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Published by hmilheiro, 2018-02-12 05:42:31

AutoSport_2094

AutoSport_2094

#2094 40
ANO 40
anos
14/02/2018
O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES >> autosport.pt
2,35€ (CONT.)
>> 20 R5 PREVISTOS PARA FAFE
DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES >> TUDO SOBRE RALLYE
SERRAS DE FAFE
EGSUPIEACIAL >> ARMINDO ARAÚJO
DE REGRESSO

DDEERCPAAOLMIRPSTE2UON0GA1AT8OL

+
O NOVO RENAULT
MÉGANE R.S.
PÁG. 44

O QUE MUDANAFÓRMULA1 PÁG.4 SUZUKI
GSX-R125 E GSX-S125 PÁG. 34

O SEMANAL
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3

I/ I N S TA N TÂ N E O SIGA-NOS EM EDIÇÃO

#2094
14/02/2018

f l> > a u t o s p o r t . p t
facebook.com/autosportpt twitter.com/AutoSportPT

PAIXÃO André Villas-Boas é um grande apaixonado pelas duas e quatro rodas, e depois da sua curta passagem pelo Dakar, José Luís Abreu
não perdeu os testes para o CPR. Quem sabe ainda vamos vê-lo a competir em Portugal algures por aí…
DIRETOR-EXECUTIVO
S/ SEMÁFORO EM DIRETO
[email protected]
PARADO A ARRANCAR A FUNDO “A IMSA teve Alonso em
Daytona, e por isso têm AFIA mudou a data da corri-
Mudança de data de Regresso de José Oito pilotos a lutar uma boa ideia do valor que da de Fuji do WEC, de modo
Fuji, é compreensível, Carlos Macedo pelo triunfo em Fafe é um piloto como ele traz a não colidir com a F1, mas
aos ralis, piloto algo que não se vê há ao paddock”, Gerard Neveu, colocou-a no mesmo fim
mas uma decisão de semana de Petit Le
muito egoísta espetáculo muito no CPR justificando o porquê da mudança de Mans, evento IMSA. Com
data das 6 Horas de Fuji isso colocou um grande problema
O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES NA ERA DIGITAL nas mãos de um conjunto de pilotos,
“Vamos manter o glamour que se veem impedidos de correr em
Siga-nos nas redes sociais e saiba E continuar a ter mulheres Petit Le Mans, e que nada tinham a
tudo sobre o desporto motorizado no bonitas nas corridas, mas ver com a questão, tudo isto para
computador, tablet ou smartphone via temos de continuar a evoluir”, que Fernando Alonso possa marcar
facebook (facebook.com/autosportpt), presença no evento de Fuji. Que fique
twitter (AutosportPT) ou em Chase Carey, dizendo que o fim das claro que compreendo a necessidade
>> autosport.pt ‘grid girls’ foi por causa do interesse que o WEC tem de potenciar o seu
dos adeptos produto e goste-se ou não de Alonso,
a verdade é que o espanhol é um
“Alonso tem um caráter forte furacão mediático, que uma com-
(…) não sabe dividir (...) é uma petição como o WEC não se pode dar
das maiores estrelas da F1 e ao luxo do ‘desperdiçar’, pois precisa
vai ganhar Le Mans”, Nelson mesmo muito de ‘Alonsos’.
O que ficou aqui muito mal foi a for-
Piquet Jr., que foi colega de equipa ma, não o conteúdo, pois a decisão
de Fernando Alonso em 2008 e 2009, só poderia ser tomada depois de
e protagonista do ‘Crashgate’ de esgotadas todas as possibilidades
Singapura 2008 de entendimento entre as partes -
FIA, WEC e IMSA. Gerard Neveu, líder
da ACO, diz que houve conversas
com a IMSA e estes perceberam os
motivos, pois souberam dar o valor
ao facto de terem tido Alonso em
Daytona, e esse é um dado que não
pode ser descurado. Aliás, as prin-
cipais competições ‘motorizadas’
só têm a ganhar com este tipo de
intercâmbio, e sem ser exaustivo
que o espaço aqui é pouco, lembro
que o simples facto de Alonso ter
estado em Indianápolis, nas Indy 500,
e também nas 24 Horas de Daytona,
despertou a atenção de muito mais
gente. E muitos deles, que se calhar
antes não ligavam nenhuma, pas-
saram a dar atenção às duas provas.
Entendam que o desporto motorizado
luta pela atenção dos adeptos ‘contra’
muitos outros desportos, e isto ajuda
a alargar o leque, nem que seja pela
curiosidade e novidade.

4 F1/
FÓRMULA 1

REGULAMENTO DAFÓRMULA1

Jorge Girão borrachas mais generosas (um incremen-
[email protected] to de 25%) precisaram de mais oito anos,
e 20 temporadas após o seu afastamento,
a época passada foi introduzido para poderem voltar.
Ao longo de décadas, todas as modifica-
O QUE MUDA umnovoconceitoparaoscar- ções regulamentares tiveram como pro-
ros que, com o novo conjunto de pósito tornar os carros mais lentos, desta
regras, tornaram-se mais per- feita, foi precisamente o contrário. O re-
formantes e, sobretudo, mais gulamento de 2017 alcançou o propósito a
Napelativosesteticamente,sen- que se propunha – tornar os carros mais
do agora vistos como verdadeiros mons- rápidos e mais apelativos. A média dos
EM 2018 trosdecorridas,comumaagressividade tempos da qualificação do ano passado –
que tinham perdido em 1998, quando fo- retirando os registos afetados por pistas
ram impostos monolugares com vias mais condicionadas pela chuva, no caso Xangai
Depois da profunda alteração regulamentar verificada em estreitas–umareduçãode2000mmpara e Monza – desceu 2,494s relativamente
2017, para a próxima temporada as modificações são de 1800mm – e pneus mais exíguos com a 2016, variando as diferenças de acor-
pormenor e, se a introdução do Halo é mais polémica de rasgos, que substituíam os verdadeiros do com as características dos traçados.
todas, a redução do número de motores por piloto para a pneumáticos de corridas – slicks. As novidades para 2018 são de porme-
nor, no fundo, divididas em dois grandes
temporada deverá ser a de maior impacto, como apontam ao Os‘pneuscareca’regressaramem2009,
AutoSport Patrick Head e Giancarlo Minardi mas as vias mais largas (2000mm) e as

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5

grupos – regulamento técnico e regula- de tubarão e as asas-T – por questões embora Giancarlo Minardi não creia que mente confunde os adeptos.
mento desportivo – ainda que por moti- estéticas – assim como as suspensões tenha sido encontrada a melhor solução. Na ótica de Giancarlo Minardi:
vos distintos. manipuladas de modo a poderem bai- O italiano – fundador da Minardi, a ante- “Sinceramente, não estou de acordo com
No campo técnico, a novidade mais vi- xar a altura ao solo em determinadas cessora da actual Scuderia Toro Rosso – este sistema de penalizações, dado que
sível passa pela introdução do ‘Halo’, por circunstâncias – para fechar uma área e Patrick Head – acionista da Williams e continuará a prejudicar os pilotos, que
questões de segurança, tendo um enor- que algumas equipas estavam a explorar. chefe do departamento técnico da equipa não têm culpa dos problemas de motor.
me impacto visual. No aspeto desportivo, a Pirelli disponi- de Grove até há seis anos atrás – oferece- Para além disso, continuará a criar con-
No entanto, segundo os entendidos con- bilizará para a próxima temporada sete ram ao AutoSport as suas opiniões sobre fusão entre os espetadores que em cada
tactados pelo AutoSport, a alteração in- tipos de slicks, adicionando aos compos- as alterações regulamentares, eviden- Grande Prémio terão grelhas de partida
troduzida com o intuito de reduzir custos tos vistos nos últimos anos o hipermacio ciando algumas posições extremamente diferentes dos resultados da qualificação.
deverá ser a que maior impacto poderá ter e o superduro, o que permite uma escolha interessantes. Seria oportuno penalizar os construtores
na ordem competitiva: a redução de quatro mais alargada para cada Grande Prémio, ou equipas através de pontos.”
unidades de potência para três, para mais podendo existir algumas surpresas estra- PENALIZAÇÕES Já Patrick Head considera: “15 lugares
uma corrida que no ano passado – a pró- tégicas sobretudo no início da temporada. de penalização na grelha de partida não
xima temporada terá 21 Grandes Prémios, As penalizações serão alvo de um procedi- ALTERAÇÃO DE COSMÉTICA será muito diferente. Não espero que al-
contra 20 do ano passado. mento diferente do ano anterior, mas o seu tere muito os eventos.”
Para além destas alterações, o regula- impacto será diminuto, sendo antes uma As penalizações por mudança de motor
mento técnico foi ainda definido de modo questão de cosmética para impedir que antes do seu ciclo de vida regulamentar PNEUS MAIOR PODER DE ESCOLHA
a impedir a utilização das barbatanas cresça a confusão entre os adeptos, muito terminar foram introduzidas já no longín-
quo ano de 2004, quando cada unidade Os pneumáticos têm estado na berlinda
motora – então V10 de 3000 cc – tinha nos últimos anos, com borrachas forne-
obrigatoriamente que ultrapassar todo cidas pela Pirelli que se degradam rapi-
o fim de semana. Não cumprir esta pre- damente, impedindo que os pilotos ata-
missa, equivalia a uma queda de 10 luga- quem ao longo das corridas. A companhia
res na grelha de partida. italiana, contudo, com os seus produtos,
Com o intuito de reduzir custos, este nú- seguiu apenas os desejos das equipas e
mero foi aumentado para oito Grandes FOM, que com este tipo de compostos
Prémios em 2009, então já com V8 de 2400 consideravam poder tornar as corridas
cc, distância que foi mantida até 2014, uma mais interessantes para o público.
vez que o desenvolvimento dos motores Esta abordagem alterou-se em 2017, mas
ficou congelado no final de 2007. com a introdução de um novo regulamen-
Até 2014, a questão das penalizações foi to técnico, que passava por carros com
profundamente pacífica, não levantando maior apoio aerodinâmico. Sem meios
grandes polémicas, mas com a introdução para realizar os testes que realmente ne-
das atuais unidades de potência, com to- cessitava, a Pirelli optou por jogar à defesa,
dos os seus elementos e complexidades, apresentando pneumáticos mais duros
tudo se alterou. que o realmente necessário, levando a que
Para além das penalizações passarem a a partir do meio da temporada os pneus
ser mais frequentes, o facto de a troca de usados fossem os do espectro mais ma-
inúmeros componentes – motor de com- cio, excluindo os ultramacios.
bustão interna, turbocompressor, MGU-H, Para 2018, com a informação reunida ao
MGU-K, baterias e centralina eletrónica longo de uma época, a companhia de Milão
– valer a perda de posições na grelha de prometeu borrachas mais macias e con-
partida tornou tudo demasiado confuso sistentes de modo a que, habitualmente,
para os adeptos – e até para alguns dos cada Grande Prémio tenha, pelo menos,
intervenientes – chegando-se à situação duas paragens nas boxes.
crítica de pilotos sofreram perdas de lu- No entanto, a Pirelli foi mais longe e intro-
gares largamente superiores ao número duziu mais dois tipos de pneus, para cada
de carros em pista. um dos extremos da sua gama – ultrama-
Para evitar esta prática confusa, a FIA, cios e superduros. O menos performante
juntamente com a FOM, resolveu alte- e mais consistente das borrachas italia-
rar o sistema. nas equivalerá ao duro do ano passado, ao
Assim, a partir de 2018, qualquer piloto que passo que o mais mole será um composto
receba penalizações que exceda 15 posi- complemente novo, uma vez que todos
ções terá que alinhar automaticamente os tipos de pneus deste ano serão um
no final da grelha de partida. degrau mais macio relativamente a 2017.
Se mais que um piloto estiver nesta mes- Segundo as previsões da Pirelli, o mesmo
ma situação, serão colocados no final do tipo de borracha, este ano, será um se-
pelotão de acordo com a ordem com que gundo mais rápida que a sua antecesso-
modificaram os elementos. ra, o que deverá ajudar substancialmente
Na prática, esta modificação não será de- a que as marcas de 2017 sejam ampla-
terminante, sendo mais uma operação mente batidas.
de cosmética que não terminará com al- As equipas continuarão a ter três tipos de
gumas confusões, sem se perceber qual pneus de seco para usar ao longo do fim
será a grelha de partida antes de esta ser de semana, mas com borrachas mais ma-
oficializada, mantendo-se a situação em cias. No fundo, cada uma terá na prática
que o resultado da qualificação não esca- mais opções, uma vez que na temporada
lonará a ordem de partida, caso existam passada, os pneus mais duros eram rapi-
penalizações, que, no fundo, é o que real-

f1/
FÓRMULA 1

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REGULAMENTO O Q U E M U D A E M 2 0 1 8

damente descartados.
Espera-se, portanto, corridas mais rápi-
das, com mais amplitude tática, deven-
do ser usual, pelo menos, duas paragens
nas boxes, o que deverá provocar provas
mais mexidas. Fica por saber quantos
Grandes Prémios levará até que as equi-
pas evidenciem uma tendência que dei-
xe de criar algumas eventuais surpre-
sas, como é mais natural que aconteça
na fase inicial da temporada.
Neste contexto, Giancarlo Minardi enten-
de: “A Pirelli efectuou um grande trabalho
com os pneus, mas tantas misturas, pare-
ce-me um exagero. Creio que apenas tra-
rá confusão aos espetadores. A Fórmula 1
necessita de regras mais simples.”
Por outra perspetiva alinha Patrick Head:
“Os pneus Pirelli parecem degradar-se
em vez de criar bolhas, mas será um
risco a escolha das misturas para cada
equipa e, como resultado, as corridas
serão um pouco menos previsíveis. No
entanto, penso que depois de algumas
provas, as equipas aprenderão a tirar
partido da situação.”

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UNIDADES DE POTÊNCIA revogue esta decisão e permita o uso de para 2018 uma unidade de potência com- Desconstruindo a unidade de potência,
quatro V6 turbohíbridos por monolugar. pletamente nova. Isto implicará avultados os limites são ainda mais apertados, dado
A PRESSÃO AUMENTA A limitação de motores por temporada gastos de pesquisa e desenvolvimento e que para lá de serem permitidos três mo-
deve-se a uma medida para conter cus- muitos V6 turbohíbrido a passarem pelos tores de combustão interna, três turbo-
O número de unidades de potência que tos. No entanto, segundo algumas vozes, bancos de potência para definir a ténue li- compressores e três MGU-H, o MGU-K,
cada piloto terá para realizar a tempora- esta redução não traz uma diminuição de nha entre performance e fiabilidade, para as baterias e as centralinas eletrónicas
da diminuirá este ano de quatro para três, despesas, uma vez que será obrigatório além da consistência, de modo a que os estão limitadas a apenas duas unidades.
o que juntamente com o incremento de para todos os construtores refazer, quase propulsores possam oferecer as mesmas Do lado da performance, a FIA reduziu a
Grandes Prémios de 20 para 21, significa na totalidade, os seus projetos, preparando prestações ao longo do seu ciclo de vida. possibilidade de usar o óleo de lubrifica-
que que cada V6 turbohíbrido terá que ção como combustível, e assim aumentar
realizar sete eventos, em média, contra a potência, passando a permitir apenas o
os cinco do ano passado. uso de 0,6 litros deste líquido a cada 100
Esta ‘pequena’ mudança revela-se um quilómetros, quando o limite imposto o
grande desafio para as equipas, se levar- ano passado após o Grande Prémio de
mos em consideração que, por exemplo, Itália era de 0,9l/100Km. Proibiu ainda que
na temporada passada nem a Renault, o excesso de óleo seja enviado para a ali-
nem a Honda conseguiram terminar as mentação do motor através de condutas.
20 corridas sem que um dos carros equi- Um dos impactos colaterais que a redu-
pados com as suas unidades de potência ção do número de unidades de potência
suplantasse os limites impostos. disponíveis por piloto terá é o de limitar o
Esta tem vindo a ser a medida introduzi- timing da introdução de unidades de de-
da mais polémica do defeso, tendo a mar- senvolvimento, uma vez que até ao ano
ca francesa, através de Cyril Abiteboul, o passado os construtores tinham quatro
chefe de equipa da formação de Enstone, oportunidades, caso não pretendessem
afirmado que, muito embora sinta que sofrer penalizações, para introduzir novi-
as unidades de potência gaulesas estão dades nos seus produtos, ao passo que na
prontas para o desafio, ainda efetuará
uma derradeira tentativa para que a FIA

f1/
FÓRMULA 1

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REGULAMENTO O Q U E M U D A E M 2 0 1 8

próxima temporada terão que condensar
as suas evoluções em três ‘tiros’.
Neste capítulo, Giancarlo Minardi afir-
ma: “Com a nova temporada, as unida-
des de potência serão um componen-
te determinante para o resultado final.
Três unidades de potência para a época
inteira representa uma enorme espada
de Dâmocles para as equipas e para os
pilotos, que estarão sob o enorme ris-
co de penalizações. A Mercedes deverá
manter-se como a referência.”
Já Patrick Head lembra: “Cada fornece-
dor de motores terá o perfil do seu mo-
tor, saberão o quanto poderão puxar por
eles e durante quanto tempo. Isto exige
um controlo de qualidade perfeito, para
que todos os motores se comportem de
forma idêntica, muitas horas e motores
nos bancos de potência.”
Todos terão como objectivo exigir dos seus
motores o mesmo que 2017, mas duvido
que consigam, e poderão ter que rodar
com níveis de potência ligeiramente in-
feriores. Terão que perceber que circuitos
são mais ou menos dependentes da po-
tência e gerir o motor de acordo. Acredito
que a Mercedes será quem tirará mais
proveito deste desafio.

BARBATANAS DE TUBARÃO E ASAS-T a McLaren opôs-se à ideia, baseando a existe a necessidade de encontrar uma ma temporada.
decisão no facto de que este componente forma de dar mais visibilidade aos pa- Rapidamente se verificou um clamor con-
UMA QUESTÃO DE ESTÉTICA bloqueia a visibilidade para a asa traseira trocinadores.” tra a introdução ‘Halo’, uma vez que, se-
– o segundo espaço comercialmente mais Para Patrick Head: “Esta modificação re- gundo alguns, desvirtua as corridas de
Sempre que é introduzido um novo regu- valioso num carro de Fórmula 1. duzirá o nível de apoio aerodinâmico li- monolugares, que sempre se disputaram
lamento, os projetistas procuram ‘buracos’ Assim sendo, as barbatanas desaparece- geiramente, mas os ganhos encontrados com carros de cockpit aberto, para além
e tentam levar a que a letra do regulamen- rão, nas dimensões vistas o ano passado, durante o inverno ou durante o desen- de ser um apêndice inestético que rou-
to ultrapasse o seu espírito. No passado, mas, no entanto, continuará a existir um volvimento mais que compensarão esta ba dinâmica ao aspecto dos automóveis
foram muitos os exemplos daquilo a que pequeno acrescento muito semelhante alteração.” de Fórmula 1.
no mundo das corridas se chama de ‘van- ao visto na Sauber durante os treinos-li- A falta de enquadramento estético, sem-
tagem injusta’, fruto de uma interpreta- vres de sexta-feira do Grande Prémio dos HALO SEGURANÇA LEVOU A MELHOR pre muito discutível, é a grande crítica
ção legalmente sustentada, mas que vai Estados Unidos da América, que acompa- apontada ao dispositivo, sendo quase
além daquilo que o legislador esperava. nhará o perfil do capot-motor. A FIA acabou por ficar refém de si mes- unanimemente considerado um acres-
No ano passado, o aspeto de manifesta- Por seu turno, as inestéticas asas-T, tal e ma a partir do momento que começou a cento, sem qualquer integração, muito
ção mais visível foi, sem dúvida, as bar- qual as vimos o ano passado, não regres- testar o ‘Halo’ ainda em 2016, durante os embora se creia que nos seus carros deste
batanas de tubarão – um prolongamento sarão, porém, em diversos carros, senão treinos-livres de sexta-feira, uma vez ano as equipas amenizem os seu aspeto.
do capot-motor quase até à asa traseira todos, uma versão delas deverá ser ob- que, caso ocorresse um acidente grave No que diz respeito a questões técnicas,
– e as T-wings, ou asas-T – um peque- servada num plano inferior, à altura das em que este dispositivo pudesse dimi- o peso mínimo dos carros – com piloto
no aileron colocado no topo da barbata- rodas traseiras e entre estas. nuir ou evitar lesões do piloto ou pilotos incluído – foi incrementado em seis qui-
na de tubarão. Nesta questão Giancarlo Minardi apon- envolvidos, a entidade federativa ficaria logramas para que o ‘Halo’ pudesse ser
Ambos os componentes tinham como ta: “Como sucede frequentemente, te- em maus lençóis legais. integrado, mas de acordo com diversas
princípio inicial dirigir o ar de forma limpa nho a impressão de que o regulamento Num último esforço, o ‘Shield’ – um pá- equipas, são necessários cerca de 16 quilo-
para a asa traseira, mas a T-wing acabou é alterado subitamente sem as modifi- ra-brisas testado por Sebastian Vettel no gramasparaqueodispositivopossasupe-
por ser um dispositivo de muito desen- cações serem pesadas verdadeiramen- Grande Prémio da Grã-Bretanha – mos- rar os testes de embate exigidos pela FIA.
volvimento e passou a gerar apoio aero- te. Invariavelmente, só posteriormente trou estar ainda muito ‘verde’ para ser Segundo a Mercedes, a estrutura de titâ-
dinâmico por si só, surgindo exemplares existe alguma reflexão, como neste caso introduzido em 2018. Por isso, Jean Todt e nio consegue sustentar um autocarro de
com multiplanos. das barbatanas de tubarão. Certamente, os seus homens nada podiam fazer para dois andares semelhante aos que circu-
Tanto um componente como o outro fo- além de obrigar ao uso do ‘Halo’ na próxi-
ram alvo de diversas críticas de todos os
quadrantes por qualquer um deles des-
toar esteticamente do aspeto das novas
máquinas de Fórmula 1 e, rapidamente,
foram movidas forças para osimpedir de
regressar na temporada de 2018.
Curiosamente, a meio da temporada pas-
sada houve um conjunto de equipas que
tentaram impedir o desaparecimento das
barbatanas de tubarão com o argumen-
to de que estas representavam um es-
paço valioso comercialmente. Contudo,

