#2102 40
ANO 40
anos
11/04/2018
>> autosport.pt
2,35€ (CONT.)
DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES
FERRARIVETTEL VENCE GP DO BAHREIN DE F1
SOMA
E SEGUE
>> MERCEDES
COMPLETOU PÓDIO
>> PIERRE GASLY EXCELENTE 4º
>> MECÂNICO DA FERRARI FERIDO
>> ALEJANDRO MARTINS VENCE BAJA TT DE LOULÉ >> RUI RAMALHO TRIUNFA NA RAMPA DA PENHA
WRC SÉBASTIEN OGIER PRIMEIRO PÓDIO DO
VENCE RALI DACÓRSEGA ANO PARA MIGUEL
OLIVEIRA
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I/ I N S TA N TÂ N E O SIGA-NOS EM EDIÇÃO
#2102
11/04/2018
f l> > a u t o s p o r t . p t
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RECORDE Uma versão Evo do Porsche 919 Hybrid vencedor de Le Mans registou um novo recorde de pista em Spa-Francorchamps. Com Neel Jani José Luís Abreu
ao volante, os 7.004 m do traçados das Ardenas belgas foram percorridos em 1m41.770s, com o recorde de Lewis Hamilton a cair por 0.783s.
DIRETOR-EXECUTIVO
S/ SEMÁFORO EM DIRETO
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PARADO A ARRANCAR A FUNDO “Não acho que seja justificável
fazer essas perguntas de Oque se está a passar
Como é possível na Propostas da Liberty Receio da falta de merda e criar uma história com a Williams este ano
F1 tantos erros nas para o futuro da F1 ultrapassagens na do nada”, Sebastian Vettel, é mau demais para ser
boxes, desta feita com podem revolucionar F1 esbateu-se por verdade. Não vale a pena
consequências graves completo no Bahrein relativamente a uma pergunta feita por sequer falar dos grandes
modalidade um jornalista da F1 tempos da equipa de
Grove, porque a F1 é assim mesmo,
O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES NA ERA DIGITAL “Ficar fora duma corrida e sempre há-de ser. Umas vezes
tão cedo é a pior sensação, estamos nos píncaros, outros anos
Siga-nos nas redes sociais e saiba passaste o dia todo à espera a fio na mó de baixo. Num meio tão
tudo sobre o desporto motorizado no destas duas horas, e tudo competitivo, basta um ano ou dois
computador, tablet ou smartphone via acaba em dois minutos”, de más escolhas e torna-se difícil
facebook (facebook.com/autosportpt), dar a volta a um ciclo negativo.
twitter (AutosportPT) ou em Ricciardo sobre o seu abandono no Este pode rapidamente tornar-
>> autosport.pt Bahrein se no período mais negativo da
história, pois quando o seu carro
“Visto de fora, parecemos consegue ser bem pior que a sua
idiotas…”, Sergey Sirotkin, atual dupla de pilotos está tudo dito.
Já se calculava que Lance Stroll e
relativamente ao andamento dos Sergey Sirotkin não fossem a dupla
Williams no Bahrein de pilotos indicada para recolocar
a Williams a lutar pelo quarto lugar
“O sentimento é de frustração, dos construtores, mas pelo menos
por ter cometido um erro e não esperava-se que os dois jovens
ter podido lutar pela vitória”, continuassem a sua evolução.
Mas o que se vê é um monolugar
Sébastien Loeb, no fim do Rali da que não tem ponta por onde se lhe
Córsega pegue, e ver os Williams no fundo
da tabela de tempos e da grelha
de partida é mau demais para ser
verdade.
Esperava-se que Paddy Lowe
elevasse muito o nível da
engenharia em Grove, e tendo em
conta que por baixo do capot está
um motor Mercedes, a diferença
que existe para o meio do pelotão
(já nem falamos na frente) deve-se
exclusivamente ao chassis.
Contrataram o designer ex-Ferrari,
Dirk de Beer, Lawrence Stroll
tem posto dinheiro na equipa, os
russos também contribuíram bem,
portanto não é dinheiro que falta
hoje em dia, mas sim excelência.
Em Melbourne acreditava-se que
foi um momento mau, mas não,
pois o Bahrein confirmou os piores
receios…
4 F1/
FÓRMULA 1
GP DO BAHREIN 2 D E 2 1
VETTEL
VENCE NO
‘BRAÇO’
A Mercedes chegou ao Bahrein com uma derrota que se deveu
sobretudo a algum infortúnio, mas num Grande Prémio em que
os Flechas de Prata e os Ferrari estavam muito próximos em
termos competitivos, Sebastian Vettel fez a diferença, apesar
duma estratégia ‘comprometida’
Jorge Girão
[email protected]
O s homens da formação na grelha de partida ao inglês. para a nona posição com a penalização toque com Lewis Hamilton no início da
de Brackley deixaram A situação da Mercedes ficava menos que pendia sobre si. segunda volta. Resultado: um furo e
Melbourne com a ideia clara brilhante que o esperado, mas quando Vettel converteu a sua pole-position danos no diferencial que o obrigaram
de que tinham entre mãos o se foi verificando que os Ferrari pode- na liderança da prova, ao passo que abandonar, depois de ter passado pe-
carro mais competitivo do riam ser uma arma letal para a quali- Kimi Raikkonen deixava patinar em las boxes para trocar de pneus.
plantel, muito embora Lewis ficação, de repente, a equipa que em demasia as rodas do seu Ferrari, dei- Daniel Ricciardo parou em pista com
Hamilton tenha vindo sempre a avisar Melbourne parecia estar ligeiramente xando-se suplantar pelo seu con- problemas elétricos quando cumpria
que tirar conclusões apenas com uma à frente das suas rivais, subitamente, terrâneo da Mercedes, o que haveria a segunda volta, promovendo uma
corrida disputada não é muito fiável estava em desvantagem, tendo ainda de ser determinante para as opções situação de Safety-Car Virtual.
e, de facto, em Sakhir verificou-se por cima apenas um carro para se estratégicas da equipa de Brackley.
que os Ferrari, afinal, podem ser tão bater pela vitória – o de Valtteri Bottas. Entretanto, o cataclismo abatia-se ESTAVA FEITO O DIA DA RED BULL…
competitivos quanto os Mercedes. Os homens da Ferrari confirmaram as sobre a Red Bull que, no espaço de três Na cabeça da classificação, depois
Para dificultar ainda mais a vida à boas indicações dadas nos treinos-li- voltas ficava em situação de poder de ultrapassada a neutralização da
equipa do construtor germânico, a vres e asseguraram a primeira linha, desmontar as boxes a empacotar tudo corrida, Vettel cavou uma vantagem
caixa de velocidades do monolugar com vantagem para Vettel, relegando o para enviar para a China. confortável para Bottas, mas na déci-
de Lewis Hamilton ficara danificada finlandês da Mercedes para o terceiro Max Verstappen, que arrancou da 15ª ma quarta volta o finlandês começou a
durante o Grande Prémio da Austrália, posto, ao passo que Lewis Hamilton, posição depois de se ter despistado diminuir a diferença que o separava do
obrigando à sua substituição, o que estranhamente aquém das expetati- na Q1 devido a um problema na sua alemão, levando a que a Ferrari, apos-
valia uma penalização de cinco lugares vas, não ia além do quarto lugar, caindo unidade de potência, envolveu-se num tada numa tática de duas paragens,
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reagisse e chamasse o tetracampeão e esperar que aguentassem a restante 200 depois voltar a crescer para os oito,
às boxes na décima oitava volta, repe- corrida. estavam cumpridas quarenta e três
tindo a manobra com Raikkonen logo A primeira opção não parecia ser pos- o número de Grandes Prémios voltas.
na volta seguinte. sível, deixando no ar a possibilidade de, disputados por Sebastian Vettel Entretanto, na tentativa de dividir es-
Ambos os homens da Scuderia troca- pelo menos, tentar o impossível com tratégias e poder estar numa posição
ram os supermacios que usaram na Vettel – realizar trinta e nove voltas de força, caso a tática de uma paragem
Q3, e na primeira parte da prova, por com pneus macios, contrariando o não resultasse, a Ferrari chamou às
macios, o que significava que teriam indicado pela Pirelli. boxes Raikkonen na trigésima quinta
de realizar mais um pit-stop, uma vez A diferença entre os dois primeiros volta para montar pneus supermacios,
que segundo a Pirelli, este composto cifrava-se em sete segundos, tendo mas a paragem foi um desastre. Foi
não faria mais de trinta voltas. a Mercedes deixado Hamilton, que dada ordem para arrancar ao finlandês
Foi então que a Mercedes jogou a sua já chegara ao quarto posto, em pista antes da operação estar completa,
cartada – e bem – chamando Bottas às para poder atrapalhar o alemão, o que lesionando um mecânico e ditando o
boxes na vigésima volta para o equipar acabou por não ser verdadeiramente abandono do Campeão do Mundo de
com borrachas médias, deixando a um problema para Vettel, que se viu 2007, que não chegou sequer a sair da
sua adversária num dilema – atacar a livre rapidamente do seu adversário. via das boxes.
fundo para cavar uma vantagem que No entanto, a vantagem que detinha Um contratempo para a Ferrari, que,
permitisse aos seus pilotos realizar para Bottas foi caindo consistente- no entanto, continuava com um carro
mais uma paragem, ou gerir os pneus mente até aos quatro segundos, para na liderança, parecendo cada vez mais
F1/
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GP DO BAHREIN 2 D E 2 1
M/ MOMENTO F/ FIGURA
PARAGEM DE BOTTAS - Ao atrasar a paragem VETTEL - O alemão esteve ao seu melhor nível
do finlandês, para depois da de Vettel, a no GP do Bahrein e, mesmo tendo ficado em
Mercedes deixou a Ferrari sem a possibilidade desvantagem tática face a Bottas, conseguiu
de reagir aos pneus médios que montou no manter-se na primeira posição, apesar de ter fi-
carro de Bottas, que assim deixava claro que cado sem pneus a dez voltas da bandeirada de
faria apenas uma paragem nas boxes. A Scude- xadrez. A forma como Vettel se apresentou em
ria ficou assim sem grandes opções táticas, Sakhir demonstra a determinação necessária
cabendo ao seu piloto fazer ‘sobreviver’ os para vencer títulos e o triunfo do passado
seus pneus macios até ao fim da corrida, para fim-de-semana é um verdadeiro aviso a Lewis
vencer a prova de Sakhir, o que sucedeu. Hamilton para a luta pelo cetro deste ano.
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VER MAIS FOTOS DA
PROVA AUTOSPORT.PT Grande Prémios consecutivos a pontuar, PIERRE GASLY resultado desde que regressou
para Hamilton O francês foi uma das estrelas da à categoria máxima do desporto
Sebastian Vettel e corrida de Sakhir e ter sido votado automóvel em 2015.
a Ferrari venceram 24,5% pelo público o ‘piloto do dia’ foi um
o seu segundo título que lhe assentou que nem uma MARCUS ERICSSON
Grande Prémio A percentagem de vitórias luva. O sueco já não pontuava desde o GP de
consecutivo, mas a de Vettel na Fórmula 1 Gasly aproveitou um novo pacote Itália de 2015, mas em Sakhir esteve
Mercedes delineou técnico da Toro Rosso para se assumir ao seu melhor nível, superiorizando-se
uma estratégia que como o ‘melhor dos outros’, sendo ao bem cotado Charles Leclerc na
esteve muito perto de apenas batido pelos pilotos das ‘Três qualificação, ao assegurar o décimo
resultar... Grandes’ na qualificação, ao passo sétimo lugar na grelha de partida.
que Brendon Hartley não foi além do Um bom arranque e uma corrida sólida
décimo primeiro posto na grelha de e consistente, durante a qual teve de
partida. escolher bem a batalhas em que se
Na corrida, viu-se ultrapassado empenhava devido a uma estratégia
inicialmente por Kevin Magnussen, de apenas uma paragem nas boxes,
mas contra-atacou o piloto da Haas, guindaram-no para os pontos,
recuperando o lugar de líder do beneficiando ainda dos abandonos
segundo pelotão, que se transformou que ocorreram à sua frente.
em quarto posto com os abandonos O resultado de Ericsson permitiu
dos pilotos da Red Bull e de Kimi ainda que uma equipa com ‘Alfa
Raikkonen. Romeo’ na sua nomenclatura
Com uma performance adulta, Gasly voltasse aos pontos desde o GP
conquistou os seus primeiros pontos da Europa de 1984, disputado em
na F1 e ofereceu à Honda o seu melhor Nurburgring.
-/ MENOS
seguro de que Vettel não voltaria a pa- ponto final na ofensiva da Mercedes. RED BULL WILLIAMS
rar novamente, apesar das borrachas Vettel vencia assim o GP do Bahrein, A formação de Milton Keynes chegava A equipa fundada por Frank Williams
que tinha montado no seu monolugar. muito embora tenha realizado as dez a Sakhir com a vontade de se imiscuir e Patrick Head teve uma passagem
A Mercedes, não crendo no impossível, últimas voltas da prova com os pneus no duelo entre a Ferrari e a Mercedes negativa pelo Grande Prémio do
só demasiado tarde deu ordem a Bottas ‘nas lonas’, como o próprio assegurou. e as indicações deixadas nas sessões Bahrein.
para recuperar face a Vettel, come- Hamilton, o mais rápido na fase final de treinos-livres deixavam no ar a Na qualificação Lance Stroll não foi
çando a reduzir a sua desvantagem da prova, até por que realizou a sua possibilidade de em corrida estar ao além do último lugar da grelha de
partir da 44ª volta. Apesar de pilotar única paragem oito voltas depois de nível das duas equipas que têm vindo partida, ao passo que Sergey Sirotkin
com pinças para poupar os pneus, Vettel, terminou no terceiro posto. Um a dominar as corridas do último ano. se quedou pelo décimo oitavo posto,
Vettel foi contrariando a perseguição resultado valioso, mas que não con- No entanto, tudo começou a correr ficando evidente que o FW41 Mercedes
do finlandês, tendo este chegado ao traria mais um triunfo do seu rival na mal logo na qualificação, quando era o carro menos competitivo do
escape da Ferrari apenas na 55ª de corrida ao título num dia em que, uma Max Verstappen, na Q1, não evitou plantel.
57 voltas. vez mais, não estava em vantagem, pião, embatendo nas barreiras de Na corrida a situação não melhorou,
No entanto, então também os pneus de assinando uma performance digna de proteção, ao ser alvo de um pico de os dois jovens pilotos da Williams
Bottas estavam ‘mortos’ e uma trava- quem está determinado em assegurar potência de 150 cv quando saía da rodaram nas últimas posições e só
gem queimada acabou por colocar um o seu quinto ceptro. Curva 1. fugiram aos últimos lugares graças às
Na corrida, o holandês envolveu-se penalizações de Pérez e Hartley.
num toque com Lewis Hamilton, É evidente que o Williams Mercedes
sofrendo um furo para abandonar deste ano é um passo atrás
pouco depois devido problemas no relativamente ao seu antecessor,
diferencial. pelo menos para já. Para colocar
Paralelamente, e enquanto a equipa a situação da equipa de Grove em
reagia ao incidente de Verstappen, perspetiva, a melhor marca Sirotkin na
Ricciardo parou em pista com qualificação ficou aquém do registo
problemas elétricos, desistindo. de Felipe Massa na Q1 do ano passado.
Foi um fim-de-semana para esquecer Numa época em que se verifica uma
para uma equipa que pretende evolução generalizada de todas as
bater-se na luta pelos títulos com a equipas, fica bem patente a crise que
Mercedes e a Ferrari. se vive na Williams.
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GP DO BAHREIN 2 D E 2 1
A SURPRESA DE GASLY A quase quatro segundos do gaulês,
Quando equipas e pilotos chegar- Magnussen ainda antecipou a sua
am a Sakhir poucos vaticinavam um espetacular sexto registo na surpreendido pelo piloto da Haas, mas primeira paragem nas boxes (14º volta)
que a Toro Rosso poderia estar sessão que definiu a grelha de partida, não baixou os braços e com deter- na tentativa de realizar o ‘undercut’ ao
na luta pelos lugares cimeiros beneficiando da penalização de Lewis minação e agressividade recuperou piloto do Toro Rosso, mas este reagiu
do segundo pelotão, apontando como Hamilton para arrancar do quinto lugar. a liderança do segundo pelotão que, duas voltas depois, terminando com
principais protagonistas nessa batalha Era evidente que o Toro Rosso Honda, com os abandonos dos pilotos da Red qualquer veleidade do homem da Haas.
a Renault, a Haas e a McLaren, dado os pelas mãos de Gasly, era uma máquina Bull e de Kimi Raikkonen, se haveria A partir de então estava claro que ap-
resultados verificados em Melbourne, competitiva fruto de um novo pacote de transformar num quarto posto. enas a fiabilidade poderia bater Gasly,
até porque os pilotos da equipa de aerodinâmico introduzido pela for- Depois de ultrapassada a situação de mas desta feita a unidade de potência
Faenza não tiveram uma passagem mação de Faenza e de algumas modi- Safety-Car Virtual, para recuperar o da Honda funcionou como um relógio
fácil pela prova australiana. ficações realizadas pelos japoneses no imóvel Red Bull de Ricciardo, Gasly suíço, permitindo ao jovem da equipa
No entanto, desde as sessões de tre- seu V6 turbohíbrido. foi-se afastando do dinamarquês con- de Faenza terminar no quarto lugar
inos-livres que Pierre Gasly mostrou Na corrida, o francês teve de se haver sistentemente, demonstrando que o com quase 13 segundos de vantagem
uma competitividade assinalável, com Kevin Magnussen nos primeiros seu ritmo era inalcançável para os para Kevin Magnussen.
sendo uma figura constante entre momentos de prova, depois de ter sido seus perseguidores. Sem possibilidades de se chegar aos
os 10 primeiros, ao passo que o seu dois homens que circulavam à sua
colega de equipa, Brendon Hartley, frente, Nico Hulkenberg teve nos seus
ocasionalmente constou também no espelhos Fernando Alonso na ponta
top 10. final da prova, mas sem que o espanhol
Ainda assim, esperava-se que na tivesse argumentos para suplantar o
qualificação, quando fosse necessária alemão, manteve o sexto posto, termi-
toda a performance das unidades de nando o piloto da McLaren na posição
potência, os pilotos da Toro Rosso seguinte.
fossem relegados para posições mais Stoffel Vandoorne teve um início de
secundárias. corrida difícil, chegando a rodar no
Porém, surpreendentemente, o francês 18º oitavo lugar, mas recuperou bem,
manteve a sua performance e assinou superando Marcus Ericsson, um dos
quatro pilotos a adoptar uma estraté-
gia de uma paragem, a cinco voltas da
bandeirada de xadrez para terminar
em oitavo.
Esteban Ocon deu os primeiros pontos
à Force India esta temporada, assegu-
rando o 10º posto ao ultrapassar Carlos
Sainz a três voltas do final da corrida,
tendo o espanhol realizado uma prova
aquém do esperado.
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PÉREZE HARTLEYDEBAIXODEOLHO
Sergio Pérez e Brendon Hartley estiveram
sob forte escrutínio dos Comissários
Desportivos, tendo recebido penalizações.
Na saída para a volta de aquecimento o
neozelandês foi lento a sair da grelha e
foi ultrapassado pelo mexicano. Este não
mostrou intenção de ceder a posição ao seu
rival, ao passo que o jovem da Toro Rosso
não recuperou o seu lugar e não entrou nas
boxes antes da linha de Safety-Car, como
qualquer piloto que esteja fora da sua
posição deverá fazer para arrancar da via
das boxes.
Qualquer um deles foi penalizado com 30
segundos no seu tempo de corrida, tendo
ainda Hartley visto registados na sua
superlicença dois pontos.
O duo seria protagonista de um toque logo
no arranque, quando o neozelandês falhou
a travagem, enviando Pérez para um pião.
O piloto da Toro Rosso foi penalizado com
um stop & go de 10 segundos, por ter sido
considerado o culpado do incidente.
No final, o homem da Force India ficaria
classificado no 16º sexto posto, seguido de
Hartley.
ENTRE FELICIDADE E O PESADELO
DEPOIS DA FOME A FARTURA A Ferrari saiu de Sakhir com uma vitória, assistido em plena boxe, seguiu para o
mantendo-se invencível esta temporada, hospital onde lhe foi diagnosticado uma
Depois dos alarmes terem soado em Melbourne devido ao baixo número mas nem tudo correu bem à Scuderia que fractura dupla numa perna, tendo sido
de ultrapassagens, o Grande Prémio do Bahrein mostrou que, para já, não durante uma paragem nas boxes perdeu alvo de um intervenção cirúrgica.
existem motivos para alarme após uma corrida em que as trocas de posições um carro e viu um dos seus mecânicos Raikkonen não saiu sequer do pit-lane,
ocorreram recorrentemente. sofrer uma lesão. abandonando, ao passo que a Ferrari
Lewis Hamilton terá sido o protagonista da manobra mais vistosa, quando Kimi Raikkonen estava na luta pelos sofreu uma multa de 50 mil euros por ter
suplantou Fernando Alonso, Esteban Ocon e Nico Hulkenberg de uma só vez, lugares do pódio quando entrou nas enviado para a pista um dos seus carros
estavam decorridas cinco voltas, subindo de nono a sexto. boxes para trocar de pneus pela de uma forma que colocou em risco
A prova do Skahir demonstrou que, muito embora os carros atuais não segunda vez – durante a qual estava membros da equipa e causado uma lesão.
sejam os mais amigos das batalhas roda com roda, também os circuitos são planeado substituir borrachas macias O Campeão do Mundo de 2007, que
determinantes para que possamos assistir a ultrapassagens. por supermacias. Contudo, o finlandês perdeu um potencial pódio, tinha já
Após o Grande Prémio da Austrália houve movimentações para introduzir foi mandado arrancar demasiado cedo, passado por uma situação semelhante
medidas que motivem o aparecimento de oportunidades para ultrapassagens quando o pneu traseiro/esquerdo não na segunda sessão de treinos-livres,
com o intuito de serem aprovadas até ao final do mês. Até lá não é necessária tinha ainda sido trocado. quando foi enviado para a pista com uma
a unanimidade das equipas para que o regulamento técnico possa ser Ao arrancar, o finlandês colheu um dos roda mal apertada. Então a Ferrari foi
alterado, mas as intenções de Ross Brawn não colheram grande apoio. seus mecânicos que, depois de ser multada em 5 mil euros.
