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Published by Luiz Gabriel da Silva, 2019-06-13 13:40:47

Geografia_segmento 06_novo

Geografia_segmento 06_novo

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AULA 06 – CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS
TECNOLOGIAS

GEOGRAFIA FÍSICA: GEOLOGIA E RELEVO

FORMAS DE RELEVO

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Pode-se dizer que o relevo é toda forma
assumida pelo terreno (montanhas, serras,
depressões, etc.) que sofreu mudanças com
os agentes internos e externos sobre a crosta
terrestre. Os agentes externos são chamados
também de agentes erosivos (chuva, vento,
rios, etc.) eles atuam sobre as formas
definidas pelos agentes internos. As forças
tectônicas (movimentos orogenéticos,
terremotos e vulcanismo) que se originam do

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movimento das placas tectônicas são os
agentes internos.

A altitude do relevo é medida com referência
no nível do mar, em metros.

O relevo em função das altitudes e dos planos,
pode se apresentar nas formas de:
montanhas, planaltos, planícies e depressões.

Montanhas

Possuem as maiores altitudes do relevo
terrestre (Normalmente acima de 3 mil
metros). Essas elevações quando isoladas
constituem, os montes, colinas; quando estão
agrupadas, constituem as serras, cordilheira e
maciço.

As montanhas podem ser recentes e
apresentarem as seguintes características:

- grandes altitudes;

- picos abruptos;

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- atividade vulcânica intensa;
- datam geralmente do período Terciário da
Era cenozóica;
As montanhas velhas (Morros) apresentam
características como:
- pequenas altitudes (inferior à 3 mil metros);
- formas arredondadas;
- formadas na Era Arqueozóica, Proterozóica
ou Paleozóica;
Planalto

É uma forma de relevo com área irregular e
altitude superior a 300 metros. São
relativamente planos ou inclinados.

O planalto é resultante de processos erosivos.
Nas bordas dos planaltos geralmente
aparecem as “escarpas”, que são chamadas
de serras.

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Mas ao contrário do que se pensa, não é a
altitude que determina os planaltos, mas si, o
predomínio do processo de erosão.

Planície

É uma forma de relevo plana ou pouco
inclinada, pouco acidentada, predominando a
acumulação de sedimentos. As planícies
podem ser:

- costeira, quando resulta do levantamento da
plataforma continental.

- aluviais, resultado da acumulação de
sedimentos feitos pelos rios.

- de piemonte, quando é formada na parte
baixa entre as montanhas.

Depressões

Parte do relevo mais plana que o planalto,
com suave inclinação e altitude entre 100 e
500 metros. Podem ser:

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- depressão absoluta: as altitudes são
inferiores ao nível do mar.
- Depressão relativa: suas altitudes são
inferiores as do relevo ao seu redor, seja uma
chapada, planalto ou outro.

DERIVA CONTINENTAL E TECTÔNICA DE
PLACAS

A Deriva Continental
Em 1915, o alemão Alfred Wegener publicou a

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Teoria da Deriva dos Continentes, propondo
que há 200 milhões de anos atrás todos as
massas emersas de terra estariam reunidas em
um único supercontinente, denominado
Pangeia , envolto por um mar universal, a
Panthalassa.

Posteriormente, essa massa continental
fraturou-se em partes menores que se
dispersaram em consequência de movimentos
horizontais.

Além da semelhança entre as margens dos
continentes, que se encaixam como um grande
quebra-cabeça, Wegener buscou evidências
geológicas, paleontológicas e climáticas,
particularmente nos continentes do hemisfério
sul, para fundamentar sua hipótese.

Ele acreditava que a força para impulsionar a
movimentação dos continentes seria derivada
das marés e da própria rotação da Terra. No
entanto, existem dificuldades de ordem física e

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matemática para sustentar esse modelo de
movimentação e, por isso, a teoria sofreu forte
oposição dos principais cientistas da época,
caindo, praticamente, em esquecimento.

