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Published by hmilheiro, 2017-11-27 13:56:10

AutoSport_2083

AutoSport 2083

#2083 O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES 40
ANO 40
anos
29/11/2017
>> autosport.pt
2,35€ (CONT.)

DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES

F1 DOBRADINHA
MERCEDES
NO GP DEABU DHABI

VCBEOONMTCTHEAASDMUEILLOTON +/
ENTREVISTAFÉLIX DA COSTA O HAMILTON
ESTEANO ‘DESTRUIU’OBOTTAS...X FINLANDÊS MARCA
PONTOS NA EQUIPA

FERRARI E RED
BULL APAGADAS
RENAULT CHEGA

AO 6º POSTO

SURPRESA HARLEY DAVIDSON
STREET
NAS24HORASDEFRONTEIRA GLIDE
PORTUGUESES FORADO PÓDIO PÁG. 26 SPECIAL
2018

PÁG. 40



3

I/ I N S TA N TÂ N E O SIGA-NOS EM EDIÇÃO

#2083
29/11/2017

f l> > a u t o s p o r t . p t
facebook.com/autosportpt twitter.com/AutoSportPT

ÚNICO Fronteira tem mesmo uma aura especial. Faça chuva, faça frio, de noite ou dia, ao sol ou à chuva. Não há muitas competições José Luís Abreu
motorizadas com um ambiente destes em plena noite…
DIRETOR-EXECUTIVO
S/ SEMÁFORO EM DIRETO
[email protected]
PARADO A ARRANCAR A FUNDO “Tentei ficar nos pontos, agora
só quero desejar sorte à Honda Quem estava a assistir à
Hulkenberg penalizado Percurso do Dakar Novo VW Polo R5 e ao projeto da McLaren com transmissão televisiva
por atalhar. Mas 2018 ‘promete’ grande de ralis já testa. a Renault. Espero que 2018 do GP de Abu Dhabi de F1
competitividade logo Se nasceu tão bem chegue rápido”, Fernando Alonso não lhe pode ter passado
continuou na frente de quanto o Polo WRC, a despercebida a reação
quem ultrapassou… após o arranque concorrência que se ‘mortinho’ para lutar mais à frente na de Jerome Stoll, líder da
grelha Renault F1, depois de ver Carlos
cuide… Sainz ‘encostar à boxe’ com
“Foi muito importante para mim uma roda do seu monolugar mal
O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES NA ERA DIGITAL vencer pois tive uma segunda apertada, que podia ter custado
metade de temporada muito cerca de 10 milhões de euros à
complicada. Conseguir terminar Renault. Com os dois carros a
assim é muito importante para arrancarem bem posicionados para
mim”, Valtteri Bottas, sem pressão, chegar aos pontos, os seus pilotos
precisavam de repetir um feito que
conseguiu bater Lewis Hamilton no só tinham conseguido cinco vezes
‘braço’ durante o ano, somar cinco ou mais
pontos para ultrapassarem a Toro
“Eu acho que a prioridade da Rosso no Mundial de Construtores,
Williams é o Robert (Kubica). e o abandono de Sainz deixou os
Ele, no meu ponto de vista, franceses dependentes apenas
merece a hipótese na Williams”, de Hulkenberg. A ’coisa’ correu
bem, mas os 10 milhões podiam
Toto Wolff, enquanto explicava facilmente ter ido ‘à vida’. E estes
porque Pascal Wehrlein não deverá ter dão jeito em qualquer orçamento.
hipóteses em Grove… Mesmo num dos maiores
construtores do mundo.
Siga-nos nas redes sociais e saiba Por outro lado, as recentes ameaças
tudo sobre o desporto motorizado no da Ferrari de sair da F1 caso as
computador, tablet ou smartphone via regras de 2021 não lhe interessem
facebook (facebook.com/autosportpt), são estranhas, para dizer o mínimo,
twitter (AutosportPT) ou em pois quando se somam os valores
>> autosport.pt que recebe, percebe-se que mesmo
não ganhando há muito, continua
a ser a que leva mais dinheiro. Para
dar como exemplo, o ano passado
a Ferrari ‘colheu’ 180 milhões da
FOM; a Mercedes, 171, e a Red Bull,
161. Sair da F1, ficar sem este valor,
perder o valor dos patrocínios,
merchandising, etc., torna as
palavras de Sergio Marchionne
demasiado vazias. Claro que
também gasta muito, mas como
sucede desde 1950, e a visibilidade
de marca que isso dá? De qualquer
forma é um tema apaixonante,
precisa mais a F1 da Ferrari ou o
contrário?

4 F1/
FÓRMULA 1
GP DE ABU DHABI 2 0 D E 2 0

BOTTAS
SOBE

DE NÍVEL

Numa corrida em que quase tudo estava decidido em termos
de campeonatos, Valtteri Bottas venceu com autoridade numa

performance que teve a sua génese na qualificação, batendo
Lewis Hamilton numa corrida monopolizada pelos homens da
Mercedes. Ainda assim o resultado do finlandês foi insuficiente
para que pudesse suplantar Sebastian Vettel na batalha pelo

segundo lugar do Campeonato de Pilotos

Jorge Girão
[email protected]

S e na sexta-feira pareceu o melhor lugar da grelha de partida, de equipa, que chegou a ser acossado
que a Ferrari poderia ser mas desta feita o finlandês estava por Sebastian Vettel.
uma ameaça aos Flechas de com ideias distintas e, com uma vol- Com os pneus ultramacios a não mos-
Prata, logo na terceira ses- ta notável, conquistou a sua terceira trarem um desgaste digno desse nome
são de treinos-livres, que se pole-position da temporada, ao deixar na frescura da noite de Yas Marina,
realizou no sábado antes da a mais de um décimo de segundo o Bottas rapidamente fugiu para fora da
qualificação, ficou no ar a ideia de que britânico. zona de DRS, construindo uma van-
os carros de Brackley estavam um O primeiro passo para a sua terceira tagem que chegou a ser mais de dois
passo à frente da concorrência, o que vitória da temporada estava dado, segundos e meio, estavam cumpridas
se verificou ao princípio da noite de Yas mas como se verificou em Interlagos, 20 voltas, parando na volta seguinte
Marina com Bottas e Hamilton a serem Bottas tinha ainda que assegurar um para montar um jogo de borrachas
os únicos com reais possibilidades de arranque que lhe permitisse manter supermacias novo.
se baterem pela pole-position. o comando, dado que ultrapassar em Como é habitual na Mercedes, o piloto
O Tetracampeão Mundial, normal- Abu Dhabi não é tarefa fácil. que segue à frente tem prioridade na
mente, atinge em qualificação aque- Desta feita, o piloto de 28 anos não estratégia, o que impedia a Hamilton
le estágio raro onde tudo surge com fraquejou e manteve a liderança na de tentar realizar o “undercut”, mas
naturalidade, sendo o resultado final partida, levando consigo o seu colega com o desgaste de pneumáticos baixo,

>> autosport.pt

5

o inglês tentou realizar o “overcut”, mento, aproximando-se de Bottas. 45º Mercedes, mas para poder ascender
parando três voltas depois. Hamilton chegou a poder usar o DRS, ao segundo lugar do Campeonato de
O inglês mostrou-se rapidíssimo, e mas nunca foi capaz de suplantar o Bottas foi o quadragésimo quinto piloto Pilotos, Vettel não poderia ir além do
com uma volta de entrada nas boxes seu colega de equipa, que se mostrou a assegurar a pole-position, a vitória e a nono posto.
em que ganhou oito décimos de se- imperturbável na liderança ao não volta mais rápido num Grande Prémio O alemão nunca se mostrou capaz de
gundo ao seu colega de equipa, chegou cometer qualquer erro. acompanhar os homens dos Flechas
a ser uma ameaça para Bottas, que, O inglês foi uma presença constante de Prata, perdendo oito segundos até
contudo, conseguiu recuperar a sua nos espelhos de Bottas até à 50ª das às paragens nas boxes, para depois
posição, quando Hamilton trocou de 55º voltas que compunham a corrida, cruzar a linha de meta a quase vinte
pneus. mas a partir de então baixou os braços de Bottas, mas o seu terceiro lugar,
Com as ultrapassagens entre dois face ao finlandês, que muito embora sem problemas técnicos no seu car-
carros com andamento semelhante tenha parecido querer vencer autori- ro, nunca esteve em risco, ainda que
a serem praticamente uma impossibi- tariamente o mais devagar possível, Daniel Ricciardo tenha estado sempre
lidade em Yas Marina, o Tetracampeão assinou a volta mais rápida da prova. por perto.
tudo tentou para se aproximar do seu Bottas fez o que tinha a fazer, triun- No entanto, quando o australiano
colega de equipa e, depois de regressar fando pela terceira vez esta tempo- abandonou com problemas hidráu-
à pista a 1,8s do líder, forçou o anda- rada, talvez até com beneplácito da licos, nada parecia incomodar Vettel,

F1/
FÓRMULA 1

6

GP DE ABU DHABI 2 0 D E 2 0

M/ MOMENTO F/ FIGURA

QUALIFICAÇÃO - Num circuito onde para BOTTAS - O finlandês admitiu nas últimas
ultrapassar era necessário ter uma van- semanas que, se quisesse manter o seu lugar na
tagem de 1,4s sobre o carro a suplantar, Mercedes para lá de 2018, teria que subir o seu
a qualificação seria determinante para o nível competitivo e foi isso que fez nas últimas
desfecho da corrida e Bottas bateu Ham- corridas com duas pole-positions. Mas se no
ilton no seu próprio terreno. O finlandês Brasil se viu surpreendido por Vettel no arranque,
esteve a um nível elevadíssimo, deixando em Abu Dhabi não deu qualquer veleidade a
o seu colega de equipa sem resposta, Hamilton. Ao longo da corrida Bottas mostrou
assegurando a sua terceira pole-position estar sempre no controlo das operações, mesmo
na Fórmula 1, todas elas conquistadas quando ameaçado pelo inglês após a troca
este ano. pneus, vencendo com a autoridade.

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7

VISITE NOSSO SITE PARA 0 +/ MAIS
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PROVA AUTOSPORT.PT Lewis Hamilton nunca conseguiu HULKENBERG Stroll ao longo do fim de semana.
vencer um Grande Prémio depois de O alemão mostrou uma vez mais ser Massa conseguiu levar o seu carro até
Com o cair do pano se ter sagrado Campeão nessa mesma um dos valores seguros da Fórmula à Q3, ao passo que o canadiano foi o
sobre a temporada de 1 atual. Num fim de semana em que mais lento dos pilotos que subiram à
2017 do Campeonato 175temporada a Renault necessitava que tudo Q2 e, enquanto esteve sempre na luta
do Mundo de Fórmula corresse bem para que pudesse bater pelos lugares dos pontos ao longo da
1, é agora hora das é o número de vezes consecutivas que os a Toro Rosso na luta pelo sexto lugar corrida, o seu jovem colega de equipa
equipas colocarem motores Mercedes estão nos pontos. O do Campeonato de Construtores, nunca conseguiu fugir à cauda do
todas as baterias recorde pertence à Ford, 228 Hulkenberg esteve irrepreensível. pelotão.
apontadas ao próximo Foi o mais rápido do segundo pelotão O paulistano de 36 anos abandona a
ano durante a qualificação, batendo os Fórmula 1 deixando a ideia que tem
homens da Force India de forma ainda qualidades necessárias para
categórica na batalha pelo sétimo continuar nos Grandes Prémios, mas
lugar da grelha de partida. No como o próprio admitiu – é preferível
arranque envolveu-se numa luta com abandonar cedo de mais que terminar
Pérez, tendo mesmo cortado a chicane demasiado tarde…
para se manter à frente do mexicano,
mas o seu andamento era suficiente ALONSO
para cobrir os cinco segundos de Voltou a colocar o seu monolugar em
penalização, conquistando um valioso posições em que, provavelmente,
sexto lugar que impediu que a Renault não merecia estar. Passou à Q3, ao
sofresse a vergonha de se ver batida contrário de Stoffel Vandoorne, e
pela menos forte das suas clientes. voltou a viver uma luta com Felipe
Massa. Desta Alonso bateu o
MASSA brasileiro, assegurando o nono lugar,
O brasileiro esteve uma vez mais em ao passo que o seu jovem colega de
muito bom nível, destruindo Lance equipa foi 12º.

-/ MENOS

uma vez que Kimi Raikkonen pro- de 2007 como uma sombra ao longo TORO ROSSO RAIKKONEN
tagonizou mais uma corrida ausen- de toda a corrida, mas o seu Red Bull A formação de Faenza pareceu Mais uma corrida e mais uma
te, vendo a bandeirada de xadrez no não tinha velocidade de ponta para perdida nesta ponta final de performance apagada da parte do
quarto posto a mais de quarenta e incomodar verdadeiramente o fin- temporada, tendo somado apenas “Iceman”. A corrida de Abu Dhabi
cinco segundos de Bottas. landês, terminando a prova na quinta um ponto nas últimas seis corridas, pareceu ser um reflexo fiel da
Ainda assim, com o abandono de posição a nove décimos de segundo o que a deixou exposta à Renault, temporada de Raikkonen. Mostrou
Ricciardo, o finlandês conseguiu su- do ferrarista. que acabou por assegurar o algum do seu brilho na forma
bir ao quarto lugar do Campeonato de No arranque o holandês ainda se co- sexto posto no Campeonato de como se defendeu dos ataques de
Pilotos, batendo o piloto da Red Bull locou lado a lado com Raikkonen, mas Construtores. Verstappen no arranque – lembrando
por cinco pontos, mas ficando a 112 desta feita este não se deixou intimidar O mais irónico é que o último ponto o homem que assinou a “pole” no
de Sebastian Vettel, o que demonstra com a agressividade do jovem de 20 conquistado pela Toro Rosso foi Grande Prémio do Mónaco – para
claramente o desnível competitivo anos, o que lhe acabou por garantir o obra de Daniil Kvyat, piloto caído depois cair numa modorra que tem
entre os dois homens da Ferrari. triunfo no seu duelo com Verstappen. em desgraça no seio da Red Bull e caracterizado muitas das suas
Max Verstappen, num fim de semana Contas feitas, em 2017, a Mercedes, que foi colocado de parte para dar exibições e que o levou a ficar a 112
em que esteve aquém do seu nível apesar da oposição da Ferrari, voltou espaço a Pierre Gasly, primeiro, e a pontos do seu colega de equipa no
habitual, seguiu o Campeão do Mundo a mostrar a saúde da sua estrutura. Brendon Hartley, depois. Campeonato de Pilotos e a ser batido
É certo que a fiabilidade das em qualificação por 15 vezes em 20
unidades de potência da Renault qualificações – as maiores diferenças
foi determinante para a quebra de entre dois pilotos da mesma equipa.
forma dos carros de Faenza, mas Se a Ferrari tiver a pretensão
a substituição completa da sua de vencer o Campeonato de
dupla de pilotos não terá ajudado Construtores, Raikkonen terá que
a campanha da “equipa B” da Red melhorar significativamente em 2018
Bull. e aproximar-se das performances de
Resta saber se a substituição com Vettel.
a época em andamento dará frutos Resta saber se o “Iceman” é ainda
em 2018. capaz de dar esse salto.

F1/
FÓRMULA 1

8

GP DE ABU DHABI 2 0 D E 2 0

HULKENBERG
‘VENCE’

E RENAULT
METE A...6ª

E ra no segundo pelotão que exis- Grosjean, logo na segunda sessão, ponta de lança, num distante 17º lugar. durante a sua única paragem nas bo-
tia a maior indefinição no que prejudicar a evolução da equipa nor- Muito embora Carlos Sainz tenha de- xes, vencendo a corrida do segundo
diz respeito à classificação do te-americana, muito embora nunca cecionado na qualificação, ao quedar- pelotão, o que significou o sexto posto
Campeonato de Construtores, tivesse mostrado capacidade de se -se pelo 12º lugar, a Renault dependia da classificação depois do abando-
com Toro Rosso, Renault e Haas sepa- colocar entre as formações que se apenas de si própria, mas teria que no de Ricciardo. Os homens da Force
radas por seis pontos, em contenção batem pelas posições imediatamente contar com a oposição sobretudo da India ficaram nas posições seguintes,
pelo sexto lugar, ao passo que a Force atrás das três grandes. Apesar de ser Force India, o que se verificou logo nos com Ocon a seguir o seu colega de
India e a Williams tinham já o quarto das três equipas aquela que melhor se primeiros metros de corrida. equipa a seis segundos. Depois de
e quinto postos, respetivamente, as- apresentou em Yas Marina, a Renault Hulkenberg não reagiu bem aos se- se ter visto batido por Felipe Massa
segurados. teria ainda que se bater com a Force máforos, mas com determinação con- em Interlagos, desta feita Fernando
Face às últimas corridas, a equipa de India, Williams e McLaren que che- seguiu manter-se à frente de Sérgio Alonso impôs-se ao brasileiro, ter-
Faenza estava exposta às suas ad- garam ao último Grande Prémio da Pérez e Esteban Ocon. No entanto, na minando no nono posto e relegando
versárias, até porque Brendon Hartley temporada com legitimas aspirações chicane, aproveitando a superior ve- o seu ex-colega de equipa na Ferrari
voltava a ter uma penalização de 10 a lutar pelos lugares nos pontos. Mas locidade de ponta do seu carro na reta para o 10º lugar na corrida em que se
lugares na grelha de partida devido à logo na qualificação ficou clara a de- anterior, o mexicano colocou-se lado a despediu definitivamente da Fórmula 1.
troca de elementos da sua unidade de terminação dos homens de Enstone, lado com o alemão que, por fora, usou Sem que conseguisse marcar qualquer
potência Renault. com Nico Hulkenberg a assegurar o a escapatória para se manter à frente ponto, a Toro Rosso perdeu o sexto
Por outro lado, a Renault desde os sétimo posto – batendo os homens da do seu oponente. Sem que cedesse o lugar do Campeonato de Construtores
treinos-livres de sexta-feira que se Force India na luta pela pole-position lugar ao seu perseguidor, Hulkenberg para a Renault, graças aos oito pontos
mostrava capaz de poder lutar pelas do segundo pelotão – enquanto que a recebeu uma penalização de cinco de Hulkenberg, ao passo que a Haas,
posições cimeiras do segundo pelo- Haas tinha em Kevin Magnussen o seu segundos, mas com um andamento incapaz de guindar os seus pilotos até
tão, ao contrário da Haas, que viu um melhor representante, no 14º posto, e a superior, cavou uma vantagem su- aos dez primeiros, quedou-se pela
problema elétrico no carro de Romain Toro Rosso tinha em Pierre Gasly o seu ficientemente grande para a cumprir oitava posição.

>> autosport.pt

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FIMDETEMPORADANOVO LOGO Fórmula 1 a correr para a linha de meta,
sendo este mais evidente - uma das
A FOM apresentou, após a cerimó- tomóvel ao longo de 23 anos, mas os digital nem no merchandising, existin- exigências - que o seu antecessor, que
nia de pódio do Grande Prémio homens da Liberty consideraram que do por isso a necessidade de alterar e com um “1” a negativo muitos eram os
de Abu Dhabi, o novo logo da estava na altura de mudar. simplificar, seguindo a tendência atual. que não o conseguiam ver.
Fórmula 1, numa manobra que Segundo os responsáveis da empre- Os adeptos foram convidados a optar O novo logótipo será preponderante
pretende relançar a marca “Fórmula 1”. sa que assumiu o controlo da FOM, o por uma de quatro opções para logo, no relançamento da marca “Fórmula
O anterior logótipo esteve ao serviço logo lançado durante a era de Bernie tendo a escolha recaído na solução 1”, que será realizado até ao início da
da categoria máxima do desporto au- Ecclestone não funcionava no mundo que pretende simular dois carros de próxima temporada, passando por no-
vos gráficos durante as transmissões
televisivas e um website renovado
que terá inúmeras novas valências.

