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Published by hmilheiro, 2018-10-09 07:18:24

AutoSport_2128

AutoSport_2128

#2128 O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES 40
ANO 40
anos
10/10/2018
>> autosport.pt
2,35€ (CONT.)

DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES

TANAK WRCOGIERVENGRCÃE-BRREATALNIHDAA
DESISTIU
QUANDO LIDERAVA RUBROAO
DESTACADO ESTORIL CLASSICS WEEK
ESPETÁCULO
ERRO DE NEUVILLE E MUITO PÚBLICO
ATENUADO COM JOGO DE EQUIPA PÁG. 22

HAMILTON MOTO GUZZI
VENCE GP DO JAPÃO V7 III STONE DE 2018 PÁG. 36



3

I/ I N S TA N TÂ N E O SIGA-NOS EM EDIÇÃO

#2128
10/10/2018

f l> > a u t o s p o r t . p t
facebook.com/autosportpt twitter.com/AutoSportPT

ANTES E DEPOIS O ACP decidiu este ano reavivar o Slalom do antigo Rali de Portugal e em boa hora o fez, já que, por si só, isso foi José Luís Abreu
motivo mais do que suficiente para muita gente rumar ao Autódromo. E depois ainda tinha, Fórmula 1, Motos, Historic Endurance, etc...
DIRETOR-EXECUTIVO
S/ SEMÁFORO EM DIRETO
[email protected]
PARADO A ARRANCAR A FUNDO “Não tinha previsto que a Ferrari
fosse cair assim e não tenho Foguetes e um rali”. É as-
Não é normal vermos Lewis Hamilton Estoril Classics Week: uma resposta para isso, talvez o sim que começa um texto
os Hyundai longe da prepara a festa do grande evento a Vettel…”, Lewis Hamilton, incrédulo do Público, sobre uma
frente, mas em Wuhan penta nos ‘States’… repetir sempre… Associação (Salvar Sintra)
os quatro i30 ficaram com a facilidade com que está a chegar ao que denuncia “negligência”
fora dos pontos todo o seu 5º título do parque Sintra-Cascais
na questão do incêndio que de-
fim de semana ”Não sei exatamente o que flagrou na serra. Esta Associação,
aconteceu, mas o que tenho que é uma instituição de defesa
O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES NA ERA DIGITAL a fazer é provar que estavam ambiental, acusa a direção do
errados”, Esteban Ocon, que ainda Parque Natural Sintra-Cascais
de “negligência” e “sistemática
pode ficar na F1 em 2019, com a Williams demissão das suas responsabili-
dades” na área da prevenção dos
“Esta penalização mostra incêndios florestais. Até aqui tudo
quão má é a F1. São maus nas bem, é essa a sua missão. A porca
decisões, na aleatoriedade, na só torce o rabo quando a associa-
consistência das decisões”, ção dá como exemplo da negligên-
cia esta ter permitido a realização
Fernando Alonso, sem ‘filtros’ agora que do Rally de Portugal Histórico
está de saída… que “levou milhares a acorrerem
à serra, aumentando exponen-
“O Magnussen está envolvido em cialmente o risco de incêndio, por
todos os grandes acidentes do ação negligente dos particulares,
ano na F1. Eu não sou árbitro, mas através de piqueniques e beatas de
a FIA é…”, Frederic Vasseur, sobre o cigarros”, argumenta.
Compreendemos que tenham que
incidente do dinamarquês com Leclerc dar argumentos, mas convém que
não sejam argumentos estúpidos.
Siga-nos nas redes sociais e saiba É que o rali já ali passa há 13 anos,
tudo sobre o desporto motorizado no na sua versão histórica, passou
computador, tablet ou smartphone via muitas mais, desde 1975 até 1986,
facebook (facebook.com/autosportpt), no Rali de Portugal, muitas outras
twitter (AutosportPT) ou em vezes no Rali das Camélias, não
>> autosport.pt com milhares, mas por vezes com
centenas de milhar de pessoas a
emoldurar a serra, e não me re-
cordo de alguma vez a negligência
de alguém ter resultado num tão
dramático incêndio. Para além dis-
so, aumenta o risco, mas também
aumenta a vigia. E os turistas que
diariamente lá passam? Não são
um risco? Se calhar bem maior do
que estar parado a ver um rali. Por
fim, falar de um rali que terminou
à 1h30 de sábado, e de um incên-
dio que começou às 23h00 desse
mesmo dia, não é sério.

