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Published by hmilheiro, 2018-06-11 14:49:30

AutoSport_2111

AutoSport_2111

#2111 40
ANO 40
anos
13/06/2018

2,35€ (CONT.)

DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES >> autosport.pt

RALI VIDREIROARMINDO ARAU´JO
SOMAE SEGUE

GRAVE
ACIDENTE
DE CARLOS

VIEIRA

WRC SARDENHA NEUVILLE BATE OGIER POR 0.7s >> 24 HORAS DE LE MANS NO FIM DE SEMANA

F1 +
ALFA ROMEO
GP CANADÁ
GIULIA 2.2 Q4 VELOCE
VETTEL VENCE 8 ATM
E LIDERA
CAMPEONATO PÁG.4 YAMAHA TRACER 900 GT



3

I/ I N S TA N TÂ N E O SIGA-NOS EM EDIÇÃO

#2111
13/06/2018

f l> > a u t o s p o r t . p t
facebook.com/autosportpt twitter.com/AutoSportPT

FÓRMULA E Zurique viveu no passado fim de semana um momento histórico, já que 64 anos depois voltou a haver corridas José Luís Abreu
de automóveis na Suíça. É verdade que ter sido a Fórmula E ajudou muito, mas o primeiro passo está dado
DIRETOR-EXECUTIVO
S/ SEMÁFORO EM DIRETO
[email protected]
PARADO A ARRANCAR A FUNDO “Este fim de semana mais
importante que qualquer resultado Todos os anos a ‘silly
Corrida demasiado Terceira vitória Grande luta no Rali da desportivo é a recuperação do season’ da Fórmula
morna no GP do consecutiva de Sardenha, com Thierry Carlos Vieira e um rápido regresso 1 tem o seu ‘quê’ de
Armindo Araújo no CPR Neuville a vencer pela a este desporto pelo qual é tão interessante, mas
Canadá de F1 tendo em marca uma tendência. segunda vez com 0.7s apaixonado”, José Pedro Fontes, esta temporada estão
conta o que é habitual. Têm a palavra os de avanço. Um piscar reunidas as condições
Pneus condicionaram? adversários… preocupado com o seu amigo para - tal como sucede com
de olho… a Super época do Mundial de
“O que sucedeu com o Endurance – haver também
O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES NA ERA DIGITAL Carlos mexeu muito comigo. uma ‘Super Silly Season’. Max
Emocionalmente, este foi o rali Verstappen e Sebastian Vettel
mais duro da minha vida”, Pedro são os dois únicos pilotos das três
principais equipas com contrato
Meireles, muito abatido com o estado de para 2019, o que significa que
saúde de Carlos Vieira quatro lugares estão em aberto. E
o ‘peão’ (mais o Rei) deste xadrez
“É um resultado mau para nós, o é Daniel Ricciardo. Tendo em
sentimento que tenho é que temos conta que parece claro a todos que
que acordar”, Toto Wolff, preocupado Lewis Hamilton vai permanecer
na Mercedes, resta saber o que
com o que viu da Mercedes no Canadá vai suceder com Valtteri Bottas e
com Kimi Räikkönen na Ferrari.
“Estamos super felizes. Mas falta Aqui acredito que o finlandês está
um longo caminho, não me vou a cumprir o seu último ano, mas
preocupar muito por estar na também já achei isso antes, e não
frente”, Vettel, bem ciente do que tem foi o que sucedeu. Na Mercedes,
acho que Bottas vai ficar pelo
pela frente. menos mais um ano. E quanto
a Ricciardo? Parece ter tantos
Siga-nos nas redes sociais e saiba caminhos, mas nenhum deles
tudo sobre o desporto motorizado no parece ser claro. Ir para a Mercedes
computador, tablet ou smartphone via seria ‘abanar’ Hamilton, ‘coisa’
facebook (facebook.com/autosportpt), que duvido que a Mercedes faça.
twitter (AutosportPT) ou em Para mim a questão é mais o que
>> autosport.pt pretende fazer a Ferrari. Uma dupla
Vettel/Riccardo seria fantástica,
mas os homens de Milton Keynes
também querem manter o seu
atual piloto. Só que estão numa
fase de incerteza relativamente
ao motor. O que será que pensa
Riccardo da possibilidade Red Bull/
Honda? Há aqui muitas incógnitas
e o australiano tem muito que
ponderar até tomar a sua decisão.
Pessoalmente, gostaria que
Ricciardo fosse para a Ferrari,
Carlos Sainz para a Red Bull e
Esteban Ocon para a Mercedes.

4 F1/
FÓRMULA 1
GP DO CANADÁ 7 D E 2 1

VETTEL

REGRESSA
AO COMANDO

O Canadá tem sido território da Mercedes desde o início da ‘Era
Turbohíbrida’, apesar de ter perdido a corrida desse ano devido

a problemas de travões. Para este esperava-se que Hamilton
pudesse estender a sua vantagem no Campeonato de Pilotos,
no entanto, o inglês acabou por perder a liderança para Vettel,
que venceu a corrida de domingo, uma prova que começou a
ser perdida pelos homens dos ‘Flechas de Prata’ há três meses

Jorge Girão
[email protected]

APirelli levou para o Circuit Gilles O inglês, que normalmente é extrema- equipas, com a possibilidade de a Red Bull
Villeneuve a sua gama de mente forte em Montreal, com uma afi- entrar na festa.
pneus mais macia – hiperma- nação errada, foi acumulando erros ao Contudo, o arranque não correu de forma
cios, ultramacios e superma- longo das suas voltas da Q3, ao passo que favorável a Bottas que viu Vettel manter
cios – borrachas com as quais, o finlandês nada conseguiu fazer quanto descansado o primeiro posto, fruto de um
normalmente, a Mercedes se à superioridade de Vettel que garantiu a bom arranque, ao passo que Verstappen,
sente menos confortável. pole-position, colocando-se numa situa- que alinhou no terceiro posto da grelha de
Com a granulação verificada com a mis- ção confortável para a corrida. partida, mostrou-se muito aguerrido, ao
tura mais macia durante os testes de in- Ainda assim, ambos os pilotos da colocar-se lado a lado com o homem da
verno, a Mercedes resolveu levar para o Mercedes, que não tinham uma nova Mercedes, obrigando este a evidenciar
Grande Prémio do Canadá apenas cinco unidade de potência na prova canadia- elevados níveis de agressividade para
jogos de hipermacios, contra os oito dos na, mostraram ser competitivos com as manter o segundo posto.
pilotos da Ferrari e da Red Bull. borrachas mais duras disponíveis para As hostilidades acabariam por ter um
Desta forma, nem Hamilton nem Valtteri o Circuit Gilles Villeneuve e uma vez que intervalo de cinco voltas devido ao toque
Bottas rodaram com os pneus mais per- apenas estas seriam usadas no domin- entre Brendon Hartley e de Lance Stroll
formantes da Pirelli durante a sexta feira, go – tantos os pilotos da Ferrari como da poucos metros depois do arranque que
perdendo precioso tempo de adaptação formação de Brackley marcaram os seus resultou no abandono de ambos e na
ao comportamento destes, o que acabaria tempos na Q2 com ultramacios – espera- entrada em pista do Safety-Car.
por os prejudicar durante a qualificação. va-se uma luta intensa entre estas duas O reinício realizou-se sem grandes dra-

>> autosport.pt

5

mas, muito embora Verstappen se tenha e a potência – domínio da Mercedes – são
mostrado novamente ameaçador para determinantes, abrindo uma vantagem
Bottas. Mas rapidamente se percebeu de mais de seis segundos até às trocas de
que Vettel estava numa outra galáxia. pneus. Esta performance foi sublinhada
O piloto da Ferrari impos um ritmo avas- por Bottas que, no final da corrida, afir-
salador num traçado em que o consumo maria que rodou no máximo das suas
possibilidades, sem contensão devido ao
207 consumo, até à sua paragem nas boxes,
36ª volta, o que demonstra a evolução que
o número de voltas lideradas por Vettel a unidade de potência da Ferrari protago-
este ano, mais que qualquer outro piloto nizou do ano passado para este.
Entretanto, Hamilton sentia dificul-
dades com o sobreaquecimento do Por seu lado, os homens da Red Bull, Verstappen na mesma volta que o
V6 turbohíbrido do seu monolugar, que iniciaram a corrida com hiper- inglês, e Ricciardo uma volta depois,
obrigando-o a entrar nas boxes na 16ª macios, paravam também cedo, suplantando o Campeão do Mundo.
volta, para que a sua equipa pudesse
‘abrir’ a carroçaria do seu Mercedes
para que o V6 turbohíbrido pudesse
respirar convenientemente.

F1/
FÓRMULA 1

6

GP DO CANADÁ 7 D E 2 1

M/ MOMENTO F/ FIGURA

PRIMEIRO ‘STINT’ Depois da pole- VETTEL O alemão não se mostrou satisfeito com
position, o arranque para uma corrida é o seu carro durante os treinos-livres de sexta
sempre determinante para o desfecho feira. Mas no sábado, enquanto os homens da
desta, mas foi a forma como Vettel se Mercedes pareciam perdidos, Vettel emergiu
impôs no primeiro ‘stint’ que decidiu o como a força dominante, assegurando a pole-
Grande Prémio do Canadá. O alemão foi im- position. Na corrida, a forma como rapidamente
pressionante, abrindo até às paragens nas se afastou dos seus perseguidores até à
boxes uma vantagem para Bottas superior paragem nas boxes foi uma evidência de um
a cinco segundos. Daí para a frente foi uma piloto determinado, recuperando a liderança do
questão de gerir os avanços do finlandês. Campeonato de Pilotos num circuito que parecia
talhado para a Mercedes e para Hamilton.

>> autosport.pt

7

VISITE NOSSO SITE PARA 50 +/ MAIS
VER MAIS FOTOS DA
PROVA AUTOSPORT.PT número de vitórias de Vettel, sendo NICO HULKENBERG Mónaco. No entanto, em Montreal,
atualmente o quarto mais vitorioso da O alemão voltou a mostrar o porquê Verstappen esteve ao seu melhor
Ao contrário do que Fórmula 1 de ser um dos melhores pilotos nível, afirmando-se desde cedo como
tem sucedido em do plantel, sendo cada vez mais o ponto de lança da Red Bull e batendo
anos anteriores, 232 estranho o facto de não ter tido ainda inapelavelmente Ricciardo. Com uma
o GP do Canadá a possibilidade de ingressar numa corrida intensa, cruzou a linha de meta
foi anormalmente número de vitórias da Ferrari equipa de ponta. a pressionar Valtteri Bottas.
monótono Hulkenberg dominou Carlos Sainz ao
longo de todo o fim de semana, que, CHARLES LECLERC
recorde-se, fez jogo igual com Max O jovem monegasco continua a
Verstappen enquanto os dois fizeram impressionar na sua época de estreia
equipa na Toro Rosso. na Fórmula 1, tendo vindo a confirmar
Assegurou o sétimo posto na o potencial que demonstrara nas
qualificação, que na prática é a fórmulas de promoção. A velocidade
pole-position do segundo pelotão, de Leclerc é evidente, mesclando-a
e a pouco mais poderia aspirar que com consistência, a assinatura dos
à mesma posição na corrida, o que grandes campeões. Mas a forma como
concretizou não dando qualquer se defende e ataca em pista é também
possibilidade ao seu colega de equipa. notável e no Canadá voltou a ter de
suster os ataques de Fernando Alonso,
MAX VERSTAPPEN um piloto que os seus adversários
Depois de tantos erros nas primeiras reconhecem ser um dos mais duros
seis corridas da temporada, a pressão nas lutas corpo a corpo.
sobre os ombros do jovem de 20 anos Mais um 10º lugar e um ponto foram a
era massiva, até porque foi alvo de recompensa para mais uma prestação
críticas públicas de Christian Horner entusiasmante do piloto da Alfa
e de Dr. Marko no fim de semana do Romeo Sauber.

-/ MENOS

Voltando aos dois primeiros, Bottas terceira vitória da temporada, o que, LEWIS HAMILTON forma consistente.
ainda tentou aproximar-se de Vettel, juntamente com o quinto posto de Montreal é a pista do inglês – foi lá No Canadá o McLaren foi o pior dos
mas este nunca se mostrou incomo- Hamilton, permitiu ao piloto da Ferrari que conquistou a sua primeira vitória carros potenciados pelas unidades de
dado, gerindo a sua vantagem para ascender ao comando do Campeonato na Fórmula 1 e onde sempre mostrou potência francesas, bastante longe
o piloto da Mercedes em redor dos de Pilotos. ter algo no bolso para se impor aos até dos carros oficiais do construtor
cinco segundos até que o piloto da O inglês ainda tentou suplantar Daniel seus adversários. No entanto, este gaulês. Dececionante para uma equipa
Mercedes teve uma ligeira saída de Ricciardo, mas o australiano, ape- ano Hamilton esteve uma sombra que considerava ter em 2017 um dos
pista na Curva 1 na 57ª volta. sar de distante da performance de de ele próprio. Cometeu erros na melhores chassis do plantel.
A partir de então, o finlandês con- Verstappen, repeliu todas as investidas qualificação, o que o impediu de,
centrou-se em poupar gasolina para do inglês, relegando-o para a quinta pelo menos, assegurar um lugar na KIMI RÄIKKÖNEN
chegar ao fim, acabando pressionado posição final. primeira linha. Durante a corrida O finlandês teve este ano um bom
por Max Verstappen que, muito em- Kimi Räikkönen protagonizou uma sofreu problemas de motor no seu início de temporada, chegando mesmo
bora tenha trocado de pneus bastante prova ausente, terminando distante Mercedes que condicionaram o seu a ser o ponta de lança da Ferrari. No
cedo, conseguiu aproximar-se do se- de Hamilton no sexto lugar, apesar andamento. Contudo, o Campeão do entanto, no Canadá Räikkönen pareceu
gundo posto, cruzando a linha de meta de ter pneus 16 voltas mais frescos e Mundo, numa pista onde contava estar ausente ao longo de todo fim
encostado em Bottas. dos problemas de motor do piloto da bater Vettel, viu o seu adversário de semana, errando na qualificação,
Por seu lado, Vettel garantiu a sua Mercedes. regressar ao comando do Campeonato o que o atirou para o sexto posto da
de Pilotos – uma derrota pesada para grelha de partida, enquanto o seu
Hamilton. colega de equipa garantia mais uma
pole-position.
McLAREN Na corrida, apesar de na segunda
Depois de ter trocado a Honda pela metade ter pneus bastante mais
Renault, este ano a equipa de Woking frescos que Hamilton e de este ter
não tem onde se esconder e, enquanto problemas de motor, nunca conseguiu
a Red Bull luta por pódios e vitórias, pressionar o inglês, terminando em
os pilotos da equipa inglesa não sexto a mais de 27 segundos do seu
conseguem sequer entrar na Q3 de colega de equipa.

F1/
FÓRMULA 1

8

GP DO CANADÁ 7 D E 2 1

RENAULT SURPREENDE

Num traçado onde a potência é a sétimo, Carlos Sainz e Sérgio Pérez Kevin Magnussen. da melhor forma à Force India e perdeu
determinante, as equipas ani- tocaram-se na travagem para a Curva 1, O mexicano caiu para 14º, acabando por posições para os dois homens da Renault,
madas pelos V6 turbohíbridos quando o mexicano tentou ultrapassar adotar uma estratégia de duas paragens, até porque estes atrasaram as respetivas
da Mercedes pareciam estar em o espanhol. ficando fora da contenção pelos lugares paragens nas boxes – Hulkenberg parou
vantagem, muito embora a Williams, A corrida tinha estado neutralizada com dos pontos e deixando Ocon sozinho na na 13ª e Sainz na 14ª – num dia em que o
com todos os seus problemas, fosse uma um Safety-Car, devido a um toque en- luta contra os Renault. ‘overcut’ era possível.
carta fora do baralho, mas acabou por ser tre Lance Stroll e Brendon Hartley, que O jovem francês liderava o segundo Para dificultar ainda mais a situação de
a Renault a garantir uma dobradinha na resultou no abandono de ambos, e no pelotão, mas nunca se conseguiu afastar Ocon, este ficou atrás de Romain Grosjean
luta do segundo pelotão. recomeço, na quinta volta, Pérez colocou- de Hulkenberg, entrando para as boxes que, a arrancar de último, realizou um
Desde a qualificação que se percebeu se ao lado de Sainz por fora, mas com para trocar os hipermacios que tinha longo ‘stint’ com ultramacios, atrasando
que os carros de Enstone poderiam ser pneus frios o contacto entre os dois foi usado na qualificação por supermacios o seu conterrâneo na luta pela primazia
os mais competitivos atrás das ‘Três inevitável, tendo o piloto da Force India para ir até ao fim da corrida. do segundo pelotão.
Grandes’, tendo Nico Hulkenberg as- seguido pela escapatória quase colhendo Contudo, a troca de pneus não correu Depois de se ver livre do piloto da Haas,
segurado o sétimo lugar da grelha de quando este entrou para as boxes es-
partida – na prática a ‘pole-position do tavam decorridas 48 voltas, o francês
segundo pelotão’ – mas os homens da aproximou-se de Sainz, mas não con-
Force India não estavam longe, tendo seguiu desfeitear o espanhol, terminando
Esteban Ocon assegurado o oitavo lugar no nono posto, ao passo que Hulkenberg
a pouco mais de um décimo de segundo cruzou a meta imperturbável no sétimo
do alemão da Renault. lugar, vencendo a “corrida do segundo
Nas posições imediatas, e escalonados pelotão”.
da mesma forma, ficaram os restantes Charles Leclerc, em mais uma prestação
pilotos destas duas equipas, prevendo-se notável aos comandos do seu Alfa Romeo
uma luta acirrada entre as duas ao longo Sauber, terminou no 10º posto, depois de
da corrida que deveria ter 70 voltas. se defender de Fernando Alonso, que
E de facto as lutas não se fizeram esperar. abandonou com problemas no escape do
Depois de Ocon ter-se superiorizado a seu monolugar, e de gerir a aproximação
Hulkenberg no arranque, ascendendo de Pierre Gasly.

>> autosport.pt

9

CCOOMNFAUSÃO
BANDEIRA
DE XADREZ

O final da prova canadiana ficou marcada por uma vermelha, anulando as duas últimas voltas, ficando o responsável por iniciar e terminar a corrida. Ele pensava
confusão com a amostragem da bandeira de xadrez, resultado da corrida definido pela 68ª volta. que era a última volta, perguntou à direção de corrida
procedimento realizado pela modelo Winnie Harlow. A classificação ficou inalterada, tendo sido a única para o confirmar, o que aconteceu, mas pensavam que
O Grande Prémio do Canadá é constituído por 70 voltas, mudança de relevo o autor da volta mais rápida, Max ele estava a afirmar em vez de realizar uma questão.
mas no final da 69ª a canadiana apresentou a bandeira Verstappen, uma vez que Daniel Ricciardo assinou um Acabou por mostrar a bandeira uma volta mais cedo,
axadrezada a Sebastian Vettel, o que causou a confusão tempo mais baixo na sua 69ª passagem pela linha de ou disse uma volta mais cedo à pessoa que mostraria a
entre espetadores, comissários de pista, pilotos e meta. bandeira, portanto não tem nada a ver com o facto de
equipas. Charlie Whiting apontou que a situação foi criada por ser uma celebridade a mostrar a bandeira”, afirmou o
Estes últimos foram aconselhados a continuar a prova uma falha de comunicação entre a direção de prova diretor de corrida oficial da Fórmula 1.
como se nada acontecesse, mas os comissários de e o responsável pela bandeira de xadrez, colocando Esta é uma situação semelhante à vivida no Grande
pista apresentaram festivamente as suas bandeiras aos de parte a possibilidade de ter sido Winnie Horlow Prémio da China de 2014, crendo-se que os gráficos
pilotos, como é tradicional após o final das corridas. a precipitar-se, como foi prontamente avançado por da categoria – que mostram a volta que o líder está
Face ao sucedido, a direção de prova decidiu tratar o alguns. “A bandeirada de xadrez foi mostrada uma a realizar e não as voltas completadas – possam ter
episódio como se tratasse de uma situação de bandeira volta mais cedo devido a um desentendimento com o contribuído para ambos os episódios.

VERSTAPPEN SEM ERROS, MAS COM AMEAÇA DE CABEÇADAS uma cabeçada em alguém”.
Porém, Verstappen parece ter esgotado
Pela primeira vez esta temporada Max e os seus erros, sendo questionado tantos acidentes esta temporada, o os disparates com esta tirada e
Verstappen teve um fim de semana sem se estava disposto a alterar a sua jovem holandês retorquiu: “Não sei. E, teve o seu melhor fim de semana da
incidentes em pista, o que lhe valeu o abordagem de modo a evitar os como disse no início desta conferência temporada. Foi o mais rápido em todos
seu segundo pódio da temporada, mas incidentes em que tem sido pródigo este de imprensa, estou muito cansado de as sessões de treinos-livres, mostrando
começou a sua presença no Circuit ano. todas estas questões… Portanto… Penso segurança e rapidez, mas nada pôde
Gilles Villeneuve com ameaças veladas e Quando foi inquirido sobre os motivos para que, se me fizerem mais alguma, vou dar fazer na qualificação quando a Ferrari e
impaciência. a Mercedes usaram os modos de motor
O holandês tem vindo a ter uma mais potentes.
temporada tórrida, tendo-se envolvido Ainda assim, conseguiu assinar o
em toques e despistes em todos terceiro crono, a menos de dois décimos
eventos deste ano, o que o tem vindo de segundo da pole-position de Vettel,
a prejudicar os seus resultados, batendo Hamilton, o seu colega de equipa
figurando atualmente no sexto posto e Räikkönen.
do Campeonato de Pilotos com apenas Em corrida esteve também ao seu melhor
50 pontos, contra os 84 de Daniel nível, não dando chances a Ricciardo
Ricciardo, que está em quarto a 37 de e acabando a corrida a pressionar o
Sebastian Vettel. segundo lugar de Bottas, que estava com
Com presença assegurada na problemas de consumo.
conferência de imprensa de quinta Verstappen conseguiu em Montreal o seu
feira, como seria de esperar, segundo pódio da temporada, sempre
Verstappen foi bombardeado com no degrau mais baixo, esperando-se que
perguntas sobre a sua temporada a sua performance canadiana seja um
pronúncio para a restante época.

F1/
FÓRMULA 1

10

INAFULCOTPENUARRRSTOOOA

Fernando Alonso completou a sua 300ª participação num No Canadá, com um carro que era pouco competitivo, da América, tendo o próprio Zak Brown admitido essa
evento de Fórmula 1 durante o Grande Prémio de Canadá, Alonso viu-se a lutar com Charles Leclerc pelo 10º lugar possibilidade.
muito embora não tenha sido a sua 300ª participação num até que um problema técnico na sua unidade de potência o A responsável máximo pela equipa de Woking não quer
Grande Prémio, mas o futuro do espanhol parece cada vez obrigou ao abandono. perder o seu piloto-estrela e está determinado em criar
mais incerto. O desencanto de Alonso com a Fórmula 1 tem sido evidente, uma estrutura para ele, caso este se decida a rumar ao
O piloto colocava profunda esperança no regresso à luta tendo apontado que a categoria máxima do desporto outro lado do Atlântico, tendo Michael Andretti sido uma
pelos pódios este ano, depois da McLaren ter trocado as automóvel é demasiado previsível, com apenas seis carros presença visível na boxe da McLaren durante o fim de
unidades de potência Honda pelas da Renault, mas, na capazes de lutar pela vitória e pelos lugares do pódio. semana canadiano e estando Gil de Ferran integrado na
verdade, a formação de Woking está longe de alcançar Por outro lado, o espanhol tem vindo a sublinhar o equipa inglesa.
esse desiderato e, presentemente, é a equipa menos interesse da IndyCar, competição onde são diversas as Entretanto, esta semana, e depois da frustração de
competitiva entre aquelas que usam os V6 turbohíbridos equipas que podem aspirar a vencer. Montreal, Alonso disputa as 24 Horas de Le Mans e, ao
franceses. Curiosamente, nos últimos meses têm-se adensando os serviço da Toyota, tem uma forte possibilidade de vencer a
O bicampeão mundial continua a ser um dos melhores rumores que dão como possível a entrada da McLaren no clássica francesa, o que, a concretizar-se, aproximá-lo-á da
pilotos da atual Fórmula 1, segundo alguns o melhor, principal campeonato de monolugares dos Estados Unidos ansiada ‘Coroa Tripla’.
mas este ano só por duas vezes conseguiu carregar o
seu McLaren Renault até à Q3 e, muito embora esteja
no sétimo posto do Campeonato de Pilotos – o primeiro
entre os pilotos das equipas do segundo pelotão – tem
como melhor resultado o quinto posto conquistado em
Melbourne, a primeira etapa da época, vendo-se longe da
luta pelos pódios.

