SISTEMA KANBAN: A GESTÃO DO JIT
KANBAN É UM TERMO DE ORIGEM JAPONESA E SIGNIFICA LITERALMENTE
“CARTÃO” OU “SINALIZAÇÃO”. É UM CONCEITO RELACIONADO COM A UTILIZAÇÃO
DE CARTÕES (POST-IT E OUTROS) PARA INDICAR O ANDAMENTO DOS FLUXOS DE
PRODUÇÃO EM EMPRESAS DE FABRICAÇÃO EM SÉRIE. NESSES CARTÕES SÃO
COLOCADAS INDICAÇÕES SOBRE UMA DETERMINADA TAREFA, POR EXEMPLO,
“PARA EXECUTAR”, “EM ANDAMENTO” OU “FINALIZADO”. O KANBAN INDICA AO
OPERADOR O QUE FAZER, EM QUE QUANTIDADE E ONDE COLOCAR.
O KANBAN PODE SER ENTENDIDO COMO UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES QUE
CONTROLA A QUANTIDADE DE PRODUÇÃO EM CADA PROCESSO.
SISTEMA KANBAN – PULL "PUXAR" A PRODUÇÃO A PARTIR DA PROCURA,
PRODUZINDO APENAS OS ITENS NECESSÁRIOS, NAS QUANTIDADES NECESSÁRIAS E NO
MOMENTO NECESSÁRIO.
51
NO JIT A COORDENAÇÃO ENTRE OS CENTROS OPERACIONAIS FAZ-SE ATRAVÉS
DA TÉCNICA PULL (PUXAR)
COMO FUNCIONA
A MONTAGEM FINAL RECEBE UM KANBAN “DE RETIRADA” (ORDEM DE PRODUÇÃO)
QUE INFORMA SOBRE O PRÓXIMO MODELO A SER MONTADO E,
CONSEQUENTEMENTE, DO QUE VAI SER RETIRADO DOS PROCESSOS ANTERIORES.
UM OPERÁRIO DO SETOR DE MONTAGEM (“CARREGADOR”, “ABASTECEDOR” OU
ALIMENTADOR”) VAI BUSCAR APENAS AS PEÇAS NECESSÁRIAS PARA AQUELA
MONTAGEM.
52
AO CHEGAR A UMA “ILHA” DE FABRICAÇÃO, RETIRA AS PEÇAS E DESTACA UM
KANBAN (“ORDEM DE PRODUÇÃO”) A ELAS CONECTADO COLOCANDO-O NUM
QUADRO APROPRIADO.
OS OPERÁRIOS DA “ILHA” SÃO INFORMADOS SOBRE O QUE PRODUZIRÃO POR
MEIO DESTES KANBANS. APÓS PRODUZIREM O QUE ESTAVA INDICADO, COLOCAM
AS PEÇAS E O KANBAN NUM STOCK (À SEMELHANÇA DE UMA PRATELEIRA DE
SUPERMERCADO) AO LADO DA “ILHA”, REINICIANDO-SE O CICLO QUANDO O
“ALIMENTADOR” DA MONTAGEM VIER BUSCAR MAIS PEÇAS.
PORTANTO, QUEM INICIA AS ORDENS DE PRODUÇÃO NA FÁBRICA COMO UM
TODO É A MONTAGEM FINAL.
53
MÉTODO PULL – MÉTODO KANBAN
54
3.2.4 A GESTÃO DE STOCKS
STOCK É O VALOR OU QUANTIDADE DAS MATÉRIAS-PRIMAS,
COMPONENTES, TRABALHO EM CURSO (PRODUTOS EM VIAS DE FABRICO) E
PRODUTOS FINAIS QUE ESTÃO ARMAZENADOS COM O FIM DE SEREM
UTILIZADOS QUANDO SURGIR A NECESSIDADE
A GESTÃO DE STOCKS – É O CONJUNTO DE TÉCNICAS UTILIZADAS
PARA GARANTIR QUE OS STOCKS SÃO MANTIDOS A NÍVEIS QUE PERMITAM
UM NÍVEL DE ASSISTÊNCIA MÁXIMA A UM CUSTO MÍNIMO.
O OBJETIVO DA GESTÃO DE STOCKS ENVOLVE 3 DECISÕES PRINCIPAIS:
QUANTO ENCOMENDAR,
QUANDO ENCOMENDAR; E
QUANTIDADE DE STOCK DE SEGURANÇA QUE SE DEVE MANTER PARA
QUE CADA ARTIGO ASSEGURE UM NÍVEL DE SERVIÇO SATISFATÓRIO PARA
O CLIENTE.