No entanto, após a prova de Sakhir talvez tenha ficado claro que não são
necessárias medidas de urgência e que 2021 será o momento certo para
implementar um plano mais profundo.
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OS PLANOS DALIBERTY
ALiberty apresentou durante
o Grande Prémio do Bahrein permitir a diferenciação entre os car- direitos comerciais. As ‘equipas históri- ser de cerca de 150 milhões de euros
os seus planos para o novo ros – algo que a Ferrari considera ser cas’ continuarão a ser gratificadas, mas tocando todos os aspectos de perfor-
Acordo da Concórdia, que toca primordial – mas admite que alguns segundo alguns rumores com quantias mance do carro, deixando de parte ações
em quatro áreas-chave, tendo componentes, pouco relevantes para bastante inferiores, crendo-se que a de marketing e vencimentos de pilotos
sido recebido no paddock com os adeptos, serão uniformizados. Ferrari, que atualmente recebe mais de e técnicos.
alguma cautela. A distribuição de receitas será refeita 100 milhões de euros, passaria a auferir Com o intuito de colocar os adeptos no
Era aguardada com grande expetativa a de acordo com meritocracia de per- apenas de cerca de quarenta milhões. centro da Fórmula 1, serão igualmente
estratégia da Formula One Management, formance, recompensando o sucesso A Liberty pretende igualmente intro- implementadas medidas para catalisar
uma vez que já se percebera que, pelo das equipas, assim como o detentor dos duzir um teto orçamental que se crê as ultrapassagens.
menos, a Ferrari e a Mercedes poderiam
mostrar alguma resistência aos intentos
da entidade que gere os destinos comer-
ciais da Fórmula 1, tendo até acenado
com a possibilidade de abandonar a
categoria no final de 2020.
As unidades de potência são um dos fo-
cos da atenção da Liberty, pretendendo
introduzir uma fórmula, já avançada, que
as simplifique, passando pela eliminação
do MGU-H – o sistema híbrido de recu-
peração de energia através dos gases
de escape – opção que não agrada às
duas equipas que atualmente dominam
as corridas. Esta medida entronca na
necessidade de tornar os motores mais
simples e baratos de modo a poder aliciar
novos construtores para a Fórmula 1.
Ainda nos regulamentos técnicos, a
Liberty apontou que continuará a
MEDIDAS ESTRATÉGICAS-CHAVE
UNIDADES DE POTÊNCIA REGULAMENTO TÉCNICO E DESPORTIVO Zak Brown (McLaren): “No geral, as impressões são
As unidades de potência terão de ser mais Os carros terão de permitir competição roda com roda para muito positivas e a direção que estão a tomar é a
correta… Todos reconhecemos que a categoria se
baratas, simples, audíveis, mais potentes e reduzir a aumentar as oportunidades de ultrapassagem. inicia com os seus adeptos, e é nisso que a Liberty se
necessidade de penalizações na grelha de partida. A tecnologia de engenharia deverá manter-se um pilar, mas está a focar. Se os adeptos forem beneficiados todos
beneficiamos. Penso que reconhecemos que a categoria
Têm de continuar a ser relevantes para os carros de as qualidades dos pilotos deverão ser um fator predominante não está onde deveria estar hoje, portanto, o nosso
estrada, híbridas, e permitir aos construtores construir na performance do carro. objetivo é melhorar o espectáculo.
unidades de potência únicas e originais. Isto significa que vamos ter de realizar compromissos
Os carros deverão, e continuarão, a ser diferentes uns de diversos níveis, mas penso que no final chegaremos
O novo regulamento de unidades de potência terá dos outos e manter diferenciadores de performances, onde queremos. Estamos entusiasmados com o futuro
de ser atrativo para novos construtores e para as como a aerodinâmica, suspensão e unidade de potência. No da Fórmula 1.”
equipas-cliente, que terão de ter acesso a performance entanto, áreas não relevantes para os adeptos têm de ser
equivalente às equipas oficiais. uniformizadas. Claire Williams (Williams): “Voltei a pensar ‘vamos
abrir uma garrafa de champagne’, dado que, da nossa
CUSTOS GOVERNAÇÃO perspectiva, se este regulamento é aplicado e a FOM
A forma como se gasta o dinheiro deverá ser mais Uma estrutura simples e ágil entre equipas, FIA e a Fórmula fizer tudo que nos apresentou, sei que a Williams está
salva.
decisiva que a quantidade de dinheiro que se gasta. 1 deverá ser instituída. É inevitável que, quando estamos a falar de um teto
Apesar de existirem elementos uniformizados, a orçamental serão sempre as equipas maiores as mais
AS REACÇOES visadas. Mas não tenho pena delas, tiveram dez ou vinte
diferenciação dos carros deverá manter-se como um Toto Wolff (Mercedes): “É um bom ponto de partida, dado que anos muito bons na Fórmula 1, venceram tudo, nós não.
valor-chave. pelo menos, agora, podemos aferi-lo (n.d.r.: o plano), verificar Estivemos a lutar para sobreviver.”
o que gostamos, o que não gostamos, o que é realizável, o que
Implementação de um teto orçamental que mantenha não é. É um ponto de partida. Guenther Steiner (Haas): “Estamos muito positivos
a Fórmula 1 como o pináculo do desporto automóvel Mas se olharmos para os detalhes, penso que temos de depois da reunião. Penso que foi muito bom, a
com tecnologia de ponta. trabalhar com a Liberty e encontrar um compromisso… Como apresentação correu muito bem.
consequência, temos de perceber de que forma podemos Todos vão e voltam com questões, mas penso que o
RECEITAS encontrar um compromisso, essa é a nossa prioridade ponto que temos de mudar é atrair pessoas, atrair
O novo critério de distribuição de receitas deverá principal, dado que é uma grande plataforma e não queremos novos adeptos, fazermos o que temos de fazer para
dizer ‘agora vamos fazer outra coisa’, não é o momento certo.” tornar a Fórmula 1, a categoria líder no desporto a nível
ser mais equilibrado, baseado na meritocracia da mundial.”
performance e recompensar o sucesso das equipas e do Christian Horner (Red Bull): “O propósito era definir o
detentor dos direitos comerciais. pensamento da Liberty. O aspeto positivo é que estão focados
nos fãs, em criar um melhor espetáculo e uma Fórmula 1 mais
O valor único das equipas históricas terá de ser acessível. Mas como sempre, o problema são os detalhes.”
reconhecido.
Distribuição de receitas pelos fornecedores de carros
e de motores.
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C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
GP DO BAHREIN PROVA 2 DE 21 PROVA TEMPO
BAHREIN VOLTAS
VOLTA MAIS RÁPIDA
08/04/2018 GERAL
VEL. MÁXIMA
5.412 KM 57 308.238 KM SEXTA SÁBADO DOMINGO GERAL
BOX
PERÍMETRO VOLTAS DISTÂNCIA TOTAL 1 SEBASTIAN VETTEL FERRARI SF71H 1:32:01.940 57 1:34.453 7 321.9 KM/H 14 1
2 VALTTERI BOTTAS MERCEDES W09 EQ POWER+ +0.699S 57 1:33.740 1 333.4 KM/H 3 1
TREINOS LIVRES GRELHA DE PARTIDA 3 LEWIS HAMILTON MERCEDES W09 EQ POWER+ +6.512S 57 1:33.953 2 333.0 KM/H 4 1
1 SEBASTIAN VETTEL 4 PIERRE GASLY TORO ROSSO STR13/HONDA +62.234S 57 1:34.863 11 324.6 KM/H 9 2
FERRARI
1:27.958 Q3 5 KEVIN MAGNUSSEN HAAS VF-18/FERRARI +75.046S 57 1:34.327 5 323.9 KM/H 11 2
1.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 6 NICO HULKENBERG RENAULT RS18 +99.024S 57 1:34.667 9 322.4 KM/H 12 2
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 7 FERNANDO ALONSO MCLAREN MCL33/RENAULT +1 VOLTA 56 1:34.168 4 321.1 KM/H 16 2
1 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING 1:31.060 8 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN MCL33/RENAULT +1 VOLTA 56 1:35.131 16 322.1 KM/H 13 2
2 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.304S 2 KIMI RÄIKKÖNEN 9 MARCUS ERICSSON SAUBER C37/FERRARI +1 VOLTA 56 1:35.093 15 324.0 KM/H 10 1
FERRARI
3 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.398S 1:28.101
4 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.410S 10 ESTEBAN OCON FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +1 VOLTA 56 1:35.043 12 330.7 KM/H 7 2
5 LEWIS HAMILTON MERCEDES +1.212S 3 VALTTERI BOTTAS 11 CARLOS SAINZ RENAULT RS18 +1 VOLTA 56 1:35.535 18 335.5 KM/H 2 2
MERCEDES
6 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +1.456S 1:28.124 12 SERGIO PEREZ FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +1 VOLTA 56 1:35.075 14 332.5 KM/H 5 2
7 PIERRE GASLY TORO ROSSO +1.719S 13 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO STR13/HONDA +1 VOLTA 56 1:34.689 10 316.1 KM/H 17 2
8 CARLOS SAINZ RENAULT +1.825S 4 DANIEL RICCIARDO 14 CHARLES LECLERC SAUBER C37/FERRARI +1 VOLTA 56 1:35.058 13 326.9 KM/H 8 2
RED BULL RACING
9 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +1.911S 1:28.398
10 NICO HULKENBERG RENAULT +2.044S 15 ROMAIN GROSJEAN HAAS VF-18/FERRARI +1 VOLTA 56 1:34.053 3 340.0 KM/H 1 3
11 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +2.163S 5 PIERRE GASLY 16 LANCE STROLL WILLIAMS FW41/MERCEDES +1 VOLTA 56 1:35.266 17 331.2 KM/H 6 2
TORO ROSSO HONDA
12 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2.218S 1:29.329 17 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS FW41/MERCEDES +1 VOLTA 56 1:34.563 8 321.7 KM/H 15 2
13 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +2.304S NC KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI SF71H PROB. BOXES 35 1:34.337 6 304.8 KM/H 19 1
14 LANCE STROLL WILLIAMS +2.319S 6 KEVIN MAGNUSSEN
HAAS FERRARI
15 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +2.407S 1:29.358 NC MAX VERSTAPPEN RED BULL RB14/TAG HEUER DANOS ACI. 3 311.9 KM/H 18 2
16 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +2.437S NC DANIEL RICCIARDO RED BULL RB14/TAG HEUER MOTOR 1 296.9 KM/H 20
17 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2.448S 7 NICO HULKENBERG
RENAULT
18 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +2.602S 1:29.570
19 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +2.734S AUSTRÁLIA
BAHREIN
20 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING CHINA
AZERBEIJAO
2.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 8 ESTEBAN OCON ESPANHA
FORCE INDIA MERCEDES MÓNACO
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1:29.874 CANADÁ
FRANÇA
ÁUSTRIA
GRÃ-BRETANHA
ALEMANHA
HUNGRIA
BÉLGICA
ITÁLIA
SINGAPURA
RÚSSIA
JAPÃO
EUA
MÉXICO
BRASIL
ABU DHABI
1 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI 1:29.817 9 LEWIS HAMILTON
MERCEDES
2 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.011S 1:28.220 PILOTOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
3 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.563S
4 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0.655S 10 CARLOS SAINZ 1 S. VETTEL 25 25 50
RENAULT
5 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.928S 1:29.986 2 L. HAMILTON 18 15 33
6 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +0.934S 11 BRENDON HARTLEY Q2 3 V. BOTTAS 4 18 22
TORO ROSSO HONDA
7 NICO HULKENBERG RENAULT +1.403S 1:30.105 4 F. ALONSO 10 6 16
8 PIERRE GASLY TORO ROSSO +1.415S
9 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +1.465S 5 K. RAIKKONEN 15 15
10 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +1.605S 12 SERGIO PEREZ 6 N. HULKENBERG 6 8 14
FORCE INDIA MERCEDES
11 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +1.774S 1:30.156 7 D. RICCIARDO 12 12
12 CARLOS SAINZ RENAULT +1.784S 8 P. GASLY - 12 12
13 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.992S 13 FERNANDO ALONSO 9 K. MAGNUSSEN - 10 10
MCLAREN RENAULT
14 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +2.051S 1:30.212
15 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +2.152S 10 M. VERSTAPPEN 8 8
16 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2.555S 14 STOFFEL VANDOORNE 11 S. VANDOORNE 2 4 6
MCLAREN RENAULT
17 LANCE STROLL WILLIAMS +2.565S 1:30.525 12 M. ERICSSON - 2 2
18 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +2.657S 13 C. SAINZ 1 1
19 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2.916S 15 MAX VERSTAPPEN
RED BULL RACING
20 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +3.091S 14 E. OCON - 1 1
Q1 15 S. PEREZ - 0
3.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 16 ROMAIN GROSJEAN 16 C. LECLERC - 0
HAAS FERRARI
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1:30.530 17 L. STROLL - 0
1 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI 1:29.868 18 B. HARTLEY - 0
2 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.525S
3 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +0.584S 17 MARCUS ERICSSON
SAUBER FERRARI
4 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0.823S 1:31.063
5 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.851S
6 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.913S 18 SERGEY SIROTKIN
WILLIAMS MERCEDES
7 NICO HULKENBERG RENAULT +1.276S 1:31.414 EQUIPAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
8 CARLOS SAINZ RENAULT +1.332S 1 FERRARI 40 25 65
9 PIERRE GASLY TORO ROSSO +1.570S 19 CHARLES LECLERC
SAUBER FERRARI
10 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +1.577S 1:31.420 2 MERCEDES 22 33 55
11 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +1.592S 3 MCLAREN 12 10 22
12 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +1.645S 20 LANCE STROLL 4 RED BULL RACING 20 - 20
WILLIAMS MERCEDES
13 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.686S 1:31.503 5 RENAULT 7 8 15
14 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +1.696S
15 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +1.869S 6 TORO ROSSO - 12 12
16 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +1.991S 7 HAAS F1 - 10 10
17 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +1.992S 8 SAUBER F1 - 2 2
18 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2.179S Nota - Hamilton penalizado 5 9 FORCE INDIA - 1 1
posições por troca de cx.
19 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +2.595S 10 WILLIAMS 0
de velocidades não prevista
20 LANCE STROLL WILLIAMS +2.997S
PONTUAÇÃO 1.º 25 PTS 2.º 18 PTS 3.º 15 PTS 4.º 12 PTS 5.º 10 PTS 6.º 8 PTS 7.º 6 PTS 8.º 4 PTS 9.º 2 PTS 10.º 1 PT
12 WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - CÓRSEGA
RALI DA
CÓRSEGA
OGIER
IMPARÁVEL
Há muito que não se via uma performance tão dominadora
no WRC. Sébastien Ogier atacou desde o início e demorou
muito pouco aos adversários a verem o francês de binóculos.
Sébastien Loeb saiu de estrada, o mesmo sucedendo a Kris
Meeke e Jari-Matti Latvala. A ‘malta’ mais antiga anda a
fraquejar...
Martin Holmes com José Luís Abreu
[email protected]
FOTOGRAFIA @WORLD/ A.LAVADINHO/ A.VIALATTE
“OnattendaitPlatini,cáfuDomer- voltou a não conseguir brindar-nos com a frente. Os Toyota começaram inconsis- que não teve adversários à altura. Sem
gue”. Nunca mais me esqueci ansiada luta com Ogier. Nem nunca vamos tentes, mas melhoraram muito durante o mínimo problema ou susto, venceu
desta expressão que li numa saber se o conseguiria nesta prova, pois a prova. Quanto à M-Sport Ford, Ogier foi com (demasiada) facilidade, e voltou a
revista sobre o Euro 1984, onde apesar de ter ganhado alguns troços, claro: “Progredimos, o carro é mais rápido destacar-se no campeonato.
Portugal brilhou até cair nas quando regressou no segundo dia, nessa que o ano passado”. Aliás, tem-se visto
meias-finais com a França. Es- altura já Ogier ‘vivia dos rendimentos’. isso, três triunfos em quatro ralis! LOEB DUROU POUCO
perávamos um livre do Platini, mas foi o Esta prova foi propícia a vários pilotos de Apesar de tudo a Hyundai lidera os Sébastien Loeb era um dos destaques
‘outro’ que nos saiu na rifa, e neste rali, top terem acidentes. Primeiro foi Loeb, Construtores, quatro pontos na frente desta prova, mas depois de ter ficado
que achávamos perfeito para Sébastien depois Latvala ‘rebentou’ com o roll bar da M-Sport, e Ogier tem agora 17 pontos afastado da luta pelo triunfo no México
Loeb ‘afrontar’ Ogier, nada disso sucedeu. do seu Yaris e por fim Meeke ouviu um de avanço enquanto espera a decisão do na sequência de um furo, desta feita dei-
O que vimos foi uma lebre ficar presa ‘5’ onde devia ter estado um ‘3’. Tal como apelo face ao que sucedeu no México. tou tudo a perder quando se despistou
numa ratoeira, outra ‘pirar-se’ a grande disse depois, as leis da física não perdoam. Sébastien Ogier dominou por completo logo no início da PE2, ficando desde logo
velocidade, e uma data de tartarugas a Em asfalto limpo e seco, muitos pilotos o Rali da Córsega, abrindo uma margem afastado da luta pela vitória. Regressou no
correr entre si pelo pódio. andaram às ‘aranhas’ com as afinações grande desde o primeiro troço, passando a segundo dia, venceu troços, mas passou
Passe o exagero e fique a ideia, na segunda dos seus carros. Por exemplo, os Hyundai, controlar no início do segundo dia, gerindo somente a divertir-se ao invés de com-
tentativa de três previstas este ano, Loeb sempre com o mau hábito de fugirem de depois a seu bel prazer uma prova em petir. Quando lhe perguntaram no final
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13
COMENTÁRIO
DO VENCEDOR
OGIER
“Fizemos grandes progressos desde
o ano passado, mas neste desporto
não conseguimos fazer nada sozin-
hos, é sempre um trabalho de eq-
uipa. Toda a energia que colocámos
no desenvolvimento do carro desde
o ano passado está agora a dar
frutos, já o vimos no México, onde
demos um bom salto qualitativo em
pisos de terra e agora voltámos a
vê-lo no asfalto da Córsega. E isto é
muito positivo para o futuro. Estou
muito contente, foi uma grande
performance, mas sinceramente es-
perava mais competição, mais luta.
Aqui as margens são normalmente
curtas e fazer aquela diferença logo
desde o início foi uma grande sur-
presa para mim. Vamos na direção
certa, e parece-me que progredimos
mais que os outros. Agora há que
continuar assim. Por outro lado o
trabalho que estamos a fazer com a
Ford vai dar frutos, mas leva tempo.
O desenvolvimento foi um ponto
chave para ter ficado na M-Sport,
mas estou feliz em perceber que o
esforço está a valer a pena”
do rali se seria capaz de se bater com os 3 significativo a todos: “Não me posso quei- Perdeu mais de um minuto para a frente
seus adversários caso não tivesse saído xar muito pois a Córsega sempre foi o meu do rali logo no primeiro dia de prova, e o
de estrada, respondeu que não sabia, mas TRÊS VITÓRIAS EM QUATRO RALIS, DE evento mais fraco e um segundo lugar mais estranho de tudo é que termina a
percebeu-se claramente ter ritmo. Nunca SÉBASTIEN OGIER, ESTE ANO, MAIS não é nada mau”. etapa atrás de Lappi, que nunca tinha
iremos saber se poderia acompanhar UMA DO QUE O ANO PASSADO EM TODA A Thierry Neuville foi terceiro. Na fase inicial guiado um WRC na Córsega. Acabou por
Ogier, mas desconfiamos seriamente se TEMPORADA lutou com falta de performance do carro, subir posições devido a azares alheios:
houvesse alguém que o tivesse, na Cór- bem diferente do ritmo que lhe valeu o “Estou desapontado, lutámos muito com
sega, era ele. Foi pena! triunfo no ano passado. Começou com o carro, embora no fim o resultado não
Grande prova realizou Ott Tanak. Ape- problemas nos travões, tentou apontar tenha sido mau”.
sar de um mau começo, afinal era a sua para o segundo lugar, mas nem isso con- Elfyn Evans, que corria com um novo na-
primeira vez com o Toyota Yaris WRC seguiu. A sensação que fica é que os ad- vegador, Phil Mills, foi quinto e não era fácil
em asfalto, foi aprendendo e evoluindo, versários cresceram, e a Hyundai marcou fazer muito melhor, e muito provavelmen-
fez alterações a meio do primeiro dia, e passo: “Não conseguimos lutar e temos te não o faria, mesmo com o navegador
passou de quarto para segundo. Só não de esperar pelo próximo rali.” habitual. Trocar de navegador no rali mais
chegou para Ogier, pois quanto ao resto Dani Sordo foi quarto numa prova em que difícil do calendário, nesse aspeto, com
dos adversários diretos ganhou tempo o resultado foi bem melhor que a exibição. troços com mais de 100 páginas de notas
WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS
14 R A L I D A C Ó R S E G A 4 D E 1 3
para ditar, é obra: “Sabíamos que não ia
ser fácil, o Phil fez um trabalho incrível”.
Esapekka Lappi estragou perto do fim do
rali a boa prova que estava a realizar. O
piloto finlandês deu um toque na especial
mais longa do rali, realizado no último
dia, e com isso desceu de quarto para
sétimo, atenuando um pouco a questão
com o triunfo na PowerStage, facto que
lhe permitiu recuperar uma posição. No
segundo dia, ninguém fez melhor que ele,
chegando ao quarto lugar, bem mais perto
do terceiro de Neuville do que o quinto
de Sordo.
Andreas Mikkelsen fez um rali horrível, a
Hyundai tem muito para trabalhar o i20
Coupe WRC no asfalto.
Kris Meeke fez uma boa prova, lutava pelo
segundo lugar quando um engano do seu
navegador, Paul Nagle, estragou tudo,
acabando fora de estrada. Jan Kopecky
venceu facilmente o WRC2 e Yoann Bo-
nato colocou o novo Citroën C3 R5 no top
10 na estreia ‘mundial’ do carro. Loeb ainda
terminou em 14º, e agora só o voltamos
a ver na Catalunha. E se preferir, no final
deste mês em Montalegre, no WorldRX!
