Expediente
Revista Saúde & Empresas é uma publicação da
VERDE EDITORA Comunicação E Cultura Ltda – EIRELI CNPJ. 14.793.795/0001-47
DIRETORA
Silvia Narçay
EDITORIA
Alessandra Barbosa DRT/MTb 31601/RJ
Conselho Editorial
Silvia Narçay Milas Alessandra Barbosa
Arte e diagramação
Cleverson Durigão
Colaboradoras nessa Edição
Presidente da BPW Cuiabá, Sonia Mazzeto Cônsul da Alemanha Tânia Kramm
Suely Batista Jornalista,
Membro da Academia Mato-grossense de Letras Mariza Bazo Jornalista
Zilda Zompero Empresária
Parceiros nesta edição
BPW Associação de Mulheres de Negócios Cuiabá Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Fotos:
Paulo Moraes, Arquivo e Divulgação
Capa
Dra. Juliana Miranda
A Revista Saúde & Empresas não se responsabiliza por matérias e artigos assinados, pois refletem estritamente a opinião de seus autores.
ANO 1
N° 2
ABRIL - MAIO- JUNHO - JULHO 2016
Editorial
Estar à frente de mais uma edição da Revista SAÚDE & EMPRESAS, me fez refletir, ao que seria sele- cionado para publicação. Acontecimentos que realmen- te marcaram até o seu fechamento, e assim editamos: A passagem da tocha Olímpica pela Capital, momento es- petacular e publicado em destaque, com elas, Mulheres BPW. Cada depoimento foi relatado com extremo senti- mento de emoção.
Agradecemos o carinho da Presidente da Associação de Mulheres de Negócios em Cuiabá Sônia Maze o, e das nossas condutoras da Tocha Olímpica 2016, Sueli Ba- tista, Mariza Bazo, Zilda Zompero e Tânia Kram.
Continuando em nossos pensamentos editoriais a entrevista desta edição, foi e deveria ser com ele, o artis- ta que levantou polêmica com sua exposição fotográfica, em um shopping da capital, denominada “Os Cinco Ele- mentos do Cerrado” por Tchélo Figueiredo, vale apena apreciar seu trabalho.
Nosso apresso também ao premiado artista plástico Miguel Penha, descendência indígena (Bororo e Xiquitano) suas obras destacam suas lembranças da infância e impacta a exuberante natureza de Chapada dos Guimarães.
Em um momento de reflexão, e com a proposta de ser ainda mais positiva, a nossa coluna social, vem com destaque para amigos e pessoas que fazem a diferença, com suas Energias e Sorrisos, afinal, para fazer parte desse espaço basta ser Feliz!
O destaque médico da capa desta edição ficou para doutora Juliana Miranda com o tema de suma impor- tância, “Disfunções Sexuais Femininas”, onde ela bai- la por assuntos, que em regra, não são explorados pe- las mulheres.
Doutora Vânia de Mello nos traz outro assunto es- clarecedor, e revela os cuidados para com os exercícios físicos no período de gestação.
Aos nossos articulistas e opinião, só temos a agrade- cer a parceira, e adiantar que a Revista Saúde & Empre- sas, sempre estará com suas páginas abertas.
Caminhar sem dificuldades seria fácil, mas acredita- mos que cada dificuldade, apenas se torna um obstáculo, e obstáculos servem para serem vencidos.
Então boa leitura!
Silvia Narçay
Diretora
Revista Saúde & Empresas - 3
Arte
2013 - Dentro da Mata (Expo- sição itinerante), Museu de Arte de Blumenau, Blumenau/SC
2013 - Dentro da Mata (Expo- sição itinerante), Museu de Arte de Jataí, Jataí/GO
2013 - Dentro da Mata (Expo- sição itinerante), Centro Cultural da Câmara dos Deputados, Bra- sília/DF
2014 - Dentro da Mata (Expo- sição itinerante), Paço das Artes, São Paulo/SP
2015 - Dentro da Mata (Expo- sição itinerante), Centro Cultural Germânico Niterói/RJ
2015 - Exposição de Pintura Terra Rara, Museu de Arte e Cultu- ra Popular da UFMT, Cuiabá/MT
Exposições Coletivas
2014 - Percurso Museu de Arte e Cultura Popular da UFM- T,Cuiabá/MT
2015 - Abre Alas na Galeria
Gentio Carioca, Rio de Janeiro/RJ 2015 - La Naturaleza, Galeria
Fast Coll,Madri/Espanha
2016 - Temporada de Proje-
tos, no Museu de Arte de Ribei- rão Preto/SP
2016 - Exposição Morte e Vida - Sebrae Mato Grosso, Centro de Sustentabilidade - Cuiabá/MT
Ilustrações
2009 – Catálogo Um olhar ar- tístico , Editora Universitária
2010 - MACP: animação cul- tural e inventário de acervo do museu de Arte e de Cultura, edi- tora Entrelinhas
2011 - Encarte do CD Ma- rãiwatsihoiba, Marcio Tserehité Tsererã´re – FUNARTE
2011 – Catalogo Dentro da Mata, Editora Entrelinhas.
2012 - A festa dos Mortos – ilustração da capa e contra capa, Instituto de Literatura do Pará
2012 - Revista Telas Galeria - Editora Inovação
Obras em coleções particula- res e institucionais
Buritirana, Collection of the SESC/Arsenal, Cuiabá- Brasil, Obras Rio Paciência, Museu de Arte e Cultura Popular da UFMT, Cuiabá- Brasil
Floresta, Centro Cultural da Câmara dos Deputados, Brasília -Brasil, Neblina, Centro Cultural Germânico, Rio de Janeiro- Brasil
Verde e Amarelo, Secreta- ria de Cultura do Mato Grosso, Cuiabá-Brasil, Gravatá, Coleção particular Gilberto Chateubriand, Brasil
Coleções privadas: França, USA, Alemanha
30 - ANO I - N° 02 - Abril/Maio/Junho/Julho/2016
Sumário
Olimpíada 2016
06
Tocha Olímpica em Cuiabá!
Entrevista
“Os Cinco Elementos
do Cerrado”
Por Tchélo Figueiredo
Artigo
O Divórcio
Por Ana Lúcia Ricarte Advogada e especialista de família.