Grande revolução científica aconteceu nos
Anos 60 com o aporte de inúmeras e novas
informações, particularmente no campo da
geologia e da geofísica marinha: melhor
conhecimento do fundo dos oceanos
desenvolvimento do paleomagnetismo, do
conceito das falhas transformantes, da
localização mais precisa dos terremotos etc.

A partir dessas ideias, entre 1967 e 1968 nasce
a teoria da Tectônica de Placas com os
trabalhos de J. Morgan, X. Le Pichon e D.
McKenzie, entre outros autores.

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Disponível em: https://clikaki.com.br/pangeia-resumo/ Acesso em
06/06/2019.

CAMADAS DA TERRA

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Disponível em: http://meioambiente.culturamix.com/natureza/camadas-da-terra-
e-suas-caracteristicas Acesso em 06/06/2019

A teoria da Tectônica de Placas
Essa teoria postula que a crosta terrestre, mais
precisamente a litosfera - que engloba toda a
Crosta e a parte superior do Manto, até cerca
de 100 km de profundidade - está quebrada
em um determinado número de placas rígidas,
que se deslocam com movimentos horizontais
que podem ser representados como rotações
com respeito ao eixo que passa pelo centro da
Terra.

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Essas movimentações ocorrem porque a
Litosfera, mais leve e fria, praticamente
“flutua” sobre o material mais quente e denso
e parcialmente fundido, existente no topo da
Astenosfera. É nessa parte viscosa, dos
primeiros 200 km da Astenosfera, que são
geradas as correntes de convecção,
supostamente o mecanismo que proporciona a
movimentação das placas tectônicas.

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As placas deslizam ou colidem uma contra as
outras a uma velocidade variável de 1 a 10 cm
ao ano. Nas regiões onde elas se chocam ou se
atritam, crescem os esforços de deformação
nas rochas e, periodicamente nesses pontos,
acontecem os grandes terremotos.

Justamente nos limites das placas tectônicas,
ao longo de faixas estreitas e contínuas, é que
se concentra a maior parte da sismicidade de
toda a Terra.

É também próximo das bordas das placas que
o material fundido (magma), existente no topo
da Astenosfera, ascende até a superfície e
extravasa-se ao longo de fissuras, ou através
de canais para formar os vulcões. Apesar de os
terremotos e vulcões normalmente ocorrerem
próximo aos limites das placas,
excepcionalmente, podem acontecer super
terremotos nas regiões internas das placas.

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Fundamentalmente, existem 3 tipos de
contatos entre as placas tectônicas
proporcionados por movimentações com
sentido divergente, convergente, de
deslocamento horizontal ou falha
transformante.

SOLOS E TIPOS DE ROCHAS
Os solos podem ser definidos como “rochas
suficientemente decompostas e incorporadas
de materiais e matéria orgânica”, ou seja, os
solos nada mais são que o fruto da
decomposição das rochas pela ação do tempo
e clima, tempo, seres vivos entre outros
fatores.

O esquema a seguir traz um perfil de solo com
as diferentes camadas ou horizontes. Repare
que quanto mais próximo da superfície, mais
consolidado está o material.

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Disponível em: https://www.mesalva.com/forum/t/qual-a-diferenca-entre-
lixiviacao-e-lateralizacao/12126/2 Acesso em 05/06/2019

Já as rochas são classificadas segundo sua
origem e/ou composição, conforme a seguir:
No início de sua formação, a litosfera era
constituída por rochas que se consolidaram
com o resfriamento do magma - são as

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chamadas rochas ígneas ou magmáticas.
Essas formações rochosas, ao entrarem em
contato com o ar, a água e as geleiras,
passaram a sofrer a ação
do intemperismo (decomposição química e
desagregação mecânica), tornando-se, assim,
particularizadas e específicas, o que
possibilitou seu transporte por agentes
erosivos (vento, chuvas e geleiras) a
depressões do relevo, que passaram a ser
preenchidas por sedimentos que, também
através de processos físicos e químicos,
consolidaram-se como rochas sedimentares.
O terceiro tipo de rocha que se forma na
crosta terrestre é a metamórfica, que consiste
na transformação, no interior da crosta, das
rochas ígneas e sedimentares em função da
pressão e de altas temperaturas.

