The words you are searching are inside this book. To get more targeted content, please make full-text search by clicking here.
Discover the best professional documents and content resources in AnyFlip Document Base.
Search
Published by istm2008faa, 2019-05-15 04:29:32

Edição Especial Cadetes 2018

Edição Especial Cadetes 2018

Revista

ÓRGÃO INFORMATIVO DO INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO MILITAR EDIÇÃO Nº 8 - 2018

ISTM

10 ANOS
Órgão Informativo do ISTM 1

SUMÁRIO

HISTORIAL DA CRIAÇÃO DO ISTM pág. 6

DIRECTOR GERAL DO ISTM RECOMENDA pág. 13
MAIOR EMPENHO DOS CADETES

GANHOS AO LONGO DOS DEZ ANOS pág. 14

GENERAL NUNDA APELA AOS pág. 16
OFICIAIS FORMADOS

ENTREVISTAS pág. 18

FICHA TÉCNICA Fotografias:
1º Cabo Celestino Fudeingepo
Propriedade: Colaborador: Raul Dias Carreiro
Instituto Superior Técnico Militar Falcão de Lucas Endereço:
Campo Militar do Grafanil
Director Geral: Layout e Paginação: Avenida Deolinda Rodrigues, Km 9
Tenente General - Miguel Domingos Júnior Alicerces L. S. R. Ukelo
949 242 859

FAA TÊM NOVO CHEFE DO ESTADO MAIOR pág. 24
GENERAL
pág. 25
ENTREVISTA AOS OFICIAIS
FORMADOS NO ISTM pág. 35
pág. 42
CIÊNCIA pág. 50

O DIA A DIA DO CADETE

PASSATEMPO

Tel.: Produção e Revisão: Tiragem:
244 936 755 944, 936 755 937 Instituto Superior Técnico Militar 1.500 Exemplares
244 992 832 750, 992 732 749 Impressão e Acabamentos:
E-mail: DAMER Gráfica
[email protected]
[email protected]

As Forças Armadas Angolanas, por essência, empre-Editorial
gam meios técnicos de elevado nível científico e
tecnológico, surgindo desse modo a necessidade
de dotar os seus efectivos com uma formação técni-
co-profissional de alto nível, orientada para a arte e
transformação para uma sociedade militar moderna.

As FAA constituem motivo de orgulho para o país, sendo
importante que se mantenham os níveis organizacionais já al-
cançados.

Ao assinalar o 10º aniversário do ISTM é importante refe-
rir que a qualidade, a exigência, a disciplina, o rigor e a inova-
ção são valores pelos quais a instituição se tem pautado. Deste
modo, o ISTM já formou nestes dez anos 494 engenheiros e 170
médicos, dos quais alguns efectivos dos países de Língua Oficial
Portuguesa (PALOP), designadamente de Cabo-Verde, Guiné-
-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

A formação do ISTM é reconhecida e constitui parte inte-
grante do Sistema de Ensino Superior Nacional. Assim os títulos
académicos outorgados no ISTM são equivalentes aos obtidos
noutras instituições de ensino superior. Os cursos e os planos
curriculares adoptados pela instituição foram reconhecidos pelo
Ministério do Ensino Superior.

No âmbito social a instituição tem-se orientado para a
integração e participação em acções comunitárias apoiando o
Governo em campanhas de vacinação, na doação de sangue,
no senso da população, entre outras.

Ao comemorarmos o 10º aniversário perspectivamos fa-
zer do ISTM a escola da vida, visando promover a formação, a
construção e difusão do saber, a investigação e a excelência
académica, na qual todos possamos aprender e ensinar com
vista ao desenvolvimento integral dos efectivos das FAA em
particular, e do país em geral.

FORMAR, INVESTIGAR E INOVAR

4 Revista Cadete

CHEFIA DO ISTM

CRONOLOGIA DO CARGO DE DIRECÇÃO

Tenente General Tenente General Tenente General
Américo José Valente Jaime Manuel Pombo Vilinga Miguel Domingos Júnior
Director Geral: 2011 - 2017 Director Geral: Actual
Comandante: 2008 - 2011

Desde a criação do Instituto Superior Técnico Militar, a 15 de Maio de
2008 até à data, foram nomeados por Decretos Presidenciais um Comandante
e dois Directores Gerais.

Órgão Informativo do ISTM 5

BREVE HISTÓ

Acomplexidade dos meios técnicos e da arte-
militar moderna obrigam as Forças Armadas
Angolanas a tornar imperiosa a necessidade
em dotar os seus efectivos com uma forma-
ção superior dirigida para as Ciências Milita-
res adaptando-as às exigências das sociedades do mun-
do globalizado.

Por esta razão por Despacho nº 079/2007 de 7
de Novembro de Sua Excelência General de Exército
Chefe do Estado Maior General das FAA foi criada uma
Instituição de Ensino Superior Militar a que foi atri-
buído o nome de Instituto Superior Técnico Militar, a
qual possibilita a formação dos militares nos domínios
de Engenharia e Medicina de acordo com as necessi-
dades das Forças Armadas Angolanas e da realidade
concreta do país.

Aos 15 de Maio de 2008 o ISTM foi inaugurado
por Sua Excelência General de Exército Chefe do Esta-
do Maior General das FAA Francisco Pereira Furtado,
num acto presenciado pelos mais altos dirigentes das
Forças Armadas Angolanas, responsáveis das Chan-
celarias Militares das representações diplomáticas
acreditadas na República de Angola, bem como pelos
dirigentes da ex-Secretaria do Estado para o Ensino
Superior, Reitores e Directores de Instituições de Ensi-
no Superior Públicas e Privadas.

Começava assim o processo de formação acadé-
mica. Nessa data foram admitidos cerca de 300 candi-
datos a Cadete, com uma representatividade feminina
de 23% distribuídos em 10 turmas de 30 alunos cada,
sendo 8 turmas de Engenharia e 2 de Medicina.

Em Dezembro de 2008 terminaram o curso pro-
pedêutico 260 Cadetes dos 291 examinados após desis-
tências registadas por baixa de curso e por falecimento.

Passado dez anos o ISTM conta com 1294 Cade-
tes frequentando os cursos de Engenharia (814), Me-
dicina (425) e Enfermagem (55). Deste universo 825
são Cadetes do genero masculino e 469 feminino.

O processo de formação prossegue em 2018
com a admissão de mais 133 pré-cadetes, mantendo-
-se o crescimento quantitativo, mas também qualita-
tivo. As Forças Armadas Angolanas contam hoje com

6 Revista Cadete

ÓRIA DO ISTM

efectivos bem preparados, capazes de cumprir com
zelo, dedicação e profissionalismo as missões e tarefas
militares superiormente emanadas.

De 15 de Maio de 2008 à 15 de Maio de 2018,
muitas foram as dificuldades vividas pelo ISTM de or-
dem conjuntural como é o caso da crise económica e
financeira que afecta o mundo. A República de Angola
não está a margem desta crise e com ela foram igual-
mente afectadas as FAA e o ISTM em particular. Outras
são de ordem subjectiva e organizacional pois que to-
cam o início funcional de qualquer instituição como
vulgarmente diz-se o mais difícil é começar.

O Instituto Superior Técnico Militar começou
num ambiente de dúvidas mas todas as barreiras que
se ergueram objectiva ou subjectivamente, conscien-
te ou inconscientemente foram paulatinamente supe-
radas pelo empenho, dedicação e vontade de vencer
do colectivo, desde a direcção aos órgãos administrati-
vos, corpo docente, corpo de cadetes, e trabalhadores
civis, que em conjunto de uma ou de outra maneira
foram colocando pedra sobre pedra para erguer este
edifício que hoje muito orgulha as Forças Armadas e
o País. Contudo o empenho, dedicação e vontade do
colectivo por si só não foram suficientes para o alcan-
ce dos avanços que a instituição tem vindo a conquis-
tar, todos os dias nos mais variados domínios da vida
social. Um dos grandes artífices deste edifício foi sem
dúvidas Sua Excelência General de Exército Francisco
Pereira Furtado Ex-Chefe do Estado Maior General das
FAA com ajuda dos Chefes das Direcções do Estado-
-Maior General.

A lei nº 17/16 de 7 de Outubro, lei de base do sis-
tema de Educação e Ensino não exclui as instituições
de Ensino Superior Militar, assim, ao abrigo do decreto
369/15 de 27 de Maio de 2015 o ISTM foi reconhecido
e aprovado os seus respectivos planos Curriculares,
com efeitos retroactivos a partir do ano acadêmico
2008.

Órgão Informativo do ISTM 7

ISTM

PRIMEIRAS TURMAS POR CURSOS,DO ANO
ACADÉMICO2008NO ISTM

Eng. Construções e Fortificações Turma-I e II Eng. Electrotécnica Turma-I e II

Nome Nome Nome Nome

Adelino Elías Chiaqui Adécio Diamantino Gaspar Amarildo de Sousa Francisco Adilson Agostinho Pinto

Amandio José Catito Arlézio Bento Tchihake Asdrúbal Pestelozzi da Costa José Almiro Avelino Jacinto Macambo

Américo Alfredo Chiteculo Aurélio Gaspar Filipe Benjamin Simão Mendes André Correia Miliano

António Stélio dos Santos Damião Filó de Lurdes Cesário Bruno Magalhães André Atanásio Dilmos da Costa

Baião Francisco Filho Daniel Dumbo Félix Dádiva Adelaide de Andrade Feijó Benjamim Fidalgo Galina Fortes

Bruno Manuel Daniel Dimitri Alfredo Faustino Daniel Virgílio da Costa Clemente Duarte Paulo Lima

Chiamba Ricardo Chiteculo Canivete Edgar Benedito Tomás Nunda Dárcio Loure Bonefácio Fernando Daniel Chivango Fecaimale

Clésio Evaristo Fernandes Elias Domingos Kalei Dário Maneco Edmar Chimuco Lopes Bravante

Edno Silvio Domingos António Elson Albano Tchama Danilson António Vaz dos Reis Elizandra Patrícia da Silva Daniel

Emanuel Albano Gonçalves Ema da Encarnação Domingos Ferreira Ermelinda Lombinja Garcia Fernando Maurício Vicente

Francisco Mário Canguwa Hiraldo Flávio de Oliveira Escoval Mateus Dulo Gelson da Silva João

Heitor João Eulica da Silva Jorge Aniceto Celestino Chiwaia Gildo Fernando F. Guimarães Helder João Chissingui

Humberto Pinto Fortunato Márcia Patrícia Raimundo Francisco José João Francisco Inácio Catembúa Rodrigues Faria

João Carlindo Diogo de Oliveira Marcial Muele Katengue Kiaku Paca António José Sabino Panguila

Liudimila Julieta Capó Samuel Nelson Martins Justino Bandy Liudimilo Armindo S. Rodrigues Larissa Arrivista Baptista Neto

Nelson Miguel Grelha Serafim Orlando Gildo Cateva Manuel Pambasange Jorge Leonel Agostinho Vinga

Patrício da Conceição Chicambi Óscar Osório Margarida da Costa Miguel Alexandre Manuel Liana Marisa Pascoal Salvador

Rafael Soma Marinheiro Paulino Lourenço Ucanda Miguel António Manza Luther dos Prazeres Andrê Gaspar

Raúl Roosewalter Francisco Elías Raul Francisco João Nelson Hambayene da Cruz Magno Mélvio da Gama Mateus

Reginaldo António Neves Samuel Manuel da Silva Pedro Velhinho Ngoy Milagre Francisco Cassumba

Sabino Camambala João Celestino Silvano Kuto A. Macosso Petelson Gomes Cambange Silva Chipala Carlos

Victória de Andrade Avelino Vivaldo Cláudio Manuel Rato Serafim Silvério Romão Tiago Bilhete Davoca

Wilson Domingos Luís de Camões Wander Bráulio da Costa João Vicente Garcia Rodrigues de Vilão Yuri Manuel Cassule

