MARIANA CASASANTA
MEDO,
MEDINHO
OU MEDÃO?
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MARIANA CASASANTA
MEDO,
MEDINHO
OU MEDÃO?
Copyright, 2021 © Texto Mariana Casasanta
Ilustração Almir Ferreira
Editora: Silvana Terenzi Neuenschwander
Ilustração, capa e projeto gráfico: Almir Ferreira
Copidesque: Lílian de Oliveira
Revisão de provas: Barbara Vieira
Direitos reservados à Lucca Cultura e Tecnologia Ltda.
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Direitos protegidos pela Lei n° 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Impresso no Brasil.
1ª edição: 2021
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Casasanta, Mariana
Medo, medinho ou medão? : livro do Professor :
material digital do professor / Mariana Casasanta,
Lilian de Oliveira ; ilustração Almir Ferreira. -- 1.
ed. -- Belo Horizonte, MG : Lucca, 2021.
ISBN 978-65-992108-3-9
1. Medo - Literatura infantojuvenil I. Oliveira,
Lilian de. II. Ferreira, Almir. III. Título.
21-65563 CDD-028.5
Índices para catálogo sistemático:
1. Medo : Literatura infantil 028.5
2. Medo : Literatura infantojuvenil 028.5
Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
MARIANA CASASANTA
MEDO,
MEDINHO
OU MEDÃO?
Belo Horizonte
2021
TODO MUNDO SENTE MEDO.
EU SINTO MEDO TAMBÉM.
HÁ MEDOS GRANDES,
MEDINHOS...
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OS MEDOS NÃO SÃO IGUAIS.
CADA PESSOA É QUEM SABE
ONDE O SEU MEDO DÓI MAIS.
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TEM MEDO QUE NOS DÓI A BARRIGA,
TEM MEDO QUE NOS FAZ CHORAR.
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TEM MEDO QUE DEIXA A MÃO FRIA.
TEM MEDO DE ARREPIAR!
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VOCÊ TEM MEDO DE MONSTROS?
LELENA DISSE QUE TEM.
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ELA CONTOU QUE ESSE MEDO
JÁ FOI GRANDE.
HOJE É MEDINHO...
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E QUE, A CADA ANIVERSÁRIO,
FICA BEM PEQUENININHO
ESSE MEDO QUE ELA TEM.
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POIS TEM MEDO QUE É ENGRAÇADO:
É SÓ A GENTE CRESCER PARA ELE IR
DIMINUINDO ATÉ DESAPARECER.
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E QUEM TEM MEDO DE ESCURO?
— EU TENHO! — GRITOU TETÊ.
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— MAS ESSE MEDO SÓ APARECE
QUANDO EU ESTOU SOZINHA,
LONGE DO MEU IRMÃO.
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— SE TEM GENTE PERTINHO,
ATÉ GOSTO DO ESCURINHO.
NÃO SINTO ESSE MEDO, NÃO!
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QUEM MAIS TEM MEDO DE ESCURO?
SE TEM, NÃO FAÇA SEGREDO,
TODO MUNDO TEM SEU MEDO!
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QUINZINHO, OUVINDO A CONVERSA,
FALOU QUE DETESTA TROVÃO!
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CHEGA A TER TREMEDEIRA
QUANDO ESCUTA O BARULHÃO.
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MAS VIVI DEU UMA DICA:
— ESCUTA, AMIGO QUINZINHO!
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— PARA LIDAR COM ESSE MEDO,
TENTE TAPAR SEUS OUVIDOS
SEMPRE USANDO AS DUAS MÃOS.
SE VOCÊ FIZER ASSIM,
DIMINUI O BARULHÃO!
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NANDO DIZ QUE PASSA MAL
QUANDO É DIA DE VACINA.
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TONICO FALOU PRA ELE
QUE NÃO CONHECE NINGUÉM
QUE GOSTE DE INJEÇÃO.
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MAS QUE APRENDEU QUE A VACINA
É IMPORTANTE PRA GENTE
NÃO FICAR MUITO DOENTE.
ESSA É A MELHOR OPÇÃO.
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E SE É DIA DE VACINA
NANDO CORRE PRA TOMAR.
PRA FICAR PROTEGIDO
NÃO É OBRIGADO A GOSTAR.
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MAMÃE ESCUTOU A CONVERSA
QUANDO PASSAVA ALI PERTO
E FICOU INTERESSADA.
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— ESSES MEDOS, EU NÃO TENHO,
MAS TENHO OUTROS TAMBÉM.
POIS TODO MUNDO TEM MEDO
E GENTE GRANDE TAMBÉM!
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— DIGA O SEU MEDO, MAMÃE! — RITINHA PEDIU,
CURIOSA.
— AGORA, ESTOU OCUPADA, NÃO POSSO
FICAR DE PROSA.
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— MAS UM DOS MEUS MEDOS GRANDÕES,
QUE ME DEIXA ATRAPALHADA,
EU VOU CONTAR PRA VOCÊS:
TENHO PAVOR DE BARATA!