13
12
em direito
Premiações
2009 - Prêmio de Artes plásti- cas Marcantonio Villaça, Fundação Nacional de Arte, Ministério da Cultura/Brasil
2016 - Menção Especial, Salão Jovem Arte Mato Grosso, Secreta- ria de Cultura do Mato Groso/MT
Curso
2015 - Aperfeiçoamento em técnicas de pintura na Academia de Pintura DeCinti e Villalon, Ma- dri/Espanha
2016 - Curso de Conservação de Pintura Sobre Tela - Academia Luso Italiana
Salões
2011 – 1o Salão de Arte Contempo- rânea do Centro Oeste - Goiânia/GO
2012 – VII Salão Livre de Artes Plásticas da Associação Cuiabana de Belas Artes - Cuiabá/MT
2013 - Salão de Arte Mato Grosso, Cuiabá/MT
2014 - 2o Salão de Outono da América Latina - Centro Cultural da America latina, São Paulo/SP
2015 - Abre Alas, Galeria A Gentil Carioca,Rio de Janeiro/RJ
2016 - 25o Salão Jovem Arte/ MT, Secretaria de Cultura do Mato Grosso, Cuiabá/MT
Exposições Individuais
2010 - A natureza sob o olhar do artista, Museu de Arte e Cultura Popular, Cuiabá/MT
2010 - Dentro da Mata (Expo- sição itinerante), SESC Arsenal, Cuiabá/MT
2011 - Dentro da Mata (Expo- sição itinerante), Galeria de Arte SESC, São Luís/MA
2011 - Dentro da Mata (Expo- sição itinerante), SESC Amazonas, Manaus/AM
2011 - Dentro da Mata (Expo- sição itinerante), Galeria Theodoro Braga, Belém/PA
2011 - Dentro da Mata (Expo- sição itinerante), SESC Centro, Te- resina/PI
2011 - Dentro da Mata (Exposi- ção itinerante), Galeria SESC, Ma- capá/AP
2011 - Dentro da Mata (Expo- sição itinerante), Galeria de Arte SESC, Porto Velho/RO
2012 - Dentro da Mata (Exposi- ção itinerante), A Casa do Parque, Cuiabá/MT
Natureza, 160 x120 cm acrílico sobre lona 2016
Revista Saúde & Empresas - 29
Capa
Vida Sexual
Por Juliana Miranda Ferreira de Oliveira
Fisioterapia Uroginecológica
CREFITO-MT 203416-9
Atua em Cuiabá na Clinica da Mulher, nas Disfunções Miccionais, Gestação, Alterações Neuromusculares de Assoalho Pélvico Femi- nino e Masculino e Disfunções Coloproctológicas no adulto.
16
Arquitetura
Iluminação
Por Carmen Amaral
19
4 - ANO I - N° 02 - Abril/Maio/Junho/Julho/2016
Arte
Artista plástico:
etnia Xiquitano
Folhas secas 150 x 100 cm acrílico sobre tela 2016
Por Miguel Penha
Artista plástico autodidata, focado em pintura que nomeie de neo-naturalismo, nascido em Cuiabá/ MT em 1961, mãe uma índia Bororo e o pai índio Xi- quitano, desde criança, sentia vontade de desenhar o que via, e o que pensava, em 1980 conheceu as pintu- ras de Salvador Dali, e começou a desenhar inspirado no surrealismo, mas nada profissional apenas uma vontade imanente.
Em 1990 volto para terra natal o Mato Grosso, onde impactado pela exuberante natureza de Chapa- da dos Guimarães/MT, logo já estava pintando a natu- reza local; onde vive até hoje.
Acredito que seja minha descendência indígena que acabou falando mais alto.
Passeou em torno de 15 anos vivendo em aldeia como Bakairi, Caiapós, Xavantes e Krahôs no Tocan- tins, Mato Grosso e Amazonas, vivendo em lugares remotos, aprendendo mais sobre as plantas locais, usos e costumes, sempre pintando o que via e sentia, foram experiências diz o artista: maravilhosas, que hoje estão na minha memória.
“Hoje vejo como motivação para pintar as lem- branças da minha infância, e das aldeias por onde passei e vivi, o Cerrado e as Matas brasileiras me en- cantam as várias tonalidades de prata e dourado nos caules dos arbustos a luz do sol no final da tarde, me movem, e me levam para bem longe, gosto de pintar lugares puros onde não há registro da presença hu- mana.”
As lembranças da infância, dele com o pai (índio Xiquitano) quando saíam para caçar e pescar, ainda estão bem fortes na cabeça e na alma de Miguel. Miguel Penha procura através do trabalho mos- trar a natureza sem intervenções humanas, de forma pura, num ambiente virgem e intocado, focado na pintura e fascinado pela luz e sombra, atualmente acrescento inspirações em outros artista como David Rockey, mas sempre a natureza como principal mo- tivação.
A partir de 2008 começou a dedicar-se a pintura de forma profissional, aprofundando cada vez mais ao estudo da pintura.
28 - ANO I - N° 02 - Abril/Maio/Junho/Julho/2016
Obstetrícia
Prática de exercício físico e gestação
Por Dra Vânia de Melo Viana – Unesp Botucatu 94773 Ginecologia – Obstetrícia alto risco
Uroginicologia - Ultrassonografia
22
Psicologia
Arte e Cidadania
Sala da Mulher e Teatro Zulmira Canavarros
A Sala da Mulher da Assembleia Legislati- va, sob a presidência, Maria Tereza Maluf
24
Arte
DOMÍNIO PRÓPRIO
A difícil tarefa do autocontrole das emoções
Por Jackeline A. M. Caporossi Psicóloga Clínica - CRP 18/2269
26
Artista plástico: etnia Xiquitano
Por Miguel Penha Autodidata, focado em pintura que nomeie de neo-naturalismo, nascido em Cuiabá/MT em 1961, mãe uma índia Bororo e o pai índio Xiquitano, desde criança, sentia vontade de desenhar o que via, e o que pensava... confira!
03 Editorial
04 Sumário
06 Olimpíadas 2016 - Tocha Olímpica em Cuiabá
12 Artigo - O Divórcio Não é o Fim do Dundo
13 Entrevista - Os Cinco Elementos do Cerrado
16 Capa - Vida Sexual, Disfunções Sexuais do Assolho Pélvico
19 Arquitetura - Iluminação
20 Social - PRA NUNCA PERDER ESSE RISO LARGO
22 Obstetrícia - Prática de exercício físico e gestação
24 Arte e Cidadania - Sala da Mulher e Teatro Zulmira Canavarros
26 Psicologia - Domínio Próprio A difícil tarefa do autocontrole das emoções 28 Arte - Artista Plástico, etnia Xiquitano
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Revista Saúde & Empresas
- 5
97x278mm
Tocha Olímpica em
Uma celebração que teve início lá em 776 antes de Cristo. Convenhamos que os jogos olímpicos não sejam apenas me- ras disputas esportivas entre diferentes modalidades, mas principalmente, um dos símbolos mais emblemáticos da re- sistência e da união entre os povos que habitam os quatro cantos da terra.
Ofato de sermos anfitriões desta grandiosa festa nos alegra de tal maneira, que por horas, chega a ser in- descritível o sentimento. Agora, imaginem vocês o orgu- lho de termos, entre os que carregaram a tocha olímpica pelas ruas de nossa cidade, quatro mulheres incríveis que atuam diariamente em prol da melhoria da nossa sociedade. Mulheres com histórias de vida inspiradoras. Mulheres que, apesar de qualquer dificuldade, jamais perderam a esperança e lutaram com determinação, dei- xando seus nomes gravados em episódios como este, ja- mais esquecidos pela sociedade.
conhecimento a nosso respeito a nosso próprio favor. Tendemos a não perceber como somos, mas devemos nos esforçar para tal. Se você, no trânsito, é um pé de chumbo, vigie seu comportamento, para que contro- le o seu ímpeto de sair em disparada. A velocidade não é mais importante que você. Se você se ira com facilidade, evite as situações que a provocam a sua raiva. Desenvolva métodos para que a irritação fique em níveis aceitáveis. Use o que você sabe a seu pró- prio respeito para se dominar melhor. Aprenda a to- mar atitudes diferentes das que toma hoje. Faça com que seus sentimentos e desejos não redundem sempre nos mesmos atos. Você nasceu assim, mas não preci- sa morrer assim. Abra-se para o diferente. Faça o que nunca fez antes. Valorize a disciplina. Ponha objetivos na vida e se empenhe para alcançá-los. O autocontrole é o resultado da disciplina e do esforço próprio.
