eleições suplementares

em junho

Linha Reta

“Redes sociais e normas institucionais”

3

Capa Abril - 2019 - ed. 113

MUDANÇA

CLIMÁTICA

Pela primeira vez, servidores participam da elaboração das
propostas de melhoria do Clima Organizacional

U ma semana produtiva, em que colegas de diversas unidades e de
algumas ZEs colocaram a “mão na massa”, em busca de um ambiente de
trabalho melhor. Foi com esse ânimo que cerca de 60 servidores participaram
dos encontros de Gestão do Clima Organizacional promovidos pela
Coordenadoria de Educação e Desenvolvimento (Coede) para a construção
de propostas de mudanças a serem implementadas. “É uma forma objetiva
e democrática, porque propicia a participação, o envolvimento de todos”
avaliou Renata Geronimi, secretária de Gestão de Pessoas.

Os servidores inscritos foram nal, realizada em 2017: “Comuni- como tema “Transparência na co-
divididos em seis turmas, que se cação”, “Condições de trabalho”, municação institucional”, o grupo
reuniram de 8 a 16 de abril. Em “Estratégia”, “Gestão de Pessoas”, definiu que o objetivo a ser alcan-
cada grupo, foi trabalhado um dos “Integração entre as unidades” e çado é se sentir pertencente ao Tri-
seis fatores mais mal avaliados na “Valorização e reconhecimento”. bunal. Para conseguir isso, identifi-
3ª Pesquisa de Clima Organizacio- No primeiro encontro, que teve cou-se que era preciso diálogo na

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Abril - 2019 - ed. 113

GESTÃO PARTICIPATIVA Foto: Leonardo Coimbra
Nos encontros de gestão do clima organizacional, os servidores tomam decisões em grupo, dão ideias sobre
o assunto debatido e votam nas sugestões que julgarem mais relevantes para alcançar o objetivo traçado

instituição, propondo-se, para tal, partir de um determinado objetivo novo”, elogia Renata Geronimi.
três ações: utilizar métodos ágeis, e constrói-se um passo a passo do Para Fernanda Lauria, lotada
implementar um chat para conver- que precisa ser feito para se che-
sas entre os servidores dentro da gar a um plano de ação. Em cada na Coordenadoria de Engenharia
organização e ouvir o sindicato. etapa do processo, os participan- (Coeng), a iniciativa foi uma opor-
tes dão ideias sobre o assunto tunidade única. “Uma das nossas
As reuniões adotaram a meto- debatido e votam nas sugestões principais demandas sempre foi
dologia IDM (Innovation Decision que julgarem mais relevantes justamente essa, sermos ouvidos,
Map), a mesma utilizada na Ava- para alcançar o objetivo traçado. chamados a opinar e participar
liação das Eleições 2018.O método “Outro ponto positivo do méto- sobre os assuntos afetos ao nosso
é usado para a tomada de decisão do é que ele nos estimula a olhar trabalho. Achei muito válido”, ava-
em grupo, com o intuito de gerar para frente, na busca de soluções liou. A servidora Andrea Bessler, lo-
estratégias e solucionar proble- e melhorias para construir algo tada no Gabinete da Secretaria de
mas. Nele, se trabalha em equipe a Tecnologia da Informação (GabSTI),

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Abril - 2019 - ed. 113

TRABALHO EM EQUIPE Foto: Vívian Reis
Servidores da Coede, da Secretaria de Gestão de Pessoas, que organizaram os encontros de gestão de Clima
Organizacional irão compilar o trabalho dos grupos para a elaboração do relatório de Plano de Melhoria