4 F1/
FÓRMULA 1
HAMILTON SENTAGP DO JAPÃO 17 DE 21
E EPSPEERNA PTEALO
A Ferrari e Sebastian Vettel precisavam urgentemente de encontrar em Suzuka
o caminho da recuperação de modo a recolocar a sua temporada nos eixos, mas
sofreram mais uma pesada derrota, assistindo ao triunfo de Lewis Hamilton no
Grande Prémio do Japão, que liderou mais uma dobradinha da Mercedes

Jorge Girão fazerem o mesmo, mas logo na qua- O campeão em título arrancou bem Quatro posições ganhas e uma situação
[email protected] lificação ficou à vista que a estrutura da pole-position, mantendo a lideran- de Safety Car, o cenário era bem melhor
de Maranello não é ainda a máquina ça, ao passo que o seu rival mostrava que o esperado por Vettel no início da
Como já se tinha verificado terrivelmente eficaz que a equipa de inquietude, partindo bem do oitavo corrida e por isso talvez ainda fosse
na Rússia, o Mercedes W09 Brackley mostra ser. posto para no final da primeira volta possível desafiar os imperturbáveis
EQ Power+ mostrou-se mais Fiando-se exclusivamente nas infor- ser já quarto, atrás de Max Verstappen. Mercedes, caso se conseguisse ver
competitivo que o Ferrari mações que estavam a receber nos mo- Sendo notoriamente mais rápido que livre do holandês rapidamente.
SF71-H desde o primeiro nitores de computadores, os estrategas o holandês, e aproveitando o desen- A pista foi limpa e a corrida retomada e
instante em que os carros da Ferrari enviavam para a Q3 Vettel tendimento entre este e Räikkönen na na segunda volta depois do Safety Car
entraram em pista. Desvantagem que e Räikkönen com pneus intermédios, travagem para a chicane, ultrapassou regressar às boxes, oitava da corrida,
os homens de Maranello conseguiram quando era evidente para quem olhasse o seu colega de equipa. Vettel saiu melhor do Gancho e com a
atenuar de sexta feira para sábado, para o chão que a pista estava seca. Entretanto, o Safety Car entrava em superior potência do V6 turbohíbrido
mas sem nunca conseguir suprir na Com a chuva a aproximar-se rapida- pista devido aos muitos destroços de da Ferrari face ao da Renault, conseguiu
totalidade. mente do circuito, os pilotos da Scuderia carbono espalhados na aproximação chegar a Spoon com a possibilidade de
Contudo, mesmo quando se está em perderam tempo precioso com uma à Curva 1 devido a um toque entre disputar a posição.
desvantagem técnica, existem formas volta que não contou para nada, rea- Charles Leclerc e Kevin Magnussen, O alemão deixou a travagem para bas-
de tentar contrariar o ascendente de lizando as suas voltas lançadas com quando este, como é seu timbre, se tante tarde, colocou-se por dentro,
uma rival, como a Mercedes e Hamilton chuva em alguns pontos de Suzuka. recusou a permitir que o seu perse- estando lado a lado com Verstappen
demonstraram bastas vezes este ano, Resultado: ambos erraram, não tendo o guidor o tentasse sequer ultrapassar. na aproximação ao apex da curva.
ao executarem tudo de forma perfeita, finlandês ido além de quarto, ao passo Contudo, o holandês não deu espaço
de modo a colocar os adversários sob que alemão se quedou pelo nono posto, 30 ao Ferrari e o contacto entre os dois
pressão e forçá-los a errar. que se transformou em oitavo com a foi inevitável, entrando o monolugar
Ao longo de mais de três meses esta penalização de Ocon. EDIÇÕES DO GRANDE PRÉMIO D vermelho em pião e caindo para último,
foi a estratégia da dupla Hamilton/ Por seu lado, a máquina bem oleada de O JAPÃO EM SUZUKA ao passo que o Red Bull passou pela
Mercedes, vencendo em Hockenheim, Brackley passava imperturbável pelas escapatória, mas pôde prosseguir sem
Hungaroring e Monza quando estavam incertezas climatéricas de Suzuka e no danos e sem perder qualquer posição.
numa situação difícil tecnicamente, final da qualificação tinha assegurada Estavam apenas decorridas oito voltas
aproveitando os erros que induziram a primeira linha – desta feita, e ao con- e já Vettel tinha visto qualquer possibi-
o duo Vettel/Ferrari a cometer. trário de Sochi, pela ordem correta, ou lidade de recuperar pontos a Hamilton
Era a vez de a Scuderia e o seu piloto seja, Hamilton à frente de Bottas. esfumar-se definitivamente e, com
Ao olhar para a grelha de partida, di- isso, manter vivas as suas aspirações
ficilmente se poderia prever algo que ao título.
não fosse mais um passo do inglês O piloto inglês, por seu lado, caminhava
rumo ao cetro de 2018. calmamente para o seu nono triunfo