6 - ANO I - N° 02 - Abril/Maio/Junho/Julho/2016
Psicologia Por Jackeline A. M. Caporossi DOMÍNIO PRÓPRIO
A difícil tarefa do autocontrole das emoções
Olimpíada 2016
Cuiabá!
Jackeline A. M. Caporossi
Psicóloga Clínica - CRP 18/2269 Clínica Harmonize - Corpo e Mente 3627-7700 / 9602-9617 / 8415-5401
A
Constantemente somos exigidos a manter o auto- controle em contextos como não ficar ofendido, não tornar-se irado todas as vezes que alguém não faz algo da forma que gostaríamos, entre outros. O domí- nio próprio é necessário sobre nossos pensamentos, palavras e apetite. Domínio próprio, portanto, é a ca- pacidade efetiva que o ser humano deve ter de contro- lar seu corpo e sua mente.
Esta competência, no entanto, nem sempre se realiza quando se trata de o homem dominar a si mesmo. Em- bora possa estar em nós desejar fazer o bem, por exemplo, nem sempre o fazemos. Somos desafiados a buscarmos o “domínio próprio” sobre nossos “sentimentos e desejos”.
Muitas pessoas se tornam absolutamente escra- vas de “sentimentos e desejos” e sofrem consequên- cias trágicas por isso. Além dos sentimentos e desejos, que nós podemos controlar, em grau maior ou menor, existem as circunstâncias da vida, aquelas situações que não criamos, mas que nos atingem. Quando nos enredam, elas provocam desânimo ou outros senti- mentos perigosos. Diante delas, podemos perder o autocontrole, partindo para reações inadequadas, seja de desespero, seja com violência, seja agressividade verbal, etc... Muitas vezes, nossas reações mostram que, na verdade, estamos sendo controlados por elas.
Para aprendermos a lidar com as emoções e como ter controle sobre elas precisamos saber utili- zar o LOCUS DE CONTROLE, que descreve a ma- neira pelas quais o indivíduo atribui responsabilida- de pelos eventos que ocorrem em sua vida. Ele pode ser interno ou externo.
LOCUS DE CONTROLE INTERNO: se refere à percepção de controlo pessoal sobre o resultado da situação ou o reforço e, por isso, tende-se a percebê-lo como resultante das próprias ações;
LOCUS DE CONTROLE EXTERNO: refere-se à percepção da falta de controlo pessoal sobre a situa- ção ou de que o resultado não é/está dependente do próprio comportamento e, por isso, há uma tendên- cia a percebê-lo como resultante de fatores exteriores, como sorte ou acaso. (ROTTER, 1954; Adaptado por JOACIR MARTINELLI)
Precisamos ter um equilíbrio na utilização destes LOCUS de controle percebendo em que situações es- tamos nos posicionando na visão do Locus de Contro- le Externo ou Interno o que nos proporciona também a aquisição de autoconhecimento.
O Domínio Próprio é um dos sinais visíveis do amadurecimento humano. Dentre algumas estraté- gias para adquirir autocontrole verificamos então que a busca do autoconhecimento serve para usarmos o
Para nós da BPW Cuiabá, presen- ciar a atuação de Tania Kramm da Costa (Consul da Alemanha no Brasil e Coordenadora de Negó- cios da BPW Cuiabá), Sueli Batista (Fundadora da BPW Cuiabá), Ma- riza Bazo (1a Vice Presidente BPW Brasil) e Zilda Zompero (1a Vice Presidente BPW Cuiabá) neste mo- mento histórico para o Brasil, nos faz ter a certeza de que elas são belos exemplos de mulheres que fizeram e fazem a diferença na so- ciedade em que vivem. E que toda mulher pode trilhar este caminho.
palavra usada no grego é “egkrateia” que significa: Domínio próprio, autocontrole, temperan- ça. Domínio próprio, portanto, é o mesmo que au- tocontrole. Este domínio de si mesmo é algo extre- mamente difícil humanamente falando. No entanto, apesar de difícil, o “domínio próprio” é tremenda- mente valioso devido a qualidade de vida que a sua prática nos proporciona.
Sonia Maze o
Presidente BPW Cuiabá
26 - ANO I - N° 02 - Abril/Maio/Junho/Julho/2016
Revista Saúde & Empresas
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Olimpíada
Sueli Batista dos Santos
Jornalista, empresária, coach, escritora e empreendedora social
Teatro Zulmira Canavarros
“Ter sido uma das conduto- ras da Tocha Olímpica muito me emocionou, porque foi à seleção da minha história que me possibilitou este reconhecimento. Uma história marcada por caminhos nem sempre suaves, pelos quais trilhei, sempre de forma muito otimista, superando desafios e comemorando cada vitória. Ao fazer o percurso, o trajeto de apenas 200 metros possibilitou passar um filme na minha cabeça, que re- velava algumas etapas significantes da minha trajetó-
riaque resultaram em reconhecimentos.
Segui pensando, enquanto acenava e sorria,
quantas honrarias recebi a exemplo das comendas: Marechal Rondon, BPW Brasil, Presidente JK e do Comércio (Fecomércio-MT); títulos: Diploma Mulher
...
abrem as portas para cultura e solidariedade
Cidadã Bertha Lu , entregue pelo Senado; Cidadã Mato-grossense, pela Assembleia Legislativa, e Ci- dadã Cuiabana, da Câmara Municipal; Soberana Or- dem Brasil Estados Unidos, entregue no auditório da ONU em Nova Iorque; Medalha Marechal Rondon da Associação Comercial; Medalha do Mérito de Mato Grosso- Categoria de Oficial do Governo do Esta- do; Prêmios de vencedora de concursos nacional, de jornalismo e escritora, e por ai vai...um caminhar de reconhecimentos, que achei que culminaria com a mi- nha entrada na Academia Mato-Grossense de Letras. Ser condutora da Tocha Olímpica, entretanto, mos- trou que o tempo, de quem “bota prá fazer”, não para e que os reconhecimentos sempre vem.”
FESTIVAL DANÇAÍ
No mês de maio a Orquestra do Estado de Mato Grosso voltou a se apresentar no espaço cultural da Assembleia Legislativa para arrecadar alimentos em parceria com a Sala da Mulher. No concerto “Retreta e Gafieira”, quando a sinfônica acompanhou o clari- netista Cristiano Alves, uma das maiores expressões do instrumento no país, foram arrecadados quase 1,5 mil quilos de alimentos. Também em maio, o evento “Bateras Beat in Concert” que reuniu mais de quaren- ta bandas no palco do Teatro Zulmira Canavarros, ou- tros 260 quilos foram doados.
O mês de junho também foi movimentado no es- paço cultural do Legislativo mato-grossense, que re- cebeu o “Festival de Dança de Cuiabá-Dançaí”, even- to que nasceu do sonho das bailarinas Vitória Barion e Maysa Leão e reuniu artistas em várias modalidades do balé clássico à dança de rua.
O Festival Dançaí serviu para a arrecadação de quase uma tonelada de gêneros alimentícios que, so- mados ao total arrecadado no “Bateras Beat” e nas apresentações das orquestras do Estado e Cuiabana de Choro, totalizaram quase três toneladas, que a Sala da Mulher destinou a seis entidades: Casa de Apoio Sol Nascente; Associação Beneditina da Providência (Casa Irmã Faustina); Organização Missão de Vida; Pastoral da Criança Arquidiocese de Cuiabá; Projeto Sopão So- lidário da Igreja Metodista CPA III e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Jauru.