também achou válida a iniciativa desenvolver estudo de viabilida- as reuniões de gestão do clima.
da Administração de envolver os de para estruturação dos canais Ao final das reuniões, a equi-
servidores. “Achei muito interes- de comunicação do TRE-RJ com o
sante o fato de termos sido chama- público interno e com o público ex- pe de gestão do clima irá compilar
dos a participar. E o método usado terno. “Esses grupos lidaram espe- o trabalho dos grupos para elabo-
é bastante objetivo”, opinou. cificamente com um dos temas mal ração do relatório de Plano de Me-
avaliados na pesquisa, a comunica- lhoria do Clima Organizacional. A
As ações que começaram a ção. Então, de certa forma, já era partir daí, a Administração irá ana-
ser planejadas nesses encontros uma resposta a esse ponto crítico lisar e priorizar os planos de ação.
não foram as primeiras adotadas identificado pelos servidores”, pon- “Com a utilização deste método, as
pela Administração na gestão do tua a chefe da Seção de Gestão de ações sugeridas irão integrar o Pla-
clima. Mesmo ainda sem ter os re- Desempenho e Acompanhamento no de Melhorias. Ainda que a Ad-
sultados da 3ª Pesquisa, diversas de Estágio (Segede), Gisele Goneli, ministração não esteja vinculada,
iniciativas foram criadas, como os uma das responsáveis por conduzir traz a possibilidade de apresentar-
grupos de trabalho formados para mos propostas consistentes e rea-
lizáveis”, pontua Letícia Tufvesson,
6

Abril - 2019 - ed. 113

que, junto com Marianne Baltar, No geral, a média de satisfação

ambas servidoras da Coede, orga- dos servidores foi de

nizou as reuniões. Foi para trazer melhorias 59,39% - um decrés-
Sobre a ga- efetivas que resolvemos cimo de 6,8 pontos
adotar o método IDM, percentuais (p.p.) em
rantia de adoção, relação ao índice ve-
por parte da Admi- que é inclusivo. rificado na pesquisa
nistração, das pro- A participação dos anterior. Os resultados
postas elaboradas servidores é fundamental” completos da pesqui-
pelos servidores sa podem ser consul-
nos encontros, Gi- Renata Geronimi, tados na intranet, no
seli Goneli destaca secretária de Gestão de Pessoas Portal Desenvolver/
que muitas das Clima Organizacional.
mudanças preten-
didas não depen- “O relatório apon-
dem somente da ta as questões que
Alta Gestão do Tri- precisam ser melhora-
bunal. “É impor- das, e foi com o senti-
tante que todos mento de trazer me-
entendam que a lhorias efetivas, que
gestão do clima

e as propostas resolvemos adotar o

que estão sendo método IDM, que é

elaboradas também dependem vidores, entre efetivos, remo- inclusivo, nessa construção.
de níveis gerenciais. A mudan- vidos e requisitados, respon- Para sermos bem-sucedidos,
ça que queremos também é um deram à 3ª Pesquisa do Clima a participação dos servidores
processo micro de mudança de Organizacional do TRE-RJ. “Tra- é fundamental”, aponta Re-
cultura organizacional”, defende. balho em equipe” (76,98%) e nata Geronimi. “Nosso plane-

Resultados da 3ª Pesquisa de “Trabalho em Si” (74,44%) fo- jamento é implementarmos
Clima Organizacional ram os dois fatores mais bem as melhorias até novembro
avaliados. Já “Valorização e para, em dezembro, aplicar-

De 21 de novembro a 15 Reconhecimento” (46,33%) e mos outra pesquisa, dando
de dezembro de 2017, 475 ser- “Gestão de Pessoas” (40,47%) início a mais um ciclo de ges-
tiveram os índices mais baixos. tão”, anuncia.