55
FATORES DETERMINANTES DA IMPORTÂNCIA DOS STOCKS
A CRESCENTE NECESSIDADE DE DISTRIBUIR E APLICAR
RACIONALMENTE OS FUNDOS A QUE, DEVIDO ÀS LIMITAÇÕES DO
CRÉDITO, AS EMPRESAS ESTÃO SUJEITAS;
A CRESCENTE NECESSIDADE DE MINIMIZAR OS ENCARGOS DE
EXPLORAÇÃO DAS EMPRESAS PARA QUE SE MANTENHAM NÍVEIS
SATISFATÓRIOS DE RENDIBILIDADE SEM QUE SEJA AFETADA A SUA
POSIÇÃO CONCORRENCIAL;
A UTILIZAÇÃO CADA VEZ MAIS GENERALIZADA NAS EMPRESAS DE
MÉTODOS CIENTÍFICOS DE GESTÃO.
• A CONJUGAÇÃO DESTES FATORES ORIENTA AS EMPRESAS PARA A
PROCURA DE EQUILÍBRIO ENTRE DUAS NECESSIDADES ANTAGÓNICAS:
LIMITAR AO MÍNIMO OS INVESTIMENTOS EM STOCKS
MANTER ESTÁVEIS AS CADÊNCIAS DE PRODUÇÃO E REDUZIR OS
RESPETIVOS CUSTOS, SEM PREJUÍZO DA RÁPIDA SATISFAÇÃO DAS
ENCOMENDAS DOS CLIENTES. 56
FUNÇÕES DA GESTÃO DE STOCKS
ABSORVER O EXCEDENTE DOS ARTIGOS COMPRADOS OU
FABRICADOS
AMORTECER AS FLUTUAÇÕES IMPREVISÍVEIS DA PROCURA DE
PA, DOS CONSUMOS OU DOS PRAZOS DE ENTREGA DAS
ENCOMENDAS
ABSORVER TEMPORARIAMENTE OS MATERIAIS OU OS
PRODUTOS QUE SÃO FABRICADOS EM ANTECIPAÇÃO DE UM
FENÓMENO PREVISTO
O PRINCIPAL OBSTÁCULO A ESTA FUNÇÃO ADVÉM DE OS CUSTOS
DE ARMAZENAGEM, CONSERVAÇÃO, JUROS DO CAPITAL INVESTIDO
EM STOCKS, ETC., AUMENTAREM COM O AUMENTO DAS
QUANTIDADES ARMAZENADAS.
POR OUTRO LADO, A DIMINUIÇÃO DOS STOCKS, QUE IMPLICA
DIMINUIÇÃO DOS ENCARGOS TOTAIS DE POSSE DE STOCKS,
ACARRETA O AUMENTO DOS RISCOS DE RUTURA. 57
UTILIDADE DOS STOCKS
SERVEM PARA FAZER FACE À PENÚRIA
ASSEGURAM O CONSUMO REGULAR DE UM PRODUTO
AQUISIÇÕES EM QUANTIDADE BENEFICIAM DE MAIORES DESCONTOS
FAZEM FACE A EVENTUALIDADES DO CONSUMO
PERMITEM DISPOR RAPIDAMENTE DOS MATERIAIS NECESSÁRIOS
RESOLVEM SITUAÇÕES DE PARAGEM OU AVARIAS DOS EQUIPAMENTOS …..
58
A GESTÃO DE STOCKS O QUE COMPRAR
QUANDO COMPRAR
GESTÃO PREVISIONAL DE STOCKS QUANTO COMPRAR
GESTÃO ADMINISTRATIVA DE STOCKS O QUE EXISTE
QUANTO EXISTE
ONDE ESTÁ
GESTÃO FÍSICA DE STOCKS
RECEÇÃO DOS PRODUTOS COMPRADOS
ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO
ENTREGA AOS UTILIZADORES INTERNOS
59
CUSTO DOS STOCKS
1º CUSTOS DE AQUISIÇÃO (Despesas de Processamento da Encomenda)
CUSTOS PRÉVIOS
CUSTOS DE ENCOMENDA
CUSTOS PÓS-ENCOMENDA
2º CUSTOS DE MANUTENÇÃO (Custos de Posse de Stocks)
CUSTOS FINANCEIROS
CUSTOS POR DETERIORAÇÃO OU PERDA
CUSTOS DE ARMAZENAGEM
CUSTOS DAS ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS
3º CUSTOS DE RUTURA DE STOCKS
PERDA DE PRODUÇÃO
CUSTOS COM MÃO-DE-OBRA PARADA
CUSTOS COM EQUIPAMENTO PARADO
CUSTO DAS REPARAÇÕES
PERDA DE CLIENTES 60
INCONVENIENTES DOS STOCKS
PRESENÇA DE MATERIAIS QUE IMOBILIZAM CAPITAL SEM LUCRO
QUALIDADE DOS PRODUTOS (FRAGILIDADE)
STOCKS DE MATERIAIS OU PRODUTOS NÃO UTILIZADOS OU
VENDIDOS
CUSTOS COM A RUTURA DE STOCKS
CUSTOS DE POSSE DE STOCKS
61
ANÁLISE ABC, PRINCÍPIO DOS 80 – 20 ou Lei de PARETO
ANÁLISE ABC (Activity Based Costing) - Método que permite com
alguma racionalidade classificar os STOCKS de forma a permitir a sua
gestão agregada por conjuntos de artigos.
