#2118 O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES 40
ANO 40
anos
01/08/2018
>> autosport.pt
2,35€ (CONT.)
DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES
OTT TANAK
VENCE RALI
DA FINLÂNDIA
SUPER TOYOTA
>> RUI RAMALHO CAMPEÃO DE PORTUGAL DE MONTANHA
GP DA HUNGRIA DE F1 ENTREVISTA
A FILIPE
ALBUQUERQUE ENSAIOYAMAHA NIKEN
67ª VITÓRIA
DE LEWIS HAMILTON
FINS DE SEMANA PERFEITOS
SIX SENSES DOURO VALLEY | SAMODÃES | DOURO
www.hoteisdecampo.pt
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I/ I N S TA N TÂ N E O SIGA-NOS EM EDIÇÃO
#2118
01/08/2018
f l> > a u t o s p o r t . p t
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CAR WASH Já é tradição no Rali da Finlândia, mas os ‘clientes’ vão sempre com muita pressa, e nenhum pára para lavar o carro, José Luís Abreu
apesar do visível ‘esforço’ das Senhoras a promover o seu ‘produto’. (Foto EWRC-Results.com)
DIRETOR-EXECUTIVO
S/ SEMÁFORO EM DIRETO
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PARADO A ARRANCAR A FUNDO ”Os nossos patrões pararam de
ler o que diz Christian Horner Toto Wolff tem sido uma
Mais uma falha de Depois de Soberba a prestação em 2015” lufada de ar fresco na F1,
motor, nova polémica algum tempo de da Toyota no Rali da pela sua forma desas-
convalescença devido Finlândia, repetindo a Cyril Abiteboul, no dia em que se sombrada de encarar as
entre a Red Bull e à lesão no pulso, em papel químico o que ali reativou a ‘guerra’ de palavras com a coisas, mesmo as ques-
a Renault, algo que junho, João Barbosa fizera o ano passado. Red Bull tões mais difíceis. Passou
nesta altura, com a tem o regresso E a Citroën esteve bem por momentos muito complicados
Honda no horizonte, previsto para Road acima do habitual “O Lewis tinha mais na manga, na sua liderança, especialmente
se chegássemos a ele, não o em 2016, quando Lewis Hamilton
é perfeitamente America conseguiríamos passar” e Nico Rosberg ‘armaram’ uma
desnecessário guerra incrível no seio da equipa
Sebastian Vettel resignado com o com Wolff a ter que por paninhos
O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES NA ERA DIGITAL resultado no GP da Hungria quentes, dia sim, dia sim. É interes-
sante ouvi-lo responder a questões
“Estou feliz pelo Lewis difíceis, muitas vezes bem para lá
mas triste pelo Valtteri, do politicamente correto, mas desta
que merecia P2 pois foi um vez cometeu um erro grande, que
excelente ‘asa’...” mesmo já tendo explicado publi-
camente, não vai ser fácil livrar-se
Toto Wolff deixando ‘escapar’ a real dele. Tudo porque disse que Bottas
posiçao de Bottas na Mercedes? foi um ‘asa’ perfeito de Hamilton.
Toda a gente sabe que a Mercedes
“Temos que melhorar para não admite ter primeiro e segundo
tentar apanhar a Ferrari” piloto, significando isto que nun-
ca irá pedir a um que ajude deli-
Lewis Hamilton ciente da sorte que beradamente o outro, com esse a
tiveram com o triunfo na Hungria prejudicar-se a si próprio. Isto é a
teoria, mas a prática diz uma coisa
Siga-nos nas redes sociais e saiba bem diferente que ficou clara a to-
tudo sobre o desporto motorizado no dos na Hungria. Hamilton teve uma
computador, tablet ou smartphone via corrida perfeitamente descansada
facebook (facebook.com/autosportpt), porque Bottas serviu de tampão
twitter (AutosportPT) ou em aos Ferrari durante muito tempo.
>> autosport.pt Quando confrontaram Bottas com
o que disse Wolff, o finlandês ficou
chateado, disse que iria falar com
ele, mas horas depois retratou-se
e referiu que aquilo tinha sido dito
no contexto daquela corrida e não
do campeonato, e que se fosse ao
contrário a equipa faria exatamente
o mesmo. Infelizmente para si, difi-
cilmente isso vai acontecer, muito
menos daqui para a frente. Bottas é
um bom piloto, mas para chegar ao
ponto de ter Hamilton a trabalhar
para si como já fez várias vezes
para ele era preciso a F1 dar muitas
voltas…
4 F1/
FÓRMULA 1
GP DA HUNGRIA 1 2 D E 2 1
A HISTÓRIA
DEUMA
VITÓRIA
IMPROVÁVEL
Depois da derrota autoinfligida em Hockenheim, Sebastian
Vettel tinha no GP da Hungria o circuito perfeito para se redimir
do seu erro e recuperar algum do atraso pontual que detinha
para Lewis Hamilton. Mas bastou uma chuvada na qualificação
para que uma oportunidade se abrisse ao inglês e este
a agarrasse, vencendo em Hungaroring.
Jorge Girão
[email protected]
Otraçado magiar tinha tudo normais, Lewis Hamilton e Valtteri Bottas terreno para o alemão da Ferrari, apesar
o que o Mercedes W09 EQ aproveitaram a janela de oportunidade deste ter montados pneus macios, contra
Power+, com a sua longa e monopolizaram a primeira linha da os ultramacios usados pelos Mercedes e
distância entre eixos, não grelha de partida, com o inglês a assinar pelo outro carro de Maranello.
gosta – curvas de apoio e, no pole-position graças a uma volta impres- A vantagem chegou aos seis segundos,
verão europeu, temperaturas sionante em condições muito difíceis. na 14ª volta, momento em que a Scuderia
elevadas. As dificuldades de Hamilton e O primeiro passo para a surpresa esta- resolveu jogar estrategicamente ao cha-
de Valtteri Bottas fizeram-se notar logo va dado, mas no dia da corrida a pista mar às boxes Raikkonen. O objetivo
na sexta-feira, com a Ferrari e a Red Bull voltaria a estar seca e as temperaturas era tentar realizar o ‘undercut’ a Bottas
a mostrarem estar um passo à frente elevadas, para além dos Ferrari serem, e obrigar este a reagir para que Vettel
dos ‘Flechas de Prata’ num dia de muito habitualmente, mais fortes no arranque. ficasse com pista livre para fechar a sua
calor – a pista chegou a ultrapassar os Mas desta vez, os pilotos da Mercedes desvantagem face a Hamilton.
cinquenta graus centígrados. conseguiram manter as respetivas po- Porém, a troca de pneus não correu bem
Contudo, a previsão para sábado era sições, muito embora Bottas tenha sido aos mecânicos da Ferrari, e aí o alemão
bastante diferente – chuva – e uma se- acossado por Kimi Raikkonen e Vettel, perdeu três segundos. Resultado: a
mana antes tinha ficado claro que, com a que arrancou de quarto, mas suplantou Mercedes chamou o seu piloto na volta
pista molhada, o Mercedes é mais eficaz o seu colega de equipa. seguinte, mantendo a sua posição re-
que o Ferrari. Hamilton, na liderança começou a ganhar lativamente ao ‘Iceman’, apesar duma
Num circuito em que as ultrapassagens vantagem face ao seu colega de equipa, volta de saída fulgurante da parte deste.
são quase impossíveis, em condições ao passo que este não conseguia abrir Ainda assim, um dos objetivos da
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‘Scuderia’ tinha sido assegurado – Vettel paragem sem perder uma posição para 6 pneus, perdendo cerca de dois segundos,
estava com a pista livre, podendo come- o finlandês da Mercedes. o que foi o suficiente para que Vettel
çar a explorar o verdadeiro potencial do Contudo, a Ferrari, crente de que o piloto o recorde de vitórias no GP da Hungria, saísse das boxes atrás de Bottas.
Ferrari SF-71H. do monolugar 77 teria de parar mais uma assinado por Lewis Hamilton A vitória no Grande Prémio da Hungria
O alemão estava a mais de oito segundos vez, ainda tentou despoletar a troca estava definitivamente fora de cogitação
de Hamilton, conseguindo reduzir para de pneus deste, ao chamar às boxes para a Scuderia e mesmo o segundo
menos de sete segundos até á 24ª volta, Raikkonen na 38ª volta. Os homens dos lugar estava dependente de uma ultra-
o que despoletou a paragem do inglês na ‘Flechas de Prata’ mantiveram-se fiéis passagem a Bottas num circuito em que
seguinte para trocar os ultramacios por a uma estratégia de uma paragem para este tipo de manobras é muito difícil.
macios frescos. ambos, não caindo no engodo. Enquanto Raikkonen voava com pneus
Então, os quatro primeiros estavam com Era a vez de Vettel realizar a sua troca macios usados, Vettel estava preso na
o mesmo tipo de borrachas, mas com de pneus, mantendo o segundo posto traseira do finlandês da Mercedes sem
ciclos de vida diferentes, os de Vettel graças à vantagem que tinha construído nada conseguir fazer para o desfeitear.
tinham 24 voltas, os de Raikkonen 10, os face a Bottas e, com borrachas ultra- Apenas quando os pneus posteriores de
de Bottas, 9 e os de Hamilton eram novos. macias e bem mais frescas para ter- Bottas começaram a dar de si, a cinco
O inglês foi reduzindo a sua desvantagem minar a corrida, poderia aproximar-se voltas do fim, o alemão conseguiu su-
para o seu rival de mais de treze segun- de Hamilton e colocar o seu arquirrival plantar o seu adversário, mas então já
dos para sete, na 38ª volta, ao passo que sob pressão. era demasiado tarde para colocar sob
Bottas manteve-se sempre a mais de 20 Porém, uma vez mais, os mecânicos pressão Hamilton que estava a 24 se-
do líder, o que garantia ao alemão uma da Ferrari não foram lestos na troca de gundos e caminhava para a sua quinta
F1/
FÓRMULA 1
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GP DA HUNGRIA 1 2 D E 2 1
M/ MOMENTO F/ FIGURA
QUALIFICAÇÃO - Em circunstâncias normais, HAMILTON - O inglês durante a corrida
os Ferrari eram os mais rápidos na Hungria e esteve intratável, atacando quando
dificilmente perderiam para a Mercedes, que em devia e resguardando os seus pneus
corrida nem era capaz de acompanhar a Red Bull. quando era suposto. Mas foi na qualifi-
No entanto, a chuva de sábado acabou por abrir cação, disputada em condições difíceis,
a janela de oportunidade aos ‘Flechas de Prata’, que começou a desenhar o seu triunfo
que só assim puderam contrariar os monolugares na corrida de domingo. Com uma volta
da Scuderia. Hamilton e Bottas não enjeitaram a extraordinária, conseguiu colocar-se na
oportunidade, monopolizando a primeira linha num pole-position de forma clara, uma vanta-
circuito em que ultrapassar é muito difícil. gem determinante em Hungaroring.
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PROVA AUTOSPORT.PT o número de pódios obtidos por Kimi PIERRE GASLY para muitos descredibilizar a
Raikkonen na Fórmula 1 O jovem francês voltou a demonstrar categoria máxima do desporto
Lewis Hamilton tem que, quando o Toro Rosso Honda automóvel, quase como se fosse
aproveitado todas as 37 é minimamente competitivo, ele uma moda. Contudo, a Fórmula 1
oportunidades que tem o que é preciso para o levar de 2018 é, inegavelmente, uma
dispõe de ‘castigar’ a idade de Fernando Alonso, que celebrou até aos pontos. Gasly realizou uma das melhores temporadas de que
a Ferrari e apesar mais um aniversário no domingo qualificação notável em condições há memória, quaisquer previsões
da diferença não ser difíceis, assegurando um excelente podem sair furadas, como se
substancial pode estar sexto lugar na grelha de partida à verificou na Hungria, e as corridas
a munir-se de pontos frente de Max Verstappen – a grande são de desfecho incerto, tensas e a
que lhe vão dar muito estrela do ‘estábulo’ da Red Bull. polémica anda sempre por perto.
jeito lá mais para a Na corrida, com pista seca, foi com Se estes não são os ingredientes
frente... naturalidade que perdeu lugares para um campeonato apaixonante,
para os pilotos da equipa austríaca, que agarre os seus adeptos
mas ao contrário de Carlos Sainz, o às bancadas ou às televisões,
mais rápido do segundo pelotão na então algo vai errado entre os
qualificação, manteve a sua posição, fãs de automobilismo. Ou então
lançando-se para uma prestação os críticos são os que mais se
irrepreensível que lhe valeu o sexto fazem ouvir. Esperemos que a
posto. segunda metade do ano seja tão
arrebatadora como o primeira e
FÓRMULA 1 teremos um fim de época de cortar
Nos últimos anos tem sido fácil a respiração.
-/ MENOS
vitória da temporada. toque, agora com o australiano, sendo VALTTERI BOTTAS mandou o australiano com pneus
Mais importante, num circuito que não depois da corrida penalizado com dez O finlandês esteve irrepreensível macios na Q1, quando eram os
era favorável ao seu carro, o inglês con- segundos, que não comprometeu o seu até quatro voltas do fim, mantendo ultramacios os pneumáticos mais
seguiu estender a sua vantagem de 17 quinto lugar final, por má conduta em nos seus escapes Sebastian Vettel indicados. Apesar disso, conseguiu
para 24 pontos. pista. que tinha pneus mais performantes passar à Q2, mas depois foi enviado
Vettel terminou no segundo posto, ape- O australiano foi o único representante e mais frescos que os macios que o demasiado tarde para a pista,
sar de um toque com Bottas, que partiu da Red Bull, dado que Max Verstappen Mercedes montava desde a décima acabando eliminado. A Red Bull ficou
a sua asa dianteira ao levar longe de abandonou logo na quinta volta devido sexta passagem pela linha de meta. apenas com um piloto na Q3 e quando
mais o esforço na defesa da sua posição, a problemas da MGU-K do seu monolu- Nessa altura, Bottas levou o seu Verstappen abandonou logo no início
acabando ultrapassado também por gar. Ricciardo, que arrancou de décimo esforço longe de mais na defesa a da corrida, ficou sem qualquer piloto
Kimi Raikkonen, que subiu ao degrau segundo devido a uma qualificação mal Vettel, tendo promovido o toque entre capaz de poder lutar pelo pódio, tudo
mais baixo do pódio. gerida pela equipa de Milton Keynes ambos que danificou a asa dianteira devido aos erros da qualificação.
Com o carro desequilibrado e com pneus realizou uma boa recuperação, termi- do seu monolugar.
nas lonas, o finlandês seria também nando no quarto posto ao evidenciar Mas se o incidente com o alemão RENAULT
suplantado por Daniel Ricciardo, muito andamento para lutar pelos lugares do pode ser compreensível, no calor do O construtor francês não teve uma
embora se tenha envolvido em novo pódio. momento, o embate grosseiro que passagem feliz por Hungaroring – viu
deu em Ricciardo foi completamente um piloto equipado com as suas
evitável, dado que com o carro tão unidades potência abandonar com
danificado, dificilmente conseguiria problemas técnicos nesta e os carros
manter o australiano atrás de si. da sua equipa oficial não foram
Um momento que dificilmente capazes de assegurar os resultados
associamos a Bottas. que esperava.
Carlos Sainz, que arrancou de quinto
RED BULL depois de uma boa qualificação, ainda
A equipa de Milton Keynes chegou a conseguiu dois pontos, fruto de um
Hungaroring com a convicção de que nono lugar, mas Nico Hulkenberg
poderia lutar pela vitória, como tinha esteve dececionante na tarde de
acontecido em Monte Carlo. sábado e ausente na corrida de
No entanto, a Red Bull cometeu domingo, cruzando a linha de meta
demasiados erros na qualificação num desapontante décimo
com Daniel Ricciardo, primeiro segundo posto.
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GP DA HUNGRIA 1 2 D E 2 1
GASLYETORO ROSSO Apesar de ter sido batida pela Toro Rosso, para a Haas
SURPREENDEM foi uma boa operação, o Grande Prémio da Hungria.
As suas rivais na luta pela primazia atrás das ‘Três
Num circuito em que a potência não é tão impor- o pelotão feito com borrachas ultramacios, parando Grandes’ estiveram aquém do esperado, tendo a Force
tante como noutras pistas, esperava-se que a apenas na trigésima segunda volta, uma depois da India ficado longe dos pontos, Esteban Ocon não foi
Renault pudesse dar luta efetiva à Haas, mas troca de pneus de Magnussen que não teve qualquer além de décimo terceiro, ao passo que a Renault, a
acabou por ser a Toro Rosso a bater a equipa veleidade em conseguir realizar o ‘undercut’ devido quarta classificada no Campeonato de Construtores,
americana equipada com os V6 turbohíbridos da aos quase nove segundos que separavam os dois. teve em Sainz, o nono, o seu melhor representante, que
Ferrari. Com trinta e nove voltas pela frente e com uma van- permitiu à formação norte-americana, com o sétimo
A qualificação até correu de forma positiva a Carlos tagem substancial para o dinamarquês da Haas, Gasly posto de Magnussen e o décimo de Romain Grosjean,
Sainz. Assegurou a “pole-position do segundo pelotão” teve apenas de gerir os pneus macios até à bandeirada ganhar pontos a ambas.
na chuva de sábado à tarde, batendo inclusivamente de xadrez. Nas últimas quinze voltas o francês per- Fernando Alonso, no dia em que completou trinta e
Max Verstappen, que se viu suplantado também por mitiu a aproximação de Magnussen, mas sem nunca sete anos, beneficiou da boa estratégia da McLaren,
Pierre Gasly. Porém, no início da corrida, enquanto o colocar em risco o sexto lugar e a vitória “na prova do que delineou uma tática que passava por um longo
jovem francês deixou passar o holandês, o espanhol segundo pelotão”. primeiro ‘stint’, para se guindar ao oitavo lugar, a partir
levou demasiado longe a sua defesa na do décimo primeiro da grelha de partida, garantindo
primeira curva face ao seu ex-colega mais alguns pontos para o seu pecúlio.
de equipa, caindo para oitavo ao ser O espanhol deveria ser secundado pelo seu colega
igualmente ultrapassado pelo jovem de equipa, Stoffel Vandoorne, mas o belga, com um
da Toro Rosso e por Kevin Magnussen. novo chassis e a realizar a sua melhor corrida deste
Com uma condução rápida e consist- ano, foi obrigado a abandonar devido a problemas na
ente, Gasly conseguiu rapidamente caixa de velocidades do seu McLaren Renault quando
construir uma vantagem confortável rodava em nono.
para o dinamarquês da Haas que se ci-
frava em mais de seis segundos, quando
estavam completadas dez voltas.
O jovem gaulês colocou em boa prática
o equilíbrio do chassis da Toro Rosso e
a forma dócil como o V6 turbohíbrido
da Honda coloca a potência no chão,
lançando-se para o maior ‘stint’ de todo
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PF/ PARQUE FECHADO
DE MAL
A PIOR
A relação entre a Red Bull e a
Renault continua a degradar- grelha de partida brilhante. sáveis da formação de Milton Keynes. responsável da Red Bull: “Os nossos
-se e em Hungaroring conheceu No entanto, quando em quinto lugar o Contudo, Horner não se coibiu e, ainda patrões deixaram de prestar atenção
mais um episódio, com um pro- jovem holandês mostrou um bom rit- durante a prova, em declarações à ao Christian Horner em 2015. É muito
blema na MGU-K de Max Verstappen mo, podendo imiscuir-se na luta pelos televisão inglesa “Sky Sports F1”, fez claro que não queremos lidar mais
a obrigar o holandês ao abandono, o lugares do pódio. No entanto, foi com uma crítica direta à Renault. “Pagamos com eles.
que causou mais uma onda de críticas grande desapontamento que, quando muito dinheiro para ter estes motores, É muito claro, está feito. Eles terão um
do lado de Milton Keynes. estavam cumpridas cinco voltas, a Red por um produto de primeira classe, um novo parceiro de motores que pagará
A formação de bandeira austríaca Bull percebeu que o seu piloto teria de produto de alta tecnologia, e podemos mesmo muito dinheiro para ter o seu
esperava poder lutar pelo triunfo no abandonar devido a um problema téc- ver claramente que temos um produto produto nos carros deles e desejo-lhes
Grande Prémio da Hungria, mas depois nico na unidade de potência fornecida abaixo do esperado. Vamos esperar boa sorte. Não tenho mais nada a di-
de um erro estratégico na qualificação pela Renault. pelas desculpas do Cyril (Abiteboul) zer”, afirmou Abiteboul.
com Daniel Ricciardo, a única esperan- Verstappen mostrou o seu desagrado mais tarde”, afirmou o inglês. Como é do conhecimento público, em
ça de Christian Horner e seus homens ainda dentro do monolugar, sugerindo Quando instado a comentar as afir- 2019 a Red Bull iniciará a sua parceria
era Verstappen, que não tinha tido à sua equipa que o deixasse continuar mações de Horner, o chefe de equipa com a Honda, não se esperando por
também uma sessão de definição da “até partir aquilo tudo”, tendo sido de todo o programa de Fórmula 1 da isso que a sua relação com a Renault
desencorajado a fazê-lo pelos respon- Renault desvalorizou as palavras do melhore, antes pelo contrário.