7

Em Foco Abril - 2019 - ed. 113

aA ufnoiãroçfaaz

Participação voluntária de servidores e magistrados é fundamental
para o sucesso dos programas sociais desenvolvidos pela EJE-RJ

A Escola Judiciária Eleitoral do Rio de Janeiro (EJE-RJ) é conhecida por
seus programas voltados para promover a cidadania, como o “Eleitor
do Futuro”, o “TRE Vai à Escola” e o “Vamos Votar Logo”. Porém, sem o apoio
voluntário de magistrados e servidores, esse trabalho, que aproxima a Justiça
Eleitoral de milhares de estudantes todos os anos, não seria possível, conforme
explica a oficial de gabinete da EJE-RJ, Coral Herculano. “Essa colaboração é
fundamental. No caso do ‘Eleitor do Futuro’, os voluntários são servidores do
TRE-RJ, que ministram palestras e oficinas com urnas eletrônicas. Já nas ações
conduzidas por magistrados, o juiz se oferece para colaborar com os programas
da EJE-RJ e conta com o apoio da equipe de sua zona eleitoral”, afirma.

Metas superadas devido ao grande volume de nos. Em relação aos programas
trabalho no Tribunal. “No ‘Elei- conduzidos por magistrados,
Coral conta que, graças a tor do Futuro’, foram 26 ações houve 14 ações, que atingiram
essa ajuda, as metas estipu- no ano passado, que atingiram 1.434 pessoas, quase o triplo da
ladas para 2018 foram supe- um total de 5.290 estudantes meta, que era de 560 pessoas”,
radas, mesmo em se tratando de diversas escolas do estado. relata a servidora.
de um ano eleitoral, quando a Esse número foi bem superior à
adesão é naturalmente menor meta, que era alcançar 885 alu- O “Eleitor do Futuro” con-
ta ainda com a colaboração dos
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Abril - 2019 - ed. 113

NA SALA DE AULA Foto: EJE-RJ
A juíza Glória Heloiza, da 22ª ZE, promove ação do programa “TRE Vai à Escola” na Escola
Municipal Mato Grosso, no bairro de Irajá

servidores Luís Fernando Sil- tários, enfatizando que há liber- sessorar os juízes e prestar todo o
va (Secref) e Alexandre Meira, dade no modo de apresentar as suporte necessário”, acrescenta.
que foi removido recentemente palestras e que o trabalho é es-
para a EJE. Luís Fernando, que timulante e prazeroso. Novas regras para
também é professor de História voluntários
e sempre gostou de trabalhar “Em relação às ações socio-
com jovens, afirma que o pro- educativas conduzidas por ma- Em breve, a Escola Judici-
grama é uma ótima oportunida- gistrados, há todo o simbolismo ária deve publicar um aviso na
de para transmitir conhecimen- de aproximar o Poder Judiciário intranet com informações so-
tos que vão além do simples das pessoas através da presença bre a atuação dos palestrantes
ato de votar. “É um gancho para do juiz dentro das instituições de e esclarecimentos em relação a
outros assuntos, uma forma de ensino”, explica Coral. Ela desta- algumas dúvidas comuns, como
ensinar para a nova geração que ca a atuação dos juízes Leidejane a conciliação do trabalho vo-
o voto não se encerra na urna e Chieza, da 43ª ZE (Natividade), luntário com a rotina em seus
alertá-la sobre a fiscalização e Luís Claudio Rodrigues, da 65ª ZE cartórios ou unidades, explica
a cobrança por resultados dos (Petrópolis), Rodrigo Rocha, da o servidor Fabiano Carneiro,
futuros governantes”, pontua. 106ª ZE (Itaocara) e Glória Heloiza, da EJE-RJ. “Também faremos
Ele também elogia a postura da da 22ª ZE (Irajá). “Nessas ações, o uma reunião estratégica com
EJE-RJ em relação a seus volun- auxílio da equipe da zona eleitoral os voluntários para falar sobre
é fundamental, no sentido de as-
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Abril - 2019 - ed. 113

