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Published by Luiz Gabriel da Silva, 2019-04-04 14:40:05

História - Segmento 2_Novo

História - Segmento 2_Novo

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Segmento 2 – CIÊNCIAS HUMANAS E
SUAS TECNOLOGIAS - HISTÓRIA
Grandes Navegações

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Pioneirismo português

Portugal foi o primeiro país europeu a
realizar a expansão marítima no contexto das
Grandes Navegações. Além de possuir uma
posição geográfica favorável, foi pioneiro na
centralização política (é bom lembrar que a
Europa ainda era dividida em inúmeros reinos,
o que dificultava a expansão do mercantilismo).

Desde 1385 o reino português estava
unificado, seguindo-se um período de incentivo
à expansão marítima. Além disso, por muito
tempo os árabes monopolizavam o comércio do
mar Mediterrâneo, sendo que as cidades
italianas de Gênova e Veneza serviam como
intermediárias para a venda de produtos no
restante do velho continente. Some-se a isso o
fato de os turcos dificultarem a passagem
terrestre por Constantinopla, sobretudo após

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1453. Os portugueses precisavam, portanto, de

uma rota alternativa para o comércio de

especiarias.

Havia também uma demanda por novas

jazidas de metais (uma das bases do sistema

mercantilista), uma vez que as europeias já

mostravam sinais

de esgotamento.

Basicamente,

uma série de

complexos

fatores acabou

impulsionando o

desenvolvimento Os portugueses tiveram grande dificuldade em
das Grandes contornar o Cabo das Tormentas para chegar às
Navegações. Índias. Só alguns anos mais tarde chegaram ao
Brasil. Disponível em: <www.blogdoenem.com.br>.
Portugal foi Acesso em: 04 abr. 2019.

aos poucos contornando o continente africano

com o objetivo de chegar às Índias, portanto,

sua expansão foi no sentido leste.

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Fonte: VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2008.

Expansão espanhola

A Espanha unificou seu território por meio
do casamento dos reis católicos, Fernando de
Aragão e Isabel de Castela. Os portugueses
estavam adiantados no processo de unificação,
já tendo contornado o continente africano e

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estabelecido uma rota alternativa para o
Oriente.

Em um ato ambicioso, o navegador
genovês Cristóvão Colombo propôs um
caminho alternativo a Fernando e Isabel:
tentando contornar o globo terrestre, navegaria
em direção ao Ocidente. O empreendimento
acabou acarretando na chegada dos espanhóis
à América, com Colombo imaginando estar nas
Índias, sendo que morreu acreditando nisso. O
engano foi desfeito somente em 1504, quando
o navegador Américo Vespúcio confirmou se
tratar de um novo território.

Uma diferença básica entre os países
ibéricos com relação ao uso de mão de obra nas
Américas é que os portugueses fizeram uso
intenso da escravidão africana. Já os espanhóis
utilizaram em maior escala a mão de obra servil
dos indígenas. Outra diferença básica entre os
dois países é que os espanhóis encontraram

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ouro tão logo chegaram ao continente, ao passo
que os portugueses demoraram dois séculos
para conseguir o cobiçado produto em
território brasileiro.

.Fonte: VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2008

A divisão de territórios
Tendo conquistado o monopólio das
expedições ultramarinas, Portugal e Espanha
trataram de organizar a divisão das terras
descobertas. Em 1493, sob a bênção do papa

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Alexandre VI foi criada a Bula Inter Coetera,
estabelecendo os limites de posse para as terras
descobertas e a serem descobertas. Esta foi
substituída no ano seguinte pelo famoso
Tratado de Tordesilhas, que ampliava as
possessões portuguesas.

Fonte: VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione,
2008.

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Princípios do Mercantilismo

Disponível em:
<http://mestresdahistoria.blogspot.com.br/2012/06/confira-uma-lista-
de-exercicios-sobre-o.html> Acesso em: 14 fev. 2017.