GUERRA DE MOTORES TEM PRIMEIRO EPISÓDIO obrigado a realizar a qualificação com a
unidade potência anterior, devido a uma
O Grande Prémio do Canadá marcou determinantes para que a Red Bull defina qual de combustão interna devido ao acidente que falha de potência no seu mais recente V6
o fim do primeiro terço da temporada o motor que usará em 2019. teve em Barcelona, quando montou novos turbohíbrido.
deste ano e, com isso, a maior parte das O construtor japonês montou no carro componentes. Também os pilotos com produtos da
equipas montaram a segunda unidade de de Pierre Gasly uma unidade de potência Ambos os pilotos consideraram que o Renault consideraram a nova unidade de
potência dos seus respetivos carros, das completamento nova, ao passo que Brendon novo produto da Honda foi um passo em potência francesa uma evolução face à sua
três que tem disponíveis. Hartley teve ao seu dispor apenas um motor frente, muito embora o francês tenha sido antecessora.
As formações potenciadas pela Pela primeira vez, sem considerarmos
Mercedes mantiveram o V6 turbohíbrido a especificidade do Mónaco, um piloto
com que iniciaram a época, depois dos da Red Bull conseguiu bater-se com os
responsáveis de Brixworth terem ficado homens da Ferrari e da Mercedes durante a
com dúvidas quanto à fiabilidade dos qualificação, tendo Max Verstappen ficado
seus novos motores após testes no com o terceiro posto num circuito em que a
dinamómetro. potência é crítica.
No campo da Ferrari foi disponibilizado Os homens da Renault confirmaram o
uma nova unidade de potência, tendo avanço dos motores gauleses, com Nico
os carros de Maranello mantido boas Hulkenberg a impor-se na batalha do
performances, como provam a pole- segundo pelotão.
position e a vitória de Sebastian Vettel. Com as boas indicações dadas pelos novos
Mas era a Honda e a Renault que V6 turbohíbridos da Renault e da Honda,
suscitavam maiores expectativas, dado a Red Bull viu complicada a sua tarefa de
que têm maior margem de progressão escolher um motor para 2019, devendo
e as evoluções destas poderão ser tomar uma decisão até ao Grande Prémio
da Áustria.

>> autosport.pt

11

C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S

GP DO CANADÁ PROVA 7 DE 21 PROVA TEMPO
VOLTAS
MONTRÉAL VOLTA MAIS RÁPIDA
GERAL
10/06/2018 VEL. MÁXIMA
GERAL
4,361 KM 70 305,27 KM SEXTA SÁBADO DOMINGO BOX

PERÍMETRO VOLTAS DISTÂNCIA TOTAL 1 SEBASTIAN VETTEL FERRARI SF71H 1:28:31.377 68 1:13.964 2 326.4 KM/H 17 1

2 VALTTERI BOTTAS MERCEDES W09 EQ POWER+ +7.376S 68 1:13.992 3 335.7 KM/H 4 1

TREINOS LIVRES GRELHA DE PARTIDA 3 MAX VERSTAPPEN RED BULL RB14/TAG HEUER +8.360S 68 1:13.864 1 328.1 KM/H 16 1
4 DANIEL RICCIARDO RED BULL RB14/TAG HEUER +20.892S 68 1:14.159 5 331.2 KM/H 14 1
Q3 5 LEWIS HAMILTON MERCEDES W09 EQ POWER+ +21.559S 68 1:14.183 6 332.0 KM/H 12 1

1.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 1 SEBASTIAN VETTEL 6 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI SF71H +27.184S 68 1:14.075 4 328.4 KM/H 15 1
FERRARI 67 1:15.588 11 333.2 KM/H 11 1
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1:10.764 7 NICO HULKENBERG RENAULT RS18 +1 VOLTA 67 1:15.666 13 333.3 KM/H 10 1
2 VALTTERI BOTTAS 67 1:15.610 12 339.3 KM/H 2 1
1 Max Verstappen RED BULL RACING 1:13.302 MERCEDES 8 CARLOS SAINZ RENAULT RS18 +1 VOLTA 67 1:15.480 10 336.3 KM/H 3 1
1:10.857 67 1:15.699 14 334.0 KM/H 9 1
2 Lewis Hamilton MERCEDES +0.088s 3 MAX VERSTAPPEN 9 ESTEBAN OCON FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +1 VOLTA 67 1:15.470 9 331.7 KM/H 13 1
RED BULL RACING TAG HEUER 67 1:15.401 8 325.2 KM/H 18 1
3 Daniel Ricciardo RED BULL RACING +0.216s 1:10.937 67 1:15.100 7 349.7 KM/H 1 2
4 LEWIS HAMILTON 66 1:16.403 18 334.3 KM/H 8 1
4 Sebastian Vettel FERRARI +0.272s MERCEDES 10 CHARLES LECLERC SAUBER C37/FERRARI +1 VOLTA 66 1:15.765 15 335.0 KM/H 5 2
1:10.996 66 1:15.924 16 334.4 KM/H 7 1
5 Valtteri Bottas MERCEDES +0.315s 5 KIMI RÄIKKÖNEN 11 PIERRE GASLY TORO ROSSO STR13/HONDA +1 VOLTA 40 1:16.180 17 334.5 KM/H 6 1
FERRARI 0
6 Kimi Räikkönen FERRARI +0.425s 1:11.095 12 ROMAIN GROSJEAN HAAS VF-18/FERRARI +1 VOLTA 0
6 DANIEL RICCIARDO
7 Fernando Alonso MCLAREN RENAULT +0.598s RED BULL RACING TAG HEUER 13 KEVIN MAGNUSSEN HAAS VF-18/FERRARI +1 VOLTA
1:11.116
8 Carlos Sainz RENAULT +0.814s 14 SERGIO PEREZ FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +1 VOLTA

9 Stoffel Vandoorne MCLAREN RENAULT +1.009s

10 Pierre Gasly SCUDERIA +1.702s 15 MARCUS ERICSSON SAUBER C37/FERRARI +2 VOLTAS

11 Esteban Ocon FORCE INDIA +1.769s 16 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN MCL33/RENAULT +2 VOLTAS

12 Romain Grosjean HAAS FERRARI +1.817s 17 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS FW41/MERCEDES +2 VOLTAS

13 Marcus Ericsson SAUBER FERRARI +2.084s NC FERNANDO ALONSO MCLAREN MCL33/RENAULT DNF

14 Charles Leclerc SAUBER FERRARI +2.137s

15 Kevin Magnussen HAAS FERRARI +2.277s NC BRENDON HARTLEY TORO ROSSO STR13/HONDA DNF

16 Brendon Hartley SCUDERIA +2.454s NC LANCE STROLL WILLIAMS FW41/MERCEDES DNF

17 Sergey Sirotkin WILLIAMS +2.466s 7 NICO HULKENBERG
RENAULT
18 Lance Stroll WILLIAMS +2.957s 1:11.973

19 Nicholas Latifi FORCE INDIA +3.843s AUSTRÁLIA
BAHREIN
20 Nico Hulkenberg RENAULT CHINA
AZERBAIJÃO
2.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 8 ESTEBAN OCON ESPANHA
FORCE INDIA MERCEDES MÓNACO
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1:12.084 CANADÁ
FRANÇA
ÁUSTRIA
GRÃ-BRETANHA
ALEMANHA
HUNGRIA
BÉLGICA
ITÁLIA
SINGAPURA
RÚSSIA
JAPÃO
EUA
MÉXICO
BRASIL
ABU DHABI

1 Max Verstappen RED BULL RACING 1:12.198 9 CARLOS SAINZ
RENAULT
2 Kimi Räikkönen FERRARI +0.130s 1:12.168 PILOTOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

3 Daniel Ricciardo RED BULL RACING +0.405s

4 Lewis Hamilton MERCEDES +0.579s 10 SERGIO PEREZ 1. S. VETTEL 25 25 4 12 12 18 25 121
FORCE INDIA MERCEDES
5 Sebastian Vettel FERRARI +0.787s 1:12.671 Q2 2. L. HAMILTON 18 15 12 25 25 15 10 120
11 KEVIN MAGNUSSEN
6 Valtteri Bottas MERCEDES +0.863s HAAS FERRARI 3. V. BOTTAS 4 18 18 - 18 10 18 86
1:12.606
7 Romain Grosjean HAAS FERRARI +1.422s 4. D. RICCIARDO 12 - 25 - 10 25 12 84

8 Esteban Ocon FORCE INDIA +1.549s 5. K. RAIKKONEN 15 - 15 18 - 12 8 68

9 Sergio Perez FORCE INDIA +1.556s 6. M. VERSTAPPEN 8 - 10 - 15 2 15 50

10 Fernando Alonso MCLAREN RENAULT +1.668s 12 BRENDON HARTLEY 7. F. ALONSO 10 6 6 6 4 - - 32
SCUDERIA TORO ROSSO
11 Charles Leclerc SAUBER FERRARI +1.686s 1:12.635 8. N. HULKENBERG 6 8 8 - - 4 6 32

12 Brendon Hartley SCUDERIA +1.691s

13 Kevin Magnussen HAAS FERRARI +1.758s 13 CHARLES LECLERC 9. C. SAINZ 1 - 2 10 6 1 4 24
SAUBER FERRARI
14 Nico Hulkenberg RENAULT +1.769s 1:12.661 10. K. MAGNUSSEN - 10 1 - 8 - - 19

15 Marcus Ericsson SAUBER FERRARI +1.910s 11. P. GASLY - 12 - - - 6 - 18

16 Stoffel Vandoorne MCLAREN RENAULT +1.969s 14 FERNANDO ALONSO 12. S. PEREZ - - - 15 2 - - 17
MCLAREN RENAULT
17 Carlos Sainz RENAULT +2.235s 1:12.856 13. E. OCON - 1 - - - 8 2 11

18 Pierre Gasly SCUDERIA +2.288s 14. C. LECLERC - - - 8 1 - 1 10

19 Lance Stroll WILLIAMS +2.505s 15 STOFFEL VANDOORNE 15. S. VANDOORNE 2 4 - 2 - - - 8

20 Sergey Sirotkin WILLIAMS +2.584s MCLAREN RENAULT 16. L. STROLL - - - 4 - - - 4

3.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 1:12.865 Q1 17. M. ERICSSON - 2 - - - - - 2

16 LANCE STROLL
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. WILLIAMS MERCEDES 18. B. HARTLEY - - - 1 - - - 1

1 Max Verstappen RED BULL RACING 1:11.599 1:13.590 19. R. GROSJEAN - - - - - - - 0

2 Sebastian Vettel FERRARI +0.049s 20. S. SIROTKIN - - - - - - - 0

3 Kimi Räikkönen FERRARI +0.051s 17 SERGEY SIROTKIN
WILLIAMS MERCEDES
4 Lewis Hamilton MERCEDES +0.107s 1:13.643

5 Daniel Ricciardo RED BULL RACING +0.554s

6 Valtteri Bottas MERCEDES +0.656s 18 MARCUS ERICSSON EQUIPAS
SAUBER FERRARI
7 Sergio Perez FORCE INDIA +1.304s 1:14.593 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
19 PIERRE GASLY
8 Nico Hulkenberg RENAULT +1.347s SCUDERIA TORO ROSSO 1. MERCEDES 22 33 30 25 43 25 28 206
1:13.047
9 Romain Grosjean HAAS FERRARI +1.415s 20 ROMAIN GROSJEAN 2. FERRARI 40 25 19 30 12 30 33 189
HAAS FERRARI
10 Stoffel Vandoorne MCLAREN RENAULT +1.435s
Nota: Grosjean correu com
11 Esteban Ocon FORCE INDIA +1.465s autorização dos Comissários e Gasly 3. RED BULL 20 - 35 - 25 27 27 134

12 Brendon Hartley SCUDERIA +1.477s foi penalizado devido a troca de 4. RENAULT 7 8 10 10 6 5 10 56
elementos da unidade motriz
13 Fernando Alonso MCLAREN RENAULT +1.626s 5. MCLAREN RENAULT 12 10 6 8 4 - - 40

14 Carlos Sainz RENAULT +1.732s 6. FORCE INDIA - 1 - 15 2 8 2 28

15 Pierre Gasly SCUDERIA +1.735s

16 Charles Leclerc SAUBER FERRARI +1.853s 7. TORO ROSSO  - 12 - 1 - 6 - 19

17 Kevin Magnussen HAAS FERRARI +1.889s 8. HAAS FERRARI - 10 1 - 8 - - 19

18 Sergey Sirotkin WILLIAMS +2.219s 9. SAUBER FERRARI - 2 - 8 1 - 1 12

19 Marcus Ericsson SAUBER FERRARI +2.326s

20 Lance Stroll WILLIAMS +2.369s 10. WILLIAMS - - - 4 - - - 4

PONTUAÇÃO 1.º 25 PTS 2.º 18 PTS 3.º 15 PTS 4.º 12 PTS 5.º 10 PTS 6.º 8 PTS 7.º 6 PTS 8.º 4 PTS 9.º 2 PTS 10.º 1 PT

12 CPR/
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS - RALLYE VIDREIRO CENTRO DE PORTUGAL/MARINHA GRANDE

HYUNDAI abemosqueosdesportosmo- Mas a vida continua e os pilotos não vi-
torizados são perigosos. Tanto raram a cara à luta. Se o Hyundai com o
pilotos, como famílias, equipas nº 1 ficou cedo imobilizado num recanto
e adeptos sabem que o risco faz do Pinhal do Rei, o nº 46 depressa come-
parte da profissão destes autên- çou a dar cartas e Armindo Araújo e Luís
Sticos heróis, que alimentam a Ramalho colocaram o seu Hyundai I20
A PRETO suaeanossapaixãodumaformamuito R5 na frente do rali donde já não viriam a
E BRANCO mais intensa que o comum dos mortais. sair. Na manhã de sábado, com o tempo
O prazer e o divertimento que pilotos e incerto, enquanto alguns dos adversários
navegadores retiram da sua atividade, as se enganavam nas escolhas de pneus,
sensações que vivem, são muito fortes, pois pensaram que chovia, Araújo levou
mas como bem sabemos, isso tem um pneus que garantiam que mesmo não
preço, e esse preço é o risco que correm. tendo os pneus ideais também não es-
Acidentes nos ralis ou nas corridas são taria totalmente errado, o que, a juntar
à classe natural do piloto, foi fazendo a
normais, e em 99% das vezes são apenas diferença, a pouco e pouco, e o permitiu
terminar a manhã com 15.90s de avanço
sustos e histórias que ficam para contar. face a Ricardo Teodósio. À tarde o piloto da
Armindo Araújo e Luís Ramalho venceram pela terceira vez Destavezfoimuitomaisdoqueisso.Não Hyundai nãodeumargemparaqualquer
consecutiva no CPR, numa prova claramente marcada pelo sóporquesucedeuaoCampeãoNacional reação dos seus adversários, que, valha
horrível acidente que sofreram os seus colegas de equipa do deRalisde2017,masprincipalmentepor- a verdade, também não o tentaram. Com
Team Hyundai Portugal, Carlos Vieira e Jorge Carvalho. Num que se tratou de um acidente com uma isso, venceu com toda a naturalidade,
contexto destes, nada mais importa que a plena recuperação violência incomum e também com con- naquela que é a sua terceira vitória con-
do Campeão de Portugal em título... sequênciasmuitocomplicadas.Odetalhe secutiva no CPR este ano. Um resultado
que o faz distanciar-se no campeonato,
explicamos noutro lado, mas este acidente criando uma margem que permite que
José Luís Abreu marcouseveramentetodosospilotos,uns
[email protected] mais do que outros, e os semblantes não

FOTOS: AIFA/JORGE CUNHA; NUNO PIMENTA E OFICIAIS enganavam ninguém.

não precise de arriscar tudo nas próximas >> autosport.pt
provas, ‘dando’ a palavra aos adversários.
13
GRANDE TEODÓSIO
Ricardo Teodósio e José Teixeira, com pou- COMENTÁRIO
co ou nenhum conhecimento do Skoda DO VENCEDOR
Fabia R5 no asfalto, estiveram a um nível
muito alto, o que deixa antever que, com ARMINDO ARAÚJO
mais ‘rodagem’ podem finalmente passar
a lutar nos lugares da frente como fize- Armindo Araújo alcançou no
ram na Marinha Grande. Teodósio não Vidreiro a terceira vitória
quis arriscar mais, mas provavelmente consecutiva no campeonato, foi
o mais rápido em sete especiais,
4 e alicerçou a sua candidatura ao
título: “Foi um rali que consegui-
QUARTA VITÓRIA DE ARMINDO ARAÚJO NO mos dominar desde o início e
RALI VIDREIRO, TERCEIRA CONSECUTIVA em que demonstrámos ser com-
NO CAMPEONATO DE PORTUGAL 2018, petitivos nos pisos de asfalto.
MORTÁGUA, PORTUGAL E MARINHA GRANDE O Hyundai i20 R5 foi um ótimo
aliado, estamos muito contentes
com tudo aquilo que fizemos e
naturalmente com o resultado
final. Passo a passo vamos
caminhando rumo ao objetivo
que traçámos, e a liderança do
campeonato é obviamente a
posição que queremos manter
até ao final.
Portanto, em termos despor-
tivos, para mim, foi ótimo.
Contudo, não estamos muito
contentes, felizes ou efusivos,
porque o nosso colega de equipa
teve um grande acidente, está a
recuperar e o ambiente em ter-
mos de Hyundai não é o melhor,
é um sentimento agridoce. Faz
parte, sabemos que corremos
riscos, mas não gostamos quan-
do nos acontecem, nem a nós
nem aos nossos. É muito difícil
gerir e manter a concentração
quando vemos companheiros
de equipa passarem por uma
situação destas e esta vitória é
dedicada a todo o Team Hyundai
Portugal, mas particularmente
ao Carlos Vieira e ao Jorge Car-
valho”, referiu Armindo Araújo.

CPR/
CAMPEONATO PORTUGAL DE RALIS

14 R A L LY E V I D R E I R O C E N T R O D E P O R T U G A L / M A R I N H A G R A N D E 5 D E 9

M/ MOMENTO

em Castelo Branco estará com maior isso, esteve do lado dos que erraram nos F/ FIGURA Ao invés de atacar muito forte num troço
confiança. Terminaram num merecido pneus. Ainda assim, foi, na prática, quinto e aí ter feito a diferença, Armindo Araújo,
segundo lugar. Pedro Meireles e Mário no CPR e subiu a segundo no campeonato. o que fez, foi afastar-se três segundos
Castro completaram o pódio, num rali Bela prova fez o jovem Pedro Almeida, que de cada vez entre as PE4 e 6, e quando
muito difícil para ambos, pois foram quem com Nuno Almeida ao lado está a andar Ricardo Teodósio reagiu na PE7, já estava
mais depressa chegou ao local do aciden- cada vez melhor com o Ford Fiesta R5. a 15s. Foi aí que o piloto da Hyundai
te de Carlos Vieira, e o que viram afeta Manuel Castro e Luís Costa tiveram final- resolveu o rali, e a partir daí só teria que
qualquer um. Foi difícil continuar, mas mente uma prova ‘limpa’ com o Hyundai I20 reagir a possíveis ataques, que nunca
fizeram-no, com dignidade, e terminaram R5 e chegaram ao fim cheios de confiança aconteceram. Não houve um ‘momento’,
num bom terceiro lugar. Uma má escolha para fazerem melhor no próximo. mas sim um conjunto ‘deles’...
de pneus condicionou, mas também não Pedro Antunes e Paulo Lopes venceram os
havia vontade para muito mais. 2WD e foram nonos, na frente de António Nada mais importa neste momento que
José Pedro Fontes e Paulo Babo tiveram Dias e Daniel Pereira, dupla que ficou a co- a plena recuperação de Carlos Vieira,
que utilizar novamente o Citroën DS3 R5, nhecer o Skoda Fabia R5 no difícil e mítico e é por ele que toda a ‘família’ dos
o C3 R5 só em Castelo Branco, mas o pião asfalto deste rali. Bom rali de Fernando ‘motores’ lusa torce, para que recupere
da PE2 e o estado anímico não deram para Teotónio e Luís Morgadinho, sempre a an- o melhor e o mais breve possível. O
mais. A juntar a isso, também escolheram dar bem com o Mitsubishi Lancer Evo IX. Campeão de Portugal de Ralis 2017
mal os pneus para a manhã de sábado e O mesmo se pode dizer de Daniel Nunes/ trava agora a sua mais importante luta,
tudo junto redundou apenas num quarto Rui Raimundo, muito espetaculares com o e nós estamos todos sem exceção a
lugar. Provavelmente, em Castelo Branco, Peugeot 208. António Costa está ‘feito’ um torcer por ele. Força, Carlos.
ou quando passar o período de adaptação ‘Senhor’ piloto. Paulo e Ana Caldeira anda-
ao C3, outro galo cantará. ram o que puderam com o seu novo Citroën
DS3 R5. Destaque ainda para os pequenos
UM PORSCHE E MUITA CLASSE Kia Picanto GT Cup, ficando provado que
pode ser uma excelente opção para os ralis.
Adruzilo Lopes e Jorge Henriques, no belo No campeonato, Armindo Araújo tem 26
Porsche 997 GT3, foram quintos da geral e pontos de avanço para Miguel Barbosa, o
venceram entre os GT, em mais uma bela que não sendo decisivo já é significativo.
prestação do piloto de Caldas de Vizela. Ricardo Teodósio é quarto com menos
MiguelBarbosaeHugoMagalhãesvoltaram 40 que o líder e Pedro Meireles está um
a estar azarados, e o problema começou ponto mais atrás.
logo no... Rali de Portugal. O motor do Skoda O Campeonato Portugal de Ralis regressa
teve que ir para a República Checa, Barbosa no fim deste mês com o Rali de Castelo
correu com um alugado, mas ficou sem Branco.
tempo para testar como queria. A juntar a

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15

PF/ PARQUE FECHADO

VOLTA DEPRESSA, DANIEL NUNES
CARLOS VIEIRA ‘CAPITALIZOU’ NOS 2WD
Acaravana do CPR entrou em
sobressalto pouco depois do tíbia, perónio - eram o mal menor do A história das duas rodas motrizes “Entrámos com um andamento muito
início do Rali Vidreiro devido que sofria o piloto, e várias costelas no Rali Vidreiro foi interessante e forte e acabámos por não evitar uma
a um pavoroso despiste de fraturadas resultaram em sérios danos teve vários protagonistas. Paulo Neto saída de estrada! No segundo dia,
Carlos Vieira e Jorge Carva- internos, que atiraram Vieira para a entrou bem e liderou desde o início, estivemos concentrados de modo a
lho, que numa zona muito mesa de operações. Foi colocado em com Daniel Nunes a cometer um erro manter a liderança do campeonato,
rápida, com uma esquerda e direita coma induzido, transportado para o e a perder 20s. Com Pedro Antunes conseguimos uma recuperação brutal
longas, saíram de estrada a uma ve- Centro Hospitalar e Universitário de por perto, Paulo Neto sai de estrada e quase que conseguíamos ser os
locidade muito alta, com o Hyundai Coimbra, onde as condições para a na PE5, António Costa passa para 2º, melhores entre dos 2WD. Foi um
i20 R5 a bater de lado numa enorme necessária operação são as melhores Miguel correia está logo atrás e Daniel rali soberbo! Pena foi a organização
árvore e a parte lateral esquerda do do País, e esta, que incluiu a colocação Nunes recuperava a olhos vistos. não ter sabido gerir melhor as
carro a ficar completamente destruída, de uma prótese na artéria aorta, correu Antunes termina o rali na frente, mas neutralizações. Fomos para o último
e muito pior do que isso, Carlos Vieira bem. O prognóstico continua reservado não escolheu esta prova para pontuar, troço com 6,05s de vantagem, mas
seriamente lesionado. (à hora do fecho desta edição), mas o pelo que é Daniel Nunes quem pontua com os novos tempos atribuídos
Jorge Carvalho saiu, muito combalido estado de saúde de Carlos Vieira inspira mais no Vidreiro, dilatando por isso acabámos por descer a segundo”,
do carro, deitando-se no chão. Teve que ainda muitos cuidados, acreditando-se a sua liderança no campeonato: disse.
ir ao hospital, mas ficou a saber-se que no entanto, que já não corre risco de
não tinha nada de muito grave. vida. Neste momento, não é possível
Infelizmente, com o piloto, não foi as- antecipar as sequelas, mas acredita-se
sim. O embate foi tão violento que o que no mínimo atravessará uma recu-
roll-bar partiu e Carlos Vieira sofreu peração longa. Este foi, certamente,
lesões gravíssimas, que colocaram dos mais pavorosos acidentes de que
em sério risco a sua vida. O piloto foi há memória nos ralis nacionais, sendo
imediatamente socorrido, estabili- que o Campeão de Portugal de Ralis
zado no local e rapidamente trans- 2017 trava agora a luta mais importante
portado para o hospital de Leiria, mas da sua vida.
depressa se percebeu que as lesões Rápida recuperação é o que lhe dese-
eram gravíssimas e careciam doutro jamos, e que possa regressar o mais
tipo de intervenção. A perna esquerda breve possível à família dos ralis, pois
fraturada em vários locais - fémur, faz muita falta a sua amizade, irreve-
rência e classe pura.