REFORÇO Foto: Alda Campos
Neste ano, a EJE-RJ recebeu os servidores Juliana Henning (de calça amarela) e Alexandre Meira (de camisa
escura), o que trouxe ainda mais ânimo para a equipe desenvolver seus programas socioeducativos

o ‘Eleitor do Futuro’, mostrar Fabiano acrescenta que, no servidores acerca da função so-
os materiais que utilizamos e caso dos juízes eleitorais, em al- cial da Justiça Eleitoral. “O foco
trocar experiências com pales- gumas situações é preciso fazer dos programas socioeducati-
trantes mais antigos”, afirma. um trabalho de convencimento. vos desenvolvidos pela EJE-RJ
“Quando temos a demanda de é aproximar o Estado da socie-
Segundo Coral, as regras uma escola, por exemplo, e pre- dade, informando e orientan-
para inscrição no programa cisamos de um juiz de determina- do sobre o funcionamento da
também devem mudar. Até o da região para promover a ação, Justiça Eleitoral e contribuindo
ano passado, a zona eleitoral ligamos, explicamos e tentamos para o exercício consciente da
ou o setor se cadastravam como convencê-lo a participar, com o cidadania. Para atingir esse ob-
voluntários, mas, a partir desse apoio da equipe do cartório e da jetivo, precisamos contar com
ano, é o próprio servidor que EJE-RJ. Muitas vezes temos suces- multiplicadores, e isso só é pos-
deverá se voluntariar em caso so e, depois, o juiz acaba gostan- sível por meio do voluntariado.
de interesse. “Assim, a unida- do da experiência e colabora em Assim, buscamos a adesão de
de onde ele trabalha não fica outras ocasiões”, comemora. nossos servidores e magistrados
onerada e, com isso, esperamos para alcançar um número cada
ampliar o nosso número de co- Coral finaliza falando da re- vez maior de pessoas.”
laboradores”, esclarece. levância da sensibilização dos

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Abril - 2019 - ed. 113

Entrevista: nova diretora da EJE-RJ

No dia 20 de março, a desembargadora eleitoral Cristiane de Medeiros Brito Foto: arquivo pessoal
Chaves Frota tomou posse como nova diretora da EJE-RJ. Em conversa com o
“Parlatório”, ela destaca os principais objetivos de sua gestão e a importância
da participação de voluntários nos programas socioeducativos da escola.

Qual a importância da EJE para a lidade, das metas sugeridas pelo Presidência do TRE-RJ, para maior par-
atualização e disseminação do Di- TSE. Além disso, temos ainda a mis- ticipação dos magistrados eleitorais.
reito Eleitoral no estado? são de implementar os novos pro-
O processo eleitoral é a base do siste- gramas lançados pelo TSE em 2019, Como os servidores do TRE-RJ po-
ma representativo democrático bra- como o “Governante do Futuro”. dem contribuir para os programas
sileiro, e, portanto, o maior exercício sociais desenvolvidos pela EJE-RJ?
de cidadania. A EJE-RJ se destaca há A EJE-RJ desenvolve programas vol- Os servidores do TRE-RJ já exercem
anos como fonte inesgotável de co- tados para o caráter social da Justi- papel de destaque na efetivação
nhecimento e fortalecimento da cons- ça Eleitoral. Qual a sua visão sobre dos programas desenvolvidos pela
cientização da cidadania, o que é feito esses programas e como pretende EJE. Para se ter uma ideia, o “Eleitor
desde muito cedo, com a preparação impulsioná-los? do Futuro” é basicamente efetiva-
de crianças e jovens, futuros eleitores. Os programas “Eleitor do Futuro” e do com a participação de servidores
A participação político-eleitoral neces- “TRE Vai à Escola” visam a estimular a que se deslocam a escolas públicas
sariamente precisa começar na escola. conscientização política de crianças e e privadas e, por meio de palestras e
O acesso precoce às informações ade- adolescentes e, assim, garantir o pleno conversas, possibilitam formação cul-
quadas é fundamental para que haja exercício da cidadania. Busca-se incen- tural voltada ao fortalecimento das
compreensão e envolvimento no pro- tivar o alistamento eleitoral de jovens relações sociais e do Estado Demo-
cesso de fortalecimento da cidadania. de 16 e 17 anos, informando-lhes sobre crático de Direito, discutindo o papel
A EJE ainda prepara magistrados e a importância, finalidade e consequên- do jovem como cidadão e agente de
servidores, promovendo cursos e cias do exercício do voto. Acreditamos transformação social, fomentando
palestras, em diferentes temas, no ser possível conscientizar o jovem elei- uma conscientização que possibilita
intuito de atualização das normas e tor do necessário conhecimento acerca a plena consolidação da soberania
jurisprudência em matéria eleitoral. de democracia, cidadania e política, popular. Em 2019, será oferecido
temas que devem ser discutidos com curso de formação de formadores,
Quais os principais objetivos de sua crianças e adolescentes desde cedo. credenciado pela Enfam, tendo como
gestão à frente da EJE-RJ? Os programas são de grande importân- público-alvo os servidores do TRE-RJ,
O principal objetivo é o de supera- cia e, neste ano, serão impulsionados visando a melhor capacitá-los para
ção, com máxima eficiência e qua- com uma campanha, de iniciativa da atuar no “Eleitor do Futuro”.

