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Published by ascomtrerj, 2019-11-18 11:51:13

Parlatorio_Novembro

Parlatorio_Novembro

Revista eletrônica do TRE-RJ, TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO
produzida pela Coordenadoria PRESIDENTE
de Comunicação Social (Cosoc) e
direcionada ao público interno Desembargador Carlos Santos de Oliveira
Edição 120 - Novembro - 2019 VICE-PRESIDENTE E CORREGEDOR
Periodicidade mensal
Desembargador Cláudio Brandão de Oliveira
Jornalista responsável MEMBROS TITULARES
Maurício Duarte
(MTb-RJ 10126/90) Juiz Ricardo Alberto Pereira
Reportagem Juiz Paulo Cesar Vieira de Carvalho Filho
Leonardo Coimbra Jurista Cristiane de Medeiros Brito Chaves Frota
Lucas Carvalho Desembargador federal Guilherme Couto de Castro
Luciana Batista
Tatiana Grossi MEMBROS SUBSTITUTOS
Vívian Reis Desembargador Nagib Slaibi Filho
Diagramação Desembargador Luiz Fernando de Andrade Pinto
Guilherme Ferreira Juiz José Alfredo Soares Savedra
Fernanda Leal Juíza Glória Heloíza Lima da Silva
Desembargador federal Guilherme Calmon Nogueira da Gama

Jurista Kátia Valverde Junqueira
PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL

Titular: Silvana Batini Cesar Goes
Substituto: Maurício da Rocha Ribeiro

DIRETORIA-GERAL
Bruno Cezar Andrade de Souza

Colabore com o Parlatório!

Sugestões e críticas: [email protected]

Missão do TRE-RJ: Garantir a legitimidade do processo eleitoral

Visão do TRE-RJ: Tornar-se, até 2021, Tribunal de destaque na eficácia do

julgamento das ações eleitorais, na prevenção e coerção de práticas eleitorais
ilícitas e na promoção do exercício consciente da cidadania

Novembro - 2019 - ed. 120 Índice

Capa

Saiba o que rolou no II Encontro
das Crianças no TRE-RJ

4 Cá enTRE Nós
SGP lança novo canal de
comunicação

10Em Foco

Semana do Servidor tem
programação inédita e
diversificada

14 Zona de Contato
Conheça a rotina
20dos servidores da
96ª ZE (Cabo Frio)

22 Você, Protagonista

“A janela que
nos separa”

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Capa Novembro - 2019 - ed. 120

Diversão

em família

Filhos de servidores e terceirizados têm um dia repleto de
atividades na sede para comemorar o Dia das Crianças

“E u não sabia que o trabalho da minha mãe era tão legal”, divertiu-se
Beatriz, de 8 anos, filha da Renata Freitas, da Coordenadoria de Pessoal
e Análises Técnicas (Copat). Ela se referia ao II Encontro das Crianças no TRE-RJ,
no dia 15 de outubro, na sede do Tribunal, que teve uma programação variada
para ninguém ficar de fora das brincadeiras. Mais de 50 filhos de servidores e
terceirizados curtiram teatro de fantoche, oficina de artesanato, historinha sobre
“políticos” do reino animal e, não poderia deixar de ter, duas eleições fictícias,
uma forma lúdica de estimular a consciência sobre o exercício do voto.

“O clima de festa impregnou o Um dos pontos altos da con- Eleitoral, Coral Herculano, esti-
Tribunal”, resume a coordenadora fraternização foi a votação, por mulou os pequenos a debaterem
de Saúde e Integração (Csint) Gise- meio de cédula de papel, para a o tema. “O livro apresenta de
le Goneli, à frente da organização escolha do bicho que deveria to- maneira lúdica os conceitos do
do evento, referindo-se ao cheiro mar conta da selva. A leitura do processo eleitoral”, resume Coral.
de pipoca no TRE-RJ e à alegria con- livro “A Eleição dos Bichos”, pela Empolgada com o aprendizado
tagiante das crianças e dos pais. servidora da Escola Judiciária de termos eleitorais, a criançada

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Novembro - 2019 - ed. 120

INVASÃO DOS PEQUENOS Foto: Lucas Carvalho
Faltou espaço no 2º andar do Tribunal na hora da foto
oficial do evento, que reuniu mais de 50 crianças

enriqueceu a discussão: um de- piscina particular. “O leão não Conhecendo a
finiu a campanha eleitoral como pode ser eleito de jeito nenhum”, urna eletrônica
uma “rebelião”; já outros descre- protestou. Houve quem preferis-
veram o vice-presidente como “o se votar na cobra porque a “pre- Depois eles tiveram a opor-
ajudante” e “o segundo lugar”. guiça é muito lenta”; ou no leão tunidade de votar em urna ele-
mesmo, “porque é o mais forte”, trônica, dessa vez numa “eleição”
A preguiça foi a grande ven- escutou-se no meio de tanta agi- para prefeito e vereadores. A ga-
cedora da eleição. Gabriela, de 8 tação. Gustavo, de 11 anos, fi- rotada recebeu uma folha com
anos, filha de Carolina Fonteles, lho da Raquel Cardoso, da Seção a indicação dos candidatos, que
da Coordenadoria de Formação de Gabinete dos Juízes (Segab), estavam divididos em categorias
e Gestão de Contratos (Cofor), aprendeu o espírito democrático, como “esporte”, “música”, “ani-
fez questão de manifestar sua in- e, questionado sobre seu candi- mais”. Houve quem tenha votado
dignação ao saber que o “rei dos dato favorito, não titubeou: “Não diversas vezes, como Matheus,
animais” havia desviado as águas revelo. O voto é meu e secreto”. de 9 anos, filho da Vivian Bace-
do rio para construção de uma
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Novembro - 2019 - ed. 120

