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Published by Instituto Agronômico de Pernambuco, 2019-07-17 08:59:51

Paisagismo em Pernambuco - Teste

Teste de publicação do livro

Keywords: paisagismo,pernambuco

201 Informações Técnicas

Poda

A poda só deverá procedida para salvaguardar a sanidade e a integridade do vegetal de alguma
forma acometido, pois o crescimento da planta é um processo codificado geneticamente, não necessi-
tando de intervenção, ou seja, a planta já tem em seu desenvolvimento a espontaneidade de um cres-
cimento natural equilibrado. Com isso, a intervenção deve ocorrer apenas quando houver necessidade.
Dessa forma, a poda será aconselhada em casos de enfermidades que possam prejudicar e/ou compro-
meter o vegetal, com perdas ou danos decorrentes de ações naturais e/ou antrópicas (chuvas, raios, para-
sitas, pragas e doenças, colisões, queimas, entre outros), que provocam apodrecimentos e mutilações,
dentre outros problemas.

crista de casca

colar

Desenho esquemático da localização do colar e da crista no caule. (Manual Técnico de Arborização Urbana - SP, 2005)

A poda compreende um conjunto de operações que se efetuam na planta e que consistem na supressão
herbáceo (brotos, inflorescências, cachos, folhas e gavinhas). A seguir mostra-se um esquema com
o passo a passo de uma poda, conforme Manual Técnico de Arborização Urbana de São Paulo- 2005.

2o Corte30cm Informações Técnicas 202
(2/3) Reação 02
Reação 01
1o Corte
(1/3)

3o Corte

Distâncias das intervenções e profundidades
(1º, 2º e 3º cortes)

A

B
C

Reação 03 Reação 04

A - Correto B - Errado C - Errado

Posições do terceiro corte e seus respectivos Seqüência das etapas do processo de
processos de cicatrização (deve-se preservar o cicatrização

colar e a crista da casca)

Desenhos esquemáticos de cortes e cicatrização. (Manual Técnico de Arborização Urbana - SP, 2005)

203 Informações Técnicas

Tipos de Poda

A poda de árvores pode ser realizada sob diferentes propósitos. Para efeito desta publicação, como
forma de intervenção nas espécies estabelecidas nas Academias das Cidades, são indicadas as seguintes
técnicas:
• Poda de limpeza
É aquela realizada para o corte seletivo de ramos doentes, danificados ou mortos que possam prejudicar
o desenvolvimento vegetal.
• Poda de emergência
É aquela que visa à remoção de partes do vegetal de alguma forma prejudicadas em decorrência de
mecanismos naturais ou antrópicos, ou mesmo estruturas sadias que possam levar riscos à integridade
física da população, bem como ao patrimônio público e/ou particular (em casos excepcionais). Esse tipo
de intervenção só deverá ser executada mediante um laudo técnico de órgão competente, dando
anuência a tal procedimento.
• Poda de adequação
É o tipo de procedimento menos frequente quando os projetos de arborização urbana atendem às
recomendações técnicas, como por exemplo o plantio adequado das espécies em relação às dimensões
do calçamento ou outras situações. Esse tipo de poda é muitas vezes necessário devido a um
remodelamento do meio urbano do entorno, a exemplo de projetos de urbanização que visem a
reformar determinados pontos. Esses devem se adequar, preservando as árvores já existentes e não o
contrário.
• Poda de raiz
Excepcionalmente, a poda de raiz p o d e s e r indicada mediante laudo técnico, quando houver
exposição excessiva das raízes ou interferência nas instalações do entorno (caixas de inspeção,
tubulações, estruturas prediais, entre outros), desde que a intervenção não interfira na estabilidade da
planta nem provoque sua perda. Entretanto, as recomendações para arborização descritas nesta obra
podem evitar esse tipo de procedimento, quando seguidas corretamente.

Informações Técnicas 204

Procedimentos da poda de raízes

• Sempre que possível eliminar apenas as raízes que estejam provocando danos físicos relevantes.
• A raiz a ser cortada deverá ser exposta antes da realização do corte.
• Evitar o corte de raízes com diâmetro superior a 10 cm.
• O corte deverá ser realizado a uma distância mínima de 50 cm do tronco da árvore.
• Não eliminar todas as raízes ao redor da árvore, tendo em vista a preservação do equilíbrio da planta.
• Quanto maior for a quantidade de raízes eliminadas, maior será o comprometimento da estabilidade.
• A intervenção deverá ser realizada com serra bem afiada, sendo o primeiro corte na extremidade
próxima à árvore e o segundo até o limite necessário a ser retirado.
• Ao final do procedimento, as raízes e o solo devem ser protegidos do ressecamento, por meio de rega
e cobertura morta (palhada, serragem ou outro substrato que preserve a umidade).