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F1/
FÓRMULA 1

6

GP DO JAPÃO 1 7 D E 2 1

M/ MOMENTO F/ FIGURA

TREINOS-LIVRES DE SEXTA-FEIRA - Enquanto LEWIS HAMILTON - O piloto inglês está
Vettel e a Ferrari se debatiam por encontrar a realizar a sua melhor época de sempre,
uma forma de reduzir a desvantagem que tendo-se superado com a oposição oriunda da
tinham para Hamilton e para a Mercedes, já o Ferrari e de Vettel. Em Suzuka não precisou de
inglês se regozijava e destruía o seu adversário, recorrer aos seus dotes especiais para bater
ao afirmar através da rádio para a sua equipa: a concorrência, mas a facilidade com que se
“estou a ter o melhor dia da minha vida”. Daí vai superiorizando ao seu colega de equipa e a
para a frente tratava-se apenas de colocar forma como vai destruindo a ofensiva de Vettel
em prática a sua superioridade e dar mais um vão justificando a conquista de mais um título,
passo rumo ao pentacampeonato. que está ao virar da esquina.

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PROVA AUTOSPORT.PT PÓDIOS PARA VALTTERI BOTTAS MERCEDES judicialmente antes do verão devido
A equipa de Brackley voltou a mostrar às muitas dívidas que os seus
Depois de mais 80 o porquê de ter dominado a Fórmula anteriores donos acumularam, mas
um incidente 1 nos últimos anos. Nas condições a sua competitividade em pista
protagonizado por POLE-POSITIONS PARA LEWIS HAMILTON, difíceis da qualificação, enquanto que raramente foi afetada por esta
Vettel, Lewis Hamilton UM RECORDE a sua rival fraquejou, a formação de situação.
limitou-se a gerir a Brackley manteve-se calma, enviando Quando Lawrence Stroll e os seus
corrida e a vencer com os seus pilotos para a pista com os amigos resgataram a equipa que um
grande à vontade... pneus certos e no momento correto. dia nasceu como Jordan, durante o
Na corrida, mostrou-se imperturbável, verão, os resultados rapidamente
conseguindo a sua segunda começaram a aparecer e desde
dobradinha em fins de semana Monza que Esteban Ocon e Sergio
consecutivos. Pérez se batem pelas vitórias do
Muito embora não tenha tido sempre segundo pelotão.
o melhor carro do plantel, a Mercedes Em Suzuka, muito embora Romain
tem-se mostrado a estrutura mais Grosjean tenha sido o mais rápido
consistente ao longo da temporada, e na qualificação atrás das ‘Três
numa época tão longa, é assim que se Grandes’, foi notório que era o Force
ganham campeonatos. India Mercedes o monolugar mais
competitivo “dos outros”, tendo
RACING POINT FORCE INDIA Sergio Pérez vencido a corrida do
A estrutura de Silverstone foi gerida segundo pelotão.