Bryan Bouffier já não tem vida para este
nível de WRC. Com um bom carro, o me-
lhor que conseguiu foi um 5º tempo num
troço curto, de resto andou sempre muito
atrás. O WRC regressa dentro de três se-
manas na Argentina.
M/ MOMENTO F/ FIGURA
Aquele despiste de Loeb na PE2, poderá ter No seu ano de estreia pela M-Sport, o facto de
acabado com a luta pelo triunfo neste rali, pois precisar de adaptação ao carro e à equipa, levou a
face aos pilotos que disputam o campeonato que o título de Sébastien Ogier fosse mais sofrido,
todo, a Ogier bastou um troço para deixar a mas este ano, só mesmo um Rali da Suécia terrível
concorrência, exceção feita a Loeb, a mais para quem abria a estrada, o afastou desde
de 18.1s. Daí para a frente, esteve imparável, logo das lutas na frente no resto do rali. Já nas
construiu um avanço que depressa passou restantes provas, vimos o Ogier dos tempos da
a gerir, e não deu quaisquer hipóteses. Na VW, e na Córsega esteve absolutamente imparável.
Córsega, só mesmo um super-campeão, Loeb, Seguem-se agora quatro provas de terra. É agora
podia dar luta a outro... ou nunca para os adversários.
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+/ MAIS
SÉBASTIENLOEB GRANDE LAPPI RALI QUASE NOVO
AZARADO Prestação impressionante de Os organizadores do rali da
Esapekka Lappi, que nunca tinha Córsega reformularam o percurso
Parece mentira, mas Sébastien Loeb desistiu frustrante porque estávamos bem preparados corrido na Córsega de WRC, e que é da sua prova em 63%. Acreditamos
no Dakar quase da mesma maneira que aban- para esta prova. Pelos vistos, preciso mesmo bem diferente de fazer num R5. Foi 6º que isso é bem mais fácil numa
donou na Córsega, ao ficar preso num buraco da reforma”, disse na brincadeira Loeb, (depois de um furo), venceu quatro ilha como a Córsega, onde não
em que o seu carro não andava para a frente que, afinal, só perdeu alguma diversão, pois troços, foi segundo em mais três faltam estradas boas para ralis,
nem para trás. Ironias... deixou troços por fazer. Claro que a sua veia e continua a mostrar uma grande mas a verdade é que colocaram de
Disputando na Córsega a sua segunda de competitiva o fazia querer lutar pela vitória evolução nos ralis que pior conhece. pé uma prova bem difícil, e com
três provas previstas neste regresso ao nesta prova, especialmente depois do que dois super-troços, um de 49 e
WRC, depois de ter ficado fora da luta pelo sucedeu no México, mas ainda não foi desta: EVANS/MILLS BEM outro de 55 Km.
triunfo no México depois de um furo, desta “Frustrante, mas é como é, depois o que fiz foi Lutar pelo quinto lugar na Córsega
feita, e após ter sido segundo na especial de divertir-me! Comecei bem o rali, mas como não com um especialista em pisos de NOVAS REGRAS
abertura, e quem mais luta deu a Sébastien conhecia o troço, não tinha a mínima ideia do asfalto como Sordo, tendo a seu A FIA acabou com a festa das
Ogier, não evitou uma saída de estrada logo meu ritmo, depois veio o abandono. Se podia lado um navegador de ocasião, Phil penalizações ‘porque dava jeito’ nas
nos primeiros 400m da PE2, devido aos pneus seguir o Ogier? Não sei, tudo acabou depressa! Mills, é notável. A este nível tudo PowerStage. Regras são regras e as
frios, ficando logo ali, com o carro preso no O segundo dia foi bem melhor, ataquei como tem de ser perfeito para se andar equipas usaram-nas em seu proveito,
buraco. Um ou dois metros para qualquer dos sabia ser capaz, senti-me confiante com o C3 depressa e esta dupla mostrou rápida mas a FIA reagiu depressa, e através
lados e teria voltado à estrada. WRC, que é um carro muito bom de pilotar em adaptação mútua, mesmo que Mills de voto eletrónico, passou a impedir
Voltou sim, mas no segundo dia, vencendo asfalto. Equilibrado, o motor trabalha bem, fiz tenha confessado a necessidade de se que um piloto que penalize antes da
três dos seis troços e provando claramente bons tempos no segundo dia. adaptar à velocidade dos carros nas PowerStage, possa pontuar nessa
que não perdeu faculdades. Facilmente Foi realmente pena termos saído de estrada curvas médias e rápidas... especial.
voltaria o ritmo se permanecesse no WRC. e se não fosse isso, estaríamos nos primeiros
Mas a água de um rio não passa duas vezes lugares. De qualquer forma, estou muito -/ MENOS
debaixo da mesma ponte: “Cheguei ao local satisfeito com o andamento. Prefiro dar mais
demasiado rápido, com pneus ainda frios, a importância ao enorme prazer que tivemos QUEIXAS A MAIS! CARRO BOM, MAU BOUFFIER
trajetória estava mais suja do que o esperado, aos comandos do C3 WRC. É um carro fabuloso No final da PE1 quase todos ‘levaram’ um Não há muito tempo Bryan Bouffier era
escorreguei e não consegui desacelerar o em alcatrão e adorei conduzi-lo nestas ‘calendário’. Menos um, Loeb. Neuville um dos melhores pilotos de asfalto.
carro o suficiente. Saímos a 30 km/h. Foi estradas magníficas da Córsega.” queixou-se dos travões e maneabilidade Andava muito bem em Monte Carlo e
do Hyundai, Latvala da afinação do na Córsega tinha boas condições para
ALTOS E BAIXOS NA ESTREIA DO C3 R5 Toyota, Tanak dos travões, Meeke da fazer um bom resultado. Mas o nível
água na estrada, Sordo da sujidade. do WRC aumentou substancialmente
Foi prometedora a estreia do novo Citroën e Katsuta Takamoto, bem como do Hyundai Resultado, tudo ‘corrido’ a duas dezenas e Bouffier marcou passo. Na Córsega,
C3 R5, já que no competitivo WRC2 a nova i20 R5 de Pierre Loubet. de segundos, exceto Loeb. uma frase definiu o que é hoje em
máquina francesa foi de imediato competi- Nas mãos de Bonato o carro esteve fiável, dia: “Estou frustrado com os meus
tiva, com o francês Yoann Bonato a terminar aparte de pequenos contratempos, mas foi, MAU MIKKELSEN tempos, mas o carro é muito bom!”
o rali na segunda posição, na frente de um essencialmente, muito competitivo, prom- Pião na PE1, saída na PE2, ficando a
Skoda oficial, o de Ole Veiby, mas também etendo bastante a esse nível. Contudo, fi- queixar-se de vibrações e que o carro TOYOTA INCONSISTENTE
dos carros oficiais da M-Sport, de Nil Solans cou também claro que a Citroën tem algum fugia de frente. Depois disso, nunca Só no segundo dia se viram os Toyota a
se encontrou, e se em pisos de terra andar bem, ficando claro que o asfalto
trabalho pela frente no que tem andado mais ou menos bem, já no é a menor prioridade numa equipa de
aos travões diz respeito, já asfalto (neve/gelo) de Monte Carlo e pilotos nórdicos. Foram crescendo
que duas falhas a esse nível no asfalto da Córsega esteve muitos bastante ao longo do rali, mas o
sucederam a Stéphane Lefe- furos abaixo do que pode fazer. Venha arranque depressa deixou Tanak fora
bvre, sendo que numa delas o a terra... da luta pelo triunfo.
francês despistou-se, deixan-
do o carro muito mal tratado. LATVALA E O SET UP HYUNDAI PERDE TERRENO
Se a estreia no asfalto foi Latvala ‘sujou um pé todo’ com a Pelo que se viu na Córsega, com dois
globalmente positiva, resta afinação escolhida para a Córsega, pilotos especialistas em asfalto,
agora esperar pelos pisos de o que redundou numa das piores Neuville e Sordo, a Hyundai está a
terra, e pelo Rali de Portugal, exibições que já lhe vimos fazer nos perder a corrida da performance,
naquele que será o primeiro anos mais recentes, terminando o especialmente para a M-Sport. Uma
grande embate do novo mod- rali contra uma árvore, numa altura frase de Michel Nandan é sintomática:
elo nesse tipo de piso. E com em que já tinha feito alterações que “Temos tentado, mas não estamos a
José Pedro Fontes ao volante! lhe permitiram aumentar um pouco o conseguir igualar o ritmo dos nossos
nível: “Fui por um caminho errado com adversários.”
o set up e perdi a confiança”, disse.
WRC/ TOYOTA GAZOO RACINGWORLD RALLYTEAM
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS SOUBE REAGIR
16 R A L I D A C Ó R S E G A 4 D E 1 3
M-SPORT FORD WORLD RALLYTEAM
ELEVOU O NÍVEL
Já ficou claro a todos que a M-Sport a prova que o francês fez foi muito mais
elevou o nível como equipa este ano, do que isso. Atacou logo desde o primeiro
acrescentando mais ao já magnífico tra- metro, até poder descansar porque a
balho que fez o ano passado, e que levou concorrência já tinha ficado toda lá atrás.
a equipa aos dois títulos em disputa. O ano passado por esta altura, Ogier
As declarações de Ogier no fim do rali, queixava-se do carro, este ano, destaca-
quando disse que o carro deste ano o. E Malcolm Wilson confirma-o: “Depois
é mais rápido, dizem muito do que a da pilotagem do Sébastien e do Julien no
M-Sport tem crescido, e se todos já México, chegar aqui e vê-los continuarem
achámos que o ano passado a equipa fez ao mesmo nível é incrível. Demos bons
das tripas coração para estar à altura passos face ao ano passado, mas há
de Sébastien Ogier, o que dizer este ano, um longo caminho pela frente. Há que
quando chegamos ao quarto rali do ano permanecer focado e não relaxar”, disse,
e o francês já tem mais vitórias do que falando também do trabalho feito por El-
as duas que conseguiu em toda a época fyn Evans e Phil Mills: “Só estiveram umas
transata. horas juntos antes dos reconhecimentos,
É certo que na Córsega não seria fácil e devo dizer que fizeram um trabalho
bater Ogier, em condições normais, mas fantástico.”
Este Rali da Córsega foi o evento certa Ou muito me engano, ou estes dois jovens
para provar uma vez mais que Jari-Matti vão brilhar muito nas provas de terra que o
Latvala está a pouco e pouco a perder calendário do WRC tem agora pela frente.
o seu estatuto na equipa. Se as coisas Quanto a Latvala, está a começar a ter
continuarem desta forma, daqui a algum mais baixos que altos, e nesta prova,
tempo, quando Tommi Makinen tiver que quando começou a andar melhor, saiu de
injetar sangue novo na equipa, muito pro- estrada.
vavelmente será Latvala o elo mais fraco. Ponto positivo para a Toyota é a forma
Veja-se a prova que fez Ott Tanak, num rali como reagiu ao facto de ter começado
que é provavelmente o mais complicado mal. A equipa trabalhou e os seus pilotos
para si, ele que gosta é de estradas rápi- mudaram da noite para o dia o seu
das e fluidas. Fez um rali sempre a crescer andamento nos dois dias seguintes. Neste
e só não foi a tempo de lutar pelo triunfo, momento, a Toyota já é uma equipa da qual
mas chegou ao 2º lugar com toda a justiça. não podemos dizer que ainda tem muito
Esapekka Lappi foi o piloto que mais para aprender. Claro que mais experiência
troços ganhou neste rali, o que mostra nunca é demais, mas os Yaris WRC têm
bem a sua rapidez, e logo numa prova onde andado bem até nas provas que menos se
nunca tinha corrido com um WRC. Notável. espera.
ESPANHOL SALVOU ORGULHO FRANCÊS
A Citroën experimentou-o pela pri- sega em 2001 (foto é da Catalunha).
meira vez em carros de ralis de alta Puras liderou desde o segundo troço,
performance com o infeliz BX4TC, em até ao final, mas não foi uma ocasião
1985, e só em 1999 voltaram a tentar totalmente satisfatória para a orgu-
novamente com o Xsara T4. Este carro lhosa empresa, porque o piloto foi um
foi aceite em eventos do campeonato espanhol.
francês, em 2000, onde não entrava O Citroën Xsara WRC venceu 32 even-
em conflito com as atividades do WRC, tos do Mundial, todos, exceção feita a
na altura confiadas no seio da PSA à quatro deles, com um piloto francês,
Peugeot. Philippe Bugalski venceu oito Sébastien Loeb. Além da vitória de Pu-
provas do campeonato francês, sete ras na Córsega, Carlos Sainz venceu
em asfalto e uma em terra, e mais tar- dois e o belga François Duval, outro.
de Jesus Puras venceu uma prova com Para além de vencer o título de Produ-
o T4 em Espanha, em 2001. O carro foi, ção de 1994, num Ford, Puras nunca foi
finalmente homologado pela FIA como muito conhecido fora de Espanha, mas
Xsara WRC, e autorizado a competir no no seu país ganhou 58 ralis, e foi Cam-
WRC, em 2001. Após vitórias em várias peão Nacional oito vezes. ‘Reformou-
provas, em Espanha e na Alemanha, a -se’ no final de 2007, e recentemente
luta de 16 anos pela tração total dos tem feito cross country nas duas ro-
orgulhosos franceses terminou final- das. E assim ficou na história da Ci-
mente quando venceram o Rali da Cór- troën... MARTIN HOLMES
>> autosport.pt
17
HYUNDAI SHELLMOBISWORLD RALLYTEAM CITROËN TOTAL ABU DHABI WRT
LONGE DO RITMO CERTO EXIBIÇÃO BOA, RESULTADO MAU
A Hyundai este ano afigura-se um caso um que o ponta de lança da equipa, Thierry
pouco estranho. Depois de ter percebido o Neuville, teve problemas com o equilíbrio
ano passado que o seu line-up de pilotos de travagem do seu i20 WRC logo na PE1
precisava de um ajuste, pois o trio não e cedeu mais de 20s, e, com isso, deixou
estava à altura do bom carro que a equipa logo fugir Ogier.
teve, fez-se a troca, e este ano, apesar Andreas Mikkelsen andou completamente
da liderança do Mundial de Construtores, perdido com as afinações e deve ter
fruto precisamente da valia dos pilotos, é suspirado de alívio quando o rali terminou.
o carro que está a dar parte de fraco. Dani Sordo acordou muito tarde, e numa
Não que esteja pior do que no ano passa- prova em que se julgava poder fazer bem
do, longe disso, mas o problema é que os melhor, no final do primeiro dia já estava a
adversários evoluíram mais e os pilotos da 1m14.4s do líder.
Hyundai estão com maiores dificuldades Neuville admite a sua frustração: “Tentei
em acompanhar esse ritmo, precisamente tudo, mas não tivemos performance
porque precisam de tirar do carro o que suficiente”. Michel Nandan vai mais longe:
ele não tem podido dar. “Não nos podemos dar ao luxo de ter
Na Córsega, os pilotos andaram um pouco muitos mais fins de semana assim. Temos
às aranhas com as afinações, sendo de trabalhar no duro...”
Um despiste na PE2 para Sébastien Loeb Tendo em conta que os números é que
e Daniel Elena, e uma nota mal dada contam, o saldo é um 9º e 14º lugares.
que redundou numa aparatosa saída Meeke está apenas em 5º no campeonato
de estrada de Kris Meeke e Paul Nagle, de pilotos e a Citroën em último nos
marcaram as provas das duas duplas da Construtores. Se a ideia de trazer Loeb
Citroën na Córsega, sendo que qualquer era para assegurar pontos, a ‘coisa’ não
dos dois pilotos tinha fundadas preten- correu nada bem. Do mal o menos, o Cit-
sões de lutar pelos lugares da frente. roën C3 WRC este ano nada tem a ver com
Loeb foi apanhado numa armadilha, algo a ‘bailarina’ do ano passado: “Foi muito
que não é nada habitual nele, mas o que frustrante ficar de fora da luta, temos
fez depois, mostrou que não seria por que transformar o nosso andamento
falta de ritmo que não poderia sair com rápido em bons resultados nas próximas
um bom resultado da Córsega. provas”, disse Meeke. Quanto a Sébastien
Quanto a Kris Meeke, o C3 WRC não es- Loeb: “Foi realmente pena termos saído
teve pior que o ano passado, a concorrên- de estrada, e se não fosse isso, estaría-
cia é que esteve melhor, e numa altura em mos claramente nos primeiros lugares”,
que estava numa acesa luta pelo segundo disse.
posto, Meeke saiu de estrada.
WORLD RALLY RADIO ACABOU ARGENTINA BEM RECHEADA
Era bom, mas acabou-se, pelo menos à borla. pagar, claro está. A lista de inscritos para o
Falamos da World Rally Radio, serviço que Isto vai criar pressão nos organizadores Rali da Argentina, 5ª prova
foi oferecido aos adeptos do WRC durante dos eventos do WRC, pois a FIA exige que do WRC, cresceu significa-
muitos anos, e que passa agora para a es- os diversos eventos tenham um serviço de tivamente, comparada com
fera do WRC All Live, o que significa que só declarações no final dos troços (o ACP , por o ano passado, em que par-
terá acesso, quem pagar. A inovação levada exemplo, sempre teve) que até aqui, era su- ticiparam 22 equipas. Este
a cabo pelo Promotor (WRC All Live) tem tido portado em muitos casos, na WRR. ano são 30 os inscritos, um
sucesso junto dos fãs, mas só os que podem Fonte da World Rally Radio revelou ao AutoS- crescimento de 33%, mais
um que os 29 que iniciar-
port que a decisão de encer- am o Rali do México. São 12
rar a WRR é totalmente finan- os WRC, 10 WRC2, nenhum
ceira, para lá de que interfere WRC3. Teemu Suninen re-
com o objetivo principal do gressa ao terceiro carro da M-Sport, o mesmo sucedendo com Craig Breen e
Promotor, que é promover o Khalid Al Qassimi, na Citroën. Nos R5, a Skoda inscreve Pontus Tidemand e Kalle
WRC. Há muita gente, que por Rovanpera bem como Ole Christian Veiby, mas como não registado. O penta
não ter dinheiro, vai deixar de campeão da Codasur, o paraguaio Gustava Saba também está inscrito. A M-
seguir o WRC. Sport inscreveu Gus Greensmith e Nil Solans. Não há Citroën ou Peugeot, sendo
Sabe-se que a ‘voz’ do WRC, que o único Hyundai i20 R5 será pilotado pelo bicampeão da Codasur, Diego
Becs Williams, passa para o Dominguez, também paraguaio. Ironicamente, há poucos argentinos e para lá
All Live, mas de Colin Clark de Alejandro Cancio, só há mais quatro participantes ‘nacionais’.
nada se sabe, para já.
A exemplo do que sucede em
quase todo o lado, a teia fe-
cha-se para as ‘borlas’.
WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS
18 R A L I D A C Ó R S E G A 4 D E 1 3
C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
COMO VI RALI DA CÓRSEGA 4 DE 13
O RALI
6 A 8 DE ABRIL DE 2018
José Luís Abreu
TRIUNFO [email protected] 1120,10 KM 333,48 KM 1.º DIA 2.º DIA 3.º DIA
DE JAN KOPECKY
NO WRC2 Sébastien Ogier mostrou logo DISTÂNCIA 22 TROÇOS
na PE1 ao que vinha nesta prova,
Jan Kopecky liderou o WRC2 de fio a criando uma margem a que os PROVA CARRO
pavio, mas o grande destaque desta adversários nunca conseguiram TEMPO/DIF.
prova na Córsega foi a estreia no novo responder. Três vitórias em quatro 1 SÉBASTIEN OGIER/JULIEN INGRASSIA
Citroën C3 R5. ralis, começa a ser um sinal muito 2 OTT TANAK/MARTIN JARVEOJAN FORD FIESTA WRC 3:26:52.7
Stéphane Lefebvre teve problemas forte que este ano o Mundial poderá 3 THIERRY NEUVILLE/NICOLAS GILSOUS TOYOTA YARIS WRC +36.1
de travões logo no início da prova, não ser tão equilibrado. O que vale é 4 DANI SORDO/CARLOS D. BARRIO HYUNDAI I20 COUPE WRC +1:07.5
mas depressa começou também que vêm aí quatro provas em terra, 5 ELFYN EVANS/PHIL MILLS HYUNDAI I20 COUPE WRC +2:02.6
a ganhar troços, despistando-se e se os adversários não reagirem 6 ESAPEKKA LAPPI/JANNE FERM FORD FIESTA WRC +2:06.1
violentamente no primeiro troço do já, o embalo para novo título está 7 ANDREAS MIKKELSEN/ANDERS JAEGER TOYOTA YARIS WRC +2:33.5
segundo dia de prova. Na luta com dado. 8 JAN KOPECKÝ/PAVEL- DRESLER HYUNDAI I20 COUPE WRC +2:43.4
Kopecky ficou o outro C3 R5, de Yoann Na Córsega, Ogier nem sequer teve 9 KRIS MEEKE/PAUL NAGLE ŠKODA FABIA R5 +10:34.8
Bonato, que acabou por ser o piloto de manter um nível elevado muito 10 YOANNBONATO/BENJAMIN BOULLOUD CITROËN C3 WRC +10:40.5
que mais luta deu ao checo da Skoda. tempo, pois a meio do primeiro dia 14 SEBASTIEN LOEB/DANIEL ELENAL CITROËN C3 R5 +1:45.5
Terminou o primeiro dia a 20.8s, mas já tinha percebido que não iria ser CITROËN C3 WRC +20:58.0
o C3 R5 começou a apresentar alguns necessário.
pequenos problemas de juventude, Sébastien Loeb teve um azar no ABANDONOS PE VENCEDORES DE PE
nada de grande monta, que fizeram México com o furo, mas o que lhe CAUSA
o francês perder o contacto com aconteceu na Córsega já não é azar, J.M. LATVALA PE
Kopecky. mas sim reflexo do tempo que tem LÍDERES
O francês da Citroën ainda perdeu o estado fora. Não perdeu rapidez, B. BOUFFIER BRYAN PE8 PE 1-12 E. LAPPI 4
segundo lugar, num troço, para Ole mas se olharmos para trás, quantas S. LEFEBVRE DANOS ROLL BAR S. OGIER
Veiby, noutro Skoda oficial, mas logo vezes se lembram de ter visto Loeb PE8 MOTOR
o recuperou, terminando quase a dois ter dois problemas ‘destes’ em PE5 ACIDENTE S. OGIER,S. LOEB
minutos do vencedor. ralis consecutivos. Se calhar temos
Com este resultado, os homens da mesmo de procurar muito. E O. TÄNAK 3
Skoda dão sequência ao seu domínio Thierry Neuville está a fraquejar,
no campeonato, mas pelos sinais que talvez nem tanto por sua culpa, Monte Carlo
deu o C3 R5, concorrência mais forte mas porque, como o seu chefe de Suécia
está para chegar, resta esperar pelas equipa revelou, a Hyundai está a México
cenas dos próximos capítulos, um perder o comboio da performance. E França
deles bem próximo, em Portugal. quem pensava que Tanak iria sofrer Argentina
De resto, Katsuta saiu de estrada no seu primeiro ano de Toyota, o Portugal
pela segunda vez numa semana, Nils estónio já fez Latvala engolir o que Itália
Solans também ficou fora de prova, disse antes do arranque do Monte Finlândia
e Pieniazek perdeu sete minutos Carlo. Neste momento, é Latvala Alemanha
ao bater numa parede. No WRC3, que está a pensar como é que tem Espanha
Jean Batiste Franceschi bateu Terry vindo a perder o seu estatuto na Turquia
Folb por 33.7s. Nos R-GT, Raphaël equipa. Grã-Bretanha
Astier (Abarth 124 Rally) venceu Austrália
com 5m25.0s de avanço para Andrea TOTAL
Nucita, em carro igual. O conhecido
Philippe Gache, noutro Abarth 124 PILOTOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Rally foi terceiro a 14:30.9s.
