Acaba de ser lançado o livro intitulado Uma Viagem no Tempo que reflete a trajetória do senhor Vicente de Souza Maia desde o distrito de canastra onde nasceu até o município de Unaí onde veio a falecer Esse livro abrange toda a história do Noroeste nos últimos 100 anos o livro já é candidato a sucesso como tem acontecido com todos os livros lançados pelo nosso confrade vale a pena conferir A história de Vicente Souza desde o Canastrao / Tiros / Patos de Minas e Unaí. Eram tempos difíceis, tempos duros, tempos em que “vaca desconhecia bezerro” A vida no interior de Minas Gerais, na primeira metade do século passado era muito difícil. A comunicação com os grandes centros era feita em estradas em péssimas condições de deslocamento e, na época das chuvas, eram intransponíveis, Tiros, Canastrao, Abaete, Biquinhas, Morada Nova, etc, eram regiões brutas e esquecidas no tempo. Era nesse meio que Vicente Souza tinha sua loja, no Canastrao, distrito da cidade de Tiros, onde desenvolvia seus negócios e era um líder em ascensão. Os entreveros políticos entre os dois partidos principais da época, UDN e PSD, não davam mais condições de segurança para Vicente Souza e sua família. Numa madrugada, em 1953, após um atentado politico a bala, Vicente deixa o Canastrao, mudando-se para Patos de Minas e, três anos depois muda-se para Unai, onde montou sua nova loja, a Casa Frei Eustaquio, e participou ativamente do desenvolvimento da cidade. Altair de Sousa Maia é economista pela Universidade de Brasília - UnB, com especialização em Comércio Internacional e Relações Internacionais. Trabalhou no Ministério da Indústria e do Comércio, e no Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Por um longo período lecionou economia e economia Internacional na Universidade Católica de Brasília, e na União Educacional de Brasília - UNEB. Participou de inúmeras feiras e viagens internacionais, nas Américas, Europa e África. Hoje dedica-se a proferir palestras sobre o Comércio Internacional e sobre as questões africanas, no Brasil e no exterior. Tributo a Alda Alves Barbosa Sete horas. Manhã quente e uma preguiça morna. “Enfrentar a manhã tão cheia de sol, imagina à tarde… à noite… Melhor não pensar.” Nara espreguiçou-se e afastou os pensamentos. Hora de trabalhar! Vestiu-se rapidamente e subiu à rua grande que já era Av. Governador Valadares e os postes já haviam sido retirados do meio da rua. Como todos os dias, com exceção dos domingos, lá estava seu tio muito bem vestido e perfumado sentado confortavelmente numa cadeira de tiras de plástico vermelhas à espera de um freguês ou de um parente/ amigo para jogar conversa fora ou para um dedinho de prosa. Nara tomou a benção – era seu tio/avô -, e subiu à pequena e estreita escada de madeira, “Calor dos infernos – Unaí é assim: no verão um calor insuportável e chuvas intensas pra fazer lamaçal. O inverno era gostoso; frio bom, as muriçocas davam trégua e podíamos usar cobertor, Ah, a primavera! Flores no cerrado, pequenas, humildes, mas bonitas. Do outono só sei o que me ensinaram no Grupo Escolar Domingos Pinto Brochado: estação das “verduras.” Olhou o tio/avô sentado lá fora apreciando o calor e, num impulso, pegou o telefone negrão e numa voz sensual ligou para o outro que ficava na parte de baixo da loja e disse: – Bom dia, o Senhor Antônio, por favor. – Pai, telefone chamando o senhor. “(esquisito), mas era assim.” – Senhor Antônio, bom dia. Meu nome é Sandra e passei agorinha na porta da loja e vi o senhor sentado, etc… Como o senhor está bonito com esta camisa listrada de azul e esta calça caqui. Tão bem penteado… E o perfume? Bom demais. – Sentiu meu cheiro lá do meio da rua? – Sim, senti. Estou aqui a imaginar como seria bom sentir este seu perfume abraçada a você! – (silêncio) – Olha, eu ligo amanhã. Não vejo a hora de revê-lo. Desligou. Seu tio/avô ajeitou os óculos no nariz e com um sorriso sorrateiro voltou a sentar-se. No outro dia ele estava impecável. Outro telefonema e mais perfume “Madeira do Oriente.” As chamadas via telefone continuaram por mais de um mês sem intervalos. Muita roupa, muita brilhantina e muito perfume foram comprados. O “Madeira do Oriente,” antes jogado em gotas no corpo, na roupa, no cabelo, agora como rios jorrava pelo seu corpo. Exalava felicidade. Estava na idade do lobo, e Nara com os outros funcionários morriam de dor de cabeça e/ou náuseas. Atendendo a pedidos (cansaço das reações adversas do rio de perfume madeira), o telefone emudeceu para esta finalidade. Lá de cima, na contabilidade, Nara testemunhava a ansiedade com que ele esperou durantes dias por um telefonema. Seu rosto havia perdido a alegria; o bigode chinês ficou mais acentuado… Estava apaixonado!… Alda Alves Barbosa Alda Barbosa, fundadora e primeira presidente da ALUR (Academina de Letras de Unaí e Região