11

Perfil

esStreemsse

Novo secretário de Serviços Gerais conta como a postura
tranquila o ajuda diante das adversidades

F oi numa tarde chuvosa e nublada, que fazia lembrar Porto Alegre, sua
cidade natal, no inverno, que Daniel Breuer, o novo secretário de Serviços
Gerais do Tribunal, recebeu a equipe do “Parlatório” para a elaboração
deste perfil. O jeito calmo, tímido e bem-humorado, logo percebido durante
a conversa, tem sido um grande aliado do servidor quando se vê em meio
a obstáculos e situações difíceis. “Sou tranquilo, mesmo sob pressão. Não
sou desses que surto”, descreve. “Só fico nervoso quando o Grêmio está
perdendo”, brinca, ao falar de seu time de coração.

Motivos para se estressar trato de manutenção predial, que sa nova ganhou a licitação e, no
não faltaram. Daniel conta que, envolvia um orçamento anual de primeiro dia da fiscalização, me
logo que ingressou no Tribunal, R$ 6 milhões. “Eram cerca de 120 deparei com um homem em cima
em 2007, foi lotado na Seção de terceirizados, entre pedreiros, en- da caçamba de uma S-10, jogando
Manutenção Predial e de Equipa- canadores, eletricistas e mais de equipamentos para os funcioná-
mentos (Semant), onde recebeu duas mil ferramentas diferentes”, rios. O cara estava jogando alica-
a incumbência de fiscalizar o con- relembra. “Certa vez, uma empre- te, cola, tudo! Tive que mandar

12

Abril - 2019 - ed. 113 Foto: Leonardo Coimbra

Daniel Breuer

13

Abril - 2019 - ed. 113

SABE-TUDO
Daniel revela que apesar de
a implementação do Sistema
Eletrônico de Informação (SEI) ter
sido um trabalho de grande porte,
o que inclui ministrar dezenas de
treinamentos para os servidores,
conseguiu manter a calma,
grande parte pela experiência e a
dedicação da equipe do projeto