-/ MENOS

sem qualquer sobressalto, cruzando a depois de um problema no atuador FERRARI alemão protagonizou com Verstappen
linha de meta ao fim de 53 voltas com do acelerador do seu carro o impedir Uma equipa que pretende lutar por na corrida, dado que o piloto da Ferrari
mais de doze segundos de vantagem de disputar a Q2, aproveitou os danos títulos não pode cometer erros de deveria, em circunstâncias normais,
para Valtteri Bottas, que completou a infligidos nos Ferrari por contactos com principiante e foi isso que a Scuderia estar à frente do holandês desde a
dobradinha da Mercedes. Verstappen para se impor a Räikkönen fez em Suzuka. primeira curva.
Um dos motivos de interesse da prova e a Vettel, vendo a bandeirada de xadrez Uma vez mais, os carros de Maranello
foi a luta pelo segundo posto entre o fin- no quarto posto, depois de mais duas estavam aquém dos Mercedes, MAX VERSTAPPEN
landês e Max Verstappen. O holandês mãos cheias de boas ultrapassagens. quando Vettel precisava de recuperar O holandês é um dos pilotos mais
parecia estar ligeiramente mais rápido Vettel, após ter caído para último, re- pontos no Campeonato de Pilotos e a talentosos do plantel, sendo capaz
que o seu adversário, em parte devido cuperou até sexto, mas viu as suas Ferrari tinha de ganhar pontos à sua de coisas incríveis e de suplantar
à melhor gestão de pneus do Red Bull, aspirações ao título reduzirem-se logo rival nas contas do Campeonato de as limitações do seu carro, algo só
mas o piloto do ‘Flecha de Prata’ não no sábado para se esfumarem quase Construtores. ao alcance de alguns eleitos, mas
cedeu a sua posição, apesar de um erro completamente na oitava volta da cor- Numa situação difícil, dado que o é também capaz de se envolver em
na travagem para a chicane, mantendo rida de domingo. Mercedes W09 EQ Power+ parecia toques desnecessários, mostrando
o segundo posto e deixando o piloto da Faltam ainda quatro corridas, mas ser o carro mais competitivo na pista um espírito quezilento.
Red Bull em terceiro. Hamilton está cada vez mais próximo nipónica, a equipa transalpina tinha No Japão saiu de pista e, quando
Daniel Ricciardo, que arrancou de 15º do seu quinto cetro. de ser perfeita, mas na qualificação voltou ao asfalto, a sua única
meteu os “pés pelas mãos”, fiando-se preocupação foi impedir que
em demasia na meteorologia dos Räikkönen o ultrapassasse, acabando
monitores e pouco naquilo que era por embater no finlandês e, assim,
possível ver na pista – asfalto seco. ganhar uma penalização de cinco
Mandou os seus pilotos para a pista segundos. Algumas voltas mais tarde,
com pneus intermédios, quando na travagem para a Spoon, Vettel
a chuva estava a chegar e ambos colocou-se por dentro do Red Bull,
erraram quando puderam rodar com mas Verstappen não cedeu e os dois
slicks, ficando aquém do potencial dos carros bateram. Desta feita, o jovem
seus monolugares. de 21 anos levou a melhor, mas nem
Se a situação de Vettel e da Ferrari sempre isso sucede e, se algum
estava já difícil, ficou ainda pior, tendo, dia quiser lutar por um título, terá
em última análise, o erro estratégico que obrigatoriamente alterar a sua
da equipa durante a qualificação sido abordagem às corridas. Quer queira,
responsável pelo incidente que o quer não.

F1/
FÓRMULA 1

8

GP DO JAPÃO 1 7 D E 2 1

RACING
POINT
CONTINUA
FORTE

Aluta pelo segundo pelotão esteve muito animada Haas a lutarem pelas honras do segundo pelotão. Sem possibilidades de ultrapassar o francês da Toro
em Suzuka, tendo tido até novos protagonistas, Na corrida, Grosjean arrancou bem, cedendo apenas Rosso, provando que a nova unidade de potência da
mas no final foi um velho conhecido a triunfar um lugar a Vettel, ao passo que Hartley se afundou na Honda é um claro passo em frente, o mexicano parou
na prova atrás das ‘Três Grandes’ – Sergio Pérez. classificação, deixando de ser um fator na luta pelas na 24ª volta, cinco antes dos pilotos que estavam
O dia de sábado foi marcado pela instabilidade mete- posições cimeiras no segundo pelotão. à sua frente, conseguindo realizar o “undercut” a
orológica, mas apesar da chuva que foi caindo inter- Com pneus macios contra supermacios dos seus perse- ambos.
mitentemente, quem acertasse nos momentos certos guidores, o francês parecia estar em vantagem, mas os Podendo “esticar as pernas” do seu carro, Pérez
para entrar em pista com os pneus corretos, teria a Force India estavam notoriamente mais competitivos lançou-se para a vitória do segundo pelotão, ter-
possibilidade de maximizar as suas potencialidades em Suzuka, tendo Sergio Pérez se mantido perto do minando a prova com quase oito segundos de
em rodar com o asfalto seco e com slicks. piloto da Haas, muito embora tivesse Gasly à sua frente. vantagem para Grosjean.
O autor da ‘pole-position da segunda divisão’ foi um Apesar de ter arrancado apenas de 11º, Ocon usou a
cliente habitual da posição, Romain Grosjean, quinto, competitividade do seu Force India para se guindar
mas no encalço do francês da Haas estavam dois a nono, ao passo que Carlos Sainz, a quatro voltas da
protagonistas improváveis, Brendon Hartley e Pierre bandeirada de xadrez, ultrapassou Gasly, impedindo
Gasly que, com a nova unidade de potência da Honda, o francês de terminar nos pontos na casa de Honda.
permitiram à Toro Rosso passar à Q3 com ambos os
seus carros pela primeira vez esta época.
Os pilotos da equipa de Faenza beneficiaram da penali-
zação de três lugares na grelha de partida de Esteban
Ocon, o oitavo mais rápido na qualificação – que
não respeitou as bandeiras vermelhas, quando Nico
Hulkenberg se despistou na terceira sessão de treinos-
livres – o que o deixou em desvantagem para a corrida,
quando parecia que seria ele e o seu conterrâneo da