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lam em Londres, que pesam cercam de 12 ao solo em circunstâncias específicas de
toneladas, o que diz bem das exigências modo a optimizar o comportamento ae-
que as escuderias tiveram que superar. rodinâmico dos monolugares. A Scuderia
As equipas poderão colocar algumas ca- levou a sua avante, obrigando a que a
renagens com cerca de 20 milímetros de Mercedes e a Red Bull modificassem os
largura no ‘Halo’ com o intuito de diminuir seus sistemas, o que acabou por condi-
o ‘efeito de sombra’ que o componente cionar os projetos destas duas equipas.
fará à tomada de ar dinâmica para o mo- Este ano as suspensões continuam no
tor, sendo este mais um caminho de de- centro das atenções, sendo, uma vez mais,
senvolvimento que as equipas tomarão, estas três formações as protagonistas.
muito embora seja difícil que se verifique Ao longo da temporada de 2017 houve-
grandes ganhos nesta área. ram equipas que usaram o movimento
Segundo Giancarlo Minardi: “Quando se da direcção para aproximar o carro do
trata de segurança, não se deve brincar solo, com óbvios ganhos aerodinâmicos.
e tudo o que é feito para a melhorar, é É natural que exista uma modificação
bem-vindo. Depois do acidente do Ayrton da altura ao solo quando se curva, mas
Senna deram-se passos gigantescos nes- aparentemente em alguns carros esta
ta área, no entanto, não creio que o ‘Halo’ alteração assumia dimensões anormais,
seja a solução perfeita.” suspeitando a FIA que tal era propositado.
Já Patrick Head afirma: “O ‘Halo’ adicionou Para evitar que as equipas persigam este
muito peso ao carro, cerca de 15 quilogra- caminho a entidade federativa declarou
mas, e numa posição elevada, portanto o que a variação da altura através da dire-
centro de gravidade foi elevado. É o mes- ção tem que ser diminuta e consistente,
mo para todos, no entanto, não creio que não podendo existir ganhos evidentes.
afetará a competitividade relativa entre Sobre esta questão Giancarlo Minardi
os carros.” avança: “Sou da opinião de que a Fórmula
1 é a expressão máxima do automobilis-
SUSPENSÃO FECHAR CAMINHOS mo e, por isso, os engenheiros deveriam
ter a liberdade de poder ‘criar’”.
A suspensão dos monolugares de Fórmula Noutro prisma Patrick Head refere: “Pelo
1 tem sido alvo de bastante interesse por que percebi, algumas equipas usaram
parte das equipas, sobretudo das da frente, deliberadamente a direção para baixar
uma vez que a distância ao solo e a estabi- a frente do carro no máximo de viragem
lidade das superfícies aerodinâmicas são para deslocar o equilíbrio aerodinâmico
determinantes para a eficácia dos carros. para a frente nas curvas mais apertadas.
No ano passado foi a Ferrari a levantar dú- Se forem impedidas de o fazer, tornará os
vidas sobre suspensões que não tinham carros um pouco mais lentos, mas não es-
comportamentos lineares, conservando pero que tenha um grande impacto.”
energia para alterar, ou manter, a distância

10 CPR/
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS

CASTA
DE EXCECÇÃO

Se alguém nos dissesse José Luís Abreu a KIA criou um troféu de velocidade com guiar um Hyundai i20 R5, mantém a
há alguns meses que o [email protected] os KIA Picanto GT, que terão também Kit estrutura, a Sports & You, e surge esta
Campeonato de Portugal de de ralis, sendo portanto um bom carro temporada com mais experiência e por
Ralis 2018 se ia iniciar com AFIA acertou na ‘mouche’ com para ‘iniciação’, e por fim, no topo da pi- isso, com melhores armas. Mas vai ter
duas dezenas de R5, poucos a criação da categoria R5 nos râmide, os R5, que em Fafe serão duas que passar pela fase de adaptação ao
acreditariam, mas é essa a ralis, pois desde que esta dezenas. novo carro. Tendo em conta que a se-
realidade. Embora sabendo nasceu, os campeonatos Antes que nos debrucemos em porme- gunda metade da época é toda em as-
que há muitos programas nacionais depressa começa- nor, uns factos ‘rápidos’: Regressam falto, aí deverá brilhar bastante mais do
parciais, a competição ram a beneficiar desse facto. Armindo Araújo, José Carlos Macedo, e que de início, em que irá andar o mais
‘promete’. E Armindo Araújo O espetáculo foi aumentando gradual- uma equipa oficial, a Hyundai. Vamos perto que conseguir da frente. Se chegar
mente, e os ralis têm neste momento um ao pormenor! ao final do Rali de Portugal bem perto
está de regresso... élan que não tinham há meia dúzia de do topo do campeonato ‘arrisca-se’ a
FOTOGRAFIA @World/ André Lavadinho; anos. Transportando esta questão para MUITAS NOVIDADES repetir o feito de 2017.
AIFA/Jorge Cunha; ZOOM/António Portugal, e depois de alguns anos menos Pedro Meireles regressa com o seu
Silva; Go Agency/Ricardo Oliveira; bons, com uma competição baseada em Não se pode falar deste CPR sem re- competitivo Skoda Fabia R5, e fruto da
Grupos N, os R5 trouxeram novo fôlego e ferir uma novidade de monta. A che- sua consistência, andará sempre na luta
Augusto Duarte/Racing4You apesar das dificuldades que continuam gada de um projeto oficial, da Hyundai, pelas posições cimeiras, especialmen-
a existir para colocar de pé bons proje- que juntou no seu Team, o regressado te na primeira metade do campeonato,
tos, a verdade é que a principal compe- Armindo Araújo e o Campeão Nacional sabendo-se que vai agarrar todas as
tição de ralis em Portugal é quase um de Ralis em título, Carlos Vieira. Para o oportunidades que dispuser para ven-
oásis. tetracampeão Nacional e bicampeão do cer. O ano passado falhou na hora da
Na verdade, temos um bom campeonato Mundo de Produção, este é o tão ansiado verdade, mas esteve a milímetros de
de velocidade e de TT, mas os ralis é ou- regresso aos ralis, depois de cinco anos ser campeão...
tra ‘louça’, e mais do que nunca, este ano, ‘sabáticos’. Só em Fafe se poderá atestar
isso é indesmentível. Perdeu o Challenge melhor o ritmo com que arranca, mas VÁRIOS CANDIDATOS
DS3 R1, mas nasceu uma nova competi- tendo em conta que o campeonato é
ção Ibérica para os Peugeot 208 R2, que longo, é por demais lógico que será um Após duas épocas em crescendo,
tem tudo para ser um enorme sucesso, dos candidatos ao título. Se não o maior! Miguel Barbosa, que este ano tem Hugo
Carlos Vieira muda de carro, passa a Magalhães ao lado, tem tudo para fazer

>> autosport.pt

11

melhor, mas a verdade é que a concor- De Armindo Araújo poucos duvidam vai ter um bom carro, o Skoda Fabia R5, R5. Qualquer um deles, tem tudo para
rência também cresceu e melhorou. Tal que não vai demorar ‘nada’ a chegar ao uma excelente estrutura, a ARC Sport, e mostrar a este nível.
como já sucedeu o ano passado, pode ritmo que pretende, e quando isso suce- por isso vamos ver o que consegue fa- Por fim, uma enorme surpresa para Fafe,
não ter parecido, mas elevou bem o seu der, será um claro candidato. Já não faz o zer. A sua categoria diz que pode vencer já que, aos 56 anos, José Carlos Macedo
nível de andamento. Fazendo-o nova- Nacional desde 2006, isso terá também provas, mas uma coisa é dar espetáculo, regressa aos ralis com um Ford Fiesta R5
mente este ano, pode melhorar os ter- algum peso e por isso só dentro de duas outra, vencer campeonatos. Se aliar as de João Barros. Para já, apenas por uma
ceiros lugares que tem vindo a obter no provas será possível ‘dizer’ se teremos duas, maravilha. prova, mas logo se vê.
campeonato. um Armindo ‘arrasador’ ou não. Em Fafe Carlos Martins corre em Fafe com o Nas duas rodas motrizes o grande ausen-
João Barros revelou que este ano vai deverá ter alguma contenção, mas isto Citroën DS3 R5 e deverá andar perto da te para já é Gil Antunes, que não pode ir
fazer apenas algumas provas, mas são apenas conjeturas... frente, ainda que dificilmente na luta pela a Fafe mas vai disputar o campeonato.
também não nos admirávamos que se Ricardo Moura tem andado muito irregu- vitória. Poderá fazer uma ou outra prova De resto, marcam presença em Fafe o
as coisas lhe correrem bem de início lar, e para já, a exemplo do que tem suce- durante o ano. campeão Pedro Antunes, Paulo Neto
ganhará a motivação que precisa. E se dido nos últimos anos, vai a Fafe e corre Joaquim Alves tem vindo a evoluir, e faz vai a Fafe mas já disse que irá confirmar
tiver menos azares, há que contar com em ‘casa’ nos Açores. Não nos admiráva- parte de um segundo pelotão do CPR, prova a prova os ralis que disputa, Daniel
ele, pois quando tudo lhe corre normal- mos que vencesse as duas! Em condições onde também existem boas lutas. Paulo Nunes regressa com o Peugeot 208 R2,
mente, surge sempre ‘lá em cima’. normais, luta pela vitória em Fafe e nos Meireles regressa para mais uma prova, numa competição que conta ainda com
José Pedro Fontes regressa depois duma Açores dificilmente passará ‘cartucho’, novamente com o Hyundai i20 R5 com Miguel Correia, Rúben Moura, Pedro
longa paragem, os testes correram bem, em termos de CPR, claro. Neste momento que correu em Mortágua, e em Fafe pode Lago Vieira, Pedro Paixão, Paulo Moreira
irá precisar de algum tempo - porque a não sabemos se pretende fazer mais pro- mesmo fazer brilharete. e Hélder Miranda.
este nível, oito meses sem guiar, fazem vas, mas seria fantástico para o campeo- Diogo Salvi irá disputar também algu- Como se percebe, este campeonato tem
mossa - mas já mostrou incessante- nato se Moura o disputasse todo. mas provas durante o ano o mesmo tudo para ser novamente muito bem
mente a sua categoria como piloto, e Manuel Castro é outro piloto que tem sucedendo com Elias Barros. Por fim, disputado, se bem que há ainda muitas
acreditamos que, em condições normais tudo para fazer um bom campeonato, há várias ‘subidas’ interessantes, mas incógnitas, mais perguntas do que res-
é forte candidato a recuperar os títulos mas tendo em conta a sua experiência, com tudo para provar, como é o caso de postas. Fafe irá dar uma boa ideia inicial
que venceu em 2015 e 2016. Vai trocar de terá acima de tudo que elevar o seu nível Pedro Almeida, que chega ao CPR com do que poderá ser o campeonato, mas de
carro a partir do Rali de Portugal, e se o com o Hyundai i20 R5, procurando lutar um Skoda Fabia S2000, Nuno Cardoso e modo nenhum será decisivo em relação
C3 R5 for o que se espera, irá discutir o o mais à frente possível. Luis Rocha de Ford Fiesta R5, enquanto ao que podemos esperar lá mais para a
título metro a metro. Parece que é desta que Ricardo Teodósio António Dias optou por um Skoda Fabia frente…

cpr/ Desde que Carlos Vieira terminou a última especial do Rali
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS do Algarve do ano passado que o seu mundo sofreu uma
reviravolta. Chegou ao título bem mais cedo do que esperava,
12 CARLOSVIEIRA fruto da sua ‘juventude’ nos ralis, e pouco depois foi desafiado
para fazer parte do novo Team Hyundai Portugal, tendo Armindo
TEAM HYUNDAI Araújo como colega de equipa. Quem o conhece sabe que não
PORTUGAL vira a cara a desafios, e depois de dois anos, 2015 e 2016,
difíceis nos ralis teve força e classe para ser Campeão em
2/10/1983 2017. Por uma ‘nesga’, mas foi. Por isso, entra em 2018 com
o peso dessa responsabilidade, mas ciente que só tem que
DATA DE NASCIMENTO continuar a trabalhar como até aqui para dar sequência à sua
fulgurante carreira nos ralis: “Sempre fui combativo e gosto
34 anos de ganhar, persisti em ficar nos ralis para mostrar que era
capaz de ganhar, 2016 também não correu bem, tive muitos
IDADE acidentes, estive para desistir, mas em 2017 fomos campeões
e agora sou piloto oficial Hyundai Portugal. É um privilégio e um
Jorge Carvalho grande orgulho. Penso, contudo, que chegamos a esta época
muito melhor preparados do que o ano passado por esta altura,
NAVEGADOR sabemos o que temos de fazer e temos todas as condições
para discutir as primeiras posições do campeonato”, disse
Hyundai i20 R5 o piloto que fica integrado na Sports & You. A dupla campeã,
Carlos Vieira e Jorge Carvalho, já teve oportunidade de testar
CARRO o seu novo carro, mas Fafe será ainda um rali de adaptação:
“Nunca terminei o Serras de Fafe até aqui nas duas vezes que
Sports & You o fiz, mas vamos à procura do máximo de pontos possíveis, e
depois atacar ao máximo nas provas em que nos sentirmos
EQUIPA mais à vontade”, disse Vieira que após o testes revelou que “as
sensações são boas, com a afinação base o carro é fácil de
22 conduzir, confortável de guiar, mas há muito trabalho a fazer.
Mas estou muito contente”, disse Carlos Vieira.
TOTAL DE PROVAS

Rali Cidade Guimarães 2015

PRIMEIRO EVENTO

3

VITÓRIAS

6

PÓDIOS

Rallye Casino de Espinho 2017

PRIMEIRA VITÓRIA

Rallye Casinos
do Algarve 2016

PRIMEIRO PÓDIO



MELHOR RESULTADO

Circuitos GT - ABSOLUTO (2012)
Campeão Nacional
de Ralis - ABSOLUTO (2017)

TÍTULOS

PEDRO MEIRELES >> autosport.pt

Pedro Meireles está de regresso ao CPR, para dar sequência 13
aos bons resultados que tem vindo a obter. O ano passado
esteve muito perto de ser Campeão, e se olharmos para o AR VIDAL RACING
seu palmarés desde 2014, conta com um título de campeão
e três ‘vices’, o que significa que há sempre que contar com 8/2/1974
ele para a luta no topo do campeonato. Regular e consistente
como poucos, isso tem-lhe permitido chegar aos momentos DATA DE NASCIMENTO
decisivos quase sempre na luta: “Penso que estaremos na
presença de uma das melhores épocas de sempre do CPR. Será 44 anos
com certeza uma época bastante disputada e apaixonante
para os adeptos. IDADE
O nível de profissionalismo e orçamental que algumas equipas
da frente estão a atingir torna as coisas mais difíceis para Mário Castro
equipas como nós, no entanto não nos escudaremos nisso
e tudo faremos para mantermos o nível exibicional destes NAVEGADOR
últimos cinco anos, nos quais temos três títulos de vice
campeões e um título de campeão nacional, tendo lutado Skoda FabiaR5
sempre pelos lugares cimeiros. A nossa viatura será um Skoda
Fabia R5 que alugaremos á AR Vidal nesta primeira prova. Para CARRO
o resto do campeonato, ainda não está definido, assim como
as provas em que estaremos presentes. AR Vidal
Infelizmente as contrariedades já começaram e a viatura
que alugámos teve um acidente em Espanha e o teste EQUIPA
que tínhamos marcado foi adiado. Assim, não sabemos se
conseguimos testar antes da prova, o que será bastante 101
prejudicial dado que os nossos adversários já têm testado
bastante. O Rallye Serras de Fafe será um grande rali, TOTAL DE PROVAS
disputadíssimo com certeza, em que queremos lutar pela
vitória e assim o faremos, sabendo no entanto que um lugar no Rali Cidade de Oliveira do
pódio será bom em termos de campeonato.” Hospital 1997

PRIMEIRO EVENTO

12

VITÓRIAS

29

PÓDIOS

Vodafone Rally
de Portugal 2011

PRIMEIRA VITÓRIA

Rallye Rota do Sol 1997

PRIMEIRO PÓDIO



MELHOR RESULTADO

Campeão Nacional
de Ralis - ABSOLUTO (2014)
Ralis Iniciados - ABSOLUTO (1996)

TÍTULOS

cpr/
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS

14 MIGUELBARBOSA

BP ULTIMATE Depois de grande sucesso no Todo o Terreno e na Velocidade,
VODAFONE disciplinas em que foi Campeão Absoluto, Miguel Barbosa
SKODA TEAM decidiu em 2016 enfrentar um novo desafio, agora nos Ralis.
Antes, no TT, sagrou-se o mais jovem Campeão Absoluto de
9/6/1978 sempre, em 2003, temporada em que deu início a uma série
incrível de títulos absolutos, que o tornaram recordista da
DATA DE NASCIMENTO modalidade, com sete campeonatos absolutos. À procura
de novos desafios, rumou às pistas e ao lado de José Pedro
39 anos Fontes, foi também Campeão, primeiro com os GT, em 2011, e
mais tarde com os protótipos, em 2014. Depois de mais um
IDADE título de TT, em 2015, decidiu mudar-se para os ralis, numa
viragem de carreira bem corajosa. Aos comandos de um Skoda
Hugo Magalhães Fabia R5, foi aprendendo os segredos dos ralis e crescendo de
produção, obteve dois terceiros lugares no Nacional de Ralis
NAVEGADOR em 2016 e 2017, e parte agora para a sua terceira temporada
de um projeto desportivo em que o piloto se assume preparado
Skoda FabiaR5 para disputar o título: “Este projeto foi delineado a três anos.
Nos últimos anos ficámos sempre em terceiro. Temos vindo
CARRO a evoluir. Sabemos que esta vai muito provavelmente ser a
temporada mais competitiva dos últimos 10 anos, o que para
Sports & You nós é também uma enorme motivação. Estamos conscientes
das dificuldades que temos pela frente e do ano competitivo
EQUIPA que nos espera. Os dois primeiros anos foram aquilo que
eu esperava. A modalidade é bastante exigente e difícil. O
15 primeiro ano foi de adaptação e descoberta do que são os
ralis. O segundo ano foi de altos e baixos, mas com um nível
TOTAL DE PROVAS de performance mais elevado. Ao andarmos mais rápidos
fomos surpreendidos por situações novas o que é natural. Este
Rali Serras de Fafe 2016 ano é tentar juntar as peças todas e o objetivo é lutar pelo
campeonato”, diz Miguel Barbosa.
PRIMEIRO EVENTO

1

VITÓRIAS

5

PÓDIOS

Rali Vinho da Madeira 2017

PRIMEIRA VITÓRIA

Rali de Mortágua 2016

PRIMEIRO PÓDIO



MELHOR RESULTADO

Todo Terreno - ABSOLUTO

(2003, 2005, 2007, 2011, 2012, 2013, 2015)

Circuitos/GT - ABSOLUTO (2011)
Velocidade - ABSOLUTO (2014)

TÍTULOS

>> autosport.pt

JOSÉ PEDRO FONTES 15

Depois de oito meses de recuperação decorrente do CITROËN
acidente que sofreu no Rali de Portugal do ano passado, VODAFONE TEAM
José Pedro Fontes está de regresso ao CPR para tentar
terminar o ‘trabalho’ que o ano passado deixou a 29/12/1975
meio. Depois de ter chegado ao título em 2015 e 2016,
acreditamos que assim que ultrapassar o que deixou DATA DE NASCIMENTO
em ‘stand by’ devido a esta paragem forçada, vê-lo-
emos rapidamente novamente a lutar pelas vitórias. 42 anos
Logicamente, é uma incógnita a forma como se irá
apresentar em Fafe no arranque da competição, mas IDADE
as ‘ganas’ com que está, cada vez que regressa aos
comandos do Citroën DS3 R5 levam a crer que há que Paulo Babo
contar com ele na frente da corrida. Mas isso é algo que /Inês Ponte
só o primeiro rali determinará.
Como se sabe, o Citroën Vodafone Team confirmou o NAVEGADOR
regresso ao CPR, com José Pedro Fontes e Inês Ponte,
sendo que para já, enquanto a navegadora recupera, será Citroën DS3R5
Paulo Babo a estar ao lado de Fontes: “Realizámos testes
de adaptação, mas uma coisa são esses testes, outra CARRO
coisa é a competição real, no terreno de jogo. Vamos
iniciar o ano com algumas cautelas e a apalpar terreno e, Sports & You
caso tudo esteja perfeito, vamos lutar para alcançar um
bom resultado em Fafe”, começou por dizer Fontes, que EQUIPA
está ciente que o tempo de paragem requer trabalho: “Há
uma habituação que vou ter que voltar a fazer depois de 106
tanto tempo sem guiar, mas estou bastante motivado,
ainda mais para um campeonato que se adivinha muito TOTAL DE PROVAS
interessante. Queremos estar na luta e darmos o máximo
de espetáculo possível”, frisou Zé Pedro Fontes, que Rali Solverde 1997
deverá receber o novo Citroën C3 R5 no Rali de Portugal.
PRIMEIRO EVENTO

13

VITÓRIAS

37

PÓDIOS

Rallye Casinos do Algarve 2008

PRIMEIRA VITÓRIA

Rali Casino da Póvoa 2002

PRIMEIRO PÓDIO



MELHOR RESULTADO

Fórmula Ford (1995, 1997)
Velocidade – ABSOLUTO (1999)
Ralis – 1600 CC/TURISMO (2005)
Circuitos - ABSOLUTO (2009)
Circuitos - GT - ABSOLUTO (2011)
Velocidade - ABSOLUTO (2014)
Ralis - GRUPO RGT (2014)
Ralis - ABSOLUTO (2015, 2016)

TÍTULOS

cpr/
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS

16 ARMINDO ARAÚJO

TEAM HYUNDAI Armindo Araújo é a grande pedrada no charco dos ralis este ano
PORTUGAL em Portugal. Afastado há cinco anos, regressa pelas mãos da
Hyundai Portugal que o desafiou para um projeto oficial. Apesar
1/9/1977 da longa paragem, todos conhecem a valia do piloto e passado
o impacto inicial do regresso em competição, acredita-se que
DATA DE NASCIMENTO será um sério, se não o maior, candidato ao título nacional deste
ano. A seu lado estará Luís Ramalho, sendo que a equipa Team
40 anos Hyundai Portugal/Armindo Araújo terá o apoio técnico da RMC
Motorsport: “Este é um projeto ambicioso e vamos trabalhar
IDADE para lutar pelas vitórias e pelo título. Estive muito tempo parado,
os adversários têm grande qualidade, mas o meu foco é vencer
Luís Ramalho o campeonato. Isso não implica ter de vencer todas as corridas,
mas sim fazer a melhor gestão possível. Se em Fafe eu não
NAVEGADOR estiver a 100 %, quero estar a um nível que me permita amealhar
pontos, para ser campeão. Tenho que ser calculista, estudar os
Hyundai i20R5 adversários, e cabe-me a mim fazer a gestão desportiva para
atingir objetivos. Estou ciente das dificuldades que vou ter mas
CARRO cá estamos para a luta”, começou por dizer Armindo Araújo, que
já teve oportunidade de rodar com o seu novo Hyundai i20 R5,
RMC MotorSport durante dois dias, que serviram não só para ‘desenferrujar’, mas
também já para trabalhar nas afinações para Fafe. Tendo em
EQUIPA conta a experiência que traz da sua já longa carreira, Armindo
Araújo tem uma bagagem inigualável em termos nacionais, e
53 por isso não deverá tardar muito até que esteja a 100%: “Estou
convencido que ao fim do segundo rali, em termos de ritmo e
TOTAL DE PROVAS em termos de conhecimento do carro já poderei estar muito
mais confortável com o ritmo de competição”, disse Armindo
Rali Casino da Póvoa 2001 Araújo, que vem para ganhar: “Tenho muito respeito pelos nossos
adversários, que são fortes e também se prepararam bem, mas
PRIMEIRO EVENTO cada um vai lutar pelos seus objetivos, e eu venho para ganhar”.