Ainda em junho, o Teatro Zulmira Canavarros recebeu a Companhia Paulista de Teatro que apre- sentou a peça “Bullyng no limite”, a Orquestra Ci- randa Mundo acompanhada pelo Quarteto Parale- lo, além da 7a Edição do Fisk Idol, evento musical realizado pela tradicional escola de idiomas.
As mais de três toneladas arrecadadas nos três eventos foram destinadas pela Sala da Mulher em benefício da Pastoral da Criança, Casa de Recupe- ração Tenda de Abraão, Creche Tia Antonina e So- ciedade São Vicente de Paulo.
PARCERIAS E CAMPANHAS
Além da democratização do acesso à cultura e das ações solidárias promovidas nos eventos reali- zados no Teatro Zulmira Canavarros, a Sala da Mu- lher também participou de relevantes campanhas e firmou importantes parcerias.
Nas comemorações ao Dia Internacional da Mulher, foram lançadas as campanhas “Chega de Fiu Fiu” e “Caravana da Mulher”. A Sala da Mu- lher firmou convênio com a Fundação Nova Chance para atender reeducandas da Penitenciária Femini- na Ana Maria do Couto May e também participou da campanha para arrecadação de agasalhos pro- movida pela Associação para o Desenvolvimento Social dos Municípios (APDM).
Em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi), a Sala da Mulher levou o programa Cozinha Brasil aos bairros Pascoal Ramos, Novo Colorado e Jardim Florianópolis. Realizou concurso de reda- ção em parceria com a Associação Mato-gros- sense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara)
e, aliada ao governo estadual, lançou o projeto “Mulheres em Rede”, o qual visa oferecer con- dições para geração de renda às mulheres
com perfil empreendedor, além de apoiar
a venda de camisetas para a arrecada-
ção de fundos destinados à aquisição
de equipamentos para a nova UTI Pe-
diátrica do Hospital de Câncer.
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Revista Saúde & Empresas
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Arte e Cidadania
Sala da Mulher e...
Eventos e parcerias com insti- tuições serviram para arreca- dação de alimentos e recursos destinados a diversas entida- des filantrópicas
beneficiadas a Sociedade Pestalozzi de Cuiabá, a As- sociação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Chapada dos Guimarães, Centro Pedagógico de Ensi- no Especial (Cenper) e Jaci Bom Despacho.
Também em março, o palco do Teatro Zulmi- ra Canavarros foi cedido para a Orquestra Ciranda Mundo, que, sob a regência do maestro Murilo Alves apresentou concerto com jovens músicos formados na instituição. A entrada foi gratuita.
Em abril, por ocasião das comemorações ao ani- versário de Cuiabá, foi realizado o “Festival Cultural Solidário” no qual trabalharam voluntariamente os artistas Thyago Mourão, André D’ Lucca, Ana Ra- faela, Lorena Ly, Henrique Maluf, além dos Grupos Ãnima e Alma de Gato. As instituições beneficiadas foram, Lar dos Idosos São Vicente de Paulo, Casa Mãe Joana e Hospital de Câncer – receberam mais de 1,1 mil litros de leite arrecadados no evento.
Na celebração pelo Dia Nacional do Choro come- morado em 23 de abril, a Sala da Mulher convidou para o Teatro Zulmira Canavarros a Orquestra Cuiabana de Choro, com o concerto “Moderna Tradição”, quando foram arrecadados quase 400 quilos de alimentos.
Em comemoração aos 368 anos do Exército Brasi- leiro, a Banda de Música do 44° Batalhão de Infantaria Motorizada também se apresentou no espaço cultural da Casa, com entrada franca.
Ainda em abril, o ator Sandro Lucose encenou no Teatro Zulmira Canavarros o espetáculo “PeerGynt o imperador de si mesmo”, no qual a bilheteria soli- dária arrecadou quase R$ 40 mil, recursos destinados pela Sala da Mulher a sete importantes entidades fi- lantrópicas: Associação dos Amigos das Crianças com Câncer (AACC); Associações Espíritas Eurípedes Bar- sanulfo, Wantuil de Freitas e Recanto Fraterno; Casa Transitória Irmã Dulce e Casa Caminho Redentor.
A Sala da Mulher da Assembleia Legislativa, sob a presidência de honra da doutora Maria Tereza Maluf, por meio do Teatro do Cerrado Zulmira Cana- varros, agora sob a direção de Fernando Dutra, abriu as portas da Casa e trouxe a sociedade para assistir belos espetáculos artísticos e, ao mesmo tempo, con- tribuir com entidades filantrópicas que prestam im- portantes serviços sociais aos mais desassistidos.
Também foram importantes as participações em campanhas e diversas parcerias com instituições pú- blicas e privadas.
No mês de março, em parceria com a Orquestra do Estado de Mato Grosso, que, regida pelo maestro Leandro Carvalho, acompanhou o solo do trombonis- ta Vi or Santos em homenagem ao compositor Milton Nascimento, a Sala da Mulher arrecadou duas tone- ladas de gêneros alimentícios, doação solidária do público que lotou o espaço cultural da Casa. Foram
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Tânia Kramm
Cônsul da Alemanha e empreendedora, diretoria de marketing da empresa da família
“A Chama Olímpica é um importante símbolo dos Jo- gos. Honrada em ter tido o privilégio de carregar a tocha e repassar esse símbolo de paz em frente a Catedral Bom Des- pacho, precisamos ter mais união, paz e respeito em nossa sociedade e é esse o significado da tocha.”
Ser uma das condutoras da Tocha Olímpica em Mato Grosso deixou a Tânia Kramm, cônsul da Ale- manha em Cuiabá muito emocionada. Nascida em Friburgo-RJ, Tânia adotou Cuiabá, como sua cidade de coração, quando se mudou para cá, com a famí- lia em 1983. Formada pela UFMT em jornalismo, teve a oportunidade de realizar seu mestrado em Viena, na Áustria, onde morou por 13 anos. Retornando a Cuiabá em 2008, assumindo a diretoria de marketing da empresa da família, a Ostrich – Indústria de aro- matizantes e cosméticos naturais. Pelo seu pioneiris- mo tornou-se a primeira mulher cônsul do Brasil, a através do Consulado da Alemanha em Mato Grosso. Assumindo o cargo que era ocupado pelo seu pai Eike Kramm, um empreendedor visionário que muito con- tribui para o desenvolvimento de Mato Grosso.
Orgulhosa por ter sido uma das condutoras da to- cha olímpica em Cuiabá, sempre foi uma mulher em busca de novos desafios.
Revista Saúde & Empresas
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Olimpíada 2016
“Para mim, ser uma das con- dutoras da Tocha Olímpica foi algo mágico! Senti uma emoção indescritível! Foi um momento de muita gratidão, alegria e reflexão que se eternizou na minha vida. Olha- va aquela Tocha com a chama vibran- te, que eu conduzia com tanto amor e responsabilidade, como se estivesse carregando ali a minha própria história, e um filme passou pela minha mente com flashes de tantos momentos de lutas e conquistas, que desde menina não media esforços em busca dos meus objetivos, minha chegada em Cuiabá, meu trabalho, meus projetos sociais... E tudo culminava neste grande reconhe-
cimento, um dos maiores que já tive.
Desde quando recebi o convite para conduzir a Tocha Olímpica fiquei muito feliz principalmente por saber que minha história de vida inspira ou- tras pessoas a lutarem por seus ideais, acreditar nos seus sonhos, transpor obstáculos, fazer ‘brotar do impossível chão’ e contribuir para uma socie- dade mais justa e igualitária.