BOCA DE URNA
O Matheus, de 9 anos, filho da
Vivian Bacelar (Ouvidoria), foi um
dos mais animados com a votação
na urna eletrônica e aproveitou a
“bagunça geral” para convencer os
colegas a votarem no “Neymar”

Foto: Leonardo Coimbra

lar, da Ouvidoria. “Quero eleger boca de urna. “Está uma bagunça musicais. Entre uma batucada e
o Neymar”, dizia, apontando a mesmo”, denunciou, com razão. O outra, os pequenos se divertiam
figura do candidato “esporte”, segundo andar do Tribunal, a essa com jogos de tabuleiro e
personagem que ele garantia ser altura, havia virado “um grande e pescaria, além de atividades,
o craque do futebol. E ele ain- divertido alvoroço”, conta Gisele. como a elaboração de massinha.
da fez boca de urna para o seu A criançada transitava de um “Meu filho adora brincar com
candidato, mas não conseguiu lado para o outro, entre a sala massinha, e ficou literalmente
influenciar muita gente, como anexa à biblioteca, onde estavam encantado em ver como faz,
a pequena Jhade, de 5 anos, fi- concentrados os pequerruchos de inclusive já me pediu para fazer
lha da Adriana Fidelis, da Seção até 7 anos de idade, e o auditório em casa”, conta Luciana Batista,
de Controle e Auditoria de Lici- da EJE-RJ, no mesmo andar, onde da Seção de Jornalismo (Secjor),
tações, Contratos, Patrimônio ficava a garotada com 8 anos ou mãe do Pedro, de 2 anos.
e Orçamento (Sealpo). Ela che- mais. A atração entre os mais
gou tímida à urna, porém com novinhos era a dupla feminina Entre os mais grandinhos,
convicção. “Não sei como votar de palhaços que tocava violão uma das atividades mais elogia-
e nem em quem, mas quero”, e sanfona, cantando músicas das foi a oficina de artesanato,
disse a menina, que escolheu o infantis, enquanto animadores em que as crianças puderam
boto rosa, não o “Neymar”. entretinham as crianças com customizar porta-retratos com
jogos diversos e instrumentos sobras de material. Claudeci de
Matheus tentou justificar a Oliveira, da Assessoria de Pla-

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Novembro - 2019 - ed. 120

nejamento Estratégico e Gestão Inclusão e solidariedade genharia, Gilson Baqui. “Trouxe-
(Asplan), promoveu a oficina, mos de carro. Por conta da cadeira
acompanhada dos filhos Felipe, O evento deste ano foi mar- de rodas, e do desenvolvimento
de 13 anos, e Raquel, de 10 anos. cado também pela solidariedade. motor e cognitivo comprometi-
“Essa geração é tão ligada a in- Filha do terceirizado Vanderlei dos, sabemos da dificuldade que
ternet que é muito legal criamos Sampaio, Aryane, de 14 anos, encontram para frequentar locais
oportunidades como essa para emocionou os colegas da Se- de lazer. Ela adorou ter votado”,
estimular o trabalho manual”, ção de Manutenção Predial e de resume a servidora.
disse a servidora. “Apesar de que Equipamentos (Semant). Eles se
o Felipe só se animou mesmo em mobilizaram para levar a menina, O evento também foi uma
vir para o evento quando sou- que sofre de uma paralisia cere- oportunidade para estimular a so-
be que haveria votação em uma bral, ao evento. “Quando soube lidariedade entre a criançada, que
urna eletrônica”, revela Claudeci, que iria ao encontro, chorou de trouxe brinquedos para doação.
destacando que ele esteve pre- felicidade”, relata a chefe do se- “Foram várias bolsas de brinque-
sente também no primeiro en- tor, Renee Fiusa, que fez questão dos doados, que serão encami-
contro voltado para as crianças de acompanhá-la na festa, junta- nhados para uma instituição de
do Tribunal, há nove anos. mente com o coordenador de En- caridade”, diz Gisele. Felipe, de 3
anos, filho do Renato Neves, che-

Foto: Leonardo Coimbra

EMOÇÃO
Filha do terceirizado Vanderlei
Sampaio, Aryane, que sofre de
uma paralisia cerebral, chorou
de felicidade ao saber que iria

participar do evento

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Novembro - 2019 - ed. 120

ELEIÇÃO DOS BICHOS Foto: Lucas Carvalho
Um dos pontos altos do encontro foi a história contada pela servidora Coral Herculano
sobre candidatos do reino animal, seguido de debate e votação

fe da Seção de Dimensionamento dro, 2 anos, filho de Luciana Batis- sou que a festa havia acabado e
e Qualidade de Vida (Secdim), foi ta, também doou brinquedos. “Ele apontou para a organizadora do
um que doou brinquedos. “É bom está na fase do ‘é meu’, por isso é evento. “Veio até mim, com ar
ensinar essa prática desde cedo. importante estimulá-lo a compar- questionador, me cobrando ‘aca-
Ele próprio escolheu dois brinque- tilhar”, acredita. Quando Pedrinho bou?, acabou?’”, diverte-se a co-
dos, numa boa”, diz Renato. Pe- viu o salão se esvaziar, a mãe avi- ordenadora da Csint.