17

VITÓRIAS

28

PÓDIOS

Rali Casino da Póvoa 2003

PRIMEIRA VITÓRIA

Rali do F.C. Porto 2002

PRIMEIRO PÓDIO



MELHOR RESULTADO

Ralis - Promoção - ABSOLUTO (2000)
Ralis - 1600 CC (2002, 2003, 2004)
Ralis - ABSOLUTO (2003, 2004, 2005, 2006)
Campeão do Mundo de
Produção PWRC (2009, 2010)

TÍTULOS

MANUEL CASTRO >> autosport.pt

Com um ano de 2017 para esquecer, fruto do incêndio que 17
consumiu o seu Hyundai i20 R5 no Rali de Portugal, Manuel
Castro regressa revigorado em 2018 e com vontade de ‘vingar’ RACING4YOU
um ano terrível. Faz nova aposta no Hyundai i20 R5, carro que
aprendeu o ano passado… a espaços: “Desistimos em Fafe, 15/9/1981
por defeito duma peça, nos Açores, fomos muito competitivos,
conseguimos estar sempre entre os quatro ou cinco primeiros DATA DE NASCIMENTO
do nacional e era apenas a minha terceira vez lá. A adaptação
correu bem, consegui alguns bons tempos, o que me deixou 36 anos
animado, mesmo sabendo que podia melhorar. Em asfalto o
carro é fantástico, mesmo com chuva tem muita estabilidade. IDADE
Para este ano, adquirimos um novo i20 R5, com um mapa do
motor diferente, que permite mais potência e mais binário. LuÍs Costa
Nota-se bastante esta diferença. Agora tenho de ver em terra
onde posso melhorar. Temos evoluído, infelizmente não pude NAVEGADOR
fazer mais quilómetros pelo motivo que todos conhecem
(o incêndio). Na terra o carro já foi melhorado pela Hyundai Hyundai i20 R5
Motorsport e acredito que temos todas as condições para
ter um carro muito competitivo. Falta-nos perceber ainda um CARRO
pouco melhor as afinações. Acredito que com mais trabalho,
consigo ser ainda mais competitivo”, disse Manuel Castro, que Racing4You
falou também dos objetivos: “É difícil fazer previsões. Não me
querendo desculpar, mas tudo depende dos orçamentos, ter EQUIPA
uma viatura igual à minha mas com apoios diretos ou indiretos
da marca pode ser uma vantagem, mesmo que o orçamento 31
não seja muito maior. É sempre difícil para um privado poder
ombrear a nível de testes, mas gostava de lutar pelos cinco TOTAL DE PROVAS
primeiros lugares em todos os ralis”, referiu Manuel Castro,
que tem um bom desafio pela frente, tal é a quantidade e Rali de Portugal 2004
qualidade dos adversários.
PRIMEIRO EVENTO

0

VITÓRIAS

0

PÓDIOS

-

PRIMEIRA VITÓRIA

-

PRIMEIRO PÓDIO



MELHOR RESULTADO

-

TÍTULOS

cpr/ Ao contrário do que tem feito nos últimos anos, João Barros
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS admite que este ano não deverá disputar todo o Campeonato
de Portugal de Ralis, o que sucede na sequência de algum
18 JOÃO BARROS desapontamento com a forma como lhe correu a temporada
passada, em que teve demasiados pequenos azares. Dessa forma
SPEEDY e com adversários de grande calibre, ficou pouco espaço para
MOTORSPORT brilhar. Por exemplo, em Fafe, o motor do Fiesta falhava, ficando
desde logo afastado da luta na frente. Mas no resto do ano, foi
14/2/1979 consistente e alcançou vários pódios, facto que lhe permitiu ter
estado na luta pelo título até à penúltima prova, Mortágua, onde
DATA DE NASCIMENTO novo problema mecânico o afastou em definitivo da luta. Isto
depois de na prova anterior, o Rali da Madeira, ter comprometido
38 anos um pouco mais a sua luta, fruto de um toque que o levou ao
abandono, quando era segundo entre os portugueses do CNR.
IDADE Estes exemplos espelham um pouco o que tem sido a vida de
João Barros no CNR (agora CPR), em que anda quase sempre no
Jorge Henriques topo dos ralis, ou muito perto, mas sem conseguir vencer mais
vezes, o que conseguiu apenas duas vezes.
NAVEGADOR Desta forma e devido a uma temporada abaixo das suas
expectativas, Barros revela ter perdido um pouco a alegria de
Ford Fiesta R5 correr, e por isso este ano vai marcar presença em Fafe, com
o seu habitual Ford Fiesta R5, sendo que a primeira grande
CARRO alteração face a 2017 é a estrutura de apoio que passa a ser
a Speedy MotorSport: “Vão contar com o João Barros mas de
Speedy maneira algo diferente. Quero correr para me divertir, e quando
MotorSport aparecer será para andar bem, mas não vou fazer todo o
campeonato. Basicamente, vou a Fafe e depois logo se vê. Quero
EQUIPA dedicar mais tempo à família e à minha atividade profissional”,
disse João Barros, cujo Ford Fiesta R5 tem as mais recentes
33 evoluções.

TOTAL DE PROVAS

Rali Serras de Fafe 2013

PRIMEIRO EVENTO

2

VITÓRIAS

15

PÓDIOS

Rali de Mortágua 2014

PRIMEIRA VITÓRIA

Rali de Guimarães 2013

PRIMEIRO PÓDIO



MELHOR RESULTADO

Ralis 2L/2 RM - ABSOLUTO (2013)
Ralis 2L/2 RM – 1 600 CC (2013)

TÍTULOS

>> autosport.pt

RICARDO TEODÓSIO 19

Para gáudio dos amantes da pilotagem espetacular em ralis, TEODÓSIO
Ricardo Teodósio está de regresso ao CPR, agora aos comandos MOTORSPORT
de um Skoda Fabia R5, da ARC Sport. Para já confirma apenas
ainda as duas primeiras provas da competição, mas está 24/12/1975
neste momento a trabalhar para garantir o remanescente do
campeonato. Depois de ter conquistado o título nacional de DATA DE NASCIMENTO
Produção em 2017, Teodósio aposta agora num projeto diferente
com uma nova equipa: “Sempre quisemos correr com ARC Sport, 42 anos
que sempre nos quis com eles! É a equipa que nos dá todas as
garantias para podermos atingir os nossos objetivos”, afirma IDADE
Teodósio, que vai voltar a ter a seu lado José Teixeira: “Este é
um projeto a dois anos, em que o segundo ano, é aquele que José Teixeira
assumidamente aponta ao título nacional”, afirma.
Em relação ao Skoda Fabia R5, o carro mais competitivo que NAVEGADOR
Ricardo Teodósio tripulou até ao momento, os testes foram
entusiasmantes. “As impressões do carro são as melhores. O Skoda Fabia R5
Ricardo até ficou surpreendido pela facilidade de colocação em
curva do Skoda, e os mais de 100 Km de testes já efetuados CARRO
permitiram encontrar a afinação ideal para Fafe”, disse José
Teixeira. ARC Sport
Ricardo Teodósio tem um histórico interessante no desporto
automóvel. Quatro vezes vice-campeão nacional de Produção EQUIPA
(2003, 2004, 2009 e 2014), fizeram com que o título de 2017
fosse apreciado como um verdadeiro e justo sonho. Mas o 59
palmarés do piloto algarvio passou por um título nacional de
Karting em 1992 e diversas participações internacionais. A Taça TOTAL DE PROVAS
Europeia de Fórmula Opel em 1996 e uma breve passagem pelo
Todo Terreno, fazem de Teodósio um piloto polivalente. Com a ARC Rali Casinos do Algarve 2002
Sport e com um carro ‘ganhador’, Teodósio poderá finalmente ter
as armas que precisa para lutar na frente do CPR. PRIMEIRO EVENTO

0

VITÓRIAS

10

PÓDIOS

-

PRIMEIRA VITÓRIA

SATA Rallye Açores 2004

PRIMEIRO PÓDIO



MELHOR RESULTADO

Nacional KArting - ABSOLUTO (1992)

TÍTULOS

cpr/
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS

20

RICARDO MOURA/ANTÓNIO COSTA JOAQUIM ALVES/SANCHO EIRÓ CARLOS MARTINS/DANIEL AMARAL

Ford Fiesta R5 ARC SPORT Ford Fiesta R5 ARC SPORT Citroën DS3 R5 SPORTS AND YOU

CAMPEÃO NACIONAL ABSOLUTO
(2011, 2012, 2013)
CAMPEÃO NACIONAL GRUPO N (2010)
CAMPEÃO RALIS AÇORES
(2008-2017, 10 VEZES)

Desde o final de 2015 que Ricardo Moura tem Joaquim Alves está finalmente totalmente recuperado Carlos Martins decidiu o ano passado medir forças
vindo a fazer somente programas parciais no CNR, do grave acidente que teve no Rali da Madeira do ano com Ricardo Teodósio no Grupo N, onde deu boa luta
sendo que para já está garantido em Fafe e Açores, passado e este ano volta ao CPR com vontade de fazer ao algarvio, levando a luta pelo título quase até ao
onde será, claramente um dos favoritos ao triunfo ainda melhor. Aos comandos do seu habitual Ford fim, depois de alguns problemas o terem atrasado
na geral em ambos os ralis. Daí para a frente, logo Fiesta R5 vai ter agora que readquirir o ritmo que o irremediavelmente. No final do ano, ainda regressou
se verá. Em Fafe, e a atestar pelo andamento que ano passado lhe permitiu obter um quinto lugar no ao DS3 R5 numa prova, no Algarve, e aí mostrou que
mostrou nas últimas vezes que disputou a prova Rali de Espinho, o seu melhor resultado de sempre até ainda é capaz de lutar pelos lugares cimeiros, mas
da Demoporto, vai lutar pelo triunfo, caso não então, melhorando ainda mais, com o segundo lugar para 2018, apesar de marcar presença no arranque o
volte a ter azares ou contratempos mecânicos. no Rali de Portugal, mostrando que provas longas e Campeonato em Fafe, com o Citroën DS3 R5 da Sports
Nos Açores, o ano passado lutou pelo triunfo, e só duras são bem ao seu estilo. Para quem já foi segundo, & You, prefere apenas confirmar prova a prova a sua
um problema mecânico no Fiesta o afastou da luta. subir um degrau, só com uma vitória, mas isso, tendo presença no CPR, não pretendendo disputar toda a
Era ótimo para o campeonato que continuasse. em conta o aumento do nível do CPR, será para si mais competição. Um bom piloto, que tem condições para
complicado. fazer brilharetes numa ou noutra prova.

ELIAS BARROS/PAULO SILVA PAULO MEIRELES/DUARTE GONÇALVES DIOGO SALVI/CARLOS MAGALHÃES

Ford Fiesta R5 SPEEDY MOTORSPORT Hyundai I20 R5 RACING 4 YOU Skoda Fabia R5 SPORTS AND YOU

Elias Barros é um gentleman driver que apesar Apesar de só realizar uma ou duas provas por ano, Paulo Outro gentleman driver, que de vez em quando
de não ter ritmo para os lugares da frente, foi Meireles tem mostrado que quem sabe nunca esquece e ‘aparece’ para disputar algumas provas, e também
mostrando ao longo do tempo uma excelente apesar de lhe faltar ritmo nota-se sempre claramente um ele evoluiu muito ao longo dos anos. Quem viu
evolução, notando-se claramente diferenças bom crescendo com o decorrer das provas. O ano passado Diogo Salvi rodar ao início e o voltou a ver mais
no seu andamento e na sua pilotagem. Quem o exibiu-se em bom plano em Fafe, ainda com o Skoda recentemente quase não acredita que é o mesmo
viu na altura em que começou a fazer uns ralis Fabia R5. Em Mortágua o piloto nortenho estreou-se aos piloto, mas a exemplo de alguns dos seus colegas,
com o Ford Fiesta R5 e foi assistindo à sua comandos de um Hyundai i20 R5, da RMC, e sem ter feito a sua presença no CPR é irregular devido aos seus
evolução foi notando boas melhorias, mas a sua qualquer rali com o carro em pisos de terra andou bem, muitos afazeres profissionais, e este ano não será
vida profissional não permite mais e para este apesar de problemas que o impediram de lutar pelo quarto exceção. Para já não se sabe quantas provas fará
ano tem novamente garantidas apenas três ou lugar, o que foi notável. Por isso este ano para Fafe, um rali este ano, mantendo-se fiel ao Skoda Fabia R5.
quatro provas, que anunciará futuramente. Tem que conhece bem melhor, tem todas as condições de fazer
condições para fazer bons resultados, por exemplo um bom resultado até porque se entrosou bastante bem
reeditando as lutas com Joaquim Alves. com o Hyundai que alugou à Racing4You.

LUÍS ROCHA/JORGE CARVALHO ANTÓNIO DIAS/DANIEL PEREIRA >> autosport.pt

Ford Fiesta R5 RMC MOTORSPORT Skoda Fabia R5 AR VIDAL 21

BREVES

Luís Rocha vai correr no Rallye Serras de Fafe com António Dias é mais uma das boas novidades MACEDO DE REGRESSO
um Ford Fiesta R5, fruto duma hipótese que surgiu e deste início de campeonato, e vai participar em
que o piloto não deixou fugir: “Há algum tempo que Fafe aos comandos de um Skoda Fabia R5. Este José Carlos Macedo vai disputar o Rali Serras de
gostava de experimentar um R5, procurei algumas piloto começou a sua carreira pelo ralicross e Fafe com um Ford Fiesta R5, com o apoio técnico
soluções, houve uma boa proposta e não hesitei. é muito conhecido pela sua participação nos da Speedy MotorSport. O Campeão de F2 entre
Para já tenho apenas definida a participação no regionais Norte de ralis, pela sua espetacular 1993 e 1995, com os Renault Clio 16V, Clio Williams
Rallye Serras de Fafe, mas estou a tentar arranjar pilotagem do BMW 325 IX. Este ano, decidiu e Clio Maxi, respetivamente, tem agora um desafio
condições para disputar mais ralis. A minha vida apostar no Campeonato de Portugal de Ralis, e vai diferente, aos 56 anos, 32 anos depois de ter
profissional não me permite disputar o campeonato dessa forma cumprir um sonho antigo: “Aprender e iniciado a sua carreira nos ralis, em 1986, no Rali
completo, por isso, vamos ver o que será possível. tentar lutar pelo lugar mais alto possível” é o mote de Vila Nova de Famalicão, num Toyota Starlet. Em
Em Fafe, não estarei minimamente preocupado com para a sua participação em Fafe. 1990, José Carlos Macedo começou a correr com
a minha prestação, pois tenciono apenas adaptar-me Renault, primeiro com o 5 GT Turbo no célebre
ao carro e desfrutar da experiência”, disse. troféu da altura, no ano seguinte fez um ano de
Citroën AX Sport, e regressou com um Renault Clio
16V em 1992, marca com que esteve até 1999,
sempre a nível oficial. No total, cumpriu quase
100 ralis em Portugal, venceu cinco vezes na geral
(CNR), especialmente na fase do Renault Mégane
Maxi, a partir de 1997, terminando a sua carreira
em 2001, ano em que fez apenas uma prova.
Depois de 34 pódios no CNR, regressa agora para
um desafio diferente.

NUNO CARDOSO/TELMO CAMPOS PEDRO ALMEIDA/NUNO ALMEIDA

Ford Fiesta R5 TN SPORT Skoda Fabia S2000 ARC SPORT

Nuno Cardoso é mais uma boa surpresa de um Pedro Almeida vai participar em toda a temporada do DESAFIO KUMHO PORTUGAL
piloto que surge ao mais alto nível nos ralis em CPR, com um Skoda Fabia S2000, naquela que será a sua
Portugal, já que vai guiar um Ford Fiesta R5 no estreia na principal competição de ralis em Portugal: “Esta O 1° Desafio Kumho Portugal é uma competição
Rallye Serras de Fafe, curiosamente o primeiro será a minha primeira temporada no CPR, construímos monomarca de pneus, disputada em ralis
carro que João Barros trouxe para Portugal. O um projeto que permita evoluir e garantir condições na integrados nos Campeonatos Norte/ Centro /Sul de
piloto começou no ralicross, e nos últimos anos defesa da imagem dos patrocinadores. Um compromisso Ralis: “Este Desafio surgiu para aproveitar muitos
tem vindo a correr nos regionais de ralis aos que vou tentar confirmar ao longo da temporada, carros 4WD existentes em Portugal, preenchendo
comandos de Mitsubishi Lancer, tendo este tendo a consciência que tudo será novo, em termos de uma lacuna atual no panorama dos ralis: um
ano optado por dar um enorme passo, para uma conhecimento de cada rali. O carro será assistido pela ARC enorme fosso entre os R2 e os R5. Vai realizar-se
competição em que tudo para si é novo. Sport, e, ainda bastante competitivo, dá-nos as condições em 10 ralis dos três campeonatos. Aproveitando
para continuar a evoluir face aos objetivos que temos e ‘desempoeirando’ inúmeros e válidos 4WD,
traçados para este ano de estreia, que passa por fazer o espalhados um pouco por diversos campeonatos,
melhor possível e ganhar experiência.” ou parados por falta de projetos aliciantes. O
nosso objetivo é promover a marca Kumho e trazer
à ribalta modelos que garantiram animação nos
últimos 30 anos. Criando um projeto específico,
bem delineado, aproveitando carros existentes,
com prémios monetários, custos de inscrição
controlados e divulgação profissional empenhada.
Uma solução para quem saia dos iniciados, de
campeonatos regionais, pilotos inativos ou para a
tal ligação R2/R3 para R5.”

cpr/
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS

22

CALENDÁRIODO CPR2018

Nove provas, os pilotos escolhem oito, contam as provas de Fafe, Madeira e Algarve contam P/ PA L M A R É S
os sete melhores resultados. É este, muito também para o Iberian Rally Trophy, o Vinho
resumido, o pressuposto do Campeonato de Madeira, também para o TER, Tour European Rally
Portugal de Ralis 2018, uma competição que Series, e finalmente os Açores volta a abrir o
tem agora agrupadas as quatro provas de Europeu de Ralis e o Rali de Portugal a ser a sexta
terra, seguidas das cinco de asfalto. Pelo meio prova do WRC.