Ações estratégicas

207 Ações Estratégicas

Ações se fazem necessárias para que os parâmetros descritos nesta publicação (ver pág. 15) sejam
efetivamente implementados nos municípios de Pernambuco. Para isso, necessita-se viabilizar uma
política que contemple a produção de mudas e ações de educação ambiental nas Academias.
Em todo o Estado visualizam-se parcerias com instituições privadas e públicas, abarcando grandes
empresas e instituições públicas federais, estaduais e municipais na promoção de uma gestão
compartilhada do Programa Academia das Cidades, viabilizando a produção, a manutenção e a logística
de transporte de plantas, bem como a preservação das espécies existentes nos diferentes locais de
implantação das Academias.

Produção de Mudas

Sobre uma política de produção de mudas, com o intuito de atender às necessidades do Prograna nas
cinco regiões estabelecidas (Litoral, Mata, Agreste, Sertão e Brejos de Altitude), se fazem necessárias
parcerias entre a SECID e o IPA, não se descartando outras possíveis, pelas próprias dimensão e natureza
física do estado de Pernambuco. Primeiramente, visualiza-se as estações do IPA, como meio estratégico
para a produção e manutenção de mudas e logística de distribuição.
No Recife sugere-se a Sementeira de Casa Amarela da Prefeitura da Cidade do Recife - PCR e do Jardim
Botânico do Recife - JBR, bem como o Centro de Produção e Comercialização - CPC / IPA. Não se pode
deixar de fora o maior parceiro, representado pelas prefeituras municipais e suas secretarias de
Obras, Meio ambiente, Agricultura e Saúde, entre outras, responsáveis em gerir e manter
políticas públicas de promoção à saúde e à cidadania.
Essa política deverá levar em conta o local de implantação das Academias, com enfoque regional na
escolha das espécies, na aquisição de sementes e nas formas de propagação dos vegetais indicados.

Ações Estratégicas 208

Com o intuito de fornecer informações básicas sobre a produção de mudas de plantas nativas e
exóticas, a seguir destacam-se algumas estações experimentais do IPA e dos municípios que produzem
mudas.
O município do Recife, conforme citado anteriormente, concentra o maior número de viveiros de órgãos
públicos para a produção e a comercialização de mudas no estado. Nas demais regiões, não levando
em conta as bases físicas das prefeituras, o IPA possui treze estações experimentais, embora
atualmente apenas 5 delas desenvolvam atividades de produção de mudas: Itapirema (Goiana) e
Itambé, ambas na zona da Mata Norte; Vitória de Santo Antão, na zona da Mata Sul; Ibimirim, no
Sertão, e Garanhuns, no Agreste.
As ações que compõem a produção de mudas devem prever a aquisição das sementes e, em seguida, a
logística de produção e distribuição das mesmas, de forma a viabilizar sua disponibilização no prazo mais
curto possível.
Deve-se considerar, ainda, que algumas espécies listadas neste livro podem apresentar eventuais
problemas em sua multiplicação, o que não inviabilizará a proposta inicial pois, como já ressaltado
anteriormente, as herbáceas aqui catalogadas servem apenas como sugestões, podendo o próprio
município itroduzir espécies, de sua preferência, nativas ou exóticas, de form criteriosa, para
complementar a listagem. Entretanto, vale salientar que, nesse caso específico, deverão ser seguidos os
parâmetros já estabelecidos (ver página 15).