Foto: Leonardo Coimbra

ALEGRIA NO AR
As servidoras da Coordenadoria
de Saúde e Integração (Csint)
Elisa Perpétuo e Gisele Goneli
organizaram o evento e distribuíram
pipoca para a criançada

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Novembro - 2019 - ed. 120

Luciana elogiou o encontro: zeram o teatro de fantoche e can- e Rafael, de 1 ano e 2 meses, faz
“Foi muito divertido. No meu taram músicas, foi bancado pelo coro aos elogios: “Tem que entrar
caso, foi providencial, pois com o sindicato. As pipocas foram corte- para o calendário do Tribunal”,
Dia do Professor, não tinha com sia do diretor-geral, Bruno Andra- opina a servidora. “É uma opor-
quem deixá-lo em casa”. Feliz de, e da secretária de Gestão de tunidade de as crianças conhece-
com a repercussão positiva, Gise- Pessoas (SGP), Renata Geronimi. rem o local de trabalho dos pais,
le fez questão de destacar o apoio Já a EJE promoveu a eleição simu- além de promover a confrater-
da Escola Judiciária Eleitoral (EJE) lada e distribuiu os kits com bloco nização entre servidores e seus
e do Sindicato dos Servidores das e camisa do programa “Eleitor do filhos”, complementa. Apesar da
Justiças Federais (Sisejufe) na or- Futuro”, aponta ela. pouca idade, os gêmeos “levarão
ganização do evento, que espera a festa na lembrança”, diz Flávia,
“ser reeditado no ano que vem”. Flávia Gaspar, da Seção de que tirou muitas fotos e postou,
“O custo dos animadores, que fi- Juízos Frequência e Requisição orgulhosa, nas redes sociais.
(Sefrer), mãe dos gêmeos Bruno

MÚSICA E BRINCADEIRAS
As crianças menores curtiram teatrinho de fantoche, jogos de tabuleiro e
massinha, sempre com a animada dupla de palhaços

Foto: Leonardo Coimbra

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Foto: Leonardo CoimbraFale com a SGP

A Secretaria de Gestão de Pessoas acaba de disponibilizar um canal de comunicação com os servidores para
receber dúvidas, sugestões, reclamações e elogios. O “Fale com a SGP” está disponível no novo portal da se-
cretaria, que pode ser acessado pelo menu Ferramentas, na intranet. Funciona da seguinte forma: o servidor
escolhe o assunto, informa a matrícula e escreve a mensagem, o chamado é encaminhado para a unidade
competente e, por fim, o servidor recebe um número por email para ter acesso ao seu andamento no próprio
“Fale com a SGP”. “Com os novos canal e portal queremos aperfeiçoar a gestão de pessoas, trazendo transpa-
rência e fomentando a participação dos servidores”, acredita a secretária Renata Geronimi.

Novos voluntários

Desde julho, o “Eleitor do Futuro” já atingiu mais de 7 mil alunos em todo estado, e esse número deve-se
ao envolvimento de novos servidores voluntários, que passaram de 14 para 21 neste ano. “Quando tenho a
oportunidade, sempre quero estar presente no processo de aprendizagem”, contou o voluntário Paulo Virgílio,
da 184ª ZE (Rio das Ostras). Já Luis Fernando Silva, da Seção Registros Funcionais, falou sobre a importância
da atuação do Tribunal nas escolas. “Observo nos jovens uma falta de esclarecimento sobre a política, então
as palestras servem para ajudar e incentivar a pensarem”, comentou o servidor, que também é professor de
História.

Pós-graduandos

Sete servidores se inscreveram no curso de especialização em Direito Eleitoral, promovido pela Escola Judi-
ciária Eleitoral (EJE-RJ) em parceria com a Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(Uerj). Com início previsto para este mês, a capacitação tem uma carga de 360 horas-aula e 18 meses de

duração. “Além da oportunidade de aprimoramento profissional
com professores gabaritados, a comodidade de ter as aulas no
ambiente de trabalho é um incentivo a mais”, destacou a coor-
denadora de Sessões (Coses), Paula Lessa, entusiasmada com a
pós-graduação, que será realizada no auditório da EJE-RJ. Outra
servidora que também está empolgada é a assessora-jurídica da
Presidência, Eline Iris. “É muito difícil encontrar uma especializa-
ção em Direito Eleitoral, especialmente aqui no Rio. O fato de ser
um curso presencial faz toda a diferença”, disse.