1. SÉBASTIEN OGIER 25+1 1+4 25+4 25+3 - - - - - - - 84
2. THIERRY NEUVILLE 10+4 25+2 8+2 15 - - - - - - - 67
3. OTT TÄNAK 18+0 2+1 0+5 18+1 - - - - - - - 45
4. ANDREAS MIKKELSEN 0+3 15+3 12+1 6 - - - - - - - 41
5. KRIS MEEKE 12+5 0 15 2+2 - - - - - - - 36
6. ESAPEKKA LAPPI 6+0 12+5 8+5 - - - - - - - 36
7. JARI-MATTI LATVALA 15+2 6+0 4+3 NT - - - - - - - 31
8. DANI SORDO NT 18 12 - - - - - - - 30
9. CRAIG BREEN 2+0 18+0 - - - - - - - 20
10. SÉBASTIEN LOEB 11 0+4 - - - - - - - 15
10. ELFYN EVANS 8+0 0 10 - - - - - - - 18
11. HAYDEN PADDON 10+0 - - - - - - - 10
13. MADS ØSTBERG 8+0 - - - - - - - 8
14. PONTUS TIDEMAND 6 - - - - - - - 6
15. TEEMU SUNINEN 0 4+0 - - - - - - - 4
MARCAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
1. HYUNDAI 14 40 30 27 - - - - - - - - 111
2. M-SPORT FORD WRT 33 10 29 35 - - - - - - - - 107
3. TOYOTA 33 20 14 26 - - - - - - - - 93
4. CITROËN TOTAL 18 28 25 10 - - - - - - - - 81
WRC2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
1. JAN KOPECKÝ 25 - - 25 - - - - - - - - - 50
2. PONTUS TIDEMAND - 18 25 - - - - - - - - - - 43
3. TAKAMOTO KATSUTA - 25 - 4 - - - - - - - - - 29
4. OLE CHRISTIAN VEIBY - 15 - 12 - - - - - - - - - 27
5. EDDIE SCIESSERE 18 - - - - - - - - - - - - 18
V/ >> autosport.pt
VELOCIDADE 19
Há oportunidades que
não se desperdiçam,
nem que seja de
pontapé de bicicleta,
como o Ronaldo, e a Kia
Racing Opportunity é
um bom exemplo disso.
Dois jovens vão poder
cumprir um sonho,
tornarem-se pilotos de
competição...
José Luís Abreu
[email protected]
À PROCURAKIARACINGOPPORTUNITY
DEUM SONHO
Todos os grandes pilotos têm uma história, ou
um ponto de partida, se preferir, para o arran- Para João Seabra, diretor-geral da Kia Portugal, “o re- Racing Opportunity utilizando os Seven, a Kia Portugal
que das suas carreiras. Nem todos o fizeram gresso do Kia Racing Opportunity é mais um sinal do considerou que tinha chegado o momento de se aven-
como Lewis Hamilton, que muito novo, se vi- compromisso da marca com o desporto motorizado na- turar em dar um novo passo no seio do desporto mo-
rou para Ron Dennis e lhe disse que um dia ia cional, e ainda do apoio da Kia Portugal na descoberta de torizado nacional, surgindo assim o Kia Picanto GT Cup
ser piloto da McLaren. O resto da história, to- novos talentos que possam impulsionar a modalidade, e o correspondente Kia Racing Opportunity, ambos or-
dos nos lembramos. dentro e fora de portas”. ganizados com a CRM Motorsport”.
Todas as carreiras se iniciam duma qualquer forma, e as Recordando o sucesso das edições anteriores do Kia
de sucesso, também podem começar assim, com o Kia Racing Opportunity, o dirigente não esconde o entusias- INSCRIÇÕES LIMITADAS
Racing Opportunity. mo redobrado que se vive no seio da marca, uma vez que
Assim sendo, dois jovens, os melhores, terão lugar ga- esta será a primeira vez que os participantes irão con- Limitada a 144 inscritos, a seleção dos participantes,
rantido, a custo zero, na temporada inaugural da Kia duzir um carro de competição construído em Portugal cuja idade mínima obrigatória é de 16 anos, será leva-
Picanto GT Cup, competição que representa o regresso com base num modelo de série do emblema sul-co- da a cabo nos dias 7 e 8 de maio, após a entrega for-
dos troféus monomarca às pistas nacionais. A seleção reano, o Kia Picanto GT Line, e com a chancela da FPAK. mal das viaturas aos pilotos que já garantiram o seu
será feita nos dias 7 e 8 de maio, no Estoril. Já lhe vamos Refletindo sobre a mudança estratégica operada em lugar na temporada inaugural do Kia Picanto GT Cup.
contar como... 2018, João Seabra considera: “Depois de 8 anos de in- A inscrição nas provas de seleção do Kia Racing
vestimento no Super Seven by Kia e de 8 anos de Kia Opportunity deverá ser efetuada até ao dia 30 de abril,
através do endereço kiaracingopportunity.net, com o
C/ CALENDÁRIO devido preenchimento do formulário de inscrição e o
KIA PICANTO pagamento da taxa associada, no valor de 160€.
GT CUP Chegados à finalíssima, os dois pilotos que apresentarem
a melhor média de tempo no decurso de uma série de
6 DE MAIO ESTORIL DELIVERY DAY três voltas receberão como prémio a participação, total-
mente gratuita, na primeira temporada do novo troféu
11 A 13 DE MAIO RAMPA DA FALPERRA monomarca do automobilismo nacional.
23 A 24 DE JUNHO RACING WEEKEND VILA REAL (C/ WTCC)
14 A 15 DE JULHO RAMPA DO CARAMULO
15 A 16 DE SETEMBRO RACING WEEKEND BRAGA 2
26 A 28 DE OUTUBRO RACING WEEKEND PORTIMÃO
16 A 18 DE NOVEMBRO ESTORIL RACING FESTIVAL
20 WTCR/
MARROCOS
OS TURISMOS
ESTÃO
DE VOLTA
A estreia do WTCR teve os ingredientes todos que se
esperavam. Muitas lutas, muitos toques, muito equilíbrio e… os
Hyundai muito fortes, a tomar para já conta das operações
Fábio Mendes seguido de Norbert Michelisz e Gabriele
[email protected] Tarquini. O primeiro ‘não-Hyundai’ foi
FOTOGRAFIA Paulo Maria/InterSlide Jean-Karl Vernay, em Audi, seguido de
Rob Huff, em VW, que fecharam o top
Marraquexe foi a primeira 5. Destaque para a boa qualificação de
paragem do ano da Taça John Filippi e a presença de apenas um
do Mundo de Turismos. Honda no top 10.
Um traçado muito sinuo- A Corrida 1 foi recheada de incidentes,
so, exigente para os tra- como era de esperar num traçado des-
vões e pouco dado a ultra- te género. Tarquini mostrou que é ainda
passagens, colocando nas qualificações um dos melhores pilotos nas largadas
um peso ainda maior. Um circuito mui- em carros de tração dianteira e passou
to específico para máquinas e pilotos, Bjork que, embora na pole, largou do
alguns dos quais a visitar a pista pela lado mais sujo da pista. O italiano as-
primeira vez. O espaço em pista iria ser segurou o melhor lugar para tentar a
reduzido para os 25 carros. vitória, mas a primeira volta foi repleta
A primeira sessão de treinos (com pis- de toques e alguns carros saíram mui-
ta molhada) deu-nos um Thed Bjork no to danificados levando à mostragem de
primeiro lugar da tabela, seguido do seu bandeiras vermelhas, algo que se repetiu
patrão e colega de equipa, Yvan Muller, mais à frente na corrida, com Michelisz
com Rob Huff a fechar o top 3. A segun- a ficar sem uma roda, isto depois de ter
da sessão (também com piso húmido) já largado do fundo da grelha por troca de
teve dois Honda na frente da tabela de motor. As lutas foram intensas, mas na
tempos, com Esteban Guerrieri a ser o frente o trio manteve-se e Tarquini foi o
mais rápido seguido do colega, Yann primeiro vencedor do WTCR.
Ehrlacher, e de Bjork. No domingo, a segunda qualificação
Mas a primeira qualificação do ano deu deu-nos mais uma mostra da força da
uma ideia mais clara do poderio da nova máquina coreana, com Tarquini a
Hyundai, com três carros nas primei- conquistar a pole e quatro i30 N TCR no
ras posições. Bjork foi o mais rápido, top 5. Apenas Ehrlacher se chegou a
>> autosport.pt
21
vezes, mas tal não mudou a ordem dos C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O
três carros da frente. Vernay venceu a
este quarteto. Destaque para o apara- segunda prova, Bennani subiu ao pó- QUALIFICAÇÃO 1 1:24.698
toso acidente de Denis Dupont devido dio em casa e Oriola teve um prémio de 01 THED BJÖRK HYUNDAI +0.136
a uma falha de travões, que danificou consolação. Destaque para a grande luta 02 NORBERT MICHELISZ HYUNDAI +0.361
sobremaneira o RS3 LMS, ficando fora entre Muller e Guerrieri. 03 GABRIELE TARQUINI HYUNDAI +0.558
de prova para o resto do fim de semana. A última corrida do fim de semana teve 04 JEAN-KARL VERNAY AUDI +0.596
Na 10ª posição e com a pole para a cor- a mesma emoção das anteriores, mas 05 ROBERT HUFF VOLKSWAGEN +0.707
rida 2 ficou Pepe Oriola. desta vez o homem da pole conseguiu 06 JOHN FILIPPI CUPRA +0.832
A corrida 2 mais uma vez não bene- segurar o lugar. Tarquini venceu a pro- 07 ESTEBAN GUERRIERI HONDA +0.879
ficiou o detentor da pole e foi Vernay, va sem contestação seguido de Muller 08 GORDON SHEDDEN AUDI +0.960
que largou de segundo, a ficar com a que se envolveu com Michelisz na lar- 09 MEHDI BENNANI VOLKSWAGEN +0.981
liderança na primeira curva, embora gada, com o húngaro a ficar novamente 10 YVAN MULLER HYUNDAI
tivesse de usar uma metodologia mais a perder e Bjork a conseguir novo pódio. CORRIDA 1 20 LAPS
musculada para o conseguir. Bennani Novamente um top 5 repleto de Hyundai. 01 GABRIELE TARQUINI HYUNDAI +0.499
conseguiu um grande arranque e ficou 02 THED BJÖRK HYUNDAI +2.823
com o segundo posto. O Safety Car não DESTAQUES DA PROVA 03 ROBERT HUFF VOLKSWAGEN +4.593
teve folga nesta prova e entrou por duas 04 JEAN-KARL VERNAY AUDI +5.025
Os Hyundai foram sem dúvida o grande 05 MEHDI BENNANI VOLKSWAGEN +5.702
destaque. A sua força ficou confirmada 06 GORDON SHEDDEN AUDI +10.136
pela quantidade de vezes que surgiram 07 ESTEBAN GUERRIERI HONDA +10.784
nos lugares da frente. Por outro lado, 08 YANN EHRLACHER HONDA +11.577
os Honda ficaram um pouco aquém do 09 AURÉLIEN COMTE PEUGEOT +15.026
esperado, principalmente na Boutsen 10 JOHN FILIPPI CUPRA
Ginion Racing, pois Guerrieri e Ehrlacher, QUALIFICAÇÃO 2 1:24.316
da Munnich, prometem ser grandes ani- 01 GABRIELE TARQUINI HYUNDAI +0.080
madores do campeonato. Os Golf apre- 02 YVAN MULLER HYUNDAI +0.224
sentaram um andamento muito interes- 03 NORBERT MICHELISZ HYUNDAI +0.337
sante e os Audi sofreram muito com os 04 THED BJÖRK HYUNDAI +0.471
travões. Os homens da Comtoyou tiveram 05 YANN EHRLACHER HONDA
um fim de semana para esquecer (várias 06 ROBERT HUFF VOLKSWAGEN 20 LAPS
desistências) e na Audi Sport Leopard 07 MEHDI BENNANI VOLKSWAGEN +0.890
Lukoil, Vernay foi o melhor e mostrou 08 JAMES THOMPSON HONDA +3.270
que não foi campeão por acaso. Os Cupra 09 JEAN-KARL VERNAY AUDI +3.631
da Zengo não mostraram grande anda- 10 PEPE ORIOLA CUPRA +6.570
mento, enquanto os da Campos estive- CORRIDA 2 +7.916
ram envolvidos em boas lutas. Oriola 01 JEAN-KARL VERNAY AUDI +11.929
esteve bem e Filippi mostrou-se muito 02 MEHDI BENNANI VOLKSWAGEN +13.630
mais competitivo do que em anos ante- 03 PEPE ORIOLA CUPRA +14.555
riores. Os Alfa Romeo não encantaram 04 YANN EHRLACHER HONDA +14.959
e os Peugeot mostraram a espaços po- 05 THED BJÖRK HYUNDAI
tencial, especialmente Aurélien Comte 06 JAMES THOMPSON HONDA 23 LAPS
que teve apontamentos interessantes. 07 NORBERT MICHELISZ HYUNDAI +2.524
Tivemos corridas muito boas de seguir 08 ESTEBAN GUERRIERI HONDA +2.922
e embora os Hyundai tenham sido mais 09 YVAN MULLER HYUNDAI +4.645
fortes, não há que recear por um domínio 10 TOM CORONEL HONDA +5.937
exacerbado, pois o equilíbrio deverá ser CORRIDA3 +6.631
nota dominante ao longo do ano. 01 GABRIELE TARQUINI HYUNDAI +8.121
A próxima ronda decorre de 28 a 29 de 02 YVAN MULLER HYUNDAI +9.932
abril em Hungaroring. No menu mais 03 THED BJÖRK HYUNDAI +10.743
batalhas e mais emoção. O WTCR não 04 YANN EHRLACHER HONDA +13.740
desiludiu. 05 NORBERT MICHELISZ HYUNDAI
06 MEHDI BENNANI VOLKSWAGEN
07 ROBERT HUFF VOLKSWAGEN
08 JAMES THOMPSON HONDA
09 JEAN-KARL VERNAY AUDI
10 PEPE ORIOLA CUPRA
22 CNM/
CAMPEONATO NACIONAL DE MONTANHA - RAMPA DA PENHA
RRAAMMPVPEAEANNLRHHDCUOAAEI
Rui Ramalho entrou em 2018 a vencer, num fim de semana
marcado pelo mau tempo, que quase permitia a um ‘turismo’
vencer a Rampa. João Barros fez uma ‘perninha’ e não ficou
longe do triunfo. Gonçalo Manahu venceu nos GT
José Luís Abreu campeão nacional absoluto de 2017 C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O
[email protected] fez quatro subidas com um andamento
FOTOGRAFIA GTI / Armindo Cerqueira cada vez mais forte, e quando chegou
e Zoom MotorSport/ António Silva a hora da verdade o piloto do Osella
PA2000 EVO2 forçou, alcançando uma
N ão foi um começo de cam- vitória justa: “As más condições de
peonato fácil devido às con- sábado serviram para me habituar à
dições meteorológicas, que afinação de piso molhado, o que deu
levaram à interrupção pre- frutos nas subidas de domingo. Depois,
matura de uma das subidas com o traçado a permitir colocar me-
e à anulação de outras duas. lhor a potência do Osella no chão, for-
Mas a isso sucedeu uma bucólica ma- cei e consegui vencer”. O campeão na-
nhã de domingo, com a chuva apenas cional quis ainda “dar os parabéns ao
a fazer aparições esporádicas, o que João Barros e ao Manuel Correia que
permitiu um desenrolar da competi- estiveram incríveis, forçando-me a
ção mais fluido. andar forte e valorizando a qualidade
Nenhuma interrupção, nenhum aci- que este campeonato está a ostentar
dente ou problema mecânico de maior, e que cresce, ano após ano”.
permitindo à caravana da montanha Como se percebe, João Barros, que re-
brindar os milhares de espetadores gressou à Montanha, ainda que numa
que acorreram à serra que bordeja aparição esporádica, esteve sempre
o Santuário da Penha, com um bom na luta pela vitória, terminando a me-
espetáculo. nos de dois segundos de Rui Ramalho,
Com o piso a secar gradualmente, os vencendo a Categoria Turismos. Já o
tempos foram baixando, e depressa R5+ de Manuel Correia terminou a 7,5s
surgiu o Rui Ramalho de sempre. O de Barros, numa excelente operação
>> autosport.pt
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quanto ao campeonato, coroando a prova da temporada, assumindo as-
sua exibição com o 3º lugar absoluto sim as suas pretensões ao título. O
nesta 40ª Rampa da Penha Paisagem piloto do Porsche 997 GT3 foi o mais
Protegida. rápido das duas primeiras subidas mas
O terceiro lugar nesta categoria foi as- quase que era surpreendido no tira-
segurado por Hugo Gonçalves, sempre -teimas final por Adruzilo Lopes, em
rápido e eficaz aos comandos de um carro gémeo, segurando a vitória por
Subaru Impreza. 8,5s foi a diferença um autêntico ‘piscar de olho’.
que ostentou no final em relação ao José Correia nunca conseguiu colo-
vencedor. car no chão toda a potência do Nissan
GTR, quedando-se pelo terceiro posto,
GT BEM EQUILIBRADOS a 5,6s do vencedor.
50 centésimos de segundo foi a ténue No que respeita ao outro título nacional
diferença que separou os dois primei- que este ano será atribuído, um nome
ros na Categoria GT. se destacou: José Pedro Gomes. O pi-
Gonçalo Manahu venceu a primeira loto esteve ‘intratável’ aos comandos
de um bem preparado Ford Escort MK
II, dominando a seu bel prazer a geral
dos Clássicos.
Atrás de si coube a Flávio Saínhas as-
sumir o papel de ‘delfim’. Sempre rá-
pido com o Ford Escort MKI, Saínhas
terminou em 2º, a 7,6s de Pedro Gomes,
enquanto Ricardo Loureiro permitia à
Ford monopolizar o pódio absoluto en-
tre os Clássicos, colocando o seu Ford
Escort MK II no 3º lugar, gastando mais
13,3s que o vencedor.
Na Taça de Portugal de Montanha 1300,
Armando Freitas dominou e venceu,
aos comandos do seu Toyota Starlet.
A versão da taça reservada aos clás-
sicos, papel idêntico foi desempenha-
do por Abel Marques (Autobiachi A122
Abarth), que triunfou sem qualquer
oposição.
Integrada no programa, estava ain-
da a Rampa Regional. Daniel Silva
(VW Polo) foi sempre o mais rápido
e venceu com 6,4s de vantagem so-
bre Ricardo Oliveira, ao volante de um
Mitsubishi EVO VI. Selou o pódio, na
terceira posição, Nuno Boavida, num
Renault Mégane N4.
TT/24
CAMPEONATO NACIONAL DE TODO-O-TERRENO - BAJA DE LOULÉ
SEGUNDA DE Rodrigo Fernandes Caldeirão, muitas delas percorridas no
ALEJANDRO [email protected] Rali de Portugal quando este se realiza-
MARTINS va no sul do país, a colocarem desafios
Acaravana do CPTT rumou de nível mundial aos concorrentes.
Alejandro Martins e José Marques venceram a segunda ao Algarve para uma prova E se com pisos estreitos e sinuosos João
prova do CPTT, conquistando a sua primeira vitória no bem diferente da Baja TT do Ramos dominou na Sertã, no Algarve,
Pinhal. Enquanto no evento com traçados rápidos e de muita con-
campeonato em 2018. O piloto da Toyota Hilux aproveitou disputado na região do Pi- dução, a sua prestação não foi diferente.
bem os problemas de João Ramos, que, em carro igual, foi nhal Interior os concorrentes No entanto, a cerca de 100 quilómetros
tiveram que enfrentar a chuva e pisos do final da prova, o piloto teve pro-
traído pela caixa de velocidades. Hélder Oliveira e Pedro com muita lama, no Algarve o cenário blemas mecânicos, que o levaram a
Ferreira ocuparam as restantes posições do pódio foi outro, com as estradas da Serra do terminar apenas na quinta posição.
Quem aproveitou o infortúnio foi Ale-
FOTOS AIFA/JORGE CUNHA, APERSPEED E OFICIAIS
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ALEJANDRO MARTINS
“É UMA VITÓRIA
INTEIRAMENTE MERECIDA”
Depois de um primeiro triunfo no CPTT alcançado em 2017 na
Baja TT do Pinhal, Alejandro Martins regressou às vitórias na
competição este ano, com a vitória na Baja de Loulé: “Lutei muito
por esta vitória. Sei por experiência própria que qualquer corrida
só termina mesmo no fim e até lá é sempre possível acontecer
um qualquer percalço. O importante é estar sempre o mais
perto possível de quem lidera e foi isso que fizemos ao longo
de toda a corrida. Quando no derradeiro troço ultrapassámos,
ao km 110, a Toyota do João Ramos, percebemos que ele estava
com problemas, mas não sabíamos de que natureza, nem qual
a grandeza dos mesmos. Sabíamos sim que já lhe tínhamos
ganhado dois minutos e que teríamos de forçar o andamento
para assegurar a vitória nos poucos quilómetros que faltavam.