BOTTAS – DE HERÓI A VILÃO
Valtteri Bottas esteve debaixo dos focos ao longo Porém, Bottas mostrou relutância em ceder a assim não impediram o australiano de ultrapassar
de todo o domingo. Tudo começou com a mestria posição, o que acabou por promover um contacto Bottas definitivamente na penúltima volta.
com que manteve Sebastian Vettel no seu encalço com o carro de Maranello, que passou incólume ao O embate com Ricciardo acabou por valer ao
e depois por passar a ser vilão num curto espaço incidente, deixando a asa dianteira do ‘Flecha de finlandês uma penalização de 10 segundos, o
de tempo. Prata’ em muito mau estado e perdendo ainda um que não fez grande diferença no seu resultado,
O finlandês da Mercedes, muito embora com lugar para Kimi Räikkönen. mantendo o quinto posto em que tinha cruzado a
pneus bastante usados, conseguiu conter os Algumas voltas depois voltou a envolver-se num linha de meta.
ataques do alemão da Ferrari até a quatro voltas incidente, desta feita com Daniel Ricciardo, Depois da corrida, Bottas teria ainda de ouvir o seu
da bandeirada de xadrez, momento em que se viu danificando ainda mais o seu monolugar e deixando chefe de equipa afirmar que o piloto do Mercedes
suplantado pelo tetracampeão mundial. bastante danificado o Red Bull, danos que ainda nº 77 tinha sido “um escudeiro sensacional” de
Lewis Hamilton, algo que não caiu no goto do
finlandês. “Antes de mais, escudeiro dói. Depois,
não vejo qualquer aspeto positivo para mim nesta
corrida. Queria um resultado melhor. (…) Penso que
temos de falar depois desta corrida. Estamos a
meio do ano e a diferença de pontos é grande, mas
em algum momento a equipa tomará uma decisão
(ndr.: em que Bottas passará a ajudar Hamilton) ”,
afirmou o piloto de 28 anos.
Mais tarde Wolff esclareceu os seus comentários:
“Na corrida, no segundo lugar após a primeira
volta, o Valtteri foi o escudeiro perfeito, não digo
isto com o campeonato em mente, dado que não
temos piloto número um ou número dois, mas foi
assim que a corrida decorreu.
Foi, do meu ponto de vista, a sua melhor corrida
com a Mercedes”.
F1/
FÓRMULA 1
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PF/ PARQUE FECHADO
MARCHIONNE – O PIOR ACONTECEU A Ferrari chegou a Hungaroring de luto, depois uma intervenção cirúrgica a um tumor
do falecimento de Sergio Marchionne na num ombro, o que levou a que fosse
passada quarta feira. substituído na liderança do construtor
O estado de saúde do então presidente de Maranello por John Elkann, e por Louis
da marca italiana degradara-se depois de C. Camilleri, que passou a ser o CEO da
companhia. Na FCA foi John Manley o
escolhido.
As piores expectativas acabaram por ser
confirmadas, tendo o italo-canadiano
falecido no dia 25 de julho com 66 anos,
numa clinica de Zurique.
Fica por saber que impacto o
desaparecimento de Marchionne terá na
Fórmula 1, uma vez que era ele um dos
líderes nas negociações do novo Pacto da
Concórdia com a Liberty, assim como uma
personagem determinante na aliança que
a Ferrari e a Mercedes protagonizam.
MUITOS
CANDIDATOS
À FORCE INDIA
Oexpectável aconteceu e a Force tadamente, os interesses da Mercedes. de a tirar desta situação. basebol Miami Marlins e poderá estar
India entrou em administração O construtor germânico é um dos princi- A empresa de bebidas energéticas do também a ajudar Michael Andretti a fa-
judicial com o intuito de evitar pais credores da Force India, tem a haver Reino Unido avançou com uma proposta zer o mesmo relativamente à Force India.
a sua falência, o que na prática mais de 11 milhões de euros, devido ao que passava por injetar 16 milhões de O ex-piloto e dono da Andretti Autosport
coloca de fora Vijay Mallya e Subrata Roy. seu fornecimento de unidades de po- euros, valor que se repetiria no próximo tem vindo a evidenciar interesse em ad-
Os problemas financeiros da equipa de tência, mas não quer ser vista como a ano, mas os administradores judiciais quirir a formação de Silverstone, tendo
Silverstone vinham a agudizar-se nas causadora da entrada em administração consideraram ser insuficiente. realizado inúmeras reuniões com per-
últimas semanas, ao ponto de alguns de uma fornecida sua. No entanto, para além da Rich Energy, sonalidades relevantes para a situação
dos seus responsáveis admitirem que Curiosamente, o maior credor da for- existem inúmeros interessados em as- durante o Grande Prémio do Canadá.
a falta de liquidez estava a impedir o mação de Silverstone é Vijay Mallya segurar o controlo da Force India. Para além destas, também a BWT, pre-
desenvolvimento do Force India VJM11 através da Orange India, com sede no De acordo com algumas fontes, exis- sentemente patrocinador principal da
Mercedes. Luxemburgo, pela qual o indiano capi- tem diversas entidades americanas Force India, e a Mercedes, que gostaria
As dívidas cresceram e crê-se que a talizou a equipa. interessadas. Uma delas crê-se estar de ter uma equipa-B, à semelhança
HMRC – a entidade responsável por Apesar da situação em que vive, es- relacionada com a Tavo Hellmund, do que acontece com a Ferrari e Red
cobrar os impostos no Reino Unido – tando sob proteção da FRP Advisory, um dos responsáveis pela promoção Bull, poderão estar interessadas em
terá dado início ao processo para que a empresa que lidou com a administração dos Grandes Prémios do México e dos assegurar o controlo da formação que,
estrutura de bandeira indiana entrasse judicial da Marussia e Manor F1, a Force Estados Unidos da América. em 1991, foi fundada por Eddie Jordan.
em liquidação e, assim, assumisse as India não deverá desaparecer, uma vez Outra é a Rockefeller Capital Determinante para o desfecho da situa-
suas obrigações. que tem uma estrutura competitiva e Management, subsidiária da Viking ção será a FOM, que com a sua estratégia
Logo de seguida, também a Brockstone com gente muito capaz, tendo vindo a Global Investors, um fundo de risco que para incrementar a presença da Fórmula
Ltd, a companhia que gere a carreira de garantir bons resultados, o que poderá gere cerca de 25 mil milhões de euros. 1 nos Estados Unidos, poderá incentivar
Sergio Pérez, fez o mesmo, apontando repetir no futuro. Recentemente, esta entidade coadju- a escolha de um dono americano para
uma dívida de cerca de três milhões e A Rich Energy, empresa de quem se vou Derek Jeter a adquirir a equipa de a Force India.
meio de euros. tem dito estar interessada em adquirir
De acordo com algumas fontes, a em- a formação de Silverstone, chegou a
presa associada ao mexicano estará apresentar um contrato de patrocínio
também a defender, ainda que encapo- à administração judicial com o intuito
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C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
GP DA HUNGRIA PROVA 12 DE 21 PROVA TEMPO
BUDAPEST VOLTAS
VOLTA MAIS RÁPIDA
29/07/2018 GERAL
VEL. MÁXIMA
4,381 KM 70 306,63 KM SEXTA SÁBADO DOMINGO GERAL
BOX
PERÍMETRO VOLTAS DISTÂNCIA TOTAL 1 LEWIS HAMILTON MERCEDES W09 EQ POWER+ 1: 37: 16.427 70 1:21.107 4 312.5 KM/H 9 1
2 SEBASTIAN VETTEL FERRARI SF71H +17,13 S 70 1:20.056 2 319.2 KM/H 1 1
3 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI SF71H +20,10 S 70 1:20.292 3 312.9 KM/H 7 2
TREINOS LIVRES GRELHA DE PARTIDA 4 DANIEL RICCIARDO RED BULL RB14/TAG HEUER +46,419 S 70 1:20.012 1 313.4 KM/H 6 1
Q3
5 VALTTERI BOTTAS MERCEDES W09 EQ POWER+ +60.000 S 70 1:21,736 8 312.6 KM/H 8 1
1.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 1 LEWIS HAMILTON 6 PIERRE GASLY TORO ROSSO STR13/HONDA +73.273 S 70 1:21.685 7 302.9 KM/H 15 1
MERCEDES
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1: 35.658 7 KEVIN MAGNUSSEN HAAS VF-18/FERRARI UMA VOLTA 69 1:21.302 6 295.7 KM/H 18 1
1 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING 1: 17.613 8 FERNANDO ALONSO MCLAREN MCL33/RENAULT UMA VOLTA 69 1:22.090 9 310.6 KM/H 11 1
2 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0,079 S 2 VALTTERI BOTTAS 9 CARLOS SAINZ RENAULT RS18 UMA VOLTA 69 1:22.774 13 308.3 KM/H 12 1
MERCEDES
3 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0,088 S 1: 35.918 10 ROMAIN GROSJEAN HAAS VF-18/FERRARI UMA VOLTA 69 1:22.606 10 315.0 KM/H 4 1
4 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0,335 S 11 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO STR13/HONDA UMA VOLTA 69 1:22.612 11 300.1 KM/H 17 1
5 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0,423 S 3 KIMI RÄIKKÖNEN 12 NICO HULKENBERG RENAULT RS18 UMA VOLTA 69 1:21.261 5 314.0 KM/H 5 2
FERRARI
6 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0,857 S 1: 36.186 13 ESTEBAN OCON FORCE INDIA VJM11/MERCEDES UMA VOLTA 69 1:22.876 14 311.6 KM/H 10 1
7 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +1,362 S 14 SERGIO PEREZ FORCE INDIA VJM11/MERCEDES UMA VOLTA 69 1:23.263 16 315.2 KM/H 3 1
8 NICO HULKENBERG RENAULT +1,412 S 15 MARCUS ERICSSON SAUBER C37/FERRARI +2 VOLTAS 68 1:23.671 17 308.3 KM/H 13 1
9 CARLOS SAINZ RENAULT +1,515 S 4 SEBASTIAN VETTEL
FERRARI
10 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +1,574 S 1: 36.210 16 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS FW41/MERCEDES +2 VOLTAS 68 1:23.708 18 307.6 KM/H 14 1
11 PIERRE GASLY TORO ROSSO +1,739 S 17 LANCE STROLL WILLIAMS FW41/MERCEDES +2 VOLTAS 68 1:22.660 12 315.6 KM/H 2 1
12 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +2,077 S 5 CARLOS SAINZ NC STOFFEL VANDOORNE MCLAREN MCL33/RENAULT CX. VEL. 49 1:23.077 15 302.1 KM/H 16 1
RENAULT
13 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +2,228 S 1: 36.743 NC MAX VERSTAPPEN RED BULL RB14/TAG HEUER MOTOR 5 1:23.985 19 291.7 KM/H 19
14 LANCE STROLL WILLIAMS +2,399 S NC CHARLES LECLERC SAUBER C37/FERRARI DNF 0 284.8 KM/H 20
15 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +2,452 S 6 PIERRE GASLY
TORO ROSSO HONDA
16 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +2,538 S 1:37,591
17 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +2,546 S
18 ANTONIO GIOVINAZZI SAUBER FERRARI +2.680 S 7 MAX VERSTAPPEN
RED BULL RACING TAG HEUER
19 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +2,669 S 1: 38.032
20 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +3,084 s AUSTRÁLIA
BAHREIN
2.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 8 BRENDON HARTLEY CHINA
SCUDERIA TORO ROSSO AZERBAIJÃO
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1: 38.128 ESPANHA
MÓNACO
1 SEBASTIAN VETTEL FERRARI 1: 16.834 CANADÁ
FRANÇA
ÁUSTRIA
GRÃ-BRETANHA
ALEMANHA
HUNGRIA
BÉLGICA
ITÁLIA
SINGAPURA
RÚSSIA
JAPÃO
EUA
MÉXICO
BRASIL
ABU DHABI
2 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0,074 S 9 KEVIN MAGNUSSEN
HAAS FERRARI
3 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +0,227 S 1: 39.858 PILOTOS
4 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0,319 S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
5 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0,753 S 10 ROMAIN GROSJEAN 1. L. HAMILTON 18 15 12 25 25 15 10 25 - 18 25 25 213
HAAS FERRARI
6 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +1,034 S 1:40,593 2. S. VETTEL 25 25 4 12 12 18 25 10 15 25 - 18 189
11 FERNANDO ALONSO
7 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +1,231 S MCLAREN RENAULT Q2 3. K. RAIKKONEN 15 - 15 18 - 12 8 15 18 15 15 15 146
1: 35.214
8 CARLOS SAINZ RENAULT +1,661 S 4. V. BOTTAS 4 18 18 - 18 10 18 6 - 12 18 10 132
9 PIERRE GASLY TORO ROSSO +1,648 S 5. D. RICCIARDO 12 - 25 - 10 25 12 12 - 10 - 12 118
10 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1,927 S
11 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +2,016 S 6. M. VERSTAPPEN 8 - 10 - 15 2 15 18 25 - 12 - 105
12 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +2,023 S 12 DANIEL RICCIARDO 7. N. HULKENBERG 6 8 8 - - 4 6 2 - 8 10 - 52
RED BULL RACING TAG HEUER
13 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +2,046 S 1: 36.442 8. K. MAGNUSSEN - 10 1 - 8 - - 8 10 2 - 6 45
14 NICO HULKENBERG RENAULT +2,079 S 9. F. ALONSO 10 6 6 6 4 - - - 4 4 - 4 44
15 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +2,082 S 13 NICO HULKENBERG 10. S. PEREZ - - - 15 2 - - - 6 1 6 - 30
RENAULT
16 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2,209 S 1: 36.506 11. C. SAINZ 1 - 2 10 6 1 4 4 - - - 2 30
17 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2,303 S
18 LANCE STROLL WILLIAMS +2,811 S 14 MARCUS ERICSSON 12. E. OCON - 1 - - - 8 2 - 8 6 4 - 29
SAUBER FERRARI
19 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +2,887 S 1: 37.075 13. P. GASLY - 12 - - - 6 - - - - - 8 26
20 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +2,936 s Q1 14. R. GROSJEAN - - - - - - - - 12 - 8 1 21
3.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 15 STOFFEL VANDOORNE 15. C. LECLERC - - - 8 1 - 1 1 2 - - - 13
MCLAREN RENAULT
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1: 18.782 16. S. VANDOORNE 2 4 - 2 - - - - - - - - 8
1 SEBASTIAN VETTEL FERRARI 1: 16.170 17. M. ERICSSON - 2 - - - - - - 1 - 2 - 5
2 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0,059 S 16 CHARLES LECLERC 18. L. STROLL - - - 4 - - - - - - - - 4
SAUBER FERRARI
3 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0,203 S 1:18,817 19. B. HARTLEY - - - 1 - - - - - - 1 - 2
4 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0,579 S 20. S. SIROTKIN - - - - - - - - - - - - 0
5 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +0,633 S 17 ESTEBAN OCON
FORCE INDIA MERCEDES
6 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0,776 S 1: 19.142
7 CARLOS SAINZ RENAULT +1,584 S EQUIPAS
8 NICO HULKENBERG RENAULT +1,913 S 18 SERGIO PEREZ 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
FORCE INDIA MERCEDES
9 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +1.914 S 1: 19.200 1. MERCEDES 22 33 30 25 43 25 28 31 - 30 43 35 345
10 PIERRE GASLY TORO ROSSO +1.969 S 2. FERRARI 40 25 19 30 12 30 33 25 33 40 15 33 335
11 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +2,060 S 3. RED BULL 20 - 35 - 25 27 27 30 25 10 12 12 223
12 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +2,082 S 19 SERGEY SIROTKIN 4. RENAULT 7 8 10 10 6 5 10 6 - 8 10 2 82
WILLIAMS MERCEDES
13 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2,206 S 1: 19.301 5. HAAS FERRARI - 10 1 - 8 - - 8 22 2 8 7 66
14 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +2,297 S
15 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +2,342 S 20 LANCE STROLL 6. FORCE INDIA - 1 - 15 2 8 2 - 14 7 10 - 59
WILLIAMS MERCEDES
16 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +2,460 S 7. MCLAREN RENAULT 12 10 6 8 4 - - - 4 4 - 4 52
17 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +2.619 S 8. TORO ROSSO - 12 - 1 - 6 - - - - 1 8 28
18 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2.672 S 9. SAUBER FERRARI - 2 - 8 1 - 1 1 3 - 2 - 18
19 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +2,792 S 10. WILLIAMS - - - 4 - - - - - - - - 4
20 LANCE STROLL WILLIAMS +2,962 s
Nota: Lance Stroll partiu do ppitlane
em virtude da equipa ter mudado
a asa traseira do seu Williams
PONTUAÇÃO 1.º 25 PTS 2.º 18 PTS 3.º 15 PTS 4.º 12 PTS 5.º 10 PTS 6.º 8 PTS 7.º 6 PTS 8.º 4 PTS 9.º 2 PTS 10.º 1 PT
12 WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - FINLÂNDIA
FINLÂNDIA Se este Rali da Finlândia for o
espelho do que está aí para
SUPER vir no WRC, então preparem-
TANAK, -se, meus amigos, porque se a
SUPER competição já estava interes-
TOYOTA sante, vai ficar bem melhor.
Tudo porque até aqui a correlação de
Ott Tanak venceu pela quarta vez na sua carreira no WRC, forças era mais ou menos previsível, e
a primeira no Rali da Finlândia. Mads Ostberg foi segundo num só aqui e ali havia quem se intrometes-
se na luta entre os dois melhores clas-
Citroën C3 WRC bem mais competitivo, lutando ao décimo sificados no campeonato. Mas se já era
de segundo com Jari-Matti Latvala que regressou aos pódios. esperado que a Toyota estivesse mui-
to bem na Finlândia (tinha lá vencido o
Neuville e Ogier, lutaram na segunda metade do top 5... ano passado) não se contava com uma
Citroën tão forte, e sem o azar inicial de
Martin Holmes com José Luís Abreu Craig Breen, poderia ter conseguido
[email protected]
FOTOGRAFIA @WORLD ANDRÉ LAVADINHO E AURELIEN VIALATTE
>> autosport.pt
13
COMENTÁRIO
DO VENCEDOR
Ott Tanak
também outro resultado. 04 tida e neste momento é quase impos- Ott Tanak teve um fim de sema-
Portanto, se a Toyota deixar de ser tão sível antever o próximo Campeão. Que na perfeito. Teve alguma oposi-
irregular e com a Citroën revitalizada, a QUARTA VITÓRIA DA CARREIRA DE OTT até pode ser Ott Tanak, se replicasse o ção no primeiro dia, mas depois
luta pelo Mundial de Construtores ganha TANAK NO WRC, E A SUA PRIMEIRA NO RALI que fez na Finlândia. disso não deu hipóteses a mais
outro relevo, e a do Mundial de Pilotos DA FINLÂNDIA. O estónio liderou em todas exceto seis ninguém: “O primeiro dia foi duro
vai ficar ainda mais interessante, pois especiais, acabando por bater Mads Os- para mim pois ainda havia limpe-
a partir daqui nada garante a Thierry tberg num Citroën C3 WRC revitalizado. za a fazer nos troços. Por isso,
Neuville e a Sébastien Ogier que possam O norueguês susteve depois a pressão andei a fundo todo o dia. Deixei
andar na frente por ‘decreto’. de Jari-Matti Latvala, que realizou tam- o motor ir abaixo num cruzamen-
Faltam cinco provas, e se na Alemanha bém uma boa prova, dando sinais de to, mas estava feliz no fim do dia.
parece claro que os protagonistas serão ‘vida’. Como será nas restantes? No sábado, conseguimos cons-
Neuville e Ogier, agora já não nos admi- De resto, foi um evento quase desastro- truir uma boa margem e geri-la.
rávamos tanto se a Citroën e a Toyota se so para as duas mais pontuadas equi- Depois, consegui os cinco pontos
misturassem na luta. E depois surgem pas do WRC. da Power Stage. Estou feliz com o
os ralis de terra. Por isso, até ao fim do Na Hyundai, Neuville e Mikkelsen saí- fim de semana.
campeonato, a animação está garan- ram de estrada, na M-Sport, Ogier de- Sabia que tinha um carro perfeito,
com os testes e o Rali da Estónia,
e por isso tinha toda a confiança
que precisava no carro. Estamos
a trabalhar muito na equipa, a
tentar ser perfeitos em cada de-
talhe. Este é um rali que ‘veste’
muito bem com o nosso carro,
havia alguma pressão por ser a
nossa casa, mas sabia que tinha
uma boa hipótese de vencer. Tudo
trabalhou na perfeição, tive um
grande feeling no carro, o melhor
que já tive na Finlândia e é isso
que precisava para vencer. Vencer
o mesmo rali que o meu mentor e
grande amigo, o Markko Märtin, é
fantástico, ainda mais com tanto
estónio na estrada. Acho que não
foram só o Jari Matti (Latvala) e
o Esapekka (Lappi) a correr em
casa portanto tinha mesmo que
lutar pela vitória. Quanto ao cam-
peonato, vamos ver como as con-
tas evoluem, a diferença ainda é
grande...”
WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS
14 R A L I D A F I N L Â N D I A 2 D E 1 3
sentendeu-se com as evoluções aerodi-
nâmicas do carro. Entre ambas, só Ogier
conseguiu vencer um troço, uma super
especial de piso misto.
Para que se perceba a confiança de Ott
Tanak, depois duma prova fabulosa,
quer durante a luta com Mads Ostberg
no primeiro dia, quer depois disso a des-
tacar-se e a gerir, ainda venceu a Po-
werStage. Enquanto muitos pilotos que
chegam ao último troço tiram o pé para
assegurar que terminam, Tanak nem
pestanejou para vencer e convencer.
GRANDE LUTA
Foi também grande a luta pelo segun-
do lugar entre Ostberg e Latvala, com o
piloto da Citroën a manter atrás de si o
finlandês, apesar da recuperação des-
te. Quando foi preciso, Ostberg reagiu
e no final assegurou um segundo lugar
muito saboroso, para si e especialmen-
M/ MOMENTO F/ FIGURA
Depois de um primeiro dia de prova muito Fantástica a prestação de Ott Tanak na
equilibrado, Mads Ostberg começou a Finlândia. Venceu 12 troços, e apesar de ter
fraquejar na fase final desse mesmo dia, tido no primeiro dia uma boa oposição de
mas foi no primeiro troço do segundo Mads Ostberg, embalou e daí até final só
dia, quando Ott Tanak ‘presenteou’ o ‘parou’ quando quis controlar a sua prova e
piloto da Citroën com 8.5s, que tudo se assegurar que chegava ao final. É certo que foi
começou a definir. A partir daí a margem na Finlândia, com um Toyota quase perfeito,
foi subindo em todos os troços e no final mas a sua prestação foi pouco menos que
do segundo dia, com 39.0s a separá-los, excelente. Só é pena a irregularidade
o rali estava resolvido. noutros eventos...
>> autosport.pt
15
+/ MAIS
OTT TANAK/TOYOTA lugar. Quanto à Citroën já não restam
Grande rali do estónio. A equipa tem dúvidas a ninguém que está a
estado algo irregular, bem como trabalhar bem, e neste momento já
Tanak que tem alternado entre ninguém diz que o C3 WRC é o pior
o azarado, quando desistiu em carro do plantel. O equilíbrio entre
Portugal por causa de uma pedra, as quatro equipas é maior do que
e o descuidado, quando danificou o nunca, e sem o furo, Craig Breen
radiador do Yaris WRC após um salto, teria proporcionado um resultado de
na Sardenha. Porém, nesta prova conjunto bem melhor aos franceses.
esteve absolutamente fantástico,
vencendo pela quarta vez no WRC. A PADDON
Toyota tem sofrido com alguns altos Boa prova de Hayden Paddon, que
e baixos, resquícios ainda da sua deu mais um sinal que está a voltar
juventude, mas na Finlândia voltou a ao bom piloto que mostrou ser em
estar imbatível. Sem o acidente de 2016. O azar que sofreu no início de
Lappi no início do último dia, a equipa 2017, no Monte Carlo, onde perdeu
teria feito, provavelmente, o melhor a vida um espetador na sequência
resultado da sua história recente, duma saída do neozelandês, afetou-o
com três carros nos primeiros muito e só este ano está a voltar
quatro lugares. aos bons tempos. Esta é a quarta
prova que faz em 2018. Foi quinto
MADS OSTBERG/CITROËN na Suécia, bateu em Portugal
Grande prova do norueguês, que quando liderava, foi quarto na
venceu quatro troços e lutou durante Sardenha e agora novamente quarto
todo o primeiro dia pela liderança, na Finlândia. Não vai demorar a
taco a taco com Tanak. Depois, regressar aos pódios e está a fazer
quando este ‘fugiu’ soube manter um o suficiente para voltar a ter um
ritmo que lhe permitiu assegurar um programa integral em 2019. Não se
saboroso e muito merecido segundo sabe é em que equipa…
te para a equipa. Foi também segundo dinâmica no seu carro, mas nunca teve -/ MENOS
na PowerStage, o que significa que so- confiança para andar mais depressa.
mou mais quatro pontos, conseguindo Esperava andar nas lutas mais à frente, NEUVILLE segundo na estrada, mas depois
quase tantos neste rali quanto nas três mas a ordem na estrada do primeiro dia Sendo verdade que a sua posição disso as posições nos troços nunca
provas que já fez este ano com a Citroën. não permitiu melhor do que terminar a na estrada o deixou muito melhoraram muito, chegando
Terceiro lugar para Latvala, que fez um sexta feira em sexto já a um minuto do vulnerável, e num rali que está a quinto à custa de Suninen,
bom rali, recuperando, sem exageros, líder. Recuperou um pouco no segundo longe de ser onde se sente mais que lhe cedeu a posição. A nova
tempo aos seus adversários, exceção dia, mas não muito. No global, reduziu a à vontade, teve uma prova bem aerodinâmica não foi a mais valia
feita a Tanak. Foi pressionando Ostberg margem no campeonato para Neuville pior do que esperava. E para piorar esperada...
e chegou ao último troço a 2.5s deste, em seis pontos. as coisas, uma saída de estrada
mas já não conseguiu bater o norue- Um pequeno erro, na Finlândia, costu- no primeiro dia complicou tudo, MIKKELSEN
guês. Ainda assim, repetiu o terceiro ma ter grandes consequências, e foi isso sendo que a partir daí limitou-se O norueguês tarda em ‘perceber’
lugar do Rali de Monte Carlo, até aqui o que sucedeu a Esapekka Lappi, que de- a garantir que chegava ao fim da o seu carro na plenitude e isso
seu melhor resultado do ano. Tem pas- pois de começar a prova com um pião prova. Passou a ter ‘apenas’ 21 tem-no impedido de mostrar mais
sado por momentos difíceis este ano, na PE2 que o atirou para a 10ª posição, pontos de avanço para Ogier. do andamento que todos lhe
aproveitou o seu rali ‘caseiro’ para ga- a 33.2s da frente, foi recuperando, e era reconhecem ter. Neste rali a saída
nhar confiança, mas vamos ver daqui quarto no final do penúltimo dia. Ironi- OGIER de estrada que teve no primeiro
para a frente se melhora. camente, abandonou quando estava a Tal como Neuville, sendo um forte dia também não ajudou nada, pois
Boa prova de Hayden Paddon, que foi 36.2s de Latvala e sem hipóteses de lá candidato ao título, esperava-se manteve-se o resto do rali a fazer
quarto, dando mais um sinal de que chegar, tendo já ultrapassado Paddon. mais dele na Finlândia. Perdeu tempos entre o 10º e 11º lugar,
está a voltar ao nível de piloto que já Elfyn Evans foi sétimo na frente de Craig tempo no primeiro dia como muito longe do que é capaz.
mostrou ser. Está recuperado psico- Breen. O primeiro cedo percebeu que só
logicamente da tragédia que o assolou conseguiria andar entre o 7º e o 9º lugar
e cada vez mais a mostrar o que vale e por aí se manteve, enquanto o piloto
como piloto. Em Portugal, bateu quan- da Citroën mostrou bem mais velo-
do liderava, mas nas restantes provas cidade, venceu um troço, foi segundo
que fez foi muito regular. noutro, mas o furo da PE2 fê-lo perder
Sébastien Ogier terminou na quinta 47.8s e com isso qualquer hipótese de
posição, depois duma penalização de um bom resultado.
Teemu Suninen. A M-Sport não des- Seguiu-se Thierry Neuville, nono. Abrir
perdiçou dois pontos para Ogier, que a estrada foi-lhe muito difícil e cedo per-
bem podem fazer-lhe falta nas contas cebeu que não iria fazer um bom resul-
finais. O francês estreou uma nova aero- tado. Atenuou como pôde as perdas.
WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS
16 R A L I D A F I N L Â N D I A 2 D E 1 3
WRC2
ROVANPERA BRILHOU,
PIETARINEN GANHOU
Eerik Pietarinen venceu o WRC2 no phane Lefebvre teve novamente problemas GRANDE OSTBERG, GRANDE CITROËN
Rali da Finlândia, batendo o seu com- com os travões do Citroën C3 R5 e abando-
patriota Jari Huttunen por 1m06.8s. nou. Jarkko Nikara saiu de estrada. Ainda Mads Ostberg e a Citroën foram uma Também levámos peso a mais com os
A Skoda deixou Tidemand e Kopecky no primeiro dia Veiby bateu numa pedra e boa surpresa na Finlândia, sendo que dois pneus suplentes. Penso que es-
em casa e avançou com os seus dois jovens Rovanpera terminou com meio minuto de na fase inicial do rali a equipa fez o tivemos mesmo bem ao conseguir se-
lobos, Kalle Rovanpera e Ole Christian Veiby. avanço. que até aqui só tinha conseguido fa- gurar o segundo lugar”, disse Ostberg
O primeiro dominou quase por completo a No dia seguinte a margem cresceu, face a zer na Suécia. O norueguês andou na no final do segundo dia! No último,
prova, mas na PE18 viu a suspensão dian- Pietarinen. Lindholm e Tempestini e Veiby luta ao décimo de segundo com Ott repetiu o melhor resultado do ano da
teira esquerda falhar, com o amortecedor e sairam de estrada e Rovanpera teve proble- Tanak, venceu quatro troços, e este- Citroën conseguido até aqui com o se-
mola a saírem pelo capot, atrasando-se mui- mas com a suspensão, atrasando-se muito. ve na liderança da geral em quatro gundo lugar de Craig Breen na Suécia:
to. Em termos de andamento esteve imba- Eerik Pietarinen acabou por vencer o WRC2, especiais, terminando o primeiro dia “Estou mesmo, mesmo muito satis-
tível, mas o azar mecânico ‘roubou-lhe’ uma mas a sensação da prova foi claramente apenas a 5,8 segundos do líder: “O feito por voltar a lutar nos lugares da
vitória certa. Kalle Rovanpera, que na primeira vez que melhor carro que já tive neste rali”, foi frente nestas especiais absolutamen-
Fabio Andolfi foi o primeiro líder, na super disputou o rali do seu país suplantou com como Mads Ostberg se referiu ao C3 te incríveis! Estou também muito feliz
especial, mas a partir daí só ‘deu’ Finlândia. grande facilidade pilotos bem mais expe- WRC que teve em mãos, sendo o único por todos na Citroën. O pessoal fez um
Kalle Rovanpera, que aos 17 anos tem uma rientes na prova. Os seus resultados este piloto verdadeiramente capaz de lidar trabalho fantástico para que conse-
licença especial para guiar nas estradas do ano não têm sido fantásticos, mas o mesmo com o incrível andamento de Tanak: guíssemos este lugar e tenho muito
seu país, superou de imediato o seu rápido não se pode dizer do andamento. Tem ape- “Estou muito feliz por toda a equipa, orgulho em fazer parte desta equipa.
colega de equipa, Ole Christian Veiby. Ste- nas 17 anos... por ter conseguido uma performance Na sessão de testes pré-rali já sabia
tão sólida. Trabalhámos arduamente que este C3 WRC era o meu melhor
em conjunto para que isto aconte- carro de sempre neste rali, e estou
cesse. No segundo dia, com o tempo muito satisfeito por termos consegui-
mais quente de tarde, tivemos de lidar do demonstrar isso mesmo durante
com o elevado desgaste dos pneus. este fim de semana.”
CITROËNTOTALABU DHABIWRT
EXCELENTE RESULTADO
A Citroën passou por um período muito Só que o ritmo era elevado e o experien- o nosso andamento sempre que as con- A Citroën mostrou na Finlândia que está
conturbado o ano passado e este ano as te Mads Ostberg percebeu que não tinha dições o permitiram. Soube bem terminar cada vez mais preparada para lutar mais
circunstâncias levaram a que Kris Meeke andamento para o estónio – teria que a Power Stage com um bom tempo, o que vezes na frente, e com várias provas de
tivesse sido despedido devido ao número exagerar –, no entanto, podia na mesma nos permite agora encarar o Rali da Ale- terra a faltarem, Ostberg tem uma boa
exagerado de acidentes. Para o seu lu- assegurar um bom resultado, que conse- manha com mais otimismo.” oportunidade de o confirmar...
gar foi contratado Mads Ostberg que tem guiu com todo o mérito nem que para isso
vindo a fazer um trabalho muito válido, tenha tido que lutar até ao derradeiro me-
que culminou agora com este segundo tro do rali (ler declarações em separado).
lugar na Finlândia, numa prestação que Outra boa prestação foi a de Craig Breen,
surpreendeu tudo e todos. O piloto norue- cuja prova ficou totalmente condiciona-
guês já tinha revelado que este Citroën da pelo furo que teve logo na sexta feira:
C3 WRC era o melhor carro de sempre “Para nós, foi um fim de semana difícil,
que já teve para o Rali da Finlândia, e no com o furo de sexta-feira a revelar-se
primeiro dia provou isso mesmo ao ‘jogar bastante prejudicial, deixando-nos na po-
taco a taco’ com Ott Tanak, disputando sição de limpar a estrada durante dois
especiais ao décimo de segundo. dias. Mesmo assim, conseguimos mostrar
HYUNDAI SHELLMOBISWORLD RALLYTEAM >> autosport.pt
SERVIÇOS MÍNIMOS
17
A Hyundai chegou à Finlândia no co- mais, mas o risco existe para o bem guiar e isso deu-me a confiança
mando dos dois campeonatos e de e para o mal. Na Finlândia, a Toyota que precisava”, disse. Já Neuville, TOYOTAGAZOO RACING
peito cheio pelo magnífico triunfo e a Citroën ficaram ambas na fren- mostrou-se resignado: “Demos tudo WORLD RALLYTEAM
na Sardenha, mas o balão da ‘rea- te da Ford e da Hyundai, em termos o que tínhamos e a equipa fez um FANTÁSTICA VITÓRIA
lidade’ esvaziou com força, pois globais, mas isso também obriga bom trabalho, penso que podemos
apesar da equipa ter preservado a a atenção redobrada porque ficar estar orgulhosos”, referiu. Já Mik- Mais do que o triunfo, foi intenso o domí-
liderança nos dois campeonatos, os para trás pode significar ver repen- kelsen: “Perder três minutos devido nio levado a cabo neste rali pelos três pi-
seus responsáveis saíram da Finlân- tinamente a vantagem desvanecer- a ter ouvido mal um nota era algo lotos da Toyota, e se não tivessem sido os
dia a coçar a cabeça, ao percebe- -se num ápice. que não precisávamos mesmo, pois dois azares de Esapekka Lappi, o resultado
rem que a Citroën e a Toyota podem Hayden Paddon terminou num bom significou sair no dia seguinte à poderia ter sido ainda mais estrondoso.
ser daqui para a frente adversários quarto lugar, Neuville foi nono e frente na estrada. Voltaremos me- Logo no primeiro dia o finlandês viu o mo-
com que não contavam. perdeu seis pontos para Ogier, en- lhor na Alemanha.” Já Michel Nan- tor do Toyota calar-se quando travava para
De qualquer das formas, isso até quanto Mikkelsen teve um rali mui- dan: “Acho que não podíamos ter um gancho, um problema que já tinha sido
nem é mau de todo, porque se acon- to mau. feito muito melhor, sabíamos que detetado nos testes. Lappi recuperou, e
tecer o mesmo daqui para a frente, Para Paddon: “Em termos globais eles (Toyota) eram competitivos quando já era quarto, cometeu um erro e
os pontos também se distribuem estou feliz, o carro estava bom de na Finlândia”. saiu de estrada.
Isso não ofusca em nada o excelente tra-
M-SPORT FORDWORLD RALLY balho levado a cabo por Ott Tanak, que
MUITO ABAIXO DO ESPERADO esteve pouco menos que brilhante, e tam-
bém Jari-Matti Latvala, que fez aqui o seu
A M-Sport não teve um bom fim de semana na Finlândia. a fazer. As coisas são como são e agora há que anali- melhor rali em muito tempo.
Apesar de terem estreado um novo pacote aerodinâmi- sar por que não tivemos ritmo. A única coisa positiva é Com isto, a Toyota ficou a um ponto do
co no carro de Sébastien Ogier, a prova não correu bem que recuperámos pontos ao Thierry (Neuville) e esse foi segundo lugar dos construtores, reduzin-
para os homens do carros da oval azul, num fim de se- sempre o principal objetivo”, disse. Já Suninen foi sexto: do para 27 os pontos que a separam da
mana marcado por um grande jogo de equipa. Ogier foi “Queria o pódio, mas não tivemos ritmo. Bati os meus liderança. Para Tommi Mäkinen, diretor
prejudicado no primeiro dia pelo facto de ser segundo na colegas de equipa e estou feliz por isso. Deixei passar o da equipa: “Foi um grande fim de semana
estrada e atrasou-se, como esperado. Mas desta feita Seb porque ele está a lutar pelo campeonato”, concluiu. e um grande fim de rali. Foi absolutamen-
na Finlândia surgiram protagonistas que não eram habi- te espetacular com o Ott (Tanak) a vencer
tuais e o francês teve muitas dificuldades para se che- também a PowerStage. Pilotagem incrível,
gar mais à frente, terminando em quinto com um favor dele e do Jari-Matti, que lutou com bravura
de Suninen, que penalizou para deixar passar Ogier. pelo segundo lugar”, disse.
Para Malcolm Wilson: “Não tivemos a velocidade que que- Já Latvala: “Dei tudo para chegar ao se-
ríamos, mas atingimos o objetivo principal que passava gundo lugar, foi uma grande luta. Voltar
por reduzir as margens nos campeonatos. É frustrante ao pódio depois de tanto tempo é mesmo
não ter lutado na frente do rali, mas temos de manter bom, especialmente porque foi na Finlân-
o objetivo final em mente, e nesse aspeto foi positivo”, dia”. Quanto a Esapekka Lappi: “O carro
disse. estava muito bom, foi um erro meu. O iní-
Quanto a Ogier, recuperou seis pontos a Neuville: “Foi cio do rali foi duro para nós, e apesar do
um fim de semana difícil, pois esperava ser bem mais segundo dia ter sido bom, foi um fim de
competitivo. O ano passado o Fiesta esteve muito bem semana desapontante para mim. Mas pa-
na Finlândia, mas este ano não foi o caso e isso foi uma rabéns para a equipa!”. Curiosamente, foi
surpresa para mim. Tentámos tudo, não havia muito mais uma prestação global da equipa quase de-
calcada de 2017, embora com protagonis-
tas diferentes.
WRC/ CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS
18 R A L I D A F I N L Â N D I A 2 D E 1 3 PORQUE É QUE A TOYOTA
FOI TÃO FORTE NA FINLÂNDIA?
PF/ PARQUE FECHADO
PRÉMIO DE
SONHO NO
JWRC 2019
O calendário do Mundial Júnior de Ralis ORali da Finlândia ficou marcado por têm na zona uma área de testes livres nestas estradas, são a nossa casa, fize-
de 2019 ainda não é conhecido, mas já novo triunfo da Toyota, a exemplo como sucede com todas as equipas do mos muitos quilómetros aqui em 2016.
está confirmada uma situação que muito do que já tinha sucedido o ano pas- WRC nos seus países de origem. Muita gente pensa que fizemos recente-
provavelmente vai fazer disparar muito o sado. Em 2017 os seus pilotos ven- Os seus carros são por isso ‘perfeitos’ mente uma enormidade de testes para
interesse na competição, que, recorde- ceram 19 dos 25 troços, com Esapekka nestas estradas, que a equipa conhece esta prova, mas não. Só testámos os cinco
se, é colocada de pé pela M-Sport, que Lappi a triunfar pela primeira vez na sua como ninguém, e isso faz toda a diferença dias normais, mas a verdade é que nem
prepara os Ford Fiesta R2T. É que está carreira. Este ano, 19 de 23, com Ott Tanak quando se corre a este nível: “Uma das sequer precisávamos muito deles, pois
previsto um dos maiores e melhores a estrear-se a vencer na Finlândia. Terá razões pelas quais fomos muito fortes já cá rodámos tanto que o nosso carro
prémios possíveis para jovens pilotos sido coincidência? Não! Tommi Mäkinen o ano passado e outra vez este ano tem ‘nasceu’ super bem adaptado a estas
à procura de fazer carreira no WRC. Até e ‘sus muchachos’ têm o seu quartel ge- muito a ver com o facto do nosso carro estradas”, disse Tommi Mäkinen no fi-
aqui, em muitas competições o prémio neral muito perto de Jyvaskyla, e, por isso, ter sido desenvolvido maioritariamente nal do rali.