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Rolou confraternização na sua ZE ou setor? Tem alguma história legal sobre o dia a dia no TRE-RJ? Foto: arquivo da 103ª ZE
Mande pra gente (com fotos, quando for o caso): [email protected]

Café e trabalho

A equipe da Central de Atendimento ao Eleitor de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, começou a ma-
nhã de trabalho com um farto café no dia 25 de outubro, uma iniciativa da juíza Mafalda Lucchese. “Ela quis
comemorar o aumento dos cadastros biométricos, pois atingimos 2.200 atendimentos diários”, disse o chefe
da 103ª ZE, José Mauro da Silva. Maior colégio eleitoral a passar pelo procedimento obrigatório neste ano,
Duque de Caxias conta com o empenho de 90 terceirizados e 14 servidores da Prefeitura, além do pessoal
do quadro, na tarefa de cadastrar a biometria de todo o eleitorado do município. O esforço para elevar os
números esbarra no ritmo lento de adesão dos eleitores, que parecem não ter despertado para a urgência da
biometria no município. A menos de um mês do encerramento, a média tem que superar 4 mil atendimentos
para atingir a meta.

Movidos pela solidariedade

Para auxiliar eleitores, principalmente idosos, a driblarem dificuldades no agendamento, a 14ª ZE (Todos os
Santos) passou a reservar um momento, sempre às quintas-feiras, das 16h às 17h30, para agendar o compa-
recimento deles a qualquer cartório da Capital. Um dos idealizadores da iniciativa, o servidor Luiz Roberto
Julio da Silva, atende toda semana uma fila de pelo menos oito eleitores, desde que a ideia foi colocada em
prática, há três meses. “São pessoas que, por motivos diversos, não conseguem agendar”, explica. Grande
parte desses eleitores sequer pertence à circunscrição da 14ª ZE. “Acredito que isso ocorre pela localização.
Estamos próximos ao centro do Meier e Cachambi, bairros atendidos pela Central de Atendimento ao Eleitor
(CAE) de Del Castilho”, deduz. “Alguns declaravam ainda ter dificuldades em lidar com a informática e muitos
recorreriam a lan houses. Por isso discutimos uma forma de ajudá-los”, recorda.

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Olhar premiado Foto: Pablo Barros

Fotos de oito servidores do Tribunal foram sele-
cionadas para participar da exposição “O mundo
pelo olhar do servidor”, organizada pelo Sindicato
dos Servidores das Justiças Federais (Sisejufe). As
fotos escolhidas para a mostra estiveram entre as
vencedoras do II Concurso de Fotografia, também
promovido pelo sindicato. O oficial de gabinete
da Diretoria-Geral, Pablo Barros teve três imagens
premiadas, como a que ilustra esta nota. Quem
quiser conferir as outras dez fotos vencedoras tem
até o dia 19 de dezembro para comparecer ao Espaço de Convivência e Inovação da Seção Judiciária, na Av.
Almirante Barroso, 78, 3º andar, no Centro do Rio.

Talentos literários

Os contos “Os óculos de Alice”, da servidora Anick Frazão Athayde, da Seção de Protocolo e Expedição (Se-
prex), “Entre flores e espinhos”, de Francisco Filardi da Silva, da 169ª ZE (Saúde) e “Fábrica de sardinhas”, de
José Alexandre Santana da Mota, da 24ª ZE (Jardim Sulacap), estão entre os 30 premiados do 1º Concurso
Nacional de Contos da Justiça Eleitoral. Promovida pelo TRE-PR, a competição teve 104 inscritos, entre autori-
dades, servidores, colaboradores e mesários de todo o país. Os servidores terão os textos publicados em uma
coletânea, que será distribuída para as bibliotecas públicas do Paraná e para os tribunais regionais eleitorais.

Colhendo frutos

Lembra da Reunião de Avaliação das Eleições 2018? Das 30 sugestões de melhoria propostas no encontro,
28 já estão com planos de ação. “Quatro deles já foram concluídos, 16 ainda estão em andamento e oito co-
meçam em dezembro”, conta o oficial de gabinete da Diretoria-Geral, Pablo Barros. A aprovação da Política
Integrada de Comunicação Institucional foi uma das ações já concluídas. Para o pleito de 2020, estão previstos
um calendário de tarefas, a padronização dos procedimentos de mesários e supervisores, um manual de polo
e a integração dos bancos de dados de outros órgãos para facilitar o registro de candidaturas.

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Rolou confraternização na sua ZE ou setor? Tem alguma história legal sobre o dia a dia no TRE-RJ? Foto: Leonardo Coimbra
Mande pra gente (com fotos, quando for o caso): [email protected]
Foto: Marcos Xavier
Ouvidoria reestruturada

A Ouvidoria do Tribunal ganhou uma nova estru-
tura a partir de outubro, passando a estar vincu-
lada diretamente à Presidência e ter um quadro
permanente de três servidores no setor. A mudan-
ça leva em conta norma do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) sobre o funcionamento de ouvido-
rias nos tribunais e foi regulamentada pela Reso-
lução TRE-RJ nº 1.108. “Antes da reestruturação,
cabia à Assessoria Administrativa da Presidência
(Asapre), em acumulação com outras atribuições,
a execução das tarefas pertinentes à Ouvidoria, que a partir de agora deverão ganhar mais celeridade e
visibilidade com a dedicação exclusiva de servidores”, afirma a coordenadora da Ouvidoria, Vivian Bacelar
(casaco amarelo), que trabalha com Isabelle de Souza.