Foto: Juliana Henning me mantive calmo. A experiên- casa, considerando que a Semant
cia e a dedicação da equipe do integra a SSG. Fiz grandes amigos
parar e orientar”, relata. “Foi bem projeto facilitaram meu traba- aqui, então tenho tido todo o su-
confuso, mas sobrevivi. Depois de lho sobremaneira”, reconhece. porte de que preciso”, declara.
alguns anos eu já conhecia todas “Além disso, tudo que aprendi
as variáveis do trabalho”, diz. enquanto estive na Semant me Daniel conta que, quan-
deu ‘jogo de cintura’, me deixou do saiu de Porto Alegre com os
Após 10 anos na Semant, mais calmo”, confessa. pais, há 13 anos, não imaginava
Daniel foi convidado a integrar tudo que ainda iria enfrentar em
a equipe da Assessoria de Pla- Quando tudo parecia tran- sua vida profissional. A mudança
nejamento Estratégico e Ges- quilo, após a implementação do para o Rio de Janeiro trouxe um
tão (Asplan), em 2017. “Foi SEI veio outra reviravolta profis- impasse. Prestes a se formar em
uma mudança muito grande, sional. Daniel recebeu o convite Engenharia de Materiais pela Uni-
sair da Manutenção para o Pla- para assumir a SSG. “É mais um versidade Federal do Rio Grande
nejamento, mas fui muito bem desafio. Atualmente, a Secretaria do Sul (UFRGS), ele trancou a ma-
acolhido pelos colegas”, relata. gere 311 terceirizados, uma frota trícula, na esperança de finalizar o
Logo na primeira semana de tra- de 118 veículos, além de cuidar curso em terras cariocas. Ao che-
balho na nova lotação, outro de- da manutenção, conservação e gar ao Rio, ficou sabendo do con-
safio lhe foi confiado, a gerência limpeza de 123 imóveis. E, claro, curso para o TRE-RJ e começou a
do projeto do Sistema Eletrôni- os problemas que surgem são pro- estudar. Foi seu primeiro concur-
co de Informação (SEI). “Foi um porcionais ao tamanho do setor”, so e sua primeira aprovação, em
trabalho de grande porte, que constata. “Mas, para mim, fica um 2007. “Aqui no Tribunal, ainda
impactava todas as unidades pouco da sensação de voltar para tentei conseguir as horas de es-
do Tribunal, e fazer isso em ano
de eleição nunca é fácil, mas

14

Abril - 2019 - ed. 113

AMOR GAÚCHO
Casado com Bárbara há 17 anos,
Daniel conta que além de ambos
serem de Porto Alegre, também
compartilham a paixão pelo Grêmio

tágio que precisava para concluir mais frequência, pois moro na Bar- Foto: arquivo pessoal
a faculdade, mas não foi possível. ra, e em Porto Alegre só era possí-
Abandonei o curso, prestei novo vel quando ia para o litoral” -, mas paixão pelo time sulista, o que inclui
vestibular e fiz Contabilidade na a vida só não é perfeita devido à souvenirs sobre a mesa de trabalho
Veiga de Almeida”, recorda. saudade de seu time, o Grêmio. “Eu e momentos de tensão com a mãe,
assistia aos jogos no Olímpico (está- Ana. “Ela torce para o Internacional.
Casado com Bárbara, também dio do clube na época) sempre que Quando tem Grenal - o clássico en-
gaúcha, há 17 anos, o servidor reve- podia, sinto falta disso”, confessa o tre Grêmio e Internacional -, a gente
la que se adaptou ao estilo carioca torcedor, que leva bastante a sério a fica sem se falar um dia antes e um
de vida - “aqui, consigo surfar com dia depois, só para baixar a tensão”,
conta, aos risos.

Foto: arquivo pessoal

MENINO DO RIO
Daniel afirma ter se adaptado ao estilo carioca
de vida e pega onda semanalmente na praia da
Barra da Tijuca, bairro onde mora

15

De volta às urnas Foto: Luciana Hazin

A 181ª ZE, em Iguaba Grande, está em clima de maratona desde o início de abril, quando foi publicado o calen-
dário das eleições suplementares no município, marcadas para 2 de junho. Os três servidores do cartório terão
menos de dois meses para preparar todas as etapas do pleito, que seria realizado no 2º turno das últimas eleições
gerais, mas acabou cancelado em razão de uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal. O chefe do cartó-
rio, Bruno Delatorre, prevê grandes desafios para a eleição-relâmpago. “Temos muito áreas rurais na cidade, e
o serviço de correio daqui só atende à região central, por isso a convocação dos mesários será difícil”, avalia. Ele
acredita ainda que o curto período de tempo exigirá atenção redobrada da equipe de fiscalização de propaganda
eleitoral. “A expectativa dos eleitores é muito grande, o que pode acirrar a disputa”, antecipa.