C/ C A L E N D Á R I O 1956 FERNANDO STOCK 1989 CARLOS BICA
1957 HORÁCIO MACEDO 1990 CARLOS BICA
DATA PROVA PISO ORGANIZADOR 1958 JOSÉ LUÍS ABREU VALENTE 1991 CARLOS BICA
1959 JOSÉ LUÍS ABREU VALENTE 1992 JOAQUIM SANTOS
17 E 18 DE FEVEREIRO RALI SERRAS DE FAFE TERRA DEMOPORTO 1960 JOSÉ MANUEL PEREIRA 1993 JORGE BICA
1961 HORÁCIO MACEDO 1994 FERNANDO PERES
UMA DAS CATEDRAIS DOS RALIS EM PORTUGAL, A PROVA QUE TODOS QUEREM MARCAM PRESENÇA, ESTRADAS DAS MELHORES 1962 JOSÉ BAPTISTA DOS SANTOS 1995 FERNANDO PERES
1963 HORÁCIO MACEDO 1996 FERNANDO PERES
DO MUNDO PARA FAZER RALIS. 1964 FERNANDO BASÍLIO DOS SANTOS 1997 ADRUZILO LOPES
1965 CÉSAR TORRES 1998 ADRUZILO LOPES
22 A 24 DE MARÇO AZORES AIRLINES RALLYE TERRA GRUPO DESPORTIVO COMERCIAL 1966 MANUEL GIÃO 1999 PEDRO MATOS CHAVES
1967 AMÉRICO NUNES 2000 PEDRO MATOS CHAVES
UM AUTÊNTICO PARAÍSO PARA FAZER RALIS, COM ESTRADAS SINUOSAS E EXIGENTES, EM PAISAGENS DE CORTAR A RESPIRAÇÃO DE TÃO BELAS... 1968 AMÉRICO NUNES 2001 ADRUZILO LOPES
1969 NÃO HOUVE CAMPEÃO ABSOLUTO 2002 MIGUEL CAMPOS
27 A 28 DE ABRIL RALI DE MORTÁGUA TERRA CLUBE AUTOMÓVEL DO CENTRO 1973 NÃO HOUVE CAMPEÃO ABSOLUTO 2003 ARMINDO ARAÚJO
1974 NÃO SE REALIZOU 2004 ARMINDO ARAÚJO
PROVA DIFÍCIL E EXIGENTE, EM PISOS DE TERRA MUITO FINA, E TROÇOS QUE ALTERNAM O SINUOSO COM O RÁPIDO, DO ‘ANTIGO’ RALI DE PORTUGAL. 1975 MANUEL INÁCIO 2005 ARMINDO ARAÚJO
1976 ANTÓNIO DIEGUES 2006 ARMINDO ARAÚJO
17 A 20 DE MAIO 52º VODAFONE RALLY DE PORTUGAL TERRA AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL 1977 GIOVANI SALVI 2007 BRUNO MAGALHÃES
1978 CARLOS TORRES 2008 BRUNO MAGALHÃES
REGRESSA O PORTO STREET STAGE, NUMA PROVA QUASE DECALCADA DO RALI DO ANO PASSADO, COM TRÊS ZONAS BEM DISTINTAS ENTRE SI, 1979 JOSÉ PEDRO BORGES 2009 BRUNO MAGALHÃES
1980 SANTINHO MENDES 2010 BERNARDO SOUSA
PONTE DE LIMA, FAFE/CABREIRA E MARÃO. 1981 SANTINHO MENDES 2011 RICARDO MOURA
1982 JOAQUIM SANTOS 2012 RICARDO MOURA
8 E 9 DE JUNHO RALI VIDREIRO CENTRO DE PORTUGAL ASFALTO CLUBE AUTOMÓVEL DA MARINHA GRANDE 1983 JOAQUIM SANTOS 2013 RICARDO MOURA
1984 JOAQUIM SANTOS 2014 PEDRO MEIRELES
REGRESSO AO AO FUSTIGADO PINHAL DE LEIRIA, ONDE OS CONCORRENTES VÃO ENCONTRAR UMA PAISAGEM BEM DISTINTA FRUTO DOS FOGOS DE 2017. 1985 JOAQUIM MOUTINHO 2015 JOSÉ PEDRO FONTES
1986 JOAQUIM MOUTINHO 2016 JOSÉ PEDRO FONTES
AS ESTRADAS, FANTÁSTICAS PARA UM BOM RALI DE ASFALTO. 1987 INVERNO AMARAL 2017 CARLOS VIEIRA
1988 CARLOS BICA
30 JUNHO A 1 DE JULHO RALI DE CASTELO BRANCO ASFALTO ESCUDERIA CASTELO BRANCO

ESTRADAS RÁPIDAS E EXIGENTES, NUMA PROVA QUE TEM REDUNDADO EM RALIS MUITO EQUILIBRADOS, COMO SE PROVA PELOS RESULTADOS

DAS PROVAS DOS ÚLTIMOS ANOS.

2 A 4 DE AGOSTO RALI VINHO DA MADEIRA ASFALTO CLUB SPORTS DA MADEIRA

UM RALI SUPER DIFÍCIL PARA QUEM NÃO TEM EXPERIÊNCIA, REALIZADO EM ESTRADAS DE ASFALTO MUITO EXIGENTES, SINUOSAS, RÁPIDAS,

UM RALI COM GRANDE HISTORIAL QUE UM DIA VOLTARÁ ÀS MELHORES COMPETIÇÕES DE RALIS DO MUNDO.

22 E 23 DE SETEMBRO RALI AMARANTE BAIÃO ASFALTO CLUBE AUTOMÓVEL DE AMARANTE

NOVIDADE ABSOLUTA NO CPR. EM TERRA, COMO TEM SIDO NOS ÚLTIMOS ANOS É UM BOM RALI, EM ESTRADAS TAMBÉM USADAS PELO RALI DE PORTUGAL.

MAS ESTE ANO SERÁ DE ASFALTO, PORTANTO, UMA INCÓGNITA. BOAS ESTRADAS NÃO FALTAM NA ZONA...

17 E 18 DE NOVEMBRO RALI CASINOS DO ALGARVE ASFALTO CLUBE AUTOMÓVEL DO ALGARVE

RALI MUITO EXIGENTE, QUE ALTERNA ZONAS SINUOSAS E ESTREITAS COM OUTRAS DE MÉDIA RAPIDEZ, EM ESTRADAS COM VÁRIOS TIPOS DE ASFALTO,

CARACTERÍSTICO DA ZONA DE MONCHIQUE E FÓIA.

ASMENORES >> autosport.pt
DIFERENÇASNO CNR/CPR
23

Apesar do cada vez maior equilíbrio T/ TO P 2 0 QUEMMAISVENCE
nos resultados finais das provas NOCNR/CPR?
do Nacional de Ralis, o Cidade de 1 - RALI CIDADE DE GUIMARÃES 2014 – 0,3S (PEDRO MEIRELES VS RICARDO MOURA)
Guimarães 2014 deverá permanecer 2 - RALI ESTRELA E VIGOROSA 1992 – 1S (FERNANDO PERES VS JORGE BICA) Apesar da sua longa ausência desde maio do ano passado, José Pedro
por muito tempo no topo das provas 3 - RALI VINHO MADEIRA 2016 - 1,0S (JOSÉ PEDRO FONTES VS ALEXANDRE CAMACHO) Fontes é o piloto que mais vezes venceu nos últimos quatro anos
com menor diferença entre primeiro 4 - RALI SERRAS DE FAFE 2014 – 1,3S (PEDRO MEIRELES VS MARTIN KANGUR) de Nacional de Ralis, desde que em 2014 começaram por surgir os
e segundo. Nesse rali, Pedro 5 - RALI ALTO TÂMEGA 1987 – 2S (JOAQUIM SANTOS VS MANUEL MELLO BREYNER) primeiros R5. Esta era ‘R5’ tem sido também proveitosa para Pedro
Meireles bateu Ricardo Moura por 6 - RALI NORDESTE TRANSMONTANO 2005 – 2,3S (MIGUEL CAMPOS VS JOSÉ PEDRO FONTES) Meireles, que assegurou nove triunfos, se bem que os primeiros
0,3s, séte décimos melhor que o 7 - RALI DE CASTELO BRANCO 2017 - 2,6S (JOSÉ PEDRO FONTES VS CARLOSVIEIRA) quatro tenham sido ainda com o Skoda Fabia S2000. Apesar da sua
segundo resultado mais equilibrado. 8 - RALI CIDADE OLIVEIRA DO HOSPITAL 1995 – 3S (PAULO MEIRELES VS JORGE BICA) participação no campeonato Nacional se ter tornado irregular após
Outro facto curioso que se RALI SOLVERDE 1996 – 3S (FERNANDO PERES VS ADRUZILO LOPES) 2015, Ricardo Moura é o terceiro piloto com mais vitórias, cinco. Carlos
extrapola da lista abaixo, é que 11 RALI TARGA – VIEIRA DO MINHO 2012 – 3S (RICARDO MOURA VS PEDRO PERES) Vieira (3), João Barros (2), Bruno Magalhães (2) e Miguel Barbosa (1).
dos 20 resultados mais equilibrados 9 - RALI VIDREIRO-CENTRO DE PORTUGAL 2015 - 3,9S (RICARDO MOURA VS JOSÉ PEDRO FONTES) De referir que tanto Bernardo Sousa (que venceu Açores 2014) como
aconteceram nos últimos quatro 10 - RALI CASINO DE ESPINHO 2017 - 4S (JOSÉ PEDRO FONTES VS CARLOSVIEIRA) Bruno Magalhães, venceram provas não pontuando para o campeonato
anos. Quer melhor prova do 11 - RALI JAMES PÓVOA DO VARZIM 1982 – 4S (ANTÓNIO RODRIGUES VS JOAQUIM MOUTINHO) português. Não ganham pontos, mas no plamarés da prova é o seu
equlíbrio no nosso principal RALI CIDADE OLIVEIRA DO HOSPITAL 2000 – 4S (RUI MADEIRA VS PEDRO CHAVES) nome que consta no topo...
campeonato de ralis? RALI VINHO MADEIRA 2014 – 4S (BRUNO MAGALHÃES VS JOSÉ PEDRO FONTES)
Curiosamente, o Rali Estrela e 12 - RALI VINHO MADEIRA 2003 – 4,8S (MIGUEL CAMPOS VS BRUNO THIRY)
Vigorosa 1992 continua a ser 13 - RALI VINHO MADEIRA 2008 – 5,4S (NICOLAS VOUILLOZ VS GIANDOMENICO BASSO)
o segundo desta lista, quando 14 - RALI VINHO MADEIRA 2015 - 5,4S (BRUNO MAGALHÃES VS MIGUEL NUNES)
Fernando Peres bateu Jorge Bica 15 - RALI CENTRO DE PORTUGAL 2010 – 5,8S (JOSÉ PEDRO FONTES VS MIGUEL CAMPOS)
por um segundo certinho, há 26 16 - RALI CASINOS DO ALGARVE 2004 – 5,9S (MIGUEL CAMPOS VS RICARDO TEODÓSIO)
anos. 17 - SATA RALI AÇORES 2014 – 6,2S (BERNARDO SOUSA VS KEVIN ABBRING)
18 - SATA RALLYE AÇORES 2014 - 6,2S (BERNARDO SOUSA VS KEVIN ABBRING)
19 - RALI DE CASTELO BRANCO 2016 - 6,3S (JOÃO BARROS VS JOSÉ PEDRO FONTES)
20 - RALI VINHO MADEIRA 2013 – 7,3S (GIANDOMENICO BASSO VS BRUNO MAGALHÃES)

VITÓRIAS 2017 VITÓRIAS 2014 4
1 PEDRO MEIRELES 3 1. PEDRO MEIRELES 3
1 CARLOS VIEIRA 3 2. JOSÉ PEDRO FONTES 1
3 BRUNO MAGALHÃES 1 3. JOÃO BARROS
3 JOSÉ PEDRO FONTES 1 12
3 MIGUEL BARBOSA 1 TOTAIS 2014-2017 9
VITÓRIAS 2016 5
1 JOSÉ PEDRO FONTES JOSÉ PEDRO FONTES 3
2 JOÃO BARROS 5 PEDRO MEIRELES 2
2 RICARDO MOURA 1 RICARDO MOURA 1
2 PEDRO MEIRELES 1 CARLOS VIEIRA 1
VITÓRIAS 2015 1 JOÃO BARROS
1. RICARDO MOURA
2. JOSÉ PEDRO FONTES BRUNO MAGALHÃES
3. PEDRO MEIRELES 4 MIGUEL BARBOSA
3
1

OS QUATROCAMPEONATOS DA‘ERA’ DOS R5

Só em 2014 o campeonato português de Ralis passou a ter 2017
carros da categoria R5 e desde essa altura a competitividade
do campeonato cresceu a olhos vistos, sendo que os quatro POS. PILOTO CARRO PONTOS
campeonatos foram ganhos por três pilotos diferentes, com o
último a decidir-se por 0,4 pontos e com a disputa a dar-se até 1. CARLOS VIEIRA CITROËN DS3 R5 143,1
ao último metro do derradeiro rali. Há alguns dados curiosos a
extrapolar desta contabilidade, por exemplo o facto do Skoda Fabia 2. PEDRO MEIRELES SKODA FABIA R5 142,7
R5 ser o carro mais equilibrado em termos de competitividade
entre pisos de terra (onde se diz ser o melhor) e asfalto, e no 3. MIGUEL BARBOSA SKODA FABIA R5 109,5
entanto nunca venceu qualquer título, embora tenha ficado
muito perto em 2017. Mas contribuiu um pouco, já que foi a vitória 4. JOÃO BARROS FORD FIESTA R5 90,6
em Mortágua 2017 de Carlos Vieira que lhe abriu a janela de
oportunidade para chegar ao título de campeão. Desde que veio 2016
para os ralis, Miguel Barbosa foi duas vezes terceiro no CNR e Zé
Pedro Fontes perdeu em 2017 uma boa hipótese de chegar ao tri 1. JOSÉ PEDRO FONTES CITROËN DS3 R5 181
em virtude do acidente que teve no Rali de Portugal.
2. PEDRO MEIRELES SKODA FABIA R5 115

3. MIGUEL BARBOSA SKODA FABIA R5 96,8

4. JOÃO BARROS FORD FIESTA R5 74,8

2015

1. JOSÉ PEDRO FONTES CITROËN DS3 R5 164

2. RICARDO MOURA FORD FIESTA R5 162,5

3. JOÃO BARROS FORD FIESTA R5 99

4. PEDRO MEIRELES SKODA FABIA R5 81

2014

1. PEDRO MEIRELES SKODA FABIA S2000 142

2. JOSÉ PEDROFONTES PORSCHE 997 GT3 RS 3.8 105

3. JOÃO BARROS FORD FIESTA R5 97,5

4. ADRUZILO LOPES SUBARU IMPREZA STI R4 93,5

cpr/
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS

24

RALLY SERRAS DE FAFE

ARRANCAR EM BELEZA

Não podia mesmo haver melhor palco para dar início ao que se FPAK de Ralis e Campeonato Ralis se realizam as assistências. A chega-
espera ser dos melhores CPR da última década. Fafe! Estradas que Norte. O evento constitui-se por 11 da vai ter lugar na Praça 25 de Abril/
provas especiais de classificação, duas Av. 5 de Outubro.
dispensam apresentações num rali que sofreu alguns ajustes delas no centro de Fafe, no sábado à A partida está marcada para sábado às
noite. 15.00 horas sendo realizadas passa-
D isputa-se nos próximos sá- Este ano o figurino é mais concen- gens duplas por Lameirinha e Luílhas.
bado e domingo, 17 e 18 de trado, há partes dos troços iguais nos Ao princípio da noite, às 21.30 horas
fevereiro, o Rally Serras de dois dias de prova, que aproveitam as arranca a primeira passagem pela
Fafe, prova de abertura do várias versões que já se fizeram no super-especial, Fafe Street Stage, por
Campeonato de Portugal Rali de Portugal. No caso de Luílhas, onde os concorrentes vão passar duas
de Ralis, competição que regressa a versão antiga, manten- vezes, num traçado com 1.680 metros.
pontua ainda para o Troféu Europeu do-se a mais conhecida, pelo topo da Domingo a partida está marcada para
de Ralis, Troféu Ibérico de Ralis, Taça serra. A fase inicial destes troços até as 8.15 horas sendo disputadas duas
Gontim é igual. passagens por Montim, Ruivães/
H/ H O R Á R I O O centro nevrálgico é na Praça das Confurco e Gontim. A chegada está
Comunidades (Largo da Feira), onde prevista para as 13.00.

1ª ETAPA – 1ª SECÇÃO E 2ªSECÇÃO (SÁBADO, 17 DE FEVEREIRO) 2ª ETAPA – 1ª SECÇÃO E 2ªSECÇÃO (DOMINGO, 18 DE FEVEREIRO) I/ I N S C R I T O S / R E G I O N A L E T A Ç A

15H00 PARTIDA PRAÇA DAS COMUNIDADES – FEIRA 08H15 PARTIDA PRAÇA DAS COMUNIDADES – FEIRA

15H00 ASSISTÊNCIA PRAÇA DAS COMUNIDADES – FEIRA 08H18 ASSISTÊNCIA PRAÇA DAS COMUNIDADES – FEIRA

15H42 PEC 1 LAMEIRINHA 1 09H00 PEC 6 MONTIM 1

16H12 PEC 2 LUILHAS 1 09H33 PEC 7 RUIVÃES/CONFURCO 1

16H50 FAFE STREET 1º RECONHECIMENTO 09H57 PEC 8 GONTIM 1

17H15 FAFE STREET 2º RECONHECIMENTO 10H32 REAGRUPAMENTO PRAÇA DAS COMUNIDADES – FEIRA

18H03 PEC 3 LAMEIRINHA 2 10H42 PARQUE DE ASSISTÊNCIA PRAÇA DAS COMUNIDADES – FEIRA REGIONAL

18H33 PEC 4 LUILHAS 2 11H39 PEC 9 MONTIM 2 NR. 1º CONDUTOR 2º CONDUTOR VEICULO GR CL

19H17 REAGRUPAMENTO PRAÇA DAS COMUNIDADES 12H12 PEC 10 RUIVÃES/CONFURCO 2 ‘ ANDRÉ FERREIRA GONÇALO DIAS PEUGEOT 208 P1 2

20H45 ASSISTÊNCIA PRAÇA DAS COMUNIDADES – FEIRA 12H36 PEC 11 GONTIM 2 ANTÓNIO OLIVEIRA LUIS BOIÇA PEUGEOT 205 GTI X2 10

21H30 PEC 5A SE FAFE STREET 13H11 ASSISTÊNCIA PRAÇA DAS COMUNIDADES - FEIRA ARTURO COTA ALVARO VILA SEAT LEON 4X4

21H45 PEC 5B SE FAFE STREET 13H31 PÓDIO/PARQUE FECHADO PRAÇA 25 DE ABRIL/AVª 5 DE OUTUBRO BRUNO MOTA FILIPE RIBEIRO PEUGEOT 205

21H53 ASSISTÊNCIA PRAÇA DAS COMUNIDADES – FEIRA CAPELA MORAIS ANTÓNIO VIEIRA PEUGEOT 205 TD

22H38 PARQUE FECHADO PARQUE DA BIBLIOTECA CARLOS FERNANDES VALTER CARDOSO MITSUBISHI LANCER EVO VI

I/ CARLOS MAGALHÃES ISABEL COSTA BMW E30
INSCRITOS/CPR
DANIEL GUERRA PATRICIA PADRON SUBARU IMPREZA

DOMINGOS CAMÕES BRUNO SOUSA BMW E36

EMANUEL SILVA GABRIEL CUNHA CITROEN C2R2MAX

FERNANDO PERES JOSÉ PEDRO SILVA MITSUBISHI LANCER EVO IX P3 7

GASPAR PINTO BERNARDO GUSMÃO MITSUBISHI LNCER EVO VI

Nº CONCORRENTE PILOTO NAVEGADOR CARRO GR. JOÃO ANDRADE VITOR COSTA BMW 328 X2 11

1 TEAM HYUNDAI PORTUGAL CARLOS VIEIRA JORGE CARVALHO HYUNDAI I20 R5 RC2 JOÃO FERREIRA ANA FERREIRA RENAULT CLIO 16V

2 PEDRO MEIRELES MÁRIO CASTRO SKODA FABIA R5 RC2 JORGE PINTO JOÃO MAGALHÃES VINNT

3 BP ULTIMATE VODAFONE MIGUEL BARBOSA HUGO MAGALHÃES SKODA FABIA R5 RC2 JOSÉ ADRIANO COSTA TIAGO FERREIRA NISSAN MICRA

4 SPEEDY MOTOSPORT JOÃO BARROS JORGE HENRIQUES FORD FIESTA R5 RC2 JOSÉ CARVALHO NUNO MONTEIRO HONDA CIVIC

5 JOAQUIM ALVES SANCHO EIRÓ FORD FIESTA R5 RC2 JOSE MENDES NUNO ALVES MITSUBISHI LANCER EVO IX P3 7

6 CITROEN VODAFONE TEAM JOSÉ P. FONTES PAULO BABO CITROËN DS3 R5 RC2 LUIS COUCEIRO SÉRGIO SIMÕES BMW 325I

10 SPEEDY MOTOSPORT ELIAS BARROS PAULO SILVA FORD FIESTA R5 RC2 MANUEL TEIXEIRA JOÃO COSTA CITROEN SAXO CUP

15 PEDRO ALMEIDA NUNO ALMEIDA SKODA FABIA S2000 RC2 MÁRIO MARREIROS RUI SERRA MITSUBISHI LANCER EVO IX

16 RICARDO MOURA ANTÓNIO COSTA FORD FIESTA R5 RC2 MIGUEL TEIXEIRA HUGO PEREIRA BMW E30

17 ANTÓNIO DIAS DANIEL PEREIRA SKODA FABIA R5 RC2 NUNO VENÂNCIO ANDRÉ BARRAS MITSUBISHI EVO VII

21 DIOGO SALVI CARLOS MAGALHÃES SKODA FABIA R5 RC2 RICARDO FILIPE FERNANDO ALMEIDA MITSUBISHI EVO VI

22 PAULO MEIRELES MARCOS GONÇALVES HYUNDAI I20 R5 RC2 RUI GUEDES GONÇALO CARVALHO BMW E 30

32 NUNO CARDOSO TELMO CAMPOS FORD FIESTA R5 RC2 RUI MENDES BRUNO PEDROSA TOYTA COROLLA X2

33 MANUEL CASTRO LUIS COSTA HYUNDAI I20 R5 RC2 RUI SANTOS FRANCISCO SANTOS SUBARU 2.0L

46 TEAM HYUNDAI PORTUGAL ARMINDO ARAÚJO LUIS RAMALHO HYUNDAI I20 R5 RC2 TIAGO ALMEIDA RICARDO PINTO MITSUBISHI LANCER EVO IX

