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_Instrumentos_e_tecnicas_atuacao_profissional_teleaula_4_tema_6

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Published by gi.abertoni, 2017-06-13 18:53:48

_Instrumentos_e_tecnicas_atuacao_profissional_teleaula_4_tema_6

_Instrumentos_e_tecnicas_atuacao_profissional_teleaula_4_tema_6

Instrumentos e Técnicas de Atuação 5/28/2013
Profissional 1
Tema 6

Os principais instrumentais e o perfil
do profissional de
Serviço Social

Prof.ª Ma. Suzanir Fernanda Maia

Conceitos

Técnicas: Conjunto de métodos e processos de
uma arte ou de uma profissão (DICIONÁRIO ON-
LINE); habilidade no uso do instrumento (SOUSA,
2008).
Instrumentos: estratégia ou tática
por meio da qual se realiza a ação.
(SOUSA, 2008).

Instrumentos:
a)Diretos ( “ face a face ” ): Visita institucional e
domiciliar; mobilização de comunidades; dinâmica
de grupo; reunião; observação participante;
entrevista individual e em grupo.
b)Indiretos (“por escrito”): atas de
reuniões; livros de registro;
diário de campo, relatório social;
parecer social (SOUSA, 2008).

Dois pontos centrais para análise do texto: 5/28/2013
a)Para se realizar um trabalho é necessário um 2
conhecimento concreto de determinadas finalidades
e de determinados meios.
b)Não basta escolher os meios, é
preciso aplicá-los. (SANTOS, 2011,
p. 83).

Teoria e Prática
• A teoria não gera instrumentos próprios.
• A teoria empresta à prática o conhecimento da

realidade, a qual é o objeto de transformação.
• Se a teoria não oferece os instrumentos e

técnicas de intervenção propriamente ditos, ela
pode oferecer subsídios para que
eles sejam escolhidos, criados
e utilizados (SANTOS, 2011, p. 83).

Teoria e Prática
•Podemos utilizar instrumentos diferentes em nossa
intervenção, mas que os utilizemos de acordo com o
método por nós aceito.
•Um método pode se articular com estratégias de
abordagens e instrumentos vários,
bem como um mesmo instrumento
pode ser utilizado por diferentes
métodos (SANTOS, 2011, p. 84).

Sobre a prática profissional 5/28/2013
3
• A atuação profissional está voltada para a transformação
social, logo, a transformação de pessoas.
• Pessoas que tem valores, sentimentos; que não são, ou
estão, inertes à nossa ação profissional;

Sobre a prática profissional

• [...] há de se esperar que esse homem também tenha
alternativas a escolher, portanto, é mais difícil controlar ou
prever os resultados, uma vez que são os resultados não
apenas da ação profissional, mas também da reação dos
demais atores envolvidos no processo da ação. (SANTOS,
2011, p. 72)

Sobre a prática profissional

• A dinamicidade das transformações sociais conduzem a
categoria profissional a refletir constantemente sobre seu
projeto profissional, seus instrumentos, técnicas e teorias;
• As ações profissionais são refletidas constantemente;

Sobre a prática profissional 5/28/2013
4
• [...] Projetos Profissionais, dos quais fazem parte, os
valores, os objetivos, as funções e os requisitos teóricos,
institucionais, e práticos, para o exercício da profissão, bem
como as normas para o comportamento tanto com os
usuários que buscam seus serviços quanto com as demais
profissões e instituições. (NETTO, 1999 apud SANTOS, 2011, p. 73)

Sobre a prática profissional

• Os projetos profissionais refletem, igualmente, as direções
sociais assumidas pela profissão em diferentes conjunturas.
[...] As mudanças sofridas com e no modo de produção
capitalista refletem – mas não de maneira direta e imediata –
a constituição da profissão, renovando, reforçando e
modificando os projetos profissionais. (SANTOS, 2011, pp. 73-74)

Sobre a prática profissional

• Para que possamos escolher a finalidade e os meios
existentes para a efetivação de nossa ação profissional
precisamos conhecer o indivíduo e o meio em que ele se
encontra.
• Esses conhecimentos são necessários para que possamos
concretizar a liberdade de ação. Liberdade de ação que se
traduz, aqui, na escolha consciente entre alternativas.

Sobre a prática profissional 5/28/2013
5
• A teoria pode oferecer – não somente ela, haja vista a
importância dos valores dos sujeitos – subsídios para as
escolhas entre as alternativas, tanto da finalidade quanto dos
meios necessários. (SANTOS, 2011, p. 75)

Sobre a prática profissional

• Os profissionais agem pautados por valores e ideologias
que orientam a busca de um referencial teórico, ou seja, não
é a teoria que direciona os valores, mas os valores , a
cultura, a ideologia que influenciam o profissional na opção
por determinada teoria. (SANTOS, 2011, p. 75)

Dois grandes âmbitos da teoria que
remetem, através de mediações, à escolha e
à operacionalização dos instrumentos e
técnicas:

1.O âmbito da análise das tendências estruturais da 5/28/2013
ordem burguesa e da compreensão da dinâmica 6
dos fenômenos com os quais se deparam os
profissionais em sua prática cotidiana.
2.O âmbito da teleologia, ou seja,
da projeção, da finalidade
(SANTOS, 2011, p. 84).

Analisando o âmbito 1:
Tem por missão propiciar o conhecimento do
conteúdo da atividade prática.
• A teoria oferecerá a compreensão da dinâmica
social em que se insere o objeto
de intervenção (SANTOS, 2011,
p. 84).