Novos servidores

Aprovados no concurso de 2018, quatro novos
servidores tomaram posse no Tribunal recente-
mente. Os dois analistas e dois técnicos passaram
pelo Programa de Integração, Ambientação e For-
mação Inicial, desenvolvido pela Coordenadoria
de Desenvolvimento de Competências (Cdesc) e,
atualmente, estão arregaçando as mangas nos
setores em que foram lotados. O analista judiciá-
rio Leandro Luiz Cardoso já atende os eleitores da
52ª ZE (Cordeiro), município que está na reta final do cadastramento biométrico obrigatório. “A ambienta-
ção foi essencial para minha familiarização com o trabalho. Se eu não souber como resolver um problema,
pelo menos sei onde procurar a resposta”, elogiou o novo servidor. Além dele, também tomaram posse Luiz
Felipe Santos (Seimpa), Simaia Hemerly e Karina e Souza, ambas lotadas na 116ª ZE (Angra dos Reis).

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Em Foco Novembro - 2019 - ed. 120

Integração e
aprendizado

Semana do Servidor deste ano contou com
programação inédita e diversificada

C apacidade de resolver desafios sob pressão, desenvolvimento de problema
a partir das competências pessoais e construção de objetos decorativos
manuais foram algumas das habilidades estimuladas durante a Semana do
Servidor, nos dias 21 a 25 de outubro. Repleto de atividades inéditas – das oito
previstas, seis foram oferecidas pela primeira vez - o evento também não deixou de
fora temas como a importância do cuidado com o corpo e a troca de experiências
pessoais e profissionais.

“Nossa intenção foi montar Goneli, responsável pela organi- sário estimular mais a participa-
um evento em que as pessoas zação da semana. “Pela procu- ção dos servidores dos cartórios
pudessem interagir e se conhecer ra das atividades e pelo retorno nos próximos eventos. “Sentimos
melhor por meio de atividades que tivemos dos participantes, falta dos colegas das zonas e va-
lúdicas de aprendizagem em con- acreditamos que foi um sucesso”, mos pensar em formas de levar
junto”, explicou a coordenado- comemorou a servidora. No en- as atividades para eles também”,
ra de Saúde e Integração, Gisele tanto, ela verificou que é neces- ressaltou.

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Novembro - 2019 - ed. 120

Fotos: Luciana Batista

SOB PRESSÃO
Em 40 minutos, as equipes do workshop “Desarme”
conseguiram desvendar todas as pistas

Ao final das atrações, que coisas que acreditamos que não Vilon Desenvolvimento Criativo
tiveram a maioria das vagas es- somos”, afirmou a servidora Letí- conduziu o workshop “Desarme”.
gotadas, sempre havia elogios cia Tufvesson, da Coordenadoria Os participantes tinham que de-
dos participantes. O workshop de Desenvolvimento e Compe- sarmar uma bomba desvendando
“No ritmo da colaboração”, por tências (Cdesc). Avelino Gomes, uma série de pistas. Para isso, a
exemplo, foi um dos destaques. da Seção de Desenvolvimento sala de curso do 6ª andar da sede
Estimulando a sincronia do tra- de Sistemas (Sedsis), também foi foi adaptada para a atividade,
balho em conjunto, a atividade só elogios à atração. “Foi a mais que deveria ser concluída em 40
teve como ápice a apresentação interessante de todas, porque minutos. Os dois grupos tiveram
de duas paródias, com banda e trabalhou várias habilidades, nos êxito na missão. “A dinâmica tinha
tudo, que foram criadas e ensaia- divertiu bastante e ficamos orgu- como objetivo ensinar a trabalhar
das pelos grupos. “Sensacional! lhosos com o resultado”, opinou. em conjunto sob pressão”, expli-
O workshop nos mostrou como cou o instrutor Fabiano Cavallet.
somos capazes de fazer muitas Além do “No ritmo da cola- “Foi meio caótico, teve uma pista
boração”, a empresa contratada
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Novembro - 2019 - ed. 120

SOLTANDO A VOZ
Os servidores criaram, ensaiaram e apresentaram duas paródias no workshop “No ritmo da colaboração”

que estimulou muito debate, mas encontrou de tratar o assunto. De- ampla vantagem para o segundo
conseguimos descascar o abacaxi senvolvida pelo servidor do TRE- colocado. “O jogo é interessante,
no final da contas”, disse Adriana -RO Ronaldo Moura, a competição pois estimula a visão sistêmica e
Tangerino, da Seção da Biblioteca utiliza tabuleiros e premia quem a colaboração entre os gestores,
e Editoração (Secbib). consegue melhor distribuir e equi- além de simular situações de ne-
librar as competências em jogo. O gociação entre as unidades”, ava-
Outra competição foi o “Jogo coordenador de comunicação so- liou Maurício, que se disse surpre-
de Competências”, uma forma cial, Maurício Duarte, ganhou com so com a primeira colocação.
descontraída que a Administração