209 Ações Estratégicas

Educação ambiental

Entende-se por educação ambiental nas Academias o conjunto de ações relacionadas à conscientização
das comunidades usuárias, principalmente as que vivem no entorno desses equipamentos públicos,
vislumbrando-se sua participação consciente em todo o processo de concepção e elaboração do projeto
paisagístico. Esse processo possibilita o envolvimento da população desde o início da implantação da
arborização local, despertando a consciência da construção de ambientes mais saudáveis, sustentáveis e
culturais.
As ações de educação ambiental compreendem quatro etapas, com suas respectivas atividades:
ETAPA 1 (APRESENTAÇÕES DOS PARÂMETROS E DO PROJETO PAISAGÍSTICO LOCAL) - Apresentação do
projeto de paisagismo à comunidade do entorno da Academia. Nesse momento os parâmetros serão
apresentados de forma sintética, com os princípios que nortearam a equipe técnica responsável pela
elaboração do projeto. Em seguida, tem-se a apresentação da proposta paisagística, incluindo as
espécies escolhidas, seus posicionamentos considerando insolação, ventilação e funcionalidade, bem
como aspectos de ambiência e beleza cenográfica que nortearam as escolhas das espécies vegetais.
ETAPA 2 (PLANTIO DE MUDAS) - Nessa etapa deve-se buscar a orientação técnica do IPA/SECID/
PREFEITURA, para que a comunidade participe do processo de implantação da arborização. Com isso,
tenciona-se desenvolver afetividade e compromisso dos moradores com a preservação e manutenção
das espécies a serem plantadas.
ETAPA 3 (ORIENTAÇÕES TÉCNICAS) - Após o plantio serão repassadas orientações de como será feita a
manutenção das mudas para que cresçam com o menor grau de interferência possível, proporcionando
um crescimento saudável e natural. Nesse momento a comunidade será orientada tecnicamente para
que não sejam praticadas ações danosas pela comunidade, como por exemplo uma poda inadequada.
Essa poda deverá ser apenas executada pela prefeitura, ou sob sua orientação técnica.

Ações Estratégicas 210

ETAPA 4 (PACTUAÇÃO) - Por último, será pactado com os moradores, a Prefeitura, A SECID e o IPA,
formas de parricipação efetivas da comunidade na manutenção e preservação da Academia de sua
cidade, como, por exemplo, na fiscalização, na proposição de ações para um maior engajamento.
Por fim, essas ações visam propiciar à Academia das Cidades ambientes com áreas de socialização,
recreação e lazer, conforto térmico, dimiuição de poluição soora e do ar, entre outros benefícios. Enfim,
um ambiente integrado com a cultura local, com qualidade, socialmente justo e democrático para
todos.



Glossário

213 Glossário
ACADEMIA DAS CIDADES – programa intersetorial que integra diversas ações visando à qualidade de
vida, por meio da requalificação de espaços públicos de lazer, do fomento a prática de atividade física,
esporte, animação sociocultural, alimentação saudável e formação cidadã.
ADENSADO – reunido em grupos densos, compactos ou espessos.
ADVENTÍCIO – diz-se dos órgãos que se desenvolvem em partes não habituais dos vegetais. Ex.: raízes
que nascem sobre os caules.
AGRESTE – área da Região Nordeste do Brasil que representa a transição entre o Sertão e a Zona da
Mata. A vegetação ali encontrada é do tipo caducifólia (decídua), também denominada de caatinga
hipoxerófila. De forma semelhante ao observado no Sertão, está sujeita a secas periódicas, mas
apresenta precipitações pluviométricas que, em média, variam entre 700 e 800 mm anuais.
ALPORQUIA – método de reprodução de plantas em que se promove a formação de raízes adventícias
em ramos de uma planta já enraizada.
AMARRIO – a Academia Brasileira de Letras não reconhece essa palavra. Para efeito dessa publicação,
entende-se como ato de ligar ou prender duas ou mais partes ou objetos por meio de amarras (corda,
cordão, arame, cinta etc.)
AMPLEXICAULE – base da folha alargada que envolve totalmente o caule.
ANUAL – termo utilizado para definir os vegetais que possuem ciclos vegetativo e reprodutivo num
período de até um ano.
ARBÓREO – que tem porte ou é semelhante a árvore.
ARBORIZAÇÃO – ato ou efeito de plantar ou guarnecer com árvores ou vegetais de porte arbóreo.
ARBUSTIVO – que tem porte ou natureza de arbusto, que é um vegetal lenhoso cujo caule é ramificado
desde a base.
ÁSPERO – nos órgãos vegetais é o tipo de revestimento que apresenta pelos curtos e rígidos, difíceis de
serem enxergados, mas sensíveis ao tato.
AVIFAUNA – fauna ornitológica de determinado território, ou seja, o conjunto das aves de uma região.
AXILAR – diz-se da estrutura que se desenvolve em uma axila de uma planta, normalmente entre a
basedo pecíolo (segmento da folha que a prende ao caule) e o ramo.
BAGA – fruto carnoso, mais ou menos uniforme, contendo um grande número de sementes.
BASAL – relativo à base. Estrutura que está posicionada ou inserida na base.
BRAILE – sistema de escrita em relevo, e de leitura com o tato, desenvolvido em 1827 pelo francês
Louis Braille, que era cego, para permitir a leitura por deficientes visuais.
BREJOS DE ALTITUDE – é também denominado de Floresta Serrana. Por conta da altitude local e do
sistema de chuvas orográficas ali registrados, essa ecorregião reúne condições especiais de temperatura
e umidade, o que possibilita um clima tropical úmido ou subúmido, gerando condições para o