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E FOI ENTÃO QUE O MANECO,
QUE NADA TINHA FALADO,
DEU A SUA SUGESTÃO:
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— PENSE ASSIM, DONA LURDINHA:
BARATA É PEQUENININHA.
NÃO RESISTE A UMA VASSOURA...
NEM A UMA CASA LIMPINHA!
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MAMÃE DEU RISADA E FALOU:
— VOCÊS TÊM TODA RAZÃO!
PARA LIDAR COM OS MEDOS,
CONVERSAR SOBRE ELES
É A MELHOR SOLUÇÃO.
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É QUE MEDOS GUARDADOS SÓ CRESCEM.
QUANTO MAIS FALAMOS DELES,
MAIS RÁPIDO DESAPARECEM...
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E PARA ENCERRAR ESTE DIA
COM UM FINAL BEM FELIZ,
VENHAM LANCHAR, MENINADA!
PROVEM O BOLO QUE EU FIZ!
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MAS CONTINUEM ESSE PAPO,
NÃO DEIXEM ESSE ASSUNTO ACABAR.
SEMPRE QUE SURGIR UM MEDO,
NÃO FAÇAM DELE UM SEGREDO,
MEDO NÃO VALE GUARDAR.
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E VOCÊ, QUE OUVIU ESTA HISTÓRIA,
AGORA, CHEGOU A SUA VEZ.
DIGA SE SENTIR VONTADE:
VOCÊ TEM MEDO DE QUÊ?
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CONVERSE COM QUEM VOCÊ GOSTA
SOBRE O QUE ESTÁ SENTINDO.
É ASSIM QUE VAI SUMINDO,
DENTRO DO SEU CORAÇÃO,
SEU MEDO, MEDINHO OU MEDÃO.
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MARIANA CASASANTA
Natural de Belo Horizonte, Mariana Casasanta já nasceu com o apelido da avó
materna: Colí. Filha de pais professores, começou a dar aulas desde que se entende
por gente. Seus primeiros alunos foram as bonecas, bolas e todos os objetos ao seu
redor. Assim que terminou o Magistério, deu aulas para a Educação Infantil e 1º ano,
como professora contratada pela escola pública estadual de Belo Horizonte.
Desde 1974, trabalha na sua própria escola, dedicada
a crianças de 1 a 10/11 anos. Considera que as crianças
merecem todo nosso cuidado, todo o nosso respeito e
a Arte em todas as suas expressões. “A Arte salva, nos
abrindo janelas e ampliando horizontes. A Literatura
entra nessa categoria: é a arte das palavras”, diz ela.
Sua inspiração para Medo, medinho ou medão?,
seu primeiro livro publicado, vem da convivência com
seus alunos: escutando suas conversas, suas risadas,
respondendo suas curiosidades, observando suas
brincadeiras, respeitando os seus medos, buscando
respostas para as suas perguntas.
ALMIR FERREIRA
Nascido em Belo Horizonte, Almir Ferreira começou
a desenhar com 2 anos de idade. Segundo seus pais lhe
contaram, ele desenhou uma lâmpada, com fio e boquilha.
Aos 4 anos, já desenhava muito bem para essa idade.
Não havia como ser diferente. Estudou design e artes
plásticas, mas graduou-se em História, unindo as paixões
pela arte e pela História. Tornou-se artista gráfico e
editor, e trabalha há mais de 30 anos nessa área. Ilustra
tanto livros didáticos quanto livros literários.
Utiliza materiais tradicionais como lápis e tinta,
e finaliza seus trabalhos no computador a fim de
preservar as técnicas tradicionais de desenho e pintura.
Nas ilustrações de livros infantis, faz referências a artistas
consagrados por meio de cores e texturas. Dessa maneira, pretende com suas
ilustrações despertar nas crianças o interesse pela arte.
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Professora / Professor,
As perguntas a seguir ajudarão você a fazer a leitura dialogada com as
crianças e promover a compreensão oral delas em relação a esta obra.
Para mais informações, acesse o Manual do Professor Digital.
Quem lembra os nomes das personagens?
Qual dessas personagens está contando a história?
Onde essas personagens estão?
Sobre o que elas conversam?
Por que será que elas decidiram conversar sobre esse assunto?
Sobre cada personagem, pergunte:
Quem é essa personagem? [aponte para a ilustração no livro]
Como essa personagem é?
Que medo essa personagem tem?
Como ela fez para vencer esse medo?
Teve ajuda de alguém?
Ritinha, Vivi, Tonico e Maneco não falaram sobre seus medos? Que
medos vocês acham que eles têm?
Você tem vergonha de dizer que sente medo? Por quê?
Respondendo à pergunta do final do livro: Você tem medo de quê?
Há sentimentos que, quando guardados, nos
imobilizam e que, quando expostos, abrem
a chance de ser escutados, compartilhados,
ressignificados. O medo, particularmente, é
um dos sentimentos mais presentes na infância
e ao longo de nossas vidas.
Medo, medinho ou medão?, de maneira
lúdica e com muita rima, abre espaço para que
as crianças possam refletir sobre o próprio
medo e conversar sobre ele, tal como as
personagens da narrativa fazem.
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