NN TEODÓSIO MOTORSPORT RICARDO TEODÓSIO JOSÉ TEIXEIRA SKODA FABIA R5 RC2 VICTOR GOMES JOEL OLIVEIRA PEUGEOT 306

90 PAST RACING DANIEL ALONSO CANDIDO CARRERA FORD FIESTA R5 RC2 VITOR MATIAS ANDRÉ GASPAR BMW 316 I

94 ALEXANDER VILANUEVA OSCAR SAB«NCHEZ SKODA FABIA R5 RC2

99 RUBEN RODRIGUES ESTEVÃO RODRIGUES CITROËN DSE3 R5 RC2 TAÇA

100 HARRY HUNT STEVE PHEE CITROËN DS3 R5 RC2 101 MANUEL MARTINS RUI VILAÇA PEUGEOT 206 GTI P1 2

101 J.CARLOS MACEDO LUIS LISBOA FORD FIESTA R5 RC2 102 RODOLFO SUAREZ SAMUEL BERMÚDEZ MITSUBISHI EVO IX

102 LUIS COSTA ROCHA JORGE CARVALHO FORD FIESTA R5 RC2

9 PAULO NETO VITOR HUGO CITROËN DS3 R3T MAX RC3 103 JOÃO VIEIRA NN PEUGEOT 206 GTI P1 2

20 MIGUEL CORREIA PEDRO ALVES RENAULT CLIO RS R3T RC3 104 JOSÉ BATISTA DOMINGOS COUTO PEUGEOT 206 GTI P1 2

92 SÉRGIO BRÁS NUNO R. SILVA FORD FIESTA R2 RC4 105 FERNANDO TEOTÓNIO RICARDO DOMINGOS MITSUBISHI EVO VII

11 HUGO LOPES NUNO MOTA RIBEIRO PEUGEOT 208 R2 RC4 106 JOÃO CASTELA MAIKEL RODRIGUEZ PEUGEOT 208 R2

12 PEDRO ANTUNES JORGE GONÇALVES PEUGEOT 208 R2 RC4 107 LUIS MOTA ALEXANDRE RAMOS MITSUBISHI EVO VI P3

13 HELDER MIRANDA RUI TEIXEIRA CITROËN C2R2 MAX RC4 108 RICARDO MATOS CARLOS MATOS MITSUBISHI LANCER EVO IX P3 7

14 PEDRO L. VIEIRA RICARDO FARIA PEUGEOT 208 R2 RC4 109 FILIPE MATOS PAULO LOPES MITSUBISHI EVO IX

19 DANIEL NUNES RUI RAIMUNDO PEUGEOT 208 R2 RC4 110 MANUEL PINTO FRANCISCO MARTINS FIAT PUNTO R3D

25 JOANA BARBOSA SOFIA MOUTA FORD FIESTA R2T RC4 111 RICARDO MATOS CARLOS MATOS MITSUBISHI LANCER EVO IX

27 RUBEN MOURA ANDRÉ COUCEIRO PEUGEOT 208 R2 RC4 112 JÚLIO BASTOS ANIBAL PEREIRA BMW 325I

28 PAULO MOREIRA MÁRIO MACEDO PEUGEOT 208 R2 RC4 113 ALEXANDRE LOPES VITOR SILVA SUBARU IMPREZA STI

37 PEDRO PAIXÃO LUIS NEVES PEUGEOT 208 R2 RC4 114 MÁRIO MARREIROS RUI SERRA MITSUBISHI LANCER EVO IX

95 ESCUDERIA EIBAR EFREN LLARENA SARA FERNANDEZ PEUGEOT 208 R2 RC4 116 JOSÉ MERCEANO FRANCISCO PEREIRA MITSUBISHI LANCER EVO 8 MR P4 7

96 AUTOMOVIL CLUB LORCA JOAN VIDAL NN PEUGEOT 208 R2 RC4 117 PEDRO SÁ LEANDRO PARREIRA MITSUBISHI LANCER EVO IX

97 ESCUDERIA COSTA DOURADA DAVID NAFRIA PEDRO REQUENA PEUGEOT 208 R2 RC4 118 RICARDO COSTA JR. SÉRGIO ROCHA MITSUBISHI LANCER EVO IX

98 GCMOTORSPORT RAUL HERNANDEZ ROGELIO LOPEZ PEUGEOT 208 R2 RC4

NOTA: LISTA ORDENADA À RESPONSABILIDADE DO AUTOSPORT 119 EUGÉNIO MADUREIRA ANTÓNIO DUARTE MITSUBISHI LANCER EVO VI

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25

PEC 2/4 PEC 8/11

LUILHAS GONTIM 1
(FIM) (FIM)

PEC 1/3 PEC 2/4 PEC 8/11

LAMEIRINHA LUILHAS GONTIM 1
(FIM) (INÍCIO) (INÍCIO)

PEC 7/10

RUIVÃES/CONFURCO
(FIM)

PEC 5A/5B PEC 1/3

SE FAFE LAMEIRINHA
STREET (INÍCIO)

PEC 6/9 PEC 7/10

MONTIM 1 RUIVÃES/CONFURCO
(FIM) (INÍCIO)

PEC 6/9

MONTIM 1
(INÍCIO)

V/26
VELOCIDADE

HERÓIS Pouco mais de duas semanas depois do fim de semana
mais marcante de 2018, voltamos a falar de Daytona e das
DE DAYTONA prestações fantásticas dos nossos pilotos. As exibições de
Filipe Albuquerque, João Barbosa, António Félix da Costa, Pedro
Lamy e Álvaro Parente foram a todos os níveis fantásticas. O
talento deste quinteto está acima de quaisquer dúvidas, mas há
necessidade de o realçar as vezes que forem precisas e dizer ao
mundo, especialmente aos portugueses, que temos os melhores
pilotos do mundo. Em jeito de balanço final, falámos com os
nossos pilotos sobre o que foi a aventura em Daytona. A classe

que mostram em pista é proporcional à classe fora dela...

Fábio Mendes
[email protected]
FOTOGRAFIA IMSA/Richard Dole, Jake Galstad e Michael L. Levitt

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27

JOÃO BARBOSA
TERCEIRO SUCESSONAPROVA
“MAIS DIFÍCIL QUE LE MANS”

João Barbosa não será (infelizmente) o nome pensado, a vitória não foi fácil e exigiu muito acontecesse, o que nos permitiu vencer.
mais conhecido do público português, mas é sem de todos os membros da equipa. Os problemas O truque para vencer Daytona? Segundo o piloto
dúvida um dos pilotos nacionais de maior sucesso de sobreaquecimento do motor provocaram português, uma grande dose de paciência: “Acho
e um dos mais respeitados nos Estados Unidos. momentos de tensão na boxe da equipa. O trabalho que é uma das provas mais difíceis, na minha
O salto para o outro lado do atlântico, em 1997, de todos foi fundamental neste histórico sucesso: opinião mais difícil que Le Mans, pois é uma pista
foi o momento chave para uma carreira recheada “Penso que a chave do sucesso foi o trabalho de com pouco mais de 5 km, com 50 carros em pista,
de sucessos. Já antes, Barbosa tinha mostrado o equipa. A Action Express é uma equipa que tem com andamentos muito diferentes. Além disso
seu imenso talento no karting e na Formula 3, algo provado a sua valia com os resultados que tem não é muito larga e estamos constantemente
que continuou a fazer por terras do Tio Sam, de obtido, sobretudo nas corridas de 24h. Tivemos a ultrapassar os carros mais lentos, enquanto
tal forma que leva mais de 20 triunfos, quase 70 de lidar com o problema de sobreaquecimento do lutamos com os adversários diretos, o que requer
pódios e… 3 relógios Rolex, vindos de Daytona. motor durante 6 horas de prova, o que não é nada um nível de concentração muito elevado assim
São 3 vitórias na mítica prova americana, mas nem fácil. Reagimos da melhor maneira e não entrámos como uma grande dose de paciência para fazer as
por isso o sentimento de satisfação e de felicidade em pânico. Aproveitámos uma das poucas ultrapassagens no momento certo.”
é menor: “Nunca é fácil ganhar uma corrida com 24 interrupções para fazer uma rápida intervenção João Barbosa está otimista em relação ao resto da
horas e Daytona é uma das corridas mais difíceis. no carro, a fim de minimizar o problema e não época. A máquina revelou estar muito competitiva
É muito intensa e muito cansativa, mas quando se perdemos tempo, ao contrário do que aconteceu e permite lutar por vitórias em todas as corridas.
chega ao fim no primeiro lugar, é uma sensação com o nº 31 que perdeu 3 voltas, vantagem que se A concorrência não surpreendeu, pois, a Action
indescritível. Todas são conseguidas com muito tornou crucial para vencermos. Houve uma altura Express já esperava que se apresentassem
trabalho durante todo o ano. Esta foi diferente em que foi equacionado fazer uma paragem e fortes (embora a Nissan e a Mazda tenham ficado
porque tive o Filipe como companheiro de equipa, o perder a vantagem que tínhamos, e aí comecei a abaixo do esperado), mas o piloto tem confiança
que é excelente e também porque houve um pouco ficar preocupado, pois se tivéssemos de lutar de na sua estrutura e no IMSA, que está cada vez
de sentimento de vingança pelo que aconteceu no igual para igual com alguém, iríamos ter muitas mais forte: “Acho que o IMSA está no rumo certo,
ano passado, em que nos foi tirada a vitória nos dificuldades. Houve muita troca de opiniões, o campeonato está a ser um sucesso enorme e
minutos finais.” mas no final a equipa tomou a decisão de levar estou certo que a tendência é melhorar ainda
Ao contrário do que a maioria pode ter o carro até ao final, independentemente do que mais.”

v/
VELOCIDADE

28

FILIPE ALBUQUERQUE
“É TEMPO DE RECONHECER
OTRABALHO DOS PILOTOS
PORTUGUESES”

Filipe Albuquerque está nas bocas do mundo era capaz de vencer. A partir daí foi preciso PEDRO LAMY
em Portugal, tendo sido presença assídua muita calma e serenidade para evitar os “TÍNHAMOS TUDO PARA LUTAR
em vários programas, que destacaram problemas.” A confiança nos seus colegas de PELA VITÓRIA”
merecidamente o feito da dupla lusa. O equipa foi sempre absoluta, dada a valia e a
piloto português já tinha vencido, embora na experiência de ambos, experiência que se fez Do contingente de luxo que representou descendo na classificação, até que entrou
categoria GTD, mas faltava a cereja no topo sentir quando a chuva caiu quando Fittipaldi as cores portuguesas, Lamy terá sido em cena Pedro Lamy, com um turno de
do bolo… vencer na geral. No ano passado estava ao volante, numa altura em que os aquele que menos satisfeito saiu de condução de grande qualidade. O pior
a vitória escapou por pouco, mas este ano adversários recuperaram terreno: “Creio que o Daytona. Depois de ter terminado a época estaria para vir: “A corrida estava a correr
aconteceu mesmo: “As últimas horas não Christian quis jogar pelo seguro, sabendo que 2017 com o tão ansiado título no WEC (na bem, e estávamos na luta pelos primeiros
foram nada fáceis, mas consegui quebrar o ainda era muito cedo para correr riscos, ao categoria GTE-AM), Lamy, juntamente com lugares, mas, infelizmente, quando faltava
enguiço e estou extremamente feliz por fazer contrário de outros adversários que estavam os seus habituais colegas de equipa (Paul pouco mais de 5 horas para o final da
parte desta equipa e por ter ajudado a atingir mais para trás, que quiseram aproximar-se. O Dalla Lana e Mathias Lauda), iniciou o ano prova, o meu colega de equipa teve uma
o objetivo.” Mike Conway andou muito bem à chuva, mas o num palco de excelência. saída de pista e a corrida acabou mais
A equipa Action Express, já destacada por carro dele tinha um set up idêntico ao nosso As indicações no Roar, teste que cedo. Penso que tínhamos tudo para lutar
Barbosa, tem sido a chave do sucesso desta por isso acredito que tenha sido a experiência antecede a prova de Daytona, não foram pela vitória. O carro estava rápido e já
dupla de enorme valia e que em Daytona levou do Christian a ditar o ritmo.” as mais animadoras, mas, Lamy, já com tínhamos feito as paragens mais longas,
a bandeira portuguesa ao topo do pódio: Albuquerque espera um campeonato renhido muita experiência, entendeu que não para trocas de travões e, portanto, tudo
“Desde que assinei pela Action Express que e equilibrado, pois tanto os Acura como os havia motivo para alarme: “O Roar foi indicava que estaríamos bem colocados
sabia que sempre que fosse a Daytona teria Nissan mostraram andamento para fazer apenas um teste normal antes da corrida para atacar o primeiro lugar.”
hipóteses de lutar pela vitória. Como resultado frente aos Cadillac: “Eu vou conhecer algumas onde se procuram as melhores soluções. É um dos aspetos que torna as corridas
só por si, esta vitória é um marco importante pistas pela primeira vez, mas isso não me A equipa fez um bom trabalho na procura de endurance únicas. Para vencer é
na minha carreira, sem dúvida, mas tenho intimida nada porque consigo aprender rápido. da afinação ideal e o carro mostrou um preciso, além de fazer um bom trabalho
mais resultados e momentos que são tão Se calhar numa fase inicial não estarei ao andamento muito forte.” e evitar os erros, esperar que os colegas
importantes quanto este e que me permitiram mesmo nível do que se já conhecesse a pista, Toda a prova em solo americano implicou de equipa também os evitem: “O maior
chegar onde estou.” mas não é isso que me irá impossibilitar de que o piloto se adaptasse a novas desafio é levar o carro até as últimas
O tão falado problema de sobreaquecimento lutar por um bom resultado.” circunstâncias: “Há sempre algumas horas e a partir daí tentar lutar pela
do motor Cadillac é ainda um mistério. Tanto Quanto ao merecido reconhecimento, diferenças, pois são máquinas distintas vitória se estivermos em posição para
o nº 5 como o nº 31 tiveram de lidar no último Albuquerque defende que os pilotos nacionais e a própria especificidade da pista exige isso. É fundamental tentar chegar a essas
terço da corrida com esta dificuldade, talvez têm conseguido levar a nossa bandeira muito alguma adaptação. Foi uma evolução últimas horas sem ter perdido demasiado
devido à juventude do novo motor, estreado longe e que talvez merecessem mais destaque feita passo a passo, normalmente, sem tempo. Claro que isso depende de muitos
pela marca neste início de ano, algo que não a nível nacional: “Nós somos contratados problemas de maior.” fatores, o que exige de nós uma atenção
preocupa o piloto luso: “Não sabemos se foi pelos construtores sem necessidade de A qualificação, no entanto, trouxe muito grande.”
algum pedaço de borracha ou de carbono que grandes patrocinadores, o que prova a nossa um cenário muito diferente e a pole Mas o resultado negativo não apaga
terá afetado o radiador ou se foi alguma peça qualidade. O facto pelo qual não estamos conquistada por Daniel Serra (quarto a prestação de Lamy, que está numa
que falhou, mas não é motivo de preocupação. na F1 é apenas por não conseguimos ter o piloto da equipa) mostrou que a máquina excelente fase da sua carreira, algo que
Tenho a certeza que a lição ficou aprendida mesmo nível de patrocinadores que outros italiana tinha potencial e acima de já vem desde 2017. Alguns especialistas
e vai haver tempo para resolver todos os pilotos com a mesma valia conseguem. Os tudo velocidade para vencer a prova. A afirmam que estará mesmo num dos
problemas por isso mantenho muita confiança pilotos portugueses também representam concorrência era também forte, mas o nº melhores momentos de forma de sempre
nas capacidades do carro.” o país lá fora e têm demonstrado o seu valor 51 manteve-se em boa posição durante e que as suas prestações em pista têm
Ciente de que a vitória estava ao seu alcance, contra pilotos de grandes países com outros o primeiro terço da corrida, embora sido notáveis.
Albuquerque manteve sempre a serenidade meios e creio que nenhum representante
necessária para enfrentar um desafio destes, do automobilismo foi reconhecido, pelo
em que os fatores externos podem tirar uma presidente da República, por exemplo. É algo
vitória quase certa: “Sabíamos que a máquina que devia ser repensado.”

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FÉLIX DA COSTA
“FOIACORRIDAMAIS DIVERTIDA
QUE FIZ EMTODAAMINHACARREIRA”

António Félix da Costa já nos habituou a Um dos aspetos em que o piloto Foi com o espirito de aprendizagem que Além dos excelentes apontamentos que
grandes prestações e a carreira do jovem português teve muito cuidado foi com os Félix da Costa entrou nesta aventura, deixou em pista e da aprendizagem, Félix
piloto vai de vento em popa, com a aposta pneus, que para além de serem duros, não iniciativa que foi do agrado dos da Costa ficou encantando com o espirito
forte na Fórmula E e agora no Endurance, são aquecidos nas boxes, obrigando a ir responsáveis da BMW, que viram nesta que se vive nas corridas americanas e
tendo sido designado pela BMW para fazer para a pista com pressões muito baixas. prova uma oportunidade para o piloto com a mentalidade mais aberta que por
o WEC na nova máquina da marca bávara. Nessas condições, Félix da Costa fez entender os pequenos pormenores lá existe, em que se fomenta o convívio
Daytona serviu como um ensaio geral para uso da sua larga experiência com vários que fazem a diferença em provas de com todos e se faz da prova também uma
as 24h de Le Mans, mas acima disso, para tipos de pneus e conseguiu evitar furos endurance. festa para quem compete: “Foi a corrida
o piloto mostrar a sua capacidade em e rebentamentos que outros tiveram Por falar na BMW, o M8 GTE será a máquina mais divertida que fiz em toda a minha
provas de longa duração, que não ficou por atacarem demasiado na fase inicial do português no mundial de endurance carreira. Aprendi várias lições que me vão
minimamente afetada pelo pouquíssimo do stint, assim como para lidar com a e embora o resultado final não tenha ser muito úteis e passei momentos muito
tempo de adaptação à nova realidade: concorrência em pista: “Como os pneus sido o melhor, o potencial da máquina é agradáveis, quer com os meus colegas de
“Fiquei contente com a minha da Continental são mais duros em relação grande: “O BoP não foi o ideal e por isso equipa, quer com os pilotos portugueses.
performance. Não sabia o que esperar, aos Michelin dos GTE, eles conseguem ser o andamento do carro ficou aquém dos Juntámo-nos algumas vezes para almoçar,
mas adaptei-me muito bem embora tenha mais rápidos nos ganchos, enquanto os adversários. Mas ao nível do equilíbrio, falar e o ambiente foi mesmo excelente.
tido pouco tempo no carro. No Roar andei protótipos conseguem travar mais tarde e disseram-me que esteve muito bem. Tenho Sempre disse que iria adorar correr na
45 minutos, no fim de semana de corrida têm maior velocidade em reta. A gestão no a certeza que o carro vai ser competitivo.” América e não me enganei.”
andei mais meia hora antes da corrida. tráfego tinha de ser bem pensada e não
Não foi suficiente para conhecer o carro valia a pena tentar passar um GT por fora,
a fundo, mas consegui andar bem desde pois conseguiam ficar com a posição. Mas
início e no final já estava num nível muito gostei de andar nestes protótipos e acho
superior. Foi pena o toque logo no início que estes LMP2 com outros pneus são
e o acidente a meio da noite, que nos carros muito giros de guiar.”
fizeram perder muito tempo nas boxes, Mas nem tudo foram rosas na
mas mesmo assim conseguimos recuperar participação em Daytona e a maior
e andar a lutar pelos lugares cimeiros até dificuldade do piloto esteve num aspeto
ao final.” algo… caricato: “Como não fiz um banco,
Félix da Costa teve pouco tempo para tive de usar o banco do Habsburg e para
se adaptar ao Oreca da Jackie Chan DC acelerar a fundo tinha de ser mesmo com
Racing, mas soube escolher bem o plano a ponta do pé, o que me complicou a vida
para este tipo de prova… errar o mínimo a nível físico, especialmente nas costas.
possível: “Nos meus stints tive sempre É uma lição aprendida que fica para o
muito cuidado para não errar, um objetivo futuro, pois estas corridas exigem que se
que felizmente consegui concretizar.” esteja confortável no carro.”

ÁLVARO PARENTE“FOI TUDO NOVO PARA MIM”

O que Álvaro Parente fez em Daytona está ao alcance de Racing, adaptei-me rapidamente. É um circuito distinto do mostrou ser um carro muito competitivo e gostei muito do
poucos. Chegar a uma pista nova, com um carro novo e assumir- que estou habituado, com dois setores muito diferentes, mas seu comportamento, semelhante ao que estava habituado.
se como um dos destaques do pelotão dos GTD é apenas uma gostei bastante.” Tivemos uma prova difícil, dado que éramos muito fortes no
amostra do que o português é capaz de fazer: “Era uma pista O Acura NSX nº 86 não era a máquina mais completa, mas ‘infield’ mas não tínhamos muita velocidade de ponta e isso
que desconhecia por completo e numa situação em que tudo os pilotos souberam aproveitar os pontos fortes a seu levava a que ultrapassássemos carros na zona mais sinuosa
era novo para mim. No entanto, com o apoio da Michael Shank favor e garantir um excelente resultado final: “O Acura NSX que depois nos suplantavam na oval. Mas penso que temos um
bom carro para a temporada.”
Parente ficou também rendido ao espírito de Daytona,
destacando o trabalho feito pelos mecânicos e engenheiros da
Michael Shank Racing, que foram os grandes impulsionadores
do excelente resultado que abre boas perspetivas para o
que falta da Taça Norte Americana de Endurance: “Temos um
bom carro, uma boa equipa e pilotos competitivos, logo os
argumentos necessários para podermos ter uma palavra a
dizer na decisão da competição.”
A sua saída da McLaren, onde conquistou muitos sucessos,
é encarada com naturalidade e o piloto luso olha com ânimo
e otimismo para o futuro, tendo a oportunidade de competir
em diversas máquinas: “O facto de correr com carro de
características tão diversas entre si permite-me evoluir
enquanto piloto, o que me deixa ainda mais entusiasmado”.
O certo é que o rótulo de um dos melhores pilotos de GT do
mundo lhe assenta na perfeição e a sua prestação em Daytona
confirmou-o. Álvaro Parente foi sensacional.