JORNAL DA ALUR Academia de Letras e Unaí e Região página 2 janeiro de 2023 Editorial Charge DIRETORIA DA ALUR PRESIDENTE Luiz Andelmo Ribeiro de Sá VICE-PRESIDENTE Cid Olímpio SECRETÁR IA Simone de Oliveira Costa TESOUREIRO Ivan Coimbra EDITOR JORNALISTA RESPONSÁVEL Luiz Anselmo R. de Sá FENAJ: 5.764/MG PROJETO GRÁFICO DIAGRAMAÇÃO Paulo C.S. Duarte (38) 9 9833 1744 COLABORAÇÃO Marines Gaia Expediente COM APOIO DO COLECULT, CLMM, E DA GMG-AIP, REALIZOUSE EM BELO HORIZONTE/MG O “Iº ENCONTRO DAS ACADEMIAS DE LETRAS DE MINAS GERAIS – Iº ASALEMG” O EVENTO SEDIOU TAMBÉM, AS COMEMORAÇÕES DOS “113º ANOS DA ACADEMIA MINEIRA DE LETRAS”, ANFITRIÃ DA ASALEMG Pajo Poeta* Aconteceu no sábado, 10 de dezembro de 2022 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, com início às 07:30 horas da manhã, no Auditório Vivaldi Moreira, na Academia Mineira de Letras (AML), situada na rua da Bahia, nº 1466 – Centro, na capital mineira, o Iº Encontro das Academias de Letras de Minas Gerais (Iº ASALEMG), evento este, organizado pela recém criada em 30/07/22, Associação das Academias de Letras de Minas Gerais (ASALEMG). O evento que teve a parceria da Academia Mineira de Letras (AML) e apoio do COLECULT Atelier das Artes e das Ongs – Ponto de Cultura, contou com a presença de representantes das Academias de Letras das cidades mineiras de Belo Horizonte, Araxá, Arcos, Bom Despacho, Cordisburgo, Divinópolis, Formiga, Ibiá, Itaúna, Lagoa da Prata, Pará de Minas, Pitangui, São João del-Rei, Cássia, Barbacena, Lagoa Dourada, Ribeirão das Neves, Esmeraldas, Venda Nova (BH), Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Ouro Branco, Nova Lima, Viçosa, e Matosinhos. Justificaram ausência as Academias das cidades: Juiz de Fora, Frutal, Ituiutaba, Miraí, Muriaé, Rio Pomba, Santa Luzia, Sabará, Ubá, Lavras, Piumhi, Teófilo Otoni, e Uberlândia. O cerimonial foi conduzido pela secretária geral Rosana Ferreira, e a Mesa de Honra foi composta pelos demais diretores da ASALEMG Flávio Ramos (Presidente - ADL), Luis França (Vice Presidente - AALA), Adircilene Lerilda (2ª Secretária ACADEL), Paulo José (1º Tesoureiro - AFL), Denise Coimbra (2ª Tesouraria - ABDL), e pelo presidente da AML Rogério Tavares. Abertos os trabalhos, pelo presidente Flávio Ramos, o mesmo falou da importância da entidade, e em especial da necessidade de todas as academias se filiarem, e feita a leitura dos atos constitutivos da ASALEMG, pela secretária geral Rosana Ferreira, discursaram na tribuna, primeiramente, o anfitrião presidente da AML, Rogério Tavares, mostrando-se um verdadeiro gentleman, exaltando a importância da nossa associação e o apoio incondicional à nossa entidade. Em seguida, usou a Tribuna o Sr. Amaury Mota, que falou sobre elaboração de projetos para apresentar às leis Rouanet e outras, e após o intervalo para o café, usou a Tribuna o diretor financeiro da ASALEMG, presidente da AFL, gestor de projetos Paulo José (Pajo Poeta), coordenador do COLECULT Atelier das Artes e das Ongs – Ponto de Cultura, de Formiga/MG, o qual explanou sobre a importância dos pontos de cultura e sobre a atual conjuntura sócio política em especial da área cultural em nosso país, sobre as leis de incentivo e promoção da cultura, bem como da importância de agregação e união de todas as entidades, para um trabalho mais coeso, profícuo e de sucesso. Por fim, as 11:00 horas, deu-se início à solenidade do 113ª aniversário da AML, compondo-se a Mesa de Honra junto ao presidente da mesma, Rogério Faria Tavares, as seguintes autoridades: Desembargador Fernando José Armando Ribeiro, ex-governador Eduardo Azeredo, Maria Inês Marreco, presidente da Academia Municipalista de Letras, Ministro e acadêmico Carlos Mario da Silva Velloso, Caio Boschi, vice presidente da AML, Rui Nuno de Almeida - Consul de Portugal em Belo Horizonte, Hermes Guerrero, diretor da Faculdade de Direito da UFMG, e Flávio Ramos, presidente da Asalemg. Na Tribuna, enaltecendo o aniversário da AML e o homenageado especial do dia, acadêmico Ministro Carlos Mário Velloso, atual ocupante da cadeira de número 35 da AML, com destaque para sua trajetória como jurista, presidente do STF (1999 – 2001) e, principalmente, como presidente do TSE (1994 a 1996), discursaram: Desembargador Fernando José Armando Ribeiro, Acadêmico Olavo Romano – presidente de honra da AML, Flávio Ramos, presidente da ASALEMG, Maria Inês Marreco, presidente da Academia Municipalista de Letras, presidente da AML Rogério Faria Tavares, e o homenageado do dia Ministro e acadêmico Carlos Mario da Silva Velloso. *Pajo Poeta (Paulo José de Oliveira), diretor financeiro da ASALEMG, diretor do Jornal A Gazeta (JAG) online, presidente da AFL, presidente do CLMM, Coordenador do Colecult – Ponto de Cultura, Comendador da Cultura e das Artes, Embaixador da Paz e dos DH, dentre outros. *COLECULT Atelier das Artes e das Ongs – Ponto de Cultura (de Formiga/MG): É um colegiado livre de forças vivas (pessoas físicas, colegiados, fundações, grupos, e ongs), que apoiados uns aos outros, se articulam e atuam isoladas e ou em conjunto, com seus trabalhos, ações, posições e atitudes, dentro de suas finalidades próprias e ou em eixos transversais, em prol de um mundo melhor. A Alur (Academia de letras de Unaí e Região), também foi convidada a participar do evento e não pode comparecer por motivos de força maior, porém o contato já esta feito e a parceria firmada para os próximos encontros. Fotos: Solenidade I ASALEMG e 113º da AML.