RICARDO TEODÓSIO
“VITÓRIA NÃO ERA IMPOSSÍVEL...”

Ricardo Teodósio e José Teixeira em Castelo Branco: “Era possível ter
terminaram o rali em segundo, posição feito melhor. Se não fosse um problema
a que chegaram no primeiro dos troços com a válvula ‘pop off’ podíamos ter
da zona de Pombal, mantendo-se depois feito uns segundos a menos. No último
o mais perto possível dos líderes, dia andámos forte, mas talvez algo
pressionando-os e esperando por algo condicionados pela escolha de pneus
que pudesse suceder, terminando o durante a tarde. De qualquer forma,
rali a 27s do vencedor, Armindo Araújo, estou bastante feliz com o resultado. A
mas deixando o terceiro classificado, vitória não era impossível, mas também
Pedro Meireles, a quase um minuto de não seria nada fácil”, disse satisfeito,
diferença. Este foi o seu primeiro rali Em conclusão: “O novo sistema de notas
com o Skoda Fabia R5 em asfalto, e por agradou-nos bastante e quero agradecer
isso não será de estranhar que possam por isso ao Diogo Gago por toda a
andar mais depressa na próxima prova, informação que nos deu.”

CPR/ BOA ESTREIA DO
CAMPEONATO PORTUGAL DE RALIS KIA PICANTO GT
CUP NOS RALIS
16 R A L LY E V I D R E I R O C E N T R O D E P O R T U G A L / M A R I N H A G R A N D E 5 D E 9
O Kia Picanto GT Cup estreou-se nos
PF/ ralis, deixando boas indicações. Tiago
Raposo Magalhães e Francisco Esperto
foram conhecendo o carro e aumentando
gradualmente o ritmo, chegando mesmo a
rodar na frente de mais potentes viaturas
das categorias RC3 e RC4.
Para Raposo Magalhães, que se atrasou
devido a um furo: “Apesar da pedra que
provocou o nosso despiste e consequente
queda na cl assificação geral, impedindo-
nos de lutar pelo triunfo na categoria RC5,
saímos da Marinha Grande com enorme
satisfação pois o Kia Picanto GT Cup
comprovou a sua rapidez e fiabilidade”,
disse.
Ficaram assim bem demonstradas as
capacidades do Kia Picanto GT Cup,
alicerçadas também no facto do segundo
Picanto, que teve no cockpit Francisco
Esperto e Fernando Miguel, terem vencido
a categoria RC5.

PEDRO MEIRELES
“O QUE SUCEDEU AO CARLOS MEXEU MUITO COMIGO”

Pedro Meireles e Mário Castro terminaram o Rali Vidreiro no terceiro que tenha uma recuperação total. O ‘Jet’ felizmente já esta bem”, CCR: MAIS UMA
lugar, uma posição que, como disse: “Não era o que queríamos, foi começou por dizer Pedro Meireles, que estava visivelmente abatido PARA CARLOS
o possível, mas também foi o menos importante. Importante foi a com o que presenciou. FERNANDES
melhoria do estado de saúde do Carlos. Fomos a primeira equipa a De qualquer forma, em termos desportivos, terminou no pódio, sendo
chegar ao pé deles depois do acidente, tememos o pior, e aquele também ele afetado por afinações inadequadas no seu Skoda Fabia Na prova reservada ao Campeonato
cenário foi chocante para nós, vermos dois amigos naquela situação R5: “Foi melhor o resultado do que a exibição. Andámos ‘certinhos’ do Centro de Ralis, Carlos Fernandes
foi muito dramático. mas nunca nos sentimos à vontade no carro, nunca me sentido com (Mitsubishi Lancer Evo VI) não deu,
Emocionalmente, este foi o rali mais duro da minha vida. Felizmente, ‘aquela’ vontade. Foi trazer o carro até ao fim, no 3º lugar, é bom, mas mais uma vez, hipóteses aos seus
parece que as coisas para o Carlos estão a compor-se, esperemos não era isso que queríamos em termos de campeonato”, disse. adversários, concluindo o rali com
mais de dois minutos de avanço para
JOSÉ PEDRO FONTES o Ford Escort RS de Eduardo Veiga.
“FIM DE SEMANA PARA ESQUECER...” No fim da PE1 o piloto de Sintra já
tinha mais de 16s de avanço para o
José Pedro Fontes foi quarto, numa prova marcada segundo e foi sempre a somar até ao
pelo pião na PE2, que o fez perder desde logo 21.80s. fim. Gaspar Pinto (Mitsubishi Lancer
Basicamente a distância a que ficou do pódio. Evo VI) encerrou o pódio.
O rali não lhe correu bem, com as coisas a piorarem na No Desafio Kumho, o triunfo foi também
manhã do segundo dia: “Pelas indicações que tínhamos para Carlos Fernandes, com Gaspar Pinto
pensávamos que ia chover. Optámos por pneus de chuva, em segundo e no Challenge 1000CC, o
mas o piso acabou por estar seco, pelo que a partir vencedor foi Filipe Madureira (Peugeot
daí não existia muito a fazer que não fosse minimizar 107), que bateu Filipe Leite, em carro
o prejuízo e terminar o rali. Mas mais importante que igual, por 24.40s.
qualquer resultado desportivo é a recuperação do Carlos
Vieira. Ele é um campeão, vamos dar tempo ao tempo e
ele com certeza voltará em breve a este desporto pelo
qual é tão apaixonado”, disse Fontes, que deverá estrear
‘efetivamente’ o Citroën C3 R5 no Rali da Castelo Branco.

OPINIÃO C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S >> autosport.pt

TAÇA FPAK E CLÁSSICOS RALLYE VIDREIRO 5 DE 9 17

TRIUNFOS DE 08/06 A 09/06/2018 2.º DIA
CABEÇAS E
BERNARDES 461,18 KM 110,20 KM 1.º DIA

Na Taça FPAK de Ralis o triunfo foi para DISTÂNCIA 10 TROÇOS
André Cabeças (Mitsubishi Lancer Evo IX)
que terminou a prova com mais de um PROVA CARRO
minuto de avanço para Gonçalo Figueiroa TEMPO/DIF.
(Ford Escort RS). 1 ARMINDO ARAÚJO/LUIS RAMALHO
Ricardo Costa Jr. concluiu a prova muito José Luís Abreu 2 RICARDO TEODÓSIO/ JOSÉ TEIXEIRA HYUNDAI I20 R5 1:03:24.8
perto de Figueiroa, isto apesar duma forte 3 PEDRO MEIRELES/MÁRIO CASTRO SKODA FABIA R +27.00S
penalização de três minutos. Ricardo DIRETOR EXECUTIVO 4 JOSÉ PEDRO FONTES/PAULO BABO SKODA FABIA R5 +1:22.90S
Matos (Mitsubishi) e Gonçalo Figueiroa 5 ADRUZILO LOPES/JORGE HENRIQUES CITROEN DS3 R5 +1:43.20S
passaram pela liderança. [email protected] 6 MIGUEL BARBOSA/HUGO MAGALHÃES PORSCHE 997 GT3 +2:45.30S
No Campeonato de Portugal de Clássicos 7 PEDRO ALMEIDA/NUNO ALMEIDA SKODA FABIA R5 +2:51.20S
de Ralis, o triunfo foi para Joaquim Aexpetativa era grande, 8 MANUEL CASTRO/LUIS COSTA FORD FIESTA R5 +4:17.00
Bernardes (Volkswagen Golf MK1 GTI), isto já que depois de termi- 9 PEDRO ANTUNES/PAULO LOPES HYUNDAI I20 R5 +4:50.90
depois de Cipriano Antunes (Audi Quattro) nada a fase de terra do 10 ANTÓNIO DIAS/DANIEL PEREIRA PEUGEOT 208 R2 +5:37.70
ter abandonado quando já estava quase a campeonato, era im- 11 FERNANDO TEOTÓNIO/LUIS MORGADINHO SKODA FABIA R5 +5:59.80
dois minutos. portante ficar a saber 12 DANIEL NUNES/RUI RAIMUNDO MITSUBISHI LANCER EVO IX +6:01.50S
com o que se poderia 13 ANTÓNIO COSTA/RICARDO TORRES PEUGEOT 208 R2 +6:29.40S
PEDRO ANTUNES contar em termos de correlação 14 GIL ANTUNES/DIOGO CORREIA PEUGEOT 208 R2 +6:38.40S
“MELHORÁMOS de forças para o remanescente da 15 PAULO CALDEIRA/ANA G. CALDEIRA RENAULT CLIO RS R3T +7:18.40S
O RITMO época, mas o acidente de Carlos 16 FRANCISCO ESPERTO/FERNANDO MIGUEL CITROEN DS3 R5 +8:58.00S
E CONSEGUIMOS Vieira e Jorge Carvalho fez abater 17 FILIPE NOGUEIRA/BRUNO ABREU KIA PICANTO GT CUP +12:06.90S
GANHAR” uma nuvem sombria sobre a pro- 18 FILIPA SANGUEDO/JORGE CARVALHO CITROEN C2 R2 +12:08.40S
va, e não houve quem não tivesse 19 JOAQUIM BERNARDES/LAURINDA ALVES OPEL ADAM R2 +12:31.10S
Depois de ter começado o rali com um ficado profundamente abalado 20 RUI LOPES/PAULO MARQUES VOLKSWAGEN GOLF MK1 GTI +12:56.40S
pião e um furo, Pedro Antunes mostrou com o que testemunhou, ou ficou 21 RAFAEL CARDEIRA/ANDRÉ COUCEIRO RENAULT CLIO R3T +12:59.00S
mais uma vez que está a tornar-se um a saber. 22 TIAGO R. MAGALHÃES/TIAGO CARVALHO RENAULT TWINGO RS +21:04.80S
dos melhores pilotos da nova geração, A vida continua, felizmente, e 23 GERMÁN FORTES/FÉLIX SUÁREZ KIA PICANTO GT CUP +24:51.80S
ao realizar uma fantástica recuperação, agora só resta que Carlos Vieira 24 JOANA BARBOSA/SOFIA MOUTA FORD SIERRA RS COSWORTH +26:03.30S
metendo pressão forte no líder, Paulo ultrapasse este momento muito FORD FIESTA R2T +26:45.00S
Neto, até que este saiu de estrada. difícil e se restabeleça por com-
Depois, foi aumentando a margem, pleto. É o que todos desejamos, e ABANDONOS PE
vencendo com naturalidade, pois ninguém neste momento pouco importa CAUSA
teve andamento para ele: “Balanço como vai ser o seu futuro des- CARLOS VIEIRA PE
positivo. Não começámos bem, com portivo. Importa é recuperar o PAULO NETO LÍDERES VENCEDORES DE PE
um pião e um furo, mas fomos atrás do homem, pois tudo à volta perde PEDRO L. VIEIRA PE1 ACIDENTE 7
prejuízo de tarde e conseguimos uma relevância. O que vi no sábado de VITOR PASCOAL PE5 ACIDENTE ARMINDO ARAÚJO PE 1 A 10 ARMINDO ARAÚJO 1
boa recuperação. Melhorámos o ritmo e manhã na Marinha Grande era PEDRO SILVA PE6 ACIDENTE MIGUEL BARBOSA 1
conseguimos vencer”, disse. Um triunfo uma espécie de alívio misturado CIPRIANO ANTUNES PE6 ACIDENTE RICARDO TEODÓSIO 1
totalmente merecido, acrescentamos com preocupação. MIGUEL CORREIA PE6 ACIDENTE ADRUZILO LOPES
nós. Agora, em Castelo Branco, vem aí Mas havia uma missão a cumprir PE7 AVARIA
novamente a Peugeot 208 Rally Cup: “É e foi o que os pilotos fizeram. A PE8 ACIDENTE
onde temos adversários mais fortes, mas meteorologia pregou uma partida
vamos dar o máximo para nos mantermos às equipas, e houve quem tivesse CPR
nos lugares da frente.” rumado aos troços da zona de
Pombal com as escolhas erradas, 1º ARMINDO ARAÚJO 92,29 PONTOS
outros dividiram o ‘mal pelas 2º MIGUEL BARBOSA 66,1 PONTOS
aldeias’, e nunca estiveram com- 3º RICARDO MOURA 54,35 PONTOS
pletamente certos, mas também 4º RICARDO TEODÓSIO 52,38 PONTOS
nunca totalmente errados, e foi 5º PEDRO MEIRELES 51 PONTOS
neste contexto que as diferenças
se foram acentuando. Num rali
sprint, a meio do dia a ‘coisa’ já
estava bastante bem encaminha-
da para Armindo Araújo, que no
entanto não poderia baixar muito
o ritmo. Com tudo isto ficámos a
saber que o piloto da Hyundai é
a partir daqui o piloto-referência
no asfalto. O novo C3 R5 de Fontes
pode baralhar as contas, e com
quatro provas pela frente muito
pode ainda acontecer.

18 WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - ITÁLIA SARDENHA

DUELO DE

CAMPEÕES

A diferença de 0,7 segundos entre Thierry Neuville e Sébastien
Ogier conta parte da história do emocionante Rali Itália

Sardenha, sétima prova do Mundial de Ralis, que tinha o cinco
vezes campeão do mundo na liderança antes do último troço

e acabou com o aspirante a campeão na primeira posição. Foi,
sem dúvidas, um duelo de campeões!
Martin Holmes com José Manuel Costa
[email protected]

FOTOGRAFIA @WORLD/ A.LAVADINHO/ A.VIALATTE

Para além do despedimento de ausente do Mundial desde o Rali da Sar- cheguei a parar para afastar dois pares gado’ a mostrar serviço a Pierre Budar, o
Kris Meeke da Citroën, não ha- denha do ano passado – e a inscrição de de enormes rochas!” patrão da Citroën Sport. Para felicidade
viam muitas novidades no ar- alguns “gentleman drivers” com WRC A superespecial de Ittiri Arena foi um de Thierry Neuville, abrir a estrada com
ranque do Rali Itália Sardenha: da geração anterior como o Ford Fiesta aperitivo para o que viria nos três dias estas condições não era tão problemá-
as estradas eram na maioria as WRC e o Citroën DS3 WRC. Da lista de seguintes, com Sebastien Ogier a ser o tico como pensava e estava na luta pela
mesmas dos últimos anos com inscritos, destaque, ainda, para o piloto de mais rápido nos dois quilómetros da espe-
a Power Stage a utilizar partes do troço desenvolvimento dos pneus indianos MRF cial. Mas por uma margem de apenas 0,1 0,7
usado no Shakedown e a terminar na (que estão homologados para o WRC2 a segundos para Andreas Mikkelson. Estava
praia junto ao Mediterrâneo. Não havia partir de 2019), o indiano Gaurav Gill ao dado o mote para uma prova animada, FOI ESTA A DIFERENÇA QUE SEPAROU O
especiais ultralongas (a maior eram os volante de um Ford Fiesta R5. Ele que onde Sebastien Ogier queria dar o troco a PRIMEIRO DO SEGUNDO CLASSIFICADO, DEPOIS
37 km de Monti di Ala) e a prova estava fazia a sua primeira prova do Mundial Neuville, depois de dois ralis menos con- DE MAIS DE 313 KM DISPUTADOS A FUNDO POR
baseada no porto de Alghero, onde es- desde o Rali de Portugal de 2009. A MRF seguidos e que, pela primeira vez desde THIERRY NEUVILLE E SÉBASTIEN OGIER. WOW!
tava, também, o parque de assistências. será a quarta marca de pneus a surgir no 2012, não tinha o seu nome a encimar a
Esperava-se uma prova complicada Mundial de Ralis, juntando-se a Michelin, tabela da classificação do campeonato.
com pisos duros e cheios de pedras com Pirelli e D-Mack.
estradas estreitas que não costumam No rali em que o navegador de Jari-Matti OGIER E NEUVILLE: LUTA DE TITÃS
perdoar. Um rali que desafiava os pilotos Latvala, Mikka Anttila, cumpria o seu rali
a encontrar um ritmo que não os fizesse número 200 no Mundial, acreditava-se O primeiro dia de prova, a sério, viu alguns
perder demasiado tempo, mas que evi- que Thierry Neuville conhecesse sérias pilotos sofrerem contratempos. Se Ogier
tasse os furos. Curiosamente, depois da dificuldades nas empoeiradas, abrasivas começou cautelosamente, respeitando
polémica instalada com as chicanes nas e duras estradas de terra do Rali da Sar- estradas enlameadas pela chuva forte
superespeciais, o Rali Itália Sardenha não denha, pois iria abrir a estrada. Porém, a que caiu no dia anterior, Mikkelson entrou
tinha qualquer chicane. chuva veio ajudar o belga que viu, assim, ao ataque, tal com o Mads Ostberg, ’obri-
Ao contrário do que tinha sucedido em mitigada alguma da desvantagem por ser
Portugal, esta sétima prova do Mundial o primeiro a passar.
de Ralis não contava para o Campeona- A prova começou com pisos húmidos pelo
to Nacional de Ralis e por isso a lista de que a escolha de pneus foi simples: macios
inscritos tinha apenas 50 carros, entre para todos, mesmo que as pedras fossem
eles 16 WRC e 21 R5, com destaque para enorme preocupação, como dizia Latvala:
o reaparecimento de Martin Prokop – “são tantas que nos reconhecimentos

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19

COMENTÁRIO
DO VENCEDOR

THIERRY NEUVILLE

A segunda vitória consecutiva do ano e
nona da carreira deixou Thierry Neuville
com um sorriso de orelha a orelha.
Depois de em Portugal ter dado largas à
sua felicidade, este triunfo em cima da
linha de meta deixou-o felicíssimo. “Foi
fantástico! E não fui o único a andar a
fundo todo o fim de semana, pois o Seb
(Ogier) e o Julien (Ingrassia) fizeram um
excelente trabalho. Nesta situação é
uma questão de quão perfeitos somos.
Hoje falhei algumas trajetórias e na
Power Stage cometi um erro quando
entrei na zona de rochas demasiado
depressa e estas levaram-me a andar
em duas rodas. Estive próximo de cair
para o lado, mas continuei a puxar até
final e na zona mais dura mantive o pé
no fundo. Correu tudo bem e a vitória
foi muito saborosa, pois consegui bater
um cinco vezes campeão do Mundo! É
por isso que esta vitória é tão grande e
especial para nós! Apesar disso, tenho
de reconhecer que foi um fim de semana
complicado, devido à chuva, por sermos
o primeiro carro na estrada e por alguns
furos que nos foram atrasando.” Com
esta vitória arrancada a ferros na cara
de Ogier, Neuville aumentou a vantagem
no campeonato para 27 pontos.

primeira posição. Já na Toyota, as coisas que na Ford era Ogier o único a acompa- Ogier.Nocampoda Toyota,continuavam classificativas do dia, jogando pela janela
estavam complicadas. Latvala e Tänak nhar os i20 Coupe WRC de Mikkelson e os problemas, com Ott Tänak a levantar mais dois segundos, numa altura em que
queixavam-se do Yaris, Lappi dizia raios e Neuville. voo e a cair descontrolado, causando Neuville já estava a menos de três segun-
coriscos da... estrada! Mais tarde descobriu Como dizia na altura Malcolm Wilson, danos suficientes para mais um aban- dos de Ogier. O francês acabou por ver
que um furo lento era a causa para o seu Sébastien Ogier andou a reconhecer as dono. Felizmente que desta feita sem ser a estrelinha dos campeões dar-lhe um
desespero. especiais com pisos enlameados e quan- terminal - regressou no dia seguinte em segundo fôlego quando Neuville piscou
Mais adiante, era Teemu Suninen a es- do a chuva regressou, à tarde, o francês Rally 2. Nesse mesmo salto, Latvala quase os olhos e bateu numa pedra, gerando um
tragar a aerodinâmica do Fiesta e a sentir foi quem melhor lidou com a situação. cometia o mesmo erro, mas acabou por furo que o atrasou e colocou a diferença
dificuldades com o equilíbrio do Ford. Pior Porém, uma sequência de acontecimen- sair sem problemas. Destaque, ainda, para em 6,8 segundos.
para Elfyn Evans! Acertou em cheio numa tos ajudaram o cinco vezes campeão do o despiste de Teemu Suninen – saiu da Mas não se deixou desmoralizar o piloto
pedra em plena contrabrecagem e a di- Mundo: primeiro esteve intratável logo trajetória, bateu numa rocha e saiu dis- da Hyundai Motorsport que à entrada da
reção não resistiu. O piloto galês deixou a no primeiro troço da tarde e trepou para parado para o meio da vegetação e de penúltima classificativa do dia já tinha
luta pelos primeiros lugares ao depositar primeiro depois de oferecer 12,2 segundos lá já não saiu sem ajuda de um reboque. recuperado 2,5 segundos. Até final do dia, o
na berma da estrada quase um quarto de a Lappi; depois viu Mikkelson conhecer Também ele regressou em Rally2. belga conseguiu encolher a desvantagem
hora para reparar o Fiesta. problemas de transmissão que o atrasa- para Ogier até aos 3,9 segundos. Ficava em
A chuva principiava a ‘brincar’ com os ram e obrigaram mesmo a abandonar; NEUVILLE AO ATAQUE perspetiva um último dia de competição
concorrentes e começavam a surgir as finalmente, assistiu à quase eliminação de cortar a respiração!
queixas dos pilotos. No campo da Citroën, de Neuville quando este alargou uma Depois do erro do dia anterior, Neuville
ambos os pilotos queixavam-se do acerto trajetória e arrancou, literalmente, a asa tinha uma missão: apanhar Sébastien
do C3 WRC e, para piorar as coisas, esco- traseira do Hyundai i20 Coupe WRC. Logo Ogier. E a verdade é que a pressão sobre
lheram pneus duros. Esapekka Lappi era de seguida falhou um cruzamento e num o campeão do Mundo foi fazendo estra-
o único Toyota sem problemas, enquanto ápice terminou o dia a 18,9 segundos de gos e Ogier chegou mesmo a deixar o
motor ir abaixo no arranque de uma das

WRC/

20

Entretanto, Jari-Matti Latvala entreti-
nha-se numa luta muito interessante
com o seu colega de equipa Esapekka
Lappi: começaram o dia separados por 4,4
segundos, a meio essa diferença era de 4,9
segundos e terminaram a etapa com 5,3
segundos de diferença, com vantagem
para Latvala face a Lappi. Infelizmente, o
alternador não quis colaborar e o Yaris de
Latvala foi forçado ao abandono na ligação
para o parque de assistência.