Trilheiros

Adeptos de trilhas e caminhadas, os servidores Paulo Combat (Ga-
bSTI), Luciana Hazin (Secade), Renata Geronimi (SGP) e Robson So-
brinho (Asplan) resolveram colocar em prática um antigo desejo,
que era formar um grupo de trilhas com colegas do Tribunal. “Após
a Reunião de Avaliação das Eleições 2018, formou-se espontanea-
mente um grupo no WhatsApp, e foi lá que aproveitamos para lan-
çar a ideia”, conta Luciana. Nascia, assim, o TREtrilheiros, que teve
como primeira “aventura” a trilha da Pedra Bonita, em 16 de março.
Entre servidores da Sede e de ZEs, além de alguns “agregados”, 16 pessoas participaram da caminhada. “A
próxima já está marcada, será a trilha das Praias Selvagens, em Barra de Guaratiba, no dia 8 de junho. Quem
quiser vir conosco, pode entrar em contato comigo ou com o Paulo Combat, através do e-mail funcional, so-
licitando sua inclusão no grupo”, convida a servidora.

Currículo na mão

Neste ano, a Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) divulgou na intranet e no Portal do Servidor avisos
sobre a necessidade do preenchimento de vaga para a chefia de cartório da 225ª Zona Eleitoral (Seropé-
dica), em janeiro, e da 204ª ZE (Saúde), em março - em ambos os casos, o juiz eleitoral não havia indicado
servidor. A iniciativa inédita de divulgação tem como objetivo dar oportunidade para que os servidores
manifestem interesse no cargo, de forma prática, por meio de formulário disponibilizado, com envio de
ficha cadastral e currículo. “É uma maneira mais transparente e democrática de escolha, que privilegia um
método institucional de atuação”, explica a secretária de Gestão de Pessoas, Renata Geronimi.

16

Rolou confraternização na sua ZE ou setor? Tem alguma história legal sobre o dia a dia no TRE-RJ? Foto: Fúlvio Fonseca
Mande pra gente (com fotos, quando for o caso): [email protected]
Foto: arquivo pessoal
Noite caótica I

O temporal que causou graves estragos no último dia 8 de abril em diversos
municípios do Rio de Janeiro também afetou muitas zonas eleitorais. Nas 211ª
e 4ª ZEs, que ficam no Jardim Botânico, quatro servidores precisaram dormir
no cartório devido à inundação nos arredores. “Por sorte, como nossa zona
fica cerca de um metro acima do nível da rua, não houve alagamentos dentro
das salas, apenas algumas infiltrações. Mas foi impossível sair”, conta Fúlvio
Fonseca, da 4ª ZE, que só conseguiu chegar em casa, em Vila Valqueire, na
quarta-feira (10). “Como não era possível tirar meu carro da garagem da ZE, e
o Túnel Rebouças estava fechado, na terça ainda tive de me abrigar na casa da minha irmã, no Flamengo”, explica. Nas
zonas eleitorais de Itaboraí a chuva também trouxe transtornos. “Trabalho aqui há 15 anos, e sempre ocorrem vaza-
mentos quando tem chuva forte. Dessa vez, não foi diferente. Um computador e alguns processos acabaram ficando
molhados”, conta a chefe da 104ª ZE, Maria das Neves de Siqueira. Uma equipe da Seção de Manutenção Predial e de
Equipamentos (Semant) já esteve no local para verificar a situação.

Noite caótica II

Para alguns terceirizados do TRE-RJ, os prejuízos causados pela chuva foram mais sérios, infelizmente. “Ficamos sa-
bendo que pelo menos cinco funcionários foram afetados. Um deles precisou quebrar a parede de casa, outra perdeu
geladeira e a comida e outro, a televisão”, conta a chefe da Seção de Gestão de Desempenho e Acompanhamento
de Estágio (Segede), Gisele Goneli, que, juntamente com outros servidores, está arrecadando doações para ajudar os
terceirizados por meio do link http://vaka.me/532567.