JORNAL DA ALUR Academia de Letras e Unaí e Região janeiro de 2023 página 3 O que é Sarau Sarau da alur Sarau é um evento cultural onde as pessoas se encontram para se expressar e se manifestar artisticamente. É um espaço de convívio cultural, que pode envolver dança, poesia, leitura de livros, música acústica e também outras formas de arte como pintura, teatro e comidas típicas. Sarau é uma reunião, normalmente noturna, com o objetivo de compartilhar experiências culturais e o convívio social Normalmente, um sarau é composto por um grupo de pessoas que se reúnem com o propósito de fazer atividades lúdicas e recreativas, como dançar, ouvir músicas, recitar poesias, conversar, ler livros, e demais atividades culturais. A origem da palavra sarau deriva do latim seranus / serum, termos que fazem referência ao “entardecer” ou ao “pôr do sol”. Justamente por ter esta etimologia, convencionou-se realizar os saraus durante o fim da tarde ou noite. Este tipo de evento era muito comum durante o século XIX, principalmente entre grupos de aristocratas e burgueses. Atualmente, escolas, universidades, associações artísticas e culturais são algumas das instituições que reavivaram o costume da realização dos saraus nos últimos anos, como um modo de promover o desenvolvimento cultural da população. SARAU LITERÁRIO Este é um dos tipos de saraus mais populares, promovidos por pessoas que apreciam a literatura e a poesia. Por norma, nesses encontros, as pessoas leem trechos de livros, recitam poesias e fazem debates filosóficos sobre os conteúdos debatidos nas obras lidas. Este tipo de evento se popularizou no século XIX, principalmente entre grupos de aristocratas e burgueses e chegou ao Brasil em 1808, com D. João, seguindo os moldes dos salões franceses. Eram realizados inicialmente no Rio de Janeiro, mas logo fazendeiros de São Paulo resolveram aderir e já na metade do século XIX saraus com literatura, música, champanhe e vinhos espalhavam-se pelas capitais brasileiras. Com o tempo, essas reuniões passaram a ser organizadas por “pessoas de influência”, interessadas em cultura e em financiar estudos e movimentos artísticos. A Semana de Arte Moderna – também chamada de Semana de 22, que ocorreu em São Paulo, entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal da Cidade – foi grande propulsora do sarau, apresentado como libertário e agregador das diversas manifestações culturais brasileiras. Nesse período os Saraus deixam de ser uma manifestação cultural da corte e passar a acontecer em bares, praças ou casas, reunindo pessoas que se interessam pela literatura, músicas e arte visuais. Reuníam modernistas como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira, Tarsila do Amaral, Paulo Prado e muitos outros, e se tornou popular e informal. Enfim Sarau é uma festa onde as artes se encontram. Um espaço para a música e literatura onde novas vozes declamam seus poemas e as manifestações artísticas são valorizadas. Os efeitos positivos se estendem às comunidades envolvidas, participe! A academia de letras de Unaí e Região tem realizado esporadicamente os seu Sarau, estas eventos tem sido realizados no anexo II do Museu Municipal de Unaí (Memorial do Sertanejo) e tem sido sempre sucesso de público e de critica
JORNAL DA ALUR Academia de Letras e Unaí e Região página 4 janeiro de 2023 O Papel das Academias de Letras na atualidade Há, sem sombra de dúvida, que se repensar o papel das Academias de Letras, nos dias hodiernos. Infelizmente, quando se fala em Academia, o primeiro pensamento que assoma à mente é o do local utilizado para a prática de exercícios físicos. Voltando aos primórdios da história, à origem da palavra Academia, temos que advêm do herói grego Academo. A história conta que seu túmulo dava nome a um bosque (jardins). Também que tais jardins foram consagrados à deusa Atenas, onde depois foi construída a Academia de Platão, próxima à cidade de Atenas (Academia Platônica, Academia de Atenas ou Academia de Atenas). A maioria das academias segue o padrão da ABL na sua constituição, comportando quarenta membros, nas quarenta cadeiras com seus respectivos patronos (= Membros Titulares). Comporta também membros correspondentes, membros beneméritos e membros honorários. Cada uma com seus respectivos Estatutos. A finalidade, o fim precípuo das Academias de Letras é o de se dedicarem à literatura, às ciências e às artes. Seus membros – acadêmicos (as) – escolhidos (eleitos) que foram por seus pares, deverão ser pessoas interessadas no culto da língua pátria, no aperfeiçoamento do uso do vernáculo corretamente, no incentivo à leitura, na publicação de obras literárias, nas rodas filosóficas onde o debate sadio, o respeito à norma culta, à Educação como um todo deverão nortear as discussões. Estas, porém, não deverão ficar circunscritas à caserna, somente entre os acadêmicos (as). Deverão, sim, ultrapassarem, atravessarem os muros das Academias e chegar até as Escolas, as Universidades, aos estabelecimentos de ensino e culturais, sem restrição alguma. Caso contrário, a meu ver, perder-se-á, com certeza, seu sentido, seu objetivo (ou objetivos). Yvonne Capuano / Academia Cristã de Letras PRIMEIRA ACADEMIA DE LETRAS DO MUNDO Em suas origens, Académie era composta por um grupo informal que se reunia para debates literários entre as décadas de 1620 e 1630 em Paris (um, dentre muitos dos grupos que então se formaram). O cardeal Richelieu, na prática o governante da França na época, adotou este grupo como seu protegido. Como preparação para a sua constituição oficial, foram convidados vários associados no ano de 1634. A 22 de fevereiro do ano Sede da Academia Francesa de Letras ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS (ABL) E uma instituição literária brasileira fundada na cidade do Rio de Janeiro em 20 de julho de 1897 pelos escritores Machado de Assis, Lúcio de Mendonça, Inglês de Sousa, Olavo Bilac, Afonso Celso, Graça Aranha, Medeiros e Albuquerque, Joaquim Nabuco, Teixeira de Melo, Visconde de Taunay e Ruy Barbosa.