A LOUCURA
DOS
MOTORES

As unidades de potência têm estado no gosta de as ver, tal a extensão a que longe. Demasiado longe por que isto já loucura, não deveria ter lutado por um
centro de diversas polémicas, tendo estão a acontecer atualmente. Se formos não é Fórmula 1. Não estou a dizer que preço de fornecimento mais baixo e nós
até a Ferrari ameaçado abandonar a para a última corrida e se fosse decidido precisamos de 12 motores por fim de não deveríamos ter aceitado oferecer um
Fórmula 1, caso os motores de depois (ndr.: o título) devido a penalizações de semana, como há 20 anos. Mas com três preço de fornecimento mais baixo. Vamos
de 2021 não fossem do seu agrado. No en- motores não seria muito bom. Queremos motores por temporada, onde está o apelo descer dos quatro motores, que está de
tanto, também os V6 turbohíbridos de 2018 ver os pilotos em pista. É evidente que tecnológico? acordo com o regulamento, para três. É
estão a criar tensões. não podemos esquecer os custos, mas Outra coisa são os custos – teve o efeito aqui que estamos e estamos bem com
No próximo ano cada piloto terá apenas para mim, cinco motores para 21 corridas inverso. isso.
direito a três unidades de potência para a seria um número mais sensível e lógico”, Ter cada vez menos motores custa muito Todos os construtores foram
temporada, o que representa a diminuição afirmou o chefe de equipa da Red Bull à dinheiro aos construtores de motores pressionados, vamos dizer, fortemente
de uma relativamente a 2017, para mais cadeia televisiva “Channel 4”. para os tornarem mais fiáveis”, afirmou o encorajados, a otimizar o preço de
uma corrida, uma vez que na próxima No próximo ano, também com unidades de francês que lidera no terreno a formação fornecimento. Foi isso que fizemos e isto
época serão realizados 21 Grandes potência da Renault, e com a experiência de Woking. é a consequência (ndr.: três motores por
Prémios, contra 20 deste ano. traumática da Honda, a McLaren alinhou Contudo, Toto Wolff não mostrou piloto em 2018).
Esta é uma situação que preocupa a ao lado da equipa de Milton Keynes, qualquer simpatia por Horner e a Red E se bem me lembro, todos estavam à
Red Bull que com a Renault tem vindo a tendo Éric Boullier apontado que o limite Bull, apontando que a equipa de bandeira mesa e fizeram parte de tudo. É uma
sofrer diversas penalizações na grelha dos três motores para a temporada de austríaca contribuiu decididamente para grande luta para nós, mas é a conclusão
de partida. Christian Horner propôs que 2018 afasta a categoria da sua filosofia. a situação que viverá no próximo ano das discussões que tivemos”, enfatizou o
o limite de quatro V6 turbohíbridos fosse “Para mim, estamos a ir demasiado ao exigir motores mais baratos. “Se é a austríaco.
mantido para 2018, mas esta medida foi
bloqueada pela Ferrari.
Esta postura dos homens de Maranello
deixou o inglês fulo, apontando que,
ao contrário do objetivo que presidiu
à redução do número de motores
disponíveis por piloto, não existe qualquer
diminuição de custos. “Para mim é uma
absoluta loucura. Este ano usámos seis
motores. Passar para três no próximo ano
para mais corridas é de loucos, para ser
honesto. Continuamos a colocar motores
no dinamómetro, na verdade não se poupa
dinheiro nenhum. Estas penalizações nas
grelhas de partida, penso que ninguém

F1/
FÓRMULA 1

10

O ÚLTIMO
EXAME
DE KUBICA
Esta será a semana determinante
para o regresso de Robert Kubica muito comprometido, entusiasta, muito tem poucas possibilidades de ir para entidade federativa têm os meios para
à Fórmula 1, sendo o teste que inteligente. É uma perspectiva excit- Grove, o responsável técnico da for- poderem perceber se o polaco poderá
realizou ontem e hoje com a ante, por isso estamos a avaliá-lo”, mação britânica aponta que ainda não competir em Grandes Prémios. “Temos
Williams o último exame que ditará começou por dizer Paddy Lowe que há uma decisão tomada, sublinhando especialistas e tenho a certeza de que
se estará nas grelhas de partida do acrescentou: “Estamos num processo que será uma decisão pragmática que todos os passos necessários serão
próximo ano. com o Robert, que passa por avaliar se terá como motivação a melhor solução dados se tivermos que enfrentar a
O polaco é principal candidato ao lugar as suas lesões terão um impacto na para a estrutura inglesa. “É importante situação”, afirmou o presidente da FIA,
de colega de equipa de Lance Stroll, sua habilidade de pilotar um Fórmula ser objectivo no que fazemos. Há outros que acrescentou: “Os pilotos vêm e vão,
tendo inclusivamente sido avançado 1, tão simples quanto isso. Até agora, pilotos ainda em consideração, mas claro que o Kubica é diferente, dado que
na semana passada que teria já assi- tudo bem – rodou com um carro de sabemos o que podem fazer, dado que teve que parar devido a um violento
nado um contrato com a formação 2014 e não teve dificuldades, portanto, tem estado a competir – temos muitos acidente de ralis. Sobreviveu, voltou
de Grove, algo que foi prontamente temos que ver como corre esta semana, dados”, avisou o Lowe. aos ralis. Agora está nos monolugares, o
negado por esta. então tiraremos as nossas conclusões. As mazelas físicas de Kubica, que con- tempo dirá. Mas claramente, temos to-
Segundo algumas indicações, Kubica, Realizaremos um programa normal e, dicionam os movimentos da sua mão dos exames médicos strandardizados,
que sofreu um violento acidente de no processo, poderemos responder a direita, poderão até ser impeditivas de portanto, cabe aos médicos decidir”.
ralis em 2012 que quase o obrigou a todas as questões”. lhe ser permitido pela FIA competir na Espera-se que a Williams anuncie
amputação da mão direita, terá reunido Apesar do interesse evidenciado pela Fórmula 1, tendo Jean Todt, que esteve quem será o colega de equipa de Stroll
cerca de oito milhões de euros para Williams no polaco, o que levou Toto presente no circuito de Yas Marina, ainda este ano, devendo fazê-lo nos
poder fortalecer os cofres da Williams. Wolff a admitir que Pascal Wehrlein apontando, porém, que os médicos da próximos dias.
No entanto, o polaco, que venceu o
Grande Prémio do Canadá de 2008,
apesar de ser o favorito ao lugar deix-
ado vago por Felipe Massa no fim-de-
semana passado, realizou os testes
de Abu Dhabi para que a formação
britânica pudesse dissipar as dúvidas
que tem ainda acerca da sua condição
física. “O Robert é um tipo impres-
sionante. Todo vimos a forma como
abordava a Fórmula 1 no passado – é
um grande piloto, muito profissional,

CAMPEONATO VIRTUAL Se o Campeonato do Mundo de Fórmula vez que os “gamers” deslocaram-se ao
TAMBÉM EM ABU DHABI 1 chegava a Abu Dhabi com os títulos circuito do Médio Oriente.
decididos, a primeira edição da Fórmula Quatro pilotos virtuais - Brendon Leigh,
1 eSports Series teria a decisão do seu Fabrizio Donoso Delgado, Sven Zurner
vencedor no circuito de Yas Marina, tanto e Patrik Holzmann – chegaram à última
no mundo virtual como na realidade, uma corrida com possibilidades de se
sagrarem Campeões.
Com comentários de nomes como
Davide Valsecchi, Karun Chandhock
ou Jonnhy Herbert, a transmissão
da corrida virtual foi transmitida em
directo em diversas plataformas,
tendo sido o inglês Leigh a assegurar
o título, depois de uma estupenda
ultrapassagem a Delgado na derradeira
volta da prova, que também venceu.
Um dos espectadores interessados
na corrida foi Fernando Alonso, que
fundou uma equipa de corridas digitais,
que também participou na competição
da promovida pela Formula One
Management.

11

C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S

GP DE ABU DHABI PROVA 20 DE 20 TEMPO
YAS MARINA VOLTAS
PROVA VOLTA MAIS RÁPIDA
26/11/2017 GERAL
VEL. MÁXIMA
5,554 KM 55 305,355 KM SEXTA SÁBADO DOMINGO GERAL
BOX
PERÍMETRO VOLTAS DISTÂNCIA TOTAL

1 VALTTERI BOTTAS MERCEDES F1 W08 EQ POWER+ 1:34:14.062 55 1:40.650 1 329.5 KM/H 4 1
1:41.473 3 336.3 KM/H 1 1
TREINOS LIVRES GRELHA DE PARTIDA 2 LEWIS HAMILTON MERCEDES F1 W08 EQ POWER+ +3.899S 55 1:40.770 2 314.7 KM/H 17 1
1:42.338 7 318.4 KM/H 13 1
1 VALTTERI BOTTAS 3 SEBASTIAN VETTEL FERRARI SF70H +19.330S 55 1:42.028 5 332.3 KM/H 2 1
MERCEDES 1:42.376 8 325.5 KM/H 7 1
1:36.231 Q3 4 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI SF70H +45.386S 55 1:42.689 11 322.3 KM/H 9 1
1:42.609 10 315.2 KM/H 16 1
1.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 5 MAX VERSTAPPEN RED BULL RB13/TAG HEUER +46.269S 55 1:41.669 4 318.3 KM/H 14 1
1:43.026 13 328.2 KM/H 5 1
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 6 NICO HULKENBERG RENAULT R.S.17 +85.713S 55 1:42.437 9 329.8 KM/H 3 1
1:43.986 20 310.1 KM/H 19 1
1 Sebastian Vettel FERRARI 1:39.006 7 SERGIO PEREZ FORCE INDIA VJM10/MERCEDES +92.062S 55 1:43.928 19 322.3 KM/H 10 1
1:43.867 17 320.5 KM/H 11 1
2 Lewis Hamilton MERCEDES +0.120s 2 LEWIS HAMILTON 8 ESTEBAN OCON FORCE INDIA VJM10/MERCEDES +98.911S 55 1:43.897 18 311.1 KM/H 18 1
MERCEDES 1:43.844 16 316.2 KM/H 15 1
3 Max Verstappen RED BULL RACING +0.148s 1:36.403 9 FERNANDO ALONSO MCLAREN MCL32/HONDA +1 VOLTA 54 1:43.567 15 325.7 KM/H 6 1
1:42.324 6 324.9 KM/H 8 3
4 Kimi Räikkönen FERRARI +0.512s 3 SEBASTIAN VETTEL 10 FELIPE MASSA WILLIAMS FW40/MERCEDES +1 VOLTA 54 1:43.378 14 319.0 KM/H 12 1
FERRARI 1:42.757 12 309.2 KM/H 20 1
5 Valtteri Bottas MERCEDES +0.735s 1:36.777 11 ROMAIN GROSJEAN HAAS VF-17/FERRARI +1 VOLTA 54

6 Sergio Perez FORCE INDIA +1.287s 12 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN MCL32/HONDA +1 VOLTA 54

7 Fernando Alonso MCLAREN HONDA +1.516s 13 KEVIN MAGNUSSEN HAAS VF-17/FERRARI +1 VOLTA 54

8 Stoffel Vandoorne MCLAREN HONDA +1.563s 4 DANIEL RICCIARDO 14 PASCAL WEHRLEIN SAUBER C36/FERRARI +1 VOLTA 54
RED BULL RACING TAG HEUER
9 Felipe Massa WILLIAMS +1.717s 1:36.959 15 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO STR12/RENAULT +1 VOLTA 54

10 Daniel Ricciardo RED BULL RACING +1.767s 16 PIERRE GASLY TORO ROSSO STR12/RENAULT +1 VOLTA 54

11 George Russell FORCE INDIA +2.125s 5 KIMI RÄIKKÖNEN
FERRARI
12 Romain Grosjean HAAS FERRARI +2.300s 1:36.985 17 MARCUS ERICSSON SAUBER C36/FERRARI +1 VOLTA 54

13 Lance Stroll WILLIAMS +2.575s 18 LANCE STROLL WILLIAMS FW40/MERCEDES +1 VOLTA 54

14 Pierre Gasly TORO ROSSO +2.640s 6 MAX VERSTAPPEN NC CARLOS SAINZ RENAULT R.S.17 PROB. RODA 31
RED BULL RACING TAG HEUER
15 Carlos Sainz RENAULT +2.742s 1:37.328 NC DANIEL RICCIARDO RED BULL RB13/TAG HEUER PROB. HIDR. 20

16 Pascal Wehrlein SAUBER FERRARI +2.746s

17 Nico Hulkenberg RENAULT +2.858s 7 NICO HULKENBERG
RENAULT
18 Antonio Giovinazzi HAAS FERRARI +3.059s 1:38.282 AUSTRÁLIA
CHINA
19 Marcus Ericsson SAUBER FERRARI +3.338s BAHREIN
RÚSSIA
20 Brendon Hartley TORO ROSSO +3.579s 8 SERGIO PEREZ ESPANHA
FORCE INDIA MERCEDES MÓNACO
2.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 1:38.374 CANADÁ
AZERBEIJAO
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 9 ESTEBAN OCON ÁUSTRIA
GRÃ-BRETANHA
1 Lewis Hamilton MERCEDES 1:37.877 FORCE INDIA MERCEDES HUNGRIA
BÉLGICA
ITÁLIA
SINGAPURA
MALÁSIA
JAPÃO
EUA
MÉXICO
BRASIL
ABU DHABI

TOTAL

2 Sebastian Vettel FERRARI +0.149s 1:38.397 Q2 PILOTOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
18 25 18 12 25 6 25 10 12 25 12 25 25 25 18 25 25 2 12 18 363
3 Daniel Ricciardo RED BULL RACING +0.303s 10 FELIPE MASSA 1. L. HAMILTON 25 18 25 18 18 25 12 12 18 6 25 18 15 - 12 - 18 12 25 15 317
WILLIAMS MERCEDES 2. S. VETTEL 15 8 15 25 - 12 18 18 25 18 15 10 18 15 10 12 10 18 18 25 305
4 Kimi Räikkönen FERRARI +0.475s 1:38.550 3. V. BOTTAS 12 10 12 15 - 18 6 - 10 15 18 12 10 - - 10 15 15 15 12 205
4. K. RAIKKONEN - 12 10 - 15 15 15 25 15 10 - 15 12 18 15 15 - - 8 - 200
5 Valtteri Bottas MERCEDES +0.660s 11 FERNANDO ALONSO 5. D. RICCIARDO 10 15 - 10 - 10 - - - 12 10 - 1 - 25 18 12 25 10 10 168
MCLAREN HONDA 6. M. VERSTAPPEN 6 2 6 8 12 - 10 - 6 2 4 - 2 10 8 6 4 6 2 6 100
6 Max Verstappen RED BULL RACING +1.017s 1:38.636 7. S. PEREZ 1 1 1 6 10 - 8 8 4 4 2 2 8 1 1 8 8 10 - 4 87
8. E. OCON 4 6 - 1 6 8 - 4 - - 6 1 - 12 - - 6 - - - 54
7 Sergio Perez FORCE INDIA +1.446s 9. C. SAINZ - - 2 4 8 - 4 - - 8 - 8 - - - - - - 1 8 43
10. N. HULKENBERG 8 - 8 2 - 2 - - 2 1 - 4 4 - 2 1 2 - 6 1 43
8 Esteban Ocon FORCE INDIA +1.456s 11. F. MASSA - - - - - - 2 15 1 - - - 6 4 4 - - 8 - - 40
12. L. STROLL - - 4 - 1 4 1 - 8 - - 6 - 2 - 2 - - - - 28
9 Nico Hulkenberg RENAULT +1.652s 13. R. GROSJEAN - 4 - - - 1 - 6 - - - - - - - 4 - 4 - - 19
14. K. MAGNUSSEN - - - - - - - 2 - - 8 - - - - - - 1 4 2 17
10 Fernando Alonso MCLAREN HONDA +1.682s 12 CARLOS SAINZ 15. F. ALONSO - - - - - - - - - - 1 - - 6 6 - - - - - 13
RENAULT 16. S. VANDOORNE - - - - - - - - - - - - - 8 - - - - - - 8
11 Felipe Massa WILLIAMS +1.758s 1:38.725 17. J. PALMER - - - - 4 - - 1 - - - - - - - - - - - - 5
18. P. WEHRLEIN 2 - - - 2 - - - - - - - - - - - 1 - - - 5
12 Stoffel Vandoorne MCLAREN HONDA +1.794s 19. D. KVYAT - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0
20. M. ERICSSON - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0
13 Carlos Sainz RENAULT +2.324s 13 STOFFEL VANDOORNE 21. P. GASLY - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0
MCLAREN HONDA 22. A. GIOVINAZZI - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0
14 Lance Stroll WILLIAMS +2.452s 1:38.808 23. B. HARTLEY

15 Pierre Gasly TORO ROSSO +2.817s

16 Kevin Magnussen HAAS FERRARI +3.251s 14 KEVIN MAGNUSSEN
HAAS FERRARI
17 Pascal Wehrlein SAUBER FERRARI +3.393s 1:39.298

18 Marcus Ericsson SAUBER FERRARI +3.425s

19 Brendon Hartley TORO ROSSO +3.619s 15 LANCE STROLL
WILLIAMS MERCEDES
20 Romain Grosjean HAAS FERRARI +3.683s 1:39.646

3.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 16 ROMAIN GROSJEAN Q1
HAAS FERRARI
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1:39.516

1 Lewis Hamilton MERCEDES 1:37.627

2 Valtteri Bottas MERCEDES +0.273s

3 Kimi Räikkönen FERRARI +0.530s 17 PIERRE GASLY
TORO ROSSO
4 Sebastian Vettel FERRARI +0.547s 1:39.724

5 Daniel Ricciardo RED BULL RACING +0.713s

6 Max Verstappen RED BULL RACING +0.960s 18 PASCAL WEHRLEIN
SAUBER FERRARI
7 Fernando Alonso MCLAREN HONDA +1.528s 1:39.930

8 Stoffel Vandoorne MCLAREN HONDA +1.650s EQUIPAS

9 Carlos Sainz RENAULT +1.713s 19 MARCUS ERICSSON 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
SAUBER FERRARI
10 Sergio Perez FORCE INDIA +1.740s 1:39.994 1. MERCEDES 33 33 33 37 25 18 43 28 37 43 27 35 43 40 28 37 35 20 30 43 668

11 Felipe Massa WILLIAMS +1.756s 2. FERRARI 37 28 37 33 18 43 18 12 28 21 43 30 25 - 12 10 33 27 40 27 522

12 Nico Hulkenberg RENAULT +1.769s 20 BRENDON HARTLEY (*) 3. RED BULL TAG HEUER 10 27 10 10 15 25 15 25 15 22 10 15 13 18 40 33 12 25 18 10 368
TORO ROSSO
13 Esteban Ocon FORCE INDIA +1.873s 1:40.471 4. FORCE INDIA MERCEDES 7 3 7 14 22 - 18 8 10 6 6 2 10 11 9 14 12 16 2 10 187

14 Kevin Magnussen HAAS FERRARI +2.204s 5. WILLIAMS MERCEDES 8 - 8 2 - 2 2 15 3 1 - 4 10 4 6 1 2 8 6 1 83

15 Romain Grosjean HAAS FERRARI +2.452s 6. RENAULT - - 2 4 8 - 4 - - 8 - 8 - 8 - - 6 - 1 8 57

16 Pascal Wehrlein SAUBER FERRARI +2.680s 7. TORO ROSSO RENAULT 6 6 - 1 8 8 - 4 - - 6 1 - 12 - - 1 - - - 53

17 Lance Stroll WILLIAMS +2.945s 8. HAAS FERRARI - 4 4 - 1 5 1 6 8 - - 6 - 2 - 6 - 4 - - 47

18 Pierre Gasly TORO ROSSO +3.110s (*) Penalizado em 10 posições
por utilização adicional
19 Marcus Ericsson SAUBER FERRARI +3.162s 9. MCLAREN HONDA - - - - - - - 2 - - 9 - - 6 6 - - 1 4 2 30
de elementos da unidade motriz
20 Brendon Hartley TORO ROSSO +3.256s 10. SAUBER FERRARI - - - - 4 - - 1 - - - - - - - - - - - - 5

PONTUAÇÃO 1.º 25 PTS 2.º 18 PTS 3.º 15 PTS 4.º 12 PTS 5.º 10 PTS 6.º 8 PTS 7.º 6 PTS 8.º 4 PTS 9.º 2 PTS 10.º 1 PT

E/12
ENTREVISTA
ANTÓNIO FÉLIX DA COSTA

António Félix da Costa
está a passar por um
dos mais importantes
momentos da sua

carreira. Enquanto espera
pela decisão quanto ao
futuro com a BMW no
WEC, vai este fim de
semana arrancar para
mais uma época da
competição que mais
‘cresce’ no mundo das
corridas, a Fórmula E