DINÂMICA
Os servidores participaram
de jogo de tabuleiro que
premiava quem conseguiu
melhor distribuir e equilibrar as
competências das pessoas

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Novembro - 2019 - ed. 120

SAÚDE EM DIA
Descontraído

e com linguagem
simples, o médico Érito

Marques falou sobre
qualidade de vida e
cuidado com o coração

O coordenador da Cdesc, Cuidados com o corpo sabe que vai chover e quem não
Marcos Xavier, explicou que a ati- sai nunca com ele. Foi uma for-
vidade teve como objetivo auxi- A Semana do Servidor dedi- ma didática que ele encontrou
liar a retomada do projeto Gestão cou um espaço especial ao corpo. de mostrar que a ciência trabalha
por Competências, iniciado em A atração inaugural foi a pales- com probabilidade.
2015, mas posteriormente des- tra “Qualidade de vida e cuida-
continuado. “Antes uma comissão do com o coração”, na qual os “Há fatores, como o heredi-
cuidava do assunto, agora, com a servidores puderam convidar os tário, que não podem ser evita-
reestruturação do organograma familiares para assisti-la. Descon- dos. No entanto, existem diversos
do Tribunal Regional Eleitoral do traído e com linguagem simples outros, como não fumar, praticar
Rio de Janeiro, o projeto passou e direta, o médico, matemático, atividade física, controlar a hiper-
a ser atribuição de uma unidade engenheiro de produção e com- tensão e a diabetes com acom-
administrativa, e, com isso, acre- positor Érito Marques manteve panhamento médico regular, que
ditamos que conseguiremos dar a atenção da plateia, que lotou o ajudam a diminuir os riscos de
andamento a ele, que é funda- auditório da EJE-RJ. Logo no início AVC e infarto, por exemplo”, ex-
mental para a gestão de pessoas da palestra, ele perguntou quem plicou o palestrante. “Claro que
dentro de uma instituição”, res- costumava sair de casa com guar- todo mundo conhece um sujeito
saltou Marcos. da-chuva, quem só sai quando que faz tudo errado, sempre pega
tempestades e nada acontece,

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Novembro - 2019 - ed. 120

RODA DE DISCUSSÃO
Vestidos com a cor símbolo da campanha Outubro Rosa, de combate ao cancêr de mama, os servidores debateram o tema a
partir da experiência das colegas Flávia Vidal, Helena Luz e Renata Geronimi (em destaque, da esquerda para a direita)

mas é uma questão de probabi- Diretoria-Geral, e Flávia Vidal, da confiança. “Esse último tópico é
lidade e estamos falando de algo Assessoria de Planejamento Es- muito importante porque uma
muito importante, que pode fazer tratégico e Gestão. característica similar de nós três
a diferença se vamos viver cinco, é que não estávamos enquadra-
20 ou mais 40 anos”, alertou. “Foi muito interessante ou- das em situação de risco”, relatou
vir a experiência das três, pois Flávia, que não tem histórico de
A secretária de Gestão de pudemos perceber que cada uma câncer na família, não bebe e faz
Pessoas, Renata Geronimi, ficou encarou a doença de uma forma atividade física regular.
“positivamente impactada com diferente e cada servidora tem
o conteúdo e o jeito com que o ainda que tomar cuidados espe- Ainda com foco nos cuida-
médico palestrante conduziu a cíficos sobre a doença”, afirmou dos do corpo, foi realizada a ofi-
apresentação”. Tanto, que ela fez Janette da Silva, da Seção de Atos cina de dança meditativa, com
questão de retomar essa analo- e Informações Processuais e Ne- o maestro Eduardo Feijó, que
gia do guarda-chuva na II Roda gócios do PJe (Seinpe), que é vo- buscou ampliar a consciência e o
de Discussão, um das atividades luntária do Instituto Nacional do autoconhecimento. “Fiquei ener-
mais emocionantes da Semana Câncer (Inca). Em meio a relatos gizada nos dias seguintes”, conta
do Servidor. Na primeira edição e lágrimas de diversas participan- Letícia. No último dia também
do projeto, em maio, o tema foi tes, a roda de discussão também foi oferecida massoterapia. Aliás,
o retorno ao trabalho após a li- abordou o apoio da família, o essa foi a atração mais concorri-
cença-maternidade. Na Semana reconhecimento de que os cui- da de todo o evento, pois já ha-
do Servidor, a roda discutiu o cân- dadores muitas vezes também via fila de espera em menos de
cer de mama a partir do relato precisam de suporte e o alerta uma hora após a abertura das
de vida de três servidoras: a pró- de que todos têm que se cuidar, inscrições. Cada massagem tinha
pria Renata, Maria Helena Luz, ou seja, fazer exames periódicos a duração de apenas 20 minutos,
da Assessoria Administrativa da com um profissional médico de mas, a expressão de relaxamento