ÚLTIMA ETAPA IMPRÓPRIA por meros 0,7 segundos, exatamente o Foi o final épico de uma grande prova, o Thierry neste fim de semana. Eu bem vi
mesmo que ele tinha feito no Rali da Ar- que Ogier reconheceu ao dizer: “Nunca é as suas trajetórias... Estou feliz porque vêm
PARA CARDÍACOS gentina a Elfyn Evans! Uma vitória muito bom perder no último troço, mas foi uma ai mais seis provas e em algumas delas
saborosa porque foi alcançada na luta luta intensa e não posso estar insatisfeito não estarei a abrir a estrada. Tenho um
A emoção vivida nos últimos quatro tro- direta com Ogier e porque com a vitória com aquilo que fizemos no fim de semana. belo desafio pela frente (ndr.: recuperar
ços do Rali Itáli Sardenha merece que na Power Stage conquistou 30 pontos Tentei tudo, corri riscos, mas nunca estive os 27 pontos de atraso para Neuville) mas
relatemos, troço a troço, a luta entre estes e está agora com a liderança reforçada. preparado para correr tantos riscos como aceito-o de boa vontade!”
dois verdadeiros campeões. A etapa era
composta pela dupla passagem por Cala
Flumini (14,06 km) e por Sassari – Argen-
tiera (6,96 km) sendo que esta última seria
a Power Stage.
Na primeira classificativa do dia, Thierry
Neuville ganhou 0,8 segundos a Ogier,
voltando a ganhar tempo no segundo
troço do dia, no caso mais 1,8 segundos.
A diferença entre os dois ficava em 1,3
segundos. No penúltimo troço, a segunda
passagem pelos 14,06 quilómetros de
Cala Flumini, Neuville e Ogier deram um
fabuloso espetáculo, ficando separados
por 0,5 segundos na classificativa e com
o piloto da M-Sport Ford com a liderança
pendurada por 0,8 segundos!
A tensão era tão forte que Sébastien Ogier
não falou aos jornalistas no final desta
classificativa e, pior que isso, arrancou
sem que Julien Ingrassia tivesse recolhido
a sua carta de controlo. Inexplicavelmente,
Ogier não voltou atrás e foi o navegador
de Ott Tänak quem trouxe até Ingrassia
a carta de controlo. Escusado será dizer
que Ogier acabou multado em 10 mil euros,
mas a penalização de perda de pontos
ficou suspensa. Foi neste clima que os dois
candidatos à vitória entraram para os der-
radeiros 6,96 km de Sassari – Argentiera.
Mesmo cometendo um ligeiro erro – que o
fez andar em duas rodas! – Neuville esteve
imparável e no final do troço ganhava
1,5 segundos a Sébastien Ogier e o rali

M/ MOMENTO F/ FIGURA

Acabam por ser dois os momentos deste Com um terceiro dia demolidor, Thierry
Rali da Sardenha: primeiro o nervosismo de Neuville conseguiu não só anular a vantagem
Sébastien Ogier que o levou a deixar a carta de construída por Ogier no final do segundo dia
controlo no penúltimo troço. Acabou com Ott como bater o campeão do mundo na Power
Tänak a trazer a carta e com 10 mil euros de Stage, conquistando uma saborosa vitória
multa. Um o mal menor. no ‘mano a mano’ com o piloto da Ford. Como
Depois, a excelência da pilotagem de Thierry está diferente o belga que tem tido no Hyundai
Neuville que na manhã do último dia ’destruiu’ i20 WRC um instrumento de vitória não
a vantagem de Ogier ganhando por 0,7 seg. no negligenciável e acaba de reforçar a liderança
último troço. do Mundial.

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CITROËN MAIS DOIS ANOS NO WRC

LUTA ATÉ AO ÚLTIMO METRO pressionado pela sua equipa. Pierre Budar, responsável máximo da Citroën
A emoção vivida no Rali Itália Porém, Michel Nandan não deixou Sport, anunciou na Sardenha que a casa francesa
Sardenha provou que a atual de manter a confiança no seu estará no Mundial de Ralis em 2019 e 2020. Na
fórmula resulta, com Thierry piloto e a Hyundai manteve a sua sua primeira aparição pública após o despedi-
Neuville e Sébastien Ogier a inscrição lado a lado com Thierry mento de Kris Meeke, “uma decisão de toda a
entregarem-se a um duelo Neuville e Andreas Mikkelson. E equipa”, Budar acrescentou: “Adorei trabalhar
fantástico, potenciado pelas Neuville à parte, acabou por ser o com o Kris apesar de, algumas vezes, ter trazido
condições meteorológicas e dos neo-zelandês o melhor da Hyundai, alguma tensão para a equipa, mas não podia
troços, com a chuva a mitigar as mostrando andamento seguro para comprometer as minhas decisões profissionais
dificuldades que se antecipavam terminar no quarto lugar. com os meus sentimentos”, lembrando que o
para o líder do campeonato. Foi um britânico sofreu o pavoroso acidente em Portugal
final de prova emocionante que LAPPI VOLTA A SALVAR A TOYOTA sem pressão de conseguir algum resultado. “O
ditou a terceira menor diferença O azar que persegue Jari-Matti que aconteceria da próxima vez que ele tivesse
entre a vitória e o segundo lugar. Latvala e Ott Tänak tem deixado que lutar por um pódio? Não poderíamos esperar pelo próximo acidente!” Budar confirmou, tam-
Neuville já tinha ganhado o Rali da nas mãos do jovem Esapekka Lappi bém, que Craig Breen continuará e que dentro de semanas haverá decisão sobre o outro piloto.
Argentina o ano passado face a a defesa da honra da Toyota Gazoo
Elfyn Evans (Ford) por 0,7 segundos, Racing WRC. E a verdade é que pelo EQUIPAS POUCO SATISFEITAS
a mesma diferença com que bateu, segundo rali consecutivo o jovem COM REGRAS DAS CHICANES
outro Ford Fiesta, no caso o de finlandês deu conta do recado
Ogier. e arrancou mais um pódio que Curiosamente, no Rali Itália Sardenha Quando elas forem arrancadas do seu lugar,
permite à equipa de Tommi Mkinen não existiram chicanes e as equipas não então, sim, deveria haver lugar a uma pe-
RECUPERAÇÃO DE PADDON continuar a lutar pelo segundo puderam queixar-se de nada. Porém, todos nalização. É preciso clarificar esta situação
Depois do violento acidente sofrido lugar entre os construtores com aproveitaram a oportunidade para não para se saber que penalizações devem ser
no Rali de Portugal e depois do que a M-Sport Ford. Já Lappi está em deixar morrer o assunto, deixando claro o aplicadas, o que implica a presença de um
sucedeu a Kris Meeke – despedido quarto a escassos sete pontos do desagrado e também a forma aleatória como comissário para avaliar a situação.”
pela Citroën – acreditava-se que seu colega Ott Tänak. algumas equipas foram penalizadas ficando Do lado da M-Sport, na berlinda depois do
Hayden Paddon estivesse muito de fora alguns prevaricadores no México e México, a posição é clara: “Gostaríamos de
em Portugal. Por exemplo, a Citroën lembrou ver regulamentos mais claros em relação à
-/ MENOS que os toques nas chicanes foram devido a implementação e estrutura das chicanes em
pequenos erros dos pilotos e Alain Pennasse, todas as provas. Igualmente, gostaríamos
da Hyundai Motorsport, referiu: “Antes de de ver um sistema mais simples no que toca
tudo o mais, as regras devem ser mais claras às penalizações por acertar nas chicanes
o que não acontece hoje. Talvez um sistema e que este fosse aplicado de forma justa e
similar ás perícias possa ser implementado, consistente em todas as provas.” No campo
onde os pilotos podem tocar nas chicanes, da Toyota, foram apontadas algumas incon-
desde que estas não se mexam do seu lugar. sistências: “No México todas as equipas

SUNINEN E EVANS FALHARAM Ostberg para fazer companhia a foram informadas
Depois de um Rali de Portugal Craig Breen. A única coisa que a antes da ‘Power Stage’
em grande, Teemu Suninen não equipa francesa fez foi chegar que os pilotos não
esteve tão bem em Itália. Primeiro ao final com os dois carros, mas podiam tocar nas
um toque que destruiu parte da nunca o norueguês ou o irlandês chicanes. Em Portugal,
aerodinâmica do Fiesta, depois conseguiram imiscuir-se na luta pelo ninguém nos disse
deixou o carro ir abaixo até que pódio. Aliás, Ostberg nem conseguiu nada nem antes do rali
saiu de estrada de forma violenta acompanhar Hayden Paddon começar nem antes
e ficou plantado longe da estrada. (Hyundai) nos quilómetros finais, na das super especiais.”
Regressou no dia seguinte, mas não luta pelo quarto lugar. Os dois C3 A pergunta que fica
foi além de um pálido 10º lugar final. WRC terminaram agrupados em 5º e é simples: não era
Quanto a Elfyn Evans, na madrugada 6º mas longe dos primeiros. melhor acabarem com
da prova acertou em cheio numa as chicanes nos ralis,
pedra e partiu um braço de direção. SALTOS PERIGOSOS tal como sucedeu na
Reparação de fortuna feita, A moda dos saltos nos ralis começa Sardenha?!
permitiu que chegasse ao parque a ser ridícula e ‘apimentar’ as
de assistência, mas deixou ficar 13 especiais de classificação e as MUDANÇAS NO RALLY 2
minutos que o colocaram fora da super especiais com saltos pode,
luta pela vitória, terminando no 14º um dia, dar mau resultado. Como O Concelho Mundial da FIA, reunido em Manila,
lugar depois de um resto de prova sucedeu em Portugal, também decidiu que para maior justiça e não duplicar a
muito cinzento. na Sardenha havia alguns saltos penalização dos pilotos que falharam algumas
e Ott Tänak foi ‘apanhado’ a voar provas especiais de classificação, a partir de
CITROËN LONGE demasiado alto, bateu forte na 2019 os pilotos que regressem à prova em Rally 2
DOS PRIMEIROS aterragem e ficou fora de prova passam a sair para a estrada antes de todos os
Afastado Kris Meeke da equipa, a devido a esse problema. Os saltos outros pilotos. Os carros da categoria R4 Kit que
Citroën passou a inscrever apenas são belas imagens, mas um destes estejam homologados, passam a ser imediata-
dois carros e deitou mão a Mads dias a coisa pode correr muito mal... mente elegíveis em campeonatos regionais,
alargando assim a lista de modelos disponíveis.

WRC/ HYUNDAI SHELLMOBISWORLD RALLYTEAM
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS DOCESABORDAVITÓRIANOÚLTIMOMETRO

22 R A L I I T Á L I A S A R D E N H A 7 D E 1 3

M-SPORT FORD WORLD RALLYTEAM
UMA PROVAAGRIDOCE PARA A FORD

Com Malcolm Wilson de regresso ao posto de líder da formação da Ford, parece que Após o esforço feito com a inscrição de quatro carros no Rali de Portugal, a Hyundai
o ex-piloto não trouxe a sorte que parece ter abandonado a formação de Cumbria. A regressou à habitual formação de três i20 WRC. Depois do violento acidente em Portu-
equipa fez um teste de cinco dias na Sardenha duas semanas antes da prova (dois dias gal, Haydon Paddon viu Michel Nandan manter a confiança nele, surgindo na Sardenha
para Evans, dois para Ogier e um para Suninen), porém, não trouxe nenhuma novidade ao lado de Thierry Neuville e de Andreas Mikkelson. Este último usou um carro novinho
técnica para a prova italiana, com Ogier a utilizar o carro usado na Argentina e Evans em folha, o líder do campeonato usou o i20 com que competiu na Argentina e Paddon
e Sunninen a usarem os carros de Portugal. Acabou por ser uma prova agridoce, pois herdou o carro usado por Dani Sordo na Argentina. Não foi fácil o rali para Neuville, pois
Sébastien Ogier foi batido nos últimos metros da prova, terminando em segundo e alguns furos acabaram por deixar a decisão da prova para as últimas provas especiais
perdendo mais pontos para Neuville – é a primeira vez desde 2012 que Ogier não lidera de classificação. Na manhã de domingo, o belga esteve inexorável e bateu Ogier numa
o Mundial a meio da competição – ficando Sunninen no 10º lugar (depois de uma saída luta até ao último metro. Já Paddon optou pela segurança e terminou no quarto lugar,
de estrada que o fez abandonar e regressar em Rally 2) e Elfyn Evans mais atrasado, enquanto a Mikkelson saiu a fava, pois problemas de transmissão forçaram o aban-
apenas no 14º lugar e fora dos pontos depois de um erro na madrugada do rali. dono, regressando em Rally 2 mas não indo além do 18º lugar.

TOYOTA GAZOO RACINGWORLD RALLYTEAM CITROËN TOTAL ABU DHABI WRT
LAPPI SALVAA HONRA DATOYOTA LAMBER FERIDASAPÓS SAÍDADE MEEKE

Depois dos erros de Ott Tänak e Jari-Matti Latvala em Portugal, foi Esapekka Lappi quem salvou Depois de despedir Kris Meeke, a Citroën inscreveu apenas dois carros para Craig
os móveis ao terminar a prova no quinto posto. Na Sardenha, as coisas passaram-se quase da Breen e Mads Ostberg. O primeiro recebeu um carro novo, enquanto que o segundo
mesma forma. Com os três pilotos a recuperarem os Yaris WRC usados no Rali da Argentina, alinhou à partida com o carro usado por Al-Qassimi no Rali da Argentina. A equipa não
a Toyota não trouxe nenhuma novidade. Porém, os problemas começaram cedo: um voo com trouxe novidades técnicas para a prova italiana e não conheceu dias felizes, já que nen-
uma aterragem violenta levou Tänak a conhecer problemas que o levaram ao abandono após a hum dos pilotos esteve na luta pelo pódio e Ostberg não conseguiu, mesmo, lutar com
9ª PEC; depois foi o alternador a deixar na beira da estrada o Yaris de Latvala. Regressaram em Haydon Paddon pelo quarto lugar. Queixou-se que ainda não está totalmente à vontade
Rally 2, mas com o finlandês a terminar em 7º e o estónio em 9º, depois de mais uma penali- com o C3, enquanto que Breen confessou que tem o ritmo e a vontade, mas ainda não
zação de 40 segundos. Ficava Esapekka Lappi para defender o resultado e o jovem finlandês está tudo certo para atacar. Enfim, os pilotos da Citroën não podem atacar e nesta fase
voltou a estar em excelente nível ao terminar no pódio, amenizando a azia de Tommi Makinen têm de conseguir resultados para uma equipa que está a fazer o luto da saída daquele
que não se coibiu de, publicamente, mostrar desagrado pela atuação de Latvala na Power que Carlos Tavares, CEO do grupo PSA, disse que era o “seu” piloto (Kris Meeke) e não
Stage quando deixou o motor do Yaris ir abaixo num gancho. precisava de Sébastien Ogier. Ironias do destino...

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23

WRC2 VITÓRIA C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
PARAJAN KOPECKY

COMO VI RALI ITÁLIA SARDENHA 7 DE 13
O RALI
07/06 A 10/06/2018
JOSÉ MANUEL COSTA
1386,38 KM 313,46 KM 1.º DIA 2.º DIA 3.º DIA

DISTÂNCIA 20 TROÇOS

PROVA CARRO
TEMPO/DIF.
1º THIERRY NEUVILLE/NICOLAS GILSOUL
Foi um passeio para o piloto checo da Skoda. Que batalha! Um rali decidido 2º SEBASTIEN OGIER/JULIEN INGRASSIA HYUNDAI I20 COUPE WRC 3H24M25S
Apesar do arranque calmo que deixou Ole na Power Stage por menos de 3º ESAPEKKA LAPPI/JANNE FERM FORD FIESTA WRC + 0,7S
Christian Veiby (Skoda Fabia R5) em luta um segundo e com dois pilotos 4º HAYDON PADDON/SEBASTIEN MARSHALL TOYOTA YARIS WRC + 1M56,3S
frenética com Sébastien Lefebvre (Citroën de duas marcas diferentes a 5º MADS OSTBERG/TORSTEIN ERIKSEN HYUNDAI I20 COUPE WRC + 2M52,20S
C3 R5) e Nicolas Ciamin (Hyundai i20 R5) nos lutarem metro a metro pela 6º CRAIG BREEN/SCOTT MARTIN CITROEN C3 WRC +3M10,9S
três primeiros troços da prova. Juntou-se a vitória final. Ogier voltou a 7º JARI MATTI LATVALA/MIIKA ANTTILA CITROEN C3 WRC + 4M31,7S
este grupo Pierre Louis Loubet (Hyundai i20 mostrar que os seus títulos 8º JAN KOPECKY/PAVEL DRESLER TOYOTA YARIS WRC + 11M22,1S
R5) e Hiroki Arai (Ford Fiesta R5). O atraso não foram conquistados 9º OTT TANAK/MARTIN JARVEOJA SKODA FABIA R5 (1º WRC2) + 13M14,6S
de Kajetan Kajetanowicz (Ford Fiesta R5) por acaso e Neuville revelou 10º TEEMU SUNINEN/MIKKO MARKKULA TOYOTA YARIS WRC +13M18,2S
ajudou a causa de Kopecky que pouco depois uma segurança que andava FORD FIESTA WRC +15M30,4S
assistiu ao abandono de Lefebvre, chegando à arredada das suas exibições LÍDERES
liderança, de onde não mais saiu. Cimentando há muito tempo. Tivemos VENCEDORES DE PE 9
a diferença para os rivais, o piloto da Skoda direito a um drama final OGIER S 4
limitou-se a controlar Ole Christina Veiby e quando Ogier deixou ficar mal MIKKELSEN A. NEUVILLE T. 2
Nicolas Ciamin até final. No campeonato, Julien Ingrassia ao arrancar OGIER S. OGIER S. 2
Kopecky aproximou-se de Pontus Tidemand, fi- sem que este tivesse recolhido NEUVILLE T. MIKKELSEN A. 1
cando a dois pontos do piloto sueco. Destaque a carta de controlo. Valeu Ott TÄNAK O. 1
para a excelente prova do jovem francês de Tänak, mas o mal estava feito e SUNINEN T. 1
20 anos, Nicolas Ciamin, que cumpriu a sua se não houve desclassificação, LATVALA J.
segunda prova em pisos de terra com um não escapou a uma multa de LAPPI E.
carro de quatro rodas motrizes. Nascido em 10 mil euros. A prova italiana Monte CarloPE1
Nice, Ciamin cumpriu em 2017 o campeonato acabou por ser uma verdadeira SuéciaPE2-5
JWRC, terminando em segundo lugar atrás de caixinha de surpresas, pois a México PEPE6-19
Nil Solans (com uma vitória na Finlândia na chuva mitigou aquilo que seria FrançaPE20
sua categoria) e já este ano ocupou o lugar o pesadelo de Neuville abrir a Argentina
no Hyundai i20 R5 da equipa de Stéphane estrada. Ou seja, não havendo Portugal
Sarrazin e tem realizado algumas provas com um sério handicap em termos Itália
o Fiat 124 Abarth de tração traseira. de andamento, pudemos Finlândia
assistir a uma luta sem Alemanha
WRC3 JEAN quartel entre os dois melhores Espanha
BAPTISTE pilotos do Mundial, agora que Turquia
FRANCESCHI Kris Meeke foi ‘pontapeado’ Grã-Bretanha
EM ESTREIA para fora da Citroën. Sim, o Austrália
piloto britânico é dos melhores TOTAL
O piloto da equipa da Federação Francesa de e apenas ele conseguiu que o
Automobilismo levou o seu Ford Fiesta R2 à C3 WRC andasse lá na frente. E PILOTOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
vitória na categoria na frente de Taisko Lario despedir alguém por ter medo
(Peugeot 208 R2) e de Louise Cook (Peugeot que se aleije num acidente... é 1. THIERRY NEUVILLE 10+4 25+2 8+2 15 18+5 25+4 25+5 - - - - - - 149
208 R2). Jean Baptiste Franceschi não deu daquelas desculpas que não
hipóteses a ninguém, terminando o rali italiano lembra a ninguém! 2. SÉBASTIEN OGIER 25+1 1+4 25+4 25+3 12+4 0 18+4 - - - - - - 122
com mais de 2m30s sobre o finlandês Lario.
Isto depois de uma penalização de 2m40s, 3. OTT TÄNAK 18+0 2+1 0+5 18+1 25+2 0 2+3 - - - - - - 77
depois de ter perdido muito tempo no parque
de assistência após o 18º troço e chegado 16 4. ESAPEKKA LAPPI 6+0 12+5 8+5 4 10+5 15 - - - - - - 70
minutos atrasado ao controlo para a 19ª clas-
sificativa. Por aqui se percebe o domínio do 5. DANI SORDO NT 18 12 15 12+3 - - - - - - - 60
piloto de 22 anos que foi o campeão francês
de ralis Júnior, que se estreou no WRC2 no Rali 6. ANDREAS MIKKELSEN 0+3 15+3 12+1 6 10+3 0 2 - - - - - - 56
de França, na Córsega.
7. ELFYN EVANS 8+0 0 10 8 18+1 0+1 - - - - - - 46

8. KRIS MEEKE 12+5 0 15 2+2 6+1 0 - - - - - - - 43

9. JARI-MATTI LATVALA 15+2 6+0 4+3 NT 0 0 6 - - - - - - 37

10. CRAIG BREEN 2+0 18+0 0 6 8 - - - - - - 34

10. MADS ØSTBERG 8+0 8 10 - - - - - - 26

11. TEEMU SUNINEN 0 4+0 2 15+2 1 - - - - - - 24

12. HAYDEN PADDON 10 0 12 - - - - - - 22

13. LOEB SÉBASTIEN 11 0+4 - - - - - - - 15

MARCAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
14 40 30 27 33 31 37 212
1. HYUNDAI 33 10 29 35 22 33 22 184
2. M-SPORT FORD 33 20 14 26 31 16 21 161
3. TOYOTA 18 28 25 10 12 18 18 129

4. CITROËN

WRC2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

1 TIDEMAND PONTUS - 18 25 - 25 25 - - - - - - - 93

2 KOPECKÝ JAN 25 - - 25 - 25 - - - - - - 75

3 OLE CHRISTIAN VEIBY 15 12 18 - - - - - - 45

4 GUS GREENSMITH - - 18 18 4 - - - - - - 40

5 LUKASZ PIENIAZEK 2 10 18 10 - - - - - - 40

PEDRO HELLER - 15 15 1 - - - - - - 31

24 WEC/
24 HORAS DE LE MANS 2018 - ANTEVISÃO

VS TTOOYYOOTTAA pneus arruinaram a prova e o último carro
sobrevivente estava próximo do primeiro
Nas 24 Horas de Le Mans vai assistir-se à batalha pela Muita coisa mudou desde a lugar quando um pneu rebentou).
vitória entre a Toyota e os inesperados problemas que edição de 2017 das 24 Horas Um furacão passou, entretanto, pelo
aparecem... nos Toyota, além de um desfile de estrelas com de Le Mans, ganha pela tri- Mundial de Endurance: um ano depois
Fernando Alonso a encabeçar uma lista onde estão Jenson pla Timo Bernhard, Earl da Audi, a Porsche bateu com a porta,
Button, Juan Pablo Montoya, Pastor Maldonado e Paul di Bamber e Brendon Hartley justificou-se com o dinheiro gasto na
Resta. Portugueses também vão marcar presença, em ao volante do Porsche disciplina para retirar os 919 Hybrid do
919 Hybrid, depois do Toyota TS050 de campeonato – gastou quase o mesmo
todas as categorias, exceto na principal Sebastien Buemi, Anthony Davidson e para fazer o 919 Tribute que anda a bater
Kazuki Nakajima, pilotado pelo japonês, recordes em pistas míticas – deixando a
José Manuel Costa conhecer problemas a cinco minutos do Toyota sozinha. Temeu-se o pior, mas a
[email protected] final da prova. Um clássico para a casa ja- casa japonesa ficou, aceitou várias no-
Fotos JB Photo/José Bispo; Philippe Nanchino e António Borga ponesa depois de falhar vitórias em 2014 vidades no regulamento, mas não abdi-
e 2016 já para não falar do falhanço com o ca de ganhar a clássica francesa. A tem-
fabuloso GT One em 1998 (perdeu um car- porada de 2018 transformou-se numa
ro por acidente e outro por falha na cai- SuperSeason entre 2018 e 2019 e passa
xa de velocidades quando estava na luta duas vezes por Spa e por Le Mans, sendo
pela liderança) e 1999 (problemas com os este o evento que fecha esta super época.