ESTOU MESMO
MUITO CONTENTE
DA MINCHOAMCOARESRTEAIDROA

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13

José Luís Abreu AntónioFélixdaCosta GTE, a Fórmula E e também... Fórmula 1. fazer, não sei se para a frente, se para os
[email protected] está numa fase im- Aos 26 anos, desde os oito que anda nes- lados, mas estou mesmo muito conten-
portante da sua tas andanças, mas os tempos do peque- te com o estado da minha carreira neste
carreira, numa al- no 'Formiga' já lá vão há muito. Está per- momento. Passei pelo DTM exatamente
tura em que a BMW feitamente recomposto da desilusão de o tempo em que devia ter passado, acho
MotoSport se pre- não ter ido para a F1 em 2014, mas a BMW que não devia ter lá ficado nem mais um
para para entrar, teve olho e não demorou muito a recru- ano, e acho também que o que vem aí é
a nível oficial, em tá-lo para as suas fileiras. Passou pelo muito bom. A BMW renovou comigo, e
duas das mais im- DTM, ligou-se a uma competição que acho que temos um futuro muito bom
portantes competi- não tem parado de crescer, a Fórmula pela frente”, começou por dizer Félix da
ções 'motorizadas' E, e pelo meio ainda arranjou tempo de Costa, em cujas palavras se nota a con-
a nível mundial na ir vencer novamente a Taça do Mundo fiança de que pode vir a ser um dos pilotos
atualidade, o Mundial de endurance e a de F3 em Macau. As corridas estão-lhe da BMW em Le Mans: “Eu quero, é esse o
Fórmula E. Para esta última ainda falta no sangue e um dia quando parar vai meu desejo, a BMW vai comunicar muito
um ano, mas os preparativos irão ace- querer... ajudar miúdos novos a correr na em breve, e eu espero estar aí, mas para
lerar rapidamente. Antes disso, a mar- Fórmula 1. Mas para já tem muito trabalho já não sei nada”, arrancou com o mesmo
ca bávara ultima os preparativos do seu pela frente com a BMW que no próximo sorriso 'maroto' de sempre.
novo BMW M8 GTE, carro com que a BMW mês deverá divulgar o programa de Félix Desde que foi anunciado em junho pas-
vai regressar a Le Mans a nível oificial, e da Costa, que todos esperamos ser com sado, o novo BMW M8 GTE, carro que a
António Félix da Costa tem sido dos pi- a BMW no WEC: “Foi a melhor coisa que marca bávara vai utilizar na resistência
lotos oficiais que mais tem trabalhado me podia ter acontecido depois de em daqui para a frente, tem ocupado muita
no desenvolvimento da nova máquina. 2013 ter ficado a saber que não iria en- da atenção de toda a estrutura e Félix
Entre uma deslocação ao Brasil, para trar na F1. Aliás, recebi esta proposta da da Costa, sendo um dos pilotos que mais
fazer novamente uma 'perninha' na BMW no mesmo dia em que fiquei a sa- tem guiado o carro, está confiante: “Muito
Stock Car Brasil, onde alcançou um ber que não ia para a F1 e essa foi a melhor bom. Acho que é dos melhores carros que
pódio, e o fazer a mala para arrancar maneira para passar por cima de toda a nasceu da BMW nos últimos quatro anos.
para Hong Kong, onde vai começar a frustração, e da desilusão de não ter en- Talvez o melhor, diria. Guiei o M3, o M4 o
sua nova época da Fórmula E, a segunda trado na F1. Hoje em dia sou um piloto M6, e acho que este M8 é claramente o
com a MS&AD Andretti Formula E, falá- profissional e estou numa das melhores mais bem nascido. Tem uma base muito,
mos com ele sobre o intenso trabalho marcas em que podia estar no mundo das muito boa, é um carro que é muito rápido
que tem tido com os testes do BMW M8 corridas. Há coisas que ainda gostava de numa volta, e agora o mais fácil será tor-

E/
ENTREVISTA

14

ANTÓNIO FÉLIX DA COSTA

ná-lo muito rápido em 40. Por isso acho ajuda de controlo de tração, tem ajuda de
que estamos a trabalhar muito bem com ABS, e o GTE não tem. Essa é a primeira
ele, já fizemos muitos testes, vamos ver grande diferença. Depois é um carro para
como corre daqui para a frente. Sabendo 'customer racing' em que as marcas o
isto, faz com que gostasse ainda mais de constroem para vender a qualquer pes-
estar em posição de correr com ele em soa que o queira comprar para correr nas
Le Mans no ano que vem. Para além do pistas, o que não é um caso dos GTE. Os
pulo que deu em termos de tecnologia, o GTE são protótipos, (ndr.: só correm em
volante, a posição de condução, a própria competições como o WEC/Le Mans, e
estética do carro, tudo, está muito bem não na ELMS, Blancpain ou GT Open) liga-
construído e a MTEK está a trabalhar dos a equipas oficiais. Se alguém chega à
muito bem com o carro. É uma equipa que BMW, Aston Martin, Ferrari, Porsche, Ford,
eu conheço muito bem (ndr.: com quem etc., não pode comprar um carro destes,
fez o DTM em 2014), são uma data de fa- pois são carros de fábrica, para pilotos de
tores que se juntam que me fazem querer fábrica, para campeonatos do mundo. E
estar nesse lugar”, disse Félix da Costa. toda a maneira de operar entre ambos é
Uma das dúvidas que muitos adeptos muito diferente, é muito mais complica-
têm neste mundo da velocidade tem a do de mexer nos sistemas do carro, tem
ver com as diferenças dos carros nas muito mais funções no volante, que é
classes, não só entre os carros do WEC, muito baseado num F1. No nosso M8 GTE
como dos GT3 dos vários campeonatos há uma data de coisas que se podem fa-
existentes como a Blancpain ou o GT zer no volante que são muito parecidas
Open, onde Félix da Costa também cor- com a F1, tem muito mais aerodinâmica,
reu: “No geral, a maior diferença entre um mais potência, funcionamos com pneus
GT3 e um GTE é que um GT3 é um carro 'confidenciais', ou seja, a BMW irá ter uma
que foi pensado para qualquer tipo de parceria com uma marca de pneus que
piloto poder guiá-lo, desde profissionais constrói um pneu para o nosso carro e não
a amadores, é um carro que tem muita um pneu standard que sirva para todos,
portanto é um pneu construído como nós
queremos e tudo isto torna um GTE muito
mais aliciante. Um GT3 é quase um carro
de aluguer, e um GTE é um... F1."

TRABALHO... E MAIS TRABALHO
É 'coisa' que não falta a Félix da Costa

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15

Apesar de não
ter conseguido
rumar à Fórmula 1
em 2014, António
Félix da Costa tem
tido uma carreira
muito interessante
com a BMW, e a
possibilidade de ir
com a marca bávara
para o WEC seria
ouro sobre azul.
As decisões serão
conhecidas a meio

de dezembro

nos últimos tempos. Há muito trabalho já se irá correr na estreia do carro, nas 24 costa era incontornável. O piloto luso foi a guém na calha, depois do (Carlos) Sainz
no desenvolvimento do novo BMW M8 Horas de Daytona: “Agora com o começo Faenza fazer a bacquet, e mostraram-lhe ter ido para a Renault...
GTE: “O primeiro foco da BMW foi fazer da Fórmula E isto vai acalmar um boca- um fato de competição da equipa já com o Acho que faz todo o sentido o Pierre Gasly
um carro rápido, e agora com esse carro dinho, o carro vai para a América fazer seu nome. Por isso, acompanhar o que se ter entrado na F1, o Kvyat tinha que sair -
rápido temos que o fazer durar 24 Horas. testes, onde não vou estar. Estou à espera passou agora com as trocas e baldrocas espero que ele arranje lugar nalgum lado
Estamos a trabalhar muito nesse senti- de saber se faço Daytona com o GT3 ou da saída de Daniil Kvyat e promoção de - mas não me cabe a mim falar muito
do, já fizemos o teste de endurance, de com o GTE, gostava de fazer, mas ainda Brendon Hartley torna tudo ainda mais mais sobre isso...” disse Félix da Costa,
24 Horas, que correu muito bem (ndr.: a não sei nada. A carreira do carro arran- estranho. Neste sentido, pedimos a Félix que ironicamente estava a trocar SMS
meio de novembro em Paul Ricard, em ca em Daytona logo em janeiro, por isso da Costa para avaliar a situação de Kvyat. com Helmut Marko quando se desen-
que os pilotos da BMW rodaram qua- vai agora para a equipa americana (Team Será que foi tratado de forma injusta ou cadeou a situação: “Tinha mandado um
se 30 horas). Não foi perfeito, se fosse RLL), para eles trabalharem com o carro, que pagou pela falta de experiência e por SMS antes sobre outro assunto, mas de-
uma corrida não a teríamos ganhado, para o conhecerem. Vai gente de Munique ter subido à F1, talvez demasiado cedo? pois falámos sobre isso, mas esperança
mas nesta fase é normal, andamos em para ajudar nessa transição, mas eu não “Sim e não! Talvez injusto. Não acho que nunca tive. Aliás, eu nunca tive a mínima
fase de testes a provocar os problemas, vou estar, porque a BMW quer que eu se deva meter um piloto fora a meio de dúvida na minha cabeça que iria para lá
a fazer com que eles aconteçam para os me foque neste início de campeonato uma época ainda mais quando faltam o Sébastien Buémi, e o facto dele não ter
podermos resolver. Ou seja, andamos da Fórmula E”. apenas quatro ou cinco corridas para o ido ainda me provou mais que há algu-
com conduções agressivas a passar por final. Agora, a verdade é que o Kvyat teve ma coisa no mundo da F1 que não está a
cima de corretores, a fazer consumos de ALGO ESTRANHO NA F1 mais oportunidades do que qualquer ou- bater bem. O Buémi já correu três anos
combustível altos, a tentar gastar pneus, tra pessoa que eu conheça no mundo com a Toro Rosso na F1. Depois disso foi
tudo isso para conhecer melhor o car- Não é possível falar-se com António Félix da F1 e da Red Bull. Houve certamente para piloto de testes da Red Bull, onde
ro e depois tentar melhorá-lo, pois com da Costa sem falar de F1. Para mais, ten- ali alguns interesses, porque nunca vi está há sete anos. Já guiou o carro atual
esse estilo de conduçãoagressivo,quan- do em conta o que se tem visto passar ninguém a fazer tanta 'borrada' e conti- duas ou três vezes, já testou os pneus,
do for dia de corrida, se for preciso guiar nestes últimos tempos na Toro Rosso, nuar a ter oportunidades. Não está aqui já fez tudo, está no simulador todas as
com esse tipo de pilotagem, já sabemos que torna ainda mais incompreensível em questão se ele é rápido ou não, ele é semanas, não entendo mesmo como é
o que ele aguenta, e depois quando o co- as razões para o facto do piloto português muito rápido e provou isso logo no pri- que não lhe dão o lugar. Ganha em tudo
meçarmos a poupar, ser ainda melhor”, não ter ido para a F1 em 2014. Falámos meiro ano na Fórmula 1. Agora a verda- por onde passa, não entendo mesmo...
disse Félix da Costa que vai agora cen- com Daniel Ricciardo no início de 2013, de é que teve muitas chances, e ter sido Acho que o Brendon Hartley é um pi-
trar-se na Fórmula E, não sabendo para na apresentação da Toro Rosso, e no dis- agora mandado embora sem mais nin- loto bom, mas também é verdade que
curso do australiano o nome de Félix da

E/
ENTREVISTA

16

ANTÓNIO FÉLIX DA COSTA

foi fazer um shootout para um lugar na gar em definitivo: “Nós (ndr.: na MS&AD António Félix da
Venturi na Fórmula E e mandaram-no AndrettiFormulaE) já mudámos um bo- Costa continua
embora no fim do primeiro dia. Passado cadinho. A BMW está com muito interes- à espera das
uma semana, era piloto de F1...” se na Fórmula E, mas ainda não somos decisões da BMW
A estranheza de Félix da Costa relativa- uma equipa de fábrica oficialmente, e isso quanto ao seu
mente ao mundo da F1 também se supor- mete-nos ali um bocadinho um travão, futuro, mas o facto
ta no que está a suceder com a Williams, porque vemos que outras equipas, com de competir na
pois não acha que Robert Kubica ou Paul equipas de fábrica, têm budgets cinco Fórmula E desde
di Resta possam resolver o problema ou seis vezes o nosso - andam a gastar o seu início é uma
da Williams: “Para andarem a testar o 15 milhões/ano e nós nem sequer perto mais valia, que
Kubica e o Di Resta, mais valia que ficasse disso - e por isso é complicado. Há mui- poderá, a partir
o Massa, um piloto que está rodado, tem tas coisas que os engenheiros querem do próximo ano,
experiência e é rápido quando está bem. ter e fazer e não conseguimos. Não tem ser aproveitada
É o companheiro de equipa perfeito para sido nenhuma surpresa para mim, eu pela marca bávara,
o (Lance) Stroll. O Kubica vi-o para aí há quando vim para a Andretti já sabia que quando esta entrar
um ano, mas não sei ao certo que condi- ia ser assim, é dececionante, sim, eu não a nível oficial
ções terá. Não sei, é estranho...” escondo, sou um piloto que gosta de andar
na frente, mas eu sei o que aí vem (ndr.: a
FUTURO DA F1 BMW como equipa de fábrica) e espero
estar presente. Fora da Fórmula E, sem-
Félix da Costa continua a seguir, quando pre que tenho carros competitivos tenho
pode, a F1, e também ele já se rendeu ao sido um dos pilotos mais rápidos dentro
que tem vindo a fazer Lewis Hamilton: “É da BMW, por isso estou confiante que te-
dos melhores de sempre, e nem é preciso nho um bom futuro com eles. Há que ser
ir aos números. Da nossa era é um 'dos'. paciente, continuar a trabalhar com os
Acho que há três ou quatro. Ele, o Vettel, engenheiros, ser um bom team player e
o Alonso e quase que meto o Button no depois apanhar o que vem aí...”, começou
mesmo 'pacote'. Obviamente que há ou- por dizer Félix da Costa, que está convicto
tros muito, muito rápidos, como o Montoya que 2017/2108 vai ser uma época interes-
e o Raikkonen, mas que não são tão com- sante: “O (Andre) Lotterer e o (Neel) Jani
pletos como estes. O Hamilton passa mui- são dois pilotos que eu respeito muito. São
to a imagem que quer passar, mas acho muito rápidos, como era o (Loic) Duval,
que ele nos bastidores trabalha muito mas que acabou por me dececionar, tanto
mais do que se pensa. Eu próprio achei como piloto como em inteligência em pista
que um dia em que ele tivesse um cole- e rapidez, não era nada do que eu achava.
ga de equipa tão ou mais rápido que ele Vamos ver como vão andar o Lotterer e
não ia conseguir continuar com o mesmo o Jani, que não andaram nada de espe-
estilo de vida, mas não. Pessoalmente, cial nos testes, mas eu sei quão é difícil
acho o Bottas um dos pilotos mais rápi- adaptarmo-nos à Fórmula E. Portanto
dos numa volta única na F1 e o Hamilton não julgo por um teste, claramente, os
este ano 'destruiu' o Bottas...”. Para Félix meus próprios colegas de equipa (Kamui
da Costa, o futuro da F1 está assegu- Kobayashi e Tom Blomqvist). De resto,
rado, e nesse contexto nada melhor de a diferença entre muitos dos carros da
ouvir de quem 'sente' mais facilmente grelha da Fórmula E o ano passado era
o que vale um piloto. Perguntámos-lhe, grande mas este ano vai reduzir muito. Em
quando Hamilton, Vettel e Alonso saí- vez de duas equipas muito boas, como no
rem em quem aposta na F1: Verstappen, ano passado, acho que este ano vai haver
Sainz, Ocon, Vandoorne? “Esses todos, o cinco ou seis e depois vai haver três mais
(Charles) Leclerc, o (Lando) Norris, talvez fraquinhas.” António Félix da Costa não
o (George) Russel, o (Antonio) Giovinazzi, esconde que preferia um V12 super ba-
gostava de o ver na F1, depois há vários rulhento, mas ainda assim admite que as
que não estão que eu gostava de ver tam- corridas de Fórmula E são divertidas: “A
bém tipo o Mitch Evans, que acho muito Fórmula E, quando se está dentro do carro
bom, acho o (Robin) Frijns, muito, muito a guiar, é muito divertida, especialmen-
bom, há vários pilotos que eu acho que po- te em corrida. Anda tudo muito perto, as
deriam ter alguma coisa a dizer na F1. Mas pistas são muito 'loucas', todo o trabalho
assim foras-de-série, o Frijns quase que de engenharia, software, a própria perí-
o punha nesse ponto, Leclerc, Vandoorne, cia de condução que tens que ter é muito
sem dúvida, o Carlos (Sainz), também
sem dúvida, esses são pilotos que eu sei
que vão ficar na F1 muito tempo”, disse.

DISPARIDADE NA FÓRMULA E "FORA DA FÓRMULA E, SEMPRE QUE TENHO CARROS COMPETITIVOS
TENHO SIDO UM DOS PILOTOS MAIS RÁPIDOS DENTRO DA BMW, POR ISSO
Por fim, o tema Fórmula E, competição
que vai arrancar no próximo fim de se- ESTOU CONFIANTE QUE TENHO UM BOM FUTURO COM ELES"
mana em Hong Kong, naquele que vai
ser um ano de transição até a BMW che-

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interessante. É um desafio enorme. Claro de entrada, pelo menos só para um tes-
que não temos um motor grande lá atrás, te, mas hei-de experimentar o carro...
a fazer barulho, nem o cheiro a gasoli- Félix da Costa esteve este ano também
na, mas o mundo está a atravessar uma com o Team Costa Campos, onde correu
fase grande de transição. Provavelmente três vezes ao lado de Lourenço Beirão da
quem nascer agora, no futuro vai achar Veiga, mas quando lhe perguntámos se
uma porcaria um motor que faça muito era para continuar: “Não sei se o Lourenço
barulho, porque chateia. Como a geração (Beirão da Veiga) lá me quer ainda, ou não
dos meus avós que não quer nem ouvir (risos). Diverti-me imenso, a equipa, o
falar de carros elétricos. Eu próprio estou nosso apoio, o Rui Costa Campos, o Teo
a atravessar uma transição como piloto Martin... diverti-me. Fomos competitivos,
em que faço um campeonato com mo- e depois havia lá outros pilotos da BMW
tores elétricos e depois corro em carros que queria sempre bater. Havia lá muitos
com motores grandes de combustão, por pilotos bons oficiais da McLaren, Lexus,
isso não me posso queixar, tenho um bo- pilotos muito bons em que dava para
cadinho dos dois e essa transição está a andar na frente e divertir-me, mas vai
acontecernomundoenaspessoas”. Pelo depender tudo do programa que a BMW
que se percebe, Félix da Costa está cons- designar e depois ver a disponibilidade.
ciente que a Fórmula E vai continuar a ter Mesmo depois da Stock Car no Brasil,
cada vez mais importância neste mun- depois desse fim de semana ,já tenho
do das corridas, e justifica-o: “Acho que para aí quatro propostas para ir para lá
a Fórmula E é, no fundo e acima de tudo, correr. Em full time acho que é compli-
uma jogada de marketing. E nós pilotos cado...” Por fim, e pertencendo Félix da
e o mundo das corridas está a beneficiar Costa a uma geração muito boa de pilo-
com isso. Uma jogada de marketing que tos de velocidade, perguntámos-lhe que
se tornou num campeonato que se res- futuro vê para uma renovação que ine-
peita muito, em que as pessoas querem vitavelmente se vai ter que dar daqui a
estar. Vejo o (Felipe) Massa a querer vir alguns anos, no seu caso, muitos: “Vejo
para a Fórmula E, um piloto que acabou de muito potencial no Henrique Chaves para
sair da F1. Como eu disse, o Hartley, que se tornar num piloto profissional. Não sei
saiu do WEC, queria ir para a Fórmula E, como vai ser gerida a carreira dele, eu
o Lotterer, o Jani, Duval... a Fórmula E está percebo que para o Henrique o sonho
cheia de pilotos que já correram na F1, dele seja ir para a F1, mas olhando para a
portanto é fácil perceber que a Fórmula E realidade do nosso país acho complicado.
ganhou muito respeito e para mim que lá Mas tem que haver muita confiança da
estou desde o ano zero, é ótimo”. parte do Henrique para que se esse so-
nho não acontecer, se manter tranqui-
GOSTO PELA INDYCAR lo, e não deixar de tornar-se um piloto
profissional por isso, como fez o Filipe, o
A vida de Félix da Costa é hoje em dia a Álvaro ou eu, que mesmo não indo para
Fórmula E - e espera-se que o WEC com a F1 conseguimos tornarmo-nos pilotos
a BMW - mas o jovem piloto português profissionais e fazer disto a nossa vida.
não esconde que há outras coisas no Acho que esse pode ser um caminho bom
mundo motorizado que gostava de fa- para o Henrique. Agora, falando doutros
zer... um dia. Por isso, provocámo-lo di- portugueses, neste momento, eu acho
zendo-lhe que sabemos que gosta muito que é muito cedo. Talvez um miúdo com
da Indy... “Eu só falo da Indy quando me 11 ou 12 anos que eu tenho ouvido falar e
perguntam (risos). Gostava, adorava, eu tenho acompanhado um bocadinho, mas
gosto de coisas 'old school', pistas mais não vale a pena falar de nomes, acho que
desafiantes, um carro mais desafiante. O temos uma chance, mas tem que ser mui-
IndyCar é um carro com muita potência to bem acompanhado, tem que ser com
onde não tens direção assistida, sai-te do alguém que já tenha andado por perto, já
braço, as pistas saltam por todo o lado, tenha sentido, já tenha trabalhado com
cometes um erro, bateste... e depois tem equipas de várias nacionalidades, passado
outra coisa, é um bocadinho menos polí- por essas fórmulas todas, porque há mui-
tico do que aqui na Europa. Para já, toda a tos erros que se podem evitar. Por acaso
gente entra na boxe de toda a gente, todos era uma coisa que gostava de fazer no
se dão bem, é um bocadinho diferente o futuro, ajudar um piloto mais jovem por-
'approach' às corridas. Gostava de expe- tuguês a fazer esse percurso. Vamos ver
rimentar, mas neste momento, após o quem é o próximo aí a aparecer e espero
primeiro ano em que estive na Andretti, que acima de tudo, que com ou sem ajuda,
ainda não convenci o Michael Andretti. que consiga lá chegar...” Seria no mínimo
Com o carro que nós temos e com o ano irónico, que depois de ter estado tão perto
que tivemos não deu para convencer e de lá chegar, acabasse por ser com a sua
eu entendo, mas vai haver uma equipa ajuda que teríamos o próximo português
nova a entrar na Indycar que eu conhe- na F1. Nunca se sabe...
ço muito bem, talvez seja por aí a porta