V/
VELOCIDADE

30

Contar com três
unidades do Kia Picanto

GT Line significou uma
poupança de um dia de
trabalho em montagens e
desmontagens, ao permitir

à equipa da KIMSO a
experimentação de

diferentes configurações

KIAPICANTO GTCUP
Luís França
[email protected] Picanto GT Cup — o mais recente projeto
competitivo da velocidade nacional, cuja
ostuma dizer-se que os gostos história começámos a contar, desde a
não se discutem e que há encan- passada semana, aqui, no AutoSport. E não
tos por revelar em quase tudo o desiludiu. Ciente da responsabilidade que
lhe tinha sido imputada, ‘Quim’, como é co-
MADE IN quedesconhecemos.Umaidaàs nhecido no meio, garantia que o resultado
oficinas da KIMSO, em Vila do final estaria à altura da sua fama, cultivada
CConde, considerada “a melhor enquanto um dos melhores artesãos na
cidade do mundo” pelo seu fundador e tarefa de construir as famosas ‘gaiolas
proprietário, não serviu para dissipar to- de proteção’ obrigatórias em todos os
automóveis de corrida modernos. Para
PORTUGAL dasasdúvidas.Masficámospelomenos o efeito, recebeu três unidades do Kia
com a garantia dada por Joaquim Soares, Picanto GT Line, o que lhe facilitou o tra-
nascido, há 54 anos, em Santo Tirso, sobre balho de avaliação da estrutura de roll-bar
a cidade onde hoje reside e restabeleceu mais indicada para o carro. Já a escolha
Depois da desmontagem, a construção do roll-bar. Conheça a o seu negócio. final derivou da sua enorme experiência,
“superior a 23 anos e na qual se englobam
segunda parte do processo de desenvolvimento do Kia Picanto A viagem ao norte do país, a partir das colaborações com vários troféus de relevo
GT Cup, uma história com origens em Santo Tirso, mas criada instalações da CRM Motorsport, em Al- em Portugal e no estrangeiro”, salientava.
em Vila do Conde. Mais do que um projeto de marca, o novo cabideche, teve como motivo conhecer
troféu da velocidade nacional é um case-study do que de as especificações técnicas do roll-bar
melhor se faz em Portugal! aplicado em todas as unidades do Kia

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31

Os suportes das Além de se mostrar
bacquets também impressionado
se encontram a ser com a qualidade
desenvolvidos pela da estrutura da
KIMSO, com o resultado carroçaria, o facto
final a traduzir-se num do Kia Picanto GT
centro de gravidade Line ser uma viatura
de quatro portas
mais baixo facilitou o trabalho
Utilizado por quase desenvolvido pela
todos os fabricantes KIMSO de ‘Quim’
de relevo, o Cromo- Soares, há mais
Molibdeno é o material de 23 anos a
que garante o melhor fazer carreira na
compromisso entre peso construção de roll-
e resistência à torção bars para carros de
corrida

OPERCURSODAKIMSO

Joaquim Soares criou a sua empresa há 26 anos, debaixo do nome próprio e com a caracterizar o carro” — um exemplo da “começa-se a colocar provisoriamente
mecânica como atividade principal. Foi quando há 23 anos quis fazer um carro de TT “por sua atenção pelo detalhe. as bacquets, para se ter uma noção do
carolice” que se aventurou na construção de roll-bars — aquela que é hoje a sua grande espaço existente para a sua instalação.
ocupação. “Comecei no TT, onde havia mais dificuldades, e acabei nos automóveis. Já fiz MAIS RESISTENTE Quer-se um roll-bar que segure estrutu-
de tudo, desde as Nissan Navara do Tomás Mello Breyner às Ford Transit da QF e ao Troféu ralmente o carro, protegendo-o em caso
Datsun 1200”. A seu cargo conta-se ainda o roll-bar dos Suzuki Swift Sport que correm no Impressionado com a qualidade da es- de capotamento, mas acima de tudo que
Campeonato Espanhol de Ralis e outros projetos de relevo no plano ibérico, com a KIMSO trutura da carroçaria do Kia Picanto GT impeça a carroçaria de torcer demasiado”,
a surgir da vontade de criar uma marca internacional. Line, “pouco usual num modelo destas salienta. O trabalho, em certa medida, já
dimensões”, Joaquim Soares optou por vinha facilitado pelo departamento de
Quando chegámos, ‘Quim’ e os seus dois ensaiar tudo, com tablier, sem tablier; com “triangular o mais possível os pontos de engenharia da Kia. “Não esperava que a
mecânicos encontravam-se entretidos bancos, sem bancos; com o ‘x’ nas portas e ancoramento” do roll-bar aplicado no cita- estrutura de base fosse tão boa. Vê-se que
a fazer uma espécie de pré-montagem: com estas montadas na carroçaria. O que dino da marca. O resultado é “uma arqui- é uma carroçaria que tem resistência e
“Para fazer o primeiro roll-bar eu disse me está a chatear mesmo são os forros das tetura com menos tubo, mais leve e muito que é muito forte para o tamanho do carro.
logo ao Sr. Tiago - Raposo Magalhães, portas do carro, uma vez que não quero mais resistente à torção” — consequência Os pilares são tremendamente duros e
responsável pela CRM Motorsport - que comprometer a integridade da viatura. do material utilizado, o Cromo-Molibde- o mesmo acontece com as longarinas.
ia demorar cinco dias úteis. Não faço nada Quero que quando forem abertas tenham no. Adiantou, depois, que cada unidade Surpreendeu-me”, voltou a reforçar.
ao acaso e quero ir aos detalhes. Tenho de um aspeto quase original, para não des- deverá ter um peso “entre os 28 e os 30 Além do roll-bar, também os suportes
kg”, e que o estudo e moldes do primeiro para as bacquets que serão utilizadas
roll-bar representaram “cerca de 52 horas em todos os exemplares do Kia Picanto
de trabalho”. Um período reduzido para GT Cup foram desenvolvidas pela KIMSO.
“12 horas” após concluída esta fase do Prontas a receber cintos de seis apoios,
processo, sempre com uma equipa de as bases dos bancos foram modificadas
três pessoas em torno de cada estrutura. para garantir que o centro de gravidade do
“É o que faz sentido neste caso”, revela, piloto fosse o mais baixo possível. “Dá mais
com a certeza de quem sabe do que fala. trabalho, mas na luta pelo cronómetro é
Sobre o desafio de participar na constru- uma alteração que pode significar um
ção, de raiz, de um roll-bar para um novo ganho de vários décimos de segundo”,
carro de competição, o rosto da KIMSO adianta a velha raposa nortenha, orgulho-
explica que “a primeira coisa a fazer é sa de mais um projeto para o seu extenso
estudar a sua colocação no interior do currículo. “Pelo apoio da Kia e da CRM
habitáculo, sempre segundo o anexo J Motorsport, mas também por todos os
do artigo 253º do Código Desportivo In- parceiros técnicos envolvidos, não tenho
ternacional. Depois disso, desmontar o dúvidas de que a versão final será um
tablier e perceber onde é que o roll-bar sucesso”. A julgar pelo aspeto final do
pode passar de forma a não descarac- roll-bar, seguro será, com certeza.
terizar o carro”. Logo a seguir, adianta,

N/32 António Félix da Costa, pela São 36 as equipas que se inscre-
BMW, e Pedro Lamy, na veram para a totalidade da época
MAIOR GRELHANOTÍCIAS Aston Martin, são os dois do WEC, competição que inclui oito
pilotos portugueses confir- provas, entre elas duas edições das
WECDE SEMPRE mados na super época do Mundial de 24 Horas de Le Mans. A Toyota Gazoo
Endurance. O estreante nestas an- Racing é a única ‘sobrevivente’ dos
NO danças vai correr com o novo BMW LMP1 híbridos e Fernando Alonso vai
M8 GTE pela BMW Team MTek, ao correr pelos nipónicos, com a FIA a
António Félix da Costa e Pedro Lamy são os dois portugueses lado de Augusto Farfus e Alexander mudar a data da corrida de Fuji, que
presentes na super época do WEC 2018-2019, uma Sims, enquanto na Aston Martin calhava no mesmo fim de semana
Racing, Pedro Lamy volta a ter a seu do GP dos EUA. A troca permite que
competição que vai contar com Fernando Alonso na Toyota e lado Paul Dalla Lana e Mathias Lauda, Alonso esteja presente, mas prejudi-
alguma polémica à mistura para pilotar o Aston Martin Vantage ca pilotos do WEC que também dis-
da categoria GTE. putam a IMSA, ficando desta forma
José Luís Abreu
[email protected]

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ELMS 2018 PORTUGUESES: DOIS PILOTOS E UMA EQUIPA…

A lista de inscritos da European Le Mans by Adrian Vallés estreiam-se na ELMS. A luta Ferrari vs Porsche, marcas que terão
Series 2018 conta com Filipe Albuquerque, Algarve Pro Racing vai ter um segundo três carros cada uma.
Henrique Chaves e a equipa Algarve Oreca 07, mas com as cores da Rebellion O teste oficial de pré-época da European
Pro Racing. Filipe Albuquerque corre Racing (APR – Rebellion Racing). Le Mans Series realiza-se a 9 e 10 de
novamente pela United Autosports e em Na LMP3 estão previstos 18 carros, 15 abril, em Paul Ricard, França, com o
estreia, Henrique Chaves, com a AVF by Ligier JS P3 e três Norma M30s, todos com primeiro evento a realizar-se dias depois,
Adrian Vallés. São 41 os carros que estão motor Nissan. Na LMGTE, novamente uma a 15 de abril.
previstos competir nas três classes, em
que 32 equipas representam 13 países.
A classe principal, a LMP2, terá a maior
participação de sempre, com 17 LMP2,
onde se contam quatro Dallara, seis Ligier
e sete Oreca. Os campeões de 2017, a
G-Drive Racing, regressam para defender
o título, passando no entanto a ter dois
carros. No Oreca-Gibson nº 26 estarão
os campeões de 2015 do WEC LMP2, com
Roman Rusinov como primeiro piloto.
Depois dum bom ano de estreia, a United
Autosports de Filipe Albuquerque terá
também dois carros este ano.
A Dragonspeed, Panis Barthez
Competition, Algarve Pro Racing, IDEC
Sport, SMP Racing, Cetilar Villorba Corse e
a High Class Racing regressam. A equipa
francesa Duqueine Engineering passa
para a LMP2 vinda da LMP3, e as equipas
espanholas Racing Engineering e AVF

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ca 14 meses, inicia-se em Spa, na FACTOS RÁPIDOS
Bélgica, e termina com as 24 Horas
impedidos de correr no Petit Le Mans. de Le Mans de 2019. Na temporada de >> 36 inscritos: Alemanha (7), Áustria (1), Japão LMP2
Entre os pilotos que ficam prejudica- 2019-2020 o WEC volta a disputar-se
dos estão Mike Conway, da Toyota, em 10 meses. A próxima temporada (3), Suíça (3), Rússia (2), EUA (4), China (4), >> Os construtores de chassis ORECA,
Bruno Senna, da Rebellion, Renger tem oito eventos. Tudo começa na França (3), Grã-Bretanha (5) Singapura (1), Itália
van der Zande, da DragonSpeed, a du- Bélgica, a 5 de maio, a que se seguem (2) Singapura (1) e Holanda (1) Dallara, Alpine e Ligier competem em LMP2
pla da Ford, Harry Tincknell e Olivier as 24 Horas de Le Mans (16-17 de
Pla, e vários membros da equipa GTE junho) e as 6 Horas de Silverstone (19 >> 10 inscritos em LMP1, 7 em LMP2, 10 em >> Todos os carros LMP2 serão alimentados
da BMW. Basicamente, a FIA mudou de agosto). Depois da Europa, a cara-
sem considerar essa situação. vana ruma ao Japão para as 6 Horas LMGTE Pro e 9 em LMGTE Am por motores Gibson GK428 de 4,2 litros, V8
Na LMP2, Oreca, Dallara, Alpine e de Fuji (14 de outubro) e 6 Horas de
Ligier vão defrontar-se, a BMW refor- Xangai (18 de novembro). Segue-se >> 6 fabricantes com chegada da BMW. Os >> A francesa TDS Racing regressa com o ex-
ça os GT, sendo que a classe LMGTE uma pausa de inverno, com a época
Am passa a contar com nove equipas. a regressar em Sebring, para as 1500 outros são a Toyota, Aston Martin, Ferrari, Ford campeão do WEC Loïc Duval, liderando uma
Como se sabe, a super-época abar- milhas, a 16/17 de março de 2019. A e Porsche formação totalmente francesa
comitiva ruma depois à Bélgica para
mais umas 6 Horas de Spa, a 4 de >> Cooperação contínua entre reguladores, >> A Jackie Chan DC Racing participa com
maio de 2019, e tudo termina com
as 24 Horas de Le Mans de 2019, a fabricantes e construtores de chassis/motores dois carros, enquanto a Racing Team
15 e 16 de junho. para manter a consistência e estabilidade, com Nederland e a DragonSpeed chegam ao WEC
Para já não há projeto para a grupos de trabalho focados na equivalência de vindos da ELMS
Garagem 56. O protótipo Green4U tecnologia, novas energias e controlo de custos
de Don Panoz é o projeto que mais LMGTE Pro
perto esteve de ficar com a vaga, LMP1
mas estando numa fase ainda ini- >> O novo BMW M8 GTE junta-se aos novos
cial, os responsáveis de ambos os >> Fernando Alonso, Campeão do Mundo de
lados preferiram adiar tudo para Aston Martin Vantage AMR, Ferrari 488 GTE,
2019. O carro pretende apresen- Fórmula 1, junta-se à Toyota Gazoo Racing Ford GT e Porsche 911 RSR
tar uma solução revolucionária
de troca de baterias nas boxes e >> Rebellion Racing, vencedores do campeonato LMGTE Am
está a ser concebido para ter níveis
de performance semelhantes aos LMP2 em 2017, volta para o LMP1 >> Campeonato multi-marca da LMGTE Am
dos GTE.
sobe para nove participantes

>> Equipas da Suíça, Japão, China, Rússia, EUA e >> Chegam à classe a MR Racing, TF Sport e

Áustria vão competir em LMP1 Team Project 1, que se juntam à Dempsey-
Proton Racing, Gulf Racing, Clearwater
>> A SMP Racing regressa ao WEC com dois Racing, Spirit of Race e Aston Martin Racing

chassis BR1 e os russos Vitaly Petrov e Mikhail
Aleshin

TIAGO MONTEIROCONTINUA Tiago Monteiro deverá Foi uma pena o acidente me
COM A HONDA NO WTCR regressar à competição este ter tirado a possibilidade de
ano, com a Honda no WTCR. discutir o título. Os últimos
O piloto português renovou cinco meses foram duros e
contrato com a marca intensos mas penso estar
nipónica e vai correr no no caminho certo para
WTCR-FIA World Touring Car regressar à competição já
Cup caso tenha autorização no início da época. Tenho
médica para o fazer, pois mais dois meses com vários
ainda não está totalmente tratamentos na Europa
recuperado do acidente que e nos EUA, mas acredito
sofreu em setembro passado, que terei, no final, o aval
em Barcelona, em testes com dos médicos para entrar
a Honda. em pista. As alterações
Cinco meses após o grave regulamentares vão permitir
acidente que o retirou das um campeonato mais atrativo
pistas, Tiago Monteiro e competitivo, um ano de
acredita estar no bom mudança que será bom para
caminho para, daqui a dois todos os envolvidos. No que
meses, estar apto para diz respeito à equipa, já os
regressar à competição. O conheço, ganhei corridas
piloto português vai integrar em 2016 com eles no TCR e
a estrutura Boutsen Ginion sei que são uma estrutura
Racing, uma escolha feita em muito forte e motivada para
sintonia com a Honda, equipa alcançar bons resultados”.
que Tiago já conhece e com a O WTCR tem a sua primeira
qual venceu corridas quando corrida agendada para o fim
efetuou em 2016 provas do de semana de 7 e 8 de abril,
TCR: “É uma honra continuar a em Marrocos, num total de
fazer parte da família Honda. 9 provas. A visita a Portugal,
Desde 2012 que trabalhamos Vila Real, está prevista para
juntos e, ano após ano, o fim de semana de 23 e 24
temos estado mais fortes. de junho.

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SUZUKI

» GSX-R125 E GSX-S125

SUZUKI ATACA FORTE NO SEGMENTO DAS 125 NAKED
E DESPORTIVAS GSX-R125 E GSX-S125

Foi com entusiasmo e curiosidade que recebemos o convite
da Moteo Portugal SA, representante da marca Suzuki em
Portugal, para ir testar as suas novas “bombas” de 125cc ao
Kartódromo Internacional de Palmela

Pedro Rocha dos Santos um preço de combate, que é já apanágio da mesmo o banco e farolim traseiro, sendo que atinge o red-line às 11.500.
[email protected] marca, dirigimo-nos ao parque das motos que apenas diferem na sua “roupagem” Ora, depois de aguardarmos que o sol
para iniciar a prova dinâmica. exterior. A versão GSX-S125 naked, mais iluminasse por completo o circuito e pu-
Numa manhã gelada, aceitámos As motos são à primeira vista bem dis- simples, com uma pequena cúpula que desse contribuir para o aumento da sua
com prazer o desafio de levar- tintas, a versão S uma naked de linhas cobre o painel de informação e uma pe- temperatura e consequente aderência,
mosasduasnovasversões de agressivas, design equilibrado e dentro quena quilha que envolve a parte inferior demos início à prova dinâmica. De acordo
125cc, propostas pela Suzuki na do estilo que estamos habituados a ver do motor e quadro e que lhe confere um com a distribuição de motos realizada pelo
suagama2018, amostraremos nas street fighters japonesas. A versão design e um aspeto mais desportivo e importador tocou-me primeiro a Naked
seus atributos num ambiente R desportiva e nas cores de competição agressivo. Já a versão mais desportiva GSX-S125 e ainda bem pois a sua posição
especialmente aliciante para as mesmas. das suas irmãs mais velhas GSX-R 1000 e GSX-R125 integra uma belíssima care- mais alta e menos exigente iria permitir-
A pista do KIP estava reservada só para mesmo das versões de MotoGP deixando nagem integral, de linhas modernas e -me rodar as primeiras voltas de forma
as motos, neste caso para as Suzuki em certamente os mais jovens a sonhar com acutilantes, perfeitamente em sintonia mais segura e fazer o reconhecimento da
teste e fomos desde logo aconselhados outros voos. Ambas são as mais baixas com o seu carácter desportivo e inspiradas pista onde nem de Kart alguma vez tinha
a rodar de início com cautela dadas as do segmento e aquelas que têm uma dis- nas linhas das Superbikes da marca. A rodado. Decidi sair na cauda do “pelotão”
temperaturas baixas do alcatrão e dos tância entre eixos mais curta também. decoração é belíssima, nas cores des- por ser o mais “pesado” e não empatar as
próprios pneus. No primeiro contacto pudemos observar portivas da Suzuki e tem como objectivo versões R, que certamente e pelas mãos
Não pertencendo eu propriamente ao uma excelente qualidade de construção seduzir, pela analogia com as versões topo dos meus colegas jornalistas mais leves
segmento jovem a que se destinam estas e de acabamentos, normalmente encon- de gama, um público mais jovem que se e jovens, iriam querer imprimir um ritmo
duas novas Suzuki, tinha de facto curiosi- trados em motos de maior cilindrada. A pretende cativar e fidelizar à marca desde mais alto nas mesmas.
dade em perceber o seu comportamento, versão R tem inclusivamente sistema a idade em que começam a poder rodar As primeiras voltas foram realizadas com
neste caso em pista, e saber até que ponto “keyless” sendo que ambas incluem o sis- em motos de 125cc. E é precisamente no cuidado mas de pronto apercebi-me das
estariam preparadas para lidar com um tema da Suzuki “Easy Start” que permite coração de 125cc destas Suzuki que reside qualidades e comportamento em curva
piloto com mais 30 Kg do que o target o arranque de forma automática apenas parte do segredo do seu sucesso. desta Suzuki. De uma agilidade surpreen-
ao qual normalmente estão destinadas. premindo uma vez o botão respetivo no A Suzuki conseguiu desenvolver um mo- dente no encadeamento das belíssimas
Após uma breve apresentação dos dois punho do lado direito. Pequenos pormeno- tor muito enérgico, rotativo e de resposta curvas do KIP, cujo piso estava em ex-
modelos, onde os responsáveis da Moteo res que demonstram o cuidado no detalhe rápida, com duas árvores de cames à ca- celentes condições, a Suzuki GSX-S125
destacaram a estratégia que a Suzuki e a importância que a Suzuki dá a este beça e quatro válvulas e com um binário mostrava todas as suas qualidades di-
desenvolveu para atacar o competitivo segmento de mercado. acima da média nos regimes baixos e nâmicas, sendo que, apesar do meu peso,
segmento de mercado das 125 e que prima As duas versões partilham quase todos os médios, que expressa o seu máximo, 11,5 as suspensões proporcionavam uma pi-
essencialmente por uma liderança no seus elementos, desde o motor, ao quadro, Nm, às 8.000 rpm. Os 15 CV de potência lotagem segura e precisa, com entradas
segmento na relação peso/potência e por suspensões e travões, jantes e pneus até máxima obtêm-se às 10.000 rpm sendo em curva sem qualquer comportamen-

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FT/ F I C H A T É C N I C A to estranho proporcionando trajetórias aumentando e a certa altura dei por mim a por sentir muito à vontade. Mudança de
perfeitas. As suspensões apesar de não chegar-me às versões R dos meus com- motos e passagem para versão GSX-R125.
124 CC terem a possibilidade de ajustamento panheiros, talvez, pensei eu, pelo facto de A posição mais agressiva de pilotagem,
trazem de fábrica uma excelente afinação a posição mais alta, tipo supermotard, derivado aos avanços, faz carregar mais
CILINDRADA comportando-se de forma exemplar em ser mais indica para este tipo de circuito. peso sobre a roda da frente pelo que se
situações extremas de condução, sobre- Cheguei ao final da primeira sessão com decidiu baixar ligeiramente a pressão no
15 CV tudo nas travagens mais agressivas à uma enorme expressão de satisfação pela pneu dianteiro para se obter um pouco
entrada de cada curva. experiência fantástica que a pequena mais de grip ou aderência.
POTÊNCIA À medida que a confiança na relação moto Suzuki me tinha proporcionado, num Saída para pista novamente na cauda
piloto foi crescendo o ritmo foi também circuito que desconhecia mas onde acabei do pelotão e com a mesma cautela mas
11 L
CONCORRÊNCIA VERSÃOGSX-S125
DEPÓSITO
APRILIA TUONO 125 - 124CC KTM DUKE 125 - 125CC YAMAHA MT-125 - 125CC
R 134 KG - S 133 KG
15,2 CV 15,2 CV 15 CV
PESO
POTÊNCIA POTÊNCIA POTÊNCIA
R 4 449€ - S 3 999€
n.d. KG 127 KG 138 KG
PREÇO BASE ( IVA E ISV INC. )
PESO PESO PESO
TIPO 4 TEMPOS, REFRIGERAÇÃO LIQUIDA, DOHC
NÚMERO DE CILINDROS MONOCILÍNDRICO 4 760€ 4 648€ 4 995€
DIÂMETRO 62,0 MM CURSO 41,2 MM
TRANSMISSÃO 6 VELOCIDADES PREÇO BASE PREÇO BASE PREÇO BASE
SUSPENSÃO DIANTEIRA FORQUILHA
TELESCÓPICA HIDRÁULICA SUSPENSÃO
TRASEIRA BRAÇO OSCILANTE COM
AMORTECEDOR HIDRÁULICO TRAVÃO
DIANTEIRO DISCO TRAVÃO TRASEIRO DISCO
PNEU DIANTEIRO 90/80-17M/C, TUBELESS
PNEU TRASEIRO 130/70-17M/C, TUBELESS
COMPRIMENTO 2020 MM LARGURA R
700 MM / S 745MM ALTURA R 1075 MM/ S
1040MM DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 1300 MM
DISTÂNCIA AO SOLO R 160 MM/ S 155MM
ALTURA DO ASSENTO 785 MM

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já com o circuito e o encadeamento de de rotação permitia encadear de forma sinal dos seus limites. Foi preciso abusar versão S e a versão R praticamente não
curvas em memória. Uma realidade suave as várias curvas do circuito, apenas mesmo bastante para começar a sentir existe diferença e tão somente a posição
com a qual me tinha surpreendido na com o acelerador, sem nos preocuparmos as primeiras escorregadelas, sobretudo de condução e a estética terão influência
primeira sessão, tinha sido na disponi- demasiado com o passar de caixa. Já na na roda da frente, embora nada demais na decisão e na opção de uma ou de outra.
bilidade de binário a meio regime deste pequena reta do circuito e mesmo em 3ª e absolutamente controladas. Apenas A versão S Naked tem uma conotação
pequeno motor de 125cc, quase a permitir velocidade, o facto de termos o red-line às numa travagem senti a intromissão do mais abrangente na sua utilização para
que rodássemos em todo o circuito em 11.500 permitia-nos também “esticar” o ABS da Bosch, realidade que imagino que quem queira utilizar a mesma no seu dia
3ª velocidade. A elasticidade demons- motor sem nos vermos obrigados a meter em condições de menor aderência, não se a dia e a versão R para quem prefira uma
trada por este motor da Suzuki era tal uma mudança acima. esqueçam que estamos num circuito onde conduçãomaisagressivaeeventualmente
que apenas nas curvas mais apertadas Já familiarizado com o circuito e montado o alcatrão tem uma aderência extrema, começar a dar os primeiros passos para
éramos obrigados, se quiséssemos sair na versão R da Suzuki 125 decidi imprimir poderá ser mais intrusivo para segurança uma futura passagem por um circuito
rápido no final das mesmas, a colocar a uma condução realmente agressiva e ver do piloto, algo que há que salvaguardar não num qualquer Trackday, sendo que o
2ª velocidade. Também a subida rápida até onde a pequena e leve Suzuki dava só por obrigação de acordo com a norma Kartódromo de Palmela neste caso tem
Euro 4 como também por serem motos a dimensão certa para tirar partido de
que se destinam a um target mais jovem todo o potencial destas 125 da Suzuki. A
e inexperiente. Suzuki coloca-se assim numa posição de
Da parte da tarde a experiência estendeu- referência sobretudo no segmento das
-se aos fantásticos percursos de estrada desportivas 125, com uma relação muito
da Serra da Arrábida com passagem pela interessante e quase imbatível de peso/
cidadedeSetúbal,ondepudemosdeforma potência/ preço e look. Pela minha parte
mais descontraída comprovar todas as garanto-vos que há muito não me divertia
qualidades testadas em circuito. Entre a tanto num circuito.