As rochas sedimentares surgem pela
acumulação de material orgânico e de detritos

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ou fragmentos de outras rochas. As rochas
sedimentares podem ser detríticas (quando
sua origem decorre de
detritos), orgânicas e químicas. O processo de
formação das rochas sedimentares é chamado
de intemperismo, causado por agentes físicos,
químicos e biológicos. Quando as rochas são
decompostas por agente físicos e biológicos
ocorre o intemperismo físico. Quando a
decomposição é gerada por um agente
químico, ocorre o intemperismo químico.

As rochas magmáticas ou ígneas são criadas
pela solidificação do magma, quer no interior,
quer na superfície da crosta terrestre. A
solidificação no interior do planeta é sempre
lenta, à superfície é rápida. O granito é um
exemplo de rocha formada nas profundezas
da Terra; o basalto é resultante da
solidificação rápida de magma na superfície.

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As rochas metamórficas são geradas pelas
alterações de temperatura, pressão e
profundidade sofridas pelas rochas
magmáticas ou sedimentares. Portanto,
qualquer tipo de rocha, quando transformada,
é uma rocha metamórfica. O mármore, por
exemplo, resulta das mudanças do calcário.
Denominamos de rochas cristalinas aquelas
que, magmáticas ou metamórficas, possuem
uma estrutura molecular ordenada. Formadas
por compactação, as rochas sedimentares
cobrem 75% da superfície terrestre, formando
uma fina camada superficial que compreende
apenas 5% do volume da crosta terrestre.
O esquema a seguir mostra o ciclo das rochas
na natureza:

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ASPECTOS DO RELEVO BRASILEIRO
O relevo brasileiro é formado por diversas
feições, predominando os planaltos, as
depressões e as planícies. Ao longo dos anos
alguns estudos criaram as classificações do
relevo no Brasil.

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O relevo do Brasil tem formação antiga e
atualmente existem várias classificações para o
mesmo. Entre elas, destacam-se as dos
seguintes professores:

 Aroldo de Azevedo - esta classificação
data de 1940, sendo a mais tradicional.
Ela considera principalmente o nível
altimétrico para determinar o que é um
planalto ou uma planície.

 Aziz Nacib Ab'Saber - criada em 1958,
esta classificação despreza o nível
altimétrico, priorizando os processos
geomorfológicos, ou seja, a erosão e a
sedimentação. Assim, o professor
considera planalto como uma superfície
na qual predomina o processo de
desgaste, enquanto planície é considerada
uma área de sedimentação.

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 Jurandyr Ross - é a classificação mais
recente, criada em 1995. Baseia-se no
projeto Radambrasil, um levantamento
feito entre 1970 e 1985, onde foram
tiradas fotos aéreas da superfície do
território brasileiro, por meio de um
sofisticado radar. Jurandyr também utiliza
os processos geomorfológicos para
elaborar sua classificação, destacando três
formas principais de relevo:
1) Planaltos
2) Planícies
3) Depressões

Segundo essa classificação, planalto é uma
superfície irregular, com altitude acima de 300
metros e produto de erosão. Planície é uma
área plana, formada pelo acúmulo recente de
sedimentos.

Por fim, depressão é uma superfície entre 100 e
500 metros de altitude, com inclinação suave,

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mais plana que o planalto e formada por
processo de erosão. A figura a seguir mostra
essa representação do relevo brasileiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Mapa da introdução: http://www.guiageo-parana.com/geografia.htm Acesso
em 05/06/2019.
Agentes do relevo. Disponível em: http://www.geografia-
ensinareaprender.com/2012/05/as-formas-de-relevo.html Acesso em
05/06/2019.
Tectônica de placas e deriva continental. Disponível em:
https://www.apolo11.com/curiosidades.php?posic=dat_20060110-
084859.inc Acesso em 06/06/2019.

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