Glossário 214
desenvolvimento de uma vegetação de Mata Atlântica (floresta ombrófila densa), em nítido contraste
com a vegetação de caatinga (savana estépica) circunvizinha.
BULBILHO – bulbo de pequeno tamanho.
BULBO – órgão vegetal, subterrâneo ou aéreo, formado por um eixo basal, encurtado e em formato de
disco, e por gema (broto) envolvida por folhas basais carnosas (catáfilos).
CAATINGA – é uma formação vegetal típica do Semiárido nordestino, com predominância de solos
secos, em razão do baixo índice de chuvas.
CAATINGA HIPERXERÓFILA – tipo de vegetação que caracteriza fisiograficamente o Sertão,
apresentando elevado grau de xeromorfismo (adaptações aos ambientes secos) em decorrência das
adequações às condições áridas ali encontradas. Apresenta, predominantemente, espécies arbustivas e
arbóreas de pequeno porte, dispondo-se de forma menos adensada que a observada no Agreste.
CAATINGA HIPOXERÓFILA – característica da região semiárida do Nordeste, apresenta uma vegetação
que sofre menos os efeitos da deficiência hídrica devido às melhores condições climáticas e
características físicas de solo encontradas na região onde ocorre (Agreste). De uma forma geral,
apresenta-se mais densa, com espécies predominantemente arbustivas e arbóreas, o que decorre dos
totais pluviométricos mais elevados e das chuvas melhor distribuídas, quando comparados à região
onde ocorre a caatinga hiperxerófila.
CACHO – tipo de inflorescência em que os pedicelos das flores e dos frutos se inserem em diversos
níveis do eixo comum.
CADUCIFÓLIA – diz-se da planta ou vegetação que perde as folhas em determinados períodos do ano,
como na estação seca ou no inverno.
CAPÍTULO – inflorescência arredondada e com flores geralmente pequenas e aglomeradas.
CARTÁCEO – diz-se da folha ou qualquer outro órgão vegetal que apresenta consistência semelhante à
de uma folha de papel (cartolina).
CEFÁLIO – tipo de inflorescência com aspecto de cabeça.
CESPITOSO – que se desenvolve em conjuntos compactos, formando tufos ou touceiras.
COSMOPOLITA – diz-se de uma espécie que tem distribuição espontânea por grande parte do globo
terrestre.
CRENADO – provido de recortes obtusos e arredondados nas margens das folhas.
CURVINÉRVEO - diz-se das nervuras foliares que são mais ou menos paralelas entre si e cujas curvas
acompanham os bordos do limbo.
DAP - abreviatura de “Diâmetro à Altura do Peito”. É a medida do diâmetro caulinar (com casca) tomada
a uma altura de 1,30m em relação ao solo.