Analisando o âmbito 1:
Oferece a capacidade de pensar sobre os
conteúdos postos pela população, sobre os
significados das diversas expressões da questão
social que chegam até o profissional
e que são objetos de intervenção
(SANTOS, 2011, p. 84).

Analisando o âmbito 1: 5/28/2013
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O que compete à teoria:
• Revelar as mediações que constituem a prática.
• Mostrar que a prática é um processo histórico
determinado pela ação dos homens
(SANTOS, 2011, p. 85).

Analisando o âmbito 1:

O que compete à teoria: dela, os
• Referenciar a prática e, dentro
instrumentos e técnicas.
• Oferecer subsídios na utilização
destes instrumentos (SANTOS, 2011,
p. 85).

Analisando o âmbito 2:

A importância da teoria se revela aqui por oferecer a
possibilidade de compreensão dos aspectos sócio-
históricos que interferem nas condições e nas
relações de trabalho, bem como nas condições de
vida da população, possibilitando a
construção de propostas de trabalho
que venham ao encontro das reais
demandas postas pelo público, [...]

Analisando o âmbito 2: 5/28/2013
[...] que busca por serviços sociais, e que sejam 8
coerentes com os limites e possibilidades impostos
pela profissão. Âmbito da teleologia, ou seja,
da projeção, da finalidade
(SANTOS, 2011, p. 86).

Analisando o âmbito 2:
O conhecimento da realidade social e da instituição
com a qual se trabalha possibilita ao profissional a
escolha e criação dos instrumentos e técnicas mais
adequados àquela situação.
O manuseio do instrumento
não dispensa orientação teórica,
ele implica um conhecimento
(SANTOS, 2011, p. 86).

Analisando o âmbito 2:
A teoria possibilita a análise e a avaliação das
circunstâncias e causalidades postas, abriga a
análise das experiências e o estudo das condições
objetivas que indicam a necessidade e a
possibilidade dessa práxis
(SANTOS, 2011, p. 87).

Analisando o âmbito 2: 5/28/2013
Não só a direção teórica influencia o tipo de 9
intervenção que se pretende, como também o tipo
de sujeitos envolvidos no processo, seu
comprometimento ético-político e a própria estrutura
da sociedade (SANTOS, 2011, p. 87).

Sobre os instrumentos
Os instrumentos são movimentados a partir da
capacidade teleológica dos agentes envolvidos no
processo: profissionais, população, instituição e
sociedade.
•A escolha dos instrumentos não é “neutra”; cumpre,
além de uma função técnica
e operacional, uma função política
e ideológica (SANTOS, 2011, p. 88).

Sobre os instrumentos
Não podemos utilizar uma prática manipulatória,
pois ela é considerada limitada e limitadora do
real; A imprevisibilidade é aqui perseguida como
algo indesejável, buscando-se o previsível, daí a
imitação (SANTOS, 2011, p. 89).

Sobre os instrumentos 5/28/2013
Necessidade de extrapolar a realidade posta, não 10
fixando uma prática repetitiva, sem criatividade, que
não leve em consideração a essência dos fenômenos
(SANTOS, 2011, p. 89).

Sobre os instrumentos
Em alguns casos, repetir uma ação torna-se
necessário para consolidar uma prática, o que é
muito importante.
• Os instrumentos e técnicas acolhem em si as
relações sociais e de poder, daí o seu caráter
político. Eles guardam as contradições
contidas nessas relações, sendo,
assim, amplas as suas potencialidades
(SANTOS, 2011, p. 89).

Sobre os instrumentos
A escolha e o uso dos instrumentos de intervenção
dependem da natureza dos fins pretendidos e das
condições concretas presentes. Por sua vez, a
escolha dos fins deve levar em consideração,
também, as condições concretas de realização e das
possibilidades ou capacidade real
de realizá-los (SANTOS, 2011, p. 90).

Sobre os instrumentos 5/28/2013
A prática interventiva do assistente social deve 11
centrar-se em possibilitar ao usuário uma análise e
uma compreensão da realidade social (SANTOS,
2011, p. 92).
• A formação competente é aquela
que conhece o mercado de trabalho,
mas que não se limita a ele
(SANTOS, 2011, p. 96).

Conclusão
Exige-se, então, uma formação que contemple uma
competência técnica – que saiba operacionalizar os
projetos –, uma competência ético-política – que
avalie as prioridades e as alternativas viáveis à ação,
que analise as correlações de forças e que saiba
fazer alianças – e teórica – que permita
a elaboração de análises, inclusive
para investigar novas demandas para
criar projetos (SANTOS, 2011, p. 86).

Conclusão
[...] mais do que copiar e seguir manuais de
instruções, o que se coloca para o Assistente Social
hoje é sua capacidade criativa, o que inclui o
potencial de utilizar instrumentos consagrados da
profissão, mas também de criar outros tantos que
possam produzir mudanças na
realidade social, tanto em curto
quanto em médio e longo prazos
(SOUSA, 2008, p. 124).

5/28/2013

REFERÊNCIAS
SANTOS, Cláudia Mônica dos Santos. Na prática a
Teoria é outra? Mitos e dilemas na relação entre
teoria, prática, instrumentos e técnicas no serviço
social. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2011.
(Livro-Texto)

REFERÊNCIAS
SOUSA, Charles Toniolo de. A prática do assistente
social: conhecimento, instrumentalidade e
intervenção profissional. Revista Emancipação, v.
8, n. 1, Universidade Estadual de Ponta Grossa/PR,
2008 (online) Disponível
em: <http://www.revistas2.uepg.br
/index.php/emancipacao/article/view/
119/117>. Acesso em: 15 mar. 2012

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