Naquele momento único em que o coração ba- tia forte legitimei ainda mais o meu sentimento, pois, mesmo com todos os problemas que o país esta atravessando, eu tenho muito orgulho de ser brasileira!
Mariza Bazo
Além disso, deve-se evitar roupas muito pesadas ou quentes. Ressalta-se que as dife- renças ambientais e climáticas devem ser le- vadas em consideração, bem como a época do ano. Evitar a perda hídrica durante a atividade física bebendo água antes, durante e após as ati- vidades, ressalta a médica, ajudará no condicio- namento. Bem como, realizar as atividades de 2 a 3 vezes por semana, no mínimo, com duração de no
máximo de 90 minutos.
É fundamental se atentar a riscos comprovados pelo obs-
tetra responsável, e a gestante deve evitar exercícios, por isso a necessidade da prescrição médica antes de iniciar as atividades físi- cas. Qualquer sintoma incomum ou fora dos padrões normais deve ser imediatamente comunicado pela gestante ao profissional físico, que
deve aconselhá-la a fazer essa comunicação imediatamente ao médico. Estar sempre controlando a frequência da gestante, através de equipamentos específicos. Caso o local do exercício (academia) não possa contar com essa tecnologia, o profissional físico deve controlar observar a gestante pela tomada constante da frequência, pela própria aluna ou pelo Percept Test (observação do rosto da aluna, vendo se está com expressão cansada ou assustada). Tendo ainda o Talking Test por meio de uma ou duas perguntas, o profissional avaliará pela forma da
resposta se a gestante está ofegante ou não.
Jornalista, empresária, e empreendedora social.
Os exercícios irão auxiliar para que o parto seja mais fácil, contribuindo de várias maneiras:
Melhorara na circulação sanguínea; Fortalecimento da musculatura abdominal; Ampliação do equilíbrio muscular; Redução do inchaço;
Alívio nos desconfortos intestinais; Diminuição de cicatrizes;
Facilidade na recuperação pós-parto.
10 - ANO I - N° 02 - Abril/Maio/Junho/Julho/2016
Revista Saúde & Empresas
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Obstetrícia
Prática de exercício físico e
Zilda Zompero
gestação
Acessa e
Empresária, referência no mercado, local no ramo de iluminação.
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Dra Vânia de Melo Viana – Unesp Botucatu 94773 Ginecologia – Obstetrícia alto risco Uroginicologia - Ultrassonografia
Mulheres que se exercitam antes da gravidez, e que continuam a fazê-lo durante a gravidez, tendem a ganhar menos peso e ter bebês menores. Todas as mulheres, sem levar em conta o nível de atividade física prévio, diminuem sua atividade física com o progredir da gravidez. Mas as fisicamente ativas tendem a tole- rar melhor a dor do parto.
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Empresária, traz em sua bagagem uma história marcada pela determinação no mundo dos negócios. História que tem servido de inspiração para outras mulheres. É referência no mercado, local no ramo de iluminação. Conduzir a Tocha Olímpica passa a ser mais uma experiência em sua bagagem, traduzida pela emoção e destaque internacional.
A emoção é muito grande. Foi um momento único. É como se eu estivesse dentro de um livro de histórias.
A chama da tocha percorrendo o tempo e con- tando sua historia com muita luz e paz. A Tocha olímpica ou fogo olímpico é um importante símbolo das olimpíadas.
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estamos compartilhando o espirito dos jogos olímpi- cos Rio 2016, com a missão pacificadora de promover e valorizar os olímpicos.
Conduzir a tocha foi a realização de um sonho, através de uma viagem pelo tempo chegando a uma condição real de concretização. Foi tudo perfeito des- de a organização, trajeto e todos os detalhes.
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são algumas dicas. Não se deve ter como objetivo o aumento do condicionamento físico, pois com a ges- tante ocorre exatamente o inverso: Sua resistência ini- cial tende a diminuir.
O ideal é não aumentar a atividade física ou man- tê-la desenvolvida como antes de engravidar.
Assim, não deixar para começar a fazer exercício físico somente quando engravidar.
A capacidade máxima para a gestante realizar exercícios que não a levem a fadiga, deve ter uma du- ração de no máximo 30 minutos de atividade vigoro- sa, sempre entre 50% a 70% da capacidade. Durante a atividade física com as gestantes, o cuidado para não cansá-la é essencial e deve ser uma preocupação constante do profissional. Com cuidados com a parte mais forte das aulas de aeróbica, essa deve ser de no máximo meio hora e a frequência cardíaca não deve exceder a capacidade média individual de cada aula.
Evitar o aumento na temperatura corporal, também é um cuidado que se deve ter, evitando lugares muito quentes e água no máximo a 32 graus no inverno. Duran- te a atividade física, a temperatura do corpo tende a subir, se o ambiente ou a água estiverem muito quentes poderá ocorrer na gestante uma hipertermia (excesso de calor).
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Para a prática do exercício físico durante o período da gravidez, alguns cuidados devem ser tomados bem como recomendações médicas. Assim segue algumas orientações da média Obstetra Vânia de Melo Viana;
Para qualquer atividade física com gestantes são necessárias sempre as prescrições e avaliações médi- cas. O médico deverá especificar as atividades que a gestante não deve executar e a intensidade ideal para o trabalho. Não objetivar o condicionamento físico, não aumentar a atividade física de antes da gravidez,
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Revista Saúde & Empresas
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Artigo
O DIVÓRCIONÃO É O FIM DO MUNDO
Ana Lúcia Ricarte
Advogada e especialista em direito de família
Este texto sobre o divórcio é resultado das minhas observações enquanto mulher e Ad- vogada, pois nestes 20 anos de profissão tenho observado casais que se divorciam, ouvindo ora um, ora o outro.
Eu sinceramente gostaria de ter uma fórmula para ameni- zar a dor e a angústia de todos que me procuram, no entanto isto não é possível. Assim, resolvi escrever sobre as minhas reflexões e dicas acerca desta fase tão difícil da vida de quem se divorcia, como uma forma de ajudar as minhas leitoras a refletirem um pou- co sobre o divórcio.
O Divórcio equivale ao óbito. É o óbito do casamento, pois o sentimento é muito parecido com a perda e a tristeza de quando perdemos um ente querido.
Para o Direito no Brasil o Divórcio põe termo ao casamento, e não precisa sequer do consentimento da outra pessoa, pois a nova redação do §6o do artigo 266, da Constituição Federal, criada pela Emenda Constitucional 66/2010, dispensa qualquer requisito para a decretação do divórcio, direito que pode ser exercido pela simples manifestação da vontade de uma das partes.
Os julgadores estão considerando o caráter absoluto do direito ao divórcio, por tratar-se de direito potestativo. Assim, sequer a recusa de uma das partes é levada em consideração.
Na realidade quando nos casamos temos o propósito de cons- truir uma vida a dois, construir uma família completa e feliz. Esta construção feita com base em um contrato tem o escopo social de relacionamento familiar indestrutível e duradouro.
Jamais nos casamos pensando em nos divorciar, e assim nos lan- çamos de corpo e alma neste relacionamento familiar, e nele sonhamos e construímos uma vida com o objetivo principal de sermos felizes. Para garantir esta felicidade sabe o que fazemos? Nós acredi- tamos no outro, entregamos nossa melhor parte humana ao outro e confiamos muito no outro. Afinal encontramos o nosso amor para uma vida toda e como ele poderia me magoar??? Como ele pode- ria me trair? Como ele poderia me roubar? Como ele poderia tirar meus filhos e minha casa?
