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Published by hmilheiro, 2018-05-28 14:48:44

AutoSpot_2109

AutoSpot_2109

#2109 40
ANO 40
anos
30/05/2018
O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES >> autosport.pt
2,35€ (CONT.)

DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES

RICCIARDO
NOVO PRÍNCIPE
DO MÓNACO

REDBULLVENCE
NA FÓRMULA 1

>> TRIUNFO DE TIAGO REIS NO CPTT >> WILL POWER ESTREIA-SE A VENCER NA INDY 500

VELOCIDADE +
ARRANCOU
BEM EMBRAGA TESLA MODEL X
100D

PÁG. 46

HUSQVARNA VITPILEN 401 PÁG. 34



3

I/ I N S TA N TÂ N E O SIGA-NOS EM EDIÇÃO

#2109
30/05/2018

f l> > a u t o s p o r t . p t
facebook.com/autosportpt twitter.com/AutoSportPT

MÓNACO Toda a gente se pode queixar do facto do Grande Prémio do Mónaco ser habitualmente uma corrida em que falta o Sal José Luís Abreu
e a Pimenta das corridas, mas é inegável que a corrida do Principado tem algo de muito especial, e faz muita falta à Fórmula 1.
DIRETOR-EXECUTIVO
S/ SEMÁFORO EM DIRETO
[email protected]
PARADO A ARRANCAR A FUNDO “É a corrida mais especial do ano
na F1. É pena que não seja tão Apesar de terem sido mais
Responsáveis da Red O TCR Portugal Will Power estreou-se excitante como é o espetáculo as vezes em que nada de-
Bull não estão a gostar arrancou com boas a vencer nas Indy 500, à volta da pista”, Lewis Hamilton, cidiu parece que o Grupo
nada das diabruras de corridas em Braga, e naquela que foi a 17ª Estratégico da F1 conse-
um plantel bastante vitória na mítica prova chateado com uma corrida aborrecida … guiu desta vez chegar a
‘Mad Max’ um entendimento, e ao
digno para Roger Penske “Penso que o Daniel (Ricciardo) que parece, já há luz ao fundo do tú-
tinha resposta para tudo”, nel quanto aos regulamentos de mo-
O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES NA ERA DIGITAL tores para 2021. Reunidos estiveram
Sebastian Vettel, resignado quanto a Liberty Media, a FIA e as equipas.
Siga-nos nas redes sociais e saiba ao que não conseguiu fazer para tentar A primeira ‘bola a sair do saco’ foi a
tudo sobre o desporto motorizado no vencer no Mónaco decisão de deixar a MGU-H, uma das
computador, tablet ou smartphone via duas unidades utilizadas para gerar
facebook (facebook.com/autosportpt), “Não foi, definitivamente, o melhor eletricidade para a bateria dos atuais
twitter (AutosportPT) ou em final…” Danica Patrick, que acabou motores V6 turbo híbridos. Esta é
>> autosport.pt a peça que está ligada ao turbo, e a
a sua última prova como piloto profissional que mais dores de cabeça deu aos
no banco de uma ambulância a caminho construtores, mas a verdade é que
do centro médico, depois de bater no muro a sua saída significará um motor
do ‘Brickyard’. Não merecia… completamente novo, pois muda
a forma como a energia é gerida
“Pelo intercomunicador diziam- no motor e como o turbo funciona,
me, vamos ter que retirar o passando a haver um novo conceito
carro numa ou duas voltas, mas de combustão, ou seja, tudo muda
eu disse, estamos no Mónaco, novamente. E assim que estiver
a liderar, vamos continuar…” ‘fechado’, haverá muita gente nos
construtores a desenvolver um
Christian Horner com a máxima novo motor, que sendo mais sim-
‘enquanto há vida há esperança’ plificado, não tem tanta latitude para
que um construtor faça o mesmo
que a Mercedes fez com o motor
de 2014: arrasar a concorrência!
Há também boas notícias para os
adeptos, pois os motores far-se-ão
novamente ouvir bem melhor, as
rotações vão subir novamente, e
não haverá tanta limitação no fluxo
de combustível.
Outra coisa que está desde já mais
ou menos acordada é o teto orça-
mental, só que em vez de imposto,
vai ser gradual, de modo a dar tempo
às equipas para se prepararem. O
novo ciclo trará igualmente uma
nova forma de distribuição de rendi-
mentos, e este será certamente um
tópico que permanecerá ‘quente’
por mais tempo, pois não há ainda
acordo.

4 F1/
FÓRMULA 1
GP DO MÓNACO 6 D E 2 1

RICCIARDO
ACERTA
CONTAS

APESAR DE TUDO

A Red Bull chegou ao Grande Prémio do Mónaco
como a grande favorita ao triunfo, tendo Daniel
Ricciardo contas a ajustar com o circuito monegasco
e, muito embora tenha tido profundas contrariedades,
o australiano conquistou o triunfo que lhe escapou há

dois anos sem cometer qualquer erro
Jorge Girão

[email protected]

Eraantecipadodesdeacorridaes- eles, deixando a Scuderia e os ‘Flechas qualificação e para o último lugar da todos, com o dianteiro/esquerdo a gra-
panhola que o Circuito de Monte de Prata’ a lutar pelos ‘restos’. grelha de partida. nular rapidamente, muito embora esse
Carlo poderia ser a grande opor- No entanto, a vida de Ricciardo acabou De repente, Ricciardo perdia o seu prin- não fosse um problema tão grave nos
tunidade da formação de Milton por ser facilitada devido a mais uma ‘falta cipal adversário, tendo apenas de al- Red Bull como nos Mercedes.
Keynes impor a sua lei pela pri- pessoal’ do seu colega de equipa. cançar o potencial da sua montada para Ricciardo arrancou bem da pole-position,
meira vez este ano, uma vez que Quando realizava uma volta lançada na assegurar uma pole-position. E não se apesar de acossado por Vettel, ganhando
o triunfo do australiano no Grande Prémio terceira sessão de treinos-livres, que se fez de rogado, conquistando a melhor imediatamente uma vantagem supe-
da China se devera mais a oportunidade, realiza duas horas antes da qualificação, posição da grelha de partida, apesar da rior a um segundo face ao alemão da
que a uma competitividade visível do o holandês deu um toque com a roda aproximação, sobretudo de Sebastian Ferrari, diferença que manteve até à 12ª
RB14 face ao Ferrari ou ao Mercedes. dianteira/direita no rail interior da saída Vettel, fruto dos modos mais potentes volta, quando Lewis Hamilton abriu as
Desde a primeira sessão de treinos- das Piscinas, que provocou a quebra do V6 turbohíbrido de Maranello. paragens nas boxes. Então aumentou o
-livres, tradicionalmente realizada na do tirante de direção do mesmo lado, Tudo parecia encaminhado para que ritmo para poder realizar a sua troca de
quinta-feira, que tanto Ricciardo como atirando-o contra os rails. Ricciardo, pela primeira vez na sua car- pneus sem correr o risco de sofrer um
Max Verstappen mostraram estar fora do Apesar dos danos extensos do lado di- reira, pudesse alcançar um triunfo sem ‘undercut’ da parte do piloto da formação
alcance dos seus rivais, mesmo quando reito do RB14 TAG-Heuer de Verstappen, os sobressaltos que caracterizaram os de Maranello.
estes ligassem os modos mais potentes a Red Bull ainda o recuperou, mas uma anteriores. Sem ter de se preocupar com os pneus, a
dos seus motores, deixando no ar a ideia fuga na caixa de velocidades quando O australiano tinha apenas de arrancar vantagem para o seu ex-colega de equipa
de que as grandes decisões ao longo do este foi colocado em funcionamento bem e gerir bem os pneus hipermacios, ultrapassava os três segundos, quando
fim de semana seriam tomadas entre atirou o jovem de 20 anos para fora da que se mostraram problemáticos para este, na 15ª volta, rumou às boxes para

trocar os hipermacios por supermacios. carro número três nas boxes da equipa 1 que sem o MGU-K a funcionar, este não
Com mais que tempo para trocar de de Milton Keynes. reduzia a velocidade quando o australia-
pneus e com vantagem na gestão das A MGU-K não estava a funcionar corre- foi a primeira vez que Ricciardo liderou no acionava o pedal dos travões, tendo os
borrachas da Pirelli, Ricciardo parou na tamente, o que significa só por si a perda todas as voltas de uma corrida discos estado na iminência de pegar fogo.
volta seguinte, espelhando a estraté- de cerca de 160 cv, facto que permitiu a Restava ao piloto de Perth contornar os
gia de Vettel e mantendo o comando súbita aproximação de Vettel que rapi- problemas, se quisesse ganhar o Grande
da corrida. damente se colocou dentro da margem Prémio do Mónaco. Por um lado, mesmo
Tudo parecia encaminhado para uma de DRS. com um carro decrépito ao nível da po-
tarde descansada no Principado para o O australiano pensou ser o momento de tência, era possível manter o comando,
australiano, isto na medida do possível, abandonar, tendo este sido um cenário dado ser quase impossível ultrapassar
dado que andar depressa em Monte Carlo equacionado pela equipa, depois de terem em Monte Carlo, por outro, manter a con-
sem cometer erros, que se pagam caros, tentando diversas soluções para resol- centração num circuito tão exigente aos
não é para todos. ver o problema na unidade de potência comandos de um monolugar tão dimi-
Contudo, ainda não seria desta feita que Renault do Red Bull número três. nuído era um desafio enorme, até por
o piloto da Red Bull teria uma vitória sem A possibilidade de desistir foi colocada que Sebastian Vettel estava por perto.
sobressaltos. de parte, mas Daniel Ricciardo acabou Antes de mais, o australiano tinha de
Na 28ª volta, ao tentar sair de uma curva, por ficar com um monolugar que per- controlar a temperatura dos travões
o australiano não encontrou a potência dera cerca 25% da sua potência, com os traseiros, o que conseguiu, com passa-
habitual, lançando-se o pânico sobre o travões traseiros a sobreaquecer, dado gem da repartição de travagem mas-

F1/
FÓRMULA 1

6

GP DO MÓNACO 6 D E 2 1

M/ MOMENTO F/ FIGURA

QUALIFICAÇÃO A natureza do circuito de RICCIARDO Chegou ao Mónaco determinado a
Monte Carlo coloca uma profunda ênfase impor a sua lei, tendo sido o mais rápido em todas
na qualificação e, enquanto o seu colega as sessões de treinos-livres e nos três segmentos
de equipa condicionou todo o fim de da qualificação. Na corrida, depois de ter repelido
semana com um erro num treino-livre, Ric- o ataque de Vettel no arranque, assinou um triunfo
ciardo aproveitou o potencial do seu carro autoritário, apesar de ter perdido cerca de 25% da
para conquistar a pole-position, o que potência do seu monolugar devido a um problema
o colocou no papel de principal favorito na sua unidade de potência, estavam completadas
ao triunfo de domingo. O australiano não 28 voltas. Uma performance sublinhada pelo erro
enjeitou a oportunidade e conquistou o de Verstappen, que lhe garante uma subida de
seu sétimo triunfo na Fórmula 1. cotação quando ainda não tem volante para 2019.

>> autosport.pt

7

VISITE NOSSO SITE PARA 250 +/ MAIS
VER MAIS FOTOS DA
PROVA AUTOSPORT.PT Ricciardo obteve a vitória no Mónaco no RED BULL No Mónaco, o jovem gaulês voltou ao
250º GP da Red Bull A formação de Milton Keynes ainda seu elevado nível, tendo assegurado a
Daniel Ricciardo não se tinha apresentado como a ‘pole-position do segundo pelotão’, que
venceu o GP do Mónaco 37 força a bater, este ano, sendo a prova correspondeu ao sexto posto na grelha
de F1, mas para que monegasca a sua primeira oportunidade de partida, batendo Fernando Alonso e,
isso sucedesse, teve o número de voltas completadas por para se afirmar como a grande favorita mais importante, Sergio Pérez, que não
que ultrapassar um Gasly com hipermacios. Hamilton realizou ao triunfo na corrida. Não enjeitou a foi além de nono.
caminho cheio de apenas 12 possibilidade e desde que os carros Na corrida Ocon raiou a perfeição,
pedras, tornando o entraram em pista que ficou claro que mantendo a sua posição, apesar de no
feito bem mais incrível os monolugares da equipa de bandeira final da prova ter sido acossado por
do que pode parecer à austríaca estavam um passo à frente Pierre Gasly.
primeira vista... da concorrência. Daniel Ricciardo usou
a performance evidenciada pelo RB14 PIERRE GASLY
para assegurar o seu sétimo triunfo na O francês continua a impressionar,
Fórmula 1, com uma prestação notável, ao passo que o seu colega de equipa
tornando ainda mais doloroso o despiste segue a desiludir, como evidencia o
de Max Verstappen na terceira sessão facto de Gasly ter chegado à Q3 e de
de treinos-livres. Brendon Hartley não ter ido além da
Q1. Na corrida, enquanto outros pilotos
ESTEBAN OCON se debatiam com dificuldades nos
O francês não teve um início de pneus hipermacios, o jovem da Toro
temporada fácil, tendo desistido Rosso conseguiu preservar as suas
em Baku depois de um incidente qualidades, o que foi determinante para
que promoveu com Kimi Räikkönen, alongar o seu primeiro stint e subir
acabando por assistir à subida ao pódio de 10º na grelha a sétimo no final da
do seu colega de equipa. corrida.

-/ MENOS

sivamente para a frente, com o uso o pódio a mais de 17s do vencedor, WILLIAMS Num circuito onde as ultrapassagens são
mais extenso do ‘lift & coast’ e com a batendo Kimi Räikkönen e Valtteri A formação de Grove voltou a ter um fim quase impossíveis, o resultado estava
utilização de apenas de seis das oito Bottas, que ficaram nas posições de semana penoso. Para além de um carro praticamente feito e os pilotos da Haas
relações de caixa, de modo a atingir imediatas. notoriamente pouco competitivo, a equipa terminaram longe dos pontos.
velocidades de ponta menos elevadas Por oposição, apesar de ter estado à fundada por Frank Williams e Patrick Head,
e, assim, colocar menos stress nos beira de abandonar, Ricciardo, ao invés outrora uma força competitiva, errou MAX VERSTAPPEN
discos traseiros. de se queixar, contornou os proble- de forma infantil ainda antes do início O holandês é um dos pilotos mais
Apesar de todas as dificuldades, mas que tinha pela frente, acertando da corrida, ao manter o monolugar de rápidos do plantel e já provou ter as
Ricciardo, com grande mestria e deter- as suas contas com o Mónaco, mas, Sergey Sirotkin sem pneus montados na características necessárias para
minação, conseguiu completar quase 50 uma vez mais, não teve uma corrida pré-grelha depois do sinal de três minutos, impor-se na Fórmula 1, mas este ano tem
voltas nesta situação, batendo Sebastian descansada, assinando porém, uma o que valeu um Stop & Go ao russo insistido em cometer erros que afetam
Vettel por sete segundos, que, no final, ao performance que ficará nos anais da precisamente quando até demonstrou decisivamente os seus resultados, e
perceber que não conseguia desfeitear história, ao lado do triunfo de Ayrton estar num bom nível na qualificação. muitas vezes dos pilotos que estão ao
o seu adversário, reduziu substancial- Senna no Grande Prémio do Brasil Os dois últimos lugares acabaram por ser seu redor.
mente o seu andamento. de 1991, ou da vitória de Michael as posições para os pilotos da Williams, No Mónaco Verstappen tinha material
Lewis Hamilton, que passou a tarde Schumacher no Grande Prémio de que continua uma sombra de si mesma. para vencer, mas em vez de lutar pela pole-
a queixar-se dos pneus, completou Espanha de 1996. position e pelo triunfo com o seu colega
HAAS de equipa, viu-se obrigado a arrancar
Depois de ter estado em posição de lutar do último lugar, devido a um despiste
pelos pontos em todas as corridas deste na terceira sessão de treinos-livres, e
ano, a equipa americana esteve longe de a realizar uma prova de recuperação,
poder terminar entre os 10 primeiros no enquanto Ricciardo rumava ao seu
Grande Prémio do Mónaco. Não fugiu aos segundo triunfo da temporada.
últimos lugares na qualificação, tendo o O jovem de 20 anos tem sido apoiado pela
erro de Verstappen na terceira sessão de sua equipa, mas em Monte Carlo Horner
treinos-livres impedido que Grosjean e avisou-o que terá de alterar a sua postura,
Magnussen ocupassem a última linha da colocando-o sob pressão. Veremos como
grelha de partida. reagirá no Canadá.

F1/
FÓRMULA 1

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GP DO MÓNACO 6 D E 2 1

UMA BATALHA DE FRANCESES
Como é normal no Mónaco,
Esteban Ocon começou a desen- com problemas de caixa de veloci- não o poder atacar, terminando no suplantar o jovem da equipa de Faenza.
har o seu triunfo na batalha do dades, estavam decorridas 52 voltas, sétimo lugar a oito décimos de segundo Hulkenberg acabou por ser a porta
segundo pelotão ao assegurar a o francês da Force India parecia ficar do jovem da Force India. que se manteve fechada para a recu-
sexta posição na grelha de partida, a descansado no comando da corrida do Enquanto tentava chegar-se ao francês, peração de Verstappen, que terminou
‘pole-position’ atrás das ‘Três Grandes’, segundo pelotão, mas este teria ainda Gasly teve ainda de se defender de Nico em nono depois de arrancar de último,
cortesia do erro de Max Verstappen. de se haver com uma nova ameaça. Hulkenberg, que ao arrancar do 11º ao passo que Carlos Sainz, refém dos
Era esperado que fosse a Renault ou Pierre Gasly alinhou no 10º da grelha lugar da grelha de partida teve liber- hipermacios a que os 10 primeiros da
o McLaren de Fernando Alonso a as- de partida, mas com uma estratégia dade para escolher os pneus com que qualificação foram obrigados a montar
segurar ‘a melhor posição dos outros’, que passou por realizar um longo stint iniciou a prova. para o início da corrida, caiu para um
mas foi o jovem francês, fruto de uma com os frágeis pneus hipermacios, O alemão da Renault parou apenas distante 10º posto.
volta notável - muito embora o piloto que ao fim de um punhado de voltas na 40ª volta para trocar os mais es- À semelhança dos lugares cimeiros,
considerasse que poderia fazer mel- granulavam (sobretudo o pneumáti- táveis ultramacios por supermacios, também o duelo no segundo pelotão
hor - que se superiorizou nesta luta, co dianteiro/esquerdo), o francês da o que lhe permitiu ganhar posição foi centro de atenções, com os pilotos
suplantando o espanhol da formação Force India ficou em contenção pelo em pista, mas foi insuficiente para a fazerem o melhor com o que têm.
de Woking. sexto lugar do seu conterrâneo.
Depois de vencida a primeira batalha, O jovem da Toro Rosso foi quem mais
o gaulês tinha ainda uma corrida de 78 voltas completou com os pneus com
voltas e pneus com um grande fator de que iniciou a prova e, enquanto outros
degradação pela frente, o que, com o sentiram dificuldades em rodar em
espanhol da McLaren atrás, prometia tempos competitivos, Gasly manteve
uma tarde dominical difícil. as borrachas da Pirelli vivas, o que lhe
Contudo, após um bom arranque, Ocon permitiu ascender a sétimo, depois
conseguiu afastar-se consistente- do abandono de Alonso, que estava a
mente de Alonso, tendo a diferença pressionar de forma evidente.
entre os dois sido superior a sete seg- Sem o McLaren à sua frente e com
undos, ainda antes das paragens para borrachas supermacias 14 voltas mais
troca de pneus. frescas que as de Ocon, o piloto da Toro
Com o abandono de Fernando Alonso, Rosso aproximou-se paulatinamente
do seu conterrâneo, mas acabou por

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FERRARI ILIBADA, PARA JÁ

AFerrari tem estado na berlinda ao e na de Barcelona, mas sem compreender um novo software no Grande Prémio do acrescentou: “Algumas situações nos dados
longo desta temporada, mas a FIA, verdadeiramente o que se passava com o Mónaco de modo a poderem monitorizar o eram impossíveis de explicar por nós…
depois de uma investigação profunda, sistema da Scuderia, a entidade federativa uso de qualquer potência-extra entregue Analisámos tudo com a Ferrari, forneceram-
não encontrou nada de ilícito no carro resolveu sugerir aos italianos que usassem pela MGU-K, tendo, inclusivamente, para nos todas as explicações que não eram
de Maranello. isso, colocado um componente no carro de particularmente convincentes.
Sempre que uma equipa dá um passo Maranello. Ao longo da prova monegasca, com Queríamos perceber tudo e, em Espanha,
competitivo significativo, rumores sobre a a ajuda da própria Ferrari, Charlie Whiting e os implementaram algumas medidas para
legalidade do seu carro emergem e este ano seus homens verificaram que o SF71-H estava garantir que entendíamos tudo e que
tem sido o monolugar transalpino que tem a funcionar de acordo com o regulamento poderíamos verificar que tudo estava de
estado sob escrutínio, tendo sido acusado técnico da categoria. “Em Baku sentimos acordo com o que pretendíamos”.
de usar ilegalmente os gases de escape para algumas preocupações que eram difíceis de Este caso foi levantado por James Allison
efeitos aerodinâmicos, demasiado óleo para compreender e analisámos tudo com eles (n. durante o Grande Prémio do Azerbaijão, que
o turbo, retrovisores com efeito aerodinâmico dr.: responsáveis da Ferrari). O regulamento ingressou na Mercedes depois de ter sido
para lá do aceitável, entre outros ‘detalhes’. aponta que é responsabilidade do competidor despedido da Ferrari, não tendo sido, porém,
A última suspeita centrava-se na utilização garantir perante a FIA que o seu carro é apresentado qualquer protesto formal.
de potência para lá do permitido através regulamentar em todos os momentos e Espera-se agora que esta suspeita seja
da MGU-K. Um carro tem ao dispor quatro estavam a ter dificuldades em nos satisfazer. definitivamente ultrapassada, mas sendo a
megajoules de energia por volta para usar no Agora, estamos satisfeitos”, afirmou o Fórmula 1 a Fórmula 1, não será de estranhar
sistema de recuperação de energia cinética responsável da entidade federativa que que surja outra.
a partir da bateria, o que equivale a mais 160
cv de potência. Segundo alguns rumores, a
Ferrari, através do uso de um conjunto de
duas baterias que ludibriaria os sensores da
FIA, poderia ultrapassar o limite dos quatro
megajoules por volta.
O SF71-H foi verificado na corrida de Baku

RED BULL COMEÇA horas antes da qualificação, Verstappen bateu no
A PERDER A PACIÊNCIA rail interno da saída da zona das Piscinas, partindo o
tirante de direção da roda dianteira/direita, o que o
Max Verstappen voltou a passar por um fim de No Mónaco, o piloto de 20 anos tinha o carro mais atirou contra as barreiras de proteção. Uma réplica
semana tórrido em Monte Carlo, não tendo tido um competitivo do plantel ao seu dispor, tendo como único quase perfeita do incidente que protagonizou há dois
único evento este ano em que não tenha estado verdadeiro adversário para a luta pela pole-position - o anos.
envolvido em algum incidente, o que está a preocupar que face às características do traçado monegasco é Face aos danos, a Red Bull, apesar dos seus esforços,
os responsáveis da Red Bull, que estão a perder a meio caminho para o triunfo na corrida - o seu colega de não conseguiu recuperar o carro do holandês, o que
paciência. equipa. o atirou para o último lugar da grelha de partida,
O jovem holandês tem vindo a assinar uma temporada Contudo, na derradeira sessão de treinos-livres, duas enquanto o seu colega de equipa assegurava a pole-
errante, tendo protagonizado um pião em Melbourne, position. Christian Horner não deixou de mostrar a
para se envolver em toques com Lewis Hamilton, no sua frustração perante o sucedido, apontando que
Bahrein, Sebastian Vettel, na China, e com Daniel o seu piloto tem de evoluir com os erros que tem
Ricciardo, no Azerbaijão, tendo todos estes incidentes cometido. “Ele tem um carro capaz de vencer este
custado-lhe resultados de relevo. Mesmo em Espanha, Grande Prémio e isso doer-lhe-á ainda mais. Não
quando terminou no terceiro posto, Verstappen não existem muitas oportunidades para vencer o Grande
evitou um contacto com o Williams de Lance Stroll Prémio do Mónaco. Ele tem de aprender com isto e
que danificou a asa dianteira do seu Red Bull. parar de cometer estes erros. Ele sabe isso melhor
que ninguém”, urgiu o chefe de equipa da formação de
Milton Keynes.