Victoriano Carvalho Felipe Amado Tatiana Larisa Munengambe

Lauriano Jorge Leajanga José Narciso Kúmua

Eng. Informática Turma-I e II Eng. Mecânica Turma-I e II

Nome Nome Nome Nome

Adilson Agostinho Pinto Acácio Cândido Francisco Adilson Francisco Sebastião Afonso Miguel Zassala

Almiro Avelino Jacinto Macambo Adilson Rúben Luemba Maimbe Adilson Miguel de Azevedo Agostinho Tikete Catumbela

André Correia Miliano Agnaldo Mucanza Bunga Alcides Jessé Valicérsse Alberto Seles Gonçalves

Atanásio Dilmos da Costa Antónia Loidy dos Santos Ngala António Manuel da Rocha António Cuanza dos Santos

Benjamim Fidalgo Galina Fortes Brown Kafula Kandanda António Paulo Tumbula Cristostomo Fernando Nascimen-
to

Clemente Duarte Paulo Lima Carlos José Arsénio Archer Lapiane Quizunda Dias dos S. Edson Claudio Paulo Inacio
Daniel Chivango Fecaimale Delfino Nhoni Lingata
Edmar Chimuco Lopes Bravante Edvaldo Júnior J. Fernando Aristides Manuel Cordeiro Pereira Edson Valdemar Facata
Elizandra Patrícia da Silva Daniel Esveraldo Carlos da Silva Lopes
Fernando Maurício Vicente Geraldo da Purificação Dala Zambela Dombaxi Clinto Bernardo Bondo Elias S. Matamba
Helder João Chissingui Guilhermina E. Hifiwaunye
Inácio Catembúa Rodrigues Faria Ermanegildo D. Sebastião Doroteia Navy Noé Félix Guelior Manuel Toco Mabanza
José Sabino Panguila Issac Silepo Paulo Calumbanje
Larissa Arrivista Baptista Neto Joaquim José Jonqueira Fernandes Emílio Faria Carlos Ermenegildo Francisco Cabenda
Leonel Agostinho Vinga José Mário Santiago Fernande Neto
Liana Marisa Pascoal Salvador Jocelino Flávio Alberto Vuata Evadio Higino Domingos José Cândido Bota de Almeida
Luther dos Prazeres Andrê Gaspar Kiangebene Jeus António
Fídel de Rosa Jaime Salomão Leonel Izidro Tomás Condo

Germano Manuel Garcia Cordeiro Luvuno Luvunga Sozinho

Jacinto Tomé Lino Amaro Mangolo Pedro João Tuti

Manfrete Eduardo Alexandre Mário Fernandes Gomes Mateus

Manuel Chicomo Cabral Marta Ondina dos Santos Ferreira

Marcio Vladmir V. S. de Moura Matondo Dominique Lupin

Magno Mélvio da Gama Mateus Laurindo Jorge Sachingolo Mathias Mauro José Serverino Nelson Domingos Mengawako
Sumbo

8 Revista Cadete

EdiçEãdoiçEãsopeNcºia8l - Maio 2018

Milagre Francisco Cassumba Lemos Barros Mavo Capitão Miguel Fernando Colo Bengui Nelson Mário Vicente
Silva Chipala Carlos Neusa da Conceição Manuel
Tiago Bilhete Davoca Mateus Paulo Jorge Cabedi Neusa Maria Daniel Óseas João Caliata
Yuri Manuel Cassule Paulo Gaspar Diogo
Tatiana Larisa Munengambe Matias Bondoso Quialenguluco Octávio Venacio Daniel Reginaldo da Costa Matos
José Narciso Kúmua Rodrino Tchalimba Calei
Natalia Lucinga Firminga Balato Chilombo Cavimbe Santiago Fragoso Andre
Abilio Alexandre Barreira
Aires Marcelino Francisco Neusa da Silva Alexandre Osvaldo Casimiro Manuel Albert Suzete Roberta Figuiredo
Albertina Sachilembe Telma A. dos Santos Thiake
Ana Agripina Saculo Osvaldo Joaquim Van-dunen Taty Teresa Luquenia M. Neto
Ana esperança Tchitingo Victor Afonso Francisco
Ana Jandira Cardoso Pedro Andre Panzo Yury da Conceição Xavier
Ana Salomé Eurico
Anátacio Coelho C. Chimanda Medicina Turma-I
Augusto Wilson Castriote
Aurora E. José Nunda Nome
Bartólomeu S. Quiluanje
Conceição Cassinda Ngabe Dominga Raquel Gouveia Luís Watela Balí
Consolada Piedade Paulo
Dacivis Francisco Pereira Eduarda Gaspar G. da Silva Madalena Sivania C. da Silva
Dário Fernandes Júnior
David Francisco Cachipala Edvanio Andrade F. de Almeida Manuel Mambote Wassalakiaku
Délcio Edmundo de L. Chaves
Delfina Magalhães de Sousa Efraim M. C. dos Santos Marcela Denise da Silva Neto
Delmiro Braga Mendes
Denga do Rosario Ministro Ernesto Muhunga Capingala Marcelina da Silva Bunga

Estevão Manuel Dias Mariano Epele de Almeida

Eugénio Santa Marta da Silva Milja Stella B. Quim

Eugénia Maravilha F. Econgo Niurca Van-Dunem Contreiras

Felisbina Felicia Sebastião Noemia Patrícia Ch. Lourenço

Florbela Joaquina Bimba Nzumba Isabel Pedro Dombele

Gabriel Cuassambo Justino Ocelia Eugenia S. de Carvalho

Gisela Clementino J. Zacai Osorio Macedo Luís Jorge

Gordiano Esperança Alfredo Palanga Albertino Ferramenta

Helena Manuel J. Corige Pinoso Alberto Malungo

Higino Valdemar A. da Costa Rafael Enfraim Vieira Paulo

Iracema da Conceição L. Bernabé Seja Dias Gaspar

Izilda Domingos R. de Castro Serafim Bráz Jassova

Ivan Nicolau Paquisse Silvia Teresa J. Victória

Joana Flor Bela Gonçalves Stela T. Daniel Chiteculo

Katia Micaela C. Enfrim Stephan Zely de Jesus Camota

MAPAS GERAIS

Mapa Geral das Licenciaturas no ISTM

Informática Construções Mecânica Electrotecnia Medicina Total
22 0 120
1ª Licenciatura 40 30 39 29 31 165
2013 - 2014 26 47 162
24 22 28 44 47 164
2ª Licenciatura 8 45 53
2014 - 2015 120 27 23 30 170 664

3ª Licenciatura 26 28 30
2015 - 2016
... ... ...
4ª Licenciatura 105 118 151
2016 - 2017

5ª Licenciatura
2017 - 2018
Total

Mapa dos Licenciados dos PALOP pelo ISTM

Moçambique Cabo Verde Guiné - Bissau S. Tomé e Príncipe Total
1 1 10
Medicina 2 11 1 5
Mecânica 1 0 2
Informática 2 11 1 5
Electrotecnia 4 1 7
Construções 13 01 4 29

Total 11

2 ...

84

Órgão Informativo do ISTM 9

ISTM

O QUE É O ISTM?

OISTM é uma Instituição Militar de Ensino da da soberania e integridade nacional.
Superior vocacionada para o estudo, Os cursos ministrados no ISTM habilitam o li-
docência, investigação científica e tec-
nológica, dotada de autonomia estatu- cenciado ao exercício profissional correspondente
tária, científica e pedagógica. bem como o ingresso à categoria de Oficial do Qua-
Tem a responsabilidade de formar futuros Ofi- dro Permanente das Forças Armadas Angolanas.
ciais das Forças Armadas Angolanas nos diversos
domínios da engenharia, ciências de saúde e saber As condições de ingresso são: ser cidadão an-
militar, capazes de garantir o eficaz manuseamento golano com idade entre 18 e 21 anos (para civis) e
da técnica e tecnologias modernas para salvaguar- entre 18 e 24 anos (para os militares); ter o ensino
médio (ou equivalente) concluído; obter a aprova-
ção nos exames de admissão e exame médico.

1º ORGANOGRAMA DO ISTM

Cursos ministrados Disciplinas a avaliar no ingresso
Engenharia
• Electrotécnica • Matemática
• Mecânica • Física
• Informática • Química
• Construções e Fortificações
Medicina • Biologia
Enfermagem • Física
• Química
10 Revista Cadete

EdiçEãdoiçEãsopeNcºia8l - Maio 2018

RECONHECIMENTO
E APROVAÇÃO DOS
CURSOS
MINISTRADOS NO
ISTM PELO
MINISTÉRIO DO
ENSINO SUPERIOR

Órgão Informativo do ISTM 11

ISTM

12 Revista Cadete

EdiçEãdoiçEãsopeNcºia8l - Maio 2018

DIRECTOR GERAL DO ISTM
RECOMENDA MAIOR EMPENHO

E DEDICAÇÃO AOS CADETES
NO ANO ACADÉMICO 2018

ODirector Geral do ISTM Tenente General
Miguel Domingos Júnior, recomendou
aos Cadetes que frequentam o ano aca-
démico 2018/2019 maior empenho,
aplicação e dedicação nos estudos com
vista a obterem um bom aproveitamento escolar.

Falando na cerimónia que marcou a abertura
do ano académico neste estabelecimento de ensi-
no superior militar, o Tenente General Miguel Júnior
referiu que o empenho e a dedicação nos estudos
é benéfico pois não somente honra os Cadetes mas
também os familiares destes, à Direcção do ISTM e
às Forças Armadas Angolanas em geral.

O Oficial General reiterou o facto de que o
ISTM para além de ser uma instituição que tem a
missão de formar os Cadetes no domínio das ciên-
cias e tecnologias, também deve ser um estabeleci-
mento vocacionado à investigação e inovação.

“O que estamos a investigar é muito pouco . Pre-
cisamos fazer muito mais.Temos que dar outros saltos.
É isto que esperamos de vocês que contam desde já
com o nosso apoio e solidariedade”, ressaltou na oca-
sião o dirigente militar.

Tenente General Miguel Domingos Júnior, Director Geral do ISTM,
discursando no acto de abertura do ano académico 2018

Tenente General Miguel Júnior, quando falava aos finalistas durante a abertura do ano académico de 2018, no ISTM

Órgão Informativo do ISTM 13

ISTM

GADNOHSODSEAZOALNOONSGO
Relativamente aos ganhos referentes ao
período 2008-2018 podemos destacar a Cadetes na construção da ponte sobre o rio Cuito
partilha de experiência e conhecimentos Cadetes no curso prático de NANO e PICO Satélite no Japão
com alguns países africanos no âmbito da
cooperação militar.
A formação contínua, técnica e tecnológica
dos Oficiais constituiu-se num objectivo fundamen-
tal das FAA, a qual projecta-se ao longo da carreira
no sentido de proporcionar a melhor preparação
dos quadros, e por outro dar solução aos problemas
crescentes e exigentes que a sociedade moderna e
globalizada impõe.

Foi nesta perspectiva que se pensou, planeou,
projectou e foi criado o ISTM, instituição de Ensino
Superior Militar integrada no Subsistema do Ensino
Superior que tem por missão o desenvolvimento de
actividades de ensino, construção dos conhecimen-
tos, investigação científica, inovação e prestação de
serviços à comunidade através da promoção, difu-
são e transmissão da ciência e cultura.

Podemos afirmar que a instituição começou
a dar os primeiros passos rumo à modernização no
domínio da formação de técnicos superiores nas
especialidades de Engenharia de Construções e
Fortificações, Engenharia Electrotécnica, Engenha-
ria Informática, Engenharia Mecânica, Medicina e
Enfermagem estando consciente que muito há por
fazer, aperfeiçoar, criar e inovar. Apesar de alguns
constragimentos de ordem económico-financeira
que atingem o País, a actividade foi profícua, e ao
longo destes dez anos adquiriu-se e produziu-se co-
nhecimento no desempenho organizacional bem
como ao nível do desenvolvimento individual. Tal
como preconizado por Bilhim (2004) uma formação
eficaz traduz-se numa indispensável tranformação
das pessoas nos seus valores e atitudes.