V/18
VELOCIDADE - FÓRMULA E

QUARTA TEMPORADA No verão passado assistimos impávidos
ARRANCAJÁ à decisão da Mercedes-Benz em aban-
donar o DTM e da Porsche em colocar o
A PENSAR NA QUINTA fim ao seu projecto LMP1 no WEC para se
juntarem à Audi, DS, Jaguar, Mahindra e
Será em pleno centro da cosmopolita cidade de Hong Kong que arranca no próximo fim de semana Renault naquele que parece ser o cam-
a quarta temporada do Campeonato FIA Formula E. Em ano de transição, o xadrez do campeonato peonato da ‘moda’ - o embaixador des-
da moda não deverá mudar muito, mas há sinais positivos, pelo menos, para António Félix da Costa, portivo da mobilidade elétrica, a imagem
dos carros amigos do ambiente, high-tech
que poderá dar um salto de performance depois da particularmente difícil temporada anterior e de tudo mais que seja sinónimo da “re-
volução” que a indústria automóvel atra-
Sérgio Fonseca não teria a dimensão que rapidamen- vessa por estes dias.
[email protected] te atingiu em menos de quatro anos. Embora Alejandro Agag, o fundador e CEO
Abominado pelos mais puristas, e não da Fórmula E, não aceite de bom grado
Se dependesse da grande maioria só, a competição de carros elétricos pre- este rótulo, a temporada 2017/2018 será
dos adeptos de automobilismo, dileta da FIA tem, no entanto, imensos um ano de transição.
provavelmente este artigo nunca fãs dentro dos gabinetes dos senhores A quarta temporada será a última dos
seria publicado pelo simples fac- do marketing e conselhos de adminis- chassis Spark SRT-03 e das baterias
to de que o Campeonato FIA Formula E tração dos construtores automóveis. Williams, que darão lugar àquelas produ-
zidas pela McLaren Applied Tehcnologies,
com quase o dobro de capacidade de ar-
mazenamento de energias e que assim
irão suprimir a necessidade das paragens
de boxes para troca de carro.
Será também a última época da cam-
peã Renault, que dará o lugar à “prima”
Nissan, e a derradeira antes da entrada
em força das equipas oficiais da BMW e
da Mercedes-Benz, em 2018/2019, e da
Porsche, em 2019/2020.
Os testes coletivos, desta vez realizados
em Valência, e não em Donington Park,
como era tradição, foram muito pouco

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conclusivos. Todavia, não se espera que C/ C A L E N D Á R I O
haja uma alteração radical nas forças do-
minantes – Audi, DS e Renault – mas é DATA EPRIX PAÍS PISTA
previsível um maior equilíbrio, com as 02-DEZ-17
equipas da segunda metade da tabela a 02-DEZ-17 HONG KONG EPRIX RACE 1  HONG KONG HONG KONG CENTRAL HARBOURFRONT CIRCUIT
diminuírem a diferença para os primeiros. 13-JAN-18
03-FEV-18 HONG KONG EPRIX RACE 2  HONG KONG HONG KONG CENTRAL HARBOURFRONT CIRCUIT
NOVIDADES MIÚDAS 03-MAR-18
17-MAR-18 MARRAKESH EPRIX MARROCOS CIRCUIT INTERNATIONAL AUTOMOBILE MOULAY EL HASSAN
Não sendo o timing ideal para introduções 14-ABR-18
profundas, a nova temporada trará no 28-ABR-18 SANTIAGO EPRIX CHILE SANTIAGO STREET CIRCUIT
entanto algumas pequenas novidades. 19-MAI-18
Entre as mais concretas, haverá um au- 10-JUN-18 MEXICO CITY EPRIX MÉXICO AUTÓDROMO HERMANOS RODRÍGUEZ
mento da potência máxima disponível 14-JUL-18
nas corridas, passando de 170kw para 15-JUL-18 SÃO PAULO EPRIX BRASIL ANHEMBI CIRCUIT
180kw, ao passo que na qualificação esta 28-JUL-18
mantém-se nos 200kw. 29-JUL-18 ROME EPRIX ITÁLIA CIRCUTO CITTADINO DELL’EUR
O sistema de pontuação manteve-se pra-
ticamente inalterado, com a exceção que PARIS EPRIX FRANÇA PARIS STREET CIRCUIT
a pontuação atribuída para a melhor vol-
ta da corrida só será oferecida se o piloto BERLIN EPRIX ALEMANHA TEMPELHOF AIRPORT STREET CIRCUIT
terminar nos 10 primeiros.
Esta medida muito aplaudida foi intro- ZÜRICH EPRIX SUÍÇA TBA
duzida para eliminar os “carros zombie”,
concorrentes acidentados na primeira NEW YORK EPRIX RACE 1 EUA BROOKLYN STREET CIRCUIT
parte da corrida e que reapareciam na
segunda metade com o segundo carro, NEW YORK EPRIX RACE 2 EUA BROOKLYN STREET CIRCUIT
com o intuito único de efetuar a melhor
volta e assim amealhar pontos. MONTREAL EPRIX RACE 1 CANADÁ MONTREAL STREET CIRCUIT OR CIRCUIT GILLES VILLENEUVE
Um novo sistema na distribuição dos
pilotos pelos quatro grupos da qualifi- MONTREAL EPRIX RACE 2 CANADÁ MONTREAL STREET CIRCUIT OR CIRCUIT GILLES VILLENEUVE
cação terá sido acordado pelo Grupo de
Trabalho em Genebra, na semana passa-
da, mas estava pendente de confirmação.

V/
FÓRMULA E

20

A ideia passa por colocar um ponto final I/ I N S C R I T O S
na lotaria dos grupos, sendo estes defi-
nidos pela classificação do campeonato. Nº PILOTO Nº PILOTO EQUIPA CONSTRUTOR MOTOR
O Conselho Mundial da FIA já tinha deci- 1 LUCAS DI GRASSI 66 DANIEL ABT AUDI E-TRON FE04
dido em junho que uma sessão de testes 2 SAM BIRD 36 ALEX LYNN AUDI SPORT ABT SCHAEFFLER SPARK-AUDI DS VIRGIN DSV-03
seria organizada durante a temporada, 3 NELSON PIQUET JR. 20 MITCH EVANS JAGUAR I-TYPE II
assim como uma sessão de testes para 4 EDOARDO MORTARA 5 MARO ENGEL DS VIRGIN RACING SPARK-CITROËN VENTURI VM200-FE-03
“rookies”. 6 NEEL JANI 7 JÉRÔME D’AMBROSIO PENSKE EV-2
O calendário de 11 eventos e 14 corridas 8 NICOLAS PROST 9 SÉBASTIEN BUEMI PANASONIC JAGUAR RACING SPARK-JAGUAR RENAULT Z.E. 17
terá quatro novos circuitos, onde se desta- 16 OLIVER TURVEY 68 LUCA FILIPPI NEXTEV NIO SPORT 003
cam aquele a erguer nas ruas de Zurique, 18 ANDRÉ LOTTERER 25 JEAN-ÉRIC VERGNE VENTURI FORMULA E TEAM SPARK-VENTURI RENAULT Z.E. 17
uma prova que marcará o regresso do au- 19 FELIX ROSENQVIST 23 NICK HEIDFELD MAHINDRA M4ELECTRO
tomobilismo de circuito à Suíça sessenta 27 TOM BLOMQVIST 28 ANTÓNIO FÉLIX DA COSTA DRAGON RACING SPARK-PENSKE ANDRETTI ATEC-03
anos depois, e o rejuvenescido traçado
em redor do Sambódromo do Anhembi RENAULT E.DAMS SPARK-RENAULT
em São Paulo, naquela que será a pri-
meira prova da Fórmula E no universo NIO FORMULA E TEAM[8] SPARK-NIO
da lusofonia.
Roma e Santiago do Chile, que acolherá a TECHEETAH SPARK-RENAULT
primeira prova internacional de monolu-
gares do país sul-americano, são as outras MAHINDRA RACING SPARK-MAHINDRA
cidades recém-chegadas num calendá-
rio que contempla três jornadas duplas MS&AD ANDRETTI FORMULA E SPARK-ANDRETTI
em Hong Kong, Nova Iorque e Montreal.
Para além das urbes acima mencionadas, trutor alemão também colocou Neel Jani Por fim, a MS&AD Andretti Formula E, a res seguradoras mundiais. Porém, com
também Marraquexe, Cidade do México, na Dragon Racing, a equipa de Jay Penske, última equipa a decidir a sua constitui- o desenrolar da temporada não seria de
Berlim e Paris acolherão corridas que que renovou com Jêrome D’Ambrosio, ção de pilotos, vai começar a temporada estranhar se Tom Blomqvist e o piloto de
este ano terão a particularidade de se- mas que perdeu um substancial apoio da com Kamui Kobayashi ao lado do indis- reserva Alexander Sims fossem vistos no
rem transmitidas em direto pelo canal start-up sino-norte americana Faraday cutível titular António Félix da Costa. O cockpit que na época transata foi ocupa-
Eurosport. Future. Contudo, o filho de Roger Penske japonês traz consigo o apoio da organiza- do por Robin Frinjs.
Num campeonato que tem um orçamento não parece muito preocupado, pois terá ção do campeonato, que precisa do piloto
anual de 40 milhões de euros para pro- recusado a oferta da Porsche em colocar da Toyota para promover o campeonato RAZÕES PARA ACREDITAR
moção, as transmissões televisivas irão alguns dos seus engenheiros ao serviço no país do sol nascente, e do patrocina- Em Portugal, todos os olhos vão estar
merecer especial atenção, com o aumento da equipa de Los Angeles. dor nipónico da equipa, uma das maio- postos em António Félix da Costa. O pilo-
em 50% o número de câmaras espalha- Também a apalpar terreno estará a
das pelo circuito e de 40% de elementos Mercedes-Benz, com o construtor de
operacionais no terreno. Estugarda a fornecer dois dos seus me-
lhores pilotos de GT à equipa Venturi –
MERCADO DE PILOTOS Maro Engel e Edoardo Mortara.
Depois de uma difícil época de estreia,
O mercado de transferências esteve bas- onde terminou no último lugar na clas-
tante ativo na pré-temporada, apesar das sificação de equipas, a Jaguar contratou
duas equipas mais fortes do pelotão nas o experiente Nelson Piquet à NIO (ex-
pretéritas épocas - a Renault eDams e a -NextEV), sendo que o brasileiro, cam-
Audi Sport Abt Schaeffler – não terem peão na primeira temporada, fará equipa
mexido nas suas formações. com Mitch Evans. Para substituir Piquet,
Os franceses continuarão a confiar os seus a chinesa NIO foi buscar Luca Filippi para
carros a Sébastien Buemi e a Nico Prost, acompanhar Olivier Turvey.
enquanto que os germânicos, que agora
são a 100% a equipa oficial da Audi, reno-
varam com o campeão em título Lucas di
Grassi e Daniel Abt.
A Mahindra Racing também apostou na
continuidade, mantendo Nick Heidfeld e
Felix Rosenqvist.
A DS Virgin Racing dispensou José María
López, que estava em rota de colisão
com as chefias da equipa, e contratou
Alex Lynn. Ainda no universo da DS, na
Techeetah, a equipa de capitais chineses
que ainda usa os powertrain Renault Z.E.
17, mas que na quinta temporada será a
equipa de eleição do construtor automó-
vel francês, André Lotterer juntar-se-á a
Jean-Éric Vergne.
Lotterer não será o único piloto da Porsche
em estreia. Para preparar o futuro, o cons-

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21

FÉLIX DA COSTA
O PLANTEL DA FÓRMULA E
É CADA VEZ MELHOR”

Arranca no próximo fim de semana em Hong Kong a nova tem-
porada da Fórmula E, que se estende até julho do próximo ano.
António Félix da Costa é o único português presente

to português teve uma época 2016/2017 trar-se com algumas caras conhecidas No próximo fim de semana arranca em Hong Kong o primeiro de 14
complicada, quando apenas pontuou na dos seus tempos do DTM. eventos da Fórmula E, que se estendem até julho de 2018. António
primeira corrida, em Hong Kong. Tal re- Nos testes oficiais o andamento dos car- Félix da Costa vai para a sua quarta época na competição, depois de
sultado desapontante em muito se deveu ros do clã Andretti ficou longe de impres- duas com a Amlin/Team Aguri e mais uma com a MS Amlin Andretti.
à parca competitividade do conjunto mo- sionar, mas o circuito de Valência, com ou Esta temporada é a última antes da chegada oficial da BMW à
tor-caixa-inversor dos monolugares da sem as chicanes artificiais, é um circuito competição: “Ainda não somos uma equipa de fábrica, e isso mete-
MS&AD Andretti Formula E e, especial- convencional, longe de ter as característi- nos um travão, pois o nosso orçamento fica muito abaixo das equipas
mente depois da prova do México, às di- cas dos circuitos citadinos que preenchem de fábrica, pelo que é complicado”, começou por dizer Félix da Costa,
ficuldades sentidas pela equipa nas ses- por completo o campeonato. que está convicto que este vai ser o ano mais interessante de todos:
sões de qualificação para tirar o máximo Por outro lado, a BMW só tardiamente “Vai ser interessante! O plantel da Fórmula E é cada vez melhor, nesta
de partido da performance dos pneus. decidiu reforçar a sua presença dentro grelha não há um piloto mau. Com um bom carro, qualquer um destes
A BMW Motorsport só em 2018/2019 é da equipa, perdendo os testes de meio pilotos consegue ganhar uma corrida. A diferença entre muitos dos
que assumirá as rédeas deste projeto, da temporada. carros da grelha da Fórmula E o ano passado era grande mas este
mas já este ano a presença dos homens A presença da engenharia bávara pode- ano vai reduzir muito. Em vez de duas equipas muito boas como no
daBavieraserámuitomaisvisível. Apesar rá não sortir efeito imediato, mas foi cer- ano passado, acho que este ano vai haver cinco ou seis e depois
de os monolugares da MS&AD Andretti tamente recebida de braços abertos por vai haver três mais fraquinhas”, disse Félix da Costa, que vê chegar
Formula E continuarem a serem assisti- Félix da Costa que está de plena consciên- à competição novos pilotos: “O (Andre) Lotterer e o (Neel) Jani são
dos pelo pessoal da equipa norte-ameri- cia que uma presença regular em posições dois pilotos que eu respeito muito, muito rápidos, os meus próprios
cana, o construtor alemão terá um envol- pontuáveis seria um bom começo, apesar colegas de equipa, o (Kamui) Kobayashi, vamos ver o que sai daqui,
vimento maior nas áreas de engenharia, daquilo que os portugueses mais desejam ele vem a Hong Kong e depois será a vez do (Tom) Blomqvist. E depois
excluindo o powertrain. é que o nº28 volte a mostrar ao mundo que há o (Edoardo)Mortara, rapidíssimo, mas a Fórmula E é muito mais do
A BMW Motorsport tem andado a rodar aquela vitória em Buenos Aires há dois que ser rapidíssimo, tens que ser é muito inteligente, e convém ter
pessoal entre os projectos do DTM, GT3 anos não foi uma feliz coincidência, nem um bom carro, cada vez mais”, disse o piloto.
e WEC, e Félix da Costa deverá reencon- que isso leve o seu tempo.

V/22
VELOCIDADE

PALAVRA
AOS CAMPEÕES
A época ‘motorizada’ em Portugal caminha rapidamente para o seu termo e por isso é agora José Luís Abreu
o momento de destacarmos os pilotos… que mais se destacaram! Começamos [email protected]
Fotos Rui Reis e oficiais
pela velocidade, com os Super 7 by KIA, Fórmula Ford, CSS Group 1B e Troféu Mini
Foi há cerca de duas semanas no
Estoril que se deu por terminada a
época da velocidade em Portugal
e para além dos campeonatos na-
cionais de que falaremos mais à frente,
no Autódromo caiu o pano sobre a tem-
porada dos Super 7 by Kia, Fórmula Ford
Portugal, CSS Group 1B e Troféu Mini.

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23

SUPER 7 BY KIA

SUPER 7 BY KIA comportamento em curva. O troféu foi divertida como esta” disse. a divertir-se: “Obviamente estou mui-
muito competitivo com concorrência de Já Hugo Araújo, vencedor por equipas, to contente por mais uma vitória num
Como habitualmente, os Super 7 by KIA alto nível. Quando se vence assim dá ain- referiu: “Ganhar pela segunda vez este Troféu em Portugal, pois ainda mante-
foram um espetáculo dentro do próprio da mais gosto. No final do ano tivemos tão competitivo troféu é um motivo de nho o meu espírito competitivo e o meu
espetáculo, já que com tantos carros em grandes corridas com as equipas ingle- orgulho enorme e é o concluir de um pro- objetivo é sempre esse, chegar com o
pista e com pilotos e andamentos tão sas. Foi fantástico correr com 30 carros jeto com êxito total! A CRM Motorsport carro ‘JJ’ em primeiro! Eu sabia que ia ter
equilibrados, as lutas em toda a exten- em pista. Infelizmente não começámos a entregou-me sempre um carro fantásti- um período de adaptação ao carro, que é
são da grelha foram mais do que muitas. época muito bem pois tínhamos um pro- co e nunca teria alcançado este feito sem bastante diferente dos turismos de tra-
A nona temporada da competição ter- blema de chassis que se refletia na afina- a ajuda do meu companheiro de equipa, ção à frente a que eu estava habituado.
minou novamente de forma espetacular, ção. Felizmente, conseguimos resolver a Nuno Santos. Mais uma vez corremos Isso aconteceu o ano passado e portanto
num troféu que é comummente aceite partir de Portimão. Se tudo correr como juntos, a união fez a força e isso tradu- a vitória geral este ano era um objetivo
como o que tem a melhor relação preço/ esperado, a ideia é continuar para o ano. ziu-se em resultados no final da época.” que se tornou menos complicado, pois
prazer de condução. Este ano foi estreada Não há, em Portugal, uma competição de Depois de tantos anos, José João alguns dos pilotos mais rápidos passa-
uma nova e mais competitiva categoria, velocidade automóvel tão competitiva e Magalhães ainda continua pelas pistas ram para a categoria R300, mais potente.
a 420R, tendo-se batido novamente os
os recordes de participantes. Portanto,
como sempre conciliaram-se corridas
espetaculares com um ambiente único
no paddock. Agora, homenageie-se os
vencedores mas também com honra aos
vencidos. A competição teve quatro ven-
cedores. José Carlos Pires venceu o troféu
nos 420R a solo, Hugo Araújo venceu na
mesma categoria mas por equipas. José
João Magalhães foi o melhor Pro nos 1600
e, por fim, Rodrigo Galveias arrecadou a
vitória na classe Business 1600.
Para José Carlos Pires, vencedor do tro-
féu nos 420R, o balanço do ano é po-
sitivo: “Adorei guiar o carro - a relação
peso/potência, a caixa sequencial e o

V/
VELOCIDADE

24

Gostaria de deixar uma palavra aos pri- CSS porada empatados. O desempate fez-se início desta época tivemos alguns aza-
mos Saraiva que apresentaram um con- GROUP 1B porque este piloto estabeleceu a melhor res mecânicos, que nos penalizaram na
junto carro/piloto mais rápido que o meu, volta entre os concorrentes desta cate- pontuação, mas depois os resultados
mas tiveram o azar de problemas técni- campeonato muito interessante, bem goria. Isso valeu-lhe mais um ponto, al- apareceram e a vitória no Algarve per-
cos na última prova. Também uma pa- promovido e com custos relativamente cançando assim o triunfo no CSS Group mitiu-nos consolidar o primeiro lugar
lavra para o meu preparador, a Comval controlados“, disse Carlos Dias Pedro, 1B: “Nós, Team Squadra/RPMotorsport, na classe”, disse Rafael Cerveira Pinto,
Racing, que me apresentou sempre um vencedor na classe H81-2000. participamos no CSS Group 1 desde 2014 vencedor da classe H81-1600.
carro competitivo e fiável, apesar das Na H81-1600, a discussão entre os vá- com o nosso VW Golf GTI 1.6 MK1. Este António e José Fresco venceram a corrida
minhas muitas ‘chatas’ solicitações de rios Volkswagen Golf GTi adivinhava- ano surgiram novos adversários na clas- na classe H81-Max e obtiveram a vitória
alterar isto e aquilo! Em relação à épo- -se intensa. Rafael Cerveira Pinto tinha se, o que é sempre bom. Notámos que na competição, enquanto Nuno Dias ficou
ca desportiva, a primeira ideia que me vantagem pontual, mas Manuel Cabral o público, cada vez mais, adora ver as com o troféu nos 1052. Madalena Gaspar
ocorre é divertimento e cavalheirismo! Menezes não ia desistir até ao fim. E disputas entre os diferentes GTI´s e no celebrou a vitória na classe H71-1300, já
Apesar de corridas extremamente com- não desistiu mesmo. O piloto conse-
petitivas, com disputas fantásticas por guiu terminar a longa corrida de resis- FÓRMULA FORD
centímetros de pista, não tive uma única tência na segunda posição e venceu a
situação importuna de falta de despor- classe. Cerveira Pinto cruzou a meta
tivismo de qualquer adversário, fosse logo a seguir e os dois acabaram a tem-
ele português ou inglês, que me fizesse
perder a boa-disposição. Para mim, nes-
ta fase da minha carreira, esse é o fator
fundamental. Manter isso num ambiente
competitivo não é fácil, por isso, dou os
meus parabéns ao organizador, ao Tiago
Raposo Magalhães, por saber gerir esse
espírito na perfeição! Finalmente, uma
palavra ao meus colegas de equipa, ir-
mãos Lisboa e Miguel Couceiro que me
permitem fazer das corridas uns fins de
semana bem passados com desporto,
humor e... algumas asneiras!”
Por fim, Rodrigo Galveias, que arrecadou
a vitória na classe Business 1600, apesar
da muita luta dada por Pedro Falé, que le-
vou a disputa até aos metros finais: “Foi
uma excelente época a nível desportivo
e de aprendizagem também. No fim do
ano, em especial, mostrei o meu bom an-
damento e espero para o ano lutar pelos
lugares da frente.”