F1/
FÓRMULA 1

10

GP DO MÓNACO 6 D E 2 1

OS RUMORES
DO MERCADO
C om a temporada europeia na sua segunda
corrida, antes do Grande Circo realizar uma possível na Ferrari, substituindo Kimi Räikkönen. Flavio Briatore, que continua ligado à carreira do
viagem ao Canadá, o mercado de pilotos está O finlandês já deixou escapar que gostaria de man- espanhol, foi visto numa reunião com responsáveis
em ebulição, sendo diversos os rumores a ter-se em Maranello, mas, de acordo com alguns da Ferrari, o que despoletou os boatos.
circularem, desde o mais plausível até ao mais louco. rumores, caso a Scuderia se decida a colocar uma Um regresso do bicampeão de Oviedo a Maranello é,
Em teoria, todos as equipas das ‘Três Grandes’ têm, cara nova no lugar do ‘Iceman’, este poderia regres- contudo, altamente improvável, sendo o mais certo
pelo menos, um lugar vago para a próxima tempo- sar ao Campeonato do Mundo de Ralis com a Toyota. que continue na McLaren, com quem tem contrato
rada, sendo estes lugares muito apetecíveis, muito No entanto, a Ferrari poderá decidir-se por manter até ao final da época.
embora tudo possa ficar na mesma. Räikkönen pelo sexto ano consecutivo, dado que a Alonso está, ainda assim, desapontado com a forma
A Mercedes não tem qualquer contrato assinado com possível entrada de Ricciardo poderia causar algu- da equipa de Woking, que com um motor igual à Red
pilotos para 2019, esperando-se, porém, que Lewis ma tensão com Sebastian Vettel, que tem alguma Bull está longe desta, vendo-se, inclusivamente,
Hamilton continue a vestir de prateado, estando influência nas decisões da equipa e tem feito alguma batida pela Renault.
dependente a assinatura de um novo acordo de força para a continuidade do seu amigo da Finlândia. Segundo algumas fontes, o espanhol poderá mesmo
‘pequenos’ pormenores, como vencimento e duração. Por outro lado, mais um ano com o Campeão do abandonar a Fórmula 1 no final do ano, centrando-se
Já no caso de Valtteri Bottas, a situação é mais Mundo de 2007 permitiria à Scuderia perceber se no WEC com a Toyota e na IndyCar com a McLaren,
complicada, podendo, ainda assim, manter-se na Charles Leclerc, que esta temporada se estreia na que está a avaliar a possibilidade de ingressar na
formação de Brackley, tendo para isso que melhorar Fórmula 1, tem as qualidades necessárias para fazer competição norte-americana.
a sua prestação relativamente ao que exibiu o ano equipa com Vettel em 2020.
passado, quando assinou uma segunda metade de Porém, segundo alguns rumores, outro protagonista
temporada cinzenta. poderá ter chegado ao jogo pelo lugar de Räikkönen
Este ano o piloto de 28 anos tem mostrado maior – Fernando Alonso.
competitividade, tendo em algumas ocasiões li-
derado os ‘Flechas de Prata’.
Um dos grandes opositores à manutenção do fin-
landês na Mercedes é Daniel Ricciardo, que com a
sua vitória no Mónaco obtida em circunstâncias
difíceis viu a sua cotação subir ainda mais.
O australiano foi já muito elogiado por Toto Wolff,
mas numa altura em que o austríaco está a negociar
com Hamilton e Bottas, estas palavras poderão ser
uma forma de pressionar os seus atuais pilotos a
aceitar acordos mais favoráveis à Mercedes.
Mas Ricciardo tem ainda a possibilidade de manter-
-se na Red Bull, onde se verifica que Max Verstappen,
apesar de um contrato muito proveitoso até ao final
de 2020, tem vindo a perder algum espaço nas últi-
mas semanas devido aos seus constantes incidentes.
Muito embora a sua manutenção na estrutura de
Milton Keynes ganhe força, os rumores dão-o como

NORRIS DESTACA-SE NA FÓRMULA 2

Lando Norris chegou aos 100 pontos no o espanhol Roberto Merhi terceiro. Lando
Mónaco e estendeu a sua liderança na Norris arrancou de 17º e terminou em 6º,
Fórmula 2 com Artem Markelov e Alexander mas com uma penalização pelo meio.
Albon a completarem o top 3 da competição, A segunda corrida foi muito acidentada,
ambos com 71 pontos. O duo da ART terminando, inclusive, atrás do safety car.
Grand Prix, George Russell e Jack Aitken, Antonio Fuoco foi o vencedor, depois de
completam o top 5, com 62 e 49 pontos, partir da pole position e de ter conseguido
respetivamente. Mas como aqui chegámos? suster todos os ataques de Lando Norris,
Arten Markelov venceu a primeira corrida, que terminou em segundo e aumentou com
apesar de arrancar de terceiro pois isso a sua liderança no campeonato.
aproveitou um estranho incidente entre A fechar o pódio ficou o colega de equipa
Nyck de Vries e Alexander Albon - primeiro de Fuoco na Charouz Racing System, Louis
e segundo, bateram à entrada da via das Delétraz. O piloto suíço também teve uma
boxes - para subir à liderança, terminando boa luta com o vencedor da primeira corrida,
com uma vitória tranquila. Sean Gelael foi Artem Markelov, que, desta vez, terminou
segundo mas a mais de 10s de Markelov e em quarto.

>> autosport.pt

11

C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S

GP DO MÓNACO PROVA 6 DE 21 PROVA TEMPO
VOLTAS
MONTE CARLO VOLTA MAIS RÁPIDA
GERAL
27/05/2018 VEL. MÁXIMA
GERAL
3,337 KM 78 260,286 KM SEXTA SÁBADO DOMINGO BOX

PERÍMETRO VOLTAS DISTÂNCIA TOTAL 1 DANIEL RICCIARDO RED BULL RB14/TAG HEUER 1:42:54.807 78 1:15.562 5 282.0 KM/H 17 1
2 SEBASTIAN VETTEL FERRARI SF71H +7.336S 78 1:16.065 7 289.6 KM/H 6 1

TREINOS LIVRES GRELHA DE PARTIDA 3 LEWIS HAMILTON MERCEDES W09 EQ POWER+ +17.013S 78 1:16.270 8 288.3 KM/H 10 1

4 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI SF71H +18.127S 78 1:16.392 10 288.7 KM/H 8 1

Q3 5 VALTTERI BOTTAS MERCEDES W09 EQ POWER+ +18.822S 78 1:16.312 9 289.8 KM/H 5 1

1.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 1 DANIEL RICCIARDO 6 ESTEBAN OCON FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +23.667S 78 1:17.027 14 289.3 KM/H 7 1
RED BULL RACING TAG HEUER 15 282.0 KM/H 18 1
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1:10.810 7 PIERRE GASLY TORO ROSSO STR13/HONDA +24.331S 78 1:17.099 6 292.0 KM/H 2 1
2 SEBASTIAN VETTEL 1 293.5 KM/H 1 1
1 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING 1:12.126 FERRARI 8 NICO HULKENBERG RENAULT RS18 +24.839S 78 1:16.061 18 285.2 KM/H 16 1
1:11.039 12 288.6 KM/H 9 1
2 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.154S 3 LEWIS HAMILTON 9 MAX VERSTAPPEN RED BULL RB14/TAG HEUER +25.317S 78 1:14.260 19 290.4 KM/H 3 1
MERCEDES 17 286.6 KM/H 15 1
3 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0.354S 1:11.232 11 287.1 KM/H 12 2
4 KIMI RÄIKKÖNEN 2 287.0 KM/H 14 2
4 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.915S FERRARI 10 CARLOS SAINZ RENAULT RS18 +69.013S 78 1:17.491 4 287.1 KM/H 11 3
1:11.266 3 287.0 KM/H 13 3
5 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.940S 5 VALTTERI BOTTAS 11 MARCUS ERICSSON SAUBER C37/FERRARI +69.864S 78 1:16.936 20 290.3 KM/H 4 1
MERCEDES 16 280.5 KM/H 20 1
6 CARLOS SAINZ RENAULT +1.330S 1:11.441 12 SERGIO PEREZ FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +70.461S 78 1:17.546 13 281.6 KM/H 19 1
6 ESTEBAN OCON
7 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +1.376S FORCE INDIA MERCEDES 13 KEVIN MAGNUSSEN HAAS VF-18/FERRARI +74.823S 78 1:17.476
1:12.061
8 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +1.591S 14 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN MCL33/RENAULT +1 LAP 77 1:16.864

9 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +1.817S

10 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +1.836S 15 ROMAIN GROSJEAN HAAS VF-18/FERRARI +1 LAP 77 1:14.822

11 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.874S 16 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS FW41/MERCEDES +1 LAP 77 1:15.325

12 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +1.908S 17 LANCE STROLL WILLIAMS FW41/MERCEDES +2 LAPS 76 1:14.944

13 NICO HULKENBERG RENAULT +2.008S NT CHARLES LECLERC SAUBER C37/FERRARI ACIDENTE 70 1:17.710

14 PIERRE GASLY TORO ROSSO +2.114S

15 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +2.165S NT BRENDON HARTLEY TORO ROSSO STR13/HONDA ACIDENTE 70 1:17.172

16 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2.395S NT FERNANDO ALONSO MCLAREN MCL33/RENAULT CX. VEL. 52 1:17.018

17 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +2.511S 7 FERNANDO ALONSO
MCLAREN RENAULT
18 LANCE STROLL WILLIAMS +2.656S 1:12.110

19 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +3.080S AUSTRÁLIA
BAHREIN
20 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +6.675S CHINA
AZERBAIJÃO
2.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 8 CARLOS SAINZ ESPANHA
RENAULT MÓNACO
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1:12.130 CANADÁ
FRANÇA
ÁUSTRIA
GRÃ-BRETANHA
ALEMANHA
HUNGRIA
BÉLGICA
ITÁLIA
SINGAPURA
RÚSSIA
JAPÃO
EUA
MÉXICO
BRASIL
ABU DHABI

1 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING 1:11.841 9 SERGIO PEREZ
FORCE INDIA MERCEDES
2 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.194S 1:12.154 PILOTOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

3 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.572S

4 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0.695S 10 PIERRE GASLY 1. L. HAMILTON 18 15 12 25 25 15 110

5 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.702S SCUDERIA TORO ROSSO 2. S. VETTEL 25 25 4 12 12 18 96
1:12.221
6 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.801S Q2 3. D. RICCIARDO 12 - 25 - 10 25 72

7 NICO HULKENBERG RENAULT +1.206S 11 NICO HULKENBERG
4. V. BOTTAS 4 18 18 - 18 10 68
8 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +1.236S RENAULT
1:12.411 5. K. RAIKKONEN 15 - 15 18 - 12 60
9 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +1.274S
6. M. VERSTAPPEN 8 - 10 - 15 2 35
10 CARLOS SAINZ RENAULT +1.359S 12 STOFFEL VANDOORNE
MCLAREN RENAULT
11 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +1.381S 1:12.440 7. F. ALONSO 10 6 6 6 4 - 32

12 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +1.529S 8. N. HULKENBERG 6 8 8 - - 4 26

13 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.541S 13 SERGEY SIROTKIN 9. C. SAINZ 1 - 2 10 6 1 20
WILLIAMS MERCEDES
14 PIERRE GASLY TORO ROSSO +1.569S 1:12.521 10. K. MAGNUSSEN - 10 1 - 8 - 19

15 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +1.706S 11. P. GASLY - 12 - - - 6 18

16 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +1.731S 14 CHARLES LECLERC 12. S. PEREZ - - - 15 2 - 17
SAUBER FERRARI
17 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +1.734S 1:12.714

18 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +1.922S 15 BRENDON HARTLEY Q1 13. E. OCON - 1 - - - 8 9
SCUDERIA TORO ROSSO
19 LANCE STROLL WILLIAMS +2.170S 1:13.179 14. C. LECLERC - - - 8 1 - 9

20 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2.332S 15. S. VANDOORNE 2 4 - 2 - - 8

3.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 16. L. STROLL - - - 4 - - 4

PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 16 MARCUS ERICSSON 17. M. ERICSSON - 2 - - - - 2
SAUBER FERRARI
1 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING 1:11.786 1:13.265 18. B. HARTLEY - - - 1 - - 1

2 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.001S 19. R. GROSJEAN - - - - - - 0

3 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.237S 17 LANCE STROLL 20. S. SIROTKIN - - - - - - 0
WILLIAMS MERCEDES
4 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.356S 1:13.323

5 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0.487S

6 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.570S 18 ROMAIN GROSJEAN
HAAS FERRARI
7 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +0.966S 1:12.728 EQUIPAS
19 KEVIN MAGNUSSEN
8 PIERRE GASLY TORO ROSSO +0.975S HAAS FERRARI 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
1:13.393
9 CARLOS SAINZ RENAULT +1.064S 20 MAX VERSTAPPEN 1. MERCEDES 22 33 30 25 43 25 178
RED BULL RACING TAG HEUER
10 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +1.068S 2. FERRARI 40 25 19 30 12 30 156
Nota: Grosjean penalizado em 3 posições por ter
11 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +1.088S causado colisão no GP de Espanha. Verstappen 3. RED BULL  20 - 35 - 25 27 107

12 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.154S penalizado em 5 posições por troca não prevista de
cx. velocidades e 10 posições por uso do 3º MGU-K.
13 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +1.239S 4. RENAULT 7 8 10 10 6 5 46

14 NICO HULKENBERG RENAULT +1.326S 5. MCLAREN RENAULT 12 10 6 8 4 - 40

15 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +1.493S 6. FORCE INDIA - 1 - 15 2 8 26

16 LANCE STROLL WILLIAMS +1.809S 7. TORO ROSSO HONDA - 12 - 1 - 6 19

17 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +1.858S 8. HAAS FERRARI - 10 1 - 8 - 19

18 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +2.095S 9. SAUBER FERRARI - 2 - 8 1 - 11

19 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +2.406S

20 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2.435S 10. WILLIAMS - - - 4 - - 4

PONTUAÇÃO 1.º 25 PTS 2.º 18 PTS 3.º 15 PTS 4.º 12 PTS 5.º 10 PTS 6.º 8 PTS 7.º 6 PTS 8.º 4 PTS 9.º 2 PTS 10.º 1 PT

12 cpVt/
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE VELOCIDADE DE TURISMOS

REGRESSOS
FELIZES
Começou finalmente o Campeonato de Portugal de Velocidade
de Turismos. Depois do adiamento do arranque da competição,

Braga recebeu uma interessante grelha de carros que
proporcionaram boas corridas. Com vários regressos à
competição a registar, foram Armando Parente e Pedro

Salvador a levarem para casa os louros das vitórias

Fábio Mendes dos treinos cronometrados foi a vez de
[email protected] Lobato ser o mais veloz em pista, dando
Fotos Nuno Organista; Direita 3/Tiago costa; OmsRallyphotos/Tânia Machado a primeira pole ao 308 TCR em solo nacio-
nal. Mora não largou os lugares cimeiros e
Depois do que pareceu ser um Cupra TCR, sendo agora colega de equi- ficou em segundo, à frente de Salvador e José Correia continuou a sua evolução
arranque falhado, o CPVT foi pa de Gustavo Moura, em Audi RS3 LMS. Carvalho. João Sousa conseguiu dar a volta e não fosse um pequeno erro no final da
finalmente para a pista, apre- Francisco Carvalho é outro regresso que aos problemas do seu Leon na segunda corrida, poderia ter chegado ao terceiro
sentando uma estrutura re- se saúda, ao volante do Audi da Veloso sessão, ainda assim não apresentando o lugar da geral. Assim foi Joaquim Santos
pensada, com apenas quatro Motorsport, que neste fim de semana nível que certamente seria possível. Em o melhor classificado, embora numa ca-
corridas agendadas para 2018 tambémcontoucomocampeãoFrancisco Supercar, José Correia foi baixando sem- tegoria diferente. Para a corrida 2, Mora foi
e em formato Double Sprint. Para ajudar a Mora, no Cupra TCR. João Sousa conti- pre os seus registos, habituando-se gra- penalizado por quebra do parque fechado
compor as grelhas, a organização juntou nua a sua aposta nos TCC, enquanto nos dualmente a uma nova realidade, tal como para a equipa proceder a reparações e caiu
os Supercars, uma porta de entrada para Supercars José Correia desceu da mon- a dupla da Martins Speed, com destaque para o fim da grelha de partida, que tinha
outro tipo de máquinas, algumas das quais tanha para tomar novamente o gosto aos para Daniel Teixeira, que evidenciava um na primeira linha Lobato e Salvador. O pi-
já não tinham lugar nas categorias vigen- circuitos com o imponente Nissan GT-R bom ritmo. A largada para a primeira cor- loto da Speedy teve um bom arranque, ao
tes dos Nacionais de Velocidade. Foram GT3, acompanhando Joaquim Santos e rida ficou marcada pelo mau arranque contrário de Lobato, que não conseguiu
10 os carros inscritos para o primeiro fim Daniel Teixeira (Seat Leon). de Mora, que foi ‘engolido’ por Parente e
de semana de corridas, sete TCR, um TCC No primeiro treino livre foi o 308 TCR da Abreu. O piloto do VW Golf saiu na frente
e dois Supercars. Embora o número de dupla Abreu/Lobato a tomar conta das desta luta (mesmo com uma ligeira saí-
Supercars tenha ficado aquém do que operações, alcançando o melhor regis- da de pista) com Abreu no seu encalço.
se esperava e o dos TCC sejam manifes- to, seguido de Mora e do Golf da dupla Na primeira curva, um toque de Mora na
tamente reduzidos para o potencial que Parente/Cautela. João Sousa, com um traseira de Abreu levou à desistência do
apresentam, ter sete TCR em pista não problema no seu Leon Supercopa não campeão em título e acabou com as hipó-
pode ser considerado negativo para a rea- fez qualquer tempo, assim como Moura, teses de vitória de Abreu, num incidente
lidade nacional. O Peugeot 308 da Sports a contas com reparações no seu RS3, de- que obrigou à entrada do Safety Car para
& You fez a sua estreia em solo nacional, vido a um toque mais violento. No segun- a remoção do Cupra de Mora. No recome-
pelas mãos de Francisco Abreu, que já do treino livre foram os veteranos a im- ço da corrida, Parente liderava, seguido de
tem usado a máquina no TCR Europe e por-se, com Salvador a marcar o melhor Manuel Gião e Pedro Salvador. O azar, que
de Rafael Lobato, que assume este ano tempo da sessão, seguido de Carvalho e no ano passado não largou o Kia da CRM,
um novo desafio, nesta que é a sua ter- do Peugeot 308 da Sport & You. voltou a atacar, com Gião ser obrigado a
ceira máquina TCR. Manuel Gião coman- As duas sessões de qualificação fica- regressar às boxes com um furo, abrindo
da agora o Kia Cee´d da CRM, um projeto ram marcadas pelo equilíbrio entre os assim uma vaga no top 3 para Francisco
que já tinha mostrado potencial, embora mais rápidos. Francisco Mora fez o me- Carvalho. Moura era quarto, perseguido
com pouca fiabilidade. A Team Novadriver lhor tempo da primeira sessão que de- por João Sousa que apresentava um rit-
apresentou uma dupla nova para o seu finia a grelha para a corrida 1. Foi segun- mo excelente, envolvendo-se numa luta
Golf GTi TCR, com Armando Parente e dado por Francisco Abreu (uma dupla acesa com o piloto do Audi, que acabou
José Cautela a regressarem aos grandes que rodou muito perto no ano passa- da pior forma para Sousa, com um to-
palcos nacionais. Pedro Salvador está do) e Armando Parente fechava o top 3. que que o deixou fora de prova perto do
também de regresso aos circuitos, com a Salvador e Carvalho ficaram no top 5 que final da corrida. Na frente, Parente con-
sua estrutura (Speedy Motorsport) e um cabia em pouco mais de 0.7s. Nos segun- seguiu aguentar a pressão de Salvador
e conquistou a primeira vitória do ano.
Salvador e Carvalho completaram um
pódio feito de regressos. Em Supercars,

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13

C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O

CPVT VOLKSWAGEN GOLF GTI TCR 15 VOLTAS
CORRIDA 1
1 ARMANDO PARENTE CUPRA TCR TCR 15 +1.188S
2 PEDRO SALVADOR
3 FRANCISCO CARVALHO AUDI RS3 LMS TCR +2.141S
CORRIDA 2
1 PEDRO SALVADOR CUPRA TCR TCR 18 VOLTAS
2 JOSÉ CORREIA
3 RAFAEL LOBATO NISSAN NISMO GTR-GT3 +3.183S

PEUGEOT 308 TCR TCR +11.504S

LEGENDS CITROEN SAXO 17 VOLTAS
CORRIDA 1 CITROEN SAXO +7.166
1 PEDRO ALVES BMW M3
2 FERNANDO CABRAL +25.768
3 ANTÓNIO BARROS CITROEN SAXO
CORRIDA 2 BMW M3 14 VOLTAS
1 PEDRO ALVES TOYOTA CARINA E +0.790S
2 ANTÓNIO BARROS +2.921S
3 JOSÉ MEIRELES

CLÁSSICOS FORD ESCORT RS 1600 18 VOLTAS
CORRIDA 1 PORSCHE 911 RSR +3.187S
1 CARLOS VIEIRA FORD ESCORT RS 1600
2 JOÃO MACEDO SILVA +26.953S
3 JOAQUIM JORGE PORSCHE 911 RSR
CORRIDA 2 FORD ESCORT RS 1600 14 VOLTAS
1 JOÃO MACEDO SILVA FORD ESCORT RS 1600 +0.281S
2 CARLOS VIEIRA +25.945S
3 JOAQUIM JORGE

capitalizar a sua pole. Francisco Carvalho CLÁSSICOS 1300 DATSUN 1200 16 VOLTAS
teve também um mau arranque e caiu CORRIDA 1 DATSUN 1200 +2 VOLTAS
para a última posição. Manuel Gião volta- 1 LUÍS ALEGRIA MORRIS MINI 1275 GT +2 VOLTAS
va a colocar um bom ritmo nas primeiras 2 CARLOS CRUZ
voltas, à frente de José Cautela, mas nova- 3 FILIPE NOGUEIRA MORRIS MINI 1275 GT 12 VOLTAS
mente o seu Kia resolveu não colaborar CORRIDA 2 DATSUN 1200 +14.042S
e um problema na correia do alternador 1 FILIPE NOGUEIRA DATSUN 1200 +14.531S
obrigou à desistência. Entretanto, Mora 2 BRUNO PIRES
subia à terceira posição nos TCR, fruto 3 CARLOS CRUZ
de um bom arranque e pouco depois era
Gustavo Moura a ter de entrar nas boxes na frente mantinham-se estáveis e de- TCR, e para a luta entre João Sousa, Daniel de Lobato e Mora. José Correia foi segun-
com problemas no seu Audi. As distâncias pois de ter atacado nas primeiras voltas, Teixeira e Francisco Carvalho. Sousa ainda do da geral e Daniel Teixeira quinto, com
Lobato não conseguiu manter-se perto de apanhou um susto com um princípio de os dois Supercars a ficarem no top 5. José
Salvador,queencontrouumaboamargem incêndio na sua máquina, depressa re- Cautela, que entrou nas boxes antes do
para gerir a corrida. Até ao final, o desta- solvido e sem consequências de maior. final com os pneus completamente de-
que foi para o bom andamento de José Pedro Salvador carimbou a vitória no gradados, ficou-se pela sétima posição,
Correia, que se intrometeu nas lutas dos seu regresso às pistas, acompanhado atrás de Francisco Carvalho.