Cadetes na formação para o CENSO da população Cadetes na campanha de vacinação contra a Febre Amarela

14 Revista Cadete

EdiçEãdoiçEãsopeNcºia8l - Maio 2018

DESMEMÉRPEITNOHEOMDPORSOCLADDOETES

Órgão Informativo do ISTM 15

DISCURSO

General de Exército Geraldo Sachipengo Nunda antigo - Chefe de EMG/FAA

GENERAL NUNDA, APELA AOS OFICIAIS
FORMADOS PARA A NECESSIDADE DE
SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS QUE O
FUTURO DE ANGOLA OS RESERVA PARA
O BEM DO POVO ANGOLANO
OGeneral de Exército
Geraldo Sachipengo tégicos, das estradas e pontes, Afirmou ainda que apesar
Nunda, antigo Che- assim como do espaço aéreo e do das dificuldades vividas pelos es-
fe do Estado Maior mar, em especial da zona econó- tudantes nos últimos anos como
General das FAA na mica exclusiva”, realçou na oca- resultado da crise económica e
Cerimónia de Outorga de Diplo- sião o Oficial General de Exército. financeira que o País vive desde
mas aos 47 finalistas de Medicina o quarto trimestre de 2014, con-
e 117 de Engenharia Informática, O responsável militar defen- seguiram-se atingir os objecti-
Construções/Fortificações e Elec- deu que é a estes jovens Oficias vos preconizados advindo daí o
trotécnica formados pelo ISTM que cabe a missão de continuar orgulho de todos os envolvidos
em 13 de Junho de 2017, exortou a edificação das FAA do futuro à na formação. Precisou também
os novos quadros para a neces- altura da grandeza do nosso País, que com a conclusão de mais um
sidade da solução dos múltiplos baseando-se nos valores e nas curso que no total perfaz 621 en-
problemas que o futuro de Ango- virtudes da honra, coragem, éti- genheiros e médicos formados
la os reserva, visando o bem-estar ca, determinação, honestidade, no ISTM desde a sua fundação,
do povo tornando o seu trabalho justiça, respeito, lealdade, patrio- continua a cumprir-se o plano de
cada dia mais produtivo e saudá- tismo, espírito de corpo, solidarie- implementação da Directiva do
vel para uma sociedade em que dade e integridade. Comandante-em-Chefe das FAA,
se possa viver cada vez melhor. sobre a reestruturação das Forças
Nessa altura, o General de Armadas. Segundo o General de
“As FAA são produtoras de Exército felicitou os finalistas su- Exército este processo iniciado
um bem público intangível que é blinhado que depois de seis e em Julho de 2007 cujos pilares
a segurança do País cuja substân- sete anos de muito trabalho ter- são a reestruturação, reequipa-
cia reside na defesa das suas fron- minaram com êxito a primeira mento com meios modernos e a
teiras, das cidades, das aldeias, fase da sua formação superior, formação de quadros, visa a edifi-
das lavras, dos objectivos estra- ao mesmo tempo que saudou o cação global das FAA.
ISTM e o colectivo de quadros pe-
los resultados alcançados.

16 Revista Cadete

CRONOLOGIA DE CERIMÓNIAS E
ENTREGA DE DIPLOMAS NO ISTM, AO
LONGO DOS DEZ ANOS DE EXISTÊNCIA

Em 23 de Maio de 2014, Fortificações e 40 em Engenharia General João Manuel Gonçalves
120 licenciados em En- Informática, em cerimónia presi- Lourenço na altura Ministro da
genharia, formados no dida pelo antigo Ministro de Esta- Defesa Nacional.
Instituto Superior Técni- do e Chefe da Casa de Segurança
co Militar (ISTM) recebe- de Sua Excia o Presidente Repú- Actividade idêntica foi reali-
ram os seus diplomas em Luanda, blica, General na Reforma Hélder zada em 13 Junho de 2017, onde
em acto presidido por Sua Excia Vieira Dias “Kopelipa”. 47 licenciados em Medicina e
João Manuel Gonçalves Lourenço 117 em Engenharia Informática
na altura Ministro da Defesa Na- Em 20 de Maio de 2016, formados pelo Instituto Superior
cional. 162 licenciados dos quais 26 em Técnico Militar (ISTM) receberam
Engenharia Informática, 27 em os respectivos diplomas que os
Em Junho de 2015 foi feita a Engenharia de Construções e habilitam ao exercício das res-
Outorga de Diplomas a 165 licen- Fortificações, 23 em Engenha- pectivas profissões, em cerimónia
ciados dos quais 31 em Medicina, ria Mêcanica, 39 em Engenharia presidida pelo General de Exérci-
28 em Engenharia Mecânica, 44 Electrotécnica e 47 em Medicina, to Geraldo Sachipengo Nunda na
em Engenharia Electrotécnica, 22 receberam os seus diplomas em altura Chefe do Estado Maior Ge-
em Engenharia de Construções e acto presidido por Sua Excelência neral das FAA.

Órgão Informativo do ISTM 17

ENTREVISTA

GENERAL DE EXÉRCITO FRANCISCO PEREIRA FURTADO,
ANTIGO CHEFE DO ESTADO MAIOR GENERAL DAS
FAA, EM ENTREVISTA CONCEDIDA À REVISTA CADETE,
DESCREVE OS OBJECTIVOS E OS GANHOS DA CRIAÇÃO
DO ISTM, IMPORTANTE ESTABELECIMENTO DE ENSINO
MILITAR DAS FORÇAS ARMADAS ANGOLANAS.

General de Exército Francisco Pereira Furtado

Acriação do ISTM a 15 da reedificação. O mesmo escla- de quadros, (particularmente no
de Maio de 2008 teve receu sobre a necessidade das exterior) e que maioritariamen-
como base a Directiva Forças Armadas serem dotadas te esses quadros não serviam as
de Reedificação das de capacidades técnicas e profis- Forças Armadas Angolanas após
FAA emitida pelo Co- sionais por forma a cumprir a sua o seu regresso ao País .
mandante-em-Chefe das Forças missão em tempo de paz, prepa-
Armadas Angolanas como expres- rando quadros qualificados para Foi nessa base que foi feito
são de um estudo inicial de avalia- substituir os programas de bol- um estudo profundo e com base
ção o qual compreendeu um diag- sas de estudo que eram atribuí- na experiência de outros países
nóstico sobre o estado das FAA até dos a muitos cidadãos em nome particularmente Portugal e Cuba,
ao período em que se iniciou a im- das FAA (no exterior do país e em o Estado Maior General propôs ao
plementação dessa directiva. Angola), visto que após a forma- Comandante-em-Chefe das FAA
ção, muitos desses jovens não se a criação do ISTM de maneira que
Esse diagnóstico, de acordo apresentavam ao cumprimento se formassem quadros nas áreas
o General de Exército Francisco do serviço militar. técnicas em diferentes especiali-
Furtado, levou cerca de 17 meses dades de engenharia e também
e permitiu fazer um estudo de- O ex-dirigente militar recor- que se formassem quadros de
talhado sobre o estado das FAA dou que na altura o Governo e as saúde necessários para as FAA .
como também foi conclusivo so- FAA em particular tinham gastos
bre o que se pretendia no âmbito muitos elevados com a formação Numa primeira fase estabe-
leceu-se uma cota anual de 300

18 Revista Cadete

Edição Nº 8 - Maio 2018

alunos baseando-se num progra- tempo de serviço), tendo em con- tos num primeiro ano académico
ma nacional de selecção nas 18 ta o prazo de duração dos cursos (propedêutico) em paralelo com
províncias do país de modo a evi- com vista a obter-se o rendimen- a formação militar desses jovens
tarem-se as assimetrias, integran- to e a qualificação necessárias nomeadamente a instrução mili-
do na instituição Cadetes prove- para as FAA. tar básica (recruta), o juramento
nientes de todas as Províncias. da bandeira e o aprofundamento
Do estudo também con- de conhecimentos da arte militar.
Estabeleceu-se um perfil cluiu-se que face ao desnivela-
de candidatura que incluiu como mento de conhecimentos que os Por essa razão estabele-
nível académico o ensino médio, jovens traziam do ensino médio ceu-se o ano propedêutico, ou
idade limite de 18 aos 21 anos particularmente nas disciplinas seja, 10 meses de nivelamento
para o recrutamento no sector de matemática, química, física e de conhecimentos em simultâ-
civil e 23 anos de idade máxima biologia, ser necessário fazer-se o neo com a formação militar e o
para os militares (já com algum nivelamento desses conhecimen- juramento a bandeira.

INICIATIVA DA CRIAÇÃO DO ISTM FOI BEM CONCEBIDA E TEM
RESULTADOS POSITIVOS

CONSIDERA O GENERAL FURTADO

Considero uma iniciativa grama de formação militar aos ção das FAA necessitam, logica-
bem concebida e que tem resul- diversos níveis. mente penso que os Institutos e
tados positivos. Já vamos em três as Academias dos Ramos terão
cursos realizados e para que isso Existe um projecto que de- pessoal com maior qualificação
se concretizasse foram criadas via acompanhar a evolução des- e disciplina e o nível de organiza-
condições e continuou-se o de- tes Institutos e das Academias ção será um facto real no desen-
senvolvimento de infraestruturas dos Ramos que ainda está na volvimento do sistema de ensino
para ampliação do instituto, para forja no âmbito do processo de militar em Angola.
que a instituição tivesse uma ca- reedificação, que é a criação dos
pacidade de absorção de 1500 a Colégios Militares onde os jovens Com a criação do ISTM o país
1800 Cadetes nos diferentes anos. que estejam capacitados para os ganhou muito e está igualmente
cursos de Cadetes a nível do Ins- a ganhar com a criação de outros
Penso que por aquilo que tituto Superior Técnico Militar de- institutos superiores dos Ramos
temos acompanhado tanto a nível verão passar por forma a que no das FAA e respectivas Academias,
de qualificação dos professores período que vai desde o ensino porque para além de incutirmos
como a nível dos conhecimentos primário até o ensino médio estes directamente aquilo que é o sen-
que são absorvidos pelos Cadetes jovens tenham já do ponto de vis- timento patriótico, o espírito de
o ISTM está no “bom caminho”. ta comportamental aquilo que é a missão e de corpo das nossas pró-
vida militar, sua preparação, edu- prias Forças Armadas potencia-se
A criação do ISTM serviu de cação, disciplina, organização, es- a posterior que os cursos subse-
base para que se desenvolves- pírito de corpo e de missão, prin- quentes de graduação e promo-
sem outros programas no sector cípios básicos fundamentais para ção a Oficiais, Capitães e Oficiais
do ensino militar nomeadamen- quaisquer Forças Armadas. Superiores, já tenham uma base
te a nível dos três ramos das FAA que se vem nivelando até chegar
(Exército, Força Aérea e Marinha Se os projectos dos Colé- ao nível dos Oficiais Superiores
de Guerra) onde surgiram as aca- gios Militares forem concluídos e mais tarde quem sabe, ao nível
demias militares dos três ramos e com base na Directiva do Coman- dos Oficiais Generais.
os respectivos institutos superio- dante-em-Chefe e de acordo com
res, complementando-se o pro- os números que o país e a Direc-