Produção acadêmica

Casos de feminicídio eleitoral nos últimos 20 anos no Brasil. Esse foi o tema
do trabalho que o colega Ary Jorge Aguiar Nogueira, da 131ª ZE (Volta Re-
donda), apresentou no seminário “Mulher, Poder e Democracia”, realizado
no dia 27 de março, no Centro Cultural Justiça Federal (CCJF). “Foi uma óti-
ma experiência. É muito importante compartilhar conhecimento, fazendo
com que as pesquisas acadêmicas alcancem o maior número de pessoas e
sirvam de reflexão”, avaliou. O trabalho será publicado na próxima edição
da “Revista Paraná Eleitoral”, do TRE-PR. O servidor também escreveu uma dissertação de mestrado sobre as elei-
ções suplementares, que vai virar livro pela editora Lumen Juris.

17

Coluna Abril - 2019 - ed. 113

Maurício Duarte é Linha Reta
presidente da Comissão de
Memória Eleitoral e escreve Redes sociais e
sobre o Código de Ética
do TRE-RJ normas institucionais

Um mictório exibido de tro George Pompidou, avalia
cabeça para baixo pode ser que seja arte. Individualmen-
um evento estético. Pelo me- te, posso discordar, recusar
nos esse é o consenso entre ou debochar, mas “Fontaine”
os críticos de arte, o que pos- continuará a ser estudada e
sibilitou à peça de porcelana debatida nas academias e cen-
deixar de ser objeto exclusi- tros intelectuais de arte.
vo dos banheiros masculinos
para ser exibida no Centro Esse exemplo de como as
George Pompidou, em Paris. instituições orientam a inter-
A obra “Fontaine” (fonte, em pretação de questões impor-
português) causa polêmica tantes na nossa vida pode nos
há mais de 100 anos, mas a ajudar a entender uma das ve-
verdade é que, desde Marcel dações explicitadas no Código
Duchamp, ficou claro a todos de Ética. No artigo 9º, inciso X,
que o conceito de arte é defi- o código proíbe o servidor de
nido institucionalmente. “manifestar-se em nome do
Tribunal, quando não autori-
Em termos simples, é arte zado e habilitado para tal”.
aquilo que a comunidade de
especialistas em arte associa- Ao diluir de vez a frontei-
dos a instituições de prestí- ra entre público e privado, as
gio, como o Louvre ou o Cen- redes sociais são uma referên-
cia para pensar essa vedação.

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Abril - 2019 - ed. 113

O bom uso das redes sociais não pode ser definido
por uma vontade pessoal; deve ser uma decisão
institucional

Já são muitos os cuidados a público deve sempre ser o de
serem tomados no que diz respeito absoluto à Constitui-
respeito ao excesso de expo- ção e às leis, o que vale para o
sição pessoal nessas redes. A policial, o militar, o agente de
questão pode ficar ainda mais saúde ou o servidor do TRE-RJ.
complicada se um servidor de- Todos devem, além disso, ter
cide criar um perfil numa rede consciência da importância de
social em nome do TRE-RJ ou seguir as normas internas da
de uma de suas unidades. instituição a que se vinculam.

Isso pode ocorrer até Basta uma leitura nos
de forma bem-intencionada, jornais diários para perceber
numa confusão entre volunta- que, na vida real ou virtual,
rismo e proatividade. Porém, agentes públicos que agem
é difícil mensurar os danos por impulso, capricho ou se-
que tal iniciativa pode causar guindo linhas próprias de
à imagem do Tribunal. O bom conduta colocam em risco a
uso das redes sociais, então, imagem de suas instituições.
não pode ser definido por Mesmo quando bem-inten-
uma vontade pessoal. Deve cionados, podem transgre-
ser uma decisão institucional. dir a ética profissional ou até
mesmo a lei, a Constituição e
O padrão de comporta- a ordem democrática.
mento de qualquer servidor

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