cpvc/
14
fechar o top 3. Rómulo Mineiro venceu no Grupo Charais (segundo nos H75). Filipe Ferreira venceu
CLÁSSICOS 5, tal como Pedro Serrador no Grupo 1 e Fernando o Grupo 1, sem concorrência. Na corrida 2 o cenário
Xavier nos H81. Nos Clássicos 1300, Luís Alegria cedo inverteu-se e Vieira não conseguiu segurar Macedo
VIEIRAE MACEDO passou para o comando da prova e assim terminou, Silva no arranque. Vieira não desarmou e continuou
SILVA VOLTARAM A seguido de Bruno Pires (melhor H71) e Fernando a pressionar tanto quanto possível o líder da corrida,
ANIMAR O PÚBLICO que venceu por apenas 0.2s de vantagem. Esta dupla
está apostada em dar grandes espetáculos e o públi-
Numa lista de inscritos que contou com sete co tem agradecido. Em terceiro ficou Joaquim Jorge,
carros no CPVC 1300 e 19 no CPVC, foi Joaquim que concluiu este fim de semana com duas subidas ao
Jorge que começou por se evidenciar nos trei- pódio. Em H71 Joaquim Soares levou a melhor sobre
nos livres (seguido de Rui Costa e Rui Alves), o Filipe Matias, enquanto no Grupo 5 Rómulo Mineiro
que se repetiu nos treinos cronometrados, com voltava a ser o melhor, tal como Pedro Serrador no
Jorge a colocar o seu Escort RS1600 no topo Grupo 1. Nos 1300 a vitória sorriu a Filipe Nogueira
da tabela, à frente de Carlos Vieira e Rui Costa. A arma- (Morris 1275 GT), que conseguiu escapar aos toques
da dos H75 dominou naturalmente os cronometrados, da luta pela liderança e levou a melhor sobre Bruno
enquanto nos H71 foi Filipe Matias (Lotus Elan) o mais Pires e Carlos Cruz (ambos Datsun 1200), todos em
rápido da sessão. No Grupo 5, Rómulo Mineiro fez a me- H71. O melhor H75 foi Luís Alegria, enquanto Filipe
lhor marca (Ford Escort RS2000) e no Grupo 1 foi Pedro Ferreira repetiu naturalmente o triunfo no Grupo1.
Serrador (BMW 323i) a evidenciar-se. Paulo Duarte (VW
Golf GTI) foi o melhor entre os H81.
Nos Clássicos 1300, a dupla Paulo Miguel e José Fafiães
no MG Midget foram os mais rápidos, quer dos 1300 quer
dos H71. Seguiu-se Luís Alegria (Datsun 1200) como o
melhor H75 e Carlos Cruz (Datsun 1200).
SenoEstoriltivemos uma excelente luta entre Macedo
Silva e Carlos Vieira, em Braga o cenário foi idêntico,
com ambos os pilotos a darem tudo para alcançar a
vitória. Na largada para a corrida 1 Joaquim Jorge não
conseguiu segurar Macedo Silva nem Carlos Vieira,
que assumiu a liderança da prova, sob a pressão do
Porsche 911 RSR. Vieira segurou Macedo Silva du-
rante toda a prova e conseguiu assim alcançar a
segunda vitória do ano. Macedo Silva não encon-
trou argumentos para passar o campeão nacional
de ralis e terminou em segundo com Joaquim Jorge
em terceiro. Nos H71 foi Joaquim Soares (Lotus Elan)
a levar a melhor sobre Filipe Matias, em carro idên-
tico, com Paulo Lima (Alfa- Romeo 1750 GTAm) a

LEGENDS

PEDROALVES EMDOSE DUPLA

PedroAlvestemestadoemgrandefor- encalço, mas sem argumentos para se
ma esta época e depois de ter vencido chegar à frente. A fechar o pódio da geral
uma corrida no Estoril, dominou por tivemos António Barros (BMW M3), se-
completoasoperaçõesemBraga. Opiloto guido de Rui Gonçalo e António Camilo.
do Citroën Saxo foi o mais rápido em qua- Simplício Taveira foi o segundo melhor
lificação, à frente de Rui Gonçalo (BMW na categoria Especial, à frente de Olavo
M3 E36), o mais rápido no treino livre. Ribeiro. Nos FEUP3 Telmo Gomes levou
Fernando Cabral (Citroën Saxo) foi o ter- a melhor sobre Diogo Rocha e Hélder
ceiro mais rápido e o primeiro na categoria Moura e em FEUP2 Paulo Ferraz (Fiat
Especial. Telmo Gomes foi o melhor nos Punto) ficava à frente de Tiago Montes.
FEUP3 (Alfa Romeo 156).
Nos FEUP 2 (Fiat Punto) O melhor L90 foi Paulo Teixeira (BMW -se com o segundo lugar e José Meireles
os mais rápidos foram E30 - 325i). Acorrida2foimaisatribulada, (Toyota Carina E) chegou ao terceiro lu-
Tiago Montes e Pedro com a entrada por duas vezes do Safety gar do pódio. O melhor na classe Especial
Pinto. Sérgio Monteiro e Car. Antes disso, António Barros mos- foi Sérgio Pinto (Honda Civic), seguido de
Abel Marques (Fiat Tipo) trou-se com um arranque muito forte e perto por Tito Gomes (BMW 320 IS) e em
dominaram a qualifica- assumiu a liderança da prova, que viria a FEUP3 Hélder Moura superou a concor-
ção dos L90. perder sensivelmente a meio para o sus- rência. Em FEUP2, mesmo sem verem a
Na corrida 1 o domínio de peito do costume. Alves subiu para pri- bandeira de xadrez, foi Pedro Carvalho
Pedro Alves manteve-se, meiro e nem um final decidido ao sprint a ficar à frente de Pedro Pinto. Em L90 o
liderando de fio a pavio, lhe tirou a dobradinha. Barros contentou- melhor foi António Castro (VW Golf GTI).
com Fernando Cabral
(melhor Especial) no seu

BREVES >> autosport.pt

15

>> CRM AINDA EM MARÉ DE AZAR

BASTANTE PÚBLICO EM BRAGA Esperava-se um Kia Cee´d mais fiável neste
arranque de época, mas os azares continuam
Foi ainda um número agradável de fãs que têm agendados para os próximos tempos. a perturbar a equipa. Um furo e uma correia do
acorreu ao Circuito Vasco Sameiro. Não Só foi pena termos apenas 3 campeonatos alternador partida hipotecaram as chances de
estivemos perante uma enchente, mas as em pista. Porque não juntar campeonatos um bom resultado, mesmo com um andamento
bancadas apresentaram-se bem compostas. de outros promotores para assim tentar inicial prometedor. Tiago Raposo Magalhães não
O KIB apresentou-se aos media presentes atrair mais público? Seria interessante ver desanima e considera que o carro tem tudo o
com uma nova administração do complexo, os promotores trabalharem em conjunto que é preciso para chegar aos bons resultados,
assumindo o compromisso de melhorar para darem melhores corridas ao público e que espera que possam surgir em breve, com a
as condições de forma a poderem receber talvez melhores condições de retorno para ajuda da experiência de Gião.
vários eventos extradesportivos, como já os pilotos e até para si próprios.
>> SPEEDY MANTÉM O RITMO
DO ANO PASSADO

NOVADRIVER COM UM TRIUNFO Depois de um arranque em 2017 titubeante, a Speedy encontrou o caminho para os pódios
INESPERADO na última metade do ano e mantém o ritmo agora com o patrão da equipa aos comandos da
máquina. Salvador deixou a montanha e teve um regresso em grande, como se esperava. O piloto
O Golf da equipa de César e chefe de equipa realçou o grande nível que existe no campeonato, com~o equilíbrio a ser nota
Campaniço não costuma dar- de destaque. Defende que o campeonato tem muito potencial e que este equilíbrio faz com que
se bem com os ares de Braga, seja muito difícil conseguir uma vitória. Quem o consegue sai sempre valorizado e é isso que os
mas nem isso impediu a pilotos de alta competição pretendem. Gustavo Moura teve um fim de semana complicado, mas
vitória de Parente, o que não ainda assim conseguiu um quarto lugar na corrida 1 que considerou muito positivo.
deixou de ser uma surpresa
para a equipa, que trabalhou >> SPORTS & YOU EM BOM NÍVEL
arduamente para encontrar a
melhor afinação. Na segunda A estreia do 308 TCR no CPVT correu de forma
corrida Cautela não teve positiva. Abreu, que já está ambientado
tanta sorte, e o problema de à nova máquina, está muito feliz por
desgaste de pneus voltou a este desafio, onde combina o CPVT com
verificar-se, mas pelo menos o TCR Europe. O piloto madeirense está
o enguiço foi quebrado. motivadíssimo com este projeto e com a
evolução evidenciada, especialmente na
VELOSO MOTORSPORT última prova em Zandvoort onde conseguiu
COM FIM DE SEMANAAGRIDOCE um lugar no top 10. Em Braga não teve a
sorte do seu lado, mas nem isso diminuiu o
Tanto Mora como Carvalho evidenciaram um bom andamento durante o fim de semana, mas o ânimo com que encara esta nova fase da sua
toque de Mora e o mau arranque de Carvalho condicionaram os resultados, o que não agradou carreira. Já Rafael Lobato teve o primeiro contacto com a máquina e ficou contente com
a Luís Martins, um homem sempre exigente e que agora começa a preparar a prova do WTCR a agilidade do 308. Conquistou uma pole, mas deixou escapar a vitória ao não evidenciar
com Edgar Florindo, um dos Wildcards. Francisco Carvalho estava ainda assim contente capacidade para acompanhar o ritmo de Salvador. A afinação do carro talvez não tenha
com a sua prestação, assumindo-se como um dos mais rápidos em pista, reconhecendo, sido ótima e o pneu dianteiro direito sofreu muito no asfalto abrasivo do circuito de Braga.
no entanto, o erro na largada da corrida 2. Francisco Mora não teve o fim de semana que Mas o otimismo era a nota de destaque neste regresso à competição.
desejava, mas está claramente numa fase positiva, com a motivação em alta no TCR Europe,
onde pretende mostrar-se e fazer a época toda. O próximo desafio para ele é Spa. >> JOÃO SOUSA ‘ON FIRE’

O único representante dos TCC teve um
arranque de fim de semana difícil com um
problema na bomba de combustível do seu
Leon, mas apresentou-se na corrida 1 com um
ritmo muito forte, conseguindo até igualar o
andamento de alguns TCR. A luta mais dura
com Moura deixou muitas marcas no seu carro,
que viriam a afetar a performance na corrida
2 em que o carro pegou fogo, rapidamente
controlado. Apesar do sucedido, Sousa era um
homem feliz com a prestação do fim de semana
e com o potencial dos TCC.

>> SUPERCARS’ SATISFEITOS

José Correia estava visivelmente feliz com a sua prestação em Braga, que se pautou por uma
evolução constante a todos os níveis, com a equipa ainda a procurar a melhor afinação para
a máquina. A Martins Speed fez também um balanço muito positivo da primeira ronda de
2018, e a vontade de fazer o resto do campeonato é agora assumida. Daniel Teixeira esteve em
destaque e mostrou um bom andamento.

TT/16
BAJA TT CAPITAL DOS VINHOS DE PORTUGAL

TEISATGROEIRAEDISE
Três provas, três vencedores diferentes e um campeonato
super-equilibrado! Tiago Reis e Valter Cardoso asseguraram
em Reguengos o seu primeiro triunfo no CPTT, confirmando
desta forma toda a evolução que vinham demonstrando.
Hélder Oliveira/Pedro Pires de Lima, no Mini Paceman,
foram segundos, com Alejandro Martins e José Marques a
colocarem a Toyota Hilux no pódio

José Luís Abreu
[email protected]

Fotos AIFA/Jorge Cunha; PressXL News/Albano Loureiro, e Oficiais

Está bem interessante o Cam- reconhecidamente difícil e em que a ex- na frente da corrida já tinha crescido para o Racing Lancer, também o Mini Paceman
peonato de Portugal de Todo- periência vale muito. 4m21.0s face a Paulo Rui Ferreira; no CP4, da Cattiva Sport esteve em bom plano,
-o-terreno. A exemplo do que Nesta prova, o facto de ter terminado com a margem cresceu ainda mais, e por fim, com Hélder Oliveira a imprimir um ritmo
sucedeu o ano passado, embora uma vantagem de 5m52s face a Hélder no final, terminou a prova com quase seis sem exageros, conseguindo um bom lugar
com protagonistas diferentes, o Oliveira, diz bem da prestação que realizou minutos de avanço. Brilhante! E pelo que final, mesmo com alguns problemas com
CPTT deste ano também arran- em Reguengos. se viu, este primeiro triunfo augura um o alinhamento do carro nas zonas rápidas:
cou com três vencedores diferentes, em Engraçado também é o facto da próxima bom futuro nesta disciplina. “Não baixámos os braços e andámos sem-
três provas. Desta feita, João Ramos (Baja prova, a Baja TT Gondomar-Rota da Fili- Quanto a Hélder Oliveira e Pedro Pires de preaoritmoquepudemos eterminámos
TTdoPinhal),AlejandroMartins (BajaTT grana, realizar-se numa zona em que o Lima, foram segundos com o Mini Pace- em segundo”, disse.
de Loulé) e agora Tiago Reis, repetiram o navegador, Valter Cardoso, conhece de man da Cattiva, resultado que lhes permite Alejandro Martins e José Marques leva-
sucedido há 12 meses, e com uma curio- olhos fechados, o que pode ser um bom ascender à liderança do CPTT. ram novamente a Toyota Hilux ao pódio,
sidade interessante: o piloto estreou-se prenúncio. e se não tivesse sido o contratempo na
a vencer, mas o seu carro, o Mitsubishi Esta vitória foi construída em cima de uma CLÁSSICA DIFÍCIL Baja TT do Pinhal, outro galo cantaria no
Racing Lancer, está por demais habituado grande consistência, a que aliou também A celebrar a sua 30ª edição, a Secção de campeonato. De qualquer forma, as provas
a triunfar nesta prova, ‘coisa’ que já tinha rapidez, que se prova pelo segundo lugar Motorismo de Reguengos de Monsaraz queconcluiu, foi nopódio.Terminoua 19s
feito por cinco vezes nas mãos de Miguel no prólogo e triunfo no SS1. No segun- preparou para a clássica alentejana um do segundo lugar, que teria alcançado, se
Barbosa. Contudo, sem a excelente dupla do dia o piloto soube manter uma toada percurso bastante exigente, mas tal como não fosse uma penalização de um minuto
Tiago Reis/Valter Cardoso, nada o carro forte, impedindo toda e qualquer reação
teria feito sozinho, com o piloto oriundo dos pilotos que mais perto estavam em
do Kartcross e que se tornou Campeão termos de classificação geral. Terminou o
Absoluto na Montanha, a mostrar agora SS1 com 2m39.9ss de avanço para Hélder
uma bela evolução no TT, uma disciplina Oliveira e em CP3 do SS2 a sua vantagem

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17

COMENTÁRIO
DO VENCEDOR

TIAGO REIS

que averbou: “A meio do troço já estáva- “Estou muito feliz com esta
mos em 2º lugar e terminámos a corrida vitória. Não esperava vencer
convencidos que era essa a nossa posi- tão cedo no Campeonato de
ção final, o que seria fantástico depois de Portugal de Todo-o-Terreno,
termos começado nas últimas posições, uma vez que os campeonatos
mas fomos penalizados numa das zonas têm sido muito competitivos. O
de velocidade limitada, onde nos excede- segredo deste triunfo passou
mos por apenas 1 km/h. Daí o minuto de por manter um ritmo forte,
penalização e a perda do 2º lugar. O 3º lugar aliado ao facto de o carro não
é bom, mas acho que merecíamos mais”, ter tido qualquer problema.
disse Alejandro Martins, que manteve a Por isso foi só gerir a corrida
liderança da Taça Ibérica. e o andamento dos nossos
Também muito perto do piloto classificado adversários. Honestamente,
à sua frente ficaram Nuno Matos e Pedro nunca achei que podia ser esta
Marcão. No seu habitual Opel Mokka Proto, a nossa primeira vitória, porque
o piloto viu o seu andamento condicionado achava que esta corrida não
por problemas nos travões, logo na primei- era favorável ao nosso carro,
mas também sabia que poderia
fazer um bom resultado e por
isso tentei dar o meu máximo,
e acabei por fazer o melhor
resultado possível. Fizemos
uma corrida limpa, sem cometer
exageros, porque o objetivo
era obter um bom resultado,
mas conseguimos a vitória e
estamos muito satisfeitos por
isso. Agora ficámos em segundo
no campeonato, a um ponto do
Hélder (Oliveira), mas sabemos
que temos adversários muito
fortes e daqui até ao fim é
muito incerto o que pode
acontecer. Falta ainda muito,
mas vamos focar-nos e dar o
nosso máximo. A próxima prova
é no Douro, e vamos lutar pelo
pódio. Aproveito para agradecer
à minha equipa de assistência,
ao meu navegador, família,
parceiros e patrocinadores.”

TT/

18 B A J A T T C A P I T A L D O S V I N H O S D E P O R T U G A L

C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S

POS PILOTO/NAVEGADOR CARRO TEMPO/DIF
3:33:13.0
1 TIAGO REIS/VALTER CARDOSO MITSUBISHI LANCER +5:52.0
+6:11.0
2 HÉLDER OLIVEIRA/PEDRO P. LIMA MINI PACEMAN CATTIVA +6:25.0
+8:33.0
3 ALEJANDRO MARTINS/JOSÉ MARQUES TOYOTA HILUX +27:29.0
+40:05.0
4 NUNO MATOS/PEDRO MARCÃO OPEL MOKKA +41:12.0
+42:33.0
5 PAULO RUI FERREIRA/JORGE MONTEIRO TOYOTA HILUX +48:25.0
+49:38.0
6 ANDRÉ AMARAL/NELSON RAMOS MERCEDES PROTO +49:40.0
+52:47.0
7 NUNO MADEIRA/MIGUEL COSTA KIA SPORTAGE TT +58:33.0
+58:58.0
8 CESAR SEQUEIRA/FILIPA SEQUEIRA NISSAN NAVARA +1:05:36.0
+1:05:57.0
9 SÉRGIO VITORINO/LUÍS RAMALHO BMW X5 CC +1:07:21.0
+1:07:52.0
10 PEDRO FERREIRA/HUGO MAGALHÃES FORD RANGER +1:11:31.0

11 BRUNO OLIVEIRA/PAULO MARQUES MAZDA PROTO

12 EDGAR CONDENSO/NUNO SILVA ISUZU D MAX

raetapa: “Foi bom regressar e terminar 13 RUI SOUSA/CARLOS SILVA ISUZU D MAX
na quarta posição foi ainda melhor,
apesar dos problemas de travões. Tive 14 HUGO RAPOSO/JOEL LUTAS NISSAN NAVARA
que gerir o tempo de travagem e aca-
bámos por perder muito tempo”. 15 BRUNO RODRIGUES/RICARDO CLARO MAZDA PROTO
Paulo Rui Ferreira e Jorge Monteiro,
em Toyota Hilux, completaram o Top 5, 16 ALEXANDRE MOTA/ANÍBAL MENDONÇA NISSAN PATROL
numa prova em que não muito longe do
fim chegaram a ser segundos da geral. 17 NUNO CORVO/ANTÓNIO MAGALHÃES NISSAN PATHFINDER
Quanto a João Ramos e Vítor Jesus, novo
azar, já que depois de terem ganhado o 18 NUNO WHEELHOUSE REIS/JORGE ANTUNES NISSAN NAVARA D22
prólogo, atrasaram-se no primeiro dia,
que terminaram em sexto. Lideraram 19 SEBASTIÃO DOMINGUEZ/BRUNO SÁ MITSUBISHI MONTERO
até cerca dos 100 quilómetros de prova,
altura em que um furo e posteriormente 20 GEORGINO PEDROSO/ANTÓNIO RODRIGUES NISSAN TERRANO II
uma avaria elétrica no limpa pára-bri-
sas os atrasou de forma significativa. (CLASSIFICARAM-SE 32 CONCORRENTES)
No setor seletivo decisivo, estava a ser
o mais rápido, rodando a 8 segundos André Amaral e Nelson Ramos levaram Condenso e Nuno Silva venceu a cate- No Desafio Total Mazda vitória para a
do segundo lugar, mas foi forçado a o Mercedes Proto ao sexto lugar, ter- goria, seguidos de Rui Sousa e Carlos dupla Bruno Oliveira/Paulo Marques
abandonar com problemas na direção minando na frente de Nuno Madeira/ Silva. Nuno Corvo, que se faz acompa- que deixou Bruno Rodrigues e Ricardo
da sua Toyota Hilux. Miguel Costa, que no Kia Sportage nhar por António Magalhães, terminou Claro a 9m20s. Na terceira posição ficou
TT, subiram de 21º até 7º: “Quase im- a prova alentejana no terceiro posto. o par Filipe Videira e André Coimbra.
possível fazer melhor, com alguns César e Filipa Sequeira venceram o T8, Na Taça de Portugal de TT venceu Si-
problemas elétricos à mistura e sem na frente da dupla Bruno Oliveira/Paulo mão Comenda com Luís Couto, seguidos
4ª velocidade”. Marques. A completar o pódio da cate- da dupla João Pedro Martins/Miguel
Entre os T2, a dupla formada por Edgar goria ficou Hugo Raposo e Joel Lucas. Paião e do par Joaquim e João Calado.