Órgão Informativo do ISTM 19

ENTREVISTA

GENERAL FURTADO AGRADECE ACTUAL DIRECÇÃO DO ISTM

Devo agradecer à Direcção do ISTM pela ini- Ganha o País porque esses quadros não vão
ciativa de pela primeira vez ser entrevistado para fa- servir única e exclusivamente as FAA vão também
lar sobre este projecto e dizer que sinto-me bastan- servir o País .
te regozijado porque foi uma obra não minha mas ISTM tem a responsabilidade de acompanhar os
uma obra das FAA, na qual tive o privilégio de ser quadros fora das estruturas militares, defende o
o principal impulsionador à sua implementação e antigo CEMG/FAA
acompanhar os dois primeiros anos da sua existên-
cia até ao fim do meu mandato no cargo de Chefe Numa outra vertente o ISTM e o sistema de en-
do Estado Maior das Forças Armadas Angolanas. sino militar têm a responsabilidade de acompanhar
Ganhos para o País com a criação do ISTM também a evolução dos quadros fora das estruturas
militares por forma a que eles não estejam comple-
Na óptica do General de Exército na Reforma tamente desassociados do sistema do ensino militar.
Francisco Furtado existem muitos ganhos, pois hoje
o ISTM é uma referência a nível do ensino superior É aí onde de facto poderão enquadrar-se no
no País. Aperfeiçoou-se todo sistema pedagógico meu ponto de vista os futuros Oficiais formados no
de ensino em geral, e a presença e porte dos Cade- ISTM no âmbito da reserva militar que se deve criar
tes já são notórios nos locais onde acompanhamos para numa conjuntura diferente desta caso haja ne-
os estágios técnicos que fazem tanto a nível do Hos- cessidade dos mesmos serem novamente mobili-
pital Militar Principal/Instituto Superior, como a ní- zados para cumprirem missões militares.
vel de outras instituições .
Portanto não devem estar desassociados das
Além disso, os quadros que formará o ISTM ao Forças Armadas. Devem fazer cursos de actualização
longo da sua existência não serão exclusivamente ab- periódica com uma formação adequada sem se desli-
sorvidos pelas FAA. Haverá uma altura que as Forças garem nunca das FAA. Isto está previsto no sistema de
Armadas de acordo com as suas estruturas orgânicas, ensino que nós na altura e com base na Directiva da
necessidades e redimensionamento já terão quadros Reedificação das FAA do Comandante-em-Chefe pre-
qualificados suficientes formados por este instituto conizamos para o sistema de ensino militar no País .
ou outros, podendo uma boa parte destes quadros
quer sejam eles engenheiros ou médicos exercer as O General de Exército Francisco Pereira Furta-
profissões em outros sectores públicos ou privados do foi de 2006 a 2010, Chefe do Estado Maior Gene-
cobrindo o déficit de quadros que vive o país em di- ral das Forças Armadas Angolanas.
versas regiões (Províncias, Municípios e Comunas).
Por: Falcão de Lucas

Vista parcial das instalações do corpo de Cadetes

20 Revista Cadete

Edição Nº 8 - Maio 2018

A CRIAÇÃO DO ISTM TROUXE UMA NOVA
MANEIRA DE OLHAR E PENSAR
O ENSINO SUPERIOR MILITAR

AFIRMA GENERAL MACKENZIE
OChefe da Direcção
Principal de Prepa- gulho para as FAA e para o País. lência dos quadros inseridos no
ração de Tropas e Em pouco tempo esse estabe- seu objecto social em relação aos
Ensino do EMG/FAA, lecimento de Ensino Superior concorrentes. Daí os profissionais
General Adriano afirmou-se no meio académico saídos dessa instituição de ensino
Makevela Mackenzie afirmou em nacional onde por si só granjeou marcarem a diferença no merca-
entrevista concedida à Revista mérito à custa da qualidade do do de trabalho”, ressaltou.
Cadete que o ISTM trouxe para as ensino ministrado na instituição
Chefias e Gestores do Sistema de e dos altos padrões de organiza- De acordo com o General,
Ensino Militar nas Forças Armadas ção”, referiu o dirigente militar. hoje temos médicos experientes
Angolanas uma nova maneira de formados na instituição nas prin-
olhar e pensar o Ensino Superior Para além de um estabeleci- cipais unidades hospitalares das
Militar o que considerou ser um mento de ensino superior o ISTM FAA e nas Unidades Operacionais
ganho neste domínio. de acordo com o General Adria- como Brigadas e outros Estabe-
no Mackenzie, distingue-se das lecimentos e Órgãos de cujos
O General Adriano Macken- demais instituições académicas Comandos e Direcções temos
zie, concedeu essa entrevista a nacionais por ser também uma aferido o desempenho desses jo-
propósito dos 10 anos da criação instituição castrense pautada por vens profissionais o qual situa-se
do Instituto Superior Técnico Mili- características especiais. acima da média, correspondendo
tar (ISTM) que foi celebrado a 15 assim às expectativas do Coman-
de Maio do corrente ano. “Um dos objectivos que es- do Superior das FAA e do próprio
teve na génese da criação deste Instituto em particular.
“O ISTM constitui um or- estabelecimento é a diferencia-
ção por uma formação de exce- Recordou que o ISTM surgiu
na base da experiência existente
em outros Exércitos com realce às
Forças Armadas Revolucionárias
de Cuba.

“A implementação do pro-
jecto ISTM pressupunha a exis-
tência de um corpo docente qua-
lificado e experiente, aliás, uma
condicionante para a abertura de
um estabelecimento de Ensino
Superior Militar”, acrescentou .

Nesse sentido e ponderada
esta situação o Comando Supe-
rior das FAA estabeleceu com a
parte cubana um protocolo que
previa a disponibilização de do-
centes para as ciências exactas e
biotecnologias médicas. Regista-
mos com imensa satisfação que
esses professores que assegura-
ram a docência em cerca de 70
por cento no início dos cursos
detinham uma elevada experiên-
cia e competências no domínio
do ensino. A par destes profissio-
nais foram contratados docentes
nacionais de reconhecido mérito

General Adriano Mackenzie CDPPTE/EMGFAA

Órgão Informativo do ISTM 21

Instituto Superior Técnico Militar

que têm emprestado o seu saber assumiu o Comando do Instituto. do EMGFAA) como resultado de
a este Instituto. Salientou ainda que existe uma profunda análise estratégica
de Sua Excelência o Comandan-
“Face a qualidade dos pro- um caminho longo a percorrer te-em-Chefe das FAA, para co-
fissionais formados no ISTM e o nos vários domínios sendo que brir uma lacuna oportunamente
compromisso assumido pelos a iniciativa, o planeamento e a identificada e que tinha a ver com
docentes na melhoria contínua visão estratégica deverão sem- a necessidade da formação de
da qualidade, tenho a plena con- pre ser chamados à luz para que quadros nas especialidades das
vicção de que não apenas têm se continue a melhorar e a trilhar ciências médicas e das engenha-
merecido a confiança da direc- os caminhos da qualidade, do de- rias, num ensino de alto padrão
ção do ISTM mas igualmente do senvolvimento, da investigação e elevada qualidade nos domínios
Órgão que gere e superintende o científica, técnica e tecnológica e técnico e profissional visando col-
ensino nas FAA. Esta cooperação de inovação a bem da instituição matar o défice ainda existente nas
deverá ser estendida a outros paí- militar angolana. U/E/O-FAA nestas especialidades.
ses que se mostrem disponíveis a
colaborar no domínio da docên- O Chefe da DPPTE/EMG- Assim, em 15 de Maio de
cia, da investigação científica e da -FAA considera que sendo os 10 2008, por Despacho Nº 079/CEM-
inovação, no âmbito da coopera- anos ainda poucos para a institui- GFAA/07 de 07 de Novembro de
ção académico-universitário”, su- ção que se pretende, esse tempo 2007 de Sua Excelência o Che-
blinhou o General . dá já uma ideia para que possa- fe do Estado-Maior General das
mos tirar ilações sobre o que foi e Forças Armadas Angolanas foi
Disse de igual modo que o tem sido feito. criado este importante e estraté-
ISTM é hoje uma marca militar e gico estabelecimento de Ensino
nacional pois a qualidade do en- Nestes dez anos segundo Superior Militar (EESM) por sinal
sino, o elevado nível de organi- o responsável militar foram já al- a primeira instituição de Ensino
zação e a investigação científica cançados ganhos consideráveis se Superior Militar a ser criada no
neste estabelecimento apesar da atendermos ao número de médi- âmbito dos processos de Reedifi-
sua menor idade, conferem-lhe cos e engenheiros formados e pos- cação das FAA e da Reformulação
um elevado estatuto que leva-nos tos à disposição dos Comandantes do Sistema de Ensino Militar, sen-
a reconhecer os grandes esforços e Chefes a todos os níveis, incluin- do também o primeiro a conferir
e o árduo trabalho desenvolvidos do nas U/E/O-FAA onde têm pres- o grau de licenciatura na história
pelas direcções e comandos que tado um contributo assinável. das FAA em Angola.
fundaram a instituição, bem como
a vontade de serem continuados Explicou que o ISTM surge Por: Falcão de Lucas
pela direcção que recentemente na estrutura superior das FAA e
do Sistema do Ensino Militar (en-
quadrado no Sistema de Ensino

22 Revista Cadete

Edição Nº 8 - Maio 2018

QUADROS FORMADOS NO ISTM
REFORÇAM COM QUALIDADE
AS U/E/O DAS FAA

AFIRMA TENENTE
GENERAL AMÉRICO VALENTE,
PRIMEIRO COMANDANTE DA
INSTITUIÇÃO

ATenente General Américo Valente primeiro Comandante do ISTM concerne a formação de quadros nacionais diz res-
pós dez anos de existência os qua- peito”, referiu.
dros formados no ISTM reforçam com
qualidade as Unidades, Estabeleci- Com base na valorização da formação des-
mentos e Orgãos das Forças Armadas tes quadros militares destacou como significati-
Angolanas U/E/O-FAA, nas àreas de va a qualidade do pessoal, a redução de custos na
medicina e engenharia que se apresentavam em formação de quadros, o reconhecimento dos seus
número reduzido para atender as missões acome- quadros pelas instituições do Estado bem como a
tidas às FAA, afirmou o Tenente General Améri- projecção da imagem das FAA devido ao desempe-
co Valente antigo Comandante dessa instituição. nho desses Efectivos.

Em declarações à Revista Cadete a propósito Destacou de igual modo a importância dos
da celebração dos 10 anos da fundação do Instituto Engenheiros formados no ISTM actualmente alguns
Superior Técnico Militar, o Oficial General reconhe- deles a trabalhar no projecto ligado ao Angosat, sa-
ceu serem actualmente visíveis os resultados con- lientando que já é visível a qualidade dos trabalhos
substanciados na excelente integração dos quadros desenvolvidos por esses técnicos superiores colo-
formados na instituição de ensino militar. cados nas Repartições de Informática das Regiões
Militares.
O Tenente General Américo Valente disse
constatar-se por outro lado, um grande interesse de “Quanto aos médicos podemos dizer, sem
cidadãos em ingressar nas fileiras das FAA por via medo de errar, que por onde passamos nas nossas
do ISTM. visitas de trabalho, é visível o seu desempenho, fri-
sou o responsável militar, acrescentando que estes
“Isto deve-se essencialmente ao reconheci- quadros merecem e devem merecer muito mais
mento que a sociedade atribui à Instituição no que porque o reflexo do seu trabalho materializa-se na
qualidade de vida dos Efectivos Militares.

Quanto ao cumprimento da missão à frente
da Direcção do ISTM durante 4 anos “podemos di-
zer que cumprimos a nossa tarefa por mais exígua
que tenha sido. Sempre foi uma pedra colocada na
edificação deste grandioso projecto do qual nos re-
gozijamos”.

“Devemos ter em consideração a confiança de-
positada nesta instituição pelo Comando das FAA, e
dos Governos dos Países amigos a nível dos PALOP,
designadamente Cabo Verde, Moçambique e São
Tomé e Príncipe, que enviam os seus Efectivos para
frequentarem os cursos leccionados no ISTM”, subli-
nhou. Para o Tenente General Américo Valente a coo-
peração com estes países membros dos PALOP re-
força a credibilidade do sistema de ensino militar da
República de Angola, e por isso deve ser valorizado.