[2] É composta por quarenta membros efetivos e perpétuos (por isso alcunhados imortais)[3] e por vinte sócios estrangeiros.[4] Tem por objetivo o cultivo da língua portuguesa[5] e da literatura brasileira. É-lhe reconhecido o mérito por esforços históricos em prol da unificação do idioma, do português brasileiro e do porDe pé: Rodolfo Amoedo, Artur Azevedo, Inglês de Sousa, Bilac, Veríssimo, Bandeira, Filinto de Almeida, Passos, Magalhães, Bernardelli, Rodrigo Octavio, Peixoto; sentados: João Ribeiro, Machado, Lúcio de Mendonça e Silva Ramos seguinte, com a intercessão e apressamento de Richelieu, a Carta Real foi concedida por Luís XIII de França e a organização tornou-se formalmente legítima. A Carta, entretanto, somente foi registrada no parlamento de Paris a 10 de julho de 1637. A Académie Française passou, formalmente, a ser a responsável pela regulamentação da gramática, ortografia e literatura francesas. tuguês europeu. Nomeadamente, teve um papel importante no Acordo Ortográfico de 1945, conseguido em conjunto com a Academia das Ciências de Lisboa,[6] assim como foi de novo interlocutora quanto ao Acordo Ortográfico de 1990. A instituição é responsável pela edição de obras de grande valor histórico e literário, e atribui diversos prêmios literários.[6][7] A ABL remonta ao final do século XIX, quando escritores e intelectuais brasileiros desejaram criar uma academia nacional nos moldes da Academia Francesa.[8]
JORNAL DA ALUR Academia de Letras e Unaí e Região janeiro de 2023 página 5 Academia Mineira de Letras A Academia Mineira de Letras MHM é a entidade literária máxima do estado de Minas Gerais, fundada em Juiz de Fora, em 1909. Sua fundação foi feita por 12 intelectuais capitaneados por Machado Sobrinho. Foram então eleitos outros 18 intelectuais de todo o estado para integrar a academia. Em 1915, a instituição foi transferida para Belo Horizonte e, em 1987, passou a ocupar o Palacete Borges da Costa, ganhando posteriormente um anexo para receber eventos e reuniões. O conjunto das edificações se destaca pelo contraste clássico – o palacete, verdadeiro relicário – e o moderno, arrojado e funcional – o auditório anexo. O espaço abriga um acervo de 28 mil títulos e 32 mil exemplares, entre obras raras e únicas, inclusive de produção literária dos acadêmicos. Em 10 de junho de 1992 foi feita Membro- -Honorário da Ordem do Mérito de Portugal. Atualment1e é presidida pelo acadêmico Rogério Faria Tavares. Sede da Academia Mineira de Letras ACADEMIA DE LETRAS DE UNAÍ E REGIÃO (ALUR) Academia de Letras do Noroeste de Minas (Paracatu) Fundada em 25 de Julho de 1996, a Academia de Letras do Noroeste de Minas continua sendo, ao logo dos anos, um dos maiores patrimônios culturais de toda a região. A ALNM fica situada na Rua do Ávila, e conta atualmente com mais de 30 imortais. Entre os intelectuais que compõem a ALNM estão Maria José G. Santos (Zequinha), Tarzan Leão, Florival Ferreira, Nágela Caldas, Dom Leonardo, entre outros. Presidida atualmente por Coraci da Silva Neiva Batista, ocupante da cadeira número 4, a ALNM sobrevive de auxílios por parte do setor público, além da venda de livros lançados e de alguns apoios esporádicos da iniciativa privada. A Academia de Letras de Unaí e Região foi fundada em 26 de março de 2015 com a finalidade de congregar, reunir e organizar os escritores nascidos ou residentes em Unaí ou região, além de promover, divulgar e incentivar a literatura local e regional; incentivar o surgimento de novos escritores; realizar intercâmbio com outras organizações literárias, culturais e sociais, nacionais ou estrangeiras; promover a integração literária e cultural na região; incentivar ou auxiliar como for possível o lançamento de livros; promover eventos literários e culturais entre seus membros ou aberto ao público e participar de iniciativas que promovam o desenvolvimento cultural de Unaí e região e políticas públicas da área de cultura. “Assim nasceu a Academia de Letras de Unaí e Região – ALUR. Um sonho individual que foi abraçado por muitos e, o que era quase uma utopia, hoje é real. Os realizadores de sonhos são aqueles que inventam o futuro, não ficam presos ao passado, nem caem nas armadilhas do presente. E nós, membros deste sonho e dessa realidade, olhamos para a frente na certeza de que teremos força para derrubarmos os muros que porventura ergam para nós; que temos e continuaremos a ter sensibilidade para escrevermos com beleza os horizontes coloridos e dar cores aos tijolos inócuos. ” Acadêmicos: Ana Maria de Moraes carvalho e Nunes de Souza. Quem lê mais, pergunta menos. (Dito popular) Para todos lerem. Descrição da imagem: "Um livro faz manobra de ressuscitação cardíaca numa vítima de afogamento nas redes sociais. Enquanto o objeto faz a massagem de compressão, o homem, ainda desacordado, expele memes, emojis, aplicativos de música, de mensagem de texto, como Telegram, Whatsapp, e de páginas de relacionamento, como Facebook, Twitter."