CONCORRÊNCIA VERSÃOGSX-R125

APRILIA RS 125 - 124CC HONDA CB 125 - NA KTM RC 125 - 125CC YAMAHA YZF-R125 - 125CC

15,2 CV n.d. CV 15,2 CV 15 CV

POTÊNCIA POTÊNCIA POTÊNCIA POTÊNCIA

n.d. KG n.d. KG 135 KG 138 KG

PESO PESO PESO PESO

5 283€ 4 390€ 4 851€ 5 325€

PREÇO BASE PREÇO BASE PREÇO BASE PREÇO BASE

SCORPION 37
EXO-390 HAWK
BOTAS OXFORD TRACKER BOOTS
O capacete EXO-390 nasce das principais
características que definem o modelo EXO-410 Air da As botas Oxford Tracker Boots foram projetadas para oferecer ao
Scorpion, com um preço especialmente competitivo. condutor um conforto e proteção de excelência.
O EXO-390 está equipado com Pinlock, garantindo Concebidas em couro de alta qualidade, com reforço de protecção
assim uma melhor visibilidade e proteção contra o na zona do tornozelo e com acolchoamento flexível, contemplam um
embaciamento da viseira. O interior hipoalérgico, revestimento totalmente impermeável, ideal para viagens longas ou
removível e lavável à máquina torna este capacete viagens curtas de moto.
muito suave graças à tecnologia KwikWick2 da Esta nova bota apresenta um design apelativo,
Scorpion Exo. integral, com fecho de correr em altura
Concebido em composto de policarbonato, com protegido com aba de velcro que impede a
um design desportivo discreto mas repleto de entrada de humidade.
aerodinâmica em conciliação com as diferentes Disponível unicamente na cor preto (couro), do
entradas de ar ajustáveis, o EXO-390 destaca-se pelo tamanho 36 ao 47.
conforto que faz dele a escolha acertada.
A versão HAWK está disponível em três cores: preto
mate/amarelo néon, preto mate/vermelho néon e preto
mate/cinza.

SALGADOS MOTO COM
REPRESENTAÇÃO DAAUVRAY
SECURITY LOCKS

A Salgados Moto passou a representar em Portugal a marca
francesa de cadeados Auvray Security Locks.
Com três décadas de história em matéria de produtos para
proteger as motos e scooters, a Auvray conta com uma vasta
gama de cadeados na qual utiliza alguns dos melhores materiais
disponíveis atualmente.
A Salgados Moto passa assim a disponibilizar uma variedade de
produtos tais como cadeados de cabo, correntes e cadeados de
disco com alarme de vários diâmetros.

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ALEX CAFFI
OURO SOBRE
VERMELHO

Itália produziu, entre meados de 80 e inícios de 90, uma Guilherme Ribeiro daquelas bandas, demonstrando de ime-
geração de jovens e promissores pilotos que tinham tudo [email protected] diato uma impecável regularidade que o
para fazer a Fórmula 1 recuar aos tempos de glória de Tazio fez, embora sem vitórias, terminar a sua
AlessandroCaffinasceuemRo- primeira época fora dos karts com um
Nuvolari, Achille Varzi, Luigi Fagioli, Giuseppe Campari e vereto, na região de Brescia, a vice-campeonato.
companhia. No entanto, um conjunto de circunstâncias 18 de março de 1964, e desde Com este resultado “na manga”, Caffi
fizeram com que nenhum destes homens chegasse sequer cedo demonstrou um gran- “saltou” para a Fórmula 3 Italiana em
perto de devolver a Itália o título mundial, que lhe escapa de interesse pelo desporto 1984, defendendo as cores da Euroteam,
motorizado, o que o motivou apenas para confirmar o que havia feito
desde a vitória de Alberto Ascari em 1953! a estrear-se nos karts em 1980, estava no ano transato – uma época de gran-
então a fazer dezasseis anos. Naqueles de regularidade, pontuada por duas vi-
CONHEÇA ESTA E MUITAS tempos, era normal os pilotos começa- tórias, que lhe deu o segundo lugar no
OUTRAS HISTÓRIAS EM AUTOSPORT.PT rem a competir apenas na adolescên- campeonato, bem próximo do campeão
cia, e no ultracompetitivo campeonato Alessandro Santin. Pois bem, um ano para
italiano, de onde sairiam nomes como aprender, outro para ganhar, e em 1985
Stefano Modena, Gabriele Tarquini, Pier- Alessandro assinou pela Coloni – preci-
luigi Martini, Ivan Capelli, Fabrizio Barba- samente a equipa campeã - para pilotar
zza, Gianni Morbidelli, Nicola Larini, entre um dos seus Martini Mk45-Alfa Romeo.
tantos outros.Desde cedo o jovem Ales- Infelizmente, este carro estava um pou-
sandro se destacou como um dos melho- co atrás dos Dallara, e num campeonato
res, vencendo numerosas provas. Deste tão disputado como este, esta diferen-
modo, em 1983 chegava finalmente aos ça rapidamente fez mossa e Caffi per-
monolugares, assinando pela Cevenini deu terreno na luta pelo título. Porém, a
para disputar o campeonato de Formula meio da época, a Coloni decidia comprar
Fiat Abarth, o equivalente à Formula Ford um Dallara 385 que, equipado pelo qua-
se omnipresente motor Alfa Romeo, ra-

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pidamente se mostrou bem mais eficaz FINALMENTE A FÓRMULA 1 dezasseis provas – e das restantes, nunca será dizer que Alessandro foi a primeira
para dar ao seu piloto capacidade de lu- terminou, embora ainda se tivesse clas- vítima do regresso das pré-qualificações
tar pelas vitórias. Embora já não a tem- No entanto, o jovem piloto conhecido pelo sificado em San Marino, depois de aban- na ronda brasileira. Porém, em San Marino
po para o título, desta vez conquistado seu capacete vermelho com duas listas donar muito perto do fim sem gasolina. o Dallara 188 já estava pronto, mas apre-
por Franco Forini, Caffi conseguiu ser de douradas também já estava “arrumado” No global, destacou-se a consistência do sentou os esperados problemas de ju-
novo vice-campeão, mais duas vitórias para 1987. Ao longo de três anos as suas jovem piloto, que nunca desistiu por erros ventude. Ainda assim, no Mónaco, Caffi
e oito pódios, vencendo ainda, no final da performances na F3 Italiana não tinham de pilotagem, o que chamou a atenção do foi um excelente 17º nos treinos, apenas
época, a Taça Europeia de Fórmula 3, que passado despercebidas a ninguém e, em magnata italiano Beppe Lucchini que, em para (finalmente) errar e bater sozinho na
havia substituído o Campeonato Europeu, vésperas do Grande Prémio de Itália de 1988, planeava entrar na Fórmula 1 com primeira volta. Até aos EUA, a tempora-
extinto após 1984. Podia pensar-se que 1986, a Osella convidou-o para pilotar o um monolugar construído pela Dallara. da foi semelhante a 1987, mas a partir da
Alessandro daria o passo seguinte para segundo carro, substituindo naquela pro- O projeto BMS Scuderia Italia-Dallara não ronda de Detroit o carro começou a com-
a F3000, mas não era fácil arranjar bud- va o canadiano Allen Berg. Com um carro teve o início mais auspicioso, já que no G.P. portar-se bem melhor, tanto em qualifi-
get para este campeonato que, depois de pouco competitivo e pouca experiência do Brasil o novo monolugar não estava cação como em corrida, e Caffi conseguiu
ter substituído a moribunda F2 em 1985, com os brutais motores turbo, Caffi qua- pronto, e a equipa recorreu a um Dallara um excelente oitavo posto nos “States”. A
apresentava uma incrível pujança, e Caffi lificou-se em último, terminando a pro- 3087-Cosworth de… F3000! Escusado crescente experiência da equipa refletiu-
optou por uma terceira temporada na F3 va em igual posição, mas a seis voltas do
Italiana, desta vez defendendo as cores da líder, não se classificando. Apesar disso,
Venturini Racing. Porém, provou ser as- o talento e a capacidade analítica do pi-
neira ter deixado a Coloni, uma vez que loto convenceram os responsáveis da
esta equipa esteve “noutra liga” e dominou Osella a assinar com ele para 1987, redu-
o campeonato com Nicola Larini e Marco zindo a operação a apenas um carro por
Apicella, restando a Caffi o terceiro lugar, e motivos financeiros. No entanto, o novo
mais duas vitórias, assim como o segundo Osella FA11-Alfa Romeo era tão ou me-
lugar na Taça Europeia, batido apenas por nos competitivo que o seu predecessor,
Stefano Modena, que viria a conquistar o e Alessandro raramente conseguiu esca-
título de F3000 em 1987. par aos últimos lugares em qualificação
– falhando esta apenas duas vezes em

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-se nas rondas seguintes, com novo oi- do pelotão traduziu-se por algumas sur- as performances em qualificação con- a contratação de Caffi e do experiente
tavo posto em Spa e cada vez melhores presas desagradáveis, já que a Dallara não tinuaram excelentes, com um espeta- Michele Alboreto.
prestações em qualificação, não esque- estava “imune” às pre-qualificações, cada cular terceiro lugar na Hungria, graças A perda de um promissor engenheiro de
cendo que, pese as crescentes restrições vez mais necessárias devido ao número aos pneus Pirelli especiais de qualifica- seu nome Ross Brawn para a Jaguar no
aos motores turbo desde 1986, em 1988 a crescente de inscritos, e Alex falhou este ção, que não teve seguimento na corrida final de 1989 e, provavelmente, o enfo-
tão esperada paridade entre motores at- crivo no G.P. do Brasil. Apesar disso, rapi- precisamente porque os pneus de prova que no promissor conjunto de 1991 tal-
mosféricos e turbocomprimidos não se damente a equipa “entrou nos eixos” e, em não se revelaram tão eficazes, os resul- vez tenham desviado a equipa britânica
deu nem de perto nem de longe, por isso San Marino, Caffi qualificou-se em nono e tados e as performances nunca mais se do carro de 1990, que não era mais que
estes resultados mostraram a boa prepa- terminouemsétimo.Ospontos estavam aproximaram das espantosas exibições uma evolução do A11 desdenhado por
ração da Dallara e da BMS na sua entrada ali ao alcance e o italiano foi nono na quali- da primeira metade da época, com Caffi Brawn para 1989. Com motores Ford, o
na F1, assim como o talento do piloto, que ficação para o G.P. do Mónaco, conseguin- a cometer – algo que era raro nele, como A11B era um bom carro, mas num pelo-
conseguiria a sua melhor classificação da do os seus primeiros pontos com uma ex- já foi dito – vários erros, envolvendo-se tão intermédio cada vez mais equilibra-
época com um fantástico sétimo posto no celente exibição que culminou no quarto em acidentes ou despistando-se sozinho, do, tornava-se difícil andar regularmente
G.P. de Portugal, assim como um brilhante lugar. E as coisas correram ainda melhor dando a entender que o piloto estava a ten- nos pontos. Ao mesmo tempo, para Caffi,
top-10 na qualificação no G.P. da Hungria. nos EUA, no insípido circuito de Phoenix, tar compensar com uma agressividade a época começou mal com um acidente
E se a época terminou com alguns aban- Caffi foi sexto nos treinos e, numa prova extra a falta de desenvolvimento do mo- de bicicleta na pré-época, que o deixou
donos, estavam lançados os dados para de eliminação, rodava em segundo atrás nolugar. Ainda assim, a época terminou de fora da prova de abertura nos EUA.
um incremento de performance em 1989. de Alain Prost quando, na dobragem a… com um balanço positivo, e Caffi assinou De regresso no Brasil, não terminou com
De facto, o fim dos motores turbo no final Andrea de Cesaris, este decidiu não co- pela Arrows por duas épocas. A equipa de problemas mecânicos, e depois não se
de 1988 atuou como um equalizador de laborar, acabando num toque que deixou Jackie Oliver vinha de três épocas parti- qualificou em San Marino, apenas para
performance, principalmente a meio do Caffi no muro. Diz-se que, no final dessa cularmente conseguidas graças à eficaz e terminar num espetacular quinto lugar
pelotão, já que no topo a McLaren voltou a prova, o manager da BMS Dallara, Patrizio experiente dupla Derek Warwick e Eddie no G.P. do Mónaco. Infelizmente, seriam
dar cartas, embora sem a imponência do Cantú, afirmou que o ideal naquele dia era Cheever, e com o forte apoio financeiro da os seus únicos pontos da temporada, já
ano anterior. Agora equipada com pneus ter um dos seus pilotos no pódio e outro companhia japonesa Footwork, tinha já que, embora com performances nova-
Pirelli, a BMS Dallara apresentava o novo no calabouço… assinado um contrato de fornecimento mente muito regulares tanto em qua-
189 com motor Ford, tal como no ano an- Caffi ainda foi sexto no Canadá, mas a de motores com a Porsche para 1991. Por lificação como em corrida, estava bem
terior, mas expandia a operação para dois segunda metade da época – já sem pré- isso, já em 1990, procuraram manter uma patente que o carro não dava mais e não
carros, contratando o experiente Andrea -qualificações devido aos pontos conse- dupla equilibrada, e compensar as saídas restou outra alternativa que não esperar
de Cesaris para companheiro de equipa de guidos, representou uma inversão nas de Warwick (para a Lotus) e Cheever (que por 1991, não sem antes um violento aci-
Caffi. No entanto, este equilíbrio no meio sortes da equipa e do piloto. Se bem que se mudou para o campeonato CART) com dente no G.P. de Portugal o obrigar a au-

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sentar-se de novo do pelotão. Ainda assim, com um departamento de R&D com mui- so de uma noitada – que o deixou mes- No entanto, Caffi era ainda um piloto jo-
Alex foi claramente o piloto mais rápido to poucos recursos. Muito pesado, pouco mo apeado por quatro provas. O ambiente vem, e em 1995, após dois anos sabáticos,
da Arrows ao longo de toda a temporada, potente e pouco fiável, o motor Porsche nunca mais foi o mesmo, já que a equipa tentou a sua sorte nos turismos – onde se
batendo claramente Alboreto, embora se 3512 era verdadeiramente desastroso e, demonstrou rapidamente interesse em tinham estabelecido muitas das referi-
possa dizer, em abono da verdade, que a para piorar a situação, a Footwork não manter o seu substituto, o veterano Stefan das estrelas italianas – assinando pela
motivação de Michele não fosse a mesma conseguia ter o seu chassis pronto para Johansson, até ao final da época, e Caffi só Opel España para disputar o Campeonato
da dos seus dias na Scuderia. as primeiras provas da época, obrigando a conseguiu recuperar o seu lugar graças a Nacional de Superturismos. Rapidamente
Pois bem, quando a renomeada Footwork equipa a recorrer a uma evolução da evo- um processo judicial. E, quando regressou, Alex “desenferrujou” e, se bem que sem
Arrows apresentou o seu monolugar para lução do A11, o A11C. Duas provas, duas na Alemanha, a Porsche já tinha “ido de andar ao nível do seu colega de equipa
1991, rapidamente se compreendeu que o não-qualificações para Caffi. A apresen- vela” e a equipa tinha feito uma evolução Jordi Gené, foi novamente dono de uma
novo motor Porsche V12 não era mais que tação do novíssimo FA12 em San Marino do chassis, o FA12C, equipado com moto- regularidade impecável, terminando o
uma junção de dois motores V6 derivados não trouxe absolutamente nada de novo, res Ford, para tentar salvar a época. No ano num razoável oitavo posto na geral,
dos Porsche 962C de Endurance, carros já que com aquele motor nem um McLaren entanto, com as coisas “feitas a martelo”, com uma vitória e cinco pódios naquele
esses já muito datados à época, e trata- conseguiria resultados, e seguiram-se os resultados foram igualmente maus, e campeonato tão competitivo. No entan-
va-se de uma solução “mal amanhada” mais duas não-qualificações, assim como Caffi só ultrapassou a qualificação nas úl- to, em 1996 achou por bem prosseguir a
elaborada pelo conceituado engenhei- um brutal acidente nos treinos no Mónaco. timas duas provas do ano. Balanço negro sua carreira na Endurance nos EUA, dis-
ro Hans Mezger que, a braços com uma Caffi foi obrigado a repousar mas, pouco para o piloto e para a equipa, que assina- putando ocasionalmente provas com um
marca germânica a recuperar de uma depois, teve um acidente de viação com ria com a Mugen para 1992 e se apressou Chevron B73-BMW no campeonato IMSA,
séria crise financeira, tinha que se haver alguma gravidade – falou-se no regres- a contratar Aguri Suzuki, deixando bem e depois em 1997 com um Riley&Scott
aberta a porta ao italiano. MkIII-Chevrolet. Infelizmente, os carros
“Caído em desgraça”, Caffi não arranjou não eram competitivos e o campeonato
emprego num pelotão em contração, e viu IMSA também estava a precisar de uma
uma única oportunidade para se manter grande “limpeza” e, depois de testar
no “Grande Circo”, a nova equipa Andrea um monolugar do campeonato IRL em
Moda, construída a partir dos restos da 1998, optou por regressar à Europa para
Coloni no início de 1992 pelo magnata dos competir nos Protótipos no campeona-
sapatos italiano Andrea Sassetti. Pois bem, to ISRS, com um R&S MkIII-Chevrolet,
o plano era simples: os pilotos seriam Alex conseguindo dois pódios. Em 1999, a
Caffi e Enrico Bertaggia, e o chassis se- IMSA foi substituída pela ALMS, o que
ria uma evolução do pavoroso Coloni C4 revitalizou gradualmente a Endurance
de 1991, mas com motores Judd, que fez Norte-americana, e Caffi dividiu a sua
“passar as passas do Algarve” a Pedro temporada entre o ISRS e o campeonato
Matos Chaves em 1991! No entanto, a FIA ALMS com um Ferrari 333SP, destacan-
entendeu que a Andrea Moda era uma do-se com mais dois pódios e muita re-
nova equipa e teria de pagar uma avultada gularidade nas provas europeias, assim
taxa de inscrição, e Sassetti recusou-se como um positivo quinto posto na sua
a fazê-lo, o que resultou na exclusão dos estreia em Le Mans. Em 2000 correu
dois carros dos treinos do G.P. da África apenas ocasionalmente nos dois lados
do Sul. A situação estava, aparentemen- do Atlântico, mas em 2001 dedicou-se
te, regularizada para o México, e a equipa maioritariamente à Europa de novo, dis-
contaria já com o novo S921, desenhado putando o Campeonato FIA de Sport-
pela Simtek de Nick Wirth, mas a prepara- Protótipos (substituto do ISRS) com
ção e envio dos monolugares atrasou-se um Riley&Scott MkIIIB-Judd de fábrica.
e os pilotos ficaram apeados para a prova. Assim Caffi estabeleceu o seu padrão de
Caffi estava farto do ridículo da situação carreira para os anos seguintes, gradual-
– sem dúvida esta foi uma das aventu- mente deixando os Protótipos pelos GT’s,
ras mais rocambolescas da história da correndo dos dois lados do Atlântico, até
F1- e disse-o a Sassetti, que o despediu assentar de novo arraiais na Europa, no
de imediato. Assim acabou a carreira de Campeonato Italiano de GT, em 2005, ven-
Alex Caffi na categoria mais alta do auto- cendo o título de GT2 em 2006. Em 2008
mobilismo, sem honra nem glória. destacou-se de novo neste campeona-
to, com um terceiro posto nos GT2, mas
TENTANDO SALVAR UMA CARREIRA a partir de 2010 deixou gradualmente os
GT’s para correr por diversão nos camiões,
Depois do gigantesco falhanço da Andrea ao mesmo tempo que se iniciou nos his-
Moda, Caffi encontrou refugio no Mundial tóricos, atividade que ainda hoje mantém.
de Endurance ao volante de um Mazda Caffi tinha potencial para andar em equi-
de fábrica, partilhando-o habitualmen- pas melhores na Fórmula 1, mas talvez o
te com outra promessa perdida, o brasi- fator monetário também não tenha aju-
leiro Maurizio Sandro Sala. Contudo, não dado, assim como ter chegado à Arrows
só o Mazda MXR-01 não era um carro na hora errada. Depois, apanhou o fim do
competitivo, como o Grupo C estava às Grupo C e nunca se interessou verdadei-
portas da morte, por isso, aparte duas ramente pelos turismos, o que transfor-
provas nos pontos, a época de 1992 foi mou a segunda metade da sua carreira
muito magra em termos de resultados e num percurso de imensos altos e baixos.
o fim do WSC/WEC no final da tempora- Mas não restam dúvidas de que se tratou
da deixou Alessandro novamente apeado, de um piloto extremamente talentoso e
levando-o a retirar-se temporariamente subaproveitado.
do desporto automóvel.