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19

MARCO SILVAVENCE
OS SSV EM REGUENGOS

DESAFIOTOTAL MAZDACOM NOVO LÍDER Depois de uma corrida animadíssima e disputada ao segundo entre vários
concorrentes até ao derradeiro quilómetro da prova, Marco Silva, aos
Bruno Oliveira e Paulo Marques venceram entre os velocidade e poupança do carro, que resultou. comandos de um Can-Am, venceu a Baja TT Capital dos Vinhos de Portugal na
concorrentes do Desafio Mazda. Depois de Pedro Depois de um dia de arranque em que jogaram disciplina dos SSV, no que é um regresso às vitórias depois de ter ganhado
Dias da Silva ter dominado os acontecimentos no claramente à defesa, Filipe Videira/André na estreia em Portalegre, em 2016. Em Reguengos venceu também o Troféu
primeiro dia, a meio do seguinte foi a vez de a dupla Coimbra forçaram um pouco mais o andamento e Can-Am e terminou a corrida com uma vantagem de 34s sobre Vitor Santos,
Oliveira/Marques assumir as ‘rédeas’ da corrida, acabaram por festejar a subida ao último lugar do com o líder do campeonato, João Monteiro, a subir ao derradeiro lugar do
para não mais largar a liderança. pódio, o melhor resultado da época para a equipa pódio com uma desvantagem de 39s. O primeiro venceu entre os veteranos e
Com o segundo lugar obtido em Reguengos que fez este ano a sua estreia nesta competição. o segundo a Classe Júnior.
de Monsaraz, Bruno Rodrigues/Ricardo Claro Pedro Dias da Silva/José Janela, depois da Nesta quarta jornada do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno todas as
asseguraram provisoriamente igual posição no exibição notável do primeiro dia, atrasaram- posições até ao oitavo lugar foram ocupadas por pilotos que pilotaram Can-
Desafio após as três primeiras provas. Tentando se devido à quebra do diferencial dianteiro. Am Maverick X3: Ivo Nogueira (que venceu a Classe Promoção), Ruben Faria,
gerir da melhor forma o esforço, o piloto alentejano Ainda assim, e apesar do quarto lugar final no Luís Cidade, Ricardo Domingues e David Tubarão terminaram separados por
manteve uma toada de compromisso entre Desafio, o piloto de Tomar passou a liderar a pouco mais de dois minutos. João Dias, que dominou grande parte da corrida,
classificação. Floriano Roxo/Pedro Carrapiço foi forçado a parar para mudar uma correia do variador baixando para o 13º
CLASSIFICAÇÕES encerraram o lote de classificados do Desafio, lugar final.
mesmo com muitos problemas de suspensão Na categoria TT2, disputada por máquinas sem turbo, a vitória pertenceu
1º Bruno Oliveira/Paulo Marques, 4h22m51s; 2º Bruno Rodrigues/ no seu carro. Os estreantes Mário Pedro/João pela quarta vez este ano a Mário Franco, que triunfou também na Classe
Ricardo Claro, 4h32m11s ; 3º Filipe Videira/André Coimbra, Santos foram a única dupla a não conseguir Open da Taça Yamaha YXZ 1000. Entre os concorrentes da Classe Stock a
4h50m57; º Pedro Dias da Silva/José Janela, 5h01m06s; 5º terminar, devido a uma falha no sistema de vitória pertenceu ao estreante Nuno Santa Bárbara. No Troféu Polaris Sérgio
Floriano Roxo/Pedro Carrapiço, 2h03m10s gestão do motor. Bandeira foi o mais rápido entre os turbo e Alexandre Silva venceu entre os
DESAFIO TOTAL MAZDA (após 3 provas): 1º Pedro Dias da Silva, RZR de motor atmosférico.
55 pontos; 2º Jorge Cardoso, 36; 3º Bruno Rodrigues, 33; 4º
Bruno Oliveira, 26; 4º Francisco Gil, 26; 6º Filipe Videira, 15; 7º
Floriano Roxo, 10

DAKAR 2019 APRESENTADO TRIUNFOS DEANTÓNIO MAIO
EARNALDO MARTINS
Anunciada que foi a decisão da
ASO de organizar o Dakar 2019 Os campeões nacionais, António Maio (Yamaha) nas Motos, e Arnaldo Martins (Suzuki) nos
exclusivamente no Perú, a prova Quad, triunfaram na 30ª edição da Baja TT Capital dos Vinhos de Portugal.
sul americana teve já honras Nas motos, António Maio, em Yamaha, terminou com uma vantagem de 3m25s para Bruno
de apresentação em Portugal. Borrego, em KTM, que foi o segundo classificado e o vencedor da classe TT3. Martim
Coube a Roméo Gaspar, um Ventura fez uma boa corrida e na despedida da 125 ocupou o derradeiro lugar no pódio
português nascido em França e absoluto, vencendo tanto a Classe TT1 como a Júnior.
que faz agora parte da direção Mário Patrão, em KTM, gastou mais 7m13s que António Maio e ocupou o segundo lugar da
da mais famosa prova de TT Classe TT3. Bernardo Megre, companheiro de equipa de Maio, foi 5º da classificação geral
do mundo, apresentar o novo e o 2º entre os TT1 e os Juniores. Com a portuguesa AJP, o piloto de Campo Maior, Domingos
formato do rali que se disputará Santos, fechou o pódio das TT3. Entre os veteranos a vitória foi conquistada por Armindo
integralmente no Perú, com a
prova a ter início e final em Lima. Neves (Honda), enquanto
No ano passado o retorno às dunas peruanas foi um desafio exigente para a maioria, e no Rui Cebola (KTM) venceu a
próximo mês de janeiro os competidores terão de enfrentar novamente essas indomáveis Classe Promoção e foi 2º da
montanhas de areia, numa prova que terá um progressivo aumento de dificuldade. geral na Classe TT2.
Uma das grandes novidades apresentadas em Reguengos foi a Meia Maratona, destinada a Na competição destinada
Autos, SSV e Camiões. De acordo com esta nova ideia todos os pilotos que forem forçados aos Quad, Arnaldo
a abandonar durante a primeira metade da prova terão uma segunda oportunidade, Martins, em Suzuki LTR,
caso estejam em condições de voltar a partir para a corrida, sendo ainda objeto de uma conquistou mais uma
classificação específica. vitória, a terceira em quatro
Se participar no Dakar é um sonho para muitos, alguns já fazem planos para estar em corridas disputadas,
Lima nos primeiros dias de janeiro de 2019. De entre os portugueses são vários os tendo completado a
nomes que se colocam na calha para estarem à partida da edição de 2019: Nas Motos, prova alentejana com
Paulo Gonçalves, Joaquim Rodrigues, Mário Patrão, Luís Oliveira, Luís Correia e Miguel uma vantagem de 2m48s
Caetano. Nos SSV, Pedro Mello Breyner, Miguel Jordão, Bruno Martins, Ruben Faria para Filipe Silva, em moto
e Hélder Rodrigues. Por fim, nos autos, manifestaram a sua intenção, Carlos Sousa, idêntica.
Ricardo Porém, Alejandro Martins e André Villas Boas. Joni Fonseca, em Yamaha, foi
o 3º classificado a 5m26s do
vencedor.

20 WRX/
RALICROSS - SILVERSTONE

KDREISTSOFCFEORSLSOAN
O sueco Johan Kristoffersson estendeu a sua liderança
no Mundial de Ralicross com uma vitória na estreia do
campeonato em Silverstone. O piloto da PSRX Volkswagen
foi o mais rápido nas qualificações, vencendo a Meia-final e
Final. Andreas Bakkerud levou o seu Audi ao segundo lugar
e Sébastien Loeb, embora um arranque lento na Final, ainda
conseguiu terminar em terceiro

Duarte Mesquita que da Final sabia-se que o resultado BAKKERUD PROMETE sensação é de que estou confiante para
[email protected] desta corrida seria definido em grande as provas da Noruega, Suécia e do res-
FOTOGRAFIA Paulo Maria/Interslide parte na discussão das primeiras duas MAIS COM O AUDI to do Campeonato, pistas com as quais
curvas, pois o circuito de Silverstone não estou mais familiarizado.” Loeb conse-
Nas qualificações Petter Solberg tinhapraticamentenenhum ponto de ul- Bakkerud estava motivado depois de guiu o quarto pódio em quatro provas e
começou por ser o mais rápido, trapassagem. Kristoffersson acabou por conquistar o segundo lugar: “Este re- mostrava-se contente com o terceiro
impondo-se naQ1,masTimmy ter a vida algo facilitada pois Loeb falhou sultado sabe-me muito bem! O carro posto: “Fiz uma Final muito boa, com
Hansen respondia na Q2, vol- no arranque, o que fez o alsaciano op- tem sido competitivo durante toda a um arranque muito mau, por isso sa-
tando a mostrar uma rapidez ao tar por uma passagem antecipada pela temporada, leva é tempo para alguém
nível dos melhores. No domin- Joker-Lap para recuperar o atraso. Mais se acostumar quando tudo é novo. A
go Kristoffersson veio ao de cima, adap- tarde o francês conseguiu ultrapassar no
tando-se bem ao traçado técnico e lento braço Mattias Ekström, que provavel- C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O
de Silverstone para vencer as Q3 e Q4. A mente teve uma má opção estratégica
primeira Meia-final foi explosiva após um na Joker-lap ao preferir efetuá-la mais CL PILOTO CARRO TEMPO
contato polémico entre os dois pilotos dos tarde. Na frente Bakkerud não desistiu 6 VOLTAS EM 4M00,899S
Volkswagen Polo R, com Petter Solberg, de pressionar Kristoffersson mas teve 1º JOHAN KRISTOFFERSSON VW POLO R A 0,859S
que tinha arrancado melhor, a fechar li- de contentar-se com o segundo lugar, A 1,346S
geiramente a porta na travagem para a o seu segundo pódio da temporada de- 2º ANDREAS BAKKERUD AUDI S1 QUATTRO A 1,949S
primeira curva. Kristoffersson acabou pois do obtido em Barcelona, e​​ nquanto A 3,832S
por tocar em Solberg, o que fez o seu Polo Loeb acabou por fechar o top 3. O sue- 3º SÉBASTIEN LOEB PEUGEOT 208 WRX A 29,983S
saltar e entrar em pião, acabando por ir de co da Volkswagen explicou no fim a sua
encontro às barreiras de pneus de forma corrida: “Havia muita aderência na linha 4º MATTIAS EKSTRÖM AUDI S1 QUATTRO
violenta, obrigando à mostragem da ban- de partida, por isso tive que fazer deslizar
deira vermelha. No segundo arranque a embraiagem, mas consegui um bom 5º NICLAS GRÖNHOLM HYUNDAI I20 N RX
Kristoffersson já não foi surpreendido arranque. A partir daí estive apenas a
por Solberg,conseguindo segurar a lide- tentar conduzir o mais rápido que po- 6º KEVIN HANSEN PEUGEOT 208 WRX
rança após a primeira curva e vencendo dia. O Andreas esteve realmente sempre
tranquilamente na frente de Bakkerud. no meu encalço, ele encontrou uma boa VOLTA MAIS RÁPIDA: LOEB (PEUGEOT) EM 38,217S
Solberg acabaria por desistir, em resul- velocidade entre a Meia-final e a Final e
tado dos danos sofridos no acidente do foi muito rápido. É tão fácil cometer um CAMPEONATO MUNDO PILOTOS 6º TIMMY HANSEN (PEUGEOT) 71
primeiro arranque. Assim, Kristoffersson erro, por isso tentei manter a calma e, 1º JOHAN KRISTOFFERSSON (VW) 105 PONTOS 7º NICLAS GRÖNHOLM (HYUNDAI) 52
teria a oposição de Loeb na primeira linha nas últimas três voltas, puxar ao máximo! 2º SÉBASTIEN LOEB (PEUGEOT) 91 8º KEVIN HANSEN (PEUGEOT) 41
para a Final, como resultado da vitória do Depois da Joker-lap mantive-me em pri- 3º ANDREAS BAKKERUD (AUDI) 83 9º JANIS BAUMANIS (FORD) 35
francês na Meia-final 2. Antes do arran- meiro, é incrível.” 4º PETTER SOLBERG (VW) 80 10º TIMUR TIMERZYANOV (HYUNDAI) 34
5º MATTIAS EKSTRÖM (AUDI) 80 PRÓXIMA PROVA: HELL (NORUEGA) A 9 E 10 DE JUNHO

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21

UMA BANDEIRA
VERMELHA
CONTROVERSA

A paragem por bandeira vermelha da prudência ‘Grosset-Janin’. Na sexta-feira,
primeira Meia-final não deixou de ter durante o tradicional briefing pré-corrida,
um pouco de controvérsia, pelo facto de a questão foi colocada no centro do de-
Solberg ter sido autorizado pela direção bate ante os oficiais da FIA, bem consci-
de prova a mudar um pneu furado, em entes da injusta situação vivida 15 dias
consequência do incidente no arranque atrás pelo francês. Assim, no caso de uma
inicial. Normalmente o que dizem as re- nova interrupção de uma corrida impedir
gras é que se proíbe qualquer interven- um piloto de estar na grelha por uma
ção no carro, a menos que os oficiais razão ou outra, a direção de prova tem de
ordenem de outra forma, após a interrup- conceder um crédito de tempo para per-
ção da corrida. No incidente de Jêrome mitir que a equipa possa mexer no carro.
Grosset-Janin na Bélgica, após o contacto Deverá ser esta lei ‘Grosset-Janin’ a con-
com Mattias Ekström, um pneu furado tinuar a ter força durante o Campeonato
havia forçado o francês a ficar de fora do apesar da falta da sua publicação oficial
segundo arranque. Teoricamente seria o nos textos da FIA.
mesmo caminho que o norueguês deve-
ria seguir, só que desde esse famoso in-
cidente que existe uma espécie de juris-

bia que era complicado recuperar em
seis voltas. Era o sexto na entrada para
a primeira curva e tive que encontrar
uma maneira de passar os outros car-
ros. Fiz a Joker-lap na hora certa e pude
puxar ao máximo. Depois, quando o
Mattias fez a sua Joker eu fiquei atrás
mas consegui travar no interior para
o primeiro par de curvas. Foi uma boa
corrida, estou muito feliz. O campeonato
é realmente emocionante este ano, so-
mos três construtores de fábrica, seis
pilotos a lutar e eu não sei quem é que
vai ganhar, o que é realmente muito
interessante. Estou a gostar muito!”
Ekström terminou em quarto, à fren-
te de Niclas Grönholm no Hyundai i20
N RX, e de Kevin Hansen no Peugeot
208 WRX oficial, com o jovem sueco a
diminuir muito o ritmo na última vol-
ta devido a um problema mecânico. A
época está realmente muito interes-
sante como diz Loeb e as duas próxi-
mas provas prometem muito, com a
tradicional dupla visita à Escandinávia.
Noruega é a que se segue, a 9 e 10 de ju-
nho, oportunidade para Petter Solberg,
a correr em casa, regressar aos bons
resultados depois desta provaaziaga.

22 CPK/
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE KARTING - LEIRIA

NOVOS
VENCEDORES

O Campeonato de Portugal de Karting Kia prosseguiu
no Kartódromo Internacional de Leiria, com a realização
da segunda prova, organizada pelo Núcleo de Desportos

Motorizados local (NDML). Um total de 95 pilotos,
distribuídos por diferentes categorias,

voltou a proporcionar corridas bem intensas

X30 SHIFTER E X30 SUPER SHIFTER

Filipe Cairrão e Ricardo S. Araújo frente de João Vairinhos, Manuel Leão, INICIAÇÃO CATEGORIA CADETE
[email protected] Álvaro Montenegro, João Ferreirinha e
FOTOGRAFIA HelloFoto Noah da Silva. Azarado, João Galveias e, apesar de ser pressionado por José Pinheiro arrancou da pole-posi-
terminou a Final no 10º lugar, fruto de Adrián Malheiro durante as voltas tion e liderou sensivelmente os primei-
Como habitualmente, as cate- uma penalização de cinco segundos iniciais, conseguiu depois impor o ros dois terços da corrida, altura em que
gorias X30 Shifter e X30 Super por irregularidade no spoiler frontal, seu andamento e acabou por vencer, António Santos passou para o comando
Shifter partilharam a mesma enquanto Luís Caetano foi obrigado a tendo o luso-espanhol sido segundo e não mais o largou até final, assinando
grelha, contemplando as clas- abandonar logo na primeira volta. classificado. também a volta mais rápida em 55,220s.
ses Júnior (dos 15 aos 17 anos A luta pelo derradeiro lugar do pó- Contudo, António Santos viria a ser pe-
de idade), Sénior (dos 18 aos CATEGORIA JÚNIOR dio foi intensa e envolveu Tomás nalizado com dois segundos por ter, de
31), Master (dos 32 aos 44) e Gentleman Na Final da Júnior, Frederico Peters pas- Martins, Lourenço Marques, Matilde acordo com o Colégio de Comissários
(com mais de 45 anos). sou para o comando da corrida logo à Ferreira e Miguel Couteiro. Nas úl- Desportivos feito uma ultrapassagem
Na Final, Rodrigo Ferreira largou da po- segunda volta. A partir daí, o piloto de timas voltas, as trocas de posição em situação de bandeira amarelas.
le-position e com um bom arranque Évora concentrou-se em não permitir foram constantes mas Lourenço Assim, José Pinheiro venceu a prova e
assumiu a liderança e não mais a lar- um ataque de Luís Alves ao longo das Marques conseguiu garantir o ter- António Santos foi segundo classifica-
gou até final, vencendo a categoria X30 18 voltas ao traçado de 1.006 metros. Os ceiro lugar final, na frente Matilde do, enquanto Santiago Alves completou
Shifter à geral, assim como a classe dois terminaram separados por escas- Ferreira, Miguel Couteiro, Tomás o pódio de forma muito meritória depois
Júnior. Tiago Teixeira esteve sempre a sos 0,375s mas Peters pôde festejar a Martins e Pedro Rilhado. de ter arrancado do oitavo lugar. João
pressionar mas acabou por terminar vitória em Leiria, dedicando o emocio- Guilhermo Acitores terminou na oi- Gouveia, Maria Germano e Manuel dos
na segunda posição e vencer a classe nante triunfo à mãe, que faleceu em fi- tava posição e Tomás Rodrigues, Santos também estiveram na luta pelo
Sénior, na frente de Miguel Ramos (2º nais de 2016. que se estreou no Campeonato de terceiro lugar, mas acabaram por fechar
Sénior) e Hugo Marreiros (3º Sénior). Luís Alves terminou no segundo lugar, Portugal, foi o nono classificado em o top-6, respetivamente.
Joel Magalhães cruzou a meta quinta conseguindo ainda a volta mais rápi- Leiria, na frente de Guilherme Alves, Rodrigo Vilaça garantiu a sétima po-
posição e venceu a categoria X30 Super da com o tempo de 49,674s e Guilherme António Madeira e Francisco Costa.
Shifter, assim como a classe Master, de Oliveira fez uma corrida em crescen-
com a volta mais rápida em 47,707s, na do e também subiu ao pódio, um resul-
frente de João Barros (2º Master) e de tado que também esteve ao alcance de
Paulo Martins. Manuel Ramos venceu a Henrique Cruz que, no entanto, fechou o
categoria Gentleman, na qual João Paulo fim de semana com um meritório quar-
Cunha foi segundo classificado. to lugar. João Mendes completou o top
5, na frente de Tomás Caixeirinho, do
CATEGORIA X30 SÉNIOR luso-moçambicano Pedro Perino e de
Mariana Machado.
Ricardo Borges largou da pole position
para a Final e não deu qualquer hipóte- CATEGORIA JUVENIL
se à concorrência. Guilherme Gusmão Na categoria Juvenil, Ivan Domingues
conseguiu garantir o segundo lugar e largou da pole position para a Final
Alexandre Areia completou o pódio na

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23

X30 SÉNIOR JÚNIOR

JUVENIL CADETE

KART KID RACE SCHOOL Romeu Mello garantiu a segunda po- C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O
sição na última volta, altura em que
sição, após disputa intensa com Pedro ultrapassou Guilherme Morgado na CATEGORIA X30 SUPER SHIFTER MASTER 1º JOEL MAGALHÃES (BIREL ART); 2º JOÃO BARROS (BIREL
Cachada e Tiago Lima, os oitavo e nono última volta, tendo o líder à partida ART); 3º PAULO MARTINS (SODI). MOTORES IAME.
posicionados, enquanto Pedro Moura para esta prova completado o pódio. CATEGORIA X30 SUPER SHIFTER GENTLEMAN 1º MANUEL RAMOS (CRG); 2º JOÃO PAULO CUNHA (SODI).
encerrou o top-10. Tomás Alves foi um tranquilo quar- MOTORES IAME.
Martim Marques terminou na 11ª posi- to classificado e João Pereira fechou CATEGORIA X30 SHIFTER SÉNIOR 1º TIAGO TEIXEIRA (BIREL ART); 2º MIGUEL RAMOS (CRG); 3º HUGO
ção, na frente de Diogo Caetano e do es- o top-5. MARREIROS (DR). MOTORES IAME.
panhol Daniel Velasco. Rodrigo Seabra Martim Campos terminou na sexta CATEGORIA X30 SHIFTER JÚNIOR 1º RODRIGO FERREIRA (PRAGA). MOTORES IAME.
foi 14º classificado, na frente de Rodrigo posição, resistindo às investidas de CATEGORIA X30 SÉNIOR 1º RICARDO BORGES (KART REPUBLIC), 18 VOLTAS EM 15M30,972S; 2º
Ferreira e de Pedro Soares. Noah Tomás Fernandes, sétimo classifica- GUILHERME GUSMÃO (EXPRIT), A 8,837S; 3º CABO JÚNIOR TEAM/ALEXANDRE AREIA (KART REPUBLIC), A
Monteiro viu-se envolvido num apara- do. Beatriz Costa cruzou a meta no oi- 16,445S; 3º. MOTORES IAME.
toso incidente a três voltas do final, mas tavo posto e venceu a classe femini- CATEGORIA JÚNIOR 1º CABO JÚNIOR TEAM/FREDERICO PETERS (KART REPUBLIC), 18 VOLTAS EM
sem consequências de maior, enquan- na, na frente de Joana Lima, Lourenço 15M22,991S; 2º LUÍS ALVES (SODI), A 0,375S; 3º GUILHERME DE OLIVEIRA (TONYKART), A 6,785S.
to o espanhol Daniel Garcia foi forçado a Rocha e Adriana Araújo. MOTORES IAME.
abandonar a meio da corrida. CATEGORIA JUVENIL 1º IVAN DOMINGUES (MADCROC), 16 VOLTAS EM 14M12,879S; 2º ADRIÁN MALHEIRO
KART KID RACE SCHOOL (PRAGA), A 3,339S; 3º LOURENÇO MARQUES (PAROLIN), A 13,917S. MOTORES IAME.
CATEGORIA INICIAÇÃO CATEGORIA CADETE 1º JOSÉ PINHEIRO (PRAGA), 12 VOLTAS EM 12M24,477S; 2º ANTÓNIO SANTOS (KART
Na Final da categoria Iniciação, José Na Corrida 1 do Troféu Kart Kid Race REPUBLIC), A 0,482S; 3º SANTIAGO ALVES (MADCROC), A 1,501S. MOTORES IAME.
Maria Gouveia, graças às duas vitórias School, Tomás Gomes venceu quer CATEGORIA INICIAÇÃO 1º JOSÉ MARIA GOUVEIA, 5 VOLTAS EM 6M43,742S; 2º ESCOLA DE KARTING DO
nas mangas, largou naturalmente da na categoria Kids 2 quer à geral. OESTE-EKO/ROMEU MELLO, A 3,864S; 3º GUILHERME MORGADO (PAROLIM), A 5,704S. MOTORES HONDA.
pole-position e dominou todos os acon- Pedro Barbosa (Kids 2) e João Barros CATEGORIAS KID 1 E KID 2 CORRIDA 1 TOMÁS GOMES (KID 2), 6 VOLTAS EM 6M15,433S; 2º PEDRO
tecimentos, estabelecendo a volta mais (Kids 1) lutaram pela segunda posi- BARBOSA (KIDS 2), A 10,644S; 3º JOÃO BARROS (KIDS 1), A 10,995. CORRIDA 2: 1º P. BARBOSA, 6 VOLTAS
rápida em 1m17,703s. ção, tendo o primeiro acabado por EM 7M35,532S; 2º ANTÓNIO SILVA (KIDS 1), A 1,054S; 3º J. BARROS, A 3,643S.
levar a melhor, sendo segundo clas- VENCEDOR KIDS 1 J. BARROS. VENCEDOR KIDS 2 P. BARBOSA.
sificado da sua categoria, enquan- PRÓXIMA PROVA 7 E 8 DE JULHO NO KARTÓDROMO INTERNACIONAL DE BRAGA.
to João Barros venceu na Kids 1.
Gabriela Teixeira assegurou o quar- Barros. Pedro Barbosa venceu assim mecânicos e cruzou a meta na sexta
to lugar e a segunda posição na Kids à geral e na Kids 2, enquanto António posição, sendo terceiro classificado
1, na frente de António Silva, sendo Silva triunfou na Kids 1, na frente do na Kids 1, enquanto Gabriela Teixeira
quinto classificado à geral e terceiro estreante João Barros. Tomás Lobo foi obrigada a abandonar logo após
na Kids 1. Tomás Lobo terminou no terminou na quarta posição e foi o um pião na largada.
sexto lugar e também subiu ao pódio segundo classificado na Kids 2, se- No somatório dos resultados das
da categoria Kids 2. David Dias, devi- guido de Tomás Gomes, terceiro po- duas corridas, Pedro Barbosa na
do a um problema mecânico, com- sicionado na Kids 2. Kids 2 e João Barros na Kids 1 foram
pletou apenas três voltas. David Dias voltou a ter problemas os vencedores da prova leiriense.
Na Corrida 2, Pedro Barbosa arran-
cou bem e conseguiu segurar a lide-
rança até final apesar das investidas
de António Silva e sobretudo de João

R/24
RALIS

RALI DE PORTUGAL

FÉRIAS
PARA

MOUTON,

DESEMPREGO
PARA MEEKE...