Por: Falcão de Lucas

Órgão Informativo do ISTM 23

DESTAQUE

GENERAL DISCIPLINA É O
NOVO CHEFE DO ESTADO
MAIOR GENERAL DAS FAA

Novo CEMG
empossado
no cargo e
promovido
ao grau de
General de
Exército

OPresidente da República e Comandante-Em-Chefe das FAA João Manuel Gonçalves Lourenço promove o CEMG/
FAA ao grau de General de Exército
Presidente da República e Comandan- Entretanto na sequência da nomeação o Pre-
te-Em-Chefe das Forças Armadas Ango- sidente da República e Comandante-Em-Chefe
lanas João Manuel Gonçalves Lourenço, das FAA João Lourenço empossou e promoveu ao
nomeou a 23 de Abril do corrente ano grau de General de Exército o novo Chefe do Esta-
o General António Egídio de Sousa San- do-Maior General das Forças Armadas Angolanas
tos “Disciplina” para exercer o cargo de Chefe do Es- (FAA) António Egídio de Sousa Santos.
tado Maior General das Forças Armadas Angolanas. Após a cerimónia realizada no Palácio Presiden-
O General António Egídio de Sousa Santos, cial o novo Chefe do Estado Maior General da FAA
desempenhava antes as funções de Chefe do Esta- nas suas primeiras declarações à imprensa apontou
do Maior General-Adjunto para a Área de Educação como prioridade “a Reedificação das Forças Armadas
Patriótica das FAA, substituindo assim o General de Angolanas, visando a sua modernização”.
Exército Geraldo Sachipengo Nunda. Sublinhou que o processo de reedificação das
Antes da nomeação ao abrigo da Constituição FAA será implementado em várias etapas, no cum-
da República de Angola, da Lei da Defesa Nacional e primento das orientações do Comandante-Em-Che-
das Forças Armadas e depois de ouvido o Conselho fe das FAA. O General de Exército Egídio de Sousa
de Segurança Nacional, João Lourenço exonerou o Santos disse que as Forças Amadas vão reforçar a
General de Exército Geraldo Sachipengo Nunda, do participação no programa de moralização da socie-
cargo de Chefe do Estado Maior General das FAA. dade angolana.

24 Revista Cadete

Edição Nº 8 - Maio 2018

NO ÂMBITO DO DÉCIMO ANIVERSÁRIO DA FUN-
DAÇÃO DO ISTM A REVISTA CADETE
ENTREVISTOU ALGUNS QUADROS JÁ
FORMADOS E QUE ACTUALMENTE EXERCEM
FUNÇÕES EM U/E/O DAS FAA.

Muitas das dificuldades en-
contradas nas áreas de trabalho
são os equipamentos pois nem
todas Unidades Militares têm equi-
pamentos necessários para corres-
ponder a demanda que se preten-
de chegar. É necessário investirmos
mais na aquisição de equipamen-
tos de qualidade para garantirmos
serviços de excelência.

P: Dez anos de existência
do ISTM, que comentário ofere-
ce fazer quanto aos ganhos e im-
portância da instituição?

Nome: Eupolis Fernando Rodrigues da Costa. R: Sinto-me lisonjeado e
Patente: Tenente grato por fazer parte desta expe-
Aérea de Formação: Engenharia Informática. riência sem igual que é o ISTM.
Local de trabalho: Direcção Principal de Pessoal e Quadro. Como qualquer coisa na vida
nada é por acaso, tive muitas di-
P: Faz parte da geração O projecto de fim de curso ficuldades mas felizmente foram
dos primeiros licenciados em en- era uma aplicação web, para a superadas. Tive o privilégio de
genharia formados no ISTM. Em nossa realidade. ser uns dos primeiros finalistas
termos de enquadramento pro- num Instituto Militar de Ensino
fissional onde está colocado? P : Tem encontrado dificul- Superior em Angola (1º Batalhão
dades à sua inserção, agora que -2008-2014). Frequentei ainda
R: Felizmente tive o privilé- está enquadrado? após a licenciatura um Mestrado
gio de estar a trabalhar na minha no ano de 2014-2016 conseguin-
área de formação (Informática). R: No princípio sim pois do concretizar o meu sonho e
Actualmente desempenho a fun- quando somos colocado em proceder ao lançamento do meu
ção de Programador. Sinto-me uma Unidade já encontramos primeiro livro ”Momentos” e par-
feliz por estar a participar num alguma coisa feita. A ideia prin- ticipei também no segundo Pro-
processo de transição de conhe- cipal é saber o que existe e se cesso de Cadastramento a nível
cimentos quer a nível de estrutu- corresponde com o que se pre- nacional das FAA como progra-
ração, padronização de estrutu- tende na actualidade pois só mador.
ras de rede e criação aplicações assim devemos criar políticas
sustentáveis para o melhor fun- para o melhoramento quer seja O ISTM significa tudo para
cionamento da instituição em das estruturas de rede, aplica- mim e sou um orgulho para os
que trabalho nas FAA. ções e equipamentos. meus pais e um bom profissio-
nal que Angola se orgulha de ter.
É necessário que a Direcção do
ISTM continue a manter os mes-
mos padrões mesmo diante das
actuais dificuldades financeiras.

Órgão Informativo do ISTM 25

ENTREVISTA

P: Quer fazer mais algum Caros colegas espero que vo- serem bons profissionais, para
comentário sobre o assunto? cês nunca desistam dos vossos que amanhã olhem para vocês
sonhos por mais curtos que se- como pessoas de soluções e não
R: Quero deixar alguns con- jam, estudem, estudem mesmo de problemas. Desejo que sejam
selhos aos que ainda estão a fazer bastante pois existem muitos bem sucedidos e que possam dar
a formação: desafios para a frente. Angola o melhor de vós, pois a formação
precisa muito de vós, é necessá- só vale a pena quando dá resulta-
Cadete uma vez, Cadete a rio estudarem muito mais para dos concretos.
até a conclusão da licenciatura.

Nome: Aldair André Martins Gonçalves electrónica e telecomunicações técnicos americanos ou russos.
Patente: Tenente no Instituto Médio Industrial de Por fim tenho sido humilde
Formação: Engenharia Electrotécnica na especiali- Luanda pois desde a infância tive
dade de Telecomunicações. curiosidade de abrir e tentar re- em aprender mais com os colegas
Local de trabalho: Ministério das Telecomunica- parar todos os aparelhos de casa. mais experientes nas ciências es-
ções e Tecnologias de Informação (Em comissão de paciais e com os especialistas que
serviço) No centro desempenho encontro ao longo das formações
as minhas funções como espe- de capacitação profissional no
P: Está incluso no grupo cialista de controlo do canal de âmbito do projecto.
dos primeiros engenheiros for- serviço cuja função é garantir a
mados no ISTM. Em termos de permanente comunicação entre P: Sobre os dez anos de
enquadramento profissional o Satélite e o seu controlo, a fim existência do ISTM que comen-
qual é a sua actual situação? de monitorar a órbita do mesmo, tários oferece fazer quanto aos
Está colocado no lugar certo em (envio de comandos, recepção de ganhos e importância da insti-
função do curso que fez ? telemetria, medição dos parame- tuição?
tros actuais de navegação).
R: Sim, faço parte dos pri- R: Dez anos de existência
meiros engenheiros formados no Essa área está relacionada representam um conjunto de
ISTM. Em termos de enquadra- com todos equipamentos de RF pessoas com mentes brilhantes
mento profissional estou a funcio- em terra para comunicar com o espalhadas pelos diversos secto-
nar no centro de controlo e missão satélite. Actualmente aplicando o res das Forças Armadas Angola-
do satélite Angosat e faço parte meu saber num dos maiores pro- nas e da sociedade, a desenvolver
do colectivo formado no âmbito jectos do País, considero ser um actividades com zelo, dedicação,
do Programa Espacial Nacional. grande orgulho para mim e para disciplina e elevado espírito pa-
a nação, pois é um projecto que triótico.
Considero que estou colo- exige pessoas altamente qualifi-
cado no lugar certo em função cadas para o qual o Executivo tem O ISTM foi criado no âmbito
do curso que fiz pois sempre tive apostado totalmente em quadros do plano de reedificação das FAA
o sonho de trabalhar em teleco- nacionais. e tem cumprido com o seu objec-
municações. No ensino médio fiz tivo primário “a criação de qua-
P: Tem encontrado muitas dros militares com licenciaturas
dificuldades à sua inserção pro- nas áreas de Engenharia e Medici-
fissional, agora que está enqua- na”, porque no passado a maioria
drado? dos quadros militares eram for-
mados no exterior do País.
R: Não, não tenho encontra-
do muitas dificuldades porque, Com o ISTM temos a re-
graças a Deus as competências dução de custos e aumento da
técnico-profissionais adquiridas qualidade na formação superior
no ISTM têm servido como o ali- militar, sendo um vector impul-
cerce do sucesso em diversas sionador para um colectivo mili-
actividades laborais como nas di- tar, pois um militar que passa por
versas formações. uma academia tem uma visão
diferente. O ISTM não forma qua-
De realçar os bons conheci- dros para servir apenas as Forças
mentos aprendidos com os pro- Armadas e nem somente para
fessores afectos às matérias de Angola. O ISTM é uma instituição
telecomunicações com os quais de cariz internacional e esse é um
trabalho hoje, foram muito va- grande ganho para o nosso País.
liosos como prova a minha fácil
adaptação aos diferentes padrões P: Quer realçar mais algo?

26 Revista Cadete

Edição Nº 8 - Maio 2018

R: A princípio muitas coisas de Engenharia Espacial (UNISEC), cionados em Angola 6 elementos,
não estavam definida mas com o uma organização sem fins lucrati- cinco (5) dos quais foram Cadetes
andar do tempo foram sendo re- vos situada no Japão a qual tem do Departamento de Electrotec-
solvidas. Olhando para trás só ve- como missão apoiar actividades nia do Instituto Superior Tecnico
mos benefícios referentes a exis- práticas de desenvolvimento es- Militar.
tência do ISTM. pacial em universidades e facul-
dades nas áreas de pequenos sa- O curso foi muito proveito-
Espero que se mantenha o télites e foguetes hibridos. so inclusive os Cadetes do ISTM
rigor na formação do Oficial en- tiveram a oportunidade de visi-
genheiro ou médico do ISTM com O concurso contou com tar a Agência Espacial Japonesa
a finalidade de preservar-se quer 32 participantes a nível mundial (Jaxa) , onde são formados alguns
a imagem da instituição como após vários processos de selecção astronautas que são enviados
também o cumprimento da Di- na língua inglesa, tendo sido sele- para estação espacial.
rectiva do Comandante-Em-Che-
fe das Forças Armadas Angola-
nas, expressa no despacho nº 079
CEMG/FAA, de 07 de Novembro
de 2007. O nosso país carece de
mais instituições como o ISTM.

Não podia terminar sem di-
zer que o ISTM para mim não foi
uma simples instuição de ensino
superior mas acima de tudo foi a
minha casa e uma família.

Outras formações?

Participação no concurso
de líderes em Pico Satélites em
2015 a convite do Gabinete de
Gestão do Programa Espacial
Nacional (GGPEN). O ISTM parti-
cipou no 6º programa mundial
de líderes em satélites (CLTP6) no
Japão. O evento foi organizado
pelo consórcio das Universidades

Nome: Brown Kafula Maputa Kandanda P: É também um dos pri-
Patente: Tenente meiros engenheiros formados
Formação: Engenharia Informática no ISTM. Está colocado no lugar
Local de Trabalho: Instituto Superior Técnico Militar certo com base no curso que
fez?