é uma ou várias provas com um carro da
categoria R5 ‘emprestado’, mas desta AS NOVIDADES TÉCNICAS DAS EQUIPAS
feita o prémio vai ser mesmo a oferta
de um Ford Fiesta R5 novinho em folha, Todas as quatro equipas levaram novida- WRC à base da Ford Performance, a Char- difusor, que visam aumentar o apoio ae-
sendo também oferecida a inscrição no des técnicas nos seus carros para a Finlân- lotte, na Carolina do Norte, depois do Rali rodinâmico.
WRC2 em 2020, para além de mais um dia, sendo que a mais visível foi a da Ford, do México, onde foi exposto a testes aero- O francês recebeu ainda amortecedores
generoso conjunto de pneus Pirelli. E com um ‘pacote’ aerodinâmico completa- dinâmicos no túnel de vento da marca. Foi novos, da Sachs, ao invés da Reiger, mas
esta heim! mente novo, resultado de quatro meses de a primeira vez que o carro esteve exposto só no seu carro, já que os seus colegas de
pesquisa e desenvolvimento nos Estados a este tipo de trabalho e o que se testou equipa mantêm os Reiger. São os mesmos
NOVOS PNEUS Unidos. na altura viu-se agora na Finlândia, no que utilizava na Volkswagen.
MICHELIN No âmbito do reforço do apoio da Ford Per- caso, apenas para Ogier. Na Citroën, nova geometria de suspensão,
formance à M-Sport, o diretor técnico da O novo Ford Fiesta WRC tem uma nova asa que visou dar melhor estabilidade ao chas-
A Michelin desenvolveu uma nova M-Sport, Chris Williams, levou o Ford Fiesta traseira e novos pára-choques traseiro e sis. Os resultados estão à vista.
opção de pneu de composto médio, A Hyundai teve uma nova válvula de ativa-
que ‘encaixou’ entre o composto ção no diferencial central e na Toyota, qui-
de pneu duro e os novos pneus çá, a alteração mais significativa, uma evo-
macios. As equipas vão continuar a lução no motor, que já esteve programada
ter a possibilidade de escolher dois para a Sardenha. Foi utilizado um joker e
compostos para cada prova, mas a todos os carros receberam a evolução, que
Michelin entende que ao adicionar o para além de mais alguma potência, permi-
novo pneu permitirá mais e melhores tiu essencialmente mais maneabilidade à
estratégias por parte das equipas. utilização do binário do motor.
O antigo macio passou a denominar-
se ‘Médio’, passando a haver um novo
pneu macio: “Os compostos duros e
macios existentes já forneciam uma
escolha versátil, mas agora, com três
compostos, as equipas beneficiarão de
soluções que os ajudarão a ser ainda
mais competitivos em terrenos macios
e húmidos, ou mesmo muito húmidos. O
composto médio será quase certamente
uma opção para todas as provas”,
disse Arnaud Rémy, o novo manager do
Programa de ralis da Michelin.
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19
C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
WRC3 COMO VI RALI DA FINLÂNDIA 8 DE 13
FESTA DUPLA O RALI
27/07 A 29/07/2018
Ken Thorn e Emil Bergkvist tiveram José Luis Abreu
ambos motivos para festejar neste 1427,49 KM 317,2 KM 1.º DIA 2.º DIA 3.º DIA
Rali da Finlândia já que o estónio deu O que se viu da Citroën nesta
mais um motivo de celebração aos prova e o que fizeram os pilotos DISTÂNCIA 23 TROÇOS
muitos compatriotas que já estavam da Hyundai e M-Sport mostra
felizes pelo triunfo de Tanak, triunfando que o plantel está cada vez mais PROVA CARRO
também no JWRC e WRC3, batendo junto, sendo, portanto, possível, TEMPO/DIF.
Bergkvist por 9,9s, no seu Ford Fiesta como sucedeu na Finlândia, que 1º OTT TANAK/MARTIN JARVEOJA
R2. Foi o seu primeiro triunfo no Junior pilotos como Neuville e Ogier, 2º MADS OSTBERG/TORSTEIN ERIKSEN TOYOTA YARIS WRC 2H.35M.18.1S.
WRC/WRC3. os dois principais candidatos 3º JARI-MATTI LATVALA/MIIKKA ANTTILA CITROEN C3 WRC +32.7
Já o segundo lugar de Bergkvist ao título, fiquem bem para lá 4º HAYDEN PADDON/SEBASTIAN MARSHALL TOYOTA YARIS WRC +35.5
promove-o à liderança do campeonato, do top 5. Como se sabe, só a 5º SEBASTIEN OGIER/JULIEN INGRASSIA HYUNDAI I20 COUPE WRC +1:35.6
rumando agora para a derradeira prova penalização propositada de 6º TEEMU SUNINEN/MIKKO MARKKULA FORD FIESTA WRC +2:15.0
do ano com 14 pontos de avanço para Suninen permitiu o 5º posto de 7º ELFYN EVANS/DANIEL BARRITT FORD FIESTA WRC +2:19.2
Dennis Radström. As esperanças do Ogier, e sem o desnecessário 8º CRAIG BREEN/SCOTT MARTIN FORD FIESTA WRC +2:29.5
sueco em vencer pela terceira vez este erro de Lappi, teríamos os dois 9º THIERRY NEUVILLE/NICOLAS GILSOUL CITROEN C3 WRC +3:08.4
ano esfumaram-se quando desistiu candidatos ainda mais atrás. A 10º ANDREAS MIKKELSEN/ANDERS JAEGER HYUNDAI I20 COUPE WRC +3:51.8
na PE6 com danos no roll bar do seu Citroën claramente recuperou 11º EERIK PIETARINEN/JUHANA RAITANEN HYUNDAI I20 COUPE WRC +8:37.4
Fiesta, isto quando era apenas quinto competitividade, a Toyota tem 12º JARI HUTTUNEN/ANTTI LINNAKETO SKODA FABIA R5 +10:00.3
classificado. sido irregular e o campeonato HYUNDAI NG I20 R5 +11:07.1
No WRC3 o vencedor do Prémio Future está totalmente em aberto,
Star, Henri Hokkala, bateu na segunda sendo que as notícias que ABANDONOS PE
especial quando era segundo. Terry Folb confirmam maior equilíbrio CAUSA
também andou pelos lugares da frente no plantel são melhores para LAPPI E. PE
até furar. o belga da Hyundai, pois saiu VEIBY O.. LÍDERES VENCEDORES DE PE
da Finlândia com 21 pontos de KATSUTA T.
CAMPEONATO avanço face a Ogier. Só que com CIAMIN N. PE20 ACIDENTE TÄNAK O. PE1-3 TÄNAK O. 12×
EM ABERTO as provas que ainda faltam - 150 PE18 ACIDENTE ØSTBERG M. PE4
pontos em jogo - o campeonato PE8 ACIDENTE TÄNAK O. PE5 LATVALA J. E ØSTBERG M. 4×
Tanto Neuville quanto Ogier concordam está perfeitamente em aberto. PE17 ACIDENTE ØSTBERG M. PE6-8
que o campeonato está completamente Tanak esteve brilhante, e não TÄNAK O. PE9-23 LAPPI E. 3×
em aberto, apesar da diferença ficou muito longe um pódio
pontual que ainda existe. 21 pontos de totalmente Toyota. Ostberg BREEN C. E OGIER S. 1×
diferença quando faltam cinco provas e Lappi não ‘quiseram’, com o
e há 150 pontos em discussão, não são norueguês a suportar muito bem Monte Carlo
nada, e sendo verdade que a próxima a pressão de Latvala, e isso só Suécia
prova (Alemanha) pode ser um pouco foi possível com um C3 WRC que México
mais favorável a Thierry Neuville (mas nada tem a ver com o do ano França
não muito), as de terra serão muito passado. Argentina
penalizadoras para o belga por partir à Portugal
frente no primeiro dia. Na Grã-Bretanha, Itália
chuva e lama davam jeito a Neuville, Finlândia
na Turquia e Austrália, Ogier tem que Alemanha
tentar fazer muito melhor que Neuville Espanha
no primeiro dia para ter depois mais Turquia
hipóteses de recuperar, o que vai ser Grã-Bretanha
mais difícil ao belga, tal como sucedeu Austrália
na Finlândia. TOTAL
PILOTOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
1 THIERRY NEUVILLE 10+4 25+2 8+2 15 18+5 25+4 25+5 2+2 - - - - - 153
2 SÉBASTIEN OGIER 25+1 1+4 25+4 25+3 12+4 0 18+4 10 - - - - - 132
3 OTT TÄNAK 18+0 2+1 0+5 18+1 25+2 0 2+3 25+5 - - - - - 107
4 ESAPEKKA LAPPI 6+0 12+5 8+5 4 10+5 15 0 - - - - - 70
5 DANI SORDO NT 18 12 15 12+3 - - - - - - - 60
6 ANDREAS MIKKELSEN 0+3 15+3 12+1 6 10+3 0 2 1 - - - - - 57
7 JARI-MATTI LATVALA 15+2 6+0 4+3 NT 0 0 6 15+3 - - - - - 55
8 ELFYN EVANS 8+0 0 10 8 18+1 0+1 - - - - - - 46
9 MADS ØSTBERG 8+0 8 10 18+4 - - - - - 48
10 KRIS MEEKE 12+5 0 15 2+2 6+1 0 - - - - - - - 43
11 CRAIG BREEN 2+0 18+0 0 6 8 4+1 - - - - - 39
12 HAYDEN PADDON 10 0 12 12 - - - - - 34
13 TEEMU SUNINEN 0 4+0 2 15+2 1 8 - - - - - 32
14 LOEB SÉBASTIEN 10+1 0+4 - - - - - - - 15
MARCAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
1 HYUNDAI SHELL MOBIS 14 40 30 27 33 31 37 16 228
2 M-SPORT FORD WRT 33 10 29 35 22 33 22 18 202
3 TOYOTA GAZOO RACING 33 20 14 26 31 16 21 40 201
4 CITROËN TOTAL 18 28 25 10 12 18 18 24 153
WRC2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
1 TIDEMAND PONTUS - 18 25 - 25 25 - - - - - - - 93
2 KOPECKÝ JAN 25 - - 25 - 25 - - - - - - 75
3 GUS GREENSMITH - - 18 18 4 15 - - - - - 55
4 OLE CHRISTIAN VEIBY 15 12 18 0 - - - - - 45
5 LUKASZ PIENIAZEK 2 10 18 10 - - - - - - 40
E/20
ENTREVISTA
FILIPE ALBUQUERQUE
SEMPRE EM
ALTA ROTAÇÃO
Filipe Albuquerque anda numa roda viva entre a Europa 2 018temsidoumanoemcheio nato. Mas uma coisa mantém-se inal-
e os Estados Unidos, da IMSA à ELMS, passando pelas para Filipe Albuquerque. O terada… a capacidade para ser com-
24 Horas de Le Mans. Fizemos com ele o balanço da época… piloto tem continuado a sua petitivo sendo invariavelmente o mais
aposta nos Estados Unidos rápido dos Ligier, chassis que utiliza
ENTREVISTA Fábio Mendes com muito sucesso e no seu nas competições europeias.
[email protected] primeiro ano a fazer o cam- A sua última corrida foi no Red Bull
FOTOGRAFIA JB Photo/José Bispo peonato IMSA completo tem apresen- Ring, onde conseguiu um pódio de
e IMSA: M. Levitt, J. Galstad e R. Dole tado um nível fabuloso, conseguindo forma inesperada, como explicou ao
ser competitivo em todas as pistas, AutoSport: “Atendendo ao andamen-
embora não conheça a maioria de- to que tínhamos e as dificuldades que
las. Mantém também a sua presença enfrentamos, creio que foi um exce-
no ELMS, um campeonato que tem lente resultado, com alguma sorte à
crescido muito ultimamente e que este mistura. O Duqueine (Engineering,
ano está com um nível competitivo carro nº 29) foi desclassificado (foi
tremendo, dadas as indefinições que detetada uma mistura de combustí-
rodeavam o WEC. Aqui a situação do vel não homologada – 0.5% de outro
piloto não é tão boa, porque a sua má- combustível que foi usado no teste que
quina não é tão competitiva e porque antecedeu a prova) e mesmo na corri-
falhou a primeira ronda do campeo- da tivemos alguma sorte, com um dos
>> autosport.pt
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nossos adversários a ter problemas sempre, ou seja, perto da frente. Mas “ATENDENDO AO continua a escorregar de frente. Com
técnicos. Conseguimos maximizar este ano com o ELMS tão competiti- ANDAMENTO NO o carro assim não consigo fazer a di-
o resultado e isso foi muito bom. Por vo, lutar por vitórias é muito difícil. Há RED BULL RING E AS ferença. Arriscámos muito no TL1 e
outro lado, esperávamos estar mais pilotos bons e a Oreca continua ainda DIFICULDADES, CREIO mudámos muita coisa, o que não fun-
próximos dos Oreca este ano, espe- à frente da Ligier.” QUE FOI UM EXCELENTE cionou de todo. Voltámos atrás nas
cialmente numa pista onde sabíamos A Dunlop introduziu este ano upgra- RESULTADO, COM mudanças e conseguimos um anda-
que podíamos ser competitivos, mas des nas suas borrachas, mas os efeitos ALGUMA SORTE mento melhor. Mas sabíamos que es-
encontrámos problemas que no ano nos Ligier não foram os esperados e À MISTURA. távamos a arriscar e a andar fora do
passado não tínhamos. O carro esta- o chassis da Onroak Automotive tor- que é normal, para tentar solucionar
va muito subvirador e tentámos fazer nou-se subvirador, um problema que esta situação.”
muitas modificações para contrariar vem desde o início da época: Neste contexto, a experiência de
isso, mas nada se alterou. O problema “Estes problemas já vinham de Monza, Albuquerque torna-se fundamen-
deve estar relacionado com a mudan- em Le Mans também sentimos isso, tal para encontrar as respostas ne-
ça dos pneus da Dunlop. Esse proble- tal como agora no Red Bull Ring, uma cessárias:
ma já está a ser investigado e temos pista pequena, mas sinuosa, o que im- “Com a minha experiência e o meu
de encontrar uma solução pois neste plica que sofremos logo e não conse- feedback consigo direcionar a equi-
momento não consigo tirar o máximo guimos compensar isso. O nosso carro pa, que também confia em mim e no
do carro. Creio que acabámos a cor- era muito equilibrado em pistas que meu trabalho e sabe que já tenho pro-
rida na posição onde podemos andar exigem downforce, mas neste caso vas dadas. Nesta situação foi impor-
E/
ENTREVISTA
22
FILIPE ALBUQUERQUE
tante pois olhando para o Joker que a conseguir equilibrar o carro. Se os Ao contrário da
Ligier teve, que permitiu uma evolu- pneus que vamos testar forem bons, ELMS, na IMSA
ção significativa, chegar a uma pista infelizmente só poderão estar dispo- Albuquerque liderou
onde no ano passado éramos 0.4 se- níveis em Portimão, tal pode ser bom o campeonato até
gundos mais lentos e este ano éramos para nós, já que no ano passado esti- há bem pouco tempo
0.6 poderia levar a algumas dúvidas vemos perto da vitória e queremos e ocupa agora a
da equipa. Mas não é o caso e con- este ano vencer.” segunda posição a…
sigo direcionar a equipa para aque- Para um piloto com a qualidade e a
le que acho ser o rumo certo. Estes capacidade de Albuquerque, lutar por um ponto
problemas estão a ser tratados para “migalhas” nunca é o ideal, mas o pilo- dos líderes.
Silverstone, uma pista onde também to não se deixa abater com a situação:
costumamos ser fortes.” “Não posso ficar frustrado com esta com o quarto lugar da última prova
situação, nem desanimado. Eu tenho em que os Cadillac andaram sempre
TÍTULO DISTANTE, MAS O TRABA- de ser um exemplo, tenho de motivar muito juntos. Acredito que a discus-
a equipa, os engenheiros, os pilotos. É são do título será feita entre os Cadillac
LHO NÃO PÁRA o carro que temos e não vale a pena pois os outros começam a estar um
lamentar a situação. Temos é de tra- pouco distantes. É um balanço muito
Quanto ao tão desejado título do ELMS balhar ao máximo, lutar até ao fim e bom. Não sei se conseguiremos ven-
que já escapou por duas vezes, o por- depois logo se vê o resultado. Nem me cer corridas até ao final do ano devido
tuguês tem uma abordagem prag- permito a mim ficar frustrado e tento ao BoP, mas o meu objetivo a partir de
mática: logo puxar a equipa para cima. Creio agora é lutar pelo máximo de pontos
“O título para mim, pessoalmente, que o que passei nos Karts me prepa- possível, mesmo que as vitórias não
nunca esteve na calha, pois neste cam- rou muito bem para aguentar este tipo surjam. Está tudo muito interessante
peonato é preciso pontuar em todas de situações e muito mais.” e muito renhido.”
as provas e eu falhei a primeira devido Com dois carros na luta pelo título, a
à sobreposição de datas com o IMSA. À CONQUISTA DA AMÉRICA E DE Action Express terá de gerir bem a
Mas o meu objetivo era dar o máximo situação, mas Albuquerque acredita
para a equipa e permitir que o carro OLHOS POSTOS “NO CANECO” que a tensão normal destas situações
nº 22 vencesse o campeonato. Mas a não irá afetar em demasia a equipa:
primeira corrida não correu bem, na Já no IMSA o cenário é completamen- “As coisas estão mais tensas, mas é
segunda prova estava tudo bem enca- te diferente. Albuquerque liderou o normal. Estamos lá para ganhar. Temos
minhado para ficarmos no pódio, mas campeonato até há bem pouco tempo de nos respeitar uns aos outros, mas
fomos penalizados por aquele Drive e ocupa agora a segunda posição a… também estamos lá para ter sucesso.
Through, injusto na minha opinião, e um ponto dos líderes. O balanço neste O que a equipa quer é ganhar o cam-
a própria estratégia não foi a melhor. A caso é claramente positivo: peonato e serem os dois melhores car-
partir de Monza começámos a encarar “É um balanço muito bom. Vencemos
a competição prova a prova, sem pen- em Daytona que é a maior prova de
sar muito no campeonato pois faltam resistência dos Estados Unidos e a
apenas três corridas, estamos muito maior prova de Sportscars e vence-
longe da frente e não dependemos de mos em Long Beach que é o Mónaco
nós para chegar lá.” dos EUA e logo na minha estreia lá. A
Assim, o trabalho de Albuquerque e AXR já não ganhava lá há algum tem-
da United passa por resolver os pro- po e ganhar à primeira num citadino é
blemas atuais do carro e começar a especial e difícil. Em Detroit também
trabalhar já para o futuro: estávamos na frente mas a estratégia
“O nosso objetivo é tirar o máximo não nos correu da melhor maneira e
do carro e chegar à vitória pelo nosso juntamente com Sebring, em que ti-
andamento e não por circunstâncias vemos aquele toque, talvez tenham
da corrida. Queremos vencer porque sido os dois pontos menos positivos
somos os melhores e é com esse in- do ano. Fora isso, estamos a fazer um
tuito que trabalhamos neste momen- campeonato espetacular, a equipa tem
to. Não sei se conseguiremos isso este feito um trabalho de boxe espetacu-
ano. Vamos fazer um teste de pneus lar e sempre que acontece algo con-
agora para resolver este problema que seguem encontrar a estratégia ideal
nos está a prejudicar. Acho que, sem para reverter a situação. Nas últimas
querer, acabaram por beneficiar mais provas devido ao BoP não tivemos
os Oreca com esta mudança de pneus. carro para andar e nesse caso temos
Mas estou com muita confiança que de apostar na estratégia e esperar pe-
vamos encontrar soluções e vamos los erros dos outros. Fiquei contente
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ros do IMSA. E se fizermos como até Gaby Chaves fez um trabalho espeta- meia hora eu compenso com o resto espetaculares e adorei a experiência
agora, conduzir de forma leal e limpa
dentro de pista, não haverá proble- cular ao nível da adaptação, não ba- sem problema. Se ele não conseguir de correr com estes carros rápidos
mas. Poderão surgir algumas picar-
dias que são inevitáveis nestas si- teu e andou depressa. Mas tivemos de fazer sequer uma volta, aí o cenário entre muros. De Watkins Glen tam-
tuações. Espero que corra bem e que
ganhe o carro português. Não acredito improvisar em alguns aspetos o que muda, mas não estamos com isso em bém gostei muito, tal como Mosport,
que haja qualquer tipo de “jogo sujo” e
se acontecer algo em pista, será pela não é ideal para quem luta pelo título. perspetiva.” que é uma pista muito estreita. Mas
grande vontade de vencer de parte a
parte, sem maldade. Há muita coisa Preferia 1000 vezes ter o João sempre o que tenho gostado mesmo são as
em jogo, há muito trabalho feito e há
uma grande vontade de vencer, mas comigo, pois as coisas fluem com uma REALIDADE AMERICANA ENTUSIASMA corridas em si. São muito desafiantes,
como somos todos crescidos e somos
profissionais temos de ter sempre em naturalidade muito maior. A recupera- A experimentar uma realidade di- com pistas muito estreitas, com muitos
conta o interesse da equipa também.