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ORAALIQDAUSEUCÉCIIMA ENTO GLOBAL
AMEAÇAOSRALIS

O aquecimento global mudou extremas, mas o rali internacional mais que o inverno chegava. Isto fez com que sólida, as coberturas do motor, habitual-
a face dos ralis de inverno. icónico de inverno é ainda o Rali do Ártico, a água nos rios e lagos ficasse congelada mente resguardadas pelas proteções do
Assim que esta curta época se disputado em finais de janeiro. em camadas, deixando água líquida presa cárter, ficavam danificadas pelo impacto
aproxima do fim, é tempo de Baseado na cidade do Pai Natal de entre camadas de gelo. Isto era muito pe- em bossas de gelo sob os carros. Nesse
ponderar de que forma os ralis Rovaniemi, na Finlândia, no Círculo Polar rigoso. A água super arrefecida é explo- evento, sofremos uma falha de motor
evoluíram Ártico, o Rali do Ártico foi disputado pela siva na sua ferocidade quando a pressão quando o gelo foi desviado para as des-
primeira vez em 1966. As primeiras edi- que a contém é subitamente libertada, protegidas correias mecânicas. As falhas
Martin Holmes com Guilherme Ribeiro ções eram autênticas aventuras, par- como numa camada de gelo perfurada de motores em ralis muito frios podem
[email protected] tindo para Norte para uma latitude de 70 pela passagem de potentes carros com ser más notícias. O calor de um motor em
graus, cerca de 200 quilómetros acima dos pneus com pregos. Quando isto ocorria, funcionamento pode sempre manter-te
ORali da Suécia foi, em tempos, restantes pontos mais a norte da Europa a água solidificava instantaneamente, vivo se o carro ficar imóvel.
o grande festival de bancos de Ocidental. Aventura? Os hotéis nos confins originando problemas bastante bizarros O aquecimento global pode ser segura-
neve do WRC, que eram tanto do Norte eram raros naqueles dias, os pilo- para os carros. Os pilotos despistavam-se mente considerado culpado pelo fim das
almofadas de segurança ou ar- tos eram encaminhados para parques de repentinamente porque a direção ficava especiais nos lagos e rios gelados. Estas
madilhas para carros errantes. campismo com tendas do exército durante
Nos dias de hoje, bancos de neve as pausas para descanso! Não havia um
profundos são uma comodidade rara. As parque de assistência subterrâneo aque-
superfícies geladas de terra tornaram-se cido. Os motores eram deixados ligados ou
no desafio mais premente para os pilo- colocavam-se aquecedores sob os car-
tos. No último ano apenas uma especial ros enquanto as equipas descansavam.
do Rali de Monte Carlo estava coberta de
neve. As temperaturas nos ralis de inver- ADEUS LAGOS GELADOS
no atuais, que agora normalmente não se
disputam à noite, raramente baixam dos A minha experiência mais extrema em
10 ou 20 graus negativos. Durante o Rali da ralis de inverno foi no Rali do Ártico de
Suécia de 1966, registaram-se 44 graus 1976, quando as temperaturas baixa-
negativos! A Suécia é a única ocasião do ram dos 40 negativos. Até um período
Mundial em que os pilotos internacionais relativamente recente, as especiais es-
se preparam realmente para condições candinavas eram disputadas em lagos
ou rios gelados, mas em 1976 houve um
padrão climático menos usual à medida

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modelos tradicionais tinham duas rodas
nos sulcos e duas fora. Os pilotos dos Saab
assinalavam que as suas quatro rodas fi-
cavam dentro dos sulcos, e assim eram
mais rápidos a curvar.

provas espetaculares eram valiosas por- uma standartização constante do design ners de pneus de ralis, a oportunidade de PUBLICIDADE SALVADORA
que uma pequena área boa para provas dos pneus de inverno. As quantidades e o testar novos modelos de pneus, especial-
especiais podia ser ligada com outras design dos pregos estão agora limitados mente quando novas regras são introduzi- O maior piloto de ralis de inverno foi, de-
regiões interessantes, talvez até mesmo em número e formato, os outrora popula- das, é muito limitada. Para as equipas que certo, Stig Blomqvist, vencedor do Rali da
do outro lado do lago. Esta tradição termi- respneus escandinavossuper-estreitos têm períodos reduzidos para testar os seus Suécia por sete vezes. Em cinco delas, pi-
nou depois de o Rali da Suécia fazer uma que artificialmente aumentavam a carga carros, pode ser muito difícil encontrar lotava os Saab de tração frontal e em 1979
especial nos canais gelados do porto de na superfície foram banidos. Tal é o pro- locais aonde as condições meteorológi- conseguiu a primeira vitória de um carro
Karlstad. Contudo, integrar os ralis de in- gresso no design dos pneus e aplicação cas sejam ideais. E as exigências do Rali de motor turbocomprimido no WRC, nos
verno no contexto global do desporto le- dos pregos que, atualmente, algumas das de Monte Carlo são muito diferentes das tempos em que os carros com turbo eram
vou a um debate crescente sobre a utiliza- especiais mais rápidas do WRC perten- da Suécia, até porque a neve da Suécia e difíceis de controlar. De seguida, venceu
ção dos pneus com pregos nos ralis. O Rali cem ao Rali da Suécia. da Europa Central é muito diferente em mais duas vezes aquele evento ao volan-
da Suécia pura e simplesmente ordenou Encontrar neve aonde é pretendido é uma textura e comportamento. Outro desa- te dos sobrealimentados Audi de tração
a proibição dos pregos na edição de 1973. arte cada vez mais incerta. Para os desig- fio dos ralis internacionais de inverno total. A sua performance mais significa-
Não se sabe ao certo porque é que se fez a com neve é a tomada de notas. É neces- tiva no WRC em condições de inverno
experiência, mas foi uma tentativa muito sário limpar a neve das estradas depois foi a sua exibição na Suécia em 1982. Na
impopular, que levou a várias discussões de um nevão. E as linhas de condução dos primeira especial, o carro parou com pro-
que atrasaram em muito a publicação dos limpa-neves mudam rapidamente e não blemas elétricos e perdeu três minutos,
resultados finais do rali. E a experiência correspondem às da tomada de notas. terminando a etapa na 113ª posição em
não voltou a ser repetida. Outra experiên- Outro problema é o efeito da passagem 116 pilotos. Na décima das 25 especiais,
cia que os suecos não repetiram, embora dos carros de rali nas superfícies das es- já estava em segundo atrás do seu colega
não necessariamente relacionada com peciais, principalmente quando estas co- de equipa Hannu Mikkola, quando final-
um rali de inverno, deu-se em 1976. Para meçam a degradar-se. Sulcos aparecem mente a sorte esteve do seu lado. Hannu
permitir aos concorrentes do campeonato em novos lugares devido à passagem de derrapou para fora de estrada a cinco es-
nacional correr taco-a-taco com o WRC, carros com designs bastante diferentes peciais do fim, perdendo cerca de meia
o itinerário do rali foi divulgado apenas na entre si. Este fenómeno é uma extensão hora, deixando Stig com dois minutos de
manhã da prova, tornando-a num even- do que acontece nos ralis convencionais vantagem sobre Ari Vatanen, que pilotava
to de percurso secreto. No final, depois de terra, mas também explica o sucesso um Escort de tração traseira, e apesar de
de nove das 10 primeiras equipas serem dos primeiros e estreitos Saab de tração ainda ter sido penalizado em um minu-
suecas, e de se saber que o vencedor Per frontal nos ralis invernais da Suécia e da to por falsa partida! Outros “Grandes” do
Eklund (que não voltaria a ganhar outra Finlândia. Os carros de rali com a largu- Rali da Suécia vieram mais tarde, com os
prova do WRC) vivia nos arredores do ra normal encontravam a estrada cada finlandeses Marcus Grönholm, vencedor
percurso, as equipas continentais que lá vez mais estreita devido aos sulcos dei- do rali por cinco vezes, e depois Jari-Matti
se deslocaram não ficaram nada impres- xados pelos carros anteriores, daí que os Latvala, por quatro vezes. No outrora al-
sionadas e reforçaram a sua resolução de tamente competitivo meio desportivo
banir os ralis de percurso secreto do WRC. sueco, é de salientar que o piloto que se
segue no número de vitórias caseiras seja
ARTE DO PREGO Björn Waldegård, com três vitórias. Isto
não deixa de ser triste, principalmente
Nos primeiros tempos, incómodas e peri- ao constatar que a última vez que um
gosas correntes de neve eram amarradas sueco venceu o evento foi com Kenneth
às rodas, tornando-se no equipamento Eriksson, em 1997.
vital para conduzir na neve e no gelo, e Por detrás de todas as magníficas ima-
os carros podiam apenas ser conduzi- gens que a condução de carros de rali a
dos devagar. Nos anos 60, a arte de inserir alta velocidade na neve proporciona, os
pregos no piso dos pneus de rali desen- ralis de inverno têm os seus perigos. Um
volveu-se, o que levou a um novo proces- piloto que teve muita sorte foi Markku
so científico de engenharia, que a par da Alén, cujo Fiat saiu de estrada na Finlândia.
ciência do desenho de pneus de inverno Quando toda a neve levantada assen-
sem pregos, continua até aos dias de hoje. ta, a posição de um carro acidentado à
E os pneus para ralis de inverno sempre noite pode ficar completamente obs-
foram uma preocupação para os organi- curecida. No caso de Markku, o carro
zadores. Deram-se imensas mudanças na ficou capotado e cheio de neve. Foi um
sua política de utilização, e tende-se para milagre que os pilotos seguintes paras-
sem e corressem em sua ajuda. Apenas
podiam assumir que Markku estava
lá dentro e não tinha conseguido sair.
Disse-se que ele apenas foi encontrado
porque os “socorros” viram um brilho
avermelhado na neve dentro do carro.
Era o logotipo da Marlboro do seu fato
de competição. Foi, provavelmente, o
único caso assumido de uma indústria
tabaqueira ter salvo uma vida…

+44 Jerez de la Frontera foi o palco es- quatro rodas direcionais), a fim de aumen-
colhido para dar a conhecer o novo tar tanto a agilidade como a estabilidade
RENAULT Mégane R.S.. Produto da Renault em curvas, um exclusivo no segmento
Sport, o seu desenvolvimento cen- dos desportivos compactos. A destacar
» MÉGANE R.S. trou-se em especial no design, também a suspensão, com quatro amor-
tecnologia e prazer de condução. tecedores com batentes hidráulicos de
ESTILO E DIVERSÃO NA DOSE CERTA O objetivo foi criar um modelo equilibra- compressão, e o sistema de travagem,
do, aliando as sensações desportivas à agora com discos dianteiros de 355 mm
Chega em maio numa comercialização que se estende por possibilidade de poder ser um carro que (+15 mm).
50 países. Portugal é, naturalmente, um deles. Falamos do também permite uma utilização mais Quanto às opções de chassis, o Sport é
dócil e quotidiana. mais direcionado para uma utilização em
novo Renault Mégane R.S., o desportivo francês lançado Surge com motor 1.8l turbo de 280 cv estrada. Conta com novos amortecedores
em 2004 e que conhece agora a sua terceira geração. e opção de caixa manual (38.380€) ou e um sistema eletrónico de repartição
O AutoSport esteve presente na apresentação do novo automática EDC de dupla embraiagem de binário que atua de forma indepen-
modelo e conta-lhe tudo nas próximas linhas (40.480€), ambas de 6 velocidades. Está dente nos travões das rodas motrizes,
André Duarte também disponível com duas opções de permitindo limitar a subviragem e oti-
[email protected] chassis, Sport e Cup. A primeira já a partir mizar a motricidade à saída da curva. O
de maio (preços acima), só depois a Cup. Cup, direcionado para circuito, é 10% mais
LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE No final do ano surgirá a versão Trophy, a rígido, incorpora jantes de 19”, um novo
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT debitar 300 cv e com um binário máximo diferencial autoblocante mecânico Torsen
de 400 Nm. e, em opção, discos bimatéria.
Ambos estão disponíveis com as duas
EXTERIOR opções de caixa. Nas versões automáti-
O Renault Mégane R.S. marca pontos des- cas, quando nos modos Sport e Race, há
de o primeiro momento, com um design ainda as funções Multi Change Down e
arrojado sem ser ostensivo. Destacam-se: Launch Control.
pára-choques dianteiro com uma ampla
entradadeare lâminaF1;grelhadiantei- R.S. MONITOR
ra específica com padrão 3D em ninho
de abelha; ilharga de linhas esculpidas e Para uma experiência a rigor, o R.S.
acentuadas pelo alargamento dos guar- Monitor (dispositivo de telemetria e in-
da-lamas, dianteiros e traseiros; saídas dicação de dados) apresenta novas fun-
de ar e embaladeira específica; defletor cionalidades. Através do tablet tátil R-Link
redesenhado; pára-choques com difu- 2 podemos aceder aos parâmetros de
sor integrado; saída de escape central condução. A versão mais avançada, R.S.
característica do Mégane R.S. e sistema Monitor Expert, permite-nos filmar um
de iluminação LED multirrefletores R.S. percurso e sobrepor os dados de tele-
Vision. metria, para obter vídeos de realidade
aumentada que podem ser instanta-
INTERIOR neamente partilhados nas redes sociais
Se o exterior agrada e muito, o interior através das aplicações disponíveis para
não lhe fica atrás: bancos desportivos smartphones iOS e Android.
(carbono ou alcântara) com apoio de ca-
beça integrado; pespontos em vermelho a AO VOLANTE
percorrem todo o habitáculo; soleiras das
portas com inserção Renault Sport; volan- Em mãos tivemos ocasião de privar com o
te com sigla R.S.; pedais em alumínio. Tudo novo Renault Mégane R.S. com ambos os
detalhes que nos fazem imergir no espírito chassis, Sport e Cup. O primeiro durante
competitivo, num interior marcado pela cerca de 100 km pelos arredores de Jerez
tonalidade em preto, revestido a mate- de la Frontera. O segundo, durante quatro
riais agradáveis e de notória qualidade. fantásticas voltas ao próprio circuito. Em
Incorpora ainda um sistema de som Bose. ambos ficou a ideia: o Mégane R.S. é muito
agradável de conduzir, sendo, ao mesmo
COMPONENTES MECÂNICOS tempo, potente mas progressivo e reve-
O Renault Mégane R.S. equipa um mo- lando um comportamento muito seguro
tor 1.8l com: 280 cv, binário máximo de e equilibrado.
390 Nm, entre as 2400 e as 4800 rpm, e Em suma, a Renault coloca no mercado
aceleração dos 0 aos 100 km/h em 5,8s. um modelo que tem o condão de agradar
Para gerir este potencial, o Multi-sense ao volante e fora dele, permitindo uma
oferece-nos cinco modos: Perso, Comfort, utilização tanto aguerrida como tran-
Normal, Sport e Race. quila, sendo muito equilibrado e com um
Uma das grandes novidades é a introdução espectro de utilização em estrada amplo.
da tecnologia 4CONTROL (sistema de Sabemos que podemos fazer aumentar o
batimento cardíaco facilmente, mas tam-
bém passar por perturbações no asfalto
ou lombas sem as sentirmos com grande
protuberância, algo de destaque, à luz de
um modelo com estas características.
Revela-seumapropostacompleta,porque
além das qualidades de performance,
apresenta tecnologia a rigor. No final, fa-
z-nos fechar a porta e dele sair a sorrir.
E isso... diz muito.

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O modelo surge com duas opções de chassis,
Sport e Cup. O Sport (em baixo) é mais direcionado para
uma utilização em estrada, o Cup (em cima) em circuito

+ TOYOTA

» YARIS GRMN

EXPERIÊNCIA GAZOO NUM YARIS ‘MASTER OF NÜRBURGRING’

O início de uma nova aventura. É assim que a Toyota vê o
novo Yaris GRMN. O pequeno rebelde marca a ligação da
marca com o Campeonato do Mundo de Ralis, mas controle o
entusiasmo: as 400 unidades desta edição especial já foram
vendidas. Fomos conhecer o jovem GRMN a Barcelona

João Tomé (vão chegar três a Portugal) e 200 para mm mais baixas, reforços na suspensão fizemos em Barcelona, rodámos com
[email protected] o Japão –, que foram vendidas em 72 à frente e atrás, tal como um diferencial médias superiores, até porque este ‘hot
horas em julho passado. As entregas mecânico Torsen, discos de travão ra- hatch’ adora condução mais desportiva.
Gazoo Racing Master of estão previstas para março. nhurados e pistons de quatro êmbolos. O interior também está repleto de re-
Nürburgring. Este é o nome O resultado foi, diz a marca, um modelo Não falta um sistema de escape central ferências desportivas. Além de várias
completo do Yaris de estrada único no segmento dos hatchbacks e umas jantes da BBS (onde se poupa 2 indicações à Gazoo Racing, tem bancos
mais entusiasmante e poten- desportivos. A alimentar o Yaris GRMN kg) que ajudam a compor o ramalhete Toyota Boshoku, estilo bacquet, um
te de sempre. Para a Toyota está um motor sobrealimentado, uma desportivo e o lema da marca: trazer a volante herdado do GT86 e um painel
este lançamento, embora unidade Dual VVT-i de 1.8 litros que competição para as estradas. de instrumentos mais agressivo.
limitado, é o início de uma aventura de produz 212 cv e é fabricada no País de Com apenas 1545 kg, o Yaris GRMN O preço avultado não afastou os inte-
modelos desportivos na Europa (sob Gales, na fábrica da Lotus (ajustado faz dos 0-100 km/h em 6,4 segundos ressados. Em Portugal, devido ao peso
a sigla GRMN) que, espera a marca, se depois na fábrica francesa da Toyota). e ‘adora’ rotações mais elevadas – ve- das emissões de CO2, está tabelado por
prolongue por muitos e bons anos. Depois há pormenores que ajudam a locidade máxima está limitada aos 230 €39.425, mas já não está disponível
E o que significa GRMN? Gazoo Racing tornar o modelo num rebelde das es- km/h. Os consumos médios anunciados para compra – as 400 unidades estão
Master of Nürburgring. Enquanto tradas: suspensões da Sachs, molas 30 são de 7,5 l/100 km, mas no teste que vendidas há muito.
Gazoo Racing é a divisão de compe-
tição da Toyota (Gazoo significa gara-
gem), a marca apelida-o de mestre de
Nürburgring, porque o Yaris GRMN foi
desenvolvido na pista alemã. A marca
nipónica aprimorou a dinâmica e as
prestações do veículo numas insta-
lações específicas, perto do circuito
de Nürburgring, num projeto de dois
anos, feito ao estilo antigo, que contou
com engenheiros europeus, japoneses
e pilotos profissionais.
Inspirado no Yaris WRC, que marcou
o regresso da Toyota ao Campeonato
Mundial de Ralis, só foram produzidas
400 unidades – 200 são para a Europa

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PERFORMANCE EM PISTA medida 205/45 R17). Isso permitiu que ideal num modelo deste género, tudo o VEREDITO
pudéssemos explorar ainda mais os li- resto é simplesmente perfeito para um
Se em estradas normais o Yaris GRMN mites do Yaris GRMN, com uma confiança modelo deste segmento. O Yaris GRMN tem tudo para se tornar
revelou-se um desportivo repentino e surpreendente. A caixa manual de seis Com uma estabilidade em curva notável, num objeto de desejo exclusivo e para
mais entusiasmante do que outros rivais velocidades, com relações curtas q.b. e fruto da suspensão desportiva alterada valorizar nos próximos anos, ou não
do segmento B, foi no circuito catalão de uma direção direta e com as sensações da pelos engenheiros da marca, foi possível fosse uma edição limitada e já inte-
Castelloli que o pudemos pôr verdadei- estrada bem presentes são os argumentos tirar partido da pista e sentir as emoções gralmente vendida.
ramente à prova. que tornam o ‘hot hatch’ uma delícia na da competição com confiança – é facil- Potente q.b., repentino, com uma so-
A Toyota equipou os modelos em pista estrada e uma pequena surpresa no cir- mente controlável e o diferencial auto- noridade cativante e dono de algumas
com pneus slick Bridgestone Potenza cuito. Mesmo que a posição de condução blocante Torsen faz a diferença quando sensações de competição concentra-
RE-11S de medida 215/40 R17 – em de- seja um pouco mais elevada do que seria a traseira se solta. das, conduzi-lo é uma boa (e exclusiva)
trimento dos normais Potenza RE05A de surpresa.

E/ Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma informação atual, rigorosa abordagem e de análise dos factos noti-
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 de Janeiro, tomóvel disputadas em território nacional e de qualidade, opinando sobre tudo o ciosos, com total abertura à interatividade
ESTATUTO Lei da Imprensa, publica-se o Estatuto e no estrangeiro, relata acontecimentos que se passa na área do automóvel e dos com a sua comunidade de leitores. 4. O
EDITORIAL Editorial da publicação periódica AutoSport: ligados à competição automóvel, bem como automobilistas, numa perspetiva plural, re- AutoSport pratica um jornalismo pautado
1. O AutoSport é um semanário dedicado temas que versam o automóvel como bem cusando o sensacionalismo e respeitando pela isenção, sem comprometimentos
ao automóvel e aos automobilistas, nas de consumo, tanto na área industrial como a esfera da privacidade dos cidadãos. 3. ou enfeudamentos, tendo apenas como
suas mais distintas vertentes: desporto e comercial. O AutoSport pauta as suas opções edito- pressuposto editorial facultar a melhor
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