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Novembro - 2019 - ed. 120

dos servidores que saiam do es- dos objetos ensinados pela ser- riados objetos”, disse a servidora,
paço montado na sala de reunião vidora, que levou a irmã Cristia- que se colocou à disposição para
da Cdesc, levou Marcos Xavier a ne Brandão para atuar como sua tirar dúvidas futuras dos novos
dizer que tinha “mãos de fada” a assistente. Adriana destacou al- adeptos.
profissional contratada pelo Sin- guns benefícios da técnica. “Ori-
dicato dos Servidores Federais no gami exercita a capacidade de Na incansável tarefa de pro-
Estado do Rio de Janeiro (Siseju- concentração e memorização”, mover saúde e integração entre
fe). “Pelo sucesso que sempre faz, afirmou a servidora, que deu os os servidores, Gisele vai oferecer
é uma atração que não podemos primeiros passos na técnica há uma nova edição da oficina de
deixar de fora para as próximas oito anos e fez questão de levar origami, no dia 22 de novembro,
edições”, antecipou Gisele. centenas de trabalhos produ- novamente com Adriana. Des-
zidos nesse período. A oficina sa vez, com temática natalina.
Outra atividade não inédita, agradou tanto os participantes “Vamos continuar a promover
mas que fez sucesso, foi a oficina que Adriana só foi liberada bem eventos que estimulem o apren-
de origami – arte japonesa de do- depois do horário previsto de en- dizado e interação entre os ser-
brar o papel para criar represen- cerramento da atividade. Mesmo vidores, mantendo esse clima
tações de seres ou objetos. Desta assim, só após ensinar a montar bacana que tivemos nos últimos
vez, foi conduzida pela secretária caixinhas de presente. “Hoje em eventos do Tribunal”, afirmou
da Corregedoria Regional Eleito- dia, existem muitos vídeos baca- Gisele, referindo-se também ao
ral e Vice-Presidência, Adriana nas na internet que dão o passo a II Encontro do Dia das Crianças,
Brandão. Marcadores de livro, passo da confecção dos mais va- tema da matéria de capa desta
borboletas e flores foram alguns edição do Parlatório.

CRIATIVIDADE
Turma da oficina de origami,
que aprendeu a fazer diversos

objetos decorativos com a
técnica japonesa

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Zona de Contato

96ª ZE

CABO FRIO

VINÍCIUS FERREIRA Fotos: arquivos da 96ª ZE
LOYOLA

Ano de ingresso
2007

Formação
Psicólogo

NILCEA COSTA
DE OLIVEIRA

Ano de ingresso
2007
Formação
Direito
Lotação anterior
TRE-PR

MÁRCIA FIALHO MARIA DA CONCEIÇÃO
GASPAR DA MOTTA
Ano de ingresso
1996 Servidora requisitada

Formação
Administração

Lotação anterior
146ª ZE, 59ª ZE, 181ª
ZE e 172ª ZE

20

Novembro - 2019 - ed. 120 8231731.261.77207.17321402m46s0le3ope4cçRcrsoRõoaáaAmeeAcirstEslseieeEpeossdnrseiusstveedletooeimaidmvrsimtdeoooe2oser2tmr0eanri0ane1sçt1itso8ãss7rcsoarpimtooirtsadçiãao

Foto: Prefeitura de Cabo Frio

Fonte: 96ª ZE

PRINCESINHA DO ATLÂNTICO INFLUÊNCIA POSITIVA

Descoberto em 1503 por Américo Vespúcio, Cabo Frio é o “Tivemos um salto de 60 atendimentos por dia para cerca de
sétimo município mais antigo do Brasil. No verão, a população 100”, conta o chefe de cartório. Apesar da biometria ainda não
da cidade fica até dez vezes maior, sendo um dos destinos ser obrigatória no município, Cabo Frio tem sido afetada pelo
mais visitados da Região dos Lagos. O imperador Dom Pedro processo de revisão eleitoral para coleta biométrica nas vizinhas
II visitou a cidade em 1847, muito antes do local ter suas Arraial do Cabo e Iguaba Grande. “Ficamos sem tempo para
praias invadidas por veranistas. Há muito a pesca e a produção outras atividades mas não reclamamos da agenda sempre cheia.
salineira são importantes atividades econômicas da região. Até 2022 nossos eleitores precisarão fazer a biometria, é bom que
Dos anos 90 pra cá, Cabo Frio tem se firmado como o principal eles se adiantem. Isso evita confusão quando o procedimento
polo produtor de moda praia do país, exportando para obrigatório chegar aqui”, esclarece Vinícius.
vários centros internacionais. Existe até uma rua, no bairro
da Gamboa, inteiramente dedicada ao comércio de biquínis, PLEITO EM DOBRO
sungas e cangas.
O ano de 2018 foi puxado para os servidores das duas zonas
MUDANÇA PARA MELHOR eleitorais da cidade. Como o prefeito eleito em 2016 teve seu
registro de candidatura indeferido pelo TSE, foram realizadas
Desde 2017, as duas zonas eleitorais do município e a Central novas eleições para o cargo. “Tivemos fechamento de cadastro
de Atendimento ao Eleitor (CAE) coordenada pela 96ª ZE em maio, eleição suplementar em junho e as eleições gerais em
funcionam num prédio no centro da cidade. “Antes, ficávamos outubro”, conta Vinícius. Apesar do ano difícil, ele não se abala.
numa área afastada, de difícil acesso. O novo prédio está “Mar calmo nunca fez bom marinheiro”, brinca.
numa localidade muito bem servida de transporte público e
com bastante comércio ao redor”, conta o chefe de cartório, SUSTOS E SURPRESAS
Vinícius Loyola. Além da localização central, as instalações do
novo prédio são outro ponto forte. “Apesar de termos uma “As eleições costumam ser bem tranquilas no município mas, às
área menor, tudo aqui é novo. Temos copa, banheiro para o vezes, tomamos alguns sustos”, afirma Vinícius. Ele conta que,
público e para os servidores”, elogia Vinícius. normalmente, as urnas são distribuídas no domingo de manhã,
sem grandes transtornos até mesmo nas áreas de risco. “Em
2016, tivemos que correr para que todas fossem entregues no
horário. Houve um confronto numa área da cidade durante a
madrugada, vias foram fechadas e ônibus foram queimados, foi
uma confusão”, lembra o chefe de cartório.