CSS GROUP 1B

A temporada CSS Group 1B foi muito
interessante e fechou da melhor for-
ma possível no Estoril, com uma gran-
de corrida de resistência, que deixou
muito satisfeitos os muitos pilotos par-
ticipantes nesta festa de final de época.
A competição, que recebeu um novo
nome em 2017, encerrou com o melhor
ambiente no paddock, com Carlos Dias
Pedro novamente a impor a força e a efi-
cácia do seu bem preparado Ford Escort
RS 2000, perante a grande armada dos
Volkswagen Golf. Entre os H81-2000,
Carlos Dias Pedro e Ricardo Pereira eram
os favoritos e, entre rapidez e consistên-
cia, selou mais uma vitória para con-
quistar o troféu na classe: “A época de
2017 correu-me muito bem, tendo al-
cançado sete vitórias em nove provas,
um segundo lugar e uma desistência.
Estes resultados foram possíveis devi-
do ao indispensável apoio da Gonfersol
e ao extremoso cuidado na preparação
e assistência da RPMotorsport. O CSS
Grupo 1B continua a ser, para mim, um

assegurada na penúltima jornada. Para >> autosport.pt
António e José Fresco, vencedores da
H81-Max: “A Equipa Fresco Sport não 25
podia ter desejado um melhor desfe-
cho da temporada, vencendo a Classe TROFÉU MINI
H81-Max. Este ano instalámos um motor
3.000 cc no nosso Ford Capri, o que veio
a obrigar a uma condução mais apura-
da, o que felizmente foi conseguido. Para
o ano esperamos ter o carro ainda mais
equilibrado.”
Para Nuno Dias, Vencedor da Categoria
1052, veículos até 1152 cc: “Foi um ano
muito positivo com a minha participação
na categoria 1052 do Grupo 1 Portugal.
Espero poder vir a contar com mais par-
ticipantes no próximo ano de forma a au-
mentar o entusiasmo que se vive dentro e
fora das pistas. Obrigado a todos os meus
patrocinadores e apoiantes. Por fim, Jorge
Corrêa, vencedor da H81 até 1300cc: “A
época de 2017 correu bem apesar de só
termos feito uma prova, a organização
do troféu é impecável. Vamos repetir a
experiência para 2018”

FÓRMULA FORD bém um grande desafio nesta primeira trocinadores pelo apoio durante todo este ferentes em 11 corridas. Recorde-se que
época nos monolugares. ano, sem esquecer a FunSpeed Racing este Troféu Mini Portugal nasceu este
Na Fórmula Ford Portugal Miguel Matos Tive que me esforçar bastante e apren- pelo grande trabalho durante todo o ano”, ano e foi crescendo progressivamente
sagrou-se vencedor - naquela que é a der coisas novas em áreas que nunca disse Hugo Hernandez. ao longo dos meses, pois não é de agora
única competição de monolugares pro- tinha feito antes. o sucesso que estes carros têm tido junto
movida no nosso País - enquanto Hugo O balanço do ano foi muito positivo, con- TROFÉU MINI dos pilotos ao longo do tempo.
Hernandez assegurou o título de melhor segui vencer a Rookies Cup e a categoria Por fim, no Troféu Mini, Rui Costa foi o Para além disso, a política de custos
rookie: “Foi muito importante ter conse- Super Tuga, para além de cinco vitórias grande vencedor, numa competição que controlados e o equilíbrio entre os Mini
guido conquistar o título na primeira vez na geral. Quero agradecer aos meus pa- ao longo do ano teve sete vencedores di- sempre potenciaram o espetáculo nas
que disputei todas as provas da compe- corridas.
tição. E este título também é do Team “Ser vencedor do Troféu Mini 2017 só foi
Rectificadora de Guimarães, em parti- possível com muito trabalho e dedicação,
cular do diretor técnico Paulo Ferreira por isso, obrigado à Minishop. As últimas
e do chefe de equipa Albano Matos, que duas corridas do Autódromo do Estoril
trabalharam muito para que eu tivesse foram as mais equilibradas e disputa-
sempre um carro competitivo ao lon- das pelo facto de termos corrido sozi-
go da época. E agradeço naturalmente nhos. Para mim foi o expoente máximo
todo o apoio da minha família ao longo do campeonato. Quero saudar todos os
do ano, assim como de tantos amigos”, pilotos que participaram no Troféu Mini
disse o piloto vimaranense de 21 anos 2017 e agradecer a todos os que vivemos
de idade, o novo campeão da Fórmula dentro e fora de pista. Não poderia deixar
Ford Portugal. de deixar uma palavra ao Diogo Ferrão
Quanto ao melhor rookie, Hugo e a toda a sua equipa, o meu obrigado
Hernandez: “Este ano foi bastante dife- pelo que nos proporcionaram em todas
rente do que estava acostumado, e tam- as corridas”, disse Rui Costa, o vencedor
do Troféu.

TT/26
24 HORAS DE FRONTEIRA

LETÃO COM
SOTAQUE ALENTEJANO

A fiabilidade teve um forte papel na decisão da 20ª Edição das 24 aplicou a velha máxima que para chegar 3, que também se viu ‘traída’ pela me-
Horas de Fronteira, e quando tudo apontava para um desfecho, primeiro, primeiro é preciso chegar. cânica. Na terceira posição seguiam os
O pódio ficou completo com o Sadev letões, que, sem problemas, acabariam
tudo mudou na última hora de corrida, com as duas equipas que Oryx de Stéphane Barbry e Pierre e assim por vencer.
rodavam na frente a atrasarem-se devido a problemas mecânicos… Louis Lauilhe, que terminaram na se- A corrida ficou resolvida apenas na últi-
gunda posição, com o Mini inscrito pela ma hora, numa altura em que a formação
José Luís Abreu Sabendo que não tinham carro para X-Raid a terminar logo atrás, apesar da Letónia seguia no terceiro lugar. Uma
[email protected] grandes andamentos - basta ver que o dos problemas que afetaram a caixa avaria no veio primário do MMP Evo 3
seu melhor tempo numa volta durante de velocidades do carro pilotado por de Thierry Charbonnier, Paulo Marques,
Fotos INTERSLIDE/PAULO MARIA E JOÃO DA FRANCA todas as 24 horas ficou a 30 segundos Michele de Nora, Michele e Carlo Cinotto Alexandre Ré e José Pimenta, levou a um
dos mais rápidos, o que nesta pista é e Paolo Bachella, já na derradeira fase atraso irreversível. Pouco depois, a meia
Os ingleses dizem que nada está uma eternidade - foram sempre muito da competição. hora do fim da corrida, foi a vez da equipa
assegurado até que a “Fat Lady regulares e colheram os frutos com um A três horas do fim da corrida, quando que dominou a segunda metade das
Sings” e mais uma vez aconte- triunfo, quando tudo apontava ‘apenas’ as equipas já só queriam chegar ao 24 horas - Mário e Alexandre Andrade,
ceu algo semelhante, mas em para um merecido pódio. fim, a formação composta por Mário Cédric Duple, Yann Morize e Luís Ribei-
letão! Depois de terem passado As corridas são assim mesmo. Sempre e Alexandre Andrade, Cédric Duple, ro - entrar nas boxes donde já não saiu,
pelo comando da prova várias foram e sempre hão-de ser enquanto se Yan Morize e Luís Ribeiro estava bem com graves problemas de embraiagem
vezes durante as 24 horas de corrida, e tratarem de máquinas. Quem diria, um na frente da corrida, mas mais uma no A.C. Nissan Proto.
quando já nada indicava que Igor Skoks, Mitsubishi Pajero da categoria T1 a bater vez a mecânica traiu-os. Tinham en- Os problemas das duas equipas luso-
Rudolf Skoks e Arvis Pikis pudessem todos os rápidos carros da categoria es- tão duas voltas de avanço sobre os na -francesas levou a que os homens do
vencer, eis que problemas mecânicos das pecial. Como bem sabemos, a tartaruga altura segundo classificados, a equipa Mitsubishi Pajero, Igor e Rudolfs Skoks
duas equipas que rodavam na sua frente muitas vezes ganha à lebre. Foi mais de Thierry Charbonnier, em MMO Evo e Arvis Pikis, subissem ao lugar mais
redundaram no triunfo dos letões, o seu uma vez o caso. O conjunto da Letónia
primeiro em Fronteira.

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27

1

1 1º Mitsubichi Pajero - Igors Skoks,
Rudolfs Skoks e Arvis Pikis
as das dasdadaa sdas nda a sda
2 2º Sadev Oryx - Pierre e Louis
Lauilhe e Stephane Barbry
3 3º X-Raid Mini All4 Racing -
Michele De Nora, Michele Cinotto,
Paolo Bacchella e Carlo Cinotto

C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S 2

1 IGORS SKOKS/RUDOLFS SKOKS/ARVIS PIKIS MITSUBISHI PAJERO 118 VOLTAS
2 PIERRE LAUILHE/LOUIS LAUILHE/STEPHANE BARBRY SADEV ORYX A 1 VOLTA
3 MICHELE DE NORA/MICHELE CINOTTO/PAOLO BACCHELLA/CARLO CINOTTO X-RAID MINI ALL4 RACING A 4 VOLTAS
4 ANDRE BASTET/RICHARD BASTET/GEORGE DA CRUZ PROPULTION SPRINGBOK A 6 VOLTAS
5 VICTOR CONCEIÇÃO/TIAGO RODRIGUES/NUNO PIRES NISSAN NAVARA A 8 VOLTAS
6 AMANDIO ALVES/ROGÉRIO REIS/JOÃO SILVA/MÁRCIO REIS MMP EVO A 8 VOLTAS
7 GILLES BILLAUT/PHILIPPE BOUTRON/PATRICK FERNAND SARAP BUFFALO BV4 A 9 VOLTAS
8 AVELINO REIS/DIOGO NOGUEIRA/TIAGO REIS/EDGAR REIS/RUI FERNANDES TOYOTA RAV4 A 11 VOLTAS
9 SÉBASTIEN VINCENDEAU/BERTRAND VINCENDEAU/PHILIPPE BERREUR CHEVROLET A 11 VOLTAS
10 LAURENT POLETTI/RICARDO PORÉM/PEDRO GRANCHA/RONALD BASSO MMP RALLY RAID A 12 VOLTAS

alto do pódio: “Conhecemos bem esta é ganhar! Foi uma corrida incrível. A uma 3
competição. Eu já participei sete vezes e hora do final não acreditava que fosse
a equipa já a fez em 13 ocasiões. Fizemos possível vencer! O nosso carro esteve
um excelente trabalho prévio e a tática sempre a 100%. Não tivemos nenhum
funcionou. Já tínhamos conseguido o problema mecânico e a vitória é justa,
segundo e o terceiro lugares, mas ganhar apesar do azar dos nossos adversários”,

TT/

28 2 4 H O R A S D E F R O N T E I R A

afirmou Rudolfs Skoks que, com 24 anos, As 24 Horas de Fronteira
é o elemento mais novo da Tempo 24H. são o expoente máximo da
festa do todo o terreno. Por
ALTOS E BAIXOS
isso, não é de estranhar
Como sempre, a corrida foi pródiga em a presença recorrente de
incidentes e também por isso foram várias inúmeros pilotos oriundos
as equipas que passaram pela liderança.
Começou a equipa de JC Brochard que es- de outras modalidades.
teve na frente durante as primeiras voltas. Este ano o melhor
O domínio foi, contudo, apenas inicial.
Depois disso, passaram pelo comando o exemplo disso mesmo
A.C. Nissan Proto, o Chevrolet de Sébastien esteve na participação
Vincendeau e o Sadev Orix de Stéphane de Miguel Oliveira nas
Barbry. 3 Horas de Fronteira. O
Durante a primeira metade desta marato- piloto português da KTM
na, foram constantes as trocas de líderes. no Mundial de Moto2 fez
Só depois das 12 horas é que a equipa de equipa com Filipe Campos e
Mário Andrade estabilizou. Pedro Ferreira, sentando-se
Quando se previa que esta formação vol- ao volante de um Can-Am
tasse a bater recordes e vencesse em
Fronteira pela sexta vez, a mecânica cedeu Maverick
e foi o Mitsubishi Pajero da Tempo 24H que
subiu ao palanque para celebrar o triunfo. tugueses no pódio, o que não acontecia juntou-se a outro campeão nacional, Na categoria T2, os vencedores foram
Destaque, também, para Victor Conceição, desde 2005, a melhor formação total- Pedro Grancha. Carlos Faustino, Hélder Cordeiro, Rui
Nuno Pires e Tiago Rodrigues. mente lusa concluiu a prova em quinto. Os doisportuguesespartilharamoMMP Pinho, Pedro Lopes e Jorge Caetano.
Num ano em que não houve pilotos por- Foi este trio que deu 110 voltas com a Rally Raid com Laurent Poletti e Ronald A equipa do Nissan Pathfinder acabou
Nissan Navara. A equipa ficou atrás do Basso e tinham como objectivo lutar pela no 13º posto absoluto e ganhou à Nissan
Propultion Springbok de Andre Bastet. vitória. Navara da equipa de Rómulo Branco
Ainda não foi desta que o campeão nacio- Mas problemas no turbo do carro hipo- que, depois de muitas horas na frente,
nal em título enriqueceu o seu palmarés tecaram qualquer hipótese de ganharem se atrasou de forma irremediável devido
com um triunfo em Fronteira. a prova organizada pelo ACP. A equipa à quebra, por duas vezes, dos triângu-
Depois de se ter sagrado bicampeão por- ficou em 10º, a 12 voltas dos primeiros los de suspensão dianteiros direitos do
tuguês em Portalegre, Ricardo Porém classificados. modelo japonês.

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29

DESAFIO TOTAL MAZDA 2017 TERMINOU
NAS 24 HORAS TT VILA DE FRONTEIRA

TÍTULO PARA
PEDRO DIAS DASILVA

Pedro Dias da Silva, que se apresentou como preparámos a época e cada um
em Fronteira fazendo equipa com José dos eventos. Foi, sem dúvida alguma, um
Janela, Vítor Jesus, Pedro Clarimundo e ano excelente em que apostámos forte,
José Oliveira, venceu a corrida reservada mas colhemos os melhores resultados.
às Mazda do Desafio e assegurou com isso Independentemente de um outro momento
o triunfo na competição. Na verdade, a menos positivo, o resultado global foi
ausência de Bruno Rodrigues, confirmada fantástico, não apenas pelos resultados
logo na noite de sexta-feira, decidia de obtidos no Desafio, mas também pelo que
imediato a competição, mas ainda assim, conseguimos demonstrar por várias vezes
o piloto nabantino não deixou de apostar em termos de lugares na geral.”
num bom resultado e acabou por assegurar Segundo classificado em Fronteira, Pedro
o melhor prémio graças a “uma preparação Salgueiro garantiu paralelamente igual
imaculada do carro que esteve impecável posição ao cabo das 5 provas do Desafio
ao longo de toda a corrida. Preparámo-nos Total Mazda 2017: “O arranque da prova foi
com afinco e, na verdade, salvo um ou muito complicado e fomos forçados a fazer
outro percalço, tivemos uma corrida calma uma série de paragens não programadas.
em que nos foi permitido gerir o esforço e Perdemos muito tempo logo no primeiro
terminar em festa.” terço da prova e as coisas só começaram
No final de um ano pleno de sucessos, a rolar sem percalços já depois de cair
Pedro Dias da Silva afirmava: “Estamos a noite. Seja como for, o resultado final
de parabéns, acima de tudo pela forma satisfaz os nossos objetivos.”