JORNAL DA ALUR Academia de Letras e Unaí e Região página 6 janeiro de 2023 Concurso de Redação da AVOUNA Considerando que as relações sociais consistem numa das dimensões mais significativas para o bem-estar no ambiente de trabalho e que o ambiente hospitalar carrega inúmeras histórias de sofrimento e dor, mas que, além disso, carrega também belíssimas histórias repletas de empatia, compaixão, tolerância, resiliência, respeito, solidariedade, companheirismo, carinho e afeto com pacientes, acompanhantes e colegas de trabalho. O impacto do adoecimento de servidores, funcionários e as pessoas envolvidas nos últimos tempos e a importância de reconhecer o trabalho desenvolvido com experiências vivenciadas que afetam os profissionais de saúde: o trabalhador transforma o trabalho e por ele é transformado. E Considerando a importância do Concurso de Redação (Histórias de vidas) como estratégia de fomento e promoção da reflexão no processo de transformação das relações sociais, a Associação dos Voluntários do Hospital Municipal de Unaí- -MG (AVOUNA) lançou do o Concurso de Redação que fez o maior sucesso e está revelando possíveis futuros escritores. Já foram realizadas duas edições do concurso sendo que o último foi realizado entre os 10/09/2202 e 03/10/2022. A realização do II Concurso de Redação da AVOUNA contou com as seguintes parcerias: a Direção e Coordenadores do HMU, PA e UTI Municipal, a COAGRIL, o CAPS, a Casa da Amizade Unaí, Código Kid Unaí, escola de tecnologias e da ALUR – Academia de Letras de Unaí e Região. A redação teve que ser um Relato Pessoal. Esta é uma modalidade textual que apresenta uma narração sobre um fato marcante da vida da pessoa, com espaço e tempo definidos, em que revela sentimentos e emoções do narrador, devendo o autor ser o protagonista da história. Foram ofertados prêmios para as redações classificadas em primeiro e segundo lugar, bem como para a equipe que apresentou o maior percentual de participantes. Para o 1º lugar, foi R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), para o segundo lugar R$1.000,00; e para o sorteio com a equipe com maior número de participantes, R$ 500,00. Confira a seguir as redações premiadas na primeira e na segunda edição: Mirelle Xavier de Andrade, 1º liugar no 1 Concurso de Redação da AVOUNA 2021
JORNAL DA ALUR Academia de Letras e Unaí e Região janeiro de 2023 página 7 Artigos de confrades e confreiras DOM SANCHO, VAMOS SER QUIXOTE? A LEITURA DO MUNDO É PRECISO TRANSVER UNAÍ O senhor gordo estava sentado à porta de sua casa quando apareceu um jovem homem montado a cavalo, que com um imenso sorriso cumprimenta-o. - Buenas tardes, señor. O simpático senhor sorriu e respondeu calorosamente: - Buenas tardes. - Por favor, há anos que venho caminhando por toda La Mancha a procura de um famoso cavaleiro andante, herói por ele mesmo, mas ridículo de aparência. – Continuou o jovem homem a dizer – Por ventura o senhor conhece esse cavaleiro? O senhor com um imenso sorriso no rosto, respondeu a tão simples pergunta: - Sim, tive o privilégio de acompanhar o maior cavaleiro andante que a Espanha já viu, o seu nome era Dom Quixote de La Mancha. - É... é ele mesmo, aonde posso encontrá-lo? - Infelizmente, ele não está mais conosco, ele faleceu doente e desiludido a alguns meses atrás. Disse o pobre senhor com o olhar triste. O homem espantado com a notícia, lamenta: - Que pena! Gostaria tanto de agradecê-lo. - Agradecer? - É, agradecer por ele ter tentando salvar-me quando estava sendo castigado pelo meu patrão. Foi em um dia que eu estava amarrado em uma árvore e o meu patrão açoitava-me, quando surgiu em um cavalo magro e velho o cavaleiro que com uma lança na mão ordenou que meu patrão me libertasse. O patrão vendo aquela figura bizarra de armadura resolveu atender a sua ordem, que durou somente até o cavaleiro ir embora. Assim que o cavaleiro sumiu de vista, o patrão amarrou-me e açoitou-me novamente. Fiquei com aquela cena vários dias em minha mente, perguntando-me porque aquele estranho homem se preocupou comigo. E que desprendimento da sociedade era aquele que o cavaleiro possuía, demonstrado através daqueles trajes novelesco da comédia del’arte, assim pondo em xeque a seriedade da nobreza espanhola. - Eu, Sancho Pança, ignorante que sou, nunca compreendi o real objetivo de Dom Quixote. E também não compreendia esses caprichos da “pobre nobreza”. Mas, vivi ao lado do nobre cavaleiro da figura triste aventuras belíssimas que me fez suportar essa miserável realidade. Então, meu caro amigo, não foi só a você que ele impressionou. - Sim, pude perceber isso pelas histórias que ouvi durante a minha caminha. Ouvi muita gente dizendo que Dom Quixote era louco e perigoso; e