R: Sim. Quando ainda esta-
va no terceiro ano do curso já ha-
via sido selecionado para ser mo-
nitor e futuro docente do ISTM no
Departamento de Engenharia In-
formática tendo sido colocado na
instituição logo após a licenciatu-
ra em 2015 como estava previsto
para exercer a função de docente.
Entretanto posso afirmar que es-
tou enquadrado no lugar certo,
visto que estou a dar o meu con-

Órgão Informativo do ISTM 27

ENTREVISTA

tributo com muito zelo para a formação dos futuros dicos em 2015, dando assim uma resposta positiva
engenheiros do País em geral e das Forças Armadas ao projecto de qualificação de quadros para as For-
Angolanas em particular, bem como no desenvol- ças Armadas Angolanas, através de uma instituição
vimento de sistemas e aplicações para automatizar técnica militar de ensino superior no País. Nos anos
actividades, nas diversas Unidades Militares, com seguintes o instituto continuou a formar mais enge-
o objectivo de optimizar e dinamizar os trabalhos nheiros e médicos tornando-se assim numa institui-
ajudando os Comandos na tomada de decisões. ção de suma importância para as Forças Armadas e
Sinto-me feliz e bastante sorteado por ter sido um para Angola, no concernete a formação de Oficiais
dos escolhidos para assumir esta grande responsa- engenheiros e médicos contribuindo para o proces-
bilidade para o futuro do País. so de fortificação, potencialização, desenvolvimen-
to e melhoria dos órgaos de defesa do nosso País, e
P: Tem encontrado dificuldades no que con- também de alguns Países PALOP.
cerne à sua inserção profissional agora que está
enquadrado? P: Cinco anos de formação. Valeu a pena o
esforço e sacrifício?
R: Dificuldades como tal não digo mas como
sabe estudar é algo totalmente diferente de traba- R: Em cada segundo dos cinco anos da minha
lhar profissionalmente e na minha opinião, estudar formação valeu a pena o esforço e sacrifício, digo
é mais difícil do que trabalhar, pois o estudo requer isto porque um dos meus maiores sonhos foi rea-
maior esforço mental e muitas vezes um esforço lizado e principalmente por ter obtido na defesa
físico também. Entretanto após o meu enquadra- da monografia a nota desejada para a qual dei o
mento, tive que me adaptar à nova rotina diária e ao meu máximo. Graças a esses sacrificios e esforços
novo ambiente profissional, principalmente no que consentidos hoje sou dotado de conhecimentos e
concerne à actividade docente, pois antes de ser se- competências profissionais que me permitem ac-
lecionado para ser futuro docente do ISTM, nunca tuar nas áreas das TICs (Tecnologias de Informação
havia pensado em ser professor e essa actividade e Comunicação), dando soluções aos diversos pro-
não fazia parte dos planos para o meu futuro pro- blemas que surgem no decorrer do desempenho
fissional. Mas à medida que as actividades docen- das minhas actividades profissionais e não só.
tes foram-se desenrolando fui-me apaixonando dia
após dia pela docência e hoje não troco por outra. O E o que não poderia ser melhor é o facto de
professor para além de transmitir e compartilhar o ter-me formado e estar a trabalhar na primeira insti-
seu conhecimento com os estudantes, adquire tam- tuição técnico militar de ensino superior de Angola,
bém conhecimentos novos no ambiente de apren- que forma os futuros Oficiais engenheiros e médi-
dizagem e aprende a interagir com pessoas de di- cos tanto para as Forças Armadas Angolanas como
ferentes extratos sociais, para além de desenvolver também para alguns dos Países dos PALOP nomea-
novas experiências diariamente. damente Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e
São Tomé e Príncipe, contribuindo assim para o for-
P: Dez anos de existência do ISTM, que co- talecimento da cooperação com esses Países.
mentários se oferece fazer quanto aos ganhos e
importância da instituição? P: Em função do tema, quer fazer mais al-
gum comentário?

R: Como sabe o ISTM foi inaugurado no dia 15 R: Nestes 10 anos de existência o ISTM ganhou
de Maio de 2008 a mesma data do juramento à Ban- bastante reconhecimento e credibilidade não só a
deira dos primeiros candidatos a Cadetes dos quais nível nacional mas também internacional. A prova
fiz parte. O então nosso 1º Batalhão de Cadetes do é a demanda de candidatos que podemos observar
ISTM era composto por aproximadamente 300 Ca- nos processos de recrutamento para o ISTM a qual
detes no primeiro ano e no decorrer dos anos se- aumenta exponencialmente a cada novo ano lecti-
guintes muitos foram ficando pelo caminho por di- vo, mostrando que muitos jovens estão a apostar a
versas razões, visto que a formação académica em sua formação superior nesta instituição mesmo sa-
regime militar e internato não é fácil sendo preciso bendo que essa formação é em regime de internato
estarmos decididos e conscientes do que queremos até a defesa da monografia.
atingir e onde queremos chegar, ter muita discipli-
na força de vontade e acima de tudo uma entrega Outra prova, é o facto de Países como Cabo
total. No final dos primeiros 6 anos apesar de muitas Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-
barreiras encontradas pelo caminho o ISTM conse- Bissau continuarem a enviar os seus candidatos mi-
guiu formar os seus primeiros engenheiros e mé- litares para formação superior neste reconhecido
Instituto Superior Técnico Militar.

28 Revista Cadete

Edição Nº 8 - Maio 2018

locado no lugar certo em função culdades.
do curso que fez ? P:Dez anos de existência

R: Em termo de enquadra- do ISTM, que comentários se
mento profissional a minha si- oferece fazer quanto aos ganhos
tuação é boa e regularizada. Sim, e importância da instituição.
estou bem enquadrado.

Nome: Sabino Camambala João Celestino P : Tem encontrado dificul- R: Quanto aos 10 anos de
Patente: Tenente dades à sua inserção, agora que existência do ISTM, apraz – me
Formação: Construções e Fortificações está enquadrado? dizer que com ela o país ganhou
Local de Trabalho: Brigada de Engenharia de muito com vários quadros mi-
Construção do Comando do Exército R: Sim, tenho encontrado litares formados nas áreas de
dificuldades concretamente no Construções e Fortificações, Ele-
P: Integra a geração dos que concerne aos meios logísti- trotecnia, Informática, Mecânica
primeiros engenheiros forma- cos (alojamento, equipamentos) e Medicina, ajudando a colmatar
dos no ISTM. Em termos de en- e transporte para a viabilização consideravelmente o défice que
quadramento profissional qual das inúmeras tarefas que nos são o país vive em termo de quadros
é a sua actual situação ? Está co- incumbidas, o que consequente- nestas áreas.
mente tem influenciado negativa-
mente a rentabilidade, qualidade Quanto à sua importância
dos resultados e o cumprimento oferece-me comentar que é uma
das actividades nos prazos pers- mais-valia visto que o ISTM forma
pectivados, visto que elas muitas e enquadra para o mercado de
das vezes são de âmbito nacional trabalho os seus formados redu-
e o coabitar com estes problemas zindo desta forma a taxa de de-
tem proporcionado algumas difi- semprego no País.

Órgão Informativo do ISTM 29

ENTREVISTA

R: O ISTM é uma instituição com uma visão es-
tratégica para as FAA em particular em Angola em
geral, cuja missão é a formação de Engenheiros e
Médicos Militares que irão garantir a modernização
e o avanço tecnológico assim como colmatar a fal-
ta de Médicos em diversas Unidades Militares e os
futuros quadros que dirigirão os destinos da saúde
nas FAA em particular e no País. Sem a existência
desta instituição estes objectivos estariam compro-
metidos.

De realçar que desta instituição saíram alguns
engenheiros que estão inseridos no projecto AN-
GOSAT o que é um motivo de satisfação e orgulho.

Nome - Palanga Albertino Ferramenta P - Seis anos de formação. Valeram a pena os
Patente - Tenente esforços e sacrifícios consentidos?
Formação - Medicina
Local de trabalho - Centro de Instrução de Tropas do Exército/Santa R - É um sacrifício gratificante e notável com
Eulalia/ Nambuangongo/ Bengo base nas noites perdidas e mal dormidas quer seja
do ponto de vista profissional, social e mesmo fi-
P: Faz parte da geração dos primeiros qua- nanceiro.
dros formados no ISTM. Em termos de enquadra-
mento profissional, qual é a sua actual situação? P - Em função do tema quer fazer mais al-
Está colocado no lugar certo em função da forma- gum comentário com relação a sua carreira e tam-
ção que fez? bém aos 10 anos de existência do ISTM?

Resposta - Em relação ao meu enquadramen- R: Bem, em relação a minha carreira vejo ela
to profissional penso ter sido bem enquadrado apenas a começar e que há muito pela frente a al-
visto que o mesmo está em conformidade com a cançar pois a minha expectativa é grande visto não
minha formação como médico trabalhando numa aceitar o conformismo profissional e académico.
instituição sanitária militar, pelo que acredito estar
no lugar certo. Durante os 7 anos nesta instituição, o pilar
base da minha carreira foi construído mas a jornada
P: Tem encontrado dificuldades quanto a continua e espero começar o internato de especia-
sua inserção profissional agora que está enqua- lidade e dentro de mais alguns anos ser um Médico
drado? diferenciado alcançando o máximo grau profissio-
nal e académico possível para melhor contribuir no
R: Dificuldades na inserção profissional no sistema de saúde em Angola, bem como na forma-
inicio de uma carreira médica é inevitável, o mais ção de novos quadros.
importante é a determinação para contornar as difi-
culdades em tudo quanto for possível. Quanto aos 10 anos de existência do ISTM é
um momento de grande satisfação e regozijo, pois
P - Dez anos de existência do ISTM. Que co- isto reflecte o esforço e a persistência que a Chefia
mentários se lhe oferece fazer quanto aos ganhos das FAA vem envidando com vista a perpetuar os
e importância desta instituição na formação de objectivos pelo qual o ISTM foi concebido, e tam-
quadros? bém na sua afirmação como uma instituição de en-
sino superior cujos formados são cidadãos angola-
nos e estrangeiros que contribuem e contribuirão
para o engrandecimento do País e do continente.

ISTM - VALORIZEMOS A
EXCELÊNCIA ACADÉMICA

Edição Nº 8 - Maio 2018

OS PRIMEIROS DOCENTES
ANGOLANOS QUE AINDA PARTICIPAM NA

FORMAÇÃO DE QUADROS NO ISTM

Isabel Cardoso Henriques Panzo Fuenemo
Prof. Língua Portuguesa Prof. Matemática

António Martins Corige Manuel
Prof. Química Prof. Matemática

FORMAR, INVESTIGAR
E INOVAR

Órgão Informativo do ISTM 31

VISITA

VISITAS DE ENTIDADES
NACIONAIS E ESTRANGEIRAS
As visitas efectuadas por entidades nacio-
nais e estrangeiras ao longo dos 10 anos angolana em cursos superior nas demais especiali-
de existência do ISTM ficaram marcadas dades incluindo militares dos Países de Língua Por-
nos anais da história e no quadro da coo- tuguesa (PALOP).
peração no domínio militar que Angola
mantém com países amigos. Ao terminarem as visitas dos responsáveis
cumprindo a formalidade protocolar assinaram o li-
A ocasião é aproveitada para as entidades vro de honra destinado aos visitantes onde enaltece-
inteirarem-se do nível da organização e funciona- ram o empenho e espírito de missão da Direcção da
mento do ISTM que forma a nova geração militar Instituição e seus Efectivos, factores que têm elevado
o engrandecimento do estabelecimento de ensino.

Visita do CEMG/FAA

Visita da Delegação dos Adidos Militares acreditados em Angola Plantação de árvore pelo CEMG da Namíbia

32 Revista Cadete

Edição Nº 8 - Maio 2018

Visita da Delegação das Forças Armadas da China Assinatura do Livro de Honra pelo Chefe da Delegação Russa

Visita do Ministro da Defesa de Cabo-Verde

Visita do Chefe de Logística das Forças Armadas Portuguesas Visita da comitiva militar da África do Sul

Órgão Informativo do ISTM 33

VISITA

Coronel Brasileiro, antigo Adido Militar do Brasil Assinatura do livro de honra do Vice-Chefe de Estado Maior das
Forças Armadas de Cabo-Verde

Visita da delegação de médicos portugueses Delegação da Guiné-Conacri

Foto de posteridade - Delegação do Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais (ISCPC)

34 Revista Cadete

Edição Nº 8 - Maio 2018

CURSO DE ENGENHARIA
MECÂNICA DO ISTM

OBJECTIVO DO CURSO O Núcleo profissional do
curso de Engenharia Mecânica é
O Curso de Engenharia Me- organizado em cinco grupos: ter-
cânica do ISTM tem como objec- mociências, estruturas, dinâmica,
tivo geral a formação profissio- fabricação e actividades acadé-
nal de nível superior preparando micas complementares.
para o exercício, reflexão crítica
e participação na produção, sis- • Núcleo específico
tematização, aplicação e amplia- O Núcleo específico do
ção do conhecimento na área curso de Engenharia Mecânica é
de Engenharia Mecânica, capaz composto por três especialida-
de contribuir para a solução de des: Armamento, Motor, Estrutu-
problemas sociais económicos e ra de Aeronaves, Técnica Blindada
políticos, regionais e nacionais, e Automóveis.
decorrentes das necessidades CONCLUSÃO
das FAA.