C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S

RICARDO CARVALHO terminou a quatro voltas do vencedor. PILOTOS
Miguel Oliveira estreou-se nas 3 horas
VENCE 3 HORAS DE FRONTEIRA de Fronteira com um 17º posto. 1º PEDRO DIAS DA SILVA 127 PONTOS
O piloto português da KTM no Mundial
Ricardo Carvalho, em Yamaha YXZ de Moto2 alinhou ao lado de Filipe 2º PEDRO SALGUEIRO 60 PONTOS
1000R, venceu as 3 Horas de Fronteira, Campos e Pedro Ferreira num Can-Am
terminando com pouco menos de um Maverick. 3º BRUNO RODRIGUES 56 PONTOS
minuto de avanço para João e Jorge Depois de ter alcançado a 11ª posição na
Monteiro, num Can-Am Maverick. qualificação para a corrida, a equipa de 4º NUNO TORDO, BRUNO OLIVEIRA E FRANCISCO GIL 18 PONTOS
Luís Cidade Pires, em igual modelo, Oliveira acabou assim por concluir esta
foi terceiro a quase cinco minutos. edição da prova dentro do top 20. 7º FLORIANO ROXO 10 PONTOS
Bruno Martins, Campeão Nacional de
SSV e autor da pole, teve problemas e NAVEGADORES

1ºJOSÉ JANELA 87 PONTOS

2º RICARDO CLARO 56 PONTOS

3º LUÍS RIBEIRO 24 PONTOS

4º ANTÓNIO SERRÃO, PAULO MARQUES, FILIPE RASTEIRO 18 PONTOS

6º NUNO ROXO 10 PONTOS

TT/30
DAKAR - APRESENTAÇÃO X-RAID

NOMELHOR
DEDOIS MUNDOS

A X-Raid quer voltar à performance que lhe granjeou quatro vitórias consecutivas no Dakar
(2012 – 2015). Para garantir que nada falha, apresenta-se à partida da próxima edição com sete

duplas e dois carros diferentes, com as atenções a centrarem-se na aposta 4X2

André Duarte to pelo diretor de equipa, Sven Quandt, A responsabilidade de estrear esta nova esteve à partida do último Dakar por le-
[email protected] deste modo: “Este é de longe o maior máquina naquela que será a 40ª edição são. Em 2018 fará a sua estreia na prova.
projeto da história da nossa equipa e te- da prova será entregue às duplas Mikko Porém, o facto de a X-Raid e a Mini terem
Em equipa que não ganha, mexe- mos trabalhado de forma intensa nele.” Hirvonen/Andreas Schulz, Yazeed Al- concebido um novo modelo, não significa
-se. Foi precisamente isso que a Um trabalho que envolveu mais de 400 Rajhi/Timo Gottschalk e Bryce Menzies/ que tenham descurado o desenvolvimen-
X-Raid fez para o Dakar 2018. E elementos, entre técnicos e engenhei- Pete Mortensen, uma escolha que para to do seu ALL4 Racing, agora apelidado
muito! A estrutura liderada por ros, de cinco nacionalidades diferentes. Sven Quandt se deveu ao compromisso de Rally. Pelo contrário, a nova geração
Sven Quandt quer voltar à ribalta No fundo, uma aposta no conceito vence- entre experiência e rapidez. Se os dois apresenta-se bastante modificada, num
na mítica maratona, e depois de dor das duas últimas edições e um olhar primeiros dispensam apresentações, trabalho levado a cabo desde julho, altura
dois anos em branco, com as vitórias da de futuro: “Os regulamentos dão algu- Menzies é um piloto que tem mostrado em que saíram os novos regulamentos
Peugeot, empenhou esforços em desen- ma vantagem aos carros de duas rodas talento e potencial de crescimento, tendo para o Dakar.
volver, não um, mais dois carros - Mini motrizes. É por isso uma coisa normal participado na Taça do Mundo FIA Sobre esta nova versão, Sven Quandt ex-
John Cooper Works Buggy (4X2) e Rally desenvolver um carro destes se quiser- de Todo o Terreno com a plica: “O resultado final traduz-se pela uti-
(4X4) - para garantir que, na pior das hi- mos continuar”, referiu Sven Quandt. O X-Raid em 2016 lização de muitos novos componentes e
póteses, ganha. Entre o plantel de esco- modelo surge equipado com um motor - só não
lhidos, Portugal encontra-se represen- diesel 3.0l de 6 cilindros que debita 340 Apesar de ter desenvolvido
tado por Filipe Palmeiro. cv, potência que chega às rodas um novo carro, a X-Raid não
traseiras por via de uma deixou de melhorar
MINI JOHN COOPER WORKS BUGGY caixa sequencial o seu 4X4, apresentando
Xtrac. um modelo bastante
O novo Buggy é a grande novidade do revisto, que se destaca pela
trabalho realizado entre X-Raid e a Mini redução de peso - cerca
para a próxima edição do Dakar. Um de 100 kg - e maior curso
carro feito em apenas sete de suspensão
meses e meio e
descri-

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31

A X-Raid realizou cerca de
5000 km de testes com
cada um dos modelos -
Buggy (4X2) e Rally (4X4)

de um chassis completamente modifica- FT/ F I C H A T É C N I C A
do. Retirámos aproximadamente 20 kg ao
chassis; cerca de 3 kg no suporte ao motor; MOTOR/TRANSMISSÃO
e mais de 20 kg de toda a carroçaria, a par TIPO DIESEL, BMW TWINPOWER TURBO, 6 CIL. EM
de outras áreas. O chassis revisto correu LINHA, 2993 CC CX. DE VEL. SEQUENCIAL, XTRAC DE 6
no Silk Way e Baja da Polónia.” Desta fei- VEL. EMBRAIAGEM AP RACING DIFERENCIAL XTRAC
ta, o Mini John Cooper Works Rally apre- TRAÇÃO TRASEIRA
senta-se cerca de 100 kg mais leve que o DESEMPENHO
seu antecessor, algo que Nani Roma, um POTÊNCIA 340 CV / 3250 RPM BINÁRIO 800 NM /
dos nomes que o irá pilotar, entende fazer 1850 RPM DIÂMETRO DO RESTRITOR 38 MM VEL.
uma grande diferença em todo o processo MÁX. 190 KM/H
de condução, da aceleração à travagem, TRAVÕES
em saltos ou tão simplesmente no pró- DIANTEIROS DISCOS BREMBO (355 MM X 32 MM)
TRASEIROS DISCOS BREMBO DISC (355 MM X 32
MM) SVEN QUANDT: "ESTE É DE LONGE O MAIOR PROJETO DA
DIMENÇÕES HISTÓRIA DA NOSSA EQUIPA. ENVOLVEU MAIS DE 400
COMPRIMENTO 4332 MM LARGURA 2200 MM ELEMENTOS NUM CARRO FEITO EM SETE MESES E MEIO"
ALTURA 1935 MM DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 3100
MM PESO (VAZIO) 1700 KG CAPACIDADE DO prio ‘rolar’. Com os novos regulamentos, na mítica maratona: “Agora temos dois
DEPÓSITO (APROXIMADAMENTE) 325 LITROS PNEUS as suspensões viram o seu curso poder carros muito bons, mas obviamente que
BF GOODRICH 27X12.5 R17 ser aumentado em 30 mm, algo que salta ainda não sabemos qual é o melhor neste
CARROÇARIA/CHASSIS também à vista no novo modelo. Os elei- momento, é difícil dizer”, explicou Sven
CARROÇARIA PAINÉIS COMPÓSITOS EM FIBRA tos para o pilotarem foram: Nani Roma/ Quandt, que é claro quanto às metas tra-
DE CARBONO E CARBONO / KEVLAR CHASSIS Alex Haro, Orlando Terranova/Ronnie çadas: “Opódioéparaoquetrabalhamos
HEGGEMANN, TUBULAR EM AÇO Grave, Jakub Przygonski/Tom Colsoul, sempre, diria que uma vitória seria um
DETALHES e Boris Garafulic/Filipe Palmeiro. Desta bónus. Mas todos sabemos que isto é o
COCKPIT INTEIRIÇO EM FIBRA DE CARBONO BANCOS feita, a X-Raid coloca-se ao melhor nível Dakar e precisamos de sorte, sem sorte
RECARO COM CINTOS DE SEIS APOIOS SISTEMA DE em duas frentes para discutir a vitória nunca podemos ganhar.”
SEGURANÇA HANS (HEAD-AND-NECK-SUPPORT)
DOIS PNEUS SOBRESSELENTES DENTRO DO
COMPARTIMENTO DO MOTOR

N/32
NOTÍCIAS

AI ESTÁ O NOVO
VOLKSWAGEN POLO GTI R5
José Luís Abreu
[email protected] Pontus Tidemand, a rodarem três dias dias seguintes o novo Polo R5 já ro- onde o Polo iniciou a sua aventura nos
cada. O novo R5 da marca baseia-se no dou em superfícies mais pedregosas, ralis há aproximadamente seis anos”,
O novo Volkswagen Polo GTI R5 novo Polo de produção: “Um primeiro levando ao limite a tração das quatro disse o piloto de testes da Volkswagen.
está em acelerado processo de teste bem sucedido é sempre um bom rodas motrizes do VW Polo GTI R5, com “Agora temos que evoluir para a me-
desenvolvimento e já testou sinal e uma grande motivação para a o intuito de levar aos limites o chassis, lhor configuração possível o novo Polo
pela primeira vez, e logo em pi- equipa”, começou por dizer o diretor da amortecedores e suspensão. Nesta GTI R5. Este primeiro teste tratou-se
sos de terra e asfalto. Dieter Depping e Volkswagen Motorsport, Sven Smeets. fase, há que ‘provocar’ ao máximo o principalmente de acumular quilóme-
Pontus Tidemand foram os dois pilotos “Depois de muitas horas a trabalhar no carro, de modo a que a equipa perceba tros com o carro, de modo a fornecer
de serviço no primeiro ‘shakedown’ do nosso mais recente carro para clientes até onde o material aguenta. Depois é aos engenheiros o máximo de dados
novo carro germânico. no computador, no processo de design e mudar e evoluir o que for necessário… possível e posso-vos dizer uma coisa
O primeiro passo está dado. O no workshop, o Polo R5 pode finalmente O local dos testes é território familiar agora: o Polo R5 também é muito bom,
Volkswagen Polo GTI R5 completou mostrar o que vale na estrada, onde já para o Polo, pois foi no mesmo local, em muito rápido e preciso. Senti-me ime-
com sucesso os seus primeiros quiló- pudemos começar a recolher valiosa 2011, que foi inicialmente desenvolvido diatamente em casa”, disse.
metros de testes, num processo que vai informação para o futuro desenvol- o Volkswagen Polo R WRC. Portanto, A Volkswagen está neste momento a
demorar mais de seis meses até que a vimento do carro”, disse. De início a falamos de um regesso a um sítio em expandir o seu programa de clientes
equipa dê o trabalho por encerrado e equipa rodou numa estrada de asfalto que outrora foi dado o tiro de partida com este novo Polo GTI R5, carro que
comece a entregar carros. O teste teve de 3,85 quilómetros, em condições de para uma carreira super vitoriosa, estará pronto dentro de alguns meses
lugar em Fontjoncouse, em França, piso seco, alternando entre secções entre 2013 e 2016. Curiosamente, Dieter para correr em todas as competições
com Dieter Depping, habitual piloto de rápidas e sinuosas, onde foi testada a Depping também fez parte dessa ‘task que aceitem os R5, ou seja, em quase
testes da marca, e o Campeão do WRC2, durabilidade dos pneus, travões, motor force’ da VW: “É um sentimento es- todo o lado, com ênfase especial no
e sistema de arrefecimento. Nos dois pecial estar de volta aqui a este local, Campeonato do Mundo de Ralis, es-
tando previsto que os carros comecem
a ser entregues no segundo semestre
de 2018. Ainda que não exista confir-
mação, por ser ainda muito cedo, mas
é provável que este carro possa vir
rapidamente para Portugal…

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33

40ª EDIÇÃO
DO DAKAR
COM BOAS

SURPRESAS
‘LUSAS’

Foi na passada semana apresentada a 40ª Edição do Dakar foram 11 (número recorde) os participantes lusos, este ano presença na grande maratona do todo o terreno mundial.
e a décima que se vai realizar na América do Sul. A prova estarão presentes apenas quatro pilotos portugueses: Paulo Desta feita, Mota não tripulará uma Yamaha, mas sim uma
arranca a 6 de janeiro em Lima, no Perú, e estende-se até Gonçalves nº 6, Joaquim Rodrigues nº 26, Mário Patrão nº 30 PKL450, um novo projeto que já esteve presente na Baja
ao dia 20 de janeiro, terminando em Córdoba, na Argentina. e Fausto Mota nº 56, sendo que nenhum deles é estreante. Portalegre 500. Marc Coma, diretor desportivo do Dakar,
O evento vai contar com quatro portugueses nos carros, Gonçalves estará novamente ao serviço da Honda Racing revelou que o percurso será ‘mágico’: “Esta será uma edição
Carlos Sousa (nº 315 Renault Duster), Filipe Palmeiro, que Corporation e como sempre será um dos candidatos à vitória, especial porque comemoramos o 40º aniversário do Dakar.
navega Boris Garafulic no nº 317 MINI, e ainda André Villas que há tanto que persegue. Já Joaquim Rodrigues vai para a Vai ser um evento histórico porque temos pela frente um
Boas e Rúben Faria (nº 346 Toyota) - se bem que a presença sua segunda participação no Dakar, depois de em 2017 ter percurso fantástico. A primeira semana realiza-se no Perú,
da dupla está ainda sujeita a confirmação oficial. Nos SSV sido o segundo melhor estreante e apenas uma malfadada num percurso nunca visto no Dakar, na América do Sul, quer
representam Portugal Pedro Mello Breyner e Pedro Velosa penalização ter tirado a hipótese, já após a prova estar no número de quilómetros de dunas bem como no interesse
(nº 370 Yamaha SSV). Nos camiões, boas surpresas, com concluída, de ficar entre os 10 primeiros. Tal como em 2017 o desportivo. Nas outras edições o nível de dificuldade ia
Armando Loureiro, um luso-francês, no habitual DAF (nº piloto de Barcelos representará a Hero MotoSports, que vai aumentando com o passar das etapas. Em 2018 não será
520). O mecânico português da VW no Mundial de Ralis, a jogo com uma moto nova, estreada no Rali de Marrocos. assim. Todos os concorrentes têm de ter a consciência que
Marco Moreiras, que corre num MAN (nº 530) e, por fim, Aos comandos da nova KTM 450 Rally, Mário Patrão vai para desde o primeiro quilómetro vão existir dunas, deserto, e
José Martins, que participa num Iveco (nº 538). Nas motos, a sexta participação no Dakar, onde em 2016 venceu a classe trilhos ‘fora de pista’, o que obrigará a que todos tenham de
e ao contrário do que sucedeu no ano passado, em que Maratona, enquanto Fausto Mota parte para a sua terceira estar na máxima força desde o primeiro dia.”

RENATO PITA C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
CAMPEÃO
NOTER 2WD 1º LORENZO BERTELLI/SIMONE SCATTOLIN (FORD FOCUS WRC) 1:10:19.4

2º JAROSLAV ORSAK/DAVID SMEIDLER (FORD FIESTA R5) + 43.0

3º ALESSANDRO TADDEI/ANDREA GASPARI (SKODA FABIA R5) + 53.4

4º JUAN C. ALONSO/MATIAS MERCADAL (SKODA FABIA R5) + 3:13.3

5º VANIO PASQUALI/MAURO GRASSI (SKODA FABIA R5) + 3:16.2

6º VALTER PIERANGIOLI/BARBARA NERI (MITSUBISHI LANCER IX) + 3:51.0

7º LUCIANO COBBE/FABIO TURCO (FORD FOCUS WRC) + 4:29.4

O português Renato Pita sagrou-se 8º JIM VAN DEN HEUVEL/JOURI DOCKX (MITSUBISHI LANCER X) + 4:51.3
campeão na taça de duas rodas
motrizes do Tour European Rally, 9º TOMAS KURKA/JAKUB ORAL (FORD FIESTA R5) + 5:41.7
competição que terminou no último
fim de semana, em Itália, após a 10º RUDY BARBERO/MAYA BARBERO (FORD FIESTA R5) + 7:14.0
disputa do Tuscan Rewind. O piloto
de Viana do Castelo concluiu a prova …
no 22º posto, quarto no escalão.
Tal resultado permitiu que pudesse 22º RENATO PITA/MARCO MACEDO (FORD FIESTA R2) + 15:26.3
festejar a conquista do cetro na
chegada a Montalcino, centro nevrálgico do evento. Tuscan Rewind. Após vários anos a marcar presença ao segundo classificado, Jaroslav Orsak, num Ford
Renato Pita atinge este resultado apoiado numa no ERC, Pita apostou este ano na participação na Fiesta R5, que foi seguido bem de perto pelo italiano
grande regularidade bem como no facto de ter sido o série promovida por Luca Grilli com um Ford Fiesta Alessandro Taddei, num Skoda Fabia R5. O melhor
piloto a recolher mais resultados no escalão. O piloto R2T. entre os utilizadores de carros de duas rodas
nacional apenas não pontuou na prova inaugural, O triunfo no rali foi para Lorenzo Bertelli num motrizes foi Jacopo Trevisani, 11º absoluto com um
Transilvania Rally, na Roménia, mas obteve pontos nos Ford Focus WRC, mas a vitória para o TER coube Peugeot 208 R2. Os dois principais animadores do
restantes ralis - Ypres, Vinho Madeira, Liezen, Valais e TER, Giandomenico Basso e Bernd Casier, não se
deslocaram a Montalcino, região conhecida pela sua
produção vinícola, pois o título havia sido já entregue
ao piloto italiano em Valais. JOÃO F. FARIA

34

CORLALHLYELEIGTENAD Texto: Jorge Cardoso
VINTAGE [email protected]
Fotos: Jorge Cardoso e João Costa
A 15ª edição do RallyLegend foi, uma vez mais, a celebração do
reencontro com o passado. No entanto, este ano, tendo como “As retas são para os carros ve-
lozes, as curvas para os pilotos
pano de fundo a homenagem a um dos pilotos mais virtuosos e rápidos”. O piloto que proferiu
carismáticos da história dos ralis, os organizadores superaram esta afirmação já não se encontra
entre nós, mas as memórias de
as expectativas. Transformando sonhos em realidade, quem o viu esgotar todo o poten-
conseguiram reunir um verdadeiro álbum de ouro de Campeões cial de carros como o Subaru Impreza ou
Ford Focus, atestam a veracidade destas
do Mundo, que não quiseram deixar de recordar e manifestar palavras, levadas ao limite da mestria.
o seu apreço pelo precocemente desaparecido Colin McRae. A Vito Piarulli e Paolo Valli, os pais do
festa, cumprindo a tradição, proporcionou emoções fortes... tal

como Colin McRae sempre nos habituou!

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OUTRAS HISTÓRIAS EM AUTOSPORT.PT

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RallyLegend, desde 2003 que nos ha- vidade, mas nunca foi tão expressiva. o respeito pelo piloto escocês, desapa- Biasion (Lancia Delta HF Integrale),
bituaram a um outonal final de Outubro Motivos? Os mentores do Legend ou- recido há 10 anos, perduram no tempo. Timo Salonen (Peugeot 205 T16), Stig
próprio para acordar paixões antigas, saram sonhar ainda mais alto, uniram Claro que com pilotos de eleição, mas Blomqvist (Audi Sport Quattro S1 E2), e
daquelas difíceis de esquecer. Os ‘pe- esforços com Luis Moya, uma espécie sem as máquinas que nos fizeram (e Ari Vatanen (Ford Escort MkII). Também
regrinos’, sedentos do reencontro anual de embaixador dos ralis por esse mun- ainda fazem) arregalar os olhos, a ‘de- Sandro Munari (Lancia Stratos), ven-
com o despertar das ‘belas adormeci- do fora, incluindo junto da atual cara- gustação’ deixaria algo a desejar. Mas cedor da Taça FIA de pilotos em 1977,
das’, rumam ao sul da Europa e excla- vana do WRC, e conseguiram reunir 15 não, de todo! Uma colheita vintage é assim como os navegadores de Bjorn
mam, massivamente – Presente! Este Campeões do Mundo de Ralis em San por definição extraordinária: Sébastien Waldegard (Hans Thorszelius) e o do
ano foram cerca de 100 mil(!) a ‘invadi- Marino. Segundo o ex-navegador de Ogier (VW Polo R WRC), Sébastien próprio Colin McRae (Derek Ringer e
rem’ uma pacata Républica, onde a po- Carlos Sainz, a tarefa não foi fácil, mas Loeb (Citroen C4 WRC), Marcus Nicky Grist), bem como Luis Moya, em
pulação local em pouco ultrapassa as também não foi hercúlea. Existia um Gronholm (Peugeot 206 WRC), Petter representação do bicampeão mundial
30 mil pessoas. Não que esta multidão código de duas palavras com ‘poderes Solberg (Subaru Impreza WRC), Juha Carlos Sainz, marcaram presença. De
que acorre aos Apeninos, para se deli- especiais’: Colin McRae. E também desta Kankkunen (Lancia Delta HF Integrale), entre os (poucos) que faltaram à cha-
ciar com o RallyLegend, seja uma no- forma se aquilata como a admiração e Didier Auriol (Toyota Celica GT4), Miki mada, Markku Alén (que nesse dia fazia