também ouvi muita gente dizendo que ele era um herói e que a Espanha precisava de um rei assim. Mas o que me impressionou de fato foi o olhar de Dom Quixote quando o vi ordenando o meu patrão a me soltar. Foi um olhar verdadeiro, como se aquilo que ele estava fazendo fosse a coisa mais cristã do mundo, ou seja, mais importante. Desejei naquele momento ter um objetivo e uma paixão semelhante à daquele cavaleiro. - É fato, Dom Quixote tinha objetivos nobres e cristãos, seu amor era tão grande por Dulcinéia e pela cavalaria que se tornava até incondicional, era algo que se dedicava sem obter êxito ou gratificação. E aprendi com ele esse amor incondicional, aprendi essa bela forma de falar e também aprendi coisas que me ajudaram a melhorar a minha vida, principalmente com relação a minha mulher e meus filhos. - Pude perceber que teve um grande mestre. Mas, caro Sancho, você que foi discípulo de Dom Quixote, seria por direito o seu sucessor, que tal continuar a saga dele? Gostaria de ser o novo cavaleiro andante? E assim, eu poderia ser o seu aprendiz e fiel escudeiro. - Não! Eu não nunca pensei nisso. Acredito que nem consigo ter tanta maestria como Dom Quixote, e ainda mais que já fiquei tempo de mais fora de casa. - Mas, pense bem. Você se chamará Dom Sancho Pança de La Mancha, cavaleiro discípulo de Dom Quixote de La Mancha, herói por direito e herança. A sua fama já está consolidada como escudeiro e agora pode se concretizar como cavaleiro. E eu, serei o seu fiel escudeiro Alejandro Miguel, o mais jovem escudeiro da história da cavalaria. Poderemos triunfar por todas as regiões da Espanha e se Deus permitir ir a outras terras desconhecidas para levar a justiça aonde só há maldade. - Meu recente amigo, não tenho a mesma ilusão por famas e glórias como tinha Dom Quixote, e não tenho a mesma disposição que você tem. Fiquei muito tempo longe da minha família, não quero mais abandona-los. E mais não posso ser cavaleiro porque não foi nomeado como tal. Acompanhei o digníssimo amigo Quixote por promessas de riqueza e aventuras, por fim consegui o suficiente para viver e muitas experiências inesquecíveis. No momento que conversavam, a mulher de Sancho apareceu na porta da casa e os convidou a entrar, pois o almoço estava pronto. Então Sancho, continuou: - Essa é a melhor hora do dia, a hora de comer. Eu não sei como consegui ficar tanto tempo sem a boa comida de minha esposa. Vamos entrar? Você é o meu convidado. - Sim, aceito com bom grado o seu convite, assim poderemos conversar mais sobre a ideia de continuarmos as aventuras de Dom Quixote. Sancho Pança levantou-se do banco em que estava sentado e juntamente com o seu novo amigo adentraram a casa, local onde passaram horas a conversar sobre os feitos quixotescos. Arthur Henrique Pereira. Confrade da Academia de Letras de Unaí e Região, Confrade da Academia de Letras do Noroeste de Minas. Psicólogo, Doutor e mestre em Psicologia, homeopata, escritor e empresário. Eu não tive muito tempo para ler na minha infância. Com meus pais aprendi a ler a vida c os caminhos tortuosos através dos quais cresci. Desde cedo me vi mergulhada no mundo mágico do ambiente cm que morávamos - uma grande fazenda onde existe um ribeirão no fundo da casa, mais adiante uma lagoa, ao lado do curral um grande pé de jenipapo c as histórias contadas pelo "Zeca" um empregado da fazenda, ao redor da fogueira que era acesa no meio da varanda de chão batido. A lagoa era enorme c guardava mistérios que pulavam à flor da água. As andorinhas c as garças a todo instante davam suas acrobacias rasantes e beijavam a água com perfeita maestria. Tudo era silencio ao anoitecer, a lagoa dormia, ouvia-se apenas o "coaxar" dos sapos, o resto era o sonho que eu tomava conta misturando realidade com fantasia. Ao lado das histórias contadas surgiram outras, como os brinquedos: os cavalinhos feitos de banana verde, as bonecas de milho, as rodinhas de carro feitas de sabugo de milho, os tijolinhos feitos com caixas de fósforos c as longas (ranças que minha mãe fazia cm meus cabelos lavados com folhas de babosa. Tudo eu lia, tudo se misturava com o meu crescimento, uma leitura que veio me despertar para o hábito de ler a vida, ler o amor c descobrir através de minhas leituras que pelos caminhos sinuosos também se cresce. Veio o tempo da escola, tempo da cartilha, tempo de conhecer o A, E, I, O, U e o l, 2, 3, 4... Fui para o grupo escolar "Domingos Pinto Brochado", lá continuei ouvindo histórias, aprendi a fazer redações c estudar matemática. Mas foi o mundo das letras geradoras de palavras que me atraiu, foi o "Lalau c Lili", "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá", foram os "étimos, os parabéns", e as vezes que