O triunfo de Thierry Neuville no Vodafone Rally de temente a diferença dos portugueses re- quererem sair do Algarve, onde estavam
Portugal teve o condão de relançar o Mundial de Ralis, lativamente a outros países. O nosso co- muito bem, para rumar ao Norte.
mas no fim de semana da prova portuguesa, e nos dias lega Martin Holmes tinha falado dois dias Mas o ACP arriscou, e quatro anos depois
que se seguiram, tiveram lugar vários acontecimentos antes com Michèle Mouton, hoje em dia está mais do que provado que a aposta
Delegada de Segurança da FIA, que lhe foi a melhor.
marcantes para o dia a dia do WRC disse ser Portugal o evento em que o seu Hoje em dia o Rali de Portugal está bem
trabalho estava mais facilitado. 'marcado' como uma das melhores provas
Martin Holmes com José Luís Abreu No penúltimo dia de prova, na Media Zone do WRC, se não a melhor, e isso deve-se
[email protected] de fim de dia, trocámos mais umas pala- obviamente à organização da prova, mas
vras com a francesa, que revelou ser di- também em grande escala ao público, que
Oresponsável máximo da em- tenta trazer para a disciplina, e a ‘cassete’ fícil de acreditar que tudo o que viveu no percebeu bem a mensagem do ACP em
presa promotora do WRC, Oliver não é muito diferente de todas as vezes seu tempo na estrada, o que testemu- 2015, e tudo tem feito para ‘obrigar’ Michèle
Ciesla, anda constantemente anteriores que o ouvimos ou lemos. Mas nhou anos depois no Rali de Portugal, e Mouton a dizer que para ela hoje em dia
numa roda viva para ‘inventar’ há uma coisa que não muda, a sua admi- o que vê agora, seja o mesmo povo. Não vir ao Rali de Portugal “é como se fosse
formas de contribuir para con- ração e entusiasmo por tudo o que vê no há paralelo na história dos ralis quanto à um feriado”, tão pouco é o trabalho que
tinuar a fazer crescer o Mundial Rali de Portugal. evolução da relação dos espetadores com tem de fazer. Não há elogios muito melho-
de Ralis. Avança nuns lados, recua nou- Temos efetivamente uma prova-ban- o rali como em Portugal. res que pudessem ser feitos ao evento ao
tros, mas há todos os anos pelo menos um deira do Mundial de Ralis, a paixão dos Não é preciso recuarmos aos anos 80, nível da segurança.
evento em que o seu sorriso é de orelha portugueses pela disciplina é imensa, e pois durante a década de 90 continuou Elogio maior, ou melhor, justiça, talvez só
a orelha, Portugal! Falámos com ele pela apesar de haver países em que os adep- a haver muitos problemas com o públi- alguém com grandes responsabilidades
primeira vez em 2015, em plena super tos são tão ou mais entusiásticos, como co na estrada. políticas perceber que continuar a investir
especial de Lousada. O alemão estava por exemplo na Argentina, a verdade é Ainda hoje recordo César Torres no Rali nesta prova faz todo o sentido, evitando
em êxtase pelo que testemunhava. 30 que nem de perto é possível acontecer de Portugal de 1997 a olhar para a parede que o seu responsável máximo, Carlos
mil pessoas a incentivar os ’gladiadores’ algo como sucedeu com Sébastien Ogier, de público no troço do Seixoso. Barbosa, tenha a necessidade de vir a
na arena, era coisa que só tinha visto no que revelou ser bem mais conhecido na Entre 1999 e 2001 as coisas melhoraram público dizê-lo: "Se as entidades oficiais
seu país Natal nos estádios de futebol: “É rua em Portugal, do que no seu país de em termos do comportamento do públi- nos apoiarem, continuamos com certeza".
isto que anseio ver no WRC”, disse-nos origem, a França. co, pois foi nessa altura que começaram a Termos uma prova que é reconhecida-
na altura. Três anos depois, nova con- Os portugueses não se limitam a ir para ser introduzidas as zonas espetáculo pelo mente das melhores do mundo, mas ser
versa, agora num ambiente mais cal- os troços e aplaudir os pilotos, mas sa- ACP, mas houve ainda muitos problemas. preciso alertar as ‘entidades oficiais’ para
mo, em plena sala de imprensa do rali na bem efetivamente o que estão a ver, per- Depois do hiato de cinco anos, após 2001, o que é preciso fazer, soa no mínimo a
Exponor, falou-nos no crescimento dos cebem da poda. o ACP MotorSport teve muito tempo para estranho.
números do WRC, dos novos países que E depois há outra coisa que tem feito for- maturar, e o rali com que ressurgiram no É assim este Portugal, e se chegarmos ao
WRC em 2007 foi o primeiro de uma ‘linha’ cúmulo de perder uma prova destas por
de provas cuja qualidade esteve sempre a falta de apoio do estado, algo vai mesmo
crescer, ao ponto de equipas e pilotos não muito mal na política.

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25

NEUVILLE ESTREOU-SE A VENCER Quanto a Dani Sordo, as diferenças entre Diz-se que Tommi Mäkinen quer resolver
os pontos altos e pontos baixos são cada rapidamente a ida de Kalle Rovanpera para
Desportivamente, a provaficou marcada vez maiores, mas o que faz tem sido sufi- a equipa, e neste momento se tivesse de
pelas pazes de Thierry Neuville com o Rali ciente para continuar a criar dúvidas em apostar em quem sairá, era precisamente
de Portugal. O belga sempre se confessou quem tem de decidir. Tem esse mérito. Latvala. Vamos ver como reage nas próxi-
pouco adepto do nosso rali, mas talvez Andreas Mikkelsen, cujo engenheiro é mas provas. Se tivermos mais do mesmo,
esta prova o faça mudar de opinião. Se hoje em dia o ‘nosso’ Rui Francisco Soares, dificilmente passa do fim do seu contrato,
calhar estava marcado pelos resultados teve um problema mecânico com a di- se não for antes.
de 2015 e 2016, 39º e 29º. O ano passado reção assistida e a partir daí ficou des-
(foi segundo), ganhou embalo, e este ano de logo fora das lutas. Anda constante- NADA CORRE BEM À CITROËN
venceu. Coerente… mente a ‘cheirar’ os pódios, mas ainda
Mas há muito mais pontos interessantes lhe falta o clique final para passar a lutar A Citroën começou a condicionar os seus
a retirar deste evento. Permanecendo na pelos triunfos. anos de 2017 e 2018... em 2016. Foi Kris
Hyundai, Dani Sordo quis mostrar a Michel A M-Sport mostrou algo muito interes- Meeke o piloto encarregue em grande es-
Nandan que foi errado tê-lo deixado de sante no Rali de Portugal, pois quando cala de desenvolver o C3 WRC, e apesar de
fora dos pilotos que poderiam pontuar o ‘chefe’ (Sébastien Ogier) ficou de fora, a todos parecer, até porque foi o primeiro
para a equipa, mas na verdade isso é uma logo se assumiram Elfyn Evans e Teemu e o que mais testou até certo ponto, que o
decisão compreensível, pois se a Hyundai Suninen. De Evans já sabemos que quando carro era bom, o mal estava feito, pois o
precisa de testar Hayden Paddon, tem que ‘junta’ tudo, luta bem mais na frente, mas trabalho de Meeke no carro foi feito muito
lhe colocar pressão. O neozelandês teve Suninen aproveitou o Rali de Portugal mais para o seu estilo de condução e ao
azar, mais um, e foi parar ao hospital, tão para ‘dizer’ “estou aqui, agora têm que irlandês terá passado despercebida mui-
forte foi o acidente, quando liderava o rali. contar comigo”. E Malcolm Wilson sorriu ta coisa importante. Quando se iniciaram
Desde o acidente no Monte Carlo de 2017 de orelha a orelha pois sabe agora que se os ralis de 2017 depressa todos os pilotos
que Paddon não tem paz, e este é um caso as coisas não correrem bem a Ogier, pode, perceberam que algo estava fortemente
em que nos é difícil perceber até que ponto cada vez mais, contar com os seus outros errado com o carro, e nem o triunfo do
matar uma pessoa, mesmo sem culpa ne- dois pupilos. México o escondeu.
nhuma, pode afetar um piloto. Claramente, O semblante de Ott Tänak quando o he- E quem o pagou foi o próprio Meeke, pois
esse acidente marcou um ponto de vira- licóptero o largou na Exponor dizia tudo. sendo dele a maior responsabilidade de
gem na carreira de Paddon e tem sido di- Quem viu o vídeo, percebeu que foi um obter resultados, foi ele também que qua-
fícil ao piloto dar a volta por cima. Só nos grande azar, o piloto anterior atirou uma se sempre levou o C3 WRC para lá dos li-
resta torcer para que o consiga, pois o que enorme pedra para o meio da estrada, e mites do que o carro era capaz de fazer,
fez em 2016 é suficiente para perceber que a pedra era tão grande que o Toyota Yaris e por isso a receita para o desastre esta-
estávamos a assistir ao crescimento de WRC até levantou as rodas do chão. va preparada: um piloto com um estilo
um potencial vencedor consistente de Vamos ter que esperar para saber se o muito agressivo de pilotagem e um carro
ralis, para não dizer mais. embalo de Tanak regressa na Sardenha, 'bailarina'. Os acidentes sucederam-se,
mas desconfiamos bem que sim. foram uns atrás dos outros, e como se
Quanto a Jari-Matti Latvala, voltaram as lembram, a equipa entrou em 'parafuso'.
desculpas e os azares quase constantes. A Inicialmente, acharam que era tudo exa-
vida do finlandês está mesmo a andar para geros de Kris Meeke, ao ponto do deixa-
trás e Tänak já lidera a equipa. Esapekka rem de fora numa prova.
Lappi está a crescer prova a prova, com Desde a sua vitória no México, Meeke
muitos mais avanços do que recuos, e desistiu na Córsega com problemas me-
Latvala já marca passo há tempo demais. cânicos, teve dois enormes acidentes na
Argentina, foi 18º em Portugal depois de

R/
RALI

26

mais um acidente, danificou o roll bar do pedimento surgiu dias depois da prova. temos controlo, daí a decisão do despe- Se alguém conseguir fazer um traba-
C3 WRC na Sardenha e foi deixado fora A justificação dada pela equipa foi alegar dir”, disse. É tipicamente um caso de gota lho 'mental' com Meeke, de modo a que
da equipa na Polónia. Andreas Mikkelsen, questões de segurança: “Tal como o Kris de água que transborda no copo. Mas é este controle os seus ímpetos, se calhar
que o substituiu, não fez melhor que o disse, o carro estava perfeito. Ele já tinha também mais um exemplo do desnor- 85% ou 90% da velocidade que tem seria
nono lugar. Kris Meeke voltou mais cal- feito aquele troço duas vezes no ano an- te desta equipa. Acreditaram que Kris suficiente para ganhar mais ralis e para
mo na Finlândia, mas foi apenas oitavo, terior, era a terceira vez que lá passava, Meeke poderia ser o seu piloto de pon- lutar pelo título. Mas isso agora, prova-
um rali que tinha ganhado um ano antes. nada mudou no troço, não tinha pressão, ta, mas já se tinha percebido há muito velmente, nunca se irá saber.
No asfalto o carro não era tão mau e Meeke nada que justificasse uma saída daque- que tendo a velocidade certa, não tinha A Citroën tem um problema para resol-
venceu em Espanha. las. No México era segundo, tinha mui- a consistência suficiente. O irlandês não ver, até porque não há pilotos de topo
Nessa altura, já muito trabalho tinha sido ta vantagem, também nada justificava ajudou o carro, o carro não o ajudou a ele, disponíveis. Sébastien Loeb dificilmen-
feito no carro, e as perspetivas para 2018 a saída que teve. Não me parece que se e, tudo misturado, fica agora sem volante te fará mais ralis do que os que já esta-
eram bem melhores. possa culpar o carro. Sentimos que já não e sem grandes perspetivas na carreira. vam previstos (só falta o terceiro, na
Mas apesar das queixas quanto ao carro
terem desaparecido, os resultados tar-
dam em aparecer, e tal como nos confes-
sou Pierre Budar em Matosinhos, a equi-
pa melhorou este ano, mas as restantes
também, o nível do WRC elevou-se e a
Citroën está exatamente na mesma po-
sição do ano passado. Até pior, porque em
2017, por esta altura, pelo menos tinham
vencido no México.
A passagem de Sébastien Loeb pela equi-
pa em duas provas provou aos respon-
sáveis da Citroën o que muita gente já
percebeu há muito. O problema já não é
o carro, mas sim os pilotos. E se de Craig
Breen não se pode para já exigir muito
mais, tem feito um trabalho razoável, já
Kris Meeke, sendo um dos pilotos mais
rápidos do atual plantel do WRC, tam-
bém é dos que mais facilmente passam
do 80 para o 8.
Neste Rali de Portugal, enquanto Kris
Meeke teve quatro pneus Michelin 'cheios'
no seu C3, esteve bem, até com três se
'safou' bem, no Porto. Liderou o rali duas
vezes, disse maravilhas do carro, e numa
altura em que já nada podia fazer em
termos de classificação, exceção feita
em esperar pela PowerStage, tem um
acidente 'daqueles', em que não morreu,
porque não calhou. Foi a gota de água
para os responsáveis da Citroën. O des-

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MICHÈLE MOUTON
HOJEEM DIAEM PORTUGALOTRABALHO
EM SEGURANÇAÉQUASEUM FERIADO PARAMIM…

36 anos depois de ter ganhado o Rali de melhoraram muito, e não só em Portugal, Pensando nos tempos dos Grupos B, que
Portugal, em 1982, naquela que foi a sua mas em todos os ralis. diferenças mais a impressionam?
segunda de quatro vitórias no WRC, Michèle Como correram as coisas na Argentina, Nos dias do Grupo B, havia pessoas em todo
Mouton, hoje em dia Delegada de Segurança talvez o único país em que mais se teme a o lado na estrada. Surpreende-me que não
da FIA, esteve de volta a Portugal. Mas os segurança? tenham havido mais acidentes. Hoje em dia
anos que passaram não afetaram a sua Correu muito bem, fiquei muito satisfeita. temos uma infraestrutura para a segurança:
paixão pela modalidade, e curiosamente nem Foi o primeiro ano em que pudemos ver os Ambulâncias 4×4, todos os carros de resgate
o seu senso de humor. onboard de todos os troços. Aí pude verificar e helicópteros trabalhando diretamente
Perguntámos-lhe se os velhos tempos em os troços sem ter que parar e tirar fotos de connosco na estrada. Não vejo como
Portugal eram boas lembranças para si, mas pessoas mal colocadas. Foi também assim podemos melhorar esse aspeto. Eu acho que
a primeira resposta foi surpreendente: “Foi em Monte Carlo este ano, pelo que para temos que verdadeiramente nos concentrar
há muito tempo que eu me esqueci delas. mim é uma grande melhoria. Na Argentina, na educação dos espetadores e no treino
Não, estou a brincar, é sempre um prazer sabemos que a paixão pelos ralis é tão dos marshalls. Eles são muito importantes
estar aqui. O entusiasmo das pessoas é grande que as pessoas não querem perder porque são a primeira pessoa em contato
fantástico. Eu estou feliz. Feliz por voltar a nada, mas com a ajuda da rádio nacional com o espetador.
um lugar onde o meu trabalho sempre foi que esteve em direto em todos os troços, Pessoalmente, gosta do Rali de Portugal
muito difícil, mas as coisas estão a mudar conseguiram convencer as pessoas que no norte do país?
para muito melhor. O meu trabalho em precisavam de estar bem colocadas e Adoro. Eu pressionei-os a voltar para o
segurança e no controlo dos espetadores respeitar as regras. Se não, perderão o rali. norte porque a paixão está aqui. No Algarve
nos dias de hoje em Portugal é quase um Isso ajudou muito. Mas às vezes sente-se havia bons troços, mas a atmosfera não é
feriado para mim”. que a paixão é tão grande que facilmente em nada comparável ao Norte, mesmo que
Se diz que o seu trabalho como Delegada se podem esquecer e passam por cima das tenhamos de forçar as pessoas a portarem-
de Segurança é quase um feriado, então fitas. Mas, considerando a quantidade de se adequadamente. E é isso mesmo que o
alguma coisa deve estar a ser bem feita. pessoas que tivemos no rali, tivemos um rali público está a fazer, e tudo isso torna este
Qual foi a principal mudança no trabalho? bem seguro este ano. rali fantástico.
Eu estava a referir-me apenas a Portugal,
onde a situação melhorou muito em
segurança. A organização e a polícia
conseguem ter todas as zonas de público
prontas antes das pessoas chegarem, e
depois não têm permissão para sair dali para
qualquer lado, para além do que é permitido.
Quem foi o maior responsável por melhorar
o sistema?
Antes de eu chegar, Jacek Bartos trabalhou
20 anos na FIA, desenvolvendo ideias.
Desde então, mudei um pouco a maneira
de trabalhar, com maior colaboração com
os organizadores, procurando soluções
viáveis e também trabalhando bem de perto
antes do evento. Temos mais seminários,
olhamos com muita atenção para os planos
de segurança, com antecedência. As coisas

Catalunha) embora Budar já nos tenha
admitido que para o ano Loeb é uma
possibilidade, numa decisão que esta-
rá mais nas mãos de Loeb do que outra
coisa qualquer. Cá para nós, não acredi-
tamos muito que o francês volte a fazer
uma época de WRC inteira, mas nunca
se sabe. Daqui até ao fim do ano, pode-
rá haver surpresas. Por exemplo, assim
que despediu Meeke, a Citroën Racing
fez-se amiga de... Hayden Paddon, no
Twitter. No mínimo, irónico.

E/28
ESPECIAL - RENAULT PASSION DAYS

NOVOS MÉGANE R.S. E DACIA DUSTER
FORAM ESTRELAS DE SERVIÇO

RENAULT
PASSIONDAYS

EMOÇÕES
FORTES COM

PAIXÃO!

NTodos os anos, em Portugal, a indústria automóvel há se- de vender um único carro. Mais do que que os 280 cv do chassis Sport ou Cup,
gredos bem escondidos. Mas, garantir vendas, os Renault Passion a caixa manual ou de dupla embraia-
há um dia especial na ‘família’ nem todos. O sucesso de uma Days reforçam os laços afetivos com gem de EDC e o sistema 4CONTROL de
Renault. Chama-se ‘Renault marca não tem uma poção clientes e fãs da marca, permitindo ainda quatro rodas direcionais colocados à
mágica fechada a sete chaves perceber o não menos importante fee- disposição deixavam impressões mais
Passion Days’ e este ano teve dback do público face aos seus produtos. do que positivas.
como personagem principal o Um tónico para os sentidos e uma in-
novo Mégane R.S.. Mas, para e a Renault é um bom exem- MÉGANE R.S., A ESTRELA jeção de adrenalina que não tiveram
além de uma legião de fãs e plo. Para além da variedade e qualidade paralelo com o que foi vivido em ne-
curiosos, o ainda agora nascido, dos produtos, muito do êxito passa pela MAIS CINTILANTE nhuma outra atividade proporcionada
mas já icónico compacto relação que a marca tem com os seus e isto sem desprimor para as restantes
desportivo da Renault, foi só clientes, admiradores e… seguidores. Este ano, o novo Renault Mégane R.S. foi experiências preparadas pela Renault.
a ‘ponta de um icebergue’ de Esta última é mesmo a palavra-cha- a principal estrela de serviço. Cerca de
emoções. O ambiente também ve que mais importa conquistar, num 1.200 entusiastas das emoções fortes ti- ESTREIA TOTAL
aqueceu com o novo Dacia mundo moderno, onde as redes so- veram a oportunidade de experimentar
Duster, a mostrar o que vale ciais marcam as novas tendências da o mais recente ‘hot hatch’ que chegou DO NOVO DACIA DUSTER
em todos os terrenos, com o comunicação e onde, definitivamente, ao mercado e não saíram desiludidos. Se
fantástico sistema 4CONTROL a Renault há muito percebeu poder guiar um automóvel num autódromo é No denominado ‘Atelier Duster 4x4’
do Talisman a desafiar as constituir um dos seus melhores car- já, para muitos, uma experiência fasci- também não se pode dizer que as sen-
leis da gravidade e com o tões de visita. nante, fazê-lo ao volante de um Mégane sações não tenham estado ao rubro já
Eco Challenge a provar que o Não é assim de estranhar, que, apro- R.S da última geração é transformar que o novo Dacia Duster apresentou-se
ZOE é mesmo um elétrico de veitando, fundamentalmente, o êxito essa experiência em algo verdadeira- ao serviço como muito mais do que um
eleição. E tudo isto sob o olhar que tem nas plataformas digitais de mente inesquecível. No final de cada slot, simples SUV, tal a superação de obstá-
atento do deslumbrante recém- comunicação, a marca do losango con- não havia ‘medidor’ de pele de galinha, culos Off Road a que foi sujeito e ultra-
chegado Alpine A110… siga em 48 horas reunir cerca de 4000 mas pelas expressões faciais, comen- passou com plena distinção. Subidas
tários em tom acelerado e quantidade e descidas íngremes, cruzamentos de
pessoas, simplesmente proporcionando de vezes que a pergunta “Posso ir outra eixos fortemente desnivelados e in-
vez?” ecoou, percebia-se facilmente clinações laterais capazes de assustar
experiências de condução ou visuais

inesquecíveis, sem a preocupação direta

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NÚMEROS

RENAULTPASSIONDAYS…

4000 Pessoas marcaram presença
no Renault Passion Days
1200 Pessoas guiaram o Mégane
R.S. na pista do Estoril

os mais incautos foram um ‘passeio no Um slalom e uma prova de travagem Para finalizar cada um dos dois dias de claro, para refeições individuais ou em
parque’ para a versão 4x4 do Duster, que de emergência em piso molhado com atividades em grande, sobrou espaço família na ‘box’ de alimentação, porque
antes mesmo da chegada aos stands (o os Talisman e Talisman Sport Tourer, para máquinas e pilotos de ocasião isto de conviver com tanta adrenalina,
que só deverá acontecer no último fim bem no meio do Paddock do Autódromo aquecerem o asfalto e acelerarem o rit- já se sabe, desperta necessidades.
de semana de junho) mostrou todo o do Estoril, foi a escolha da Renault para mo cardíaco, num desfile, de cadência A história desta edição dos Renault
seu potencial aventureiro. demonstrar as potencialidades do sis- apressada, exclusivamente dedicado a Passion Days passou também pela
Por seu lado, o seu irmão 4x2 também tema que incrementa a segurança, mas modelos Renault, Dacia e Alpine. Uma história dos 120 anos da marca, com
não deixou o seu crédito por mãos também a agilidade e que não deixou rara oportunidade de juntar alguns uma exposição evocativa a servir de
alheias, fazendo questão de chamar a si ninguém indiferente. dos mais emblemáticos modelos das receção ao ‘salão de festas’ da Renault
muitos dos louros de um fim de semana E para quem os consumos e o silêncio três marcas, mas, principalmente, da no Circuito do Estoril e onde mode-
memorável para quem teve oportuni- na condução são mais prioritários que do losango, numa lição viva de his- los como o 4, 4 cv, Dauphine, Floride,
dade de o conduzir, ao provar também a velocidade ou a eficácia dinâmica, o tória que leva já 120 anos, e que teve Alpine-Renault A110, 8 Gordini, 12
estar perfeitamente apto para enfren- Eco Challenge preparado nestes Renault também o privilégio de oferecer um Gordini e 25 recordaram as genes fa-
tar e vencer pequenos desafios fora de Passion Days foi uma oportunidade de ‘batismo de pista’ a muitos dos fãs miliares e desportivas da Renault, ao
estrada, em pisos de terra e irregulares, ouro para conhecer e começar, desde já, das marcas do Groupe Renault, que se mesmo tempo que serviam de con-
surpreendendo pela sua capacidade de a ‘tratar por tu’ o ZOE, o ponta de lança atreveram a explorar até ao ‘red line’ traste histórico de alguns dos atuais
tração mesmo apenas só com as rodas da Renault em matéria de mobilidade as suas emoções. modelos da gama Renault como o
dianteiras a puxar, sem a perda de con- elétrica. Um desafio de consumo foi Em ambiente real ou virtual, com os Twingo, Captur, Koleos, Talisman,
forto que normalmente está associado a proposta em cima do asfalto a que simuladores de pista instalados na Espace, ZOE, e Mégane R.S..
a este tipo de situações. muitos não resistiram e que, certamente, boxe, não há dúvida que as sensações Agora é só esperar mais 365 dias para
Noutro registo, o sistema 4CONTROL, ajudou os mais céticos a verem a rea- vividas estiveram sempre ao mais que a família Renault volte a reunir
de quatro rodas direcionais, presente no lidade dos elétricos com outros olhos e alto nível, num evento em que nem as os seus membros, e ‘rezar’ para que
Mégane R.S., mas também no Talisman, os adeptos da vanguarda a terem ain- crianças foram esquecidas, podendo o novo Alpine A110 (este ano só em
colecionou adeptos depois de uma ex- da mais certezas de que, mais do que brincar numa pista gigante de karts a exposição) possa servir de anfitrião
periência marcadamente técnica, mas do futuro, o ZOE já é um automóvel do pedal. Espaço houve também para uma à festa anual da Renault. Os fãs da
simultaneamente e deveras emotiva. presente. demonstração de um kart elétrico e, marca, certamente, agradeceriam!

