História da Estatística

HISTÓRIA DA ESTATÍSTICA NO MUNDO E EM PORTUGAL

Curso Profissional Técnico de Gestão
Disciplina: cálculo Financeiro e Estatística Aplicada

12º Ano
Formadora: Maria Santos
Formandos: João Alves, nº5

Estarreja, 2020/21

• O pensamento estatístico um dia será tão necessário para o
exercício eficiente da cidadania como ler e escrever.

H G WELLS

Índice

• Introdução....................................................................................................4
• Origem da Estatística....................................................................................5
• Marcos Históricos.........................................................................................6
• Definição da Estatística...............................................................................24
• Estatística descritiva...................................................................................28
• Estatística Inferencial.................................................................................29
• Áreas de Aplicações da Estatística..............................................................31
• 5 áreas mais promissoras para os estatísticos............................................36
• Conclusão...................................................................................................37
• Webgrafia/Bibliografia................................................................................38

Introdução

• Este trabalho é realizado no âmbito do módulo 3 – Estatística Aplicada na
qual vou abordar o tema sobre a História da Estatística no Mundo e em
Portugal.

• Com este trabalho pretendo explicar um pouco sobre a história da
estatística e dar a conhecer informações relativamente a este assunto que
é importante na nossa sociedade para poder obter um dado.

• Ao longo do trabalho vou apresentar a origem da estatística, marcos
históricos, definição da estatística, objetivos, estatística descritiva,
estatística inferencial, áreas de aplicações da estatísticas e as 5 áreas mais
promissoras para os estatísticos.

A origem da Estatística

• As primeiras aplicações do pensamento estatístico estavam
voltadas para as necessidades do Estado, fornecendo dados
demográficos e económicos, no sentido de determinar as
leis sobre os impostos me o número de homens disponíveis
para combater.

• A abrangência da Estatística aumentou no início do século
XIX, evoluindo para uma situação atual, onde largamente
aplicada em diversas áreas, nomeadamente nas ciências
naturais, sociais, económicas e políticas.

Marcos Históricos
Desta evolução

• Nos dispositivos seguintes vão ser
apresentados alguns marcos históricos, a nível
nacional e internacional, que retratam essa
evolução desde os seus primórdios até aos dias
de hoje, destacando-se, igualmente, algumas
personalidades que contribuíram para essa
evolução.

3050 A. C – Primeiro
dado disponível sobre
levantamento estatístico

• Altura em que se efetuou
um estudo sobre as riquezas
da população do Egipto,
com o intuito de averiguar
quais os recursos humanos
económicos disponíveis para
a construção das pirâmides.

2900 a. C a 1200 a. C –
Primeiras estatísticas de massa

• Os recenseamentos eram praticados por uma das mais antigas
civilizações conhecidas, a egípcia. Um registo de Pierre de
Palerme datado de 2900 a. C faz alusão ao recenseamento de
pessoas no Egipto.

• No período de 2700 a 2500 a. C, já existiam recenseamentos
bianuais sobre os bens da população que tinham como destino
a fiscalização. Por volta de 1900 a. C, começaram a ser criadas
as listas dos familiares dos soldados. Estas informações eram
destinadas ao uso fiscal e militar.

• Em meados de 1200 a. C apareceram as listas das
casas, dos chefes de família e seus parentes, com a
indicação do nome do pai e da mãe de cada ocupante.
No tempo de Amásis II (século VI a.C.) todos os
indivíduos tinham de declarar todos os anos ao
governo da sua província, incorrendo na pena de
morte, caso não o fizessem, a sua profissão e as suas
fontes de rendimento.

• Pensa-se que no ano 2238 a. C. o imperador da China
Yao procedeu a um recenseamento, no sentido de
conhecer com exatidão o número de habitantes do
seu território. Tinham como objetivo poder repartir o
território, distribuir as terras, estabelecer os rolos de
pergaminho de imposto e proceder ao recrutamento.

750 a. C. - O
recenseamento em

Roma

• No fim do século VI a. C., os
recenseamentos eram feitos de 5 em
5 anos, até ao ano 68 a. C. e, depois
de uma interrupção de uma vintena
de anos, foram retomados pelo
imperador César Augusto sob uma
forma decenal.

• Os cidadãos romanos eram obrigados a declarar as suas fortunas, o seu nome, o dos seus pais, a idade e o nome da sua
esposa, assim como dos seus filhos, a tribo onde residiam e o número de escravos que possuíam. Caso não fornecessem estas
informações poderiam ficar sem os seus bens ou sem os direitos de cidadão.

• Os censos permitiam não só classificar os cidadãos segundo os seus rendimentos, mas também cobrar impostos sobre os seus
rendimentos e determinar a condição social que lhes permitia ter funções a nível político e militar na cidade.

