“ De viagem, entre Nazaré e uma cidade de Judá está Maria, que leva
consigo a alegria do evangelho vivo, que é Jesus Cristo, seu Filho, o
Maria pôs-se Verbo da Vida.
a caminho e
Neste Verão tímido, nós contemplamos em Maria a meta do
dirigiu-se nosso caminho, da terra ao céu.
apressada-
mente para a Na primeira leitura contemplamos uma luta ímpar de um dragão,
montanha... símbolo das forças do mal, contra uma mulher indefesa e um frágil
menino. Vencerão esta batalha com a intervenção salvífica de Deus.
”
Assim o símbolo do céu é a imagem da nova comunidade, a Igreja
libertada e redimida por Deus.
Na segunda leitura, São Paulo apresenta o autor da vitória sobre a
morte: Cristo. É Ele quem progressivamente esmaga sob os seus
pés todos os inimigos da morte e anula a própria morte
transformando-a num seio do qual se nasce para a vida plena e
definitiva.
No Evangelho encontramos um cântico libertador, demonstrando
que se estivermos em comunhão com Deus durante a vida, tudo é
possível. Deus é força dos mais fracos, dos que nada tem, dos que
não estão prisioneiros dos poderosos. É um cântico de “mulher” e
como tal, forte, penetrante, espiritual e teológico.
Neste cântico recordamos que a morte não tem a última palavra.
ENSINA-ME MÃE deslumbrados com a surpresa
Queria aprender a ouvir que os dias trazem pela mão.
Teus passos à minha frente, Dá-nos
mas são tão leves, tão leves, a capacidade de viver de olhos abertos,
que o ruido não se sente! de viver intensamente.
Ensina-me outra maneira, Dá-nos
para te seguir de perto, de novo a graça do canto,
queria ter sempre a certeza o assobio que imita a felicidade
que vou no caminho certo! aérea dos pássaros,
Se algum dia me perder das imagens reencontradas,
ensina-me a regressar do riso partilhado.
e leva-me a Jesus, Dá-nos
para ele me perdoar! a força de impedir que a dura
Ensina-me a ensinar, necessidade
como se abre o caminho esmague em nós o desejo
por onde passa a esperança e a espuma branca dos sonhos se dissipe.
e o vento da mudança Faz-nos
que leva ao Teu altar! peregrinos que no visível
Queria aprender a ser escutam a melodia secreta do invisível.
um farol no nevoeiro Boas Férias.
e guiar para ti, Senhora,
cada triste marinheiro VIVER A DESCANSAR
que ande na vida, à deriva, Não vou fazer o elogio da preguiça, nem
Sem saber o que fazer canonizar o desleixo. O trabalho é uma
Ensina-me Mãe! bênção e parte fundamental da nossa
realização humana. A questão é a
Carminha S. Marques seguinte: como é que trabalho? Como
ocupo as horas do meu dia? Com os
ORAÇÃO PARA AS FÉRIAS nervos retesados, devorando o tempo e
Dá-nos, Senhor, a paciência, própria e alheia? Ou com
depois de todas as fadigas paz de espírito, empenhado no que faço,
um tempo verdadeiro de paz. mas sem me deixar naufragar na azáfama
Dá-nos, dos afazeres?
depois de tantas palavras Ocupar-se e trabalhar é um exercício de
o dom do silêncio humanização, evitando degenerar em
que purifica e recria. máquina de produção de coisas. O
Dá-nos, filme Tempos modernos, de Charlie
depois das insatisfações que travam Chaplin, é uma artística caricatura da
a alegria como um barco nítido. pessoa transformada em máquina. O
Dá-nos trabalho produtivo é adorado como um
a possibilidade de viver sem pressa, deus, ficando o homem reduzido a
escravo da técnica. Na encíclica sobre o
trabalho humano, o Papa João Paulo II,
parafraseando o que diz Jesus sobre o que nos cansamos e atrapalhamos a vida
sábado, afirma: «O trabalho é para o dos nossos próximos. Evocando as
homem e não o homem para o figuras dos heroicos apóstolos Pedro e
trabalho». Paulo, na sua festa em finais do mês de
Quando me perguntam: – Quando fazes junho, assim nos exortou o Papa
férias? Por vezes, respondo assim: – Francisco: «É inútil, e até maçador, que os
Faço férias todo o ano! Não vou para cristãos percam tempo a lamentar-se do
férias, porque já vivo nelas! Sei que se mundo, da sociedade, daquilo que está
trata de um expediente imaginativo e errado. As lamentações não mudam
não da realidade. Contudo, pretendo nada. Lembremo-nos de que as
sublinhar que este é o meu ideal de lamentações são a segunda porta que
vida: cumprir o dever de trabalhar num fechamos ao Espírito Santo: a primeira é
clima descansativo, sem stress nem o narcisismo, a segunda o desânimo, a
nervosismo, com paz de alma, com terceira é o pessimismo». Propondo
serenidade e paciência. O imortal Padre rentabilizar a situação atual, assim
António Vieira afirma que «a paciência sublinhava recentemente: «Pior do que
é a ciência da paz». Quem não precisa esta crise, só o drama de a desperdiçar,
de fazer um mestrado nesta ciência tão fechando-nos em nós mesmos».