E/
ESPECIAL - RENAULT PASSION DAYS

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ECO CHALLENGE APRENDER A POUPAR NUM ZOE!

Com os veículos elétricos na ordem do dia e a
principal ‘arma’ da Renault – o ZOE - colocada na
posição mais elevada do pódio europeu de ven-
das deste tipo de viaturas, os Renault Passion
Days não seriam os mesmos sem uma experiência ‘elé-
trica’. A exemplo do que tinha acontecido já no último
ano, o Eco Challenge encheu de energia todos os que
quiseram perceber como funciona o mundo da mobi-
lidade automóvel elétrica… ou simplesmente apostar
em ganhar um fim de semana diferente ao volante de
um ZOE. Para isso tinham ‘apenas’ que vencer o Eco
Challenge, que é como quem diz, cumprir um percurso
delineado na parte externa da pista do Estoril no mais
curto espaço de tempo e com o menor consumo pos-
sível. Com um binário máximo instantâneo disponível
de 225 Nm, capaz de ajudar o ZOE a ‘voar’ baixinho nos
primeiros metros, mas com o compromisso de ter o pé
do acelerador o menos pesado possível, venceu quem
melhor conseguiu equilibrar a relação cronómetro/
consumo. Mas, na verdade, todos os que acederam ao
desafio Eco Challhenge saíram vencedores, ficando a
perceber, afinal, por que é que um veículo elétrico e,
em particular, o ZOE, pode ser, com a sua atual auto-
nomia de 300 km reais e custos que podem não ultra-
passar os 1,4 €/100 km, uma excelente alternativa a
veículos com motor térmico.

À DESCOBERTA DO SISTEMA 4 CONTROL TRACK EXPERIENCE SER PILOTO POR
UMAS VOLTAS… NO PRÓPRIO RENAULT!
Uma das principais estreias nos Renault Passion Days deste ano foi a possibilidade de
perceber ao vivo como funciona o sistema de quatro rodas direcionais 4CONTROL da Renault. Se experimentar em pista, e com todas as condições de segurança, o Mégane
Para o efeito, no Paddock do Circuito do Estoril foi montado um pequeno circuito, com um R.S. foi um sonho cumprido para muitos, levar o seu próprio carro para um
slalom integrado, que os mais corajosos puderam percorrer a elevada velocidade ao volante circuito tão emblemático como o Estoril foi também uma sensação inesquecível
dos Renault Talisman e Talisman Sport Tourer, num trajeto que exigia rápidos golpes de para outros tantos. Claro que, a única condição era que o automóvel tivesse
volante e perícia para contornar pinos. Nessas circunstâncias e com parte do piso molhado ‘à frente’ o símbolo da marca do losango (ou eventualmente o da Dacia ou da
artificialmente, os quase cinco metros do modelo topo de gama da Renault mostraram-se Alpine). Mas, satisfeito esse pressuposto, o objetivo de ser piloto por umas
verdadeiramente ‘mágicos’, dando a sensação que carro e carrinha simplesmente ‘encolhiam’, voltas ficava, desde logo, assegurado.
numa dança de movimentos perfeita, que não era mais afinal do que toda a eficiência do Mediante tão apelativa proposta, não faltaram, claro está, pilotos de ocasião,
sistema 4CONTROL em ação. Qual é o segredo? Os monitores e técnicos da Renault explicaram prontos para mostrarem orgulhosamente o seu Renault, Dacia ou Alpine, quer
que em andamento - a partir dos 50, 60 ou 80 km/h - as rodas traseiras viram no mesmo sentido fosse apenas para lhe tirar o pó, quer fosse para soltar os cavalos e desafiar
que as rodas dianteiras, aumentando a segurança e o prazer de condução, já a velocidades mais ‘às escondidas’ o cronómetro! Um convívio de salutar que colocou no asfalto da
reduzidas as rodas traseiras invertem o sentido face às dianteiras, com uma amplitude máxima pista diversas gerações de modelos, uns mais emblemáticos que outros, mas
de 3,5 graus. Para além do slalom, num exercício diferente, era também possível pôr à prova a todos com o mesmo ‘amor à camisola’ Renault.
eficácia do sistema 4CONTROL em situação de travagem de emergência em piso molhado, com Exemplares dos míticos 4 cv, 4cv ‘Joaninha’, 5, 9, 25 ajudaram a revisitar a
o Talisman e Talisman Sport Tourer a voltarem a impressionar. Às vezes de tal maneira, que, por história de 120 anos da marca, enquanto modelos mais míticos como o 12
mais que uma vez foi ouvido: “e não dá para montar o sistema no meu carro?”! Gordini, Twingo R.S Gordini, Clio Williams, Clio R.S., Mégane R.S., Mégane R.S.
Trophy e Alpine A110 evidenciaram-se no seu habitat natural, ajudando a tornar
ainda mais especial a festa da família Renault.

NOVO ALPINE A110 >> autosport.pt

Esteve em exposição ao público durante os sensação que podia perfeitamente ter passado 31
Renault Passion Days, mas um dia antes os mais depressa e o mesmo digo do Tanque. Daí
jornalistas puderam rodar em pista com o novo até aos ‘S’ foi o que dava, e nessa travagem, GUIÁMOS O RENAULT
Alpine A110. Apesar de apenas três voltas ao talvez porque tenha sido onde mais abusei, a MÉGANE R.S.
Estoril, foi dos ensaios mais ‘intensos’ que traseira ‘incomodou-se’ um pouco. Na para-
tivemos. bólica o chassis parece que roda sobre carris, A nova geração do Renault Mégane R.S. foi a estrela dos Renault Passion
O carro é fantástico: pequeno, ágil, leve e com e assim que se pode acelerar a fundo ao passar Days e a novidade 4CONTROL surpreendeu. Mas requer hábito! Rodar
genes que não ‘enganam’. O som dos 252 cv do a meta já vai nos 180 ‘e muitos’, e no meu caso no Circuito do Estoril é sempre um bom desafio e fazê-lo com este
motor é fabuloso mas é após a entrada em pista o coração fez-me travar quando marcava 207 Renault Mégane R.S. 280 EDC foi desafiante. Motor 1.8 litros turbo a
que tudo muda. A primeira coisa que se nota é Km/h. Houve colegas que se atiraram para os... gasolina, 280 cv e 380 Nm de binário. Mas vamos à pista. Tendo em
a leveza do carro e a sua agilidade, nunca me 220 Km/h. O carro tem um comportamento conta que o teste era curto, três voltas, havia que aproveitar ao máximo
foi tão fácil no Estoril fazer a curva 3 e a VIP. fabuloso. A caixa de velocidades automática é e assim que saio do pitlane acelero forte. Na curva três surge a primeira
A subida da velocidade é rápida q.b e o carro muito agradável, sempre me pareceu ‘trocar’ ‘novidade’. O sistema 4CONTROL, de quatro rodas direcionais, obriga a
aguentou-se bem na forte travagem para a para- onde era necessário, e o que faltou mesmo foi uma readaptação ao que já conhecia do Estoril, pois a forma de curvar
bólica interior. Na curva da Orelha fiquei com a mais tempo com o carro em pista. JLA em carros deste tipo e com este nível de chassis e potência muda
bastante com este sistema, pois podemos, e devemos, apontar mais
tarde para a curva, e podemos fazê-lo um bom bocado mais depressa,
pois a estabilidade do carro é incrível, e a nova suspensão hidráulica
contribui para tal. Fazer a VIP com este carro é delicioso, pois este nível
de motricidade quase faz esquecer que é um carro de tração à frente.
Aliás, em todas as três voltas que cumpri fiquei sempre com a certeza
de que o carro permitia ter entrado em qualquer curva do Estoril bem
mais depressa do que fiz, mesmo que tenha sempre ido um pouco mais
longe a cada volta. A forma como o carro se permite ‘mandar-se’ para o
interior da parabólica interior é incrível, sente-se a traseira a ‘escapar’,
ou seja, o sistema 4CONTROL a ativar-se. Há muito mais para dizer do
carro, mas isso fica para o ensaio… JLA

DACIA DUSTER 4X4 “IMPOSSÍVEL? NÃO…”

O desafio era simples, percorrer é fácil assumir que vai correr bem,
o percurso de TT que há muito mas a verdade é que a percorre
existe no circuito do Estori, com o com a maior das facilidades.
novo Dacia Duster 4X4. Conhecido Pouco depois o primeiro grande
o traçado, as dificuldades são cruzamento de eixos, e neste
imensas, e sabendo o que se tem caso aprendemos que… temos que
pela frente, o mínimo é franzir avisar o passageiro de trás para
a testa. Se a primeira subida não se distrair com o telemóvel,
íngreme a 45º e a respetiva descida porque senão bate com a cabeça
‘sem pés’ é só uma questão de no tejadilho! O percurso terminava
confiar no material, já alguns dos com uma sucessão enorme de
restantes obstáculos Off Road a cruzamentos de eixos mas o Duster
que foram sujeitos os Duster 4X4 4X4 cumpre-os sem crise alguma.
impressionam. Temos uma boa Na verdade, poder comprar um
ideia do que o Duster é capaz, mas 4X4 com estas capacidades por
na primeira inclinação lateral não 22.150€ dá que pensar… JLA

N/32
NOTÍCIAS

500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS

WILL POWER
ESTREIA-SE
A VENCER

A 102ª edição das 500 Milhas de
Indianápolis assistiu à primeira vitória de um
australiano, Will Power, que deu o 17º triunfo
da história da mítica prova a Roger Penske

José Manuel Costa
[email protected]
FOTOS Indycar/Mike Harding

Para chegar à 34ª vitória na IndyCar Series e ao Penske a dominar a corrida. Mas a paragem nas boxes tinham parado, mas atrás de uma série de pilotos – entre
17º sucesso de Roger Penske nas 500 Milhas de acabou com esse domínio. eles Oriol Servia, Stefan Wilson e Jack Harvey – que
Indianápolis, Will Power teve de mostrar resiliência A corrida entrou numa fase mais monótona com as apostavam em tentar chegar ao final da prova sem
face às elevadas temperaturas no ‘Brickyard’ desde ultrapassagens a surgirem nas boxes devido a qua- passar pelas boxes.
há muito, e uma frieza enorme quando surgiu uma tardia se todos estarem a parar fora de sequência, até que Foi então que na volta 188 Tony Kanaan fez um pião na
bandeira amarela que o deixou no quarto lugar. Sebastien Bourdais despistou-se, terminando a sua curva 2, quando seguia atrás de Josef Newgarden. Com
Até essa bandeira, parecia que a estratégia desenhada corrida. Castroneves também viu o sonho de vencer esta bandeira amarela, parecia que Will Power estava
pela Penske não iria servir para que o australiano se pela 4ª vez as 500 Milhas esfumar-se de encontro ao fora da luta pela vitória, pois Oriol Servia, Jack Harvey e
estreasse a vencer. Mas Tony Kanaan não conseguiu muro das boxes depois de um pião à saída da curva 4. Stefan Wilson já não precisavam de parar pois tinham
manter-se em pista e com a bandeira amarela ruíram as O recomeço da corrida foi já dentro das 40 voltas finais, poupado o suficiente para chegar ao final.
possibilidades que Jack Harvey, Oriol Servia e, sobretudo, com Tony Kanaan a fazer um quatro lado a lado para A corrida regressou à bandeira verde na volta 194 e o
Stefan Wilson, alimentaram. E destaco este último, irmão tentar chegar ao Top 10 e com Will Power a chegar ao australiano arregaçou as mangas, como referiu: “pensei
de Justin Wilson, que quase escrevia o guião perfeito de primeiro lugar, passando por Ed Carpenter. que tinha de fazer o recomeço da minha vida e dar tudo
uma vitória à americana. Depois de em 2017 ter dado o As paragens nas boxes já bem dentro das derradeiras o que tinha para chegar à vitória.” Muito mais rápido que
seu lugar a Fernando Alonso para o espanhol disputar 20 voltas deixaram Will Power na frente daqueles que Oriol Servia, o piloto da Penske gastou duas voltas para
a prova, recebeu a promessa que estaria à partida da passar pelo espanhol e via Wilson fugir-lhe. Apanhou
edição de 2018 das 500 Milhas. C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O o cone de ar de Harvey a três voltas do final, mas não
Navegou por posições inferiores até que a estratégia o precisaria de se esforçar pois Wilson e Harvey encami-
colocou na frente, mas a ‘amarela’ levou-o a afundar-se CLA PILOTO VOLTAS TEMPO/DIF PITS nharam-se para as boxes e quem seguia na cola de Will
na classificação. Após o início, Ed Carpenter manteve o 1 WILL POWER 200 2:59’42.6365 5 Power teve de fazer o mesmo. O australiano tinha mão e
comando por muito tempo, percebendo-se que a estraté- 2 ED CARPENTER 200 +31.589 5 meia na ‘Borg Warner’ e nas duas voltas finais nem teve
giadecidiriaacorrida. DanicaPatrick,afazerasuaúltima 3 SCOTT DIXON 200 +45.928 5 de seguir a fundo pois os 2,2 segundos de vantagem
prova como piloto profissional, foiaprimeiraaparar nas 4 ALEXANDER ROSSI 200 +52.237 5 para Ed Carpenter foram suficientes para saborear pela
boxes à 29ª volta. Pediu um ajuste nas asas dianteiras, 5 RYAN HUNTER-REAY 200 +67.187 5 primeira vez o leite dos vencedores no ‘victory lane’ de
mas de nada lhe serviu isso pois pouco depois acabaria 6 SIMON PAGENAUD 200 +72.357 5 Indianápolis.
por se despistar sozinha terminando a carreira no banco 7 CARLOS MUNOZ 200 +78.377 6
de uma ambulância a caminho do centro médico, com 8 JOSEF NEWGARDEN 200 +86.917 6
uma forte ferida no orgulho. Fisicamente, nada sofreu. 9 ROBERT WICKENS 200 +93.112 7
A primeira bandeira amarela surgiu na volta 47, quando 10 GRAHAM RAHAL 200 +113.368 6
Takuma Sato bateu em James Davidson e pouco depois 11 J.R. HILDEBRAND 200 +127.354 6
Ed Jones despistou-se de forma violenta. 12 MARCO ANDRETTI 200 +140.745 5
Após nova bandeira verde, Carpenter foi surpreendido 13 MATHEUS LEIST 200 +147.798 5
por Kanaan, enquanto Power fez o mesmo a Pageneaud. 14 GABBY CHAVES 200 +151.173 8
O brasileiro manteve-se na frente até à volta 90, mas 15 STEFAN WILSON 200 +336.747 7
teve de parar nas boxes. Ed Carpenter também parou, 16 JACK HARVEY 200 +347.970 6
deixando Will Power na frente, com os três carros da 17 ORIOL SERVIA 200 +382.325 6
18 CHARLIE KIMBALL 200 +415.146 8
19 ZACHARY MELO 199 +1 VOLTA 6
20 SPENCER PIGOT 199 +1 VOLTA 8



>>motosport.com.pt

HUSQVARNA Pedro Rocha dos Santos Rolf Tibblin nas provas de Motocross
[email protected] des Nations e Baja 1000. Em meados dos
» VITPILEN 401 anos 60 já a Husqvarna tinha vendido
Em 1955 a Husqvarna deci- mais de 11.000 Silverpilen, afirman-
INSPIRADA NO PASSADO, PROJETADA PARA O FUTURO de lançar um novo modelo, a do-se assim no segmento das motos
Silverpilen, que faria história de baixa cilindrada. No início dos anos
A Husqvarna é uma marca antiga, nascida no séc. XVII e marcaria definitivamente 80 a Husqvarna lançou a sua primei-
e ligada, como tantas outras, a diferentes setores da o futuro da marca sueca. A ra moto a 4 tempos de Enduro de 500
indústria. No caso da Husqvarna, a empresa produzia então Silverpilen, nome que home- cc e foi protagonista do início de uma
armas. Depois vieram outros produtos como máquinas de nageava o famoso e icónico carro da nova era na competição Off-Road com
costura e motoserras, sendo que a primeira moto apareceu Mercedes, o Silver Arrow, foi das pri- motos a 4 tempos. Seguiram-se tem-
apenas no início do séc. XX meiras motos com suspensões teles- pos de declínio, sobretudo financeiro,
cópicas e amortecedores hidráulicos tendo a marca sido vendida à Cagiva
que, com um peso de cerca de apenas em 87 e depois à BMW em 2007, sendo
75 kg e motor suspenso e estruturante só mais tarde recuperada pela Pierer
do quadro, fazia as delícias dos jovens Industries, proprietária da Husaberg,
de então que pretendiam evidenciar-se e que detém a maioria do capital da
no todo-o-terreno com a sofisticação KTM. Mais de 60 anos depois da pri-
técnica do novo modelo da Husqvarna. meira ‘Pilen’ ser lançada no mercado,
No final dos anos 50 e início dos 60 a a Husqvarna decidiu recuperar esse
Husqvarna conquistava vários títulos legado histórico e novamente criar mo-
mundiais no Motocross e no Todo-o- tos com cariz inovador, que despertem
Terreno, nomeadamente com o piloto emoção e que estabeleçam novos con-

35

ceitos e referências. As novas Vitpilen
e Svartpilen foram apresentadas pela
primeira vez em 2014 e desde então
tem sido criada uma enorme expec-
tativa no mercado quanto ao seu lan-
çamento. Finalmente este ano os três
modelos estarão disponíveis: a Vitpilen
401 e 701 e a Scrambler Svartpilen 401.
Relativamente ao seu desenvolvimento,
Maxime Thouvenin, Senior Designer
responsável pelo segmento de Street
Bikes, afirmou: “O objectivo com as
novas Vitpilen e Svartpilen é o de cap-
tar a essência do passado, mas fazê-lo
da forma mais moderna e progressiva
possível”. Acrescentou ainda: “O design
é muito característico da Escandinávia
e da Suécia, com uma abordagem mi-
nimalista e funcional.” A Vitpilen e a
Svartpilen 401 utilizam basicamente a
mesma plataforma e a motorização é a
mesma utilizada na KTM Duke 390, com
mapas de motor distintos. Enquanto

36

>>motosport.com.pt

que a Svartpilen monta pneus Pirelli equilibrada pelo vanguardismo das suas ‘avanços ao garfo’, obriga a uma postura altura percebi, ou pelo menos foi essa a
com piso mais apropriado para uma linhas. Antes de conhecermos dinami- que sobrecarrega o nosso peso sobre os sensação que tive, que esta Husqvarna
moto do tipo Scrambler, a Vitpilen mon- camente a Vitpilen fizemos questão de pulsos. Resultado: em percursos urba- poderia ser uma espécie de moto de en-
ta uns excelentes Metzeler M5 que se não levar informação que nos criasse nos e no pára-arranca torna-se real- duro transformada para moto de pista,
revelaram adequados para o estilo de expectativas. Ou seja, a única expectati- mente cansativo, sobretudo se rodarmos (muitos anos de enduro faz com que
condução desta última, que podemos va que criámos era aquela que provinha em piso em mau estado, pois a firmeza seja inevitável a comparação) tal era a
definir como uma Café Racer do futuro. do impacto visual da mesma e de algu- das suspensões WP, embora bastante combinação de sinais e sensações que
Depois de termos assistido finalmente mas características que conhecíamos eficientes, tendem a aumentar ainda nos transmitia a pilotagem da Vitpilen.
à sua última apresentação no último através da própria Husqvarna. Assim a mais a pressão sobre os nossos pulsos Pelo seu peso reduzido, pela posição de
Salão EICMA 2017 de Milão, lembramos nossa análise e reação seria o mais isen- e mãos. Mas esta realidade é largamen- condução elevada e sobre os avanços,
que esta foi apresentada pela primeira ta possível. Ao subirmos pela primeira te compensada quando nos ‘fazemos à pela resposta imediata do seu motor e
vez como protótipo em 2014, e desde vez para a Vitpilen e agarrarmo-nos aos estrada’. Aí a Vitpilen é rainha e o peso o som da ponteira Akrapovic, pela efi-
logo ficámos na expectativa da mesma seus avanços, montados diretamente termina totalmente aliviado pelo vento ciência das suas suspensões e travões,
chegar a Portugal e estar disponível para na suspensão dianteira, imediatamente que nos empurra para trás. O motor é mais parecia que estava numa moto de
a ensaiarmos. Foi assim que, cheios de percebemos que teríamos de acionar fantástico, de uma enorme elasticidade pista, certamente muito próxima de uma
curiosidade e depois de quase três anos um novo ‘chip’ para melhor interpretar e binário desde baixa rotação. A certa KTM RC390. Em auto-estrada cheguei
de espera, nos dirigimos à Jetmar, repre- a sua condução nos três dias que se se-
sentante Husqvarna e KTM em Portugal, guiam. A primeira sensação foi a de nos
para vivermos uma experiência há mui- montarmos numa moto de pista, quer
to aguardada. O design da moto e as suas pela posição quer pela própria altura
linhas é obviamente aquilo que mais do banco, que, diga-se, não pode ser
impacta de início, e digamos que poderá considerado confortável, sendo mesmo
não ser consensual, sobretudo tendo em impróprio para longas tiradas. Uma vez
conta as atuais tendências revivalistas sintonizados na tipologia ‘Racer’ tudo
de motos de linhas clássicas dentro dos passou a fazer mais sentido e a Vitpilen
conceitos Café Racers e Scramblers, a começou a mostrar o seu verdadeiro
exemplo daquilo que tem vindo a ser ADN, aquele que a Husqvarna pretendia
adotado pelo mercado e pelas marcas. recuperar de uma moto minimalista
A impressão de ser uma moto pequena mas suficientemente sofisticada para
e concebida de acordo com um conceito despertar novas emoções. A posição,
minimalista é evidente, realidade que é como já referimos, pelo facto de montar