A diferenciação dos artigos em classes é feita com base nos
diferentes graus de importância em termos de impacto nas vendas,
nos lucros ou na competitividade.
Aplicando modelos de controlo adequados a cada uma das classes,
os níveis de serviço podem ser atingidos com menores esforços de
gestão e com menores Stocks.
O PRINCÍPIO DOS 80 – 20 (ou LEI DE PARETO) significa que cerca de
20% dos produtos são responsáveis por aproximadamente 80% do
volume de vendas. É a base da classificação dos inventários nas
classes A, B e C.
62
Embora não exista uma forma precisa de agrupar os produtos em
classes (nem mesmo um número preciso de classes), os produtos
da Classe A são os que mais movimentados e os da Classe C os
menos movimentados.
Classe A - Inclui uma variedade de artigos que, em número,
raramente excedem os 20% da variedade total; mas em valor total
anual comprado ou armazenado os artigos deste grupo
representam cerca de 80%.
Classe B - Inclui cerca de 15% da variedade de artigos e representa
cerca de 15% do valor total comprado ou armazenado.
Classe C - Inclui cerca de 65% da variedade de artigos mas que não
representam mais do que cerca de 5% do valor total comprado ou
armazenado.
63
ANÁLISE ABC
% ACUMULADA DO
VALOR TOTAL ANUAL
100
5 a 10
10 a 15
75 a 80 B C
A
60 a 65 100 % de ARTIGOS
0 a 20 20 a 35
ACUMULADOS
64
3.2.5 A QUALIDADE
“A QUALIDADE É UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA”
“A QUALIDADE PODE NÃO SER GRÁTIS, MAS É MUITO MENOS
DISPENDIOSA DO QUE QUALQUER OUTRA ALTERNATIVA”
CONCEITOS
“QUALIDADE É ADEQUAÇÃO AO USO”
“QUALIDADE É ATENDER AO QUE FOI ESPECIFICADO”
A QUALIDADE PODE DEFINIR-SE COMO “A TOTALIDADE DAS CARATERÍSTICAS DE UM
PRODUTO OU SERVIÇO QUE CONTENHA EM SI A CAPACIDADE PARA SATISFAZER
INTEIRAMENTE UMA NECESSIDADE”.
A Norma ISO 9001:2015 define a QUALIDADE como:
“Conjunto das caraterísticas de uma entidade que lhe conferem
a aptidão para satisfazer necessidades expressas e implícitas”.
A expressão ISO não resulta das iniciais de "International Standards Organization", mas
da palavra grega "ἴσος" ("isos"), que significa IGUALDADE.