Autor: Coronel João Zola, Chefe do Departa- DESENVOLVIMENTO Cumprindo com os objec-
mento de Engenharia Mecânica / ISTM • Núcleo Básico tivos (plano de estudo e carga
O núcleo básico, com du- horária) o Diplomado em Enge-
INTRODUÇÃO ração de dois anos constitui a nharia Mecânica e suas especiali-
etapa inicial da graduação em dades possui o seguinte perfil:
Núcleo Profissional Engenharia e tem a finalidade de
transmitir os conhecimentos bá- - Sólida formação básica em
sicos essênciais ao exercício da Engenharia Mecânica;
Engenharia Mecânica para que
os alunos possam no final de dois - Visão sistemática e multi-
anos dar continuidade à sua for- disciplinar;
mação profissional.
Neste período de dois anos - Postura ética e capacida-
o aluno adquir uma formação bá- de de tomar decisões;
sica e politécnica com ênfase para
a Matemática, Física, Química e - Capacidade de identificar
Computação além de uma for- e dar solução aos problemas de
mação humanística que aprimora Engenharia Mecânica dentro ou
os atributos ligados à área afec- fora das FAA;
tiva: autoconfiança, cooperação,
criatividade, decisão, dedicação, - Visão gerêncial para admi-
equilíbrio emocional, iniciativa, nistrar recursos humanos e maté-
liderança e persistência. rias;
• Núcleo profissional
- Espírito empreendedor e
capacidade de trabalhar em equipa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFI-
CAS

Manual do Projecto Peda-
gógico do Curso de Engenharia
Mecânica do ISTM

Órgão Informativo do ISTM 35

ISTM

CERIMÓNIA DO 10º

36 Revista Cadete

EdiçEãdoiçEãsopeNcºia8l - Maio 2018

ANIVERSÁRIO DO ISTM

Órgão Informativo do ISTM 37

CIÊNCIA

PERFIL BACTERIOLÓGICO DA OSTEOMIELITE EM
CRIANÇAS DREPANOCÍTICAS INTERNADAS NO

HOSPITAL PEDIÁTRICO
DAVID BERNARDINO, NO PERÍODO DE

JUNHO A OUTUBRO DE 2017

masculino com 58% e na faixa etária dos 5 aos 10
anos com 60%. O município de Luanda é o que mais
doentes registou com 29%, os ossos mais afectados
foram o fémur e a tíbia com 34% seguido do úmero
com 26%, Quanto ao agente etiológico constatou-
-se que nos 38 exames realizados (100%), em 69,7%
não foram identificados quaisquer agentes e dos 10
casos (31,3%) apresentaram-se positivos onde as
maiores entidades foram Salmonella sp, Klebisiela
pneumonie, Citrobacter sp, Enterobacter species,
Stapylococcus e Proteus species com 5% cada.

Palavras-chave: Osteomielite, Crianças dre-
panocíticas; Hospital Pediátrico David Bernardi-
no.

INTRODUÇÃO

AUTOR: Tenente de Fragata - Wete Artur Mika, Médico. As infecções do osso e das articulações consti-
tuem um dos problemas comuns que afectam indiví-
RESUMO duos de todas as faixas etárias. Esta patologia repre-
senta um grande desafio tanto a nível de diagnóstico
A osteomielite define-se como a inflama- como da terapêutica para os profissionais de saúde
ção de toda a estrutura óssea provocada por um nas diversas especialidades que fazem uma aborda-
agente infeccioso piogénico. Segundo o tempo de gem minuciosa do problema (Pediatra, Cirurgião, Or-
evolução achados clínicos e radiológicos pode ser topedista, Imagiologista e Patologista). (Trueta, 1959)
classificada em aguda (hematogênica) ou crónica.
Objectivos: Descrever o perfil bacteriológico da os- Stapylococcus áureos é o agente etiológi-
teomielite em pacientes drepanociticos internados co mais comum (40% a 90%). Salmonella spp em
no Hospital Pediátrico David Bernardino no período crianças portadoras de anemia falciforme. O conhe-
de 01 de Junho a 31de Outubro de 2017. Metodo- cimento preciso das bactérias causadoras é crucial
logia: Realizou-se um estudo descritivo, longitudi- para a decisão da instituição do antibiótico que
nal no HPDB. O universo foi constituído por todas na maioria dos casos é iniciada de forma empírica.
as crianças drepanocíticas internadas no Hospital (Paakkonen, 2012)
Pediátrico David Bernardino com diagnóstico de
osteomielite, nos Serviços de Ortopedia no período Osteomielite na infância é uma infecção bac-
em estudo. A amostra foi constituída por 38 casos teriana do tecido ósseo que constitui uma das prin-
em crianças drepanociticas internadas neste perío- cipais complicações dos doentes drepanocíticos.
do. As colheitas de dados e de amostras foram rea- No Hospital Pediátrico David Bernardino em Luan-
lizadas durante a estadia no hospital. Foi elaborado da são internados diariamente inúmeras crianças
um formulário para a recolha dos dados que foram portadoras de anemia falciforme que apresentam
analisados e processados no programa Epi Info osteomielite em vários ossos. (Gonçalves, 2010).
versão 3.3.2, e Excel. Resultados: O maior número
de casos foram identificadas em crianças de sexo A osteomielite é a infecção do osso que se ini-
cia na cavidade medular e pode ter sua origem de
três formas:

a) Hematogênica – comum em neonatos e
crianças jovens e rara em adultos;

b) Resultante de ferida perfurante ou fractu-
ra exposta;

38 Revista Cadete

Edição Nº 8 - Maio 2018

c) Resultante de fixação Objectivo (100%), 69,7% não foram iden-
interna de fractura não expos- tificados quaisquer agentes e
ta na qual houve falha na técni- Descrever o perfil bacte- nos 10 casos positivos (31,3%) as
ca de assepsia cirúrgica sendo o riológico da osteomielite em pa- maiores entidades foram Salmo-
prognóstico extremamente ruim, cientes drepanocíticos interna- nellasp, Klebisiela pneumonie, Ci-
comprometendo assim a viabili- dos no Hospital Pediátrico David trobactersp, Enterobacterspecies,
dade do homem. (Orrego & Mo- Bernardino no período de 01 de Stapylococcus e Proteus species
rán, 2014). Pode ser originada por Junho a 31de Outubro de 2017. com 5% cada. O perfil dos cocos
vários agentes causais tais como Gram positivos apresentou uma
bactérias, fungos e vírus. (Longo Material de estudo: Rea- sensibilidade de 100% aos anti-
et al, 2013). lizou-se um estudo descritivo, bióticos: Ofloxacina, Cloxacilina.
longitudinal e prospectivo nos Mostrou uma resistência de 100%
Os agentes mais comuns e serviços de ortopedia do Hospi- à ampicilina. O perfil dos Bacilos
descritos na literatura médica são tal Pediátrico David Bernardino Gram negativos apresentou uma
as bactérias sendo o Staphylo- localizado no distrito da Maianga,- sensibilidade de 100% aos anti-
coccus aureus o agente etiológi- Município de Luanda, Província de bióticos: Ofloxacina, Amicacina e
co mais comum em todos grupos Luanda. Foi constituído por todas Minociclina. e uma resistência de
etários incluindo recém-nascidos. as crianças drepanocíticas interna- 80% á ampicilina. Quanto aos ní-
(Kliegman et al, 2009), e a Salmo- das com diagnóstico de osteomie- veis de hemoglobina o maior nú-
nela sp em crianças portadoras lite no Serviço de Ortopedia no mero de casos ocorreu nas crian-
de anemia facilforme. período em estudo e a amostra foi ças com níveis acima de 9 em 17
constituída por 38 casos de crian- casos (45%), os níveis de VS entre
Quadro Clínico ças drepanociticas internadas nes- 60 á 83 com 13 casos (34%), os ní-
A sua sintomatologia va- se período. As colheitas de dados veis de PCR entre 3,10 á 4,10 com
ria tendo a conta a sua natureza e de amostras foram realizadas 11 casos (29). Segundo a antibio-
(Aguda ou Cronica), o agente durante a estadia no hospital. terapia efectuada constatou-se
causal, local de desenvolvimento que 25 crianças (66%) foram tra-
e o evento inicial. As variáveis foram agrupadas tado simplesmente com Cloxaci-
O diagnóstico clínico, man- em sócio-demográficas e clínicas. lina, seguidas de 8 crianças (20%)
tém-se como a chave principal com cloxacilina+gentamicina.
do diagnóstico precoce e a base As variáveis Sócio-demo- Segundo o tratamento cirúrgico
da instituição duma terapêutica gráficas foram, Idade, Sexo, Pro- efectuado constatou-se que 31
agressiva de maneira que a situa- veniência e as variáveis clínicas crianças (82%) foram tratadas ci-
ção não evolua para a osteomieli- foram, o osso afectado, o agente rurgicamente com Fenestração.
te crónica. etiológico, o teste de sensibili-
O diagnóstico é clínico, la- dade (Sensíveis e Resistentes), CONCLUSÃO
boratorial, imagiológico e histo- Resultados da hemoglobina, Re-
lógico. sultados do Velocidade de Sedi- O maior número de casos
Tratamento mentação, Resultados de PCR, foram identificados em crianças
Antibiótico usado, Tratamento de sexo masculino com 58% e na
Após o diagnóstico é im- Cirúrgico efectuado faixa etária dos 5 aos 10 anos com
portante iniciar uma terapêuti- 60%, o município de Luanda é o
ca endovenosa com antibióticos RESULTADOS que mais doentes registou com
empiricamente, baseando-se nos 29%; os ossos mais afectados fo-
estudos de prevalência já conheci- O maior número de casos ram o fémur e a tíbia com 34%,
dos enquanto se aguarda o resul- foram identificadas nas crianças seguida do úmero com 26%. Dos
tado da cultura e antibiograma. de sexo masculino com 58% e 38 casos estudados apenas em 15
na faixa etária dos 5 aos 10 anos os resultados da cultura foram po-
com 60%, sendo o município de sitivos. Devido ao facto de muitas
Luanda o que mais doentes re- dessas crianças estarem interna-
gistou com 29%; os ossos mais das com outras patologiasn e com
afectados foram o fémur e a tíbia tratamento antibióticos por mais
com 34% seguidos pelo úmero de 7 dias, 60,7% dessas crianças
com 26%. Segundo a localização foram tratadas com cloxacilina,
hospitalar antes do procedimen- 21,1% cloxacilina e gentamina. O
to cirúrgicoconstatou-se que o tratamento cirúrgico foi em 82%
maior número de casos estavam por fenestração. Durante do tem-
localizados nos Serviços de Cirur- po que decorreu o estudo, não
gia com 71% de caso. Segundo o foram identificadas complicações.
agente etiológico,constatou-se
que nos 38 exames realizados