necessária e proveitosa para viver com Como Deus vê o mundo real em que
qualidade? vivemos hoje? Mesmo o que está mal no
Um notável filósofo do século XX, planeta azul, Ele tudo vê com olhos de
Henri Bergson, faz-nos cair na conta do amor e de esperança. Apraz-me citar
seguinte paradoxo. O homem esta passagem do evangelho:
moderno tem tido a extraordinária «Contemplando a multidão, encheu-se
capacidade de inventar máquinas que de compaixão por ela, pois estava
facilitam imenso o nosso trabalho e cansada e abatida, como ovelhas sem
reduzem grandemente o tempo que pastor» (Mt 9,36). Estou certo que é este
seria necessário para desempenhar uma olhar de misericórdia pacificadora que
tarefa. Contudo, não descansamos hoje Cristo lança sobre todos nós. Com
mais, aproveitando o tempo que nos o ótimo bom pastor que é o Senhor,
sobra para repousar, e sentimo-nos viveremos sempre em férias. Até o
arrastados a viver no desassossego trabalho intenso será repousante. Quem
frenético de uma máquina. A tecnologia não vive a descansar, sobrevive cansando-
deverá converter-se num instrumento se e enervando toda a gente. Descansar
de humanização que nos ajude a para viver e dar vida em abundância.
trabalhar em ritmo mais ferial e
pacífico, mais sereno e repousante. Manuel Morujão, sj.
Telemóveis, computadores e todas as
tecnologias precisam de ser ANEDOTA
convertidas, de tiranos que nos
escravizam, em instrumentos de O "Zé Povinho", deprimido
pacificação humanizadora, de que anda com a situação
comunicação que nos liberta e alegra. financeira do País,foi a uma
Na situação presente, facilmente nos cartomante. Depois de deitar
sentimos confinados pela pandemia, as cartas, disse-lhe a
que parece estar a controlar-nos em cartomante: "Isto vai ser assim
cada esquina. Sentimos a tentação da até 2020! "E depois?" -
maledicência e das lamentações, com perguntou o "Zé Povinho".
"Depois, habitua-se..."
DIA HORA LOCAL / INTENÇÕES
17H00 IGREJA PAROQUIAL DE VILAR DE MOUROS
-
18H00 IGREJA PAROQUIAL DE SEIXAS
- Ação de Graças a São José
Terça 19H00 IGREJA PAROQUIAL DE LANHELAS
17 agosto - Ação de Graças ao Coração de Jesus
- Maria Cristina Ramalhosa
- Duartina Cancela
- Silvina Maria Couto Eiras
- Manuel Fiuza Pires Treno e pais
- Teófilo Cancela
- Noémia Cancela
- Alpoim Sousa Pereira
- Júlia dos Prazeres Lages Cunha
Quintas 18H00/ IGREJA PAROQUIAL DE SEIXAS
19H00 Adoração ao Santíssimo Sacramento
09H00 IGREJA PAROQUIAL DE VILAR DE MOUROS
- Fernanda Maria Pereira
- Paulo Jorge Garção
10H15 IGREJA PAROQUIAL DE LANHELAS
- Pelos irmãos falecidos da Confraria das Almas
Domingo - Joaquim José Lages, sogros e cunhada
22 agosto - Otília Ramalhosa e marido
- Maria Auta, marido, filhos, neto e Vitória, marido e filho
XXI - Emília Rosa e família
Domingo do - José Joaquim Valente
- Abílio Portela da Cruz
Tempo
Comum
11H30 IGREJA PAROQUIAL DE SEIXAS
- Pelo povo de Deus
Administrador Paroquial:
Pe. Rui Rodrigues
T. 965 377 887 | Email: [email protected]