É leitora, acreditamos que tudo isso somente acontece com a outra. Nossa!! Que Pena!! Esta não teve sorte!!
Ocorre, que o divórcio assim como qualquer fato triste e de- vassador pode acontecer com qualquer uma de nós e não há como prever. No caso de evitar, a única alternativa é não casando. Muitas vezes a mulher deposita toda a sua felicidade no outro ou nos outros membros da família, e muitas vezes a mulher é leva- da a pensar que não é um ser completo ou que não é possível ser feliz sem um homem ou um filho.
Quando todo o projeto familiar, ou seja: os sonhos, todo o in- vestimento de tempo, amor, paixão, renúncias e muita paciência são rompidos pelo companheiro por alguns motivos comuns, quais sejam: pelo fato do cônjuge não mais amá-la, ou mesmo pelo fato do cônjuge se encantar por outra pessoa, o divórcio acontece e consequentemente o óbito do casamento.
Processar este óbito não é fácil, necessita de um tempo de luto que deve ser processado conforme o tempo de cada ser humano e deve ser respeitado, tanto pela pessoa que passa pelo luto como por seus familiares e amigos.
No entanto, para que este luto não seja ainda mais traumático e doloroso algo pode ser feito por você mesma, além é lógico de contratar uma excelente profissional na área de Advocacia. Inicialmente, cuide de seu patrimônio e dos seus direitos, não tome decisões precipitadas, converse com quantos profissionais do direito forem necessários antes de assinar qualquer documento, ou tomar decisão da qual você arrependerá pelo resto da vida. Lembre-se! Não fique mais triste do que rica. Este jargão é uma realidade.
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Ainda, procure ter equilíbrio oqueé fundamentalparaestafase. O processo de luto não é e nem deve ser tão rápido, ele deve ser processado com muito equilíbrio, inteligência, e acima
de tudo confiança.
A primeira fase do divórcio na maioria das vezes está na acei-
tação do fato de que o relacionamento acabou.
Quer saber mais? De nada adianta ficar remoendo o que ele
fez, porque ele fez e como tudo foi feito, o mais importante é ter respeito pela sua história, ainda que você tenha sido enganada, pois para você tudo foi real e pronto.
Aceitar o divórcio é iniciar um processo muito interessante na sua vida, de que uma nova porta de oportunidades se abriu. Eu sei que não é fácil, e nem é tão rápido, mais é preciso e possível pensar assim.
Se acreditar que o divórcio concede novas oportunidades in- críveis tais como: a de aprender com a dor, com a decepção, de en- contrar um novo amor, de viajar sozinha, de mergulhar no autoco- nhecimento, de rever paradigmas, de iniciar projetos de trabalho, de sair do anonimato profissional, você terá um processo muito menos doloroso e muito aproveitável.
Aceitar o divórcio é não ficar remoendo dores o tempo todo, é limpar sua mente e deixar que o universo entre. Agradeça o seu passado, reveja suas prioridades, conheça-se melhor, e com isso saiba que você poderá obter um resultado gratificante desta fase de sua vida.
Vinicius Walber
Jean Campos e equipe Gecom-MT
Dra. Lindinalva Rodrigues
Recomendo algumas dicas:
1 – Não se atire em outro relacionamento correndo como se fosse um malabarista de circo desesperada, somente volte a se re- lacionar com alguém se tiver certeza que o luto foi cumprido e que você está pronta.
2 - Nada de lamentar ou de se fazer de vítima o tempo todo, pois se você fizer isso por muito tempo até seus amigos irão se afastar, além de começarem a achar que você é um problema e que seu ex tinha razão.
3 - Aproveite esta fase da sua vida para refletir, para rir com as amigas, para cuidar de si, rever suas prioridades e para o auto- conhecimento.
4 – Não fique brigando com seu ex o tempo todo, lembre-se de que não existe tragédia de causa única, você também poderia deixar de amá-lo.
5 – Não fique triste o tempo todo, principalmente perto dos filhos. Lembre-se os filhos precisam de pais felizes, não é o divór- cio que irá entristecê-los, mais a forma como você irá encará-lo.
6 – Não sinta culpa ou medo, estes sentimentos são paralisantes.
7 -Fique linda, maravilhosa para você, nada de perder a au- toestima.
Luzimar Collares Caramuru
Enfim, pode acreditar o Luto passará, ele sempre passa, a dife- rença é o que ficará em você, pois se for inteligente e autoconfiante você sairá renovada.
No entanto, se você tem problemas de autoestima e é teimo- sa o suficiente para não procurar ajuda ou se ajudar, ficará com a sensação de que não conseguiu se completar e que não consegue completar o outro.
As mulheres têm o costume de aceitar e tolerar um traste a seu lado por anos, ou por uma vida inteira, só porque não se sentem seres completos, o que é um erro terrível e deve ser levado a um divã imediatamente.
Somos seres completos e assim devemos nos sentir. Devemos nos sentir felizes em qualquer ocasião, estar sozinha não significa ser só, e muito menos é um defeito terrível.
Viva intensamente, ria muito , seja feliz e entenda que o Divór- cio não é o fim do mundo, apenas o fim do casamento.
Dra. Ele Maria Kunh e Procurador Paulo Prado
Ziade Fares e Alberto Machado (Beto)
Revista Saúde & Empresas
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Social
Entrevista
“Os Cinco Elementos do
Cerrado”
Carla Gubert
Dra. Analucia Ricart
Por Silvia Narçay
PRA NUNCA PERDER ESSE RISO LARGO
Para participar deste espaço é preciso ser feliz!
Gabriela Carvalho
Natural de Belém do Pará, o fotografo Tchélo Figueiredo, veio com sua família, ainda pequeno para Cuiabá, onde se estabeleceu, estudando nas melhores escolas até chegar à universidade.
Tchélo estudou Comunicação Social na UFMT e se formou em Rádio e TV – Radialísmo/ Audiovisual. E também, Artista Visual.
Repórter fotográfico, atualmente trabalha na Secreta- ria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Cuiabá e é Sócio Proprietário da Agencia F5 - Agência Fotográfica.
Recentemente, se envolveu em uma grande polê- mica, sobre seu trabalho como artista, apresentando uma exposição fotográfica intitulada de “Os Cinco Elementos do Cerrado” em que, primeiramente, foi abrigada dentro de um shopping da capital. Desper- tando a ira de alguns lojistas, através de discursos pu- ritanistas e misóginos.
Portanto, resolvemos bater um papo com ele, para conhecê-lo um pouco melhor. Confira!
Revista S&E Como você começou na fo- tografia?
Tchélo Figueiredo Comecei em 2006, ainda quando morava em Florianópolis, onde estudei. Mas quando voltei a Cuiabá em 2007, comecei aprofundar mais as técnicas. Apesar de já trabalhar como câmera-man em produções de audiovisual, eu já tinha
um pouco noção de fotografia.
Revista S&E Você no início da carreira só fazia foto jor- nalismo, como foi enveredar pro caminho da “foto arte”?