ESTÁATOYOTA PRONTA PARAVENCER?

Ganhar sem concorrência não tem o mes-
mo gostinho, mas a Toyota deu mostras de
responsabilidade e ao contrário do que fez
a Peugeot (que 'desenhou' o regulamen-
to e depois... foi embora), Audi e Porsche,
manteve-se na competição e aceitou fazer
concecções, nomeadamente, a dramáti-
ca redução da autonomia do TS050 que
passou de 14 voltas por turno de condu-
ção para apenas 11 voltas. Porém, a Toyota
percebeu que a FIA e o ACO (Automobile
Club de L’Ouest) se preparavam para criar
um EoT (Equivalência de Tecnologia) que
deixaria a casa japonesa à mercê dos
LMP1 não híbridos e sugeriu de forma
clara que não iria gostar de ver os priva-

>> autosport.pt

25

dos a andar tão depressa como o TS050, com uma mão e recebeu com a outra, sabem que os privados não lhes podem abordado, pois em Spa a Toyota interveio
argumentando que há um acordo para a a casa japonesa desenhou a estratégia fazer sombra) para preparar a equipa para que fosse Fernando Alonso a ven-
estabilização das regras. Enfim, a Toyota para ganhar a corrida de 2018. Manteve o para o desconhecido, o insólito, enfim, o cer, depois de um inoportuno Safety Car
lembrou que gasta milhões no progra- alinhamento de dois carros – a expansão inesperado.” ter deixado Mike Conway encostado ao
ma WEC face aos orçamentos curtos de para três carros estava descartada ain- Por isso mesmo, John Litjens, líder do pro- espanhol e pronto para o amarfanhar e
equipas como a Rebellion, SMP Racing e da a Porsche não tinha anunciado o seu jeto LMP1 na Toyota Gazoo Racing, resu- atirar para o segundo lugar.
outras, não vendo com bons olhos ser ul- abandono no final de 2017 – e dedicou-se miu de forma clara o que foram os testes Pascal Vasselon é claro nesse aspeto.
trapassada nesse particular numa edição a testes intensivos, alguns deles pouco da equipa. “Quisemos treinar os nossos “Temos regras bem definidas na Toyota há
das 24 horas que a Toyota quer vencer! académicos, mas com o pensamento em rapazes para mudar peças que, normal- muito tempo e elas vão manter-se. Basta
Perante esta 'lembrança', FIA e ACO fize- cobrir todas as bases. Não se sabe muito mente, nunca são mudadas, e para isso ver as nossas participações e perceber
ram o necessário no EoT para que as re- bem, afinal, o que foram esses testes, mas fizemos uma longa lista de coisas que que o carro mais rápido dos que inscreve-
gras beneficiassem os privados, mas sem algumas informações dizem que os pilo- podemos ter a necessidade de mudar e, mos vai para a liderança e lá fica sempre
beliscar a supremacia dos Toyota híbri- tos foram para a pista com um pneu fura- neste momento, sabemos o tempo ne- com bons resultados. As corridas de auto-
dos. Como pode comprovar nas páginas do, andaram em três rodas para aprender cessário para isso.” móveis são, claro, algo perigosas e muito
seguintes, os LMP1 privados estão, teori- como regressar à boxe sem danificar em E sim, a Toyota andou no Autódromo imprevisíveis. Temos de tentar controlar
camente, a meio segundo por volta, mas o demasia o carro e sem perder demasiado Internacional do Algarve sem uma roda algumas variáveis, mas não queremos
TS050 continua em vantagem pois fará 11 tempo, e inventaram as avarias mais idio- da frente ou apenas com a jante sem pneu transformar as corridas em desfiles sem
voltas com um depósito de combustível tas possíveis para treinar os mecânicos e em Motorland, Aragon, fez o mesmo no emoção ou competitividade ou provas em
(mais uma que os LMP1 privados) mas, para as resolverem rapidamente. Como eixo traseiro, ou seja, sem uma roda ou só procissões absolutamente seguras e pre-
sobretudo, precisará de menos tempo confessou Pascal Vasselon, responsável com a jante. “Isso foi feito para simular um visíveis. Isso seria uma idiotice!”
nas boxes já que o debito das bombas de da Toyota Gazoo Racing, "testar antes de furo pois queríamos saber o que sente o Por tudo isto, é evidente o claríssimo fa-
reabastecimento será diferente e foi pen- Le Mans é fazer quilómetros e quilóme- piloto e perceber qual a velocidade má- voritismo da Toyota que vai lutar contra si
sado para dar uma vantagem a rondar os tros e quilómetros e apurar a performance. xima que o carro pode alcançar nestas mesma e contra os seus fantasmas, com
cinco segundos para o Toyota. Desta feita, sacrificámos a quilometragem situações sem provocar danos avultados uma vedeta chamada Fernando Alonso,
Ora, acertado aquilo que a Toyota deu e a busca de performance (ndr.: pudera, no carro. Mas também quisemos perce- cada vez mais à vontade ao volante do
ber como os sistemas do carro reagiam TS050. Mas a concorrência está à espreita.
quando os sensores das rodas enviavam
informações diferentes do normal”, ex- E OS OUTROS?
plicou Litjens.
Mas a vontade da Toyota vencer Le Mans Pois, o que resta para os outros? Sem pro-
foi, ainda, mais longe. “Os nossos enge- blemas nos Toyota, o máximo que podem
nheiros criaram uma espécie de inter- alcançar será o pódio e para essa posição
rogatório para ajudar a educar os pilotos a mais bem preparada será a Rebellion.
no que toca à mecânica”, refere Litjens, A equipa anglo-suíça tem sido o melhor
acrescentando que “foi uma etapa muito privado nos últimos cinco anos de com-
interessante da preparação de Le Mans.” petição no renovado WEC e depois de um
Ou seja, os pilotos foram, intensamente, título na LMP2, está de olho na Toyota.
treinados para detetar avarias ou explicar Utilizando o chassis Oreca com o motor
tudo o que se passa no carro e, se preci- Gibson, alinha um conjunto de pilotos de
so for, reparar. classe como Andre Lotterer, Neel Jani e
Portanto, a resposta à pergunta que fiz Bruno Senna, ao lado de pilotos de me-
acima é clara: sim! Mas... há sempre um nor lustro mas muita qualidade, como
'mas' e a Toyota não está livre de mais um Mathias Beche, Thomas Laurant e Gustavo
'gremlin' colocar mais uma desilusão nos Menezes. Conseguindo rodar a menos de
rostos dos responsáveis da equipa. Uma um segundo dos Toyota, a Rebellion terá
coisa é certa: a Toyota não vai andar deva- de fazer uma muito judiciosa gestão das
gar a poupar desalmadamente! “Se a per- paragens se quiser manter alguma pres-
gunta é sobre a redução do andamento se são que leve a Toyota a ceder. Claro que
estivermos na frente com uma vantagem na garagem da Rebellion, alguns lem-
quase decisiva, a resposta é, claramente, brarão, sempre, as pequenas questiún-
não!” A razão é tremendamente simples. culas que atrapalham, quase sempre, a
“Estes carros foram desenhados para an- equipa japonesa.
dar num determinado ritmo (ndr: quase a Um patamar abaixo da Rebellion está a
fundo) e se baixarmos o ritmo os pneus ByKolles que utiliza um chassis de sua la-
deixam de ter aderência, a aerodinâmica vra e o motor Nissan-Nismo, um V6 duplo
funciona mal e começamos a recuperar turbo. Depois de ter feito marcha-atrás a
mais energia o que vai saturar as baterias meio da temporada passada, após uma
e pode levar a um mau funcionamento dececionante presença em Le Mans que
do sistema”, lembra Pascal Vasselon. Ou durou, apenas, sete voltas, a equipa rea-
seja, o TS050 tem de ser mantido dentro grupou-se e espera apresentar-se em
da janela de andamento sob pena de co- melhores condições. As indicações são
meçarem a surgir problemas. Pode pare- muito boas, até agora.
cer um contrassenso, mas os LMP1 híbri- No campo da Ginetta, as dificuldades fi-
dos são assim mesmo e a Toyota já tem a nanceiras e a ausência da primeira jorna-
experiência de andar mais devagar para da da SuperSeason deixam uma enorme
poupar e acabou fora de prova. interrogação sobre o seu potencial e do
O tema das ordens de equipa tem de ser motor Mecachrome que utiliza no chas-
sis feito pela casa britânica. Mostrou an-

wec/

26

24 HORAS DE LE MANS A N T E V I S Ã O

damento nos testes de pré-temporada, A Signatech Alpine, equipa que venceu a Rigoni e Miguel Molina) com um alinha- Team a recorrerás vedetas que já lhede-
mas no 'test day' terminaram como os LMP2 no WEC 2017, regressa com apenas mento de pilotos em que até leva para Le ram a vitória dos dois lados do Atlântico
mais lentos do LMP1. A tripla de pilotos um Oreca – Gibson pilotado por Nicolas Mans o piloto de reserva da Sauber F1, em 2018. Stefan Mucke, Olivier Pla (que fez
do segundo carro é competente (Oliver Lapierre (ex-Toyota Gazoo racing), André Antonio Giovinazzi, e recrutou na Ford uma enorme ultrapassagem no Radillon
Rowland, Alex Brundle e Oliver Turvey), Negrão (ex-piloto da GP2) e Pierre Thiriet Pipo Derani, além de Daniel Serra, bra- em Spa!) e Billy Johnson, Andy Priaulx,
mas será muito complicado que a Ginetta (amador que já foi campeão ELMS e duas sileiro que deu nas vistas o ano passado Harry Tincknell (que bateu violentamen-
esteja preparada para enfrentar estas 24 vezes segundo em Le Mans na LMP2) e é na Aston Martin. te no Eau Rouge na prova de abertura do
Horas de Le Mans. uma forte candidata à vitória. Já a Corvette regressa para a sua 19ª par- campeonato) e Tony Kanaan (vencedor da
Para a Dragonspeed – equipa nova gerida A G-Drive terá dois Oreca-Gibson pilota- ticipação com o Corvette C7.R, que fa- Indy 500 em 2013), Joey Hand, Dirk Muller
pelo ex-piloto de F3, o equatoriano Elton dos por Jean-Éric Vergne (líder da Fórmula lhou, por pouco, a vitória no ano passa- e Sebastien Bourdais (refazem a dupla
Julian (43 anos) – o acidente de Pietro E), Riman Rusinov (um russo amador, do. Do alinhamento de pilotos, destaque que venceu os GT em 2016), Ryan Briscoe,
Fittipaldi em Spa foi quase uma senten- mas de grande qualidade) e Andrea para Mike Rockenfeller (piloto Audi no Richard Westbrook e Scott Dixon (cam-
ça de morte. Felizmente que a equipa re- Pizzitola (francês com muita experiên- DTM) e Marcel Fassler, triplo vencedor peão Indycar Series 2017). Naturalmente
cuperou e alinha o seu BR equipado com cia no European Le Mans Series onde foi de Le Mans. Jan Lammers é um clássico que são candidatos à vitória.
o motor Gibson, com uma tripla de pilo- segundo em 2017) num dos carros e James da US Pratt &Miller (equipa que é a base Na BMW Team MTEK encontramos mais
tos pouco homogénea: Henrik Hedman, Allen (australiano de 20 anos que foi ter- da Corvette), juntando a estas vedetas um português, António Félix da Costa, que
sueco, tem 50 anos e foi segundo na Pireli ceiro no ELMS de 2017), Enzo Guibbert o espanhol António Garcia, o britânico fará equipa com Augusto Farfus (piloto
World Challenge na categoria dos ama- (francês de 22 anos, terceiro no ELMS Oliver Gavin e o americano Tommy Miller. DTM) e Alexander Sims (piloto IMSA). No
dores em 2014; Renger van der Zande, 2017 na classe LMP3) e Jose Gutierrez Candidatos a vencer! outro BMW estará Martin Tomczyk (DTM),
holandês, tem 35 anos e tem o palmarés (mexicano com 22 anos que cumpriu 2 Como tem sido norma, a Ford inscreve Nicky Catsburg e Philip Enge (DTM). O
polvilhado de títulos em monolugares e corridas no ELMS 2017 e esteve no cam- quatro carros com a Chip Ganassi Racing BMW M8 GTE mostrou-se muito bem nas
em protótipos, sendo um piloto veloz; Ben peonato IMSA 2017 onde fez sete corridas
Hanley, britânico de 33 anos que tem mui- e terminou no 12º lugar). Olhando ao que
tos títulos no karting, mas uma carreira sucedeu em Spa, a G-Drive é a grande
discreta, para já, na Endurance. Contas fei- candidata à vitória.
tas, será difícil à equipa misturar-se com O Dallara-Gibson da Racing Team
os melhores da categoria LMP1. Nederland com pneus Michelin pode ser
Contando com Jenson Button, outra das a grande surpresa, especialmente olhan-
vedetas que faz parte do plantel de 2018 do ao que fizeram em Spa. Jan Lammers,
das 24 Horas de Le Mans, a SMP Racing Frits van Eerd e, principalmente, Guido
utiliza o chassis BR e o motor ERA, ten- van der Garde não fazem uma tripla ho-
do como base de funcionamento a equi- mogénea (Frits van Eerd é o patrão dos
pa ART Grand Prix. Outra equipa que viu supermercados Jumbo, patrocinadores
um dos seus carros bater forte, depois de Max Verstappen, sendo piloto ama-
de um voo ainda não explicado no topo dor) mas como Jan Lammers fará a sua
do Radillon, e que chega a Le Mans com 24ª partida nas 24 Horas de Le Mans e
algumas dúvidas. Button está lado a lado depois dará lugar a Nyck de Vries, pilo-
com os russos Mikhail Aleshin e Vitaly to de reserva atualmente na Fórmula 2,
Petrov, Stephane Sarrazin é o garante o Dallara poderá ser uma dor de cabeça
de velocidade e fiabilidade no outro carro, para os favoritos.
partilhado com Egor Grudzhev e o 'voa- A Dragonspeed, vencedora da ELMS 2017
dor' Matevos Isaakyan. como G-Drive, manteve-se na LMP2 ape-
sar do salto dado para a LMP1 e alinha
E NAS OUTRAS CATEGORIAS? uma tripla de pilotos de respeito: Pastor
Maldonado (que já bateu forte e feio no dia
A capilaridade de favoritos transforma a de testes), Nathanael Berthon (habitual
categoria LMP2 numa das mais interes- piloto no WEC nesta categoria) e o mexi-
santes de seguir. É nos LMP2 que encon- cano Roberto Gonzalez (ex-piloto do cam-
tramos a bandeira portuguesa enverga- peonato CART que aos 42 anos decidiu
da com orgulho por Filipe Albuquerque, enveredar pelas corridas de endurance).
ao volante do Ligier JSP217 com motor Destaque, ainda, para uma equipa bri-
Gibson, da United Autosports, proprie- tânica que está baseada no Algarve (no
dade de Zak Brown, o patrão da McLaren. Autódromo Internacional do Algarve), a
O que podemos dizer de uma tripla de Algarve Pro Racing, que alinhará com
pilotos onde além de Albuquerque está um Ligier – Gibson, mas com três pilotos
Paul di Resta e Phil Hanson, vencedor amadores (Mark Petterson, Ate de Jong e
do Campeonato britânico de enduran- Tacksung Kim) e que não será incómodo
ce e do Asia LeMans Series na categoria para os candidatos á vitória.
GT3? No outro carro estará Juan Pablo
Montoya – que disse “nunca pensei que E NOS GT, QUEM LEVA A MELHOR?
Le Mans fosse tão interessante!” – com
Will Owen e Hugo de Sadeleer, suíço de O Balance of Performance irá dizer quem
20 anos, segundo no European Le Mans estará mais apto para vencer. A Ferrari
Series de 2017 na categoria LMP2. São, aposta forteem regressar e por isso aAF
claramente, candidatos a vencer a ca- Corse inscreve nada menos que três car-
tegoria e a melhorar o resultado de 2017, ros (James Calado, Alessandro Pier Guidi
um quarto posto, mesmo que o Ligier não e Daniel Serra; Toni Villander, Antonio
seja a melhor arma para isso. Giovinazzi e Pipo Derani; Sam Bird, Davide

12 Horas de Sebring e espera-se que seja como no passado, para que o belo Vantage >> autosport.pt
capaz de proporcionar a Félix da Costa GTE possa ser competitivo. Fiável parece
uma oportunidade de espreitar a vitória. ser depois de 35 mil quilómetros de testes 27
Acabada a possibilidade de defender a sem grandes dificuldades.
vitória na geral de 2017, a Porsche apos- É verdade que Marco Sorensen destruiu LMP1 VERSUS LMP1
ta forte nos GT e no regresso ás vitórias um carro no dia de testes – a equipa já
nesta categoria. Alinha com quatro carros construiu um carro novo com base no Poderia aqui recorrer ao famoso “Let’s Get Ready to Rumble!!!!!!!!” do famoso
– dois deles com decorações que recupe- chassis de reserva – mas se o BoP aju- “speaker” Michael Buffer, pois temos face a face um LMP1 contra um... LMP1! Vá lá, o
ram o 917 'Pink Pig' e o 962 Rothmans, os dar, Darren Turner, Nicki Thim, Marco primeiro LMP1 é híbrido, o segundo não. E aqui reside toda a diferença. Vamos então
números 91 e 92, os habituais no WEC ins- Sorensen, Alex Lynn, Máxime Martin e conhecer as maiores diferenças entre os carros que deveriam lutar pela vitória em Le
critos pela Manthey ARacing, propriedade Jonny Adam podem imiscuir-se na luta Mans e no Mundial de Endurance. Deveriam, pois o EoT não o permite.
da Porsche, os outros dois inscritos são-o pela vitória.
pela Autosport Core, equipa da IMSA que De referir, ainda, que Pedro Lamy es- 1 - LMP1 HÍBRIDO
inscreve os 911 RSR – com uma fortíssima tará presente, uma vez mais, com o
lista de pilotos (Gianmaria Bruni, Richard Aston Martin Vantage acompanhado MOTORIZAÇÃO: MOTOR DE COMBUSTÃO
Lietz, Frederic Makowiecki, Kevin Estre, por Mathias Lauda e Paul Dalla Lana, INTERNA, DOIS MOTORES ELÉTRICOS E
Michael Christiansen, Laurens Vanthoor, nesta quarta participação juntos. A vi- RECUPERAÇÃO DE ENERGIA
Nick Tandy, Patrick Pillet, Earl Bamber, tória alcançada em Spa, a 13ª juntos, faz POTÊNCIA: 1000 CV (LIMITADA)
Romain Dumas, Timo Bernhard e Sven deles grandes favoritos ao primeiro lu- TRAÇÃO: 4 RODAS MOTRIZES (NÃO
Muller). Finalmente, na Aston Martin, gar, numa categoria onde há muita con- PERMANENTES)
acredita-se que o BoP será mais favorável, corrência. PESO: 878 KG
DEPÓSITO DE COMBUSTÍVEL: 48 L
ALOCAÇÃO DE COMBUSTÍVEL: 80 KG/
HORA (MÁXIMO)
AUTONOMIA: 11 A 13 VOLTAS
VOLTA MAIS RÁPIDA EM 2017: 3M14,791S (KAMUI KOBAYASHI – TOYOTA TS050 HYBRID)

2 - LMP1 NÃO HÍBRIDO

MOTORIZAÇÃO: MOTOR DE
COMBUSTÃO INTERNA
POTÊNCIA: 650 CV (ESTIMADA)
TRAÇÃO: 2 RODAS MOTRIZES
(TRASEIRAS)
PESO: 833 KG
DEPÓSITO DE COMBUSTÍVEL: 71 L
ALOCAÇÃO DE COMBUSTÍVEL: 110
KGS/HORA (MÁXIMO)
AUTONOMIA: 10 A 12 VOLTAS
VOLTA MAIS RÁPIDA EM 2017: 3M24,170S (OLIVER WEBB, ENSO CLM P1/01 – NISMO)
NOTA: OS REGULAMENTOS DE 2018 FORAM PENSADOS PARA QUE A DIFERENÇA ENTRE OS DOIS TIPOS DE
LMP1 NÃO VÁ ALÉM DOS 0,5 SEGUNDOS POR VOLTA.

3 - LMP2

PREÇO: SEM MOTOR, NÃO PODE
EXCEDER OS 483 MIL EUROS
VELOCIDADE MÁXIMA: 340 KM/H
PESO: 930 KG
PNEUS: 14 JOGOS (56 PNEUS) PARA A
CORRIDA
VOLTA MAIS RÁPIDA EM 2017:
3M25,352S
(ALEX LYNN, ORECA 07 – GIBSON)

4 - LM GTE PRO

MOTOR: 5.5 LITROS (SEM TURBO) 4.0
LITROS (COM TURBO)
PESO: 1245 KG
PNEUS: 15 JOGOS (60 PNEUS) PARA A
CORRIDA
VELOCIDADE MÁXIMA: 305 KM/H
VOLTA MAIS RÁPIDA EM 2017:
3M50,837S (DARREN TURNER – ASTON
MARTIN VANTAGE)

5 - LM GTE AM

MOTOR: 5.5 LITROS (SEM TURBO), 4.0
LITROS (COM TURBO)
PESO: 1245 KG
PNEUS: 15 JOGOS (60 PNEUS) PARA A
CORRIDA
VELOCIDADE MÁXIMA: 305 KM/H
VOLTA MAIS RÁPIDA EM 2017:
3M52,842S (FERNANDO REES –
CHEVROLET CORVETTE C7.R)

wec/ FILIPE ALBUQUERQUE

28 “TEMOSDEEVITARTODOS
OSPERCALÇOSDACORRIDA”
24 HORAS DE LE MANS A N T E V I S Ã O
Filipe Albuquerque é um dos nomes em muito altas. Uma indecisão com um GT
COMISSÁRIOS destaque em Le Mans. Esta é a quinta pode deitar tudo a perder. É tudo muito no
PORTUGUESES participação na mítica prova de endurance, limite e não há margem para erros. A minha
DEREGRESSO numa fase é quem é reconhecido como um experiência diz que só me posso preocupar
ALEMANS dos melhores pilotos de endurance do mundo. com o que posso controlar. Eu só tenho de
Nas quatro participações anteriores exibiu- garantir que quando estou dentro do carro
Não é só em pista, com três pilotos. Também na direção de corrida se em grande nível embora nem sempre a sou o mais rápido, evitando sempre os
- Eduardo Freitas - nas boxes com mecânicos, com uma equipa sorte tenha estado do seu lado. Chega a esta erros e fugindo das ratoeiras, como tenho
portuguesa - a Algarve Pro Racing - e vários fotógrafos vai haver muitos edição com a motivação em alta depois do que conseguido até agora, embora saiba que nem
portugueses em Le Mans. Este ano, vamos ter também 17 Comissários, viu nos testes: “O balanço dos testes é muito sempre é possível." Quanto à mudança nas
no que é um regresso dos nossos ‘anjos da guarda’ à mítica prova, 25 positivo. Senti uma grande evolução no carro curvas Porsche, o piloto não ficou agradado,
anos depois. 15 homens e duas mulheres vão levar a alma lusa para Le em relação ao ano passado. Estou contente mas entende a necessidade da mudança:
Mans, numa ideia que começou a ganhar tração em 2016, no Circuito de e tenho a noção que poderia ter feito ainda "Compreendo a parte da segurança, mas
Vila Real, palco do WTCC. melhor. Claro que os outros também podem penso que descaracteriza a pista e até
De uma conversa entre dois comissários, por mera brincadeira, ter ainda alguma performance no bolso, mas tive dificuldades, pois sem os muros perdi
depressa se avançou para algo mais sério, e daí a concretizarem tudo, para já temos ainda de analisar bem os dados, algumas referências. Perdemos a sensação
foi um pequeno (grande) passo. pois é quase como se tivéssemos um carro que estamos numa montanha russa e agora
No início de 2017 contactaram a FPAK, dando início ‘oficial’ a todo o novo, enquanto que os Oreca são os mesmos os erros não se pagam tão caro. É um bocado
processo, em que foi decisivo o apoio de Eduardo Freitas, enquanto do ano passado. Acho que vamos estar muito como as plásticas… pode ficar melhor, mas
elemento da federação. Em março deste ano surgiu a confirmação da mais próximos deles, muito mais até do que perde-se a identidade."
ACO, as licenças ‘sofreram’ um upgrade para ‘Internacional’, pois são estava à espera.“ Embora muito mais otimista Da nossa parte resta desejar a melhor das
habitualmente somente válidas em Portugal e Espanha. do que no ano passado, Albuquerque admite sortes ao Filipe e fica um pedido… traz lá o
Depois disso... o campismo: “Arrancámos com o processo de aquisição que os Oreca ainda estão ligeiramente à caneco, que já mereces.
de material de campismo e outro material diverso. Deles, só recebemos frente: “Vamos ter um pequeno handicap em
o fato de trabalho laranja. Mesmo lá, temos de ser nós a tratar da relação aos Oreca na minha opinião. Claro
alimentação, uns vão ao restaurante, outros fazem-nas lá, no parque que ainda há muito potencial a tirar do carro
de campismo. No meio disto tudo, está espírito de camaradagem... e vamos analisar bem a telemetria. Mas a
e muito divertimento”, começou por dizer José Manuel Santos, um corrida é muito longa e acontece muita coisa.
dos Comissários: “Iremos estar divididos por dois grupos de oito No ano passado fomos quatro segundos
Comissários, nos postos 12B e 13 B, nos ‘S’ de “Tertre Rouge” e um mais lentos que toda a gente e conseguimos
como suplente, para alguma eventualidade. Vamos fazer turnos de terminar em quarto. Foi uma corrida perfeita
quatro horas, e descansar entre eles. A festa começa já hoje (4ª feira) da nossa parte. Se fizermos uma corrida igual
com o treino livre das 16h00, e às 00h00 horas, o treino noturno. Na à do ano passado, ganhamos.”
5ª feira, o dia será longo, começa logo às 9h00 e termina às 24h00. Quanto ao segredo para o sucesso em Le
Sexta-feira será o dia de descanso, vai dar para visitar o Museu e dar a Mans? Albuquerque dá a receita: "Temos de
volta à pista. No sábado, tudo começa pelas 9h00 horas e vai terminar evitar todos os percalços da corrida. Embora
com o final da festa, pelas 15 horas. Aproveito para agradecer à FPAK, tenha cada vez mais escapatórias, continua
nomeadamente ao Sr. Eduardo Freitas, bem como ao departamento a ser maioritariamente um circuito citadino,
de licenças e seguros que nos deram todo o apoio e ajuda neste com os rails próximos e com velocidades
processo”, disse.
Os 17 Comissários são: Fidélio Rio Maior, 60 anos; José Manuel Santos,
45; Luís Silva, 38; Alda Cristina, 46; Heloísa Diogo, 37; Ricardo Santos,
44; João Nuno Oliveira, 51; Luís Santos, 49; Nuno Azevedo, 52; Bruno
Cabral, 40; Ricardo Martins, 49; Nuno Catarino, 34 Anos; Tiago Rio
Maior, 22; Ricardo Peres 48; Armando Nascimento, 47; Pedro Silva, 26; e
Ricardo Guerra, 29.