1260 a 1851 – Primeiros registos depois da
fundação da nacionalidade portuguesa

• Rol de Besteiros do Conto, de D. Afonso III (1260- 1279);
• Rol de Besteiros de Conto, de D. João I (1421- 1422);
• Numeramento ou Cadastro Geral do Reino, de D. João III (1527);
• Resenha de Gente de Guerra, de D. Filipe III (1639);
• Lista dos Fogos e Almas que há nas Terras de Portugal, de D. João V (1732), também conhecida por censo do

Marquês de Abrantes;
• Numeramento de Pina Manique, de D. Maria (1798);
• Recenseamento Geral do Reino, de D. João VI, também conhecida por Censo do Conde de Linhares (1801);
• Recenseamento Gerais de 1835 e 1851.

1662 – Estatística Moderna (John Graunt)

• O trabalho desenvolvido por John Graunt constitui a base da
Estatística Moderna. Graunt estudou a mortalidade na cidade de
Londres e as incidências das causas naturais, sociais e políticas
nesse fenómeno.

• Através das Tábuas de Mortalidade realizadas na altura da peste na
cidade de Londres, Graunt fez uma análise exaustiva do número de
nascimentos de homens e mulheres. Foi a primeira pessoa a fazer
observações entre sexos e mostrou que nasciam mais homens do
que mulheres e que, por cada 100 pessoas nascidas, 36 morriam
aos 6 anos e 7 sobreviventes até aos 70 anos.

Século XVII –
Desenvolvimento da Teoria

das Probabilidades

• No século XVII surge o desenvolvimento da Teoria
das Probabilidades por Pascal e Fermat, associada
ao estudo dos jogos de azar. Estes jogos tiveram
origem na corte dos reis de França onde a nobreza
se divertia, entre outras atividades, a jogar o
“passe-dix” (jogo em que o jogador atira 3 dados
simultaneamente e ganha se a soma dos pontos
passa de 10, perdendo se a soma for 9 ou inferior).

1762 – Nasce a Regra de Bayes

• Bayes foi o primeiro a lançar o problema fundamental da
Estatística: de que maneira, a partir das observações, é
possível saber alguma coisa relativamente a um
determinado universo. Em 1762, Bayes demonstrou o
método, que ficou conhecido pela Regra de Bayes, o qual
consiste na partição do espaço amostral em diversos
subconjuntos cujas probabilidades são conhecidas.

Finais do século XVIII – As
aplicações sociais da Estatística

• Denis Poisson, que em 1810 descobriu a forma limitada
da distribuição binominal que posteriormente recebeu o
seu nome, e o Marquês de Condorcet foram os primeiros
a preocuparem-se com as aplicações sociais da
Estatística.

1812- Teoria Analítica
das Probabilidades

• Pierre Simon Laplace publicou em 1812 o tratado
Teoria Analítica das Probabilidades. Neste tratado
Laplace definiu probabilidade como o número de
vezes que um dado acontecimento pode ocorrer,
dividido pelo número total de casos que podem
acontecer, considerando-se que estes têm
possibilidades iguais de acontecer.

1841- É criado o primeiro
organismo de Estatística em

Portugal

• Nesta data é criado um organismo para, de
um modo sistemático, produzir as
estatísticas necessárias aos país, surgindo no
Ministério das Obras Públicas a Secção de
Estatísticas e Topográfica.

Segunda década do século XIX – Nasce a Estatística
Moderna

• A partir da segunda década do
século XIX, dá-se uma explosão no
desenvolvimento da Estatística
Moderna, tendo como principal
responsável Ronald A. Fisher. Esta
nova etapa da Estatística nasceu nos
laboratórios de pesquisas
biométricas. Nesta fase está
envolvido um importante nome da
Matemática, o britânico Karl
Pearson, criador da Estatística
Aplicada.

1864 (1 de janeiro) – Primeiro Recenseamento Geral
da População em Portugal

• Os primeiros censos portugueses foram realizados
de 31 de dezembro de 1863 a 1 de Janeiro de 1864,
tendo por base as orientações do Congresso
Internacional de Estatística realizada em Bruxelas ,
em 1853. Antes desta data já se realizavam em
Portugal recenseamentos, mas, por não serem
exaustivos e não se apoiarem em princípios
estatísticos credíveis, não podem ser considerados
equivalentes aos iniciados em 1864.

• Nestes censos foi escolhido o método de recolha direta sendo todas as pessoas recenseamento no
mesmo dia e nos lugares onde passaram a noite. Os recenseamentos a partir daqui deveriam ser
realizados de 10 em 10 anos, mas o recenseamento seguinte só foi realizado em 1878, ao qual se seguiria
o Censo de 1890. A partir de então, os recenseamentos populacionais têm vindo a realizar-se, com
algumas exceções, regularmente com intervalos de 10 anos.