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FT/ F I C H A T É C N I C A

373.2 CC

CILINDRADA

44 CV

POTÊNCIA

9.5 L

DEPÓSITO

148 KG

PESO

7 375€

PREÇO BASE

MOTOR TIPO MONOCILINDRO, REFRIGERAÇÃO
LÍQUIDA, 4 TEMPOS POTÊNCIA MÁX. 44 CV /
9.000 RPM BINÁRIO MÁX. 37 NM / 7.000 RPM
TAXA DE COMPRESSÃO 12.6:1 EMBRAIAGEM
PASC, DESLISANTE, ACIONADA MECÂNICAMENTE
ALIMENTAÇÃO INJEÇÃO ELET. CAIXA VEL 6 VEL.
CHASSIS E SUSPENSÕES QUADRO TRELIÇA EM
AÇO SUSPENSÃO DIANTEIRA WP INVERTIDA DE
43 MMCURSO 142 MM SUSPENSÃO TRASEIRA
MONOAMORTECEDOR AJUSTÁVEL WP CURSO 150 MM
TRAVÕES E PNEUS TRAVÕES DIANTEIROS
DISCO DE 320 MM COM ABS BOSCH DE 2 CANAIS
TRAVÕES TRASEIROS DISCO DE 230 MM COM ABS
BOSCH DE 2 CANAIS PNEU DIANTEIRO 110/70-17
PNEU TRASEIRO 150/60-17 ELETRÓNICA E
ELETRICIDADE BATERIA 12 V, BAH VRLA LUZES
DIANTEIRAS FULL LED LUZES TRASEIRA FULL LED
PAINEL INFO DIGITAL REDONDO CONTROLE TRAÇÃO
NÃO RIDE BY WIRE SIM MODOS DE MOTOR NÃO
DIMENSÕES COMPRIMENTO N.D. MM LARGURA
N.D. MM ALTURA N.D. MM DISTÂNCIA ENTRE EIXOS
1.357MM DISTÂNCIA AO SOLO 170MM ALTURA DO
BANCO 835MM RESERVA N.D. CONSUMOS N.D.
NORMA EMISSÕES EURO 4

facilmente aos 170 km/h, em 6ª veloci- garantindo sempre uma sensação de Os acabamentos, embora dentro do inclusivamente nível de combustível e
dade, sem que a luz avisadora de rotação enorme segurança e controle. Curvar na espírito minimalista, são de facto de LED avisador de rotação máxima. Claro
máxima tivesse acendido, ou seja, ainda Vitpilen é sempre um enorme prazer, e extrema qualidade. Pormenores no que toda esta sofisticação ‘comes with
tinha algo mais para evoluir. O quadro esse digamos que é, para além do estilo desenho do seu depósito ou mesmo a price’ e aí a Vitpilen afirma claramente
em trelissa de aço de cromo-molib- alternativo do seu design, o atributo má- do próprio tampão demonstram cla- a sua ‘exclusividade’, pois os seus 7.375
dénio e o motor montado como parte ximo desta Café Racer futurista. Mas se ramente o cuidado e o pormenor de euros de pvp definem sem margem
estruturante do mesmo garantem toda o objetivo é mais uma utilização diária, como foi concebida a Vitpilen. O farol para dúvida o seu posicionamento de
a rigidez necessária do conjunto que, aí talvez recomendemos mais a sua irmã redondo na frente de tecnologia LED é mercado, mais cara 1.400 euros que
combinada com uma ciclística de luxo Svartpilen, mais ao estilo Scrambler e uma perfeita simbiose do estilo clás- uma KTM Duke ou uma RC390.
e um excelente comportamento das com uma posição de condução mais sico com as linhas vanguardistas da No final penso que a Husqvarna acertou
suspensões WP, mantêm a Vitpilen elevada e certamente mais confortável. Vitpilen. O farol traseiro está também em cheio no posicionamento das suas
sempre estável em curva e garantem Rodas com aros de alumínio de 17” mon- perfeitamente integrado numa traseira novas Street Bikes. Estabelecendo uma
um contacto extremo com a estrada. tam pneus desportivos da Metzeler de curta e segue as linhas da mesma. O classe podemos classificar de ‘à parte’,
A travagem revela imenso tato e mor- 110/70 na dianteira e 150/60 na traseira, painel de informação redondo e numa já que, de repente, não existem para já
dida, e é realizada por pinças Bybre, 2ª assegurando um comportamento em posição quase plana é algo estranho mas no mercado motos do mesmo segmento
marca da Brembo fabricada na Índia, curva irrepreensível e sempre previsível. contém toda a informação necessária, e de estética tão arrojada.

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PIERLUIGI
MARTINI
SIGNORE
MINARDI

Ao longo da história da Fórmula 1 tivemos poucos casos
de lealdade total ou quase total a uma só equipa. E,

no meio do pelotão, é ainda mais improvável que isto
aconteça, já que a maioria dos pilotos tenta usar essas

equipas como trampolim para o topo da hierarquia.
No entanto, a histórica Minardi teve um piloto que lhe

dedicou quase toda a sua carreira – Pierluigi Martini

CONHEÇA ESTA E MUITAS Guilherme Ribeiro -sucedida carreira nos karts, passando
OUTRAS HISTÓRIAS EM AUTOSPORT.PT [email protected] para os monolugares aos 18 anos, quando
disputou pela primeira vez o campeonato
Pierluigi Martini nasceu em Lugo de Formula Abarth. Depois de uma épo-
di Romagna, nos arredores de ca interessante em 1979, o jovem Martini
Ravena, a 23 de abril de 1961. O evidenciou todo o seu talento no ano se-
automobilismo não era algo de guinte. Assim, em 1980 viria a conseguir
estranho na sua família, já que o o seu primeiro título ao levar de vencida
seu tio Giancarlo Martini era um aquela fórmula.
aspirante a piloto, tornando-se num dos
eternos membros do pelotão da Fórmu- CAMINHO ATÉ À FÓRMULA 1
la 2 ao longo da década de 70 e pilotando
mesmoemduasprovasextracampeonato Martini assinou pela conceituada
de Fórmula 1, em 1976, um Ferrari 312T – Trivellato Racing para pilotar um Dallara
uma das poucas vezes que a Ferrari cedeu F381-Toyota no Campeonato Italiano de
carros a privados nessa década – inscrito Fórmula 3. Porém, não teve um ano de
pela Scuderia Everest, de Giancarlo Mi- adaptação fácil, sendo geralmente ofus-
nardi. Mais tarde, o irmão mais novo de cado pelo seu colega de equipa e futura
Pierluigi, Oliver, também se interessaria estreladoEuropeudeTurismos, Roberto
pelo desporto automóvel, mas sempre de Ravaglia. No entanto, o jovem Pierluigi ti-
uma forma praticamente amadora. Deste nha completado apenas 20 anos e estava
modo, é percetível porque é que o jovem a dar os seus primeiros passos, por isso
Pierluigi se apaixonou pela modalidade e, encarou 1981 como uma época de apren-
ainda adolescente, se lançou numa bem- dizagem e terminou a temporada em 14º
no campeonato, com seis pontos. No ano

>> autosport.pt

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seguiu uma performance impecável para
terminar no segundo posto, apenas der-
rotado pelo omnipresente Ralt-Honda do
futuro campeão Jonathan Palmer.
Tal como muitos campeões de Fórmula
3 que demonstraram talento precoce,
Martini era um sério candidato para in-
tegrar o pelotão da Fórmula 1 em 1984,
mas tal não aconteceu. Apesar de estar
debaixo de olho de várias equipas, no-
meadamente a Brabham, Martini não
conseguiu segurar um lugar, apesar de
ter testado com sucesso pela equipa de
Bernie Ecclestone durante o inverno e
de ser apoiado pelo principal sponsor da
equipa, a Parmalat. Sem um lugar com-
petitivo, Martini poderia ter avançado
para a Fórmula 2 mas, com este cam-
peonato em crise, optou por investir nos
Sport-Protótipos, assinando pela Jolly
Club, que alinhava com modelos Lancia
LC2 privados, atuando como equipa jú-
nior da Martini Racing, ao mesmo tem-
po que testava com a equipa principal.
Infelizmente, os Lancia eram extrema-
mente rápidos em qualificação e até em
corrida, mas não conseguiam manter o
ritmo ao longo dos 1000 Km e a fiabilida-
de era um ponto bastante fraco, por isso
a época de Martini foi bastante apaga-
da, com os melhores resultados a serem
dois sétimos lugares em Silverstone e em
Brands Hatch – aqui correndo pela equipa
oficial. A estreia em Le Mans, ao volante
de um Lancia apoiado pela BP Malardeau
e partilhado com Xavier Lapeyre e Beppe
Gabbiani, também se saldou por um aban-
dono precoce. Por isso a temporada de
1984 de Pierluigi parecia ter sido o início
do caminho da estagnação... até que o tão
sonhado convite para a F1 surgiu.

seguinte optou por permanecer na ca- como em anos anteriores, o campeonato fo em Jarama, Imola e Croix-en-Ternois ALTOS E BAIXOS
tegoria, transferindo-se para a Pavesi até que nem começou da melhor forma, para bater à justa John Nielsen e con-
Racing ao volante de um Ralt RT3/82- mas depois de um quarto lugar no G.P. quistar o tão sonhado título. De salientar Quando Ayrton Senna anunciou, em se-
Alfa Romeo, e de imediato se percebeu do Mónaco de F3, as coisas começaram que Martini nunca tinha corrido fora de tembro de 1984, a assinatura de um con-
que o ano de experiência havia sido útil, a encarreirar e a enorme regularidade do Itália, por isso grande parte dos circuitos trato com a Lotus, causou grande indigna-
pois além da rapidez e talento inatos, o piloto italiano deu os seus trunfos, já que eram-lhe desconhecidos. Outra prova de ção dentro da sua equipa, a Toleman, que
jovem Martini começou a destacar-se se aproximou gradualmente dos favoritos, talento foi dada quando a Minardi convi- o havia introduzido na Fórmula 1, já que o
cada vez mais pela regularidade, princi- Pirro e Nielsen, até que, finalmente, ven- dou o jovem piloto para disputar a ronda brasileiro ainda tinha contrato com esta. A
palmente na segunda metade do campeo- ceu a prova de Nogaro. Com uma ponta de Misano ao volante do segundo Minardi equipa optou por suspender o promissor
nato, conseguindo a sua primeira vitória final fortíssima, Martini repetiu o triun- M283-BMW na Fórmula 2, e Martini con- brasileiro para o G.P. de Itália, em Monza,
no circuito de Misano, bem perto de sua até conseguir os devidos esclarecimentos
casa. De seguida, venceu ainda em Monza e, sabendo do talento e do conhecimento
e Imola, para terminar o campeonato num das pistas italianas de Pierluigi Martini,
positivo terceiro lugar, com 40,5 pontos. convidou-o a pilotar o carro pertencente
Para 1983 a Pavesi decidiu investir numa ao futuro astro brasileiro. Infelizmente, foi
campanha no Europeu de F3 e escolheu um passo em falso, pois, sem nunca ter
Martini para o lugar. testado um F1, Martini não conseguiu
Pilotando o novo Ralt RT3/83-Alfa Romeo, adaptar-se de imediato e falhou a qua-
de imediato se percebeu que Martini era lificação para o G.P. de Itália. Mau come-
um dos favoritos àquele prestigiado tí- ço? Sim, sem dúvida, mas os dirigentes
tulo, contando com adversários da cra- da Toleman viram potencial no homem
veira de Emanuele Pirro, Didier Theys, de Lugo di Romagna e propuseram-lhe
Gerhard Berger, Tommy Byrne, Roberto um contrato para 1985. No entanto, num
Ravaglia, John Nielsen, entre outros. Tal erro que pode ter sido determinante para
a sua carreira – não que a Toleman fos-
se especialmente competitiva em 1985,

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diga-se – Martini recusou e, ao invés, tinha propriamente muito dinheiro e os última prova, em Jarama, chegou para o piloto que, tendo mostrado tudo nas ca-
aceitou a oferta de… Giancarlo Minardi. motores Motori Moderni V6 turbo eram título, sendo batido apenas por dois pon- tegorias inferiores, tinha chegado ao fim
Este, depois de se ter estabelecido como lentos, pesados e pouco ou nada fiáveis, tos pelo compatriota Ivan Capelli. da sua margem de progressão.
um bom privado na Fórmula 2 através pelo que a temporada de 1985 ficou mar- Depois de uma época marcada por uma Porém, Pierluigi não desistia e, em vez de
da sua Scuderia Everest, tinha passado cada por contínuas quebras mecânicas e recuperação espetacular e pela luta pelo se dedicar a outra disciplina, perseverou
a construir os seus próprios chassis em alguns acidentes, já que Martini, tentando campeonato, era de esperar que Martini no caminho da F1 e decidiu fazer mais um
1980. Claro está que o dinheiro nunca sair dos últimos lugares, não raras vezes voltasse a atrair as atenções da Fórmula ano na F3000, mudando-se para a FIRST,
abundou, mas os Minardi conseguiam forçava a máquina mais do que seria de 1, quanto mais não seja as da Minardi, mas conduzindo um March 88B-Judd. Não foi
‘tirar coelhos da cartola’ quando menos esperar. Deste modo, no final da épo- a questão é que Pierluigi não tinha spon- uma boa época, já que o chassis March não
se esperava e permitiram performances ca, desiludido com as suas prestações, sors fortes para se bater com muitos dos era, de todo, o mais competitivo da tem-
épicas a alguns dos seus pilotos, desta- Pierluigi achou melhor ‘descer’ para a seus concorrentes na luta pela ascensão à porada. Na primeira metade da tempo-
cando-se Michele Alboreto, Alessandro F3000, enquanto a Minardi se expandia categoria rainha. Assim, restou-lhe con- rada Martini não conseguiu sair do meio
Nannini e Johnny Cecotto. Com o fim da para dois carros, com Andrea de Cesaris tinuar mais um ano com a Pavesi Racing do pelotão, à parte um belíssimo tercei-
Fórmula 2, Minardi estava já focado em dar e, finalmente, Alessandro Nannini. e tentar vencer o título de F3000, ao vo- ro lugar em Pau. Mas em Enna-Pergusa,
o salto para a Fórmula 1 e assinou contra- Assinando pela Pavesi Racing, com quem lante dos novos Ralt RT21-Cosworth. No numa prova caótica, conseguiu voltar às
to com a Motori Moderni, os estúdios de tinha um excelente relacionamento desde entanto, a época revelar-se-ia uma desi- vitórias. De seguida, foi segundo na igual-
Carlo Chiti, para a construção de um motor os seus tempos da F3, Martini era consi- lusão, pois esta combinação chassis/mo- mente confusa ronda de Brands Hatch, e
turbo que equipasse os carros em 1985. derado um legítimo favorito para o título tor nunca foi competitiva e Martini, depois terceiro em Birmingham. No entanto, es-
Apesar da amizade entre os dois homens, de F3000. No entanto, a equipa alinhava de um quinto lugar na ronda inaugural em tava bem longe de poder discutir a vitória
que já tinha mesmo levado Pierluigi a com o Ralt RT2020-Cosworth e as pri- Silverstone, não mais conseguiu chegar no campeonato, além de estar, por esta
correr pela equipa na F2, Martini não foi meiras quatro provas foram dantescas, aos pontos até meio da época, quando a altura, de novo com um pé na Fórmula 1.
a primeira escolha de Giancarlo Minardi. raramente saindo dos últimos lugares e Pavesi decidiu usar o carro do ano an- Deste modo, Martini teve de se ausentar
O lugar na equipa seria para Alessandro falhando mesmo a qualificação em Pau. terior. Com uma performance brilhante numa ronda e com a combinação a acu-
Nannini, então outro dos grandes talentos A troca para o novo RT20 transformou o num circuito habitualmente demolidor, sar a falta de competitividade nas rondas
italianos e já um conceituado piloto oficial rumo da época, já que, de imediato, Martini Martini foi segundo em Enna-Pergusa subsequentes, Martini terminou o seu
da Lancia nos WSC. No entanto, problemas venceu em Imola e Mugello e foi segundo mas, regressando ao RT21, os resultados terceiro ano de F3000 apenas em quar-
com a emissão da superlicença para o pi- em Enna-Pergusa e Birmingham, o que o desapareceram de novo e o piloto aca- to, com 23 pontos.
loto de Siena levaram Giancarlo Minardi a colocou com algumas hipóteses na luta bou a época em 11º com apenas 8 pontos.
contratar Martini. Infelizmente, além dos pelo título. Infelizmente, um abandono Manifestamente (muito) pouco para al- MARTINI = MINARDI (OU QUASE)
problemas de juventude típicos de uma na ronda de Le Mans-Bugatti dificultou guém que queria refazer a sua carreira e
equipa de Fórmula 1 novata, a Minardi não muito a tarefa e nem mesmo a vitória na voltar à F1. Para muitos, Martini era já um Provando que na Fórmula 1 também exis-
tem segundas oportunidades, no verão

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de 1988 Pierluigi estava de volta à cate- o lugar. Aos 27 anos, este sabia que tinha sonhar com os pontos. O novo Minardi os pneus Pirelli foram perdendo eficácia
goria… e à Minardi. Na verdade, a peque- uma oportunidade única para mostrar M189-Cosworth era, de facto, um carro ao longo da época, tanto em qualificação
na equipa de Faenza tinha gradualmente que merecia estar no restrito clube de bem melhor que o do ano transato, alia- como em corrida. No final, a temporada
conquistado o coração de muitos adep- pilotos da F1, e não demorou a prova-lo, do ao regresso dos pneus Pirelli, que se dos Minardi saldou-se em numerosos
tos, mas não propriamente resultados, e pois na primeira prova, em Detroit, reali- destacaram rapidamente pelas suas ex- abandonos e posições anónimas no meio
depois de três anos de falhas mecânicas zou uma exibição fantástica e aproveitou celentes performances em qualificação. da tabela. Decerto que a equipa espera-
consecutivas dos Motori Moderni, a for- a imprevisibilidade das corridas da época No entanto, a equipa teve de começar a va melhor, e a oportunidade surgiu, em
mação optou por voltar aos motores as- para conseguir um magnífico sexto lugar, época com uma evolução do modelo do teoria, quando a Minardi conseguiu um
pirados em 1988, sabendo que a era tur- o primeiro ponto da história da Minardi e ano anterior e, mesmo quando o M189 foi acordo com a Ferrari para o fornecimen-
bo estava a chegar ao fim. Equipado de da carreira de Pierluigi. Ainda assim, não introduzido no México, seguiu-se uma li- to de motores cliente para 1991, mantendo
um Cosworth DFZ, o Minardi M188 esta- foi um ano fácil para a equipa, que estava tania de abandonos que ameaçava atirar Pierluigi e contratando o jovem protegido
va, desde o início da época, nas mãos de no fundo do pelotão e viu por várias vezes a Minardi para as tão temidas pré-quali- da Scuderia, Gianni Morbidelli.
uma dupla espanhola, Adrián Campos e os seus pilotos falharem a qualificação. ficações. Até que, em Silverstone, os car- Previa-se uma boa época e Martini não
Luis Pérez-Sala. No entanto, nenhum de- Martini esteve perto de surpreender no- ros de Faenza funcionaram na perfeição e tardou a produzir bons resultados, tanto
les se conseguia destacar, em particular vamente na Austrália, com um excelente Pierluigi Martini conquistou um brilhante em qualificação como em corrida, desta-
Campos, que já vinha de uma época pou- sétimo posto, e ao longo da época quase quinto lugar, precisamente seguido do seu cando-se um quarto lugar em Imola, numa
co conseguida em 1987. completa que fez mostrou-se geralmente colega de equipa Pérez-Sala. A partir da- corrida que começou com a pista muito
Após a ronda canadiana, Giancarlo Minardi mais rápido que Luis Pérez-Sala, um dos qui, seguiram-se performances cada vez molhada e que causou uma hecatombe
conseguiu chegar a acordo com o piloto seus antigos rivais da F3000, que era visto melhores do carro e piloto, que se qualifi- no pelotão. Embora a fiabilidade não fos-
e com os sponsors espanhóis e dispen- como um bom piloto, o que cimentou de cavam regularmente no meio da tabela e se ainda a desejada, os Minardi andaram
sou-o - Campos que revelaria ao mun- vez a sua posição na equipa. tornou-se comum ver Martini terminar sempre no meio da tabela nas qualifi-
do automóvel, no final da década de 90, O fim da era turbo foi determinante para entre os 10 primeiros. Até que chegou o cações durante a temporada e, quando
Fernando Alonso - chamando o seu ve- a Minardi, já que nivelou de certa forma G.P. de Portugal. Martini fez um tempo- não havia problemas mecânicos, tanto
lho amigo Pierluigi Martini para ocupar o meio do pelotão, permitindo à equipa -canhão em qualificação, conseguindo Morbidelli como Martini não tinham pro-
o quinto lugar a menos de um segundo e blemas em terminar nos 10 primeiros. No
meio de Ayrton Senna, e passou grande entanto, o equilíbrio fabuloso de 1989 não
parte da corrida nessa posição. Graças à se voltaria a repetir, e com a McLaren,
durabilidade dos pneus Pirelli, parou mais Williams, Ferrari e Benetton numa ‘liga
tarde que os McLaren e os Ferrari e, por superior’, era bem mais difícil aos Minardi
uma volta, passou pela liderança. Aquela surpreenderem. Ainda assim, mais uma
volta 40 no Estoril foi a única vez que um vez no G.P. de Portugal, Martini aproveitou
Minardi liderou um Grande Prémio de F1, os erros e as quebras mecânicas do pe-
aumentando mais a afición dos fãs pela lotão da frente para lutar pelos pontos na
pequena estrutura. segunda metade da corrida, conseguin-
Claro está que Martini não durou muito do repetir o quarto lugar de San Marino,
tempo na frente, pois teve de parar e não naquele que foi o seu melhor resultado na
tinha ritmo para os rivais diretos, termi- Fórmula 1, terminando assim a temporada
nando a prova ainda assim num excelente com seis pontos, num dos melhores anos
quinto posto. De seguida, em Espanha foi da história da Minardi. E, além disso, deu
quarto na grelha e estava muito bem po- boa conta do seu jovem colega de equi-
sicionado para voltar a terminar nos pon- pa, mostrando assim o seu inato talento.
tos, quando errou e despistou-se. Este erro Talvez com um pouco mais de ambição
teve consequências, pois Martini tinha-se tivesse chegado mais longe, quem sabe?
lesionado numa costela durante a prova Certo é que a parceria entre a Ferrari
portuguesa, algo que se agravou com o e a Minardi nunca foi o acordo perfei-
impacto nos corretores durante a saída to que poderia ter existido, e no final de
de pista, o que obrigou o piloto a ausen- 1991 a Minardi assinou contrato com a
tar-se do G.P. do Japão, sendo substituído Lamborghini, enquanto a Ferrari iria for-
por Barilla. No entanto, Martini regressou necer motores cliente aos Dallara da BMS
em grande forma na Austrália e, peran- Scuderia Italia.
te condições meteorológicas dantescas A marca de Sant’Agata Bolognese ti-
e uma pista inundada, conseguiu termi- nha entrado no mercado de motores da
nar em sexto, depois de se ter qualifica- Fórmula 1 em 1989, com o regresso dos
do… em terceiro. atmosféricos, mas os seus motores V12
Depois de um ano destes, a Minardi po- eram pesados e pouco fiáveis, e Martini
dia sonhar, e com Martini e Barilla espe- decidiu, por uma vez na carreira, deixar
rava voltar a surpreender em 1990. Mais a sua zona de conforto e trocar a Minardi
uma vez, a equipa começou com o car- pela Dallara, esperando assim uma boa
ro do ano anterior e Pierluigi foi autor de época com os motores Ferrari. No entanto,
uma qualificação extraordinária nos EUA, apesar de o BMS Dallara 192 não ser um
colocando o Minardi na primeira linha carro mal concebido, não era suficiente-
da grelha. Só que, infelizmente, os pneus mente fiável, e a parceria com a Ferrari –
Pirelli não se revelaram tão eficazes em tal como tinha acontecido com a Minardi
corrida e o piloto caiu para o sétimo lugar. – não deu particulares frutos, até porque
E,depois daintrodução do novocarro em a equipa de Maranello estava a atravessar
Imola, ficou evidente que seria muito difí- um dos períodos mais conturbados da sua
cil para a equipa de Faenza manter o nível história e não tinha grandes condições e
da época anterior, já que o novo carro era estabilidade para apoiar as equipas clien-
muito pesado e menos fiável e, além disso, tes.Durantea primeira metade da época,