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29

PEDRO LAMY

“NÃOSOMOS OS GRANDESCANDIDATOS”
As coisas não têm corrido muito bem a Pedro
Lamy e aos seus colegas de equipa na Aston perspetivas não sejam as melhores este ano, Le Mans é... não vai ser fácil estarmos competitivos,
Martin em Le Mans, mas a verdade é que Le Mans: “Tudo pode acontecer. No ano passado tivemos temos mais peso, menos potência,
no campeonato outro ‘galo’ canta. E o ano problemas, há três anos não estivemos longe de um bom não vamos ter um carro muito rápido,
passado é a melhor prova. Mau resultado em resultado, mas este ano não estou assim muito confiante mas como sempre, são 24 Horas e tudo
Le Mans, mas no fim do ano, Pedro Lamy, Paul em termos de andamento, porque o BoP não nos está a pode acontecer. À partida não temos
Dalla Lana e Mathias Lauda puderam festejar favorecer. Já em Spa não estava, mas aí a Porsche teve as coisas muito facilitadas. Quanto ao
o título da categoria GTE Am do Mundial de alguns problemas e nós conseguimos ganhar. Em Le Mans BoP está sempre na mão da ACO mudar,
Endurance. mas não acredito pois seguiram uma
Para este ano Pedro Lamy já admitiu que o linha e vão tentar ter razão com essa
Balance of Performance do seu Aston Martin teoria. Não acredito que as coisas mudem muito a nosso
Vantage não é o melhor, mas também já não o favor”, começou por dizer Pedro Lamy. Quanto ao que pode
era em Spa-Francorchamps, a primeira corrida acontecer: “Há mais pilotos experientes, boas equipas, por
do ano do WEC, e os vencedores foram os isso é difícil ter uma ideia concreta, mas é uma corrida de
homens do Aston Martin nº 98. 24 horas. Nós não temos um carro rápido, por isso à partida
As 24 Horas de Le Mans são sempre uma não somos os grandes candidatos. Mas só no fim é que
enorme incógnita, fugir das armadilhas e sabemos o que acontece...”, disse Lamy.
esperar não ter contratempos mecânicos são
sempre os dois pontos mais importantes para
quem quer obter um bom resultado, mas como esse tipo
de coisas na maioria das vezes não se controla totalmente,
no que pode ser agora analisado na correlação de forças
que se viu no dia de testes, as notícias não são boas para a
Aston Martin.
O último triunfo de Lamy nas 24 Horas de Le Mans deu-
se em 2012, com a Larbre Competition, e embora as

ALGARVE ANTÓNIO FÉLIX DA COSTA
PRO RACING
MOTIVADOPARAAESTREIA
A equipa portuguesa Algarve Pro Racing
estará também nas 24h de Le Mans, com M. Para António Félix da Costa 2018 é um
Patterson, A. De Jong e T. Kim ao volante do ano marcante na sua carreira. Depois
Ligier JSP2-17 nº 25. A equipa compete no de se ter estreado de forma brilhante
ELMS, mas vai estar presente na mítica prova nas maratonas de 24h em Daytona, é
de endurance no circuito de La Sarthe. Nos agora a vez de tomar parte na prova mais
testes conjuntos fizeram o 17º tempo entre desejada do mundo, as 24h de Le Mans.
as 20 máquinas LMP2, nesta que é a terceira Depois da sua aventura no DTM, da
participação da estrutura sediada em Faro. Costa foi escolhido pela BMW para fazer
Atualmente na 15ª posição no europeu de parte do projeto de endurance da equipa
endurance, foram 12º (na sua classe, 17º à bávara, que construiu e desenvolveu
geral) na estreia em Le Mans e em 2017 foram um novo M8 GTE, com o objetivo de
15º na sua classe (32º da geral). É mais uma conquistar as corridas de resistência.
aventura para esta equipa que leva a bandeira Félix da Costa terá como companheiros
portuguesa para Le Mans. de equipa os experientes Augusto Farfus
e Alexdander Sims, uma tripla com
qualidade mais que suficiente para levar durante todo o teste e conseguimos fazer verificaram são de fácil resolução, pelo
a nova máquina germânica a bom porto. todo programa de testes previsto, por que agora resta avaliar a telemetria,
Os primeiros tempos do M8 GTE têm sido isso vamos para a semana de competição estudar bem os pneus, que serão a
mistos, mostrando excelente potencial, na melhor posição possível. Os problemas chave do sucesso, e preparar tudo para
mas de alguma forma não materializando foram praticamente nulos e os que se enfrentar a forte concorrência numa
a ameaça aos fortíssimos Porsche e Ford. classe muito equilibrada e que poderá ser
Nos testes da semana passada foram a mais animada desta edição das 24h de
os Porsche a dominar, seguidos de perto Le Mans. Le Mans é uma corrida muito
dos Ford e o primeiro M8 surgiu na oitava especifica, onde não é preciso ser o mais
posição. O nº 82 de da Costa ficou-se pela rápido, mas sim o mais regular, evitando
15ª posição. Testes são apenas testes e erros." Pela amostra que vimos em
o português mostrou-se muito otimista Daytona, Félix da Costa está preparado
quanto à capacidade da sua montada, que para enfrentar o desafio e terá consigo
foi testada até ao limite: pilotos habituados à exigência deste
“Todo o mundo fala sobre a incrível tipo de corridas. Tem tudo para ser uma
atmosfera em Le Mans e é verdade. Não excelente estreia.
é a semana de corrida, mas já se pode
sentir isso. O carro rodou muito bem

30 WRX/ >> autosport.pt

RALICROSS - NORUEGA

Johan Kristoffersson FOTOS: PAULO MARIA / DPPI
conseguiu o seu quarto
triunfo (em cinco) do ano

ao vencer a prova de
Hell na Noruega. O piloto

da PSRX Volkswagen
dominou o evento, sendo

o mais rápido em todas
as qualificações, Meia-

final e Final. Mattias
Ekström, com o Audi S1

quattro, terminou em
segundo enquanto o
companheiro de equipa
de Kristoffersson, Petter

Solberg, garantiu o
último lugar do pódio

Duarte Mesquita
[email protected]

ETUDO KRISTOFFERSSON LEVOU
Omelhor da classificação intermédia após
a disputa das quatro qualificações era corrida por esta ordem, com Kevin Hansen a conseguir FUTURO É
Kristoffersson com o Top 5 completado por bater Grönholm numa melhor estratégia da Joker-lap OFICIALMENTE
Timmy Hansen, Petter Solberg, Kevin Hansen para conseguir entrar na Final. ELÉTRICO
e Andreas Bakkerud. Assim a primeira Meia-
final tinha os dois VW Polo R oficiais na primei- BAKKERUD BLOQUEADO POR TIMMY HANSEN O Conselho Mundial da FIA aprovou uma propos-
ra fila, com a segunda linha a ser ocupada por Bakkerud ta para transformar o Mundial de Ralicross num
e Sébastien Loeb, enquanto Robin Larsson e Anton Imediatamente após o início da Final, Timmy Hansen e Campeonato elétrico a partir de 2020. O promotor
Marklund completavam a grelha. Após o arranque, o Andreas Bakkerud tiveram um toque que fez o Peugeot IMG colaborou com a FIA e com um conjunto de con-
‘pelotão’ ficava dividido em dois grupos, com o primei- entrar em pião, ir abaixo e bloquear o Audi do norueguês. strutores neste projeto nos últimos 18 meses, tra-
ro a ser liderado por Kristoffersson enquanto Solberg Os dois pilotos ainda conseguiram voltar a arrancar mas balhando também para garantir que os pilotos pri-
liderava o segundo, que tinha efetuado imediatamen- já longe da frente, onde estava o inevitável Kristoffersson, vados possam competir no novo Campeonato. Do
te a Joker-lap. Só quando Larsson entrou para a Joker- seguido por Solberg a uma curta distância. Ekström vi- ponto de vista técnico os carros terão tração inte-
lap é que Solberg subiu para terceiro e se classificou nha a dar o máximo em terceiro, ele que tinha efetuado gral, com dois motores elétricos (um dianteiro e um
para a Final, atrás do seu colega de equipa e do Audi de a Joker-lap logo na volta inicial, tal como Kevin Hansen. traseiro), 500 kW de potência, uma bateria comum
Bakkerud. Prestação não tão boa desta feita para Loeb, Kristoffersson esteve irrepreensível na frente e quando e um chassis comum. A FIA confirmou a Williams
que apesar de pressionar muito Solberg não conseguiu os dois VW efetuaram a sua Joker-lap, Ekström conse- Advanced Engineering como a fornecedora das bate-
a ultrapassagem e ficava de fora da Final. A segunda guiu subir para segundo, mas Kristoffersson mantinha rias e a Oreca como fornecedora dos chassis únicos
Meia-final tinha a primeira fila partilhada pelos dois ir- a liderança. As posições não mudaram mais com o sue- para as temporadas de 2020 a 2023.
mãos Hansen, com Niclas Grönholm e Kevin Eriksson a co da VW a vencer na frente de Ekström, Solberg, Kevin
sairem da segunda linha, enquanto os pilotos da última Hansen, Timmy Hansen e Bakkerud. A próxima prova
linha eram Ekström e Jānis Baumanis. Ekström teve um do Mundial de Ralicross será no mítico circuito de Höljes
arranque tipo foguete e ficou imediatamente em segundo na Suécia, naquela que é considerada a corrida rainha
atrás de Timmy Hansen após a primeira curva. Este duo do campeonato.
da frente esteve com um ritmo muito forte e terminou a

C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O

CL PILOTO CARRO TEMPO

1º JOHAN KRISTOFFERSSON VW POLO R 6 VOLTAS EM 3M54,906S

2º MATTIAS EKSTRÖM AUDI S1 QUATTRO A 0,788S

3º PETTER SOLBERG VW POLO R A 2,516S

4º KEVIN HANSEN PEUGEOT 208 WRX A 3,665S

5º TIMMY HANSEN PEUGEOT 208 WRX A 9,302S

6º ANDREAS BAKKERUD AUDI S1 QUATTRO A 11,257S



N/32 FÓRMULA E
NOTÍCIAS

DI GRASSI
IMPARÁVEL
EM DIAHISTÓRICO

Num fim de semana histórico, em que 64 anos depois a Zurique foi o palco da 10ª ronda André Lotterer, Bird, D´Ambrosio,
Suíça voltou a receber uma corrida, di Grassi foi o homem em da Fórmula E, que chega a sua José María López e Mitch Evans, que
destaque, enquanto o líder do campeonato viu a sua vantagem fase crucial de decisão. Jean- no final conseguiu fazer o melhor
Éric Vergne precisava ‘apenas’ tempo e arrecadou a primeira pole,
diluir-se. António Félix da Costa teve um fim de semana de de ganhar 19 pontos a Sam Bird para quer para si, quer para a Jaguar. Di
altos e baixos, regressando aos pontos ser campeão. Já Félix da Costa vi- Grassi ficou-se pela sexta posição,
nha de uma série de quatro provas Vergne apenas era 17º, atrás de Félix
Fábio Mendes sem pontuar e queria terminar com da Costa 15º. Foram aplicadas pena-
[email protected] esse ciclo. lizações a Alex Lynn e a José María
Na qualificação, os homens que fica- López, promovendo di Grassi a quin-
LEIA E ACOMPANHE TODAS ram com lugar na Super Pole foram to, Félix da Costa a 14º e Vergne a 16º.
AS NOTÍCIAS EM AUTOSPORT.PT

TCR EUROPE VERNAY E RICHARD DIVIDEM LOUROS ALEJANDRO
MARTINS
Spa recebeu a terceira ronda do TCR Europe conseguiu também ele chegar ao top 10, com Vernay. A próxima prova é em Hungaroring no CONQUISTATAÇA
e Jean-Karl Vernay esteve intratável, sendo Abreu a ficar bem perto na 11ª posição. início do mês de julho. IBÉRICA
consecutivamente o mais rápido nas sessões Os nossos pilotos tiveram prestações CLASSIFICAÇÃO
de treinos, repetindo a receita na qualificação, positivas e apenas a qualificação impediu Alejandro Martins e José Marques
onde esteve um furo acima de toda a que ambos conseguissem algo mais. Mas Corrida 1: 1º Jean-Karl Vernay (Audi RS3 LMS venceram a Baja TT Dehesa Extremadura
concorrência e por isso conquistando a pole. para já temos vito exibições de destaque em TCR) 11 voltas; 2º Maxime Potty (Volkswagen de forma categórica deixando o segundo
Venceu a atribulada corrida 1, liderando de pistas desconhecidas para ambos. Resta Golf GTI TCR), a 0.705s; 3º Mikel Azcona (Cupra classificado a 13m24s~. Com este triunfo
fio a pavio. Na corrida 2, as lutas foram ainda saber se Mora estará presente nas próximas TCR), a 5.055s; (…) 9º Francisco Abreu (Peugeot asseguraram a vitória na Taça Ibérica,
mais intensas, de tal forma que Vernay foi rondas, uma vez que a sua continuação não 308 TCR), a 32.210s quando ainda faltar disputar uma
obrigado a desistir depois de um toque. Kris é ainda garantida, ao contrário de Abreu que Corrida 2: 1º Julien Briché (Peugeot 308 TCR), jornada. Mas não foi só, já que Alejandro
Richard roubou o primeiro lugar a Reece Barr continuará a evoluir o 308 TCR. 9 voltas; 2º Kris Richard (Hyundai i30 N TCR), a Martins e José Marques venceram ainda
(pole para a corrida 2) e aguentou os ataques No campeonato, Mikel Azcona lidera com 95 0.283s; 3º Maxime Potty (Volkswagen Golf GTI o Troféu Terras do Grande Lago Alqueva,
da concorrência para ver primeiro a bandeira pontos, seguido de Dusan Borkovic e Jean-Karl TCR), a 1.130s; 10º Francisco Mora (Hyundai i30 competição que associou as provas
de xadrez, mas um toque com Julien Briché N TCR), a 9.469s. FÁBIO MENDES vizinhas de Badajoz e Reguengos de
levou a uma penalização do suíço e à vitória de Monsaraz: “Estou naturalmente muito
Briché, primeira da Peugeot no TCR Europe. feliz por ter conseguido cumprir todos
Para os representantes portugueses foi um os objetivos. Quero agradecer à minha
fim de semana de muita luta e alguns pontos equipa que fez um trabalho impecável
conquistados. Francisco Mora começou bem e ao José Marques que é um magnífico
o fim de semana na FP1, sendo o sétimo mais navegador. Um agradecimento também
rápido, enquanto Francisco Abreu foi 18º. Na muito especial à minha claque e aos
FP2 trocaram literalmente de posições e na meus amigos que me dão uma enorme
qualificação Mora não foi além do 14º lugar à motivação”, salienta Alejandro Martins,
frente de Abreu em 16º. Na corrida 1, Francisco vencedor da Baja TT Dehesa Extremadura,
Abreu foi de faca nos dentes e conseguiu uma prova onde ao pódio subiu ainda
recuperar até ao top 10, num excelente outra equipa portuguesa, a dupla Nuno
esforço do madeirense. Já Mora ficou a ver Matos/Pedro Marcão.
das boxes com um problema elétrico no seu
Hyundai. No entanto, vingou-se na corrida 2 e

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CLASSIFICAÇÃO GT OPEN SORTES
DIFERENTES PARA
1 (25) 1 L. DI GRASSI - AUDI SPORT ABT SCHAEFFLER AUDI E-TRON FE04 39 VOLTAS OS PORTUGUESES
2 (18) 2 S. BIRD - DS VIRGIN RACING DS VIRGIN +7.542
3 (15) 7 J. D’AMBROSIO - DRAGON PENSKE EV-2 +16.822 O GT Open teve em Spa-Francorchamps a sua
4 (13) 18 A. LOTTERER - TECHEETAH RENAULT Z.E. 17 +20.295 terceira ronda do ano, com Miguel Ramos e a
5 (10) 9 S. BUEMI - RENAULT E.DAMS RENAULT Z.E. 17 +26.692 dupla António Coimbra/Luís Silva a subirem ao
6 (8) 23 N. HEIDFELD - MAHINDRA RACING MAHINDRA M4ELECTRO +28.059 pódio, nas suas categorias, na primeira corrida
7 (9) 20 M. EVANS - PANASONIC JAGUAR RACING JAGUAR I-TYPE +30.631 do fim de semana.
8 (4) 28 A. DA COSTA - ANDRETTI FORMULA E ANDRETTI ATEC-+31.301 Já Lourenço Beirão da Veiga não teve tanta
9 (2) 16 O. TURVEY - NIO FORMULA E TEAM NEXTEV NIO SPORT 003 +32.180 sorte. Arrancou de quinto para a primeira
10 (1) 25 J. VERGNE - TECHEETAH RENAULT Z.E. 17 +32.833 corrida, mas desistiu logo na primeira volta,
após um acidente em que se viu envolvido que
Na largada para a corrida Evans dianteira no meio da pista, obrigando danificou o seu BMW M6 GT3. na frente de Richard Gonda e Joel Eriksson. A
aguentou o ataque de Lotterer, mas a um “Full course Yellow” (FCY). Miguel Ramos teve uma qualificação dupla Montermini/Daniele Di Amato completou
o ritmo do alemão e de Bird era forte. Os líderes entraram nas boxes, di difícil, devido a problemas no motor do seu o pódio.
No entanto quem estava endiabra- Grassi manteve-se na frente, mas Lamborghini Huracan GT3, arrancando de 19º. Juan Cruz Álvarez qualificou o BMW M6 GT3
do era Di Grassi, que depois de um Vergne perdeu muito tempo e caiu No entanto, o piloto português conseguiu de Lourenço Beirão da Veiga no sexto posto
arranque discreto, começou a gal- na classificação. Pouco depois foram subir para 15º no seu turno de pilotagem e e, logo na primeira volta da corrida, subiu
gar posições, parando apenas na atribuídas várias penalizações por Fabrizio Crestani, colega de equipa, recuperou ao terceiro lugar. Beirão da Veiga subiu ao
liderança da prova. Também Vergne ultrapassar o limite de velocidade até 10º, e segundo entre os Pro-AM. António segundo lugar, mas uma má última volta
fazia uma boa recuperação, mas sob FCY, onde Vergne estava in- Coimbra fez um bom turno de condução e atirou o piloto para o quarto lugar, sendo ainda
na luta com Rosenqvist danificou cluído, caindo ainda mais na tabela. subiu à primeira posição na Classe AM. A dupla penalizado por cortar a chicane do Bus Stop,
o carro do sueco, que largou a asa Di Grassi não mais largou a frente do Mercedes AMG GT3 parecia ter a vitória na caindo para sétimo.
da prova, vencendo de forma in- classe para pilotos amadores praticamente Crestani e Ramos arrancaram para esta
contestada, seguido de Sam Bird e garantida, mas, a dois minutos do fim, Luís corrida na liderança da categoria Pro-Am, mas
Jérôme D´Ambrosio, que aprovei- Silva fez um pião e saiu de pista. Com isto, a um handicap de 20 segundos, resultado do
taram as penalizações para subir dupla portuguesa terminou no terceiro lugar segundo posto na primeira corrida da classe
na tabela, tal como Félix da Costa, da classe e em 18ª posição da geral. Pro-Am, limitava, à partida, as esperanças
que foi oitavo. Mikkel Mac e Alessandro Pierguidi venceram a de um bom resultado. A dupla luso-italiana
A liderança de Vergne (com uma corrida, seguidos de Giovanni Venturini/Jeroen terminou na 15ª posição da geral e 5º da sua
corrida onde tudo correu mal) é Mul e de Riccardo Agostini e Rik Breukers. categoria. No entanto, a dupla sai de Spa na
agora de apenas 23 sobre Bird e Na segunda corrida do fim de semana, Fran liderança do campeonato na sua categoria.
faltam duas corridas para o fim de Rueda e Andrés Saraiva foram os vencedores, Já Luís Silva e António Coimbra rodaram sempre
campeonato. Fórmula E ao rubro! nos lugares da cauda do pelotão, tendo o Mer-
cedes AMG GT3 nº 99 cortado a linha de meta
na 23ª posição da geral e quarto da categoria
destinada aos pilotos amadores. O GT Open
continua no fim-de-semana de 7 e 8 de julho,
em Hungaroring. RODRIGO FERNANDES