Demos o nosso melhor e tudo correu bem. É uma vitória
inteiramente merecida. Estou muito satisfeito por termos feito
uma corrida sem problemas, de ver a má sorte de lado, e de,
para além disso, termos conseguido vencer. Quero agradecer a
esta equipa fantástica, a todos os amigos que comigo partilham
estas aventuras, à minha mulher, à minha família e ao público
entusiasta que acompanha estas excelentes corridas de todo-o-
terreno. Foi uma vitória emocionante, que me deixa naturalmente
muito feliz”, disse Alejandro Martins.
C/ CLASSIFICAÇÕES
1º ALEJANDRO MARTINS/JOSÉ MARQUES TOYOTA HILUX 4:52:05
2º HÉLDER OLIVEIRA/PEDRO PIRES DE LIMA MINI PACEMAN +2:04
3º PEDRO FERREIRA/HUGO MAGALHÃES FORD RANGER +2:39
4º TIAGO REIS/VALTER CARDOSO MITSUBISHI LANCER +4:01
5º JOÃO RAMOS/VÍTOR JESUS TOYOTA HILUX +4:17
6º PEDRO DIAS DA SILVA/JOSÉ JANELA MAZDA CX5-PROTO +22:35
7º RICARDO LEAL DOS SANTOS/JOÃO LUZ NISSAN NAVARRA +40:00
8º SÉRGIO VITORINO/LUIS RAMALHO BMW X5CC +42:09
9º RUI SOUSA/CARLOS SILVA ISUZU D-MAX +46:03 (1ºT2)
10º JORGE CARDOSO/JOAQUIM NORTE MAZDA CX5 - PROTO +1:01:05.00
jandro Martins, que estava no sítio certo pre na posição mais baixa do pódio, mas forçar o andamento para tentar chegar primeiro dia de prova, não conseguindo
à hora certa, conseguindo assim a sua com o problema de João Ramos conse- à segunda posição, que conseguimos desembaciar o vidro do seu carro. Pedro
primeira vitória em 2018, o melhor re- guiu chegar ao segundo posto da Baja alcançar. Estamos muito satisfeitos Ferreira também conseguiu o segundo
sultado possível depois de ter tido pro- de Loulé e assim conquistar o segundo por este segundo lugar e queremos pódio da temporada, uma vez que tinha
blemas que o levaram ao abandono na pódio do ano, após o terceiro lugar na ter a oportunidade de o segurar até ao terminado no segundo posto no Pinhal:
Baja TT do Pinhal. No Algarve, esteve o Baja do Pinhal: “A distância entre os final do CPTT”. “Esta segunda etapa, a Baja de Loulé,
mais perto que pode de João Ramos, e adversários foi sempre muito curta, A fechar o pódio ficou Pedro Ferreira. O correu muito bem. Terminámos em
quando este teve problemas, ascendeu pelo que tivemos de imprimir, desde piloto do Ford Ranger também esteve terceiro lugar. No segundo dia já não
a primeiro, vencendo a corrida, fruto cedo, um ritmo muito forte. A pista da sempre no quarto posto, estando sem- tivemos problemas com o desemba-
também de um andamento muito rá- primeira parte do troço da tarde estava pre relativamente próximo de Hélder ciador do carro e rolámos ao nosso
pido ao longo de toda a prova. um pouco dura devido à passagem dos Oliveira e subindo ao pódio graças ao ritmo. Por outro lado, acredito que se no
Hélder Oliveira terminou no segundo SSV. A segunda parte era já um pouco azar de Ramos, no entanto, o piloto primeiro dia não houvesse quaisquer
lugar. O piloto de Barcelos esteve sem- mais rápida e aí tivemos mesmo de também teve alguns problemas no percalços teríamos feito um melhor
TT/
CAMPEONATO NACIONAL DE TODO-O-TERRENO
26 B A J A D E L O U L É
tempo. As corridas são mesmo assim Pedro Dias da Silva [ver caixa ao lado]. PEDRO DIAS DA SILVA
e ainda temos mais quatro provas pela Já na Taça de Portugal, o vencedor foi VENCE DESAFIO MAZDA
frente até ao final do campeonato”. Simão Comenda, que levou a melhor
Entre os T2 a vitória coube a Rui Sousa, sobre Hugo Rodrigues, terminando com Pedro Dias da Silva/José Janela foram os mais fortes do Desafio Mazda em Loulé. A
que venceu destacado a prova, após uma vantagem de 12m36s. equipa vencedora do Desafio em 2017 garantiu a primeira vitória do ano na competição
Edgar Condenso ter problemas na parte Entre os grandes azarados da prova promovida pela Mazda, mas também conseguiu um brilhante sexto lugar final na prova.
final do evento, perdendo muito tempo algarvia estão Nuno Madeira e Ale- Para Pedro Dias da Silva este foi um bom resultado: “Foi muito bom, mas podíamos ter
(cerca de 41 minutos) nos últimos 140 xandre Franco. Ambos os pilotos foram feito ainda melhor em termos de geral. Tivemos um problema na injeção de gasóleo
quilómetros, terminando com um atra- forçados a desistir ainda no primeiro no motor que nos obrigou a rolar muito devagar durante parte considerável no último
so de 43m45s para a liderança. Entre dia, o primeiro devido ao motor do KIA dia, e em especial durante a tarde. Não fosse este percalço e o resultado final seria
os T8 a vitória foi para Mário Duarte, enquanto Alexandre Franco viu a cor- seguramente melhor. Ganhámos em termos de Desafio, que era o nosso principal
que dominou a corrida a seu bel prazer, reia de distribuição do seu BMW Evo objetivo, isto depois de termos abandonado na jornada anterior”.
controlando nos últimos quilómetros a X1 partir-se, numa altura em que era Jorge Cardoso/Joaquim Norte foram os segundos mais rápidos no Desafio e também
larga vantagem que conseguiu. Fran- segundo classificado. Alexandro Franco alcançaram um lugar entre os dez primeiros. “Andámos muito bem e divertimo-nos.
cisco Barreto foi quem mais próximo ainda voltou à prova no segundo dia, Fiquei impressionado com o comportamento do carro face à dureza de algumas partes
andou do piloto do Toyota RAV 4, mas mas voltaria a não ter a sorte do seu do setor. Garantimos um bom resultado e ascendemos à liderança do Desafio, o que nos
mesmo assim terminou a 8m34s do lado, fruto de problemas de motor no deixa muito satisfeitos,” afirmou o piloto.
lugar mais alto do pódio. Mário Mendes seu BMW Evo X1. A fechar o pódio do Desafio, Bruno Rodrigues/Ricardo Claro saíram de Loulé com a
fechou o pódio, mas já a 45 minutos de O CPTT prossegue em Reguengos, no sensação do dever cumprido. “No primeiro dia não consegui tirar proveito do carro. A
Mário Duarte. Hugo Raposo, que venceu último fim de semana de maio, entre os segunda etapa correu melhor, ainda que durante a manhã tenha tido uma indisposição,
entre os T8 no Pinhal, foi forçado a de- dias 25 e 27, numa prova organizada pela o que me ‘travou’ muito. De tarde foi melhor e o terceiro lugar acaba por ser um bom
sistir. No Desafio Mazda o vencedor foi Sociedade Artística Reguenguense. prémio para tanto esforço”.
JOÃO MONTEIRO
REPETE TRIUNFO NOS SSV
Tal como já tem vindo a ser habitual, João Monteiro, aos comandos de um
a segunda jornada do CNTT voltou a Can-Am, depois de no primeiro dia de
ser muito disputada entre os SSV, com prova ter sido Ricardo Carvalho, no novo
a vitória a ficar definida apenas nos Yamaha Turbo, quem levou a melhor.
derradeiros quilómetros. Depois do No dia decisivo, com dois troços, de
triunfo na Baja TT do Pinhal, assistiu-se 81,60km e 142,15km, houve volte face na
a mais uma excelente corrida do jovem classificação.
Se bem que sempre por escassos
C/ CLASSIFICAÇÕES segundos, o líder da competição ao
longo de quase todo o fim de semana,
1º JOÃO MONTEIRO (CAN MA) 3H50M40S Ricardo Carvalho, teve problemas de ficaram separados por apenas um Grancha, todos em Can-Am, terminaram
travões no derradeiro troço e perdeu o segundo, com Marco Silva a terminar no nas posições seguintes. Mário Franco, em
2º PEDRO SANTINHO MENDES (CAN AM) A 1M13S contacto com as posições cimeiras. terceiro lugar, depois de ter ocupado Yamaha, foi o vencedor da Classe T2 para
Por outro lado, João Monteiro, que tinha o segundo lugar durante boa parte do os SSV sem motorização Turbo. O CNTT
3º MARCO SILVA/JOÃO SILVA (CAN-AM) A 1M14S terminado o primeiro dia em oitavo evento. Assim, foi Pedro Santinho Mendes regressa no final do mês, nos dias 28 e 29
lugar, a 1m45s do líder da prova, foi o a terminar no lugar intermédio do pódio. de abril, altura em que se disputa o Raid
4º DAVID TUBARÃO (CAN-AM) A 2M07S mais rápido em ambos os troços do David Tubarão, Lourenço Rosa e Pedro TT da Ferraria.
segundo dia, e isso permitiu-lhe chegar
5º LOURENÇO ROSA/ JOAQUIM DIAS (CAN-AM) A 3M20S à vitória.
Os restantes dois lugares de pódio
6º PEDRO GRANCHA (CAN-AM) A 4M00S
7º MÁRIO FRANCO/LUIS ENGEITADO (YAMAHA) A 5M34S
(1º T2)
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NOTÍCIAS DecorreuestefimdesemanaoPrólogo dizendo que os Toyota rodaram acima
do WEC, um teste de 30 horas que dos parâmetros do BoP estabelecido. O
WEC – PRÓLOGO permite às equipas ultimarem os tempo esteve mais uma vez frio no teste
pormenores para a época que se apro- e a marca resolveu ‘subir a temperatura’
TOYOTA xima. A grande dominadora na classe dos carros para testar a sua fiabilidade.
ASSUSTA LMP1 foi a Toyota, mais de 4 segundos Pelo menos é essa a explicação oficial para
à frente dos privados. Um resultado que a diferença significativa. Nos privados a
Félix da Costa (BMW) e Lamy (Aston Martin) marcaram assustou alguns fãs, mas os responsáveis SMP foi aquela que mais perto rodou dos
presença no prólogo do WEC. Depois do fecho desta da marca já vieram justificar o resultado, Toyota, seguida da ByKolles. Em LMP2 foi o
edição foi a vez de Albuquerque e Chaves DragonSpeed de Pastor Maldonado a ficar
no topo da tabela e em GTE os Porsche
Fábio Mendes dominaram as classes Pro e AM.
[email protected] Os Ford GT foram os que mais se aproxi-
maram dos 919 RSR, seguidos do Ferrari
nº 51 e do BMW nº 82. O primeiro Aston
Martin fez o sétimo tempo.
Em AM a classificação foi ordenada por
marcas, com a Porsche a ocupar os quatro
primeiros lugares, seguido dos dois Aston
Martin e por fim de três Ferrari 488 GTE,
que fecharam a contagem.
A primeira prova está marcada para 5
de maio.
CAMPEONATO DE PORTUGALDE KARTING LANDO NORRIS JÁ LIDERA F2
ARRANCAEMVIANADO CASTELO
Lando Norris e Artem Markelov dividiram as vitórias no primeiro fim
O Campeonato de Portugal de Karting FOTO HELLOFOTO de semana da Fórmula 2, com o jovem ‘reserva’ da McLaren a liderar já
vai cumprir a jornada de abertura no o campeonato, nove pontos na frente de Markelov, com Sérgio Sette
próximo fim de semana e este ano terá a será disputado pela primeira vez o Troféu Kart Camara em terceiro, dois pontos mais atrás.
particularidade de atribuir, no mínimo, nove Kid Race School, dividido em duas classes: Kids Lando Norris começou da melhor maneira a sua temporada de estreia
títulos, podendo, contudo, serem onze os 1 (dos 5 aos 7 anos) e Kids 2 (dos 8 aos 10 anos), na F2, fez a pole position, venceu a primeira corrida e conseguiu
pilotos a festejar um cetro nacional. destinado a crianças que nunca tenham tido licença ainda a volta mais rápida, dominando uma contenda em que terminou
Na categoria X30 Shifter – para pilotos dos desportiva. Estas realizarão dois treinos livres com uma vantagem de 7.6s para Sérgio Sette Câmara, seu colega de
15 aos 31 anos de idade –, para além coroar e um cronometrado e disputaram duas corridas equipa na Carlin. O brasileiro foi um dos destaques da corrida, já que
o vencedor da geral, será determinado pontuáveis. arrancou da sexta posição, terminando em 2º.
um campeão nacional Júnior (dos 15 aos No que diz respeito às categorias que integram o Artem Markelov, que arrancou das boxes, esteve em grande destaque,
17 anos) e um campeão nacional Sénior Campeonato de Portugal de Karting, irão cumprir no chegando ao pódio, vencendo depois a segunda corrida do fim de
(dos 18 aos 31 anos). O mesmo sucederá sábado várias sessões de treinos livres e um treino semana. O russo, que é apoiado pela Renault, arrancou de sexto,
na categoria X30 Super Shifter, em que cronometrado que determinará a grelha de partida depressa chegou a terceiro. Nyck de Vries liderou a prova desde o
os karts estão equipados com caixa de para as 1.ªs manga de qualificação agendada para início, mas parou cedo a acabou apenas em quinto. Quem aproveitou
velocidades mas com motores de 175 cc, em vez domingo entre as 10h00 e as 11h40. No mesmo foi Markelov, com Maximilian Günther a ser segundo, na frente de
dos propulsores de 125 cc na Shifter. Será então dia, entre as 12h30 e as 14h10, realizar-se-ão as 2.ª Sette Câmara, que teve de resistir aos ataques do seu companheiro
determinado um campeão nacional na geral numa mangas de qualificação, enquanto as Finais serão de equipa, Lando Norris, quarto.
categoria onde podem alinhar pilotos a partir dos 32 disputadas entre as 14h30 e as 16h10, estando a
anos, mas também um Master (dos 32 aos 44 anos) e cerimónia de entrega de prémios agendada para as
um Gentleman (para quem tem idade igual ou superior 16h30. FILIPE CAIRRÃO
a 45 anos).
A categoria X30 Sénior, na qual podem participar
pilotos que já tenham completado 15 primaveras,
está de regresso após dois anos sem estar incluída
no campeonato nacional, mantendo-se as restantes:
Júnior (dos 12 aos 15 anos de idade), Juvenil (dos 10
aos 12 anos), Cadete – Troféu António Dinis (dos 7 aos
10 anos) e Iniciação – Troféu Tributo a Figueiredo e
Silva (dos 5 anos 7 anos). Paralelamente, nas cinco
provas do Campeonato de Portugal de Karting – assim
como na Taça de Portugal –, e apenas no sábado,
V/28
INTERNATIONAL GT OPEN
GT OPEN
ÉPOCA 2018 da Europa com os melhores GT. tidas várias combinações entre pilotos
COMEÇA Depois de uma fase de menor fulgor, o Platina, Ouro e Prata, estando proibidas
campeonato está agora numa fase es- duplas Platina/Platina; na Pro Am um pi-
NOESTORIL tável com uma boa grelha e bons nomes loto bronze mais um piloto Platina/Ouro/
atrás do volante. É considerada uma das Prata; na Am apenas pilotos Bronze são
A exemplo do ano passado, José Luís Abreu melhores plataformas para competições permitidos.
o GT Open volta a arrancar [email protected] Pro-Am. Para equilibrar a competição, o campeo-
no Circuito do Estoril, num O formato das corridas mantém-se para nato usa um sistema de handicaps em que
evento que apesar de ter visto este ano. Na sexta feira teremos 3 sessões os três primeiros recebem um handicap
‘cair’ o CPVT, tem ainda um Circuito do Estoril irá receber no de treinos; duas sessões de 60 minutos, de 15, 10 e 5 segundos até um máximo
programa bem interessante, próximo fim de semana a pri- mais uma sessão de 40 minutos para os acumulado de 30 segundos. Estes han-
com os Clássicos, Clássicos meira jornada do International pilotos Bronze apenas. dicaps são retirados um por um a cada
1300, Legends, Super 7, GTOpen,acompetiçãoquenas- No sábado temos uma qualificação de resultado abaixo do top 3. Estes tempos
ceu do Campeonato Espanhol 30 minutos (piloto1) e uma corrida de 70 são acrescentados na paragem obriga-
ORadical European Master e minutos, o que se repete no domingo com tória para troca de pilotos. Além também
Euroformula Open de GT, pela mão de Jesus Pareja. nova sessão de qualificação de 30 minu- da aplicação de handicaps na geral, as ca-
tos (piloto2) e uma corrida de 60 minutos. tegorias Pro-Am e Am têm um sistema
Esta será a 13ª edição do campeonato que O calendário da competição é composto similar, em que o acréscimo de tempo é
por 7 provas, começando em Portugal, dado aos dois primeiros classificados de
desde 2006 percorre as melhores pistas seguindo para França (Paul Ricard, 5-6 cada categoria, com 10 segundos para o
de Maio), Bélgica (Spa, 9-10 de Junho), primeiro e 5 para o segundo, até um máxi-
Hungria (Hungaroring, 7-8 de Julho), Grã- mo acumulado de 20 segundos, também
Bretanha (Silverstone, 1-2 de Setembro), a ser cumprido durante o período de troca
Itália (Monza, 22-23 de Setembro) e obrigatória de pilotos.
Espanha (Barcelona 20-21 de Outubro). As máquinas usarão todas pneus da
É um calendário que passa por algumas Michelin e combustível da mesma mar-
das melhores pistas da Europa, todas elas ca (Panta).
com Pedigree, e todas recebem a F1 com a Para este ano na lista de inscritos po-
exeção do Estoril que já recebeu o Grande deremos contar com máquinas como o
Circo no passado. Os carros são divididos BMW M6 GT3, Lamborghini Huracan GT3,
por dois pilotos, que poderão competir Mercedes AMG GT3 e Ferrari 488 GT3. Na
em três categorias: na Pro são permi- grelha para este ano poderemos contar
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29
MIGUEL RAMOS COM A LAZARUS NUM LAMBORGHINI HURACÁN GT3
Miguel Ramos vai disputar o International GT Open num organização definir como BoP. Isto é, tudo pode acontecer”. O
Lamborghini Huracán GT3 da Lazarus, equipa que regressa piloto luso já rodou com a sua nova máquina, e percebeu que
a esta competição. O piloto luso vai ter como companheiro tem agora em mãos um carro muito diferente do Ferrari com
de equipa o italiano Fabrizio Crestani,
numa dupla bem curiosa, já que Miguel que correu o ano passado: “O Lamborghini
Ramos foi Campeão do GT Open em 2015 Huracan tem um grande comportamento
e Crestani foi também Campeão do GT em curvas muito rápidas e é muito
Open em 2016. Portanto, uma dupla de difícil em curvas lentas. Eu diria que o
campeões no Huracán GT3. Lamborghini é um carro para circuitos
A equipa também irá disputar a como Silverstone, Monza, Spa e um carro
Blancpain Endurance, terá dois muito difícil em circuitos como o Estoril
Lamborghini Huracán GT3 a correr: “No e Hungaroring. Quanto ao meu colega, o
GT Open, vamos para ganhar na geral. O Fabrizio Crestani, é um piloto profissional,
campeonato tem sido competitivo, mas tem 30 anos, já esteve na GP2, e as
o mais importante é a regularidade e é primeiras impressões e feeling do carro
isso que vamos tentar fazer. De qualquer são excelentes, estamos em total sintonia
modo, na primeira prova é tudo muito relativamente ao que se está a passar, e
relativo, pois depende sempre do que a isso é muito importante para ter sucesso
como dupla”, disse Miguel Ramos.