O AMOR TRABALHA AO LADO

O TRE trouxe mais que um emprego estável e boas histórias para
Vinícius. Foi no trabalho que ele conheceu sua esposa, a chefe
de cartório da outra zona eleitoral do município, Priscila Maricati
Loyola. “Somos do mesmo concurso e fomos lotados na 96ª ZE,
foi lá que nos conhecemos”, explica ele. Na opinião de Vinícius,
o fato de trabalharem no mesmo local facilita a organização da
rotina familiar e os cuidados com os cinco filhos do casal. “A
dinâmica fica muito melhor. Pela proximidade, os imprevistos são
administrados com mais facilidade e rapidez”, comemora Vinícius.

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Coluna Novembro - 2019 - ed. 120

Marcos Xavier é Você, Protagonista
coordenador de
Desenvolvimento A janela que
de Competências nos separa
do TRE-RJ
Na coluna anterior trouxemos prático para analisar a maneira
22 o Ikigai como uma ferramenta de como uma pessoa se relaciona
autoconhecimento em relação aos com as outras em seu grupo de
nossos objetivos. Hoje, trago outra trabalho ou outros ambientes.
ferramenta, também de autoco- Para compreender o modelo
nhecimento, mas, desta vez, com JOHARI, imagine uma janela com
relação às nossas interações. quatro “vidros”, sendo que cada
um corresponda a uma das se-
Ninguém está sozinho e a guintes áreas:
necessidade de convívio social é
uma realidade. Ocorre que cada • Área aberta: onde se in-
pessoa com a qual convivemos cluem todos os nossos compor-
forma uma imagem nossa de tamentos sobre os quais nós e os
acordo com o que ela percebe e outros têm conhecimento, isto é,
esta imagem nos é transferida de as pessoas nos veem do mesmo
algum modo a partir das relações modo como nos vemos, tais como
que essa pessoa estabelece co- modo de falar, da atitude geral,
nosco. Mas a imagem pela qual habilidades, etc.
somos percebidos comunica o
que realmente somos? O quanto • Área fechada ou secreta:
isto nos custa? onde estão os comportamen-
tos que vemos em nós mesmos,
Desenvolvida nos anos 60, a mas que escondemos dos outros,
Janela JOHARI é um instrumento como um medo que a gente sinta,

Novembro - 2019 - ed. 120

Desenvolvida nos anos 60, a janela JOHARI é
um instrumento prático para analisar a maneira
como uma pessoa se relaciona com as outras em
seu grupo de trabalho

mas lutamos para projetar a ima- Com a comunicação e o com-
gem de muita coragem pessoal. partilhamento de informações, as
perspectivas, habilidades e obje-
• Área encoberta ou cega: tivos estarão transparentes e as
onde estão as características que relações passam a ser mais dinâ-
as outras pessoas percebem em micas e produtivas.
nós, mas que nós não consegui-
mos perceber, como um nervosis- No vídeo disponível no ende-
mo que os outros percebem, mas reço https://www.youtube.com/
que eu não percebo que sou ou watch?v=AHAOQ2nTuQU você
estou nervoso”. tem uma explicação visual e rá-
pida sobre a Janela JOHARI e em
• Área desconhecida: onde https://olhodetigre.com.br/janela-
há fatores que não percebemos -johari/ um teste pode ser feito.
em nós mesmos nem as outras
pessoas percebem. Se quiser conhecer mais,
Patrícia Santos tem um material
Ao conhecer em qual des- em https://www.youtube.com/
tas áreas mais nos localizamos, o watch?v=8PGGaSqxbA0. Também
próximo passo seria ampliarmos a há outro teste para conhecer sua
área aberta e reduzir as áreas des- janela Johari em http://patricia-
conhecidas. Para fazermos isso, santos.com.br/conteudos/relacio-
precisamos desenvolver as habili- namento_interpessoal.pdf.
dades de comunicação interpesso-
al e abertura para feedback. E aí, como é a sua janela?

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