215 Glossário
DECíDUO ou DECIDUAL - diz-se das folhas ou outros órgãos de plantas que caem ou se soltam em
estações específicas.
DECUMBENTE – planta com ramos deitados ou caídos sobre o solo.
DESCAMANTE – que se esfolia em lâminas delgadas, como a casca externa de algumas árvores.
DIÓICO – vegetais que apresentam flores masculinas e femininas em indivíduos distintos.
DRUPA – fruto simples, carnoso e indeiscente (fruto que não se abre espontaneamente).
ENTRECASCA – parte mais interna da casca de uma árvore e que normalmente fica exposta quando se
extrai a camada mais externa.
ENXERTIA – inserção de gema, broto ou ramo de um determinado vegetal em outra planta com o
objetivo que o mesmo se desenvolva como na planta de origem.
ERVA – planta com caule não lenhoso.
ESPICIFORME – que tem forma de espiga.
ESPINESCENTE – que apresenta espinhos.
ESTAQUIA – Método de assexuado de reprodução de plantas que consiste no plantio de pequenas
estacas de ramos, raízes ou folhas que, quando colocadas em um meio com umidade, luminosidade e
temperatura adequadas, se desenvolvem em novas plantas.
ESTIPE – Caule característico de palmeiras e dos fetos arborescentes, normalmente reto e mais ou
menos cilíndrico, não ramificado, onde as folhas concentram-se apenas no ápice.
ESTOLÃO – caule rastejante, superficial ou subterrâneo que desenvolve raízes em determinadas áreas,
permitindo o desenvolvimento de novas plantas a partir das partes enraizadas.
ESTOLONÍFERO forma de crescimento de plantas cujos ramos rastejantes emitem regularmente
brotações de raízes, novos ramos e folhas.
ESTRIA – linha muito fina que forma sulco, aresta ou traço na superfície de um determinado órgão.
EXÓTICA – diz-se de uma espécie que não é nativa de uma determinada região, isso é, foi introduzida
pelo homem ou trazida por meio de outro processo para um determinado local.
FASCIAÇÃO – modificação sofrida por ramos ou raízes formando órgãos achatados ou em formato de
lâminas.
FASCICULADO – com relação ao sistema radicular, diz-se das raízes das palmeiras e outros vegetais que
se desenvolvem em feixes.
FENOLOGIA – estudo dos fenômenos periódicos que ocorrem nos vegetais, tais como germinação,
enraizamento, brotação, floração e frutificação incluindo a descrição dos caracteres observados e suas
relações com as épocas de ocorrência.
FILIFORME – estrutura vegetal delgada como um fio, isso é, linear, fina e alongada.

Glossário 216
FITOGEOGRÁFICO – relativo à fitogeografi, que é a distribuição geográficados vegetais e de suas
comunidades nas diversas regiões do globo, conforme as zonas climáticas e fatores quepossibilitam sua
adaptação.
FOLHAS ALTERNAS – diz-se da distribuição das folhas nos ramos de um vegetal quando as mesmas
apresentam-se inseridas uma a uma em cada nó.
FOLHA COMPOSTA – é aquela que se apresenta dividida em partes menores, denominadas de folíolos.
FOLHAS PINADAS – o mesmo que folha composta.
FOLHAS OPOSTAS – diz-se da distribuição das folhas nos ramos de um vegetal quando as mesmas
apresentam-se inseridas duas a duas em posições diametralmente inversas.
FOLHAS VERTICILADAS – diz-se da distribuição das folhas nos ramos de um vegetal quando as mesmas
apresentam-se inseridas em número de três, ou mais, em cada nó.
FUSTE – é a porção do caule compreendida entre o solo e as primeiras ramificações de uma árvore.
GAVINHA – orgão filamentoso de algumas plantas que ajudam na fixação de apoio ao seu
desenvolvimento, como aqueles encontrados nas parreiras.
GÊNERO – em biologia (do latim genus, plural genera) é uma unidade de taxonomia (taxon) utilizada na
classificação científica para um agrupamento de organimos vivos ou fósseis em distintos conjuntos de
espécies.
GLABRO – local ou superfície sem pelos.
GLOBOSO – que possui formato redondo, circular ou esférico.
GLOMÉRULO – inflorescência com flores fortemente unidas, formando uma estrutura curta e
arredondada.
GRAMÍNEAS – vasto grupo de plantas no qual estão inseridos os capins, os diferentes tipos de grama,
além dos bambus e boa parte das plantas denominadas de forrageiras.
HELIÓFILO – que se desenvolve plenamente em condições de intensa luminosidade solar direta, não
tolerando sombreamento.
HERBÁCEO – relativo ou semelhante a erva, cujos os tecidos apresentam pouca ou nenhuma lignina
(lenhosos).
HÍBRIDO – espécime oriundo do cruzamento de progenitores (pais) de espécies geneticamente
distintas.
INFLORESCÊNCIA – é o órgão da planta constituído pelo agrupamento de flores e seus receptáculos.
LANCEOLADO – diz-se das folhas ou outros órgãos vegetais com formato de ponta de lança.
LATESCENTE – plata que libera uma substância conhecida como látex, que é um tipo de líquido espesso,
normalmente esbranquiçado, que pode emanar de alguns órgãos mediante ferimento.
LENHOSO – que tem aspecto ou consistência de madeira; relativo ao lenho.