a professora do grupo escolar "Domingos P. Brochado", me chamava para declamar os versos nas comemorações cívicas que despertaram cm mim o gosto pela leitura. Este gosto foi sendo lapidado pela leitura das fabulas c das belas poesias de Cecília Meireles, eu até ouvia os tamanquinhos: troc... troc... troc... Foi assim que aprendi a ler o mundo, através dessas fabricas de poesias, e das histórias fantásticas cheias de mistérios. Nas palavras aprendi a mergulhar c ler o mundo dos adultos, a ler mundo c conviver com a criança que nunca deixei de ser. Neste universo a importância do ato de ler significa um abrir as portas para entender o mundo através dos meus olhos, através dos olhos dos outros. Altair Ribeiro de Sá Confreira da Academia de Letras de Unaí e Região, Pedagoga e escritora A ARTE DE PERDER “A arte de perder não é nenhum mistério; Tantas coisas contêm em si o acidente de perdê-las, Que perder não é nada sério.” Retirado do livro “Poemas Escolhidos” de Elizabeth Bishop. Adorei este poema, vale a pena lê-lo por inteiro. Perder realmente é uma arte, sentimos, choramos, nos angustiamos diante de perdas, mas sobrevivemos (ou não), muitas pessoas acham que estão “vivas”, mas na realidade se deixam viver. Não estou falando aqui de morte de pessoas, estou me referindo a morte de sentimentos, vontades, desejos....Reconhecer que se perdeu algo é reconhecer que já se possuiu esse “algo”, de alguma forma, tamanho ou cor. O pior que pode acontecer é que podemos perder algo que nunca tivemos de fato, achamos que tivemos. Não. Está errado. Eu não posso perder algo que nunca tive. Vai dizer isso ao coração, ao sentimento que criamos unilateralmente. Chega a ser doentio. Ampute esse sentimento que só você sente. Precisamos perder algo que realmente tivemos ou vivemos... afinal... como diz minha “amiga” Bishop..... “- Mesmo perder você (a voz, o ar etéreo que eu amo) não muda nada. Pois é evidente que a arte de perder não chega a ser mistério por muito que pareça (escreve!) muito sério.” Se eu perdi é porque já tive, se eu não perdi é porque eu ainda tenho. Perca tudo o que você achou que tinha e na verdade não tinha, tenho certeza que achará outras coisas para depois, realmente, perder. PS: Ganhei o livro "Poemas escolhidos" de Elizabeth Bishop de minha prima Sílvia quando estive recente em Belém, foi um dos presentes mais perfeitos que ganhei este ano. Obrigada prima querida, sempre aprendo muito com você prima. valeu!! Ana Maria de Moraes Carvalho Confreira da Academia de Letras de Unaí e Região, sua formação acadêmica é na área de informática é também escritora. Um dos versos de Manoel de Barros que mais me impacta diz: "É preciso transver o mundo". Para esse grande poeta, ver não é suficiente; é preciso transver, ver de novo, rever, rever e rever até ver por inteiro. Acredito que nasci com essa disfunção poética. Tenho muito pouco apreço pelas novidades. Amo rever o mundo, os filmes, as séries, os livros, os mesmos e velhos amigos. Não é novidade na minha família que já é a duodécima vez que assisto ao filme O Protetor de Denzel Washington. E tenho uma leve impressão de que meu livro possui essa mesma disfunção. Há 7 anos tive a trabalho que me mudar de Unaí, mas, apesar de estar longe da cidade que me criou, mantenho meus laços firmes com minha cidade. Minha família está em Unaí e ainda mantenho um espaço; onde guardo uns livros, quadros; na casa de meus pais lá no bairro Primavera. A ALUR e o CEPASA também me mantém ligado a minhas raízes. Estou relendo, pela terceira vez, o livro Saga de Maria Torres Gonçalves. Livro no qual a autora versa sobre o Hunay de hontem e o Unaí de hoje. No livro, que indico sua leitura, pode se desfrutar de um testemunho pessoal sobre a origem e o desenvolvimento de nossa cidade. Onde a poesia do passado tornou-se em uma nova realidade. Eu me lembro de uma aula de história, na antiga escola Politécnica, em que a professora afirmara que "só tem futuro quem tem memória". O mundo hodierno é marcado pelas novidades e pela busca desenfreada pelo prazer momentâneo. Esse debate não é novo, mas as tecnologias e em especial as redes sociais têm agravado isso. Ler o livro de Maria Torres, além de uma boa aula sobre a história de Unaí, é uma forma de estar na cidade. É uma forma de ouvir Dona Joviana contar sobre como a fazenda Capim Branco transformou-se em uma grande cidade. Eu reli uma pequena história sobre a vida de Sebastião Lino Cordeiro, um pastor que conheci e me foi um mestre na adolescência. Me vi deixando minha irmã na escola Pinóquio e me dirigindo à casa do Pastor Lino para chupar jabuticabas e ouvir histórias sobre Unaí e Monte Carmelo. Só hoje, na terceira leitura do livro, é que pude me deter na página 407 do livro e observar o rosto de Maria Assunes, uma professora homenageada pela escola onde pude estudar no ensino médio. Cada um, ao ler esse livro, se verá transvendo suas memórias afetivas construídas no solo de nossa cidade. Saga: Hunay de hontem e Unaí de hoje é um livro indispensável aos amantes de leitura e aos interessados pelas estradas de nosso passado. A ambos, uma ótima leitura. Ronair Gama. Confrade da Academia de Letras de Unaí e Região e Teologo
