BIOGRAFIA
Otilia Rodrigues, nasceu em Loriga – Serra da Estrela e vive actualmente entre Fundão e Lisboa.
O contexto da sua arte, vem da observação das formas, textura e cor da natureza, e da influência da acção humana nos processos de
transformação da paisagem.
A partir de fatias de troncos de árvore, neste caso em particular, o tronco de uma oliveira pertencente à Quinta da família, a artista
mostra através da impressão pela técnica da monotipia, a memória e consequente desgaste no tempo.
Ao explorar visões idealizadas, o seu trabalho reconhece que temos uma relação complexa e precária com a natureza.
Frequentou aulas de pintura e participou em Workshops de desenho, pintura e colagem. Fez formação em Belas Artes no Nextart –
Centro de Formação Artística.
Nos últimos anos participou em exposições colectivas no Nextart – Centro de Formação Artística.
Expos colectivamente os seus trabalhos na Pousada de Juventude do Parque das Nações, Lisboa
Em 2019, realizou uma exposição individual sobre “A Serra e sua envolvência”, no Posto de Turismo de Loriga – Junta de Freguesia de
Loriga
Possui obras em colecções públicas e privadas.
Sobre o processo criativo
Numa primeira fase de introspecção, experimentei várias técnicas e suportes. De início, com base em fotografias que registo e peças que
colecto, seja de paisagens ou pormenores da natureza que me atraem, testei os suportes, as diferentes materialidades da pintura, materiais
riscadores, colagem, bordado, gravura e monotipia. Misturo uma técnica com outra até encontrar o que quero transmitir ao espectador.
Depois deste trabalho experimental, faço a seleção das experiências que visualmente me preenchem, e começo a ver que a técnica da
monotipia vai mais de encontro ao que eu quero tratar.
Ao imprimir a mesma matriz três vezes de seguida, fui percebendo que a imagem sofria um desgaste natural, que metaforicamente reflete o
desgaste no tempo da memória da árvore.
SOBRE O PROJECTO
As Oliveiras são monumentos vivos da História da humanidade. Árvore mítica e símbolo da imortalidade funde-se com a história, a
tradição e a cultura dos povos mediterrânicos. https://www.loa.pt/a-historia
Este meu trabalho de pintura, tem como base a observação da natureza, particularmente o tronco de uma oliveira pertencente à Quinta
da família. Esta escolha, foi a forma que eu encontrei para metaforicamente homenagear esta árvore, que teve que ser abatida por estar
doente e poder contaminar as restantes.
Para este projecto, escolhi a técnica da Monotipia para imprimir a sua memória e consequente desgaste no tempo. Nestas impressões,
que à priori podem parecer uma repetição, são apenas parte de um processo onde podemos observar que cada marca conseguida é
diferente, levando a nossa imaginação a construir imagens e histórias de vida.
Podemos idealizar a vida de uma árvore através da forma das raízes, das marcas impressas no tronco, ou até pelo modo de como os
ramos se alastram. O meu trabalho não se cingiu apenas à observação exterior, mas à seiva que corre no seu interior, o que faz com que
cada uma seja única, com vida própria e muitas histórias para contar.
O que me motivou para fazer este trabalho, foi poder representar de uma forma poética a memória contida no seu interior, e poder levar
cada um de nós a construir as suas memórias.
Quando, ao observar o corte transversal de um tronco de árvore, sou levada por um sentimento de nostalgia ou celebração da natureza,
que é contrabalançado pela evidência da sua destruição.
A minha maior influência é a natureza, seja pelas formas, texturas ou cor.
Tudo o que faço na minha arte é sempre a pensar no conforto ou desconforto do ser humano no mundo. O objectivo é despertar
sensações no público, e levar o espectador a reflectir sobre a questão da desflorestação, umas vezes levada por fogos, outras pela mão
humana e o consequente desaparecimento ou degradação dos ecossistemas.
Com um olhar mais sensível, não só podem observar pormenores que por serem subtis passam desapercebidos, mas admirar a sua
beleza, identificar e criar histórias de vida impressas nestas monotipias.
Otilia Rodrigues
Experimentações
Experimentações
Experimentações
Experimentações
Experimentações
Memória de uma Oliveira #3, 2021. Gravura, Monotipia a óleo s/tela 20 x 20 cm, pormenor de montagem
Memória de uma Oliveira #3, 2021. Gravura, Monotipia a óleo s/tela 20 x 20 cm
CURRICULUM
Otilia Rodrigues
Quinta da Azenha da Mina
Valverde –Fundão
Vive e trabalha entre Fundão e Lisboa
E-mail: [email protected]
https://www.instagram.com/ommlr/
https://www.facebook.com/arteotilia/
Cursos de Formação
2021 – Aluna da Núcleo Academy, escola online para artistas.
2020/21 – Projectos Orientados - da Ideia à Exposição, Nextart – Centro de Formação Artística, Lisboa
2018/21 – Curso de Pintura Abstracta (Iniciação, Intermédio e Avançado), Nextart – Centro de Formação Artística, Lisboa
2019/20 – Atelier - Técnicas Mistas, Nextart – Centro de Formação Artística, Lisboa
2016/20 – Curso de Pintura (Iniciação, Intermédio e Avançado), Nextart – Centro de Formação Artística, Lisboa
Cursos Complementares
2021 – Oficina Online de Desenho “A Seiva que nos corre nas Veias”, com Mário Linhares
2021 – Oficina de Desenho “Cores e Cinzas no Jardim Gulbenkian”, com Mário Linhares
2019 – Collage by Numbers, Collage Workshop with Nina Fraser, Lisboa
2018 – City & Scapes, Collage Workshop with Nina Fraser, Lisboa
2018 – Curso de Pintura Abstrata – Estudo da Cor e Composição, Nextart – Centro de Formação Artística, Lisboa
2015 – Cursos de Pintura e Retrato, Nextart – Centro de Formação Artística, Lisboa
2012/13 – Aulas de Pintura com o Artista Carlos Franco
Exposições individuais
2019 - A Serra e sua envolvência, Posto de Turismo de Loriga, Junta de Freguesia de Loriga
Exposições colectivas
2015/21 - Exposições colectivas anuais, Nextart – Centro de Formação Artística.
2012/13 – Pousada da Juventude do Parque das Nações, Lisboa
Colecções Públicas e Privadas
Junta de Freguesia de Loriga e várias em colecções privadas.
Otília Rodrigues – 2021
Criado no âmbito do curso: Projectos Orientados - Da ideia ao projecto
expositivo.
Formadora: Leticia Barreto.