CAMPEONATO ESPANHA DE RESISTÊNCIA/GT

DUPLO TRIUNFO DE PEDRO MARREIROS
E NUNO BATISTA

“Numa corrida com grandes adversários para o troço e acabámos por fazer os Pedro Marreiros, Nuno Batista e a Veloso dado não conhecermos o circuito, que nem
conseguimos andar muito depressa, sem restantes quilómetros no seu pó perdendo Motorsport tiveram um fim de semana nos simuladores conseguimos encontrar.
nunca cometer erros e com isso tudo ainda mais algum tempo a juntar aos dois em grande no Campeonato Espanhol de Ainda assim a adaptação foi rápida e
fazer a diferença”, disse. minutos e tal gastos com a saída de pista. Resistência/GT, que este fim de semana conseguimos desde logo uma boa afinação
Nuno Matos e Pedro Marcão, aos No segundo troço voltámos a sofrer disputou-se no Circuito de Navarra, ao para o Porsche e com isso andar bem e nos
comandos de um Opel Mokka Proto devido ao pó. Foi pena porque gostaríamos triunfarem nas duas corridas, não só na sua lugares da frente. Nas corridas tanto eu como
foram segundos. Com este segundo lugar de ter tentado dar um pouco mais de luta categoria, como ainda alcançaram o segundo o Nuno conseguimos boas partidas e tirando
o Campeão Nacional 2016 consegue ao Alejandro Martins e ao José Marques lugar em termos absolutos. partido do equilíbrio que a nossa dupla tem,
assim idêntica posição nesta nova a quem deixo já os meus parabéns pela Nuno Batista e Pedro Marreiros contaram que nos permite aos dois rodar em tempos
competição: “Partimos com o objetivo excelente prova e por todos os troféus que com um Porsche 911 GT3 Cup no pleno da muito próximos, fomos capazes de ultrapassar
de tentar discutir a vitória ou pelo levam para Portugal”. sua forma. Deitando para trás os azares das as dificuldades criadas pelos adversários e
menos aproximarmo-nos do primeiro No T2, Edgar Condenso e Nuno Silva foram provas anteriores, Jorge Rodrigues conseguiu concretizar os nossos objetivos”, disse Pedro
classificado, mas uma saída de estrada os vencedores do troféu Terras do Grande completar as duas corridas com o Maserati Marreiros.
aos 30 Km fez com que regressássemos Lago Alqueva, com Rui Sousa e Carlos Silva Trofeo MC GT4, garantindo mais dois preciosos “Esta jornada foi praticamente perfeita, com
à pista imediatamente atrás do Rubén a serem segundos classificados, em mais pódios na sua categoria. uma vitória absoluta e um segundo lugar
Gracia que tinha sido o terceiro a partir um grande feito para a Isuzu Pro Racing. “Este foi um fim de semana quase perfeito a deixarem-nos orgulhosos das nossas
para nós. Começou com alguma dificuldade prestações. O carro esteve impecável e
a Veloso Motorsport mostrou-se mais
uma vez de uma competência e entrega
exemplares. Em ambas as corridas
acabámos por não ser demasiadamente
penalizados pelos tempos de paragem
superiores nas boxes que tínhamos de
cumprir e isso permitiu-nos não só estar
sempre na luta pela vitória, mas também, e
como se viu, vencer”, referiu Nuno Batista. JLA

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YAMAHA Pedro Rocha dos Santos rismo. Esta versão em cor azul mate,
[email protected] combinada com os dourados das sus-
» TRACER 900 GT 2018 pensões e do lettering de designação
A Tracer de 2018 é uma evolu- do modelo, conferem uma imagem
SPORT TURISMO AO MAIS ALTO NÍVEL ção considerável em relação de exclusividade desta versão ainda
ao modelo anterior pois vem mais evidente.
O sucesso da gama Sport Touring da Yamaha está melhorar ainda mais uma Muito bela de facto a nova Tracer 900
demonstrado não só pela qualidade dos seus modelos série de aspetos e elevar, GT. Os objetivos de exclamação posi-
Tracer como pela relação preço/performance imbatível, a sobretudo nesta versão GT tiva em qualquer lugar que parávamos
justificar plenamente as mais de 35.000 unidades vendidas que testámos, a um nível superior foram sempre nesse mesmo sentido.
desde o seu lançamento em 2015 o prazer na sua condução e no seu E se o conjunto atrai pela sua bele-
desempenho. za e equilíbrio estético, também as
O primeiro que nos salta imediatamen- componentes ergonómicas e técnicas
te à vista é a sua nova estética, com são dignas de destaque. A posição de
elementos que definem claramente a condução foi substancialmente melho-
sua vocação desportiva num set-up rada graças à montagem de um novo
que se mantém de uma moto de tu- guiador, que é 10 cm mais estreito e

35

mais aberto, fazendo com que a co- A colocação das peseiras contribui
locação das nossas mãos no mesmo também para uma maior sensação
sejam numa posição de extensão mais de conforto, se bem que de início es-
natural dos braços. tranhámos pois, na nossa opinião,
Mas também a Tracer está agora mais estão colocadas demasiado baixas e
confortável graças a um assento mais para trás, talvez também para que as
estreito e em simultâneo mais cómodo, peseiras do pendura possam ser por
pois o seu interior está mais preenchi- sua vez ser colocadas numa posição
do aumentando ligeiramente a altura em prol do maior conforto do mesmo,
de espuma do mesmo em cerca de 5 proporcionando maior comodidade
mm, sem no entanto penalizar a co- e menos cansaço físico em tiradas e
locação dos pés no chão, graças à sua viagens de maior distância.
maior estreiteza na frente. Notámos no entanto alguma falta de
O assento é também passível de ser isolamento à vibração pois a partir das
colocado em duas posições facilitando
assim a utilização por condutores de
menor estatura.

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5.000 rpm começamos a sentir um a GT, que ao nível das suspensões per- pretendemos realizar. As suspensões Em termos do conforto geral a GT tem
formigueiro estranho na sola dos pés. mite agora ajustes totais das mesmas têm um desempenho excelente man- agora um novo écrã frontal com um
Talvez um upgrade com borracha seja e o amortecedor traseiro monta inclu- tendo sempre uma leitura correta do sistema simples e eficaz de alteração
aconselhável para quem pretenda rea- sivamente um extensor do manípulo estado do piso, proporcionando um da sua altura que funciona apenas com
lizar viagens com a Tracer. de regulação da pré-carga de mola nível de aderência superior mesmo uma mão e através do simples aperto
Houve a preocupação de facto de au- para facilitar o seu ajuste em função em condução mais agressiva podendo de uma mola que liberta a fixação do
mentar o conforto geral da Tracer 900 do peso que carregamos na traseira ser sempre reguladas para todo o tipo mesmo podendo ser facilmente regu-
sobretudo nesta versão topo de gama, da moto ou do tipo de condução que de situações. lado na sua posição.
De qualquer forma o écrã é algo mini-
CONCORRÊNCIA HONDA VFR 800 CROSSRUNNER - 782CC TRIUMPH TIGER 1050 SPORT - 1.050CC malista mas suficiente para o dia a dia.
Se o objetivo for o de realizar grandes
DUCATI MULTISTRADA 950 RED - 937CC 106 CV 115 CV viagens com a Tracer recomendamos
a colocação de um écrã com maior
113 CV POTÊNCIA POTÊNCIA proteção aerodinâmica.
Para evoluir na componente despor-
POTÊNCIA 242 KG 216 KG tiva da nova Tracer GT 2018 a mesma
viu o seu quadro ser redesenhado e
227 KG PESO PESO aumentada a sua distância entre eixos
em cerca de 60 mm, passando a ser
PESO 12 850€ 13 900€ agora de 1500 mm graças sobretudo ao
braço oscilante mais longo que permite
16 495€ PREÇO BASE PREÇO BASE dotar a Tracer de maior estabilidade
numa condução mais desportiva.
PREÇO BASE O motor tricilíndrico da Tracer 900,
com 847 cc e 115 cv de potência é
também ele toda uma referência do
conjunto e mantém o ‘punch’ a que nos
habituou a baixa e médias rotações
acompanhado por um som de escape
cheio e entusiasmante.
O sistema Ride-by-Wire foi melhorado

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FT/ F I C H A T É C N I C A

847 CC

CILINDRADA

115 CV

POTÊNCIA

18 L

DEPÓSITO

215 KG

PESO

12 595€

PREÇO BASE

MOTOR TIPO DE MOTOR 3 CILINDROS, 4 TEMPOS,
REFRIGERAÇÃO LÍQUIDA, DOHC, 4 VÁLVULAS
CILINDRADA 847 CM³ DIÂMETRO X CURSO
78,0 MM X 59,1 MM TAXA DE COMPRESSÃO
11,5: 1 POTÊNCIA MÁX. 84,6 KW (115CV) 10.000
RPM VERSÃO COM POTÊNCIA LIMITADA
N/A BINÁRIO MÁX. 87,5 NM (8,9 KG-M) 8.500
RPM SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO CÁRTER
HÚMIDO TIPO DE EMBRAIAGEM HÚMIDA,
MULTIDISCO SISTEMA DE IGNIÇÃO TCI
SISTEMA DE ARRANQUE ELÉTRICO SISTEMA
DE TRANSMISSÃO SINCRONIZADA, 6 VEL.
TRANSMISSÃO FINAL CORRENTE CONSUMO
DE COMBUSTÍVEL 5,5 L/100KM EMISSÕES
CO2 127 G/KM CHASSIS QUADRO DIAMANTE
CURSO DIANTEIRO 137 MM ÂNGULO DO
AVANÇO DE RODA 24º TRILHO 100 MM SISTEMA
DE SUSPENSÃO DIANTEIRA FORQUILHA
TELESCÓPICA SISTEMA DE SUSPENSÃO
TRASEIRA BRAÇO OSCILANTE, TIPO LINK CURSO
TRASEIRO 142 MM TRAVÃO DIANTEIRO
DISCO DUPLO HIDRÁULICO, Ø 298 MM TRAVÃO
TRASEIRO MONODISCO HIDRÁULICO, Ø 245 MM
PNEU DIANTEIRO 120/70ZR17M/C (58W) PNEU
TRASEIRO 180/55ZR17M/C (73W) DIMENSÕES
COMPRIMENTO TOTAL 2.160 MM LARGURA
TOTAL 850 MM ALTURA TOTAL 1.375 MM MAX
1,430 MM ALTURA DO ASSENTO 850 MM MAX
865 MM DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 1.500 MM
DISTÂNCIA MÍNIMA AO SOLO 135 MM PESO
(INCLUINDO ÓLEO E GASOLINA) 215 KG (SIDE CASES
+ BRACKETS: +12KG) CAPACIDADE DEP. ÓLEO 3,4 L

e a aceleração no início é agora muito de uma caixa bem escalonada de 6 de dimensão algo reduzida, concentra colocação mais fácil de bagagem.
mais suave e controlada tendo desa- velocidades. Não sentimos falta de toda a informação necessária e é de A Yamaha Tracer 900 GT está disponí-
parecido totalmente aquela sensação ‘quick-shift’ nas reduções pois prefe- utilização muito intuitiva e fácil. vel em três cores diferentes: Midnight
de ‘on-off’ que provocava algum des- rimos sempre realizá-las com a ajuda A versão GT da Tracer de 2018 inclui Black, Nimbus Grey e Phantom Blue,
conforto sobretudo no pára/arranca da embraiagem, que é agora deslizante ainda malas laterais, esteticamente esta última a versão que ensaiámos.
em cidade. e que permite suavizar o forte binário bem integradas e na cor da moto mas O seu PVP de 12.595 euros é plena-
Também ao nível da eletrónica a GT vê do motor ‘crossplane’ da Tracer. de dimensão contida, onde não cabe mente justificado. São 2.000 euros
os seus atributos melhorados. A Tracer GT inclui 3 modos de motor um capacete, pelo que para viagens ou mais em relação à versão normal,
Neste momento passa a montar sis- possíveis, 2 níveis de controle de tra- mesmo no dia a dia talvez faça mais valor adequado ao facto de termos
tema de Quick-Shift uni-direcional, ção, ABS de 2 canais e inclui também sentido montar uma top-case. de olhar para número de acessórios e
o que para nós acentua ainda mais o Cruise Control. A GT inclui ainda de origem descanso funcionalidades que inclui mantendo
temperamento desportivo da Tracer Os punhos aquecidos são regulados a central, muito útil em viagem quer a sua competitividade em relação à
e favorece a utilização do binário e partir do écrã TFT a cores, que apesar para manutenção da moto quer para concorrência.

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PHILIPPE Guilherme Ribeiro
STREIFF [email protected]

OHOMEM Philippe Streiff foi um dos mui-
DEBERCY tos pilotos franceses de talen-
to que chegaram à Fórmula 1
Philippe Streiff pode nunca ter alcançado os resultados que na segunda metade da década
dele se esperava na Fórmula 1, mas ainda tinha tempo de de 80. Mesmo não sendo ab-
surpreender quando sofreu um gravíssimo acidente que o solutamente genial como um
Jean Alesi ou um Yannick Dalmas, é in-
deixou tetraplégico. No entanto, a sua paixão pelo desporto discutível que Philippe Streiff era um
motorizado não acabou e, além de se tornar num dos maiores piloto com categoria para ocupar um
paladinos dos direitos dos deficientes motores, foi também o lugar na Fórmula 1 e, quiçá, prosseguir
homem que criou as Corridas de Karting em Bercy, que atraíram
os maiores nomes da Fórmula 1 para a despedida da temporada

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com uma carreira bem-sucedida nos DESENVOLVE-SE ao volante de um Geri RB4, trocando-o tigiado prémio e o apoio da empresa
Sport-Protótipos ou nos GT’s quando por um AILEF 177 em 1977, ano em que de lubrificantes francesa, decidindo
terminasse a sua passagem pela cate- UMA JOVEM PROMESSA conquistou a prestigiosa taça, dispu- tornar-se piloto profissional.
goria rainha do automobilismo mundial. tada com viaturas de construção arte- Em 1978, Streiff decidiu dar o passo
Infelizmente, um grave acidente em Philippe Streiff nasceu a 26 de junho de sanal. Nesse ano, esteve pela primeira decisivo no caminho para a Fórmula
testes no Rio de Janeiro na primavera 1955 em La Tronche, nos arredores de vez presente em Le Mans, ao volante 1 ao inscrever-se na Fórmula Renault
de 1989, aliada à péssima assistência Grenoble, e demonstrou interesse por de um Porsche 911 Carrera RS, junta- Francesa ao volante de um Martini
médica que recebeu, deixou Philippe tudo o que era mecânico desde cedo. mente com Philippe Jaffrenou e Roger Mk20-Renault, apoiado pela Ecurie
tetraplégico. Mas a paixão pelo despor- Assim, no início da adolescência, co- Dorchy, mas a tripla não se conseguiu Motul Nogaro. De imediato, o piloto de
to automóvel deixou-o ligado à moda- meçou a pilotar karts, mas optou por qualificar. No entanto, no final da tem- 22 anos andou ao ritmo dos melhores
lidade durante muitos anos, ao mesmo seguir estudos na École nationale supé- porada, Streiff deu um passo decisivo e conseguiu lutar pelos lugares cimei-
tempo que prossegue com os seus tra- rieure d’arts et métiers, em Paris, para na sua carreira ao entrar na escola de ros, conseguindo uma vitória (logo em
balhos ligados à segurança rodoviária tirar um curso de engenharia mecâni- pilotagem de Nogaro para disputar o Paul Ricard, na prova de apoio ao G.P. de
e à mobilidade dos deficientes motores. ca. Finda a sua carreira académica em Volante Motul, conquistando o pres- França) e mais cinco pódios, para ter-
1976, Philippe começou de imediato a
Competir nas Coupes de l’Ávenir Simca,

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minar a sua estreia nos monolugares terior. Foi, sem dúvida, uma boa decisão, com cinco pódios, terminou o campeo- to nem de longe, o melhor carro do
no quinto posto do campeonato. A equi- permitindo ao piloto crescer muito. Ao nato em quarto com 36 pontos. E, em Le pelotão mas, tal como acontecera em
pa começou a temporada com motores volante do Martini Mk31-Toyota, Streiff Mans, foi convidado para pilotar para a temporadas anteriores, a equipa tinha
Renault a equiparem o Martini Mk27, venceu uma prova e foi terceiro em Rondeau, que havia vencido surpreen- conseguido produzir um monolugar
mas acabaria por trocar pelos omni- França, batido por Alain Ferté e Pascal dentemente em 1980, pilotando um dos equilibrado que permitia aos seus pi-
presentes Toyota depois de um início de Fabre. Já no Europeu a adaptação ao ve- Rondeau M379C-Cosworth oficiais com lotos andar regularmente na luta pe-
época desapontante. Efetuada a troca, tusto campeonato foi bem mais lenta e Schlesser e Jacky Haran, terminando los pontos. Melhor do que isso, Streiff
Philippe mostrou-se de imediato mui- a primeira metade da época foi passada num excelente segundo lugar e pri- evidenciou a sua excelente adaptação
to mais competitivo, lutando habitual- a lutar no meio do pelotão, com exceção meiro da categoria GTP. à antecâmara da Fórmula 1 com dois
mente pelos lugares pontuáveis contra de um quarto lugar em Magny-Cours. Apesar desta performance na pódios, em Vallelunga e Mantorp Park,
adversários do calibre de Alain Prost, No entanto, à medida que ganhava co- Endurance, era a Fórmula 1 que cons- para terminar o campeonato em sexto
Richard Dallest, Philippe Alliot e Jean- nhecimento dos circuitos e se media tituía o grande objetivo de Streiff e em com 22 pontos. Para uma equipa com
Louis Schlesser. É de salientar que a F3 contra os jovens valores presentes, 1982 assinou pela pequena AGS, equipa poucos meios, foi um excelente resul-
Francesa estava a atravessar um perío- Streiff evidenciou todo o seu talento tradicionalmente apoiada pela Motul. O tado, e Philippe foi convidado para ser
do de grande crise na segunda meta- e terminou a época com uma grande AGS JH19-BMW não era, nem de per- piloto de testes da Renault na F1 em
de da época de 70, com um calendário vitória em Zolder, o que lhe garantiu o
reduzido e acomodado na sua grande sexto lugar no campeonato. E, em 1981,
maioria ao Europeu, por isso este pas- a opção da equipa foi a mesma, agora
so, embora útil, não teve o impacto que com um Martini Mk34-Alfa Romeo. No
teria em anos posteriores. O título foi campeonato francês, Streiff mostrou-
vencido por Alain Prost, que também -se claramente o mais forte, vencendo
venceu o Europeu, enquanto Streiff por duas vezes ao longo da época para
foi um longínquo vice-campeão. Pelo conquistar o título, e no Europeu o ano
meio, voltou a disputar Le Mans ao vo- de aprendizagem produziu muito bons
lante de um Lola T296-Cosworth, mas resultados, já que se viu um Streiff mui-
não conseguiu terminar classificado. to mais maduro e consistente, conse-
Em 1980, a Ecurie Motul Nogaro decidiu guindo pontos em quase todas as ron-
apoiar Streiff num programa duplo, no das do campeonato, pese um péssimo
Europeu e no Campeonato Francês de começo com uma não-qualificação em
F3, à imagem de Alain Prost no ano an- Vallelunga. Desta vez, não venceu mas,

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1983, ao mesmo tempo que disputa- a base de 1982. Se esta contínua evo- mais bem-equipado, com um Porsche o do ano anterior, a dupla rapidamen-
va nova temporada com a AGS na F2. lução costuma deixar de funcionar, 956 da John Fitzpatrick Racing, dividi- te começou a lutar pelos pontos, mas
A equipa de Gonfaron optou por uma principalmente na Fórmula 1, no caso do com o lendário David Hobbs e Sarel o italiano não ajudava muito neste in-
evolução do modelo tão bem-conse- da AGS funcionou em pleno, já que o Van der Merwe, terminando novamente tento devido ao seu habitual hábito para
guido do ano anterior, o JH19B-BMW, JH19C-BMW foi, provavelmente, o me- no pódio, desta vez em terceiro lugar. destruir carros (e, como nota pessoal,
e pareceu ter acertado com esta op- lhor modelo da equipa desde o carro de deixo presente que até aprecio muito o
ção, pois o carro herdou a maioria das 1980. À exceção dos Ralt-Honda de fá- FINALMENTE A F1 (COM ALGUMA talento de de Cesaris e já escrevi sobre
características do monolugar do ano brica, que estavam numa liga aparte, o ele previamente para o AS Histórico,
transato e ao longo da temporada Streiff AGS conseguia andar ao mesmo ritmo F3000 PELO MEIO) mas Andrea, quando tentava extrair
foi uma presença constante nos pon- que os Martini e os March, conseguindo mais da máquina do que ela dava, tinha
tos, para terminar a época com uma uma série de pontos, que incluiu pódios Depois de dois anos como piloto de como resultados acabar muitas vezes
impressionante sequência de pódios em Thruxton, Pau e Misano, que com- testes da Renault, Gérard Larrousse com o chassis em bastante mau esta-
e conseguir um fabuloso quarto lugar pensaram, de certa medida, alguns pro- decidiu oferecer a Streiff a sua estreia do). A paciência de Guy Ligier estava a
no campeonato, com 25 pontos. Nesse blemas de fiabilidade. E, para terminar na Fórmula 1, ao volante do terceiro diminuir, e quando de Cesaris despis-
ano, Streiff regressou a Le Mans, pilo- a época em pleno, perante uma chuva Renault RE50, na última prova do cam- tou-se nos treinos do G.P. da Áustria
tando novamente um Rondeau inscrito torrencial em Brands Hatch, Streiff não peonato, o G.P. do Estoril. Foi a penúl- e acabou com uma série espetacular
pela Ford France, ao lado do vencedor cometeu um único erro e dominou a tima vez que um terceiro carro foi ins- de capotanços, o irascível patrão da
de 1978 e 1980, o popular Jean-Pierre prova – os AGS ficaram sempre famo- crito e, obviamente, não contava para escuderia de Vichy não tardou a tra-
Jaussaud mas, infelizmente, a dupla foi sos por serem carros muito fáceis de os pontos, mas o importante era estar tar de assegurar a sua substituição.
forçada a desistir muito cedo com uma pilotar à chuva – conseguindo a sua presente e aprender, e Streiff qualifi- Andrea ainda correu em Zandvoort,
fuga de óleo. Com a F2 a caminho de primeira vitória na categoria e tercei- cou-se num fabuloso 13º lugar, rolando mas à partida do G.P. de Itália era Streiff
uma morte anunciada e dispondo de ra da AGS na última prova da história consistentemente no meio do pelotão que estava ao volante. É que, ao longo
parcos recursos, a AGS optou por pro- da Fórmula 2 original! E, mais uma vez, até que a transmissão falhou a meio da de 1985, Streiff tinha ganhado o apoio
duzir um monolugar usando de novo Philippe foi a Le Mans, desta vez ainda prova. Sem dúvida que, depois de to- do Grupo Blanchet Locatop e tinha o
dos os resultados na F2 e Endurance, patrocínio comum da Gitanes na AGS
aliados à inestimável experiência de (aliás, um dos problemas de de Cesaris
dois anos a testar para uma equipa de era correr numa equipa cujo principal
topo, Streiff estava mais do que apto apoio era a tabaqueira francesa, mas o
para conseguir um lugar na F1 em 1985. principal sponsor era… a Marlboro). Pelo
Infelizmente, apesar do apoio da Motul, meio, há que juntar a recomendação
Philippe não conseguiu budget para da Renault. Certo é que a conjugação
garantir a presença no pelotão da ca- de fatores permitiu ao talentoso piloto
tegoria e resignou-se a mais um ano conseguir, aos 30 anos, um lugar na F1.
como piloto de testes da Renault, ao Já era tarde para uma carreira de alto
mesmo tempo que renovava contrato nível, mas as primeiras exibições de
pela AGS para competir na nova ante- Streiff ao volante do Ligier deram indi-
câmara da F1, a F3000. cações de uma rapidíssima adaptação
O novo AGS JH20-Cosworth não era ao monolugar e à categoria, terminan-
tão bom quanto os últimos carros de do as três primeiras provas no top 10
Fórmula 2 e debatia-se com sérios pro- e conseguindo mesmo um espanto-
blemas de afinação, mas também algu- so quinto lugar nos treinos do G.P. da
ma falta de fiabilidade. A época come- Europa em Brands Hatch.
çou de forma bastante apagada, até que Na penúltima ronda do campeonato, o
Streiff conseguiu dois quintos lugares G.P. da África do Sul, as equipas fran-
em Vallelunga e Pau. Não raras vezes, cesas (e não só) optaram por boicotar
Philippe até conseguia andar próximo a prova, devido às sanções cada vez
dos lugares da frente, mas alguma coi- mais rigorosas contra o país devido à
sa acabava por o atirar para fora dos política de Apartheid. Aliás, vários pi-
pontos ou da corrida, como na prova lotos, franceses e brasileiros principal-
disputada no Österreichring, em que mente, foram severamente convenci-
Streiff chegou a passar pela lideran- dos a não participar, mas as questões
ça e destacar-se após uma excelente contratuais com as equipas e sponsors,
recuperação, apenas para que o fundo assim como a disputa do campeonato,
plano começasse a soltar-se e desgas- levaram-nos a competir. A Fórmula 1
tasse os pneus do AGS, atirando-o para era o último desporto à escala global
um inglório quinto posto. Ainda assim, que ainda não tinha banido a África do
a segunda metade da época correu me- Sul, mas a indignação cada vez maior
lhor e, com um pódio em Zandvoort e da comunidade internacional faria com
mais alguns pontinhos, Streiff con- que até os responsáveis pela modali-
seguiu terminar a época inaugural de dade optassem por não regressar até
F3000 em oitavo, com 12 pontos. Mas, ao fim do Apartheid. Mas Streiff viria a
por esta altura, já era piloto efetivo de competir, já que a Tyrrell estava a rodar
Fórmula 1. vários pilotos depois da trágica morte
A Ligier estava a recuperar dos anos de Stefan Bellof nos 1000 Km de Spa e
maus de 1983 e 1984 e contava com convidou Philippe para pilotar o segun-
uma dupla experiente, composta por do carro, mas o francês desistiu na cor-
Andrea de Cesaris e pelo regressado ‘fi- rida. Porém, na última ronda, o primei-
lho pródigo’ Jacques Laffite. Auxiliados
por um chassis claramente melhor que