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as delícias dos muitos ocupantes das se’ do carro, mesmo que o epílogo se ro é igual, mas com o pé a carregar no Mas a Meeke interessa sobretudo ouvir
bancadas do Autódromo de Estoril), traduzisse numa saída de estrada ou acelerador!” História, tantas histórias, o que está a ser dito sobre o seu herói
foi, talvez, a ausência mais notada. Por na chegada à linha de meta com uma e, inevitavelmente, algumas estórias. e primeiro responsável por se encon-
ser presença habitual no Legends e, viatura que de tão ‘amarrotada’ fosse Todas elas o clã McRae - Jimmy McRae, trar onde está. Neuville pode esperar.
sobretudo, por ter deixado um soli- difícil identificar como um Subaru... As pai de Colin e ‘primeiro professor nas Quem nunca foi dado a grandes pa-
tário Fiat 131 Abarth, completamente ‘contas’ eram feitas no balanço anual, artes da domesticação de animais de ciências foi Timo Salonen e, agora que
desolado, no interior da tenda gigante e o que importava era que a contabi- quatro rodas’, a mãe, o irmão Alister já não fuma, se calhar ainda menos.
onde se resguardaram da noite estas lidade assinalasse pelo menos as tais (que participou no Legend ao volante Na opinião do finlandês que um dia
‘peças de arte’. duas vitórias. Curiosamente, durante do Subaru Legacy RS Turbo com que respondeu não saber com que pneus
Conta Miki Biasion, que o seu amigo 1994 as duas chegadas na primeira po- Colin McRae correu no Rali da Suécia de tinha acabado de efetuar um troço do
David Richards, patrão da Prodrive e sição, nos ralis da Nova Zelândia e Grã- 1992), e a filha Hollie – ouve com aten- Rali de Portugal, mas ter a certeza que
responsável pela ‘revelação ao mun- Bretanha, apenas permitiram o 4º lugar ção e com um brilho nos olhos. Sentirão eram pretos e redondos, a conferência
do’ de um jovem talentoso que haveria final no Campeonato de Pilotos, mas, a saudade, mas também o orgulho que de imprensa, com todos os campeões
de lhe proporcionar muita despesa, lhe dupla de vitórias no ano seguinte, fo- o reconhecimento e a ‘admiração dos convidados para o tributo a Colin McRae,
terá um dia confidenciado que a casa- ram suficientes para o almejado título nossos’ tende a induzir. já ía longa. Pelo que, mantendo-se fiel
-mãe da Subaru ‘exigia’ um mínimo de Campeão do Mundo. Com a família McRae sentada de um ao estilo a que nos habituou nos idos
de duas vitórias anuais. Ora, conhece- Certo dia perguntaram a Colin McRae lado e Thierry Neuville do outro, Kris anos 80, com um copo de champagne
dor das limitações dos carros que fazia como é que ele procedia para conse- Meeke resiste às tentativas des- na mão, não se inibiu para perguntar
correr, face a uma concorrência mais guir realizar saltos tão longos numa te último para dialogarem entre eles. a Ari Vatanen se ainda faltava muito
artilhada e beneficiária de um maior das lombas existentes no último tro- Provavelmente o belga quereria dis- tempo para irem jantar.
envolvimento das marcas, Richards ço do Rali da Acrópole. O escocês terá cutir qual a melhor estratégia para ‘se- Palavras, relatos, histórias. Juntar-se-
apostava grandemente no fator huma- perguntado - “Estás a ver o punho do gurarem’ Ogier durante o Rali da Grã- ão a tantas outras e darão mais cor à
no. No início do anos 90, tal dava pelo acelerador de uma moto de cross? Para Bretanha/Gales, continuando assim coletiva paixão dos adeptos dos ralis.
nome de Colin McRae, a quem era dada saltares alto e comprido tens de ro- a acalentar uma ilusão que, como en- Mas, as imagens têm outro poder. E para
total liberdade para ‘fazer o que quises- dar o punho até ao fim. Com um car- tretanto se verificou, disso não passou. memória visual futura ficarão dois mo-

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mentos: o alinhamento dos carros con- iluminar o breu da noite; aplausos sem à desgarrada’ entre os vários ‘irmãos’ Racing), o austríaco Christof Klausner
duzidos pelos Campeões do Mundo na fim; assistências nas ligações, à moda do Grupo B e os ‘primos’ da exten- (Audi Quatro) e o norte-irlandês Frank
posição mais favorável para a fotogra- do século passado; cheiro a gasolina; sa família do WRC (nesta particular Kelly (Ford Escort MkII); uma fila de
fia em perspetiva aérea que vai cons- moto-serras sem lenha para cortar; competição, os silvos do Audi Sport mais de 30 carros de todas as gera-
tituindo a imagem de marca deste tipo uma verdadeira Torre de Babel de pes- Quattro ganharão sempre a palma de ções a aguardarem pela sua vez para
de eventos; e logo depois, a Champions soas e idiomas; bandeiras de inúmeros ouro!); centenas de derrapagens con- iniciarem o shakedown, com os res-
for a Champion Parade, em que os cam- países, incluindo Portugal, agitadas à troladas, numa ‘luta fratricida’ entre o petivos pilotos no exterior em amena
peões, bem como Kris Meeke (Citroen passagem dos concorrentes; ‘cantares san-marinense Paolo Diana (Fiat 131 cavaqueira e sempre disponíveis para
Xsara WRC) e Thierry Neuville (Hyundai mais uma fotografia, mais um autó-
i20 WRC), cumpriram um troço denomi- grafo; um estádio de futebol (casa da
nado The Legend, dando um espetáculo Seleção de San Marino) transformado
que incluiu longos slides e muito cheiro em parque fechado, aberto aos milha-
a borracha queimada. res de fãs desejosos de ‘verem com as
Claro que para além de todos estes mãos’; ... e muito mais, ‘embrulhado’
acontecimentos em torno do tributo numa atmosfera de grande festa po-
a Colin McRae, em que os Campeões pular. Tudo isto é o RallyLegend!
Mundiais e as suas gloriosas máquinas Claro que também existem classifi-
foram os principais protagonistas, cor- cações... e até taças para os vence-
reu-se um rali. Quase centena e meia dores. Já em Lisboa, soube-se que
de inscritos; três dias de competição; 12 Marco Bianchini (Lancia Rally 037)
classificativas; 85 quilómetros a desafiar venceu a categoria Historic, Simone
o cronómetro; troços diurnos debaixo Romagna (Lancia Delta HF 4WD) a
de um sol aconchegante a darem lugar Myth e Luciano Cobbe (Ford Focus
a especiais noturnas exigindo proteção WRC) a categoria dos WRC-Kit Car.
contra o frio e a humidade; very lights a Mas, alguém liga a isso?

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VÍNCULOS
A PORTUGAL

Depois das passagens por San Marino, em às cores originais, apresentando igualmente as
edições transatas do RallyLegend, da Renault placas alusivas ao nosso rali mundialista, onde
4 L mais famosa do mundo dos ralis e do Ford se destaca o logotipo da TAP. Que assim se
Sierra Cosworth com as cores da Construciv, conserve por muitos anos!
conduzidos, respetivamente, por Pinto dos O outro protagonista chama-se Toyota
Santos e Rui Madeira, este ano não se verificou Corolla WRC. Destacava-se à distância pela
qualquer participação de pilotos provenientes familiaridade dos patrocinadores exibidos
de Portugal. No entanto, foi possível encontrar (Galp, Montepio Geral e TMN), sendo o carro
sinais de conexões ao nosso país, curiosamente que possibilitou a Rui Madeira presentear
tendo como denominador comum o ano de Fabrizio Tabaton, alma mater da Grifone, com
1998. a Taça Fia de Equipas de 1998. Neste ano, o
Steven Rockingham, um gentleman driver piloto português conseguiu reunir apoios para
inglês, presença assídua em provas históricas, efetuar as etapas espanhola, grega, finlandesa
retirou da garagem o Subaru Impreza com a e italiana do Campeonato Mundial, tendo obtido
placa de matrícula R 19 WRC, número três nas como melhor resultado a 7ª posição no Rali da
portas, que é nem mais nem menos que o carro Acrópole. Em sintonia com a predileção que
com que Colin McRae venceu o Rali de Portugal Tabaton sempre revelou pelo Rali da Madeira,
de 1998. Este chassi realizou a sua estreia a visita à ilha também foi contemplada no
em provas do Mundial no Rali da Finlândia programa. O Toyota com a matrícula K-AM
de 1997, pilotado por Kenneth Eriksson, 422 ainda voltou a Portugal no ano seguinte,
passando no ano seguinte para as mãos do para efetuar, enquanto carro zero, o Rali F.C.
virtuoso escocês. Em 1999, já ‘despido’ do Porto, servindo na altura para o atual piloto de
resplandecente ‘azul-Subaru’, haveria de voltar velocidade Miguel Ramos ensaiar uma eventual
às classificativas nacionais, conduzido por incursão pelos ralis com esta viatura, o que não
Frédéric Dor. Atualmente esta viatura regressou se viria a concretizar.

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OORGULHO
DESIMO
LAMPINEN

Na Rally Village, antes dos pilotos Campeões do Mundo
presentes desfilarem, verificou-se um animado período de
convívio intergeracional. Um dos pilotos mais acarinhados foi
Simo Lampinen, atualmente com 74 anos de idade.
Conforme se ía cruzando com os seus pares, Lampinen
fazia questão de tirar uma fotografia com cada um deles,
antecedida por uma sistemática abertura do casaco, para
que se pudesse visualizar a imagem impressa na t-shirt que
envergava por baixo deste. A cena estampada não poderia ser
mais representativa do orgulho do finlandês no seu rali: o VW
Polo R WRC, versão de 2016, no famoso troço de Ouninpohja,
mais precisamente a passar por Kakaristo, uma das zonas
mais emblemáticas e fotogénicas do Rali da Finlândia.
Dando mostras de uma excelente memória, rapidamente
recordou 1970 como o ano da sua vitória no Rali de Portugal,
deixando para trás o seu colega de equipa, Sandro Munari, no
outro Lancia Fulvia HF 1600, bem como Bjorn Waldegard, aos
comandos de um Porsche 911 S.
A conversa não haveria de terminar, sem que Lampinem me
mostrasse a t-shirt do seu contentamento, aproveitando para
perguntar se já tinha ido alguma vez ao Rali da Finlândia. A
resposta negativa desencadeou-lhe uma expressão facial de
admiração com tal lacuna.

ASLENDAS
NÃOMORREM

A caminho de San Marino, com Autódromo Internacional Enzo e Dino
proveniência do norte de Itália, Ferrari, ‘mesmo ali ao lado’.
atravessa-se a verde região de Assim que se entra na pequena cidade
Emilia Romagna, conhecida entre os medieval de Imola, surgem inúmeras
entusiastas dos automóveis como indicações referentes às várias zonas
Motor Valley. Para trás, resistindo do autódromo que foi desenhado
à tentação de uma visita, vão na mancha verde envolvente desta
ficando, sucessivamente, o Museu comuna. Obviamente que o objetivo
Enzo Ferrari em Modena, a fábrica só podia ser a Variante Tamburello,
e o Museu Ferrari (distanciado onde, na zona exterior da rede, o
poucos quilómetros do anterior) mito Ayrton Senna continua bem vivo.
em Maranello, e os Museus Volvidos mais de 20 anos sobre um
Lamborghini e Ducati, nos arredores dos fins de semana mais negros da
de Bolonha. Contudo, perante a placa história da Fórmula 1, são inúmeras
sinalizadora da saída para Imola, as homenagens deixadas junto da
torna-se irresistível não abandonar estátua do piloto brasileiro, pela
momentaneamente a Autoestrada romaria de fãs oriundos de todo o
do Adriático, tendo como destino o mundo.

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HARLEY DAVIDSON Pedro Rocha dos Santos Bagger da Harley Davidson. As Baggers
[email protected] estão na moda e a Harley não pretende
» STREET GLIDE SPECIAL 2018 deixar os seus créditos por marcas alheias.
Concebidaparaproporcionaruma Um pequeno párabrisas de perfil estreito
UMA BAGGER HOT ROD DE UM ENORME CONFORTO E SUAVIDADE condução suave, silenciosa e e fumado perfaz o acabamento no topo da
sem vibrações, a Street Glide carenagem frontal. Lateralmente inseri-
Este ano a Harley Davidson decidiu alargar a sua gama Special é uma Harley que impac- dos nos extremos da carenagem estão os
de motos Softail e na popular Street Glide lançar uma ta sobretudo pela sua imponên- retrovisores, ajustaveis manualmente e
versão especial, com todos os seus elementos em negro, cia e sobriedade - quase nada de com uma fixação central que permite o
que se chama precisamente Street Glide Special, versão cromados, apenas um apontamento aqui seu fácil ajustamento.
que para o ano de 2018 vê melhoradas uma série e ali - a parecer saída de uma das sequelas No topo do depósito e ao longo do mesmo
de especificações dofilmeTerminatorondeSchwarzenegger monta uma placa em alumínio escovado
a pilotava como se de uma moto de cross que quebra a densidade e a volumetria
se tratasse. Claro que isso é nos filmes e os deste, conferida pela pintura negra, e no
seus 360 kg inspiram respeito e cuidado topo do mesmo uma tampa que abre ape-
na sua condução. nas com uma chave circular especial,
A imponência do seu motor, um para dar acesso ao tampão da gasolina.
Milwaukee-Eight 107 de 1.745cc , tam- A mesma chave serve para trancar a di-
bém com acabamentos em negro, é outro reção na ignição e trancar também as
elemento que se destaca nesta versão malas laterais.
especial da Street Glide, concebido para O assento é baixo e confortável com su-
proporcionar uma condução suave, si- porte posterior na zona onde sobe para
lenciosa e sem vibrações. o banco do pendura. Entre os dois existe
A carenagem frontal - mais a parecer uma um espaço que permite a montagem de
moto especialmente concebida para o su- um encosto para o condutor. As malas
perherói Batman - montada na suspensão laterais são outro ex-líbris deste modelo.
dianteira é outra das características desta O seu desenho segue as linhas do assento

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FT/ F I C H A T É C N I C A

1745 CC

CILINDRADA

n.d. CV

POTÊNCIA

22,7 L

DEPÓSITO

362 KG

PESO

28 600€

PREÇO BASE

MOTOR MILWAUKEE-EIGHT 107 TAXA DE COMPRESSÃO 10,0:1
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL INJECÇÃO DE COMBUSTÍVEL DE
PORTA SEQUENCIAL ELECT. (ELECTRONIC SEQUENTIAL PORT FUEL
INJECTION - ESPFI) SISTEMA DE ESCAPE DUPLO 2-1-2 PRETO
COM SILENCIADORES CÓNICOS BINÁRIO DO MOTOR 150
NM CONSUMO DE COMBUSTÍVEL: CIDADE/AUTOESTRADA
ESTIMADO 5,9 L/100 KM EMISSÕES DE CO2 135 G/KM JANTE
DIANTEIRA ALUMÍNIO FUNDIDO PRETO TALON 19”JANTE
TRASEIRA ALUMÍNIO FUNDIDO PRETO TALON 18”TRAVÕES,
DISCO DUPLO DE 320 MM, 4 PISTÕES FIXOS À FRENTE E ATRÁS
LUZES INDICADORAS MÁXIMOS, LUZES DE PRESENÇA, LUZES
DIRECIONAIS, BAIXA PRESSÃO DO ÓLEO, PONTO-MORTO,
DIAGNÓSTICO DO MOTOR, BATERIA, “CRUISE CONTROL”, COLUNAS,
ACESSÓRIO, SISTEMA DE SEGURANÇA, INDICADOR DE VELOCIDADE
ENGRENADA, AVISO DE POUCO COMBUSTÍVEL, ABS, INDICADOR
DE AUTONOMIA, INDICADOR DAS LUZES DE NEVOEIRO/FARÓIS
AUXILIARES MINSTRUMENTAÇÃO MOSTRADOR DE VELOCIDADE,
ROTAÇÕES, TEMPERATURA DO ÓLEO E NÍVEL DO COMBUSTÍVEL.
O PAINEL POSSUI CONTA-QUILÓMETROS, CONTA-QUILÓMETROS
PARCIAL A, CONTA-QUILÓMETROS PARCIAL B, INDICADOR DE
AUTONOMIA E DE VELOCIDADE ENGRENADA E INDICADORES
MAIORES. DIMENSÕES COMPRIMENTO 425 MM ALTURA DO
ASSENTO, SEM CARGA 690 MM DISTÂNCIA AO SOLO 125 MM
INCLINAÇÃO (CABEÇA DE DIREÇÃO) (GRAUS) 26 RASTO 173
MM DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 625 MM PNEUS, ESPECIFICAÇÃO
DIANTEIRA 130/60B- 19” 61H, ESPECIFICAÇÃO TRASEIRA
180/55B- 18” 80H CAPACIDADE DE ÓLEO (C/ FILTRO) 4,9 LITROS,
PESO EM ORDEM DE MARCHA 379 KG, BAGAGEM - VOLUME
CAPACIDADE DE 0,071 M3

e o seu formato alongado e descendente O guiador encontra-se numa posição to pela sua localização. Ao contrário da o peso de 360 kg da Street Glide. O ABS
reforça o estilo Bagster da Street Glide bastante natural e nada forçada e as pla- versão Street Glide normal e da especial é standard nesta versão assim como na
2018 dando-lhe um toque de maior ex- taformas para os pés oferecem espaço Aniversário, a Street Glide Special prati- versão Aniversário.
clusividade. suficiente e proporcionam maior confor- camente não tem cromados e inclusiva-
mente os escapes são também negros MOTOR MILWAUKEE-EIGHT 107
assim como os tubos protetores do motor.
O quadro da Street Glide Special é fabri- PROPORCIONA UMA ACELERAÇÃO
cado em tubos de aço que formam um
clássico duplo berço. A geometria do mes- ÓTIMA SEM VIBRAÇÃO
mo favorece a condução e as mudanças
de direção em velocidade, aumentando a O motor Milwaukee-Eight 107 é partilhado
sua agilidade a partir de uma certa velo- por toda a gama Street Glide. Às 3.250 rpm
cidade. O seu comportamento em curva é debita uns impressionantes 150 Nm de
irrepreensível em estradas de bom piso, binário, suficientes para dotarem de uma
podendo ser ajustada manualmente a resposta imediata e vigorosa os 360 kg da
pré-carga dos amortecedores traseiros Street Glide. Com uma caixa de relações
em função de diferentes pesos. longas e uma enorme elasticidade do seu
A Street Glide Special monta jantes de liga motor de 1.746cc, raramente utilizamos a
com raios que abraçam os aros das rodas 6ª velocidade, que mais parece um over
de 19” na frente e 18” criando um efeito drive para rolar nas grandes e infindáveis
de maior dimensão nas mesmas. A tra- autoestradas americanas.
vagem é assegurada por pinças Brembo Com estrada livre pela frente o 107 da
com duplo disco na frente e pelo sistema Street Glide Special mostra toda a sua
Reflex Linked Brake da Harley Davidson pujança e rapidamente atingimos os 180
que distribui a pressão de travagem à km/h ( pode-se mas é proibido ) com
frente e atrás de forma a garantir uma total segurança e estabilidade e com uma
maior eficiência e estabilidade, na nossa suavidade e uma total falta de vibrações
opinião, um pouco à justa considerando pouco habitual numa Harley Davidson,
aliás, há mesmo quem critique essa falta
de personalidade tão característica nos
modelos Harley.

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A Street Glide não incorpora controle de final por correia. Opaineldeinformação para pen ou qualquer outro equipamento, contrasta com os quatro manómetros
tração ou modos de motor ou qualquer é algo bizarro pois mistura tecnologias possibilidade de ligação do telemóvel ao analógicos de aspeto clássico e conser-
outro sistema eletrónico tão em voga com décadas de diferença entre si. sistema via Bluetooth, sistema de reco- vador, que por sinal não montam vidros
nos nossos dias, o que sinceramente para Enquanto que na frente, a meio, por bai- nhecimento de voz nos idiomas inglês anti-reflexo, o que dificulta imenso a
nós nem se justifica, mantendo assim um xo dos manómetros analógicos, temos , francês, alemão, espanhol, italiano e sua leitura.
espírito mais fiel ao seu ADN. um painel a cores, de tecnologia Touch português europeu, ligação para in- Em conclusão, a Street Glide, com o seu
No entanto, a Harley introduziu neste Screen, com acesso a todo o tipo de dados tercomunicador condutor/passageiro motor Milwaukee-Eight 107, proporciona
seu motor um sistema de embraiagem fornecidos pelo sistema “Infotainment” - e informações no écrã de temperatura uma experiência de condução muito
deslizante mantendo a transmissão rádio com 25 Watts por canal, ligação USB do ar e pressão do óleo, realidade que diferente das Harley que já conduzi .
A maior suavidade e conforto associado
CONCORRÊNCIA HONDA GOLDWING 2018 / 1.833 CC BMW K1600 GRAND AMERICA / 1.649 CC à pouca vibração da Street Glide, é para
mim uma novidade no universo Harley.
INDIAN CHIEFTAIN DARK HORSE / 1.811 CC 127 CV 160 CV Esteticamente esta versão Special em
negro da Street Glide, com as suas malas
n.d. CV POTÊNCIA POTÊNCIA laterais alongadas que criam um efeito
descendente da traseira da moto, é dos
POTÊNCIA 365 KG 364 KG mais belos e impactantes modelos da
gama 2018.
370 KG PESO PESO O motor Milwaukee-Eight 107 é de
facto o elemento que mais se destaca
PESO n.d. € n.d. € no conjunto e que em termos globais
proporciona uma experiência diferen-
27 150€ PREÇO BASE PREÇO BASE te daquela que os puristas da Harley
normalmente preferem. Pela nossa
PREÇO BASE parte impressionou-nos pela positiva
a suavidade e o desempenho dinâmico
da nova Street Glide Special 2018 que
no entanto contará com concorrência
de peso no segmento das Bagsters, so-
bretudo, das novas Honda GoldWing e
BMW Grand America.