Tchélo Figueiredo Sim, comecei com fotojornalismo, apesar de ter feitos muitos trabalhos com cultura, mas nada muito artístico. Acho que coisa de ficar engessado em asses- soria, que no caso me encontro agora, me fez aflorar mais esse lado de produzir algo mais artístico. Mas a idéia do projeto dos Cinco elementos, já tem mais tempo. Daí, aproveitei disso para estudar e produzir as imagens que fiz para Exposição.
Revista S&E Qual foi seu primeiro trabalho ar-
tístico realizado através da fotografia?
Tchélo Figueiredo Acho que foi o “Balé Urbano”, que fiz com uma bailarina dançando em uma obra dessas da Copa, a trincheira da Avenida Fernando Correia, em frente à UFMT. Lá, coloquei a bailarina dançando, contrastando com o cenário caótico daquela obra. Deu uma boa proporção esse projeto. Muitas fotos chegaram a ser publicadas em re- vista e em sites nacionais.
Revista S&E Como foi o processo de elaboração da polêmica exposição do Nu? Você conhecia as modelos? Toparam logo de cara? São quantas modelos que fazem parte dessa exposição.
Pode falar o nome delas?
Tchélo Figueiredo Então, como havia dito, já tem um tempo que pensei nesse projeto, há uns seis anos já... Mas como não queria fazer só o Nu pelo Nu, pensei em acrescentar elemen- tos ligados a nossa cultura, economia, elementos que remetesse ao nosso estado MT. As meninas surgiram conforme o projeto foi ganhando mais “corpo” digamos assim. Umas entraram, outras saíram. Até definir quem seriam mesmo. São cuiabanas, algumas conheci através de ami- gos, no caso da Milena Guarin, morena do Caju. Outras por indicação, no caso a Débo- ra Moreira, das águas e a Kenny Nascimen- to que foi pintada pelo nosso artista plástico Adir Sodré, representando a Cultura Cuia- bana. Algumas, eu já conhecia de profissão,
Por Tchélo Figueiredo
Dra. Juliana e seus pimpolhos
Cristina Cavaleiro - Jornalista
20 - ANO I - N° 02 - Abril/Maio/Junho/Julho/2016
Revista Saúde & Empresas - 13
Eduardo Mahon, Clarisse e Seus Trigêmeos
Entrevista
mas que interessou no projeto, no caso a Hegla Oleiniczak, que representou o agronegócio, nossa maior economia. E uma amiga, que é Carolina Argenta, que representou o cer- rado queimado. A secura. Sim... Incrivelmente elas toparam logo de cara, mas querendo saber sobre o projeto, e como faríamos, mas toparam e foram maravilhosas. Assim finali- zamos em cinco meninas, juntando cinco elementos.
Revista S&E Explique por que se chama os Cin- co Elementos do Cerrado? E quais foram as locações? Tchélo Figueiredo O nome Os cinco elementos do cer- rado, foi criado por causa mesmo dessas cinco referencias que busquei para colocar nessas cinco meninas, diferente- mente dos cinco elementos como fogo, água, etc.. Esse trou- xe as referencias do nosso estado, como o Cerrado seco, o Agronegócio, as águas, nossa cultura (pinturas de Adir), e
nossas frutas, representada pelo Caju.
Revista S&E A principio, o que você esperava atingir com essa referência ao Cerrado Mato-Gros- sense? Um alerta ao meio ambiente?
Tchélo Figueiredo Não, não era nada de alerta, era so- mente para mostrar uma característica típica de uma época do ano onde o cerrado faz essa reciclagem, pegar fogo. Mos- trar o Calor, a peculiaridade dessa terra quente.
Revista S&E Como surgiu o convite do Sho- pping? A curadoria foi sua mesmo?
Tchélo Figueiredo A Magna Domingos fez a curado- ria, mas a idéia do shopping foi em uma conversa com o Pu- blicitário Ziad Fares. Onde eu mesmo fui atrás do Marke- ting, apresentei o projeto e eles adoraram. Agradeço a eles por abrirem as portas do Shopping Goiabeiras.
Revista S&E Você acha que esse polemica em torno do Nu, prejudicou o seu trabalho?
Tchélo Figueiredo Não acho que prejudicou, mas me alertou que Cuiabá ainda vive no provincianismo. Isso é tris- te, mas a demanda de trabalhos e projetos p mim só cresceu e isso faz com que eu lute mais para conquistar mais espaço.
Revista S&E Como falamos, anteriormente, toda repercussão em cima do assunto acabou sendo favo- rável. Conte o apoio que você teve e de onde vieram?
Tchélo Figueiredo Isso me deu uma visibilidade maior, uma publicidade do meu trabalho bem mais forte. Tenho muitos amigos no meio jornalístico e parceiros e eles sensibilizaram com a causa e todos viram o quanto eu bata- lhei para desenvolver esse projeto. Não tive apoio de classe política nenhuma, e nem de empresas, agradeço somente a Prefeitura de Cuiabá no nome do Secretário Kleber Lima, e
a Assembléia Legislativa no nome Raoni Ricci, que acre- ditaram no projeto e ajuda- ram para a Exposição acon- tecer. Mas tudo deu certo,
e coincidiu o acontecimento com a data próxima a reaber- tura da Galeria Silva Freire e através do assessor Umber- to Frederico, O presidente da OAB Leonardo Campo e o Vice Flávio Ferreira adoraram a Ex- posição e me fizeram o convite para trazê-la para galeria, em sua reabertura. Com apoio ele reiterou afir- mando repúdio ao tipo de atitude de censura que aconteceu por contas
de lojistas e clientes do shopping Goiabeiras a minha exposição.
Revista S&E Para encerrar, va- mos falar sobre o local atual, que está abrigando a exposi- ção, onde fica e até quando o público pode ir lá conferir?
Tchélo Figueiredo
A Exposição fotográfica
Os cinco elementos do cer-
rado esta na galeria Silva
Freire na OAB-MT, no
centro político adminis-
trativo, ao lado da praça
das bandeiras, das 9h da
manha ás 18h, aberto a
todo o publico que quiser apreciá-la. E vai ficar até
dia 23 de julho e seu destino depois é ir para reabertura do Cine Teatro Cuiabá, no dia 03 de agosto, somente em sua abertura, logo ela se desloca para o Museu das Artes de Mato Grosso, dia 05 de agosto às 19h.
Arquitetura Técnicas de Iluminação
As novas tecnologias deixam claro que ninguém é e nem será um ser insubstituível, nós profissionais de arquitetura, estamos em busca da perfeição em iluminar cada ambiente, cada lugar e cada espaço. As grandes cidades são iluminadas 24 horas e Cuiabá não seria diferente, buscamos ilumina-la através das vitrines das lojas, assim fica iluminada de dia e de noite.
“Nosso ponto de partida para a segurança e conforto para aplicação de iluminação artificial (lumi- notécnica), começa com a busca em encontrar a ilumina- ção perfeita com o material de consumo ecologicamente correto (eco). Para o alcance desse resultado estudamos dados, processamos números e inovamos. O resultado é uma perfeita iluminação e valorização do trabalho execu- tado dentro do ambiente”.
Três áreas de foco irão ajudar a alcançar a Visão da valorização de uma boa iluminação: Projeto de iluminação de uma arquiteta, modernidade na esco- lha das lâmpadas, segurança na mão de obra sempre acompanhada de perto por uma profissional.
Combine as diferenças entre as cores.
Branca: Para iluminar grandes áreas e espaços de trabalho, grandes comércios, industrias, mercados e lo- jas de departamentos com temperaturas de cor de 3.000 a 6.000 K.