217 Glossário
LIGNIFICADO – estrutura vegetal endurecida, dando aos tecidos ou órgãos a consistência de madeira.
LIMBO – parte de uma folha normalmente representada pela estrutura laminar responsável pela
fotossíntese.
LITORAL – é um termo que designina a faixa de terra junto à costa marítima, podendo ser composto das
mais diferentes paisagens. Nessa região são encontradas as praias, os costões e os mangues. A flora aí
encontrada está sob a influência direta ou indireta do mar.
MATA – é uma das quatro zonas fitogeográficas da Região nordeste do Brasil, contígua a faixa litorânea,
com largura média de setenta quilômetros e que se estende do sudeste do Rio Grande do Norte até a
Bahia. A vegetação original na zona da mata era predominante Mata Atlântica.
MELÍFERA – planta que produz alimento para abelha, estimulando a produção de mel. São plantas que
apresentam flores bastante visitadas por esses insetos, geralmente aromáticas, oferecendo facilidade
para o pouso e disponibilidade de néctar.
MEMBRANÁCEO – consistência de pele fina ou membrana.
MERGULHIA – método de reprodução assexuada de plantas que consiste em dobrar um ramo da
planta-mãe até enterrá-lo no solo. A parte enterrada irá desenvolver raízes e, após o enraizamento, poderá
ser separada da planta-mãe, obtendo-se, assim, uma planta independente.
MUDA – planta jovem, geralmente produzida em viveiro, destinada a um posterior plantio em local
definitivo.
NATIVA – para efeito desta publicação, o termo indica que a espécie é originária do Brasil, isso é, ocorre
naturalmente no país.
OROGRÁFICO - relativo ao relevo terrestre. Esse termo está relacionado às chamadas "chuvas de
relevo". Quando uma massa de ar encontra uma encosta, a mesma se eleva entrando em contato com
o ar frio. Isso provoca sua condensação e favorece a ocorrência das precipitações, resultando no
chamado efeito orográfico.
PAGINAÇÃO – tratamento estético dado a piso ou parede por meio de desenhos, tramas e cores que
personalizam os espaços, trazendo mais atratividade, integração, personalidade e identidade cultural ao
lugar.
PAISAGISMO – arte ou ofício de compor paisagens decorativas de jardins, inclusive a técica de
planejamento e elaboração do projeto, gestão e preservação de espaços livres, urbanos ou não, de
forma a processar micro e macropaisagens.
PECÍOLO – segmento da folha que a prende a um caule ou a um ramo.
PELTADA – diz-se da folha cuja haste de sustentação se insere na região central (inferior).
PÊNDULO – designação da posição pendente de como estão fixados alguns frutos ou inflorescências em
relação ao ramo que os originou.

Glossário 218
PERENIFÓLIA – planta que não perde as folhas em distintas estações.
PILOSO – diz-se do órgão recoberto por pelos.
PINATIPARTIDA – folhas com recortes profundos.
PIONEIRA – espécie que inicia o processo de sucessão vegetal em determinada área ou território.
PIRAMIDAL – em forma de pirâmide.
PROPAGAÇÃO ou MULTIPLICAÇÃO - termos que abordam as formas de reprodução vegetativa
(assexuada) e sexuada (lato sensu).
PROSTRADO – deitado sobre o solo.
PUBESCENTE – superfície recoberta por pelos curtos.
RAMO – divisão ou subdivisão do caule ou eixo central de um vegetal, também denominado de galho
em árvores e arbustos.
REBENTO – formação inicial de uma ramo reprodutível de uma planta.
RIZOMA - caule subterrâneo, geralmente bem desenvolvido e rico em reservas, que serve como meio
de multiplicação/propagação de alguns vegetais.
ROMBOIDAL - estrutura em formato de losango.
ROSETA - disposição foliar em que as folhas encontram-se muito juntas, imbricadas e em círculo, como
o observado nas pétalas de uma rosa.
ROSULADO – caule curto com folhas inseridas no mesmo ponto.
SARMENTO - caule longo e flexível.
SEMIÁRIDO - região típica do interior do Nordeste, também conhecida como polígono das secas, que
corresponde a quase todo o sertão nordestino e aos vales médios inferior do Rio São Francisco. Sofre a
influência da massa tropical atlântica que, ao chegar à região, já se apresenta com pouca umidade.
Caracteriza-se por elevadas temperaturas (média de 27°C) e chuvas escassas (em torno de
750mm/ano), irregulares e mal distribuídas durante o ano.
SEMIDECÍDUA - planta que perde parcialmente as folhas.
SEMIGLOBOSO - que tem o formato de meio globo ou semiesférico.
SEMISSUPERFICIAL - termo utilizado nesta obra para definir o sistema radicular de um vegetal onde
parte das raízes aflora à superfície do solo.
SERREADO - órgão vegetal que apresenta recortes semelhantes ao dentes de uma serra dirigidos para o
ápice; o mesmo que serrado.
SERTÃO – é a mais extensa das três zonas fisiográficas da Região Nordeste do Brasil. Estende-se por
grande parte da Bahia, de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, de Sergipe, de Alagoas,
Piauí e por todo o Ceará, atingindo ainda a Mesorregião Norte de Minas e o Vale do Jequitinhonha, no
estado de Minas Gerais, e trechos do norte do Espírito Santo.

