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Published by Luiz Gabriel da Silva, 2019-03-20 08:53:46

História - Segmento 2_Novo

História - Segmento 2_Novo

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Segmento 2 – CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS
TECNOLOGIAS - HISTÓRIA
Grandes Navegações

Pioneirismo português

Portugal foi o primeiro país europeu a realizar a
expansão marítima no contexto das Grandes Navegações.
Além de possuir uma posição geográfica favorável, foi
pioneiro na centralização política (é bom lembrar que a
Europa ainda era dividida em inúmeros reinos, o que
dificultava a expansão do mercantilismo).

Desde 1385 o reino português estava unificado,
seguindo-se um período de incentivo à expansão marítima.
Além disso, por muito tempo os árabes monopolizavam o
comércio do mar Mediterrâneo, sendo que as cidades
italianas de Gênova e Veneza serviam como intermediárias

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para a venda de produtos no restante do velho continente.
Some-se a isso o fato de os turcos dificultarem a passagem
terrestre por Constantinopla, sobretudo após 1453. Os
portugueses precisavam, portanto, de uma rota alternativa
para o comércio de especiarias.

Havia também uma demanda por novas jazidas de
metais (uma das bases do sistema mercantilista), uma vez que
as europeias já mostravam sinais de esgotamento.
Basicamente, uma série de complexos fatores acabou
impulsionando o desenvolvimento das Grandes Navegações.

Portugal foi aos poucos contornando o continente
africano com o objetivo de chegar às Índias, portanto, sua
expansão foi no sentido leste.

Fonte: VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2008.
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Expansão espanhola

A Espanha unificou seu território por meio do
casamento dos reis católicos, Fernando de Aragão e Isabel de
Castela. Os portugueses estavam adiantados no processo de
unificação, já tendo contornado o continente africano e
estabelecido uma rota alternativa para o Oriente.

Em um ato ambicioso, o navegador genovês Cristóvão
Colombo propôs um caminho alternativo a Fernando e Isabel:
tentando contornar o globo terrestre, navegaria em direção
ao Ocidente. O empreendimento acabou acerretando na
chegada dos espanhóis à América, com Colombo imaginando
estar nas Índias, sendo que morreu acreditando nisso. O
engano foi desfeito somente em 1504, quando o navegador
Américo Vespúcio confirmou se tratar de um novo território.

Uma diferença básica entre os países ibéricos com
relação ao uso de mão de obra nas Américas é que os
portugueses fizeram uso intenso da escravidão africana. Já os
espanhóis utilizaram em maior escala a mão de obra servil dos
indígenas. Outra diferença básica entre os dois países é que
os espanhóis encontraram ouro tão logo chegaram ao
continente, ao passo que os portugueses demoraram dois
séculos para conseguir o cobiçado produto em território
brasileiro.

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.Fonte: VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2008

A divisão de territórios

Tendo conquistado o monopólio das expedições
ultramarinas, Portugal e Espanha trataram de organizar a
divisão das terras descobertas. Em 1493, sob a bênção do
papa Alexandre VI foi criada a Bula Inter Coetera,
estabelecendo os limites de posse para as terras descobertas
e a serem descobertas. Esta foi substituída no ano seguinte
pelo famoso Tratado de Tordesilhas, que ampliava as
possessões portuguesas.

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Fonte: VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione,
2008.

Princípios do Mercantilismo

Disponível em: <http://mestresdahistoria.blogspot.com.br/2012/06/confira-uma-lista-de-exercicios-sobre-
o.html> Acesso em: 14 fev. 2017.

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Estruturas do período colonial no Brasil

Durante o ciclo econômico açucareiro no Brasil, os
portugueses utilizaram predominantemente a mão de obra
africana e, em menor escala, a indígena. Devido a epidemias
pelo contato com os europeus, constantes fugas, mortes pelo
trabalho forçado e a intervenção dos jesuítas contra a sua
escravização, os indígenas foram considerados uma opção

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inviável de mão de obra. Por outro lado, o comércio de seres
humanos oriundos da África se mostrou uma atividade
lucrativa tanto para os traficantes quanto para os senhores de
engenho. Além disso, pelo fato de estarem em um local que
não conheciam, misturados com indivíduos que não falavam
seu idioma, os africanos escravizados tinham dificuldades em
formar um movimento articulado de resistência. Mesmo
contra todas as possibilidades os africanos conseguiam
empreender vários atos de resistência, como tentativas de
assassinatos de feitores e senhores de engenhos, fugas,
suicídios e formação de quilombos, que eram comunidades
livres.

Durante o século XVI e início do século XVII, o Brasil foi
o maior produtor de açúcar do mundo, embora a riqueza
gerada por este comércio tenha ficado majoritariamente com
Portugal.

A prosperidade portuguesa foi interrompida pela União
Ibérica (1580-1640) e as invasões holandesas no Brasil.
Embora tenham desenvolvido a região nordestina e trazido
avanços para a região, os holandeses prejudicaram a
economia lusitana, sendo expulsos na Insurreição
Pernambucana (1645-1654).

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Ciclos econômicos no Brasil (Séculos XVI – XIX)

Disponível em: <http://www.historiajaragua.com.br/2013/11/ciclos-economicos-brasileiros-colonia.html>
Acesso em: 14 fev. 2017.

Brasil no século XVIII – Mineração, riqueza e
revoluções

No século XVIII foram descobertas jazidas de ouro em
Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. O desenvolvimento de
um novo eixo econômico no Brasil deslocou o interesse da
Coroa Portuguesa para o centro-sul. A capital brasileira
passou de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763.

Como consequência tanto do aumento populacional
quanto da geração de riqueza pela exploração de ouro, o
comércio mineiro aumentou, juntamente com o processo de
urbanização. O sul brasileiro foi integrado pela atuação dos

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tropeiros, que eram comerciantes de gado, mulas e outros
produtos, cujas viagens se estendiam do Rio Grande do Sul
até as regiões das Minas. Muitas vezes os tropeiros vendiam
os animais em uma feira em Sorocaba.

Ciclo do ouro no Brasil (Século XVIII)

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Para arrasar no Enem:

- União Ibérica e Insurreição Pernambucana. Acesse:
https://blogdoenem.com.br/uniao-iberica-e-invasoes-
holandesas-historia-enem/
- Site “Passados presentes”=> Dedicado à memória da
população afro-brasileira. Trata não somente da escravidão,
mas de aspectos culturais, como quilombos, danças, etc;
Endereço: www.passadospresentes.com.br
- Município de Brumadinho possui sítio arqueológico que
ajuda a contar a história do “Ciclo do Ouro”. Acesse:
https://www.cafehistoria.com.br/historia-de-brumadinho-
sitio-arqueologico/
- O “Caminho do Ouro” redescoberto. Acesse:
https://www.cafehistoria.com.br/o-caminho-do-ouro-
redescoberto/
- Portal da Inconfidência Mineira. Acesse:
http://portaldainconfidencia.iof.mg.gov.br/
- Conjuração baiana: a repressão da coroa. Acesse:
https://bit.ly/2Sy8JZF
- O primeiro caminho das tropas. Matéria do jornal Gazeta do
Povo sobre um documento detalhando a abertura do caminho
dos tropeiros no país, em 1727. Acesse:
https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/o-
primeiro-caminho-das-tropas-8crdny1ct68tssmxqfi38ctam/

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PERRY, Marvin. Civilização Ocidental: Uma História Concisa. São Paulo: Martins
Fontes, 2002.
VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio. São Paulo:
Scipione, 2008.
VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Olhares da História: Brasil e mundo. São
Paulo: Scipione, 2017.

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