Amarela: Quartos e salas dará um ar de aconchego descanso com temperatura de cor de 3.000 k ou inferior. Atenção às cores e texturas dos objetos do ambiente. A cor e a textura dos materiais, presentes nos am- bientes, interferem diretamente no efeito da luz “na quantidade de luz refletida”. Estes devem ser pensados
juntos como detalhes para obter o resultado esperado. O novo interior a combinação de materiais gesso com madeira, couro com papel de parede pura e orga- nizada, irradiante e sofisticada iluminação, são requisi-
tos que dão forma ao trabalho do profissional.
A simplicidade é perfeitamente em sintonia com o
patrimônio do cliente.
Por Carmen Amaral
Vamos aqui a algumas dicas de como usar essa iluminação:
Diferentes cores refletem a luz de dife- rentes madeiras;
O preto absorve o máximo, e o branco reflete o máximo;
O vidro tem índice de reflexão 0% os espelhos refletem 100 %;
Superfícies lisas refletem mais luz, a com textura rugosa refletem menos luz;
14 - ANO I - N° 02 - Abril/Maio/Junho/Julho/2016
Revista Saúde & Empresas - 19
Capa
canal vaginal está fraco. A explicação é a seguinte: Se não fizermos exercícios físico, com o passar dos anos os músculos dos braços, das pernas ou do ab- domen ficam mais fracos e menos firmes não é? O assoalho pélvico também é composto de músculos. Se não exercitarmos também ficam fracos e menos firmes, e também não será mais tão elástico como na juventude.
O tratamento fisioterapêutico uro- ginecológico em geral desenvolvi- do pela profissional
As mulheres que passam por reabilitação de assoalho pélvico obtem inúmeras melhoras fun- cionais. Relatam que são sexualmente ativas e sa- tisfeitas , dificilmente terão problemas urinários de origem muscular, tem um funcionamento in- testinal adequado e ainda previnem prolapsos ge- nitais. Quando fazem o fortalecimento em fase re- produtiva aumentam as condições para um parto natural mais rápido e bem sucedido. Independen- te da via de parto, a recuperação no pos parto é muito mais rápida e sem complicações. Todo esse trabalho é desenvolvido aqui na clinica de manei- ra individualizada e com excelência.
Pesos vaginais
18 - ANO I - N° 02 - Abril/Maio/Junho/Julho/2016
Revista Saúde & Empresas
- 15
Capa
Vida Sexual
Disfunções sexuais do Assolho Pélvico
Fisioterapeuta formada em 2011 pela FAMA- Faculdade Mineirense(GO), Especialista em Neurofuncional Adulto pela PUC Goiás, Especialista em Fisioterapia Pélvica Internacional pela Faculdade Inspirar-Curitiba/PR.
Atua em Cuiabá na Clinica da Mulher, nas Disfunções Miccionais, Gestação, Alterações Neuromusculares de Assoalho Pélvico Feminino e Masculino e Disfunções Coloproctológicas no adulto.
Possíveis causas e o tratamento da dor durante o ato sexual
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A dispareunia é a dor genital que ocorre antes, durante ou após a penetração, na ausência de vagi- nismo. Pode resultar de trauma pélvico durante a atividade sexual, inflamação pélvica, fibromialgia, cirurgia abdominal, pélvica ou ginecológica, pós tumores pélvicos e genitais e infecções urinarias . Durante a avaliação fisioterapêutica são encontra- dos até mesmo pontos de tensão no assoalho pélvi- co. Exceto no caso presença de infecções urinarias, no qual o tratamento deve ser medicamentoso, o tratamento fisioterapêutico tem respostas excelen- tes , sendo hoje a primeira opção de tratamento para as outras causas da dor pélvica.
Possíveis causas e o tratamento da baixa lubrificação
Por dentro desses músculos perineais existem glândulas que promovem lubrificação e ereção du- rante a relação sexual. Se estes músculos não conse- guem se contrair de maneira adequada também não haverá compressão suficiente dessas glândulas para liberação de lubrificante no canal vaginal. Claro que existem situações em que o problema é a produção insuficiente de liquido lubrificante, comum na me- nopausa ou em mulheres que fazem uso de alguns anticoncepcionais com este efeito colateral. Também pode ser em função de alguma situação emocional. Seja qual for a causa a fisioterapia pélvica contribui para melhora da lubrificação por proporcionar a mu- lher autoconhecimento dessa região e resposta mais efetiva da musculatura antes e durante o ato sexual.
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tempo (20, 30 anos de casamento). Na verda-
de o canal vaginal é
elástico. Ele deve ter a capacidade de se disten-
der para receber o pênis e depois voltar a posição de repouso que é fechado. O que acontece em mulheres com fla- tus e frouxidão vaginais é que o
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Por Juliana Miranda Ferreira de Oliveira
Fisioterapia Uroginecológica CREFITO-MT 203416-9
Disfunção sexual feminina
Hoje se sabe que em torno de 30% das mu- lheres em idade sexual ativa apresentam alguma desordem sexual. Os números podem ser maiores
ainda, pois muitas mulheres tem receio ao falar so- bre o assunto ou ainda em atitude defensiva negam
qualquer problema.
As causas do Vaginismo e o tratamento
O vaginismo é caracterizado por dor e intensa e incapacidade de penetração total ou parcial. É um espasmo da musculatura do assoalho pélvico desencadeado por múltiplos fatores psicossociais. Muitas por- tadoras chegam ao meu consul- tório relatando anos de angústia por desconhecimento de trata- mento. Nós fisioterapeutas pél- vicas trabalhamos em parceria com a paciente relaxando essa musculatura de forma indolor, aumentando a consciência pe- rineal e proporcionando uma vida sexual totalmente satis- fatória. É um dos tratamentos com menor tempo para ótimos resultados. Normalmente 10 sessões são suficientes para que não exista mais
desconforto algum.
O treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP)
Os músculos do assoalho pélvico tem múlti- plas funções no corpo humano. Existem 13 mús- culos que compõem o períneo. Esses músculos de- vem ser capazes de se contrair e relaxar de acordo com que cada situação exige. Durante uma tosse deve existir um reflexo de contração para não haja perda urinaria . Se houver algum esforço físico essa musculatura deve ser capaz de sustentar ór- gãos da cavidade pélvica. Quando vamos ao ba- nheiro evacuar, essa musculatura precisa relaxar, senão pode haver constipação intestinal. Durante a relação sexual ele tem que se contrair também sem que precisemos pensar para que aconteça uma boa lubrificação, mas deve ao mesmo tempo, estar suficientemente relaxado para que a penetração aconteça. A todo momento da nossa vida, assim como todos os outros músculos do nosso corpo, o assoalho pélvico esta trabalhando. Deve existir uma sincronia entre essa contração e relaxamento constantemente. Esse é o trabalho da fisioterapia uroginecológica. Manter e promover essa sincro- nia durante todas as atividades e fases da vida das pessoas. Para atingir o melhor tratamento com cada paciente em especifico, trabalho com recursos que oferecem conforto e segurança. Faço uso de aparelhos modernos para fortalecimento e relaxa- mento, conscientização do que é cada movimento e principalmente com exercícios. Os meus pacien- tes são atendidos de forma para que tenham alta do tratamento e não tenham mais recorrência do problema pelo qual me procuraram.
Assoalho Pélvico
Assoalho Pélvico
16 - ANO I - N° 02 - Abril/Maio/Junho/Julho/2016
Revista Saúde & Empresas - 17