Órgão Informativo do ISTM 39

ISTM

É A DISCIPLINA MILITAR QUE FAZ COM QUE
OS MILITARES DO ISTM CUMPRAM, SEM
HESITAÇÃO, AS ORDENS RECEBIDAS
SUPERIORMENTE

Tenente-Coronel ção é única para todo o território nacional”. fim de
Armando Joaquim Francisco ”Chato” citação.
Chefe da Repartição de Auditoria e Disciplina do Instituto Superior
Técnico Militar do EMG/FAA 3 - Resulta da Constituição que a disciplina
militar é uma constante em todos os Exércitos do
Neste 10º aniversário do ISTM os militares mundo seja quais forem as formas de governos que
do quadro orgânico e os Cadetes de diversos cur- regem os respectivos países.
sos são chamados a pautarem pela disciplina mi-
litar no cumprimento da missão atribuída à Insti- 4 - Diríamos que sem disciplina militar não
tuição castrense. Assim sendo; há Forças Armadas pois só a disciplina permite que
uma ordem emanada pelos Órgãos superiores da
1 - A disciplina militar em regra geral é um Nação se repercuta nos vários escalões da cadeia de
factor fundamental para a organização e funcio- Comando, isto é, do General ao Soldado ou ainda
namento de qualquer tipo de instituição com do superior hierárquico ao subalterno.
especial relevância para as Forças Armadas Ango-
lanas pela natureza das suas atribuições constitu- 5.- Estabelece ainda a Constituição no seu
cionalmente consagradas. artigo 207 nº 3 que “A lei regula a organização, fun-
cionamento, disciplina, preparação e emprego das
2.- No entanto, estabelece o artigo 207º nº Forças Armadas Angolanas em tempo de paz, de
1 da Constituição da República de Angola (CRA) crise e de conflitos”.
cito “As Forças Armadas Angolanas é a instituição
militar nacional permanente, regular e apartidária 6 - É neste sentido que surge a Lei 2/93 de 26
incumbida da defesa militar do País, organizadas de Março Lei da Defesa Nacional e das Forças Arma-
na base da hierarquia, da disciplina, e da obediên- das, o Projecto da Lei das Carreiras Militares, Lei da
cia aos órgãos de soberania competentes, sob Justiça Militar, Lei dos Crimes Militares, Normas Re-
autoridade suprema do Presidente da República guladoras de Disciplina Militar (NRDM) e outras.
e Comandante-Em-Chefe nos termos da Consti-
tuição e da Lei, bem como das convenções inter- 7- Por isso, é a disciplina militar que faz com
nacionais de que Angola seja parte”. No nº 2 – “As que os militares orgânicos e não orgânicos do ISTM,
Forças Armadas Angolanas compõem-se exclusi- cumpram sem hesitação as ordens recebidas, amiú-
vamente de cidadãos angolanos e a sua organiza- de com risco e sacrifício da própria vida como dis-
40 Revista Cadete põe o art.º 3º nº 1 das NRDM.

8 - Todavia a disciplina militar não impede que
entre chefe e subordinado haja união, estima, com-
preensão, espírito humanitário, respeito mútuo,
sentimentos que dão lugar a uma verdadeira ca-
maradagem. Contudo torna-se necessária essa ca-
maradagem para garantir a confiança mútua, apoio
indispensável de uma disciplina consciente.

9 - No entanto a disciplina militar manifesta-se
basicamente pela subordinação de posto para posto,
respeito mútuo entre superiores e inferiores e pela
vontade sincera de se alcançar os objectivos.

10 - Finalmente nas Forças Armadas Angola-
nas instituição militar nacional e no ISTM em parti-
cular, as regras da disciplina militar vêm estatuídas
no Capítulo II, sob a epígrafe DEVERES MILITARES no
seu artigo 5º das NRDM e no Regime Disciplinar dos
Cadetes, assim como no Estatuto.

Bem haja e

FELIZ ANIVERSÁRIO

EdiçEãdoiçEãsopeNcºia8l - Maio 2018

CÓDIGO DE HONRA DO
CADETE DO ISTM

1 - O Cadete do ISTM orgulha-se da sua voca- ração, obedece-lhe com devida prontidão mesmo
ção militar e considera a mesma como honra. com sacrifício dos seus próprios interesses.

2 - O Cadete do ISTM respeita e prestigia as 7 - O Cadete do ISTM manifesta para com to-
FA a que pertence procurando corresponder com o dos os seus companheiros uma camaradagem sóli-
nível das suas tradições educativas. da, estando sempre disposto a ajudar os que preci-
sam dele, mas recusa incondicionalmente colaborar
3 - O Cadete do ISTM aceita, defende e impõe em quaisquer acções contrárias à ordem e à discipli-
a si próprio a mais rigorosa discplina militar. na militar.

4 - O Cadete do ISTM veste com o maior e gar- 8 - O Cadete do ISTM procura manter-se em
bo a sua farda e apresenta-se em público de modo todas as circunstâncias sempre pronto para o cum-
a impor-se à consideração daqueles que o rodeiam, primento do dever, das virtudes, do regulamento
pela dignidade do seu porte. militar, primando pela postura como homem.

5 - O Cadete do ISTM é irrepreensível e hones- 9 - O Cadete do ISTM deve amar a Pátria e de-
to em todos os actos da sua vida primando sempre fendê-la com todas as suas forças, incluindo o sacri-
pela verdade não procurando obter por meios im- fício da própria vida.
próprios aquilo a que não tem direito ou que não
pode conseguir à custa do seu próprio esforço. 10 - O Cadete do ISTM deve guardar e fazer
guardar a constituição e demais leis em vigor de
6 - O Cadete do ISTM vê no seu chefe um edu- que tomará como compromisso solene.
cador e um amigo e por isso deposita nele conside-

Cadetes do ISTM

Órgão Informativo do ISTM 41

ISTM

O DIA A DIA DO CADETE

Odia-a-dia do Cadete vem estipulado no
documento do Comandante da Unida-
de e tem uma designação especial, que
se designa por horário do dia.
Estabelece o conjunto de tarefas
que o militar do Instituto cumpre desde a alvorada
até ao silêncio.

O dia-a-dia do Cadete reflecte o cumprimento
rigoroso do horário do dia.

O dia-a-dia do Cadete tem início na alvorada
que é materializada por um toque de sineta às 5h00
indicando aos Cadetes o início de um novo dia.

O mesmo obedece as seguintes tarefas de for-
ma sequencial: arrumação de camas e haveres, gi-
nástica matinal, asseio pessoal e aprumo.
42 Revista Cadete

EdiçEãdoiçEãsopeNcºia8l - Maio 2018

Depois do aprumo os Cadetes devidamente
fardados deslocam-se para o refeitório às 6h30 com
o fim de tomarem a primeira refeição do dia. De se-
guida é realizada a formatura a fim de comprovar a
sua prontidão para as actividades académicas.

As aulas têm início às 7h30 com cinco tempos
lectivos durante o período da manhã com peque-
nos intervalos de 10 minutos e um intervalo maior
de 20 minutos.

Depois vem a 2ª refeição do dia o almoço. Este
é servido entre às 12h30 e as 13h30.

O segundo turno de aulas, tem início às 14h00
e termina às 15h30.

A seguir, ao segundo período de aulas, vem o
tempo livre.

Em geral, os Cadetes beneficiam deste perío-
do para a recreação, desporto e embelezamento da
Unidade. Cada Cadete cuida da planta ou árvore
sob sua tutela. O tempo livre termina com o asseio
pessoal e logo em seguida vem a 3ª refeição do dia.

Recolher:

O recolher é assinalado por um toque de sine-
ta às 21h00. A este toque todos os Cadetes perfilam
em subunidades. Ausências não são permitidas

Órgão Informativo do ISTM 43

ISTM

ALGUMAS IMAGENS FOTOGRÁFICAS QUE
RETRATAM AS ACTIVIDADES DOS CADETES DO
ISTM AO LONGO DOS DEZ ANOS DE EXISTÊNCIA

Campanha nacional de vacinação contra a Febre Amarela com a participação de Cadetes do ISTM

44 Revista Cadete

EdiçEãdoiçEãsopeNcºia8l - Maio 2018

Cadetes em aulas práticas

Cadetes em campanha de vacinação contra a Febre Amarela

Órgão Informativo do ISTM 45

ISTM

Professores e Cadetes do 5º ano do Departamento de Engenharia Mecânica

Quadros dos PALOP formados no ISTM

46 Revista Cadete

EdiçEãdoiçEãsopeNcºia8l - Maio 2018

O PERCURSO DE UM
SOLDADO

Augusto Maria de Almeida Bubas, filho de da 6ª Secção da Frente K. Bengo.
António Augusto de Almeida e de Luísa Bernardo Em 1989, promovido ao grau militar de 2º
Francisco, natural de Luanda, nascido aos 07 de
Abril de 1961. Tenente, ordem Nº 0089/89/MD, ocupando a fun-
ção de Chefe Adjunto/6ª Secção da Frente Kuanza
Ingressou nas extintas-FAPLA aos
10/06/1981 em Luanda, fez o Curso Bengo.
Básico de Tropas de Intervenção 1991, foi promovido ao grau
no Centro de Instrução Marce-
lino Dias no Ambriz Provín- militar de 1º Tenente, ordem Nº
cia do Bengo, promovido 041/DPQ/91, no cargo de Ins-
no final do curso ao grau pector do RES/6º Departa-
militar de 3º Sargen- mento/EMG.
to, com a função de 1992, participou no
Chefe da 3ª Secção 3º Curso de Oficiais na
do 2º Pelotão do 2º Escola Comandante Ni-
Batalhão da Briga- colau Gomes Spence
da das Tropas de no Huambo.
Intervenção. 1993, foi promovido
ao grau militar de
Em 1983, Capitão, ordem Nº
foi transferido 0115/93 e nomea-
para o Coman- do no Cargo de
do da 8ª R.M de- Chefe Adjunto da
sempenhando a Secção de Cifras
função de Chefe do posto Coman-
Adjunto de Pelo- do da sala Opera-
tão de Assegu- tiva/EME.
ramento do EM, 2002, no dia 2 de
participação no Agosto, promovi-
1º Curso de Porta- do ao grau militar
dores de Segredos de Major, ordem Nº
Militares, ostentan- 574/EMG/FAA, no
do todas as patentes cargo de Oficial de
de Sargentos. Controlo do Sistema
do Centro de Cripto-
Em 1986, parti- logia da 6ª Repartição/
cipação no 10º Curso EME.
de Cifradores na Escola 2010, promovido ao grau
Cmdte Economia na espe- militar de Tenente-Coronel,
cialidade de Comunicações através da ordem Nº 793 de
Especiais foi promovido ao grau
militar de Aspirante e nomeado a 17.12.2010/CEMGFAA.
desempenhar a função de Oficial de Re- 2017, promovido ao grau militar
gime Especial de Segurança (RES) da 8ª R.M. de Coronel, sobre a ordem Nº37/CEMG-
FAA/2017.
No dia 01 de Agosto de 1987, promovido ao Actualmente é o Chefe da 6ª Repartição do
grau militar de Sub-tenente, ordem nº 00108/87/ ISTM, é formado em Estratégicas Pedagógicas para
MD/RPA, tendo ocupado o cargo de Chefe Adjunto docentes do ensino superior realizado no ISTM.

Órgão Informativo do ISTM 47

PERFIL

TRABALHADOR MAIS
VELHO DO ISTM

Nome: Marques António
Filiação: António Vila e de Teresa Kassa
Natural: Maquela do Zombo/ Uíge
Nascido: 06/04/1953
Estado Civil: Solteiro
Filho: 09
Altura: 1.64 cm
Calçado: 39
Peso: 71
Actividade que exerce: Alfaiate
Cor preferida: Branca
Filme: Não gosto
Livro: Bíblia Sagrada
Prato preferido: Fúmbua com Carne
Bebida: Água e Gasosa
Virtudes: Normal
Defeito: Recto
O que mais teme: A fé de Deus
O que mais detesta: Provocação
Ídolo: Deus
Uma pessoa especial: Minha mulher
Perfume: Diversos
Tipo de Roupa: Social
Peça de roupa preferida: Camisa
Tem casa própria: Tenho
Tem carro Próprio: Não
Cidade angolana que gos-
taria viver: Huambo
País de sonho: França
Equipa de coração: 1º D´Agosto
Desporto/ Modalidade: Futebol
Quanto tempo trabalha nas FAA: 18 anos
Relacionamento inter pessoal: Boa
Qualidades que gosta nas outras
pessoas: Ser crente e religioso
Acredita em Deus: Acredito
Acredita em forças ocultas (feitiço): Não

48 Revista Cadete

SABIAS QUE!

Órgão Informativo do ISTM 49

PASSATEMPO

50 Revista Cadete


Click to View FlipBook Version