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os Dallara ainda eram presença habitual um ano desastroso com a Lamborghini, e algo arriscada, tentou fechar a porta ao se provou que mesmo a evolução do ano
no meio da tabela em qualificação e no top tanto Barbazza como Christian Fittipaldi brasileiro. O toque roda com roda atirou anterior, o M193B, era suficientemente efi-
10 em corrida, e Martini andou sempre ao conseguiram levar o carro aos pontos na o Minardi de Fittipaldi ao ar, que capotou caz, com Alboreto a ser sexto no Mónaco e
mesmo ritmo do seu colega de equipa, a primeira metade da época. Mas, após o e caiu sobre as quatro rodas, cruzando Martini quinto em Espanha. A introdução
jovem promessa finlandesa JJ Lehto, mais G.P. de França, as liras de Barbazza es- a linha de meta com o ímpeto, sem que do M194 aumentou ligeiramente a com-
uma vez demonstrando a sua capacidade gotaram-se e Giancarlo Minardi decidiu as posições se alterassem. O brasileiro petitividade da equipa que, embora longe
de extrair o melhor da sua máquina, con- chamar de volta o seu velho amigo Martini considerou sempre que a manobra havia de conseguir andar ao nível do início da
seguindo dois sextos lugares consecuti- para regressar à equipa. sido propositada e, tendo sido ou não, foi década, não deixou de conseguir aprovei-
vos, em Espanha e San Marino. Pena é que as condicionantes financeiras, algo perigosa. tar muito bem o efeito surpresa, e Martini
Porém, à medida que a época avançava, como tantas vezes ocorre com as peque- Controvérsias à parte, no final da época a repetiu o quinto lugar no G. P. de França.
a falta de desenvolvimento (e de dinhei- nas equipas, façam com que o desenvol- Minardi e a Scuderia Italia fundiram-se, Numa das épocas mais conturbadas e
ro) da equipa de Beppe Lucchini impediu vimento vá estagnando à medida que isto é, a BMS Scuderia Italia, depois de um trágicas da história da Fórmula 1, Martini
a Dallara de voltar a surpreender, ficando a época decorre e, na segunda metade ano horrendo com os Lola, extinguiu-se fechava a temporada com quatro pontos.
cada vez mais no meio do pelotão. E, no da temporada, o M193-Ford não conse- como equipa independente e tornou- Contudo, o fosso entre as pequenas e
final da época, a Dallara retirava-se da guiu mais sair do meio da tabela, dando -se sponsor da Minardi. No meio de tudo grandes crescia a olhos vistos, e em 1995 a
Fórmula 1, passando a Lola a ser a forne- a Martini apenas alguns resultados no isto conseguiram trazer o veteraníssimo Minardi estava com cada vez mais dificul-
cedora de chassis à BMS Scuderia Italia. top 10, mas sem pontos. Foi também em Michele Alboreto, ao passo que Giancarlo dades financeiras. Com Martini e Badoer,
Se Martini esperava que a Dallara lhe per- 1993 que o italiano se viu envolvido numa Minardi decidiu manter Martini, deixando a formação de Faenza teve muita difi-
mitisse voos mais altos, o ‘tiro saiu pela das maiores controvérsias da sua car- a equipa de Faenza com uma das duplas culdade em sair do fundo da tabela, com
culatra’, porque não só os resultados não reira. Se, desde o seu regresso da F3000, mais fortes do pelotão. Faltava era saber Martini ainda assim a conquistar dois sé-
foram bons como ficou no desemprego se tinha afirmado como um piloto con- se o novo carro tinha andamento para timos lugares, no Mónaco e em Inglaterra.
para 1993. Sem ser pretendido por equi- sistente, suave para com a mecânica e surpreender no meio da tabela, e cedo No entanto, a equipa precisava urgente-
pas mais fortes, Martini aproximou-se de pouco dado a acidentes (se bem que difí-
novo da Minardi, mas Giancarlo optou pelo cil de dobrar), este protagonizou um epi-
dinheiro de Fabrizio Barbazza, um piloto sódio caricato, mas que poderia ter con-
muitas vezes subestimado, mas que, se sequências graves, no G. P. de Itália. Na
tivesse sido bem orientado ao longo da última volta, Martini e Fittipaldi lutavam
carreira, poderia ter conseguido mais pelo sétimo lugar. O brasileiro saiu me-
sucesso tanto na Europa como nos EUA. lhor da Parabólica, tentando usar o cone
A Minardi tinha, em 1993, um carro de de- de ar para passar Martini sobre a meta,
sign muito simples, mas eficaz, depois de mas este não facilitou e, numa manobra

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mente de apoios, e quando Pedro Lamy re- problemas elétricos quando até vinha a com o seu antigo rival Johnny Cecotto e sem garantia de poder lutar pela vitória
uniu os patrocínios necessários e encetou realizar uma boa prestação, num even- Joachim Winkelhock, a tripla fez sexto na optou então pelo adeus. Pierluigi Martini
negociações com a marca de Faenza para to vencido pelos seus colegas de equipa. grelha e foi o BMW mais rápido ao longo dedicou-se então aos negócios de família
regressar à Fórmula 1, foi Martini quem ce- Depois de se ter sentido à vontade neste da prova, até desistir muito prematura- e a uma gelataria que possui, juntamen-
deu o lugar. Assim terminava uma longa regresso aos Sport-Protótipos, Martini mente, tal como os seus colegas de equi- te com a sua mulher, mas não deixou de
carreira de 124 Grandes Prémios. decidiu disputar a temporada completa pa, devido a vibrações excessivas no car- aparecer em meetings históricos e no
de 1997 no Campeonato FIA-GT, assi- ro. Martini ainda fez algumas provas do malogrado campeonato GP masters em
GLÓRIA EM LE MANS nando com a BMS Scuderia Italia para ISRS e em 1999 estava pronto para novo 2006, assim como nos Campeonatos de
pilotar um dos seus Porsche 911 GT1, ao assalto a Le Mans, partilhando o carro com turismos Superstars International em
Embora o dinheiro tivesse falado mais alto, lado de Christian Pescatori. Infelizmente, Winkelhock e Dalmas. Depois de um mau 2009(1vitória)eSuperstarsItaly em2010
a verdade é que o próprio Martini sempre não foi uma temporada bem conseguida ensaio em Sebring, em Le Mans a BMW (3 vitórias), apenas para fazer o gosto ao
disse que, depois do fim de semana negro e a dupla apenas conseguiu um ponto, cedo mostrou ser uma das favoritas, a ‘bichinho’ da condução.
de Imola, em 1994, a Fórmula 1 nunca mais embora em Le Mans, acompanhados de par da Mercedes e da Toyota. Quando os Mas, talvez, os momentos mais marcantes
foi o mesmo para si, e em 1995 sentiu-se António Hermann de Azevedo, se tives- Mercedes ‘ganharam asas’ e a única tri- de Martini nos tempos recentes sejam as
uma certa falta de motivação por parte do sem qualificado em 10º, para terminar em pla presente se retirou com justificados suas presenças nas celebrações anuais
piloto, o que terá contribuído para que a oitavo. Ainda em 1997, Martini disputou receios de nova descolagem devido a da Minardi e em provas de históricos.
sua saída da Minardi fosse perfeitamente uma prova do principal campeonato de questões aerodinâmicas, a luta passou Mesmo com a equipa de Faenza a ser
consensual para ambas as partes. No en- protótipos então existente, o ISRS, par- a ser entre a marca nipónica e os BMW, vendida e renomeada de Toro Rosso em
tanto, não foi a retirada definitiva do ita- tilhando um Porsche TWR da Joest com com a tripla de Martini na frente. Um furo 2005, estes não deixaram de convidar
liano do desporto automóvel já que, como Johansson e oferecendo à equipa alemã no Toyota que ocupava a liderança entre- Martini para celebrar certos eventos, e
tantos outros, Pierluigi deixou-se tentar mais uma vitória. gou-a à BMW, e Martini conseguiu assim com a família Minardi a organizar também
por um regresso à Endurance com um Em 1998 Martini decidiu correr apenas a o maior feito da sua carreira, a vitória nas reuniões anuais com os seus antigos car-
objetivo bem claro – Le Mans. Depois de part-time e focar-se maioritariamente 24h de Le Mans. O italiano pensou seria- ros, Pierluigi é uma presença constante.
algum repouso, em 1996 Martini assinou em Le Mans, assinando no processo pela mente na retirada em glória, mas ain- Se há sinónimo de uma equipa, provavel-
pela Joest para pilotar um dos seus TWR BMW, que planeava conquistar a clássica da alinhou em Sebring no ano seguinte mente a ligação entre a Minardi e Martini
Porsche LMP1-95, com Michele Alboreto e francesa antes de entrar na F1 em 2000 com um Lola BSK/10-Judd da Rafanelli, é uma das mais célebres e bonitas da his-
Didier Theys, para um assalto às 24 Horas ao lado da Williams. Partilhando o carro e pôs em hipótese fazer Le Mans, mas tória da F1.
de Le Mans, mas a tripla abandonou com

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BMW Filipe Pinto Mesquita são o espaço e todas as funcionalidades
[email protected] e equipamento presentes no habitáculo,
» 725d que se poderão revelar decisivos na altura
Por mais ou menos apelativo de ‘passar o cheque’. Mesmo na versão
NO ARRISCAR É QUE ESTÁ O GANHO que seja o design dum veículo mais baixa do topo de gama da BMW, o
do segmento F, na classe dos ambiente a bordo é sempre ‘eloquente’
A BMW desceu a parada. No segmento das berlinas de automóveis executivos são e espaço é coisa que sempre prolifera
luxo é atualmente a única que oferece um motor de 4 sempre o tamanho e o porte que (até na mala com gigantescos 515 litros).
cilindros, com que dotou o 725d. Mas será comandam as emoções. Com Os bancos traseiros ganham prioridade
que o porta-estandarte da marca bávara perdeu 5.098 mm de comprimento, o BMW Série como sempre acontece nas berlinas de
realmente argumentos na corrida dos “executivos”? 7 não é exceção e esse é o seu primeiro luxo, e, neste caso, é possível associar a
Fomos descobrir… argumento para firmar posição na ‘corrida excelência do conforto a alguns apete-
executiva’. Com linhas modernas e peso cíveis mimos. Por exemplo, os encostos
LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE controlado (1725 kg devido à utilização de cabeça traseiros com almofadas são
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT de fibra de carbono na conceção), mas reguláveis eletronicamente, mas também
sem conseguir escapar ao epíteto de ‘um há lugar para programa de massagens,
Série 5, mas maior’, o topo de gama da que torna ainda mais relaxante qualquer
marca bávara encontra na sexta geração viagem, independentemente do destino,
um equilíbrio de formas quase perfeito, até porque os bancos traseiros são sempre
mantendo um elevado grau de nobreza reclináveis e aquecidos. Também é pos-
próprio de quem nasceu em berço de ouro sível contar com cortinas de privacidade
e de quem sabe para o que veio ao mundo. (traseira e laterais atrás), para além de
O tamanho e a imagem exterior impor- saídas de ar condicionado independentes
tam, mas para quem adquire um Série 7 para os lugares traseiros.

>> autosport.pt/automais

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Com qualidade de materiais e montagem FT/ F I C H A T É C N I C A de trás, acaba por ser uma experiência dinâmico. Os 231 cv soltos pelo motor são
acima de qualquer suspeita, e equipa- emocional enriquecedora. O conforto e a suficientemente energéticos para impul-
mento de segurança ‘top’ (sistema de 2.0 / 231 CV sensação de bem-estar proporcionada sionar os 1725 kg de massa estática para
deteção de peões com travagem auto- pelo espaço alargado disponível, com todo ritmos elevados, como comprova a velo-
mática para evitar colisão, só para dar um GASÓLEO o arsenal de equipamento integrado (seja cidade máxima anunciada de 245 km/h e
exemplo), ‘luxo’ é a primeira palavra que pelas massagens, seja pelo jogo de luzes o registo de 6,9s para atingir os primeiros
salta à vista em todas as circunstâncias, 6,9 S ambiente, entre muitas outras coisas) é 100 km/h (e nem os consumos reais de 7.8
mesmo para o condutor e passageiro (este um deleite para os sentidos. l/100 km/h assustam!). Mesmo se mais
sem direito a sistema de massagem) que 0-100 KM/H Contudo, uma boa parte das sensações talhado para as viagens descansadas,
podem também usufruir de bancos com de prazer absoluto percecionadas ainda o 725d também pode curvar depressa
revestimento de pele ultra-confortáveis. 4,4 L / 7,8 L (AUTOSPORT) são comandadas a partir dos lugares da com enorme estabilidade e segurança,
Só é pena que, apesar de tudo, sejam frente. Seja por voz, por toque no monitor seja porque hoje apeteceu ao “Ambrósio”
necessários mais 10.000 € de extras, a 100 KM central de 10,25’’, por gestos (a partir dos soltar os músculos, seja por que o patrão
juntar aos já pouco abonatórios 105.113 € quais é possível aumentar ou diminuir está atrasado para aquela reunião. Enfim,
de preço base, para ter muitas das mor- 116 o volume do sistema áudio e atender ou o melhor de dois mundos, está disponível
domias que este Série 7 merecia sem desligar chamadas) ou a partir do co- de série! Só não é propriamente barato.
custos suplementares. G/KM- CO2 mando rotativo iDrive, o condutor pode Em resumo, descendo a fasquia na moto-
Viajar nos bancos da frente, como nos interferir no conforto dos restantes ocu- rização, o BMW 725d joga forte na exclusi-
105 112€ PREÇO BASE pantes, da mesma forma que selecionar vidade e esse é, por ventura, um dos seus
um dos quatro programas de condução maiores trunfos face à concorrência. Mas,
(VERSÃO ENSAIADA 115 930€) disponíveis - EcoPro, Comfort, Sport e apesar do que se possa pensar, isso não
Adaptative (ajusta as configurações ao implicou fazer demasiados compromissos
CONFORTO / TECNOLOGIA / estilo de condução e à estrada) - é um em termos dinâmicos, e como em tudo o
EXCLUSIVIDADE privilégio igualmente seu. resto (conforto, tecnologia e segurança)
Estradista por vocação e por excelência, o modelo mais baixo da gama Série 7
PREÇO / LISTA DE OPCIONAIS ELEVADA o 725d apresenta credenciais dinâmicas mantém todas as suas qualidades, é bem
mais do que suficientes para viagens su- provável que a aposta da marca germânica
MOTOR 4 CIL., INJ. DIRETA, TURBO, blimes e rápidas, se a pressa apertar. E dê os seus frutos.
1995 CM3 POTÊNCIA 231 CV / 4400 não é o facto do motor ter apenas quatro Só o preço elevado pode trair a jogada de
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LITROS VEL. MÁX. 245 KM/H

+

TESLA terem sido comprados à Mercedes. Num
habitáculo também com excelentes
» MODEL X 100D bancos dianteiros, ótima, a posição de
condução, embora com visibilidade
O FUTURO, HOJE traseira difícil. Problema, no entanto,
resolvido com a presença de sensores
Hoje em dia considerada uma referência na mobilidade elétrica, a americana Tesla já chegou e várias câmaras em redor do auto-
a Portugal, e com a proposta do momento: um SUV chamado Model X. O qual, mesmo com as móvel.
limitações decorrentes da dificuldade de carregamento, além de um preço pouco ‘amigável’, Excelente, a habitabilidade, graças a
facilmente comprova ser o futuro, hoje um espaço interior que é um verdadei-
ro mundo, permitindo, inclusivamente,
Francisco Cruz dado pelo multimilionário Elon Musk, excelentes materiais e sólida qualidade que o Model X possa ser proposto em
[email protected] o Tesla Model X. Uma espécie de SUV de construção. Da qual sobressaem dois três configurações: com cinco (2+3),
a romper com muitos dos conceitos ecrãs: o da instrumentação, totalmente seis (2+2+2) ou sete (2+3+2) lugares.
Jovem marca automóvel norte- aplicados a este tipo de automóveis. A digital e de fácil leitura, e o que preenche Sendo que, com cinco lugares, há muito
-americana, centrada na produ- começar pelo aspeto exterior, futurista, todo o painel central, de 17”, a cores e espaço e conforto na segunda fila, ape-
ção de veículos exclusivamente mas também com o melhor coeficiente tátil. Que, magnífico na utilização, de- sar de um lugar do meio mais estreito.
elétrica, a Tesla veio mexer com de aerodinâmica do segmento: apenas finição e intuitividade, concentra em si Também excelente, a capacidade de
um certo conservadorismo da 0,24 Cx. A que depois junta pormeno- tudo o que diz respeito ao automóvel. carga, com o Model X a oferecer 1.090
indústria automóvel mundial, res invulgares como as emblemáticas Botões, apenas quatro: dois rotativos litros na bagageira, através de um por-
propondo, hoje, aquilo que muitos acre- portas traseiras de abertura para cima no volante, um à esquerda do ecrã tátil tão elétrico sem chapeleira, mais 187
ditavam apenas poder surgir dentro de “Falcon Wings” - apenas necessitam de para ligar as luzes de emergência e litros, num alçapão por baixo do capot
alguns anos. 30 cm para abrir. outro à direita, para abrir o porta-luvas. dianteiro.
Exemplo desse facto é aquele que foi Já no interior, de acesso fácil, a mesma Já as hastes na coluna de direção e os Proposto com um equipamento em que
o primeiro modelo do construtor fun- imagem futurista, complementada por comandos dos vidros podiam disfarçar praticamente tudo é de série, além de
garantias de fábrica de 8 anos para a
bateria e unidade de acionamento, o
Tesla Model X que testámos contava
ainda com dois motores de 262 cv cada,
apoiados por uma caixa automática e
pack de baterias de 100 kWh, capazes
de garantir autonomias acima dos 400

>> autosport.pt/automais

47

FT/ F I C H A T É C N I C A

423 CV

ELÉTRICO

4,9 S

0-100 KM/H

22,5 kWh (AUTOSPORT)

100 KM

0

G/KM- CO2

116 430€

PREÇO VERSÃO ENSAIADA

CONFORTO / SISTEMA DE PROPULSÃO /
AUTONOMIA

CARREGAMENTOS / RECUPERAÇÃO
DE ENERGIA NA TRAVAGEM /
INEXISTÊNCIA DE CHAPELEIRA

MOTOR DOIS MOTORES (UM POR EIXO), DO TIPO
ELÉCTRICO, CORRENTE ALTERNADA
BATERIA DE IÕES DE LÍTIO, COM UMA CAPACIDADE
DE 100 KWH POTÊNCIA 423 CV / 311 KW
BINÁRIO 660 NM TRANSMISSÃO INTEGRAL,
AUT. SUSPENSÃO DUPLOS TRIÂNGULOS, MOLAS
PNEUMÁTICAS E BARRA ESTABILIZADORA À
FRENTE E ATRÁS; SUSPENSÃO PNEUMÁTICA
INTELIGENTE COM MEMÓRIA GPS TRAVAGEM DV/
DV PESO MÁXIMO 2 534 KG MALA 1090L ATRÁS
/ 187L À FRENTE AUTONOMIA 565 KM (CICLO
NEDC) TEMPO DE CARGA (HORAS) EM TOMADA
DOMÉSTICA: CARREGA 150 KM EM 8 HORAS; EM
TESLA CHARGER DOMÉSTICO OU DESTINATION
CHARGERS: CARREGA 80 KM NUMA HORA; EM
SUPERCHARGERS: CARREGA 270 KM EM 30
MINUTOS VEL. MÁX. 250 KM/H

km e acelerações dos 0 aos 100 km/h ligado à corrente), os ‘carregadores de da bateria em 30 minutos) ou, então, ins- em auto-estrada que o Model X melhor
em 4,9s! Isto, com os consumos a ron- destino’ em hotéis e centros comerciais talando um Tesla Charger em casa (80 se expressa. Por exemplo, através da uti-
darem os 22,5 kWh, ou seja, e tomando (até 100 km/hora), os Superchargers (80% km/hora). lização do famoso Autopilot, sistema de
em consideração o preço médio da Finalmente, e quanto à condução, o pri- condução (quase) 100% autónoma, capaz
electricidade, custos abaixo dos 2€, vilegiar claro do conforto em detrimento não só de assumir a condução por largos
para cada 100 km. da eficácia dinâmica, com o modelo ame- períodos, como até mesmo ultrapassar
Menos positivo, apenas a pouca capa- ricano a afirmar-se igualmente pelas e estacionar. Funcionando, em qualquer
cidade de regeneração de energia do prestações de verdadeiro desportivo. dos casos, de forma perfeita!
sistema e o tempo de carregamento Equipado com suspensão pneumática in- Afinal, apenas uma das muitas qualidades
em tomada doméstica - 24 horas não teligente na qual o condutor pode escolher que fazem deste Tesla Model X um veículo
chegam! A solução terá de ser os pos- entre cinco níveis de altura, mas também do futuro, embora apto e convincente
tos rápidos (cerca de 45 km por hora com uma direção com pouco feedback, é para os dias de hoje...

E/ Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma informação atual, rigorosa abordagem e de análise dos factos noti-
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 de Janeiro, tomóvel disputadas em território nacional e de qualidade, opinando sobre tudo o ciosos, com total abertura à interatividade
ESTATUTO Lei da Imprensa, publica-se o Estatuto e no estrangeiro, relata acontecimentos que se passa na área do automóvel e dos com a sua comunidade de leitores. 4. O
EDITORIAL Editorial da publicação periódica AutoSport: ligados à competição automóvel, bem como automobilistas, numa perspetiva plural, re- AutoSport pratica um jornalismo pautado
1. O AutoSport é um semanário dedicado temas que versam o automóvel como bem cusando o sensacionalismo e respeitando pela isenção, sem comprometimentos
ao automóvel e aos automobilistas, nas de consumo, tanto na área industrial como a esfera da privacidade dos cidadãos. 3. ou enfeudamentos, tendo apenas como
suas mais distintas vertentes: desporto e comercial. O AutoSport pauta as suas opções edito- pressuposto editorial facultar a melhor
competição, comércio, indústria, segurança 2. O AutoSport está comprometido com riais por critérios de atualidade, interesse informação e a melhor formação aos seus
e problemática rodoviária. O AutoSport o exercício de um jornalismo formativo e informativo e qualidade, procurando apre- leitores, seguindo sempre as mais elemen-
edita, semanalmente, conteúdos sobre as informativo e procura oferecer aos seus sentar aos seus leitores a mais completa tares normas deontológicas.

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