JORNAL DA ALUR Academia de Letras e Unaí e Região página 8 janeiro de 2023 Veja quais são os livros mais lidos de todos os tempos Procurando livros de qualidade para ocupar seu tempo com boas obras literárias? A leitura é uma prática que traz diversos benefícios para os leitores. Além de desenvolver a imaginação e a criatividade, a leitura auxilia na expansão do vocabulário e na redução do estresse. Quem cultiva este hábito, mostra-se uma pessoa mais interessante e capaz de desenvolver diálogos mais profundos. Hoje vamos te apresentar os livros literários mais vendidos de todos os tempos para você incluir na sua lista de leituras. Lembrando que, de acordo com o Livro Guinness dos Recordes, a Bíblia é o livro mais vendido de todos os tempos, com mais de cinco bilhões de cópias vendidas! 1 – Dom Quixote (1612) Considerado o maior romance da literatura espanhola, Dom Quixote é um dos maiores clássicos da história. Estima-se que a obra escrita por Miguel de Cervantes, que conta as aventuras de Dom Quixote e seu fiel companheiro Sancho Pança, tenha vendido entre 500 e 600 milhões de cópias. 2 – Um Conto de Duas Cidades (1859) Inspirado na Revolução Francesa, este romance histórico de Charles Dickens trata de temas como a culpa, a reciprocidade e a vergonha. Considerado um dos livros mais importantes da literatura, o clássico já vendeu mais de 200 milhões de cópias. 3 – O Senhor dos Anéis (1954- 1955) Considerado o primeiro grande épico de fantasia, O Senhor dos Anéis é a grande obra-prima de J.R.R. Tolkien. Apesar da obra ter sido construída para ser volume único, ela foi divida e publicada em três volumes: A Sociedade do Anel, As Duas Torres e o Retorno do Rei. Ainda assim, ela não deve ser considerada uma trilogia, mas um grande romance. A estimativa é que a comercialização tenha sido de mais de 150 milhões de cópias. 4 – O Pequeno Príncipe (1943) O livro é uma história fascinante escrita por Antoine de Saint- Exupéry, publicado em Nova Iorque em 1943, em inglês e francês simultaneamente. Foram vendidas mais de 140 milhões de cópias desde o lançamento e, estima-se que 2 milhões são vendidas todos os anos. 5 – Harry Potter e a Pedra Filosofal (1997) primeiro livro da saga do bruxinho mais famoso do mundo é, ainda, o mais vendido de todos, acumulando mais de 120 milhões de cópias vendidas. A séria completa, escrita por J.K Rowling, bateu a marca de mais de 500 milhões de cópias vendidas pelo mundo. 6 – O Hobbit (1937) Outro best-seller do autor J.R.R Tolkien. Assim como em O Senhor dos Anéis, a história de O Hobbit (escrito primeiro) se passa na Terra Média. Foram mais de 100 milhões de cópias vendidas. 7 – E Não Sobrou Nenhum (1939) Originalmente publicado no Brasil como O Caso dos Dez Negrinhos, o romance de mistério escrito pela britânica Agatha Christie vendeu mais de 100 milhões de cópias. Ao todo, a autora escreveu diversos títulos e acumula mais de 2 bilhões de cópias vendidas, sendo a romancista que mais vendeu livros em toda a história. 8 – O Sonho da Câmara Vermelha (metade do século XVIII) O livro escrito pelo chinês Cao Xueqin conta a história de uma próspera família chinesa. A obra- -prima acumula mais de 100 milhões de cópias vendidas e, apesar da publicação ter sido feita no século XVIII, é uma leitura útil para o leitor moderno, que consegue visualizar a vida e sociedade chinesa durante a dinastia Qing. 9 – O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (1950) O romance escrito pelo britânico C.S. Lewis conquista leitores de todas as idades. São mais de 85 milhões de cópias vendidas. O livro narra a história de quatro irmãos que vivem na Inglaterra durante a 2ª Guerra Mundial. Fugindo dos bombardeios, eles vão até a casa de um professor que mora no campo. Em uma de suas brincadeiras descobrem um guarda-roupa que leva quem o atravessa ao mundo mágico de Nárnia. 10 – Ela, a Feiticeira (1887) Romance escrito por Henry Rider Haggard, Ela, a Feiticeira é um dos clássicos da literatura imaginativa com mais de 83 milhões de cópias vendidas. O livro narra as aventuras de dois amigos numa região inexplorada da África, onde encontram uma civilização perdida, na qual reina uma misteriosa feiticeira chamada Ela. Livraria e Papelaria (38) 9 9996 9101