LOURENÇO BEIRÃO DA VEIGA REPETE GT OPEN
C/ H O R Á R I O Após uma época de estreia bastante bem conseguida no conhecido o seu colega de equipa, sendo que depois de ter
GT Open, o Team Costa Campos Racing e Lourenço Beirão corrido o ano passado com António Félix da Costa, Tiago
da Veiga estão de regresso para uma temporada em que Monteiro, Augusto Farfus e Nelson Piquet Jr, quando houve
indisponibilidade dos primeiros, desta feita, com Félix da
esperam capitalizar Costa no WEC e Tiago Monteiro, para já indisponível para
o conhecimento e a correr, mas depois no WTCR, Beirão da Veiga terá um colega
experiência adquirida de equipa fixo: “Estou muito contente por finalmente
em 2017. Depois de confirmar o meu programa desportivo de 2018. Sempre foi
uma primeira metade intenção do Team Costa Campos Racing manter a aposta
de temporada em que no GT Open, este ano novamente com a Teo Martin na parte
aprendeu os segredos técnica, pelo que acredito que temos todas as condições
do GT Open e dos para ser um dos candidatos a lutar pelas vitórias. Vamos
GT3, Beirão da Veiga prova a prova procurar pontuar sempre, com cabeça fria
obteve duas vitórias e atacar nos momentos certos. Quero agradecer ao Team
na segunda metade Costa Campos a aposta contínua em mim como piloto
da época, e foi o piloto titular da equipa e no próximo fim de semana no Estoril
que mais pontos espero começar com o pé direito, contando para isso com
somou. o apoio do público e como fator de motivação acrescida”,
Neste momento, disse Lourenço Beirão da Veiga.
para já ainda não é
SEXTA-FEIRA, 13 DE ABRIL
08.30/09.30 TREINOS LIVRES 1 RADICAL EUROPEAN MASTER 60M
40M
09.40/10.20 TREINOS LIVRES 1 EUROFORMULA OPEN 40M
60M
10.30/11.10 TESTES PRIVADOS CLÁSSICOS 1300/CLÁSSICOS/LEGENDS 60M
40M
11.20/12.20 TREINOS LIVRES 1 INTERNATIONAL GT OPEN 60M
20M
13.20/14.20 TREINOS LIVRES 2 RADICAL EUROPEAN MASTER 40M
20M
14.30/15.10 TREINOS LIVRES 2 EUROFORMULA OPEN
25M
15.20/16.20 TREINOS LIVRES 2 INTERNATIONAL GT OPEN 25M
25M
16.30/16.50 QUALIFICAÇÃO CLÁSSICOS/CLÁSSICOS 1300 70M
50M
17.00/17.40 TREINOS LIVRES 3 GT OPEN PILOTOS BRONZE
50M
17.50/18.10 QUALIFICAÇÃO CPV LEGENDS 25M
35M
SÁBADO, 14 DE ABRIL 60M
50M
09.00/09.30 QUALIFICAÇÃO 1 EUROFORMULA OPEN 25M
25M
09.40/10.10 QUALIFICAÇÃO 1 GT OPEN 25M
10.20/11.05 QUALIFICAÇÃO RADICAL EUROPEAN MASTER
11.25 CORRIDA 1 CLÁSSICOS 1300/CLÁSSICOS
12.10 CORRIDA 1 CPV LEGENDS
12.45/13.10 QUALIFICAÇÃO SUPER 7 BY TOYO TIRES
15.15 CORRIDA 1 INTERNATIONAL GT OPEN
17.05 CORRIDA 1 RADICAL EUROPEAN MASTER
DOMINGO, 15 DE ABRIL
08.45/09.15 QUALIFICAÇÃO 2 EUROFORMULA OPEN
09.25/09.55 QUALIFICAÇÃO 2 GT OPEN
10.15 CORRIDA 2 RADICAL EUROPEAN MASTER
11.25 CORRIDA 1 SUPER 7 BY TOYO TIRES
12.15 CORRIDA 2 EUROFORMULA OPEN
13.15 CORRIDA 2 INTERNATIONAL GT OPEN temporada da sua carreira. O português que será definido esta semana.
também estará inserido no Blancpain. Hugo Godinho poderá ser o terceiro por-
14.55 CORRIDA 3 RADICAL EUROPEAN MASTER Lourenço Beirão da Veiga, que fez a estreia tuguês que, caso confirme a presença,
neste campeonato no ano passado com poderá estar à partida da prova portu-
16.05 CORRIDA 2 CPV CLÁSSICOS um BMW M6 da Teo Martin Motorsport. O guesa do GT Open. O piloto de Coimbra
piloto que no ano passado teve a compa- testou várias máquinas ao longo dos úl-
17.30 CORRIDA 2 CPV LEGENDS nhia de nomes consagrados como António timos meses, mas à hora do fecho desta
Félix da Costa, Tiago Monteiro e Augusto edição não era ainda conhecida a equi-
18.15 CORRIDA 2 SUPER 7 BY TOYO TIRES Farfus, terá este ano consigo um piloto pa e carro eventualmente escolhidas.
com3representantesportugueses:Miguel lante de um Lamborghini Huracan GT3
Ramos, já um dos pilotos habituais neste do Team Lazarus. Ramos terá como co-
campeonato que já conquistou em 2015, lega de equipa Fabrizio Crestani. O piloto
ao lado de Álvaro Parente, estará ao vo- é agora piloto Bronze e irá fazer a última
>>motosport.com.pt M O T O G P ARGENTINA
CAL
CRUTCHLOW
OREI
DO TANGO
A segunda ronda do Mundial de MotoGP ficou marcada pela
emotividade e pelos casos que fizeram desta uma corrida
diferente
Francisco Mendes a sair do primeiro lugar da grelha. cerca de 14 metros da pole position como Na frente Marc Márquez e Jack Miller fu-
[email protected] A ousadia de Miller, perante a instabilidade penalização, não saindo assim das linhas giam aos seus mais diretos adversários,
das condições atmosféricas, acabaria por das boxes, como dita o regulamento, por liderados por Alex Rins (Suzuki), que ti-
Épor esta e por outras razões que o voltar a dar que falar na corrida. uma questão de segurança, devido ao nha na sua roda Zarco e Cal Crutchlow
Mundial de MotoGP é uma competi- Assim, o australiano decidiu apresen- elevado número de pilotos. (LCR Honda). Isto numa altura em que a
ção sem igual no mundo motorizado. tar-se para a segunda ronda do Mundial Mas os casos deste GP da Argentina não direcção de corrida abria finalmente uma
O GP da Argentina, que no fim de com pneus slicks montados na sua Ducati, ficavam por aqui, já que Marc Márquez investigação à situação da largada de Marc
semana teve lugar no circuito de Termas e a verdade é que a maioria dos pilotos (Honda) deixou a sua moto desligar-se Márquez, acabando por penalizar o Cam-
de Rio Hondo, voltou a ficar marcado pelo decidiram trocar de pneus de chuva para na linha de partida, após a volta de apre- peão do Mundo com um ‘ride through’, ou
bom andamento dos pilotos das equipas slicks, à última hora, o que provocou uma sentação, e quando todos os pilotos se seja, uma passagem pela boxe.
satélite que surpreenderam tudo e todos. corrida às boxes, depois de todos já es- preparavam para a largada. A direção de Tudo aconteceu à quinta das 24 voltas
Começamos pelo homem da pole position, tarem alinhados na grelha de partida. corrida ainda tentou que o piloto saísse deste Grande Prémio da Argentina. Com
Jack Miller (Alma Pramac Racing), que A situação levou a organização a adiar a da grelha e partisse da boxe, contudo esta situação Miller ficou na frente da
na qualificação deixou todo o mundo de largada por questões de segurança, mas Márquez colocou a sua Honda a funcio- corrida e Marc Márquez caiu para a 19ª
boca aberta, depois de ter decidido montar a verdade é que numa corrida declarada nar e voltou à sua posição. Uma situação posição. Aproveitando o revés do espanhol
pneus slick na sua Ducati, com macio à como ‘flag to flag’, logo desde início, devido verdadeiramente bizarra, que deixou a da Honda, Alex Rins subiu a segundo e
frente e médio atrás, algo que Marc Már- à instabilidade das condições do tempo, direção de corrida do Mundial com nota Zarco a terceiro, enquanto Cal Crutchlow
quez (Honda) e Cal Crutchlow (LCRR Hon- tornou esta situação inadmissível. negativa nesta segunda ronda do cam- era agora quarto, na frente de Andrea
da) também tinham experimentado nas O caso é ainda mais caricato, para a direc- peonato. Mas o caso não ficaria por aqui! Dovizioso, que na quinta posição era o
suas motos, mas acabaram por desistir de ção de corrida, quando Miller fica sozinho Na largada, Jack Miller saiu na frente melhor piloto oficial da Ducati.
imediato da ideia depois de perceberem na grelha e protesta, juntamente com mas rapidamente foi apanhado por Marc Com Márquez a fazer pela vida e muito
que a pista se apresentava muito molhada a sua equipa, pelo insólito da situação. Márquez que assumiu o comando, numa atrasado, o espanhol mostrava o seu pior
depois da chuva que tinha caído. Contudo, a direção de corrida, após uma altura em que Johann Zarco (Monster lado de grande piloto e Campeão do Mun-
Contudo Miller, determinado a surpreen- reunião com os responsáveis de todas Yamaha Tech3) e Dani Pedrosa (Honda) do, e, na remontada, começou por levar
der tudo e todos, acabou por garantir a pole as equipas, em plena pista, decidiu que tocavam-se e o espanhol sofria uma que- à sua frente Aleix Espargaró (Aprilia),
na última volta da qualificação, quando todos os pilotos teriam de largar da gre- da que o deixava fora da corrida logo na num altura em que ambos lutavam pela
todos já pensavam que seria Dani Pedrosa lha de partida, mas de uma distância de primeira volta. 18ª posição, numa manobra que obrigou
31
Márquez a perder um lugar. C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O
Na frente, Alex Rins espreitava a oportu-
nidade para ultrapassar Miller, enquanto MOTOGP pela vitória estava entregue a três pilotos, segunda posição, a 0,177s do vencedor,
Zarco e Crutchlow seguiam de perto a luta com Crutchlow na frente, seguido por enquanto Alex Rins foi terceiro, a 2,501s.
entre os dois primeiros. 1º CAL CRUTCHLOW (LCR HONDA) 24 VOLTAS Zarco e Rins. Mais atrás, Marc Márquez A fechar o top cinco, Jack Miller, na quarta
Atrás dos quatro da frente, Andrea Do- subia ao sétimo posto por troca com An- posição, a 4,390s, enquanto Maverick
vizioso e Maverick Viñales lutavam pelo EM 40M36,342S drea Dovizioso. Depois, numa tentativa Viñales foi quinto, a 14,941s.
quinto lugar com o piloto da Yamaha a desesperada de ganhar posições e passar Com tudo isto três pilotos independentes
levar a melhor, seguido pouco depois pelo 2º JOHANN ZARCO (MONSTER YAMAHA TECH 3) +0,251S Valentino Rossi, acabou por empurrar o terminaram entre os cinco primeiros,
seu companheiro de equipa, Valentino italiano para o chão, numa manobra que mostrando que neste início de tempo-
Rossi, que subia ao sexto lugar em troca 3º ALEX RINS (SUZUKI) +2,501S levou a direção de corrida a penalizar rada, as forças em confronto estão mais
com Dovizioso que começava a andar para novamente o espanhol, agora com 30s, equilibradas.
trás e a voltar a revelar as dificuldades 4º JACK MILLER (ALMA PRAMAC RACING) +4,390S por pilotagem irresponsável, o que fez Já quanto a Marc Márquez bem se pode
que a marca de Borgo Panigale sentiu ao com que Márquez terminasse fora dos queixar de um conjunto de erros sem
longo de todo o fim de semana. 5º MAVERICK VIÑALES (YAMAHA) +14,941S pontos, no 18º lugar. precedentes, primeiro com uma má estra-
Numa corrida intensa a luta pelos lugares Na frente era a vez de Johann Zarco as- tégia na qualificação que o deixou fora dos
do pódio estava ao rubro e a nove voltas do 6º ANDREA DOVIZIOSO (DUCATI) +22,533S cender à liderança, quando faltavam lugares da linha da frente para a corrida e
final Alex Rins ultrapassava Miller e subia quatro voltas para o final. Contudo, Crut- depois por uma corrida para esquecer com
à liderança. Tal foi sol de pouca dura já que 7º TITO RABAT (REALE AVINTIA RACING) +23,026S chlow, no segundo lugar, não parecia muitos erros que o acabou por penalizar.
na volta seguinte o espanhol da Suzuki co- disposto a facilitar e a duas voltas do Contas feitas, Cal Crutchlow é o novo líder
meteu um erro, ao alargar uma trajetória, 8º ANDREA IANNONE (SUZUKI) +23,921S fim da corrida regressou ao comando do Mundial.
e Millerregressouaoprimeirolugar,com para não mais o largar apesar dos ata- A próxima ronda do Mundial é o GP das
Crutchlow a aproveitar da melhor forma 9º HAFIZH SYAHRIN (MONSTER YAMAHA TECH 3) +24,311S ques cerrados de Zarco, que tudo fez Américas que terá lugar em Austin, no
toda a situação para ascender à segunda para vencer, acabando por terminar na Texas, entre 20 a 22 de abril.
posição, e Zarco ao terceiro lugar. 10º DANILO PETRUCCI (ALMA PRAMAC RACING) +26,003S
O britânico da LCR Honda estava mais rá-
pido e não tardou a passar por Jack Miller, CAMPEONATO
1º CAL CRUTCHLOW 38 PONTOS; 2º ANDREA DOVIZIOSO 35 PONTOS;
3º JOHANN ZARCO 28 PONTOS; 4º MAVERICK VIÑALES 21 PONTOS; 5º
MARC MÁRQUEZ 20 PONTOS; 6º JACK MILLER 19 PONTOS
com o australiano a alargar em demasia
uma curva e numa assentada a passar
de primeiro para quarto, atrasando-se
na luta pelo pódio.
Desta forma, a cinco voltas do final a luta
32 M O T O 2 ARGENTINA
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MIGUEL OLIVEIRA O piloto português da KTM ainda conse-
CONQUISTA 3º LUGAR guiu recuperar a liderança mas uma nova
COM SABOR AGRIDOCE manobra do italiano - em tudo idêntica à
anterior - voltou a levar o piloto luso a abrir
O português apresentou-se em grande nível nesta ronda do mundial e voltou a mostrar o porquê a sua linha e a perder novamente duas
de ser um dos candidatos ao título posições, com Xavi Vierge a aproveitar e
a subir ao segundo lugar, atrás de Pasini.
Francisco Mendes Intact GP), Miguel Oliveira dissipou todas envolveu-se, então, numa disputa acesa Com quatro voltas para o final da corrida
[email protected] as dúvidas de uma classificação menos pelos lugares cimeiros, e a 18 voltas do final e ainda a superar os seus tempos em
conseguida devido à chuva. da contenda já pressionava o líder, Mattia prova, Miguel Oliveira ainda conseguiu
MiguelOliveira(RedBullKTM Na largada, Xavi Vierge saiu da pole po- Pasini, pelo comando da prova. reduzir a distância para a liderança, mas
Ajo) concluiu a segunda sition e assumiu o comando que nem O italiano recusou-se durante algumas não o suficiente para voltar a lutar pelo
prova da temporada, o GP uma flecha, enquanto Miguel Oliveira, voltas a ceder o lugar ao piloto portu- primeiro lugar.
da Argentina, na terceira que descolou da sétima posição, com guês, que ainda assim mostrava ter um Até ao final as posições não se alteraram
posição, numa corrida onde mais um arranque cirúrgico, atacou de ritmo superior, fazendo várias voltas mais e Mattia Pasini alcançou a vitória no GP da
a luta pela vitória durou até forma destemida a primeira travagem, rápidas. Argentina, relegando para a segunda posi-
às bandeira de xadrez e o piloto português arrematando quatro posições. Ainda antes A 11 voltas da bandeira axadrezada, o ção Xavi Vierge, a 0,850s, enquanto Miguel
da KTM mostrou que está na luta pelo da segunda curva, o piloto português re- piloto da Red Bull KTM Ajo conseguiu Oliveira ocupou o terceiro lugar, a 1,414s
campeonato. Realizando uma corrida clamou nova posição, mostrando estar a concretizar a ultrapassagem a Pasini mas, do vencedor, naquele que é o primeiro
de nota máxima, apesar da vitória de conseguir extrair um bom desempenho pouco depois, um ataque questionável de pódio do piloto da KTM esta temporada.
Mattia Pasini (Italtrans Racing Team) e do da sua KTM. Pasini obrigou Miguel Oliveira a sair da A fechar o top cinco, Lorenzo Baldassari,
segundo lugar de Xavi Vierge (Dynavolt Com os seis pilotos mais rápidos a con- trajetória para evitar o contacto, perdendo que acabou por ser quarto, a 5,178s, na
seguirem destacar-se, Miguel Oliveira duas posições. frente de Alex Márquez, que terminou a
5,471s do vencedor desta segunda ronda
do campeonato.
“Acho que deixei demasiado ‘a porta aber-
ta’ em alguns momentos da corrida. Sabia
que era uma corrida sem grandes zonas de
ultrapassagem. Senti-me bastante forte,
o meu ritmo e velocidade estavam lá, mas
acho que talvez as minhas trajetórias não
tenham sido suficientemente defensivas
33
M O T O 3 ARGENTINA
MARCOBEZZECCHIESTREIA-SEAVENCER
A corrida de Moto3 do Grande Prémio da Argentina, segunda voltas do final levou Masia a saltar de quarto para segundo
ronda do Mundial, traduziu-se por uma luta intensa pelos numa assentada, o que foi sol de pouca dura, já que Fabio Di
lugares do pódio, com exceção do lugar mais alto, onde Giannantonio voltava a ascender ao segundo lugar na volta
Marco Bezzecchi (Redox PruestelGP) liderou de início ao fim. seguinte e Aron Canet voltava a ser terceiro com Masia a cair
Na largada, Bezzecchi assumiu o comando da corrida, para quarto.
surpreendendo Tony Arbolino (Marinelli Snipers Team), Na frente, Marco Bezzecchi não facilitava, mantendo toda a
que saindo da pole foi incapaz de travar o melhor concorrência à distância, deixando todo o interesse da corrida
andamento do seus adversários. Atrás de Marco centrado na luta pelos lugares secundários, onde as mudanças
Bezzecchi surgia Enea Bastianini (Leopard Racing) e de posição eram uma constante.
Gabriel Rodrigo (RBA BOE Skull Rider). Assim, a cinco voltas do final Aron Canet assumiu a segunda
Já Jorge Martin (Del Conca Gresini Moto3), líder do Mundial à posição numa ultrapassagem no final da reta da meta a Di
chegada a esta ronda, decidiu montar pneus slicks, entre a Giannantonio, com este a responder de imediato mas a não
volta de apresentação e a largada, e acabou por sair das boxes, conseguir despachar o piloto espanhol da Estrella Galicia 0,0.
atrasando-se assim na luta pelos lugares da frente. A duas voltas do final um toque entre Jaume Masia e Fabio Di
Contudo, Fabio Di Giannantonio (Del Conca Gresini Moto3) Giannantonio acabou por deixar o piloto da Bester Capital Dubai
acabaria por chegar ao segundo lugar no decorrer da segunda fora da luta pelos lugares do pódio, ao sofrer uma queda sem
volta numa altura em que a luta pela segunda posição estava consequências.
ao rubro. Com a intensa luta pelo lugar do meio, lucrou Marco No final a vitória para Marco Bezzecchi, a primeira em Moto3,
Bezzecchi que fugiu aos seus perseguidores e a 17 voltas do depois de liderar esta segunda ronda da temporada de início a
fim tinha já uma vantagem superior a cinco segundos sobre os fim, enquanto Aron Canet foi segundo, a 4,689s de Bezzecchi,
seus mais diretos adversários. e Fabio Di Giannantonio ocupou o lugar mais baixo do pódio, a
Com Bezzecchi isolado na frente da corrida, as atenções 5,963s do vencedor.
centravam-se na luta pelos restantes lugares do pódio, que era O top cinco ficou completo com Enea Bastianini, quarto, a
protagonizada por Fabio Di Giannantonio, Aron Canet (Estrella 5,818s, na frente de Adam Norrodin, (Petronas Sprinta Racing)
Galicia 0,0) e Jaume Masia (Bester Capital Dubai), e que a 13 quinto, a 9,112s .
C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O
MOTO3
1º MARCO BEZZECCHI (REDOX PRUESTELGP) 21 VOLTAS
EM 41M43,822S
2º ARON CANET (ESTRELLA GALICIA 0,0) +4,689S
3º FABIO DI GIANNANTONIO (DEL CONCA GRESINI MOTO3) + 4,963S
C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O 4º ENEA BASTIANINI (LEOPARD RACING) +5,818S
5º ADAM NORRODIN (PETRONAS SPRINTA RACING) +9,112S
6º ALONSO LOPEZ (ESTRELLA GALICIA 0,0) +13,349S
7º LORENZO DALLA PORTA (LEOPARD RACING) +123.925S
8º NICCOLÒ ANTONELLI (SIC58 SQUADRA CORSE) +14,363S
CAMPEONATO
MOTO2 1º ARON CAN 40 PONTOS; 2º JORGE MARTIN 30 PONTOS; 3º MARCO
1º MATTIA PASINI (ITALTRANS RACING TEAM) 23 VOLTAS BEZZECCHI 27 PONTOS; 4º FABIO DI GIANNANTONIO 26 PONTOS; 5º
EM 40MIN37,538S LORENZO DALLA PORTA 25 PONTOS
2º XAVI VIERGE (DYNAVOLT INTACT GP) +0,850S
3º MIGUEL OLIVEIRA (RED BULL KTM AJO) +1,414S
4º LOREZNO BALDASSARRI (PONS HP40) +5,178S
5º ALEX MARQUÉZ (EG 0,0 MARC VDS) +5,431S
6º REMY GARDNER (TECH 3 RACING) +10,4256S
7º JOAN MIR (EG 0,0 MARC VDS) +13,379S
8º DOMINIQUE AEGERTER (KIEFER RACING) +13,460S
9º FRANCESCO BAGNAIA (SKY RACING TEAM VR46) +22,038S
10º MARCEL SCHROTTER (DYNAVOLT INTACT GP) +22,867S
CAMPEONATO
1º MATTIA PASINI 38 PONTOS; 2º LORENZO BALDASSARRI 33
PONTOS; 3º FRANCESCO BAGNAIA 32 PONTOS; 4º XAVI VIERGE 28
PONTOS; 5º MIGUEL OLIVEIRA 27 PONTOS
e também tive a infelicidade de ser tão
empurrado para fora da pista e perder
muito tempo. A três voltas do fim, o Xavi
Vierge também me passou e não houve
muito que pudesse fazer. Ainda assim é
um desfecho bastante positivo, já que
levamos muitos pontos para casa, e, mais
do que isso, começamos a voltar à nossa
performance normal e estou feliz por
conseguir este pódio”, sublinhou Miguel
Oliveira no final do GP da Argentina.
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TRIUMPH
» TIGER 1200 XCA
“SOFISTICAÇÃO CAMALEÓNICA”
A evolução das Triumph Tiger 1200 para 2018 é
impressionante e, pese embora ao nível do seu design e
estética apenas existam alterações pouco percetíveis,
mantendo-se o aspecto global da moto, a principal
referência vai de facto para a sensação de facilidade na
sua condução, graças a um emagrecimento assinalável
do conjunto, disponibilidade e subida de rotação de motor
desde baixa rotação e na maior simplicidade de alteração
de todos os seus parâmetros eletrónicos
Pedro Rocha dos Santos volante de motor que com uma cam- anterior resultando numa pilotagem
[email protected] bota também mais leve proporcionam onde o peso real da moto, de quase
uma resposta muito mais rápida do já 250 kg, apenas se sente.