1935 – É criado o Instituito Nacional de
Estatística (INE)

• Em 1935 é criado o Instituto Nacional de Estatística
estabelecidos pela primeira vez os princípios básicos da
atividade estatística oficial, podendo falar-se, a partir
dessa altura, de um verdadeiro Sistema Estatístico
Nacional.

1970 – Primeiro
Recenseamento da

Habitação

Em simultâneo com o recenseamento da
população, realizou-se o primeiro
recenseamento da habitação.

Definição de
Estatística

• A estatística é uma disciplina

que se dedica à recolha, análise

e interpretação de dados, sendo

utilizada para explicar a

frequência da ocorrência de

eventos, tanto em estudos

observáveis como

experimentais.

Objetivo

• A Estatística tem como objetivo obter,
organizar e analisar dados estatísticos, com o
intuito de os descrever e explicar, além de
determinar possíveis correlações e causas -
efeitos para obter uma melhor compreensão
das situações que representam.

O que • Preocupa-se com os métodos de recolha, organização, resumo,
pretende? apresentação e interpretação dos dados, assim como em obter
conclusões sobre as características das fontes de onde eles foram
retirados, para melhor compreender as situações.

O que estudar em estatística ?

• Objetos de estudo da estatística:

üColeta, organização, sintetização e apresentação de dados;
üMedição da variação e levantamento de dados;
üEstimativa dos parâmetros da população e a determinação da precisão das

estimativas;
üAplicação dos testes de hipótese em relação aos parâmetros;
üAnálise da relação entre duas ou mais variáveis.

Estatística
Descritiva

• A estatística descritiva consiste em
fornecer uma descrição de qualquer
conjunto de dados. Ou seja, a estatística
descritiva tem como função sintetizar os
dados de forma direta, se importando
menos com variações e intervalos de
confiança dos dados.

Estatística Inferencial

• A estatística inferencial analisa uma
seção menor do conjunto de dados e
procura deduzir algo significante
sobre o conjunto de dados maior.

• Este tipo de estatística é utilizado para
obter informações sobre alguma
medida do mundo real em que se está
interessado.

• A estatística inferencial fornece informações sobre uma pequena seleção de dados, assim esta informação pode
ser utilizada para inferir algo sobre o conjunto de dados maior do qual ela foi coletada.

• A seleção de dados menor é conhecido como amostra, e o conjunto de dados maior a partir do qual a amostra é
retirada é chamado população.

Áreas de aplicação da Estatística

• Atualmente, a Estatística é amplamente aplicada
em áreas como: a contabilidade, a economia, o
controlo de qualidade, a engenharia, a física, as
ciências naturais e sociais e a administração
pública e privada.

Exemplos de aplicação

• Nos estudos de mercado: o gerente de uma

empresa de fabrico de telemóveis pretende lançar
um novo modelo, pelo que encarrega uma empresa
especialista em estudos de mercado de “estimar” a
percentagem de potenciais compradores desse
modelo.

• Na Medicina: pretende-se estudar o efeito de

um novo medicamento para curar uma
determinada doença. Neste sentido é
selecionado um grupo de 40 doentes,
administrando-se o novo medicamento a 20
desses doentes escolhidos ao acaso e o
medicamento habitual aos restantes, no sentido
de averiguar aos efeitos.

• Atualmente, estamos a passar por uma
pandemia, Covid-19, e estamos numa fase de
aprovação de novas vacinas, apesar de já ter sido
aprovadas algumas vacinas contra este vírus.

• No controlo de qualidade: o administrador de uma fábrica de louça pretende assegurar-se de

que a percentagem de peças defeituosas não excede um certo valor, a partir do qual determinada
encomenda poderia ser rejeitada.

• Nas Ciências Sociais:
pretende-se estudar o
impacto de uso do Windows
Messenger por parte dos
jovens do ensino secundário,
ao nível do seu rendimento
escolar.

As 5 áreas mais promissoras para os estatísticos

1. Setor Financeiro;
2. Indústria;
3. Setor de telecomunicações;
4. Agronegócio;
5. Área biomédica.

Conclusão

• Neste trabalho abordámos o assunto referente à História da
Estatística no Mundo e em Portugal.

• Este trabalho foi muito para o meu conhecimento, uma vez
que, permitiu-me ficar a compreender melhor sobre a
História da Estatística, algo que tinha pouca informação
relativamente a este tema.

Webgrafia e Bibliografia

• https://exame.com/carreira/as-5-areas-mais-promissoras-para-os-
estatisticos/;

• https://beduka.com/blog/materias/matematica/o-que-significa-
estatistica/;

• Módulo 3 – Aplicações Estatísticas