42

ro G.P. da Austrália de F1, em Adelaide, ENTRE A TYRRELL E A AGS Tyrrell ter sido a equipa que liderou nulas, justificando assim a manuten-
assistiu-se a uma prova marcada por o regresso aos motores atmosféricos ção de Philippe no plantel da Fórmula
numerosos incidentes, que só deixa- Apesar dos acontecimentos de graças a um regulamento que corta- 1. Pelo meio, Streiff foi convidado para
ram em pista os mais resistentes e, aci- Adelaide, um homem estava de olho va a potência dos motores turbo, Ken pilotar um Ford oficial nas 24h de Spa,
ma de tudo, aqueles que não erraram. em Streiff – Ken Tyrrell. Fortemente Tyrrell optava por manter Streiff, con- ao lado dos conceituadíssimos Pierre
Entre estes, encontravam-se os dois recomendado pela Renault, que for- tratando Jonathan Palmer para o lugar Dieudonné e Steve Soper, mas o motor
Ligier que, no final da prova, rodavam necia os turbo da marca de Ockham, de Brundle. Apesar de competir com quebrou já no final da prova.
em segundo e terceiro, com Laffite na o piloto francês assinou pela equipa motores Cosworth, o novo Tyrrell DG016 Apesar de estar bem na Tyrrell, Streiff
frente de Streiff. O grande problema é britânica para a sua primeira época era um chassis extremamente bem iria mudar de equipa em 1988. A AGS,
que, cientes de um resultado históri- completa na F1 em 1986, ao lado do conseguido e a dupla da Tyrrell, além depois de uma entrada experimental
co, Guy Ligier ordenou aos seus pilo- promissor Martin Brundle. A equipa de dominar entre os atmosféricos – que nas últimas rondas de 1986, tinha-se
tos para manter posições até final da começou a temporada com o modelo tinham uma taça própria para pilotos e dedicado exclusivamente à F1 em 1987,
prova. Só que Streiff estava com pneus 014, estreando no Mónaco o chassis construtores – contava com um carro correndo com motores atmosféricos e
mais frescos e não compreendia pro- 015, mas as dificuldades monetárias extremamente fiável, o que os capaci- contando com Pascal Fabre como pi-
priamente esta ordem, ainda por cima da formação de ‘Uncle Ken’ eram ainda tava para aproveitar as falhas dos car- loto. Para 1988, com ainda mais restri-
estando em posição de conseguir um muito notórias. A Tyrrell nunca tinha ros turbo e as vantagens do Cosworth ções aos motores turbo, esperava-se
resultado absolutamente brilhante na conseguido resultados significativos em certos circuitos para entrar no top uma certa equivalência entre estes e
sua primeira (meia) época na F1, e na depois da ‘bronca’ de 1984 e estava 10 e até lutar pelos pontos. Streiff con- os atmosféricos, antecipando o fim dos
penúltima prova decidiu tentar uma num processo de reconquistar patroci- seguiu assim um sexto posto no G.P. de propulsores turbocomprimidos anun-
manobra de ultrapassagem. Os dois nadores, por isso a temporada de 1986 França e um espetacular quarto lugar ciado para 1989. Depois de uma época
carros colidiram e, se Laffite sofreu foi apagada, com alguns problemas de na Alemanha, para terminar a época de aprendizagem, o novo AGS JH23-
danos menores, Streiff partiu a asa e a fiabilidade e uma luta constante no com quatro pontos, embora terminan- Cosworth era significativamente mais
suspensão da frente esquerda, mesmo meio do pelotão. Ainda assim, Streiff do o Troféu Jim Clark – reservado aos leve, e a equipa queria um piloto talen-
assim rodando uma volta inteira pra- lutou de igual para igual com o mais pilotos de carros atmosféricos – na toso para levar a formação de Gonfaron
ticamente em três rodas e mantendo experiente Martin Brundle – que esta- segunda posição, batido pelo seu co- a voos mais altos, por isso fez uma pro-
o terceiro lugar, tal o avanço que os va com a equipa desde a sua estreia na lega Jonathan Palmer. No entanto, tal posta a Streiff que, depois de ter cor-
Ligier tinham sobre o quarto classifi- F1 em 1984 – e conquistou três pontos, como em 1986, mesmo que Palmer te- rido para a escuderia durante quatro
cado. Foi o único pódio da carreira de graças a um sexto lugar em Inglaterra nha conseguido mais pontos, as dife- anos, decidiu aceitar. O carro até nem
Streiff, mas a desobediência custou- e um quinto na Austrália, terminando renças de andamento entre Streiff e o era lento, misturando-se facilmente
-lhe a hipótese de estar na luta por um ainda regularmente as provas em que seu colega de equipa, tanto em quali- na segunda metade do pelotão, mas
lugar na equipa em 1986. o carro não quebrava no top 10. ficação como em corrida, foram quase era muito pouco fiável, daí que Streiff
Deste modo, apesar de, para 1987, a

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plégico. Evacuado de helicóptero para
o Rio de Janeiro, o hospital não tinha
heliporto, obrigando a uma aterragem
nos arredores e à transferência do pi-
loto para uma ambulância, que teve
que circular num percurso de parale-
lo, sacudindo ainda mais o piloto. No
hospital, não havia equipamento em
condições para fazer o exame à colu-
na, tendo que se chamar reforços de
São Paulo. Infelizmente, quando estes
chegaram, Streiff estava já a deixar de
sentir o braço esquerdo e, mesmo com
uma operação de emergência duran-
te a noite, acabaria definitivamente
paralisado, perante a incredulidade
da sua mulher, que não compreendia
tais condições caóticas de apoio a um
piloto após um acidente. Na verdade,
é uma opinião unânime que Philippe
apenas ficou com lesões tão graves
na coluna pela negligência dos servi-
ços de socorro, sendo indemnizado. E
Jacarepaguá perderia definitivamente
o seu lugar para Interlagos em 1990.

apenas conseguiu terminar cinco das com o novo carro, mas sim com uma o chassis partido a meio. Pior que isso, E DEPOIS DA TRAGÉDIA…
16 provas em 1988, desistindo maiori- evolução do ano anterior, o JH23B. E a a cobertura de motor e respetivo arco
tariamente por quebra mecânica. Aliás, formação iria também contar com um de segurança haviam-se quebrado, o Quando Philippe Streiff recuperou,
para provar a capacidade do carro (e do segundo piloto, que chegava com algum que não augurava nada de bom. Streiff a sua paixão pelos motores não lhe
piloto), Streiff lutaria pelo quarto lugar financiamento, Joachim Winkelhock era muito alto e ficou preso debaixo do permitiu ficar afastado muito tempo
no G.P. do Canadá com… o campeão em (irmão do malogrado Manfred). Assim, carro, ao mesmo tempo que os socor- do desporto motorizado. Em primeiro
título Nélson Piquet (em Lotus-Honda) 1989 apresentava-se como uma época ros tardaram, já que o piloto ficou fora lugar, juntamente com a sua mulher,
durante a segunda metade da prova, de maior ambição, apesar de ter que do perímetro da pista, ferindo mesmo Alain Prost e mais alguns pilotos, Streiff
até que a suspensão do AGS quebrou. A passar pelas pré-qualificações. Como dois operários que trabalhavam à vol- iniciou uma campanha pela construção
época sem pontos foi compensada pelo habitual, as várias equipas partiram ta do circuito. Quando conseguiu ex- de melhores centros médicos nos cir-
regresso ao ambiente, para si familiar, para o Rio de Janeiro para testar os trair-se, com ajuda, dos restos muito cuitos e formação dos comissários para
da AGS e pela promessa de melhores novos carros nas quentes condições machucados do seu monolugar, Streiff as ocorrências de traumas violentos,
resultados que a equipa apresentava, e do circuito de Jacarepaguá, que abria saiu pelo próprio pé, mas rapidamente algo que só aconteceu em 1991, depois
também por algumas bem-sucedidas o campeonato. O novo AGS era uma deu conta de uma laceração no joelho de em 1990 Martin Donnelly ter sofrido
passagens pelo WSC/WEC ao volante solução de compromisso, mas parecia e apercebeu-se de dores nas costas. um acidente que pôs fim à sua carreira
de um Porsche 962C da Joest Racing, mais frágil que o modelo do ano ante- Quando os comissários propriamen- competitiva. De seguida, Philippe abriu
conseguindo Philippe um quarto lugar rior, e durante uma série de voltas rápi- te ditos e os socorros chegaram, tudo um centro de karting indoor em 1991, e
em Silverstone, partilhando o carro das a suspensão do monolugar francês dava a entender que Streiff, um piloto em 1993 organizou a primeira corrida
com duas lendas da Endurance, David quebrou a mais de 200 km/h, atirando extremamente alto, poderia ter sofrido das estrelas em karting, o Masters de
Hobbs e Bob Wollek. Streiff com enorme violência para os lesões na coluna. A partir daqui, uma Bercy, célebre pelo duelo entre… Senna
Tal como muitas equipas naquele tem- rails. O piloto voou sob a proteção e ca- sucessão ainda mais desastrosa de e Prost. Este evento, que juntava pilo-
po, a AGS não iria começar a temporada potou várias vezes, para terminar com socorros acabaria por o deixar tetra- tos de diversas categorias, realizar-se-
-ia até 2001, renascendo em 2011 sob
a forma de uma competição de karts
totalmente elétricos.
Ao mesmo tempo, com a ajuda da
Renault, projetou um carro especial-
mente adaptado para as suas limita-
ções e tornou-se num grande ativista
dos deficientes motores, tornando-se
conselheiro ministerial no governo
francês a partir de 2002.
Após a derrota de Sarkozy, Streiff man-
teve-se em funções como consultor
técnico na mesma área, assim como
na segurança rodoviária, e é presença
habitual em palestras e grupos de tra-
balho sobre o assunto, ao mesmo tempo
que continua, na sua capacidade de en-
genheiro, a ajudar no desenvolvimento
de sistemas que permitam a condução
por parte de deficientes motores.
Sem dúvida, um homem marcante.

+44

Filipe Pinto Mesquita traseiro revisto para melhorar a aerodi-
nâmica e os vidros laterais escurecidos.
ALFA ROMEO [email protected] Depois, as jantes negras de 19’’ (1.000
€) com pinças de travões amarelas ou
» GIULIA 2.2 Q4 VELOCE 8 ATM “Querida… vou sair com a Giulia”! a discreta barra de anti-aproximação
Ups! É melhor reformular a fra- instalada no compartimento do motor
se… - “Querida, vou sair com o dão um impulso ainda mais desportivo
Alfa Romeo”! a esta versão, onde o lettering “Veloce”
É fácil ficar encantado pelo Giulia nas laterais e o símbolo “Q4” atrás faz
REGISTO ALTERNATIVO! e deixar transparecer isso na questão de lembrar que não estamos na
voz. Só convém não deixar extravasar presença de um Giulia qualquer.
À abertura das portas corresponde à en-
É fácil transformar um Alfa-Romeo Giulia numa máquina demasiado o entusiasmo e, claro, saber trada num mundo “Alfa”, que “respira”
personalidade desportiva por grande par-
de diversões. E nem precisa de ser o Quadriflogio de 510 escolher as palavras certas… pois se há te dos seus poros. O botão de ignição no
volante que tem o fundo plano, os pedais
cv. Basta ter 210 cv, quatro rodas motrizes e um chassis carro em que a expressão inglesa “straight a combinarem o metal com a borracha, o
seletor de caixa de pequenas dimensões,
competentíssimo. Se é do ‘contra’ e acha que está na hora to your heart” (direto ao seu coração) faz as generosas patilhas de mudança de
caixa no volante, os bancos desportivos ou
de vergar a hegemonia alemã no segmento das berlinas, sentido é neste Alfa Giulia, que parece o comando de modos de condução “trifá-
sico” (DNA) na consola central, para além
então encontrou no Giulia 2.2 D Q4 Veloce um forte aliado minimizar as possibilidades dos gostos dosacabamentosemalumínioconsagram
ao Veloce uma imagem interior marcada-
serem subjetivos. Exteriormente, as pro- mente desportiva, a que não pode, nem

porções equilibradas são o primeiro passo

para uma imagem sólida e consistente

que, nesta versão Veloce, ganha ainda

maior desenvoltura com adoção de uma

imagem exclusiva, com o pára-choques

LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE dianteiro com tomada de ar específica e
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT de maiores dimensões, o pára-choques

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45

FT/ F I C H A T É C N I C A

quer escapar. Sentados ao volante é fácil 2.2 / 210 CV não deixa os pergaminhos da marca de neutro e previsível, qualquer que seja o
chegar à posição de condução ideal, mas Arese manchados. O “Cuore Desportivo” programa do DNA escolhido (Dynamic,
a configuração dos bancos pode ser um GASÓLEO está presente na disponibilidade do motor Natural ou Advanced Efficiency), cuja
problema já que o apoio lombar é exage- que sobe de regime de forma energética, alteração fica à distância de um toque
rado. Preocupante? Nem por isso. 6,8 S apenas faltando-lhe um som “desportivo” no comando esférico central. Claro que
Quilómetros após quilómetros, o corpo a condizer já que as duas saídas de escape é no modo Dynamic, que motor, caixa,
acaba por se moldar. Com o condutor 0-100 KM/H traseiras deixam escapar um barulho direção e suspensão ganham ainda mais
como centro da ação, os restantes ocu- demasiado amorfo e “muito” diesel. alma e permitem espremer todo o sumo
pantes perdem relevância, mas sendo 4,7 L / 7,2 L (AUTOSPORT) A caixa automática de 8 velocidades, com deste Giulia, com o programa Advanced
este, para todos os efeitos, um carro fa- enormes (tal como devem ser) patilhas no Efficiency, ideal para chuva, a ter o efeito
miliar, há espaço para todos, apenas o 100 KM volante funciona em perfeita harmonia exatamente contrário, “castrando” as
passageiro do lugar central traseiro poderá com o motor, revelando-se rápida e de- potencialidades em nome da segurança.
usufruir de menos conforto pela intrusão 122 cidida, assumindo a sua quota parte de Em termos de conforto, os mínimos estão
do túnel de transmissão nos seus pés, responsabilidade no prazer de condução sempre garantidos, com a suspensão ativa
enquanto os 480 litros disponibilizados G/KM- CO2 que este Giulia proporciona. a não ser demasiado penalizante nos mo-
pela bagageira cumprem perfeitamente E para explorá-lo não há nada como testar dos Natural e Advanced Efficiency, e a ser
as necessidades de espaço de um veículo 55 300€ as potencialidades do chassis que são… suficientemente seca e eficaz, como man-
deste segmento. gigantes. Aliás, bem acima do motor, o que, dam as regras, no modo mais desportivo.
Mas é, como seria de esperar, de resto, no PREÇO BASE se torna evidente mal se negociam meia Com consumos reais de 7,2 l/100 km/h, o
capítulo dinâmico que este Alfa Romeo dúzia de curvas a velocidades elevadas. Giulia Veloce apresenta-se ao serviço com
põe as garras de fora. MOTOR POTENTE/EFICÁCIA DA TRAÇÃO A fantástica direção elétrica assistida um preço base de 55.300 €, que inclui já
Animado por um motor 2.2 litros tur- INTEGRAL/DIREÇÃO “COMUNICATIVA” (muito direta e precisa) e a sigla “Q4” tam- uma vasta lista de equipamento de série,
bodiesel “revisto” e que, nesta versão bém fazem maravilhas, com as quatro mas que há sempre espaço para rechear
Veloce, oferece 210 cv (em vez de 180 cv) RUÍDO “BÁSICO” DO MOTOR / rodas motrizes, neste caso, a revelarem- anda mais, desde que os euros não sejam
e 470 Nm (em vez de 450 Nm), o Giulia IMPOSSIBILIDADE DE DESLIGAR ESP -se preciosas para um comportamento um problema.

MOTOR 4 CIL., INJ. DIR., TURBO, 2143 CM3
POTÊNCIA 210 CV / 3750 RPM BINÁRIO
470 NM / 1750 RPM TRANSMISSÃO
INTEGRAL, CX. AUTOMÁTICA DE 8 VEL.
SUSPENSÃO DUPLOS TRIÂNGULOS À
FRENTE E ATRÁS TRAVAGEM DV/D PESO
1610 KG MALA 480 LITROS DEPÓSITO 52
LITROS VEL. MÁX. 235 KM/H

+

NOVO HYUNDAI I20 de cinco portas. Desta forma, o i20 deixa
de estar disponível com motorização a
diesel, uma opção que não se revelaria
competitiva, segundo a marca, dados os
atuais custos de desenvolvimento de um
motor diesel e da tecnologia necessária
para respeitar as novas normas de con-
sumos e emissões.

O segmento B é um dos mais competitivos do mercado. A Hyundai, não deixando os créditos EXTERIOR E INTERIOR
por mãos alheias, apresentou agora um restyling do seu best seller, o i20. De imagem
refrescada e espírito jovial, a marca espera continuar a senda de sucesso de uma linhagem Esteticamente o i20 surge com linhas
que atravessa a sua segunda geração. As primeiras unidades chegam a Portugal já no mais joviais e pisca olho à personalização.
próximo mês de julho O exterior tem um total de 17 opções à
escolha: 10 padrões de uma só cor, em que
André Duarte seguiu a fim de colocar no mercado uma de nevoeiro; vidros escurecidos; jantes se incluem as novas tonalidades Tomato
[email protected] proposta o mais competitiva possível 15’’ em liga leve. Red, Champion Blue e Clean Slate; opção
em preço e qualidade e que se destine a Na versão Style acrescem o volante multi- de tejadilho two-tone em Phantom Black
AAlemanha foi o local de eleição consumidores que coloquem a razão à funções, também em pele; AC automático; disponível com 7 cores.
paraaapresentaçãoàimprensa frente do coração. vidros escurecidos; jantes 16’’ em liga leve; No exterior o destaque vai para a reno-
do renovado Hyundai i20. Tendo Em julho, e na fase de lançamento, o novo sensores traseiros, de luz e chuva e ECM; vada frente, em que sobressai a grelha
como pano de fundo a cidade Hyundai i20 surge unicamente com car- óticas de dupla projeção; recolha elétrica em cascata da marca e as entradas de
de Frankfurt, a marca revelou roçaria de cinco portas e motor a gasolina dos espelhos. ar na zona inferior, junto dos faróis. Nota
todos os detalhes de um mo- 1.2 MPI com 75 e 84 cv, alocado a uma A partir de outubro a oferta é alargada também para as bonitas jantes de liga
delo que conta com várias novidades. caixa manual de 5 relações. Os níveis de com mais duas carroçarias, três portas leve de 15” e 16”. A traseira surge com
Conheça-as em seguida. equipamento dividem-se entre Comfort e e Active. Ambas irão receber o motor a um novo pára-choques a duas cores, de
Style, com preços a partir de 15.784 euros gasolina 1.0 T-GDI com 100 cv, com opção visual mais desportivo, com pormeno-
MOTORIZAÇÕES E EQUIPAMENTO e Style 18.237 euros, respetivamente: de caixa manual de 5 velocidades ou auto- res mais escuros e faróis redesenhados.
“Follow the brain” é o mote do novo i20, No Comfort os principais destaques são mática de dupla embraiagem e 7 relações Uma secção em que foi dedicada especial
um modelo redesenhado, desenvolvido o Idle Stop & Go; Hyundai SmartSense; (inclui dois modos, normal e desportivo), atenção à inclusão da matrícula, câmara
e concebido na Europa e para a Europa. volante multifunções em pele; AC manual; uma novidade na gama e i20, que passará traseira e fecho da mala.
Um princípio que a marca sul-coreana Display audio de 7’’; câmara traseira; faróis também a ser disponibilizado na versão Uma vez no interior o espaço é nota do-
minante, a que se junta uma bagageira
com 326l. O habitáculo é também fiel à

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ma de emergência; alerta de fadiga
do condutor; e sistema de controlo
automático dos máximos.

personalização e conta com dois novos Em termos de conectividade, em Em matéria de segurança e sistemas O I20 QUE TRAZ UM TUCSON
padrões, Red Point e Blue Point, num total Portugal todos os modelos rece- de assistência à condução, o Hyundai
de quatro opções. Destaque ainda para o bem um Display áudio e sistema SmartSense disponibiliza sistema de Chama-se Hyundai FlexMobility e é apos-
novo interior Blue, com vários aponta- de navegação de 7’’ e compatibili- aviso de saída de faixa de rodagem nas ta enquanto solução de mobilidade para
mentos na cor azul, nomeadamente no dade com Apple CarPlay e Android três carroçarias e na de cinco portas os primeiros clientes do i20. Para todos
tablier e área circundante aos manípulos Auto, estando ainda disponíveis Live e Active sistema de manutenção na os que adquirirem um i20 durante o mês
das portas da frente. Services e Lifetime Mapcare. faixa de rodagem; travagem autóno- de lançamento, julho, a Hyundai tem uma
proposta em que inclui a utilização de um
máximo de 15 dias por ano de um Hyundai
Tucson sem custos acrescidos. O cliente
precisa apenas de ligar a marcar os dias
em que pretende o veículo, tudo o mais
está contratualmente incluído. Esta pro-
posta requer uma entrada inicial de 4800
euros e uma mensalidade de 195€/mês.
Uma opção de mobilidade que a marca
entende ser a ideal “para os dias especiais”
dos seus clientes.

E/ Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma informação atual, rigorosa abordagem e de análise dos factos noti-
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 de Janeiro, tomóvel disputadas em território nacional e de qualidade, opinando sobre tudo o ciosos, com total abertura à interatividade
ESTATUTO Lei da Imprensa, publica-se o Estatuto e no estrangeiro, relata acontecimentos que se passa na área do automóvel e dos com a sua comunidade de leitores. 4. O
EDITORIAL Editorial da publicação periódica AutoSport: ligados à competição automóvel, bem como automobilistas, numa perspetiva plural, re- AutoSport pratica um jornalismo pautado
1. O AutoSport é um semanário dedicado temas que versam o automóvel como bem cusando o sensacionalismo e respeitando pela isenção, sem comprometimentos
ao automóvel e aos automobilistas, nas de consumo, tanto na área industrial como a esfera da privacidade dos cidadãos. 3. ou enfeudamentos, tendo apenas como
suas mais distintas vertentes: desporto e comercial. O AutoSport pauta as suas opções edito- pressuposto editorial facultar a melhor
competição, comércio, indústria, segurança 2. O AutoSport está comprometido com riais por critérios de atualidade, interesse informação e a melhor formação aos seus
e problemática rodoviária. O AutoSport o exercício de um jornalismo formativo e informativo e qualidade, procurando apre- leitores, seguindo sempre as mais elemen-
edita, semanalmente, conteúdos sobre as informativo e procura oferecer aos seus sentar aos seus leitores a mais completa tares normas deontológicas.

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