E stávamos com alguma di- de si vigoroso tricilindrico com 141 cv
ficuldade em ‘adjetivar’ a da Triumph. Também o escape Arrow PRIMEIRO CONTACTO
experiência e o nível de so- em titânio que monta de origem a ver- Assim que subimos pela primeira vez
fisticação e capacidade de são XCA permite reduzir mais 2,1 kg. na Tiger 1200 temos de imediato a
adaptação proporcionada “Last but not the least”, a adopção de agradável surpresa do conforto do seu
pela nova Triumph 1200, que uma bateria de última geração reduz banco de duas peças, da sua altura
de ‘Explorer’ agora também adoptou 2,6 kg ao peso da Tiger 1200. contida ao solo, pois na posição mais
a designação ‘Tiger’ como a sua irmã E de facto todo o trabalho de redu- alta chegava perfeitamente com os
800, razão pela qual utilizámos o termo ção de peso em vários elementos, em dois pés ao chão, e da possibilidade
‘camaleónico’, pois a enorme facilidade conjugação com um quadro e uma de ambos serem aquecidos, na versão
que a versão topo de gama das versões ciclística que já eram uma referência, topo de gama que ensaiámos, a XCA,
Triumph XC, a XCA, permite em termos acabam por proporcionar uma expe- existindo comando separados para o
de adaptação à nossa condução ou ao riência totalmente diferente da versão banco do piloto e do pendura.
terreno por onde circulamos, é de facto
de dimensão ‘camaleónica’.
A sensação de ‘facilidade’ e de rápida
adaptação à condução deriva essen-
cialmente da diminuição drástica de
peso que a Triumph impôs às suas
Tigers 1200 para 2018, tendo trabalha-
do ao nível de vários componentes para
viabilizar uma ‘cura’ que representa
cerca de 11 kg a menos. Entre vários
elementos que ‘emagreceram’ na nova
Tiger destacamos os menos 2,5 Kg do
35
pelo sistema Ride-by-Wire, Rain, Road,
Off Road (desliga ABS apenas atrás),
Sport, Off Road Pro (desliga o ABS na
frente e atrás e o control de tração) e
Rider (personalizável).
A Tiger 1200 XCA inclui ainda sistema
de chave ‘Keyless’ que só se utiliza
fisicamente para abertura do tampão
de depósito, sistema de ‘quickshift’ ou
Shift Assist , que funciona com enorme
precisão, e embraiagem deslizante
de acionamento hidráulico, bastante
ligeira, suave e precisa.
No painel TFT de informação, ajustável
também em inclinação, encontramos
informação constante relativa a veloci-
dade, rotações, modo de pilotagem se-
lecionado, mudança engrenada, nível
de combustível, relógio e temperatura
exterior. Através do acionamento do
‘joystick’ podemos ainda obter in-
formação adicional tal como 2 Trip,
consumos médios e instantâneos, au-
tonomia, modos de motor disponíveis,
definição do modo de painel e contras-
te do mesmo, revisões, temperatura
do líquido refrigerante, ajuste elétrico
do écrã, ajuste das suspensões semi
ativas e ajuste do travão automático
quando parado em subidas ou desci-
das. Um sistema de navegação muito
simples e intuitivo proporcionado pelo
acionamento do pequeno joystick. No
punho esquerdo existe ainda o seletor
de aquecimento dos punhos, os piscas,
o comutador de luzes e o de máximos
tipo gatilho no indicador, a buzina e o
seletor de Cruise Control.
Algo que na versão 2017 tínhamos segurança. Inclui ainda luz especial TUDO À MÃO E FÁCIL ELETRÓNICA, MOTOR
notado era a posição do guiador de- para rodar de dia e dois faróis auxi-
masiado à frente, a qual está agora liares mais pequenos mas 150% mais Nos comandos do punho esquerdo, E CICLÍSTICA DE TOPO
corrigida, estando mesmo colocado intensos que na versão anterior. que se iluminam à noite facilitando
cerca de 2 cm mais atrás, realidade Também nesta matéria há que desta- assim a sua identificação e localiza- O novo ‘cérebro’ da Tiger 1200, um
que proporciona uma posição mais car o novo painel TFT de informação ção, encontramos agora um peque- sensor IMU que permite leituras cons-
natural e confortável na moto, so- que incorpora um sensor de contraste no ‘joystick’ com 5 movimentos que tantes em movimento a cada 15 metros
bretudo quando conduzimos de pé. automático que se adapta à luz exterior nos permite com enorme precisão de todas as variáveis da moto e acio-
Também as amplas peseiras maqui- e que permite a adopção de 6x2 estilos e facilidade navegar nas diferentes nar eletronicamente as suspensões,
nadas e personalizadas com logo da diferentes de leitura no painel, sendo funcionalidades da eletrónica da nova o control de tração, o ABS em curva
marca proporcionam conforto extra e facilmente intermutáveis. Tiger 1200, nomeadamente na seleção e proporcionar níveis de segurança
‘agarram’ em condução fora de estrada. dos 6 modos de motor proporcionados e adaptação ao estilo de condução a
As luzes são agora todas de tecnoço- cada momento em função dos modos
gia LED e os faróis são direcionáveis de motor selecionados.
de forma automática em curva para A nível do tricilíndrico da Tiger 1200
proporcionarem maior visibilidade e
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com 1215 cc e 141 cv e um binário de recomenda os Pirelli Scorpion Rally. do comportamento e da posição de de pressão a Tiger 1200 voltou a ficar
122 Nm às 7.600 rpm, houve uma evo- Selecionámos o modo Off Road Pro, condução em pé, permitindo conduzir impecável, fazendo jus à qualidade
lução sobretudo na diminuição de peso que desliga automaticamente o ABS e a moto com os ‘joelhos’ tipo endu- dos seus acabamentos e materiais e
de alguns dos seu componentes com o Control de Tração e regula também ro, graças à estreiteza do depósito a partimos para nova sessão fotográfica
destaque para o volante de motor e as suspensões semi ativas da WP para esse nível. desta vez em estrada, a caminho do
cambota dotando o tricilíndrico de uma modo Off Road dando-lhes maior sua- cabo da Roca onde pudemos testar
resposta mais rápida e desafiando-nos vidade e capacidade de absorção das DESPORTIVA TAMBÉM o modo Sport e o sistema de trava-
para uma condução mais desportiva irregularidades do terreno. Gostámos Depois de uma ligeira lavagem à pistola gem em curva. Com a facilidade de
tal é a sensação de ficarmos agarrados
ao guiador quando rodamos o punho. CONCORRÊNCIA BMW R1200 GS ADVENTURE 1.170 CC KTM 1290 SUPER ADVENTURE T 1.301 CC
Claro que em condução mais agressiva
e onde a Tiger 1200 mostra os dotes APRILIA CAPONORD RALLY 1.197CC 125 CV 160 CV
da sua ciclística a travagem torna-se
mais relevante pelo que os travões 125 CV POTÊNCIA POTÊNCIA
Brembo de 4 pistons e pinças radiais
com discos de 305 mm na dianteira e POTÊNCIA 260 KG 222 KG
282 mm na traseira mostram toda a
sua eficácia e garantem uma travagem n.d. KG PESO PESO
progressiva mas poderosa e contro-
lada pelo excelente sistema ABS que PESO 18 068€ 19 654€
incorpora e um sistema de travagem
combinada que melhora ainda mais 17 343€ PREÇO BASE PREÇO BASE
a sua eficácia.
PREÇO BASE
MAIOR APTIDÃO OFF ROAD
Quisemos ensaiar a Tiger 1200 XCA
fora de estrada, embora com os pneus
originais que monta, uns Metzeler
Tourance Next. As novas jantes de
raios permitem também a montagem
de pneus de tacos tubeless e a marca
37
FT/ F I C H A T É C N I C A um toque de joystick a Tiger 1200 XCA
adapta-se de imediato a outra realida-
1215 CC de e comporta-se à altura de qualquer
desportiva, entrando em curva com
CILINDRADA toda a segurança e saindo das mesmas
com enorme efetividade e controle
141 CV graças à combinação de um controle de
tração e um binário sempre presente
POTÊNCIA a baixas rotações, característico do
tricilíndrico da Triumph e a fazer muito
20 L lembrar o comportamento da mais
desportiva Tiger 1050. Uma condução
DEPÓSITO mais agressiva e entusiasmante que a
Tiger 1200 proporciona e entusiasma,
248 KG levará certamente a uma subida nos
consumos e a uma menor autonomia
PESO tendo em conta os 20 litros de capa-
cidade do seu depósito, mas a opção
21 350€ será nossa.
PREÇO BASE CONCLUSÃO de ‘Sofisticação Camaleónica’ está
perfeitamente justificada.
MOTOR POTÊNCIA 141PS / 139BHP (104KW) No final ficámos rendidos à polivalên- A Triumph Tiger 1200 XCA é a topo de
9.350RPM BINÁRIO MAX. 122NM 7.600RPM cia excepcional da nova Tiger 1200 , à gama nas versões XC (mais adaptadas
ESCAPE SISTEMA DE COLETOR 3 EM 1 DE AÇO sofisticação e leveza do conjunto, à para o Off Road que as versões XR de
INOXIDÁVEL COM SILENCIADOR ARROW EM facilidade de utilização e funciona- jantes de liga de 19” à frente em vez
TITÂNIO TAXA DE COMPRESSÃO 11,0:1 MOTOR lidade da sua eletrónica, à pujança de 21”) e tem um PVP de 21.350, euros.
TIPO REFRIGERADO POR LÍQUIDO, 12 VÁLVULAS, e subida de rotação do seu motor, à A Tiger 1200 XCA 2018 está disponí-
DOHC, 3 CILINDROS EM LINHA CX DE VEL. 6 comodidade proporcionada pelo seu vel em duas cores: Christal White e
VEL. EMBRAIAGEM HÚMIDA, MULTIDISCO COM banco ergonómico e suspenções e Marine (esta ultima a cor da moto que
CONTROLO HIDRÁULICO, ASSISTIDA CICLÍSTICA à qualidade dos seus materiais e re- ensaiámos).
ÂNGULO DA COLUNA DE DIRECÇÃO 23,2 º RODA quinte dos seus acabamentos. Por isso
DIANTEIRA 32 RAIOS, ARO DE ALUMÍNIO, TUBELESS a qualificação que encontrámos para
19 X 3,0 RODA TRASEIRA 32 RAIOS, ARO DE adjetivar a Triumph Tiger 1200 XCA
ALUMÍNIO, TUBELESS 17 X 4,5 PNEU DIANTEIRO
120/70 - R19 PNEU TRASEIRO 170/60 - R17
SUSPENSÃO DIANTEIRA INVERTIDA WP DE 48
MM, SEMI-ACTIVA CURSO 190 MM SUSPENSÃO
TRASEIRA AMORTECEDOR WP, AJUSTE HIDRÁULICO
DA PRÉ-CARGA, CURSO DA RODA 193 MM TRAVÃO
FRENTE DISCOS DUPLOS FLUTUANTES DE 305
MM, PINÇAS BREMBO RADIAIS MONOBLOCO DE 4
PISTÕES, ABS TRAVÃO TRÁS DISCO ÚNICO DE 282
MM, PINÇA 2 PISTÕES NISSIN, ABS DIMENSÕES
ALTURA 1540 MM ALTURA DO BANCO 835 - 855
MM DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 1520 MM LARGURA
DO GUIADOR 930 MM CONSUMOS CONSUMO
COMBINADO 5,2 L/100 KM
38
OS PORSCHE Ricardo Grilo
DO SENHOR... [email protected]
DOS PORSCHE FOTOS Colecção Américo Nunes
PARTE II C ampeão Nacional de Ralis em
1966, na categoria de Grande
SINFONIA Turismo e Desporto, Améri-
A SEIS co Nunes sabia que tinha que
encontrar um modelo mais
CILINDROS competitivo que permitisse
fazer a diferença para a época seguin-
Na sequência de uma série de três artigos sobre os carros que te, conforme relatámos na primeira
Américo Nunes - pluricampeão nacional de ralis e velocidade parte desta série de artigos. Depois
nos anos 60 e 70 - pilotou ao longo da sua carreira de 20 de uma viagem frustrada a Estugarda
em busca de um novo modelo prepa-
anos, passamos agora para um período mais intenso, a fase do
sucesso, quando as vitórias começaram a surgir e o nome do
piloto passou a ser sinónimo da marca Porsche e de todos os
recordes nos ralis nacionais
CONHEÇA ESTA E MUITAS
OUTRAS HISTÓRIAS EM AUTOSPORT.PT
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Vila do Conde, 1972:
surpreendendo
Ernesto Neves e Carlos
Santos, Américo
Nunes comanda a
primeira volta da prova
de Grande Turismo
e Desporto, com o
Porsche Carrera 6
rado no departamento desportivo da frente na gama da marca, pois asso- a Sociedade Comercial Guérin que co- nacional o elevava para um nível su-
Porsche (devido ao colapso parisiense ciava também os primeiros travões de meçava a compreender a importância perlativo, ainda que estivesse prati-
do temperamental 356B 2000 GS Car- disco ventilados num Porsche de sé- de ter alguém como Américo Nunes camente de série (se excluirmos um
rera GT) a opção seria voltar-se para rie às novas jantes de liga ‘Fuchs’ que a promover os seus produtos no país. botão de buzina complementar, ins-
o mercado nacional. passariam a ser a imagem de marca Assim, o piloto pôde encomendar um talado do lado do navegador).
Recorde-se que em outubro de 1966 do modelo. exemplar, novo, que seria entregue No entanto, a estreia da nova monta-
tinha sido apresentada uma versão Mas o novo 911 S criava um pequeno num vistoso tom de vermelho. da, no Rali das Camélias de 1967, se-
mais desportiva do novo Porsche 911: dilema, pois a sua compra implica- Este Porsche equipado com o motor ria tudo menos auspiciosa, pois um
com carburadores Webber IDS, uma va um investimento que equivaleria Flat-6 de 2 litros não seria o primeiro problema na direção transformou o
taxa de compressão mais elevada, sensivelmente ao preço de três Austin 911 a competir em Portugal, cabendo a desportivo alemão num animal errá-
novos veios de excêntricos e válvulas Cooper S, idênticos aos dos principais honra de pioneirismo a António Pereira tico e impossível de domar, somando
de maior dimensão. O motor de 2 litros adversários! de Almeida que alinhara com um 911 três despistes e alguma lata amolga-
passava a debitar 160 cv, dando origem Devido a esse importante constrangi- de 130 cv nas Camélias de 1966. Mas da. Ainda assim o 5º posto final seria
ao primeiro modelo ‘S’ da série 911. mento, a aquisição apenas seria possí- o carro de Nunes iria ser o primeiro pertença da dupla Nunes e Saraiva.
O carro marcava um belo passo em vel com o apoio dado pelo importador, S, com o motor de 160 cv que a nível Resolvido o problema da direção, o
40
2
14
678
Porsche venceria dois ralis consecuti- alguns ralis pelo meio. Os triunfos de fábrica com uma série de detalhes 1000 km de Benfica, a Volta a S.Miguel
vos do campeonato nacional: a enor- na classe de GT e as boas pontua- que melhoravam as suas prestações. A e a Volta à Madeira, onde seria o único
me e muito dura Volta a Portugal e os ções alcançadas valeriam o título de razão é desconhecida, possivelmente classificado. Na velocidade, uma sé-
1000 km do Benfica. Nada mais seria Campeão Nacional de Velocidade de porque seria um carro de treinos usa- rie de boas classificações e vitórias
o mesmo para um piloto que agora fa- Grande Turismo e Desporto e o título do pela equipa oficial. Vinha equipado na classe, incluindo um pódio nas 3
zia parte da elite dos vencedores dos idêntico no campeonato de ralis, jun- com uma embraiagem e carburadores Horas da Granja do Marquês, seriam
ralis portugueses. tamente com o título absoluto de ralis. Webber 46 idênticos aos que equipa- suficientes para o título de vice-cam-
Mas ainda haveria um forte contra- Um ano de 1967 em cheio. vam o motor de 2 litros dos Carrera 6 peão na categoria de Grande Turismo
tempo, pois quando Nunes, Saraiva e e 911 R. A potência superava os 180 e Desporto.
um amigo comum se dirigiam para a “BOMBA BRANCA” cv, sendo superior a todos os carros O ano de 1969 marcaria o fim da dupla
Volta ao Minho, num momento em que na época existentes no campeonato com Evaristo Saraiva e a promoção de
rodavam perto dos 180 km/h (ainda Mas o substituto dos dois 911 S já esta- nacional de ralis, incluindo os diver- Nunes para a área comercial da Guérin,
não havia limite de velocidade nas es- va na calha. Seria um novo 911 de com- sos Porsche 911 S que foram surgin- onde o seu nome e o seu conhecimento
tradas nacionais) sofreram um gran- petição preparado na fábrica, even- do e que, como vimos anteriormente, do produto lhe permitiam bater todos
de acidente causado por um trator tualmente adquirido com o apoio da debitavam 160 cv de origem. os recordes de vendas, com a vanta-
que mudou de direção sem aviso. O Guérin. Mas como esse modelo ainda Tendo conduzido o carro por estra- gem de ter agora mais tempo livre, a
Porsche ficaria todo torto, rasgado não estava pronto, enquanto aguarda- da até Lisboa, o 911 S branco foi es- par de ganhar duas vezes mais que na
e até o motor foi arremessado para va pela nova montada, Nunes desco- treado com um triunfo no Rali das anterior posição dentro da empresa.
o meio da estrada, com os seus três briu que no departamento desportivo Camélias de 1968, seguindo-se novo Nessa altura soube que em
ocupantes feridos com diferentes em Zuffenhausen se encontrava um triunfo nos 1000 km de Benfica, no Zuffenhausen estava por fim dispo-
graus de gravidade (sendo o referido modelo de transição que servia os Rali da Montanha, na Volta à Madeira nível o seu novo 911 de competição, um
amigo, sentado no banco traseiro, o seus intentos na perfeição. e ainda uma vitória no grupo no Rali fantástico 911 ST igual aos da equipa
mais atingido pelo impacto). Tratava-se de um 911 S de 2 litros, todo de Marrocos. No final do ano Nunes oficial, com o motor de 2.3 litros e 230
Para continuar a competir, a Guérin branco, que no papel pouca ou nenhu- venceria novamente o campeona- cv. O futuro parecia promissor, pois,
colocou outro 911 S à disposição do ma diferença fazia dos modelos an- to nacional de ralis, quer em Grande pelo menos em teoria, este Porsche
piloto, agora um exemplar amarelo- teriores. Aliás, o piloto nunca referiu Turismo e Desporto, quer em termos deveria ser um dos carros mais com-
-torrado que iria começar por fazer nada sobre a preparação do novo 911 e absolutos. No ano seguinte esse 911 S petitivos dos ralis nacionais. Mas como
a época de velocidade, intercalando só recentemente se soube que o carro, venceria novamente as Camélias, os houve um novo atraso na sua cons-
construído em 1967, vinha preparado
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3 trução (os da equipa oficial tinham graria impor o difícil Porsche verde a
prioridade), o piloto viu-se obrigado a um numeroso grupo de adversários.
5 iniciar o campeonato com o anterior A “Bomba Verde” não voltaria a ven-
911 S branco, e da melhor maneira, di- cer neste ano, mas somando os pon-
9 ga-se de passagem, pois venceu o Rali tos conquistados anteriormente ao
das Camélias, o Rali Rainha Santa, a volante do 911 branco, no final do ano
1 Réplica do “GL-96-60”, o primeiro Porsche 911 S de Américo Nunes, precisamente Volta ao Minho e o Rali da Montanha. Américo Nunes era recompensado
Datará dessa altura a carta de uma com a conquista de mais um título de
no local onde o piloto começou a carreira (com um 356) em 1962 jovem adolescente que escreveu a Campeão Nacional de Ralis, na cate-
Nunes queixando-se do facto do pilo- goria de Grande Turismo e Desporto.
2 Junto ao 911 S antes de triunfar nos 1000 km do Benfica to não dar hipóteses aos adversários. Para a época de 1971 o 911 ST continua-
3 O mesmo 911 S na Granja do Marquês, em Sintra, onde ficaria em 4º da geral Em 1970 iniciava-se em Portugal a ria a ser a aposta, melhorado dentro
4 Após ter destruído o primeiro 911 S, a temporada de 1967 foi concluída com este novidade que era a Formula Ford. E do possível para o tornar mais versá-
Américo Nunes quis estar presente til e utilizável nas provas de estrada. O
novo exemplar. Aqui antes da partida no circuito de Vila do Conde na aventura, alinhando na Rampa da caminho das evoluções parecia cor-
Pena com um Lotus 61 MX do Team reto, pois os resultados começaram a
5 Proveniente do departamento desportivo de Zuffenhausen, o 911 S “BG-34-18” Palma, tendo sido o vencedor-sur- surgir, tendo Nunes vencido uma vez
presa. No entanto, o piloto iria rapi- mais a extensa e dura Volta a Portugal
iria dominar os ralis portugueses durante quase três anos damente desistir dos monolugares e ‘o seu’ Rali das Camélias, prova dis-
quando percebeu que os dedos dos putada em estradas escorregadias e
6 Os carros de ralis eram também carros de velocidade. Aqui no circuito pés ficavam à frente do eixo dianteiro sinuosas, onde o piloto de Lisboa se
sem qualquer protecção credível para sentia particularmente confortável.
da Granja do Marquês lá da fibra de vidro.