Temos de lutar entre nós sem preju- ção do João tem corrido bem, tem fei- ferente do que estava habituado, o carros e dou por mim muitas vezes a
dicar a equipa.”
A última prova João Barbosa teve to simulador em casa. É uma evolução entusiasmo de Filipe Albuquerque é tentar certas situações e pensar ‘isto
de ver de fora, devido a uma lesão, e
Albuquerque admite que receber um gradual e será provavelmente apenas notório. As pistas onde tem compe- não vai correr muito bem’. Está toda
elemento novo a meio da época não
favorece a luta pelo título: na semana que an-
“Não é uma situação ideal para nós. O
tecede a próxima VENCEMOS EM DAYTONA QUE É A MAIOR PROVA DE RESISTÊNCIA DOS EUA
corrida que a recu-
peração irá inten- E A MAIOR PROVA DE SPORTSCARS E VENCEMOS EM LONG BEACH QUE É O
sificar-se. Iremos MÓNACO DOS EUA E LOGO NA MINHA ESTREIA LÁ...
ainda até ao simu-
lador da Dallara e
veremos como ele
se sente e mesmo depois em pista. O tido são do seu agrado, pois são de- a gente a tentar ganhar posições no
Importante é conseguir fazer os cro- safiantes e bem diferentes daquelas trânsito e a tentar aproveitar todas as
nometrados e fazer algum tempo em que temos na Europa: oportunidades para ultrapassar e não
pista. Posso tentar fazer algum tempo “As pistas que mais gostei foram as entendo como é que aquilo às vezes
por ele e se, por exemplo, o João fizer citadinas. Long Beach e Detroit foram não corre pior. Mas ao mesmo tempo
E/
ENTREVISTA
24
FILIPE ALBUQUERQUE
é uma adrenalina que não se sente os DTM. É uma curva muito difícil e o treino fica estragado, os colegas já não “Já tive pilotos “silver” a perguntarem
nas pistas europeias e nas pistas da mínimo erro atira-nos para fora e foi o andam e é uma espiral de complicações sobre as corridas de resistência lá e
FIA como no ELMS e no WEC. Exige- que aconteceu ali.” que leva a não exagerarem. Por isso é acho que ter um andamento de corri-
se muito mais destreza por parte dos O entusiasmo com que o português que as pistas lá são espetaculares. Eu da competitivo cá é muito diferente de
pilotos do que nas provas europeias. fala das pistas americanas é evidente e adoro desafios e não gosto de encarar ser competitivo lá. Mesmo eu no início
A questão dos limites de pista lá não sente-se que os bons pilotos saem be- as curvas como outros pilotos que vão tive de me adaptar à agressividade que
se aplica e quando isso acontece na neficiados com a exigência das pistas: fora dos limites e depois nada a acon- eles têm a lidar com os gentleman dri-
maioria das vezes acaba-se no muro. “Nos Estados Unidos, com relva e gra- tece. Na Europa faz-se muito isso e a ver, nas dobragens, com pistas com o
O exemplo de Vettel em Hockenheim vilha é um espetáculo. Conseguimos pista de Red Bull Ring é um exemplo piso muito pior, com uma série de fa-
é o ideal para evidenciar as diferenças. fazer a diferença em relação a outros disso em que se pode travar mais tarde tores desafiantes e que eu gosto muito.
Se aquilo acontecesse numa pista com pilotos e sabemos que quando procu- do que o próprio carro permite, sai-se Acho que qualquer piloto gosta deste
uma escapatória, ele tinha continuado ramos o limite e exageramos, vamos um pouco de pista mas está tudo bem tipo de desafios.”
a corrida e ganhava. Aquela é se ca- bater. E assim muitos pilotos nem se- e é raro bater-se.”
lhar a única curva daquela pista que quer arriscam tentar andar nos tempos O desafio é grande e exige adaptação FUTURO DEVE CONTINUAR A PAS-
tem gravilha. Eu conheço bem aque- de outros pois o preço a pagar é dema- a uma realidade diferente, mas mui-
la curva, que fazíamos por fora, com siado elevado, porque depois o resto do to aliciante: SAR PELOS EUA
Quanto ao futuro, Albuquerque preten-
>> autosport.pt
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Filipe Albuquerque vive nos EUA uma realidade bem diferente em termos
de circuitos, face à Europa, e o seu entusiasmo é notório pois as pistas
onde tem competido são do seu agrado, pois são desafiantes e bem
diferentes das que temos na Europa.
Filipe Albuquerque
deve continuar
a correr nos EUA
mas está aberto
a outros desafios
que possam ser
conciliáveis
de continuar nos Estados Unidos mas estou aberto a isso. Os Estados Unidos bons pilotos que não tiveram as mesmas de acompanhar um miúdo e ajudá-lo a
mantém-se aberto a outros desafios são neste momento o sítio a estar neste oportunidades ou não conseguiram fa- chegar mais longe, um pouco como es-
que possam ser conciliáveis: tipo de competição.” zer a diferença na altura certa. Não sei tou a fazer agora na United, com miú-
“Gostava de repetir o IMSA sem dúvi- E se Filipe Albuquerque não fosse pilo- mesmo o que seria se não fosse pilo- dos mais novos. Ajudá-los em vários
da alguma e depois logo se vê. Há mui- to, o que seria? Eis uma pergunta difícil to. O que sei é que para chegar ao mais aspetos, desde a comunicação rádio,
ta coisa a acontecer no ELMS e no WEC a que não tivemos resposta, mas ficá- alto nível temos de nos dedicar a 100%, com os engenheiros, a todas as várias
por isso logo se vê. Para já não há nada mos com uma ideia do que poderá ser porque o nível, em todos os desportos, componentes que são importantes para
em concreto e acho que ainda é cedo o Filipe longe dos volantes: é muito alto. Considero que estou num se ter sucesso. É também um pouco do
até com a Superseason ainda a decor- “Já pensei nisso e é assustador, pois pus nível muito bom de pilotagem, de ex- trabalho que me foi incutido pelo Pedro
rer. Estou feliz nos Estados Unidos e as minhas fichas todas no que gosto e periência e de entender o que é preci- e pelo Nuno Couceiro. Foi um bocado o
esse é o meu projeto principal e depois tive muita sorte em ser bem-sucedido e so para uma equipa ter sucesso. Se não que eles fizeram comigo e gostava de
se der para conciliar com outras coisas tornar-me piloto profissional. Há muitos for piloto um dia, não sei, mas gostava transmitir isso a um miúdo no futuro.
26 CPM/
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE MONTANHA - RAMPA DE MURÇA
RUI
RAMALHO
CAMPEÃO
Era uma questão de tempo, tal tem sido
o seu domínio, mas Rui Ramalho garantiu
antecipadamente o seu segundo título absoluto
no Campeonato de Portugal de Montanha JC Group.
Venceu e convenceu na Rampa Porca de Murça
José Luis Abreu zou a melhor subida 2m06,446s e ‘se- C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O
[email protected] lou’ assim o triunfo final com um acu-
FOTOGRAFIA ZOOM MotorSport/ mulado de 4m15,483s, prescindindo de 1º RUI RAMALHO OSELLA PA 2000 EVO2 PROTOTIPO E2-SC 4M15.483S
António Silva realizar a derradeira subida, contra- PROTOTIPO E2-SC +7,357S
riamente a Hélder Silva, que garantiu o 2º HELDER SILVA JUNO CN09 +18.486S
Organizada pelo CAMI segundo posto absoluto aos comandos GT +18,761S
Motorsport, terminou com a do Juno CN09. 3º JOSÉ CORREIA NISSAN NISMO GTR - GT3 PROTOTIPO CM +20.14S
conquista antecipada do tí- Mais do que isso, Rui Ramalho garan- TURISMO 3 TRF A +20,549S
tulo absoluto do Campeonato tiu o segundo título consecutivo no 4º NUNO GUIMARÃES BRC CM02 TURISMO 4 TCR +26.636S
de Portugal de Montanha a Campeonato de Portugal de Montanha TURISMO 2 E1-FIA +28,540S
Rampa Porca de Murça. JC Group, quando ainda faltam duas pro- 5º JOAQUIM TEIXEIRA SEAT LEON EUROCUP MK3 TURISMO 2 E1-FIA +34.753S
Rui Ramalho dominou por completo vas para terminar a temporada: “Um tí- TURISMO 3 TRF A +36,134S
a competição, vencendo todas as seis tulo que foi mais fácil, mas que em mui- 6º LUIS NUNES AUDI RS3 LMS TURISMO 4 TCR +37.946S
provas até aqui realizadas, deixando a to fico a dever à minha equipa, a quem TURISMO 3 TRF A +43,800S
concorrência muito longe. agradeço o trabalho realizado ao longo 7º MANUEL CORREIA FORD FIESTA R5+ TURISMO 1 N2 +45.536S
Na verdade, não teve grandes adversá- da época. Foram incansáveis”, agra- TURISMO 1 A1 +51,059S
rios, mas triunfar em todas as provas deceu o piloto portuense, que garan- 8º LUIS SILVA CITROEN DS3 R5 TURISMO 3 TRF B +1:03.397S
não é para qualquer um. tiu ir cumprir as restantes provas do TURISMO 2 E1-C +1:12.609S
Este fim de semana, nas mais famosas calendário. 9º DANIELTEIXEIRA VW GOLF GTI TURISMO 2 E1-C +1:23.761S
curvas transmontanas e depois de no O último lugar do pódio absoluto foi para PROTOTIPO CN +1:27.452S
sábado ter deixado claro quem manda- José Correia, no Nissan GTR GT3, que não 10º PEDRO MARQUES SEAT LEON TCR TURISMO 2 E1-B
va, reforçou o seu estatuto de favorito ao teve adversários nos GT. Depois de ter
ser o mais rápido também na segunda sido o quarto mais rápido na segunda 11º GABRIELA CORREIA SEAT LEON MK3
subida de prova. subida de prova o piloto de Braga foi o
O piloto do Osella PA 2000 Evo2 reali- terceiro mais rápido na derradeira su- 12º PEDRO C. SARAIVA MITSUBISHI LANCER EVO IX
13º PARCIDIO SUMMAVIELLE RENAULT CLIO R3
14º SERGIO NOGUEIRA RENAULT CLIO RS
15º CARLOS SILVA PEUGEOT 106
16º NUNO PINTO MAZDA MX5
17º PAULO RAMALHO OSELLA PA 21 S EVO
18º JOSÉ P. MIRANDA TOYOTA CELICA 4WD
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bida, atrás de Nuno Guimarães, que no onde Manuel Correia e o Ford Fiesta R5 mas fechou o pódio dos Turismo 3. Nos Delgado fez-se valer do Ford Sierra
BRC CM02 acabou no terceiro posto dos + foi terceiro, impondo-se na categoria Turismo 1 Pedro Coelho Saraiva acabou Cosworth para chamar a si o triunfo,
protótipos e no quarto posto absoluto. 2 por mais de uma décima a Luís Silva, por fazer valer a tração integral do seu impondo-se nas duas últimas subidas
A fechar o top cinco absoluto, Joaquim aos comando do Citroën DS3 R5. Mitsubishi Lancer Evo IX para se impor de prova, deixando a discussão do se-
Teixeira garantiu o triunfo nos Turismo Daniel Teixeira, no Volkswagen Golf diante de Parcídio Summavielle. Já na ca- gundo lugar para os habituais protago-
e na categoria 3. O piloto do Seat Leon Gti foi segundo dos Turismo 2, e Pedro tegoria até 1300 cc o melhor foi Leonel nistas do campeonato, sendo que desta
MKIII foi mais rápido do que Luís Nunes, Marques, no Seat Leon, foi segundo nos Brás aos comandos de um Citroën AX. feita José Pedro Gomes se desforrou do
que no Audi S3 LMS acabou por garan- Turismo 4, enquanto Gabriela Correia fi- Já no Campeonato de Portugal de Caramulo e bateu Flávio Sainhas por
tir o triunfo na categoria 4 dos Turismo, cou fora do top dez no Seat Leon MKIII Clássicos de Montanha JC Group, Luís mais de um segundo.
V/28
BLANCPAIN GT SERIES ENDURANCE
24 HORAS DE SPA
SABOROSA Walkenhorst BMW, pequena formação reduzindo para metade após a paragem.
sem experiência nenhuma em Spa, que Isto porque a Rowe Motorsport deixou
DOBRADINHA inscreveu, pela primeira vez, um carro para o final a “joker pit stop”, uma possi-
no Blancpain GT Series Endurance, e que bilidade conferida pelo regulamento da
Terceira vitória em quatro anos, 24ª em 70 edições das tem como currículo várias participações prova e que permitia fazer uma paragem
24 Horas de Spa Francorchamps, com os dois primeiros nas 24 Horas de Nürburgring, onde são mais curta que os habituais 1m52s. Os
lugares do pódio ocupados pelos M6 GT3. Um cenário de especialistas. O M6 GT3 esteve rápido, 10 segundos pareciam fáceis de anular,
sonho para a BMW num palco mítico que testemunhou mesmo não sendo o mais veloz do pelo- mas a verdade é que Philip Eng esteve
os regressos de Riccardo Patrese e de Rubens Barrichello tão, mas esteve essencialmente quase imperial e não permitiu que Alexander
isento de problemas e os três mosque- Sims conseguisse, sequer, aproximar-
e a participação de Álvaro Parente e de Rui Águas teiros que se repartiram ao volante, es- -se para um eventual duelo.
tiveram irrepreensíveis. Tom Blomqvist, Antes de tentar esta luta pela vitória,
José Manuel Costa são vedetas planetárias, desaguaram Christian Krognes e Philip Eng passam que não se concretizou, Alçexander
[email protected] nas Ardenas pilotos como Rubens Barri- a figurar no livro de vencedores das 24 Sims teve de lidar com a pressão exer-
FOTOGRAFIA Philippe Nanchino chello, ao volante de um Mercedes AMG Horas de Spa – Eng pela segunda vez! - cida por Frederic Vervisch (piloto do
GT3, e Bernd Schneider, também com após uma prova conduzida com cabeça WTCR), ao volante do Audi R8 LMS da
Os americanos amam os “un- um Mercedes, claro, ou Timo Bernhard e com muita consistência e regularidade, Sainteloc, carro que, como todos os Audi,
derdog”, os mais fracos que e Earl Bamber, ex-pilotos Porsche no tendo chegado ao comando na nona foi brindado com uma alteração de úl-
dificilmente andam nas bocas Endurance ao volante de um 911 RSR. hora, regressando ao primeiro lugar nas tima hora no Balance of Performance
do mundo ou têm a possibi- Mas havia um regresso que deixou to- primeiras horas da madrugada, ultra- (BoP). Uma falha no sistema de alimen-
lidade de ir mais longe que a dos boquiabertos: Riccardo Patrese, já passando várias bandeiras amarelas tação fez o carro da Sainteloc atrasar-se,
honra de participar. Os eu- para lá dos 60 anos, aceitou o desafio em todo o circuito e até uma bandeira perdendo a tripla Frederic Vervisch,
ropeus são mais dados a endeusar as da Honda para pilotar um NSX GT3 na vermelha provocada por um pavoro- Markus Winkelhock e Christopher Haa-
vedetas e os ganhadores. E nas 24 Horas companhia do filho de Patrick Depailler, so acidente entre o Bentley de Andy se (estes dois, vencedores em 2017)
de Spa, a festejarem 70 edições, não Loic Depailler. Merrick e o Lamborghini Huracán de a possibilidade de terminar no pódio,
faltaram vedetas. Desde logo a fina flor No final das duas voltas ao relógio, foi Jurgen Krebs, que deu direito a uma ida que acabou nas mãos de outro Audi,
dos pilotos de GT. Mas como eles não mesmo um “underdog” a ganhar a pro- ao hospital mas sem ferimentos graves. no caso o carro da Land Mortorsport
va, no caso o BMW M6 GT3 da equipa O segundo lugar ficou na posse do BMW pilotado pelos jovens Kelvin e Sheldon
M6 GT3 da BMW Team Rowe Motorsport, van der Linde e Jeffrey Schmidt. Este
cujo carro, pilotado por Alexander Sims, carro esteve na luta pela vitória até
Nicky Catsburg e Jens Klingmann, valo- que foram penalizados por excessivo
rizou a vitória do BMW da Walkenhorst. abuso dos limites da pista, algo que fez
Deram muita luta e antes da paragem desmoronar o excelente trabalho feito
final nas boxes, a diferença entre os pelos irmãos van der Linde.
dois M6 GT3 era de apenas 20 segundos, O quinto lugar final ficou para o Merce-
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des AMG GT3 do Team Black Falcon (formação oficial enquanto que Riccardo Patrese ajudou como pôde DECLARAÇÕES
da casa de Estugarda) com Yelmer Buurman, Maro Loic Depailler, Esteban Guerrieri (piloto Honda no
Engl e Luca Stolz, uma tripla de respeito que perdeu WTCR) e Bertrand Baguette a chegar ao final no 32º “Esta é uma corrida entusiasmante.
a possibilidade de chegar ao pódio quando a equipa lugar. Quanto aos portugueses, Álvaro Parente, na Admito que me sinto particularmente
mandou parar o carro nas boxes, em bandeira verde companhia de Maxi Buhk e Maxi Gotz, no Mercedes cansado, mas também muito feliz,
e, segundos depois, surgiu uma bandeira amarela AMG GT3 da Strakka Racing, fez o último turno de especialmente pela equipa. É a primeira
que todos aproveitaram para parar, quando a prova condução e chegou ao 11º lugar final, debatendo-se vez que inscrevem um carro na categoria
estava a passar as 22 horas de corrida. Um azar que com alguns problemas ao longo da prova. Ainda Pro num evento como este e ter uma
pode suceder a todos. assim, encetaram uma excelente recuperação, numa vitória na estreia é fabuloso! Mas
Em sexto ficou o Mercedes AMG GT3 da Auto Sport prova atípica que não recebeu a visita da chuva. Já Rui também estou feliz pelo Christian
Promotion pilotado por Raffaele Marciello, Daniel Águas, aos comandos do Mercedes AMG GT3 da Black (ndr.: Krognes), pois não é um piloto
Juncadella e Tristan Vautier, já a uma volta do ven- Falcon e na companhia de Kriton Lendoudis, Saud profissional e exibiu uma excelente
cedor, seguido no sétimo lugar pelo primeiro Nissan Al Faisal e Tom Onslow-Cole, terminou no 31º lugar. performance. Já quanto ao Tom, não há
GT-R Nismo GT3, o carro da RJN Motorsport, pilotado Na classe AM Cup, a vitória ficou para o Lamborghini nada a dizer, esteve excelente como
pelos homens da casa, Alex Buncombe, Matt Parry e Huracán da Barwell Motorsport, pilotado por Adrian sempre.”
Lucas Ordonez. No oitavo posto ficou o melhor carro Amstutz, Leo Machitski, Richard Abra e Patrick Ku-
da WRT Audi, no caso o nº 2, pilotado por René Rast, jala (27º lugar da geral), enquanto que na categoria Philip Eng
Robin Frijns e Nico Muller. O outro Audi da WRT, que Pro-AM o primeiro lugar foi para o Ferrari 488 GT3
tinha rubricado a pole position através de Dries da Rinaldi Racing, com Daniel Keilwitz, Alexander “Sabia perfeitamente que encontrar
Vanthoor, foi desqualificado devido a uma irregu- Mattschull, Rinat Salikhov e David Perel (15º lugar o Philip Eng no turno final seria duro
laridade técnica, sendo anulados os seus tempos, da geral). Finalmente, na Silver Cup, vitória para o e, realisticamente, hoje não iria
facto que forçou a tripla composta pelo mais novo Lamborghini Huracán GT3 da Ombra racing, pilotado conseguir passar por ele. Estávamos em
dos Vanthoor, Alex Riberas e Christopher Mies, a por Kang Ling, Alex Frassinetti, Andrea Rizzoli e estratégias semelhantes e no final da
largar do 20º lugar da grelha de partida. A prova Romain Monti, que terminaram no 18º lugar da geral. corrida fiquei à espera do que poderia
não lhes correu de feição e o R8 LMS com o nº 1 não Apenas dois carros apareceram na categoria Group acontecer. Temos de dar os parabéns à
terminou a corrida devido a um problema mecânico. Nat, o Porsche 911 Cup da SpeedLover (Pierre Yves equipa Wakenhorst, é fantástico vê-los
Assim, no nono lugar ficou o Aston Martin nº 76 da Paque, Gregory Paisse, Rob Wilwert e Gilles Petit) e ganhar desta forma.”