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PF/ PARQUE FECHADO

ARRIVABENE NEGATEORIAS
AFerrari mostrou ter perdido com-
petitividade frente à Mercedes ainda no Grande Prémio do Canadá. zava, o que foi completamente negado segundo sensor, no futuro não sejam
nas últimas semanas, correndo Depois de se ter mostrado extrema- por Maurizio Arrivabene, que se revelou informados do nosso projeto.
rumores que apontam que essa mente competitiva entre a prova de surpreendido com o conhecimento que Pode ser um assunto sério”, avisou o
situação se deve à introdução pela FIA Silverstone e a de Monza, os carros de existe no paddock sobre a unidade de chefe de equipa da Scuderia em de-
de um segundo sensor na unidade de Maranello evidenciaram dificuldades potência da italiana. “O layout da nossa clarações prestadas à Sky Italia.
potência de Maranello, o que foi des- em Singapura e na Rússia, circuitos bateria é bastante complexo, portanto, O italiano aponta que antes do Grande
mentido veementemente pela Scuderia. onde no ano passado estiveram mais a pedido da FIA, acordámos em trabal- Prémio do Japão a Ferrari esteve, pelo
A equipa italiana tem um sistema de ba- competitivos que os Mercedes. har juntos. menos, ao nível da Mercedes, sublin-
terias único, que passa por uma unidade Em parte, a competitividade dos mono- Temos um segundo sensor, mas não hando, contudo, que o SF71-H perde nas
que funciona como se fossem duas, o lugares italianos devia-se à superior altera em nada a performance do nosso curvas de baixa para o W09 EQ Power+.
que levantou algumas questões sobre potência dos seus V6 turbohíbridos, carro. “Em Singapura estávamos à frente e na
a sua legalidade. Para evitar suspeitas, mas em Marina Bay a FIA introduziu um No entanto, acho estranho que todos Rússia estávamos perto dos nossos
a entidade federativa montou na uni- segundo sensor na unidade de potência saibam do segundo sensor. Como disse, competidores.
dade de potência transalpina um sensor oriunda de Maranello. o layout da nossa bateria é bastante Em Singapura e na Rússia estivemos
para garantir que a Ferrari estava a agir De acordo com alguns rumores, este complexo, mas é também propriedade mais ou menos ao nível da Mercedes na
dentro da legalidade, quando estávamos novo componente federativo terá cer- intelectual da Ferrari. retas. É nas curvas lentas que estamos a
ceado a vantagem de que a Ferrari go- Espero que, já que toda gente sabe do perder. Temos dados que o confirmam”,
admitiu Arrivabene, que acrescentou:
“Estamos a sofrer em pista de apoio
aerodinâmico alto e médio. Estamos
com dificuldades, sobretudo, nas cur-
vas lentas.
Falta-nos carga e este problema leva-
nos a ter dificuldades na gestão dos
pneus, dado que nem sempre consegui-
mos colocar os pneus na janela de tem-
peratura de funcionamento”.
As restantes equipas não verificam nos
Ferrari a superioridade em reta que os
caracterizou até ao Grande Prémio de
Itália, mas segundo algumas teorias,
este facto deve-se à necessidade da
equipa de Maranello proteger a fiabi-
lidade das suas unidades de potência,
agora que estamos a chegar ao final
da temporada, não usando os modos
extremos que utilizou durante grande
parte da época.
Seja como for, quando mais precisava,
a Scuderia vê-se numa posição mais
débil face à Mercedes.