UM SPORT-PROTÓTIPO
7 O bom andamento no rali de Marrocos de 1968 seria prejudicado pelo número “BOMBA VERDE”
SAÍDO DO ACASO
anormal de furos Em meados do mês de maio foi por fim
notificado que o novo Porsche de com- A meio do ano surgiu a hipótese de
8 A Rampa de Monsanto de 1970 marcou a estreia do novo Porsche 911 ST petição estava pronto para entrega e, adquirir por um bom preço um carro
uma vez mais, cumpriu a viagem até muito interessante que lhe permitiria
“Bomba Verde” Estugarda para levantar o carro direta- dar um relevante passo qualitativo
mente no departamento desportivo da nas provas de velocidade. Tratava-
9 Com o 911 ST a caminho do triunfo na Volta a Portugal de 1971 fábrica. Só aí tomou conhecimento que se do Porsche 906 (ou Carrera 6) com
10 Américo Nunes, Fernando Castelo-Branco e o 911 ST no rali de Monte Carlo de 1972 o impressionante ST, novo, brilhante o chassis nº 133, que tinha feito uma
e com os guarda-lamas fortemente curta carreira nos EUA (com Charlie
10 alargados, estava pintado de verde. Kolb) para em seguida ser vendido
Em seguida, como era hábito, o piloto para o Reino Unido, onde nas mãos de
veio diretamente de Estugarda, a rodar Geoffrey Edmonds competiu no cam-
por estrada, a tempo de se estrear na peonato local de Sport Cars e ainda nas
Rampa de Monsanto, onde rodou mais mangas do mundial de SPA e Brands
preocupado em compreender as rea- Hatch de 1968. No ano seguinte, esse
ções do ST que em obter um grande 906 foi vendido a Nicholas Gold que o
resultado. Em seguida vieram dois cir- inscreveu nas 6 Horas de Vila Real, di-
cuitos do nacional de velocidade, pri- vidindo a pilotagem com Joaquim Filipe
meiro em Montes Claros e em seguida Nogueira. Muito rápido no início da cor-
em Vila do Conde, classificando-se em rida, o piloto português iria despistar-
ambos na 4ª posição da geral. Como -se na curva de Mateus, danificando
seria de esperar, a reação generali- o carro. Na sequência deste acidente,
zada dos adversários, da imprensa e o 906 seria adquirido e reparado por
dos aficionados perante o novo carro Filipe Nogueira, passando a ser por
foi de espanto, pois não havia nada este utilizado em algumas provas do
vagamente semelhante no panorama campeonato nacional de velocidade,
dos ralis portugueses. Vem dessa al- ao longo de 1969 e 1970.
tura a designação de “Bomba Verde” Em 1971 o piloto de Lisboa decidiu ven-
que perduraria no tempo e acabaria cer o carro, colocando um anúncio no
por fazer parte da mística gerada por jornal Motor.
este modelo tão especial. Segundo parece, o 906 estaria algo
Mas nem tudo eram rosas, e havia desgastado e o motor teria qualquer
uma boa razão para manter em ac- problema não identificado. Américo
tividade o antigo 911 nos ralis e usar Nunes aproveitou a oportunidade e
inicialmente o novo carro apenas na adquiriu o pequeno Sport-Protótipo,
velocidade: inadvertidamente o 911 ST localizando rapidamente a causa do
tinha sido entregue com especifica- problema (a falta de um dente no veio
ções de circuito, tornando-se muito do distribuidor) e preparando o con-
pouco utilizável em provas de estrada. junto a tempo de alinhar na edição
Brutal mesmo, com o autoblocante a de 1971 do circuito de Vila Real, onde
80%, barras anti-rolamento demasia- iria ser o 3º piloto português na pro-
do grossas e suspensões muito duras. va de 500 km.
A estreia em ralis aconteceria apenas Em seguida, conseguiu um razoável
na Volta à Madeira, um rali muito duro, 4º posto em Montes Claros e um 3º
em estradas sinuosas com piso de pa-
ralelepípedo, onde Américo Nunes lo-
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1
em Vila do Conde. Américo Nunes ti- nacional de ralis nos anos de 1971 e 6
nha por fim um verdadeiro modelo de 72. Alguns adversários rejubilaram- 7
competição para circuitos, ainda que -se então, chegando a dar entrevis-
algo datado e marcado pela passa- tas referindo que os anos de Nunes
gem do tempo. Com muitas horas de já tinham passado e que o piloto dos
uso, o motor 2.0 litros com seis cilin- Porsche não tinha quaisquer hipóte-
dros horizontalmente opostos e du- ses no nacional de ralis.
pla ignição já não debitava os 220 cv De facto, os resultados não surgiam
de origem, calculando-se que ficaria nas provas de estrada, com o único
pelos 200 cv. Por seu turno, devido brilharete a ser o segundo lugar na
aos remendos e reforços da carroça- volta à Madeira de 72, depois de uma
ria, o peso de origem de 625 kg tinha prova ao ataque para compensar um
aumentado muito significativamen- atraso inicial. Em seguida vendeu o
te, ultrapassando agora os 700 kg, ‘ST’ a Alexandre Rebelo, um jovem
isto numa altura em que os adversá- piloto local que ficaria conhecido no
rios tinham carros modernos e muito continente muitos anos mais tarde, em
mais competitivos, como o Lola T-280 2007 e 2008, pelas brilhantes exibições
e o Chevron B-21 de Carlos Gaspar, no campeonato nacional de clássicos
o Lotus 62 de Ernesto Neves e mes- de velocidade.
mo o Porsche 907 de Carlos Santos.
Definitivamente, apostar na regula- UM 911 DE TRANSIÇÃO
ridade seria a melhor opção, tendo
em conta as condições do belo Sport- O objetivo passava por trocar o 911
Protótipo, que estava longe até de ser ST por um dos anunciados Porsche
o melhor entre os diversos Carrera 6 Carrera RS, modelo potente e muito
que competiram em Portugal. leve que marcaria um significativo
Entretanto, pelo lado das provas de salto em frente no desempenho dos
estrada, uma corrida ao armamen- 911. Mas como o RS ainda não estava
to por parte dos adversários, aliada a disponível, Nunes decidiu comprar um
alguns problemas surgidos com o 911 modelo dito de transição para se man-
ST e, detalhe pouco conhecido, alguns ter em atividade no período de alguns
problemas na vida pessoal do piloto, meses que distaria até à conclusão
levaram a que o rendimento de Nunes do processo de homologação do RS.
decaísse um pouco no campeonato Após alguma pesquisa, iria optar por
um Porsche 911 S 2.2 que soube estar
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1 O Porsche Carrera 6 na Rampa da Pena 5 e, eventualmente, acrescentar mais al-
2 Nunes com o Porsche Carrera 6 na inauguração do Autódromo do Estoril, em 1972 guns triunfos aos 16 que já conquistara
ter sido dilatada pela montagem dos no nacional de ralis. Mas nada correria
Mais atrás o antigo 911 S “BG-34-18” agora nas mãos de Policarpo de Brito escapes diretos tão ao gosto de Nunes. como o planeado: primeiro, a Guerra do
A opção pela versão ‘Touring’ prender- Yom Kippur iria levar a um embargo
3 Preparado para ralis no departamento desportivo da marca, o 911 S 2.2 “GC-76-23” -se-ia possivelmente pela ideia de o petrolífero e ao cancelamento das pro-
poder revender mais facilmente em vas desportivas em Portugal. Apenas
foi estreado no Rali TAP de 1972 Portugal, quando quisesse transitar se iria realizar o Rali Tap, em março,
para algum modelo superior. Mas ain- com recurso a gasolina alegadamente
4 O mesmo 911 S 2.2 equipado com pneus de terra e com as cores do Team ViP, da assim era um carro extraordinário, fornecida pelo governo da Venezuela.
ligeiro, com a potência a surgir a baixo Sem ter ainda o ‘Série G’, para esta pro-
nas Camélias de 1973 regime e muito mais fácil de explorar va iria alinhar com o Porsche 911 S 2.4
que o anterior 911 ST “Bomba Verde”. A do seu amigo Giovanni Salvi, classifi-
5 Estreado no TAP de 1973, o Carrera RS 2.7 iria vencer em seguida arma ideal para um campeonato onde cando-se em 12º da geral.
pontificavam carros tão competitivos Em seguida deu-se a revolução de
o Rali Rainha Santa… como os Datsun 240Z, Fiat 124 Spider, Abril, na sequência da qual Américo
Porsche 911 S 2.4 ou mesmo o Citroën Nunes iria ser saneado pela comissão
6 …e também o “Rali” Santa Joana DS23 de Francisco Romãozinho, mui- de trabalhadores da Guérin, sendo em
7 Sem carro próprio, Américo Nunes iria alinhar no TAP de 1974 to forte nas provas de longa duração. seguida detido durante seis meses
Logo na estreia iria conseguir um ex- pelo Copcon devido a “suspeitas de
com o 911 S 2.4 “DL-67-67” de Giovanni Salvi celente 5º lugar no Rali Internacional participação em atividades fascistas
TAP, vencendo ainda a prova comple- repressivas”. Pelo meio, a dita comis-
disponível em Zuffenhausen. Um mo- na mesma equipa, o Team ViP, com mentar final, disputada no Autódromo são de trabalhadores terá decidido
delo especial, todo branco, que tinha os carros decorados em azul e cor- do Estoril. Em seguida iria ganhar o vender o recém-chegado Porsche 911
sido produzido em 1971 e que esta- -de-laranja e, mais importante, o fi- Rali Rainha Santa e o Rali Princesa Carrera 2.7 MFI do seu ex-companhei-
va guardado na fábrica, sem serviço, nanciamento assegurado pelos pa- Santa Joana, conseguindo ainda dois ro de trabalho, sem qualquer base le-
com a vantagem de estar preparado trocinadores da formação. O início do segundos lugares no Rali às Antas e na gal para o fazer.
de origem para ralis, equipado com campeonato ainda foi realizado com Volta a S. Miguel. Afinal os adversários Libertado ao fim de seis meses por
‘Roll Bar’, ‘Bacquets’, diferencial au- o 911 S 2.2, desistindo quando discu- ainda tinham que contar com Américo não terem qualquer fundamento as
toblocante e faróis suplementares. Já tiam o comando do Targa com António Nunes, mesmo num ano como 1973 acusações, o piloto teve que partir
em Portugal, a potência inicial de 180 Carlos de Oliveira (Datsun 240Z) e con- em que o campeonato de ralis teve do zero, reconstruindo a sua vida e a
cv terá sido aumentada para mais de seguindo um resultado modesto nas uma participação muito concorrida, sua atividade profissional durante um
190 cv com o habitual recurso aos es- Camélias, sem terem treinado e com profissionalizando-se para um nível período conturbado em que, como é
capes diretos que o piloto gostava de o 911 equipado com pneus de terra. até então inédito, com as equipas se- óbvio, teve que suspender a ativida-
montar nos seus carros. A razão prendia-se com uma ida do mi-oficiais Fiat Torralta, Entreposto- de desportiva.
Com este 911 iria conseguir uma boa piloto a Angola no intervalo entre os Datsun e Tofa-GM. Mas a paixão mantinha-se e, no ín-
classificação no Rali Internacional Tap dois ralis nacionais, levando consigo Ainda antes do final do ano, Américo timo, Nunes sabia que seria apenas
(7º da geral e 2º entre os portugueses, o Porsche Carrera 6 para correr em Nunes iria vender o Porsche Carrera uma questão de tempo até conseguir
logo atrás de Giovanni Salvi), e, a ter- Moçâmedes, no circuito organizado RS a Pedro Rasteiro, pois tinha já en- regressar, como iremos ver na terceira
minar o ano, venceria ainda o Rali de por ocasião das Festas do Mar. O ba- comendado um novo 911 Carrera 2.7 e última parte desta história.
Fim de Ano à Figueira da Foz. lanço final traduziu-se por um 3º lugar MFI com a carroçaria da ‘Série G’ com
Esta melhoria do desempenho nos ra- da geral e… pela venda do Porsche ao o qual deveria disputar a época de 1974
lis seria acompanhada pela surpreen- piloto local Herculano Areias.
dente conquista do título de Campeão
Nacional de Velocidade, mediante a REGRESSO ÀS VITÓRIAS
referida tática da regularidade ao vo-
lante do ‘velho’ Porsche Carrera 6, ba- E O FIM DE UMA ERA
tendo Carlos Gaspar (Lola T-280 DFV),
Ernesto Neves (Lotus 62) e Carlos Após o rali das Camélias, o Carrera
Santos (Porsche 907). Possivelmente, RS 2.7 estava finalmente disponível
a derradeira vez em todo o planeta e homologado pela FIA. Tratava-se de
em que um campeonato nacional terá um modelo ‘Touring’ com teto de abrir
sido ganho por um Porsche Carrera 6. e pintado num pouco comum roxo -
Em 1973 Nunes e Salvi iriam correr que seria rapidamente coberto pelo
vinil azul do Team ViP. O carro tinha
210 cv de origem, potência que poderá
+44
JAGUAR Francisco Cruz da, pormenores como as jantes em liga
[email protected] leve de 18”, o kit de carroçaria R-Sport,
» XF SPORTBRAKE 2.0 D AWD R-SPORT os faróis automáticos ou a iluminação de
Orgulhosa descendente não só aproximação.
VALEU A PENA A ESPERA da primeira geração do modelo, Já no habitáculo, cujos lugares dianteiros
mas também do sedan que lhe têm um acesso mais fácil que os traseiros,
Relegada, tal como na primeira geração, para mais tarde, está na base, a verdade é que, a já esperada qualidade de construção e
desta feita, foram precisos dois anos para que a Jaguar pelo menos na nossa opinião, de materiais, ainda que emoldurada por
desse a conhecer a segunda geração da XF Sportbrake. a nova XF Sportbrake acabou linhas algo conservadoras em demasia,
suplantando ambos! Viu ser-lhe acres- mas que não deixam de favorecer a fun-
A qual, renovada no âmago e com algumas novidades em centado, numa secção frontal em tudo cionalidade, garantida igualmente por co-
termos estéticos e de equipamento, transmite, no entanto, idêntica à da berlina, e como tal particu- mandos bem colocados e vários espaços
larmente cativante, um perfil que, nesta de arrumação. Igualmente convincente, a
a certeza de que valeu a pena a espera! nova geração, transmite, de forma ainda posição de condução, a proporcionar uma
mais acentuada, a ideia de uma shooting boa integração do condutor no cockpit,
LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE brake de linhas que mais parecem não mercê de um volante de óptima pega e de
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT acabar - isto, apesar de até ter menos 6 um banco de inspiração desportiva, am-
mm que a antecessora, fruto da adopção bos multi-ajustáveis. Ainda que, no caso
de uma nova plataforma modular com do primeiro, com o manípulo de ajuste
chassis em alumínio. menos funcional que já vimos!
Uma vez chegados à traseira, deparamo- E se, mesmo no caso da má visibilidade
-nos com uma reinterpretação do dese- traseira, o condutor não deixa de ter solu-
nho dos farolins do desportivo F-Type, a ções à mão, como é o caso dos opcionais
juntar às duas ponteiras de escape e, no sensores de estacionamento e câmara, já
caso da versão R-Sport por nós testa- os ocupantes dos lugares traseiros podem
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queixar-se de inesperados condicionalis- 565 litros (+15 litros que a antecessora), FT/ F I C H A T É C N I C A do Atrelado (TSA), Sistema de Aviso
mos que o anunciado aumento de distân- aumentáveis até aos 1.700 litros, mediante de Afastamento da Faixa de Rodagem,
cia entre eixos (+51 mm) e consequente o fácil e prático rebatimento (40/20/40) 2.0 / 241 CV SistemadeProtecçãode Peões e Alarme
crescimento do espaço para pernas (+30 das costas dos bancos traseiros, e com ex- Perimétrico, entre outros.
mm), não fariam prever. A começar pela celente acesso e plano de carga, resultado GASÓLEO Como motorização, na unidade por nós
impossibilidade de estender os pés para também de um generoso portão de accio- ensaiada, a versão mais potente do quatro
debaixo dos assentos da frente, de forma namento eléctrico (parte do Sportbrake 6,7 S cilindros 2.0 litros a diesel, com dois turbos,
a aproveitar ainda melhor o generoso Convenience Pack, por 1.531,91€) e de a debitar 240 cv e 500 Nm de binário, que,
espaço para pernas, terminando no lu- uma suspensão traseira autonivelante. 0-100 KM/H conjugado com uma caixa automática ZF
gar do meio, cujo possível ocupante tem Ainda assim e sobre o equipamento, im- de oito velocidades, revela não apenas
(quase) tudo contra si: desde um túnel de porta referir o facto desta versão R-Sport 5,8 L / 9,0 L (AUTOSPORT) funcionamento discreto e linear, como
transmissão demasiado largo e grande já apresentar um equipamento de série prestações de topo e consumos à altura
(consequência também da tracção in- bastante completo, com destaque, no 100 KM do estatuto do conjunto - 9 l/100 km foi
tegral), até um assento que, tem tanto de capítulo da segurança, para a Travagem a nossa média.
saliente, quanto de estreito. Autónoma de Emergência, Controlo 153 Contudo, é também em estrada que estes
Melhor argumento é, sem dúvida, a baga- Dinâmico de Estabilidade e Controlo aspetos acabam ganhando uma outra
geira, a anunciar uns quase referenciais de Tração, Assistência à Estabilidade G/KM- CO2 relatividade, fruto, desde logo, de um pisar
agradavelmente aveludado, embora não
77 257€ menos estável ou seguro, ajudado tam-
bém pela presença de argumentos como
PREÇO (VERSÃO R-SPORT) as já referidas suspensão traseira autoni-
velante e tracção integral. Assim como por
MOTOR/CAIXA DE VELOCIDADES/ uma direcção de peso correto e precisão,
COMPORTAMENTO/BAGAGEIRA e um sistema de modos de condução com
quatro opções - Normal, Eco, Chuva/Gelo/
ACESSO AOS LUGARES TRASEIROS/ Neve e modo Dinâmico. Todos a fazerem
LUGAR DO MEIO/DESIGN INTERIOR desta carrinha britânica uma estradista
ALGO AUSTERO por excelência, preferencialmente em
família, até porque o conforto é um dos
MOTOR 4 CIL. CILINDROS EM LINHA, aspetos que faz com que a espera tenha
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MODERNO E ARROJADO passa uma sensação agradável, para o AO VOLANTE
que muito contribuem as possibilidades
O Hyundai Kauai é a mais recente aposta no capítulo SUV por de personalização, que podem ornar as O Hyundai Kauai é um modelo que dá
parte da marca sul-coreana. Lançado em novembro último, é uma molduras das saídas de ventilação, a zona prazer guiar e transmite feeling desde
proposta de design moderno e refrescante do segmento B-SUV. circundante da alavanca das velocidades, o primeiro momento, logicamente que
Fomos conhecê-lo na versão 1.0 T-GDi a gasolina com 120 cv o anel do botão para ligar o motor, os à escala do seu motor 1.0 a gasolina de
pespontos dos assentos, volante e cintos 120 cv. Este permite-nos uma condução
André Duarte carroçaria bi-tom que é um gosto e as (estes últimos opção única no segmento). tranquila e lida bem com as necessi-
[email protected] bonitas jantes. No geral, é um modelo O ecrã tátil tipo flutuante no tablier, ainda dades do conjunto, embora sendo uma
com uma estética que fala por si, mar- que saliente e por isso esteticamente não presença sonora frequente no habitá-
Esteticamente é um gosto o novo cando inegavelmente à sua passagem. muito harmonioso, apresenta uma boa culo, com o barulho oriundo do capot
Kauai. Um modelo com um de- visibilidade. Disponível de 5” a 8’’ (op- a fazer-nos companhia no habitáculo
sign arrojado, diferenciado e INTERIOR cional), integra todas as funcionalidades sem serem precisas grandes subidas
de laivos de off road. Esta per- O interior transporta a ideia do exte- de conectividade e infoentretenimento, de regime.
cepção é garantida pela fren- rior, de um modelo jovial, pragmático como navegação, media e conectividade Em estrada, o seu peso de 1233 kg, quan-
te aguerrida com a grelha em e moderno. Marcado pela sensação de (integração de smartphone Apple Carplay do associado a pneus 235/45 R18, como
cascata; linha acentuada na lateral; aros espaço, tanto nos lugares dianteiros como e Android Auto), estando devidamente no caso da versão ensaiada, exige algo
nas cavas das rodas; proteção inferior traseiros. Os bancos são confortáveis e posicionado para uma fácil consulta das do bloco de três cilindros a gasolina,
do pára-choques; contornos dos pis- recebem bem as costas. informações por parte de quem segue com o binário de 172 Nm a partir das
cas e luzes de marcha atrás na traseira; Ainda que alguns plásticos deixem a ao volante. 1.500 rpm a obrigar-nos a recorrer com
e barras de tejadilho. A isto acresce a desejar, num olhar geral, o habitáculo alguma frequência à caixa manual de
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6 relações a baixas velocidades, para abordagens em curvas a elevadas ve- Entre os sistemas de assistência à con- No fundo, é um modelo que nos transmite
compensar aquilo que, naturalmente, o locidades, em registos que, à partida, dução, de série, destaque para o sistema sensações ao volante que estão em con-
motor nem sempre consegue dar. Nas poderíamos pensar não ser possível. de manutenção na faixa de rodagem e formidade com a estética que nos oferece
passagens esta oferece-nos alguma re- Adorna-se e faz-se bem às curvas, alerta de fadiga do condutor. ao olhar. E nem as contingências próprias
sistência no curso do seletor, parecendo transmitindo-nos sempre muita se- de um pequeno motor numa proposta de
haver um ‘clique’ a cada passagem ao gurança e um grande tato nas reações a BALANÇO FINAL consideráveis dimensões se revelam um
invés da fluidez habitualmente espe- esperar. Tanto a direção como os travões O Hyundai Kauai garante uma imagem problema, antes oferecem-nos a realidade
rada. No entanto, tal é um pormenor e correspondem a preceito e estão em distintiva aos seus ocupantes, e adequa- da vida, que também tem os seus ‘senãos’,
não um problema. harmonia com o conjunto. No geral, é -se bem a vários ambientes, tanto num que, por existirem, não quer dizer que se
O comportamento, nomeadamente ao uma proposta que transmite ao volante passeio citadino, como numa incursão a deixe de a gozar. Com o Kauai as viagens
nível do compromisso chassis/ suspen- a sensação de prazer e jovialidade ema- pisos fora de estrada, obviamente, desde são um gosto, independentemente de
são, é de grande nota, permitindo-nos nada pela imagem exterior. que não muito exigentes nesse particular. tudo o resto.
E/ Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma informação atual, rigorosa abordagem e de análise dos factos noti-
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 de Janeiro, tomóvel disputadas em território nacional e de qualidade, opinando sobre tudo o ciosos, com total abertura à interatividade
ESTATUTO Lei da Imprensa, publica-se o Estatuto e no estrangeiro, relata acontecimentos que se passa na área do automóvel e dos com a sua comunidade de leitores. 4. O
EDITORIAL Editorial da publicação periódica AutoSport: ligados à competição automóvel, bem como automobilistas, numa perspetiva plural, re- AutoSport pratica um jornalismo pautado
1. O AutoSport é um semanário dedicado temas que versam o automóvel como bem cusando o sensacionalismo e respeitando pela isenção, sem comprometimentos
ao automóvel e aos automobilistas, nas de consumo, tanto na área industrial como a esfera da privacidade dos cidadãos. 3. ou enfeudamentos, tendo apenas como
suas mais distintas vertentes: desporto e comercial. O AutoSport pauta as suas opções edito- pressuposto editorial facultar a melhor
competição, comércio, indústria, segurança 2. O AutoSport está comprometido com riais por critérios de atualidade, interesse informação e a melhor formação aos seus
e problemática rodoviária. O AutoSport o exercício de um jornalismo formativo e informativo e qualidade, procurando apre- leitores, seguindo sempre as mais elemen-
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