R-Motorsport, pilotado por Mathieu Vaxiviere, Jack o Lamborghini Huracán SuperTrofeo da GDL Racing
Dennis e Nicki Thim. No 10º lugar ficou o melhor (Andrew Haryanto, Andres Josephsohn, Beniamino Alexander Sims
Ferrari, o 488 GTB GT3 da SMP Racing pilotado por Caccia e Sarah Bovy), tendo ganhado o Porsche que
Mikail Aleshin, Miguel Molina e Davide Rigon. terminou no 43º lugar da geral. “Andámos sempre a fundo e nunca
Entre os pilotos mais mediáticos que referimos A “Coupe du Roi”, troféu que recompensa o constru- desistimos e a verdade é que algumas
acima, Rubens Barrichello, ao volante do Mercedes tor com melhores resultados em todas as categorias vezes correu bem, outras nem por isso,
AMG GT3 da Strakka Racing, na companhia de Ch- (Pro, Pro-AM, AM Cup e Silver Cup) às seis, 12 e 24 mas a verdade é que andámos sempre
ristian Vietoris e Felipe Fraga, terminou no 58º lugar, horas, foi ganha pela Mercedes AMG. como se estivéssemos a discutir a pole
position do princípio ao fim. O carro e os
pneus aguentaram-se e o resultado final
acaba por ser muito bom para a equipa
Land que fez aqui a sua primeira prova no
Blancpain GT Series.”
Kelvon van der Linde
“Tivemos alguns azares este fim
de semana, sobretudo durante a
qualificação, o que foi determinante
para a corrida. No entanto, terminar
uma prova desta duração é sempre
positivo. Recuperámos bastante e isso
demonstra que ao longo do evento
fomos realizando as opções corretas. É
evidente que quando aqui chegámos os
nossos objetivos eram mais arrojados,
mas tendo em conta o que sucedeu, o 11º
lugar acaba por ser positivo.”
Álvaro Parente
N/30 FÓRMULA 2 Continua muito interessante a
NOTÍCIAS luta dos jovens lobos aspiran-
tes à F1. Cinco vencedores di-
CAMPEONATO ferente em oito eventos, numa
RELANÇADO competição em que existem clara-
mente bons valores para alimentar
Nyck de Vries e Alexander Albon dividiram as vitórias a F1 num futuro próximo.
da Fórmula 2 no Hungaroring, com triunfos claros. Na primeira corrida, o vencedor foi
No campeonato, foi a vez do líder George Russel Nyck de Vries, numa corrida que co-
ter um mau fim de semana, ao contrário de Lando meçou apenas após várias voltas
Norris que reequilibrou a luta na competição. atrás do Safety Car devido ao piso
molhado.
José Luís Abreu O brasileiro Sérgio Sette Câmara
[email protected] (Carlin) conseguiu a pole, mas o
espetáculo esteve, nesta primeira
LEIA E ACOMPANHE TODAS parte da corrida, por conta de Lando do pela classificação à medida que
AS NOTÍCIAS EM AUTOSPORT.PT Norris (Carlin), protegido da McLaren. a pista secava e foi aí que a corrida
Largando do quarto lugar e tendo mudou de protagonista.
assistido aos problemas do líder do Nyck de Vries, piloto da Prema, mos-
campeonato, George Russell (ART) trou-se imediatamente rápido com
–quefoiobrigadoalargar dasboxes os pneus para seco, derretendo a
devido a um problema mecânico – enorme vantagem de Norris, pas-
Norris precisou de 11 voltas para to- sando para o comando da corrida na
mar conta do primeiro lugar com um 27ª volta. Nunca mais ninguém o ‘viu’.
ritmo intratável em que, em algumas Lando Norris colocou-se à mercê de
voltas, chegou a ser três segundos Sette Câmara, e a luta foi interessante
mais rápido que os seus adversários.
A pista molhada destacava o talento
do jovem britânico.
George Russell acabou por abando-
nar e Sette Câmara foi escorregan-
GP3 MICK SCHUMACHER TCR ITÁLIA:
TRIUNFOS ESTREOU-SE A VENCER NA F3 PORTUGUESES
DIVIDIDOS AZARADOS EM IMOLA
Aos 19 anos, Mick Schumacher, filho de Michael Schumacher,
Nikita Mazepin e Dorian Boccolacci estreou-se a vencer na F3 e logo em Spa-Francorchamps, pista Não correu bem o fim de semana do TCR
dividiram os triunfos na GP3, numa onde o seu pai venceu a sua primeira corrida de F1, em 1992. Depois Itália a José Rodrigues e a César Machado em
competição em que Anthoine Hubert de partir de sexto, Mick Schumacher mostrou-se bem adaptado Imola. O primeiro estava com um bom ritmo de
dilatou a sua margem no campeonato. às condições de pista, que esteve húmida na fase inicial e que foi corrida, e depois de recuperar várias posições
A corrida 1 foi ganha por Nikita Mazepin secando ao longo das voltas. O jovem alemão foi ganhando terreno e não estar muito longe da luta pelo pódio, um
(ART Grand Prix), na frente de Leonardo e apesar de uma ligeira saída na chicane de Les Combes, não se toque de um adversário durante a sinalização
Pulcini (Campos Racing) e Anthoine atemorizou, continuando na perseguição ao líder que ultrapassou na de Safety Car colocou-o fora de pista. Quanto
Hubert (Art Grand Prix). reta de Kemmel, selando assim uma bela vitória. a César machado, que disputou a segunda
Dorian Boccolacci venceu a corrida 2 corrida, partiu lá de trás, recuperou algumas
aproveitando bem a grelha invertida. posições, e terminou na 13ª posição, numa
O piloto da MP Motorsport bateu corrida em que o Safety Car entrou
Callum Ilott por 2.3s, com o seu colega por duas vezes em pista devido a outros
de equipa, Anthoine Hubert, a abrir tantos incidentes.
uma boa margem no campeonato. José Rodrigues estava a ter uma boa
Hubert completou o top 3, com pódios prestação, arrancou em oitavo e já estava em
consecutivos e vai de férias com 129 quinto, mas o toque foi fatal: “Arranquei mal
pontos, mais 15 que Callum Ilott. e caí algumas posições, mas após a primeira
Leonardo Pulcini é terceiro, um ponto curva consegui impor o meu ritmo. Estava a
na frente de Nikita Mazepin. A ART lidera fazer uma corrida fantástica, sempre ao ataque
entre as equipas com 376 pontos, a e com um andamento muito forte, mas à porta
Trident tem 224 e a Campos Racing 105. do pódio, quando lutava pela quarta posição,
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LEIRIA SOBRE RODAS
EM SETEMBRO
como Luca Ghiotto, de um arranque Realiza-se de 20 a 23 de setembro o Leiria adeptos dos ralis, velocidade e Drift podem
menos conseguido dos homens da Sobre Rodas, um dos maiores eventos assistir a este espetáculo. O Leiria Expo
linha da frente, Artem Markelov e nacionais de exposição de veículos clássicos, Auto conta com todos os concessionários
Sérgio Sette Câmara. Albon e Ghiotto com áreas dedicadas a competição e de Leiria. Destaca-se ainda a presença de
ficaram com as posições da fren- exibições, para além da presença de pilotos diversos super desportivos exclusivos,
te, com vantagem para o italiano da nacionais e internacionais. lançamento de novos veículos, test-drive e
Campos Racing, que foi capaz de a Didier Auriol será o Piloto Internacional do co-drives em pista com pilotos profissionais.
aumentar depois de um período de Leiria Sobre Rodas 2018, onde vai rodar A Feira de Automobilia, no exterior do Estádio,
Virtual Safety Car, originadopor um aos comandos do Peugeot 208 R5. Ricardo tem entrada livre, e aí poderá adquirir
toque na primeira volta. Moura, vencedor do Campeonato dos Açores peças para carros e motos antigas, livros,
Albon atacou forte e conseguiu en- de Ralis Absoluto 10 vezes consecutivas, três miniaturas e outros produtos.
curtar a distância para Ghiotto e perto vezes Campeão Nacional de Produção e três O passeio de Clássicos pode vê-lo no interior
do final o piloto da DAMS conseguiu vezes campeão Absoluto, também marca do estádio ou nas ruas de Leiria. Há também
subir à primeira posição e cavar um presença, aos comandos de um Skoda um passeio de Vespas, e no sábado um
fosso considerável. O despromovido Fabia S2000. exposição de bicicletas antigas.
ao segundo lugar ainda teve Sette Na exposição, mais de 500 veículos clássicos
Câmara por perto, mas o brasileiro fi- e desportivos estarão em exposição no
cou-se pelo terceiro posto na corrida. estádio. Em 2018 comemoram-se os 70
Artem Markelov perdeu muitas po- anos do Land Rover Defender e os 50
sições e quem aproveitou foi Lando anos do Ford Escort.
Norris que ficou com a quarta posi- No Leiria Motorshow, mais de 25.000
ção à frente de Roberto Mehri. Nyck
até o brasileiro cometer um erro e cair de Vries, vencedor da primeira corri- ESTORIL CLASSICS WEEK
na classificação, deixando Antonio da, ficou-se pela sétima posição, atrás
Fuoco no lugar mais baixo do pódio, de Nirei Fukuzumi (que lhe roubou o O Circuito Estoril e os Jardins do Casino Estoril Portugal Histórico, que partirá dos Jardins do
com Jack Aitken colado aos escapes sexta posto). A completar o top 10 ti- vão ser palco de um novo evento - único - de Casino Estoril e terminará no Circuito Estoril,
do Dallara do italiano. vemos George Russell, que fez uma Clássicos que vai juntar várias competições. ao qual se juntam o Concurso de Elegância,
A corrida terminou com a vitória excelente recuperação, tendo largado Com data prevista para 2 a 7 de outubro, o também com a chancela do ACP, a Fórmula 1
de Nyck de Vries, seguido de Lando de último (o britânico teve problemas Estoril Classics Week 2018 vai reunir o Rally de Classic, o World GP Bike Legends e o Historic
Norris e Antonio Fuoco. no seu monolugar no sábado), Louis Endurance.
Na segunda corrida foi Alexander Deletraz e Jack Aitken. Serão seis dias de ação, com grandes nomes
Albon a vencer. O piloto tailandês, presentes, como são os casos do antigo
nascido em Londres, beneficiou, tal piloto de ralis Stig Blomqvist, aos comandos
de um Audi Quattro de grupo B, Miki Biasion,
bicampeão do Mundo de Ralis e três vezes
vencedor do Rali de Portugal, aos comandos
de um Lancia Delta, ou, nas duas rodas,
os Campeões do Mundo de 500 cc Wayne
Gardner, Phil Read e Freddie Spencer.
MIGUELCRISTÓVÃOÀS PORTASDA
GLÓRIAEM SPA-FRANCORCHAMPS
Novamente ao volante do BMW M4 GT4 da RN da geral, 5º na classe, para a primeira corrida,
Vision STS, Miguel Cristóvão deu seguimento sabia que era importante entregar o carro
ao bom desempenho de Misano, alcançando ao meu colega na melhor posição possível,
mais um pódio na GT4 European Series, em para que pudéssemos trazer bons pontos
Spa-Francorchamps: “Partindo do 25º posto para o campeonato”, o que fez e até ao fim
um adversário decidiu mergulhar que os meus adversários diretos. Por da primeira corrida o búlgaro viria a
para a ultrapassagem numa manobra vezes as corridas são duras mas tenho recuperar mais posições, concluindo a
muito otimista e colocou-me fora. Nas de levantar a cabeça e orgulhar-me prova no 2º posto da classe Pro-Am.
corridas é sempre preciso uma ponta do que fiz. Fui consistentemente o Na segunda corrida, uma colisão com
de sorte e desta vez ela não esteve Honda Fk2 mais rápido e, não fosse o outro concorrente logo na primeira volta
comigo. Fui o terceiro mais rápido em incidente, certamente estaria no pódio deitou pelo ar qualquer esperança de
pista, e estava com mais andamento ao fim desta corrida.” repetir o resultado: “Foi uma pena este
desfecho. De qualquer forma, estou
satisfeito com o meu desempenho e
com o facto de os nossos objetivos na
luta pelo título manterem-se intactos”,
concluiu Miguel Cristóvão.
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YAMAHA Pedro Rocha dos Santos nas mais variadas situações.
[email protected] A primeira sensação é impactante, princi-
» NIKEN palmente causada pela volumetria da sua
Oconceito desenvolvido pela frente e sofisticação do seu sistema de
“RIDING THE REVOLUTION” Yamaha em torno da NIKEN suspensão e direção dianteiras. Temos a
refere com especial destaque impressão de estar perante uma máquina
Embora o conceito de três rodas não seja uma a aderência extra conseguida do futuro, saída de um qualquer filme de
novidade absoluta no mundo das motos o certo é que no trem dianteiro e a capaci- ficção e que de repente se poderá trans-
o posicionamento da NIKEN como moto de três rodas e dade aumentada de inclinar formar num qualquer robot.
não uma Scooter é absolutamente inédito e tão novo e nas curvas, a mais de 45º , acessível a Receámos, ao montar pela primeira vez
revolucionário se apresenta que reivindica logo à partida qualquer utilizador mais experimentado, na NIKEN, pelo seu peso e pela eventual
80% mais de aderência na frente em relação a uma moto e também maior segurança na travagem maior resistência no seu manuseamento.
normal... será? Foi assim, intrigados pela “revolução” emcurvaouemlinharecta, empisosmais Primeira surpresa, a NIKEN proporcio-
anunciada pela Yamaha, que partimos a convite da mesma ou menos degradados. na uma sensação de enorme leveza de
para ensaiar aquela que se afirma ser única na sua A convite da Yamaha fomos levados pro- direção uma vez em cima da mesma,
“espécie”. positadamente a fazer um percurso de não comparável de facto com as maxi
cerca de 200 Km, num misto entre estra- scooters atualmente existentes de três
das nacionais e estradas secundárias, com rodas. Ou seja, a primeira premissa de-
todo o tipo de piso e curvas, no sentido de fendida pela Yamaha de que a NIKEN é
colocarmos a NIKEN à prova e testarmos uma moto e não uma “scooter” parece à
todas as suas capacidades e desempenho partida, e ainda parados, estar de acordo
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com a realidade. Mais, a mesma não tem o conforto que seria de esperar de uma que proporciona uma postura natural ção. Estas são conseguidas sobretudo pela
bloqueio na vertical propositadamente moto com as características da NIKEN. dos braços, sem esforço, embora o nosso maior inclinação e velocidade em curva,
para que a sua utilização seja idêntica à de Embora com uma altura aceitável ao solo a corpo esteja ligeiramente mais recuado, maior controlo e segurança e uma maior
uma moto de duas rodas, aliás, a NIKEN sua largura excessiva acaba por penalizar como já referimos, por uma questão de adrenalina proporcionada pela sensação
apenas tem descanso lateral. a colocação dos pés no chão e a posição centralização de massas e maior equilíbrio de diversão e descontração na condução
Esqueçam aqueles que olham para a mais recuada do condutor em relação, por do conjunto. da NIKEN.
NIKEN e pensam de imediato que a po- exemplo, à MT-09. Para se compensar o Na apresentação prévia que nos foi feita E assim que começamos a rodar na NIKEN
derão conduzir apenas com carta de carro maior peso da frente da NIKEN e poder-se foi realizado um comparativo direto com começam a saltar os seus atributos e a
já que a “revolucionária” está homologada centralizar massas, ao estendermos as um ski de neve. Aliás, NIKEN significa em evidenciarem-se todas as qualidades
como moto e não como “triciclo”. pernas com a moto parada as mesmas japonês “duas espadas” e o objetivo da referidas na apresentação, tais como a
Quando nos sentamos na NIKEN temos de encontram-se precisamente no sítio das Yamaha é o de proporcionar com o seu velocidade e estabilidade em curva, o
imediato a sensação de estarmos numa peseiras. O guiador está numa posição novo modelo novas sensações de condu- maior controlo nas travagens e nas ace-
Maxi Trail ou numa Sport Tourer, não
fosse o ecrã frontal ser demasiado baixo
e não ajustável, o que do ponto de vista
estético e operacional, na nossa opinião,
deverá ser revisto. Estranhamos as duas
saliências ou “marrecas” do lado do painel
digital que escondem a parte superior do
sistema de suspensão/direção. O assento
é algo duro e largo o que penaliza em parte
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lerações. A sensação de maior aderência As rodas dianteiras de 15” distam entre condução e a facilidade e rapidez com que NIKEN seja uma verdadeira moto e não
proporciona um sentimento de maior si apenas 410 mm e têm uma distância a colocamos em curva e conseguimos o passível de ser conduzida por alguém
confiança geral, o que nos leva a testar os entre eixos relativamente à roda traseira encadeamento das mesmas é deveras sem experiência, apenas com carta de
seus limites com maior à vontade e sem- de 1510 mm, ou seja, apenas mais 110 mm surpreendente. automóvel.
pre com o sensação presente de menor do que na MT09. Ao quadro produzido em O motor é o já conhecido e fantástico trici- O som do escape curto deixa adivinhar
risco de perder a frente. tubos de aço do tipo diamante é acoplado líndrico da Yamaha MT-09, XSR e Tracer toda a pujança do tricilíndrico e a sua so-
Gostámos da enorme precisão da frente um braço oscilante em alumínio. A trava- 900, o 847 cc que debita 115 cv às 10.000 noridade é equilibrada, proporcionando
da NIKEN, sobretudo em curvas rápidas gem é excelente graças aos discos duplos rpm. Mas para compensar o maior peso conforto e tranquilidade ao mesmo tempo
e apertadas, onde o desempenho das dianteiros de 298 mm ajudados por ABS. A da NIKEN foi dado um maior binário ao que passa a sensação de potência do seu
suspensões é magnífico, proporcionado suspensão traseira é também totalmente motor através de uma diferente afina- motor. A opção de um Akrapovic é sempre
por dois conjuntos de suspensões dian- ajustável em pré-carga, compressão e ção da injeção e da introdução de uma válida para quem queira ter um extra de
teiras de cada lado. O primeiro é de 41mm extensão. cambota com maior inércia. A caixa foi sensações e resposta do motor.
e funciona como reforço do segundo de O sistema de inclinação dianteiro de rodas também alterada e monta carretos de A NIKEN monta uma caixa de 6 velocida-
43 mm. Este último detém toda a parte múltiplas desenvolvido pela Yamaha para uma liga de aço mais resistente. A nível da des assistida por Quick-Shift apenas num
hidráulica, sendo totalmente ajustável a NIKEN é de articulação tipo paralelogra- transmissão secundária aumentaram-se sentido (up), o qual funciona na perfeição
em compressão e hidráulico. O curso mo e de geometria que segue o princípio em dois dentes a relação, sendo agora proporcionando maior conforto na sua
das suspensões dianteiras é de 110 mm de Ackerman, com um mecanismo de di- de 47 dentes, o que faz parecer a caixa condução.
e proporciona um excelente conforto e um reção de duplo eixo que proporciona ângu- mais curta e proporciona uma resposta Para controlar o binário da NIKEN existem
comportamento de excelência na leitura los de inclinação realmente pronunciados, mais rápida. três modos de motor sendo o 1 o mais des-
do piso das estradas, mesmo degradadas. sendo que a segurança que sentimos na A sofisticação do motor da NIKEN conta portivo, o 2 o normal e o 3 para condução
Ver as suspensões das duas rodas a tra- dianteira faz-nos apenas preocupar em ainda com sistema de YCC-T, admissão à chuva. Rodámos quase sempre no 1 pois
balhar independentemente, sobretudo dosear a aceleração à saída das curvas de tiragem vertical descendente, uma a sensação de segurança proporcionada
quando passamos num buraco ou sa- e controlar alguma tendência de derra- relação de compressão de 11,5:1, pistons de pela NIKEN era tal que rodar sempre per-
liência na estrada com apenas uma das pagem da roda traseira, isto apenas em alumínio forjado de baixo peso, cilindros to dos limites era um prazer imenso. De
rodas, provoca uma sensação curiosa, situações extremas de pilotagem mais descentrados, embraiagem assistida e apoio à condução a NIKEN conta ainda
quase como se estivéssemos a presen- agressiva. Em qualquer caso a sensação deslizante e sistema TCS de controlo de com cruise control, controle de tração,
ciar a imagem e o funcionamento da de controle e segurança é total e o sistema tração. YCC-T e Modo D.
suspensão independente de um jipe no de paralelogramos funciona na perfeição O fantástico motor tricilindrico da NIKEN A Yamaha NIKEN, apesar de revolucio-
todo-o-terreno a passar obstáculos, tal é a estabelecendo e controlando os limites de proporciona acelerações vigorosas sem- nária no seu conceito, resulta ser uma
efetividade de todo o conjunto de direcção inclinação e viragem. A NIKEN proporcio- pre cheias de binário, como já conhecía- excelente opção como moto “Turística
e suspensões dianteiras. na de facto uma experiência única na sua mos em outros modelos, e faz com que a Desportiva” graças ao comportamento
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proporcionado pela sua motorização e FT/ F I C H A T É C N I C A
o conforto e segurança que advém do
sistema de direção e suspensão de rodas 847 CC
duplas na dianteira. De design arrojado e
certamente pouco consensual - ou se CILINDRADA
gosta ou não se gosta - a NIKEN inclui
tecnologia LED na iluminação e um painel 115 CV
LCD de informação talvez demasiado mi-
nimalista e básico, pois aqui esperávamos POTÊNCIA
algo de maior sofisticação tendo em conta
o conceito “futurista e revolucionário” do 18 L
modelo. A grande volumetria “plástica”
em torno do LCD também faz “perder” um DEPÓSITO
pouco da sua dimensão e leitura.