HAMILTON A UM PEQUENO PASSO

Depois de mais um desaire do seu rival, em Vettel, poderá sagrar-se pentacampeão
que Sebastian Vettel nem sequer conseguiu já dentro de 15 dias, no Grande Prémio
subir ao pódio, Lewis Hamilton tem o seu dos Estados Unidos, bastando para isso
quinto cetro ao alcance das duas mãos, que vença e que o seu rival não termine
sendo cada vez mais evidente que a Ferrari melhor que em terceiro, o que não parece
continuará a sua travessia no deserto no que uma impossibilidade face aos resultados
diz respeito a títulos. recentes.
Numa temporada em que o alemão e a As contas do Campeonato de Construtores
Scuderia pareciam estar em condições de são mais difíceis de fazer, tendo a Mercedes
poder garantir os respetivos campeonatos, é uma vantagem de 68 pontos, quando estão
o inglês que está na iminência de continuar a ainda 152 em jogo, mas os Flechas de Prata,
senda vitoriosa iniciada em 2014. com duas dobradinhas consecutivas, estão
Hamilton, que tem 67 pontos de avanço sobre bem lançados para mas um cetro.

F1/
FÓRMULA 1

10

VERSTAPPEN E OS FERRARI
M ax Verstappen arranjou
poucos amigos no campo de defender a sua posição, promov- CONTACTOS ENTRE EQUIPAS
da Ferrari em Itália, ao ter- endo contactos com outros pilotos.
se envolvido em toques com “Estava obviamente a dar o máximo Suzuka foi o palco de duas reuniões Contudo, mais paragens nas boxes
Kimi Räikkönen e Sebastian Vettel, para passar, mas não estava deses- tendo em vista o estado da categoria, e estratégias divergentes foram
condicionando a corrida de ambos e perado. Sabia que ele tinha uma pe- tendo sido procuradas soluções para consideradas formas válidas de
ajudando a que as possibilidades do nalização, mas senti que estava mais melhorar o espetáculo. apimentar as corridas.
alemão se manter na luta pelo título rápido”, começou por dizer Vettel que As equipas realizaram o primeiro Depois de saber que as equipas
se esfumassem. continuou: “Existia espaço, mas assim encontro sem que a FOM estivesse se tinham reunido, Chase Carey
Logo no final da primeira volta, o ho- que ele me viu, defendeu-se. Mas eu presente. Foi a primeira vez que tal convidou-as para uma mesa redonda
landês falhou a travagem para a chi- estava por dentro. sucedeu desde o Grande Prémio da na manhã que antecedeu a corrida de
cane, saindo de pista, mas no regresso Assim que ele percebe que alguém está Malásia de 2017, dado que desde Suzuka, com o intuito de perceber que
acabou por se colocar no caminho perto dele ou ao lado dele, tenta – na então a entidade que gere os sugestões tinham as equipas para o
do finlandês, que estava já em cima minha opinião – defender-se quando destinos comerciais da categoria tem futuro da Fórmula 1.
do corretor de saída, não tendo para já não o deveria fazer. estado sempre presente. Neste momento estamos em pleno
onde ir. Basta olhar para o (ndr.: incidente O tema central da reunião passou período de renegociação do Acordo
O piloto da Red Bull manteve a sua com o) Kimi (Räikkönen), ele (ndr.: o pela melhoria do espetáculo em pista, da Concórdia, o atual expira no final
posição, mas mais tarde acabaria por Verstappen) saiu de pista, regressa e muito embora seja aceite entre os de 2020, estando ainda por definir
receber uma penalização de cinco se o Kimi continua colidiriam. responsáveis das equipas que este qual o regulamento técnico de 2021
segundos, que cumpriu durante a sua Não é sempre correto que tenha de tenha melhorado nos últimos anos. em diante.
paragem nas boxes, ao passo que o ser o outro a alterar a sua trajetória.
veterano da Ferrari ficou com alguns Estamos todos a competir e a corrida
danos no seu monolugar que se refle- é longa”.
tiram na sua competitividade. Verstappen, por seu turno, aponta
Verstappen, contudo, não consid- que a Spoon não é o local próprio para
erou ser culpado do incidente, não se realizaram ataques, colocando o
compreendendo a sua penalização. ónus da responsabilidade em Vettel.
“Bloqueei as rodas e poderia facil- “Naquela curva é impossível ultrapas-
mente cortar em frente, mas dei o meu sar. Até lhe dei espaço, mas o carro
melhor para voltar à pista. Ele escolheu fugiu-lhe de frente e bateu no meu”,
ir por fora, poderia facilmente esperar sublinhou o holandês.
que eu alargasse a trajetória. Não sei Possa ter razão ou não no incidente
por que motivo apanhei a penalização. que protagonizou com o alemão, a
É um pouco estúpido”, apontou o verdade é que o piloto da Red Bull
jovem da Red Bull após a corrida. se envolveu em toques com ambos
Kimi Räikkönen tinha uma visão com- os pilotos da Ferrari, fazendo descer
pletamente diferente do sucedido, os seus índices de popularidade em
como é evidente, deixando escapar Maranello.
que o comportamento do holandês foi
propositado com o intuito de manter o
terceiro lugar. “Ele saiu de pista e eu
fui para o exterior da curva seguinte,
deixando-lhe espaço no interior. Ele
sabia que eu estava ali, veio contra
mim e colocou-me fora de pista”,
apontou o ‘Iceman’.
Algumas voltas mais tarde, na oi-
tava, Vettel estava no quarto posto,
depois de ter aproveitado o contato
entre Verstappen e Räikkönen para
ultrapassar o seu colega de equipa,
e tentou ultrapassar o piloto da Red
Bull na Spoon. O homem da Ferrari
travou tarde, colocando-se por dentro
da esquerda, mas o holandês não lhe
deu muito espaço e os dois carros
acabaram por se tocar, lançando o
SF71-H para um pião e para a última
posição.
Vettel, que assim via a sua situação
no Campeonato de Pilotos a agra-
var-se decisivamente, considera que
Verstappen não sabe quando desistir