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HARLEY-DAVIDSON A maior competição de customização
PERUGIA VENCE de motos da Europa terminou no EICMA
‘BATTLE OF
THE KINGS 2017’ 191 Sporsters únicas, personalizadas
por concessionários oficiais Harley-
A competição de customização ‘Battle of Davidson, participaram neste desafio
the Kings’ da Harley-Davidson desafiou de customização
em cada uma das suas três edições
os concessionários oficiais da Harley- 10 finalistas, os Custom Kings das
Davidson da Europa, África e Médio Oriente suas próprias regiões, exibiram as suas
a enfrentarem-se entre eles pelo título de criações no EICMA
Custom King.
Consolidada no seu terceiro ano como a O Custom King de 2017 – Harley-
maior competição de personalização de Davidson Perugia, Itália – subiu com
motos da Europa, este ano lançou o desafio orgulho ao palco central
aos concessionários oficiais da marca
americana de customizar um destes três customizadas registadas na competição às 17h foi anunciado o vencedor absoluto da Steve Lambert, diretor de Marketing da
modelos Sportster da gama Dark Custom e 10 eleitas como Custom King dentro competição, o Custom King de 2017, a Harley- Harley-Davidson International, afirma: “O
da Harley-Davidson: Iron 883, Forty-Eight ou do seu próprio mercado foram exibidas Davidson Perugia, com a sua customização concurso ‘The Battle of the Kings’ continua a
Roadster. recentemente no EICMA, que se celebrou em “Bombtrack” do modelo Roadster. crescer e a melhorar! Ter 191 concessionários
A participação nesta edição de 2017 Milão ente 7 e 12 de novembro. Nomear o Custom King da ‘Battle of participantes em 2017 mostra a grandeza
foi espetacular: um total de 191 motos As várias criações, todas construídas the Kings’ é sempre uma tarefa difícil desta competição. E as motos, que mostram
sob um orçamento de 6.000€ e com a e por isso o júri de cada competição o grande talento em design e customização
condição de que 50% das modificações incluiu personalidades bem qualificadas. que existe na nossa rede de concessionários,
realizadas deveriam utilizar peças e Este ano fizeram parte do painel Brad geraram um grande interesse entre o
acessórios do catálogo Harley-Davidson Richards, Vice-President of Styling da público. Foram obtidos 80.000 votos este
Parts & Accessories, são impressionantes Harley-Davidson, o guitarrista de rock, ano. Felicidades à equipa da Harley-Davidson
e inspiradoras. Mas só poderia haver um Gilby Clarke, e o seis vezes campeão Perugia por levar a coroa de Custom King
vencedor e no passado dia 7 de novembro britânico de Superbike, Shane Byrne. 2017: é muito merecida”.

A INDIAN MOTORCYCLE REVELA A BMW ANUNCIA
EM MILÃO A SCOUT FTR1200 CUSTOM O RELANÇAMENTO

A Indian Motorcycle DO BMW BOXER
revelou, durante o Salão CUP 2.0 EM 2018
EICMA em Milão, a
Scout FTR1200 Custom O presidente da Indian Motorcycles, Steve A BMW decidiu relançar o Boxer Cup, desta Molas de suspensão dianteira e
e aproveitou o evento Menneto, afirmou que decidiram construir vez utilizando as suas neoclássicas R Nine T amortecedor traseiro da Wilbers
para homenagear a sua a Scout FTR1200 para celebrar o domíno da Racer numa categoria de suporte ao IDM
equipa de técnicos e Indian no Campeonato Nacional de Flat Track sob a denominação de BMW Boxer Cup 2.0. Amortecedor de direção da Muller
pilotos de competição assim como o retorno da marca à competição. A firma bávara acaba assim de anunciar o Tampas laterais do motor em carbono
de Flat Track por O objetivo de produção deste modelo relançamento, na próxima temporada de Escape completo em titânio da Akrapovic
terem conquistado exclusivo, a FTR 1200, tem também como fim 2018, de um Troféu monomarca que se irá Pastilhas de travão Brembo
o Campeonato mostrar como é que poderia ser o resultado celebrar conjuntamente com o IDM. Software Racing da BMW Motorrad com
Norte Americano da final se decidissemos avançar com um modelo O Troféu capitaliza sobre o sucesso sistema ABS
modalidade. de produção com base na plataforma FTR. alcançado pelo anterior Boxer Cup, que se Na versão Boxer Cup são obviamente
A Indian Scout FTR1200 é inspirada na Scout Menneto salientou ainda que a marca já realizou entre 2001 e 2004, com provas eliminados os espelhos retrovisores, os
FTR750 de competição com a qual a Indian consolidou a sua estratégia no segmento realizadas inclusivamente no calendário faróis e piscas, o descanso lateral e o
dominou o campeonato Flat Track Series das Cruisers, Baggers e Tourers durante do Moto GP, das SBK e no Campeonato do suporte de matrícula. A moto é entregue
de 2017 nos Estados Unidos. Construída em os últimos 5 anos e estão bastante Mundo de Resistência. com matrícula e respetiva documentação
colaboração com a equipa de competição, entusiasmados com todos os comentários Naquela altura a moto que fazia parte do legal, podendo ser vendida ou utilizada na via
a FTR1200 monta o motor Indian V Twin de positivos em torno do sucesso da FTR750 e no BMW Boxer Cup original era a BMW R 1100S, pública no final da temporada. Parece-nos
1133cc. potencial de crescimento que a marca detém na altura o modelo mais desportivo da BMW um formato muito interessante que irá
Para além de honrar as vitórias dos pilotos para os próximos 5 anos. Boxer. Para esta nova versão 2.0 a BMW inclusivamente tirar partido do enorme
Jared Mees, Bryan Smith e Brad Baker, a Depois da EICMA a Indian Motorcycle tem optou por dar um cunho retro ao Troféu, sucesso que a gama R Nine T da BMW tem
Scout FTR1200 cumpre também o objetivo como objetivo utilizar a FTR1200 como optando pela mais desportiva da gama R Nine tido ao apostar num segmento de moda
de poder ver ser explorado o seu potencial “embaixadora” da marca através da sua T, a R Nine T Racer. cada vez com maior expressão de motos de
no mundo inteiro, com a marca a perceber presença numa série de eventos por todo Em termos de regulamento não é permitida linhas retro ou neoclássicas. As fotografias
que tipo de produtos poderão num futuro o mundo no decorrer do ano de 2018 qualquer alteração ou preparação do motor a que tivemos acesso, mostrando as motos
próximo constituir a sua oferta dentro de uma aumentando assim globalmente o seu da Racer. preparadas, deixaram-nos obviamente com
perspetiva de alargamento da presente gama. reconhecimento e notoriedade. Desta feita mantém-se uma igualdade enorme desejo de poder deitar a mão a um
Depois de participarem nas competições mecânica entre todos, promovendo-se destes exemplares e perceber em circuito
de 2017, em 18 corridas de Flat Track, tendo que seja a destreza de cada piloto a fazer todo o seu potencial. Um Troféu “Café Racer“
conquistado 37 lugares no podium de 54 a diferença, ao tirarem o melhor partido para nós faz todo o sentido dado o enorme
possíveis, com 14 vitórias e 6 pódios em que possível dos 110 cv que debita o bicilíndrico entusiasmo que existe neste segmento de
conquistaram 1º, 2º e 3º lugar, a Indian sagrou- boxer da R Nine T Racer. mercado e a aposta que alguns fabricantes
se campeã nacional e comemorou o seu 5º Para melhorar a ciclística com vista à têm feito no mesmo.
título na AMA Grand National Championship, competição a BMW irá dispôr de um Kit
com precisamente os seus três pilotos a Racing que inclui os seguintes elementos:
ocuparem as três primeiras posições da
classificação geral final.

+44

BMW

» 420D CABRIO

MELHOR DE DOIS MUNDOS Jose Luís Abreu 4, não é nada fácil ali viajar de forma
[email protected] confortável, talvez apenas crianças o
Em condições normais falaríamos deste BMW 420d Cabrio consigam. Mas este tipo de carros são
no verão, mas como anda a meteorologia, a magia e o S e olharmos de repente para o que são, pois o facto de ser neces-
o BMW 420d Cabrio com a sário espaço para ‘esconder’ a capota
encanto dos descapotáveis, em Portugal, dura todo o ano... capota para cima, quase nem não permite milagres. Para além disso,
se nota que é um descapo- a acessibilidade para os lugares tra-
LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE tável. Mas isso deveu-se ao seiros do carro não é a melhor.
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT facto da BMW ter escolhido A bagageira oferece 380 litros, o que
para este Cabrio um teto de metal, ao já de si não é uma valor de referência,
invés de ‘tecido’ e a verdade é que isso, mas ainda temos que contar com o
mesmo penalizando o peso do carro facto de, com a capota baixa, o espaço
- inevitavelmente - melhora muito a na mala reduzir para apenas 220 litros.
insonorização. O motor é o bloco 2.0d da BMW, um
Logicamente, e como se espera, este propulsor que está mais do que prova-
BMW 420d Cabrio é quase tão prático do e aprovado. Os 190 cv são mais do
quanto o seu ‘irmão’ Coupé, mas ofe- que suficientes para fazer mover
rece a enormíssima vantagem de se bem o 420d em qualquer si-
poder andar de cabelos ao vento, o que tuação, sendo que com um
num país como o nosso, como se tem binário de 400 Nm dispo-
vindo a provar insistentemente, Sol níveis logo entre as 1.750
e bom tempo é ‘coisa’ que não falta. e as 2.500 rpm, força é
O design deste BMW Cabrio segue coisa que não falta. Este
perfeitamente a linha dos seus irmãos 420d Cabrio é bastante
da nova Série 4, por exemplo, no fac- ágil e não é necessário
to de toda a parte frontal ter sofrido estar constantemente
alterações - foram introduzidos fa- a passar de caixa, pois
róis dianteiros ‘bi-led’ e o design do o motor aguenta-se bem,
pára-choques traseiro também foi sem demasiado esforço. E
alterado - embora, na verdade, as di- depois, claro, temos os mo-
ferenças face ao modelo anterior não dos de condução, para a ‘mood’
sejam por demais sonantes. do momento - Eco, Comfort, Sport
Para lá do design há algo bem mais
importante, como por exemplo o facto FT/ F I C H A T É C N I C A
deste carro, bem como toda a Série 4,
terem agora um chassis mais rígido, 2.0 / 190 CV
com uma nova afinação de suspensão.
Os lugares da frente do habitáculo GASÓLEO
não diferem muito do Série 4 Coupé,
pelo que pode contar com um painel 8,1 S
de instrumentos bem desenhado e
funcional. Depois, o já habitual BMW 0-100 KM/H
iDrive entre os dois bancos dianteiros.
O ‘tablet’ é de dimensões generosas e 4,8 L / 6,5 L (AUTOSPORT)
tem uma boa resolução. Os materiais
são da qualidade a que a BMW já nos 100 KM
habituou.
Quanto ao espaço, se nos dois lugares 127
da frente não há absolutamente nada
a dizer, já atrás, como é hábito nos G/KM- CO2
descapotáveis, mesmo sendo um Série
55 200€ PREÇO BASE

PREÇO VERSÃO ENSAIADA 69 889€

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e Sport+. E se de um para outro as dife- Quanto aos consumos, no ensaio que concorrência mais direta, o Audi A5 2.0 baste e surge bem equipado de série.
renças não são abismais, experimente fizemos, e apesar de alguns (bons) TDi Cabrio, que custa mais ou menos A tecnologia em termos de ‘infotain-
rodar em Eco e depois em Sport+ para momentos de condução mais ‘aguer- 52.400€, ou o Mercedes-Benz Classe ment’ está na linha com o melhor que
perceber melhor o que mudou. Muito! rida’ e agressiva, não fomos além C220d Cabrio, 52.000€, dependendo hoje em dia se faz, e só é pena que seja
A suspensão tem um equilíbrio bas- dos 6,5l/100 km, que, ainda assim, depois dos opcionais, mas os valores sempre tão complicado meter quatro
tante bom entre conforto e dinâmica, ficam bem longe dos 4,8 l/100 km base não diferem muito. pessoas dentro do carro. No meu caso,
embora a balança pese um pouco mais que refere a marca. Este BMW 420d Cabrio é um carro sendo alto, não deixo muita margem
para o lado da dinâmica. O preço não anda muito longe da que se guia muito bem, dá prazer a de manobra atrás de mim - torna-se
sua condução, tem um pisar muito impossível acomodar um adulto - já a
firme, é também confortável quanto estatura da esposa, ao lado, permite
que lá atrás se ‘viva’ melhor. Não é ba-
rato, e esta versão 420d é claramente
a que apresenta valores de utilização
diária mais baixos.

VIDA A BORDO A ‘CÉU ABERTO’ /
INSONORIZAÇÃO / TETO METAL

ESPAÇO ATRÁS / PREÇO

MOTOR 4 CILINDROS EM LINHA, 1.995
CM³, INJEÇÃO DIRETA COMMON RAIL, 2.0D
TURBODIESEL POTÊNCIA 190 CV / 4000
RPM BINÁRIO 400 NM / 1750-2500 RPM
TRANSMISSÃO TRAÇÃO TRASEIRA; CX DE 6
VEL. MANUAL VEL MÁX 235 KM/H PESO 1775 KG
DEPÓSITO 57 L MALA 380 L / 220 COM CAPOTA
DESCIDA SUSPENSÃO TIPO MCPHERSON (FTE)
E EIXO DE TORÇÃO (ATRÁS) TRAVÕES DV/D

+

PEUGEOT

» 5008 1.2 PURETECH ALLURE

EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE atenuada pela inclusão da ajuda traseira
ao estacionamento, a que é possível
Motivada pelo excelente feedback conseguido com o 3008, a Peugeot repetiu juntar a câmara traseira (Visiopark, por
a fórmula no maior dos seus monovolumes, o 5008. Não se coibindo sequer 250€) ou o Park City 2 - assistência
de o propor com um pequeno mas competente tricilíndrico 1.2 litros de 130 cv. ativa ao estacionamento longitudinal
Face aos bons sinais dados, quem sabe se não será por aqui a evolução da espécie?... ou perpendicular (Park Assist) e câma-
ras dianteiras e de marcha-atrás com
Francisco Cruz Já no interior, a mesma estratégia, com redor, beneficiando do emblemático e projeção no ecrã táctil (Visiopark 2),
[email protected] a opção pelas mesmas linhas vanguar- multiregulável volante de dimensões tudo por 600€.
distas, óptima qualidade de construção e mais pequenas e óptima pega, assim Num habitáculo pleno de sofisticação e
Começando precisamente pelo de materiais, sem esquecer o “polémico” como de um banco com bom apoio e ótimas sensações, além de com vários
“visual moderno e aventu- (nós, pelo menos, gostamos...) i-Cockpit. confortável, o qual garante também espaços de arrumação, destaque igual-
reiro”, é preciso dizer que Onde é fácil (para nós, pelo menos...) um correto acesso a comandos, melhor mente para a habitabilidade, com muito
a Peugeot dá mostras, na sentirmo-nos integrados no espaço em até que visibilidade traseira. Ainda que espaço e conforto, em particular, nas
“transformação” deste 5008, duas primeiras filas. A segunda, com
de ter aprendido bem a lição. três bancos individuais, reguláveis em
Já que depois de acertar autenticamente profundidade, na forma como rebatem
na mouche com o 3008 ( e que bonito é, as costas ou avançam para facilitar o
reconheçamo-lo!...), pouco mais fez do acesso aos dois bancos individuais
que replicar a fórmula de sucesso, no da terceira fila. Ambos de fácil mon-
maior dos seus monovolumes! tagem, ainda que mais vocacionados
Assim, e a par de uma frente em tudo para crianças.
idêntica à do seu modelo para o segmen- E já que estamos a falar do espaço lá
to C, diferenças apenas nas laterais e, atrás, uma palavra para uma capacidade
nomeadamente, no maior comprimento de carga que pode chegar aos 1.862 litros,
(+20 mm, apesar de ambos partilha- mediante o rebatimento na horizontal
rem a mesma plataforma), na linha do das duas últimas filas. Sendo que, com
tejadilho e dos vidros, assim como no os sete lugares em uso, mantém-se uma
pára-choques traseiro, não tão subido. “faixa” entre os bancos e portão, para
A que se juntam umas jantes de 18 po- transporte de alguns sacos.
legadas idênticas às do 3008. Convincente é também o equipamento
de série oferecido com a versão intermé-

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FT/ F I C H A T É C N I C A

1.2 / 130 CV

GASOLINA

10,9 S

0-100 KM/H

5,1 L

100 KM

117

G/KM- CO2

34 380€

PREÇO DA VERSÃO ENSAIADA

dia Allure, não faltando sequer, no domí- Box, o pack Visibilidade e a iluminação ocupantes a bordo e mesmo realizando IMAGEM / ESPAÇO / MOTOR
nio da segurança e ajuda à condução, o interior em LED. consumos muito acima dos prometidos
controlo dinâmico de estabilidade (CDS) Disponível entre nós também com uma 4,8 l/100 km; aliás, bem mais perto dos CONSUMOS
com antipatinagem eletrónica (ASR), motorização turbodiesel 1.6 litros de 9 l/100 km. Aspeto menos positivo que,
sistema de aviso de perda de pressão 120 cv, o Peugeot 5008 que nos calhou ainda assim, um certo botão “Sport”, MOTOR TRÊS CILINDROS EM LINHA,
nos pneus, travão de estacionamento em sorte exibia, no entanto, um bem sinónimo de um acréscimo extra de INJEÇÃO DIRETA, TURBO E INTERCOOLER,
elétrico, ajuda gráfica e sonora ao esta- mais invulgar tricilíndrico a gasolina potência, consegue atenuar, ajudado 1199 CM3 POTÊNCIA MÁX. 131 CV / 5.500
cionamento dianteiro, alerta de transpo- de apenas 1.199 cc. (1.2 PureTech) e 130 igualmente por uma direção também RPM BINÁRIO MÁX. 230 NM / 1.750 RPM
sição involuntária de faixa, sistema de cv, que, conjugado com uma agradável ela competente e uma suspensão a TRANSMISSÃO E DIREÇÃO DIANTEIRA,
deteção de fadiga, reconhecimento dos caixa manual de seis velocidades, reve- revelar um correto compromisso entre COM CX MANUAL DE SEIS VEL.; DIREÇÃO DE
painéis de velocidade e Cruise Control. lou-se uma óptima surpresa, graças à conforto, capacidade informativa e de- PINHÃO E CREMALHEIRA, COM ASSISTÊNCIA
Tudo isto, a juntar ao painel de instru- forma desenvolta e despachada como sempenho. Isto, além do que contribui ELÉTRICA SUSPENSÃO TIPO MCPHERSON À
mentos digital de 12,3”, ecrã táctil de mostrou saber lidar com as mais 1,3 para que o 5008 pague apenas Classe FRENTE E EIXO DE TORÇÃO ATRÁS TRAVÕES
8”, Connect Nav 3D, a Peugeot Connect toneladas do conjunto. Isto, com quatro 1 nas auto-estradas! DISCOS VENTILADOS/DISCOS VEL. MÁX.
188 KM/H PESO 1.385 KG CAPACIDADE DA
BAGAGEIRA 702 L /1.862 L DEPÓSITO DE
COMBUSTÍVEL 56 L

E/ Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma informação atual, rigorosa abordagem e de análise dos factos noti-
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 de Janeiro, tomóvel disputadas em território nacional e de qualidade, opinando sobre tudo o ciosos, com total abertura à interatividade
ESTATUTO Lei da Imprensa, publica-se o Estatuto e no estrangeiro, relata acontecimentos que se passa na área do automóvel e dos com a sua comunidade de leitores. 4. O
EDITORIAL Editorial da publicação periódica AutoSport: ligados à competição automóvel, bem como automobilistas, numa perspetiva plural, re- AutoSport pratica um jornalismo pautado
1. O AutoSport é um semanário dedicado temas que versam o automóvel como bem cusando o sensacionalismo e respeitando pela isenção, sem comprometimentos
ao automóvel e aos automobilistas, nas de consumo, tanto na área industrial como a esfera da privacidade dos cidadãos. 3. ou enfeudamentos, tendo apenas como
suas mais distintas vertentes: desporto e comercial. O AutoSport pauta as suas opções edito- pressuposto editorial facultar a melhor
competição, comércio, indústria, segurança 2. O AutoSport está comprometido com riais por critérios de atualidade, interesse informação e a melhor formação aos seus
e problemática rodoviária. O AutoSport o exercício de um jornalismo formativo e informativo e qualidade, procurando apre- leitores, seguindo sempre as mais elemen-
edita, semanalmente, conteúdos sobre as informativo e procura oferecer aos seus sentar aos seus leitores a mais completa tares normas deontológicas.

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– Photo credit: Citroën Racing.

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