219 Glossário
SICÔNIO - receptáculo carnoso e oco, globoso, oblongo ou piriforme, com abertura no ápice e
revestido de minúsculas flores nas paredes internas, que se constitui nas inflorescências ou
infrutescências típicas das figueiras.
SUBARBUSTO – planta de baixa altura, cuja parte aérea é anual, embora lignificada, e cuja parte
subterrânea, em geral mais possante, é perene e reconstitui a aérea na época favorável ao crescimento.
SUBGLOBOSO – quase redondo; mais ou menos esférico.
SUBSTRATO – é todo meio no qual se desenvolvem as raízes das plantas.
TABULAR – diz-se das raízes que partem da base do tronco e que têm forma de tábua.
TAXONOMIA – campo da ciência (e principal componente da sistemática) que engloba identificação,
descrição, nomenclatura e classificação de animais e plantas.
TERRÍCOLA – que vive sobre o solo ou em seu interior. O mesmo que terrestre.
TOPONÍMIA – palavra originada do grego τόπος, "lugar" e ὄνομα, "nome", significando, portanto, "nome
de lugar”. É a divisão da onomástica que estuda os topônimos, ou seja, nomes próprios de lugares, de
sua origem e evolução. É considerada uma parte da linguística, com fortes ligações com a história,
arqueologia e a geografia.
TOPONÍMIA BOTÂNICA – Estudo do nome próprio de um lugar relacionado a plantas.
TOPONÍMIA BOTÂNICA DIRETA – nesta obra a expressão está relacionada a uma espécie vegetal que
eu nome a determinada localidade e cujo nome se manteve, até o presente momento, como
denominação dessa cidade ou município.
TOPONÍMIA BOTÂNICA INDIRETA – para efeito desta publicação, utilizou-se essa expressão para se
esclarecer a escolha de uma determinada espécie vegetal como representante de uma cidade ou
município, sem que a mesma tenha, aparentemente, qualquer relação com aquela localidade. Nesses
casos, buscaram-se fatos ou peculiaridades no histórico local que justificassem a escolha dessa espécie
como indicação para representante simbólica do município.
TORRÃO – Pedaço ou porção de terra endurecida.
TOUCEIRA – conjunto de plantas da mesma espécie que nascem muito próximas umas das outras
outrasformando um tufo espesso. O termo também é aplicado aos diversos eixos de uma única planta
que se desenvolvem de forma contígua entre si.
TUTOR – vara ou estaca usada para amparar ou guiar o desenvolvimento de arbustos ou árvores
flexíveis, com isso evistando tombamento ou crescimento irregular possíveis de uma muda cultivada.
VEGETAÇÃO – termo de sentido amplo utilizado para se fazer referência à vida vegetal de determinada
região. Leva em consideração o conjunto de plantas que se distribuem de forma natural nas diversas
regiões do planeta, apresentando estrutura, fisionomia e composição distintas, de acordo com as
diferentes características de clima e de solo.
VILOSO – que é revestido de pelos longos, macios e flexíveis.

Referências

221 Referências

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