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Estruturas do período colonial no Brasil

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Durante o ciclo econômico açucareiro no
Brasil, os portugueses utilizaram
predominantemente a mão de obra africana e,
em menor escala, a indígena. Devido a
epidemias pelo contato com os europeus,
constantes fugas, mortes pelo trabalho forçado
e a intervenção dos jesuítas contra a sua
escravização, os indígenas foram considerados
uma opção inviável de mão de obra. Por outro
lado, o comércio de seres humanos oriundos da
África se mostrou uma atividade lucrativa tanto
para os traficantes quanto para os senhores de
engenho. Além disso, pelo fato de estarem em
um local que não conheciam, misturados com
indivíduos que não falavam seu idioma, os
africanos escravizados tinham dificuldades em
formar um movimento articulado de
resistência. Mesmo contra todas as
possibilidades os africanos conseguiam
empreender vários atos de resistência, como

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tentativas de assassinatos de feitores e
senhores de engenhos, fugas, suicídios e
formação de quilombos, que eram
comunidades livres.

Durante o século XVI e início do século XVII,
o Brasil foi o maior produtor de açúcar do
mundo, embora a riqueza gerada por este
comércio tenha ficado majoritariamente com
Portugal.

A prosperidade portuguesa foi
interrompida pela União Ibérica (1580-1640) e
as invasões holandesas no Brasil. Embora
tenham desenvolvido a região nordestina e
trazido avanços para a região, os holandeses
prejudicaram a economia lusitana, sendo
expulsos na Insurreição Pernambucana (1645-
1654).

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Ciclos econômicos no Brasil (Séculos XVI –
XIX)

Disponível em: <http://www.historiajaragua.com.br/2013/11/ciclos-economicos-brasileiros-colonia.html>
Acesso em: 14 fev. 2017.

Brasil no século XVIII – Mineração, riqueza
e revoluções

No século XVIII foram descobertas jazidas
de ouro em Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.
O desenvolvimento de um novo eixo econômico
no Brasil deslocou o interesse da Coroa

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Portuguesa para o centro-sul. A capital
brasileira passou de Salvador para o Rio de
Janeiro em 1763.

Como consequência tanto do aumento
populacional quanto da geração de riqueza pela
exploração de ouro, o comércio mineiro
aumentou, juntamente com o processo de
urbanização. O sul brasileiro foi integrado pela
atuação dos tropeiros, que eram comerciantes
de gado, mulas e outros produtos, cujas viagens
se estendiam do Rio Grande do Sul até as
regiões das Minas. Muitas vezes os tropeiros
vendiam os animais em uma feira em Sorocaba.

Com relação à escravidão, esse foi um
período de contrastes: foi uma das épocas em
que mais se requisitou esse tipo de mão de obra
e, ao mesmo tempo, se obteve um grande
número de alforrias. Isso porque os
escravizados que trabalhavam nas minas
ganhavam uma pequena quantia para que não

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desviassem ouro. Como resultado, muitos deles
conseguiam comprar sua liberdade.

Barra de ouro “quintada”. O ouro extraído devia passar pelas casas de
fundição, para que fosse transformado em barras. Nesse processo, já era
descontada a quantidade de impostos devidos para a Coroa Portuguesa
(1/5 do valor total, por isso o imposto era chamado de “quinto”. Disponível
em: http://blogbentes.blogspot.com. Acesso em: 04 abr. 2019

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Ciclo do ouro no Brasil (Século XVIII)

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Para arrasar no Enem:

- União Ibérica e Insurreição Pernambucana. Acesse:
https://blogdoenem.com.br/uniao-iberica-e-invasoes-
holandesas-historia-enem/
- Site “Passados presentes”=> Dedicado à memória da
população afro-brasileira. Trata não somente da escravidão,
mas de aspectos culturais, como quilombos, danças, etc;
Endereço: www.passadospresentes.com.br
- Município de Brumadinho possui sítio arqueológico que
ajuda a contar a história do “Ciclo do Ouro”. Acesse:
https://www.cafehistoria.com.br/historia-de-brumadinho-
sitio-arqueologico/
- O “Caminho do Ouro” redescoberto. Acesse:
https://www.cafehistoria.com.br/o-caminho-do-ouro-
redescoberto/
- Portal da Inconfidência Mineira. Acesse:
http://portaldainconfidencia.iof.mg.gov.br/
- Conjuração baiana: a repressão da coroa. Acesse:
https://bit.ly/2Sy8JZF
- O primeiro caminho das tropas. Matéria do jornal Gazeta do
Povo sobre um documento detalhando a abertura do caminho
dos tropeiros no país, em 1727. Acesse:
https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/o-
primeiro-caminho-das-tropas-8crdny1ct68tssmxqfi38ctam/

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PERRY, Marvin. Civilização Ocidental: Uma História
Concisa. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História
para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2008.
VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Olhares
da História: Brasil e mundo. São Paulo: Scipione, 2017.

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