65
FATORES DETERMINANTES DA QUALIDADE CERTA
PREÇO
ESPECIFICAÇÕES DO CLIENTE
DURAÇÃO DO PRODUTO
FIABILIDADE EXIGIDA
A MELHOR QUALIDADE PARA O FIM A QUE SE
DESTINA E NÃO A MELHOR QUALIDADE DE TODAS
66
RISCOS, CUSTOS E BENEFÍCIOS DA QUALIDADE PARA O FABRICANTE
RISCOS CUSTOS BENEFÍCIOS
PRODUTOS/SERVIÇOS DEFICIENTES DEFICIÊNCIAS NO MKT E TEM DE SE CONSIDERAR A
CONDUZEM A: NO DESIGN CONDUZEM A: INFLUÊNCIA DA QUALIDADE NO
Má Reputação Materiais Defeituosos AUMENTO DA:
Perda de Mercados Repetição de Tarefas RENDIBILIDADE
Queixas dos Clientes Reparações QUOTA DE MERCADO
Reivindicações Substituições
Responsabilização por Danos Perdas de Produção
Desperdício de Recursos
RISCOS, CUSTOS E BENEFÍCIOS DA QUALIDADE PARA O CLIENTE
RISCOS CUSTOS BENEFÍCIOS
DEVE TER-SE PRESENTE QUE A MÁ FATORES A CONSIDERAR: TEM DE SE CONSIDERAR A INFLUÊNCIA
QUALIDADE CONDUZ A: DA QUALIDADE SOBRE:
Segurança
Falta de Saúde e de Segurança Custos de Aquisição Redução de Custos
Insatisfação pelos Artigos adquiridos Custos de Reparação Aumento da Perfeição
Indisponibilidade de Abastecimento Custos de Manutenção Aumento da Confiança
Melhoria da Adequação
67
O OBJETIVO DA QUALIDADE DEVE SER:
“A MÍNIMA AFIRMAÇÃO DE ÓTIMA QUALIDADE (NUNCA A MÁXIMA) DE MODO
A QUE:
OS CUSTOS NÃO SOFRAM UM AUMENTO DESNECESSÁRIO,
NÃO SEJAM IMPOSTAS RESTRIÇÕES AO PROCESSO DE FABRICO, E
NÃO SE LIMITE O USO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS.”
RESULTADOS DA QUALIDADE
AUMENTA A SATISFAÇÃO E A CONFIANÇA DOS CLIENTES;
AUMENTA A PRODUTIVIDADE;
REDUZ OS CUSTOS INTERNOS;
MELHORA A IMAGEM DA EMPRESA E DOS SEUS PROCESSOS;
FACILITA O ACESSO A NOVOS MERCADOS.
68
A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL (Total Quality Management - TQM) CONSISTE
NUMA ESTRATÉGIA DE GESTÃO ORIENTADA PARA CRIAR A CONSCIÊNCIA DA QUALIDADE A
TODOS OS NÍVEIS E EM TODOS OS PROCESSOS ORGANIZACIONAIS.
É REFERIDA COMO TOTAL PORQUE O SEU OBJETIVO É A IMPLICAÇÃO NÃO APENAS DE
TODOS OS NÍVEIS DE UMA ORGANIZAÇÃO MAS TAMBÉM DA ORGANIZAÇÃO ALARGADA,
OU SEJA, COM OS SEUS FORNECEDORES, DISTRIBUIDORES E DEMAIS PARCEIROS DE
NEGÓCIO.
A EXPRESSÃO ISO 9000 DESIGNA UM GRUPO
Acionista DE NORMAS TÉCNICAS QUE ESTABELECEM UM
MODELO DE GESTÃO DA QUALIDADE PARA
ORGANIZAÇÕES EM GERAL, QUALQUER QUE SEJA
O SEU TIPO OU DIMENSÃO.
69
A QUALIDADE TOTAL REGE-SE PELOS SEGUINTES PRINCÍPIOS :
PRODUZIR E FORNECER PRODUTOS/SERVIÇOS QUE CORRESPONDAM CONCRETAMENTE ÀS
NECESSIDADES DOS CLIENTES;
GARANTIR A SOBREVIVÊNCIA DA EMPRESA ATRAVÉS DO LUCRO CONTÍNUO, ADQUIRIDO
PELO DOMÍNIO DA QUALIDADE;
IDENTIFICAR O PROBLEMA MAIS CRÍTICO E SOLUCIONÁ-LO COM PRIORIDADE;
FALAR, RACIONALIZAR E DECIDIR COM BASE EM FACTOS;
GERIR A EMPRESA AO LONGO DO PROCESSO E NÃO POR RESULTADOS;
REDUZIR METODICAMENTE A DISPERSÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DO ISOLAMENTO DAS
SUAS CAUSAS FUNDAMENTAIS;
O CLIENTE É O REI!!! NÃO PERMITIR A VENDA DE PRODUTOS DEFEITUOSOS;
PROCURAR PREVENIR A ORIGEM DE PROBLEMAS;
NUNCA PERMITIR QUE O MESMO PROBLEMA SE REPITA PELA MESMA CAUSA;
RESPEITAR OS EMPREGADOS COMO SERES HUMANOS INDEPENDENTES;
DEFINIR E GARANTIR A EXECUÇÃO DA VISÃO E DA ESTRATÉGIA DA DIREÇÃO DA EMPRESA.
70