A velocidade e segurança em curva é 263 KG
realmente o atributo máximo da NIKEN
que proporciona uma condução entu- PESO
siasmante sempre com uma sensação
máxima de controle. A Yamaha sempre 16 000€
foi protagonista ao longo da sua história
no explorar de novos conceitos e criar PREÇO BASE
novos segmentos de mercado com novos
modelos pelo que, dependendo do sucesso TIPO TRICILÍNDRICO, REFRIGERAÇÃO LÍQUIDA,
comercial que a NIKEN venha a ter, pode- 4 TEMPOS, DOHC, 4V DISTRIBUIÇÃO 4 VÁLVULAS
remos ver no futuro novas evoluções da BINÁRIO 87,5 NM EMBRAIAGEM ASSISTIDA,
mesma, talvez até de cilindrada inferior DESLIZANTE, ACIONADA HIDRAULICAMENTE
passível de ser conduzida com carta A2... CAIXA SEIS VELOCIDADES TRANSMISSÃO
porque não? CAIXA 6 VELOCIDADES QUADRO TIPO DIAMANTE
A Yamaha propõe ainda uma gama de EM AÇO SUSPENSÃO DIANTEIRA INVERTIDA
produtos e acessórios para a NIKEN que DUPLA DE 43MM E 41MM CURSO 110 MM
incluem um escape Akrapovic, um su- SUSPENSÃO TRASEIRA MONOAMORTECEDOR
porte mais baixo de matrícula, um banco AJUSTÁVEL TIPO LINK CURSO 125 MM TRAVÕES
de design mais desportivo, cavaletes para DISCO DE 298 MM, DISCO DE 282 MM
manutenção, entre outros...
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MARTIN
DONNELLY
OIRLANDÊS
QUESABIA
VOAR
Martin Donnelly foi, sem sombra de dúvidas, uma
das maiores promessas do automobilismo inglês
do final da década de 80, juntamente com Johnny
Herbert. Ambos viram a sua carreira marcada por
acidentes graves, mas o pavoroso despiste no G.P.
de Espanha de 1990 acabou de vez com
a promissora carreira deste irlandês
CONHEÇA ESTA E MUITAS
OUTRAS HISTÓRIAS EM AUTOSPORT.PT
Guilherme Ribeiro 1, mas a sua ascensão foi de tal forma costumava seguir as provas disputa- velho Crosslé de Fórmula Ford para se
[email protected] meteórica que custa mesmo a crer das no circuito de estrada de Dundrod divertir e, quando o filho tivesse idade
FOTOGRAFIA AutoSport, D.R e Flickr que ele não pudesse ter-se estabe- nos anos 50, e aos domingos corria para competir, herdaria o carro, além
lecido como um dos grandes no des- habitualmente em provas locais em de dar umas voltinhas quando a pista
P oucos duvidam que Martin porto motorizado. Além disso, já havia Belfast junto com o seu grupo de ami- estava vazia e os comissários faziam
Donnelly tinha tudo para ser demonstrado alguma versatilidade ao gos. Deste modo, Martin habituou-se, “vista grossa”. No entanto, os anos
um grande piloto, quiçá mes- correr, com algum sucesso, em provas desde cedo, a crescer com o cheiro a 70 eram complicados para os lados
mo um Campeão do Mundo. de Endurance, por isso não lhe falta- óleo e borracha queimada, e aos oito de Belfast, com muita violência entre
É fácil entrar neste registo riam oportunidades de futuro. anos já dava umas voltinhas ao circuito católicos e protestantes e grande ati-
retrospetivo, se formos a ver Martin Donnelly nasceu a 26 de mar- de Kirkistown no carro do pai quan- vidade terrorista por parte do IRA. Os
bem, arranja-se bem mais “merecia ço de 1964 em Belfast, na Irlanda do do ninguém estava a ver. No entanto, Donnelly não viviam numa zona rica, e
ser campeão” do que campeonatos Norte, filho de um negociante de legu- apesar de o seu pai ser essencialmente era comum os membros daquele grupo
possíveis. Além disso, Martin estava mes completamente apaixonado pelo piloto de turismos, quando Donnelly ti- recrutarem jovens nestes meios me-
apenas no seu primeiro ano na Fórmula desporto motorizado. O pai Donnelly nha 12 anos teve a ideia de comprar um nos favorecidos pelo que, aos 11 anos,
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Donnelly foi enviado para a República esquema para enganar os comissá- O esforço trouxe rapidamente os seus Ford Festival. Nesse ano, matricu-
da Irlanda para estudar num colégio rios, e Martin começou a pilotar o ve- primeiros frutos, quando um empre- lou-se em Engenharia Mecânica na
interno religioso. lhinho Crosslé, intensificando a sua sário do ramo da construção e da ins- Universidade de Belfast mas, pouco
Foi uma decisão dura e o jovem Martin atividade no ano seguinte, a partir do talação de aquecimento central local, tempo depois, Frank Nolan ligou-lhe,
ressentiu-se, mas ele mesmo confes- momento em que tirou a sua licença Frank Nolan, decidiu apostar no piloto dizendo que estava disposto a apostar
sa que a dureza daqueles tempos o desportiva. Correndo tanto na Irlanda e financiou-lhe a estreia no Formula na carreira de um jovem irlandês que
preparou melhor para o momento em do Norte como na República da Irlanda, Ford Festival em 1981, com o piloto a quisesse ir para Inglaterra. Consciente
que teve de deixar a família e partir o jovem rapaz de Belfast não tardou a realizar uma performance que se fez da sua enorme paixão pelas corridas,
para Inglaterra para prosseguir a sua mostrar-se um dos melhores pilotos notar na revista inglesa Autosport. os seus pais aceitaram que Martin
carreira de piloto. E, quando acabou irlandeses, no que seria uma nova vaga Em 1982 Donnelly trocou o esgotado congelasse a matrícula e seguisse os
os estudos aos 16 anos, Donnelly não do desporto naquele país, depois dos Crosslé por um Van Diemen do ano seus sonhos, partindo em 1983 para
quis mais nada a não ser começar a pioneiros David Kennedy, Derek Daly anterior, e rapidamente começou a Inglaterra. Donnelly estabeleceu-se
correr. Mesmo um ano abaixo do li- e Tommy Byrne, mesmo com um carro dominar as provas de FForna Irlanda, em Norfolk, em casa de uma velha
mite, ele e o seu pai lá arranjaram um claramente datado. chegando mesmo à final do Formula senhora que alugava um quarto em
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troca de companhia, aonde o piloto tou na disputa do Campeonato Inglês entanto, o empresário irlandês morreu ronda seguinte, em Thruxton, Martin
iria permanecer durante quatro anos, e Europeu de FF2000, mas encontrou subitamente em abril desse ano, pri- Donnelly propôs-se ao manager da
forjando uma verdadeira amizade com grande oposição por parte do canadia- vando Martin do seu maior sponsor e, Intersport Racing, Glenn Waters, para
a dona da casa. no Bertrand Fabi, apontado como um acima de tudo, do seu grande mentor. pilotar para ele. A Intersport, apoiada
O apoio de Frank Nolan permitiu a dos maiores jovens talentos mundiais Mesmo assim, o depósito financeiro pela Cellnet, alinhava com Damon Hill
Donnelly avançar para a Fórmula Ford do momento. No Europeu, Donnelly tinha sido feito quase na totalidade, o e Massimo Monti, mas os resultados do
2000 ao volante de um Van Diemen de venceu em Nürburgring e Brands que não afetou a presença do irlandês italiano tardavam a aparecer e Waters
fábrica, vencendo três provas do cam- Hatch, mas alguns azares impediram na F3 Inglesa. Donnelly mostrou ao que decidiu dar uma oportunidade ao irlan-
peonato inglês na primeira metade da que conseguisse lutar efetivamente vinha e por que era apontado como um dês. Com o Ralt RT31-Toyota da equi-
época e dominando por completo na com Fabi, terminando o campeonato dos mais talentosos pilotos do momen- pa, Donnelly conseguiu de imediato o
Irlanda, até que a legalidade do seu em terceiro. No entanto, em Inglaterra, to, ao andar regularmente nos pontos lugar mais baixo do pódio, após uma
motor foi posta em causa neste país. a luta foi muito mais renhida e Martin e vencer quatro provas - Oulton Park, fantástica luta pelo segundo posto, e
Frank Nolan ofereceu-se para que o chegou a Oulton Park, penúltima ron- Donington e por duas vezes Silverstone Waters decidiu dispensar de vez Monti
motor fosse totalmente verificado, e da do campeonato, a ter que vencer - terminando o campeonato na tercei- e contratar Donnelly. E, agora, os re-
quando se demonstrou uma modifi- para ficar na luta mas, na largada, ele ra posição. E, no final do ano, venceu o sultados começaram a aparecer ra-
cação duvidosa na árvore de cames, e Fabi colidiram, o que entregou o tí- célebre prémio Cellnet Awards (os ou- pidamente, com inúmeras presenças
instruiu o piloto a ceder todos os pon- tulo a este último, enquanto Donnelly tros premiados foram Johnny Herbert no pódio e duas vitórias, em Oulton
tos conquistados até ao momento. O terminou em quinto. e Gary Brabham), sucessor dos famo- Park e Brands Hatch, que permitiram
resultado foi simples: Donnelly domi- síssimos Grovewood Awards. a Donnelly recuperar até ao terceiro
nou por completo a segunda metade DA FÓRMULA 3 À FÓRMULA 1 Donnelly renovou com a Swallow lugar no campeonato, com 61 pontos.
do campeonato e venceu-o, mesmo Racing para 1987, agora com reais ex- De salientar que, na segunda metade
após a perda dos ditos 48 pontos, e Ambos progrediram para a F3 Inglesa pectativas na conquista do título, mas da época, Martin conseguiu mais do
terminou também nos lugares de hon- em 1986, mas a tragédia bateu à porte a equipa tinha trocado o Ralt por um dobro dos pontos do campeão Johnny
ra do Campeoanto Inglês! Para 1984, de Bertrand Fabi quando, num teste novo Reynard 873-VW e passou as Herbert. E, no final da época, no G.P.
Frank Nolan e Donnelly trocaram a Van em Goodwood com a sua nova equi- primeiras provas à procura das me- de Macau, Donnelly conseguiu a pole
Diemen pela Rushen Green Racing e, pa, a West Surrey Racing, se despis- lhores afinações para o carro. Desse na primeira sessão de treinos, que se
agora com um Reynard, dominaram o tou violentamente e faleceu. Quanto modo, Martin conseguiu nove pontos converteu na única quando um tufão
Campeonato BBC Grandstand Series a Donnelly, assinou pela menos con- nas primeiras seis provas e, não sendo se abateu sobre o circuito no dia se-
de FF2000, vencendo com larga mar- ceituada Swallow Racing, pilotando um piloto abonado, não tardou a que a guinte e, no dia da corrida, o irlandês
gem. Assim, em 1985, Donnelly apos- um Ralt RT30/86-VW, mais uma vez equipa optasse por o dispensar. Para a saiu bem e manteve uma liderança in-
graças ao apoio de Frank Nolan. No
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tocável durante toda a corrida, obtendo estava em segundo no campeonato, Era um sonho tornado realidade para taria a Le Mans com a Nissan, com
a sua maior vitória até então. não longe do finlandês apoiado pela Donnelly, mas havia um problema… o Kenny Acheson e Olivier Grouillard,
Logo a seguir a Macau, Peter Collins, Marlboro JJ Lehto, tendo conquista- vil metal. Necessitando de 30.000 li- mas o motor quebrou ainda na volta
diretor desportivo da Benetton, con- do vitórias em Thruxton, Donington bras para as últimas cinco provas da de aquecimento.
vidou Donnelly para testar um dos e Snetterton. Após a vitória indiscu- época, Donnelly tentou jogar de for- Voltando aos monolugares, Eddie
monolugares da equipa no Estoril. E tível nesta última prova, Donnelly foi ma arriscada, prometendo falar com Jordan fez tudo para ficar com o pilo-
a Marlboro também o convidou, para chamado por Eddie Jordan para um a viúva de Frank Nolan para conven- to, embora aumentasse as exigências
decidir quais pilotos iria apoiar na F3 e possível volante na F3000. Na verda- cer Jordan. A questão era, Frank havia sobre o seu contrato, o que tornou as
F3000, tendo em perspetiva um lugar de, um dos pilotos da equipa, o pro- morrido sem deixar testamento e os negociações bastante tensas, mas lá se
na Onyx Racing, de Mike Earle. No en- missor sueco Thomas Danielsson, foi seus bens estavam ainda congelados. entenderam e a EJR, patrocinada pela
tanto, quem conquistou o volante foi o forçado a interromper a sua carreira No entanto, a “coisa” lá pegou, Eddie Camel, iria alinhar com Martin e Jean
alemão Volker Weidler, e Donnelly viu- por problemas de visão – na verda- contratou-o, assinando também por Alesi. Foi uma época de altos e bai-
-se remetido a um terceiro ano na F3 de, pessoas do meio dizem que tudo seis anos com Jordan como manager. xos, infelizmente. Com o novo Reynard
em 1988, renovando com a Intersport foi usado como desculpa para Jordan Na estreia, em Brands Hatch, os dois pi- 89D-Mugen, Donnelly começou bem,
Racing, pilotando o Ralt RT32-Toyota, despedir Danielsson e colocar um ir- lotos da Eddie Jordan Racing (Reynard dominando a prova de Silverstone até
ao lado de Damon Hill, com forte apoio landês na equipa – e Eddie Jordan não 88D-Cosworth) ocuparam a primeira o motor partir, e repetiu a dose em
da Cellnet. Mais uma vez, Martin dei- escondeu o seu entusiasmo por poder linha da grelha, com Herbert na fren- Vallelunga para conquistar a vitória
xou bem claro o seu talento e enor- contar com uma das mais jovens pro- te de Donnelly, e saíram no comando sendo, no entanto, desclassificado,
me consistência e, a meio da época, messas de momento. até que um acidente interrompeu a porque o nariz do Reynard não tinha
prova. Na segunda partida, Donnelly passado pelo crash-test. A partir daí,
arrancou bem melhor que Herbert e talvez pela pressão de Alesi, que co-
assumiu o comando mas, atrás de si, meçara muito bem também, Donnelly
uma manobra demasiado arriscada tentou fazer mais do que podia e co-
de Foitek acabou num violentíssimo meteu alguns erros que lhe rouba-
acidente com Herbert, que deixaria o ram muitos pontos, só regressando
promissor inglês com lesões que nun- aos bons resultados com uma vitória
ca lhe permitiram chegar aonde pro- em Brands Hatch e um terceiro lugar
metia. Donnelly fez o melhor que pôde em Birmingham. A partir daí, nunca
nestas condições e, na terceira larga- mais pontuou, o que explica o magro
da, assumiu o comando para vencer, oitavo lugar, com 13 pontos, enquan-
na sua prova de estreia na F3000. Na to Jean Alesi dominou o campeonato.
ronda seguinte, em Birmingham, pro- Pelo meio, Donnelly disputou ainda
movido pela força das circunstâncias três provas do Campeonato Japonês de
a primeiro piloto da EJR, Martin foi se- F3000, mas nunca chegou aos pontos.
gundo, após uma luta brilhante com o
vencedor Roberto Moreno. Seguiu-se FINALMENTE A FÓRMULA 1
novo segundo lugar em Le Mans, um
abandono em Zolder depois de arran- Não se pense que Donnelly foi esma-
car da pole e liderar confortavelmente gado por Alesi em performance pura,
até a caixa quebrar, e nova vitória em porque não raras vezes o bateu em
Dijon, o que deixou Donnelly num sur- qualificação, enquanto que em corri-
preendente terceiro lugar no campeo- da foram mais erros de crescimento
nato, com 30 pontos. E, no Campeonato que o prejudicaram. Assim, a Lotus,
Britânico de F3, mesmo com a mudança patrocinada pela Camel, não tardou a
para a F3000, ainda foi quarto. contratá-lo para piloto de testes, ain-
Na fase final da época, Eddie Jordan já da no início da época, e chegou-se a
tinha percebido que o prometido di- colocar a hipótese de o irlandês correr
nheiro nunca iria chegar, mas o talen- no Brasil para substituir um lesionado
to impressionante do piloto compen- Piquet, mas o piloto era grande demais
sava, daí que, para conseguir algum para caber no carro e, felizmente, a
dinheiro, Jordan “alugou” os serviços estrela brasileira recuperou a tempo.
de Donnelly à Richard Lloyd Racing No entanto, nos testes intermédios em
no WSC/WEC, e embora o piloto não Silverstone em junho, Martin impres-
tivesse conseguido resultados de re- sionou o suficiente ao ser o mais rápido
levo, ganhou uma experiência precio- dos pilotos da Lotus. E, quando Derek
sa nas corridas de Endurance. No ano Warwick se lesionou numa prova de
seguinte, este sistema manteve-se, karts na véspera do G.P. de França,
e Donnelly abriu a época de 1989 nas Eddie Jordan apressou-se a “vender os
24h de Daytona, correndo ao volante méritos” do seu jovem piloto, optan-
de um Jaguar XJR-9 oficial com Patrick do por promover Donnelly em vez de
Tambay e Derek Daly, mas a tripla não Alesi. No entanto, quando vários con-
passou… da segunda curva. Depois, flitos devido a patrocinadores levaram
as 24h de Le Mans, ao volante de um à saída de Alboreto da Tyrrell também
Nissan R89C oficial, com Julian Bailey e na véspera do Grande Prémio, Eddie
Mark Blundell e, mais uma vez, o azar
a perseguir o irlandês quando Bailey
colidiu com um Jaguar em Mulsanne
e abandonou. Em 1990, já na F1, vol-
40
fez rigorosamente o mesmo com Ken de imediato contratado por Ken Tyrrell dês. Na verdade, Donnelly conseguiu equipa com que este contava alinhar
Tyrrell, “vendendo” assim Jean Alesi, para fazer o resto da época! bater Warwick em qualificação em seis na Fórmula 1 em 1991, mas Martin re-
ainda para mais para uma equipa pa- No entanto, em 1990, Donnelly também das 13 provas que fizeram juntos, e em cusou a proposta, achando que uma
trocinada pela Camel. Não deixa de ser conquistava um lugar na Fórmula 1, corrida não andou longe do ritmo do equipa nova nunca iria produzir re-
de pensar o que teria acontecido se as ao assinar por três anos com a Lotus, bem mais experiente colega, um dos sultados a curto prazo, optando assim
oportunidades surgissem na ordem para correr ao lado do experiente Derek melhores pilotos a nunca ter vencido por renovar a opção que a Lotus tinha
inversa, tendo em conta o futuro de Warwick. Se bem que a equipa de um Grande Prémio. Em corrida, ambos sobre ele. Infelizmente, a brilhante
Alesi na Tyrrell. Hethel estivesse em decadência des- foram traídos pela dolorosa falta de carreira de Donnelly acabaria no dia
Certo é que Donnelly se estreou na F1 de 1988, mesmo contando com Nelson fiabilidade dos motores, colecionando seguinte. Na sessão de treinos de sex-
no G.P. de França de 1989, ao volante de Piquet, não deixava de ser uma forma- Martin oito abandonos em 13 provas. ta-feira, Donnelly estava numa curva
um Arrows A11-Cosworth e não andou ção que podia lutar regularmente pe- E, nas restantes, o melhor que conse- de alta velocidade quando a suspensão
nada mal, apesar de ter que partir das los pontos se… não usasse os pesados guiu foi um sétimo posto na Hungria da frente esquerda partiu, atirando o
boxes depois de, na primeira largada, e pouco fiáveis motores Lamborghini. e dois oitavos lugares, em San Marino carro de frente contra as barreiras. O
uma enorme carambola ter deixado Depois de se ter estreado como forne- e no México. Quanto a Warwick, não impacto foi de tal ordem que o chassis
detritos na pista que lhe danificaram cedora de motores em 1989, a marca esteve muito melhor e só marcou três se partiu de imediato em dois, com a
a suspensão. O carro-reserva esta- de Sant’Agata Bolognese decidira for- pontos ao longo da época. frente a desfazer-se por completo e a
va otimizado para Eddie Cheever e necer uma segunda equipa, e o novo ficar espalhada pelo circuito. No meio
Donnelly teve algumas dificuldades, Lotus 102 estaria equipado com o V12 O DRAMA dos destroços, estava o piloto, agarrado
mas perseverou e terminou no 12º lu- projetado por Mauro Forghieri. E foi Antes do G.P. de Espanha de 1990, à bacquet, no meio do asfalto. O silên-
gar, enquanto Alesi, com pneus Pirelli, este o grande problema da equipa e que Donnelly tinha recebido uma oferta cio abateu-se sobre o circuito quando
brilhava e terminava em quarto, sendo explica a falta de resultados do irlan- de Eddie Jordan para pilotar para a se vislumbrou aquela horrífica cena.
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O primeiro piloto a chegar foi escala rebentara numa das pernas. que tornava impossível entrar e sair históricos pela marca. Donnelly tam-
Pierluigi Martini, que de imediato Sid Watkins resistiu a todas as pres- do carro com facilidade. Após mais bém tem uma academia de pilotagem
atravessou o carro na pista e pediu sões para amputar o piloto, e foram duas operações, estava apto para re- e orienta algumas jovens promessas,
aos restantes para abrandar. O carro precisas seis semanas até que os rins cuperar uma vida normal. ao mesmo tempo que foi, durante mui-
médico chegou rapidamente ao local voltassem a funcionar devidamente. to tempo, comentador televisivo. Fez
e o Professor Sid Watkins viu o piloto Permanecendo em coma por sete se- Apesar de não poder mais correr, também algumas aparições pontuais
a sufocar, tendo que arrancar o capa- manas, Donnelly acordou finalmente, Donnelly nunca se afastou do auto- como piloto em provas de club racing
cete e forçar a abertura da boca para determinado a recuperar, fazer fisio- mobilismo. Em 1992, fundou a Martin em Inglaterra e em 2015 chegou mes-
o entubar. Olhando para as pernas, o terapia e regressar à alta competição. Donnelly Racing, alinhando na popular mo a alinhar no BTCC, com a equipa de
venerável médico da F1 viu que o caso No entanto, só teve alta em fevereiro, Formula Vauxhall Lotus, para depois fábrica da Infiniti, mas a equipa estava
estava deveras complicado, mas con- mais de quatro meses e meio depois passar para a F3 Inglesa em 1996, mas cheia de problemas internos e a aven-
seguiu estabilizá-lo no local e, depois, do acidente, e foi levado por Niki Lauda o antigo piloto sempre compreendeu tura durou apenas três provas.
no centro médico do circuito, antes para a clínica de Willy Dungl. No entan- que uma equipa pequena tinha imen-
de o evacuar para Sevilha. Além das to, apesar do intenso trabalho levado sas dificuldades em sobreviver porque Como ele sempre disse, o desporto
inúmeras lesões nas pernas, o piloto a cabo, não demorou muitas semanas dependia de pilotos que chegavam com automóvel é perigoso, e quem o pra-
tinha também uma contusão cerebral a que Donnelly percebesse que nunca pequenos budgets, que nem sempre tica sabe (e na altura, com muito mais
grave e os pulmões extavam afetados. mais poderia voltar à competição. As se materializavam. Ainda assim, com probabilidades) que as coisas podiam
Depois de dias de trabalho no hospi- graves lesões nas pernas e nos torno- mais ou menos sucesso, a equipa so- acontecer. Donnelly pagou um preço
tal, Donnelly foi enviado para Londres, zelos deixaram marcas, nomeadamen- breviveu até 2004. A partir daí, Martin elevado, mas sobreviveu. Podia ter
mas um dia depois estava em falência te na coxa esquerda, e o piloto perdeu começou a trabalhar para a Lotus, par- sido um dos melhores pilotos britâ-
renal, e uma hemorragia de grande a capacidade de dobrar essa perna, o ticipando no desenvolvimento de al- nicos da década de 90, mas o destino
guns modelos, assim como pilotando assim não o quis.
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elétrico recebe a sua primei- pelo acesso aos lugares traseiros - e
Aproveitando aquela que é a primeira atualização do seu ra atualização, a versão mais pela habitabilidade limitada a quatro
ainda único modelo 100% elétrico, a BMW dá a conhecer desportiva, BMW i3S, aprovei- ocupantes, o novo BMW i3S acresce a
ta todas as benesses resultan- estas particularidades um interior de
versão mais “desportiva” e vitaminada do i3, que, com tes desse facto, que o tornam mais fácil imagem irreverente e high-tech, evo-
mais 14 cv e 20 Nm, promete ainda mais diversão de distinguir da versão pré-restyling, luído com novos revestimentos de ótima
e emoção ao volante. Resta saber se o consegue... do que propriamente do “irmão” menos qualidade, além de dois ecrãs digitais a
potente. cores: o painel de instrumentos em que
LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE A contribuir para tal, o mesmo pára- só não se compreende a dimensão real
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT -choques redesenhado, ainda que com do ecrã, face ao tamanho do compo-
pormenores diferentes no i3S; a mesma nente, e o ainda maior ecrã do sistema
iluminação dianteira em Full LED (de de infoentretenimento, colocado em
série); os pilares A em preto e a linha posição destacada, ao centro do tablier,
do tejadilho em preto mate, a que o i3S personalizável na apresentação e com
junta cavas das rodas com rebordo tam- novas funções. Este, ainda e sempre
bém em preto mate, a envolver jantes acompanhado do tradicional botão rota-
de 20” com pneus mais largos; além tivo colocado entre os bancos da frente,
de uma suspensão 10 mm mais baixa. já que o ecrã continua não sendo tátil.
Sem esquecer, na traseira, o mesmo Para o condutor, uma posição de condu-
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tar a visibilidade e o acesso a comandos, eletronicamente a 160 km/h.
a partir de um banco que, revestido a Em termos de autonomia, a certeza de
couro mas também sem apoio lateral, que uma carga consegue fazer cerca de
tem todos os ajustes imprescindíveis. 180 km, ainda que tendo de jogar com
Tal como, aliás, o bonito volante, per- os modos de condução mais poupados,
sonalizado e com ótima pega. como o Eco Pro+. Sendo que, depois,
Ainda assim, estranha, ao princípio, recarregar 80% das baterias significa
a forma acentuadamente destacada cerca de 11 horas ligado a uma tomada
como o volante fica sempre do tablier, doméstica; 7h30m conectado a uma
além da concentração do manípulo da Wallbox BMW i de 16 Amperes; ou pouco
caixa, do botão Start e da função Park, mais de 30 minutos ligado a um posto
tudo numa volumosa “torre” lateral. de carga rápida.
Na bagageira, uma capacidade apenas Marcado à partida por um centro de
mediana (260 litros), ainda que com gravidade alto e pouca distância entre
bom acesso, plano de carga e possibi- eixos, condicionalismos que procura
lidade de rebatimento 50:50 das costas atenuar com uma suspensão rebaixa-
dos bancos traseiros. Uma forma de da em 10 mm, amortecedores e molas
garantir um aumento da capacidade exclusivos, barras estabilizadoras mais
para os 1.100 litros, pois, alçapões, só rígidas e eixo traseiro alargado em 40
sob o capot dianteiro, onde estão os mm, a verdade é que BMW i3S continua
cabos para carregamento das baterias. a revelar, particularmente quando numa
Numa proposta que, embora vanguar- condução mais aplicada e por traje-
dista no sistema de propulsão, acaba tos mais sinuosos, susceptibilidade às
sendo tão conservadora quanto os mo- forças laterais. As quais, mesmo com
delos a gasolina e a diesel do construtor, o modo Sport selecionado, a respos-
em termos de equipamento, “exigindo” ta ao acelerador ainda mais rápida e a
o recurso à extensa lista de opcionais, direcção mais firme e precisa, acabam
temos um motor elétrico e a mesma convidando a um levantar do pé direito,
bateria de iões de lítio de 33.2 kWh até para repor a sensação de segurança
do “irmão” i3. Embora, no caso desta junto dos restantes passageiros.
versão S, a debitar mais 14 cv/10 kW Já em estrada aberta, a melhor altura
de potência (184 cv/135 kW) e 20 Nm para aproveitar a excelente capacidade
de binário (270 Nm). É assim garantida de aceleração do elétrico alemão, prin-
uma aceleração dos 0 aos 100 km/h cipalmente, quando por piso liso. Já que,
em apenas 6,9s, ou seja, menos 0,4s buracos, lombas e afins, não são, decidi-
que a variante de “apenas” 170 cv. Além damente, do agrado deste BMW i3S.
+44
KIA
» SORENTO 2.2 CRDI ISG 8AT PREMIUM
CONTRARIAR A IDADE
Grande, familiar e disponível com sete lugares, o Kia
Sorento recebeu uma importante atualização, da qual
se destaca uma nova caixa automática de 8 velocidades,
melhores equipamentos, além do obrigatório upgrade
nos materiais. Mas será que chega para combater
a acirrada concorrência?
Francisco Cruz o facto dos bancos ajustarem em profun- no número de botões, principalmente feito através de um generoso portão de
[email protected] didade 270 mm, 60/40, a mesma divisão no tablier e volante, em ambos os casos acionamento elétrico. Sendo que, uma
aplicada no reclinar e rebater das costas, de ar demasiado tradicional, a que nem vez lá dentro, um alçapão à entrada da
Dada a conhecer em 2015, a no seguimento do piso da mala. a evolução na qualidade dos materiais mala permite, por exemplo, arrumar a
atual terceira geração do Kia Já a terceira fila, composta de dois bancos e a presença de um ecrã táctil a cores, chapeleira extensível.
Sorento, navio almirante da individuais, de fácil montagem/desmon- pequeno para integrar o sistema de in- Mas se o espaço interior convence, o equi-
marca sul-coreana, recebeu, tagem a partir da bagageira, continua foentretenimento, consegue atenuar. pamento deslumbra. Oferecendo, de série
ainda no início deste ano, uma mais vocacionada para jovens - não só Finalmente, e quanto à bagageira, te- e sem quaisquer custos acrescidos, tudo
importante renovação, com porque se viaja com os joelhos excessiva- mos uma capacidade que varia entre os o que é possível desejar num SUV como
o claro objetivo de contrariar a idade. mente altos face à bacia, causando algum 605 e os 1.662 litros, com o acesso a ser este, deixando de fora apenas quatro ou
Nomeadamente, através da adoção de cansaço, como também com alguma
novos pára-choques, iluminação Full claustrofobia, devido às pequenas janelas
LED, um novo acabamento para a grelha laterais. Sendo que o acesso continua a
frontal Tiger Nose e novas jantes - no dever ser feito pelo lado esquerdo, já que
caso da unidade por nós ensaiada, de esse é o único banco da 2.ª fila que reclina
19 polegadas. Tudo isto, com o propósito para a frente, facilitando a entrada.
de assegurar um visual mais moderno Para o condutor, uma posição de condu-
e sofisticado, num corpo generoso e até ção alta, a procurar facilitar a visibilidade
imponente, mas de linhas facilmente em redor e o acesso a comandos, ainda
consensuais. que a não conseguir destacar-se em
Numa proposta com 4,8 m de compri- qualquer um destes aspectos, mesmo
mento e quase 2,8 m de distância entre com um banco em pele com ótimo apoio
eixos, a habitabilidade continua a ser um lateral e lombar, e um volante novo de
forte argumento no Sorento, que mantém ótima pega. Pois, não só a visibilidade,
as ótimas quotas, nos lugares dianteiros, nomeadamente traseira, necessita mui-
mas também na fila do meio, onde viajam to das ajudas eletrónicas, como o fácil
perfeitamente três adultos, aproveitando acesso a comandos acaba “emperrado”
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45
FT/ F I C H A T É C N I C A
2.2 / 200 CV
GASÓLEO
9,4 S
0-100 KM/H
6,2 L / 8,5 L (AUTOSPORT)
100 KM
164
G/KM- CO2
51 825€
PREÇO (JÁ COM O DESCONTO DE 7.000€)
CONFORTO / HABITABILIDADE /
EQUIPAMENTO
GESTÃO DA CAIXA AUTOMÁTICA
/ DIRECÇÃO FILTRADA E POUCO
PRECISA / DESIGN INTERIOR ALGO
ULTRAPASSADO
MOTOR 4 CIL. EM CILINDROS EM
LINHA, INJEÇÃO DIRETA COMMON-RAIL,
TURBOCOMPRESSOR DE GEOMETRIA
VARIÁVEL E INTERCOOLER, 2199 CM3
POTÊNCIA 200 CV / 3800 RPM BINÁRIO
441 NM/ 1750-2750 RPM TRANSMISSÃO
INTEGRAL, CAIXA AUTOMÁTICA DE
8 VELOCIDADES SUSPENSÃO TIPO
MCPHERSON À FRENTE E MULTI-LINK ATRÁS
TRAVÕES DV/DV PESO 2560 KG MALA 605
LT DEPÓSITO 71 LT VEL. MÁX 205 KM/H
cinco itens, perfeitamente dispensáveis. não nos convencer totalmente, devido à diz respeito, a manutenção do já conhe- aumsistema demodosde condução que,
Mantendo uma única motorização, o forma como gere o motor, obrigando-o a cido desempenho familiar, a privilegiar com cinco opções - Eco+, Eco, Comfort,
já conhecido quatro cilindros 2.2 litros funcionar, não raras vezes, em regimes o conforto em detrimento da eficácia Sport e Sport+ -, não disfarçam a abor-
turbodiesel a debitar 200 cv de potên- demasiado altos e sonoros, ainda que dinâmica, mesmo com uma suspensão dagem mais madura e descontraída que
cia e 441 Nm de binário, o renovado Kia ajudando a garantir consumos aceitáveis, autonivelante que se destaca, principal- se nota, inclusivamente, na direcção e
Sorento apresenta como principal novi- na ordem dos 8,5 l/100 km. Felizmente, mente, pela forma eficaz como lida com sistema de travagem. Bem-vindos são
dade, neste domínio, a disponibilização, de existe sempre a possibilidade de optar os maus pisos. os sete anos de garantia, sete anos (ou
série, da mesma nova caixa automática pelo funcionamento semi-manual, na De resto, também em prol das aventuras 105.000 km) de manutenção programada
de oito velocidades estreada no Grand manche, já que não possui patilhas. fora de estrada, a tração integral perma- gratuita... ou até mesmo os 7.000€ de
Turismo Stinger. Porém, esta acabou por Finalmente e no que ao comportamento nente e os bons ângulos offroad, a juntar desconto no preço!
+
VOLVO efeitos do peso desta carrinha.
O motor entrega a potência duma forma linear e
» V90 D4 MOMENTUM permite um registo dos 0-100 Km/h de 8.2s, apesar
desta ser muito mais indicada para grandes viagens
ESPAÇO E CONFORTO e muito menos para o tráfego mais urbano. A caixa
automática de oito velocidades é muito suave e bem
Fazendo uma analogia com o recente Mundial de Futebol, a Volvo V90 D4 escalonada, e não me parece que penalize demais
Momentum é daquelas carrinhas que chega muitas vezes às meias finais, mas o consumo.
acaba por nunca ganhar o campeonato aos alemães, Audi, BMW ou Mercedes. A direção não é demasiado leve, informa bem o
Mas isso pode estar prestes a mudar… condutor, o conforto dinâmico do carro é muito bom,
sendo que esta suspensão está quase totalmente
José Luís Abreu Não é de agora que as carrinhas da Volvo são muito virada para o conforto, ao invés da performance.
[email protected] populares, completamente ligadas à segurança, pois Claramente, em termos dinâmicos, esta V90 é menos
o tempo passa e Volvo continua a ser sinónimo disso orientada para a performance do que por exemplo
I ronia das ironias. Procurava um trocadilho mesmo. A Volvo tem grande tradição neste tipo de o BMW 520d ou talvez até mesmo a Audi A6 2.0
entre suecas e alemãs, e neste Mundial de automóveis, mas parecia sempre faltar qualquer coisa. TDI, mas é perfeitamente possível uma condução
Futebol a Alemanha foi eliminada no mesmo A verdade é que esta nova V90 elevou claramente o mais ritmada, mesmo em estradas mais sinuosas.
dia que a Suécia seguiu em frente. Pois é, seu nível. Assim de repente, destaco o estilo, o interior, Precisamos de mais mão de obra no volante e pedais,
pode haver coisas que nunca mudam, mas e uma condução totalmente virada para o conforto e sendo o peso o maior óbice. É sempre assim, mais
esta máxima do jogam onze contra onze e no para a harmonia. controlo de rolamento de carroçaria, pior conforto,
fim ganha a Alemanha já não é bem assim. E neste Esta Volvo V90 D4 Momentum tem um motor turbo- não há milagres.
particular das super carrinhas Premium passa-se diesel de 1969 cc, uma potência máxima de 190 cv às Claramente, é bem preferível guiar a V90 em ‘relax-
exatamente a mesma coisa, pois sendo verdade que 4250 rpm e um consumo combinado à volta dos 6.0 -mode’. Aí é imbatível. O comportamento em curva é
as alemãs Audi, BMW e Mercedes continuam a um l/100 km, se formos comedidos no acelerador. Por bom, a V90 é muito estável, e a estabilidade direcional
nível elevadíssimo, a esta Volvo V90 D4 Momentum outro lado, é bem pesada, sendo esse um dos seus em auto estrada um ‘must’.
não lhe falta nada. defeitos. Mas o motor é suficiente para atenuar os Quanto à segurança da condução, o Auto-Pilot fun-
ciona, mas é preciso que as marcações da estrada
sejam boas. No pára/arranca da cidade o sistema é
muito bom, pois a V90 acelera e trava mantendo-se
a direito.
Para darmos somente alguns exemplos de tecnologias
>> autosport.pt/automais
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suplementares, o IntelliSafe prevê colisões iminentes, 55.299€, o R-Design começa nos 58.588€, Iscription FT/ F I C H A T É C N I C A
avisa o condutor e finalmente atua, mitigando ou nos 60.187€ enquanto a Cross Country tem um custo
impedindo a colisão dependendo da circunstância. base de 68.080€. 2.0 / 190 CV
Quanto ao preço, a V90 fica num meio termo, quan- É uma carrinha de luxo, o interior é espaçoso e o
do comparada com os principais concorrentes, por conforto muito bom. Sendo este o motor mais fraco GASÓLEO
exemplo com o Audi A6 2.0 TDI Advance Stronic, da gama V90, isso também se reflete, logicamente,
Mercedes CLA 220d e BMW 520d Touring Auto. É no preço, que não é muito diferente dos principais 8,2 S
mais cara que a Audi e Mercedes e um pouco mais concorrentes Premium, dependendo depois, muito,
barata que a BMW. dos opcionais. Se viaja muitas vezes, é um automóvel 0-100 KM/H
Em termos de Versões Disponíveis, os valores do destes que vai querer, até porque os custos de utili-
nível de equipamento Momentum começam nos zação são baixos, no contexto. 4,5 L / 6,0 L (AUTOSPORT)
100 KM
119
G/KM- CO2
53 995€
PREÇO BASE
CONFORTO / ESPAÇO / CAIXA DE
VELOCIDADES
CONSUMO / PESO
MOTOR 4 CIL. EM LINHA, TURBODIESEL,
1969 CC POTÊNCIA 190 CV / 4250 RPM
BINÁRIO 400 NM / 1750-2500 RPM
TRANSMISSÃO CX. DE VELOCIDADES
AUTOMÁTICA GEARTRONIC DE 8
VELOCIDADES SUSPENSÃO INDEPENDENTE
DE TRIÂNGULOS DUPLOS À FRENTE E EIXO
MULTIBRAÇOS ATRÁS TRAVÕES DV/DV PESO
2310 KG MALA 550 LT DEPÓSITO 55 LT VEL.
MÁX. 225KM/H
E/ Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma informação atual, rigorosa abordagem e de análise dos factos noti-
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 de Janeiro, tomóvel disputadas em território nacional e de qualidade, opinando sobre tudo o ciosos, com total abertura à interatividade
ESTATUTO Lei da Imprensa, publica-se o Estatuto e no estrangeiro, relata acontecimentos que se passa na área do automóvel e dos com a sua comunidade de leitores. 4. O
EDITORIAL Editorial da publicação periódica AutoSport: ligados à competição automóvel, bem como automobilistas, numa perspetiva plural, re- AutoSport pratica um jornalismo pautado
1. O AutoSport é um semanário dedicado temas que versam o automóvel como bem cusando o sensacionalismo e respeitando pela isenção, sem comprometimentos
ao automóvel e aos automobilistas, nas de consumo, tanto na área industrial como a esfera da privacidade dos cidadãos. 3. ou enfeudamentos, tendo apenas como
suas mais distintas vertentes: desporto e comercial. O AutoSport pauta as suas opções edito- pressuposto editorial facultar a melhor
competição, comércio, indústria, segurança 2. O AutoSport está comprometido com riais por critérios de atualidade, interesse informação e a melhor formação aos seus
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