>> autosport.pt

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C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S

SUZUKA GP DO JAPÃO PROVA 17 DE 21 PROVA TEMPO
VOLTAS
07/10/2018 VOLTA MAIS RÁPIDA
GERAL
5,807 KM 53 307,471 KM SEXTA SÁBADO DOMINGO VEL. MÁXIMA
GERAL
BOX

PERÍMETRO VOLTAS DISTÂNCIA TOTAL 1 LEWIS HAMILTON MERCEDES W09 EQ POWER+ 1:27:17.062 53 1:32.785 2 309.8 KM/H 12 1
1:33.110 3 314.5 KM/H 6 1
2 VALTTERI BOTTAS MERCEDES W09 EQ POWER+ +12.919S 53 1:33.367 6 308.2 KM/H 16 1
1:33.187 4 313.8 KM/H 7 1
3 MAX VERSTAPPEN RED BULL RB14/TAG HEUER +14.295S 53 1:34.223 12 318.5 KM/H 1 1
1:32.318 1 316.1 KM/H 3 1
TREINOS LIVRES GRELHA DE PARTIDA 4 DANIEL RICCIARDO RED BULL RB14/TAG HEUER +19.495S 53 1:34.073 9 316.8 KM/H 2 1
1:34.786 15 305.4 KM/H 18 1
1 LEWIS HAMILTON Q3 5 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI SF71H +50.998S 53 1:34.670 14 316.0 KM/H 4 1
MERCEDES 1:34.197 11 309.8 KM/H 13 1
1.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 1:27.760 6 SEBASTIAN VETTEL FERRARI SF71H +69.873S 53 1:34.133 10 312.9 KM/H 9 1
1:36.294 19 308.3 KM/H 15 1
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 7 SERGIO PEREZ FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +79.379S 53 1:34.857 16 309.4 KM/H 14 1
1:33.943 7 313.1 KM/H 8 1
1 LEWIS HAMILTON MERCEDES 1:28.691 8 ROMAIN GROSJEAN HAAS VF-18/FERRARI +87.198S 53 1:35.023 18 311.1 KM/H 11 1
1:33.985 8 312.1 KM/H 10 2
2 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.446S 2 VALTTERI BOTTAS 9 ESTEBAN OCON FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +88.055S 53 1:33.354 5 307.7 KM/H 17 2
MERCEDES 1:34.515 13 315.6 KM/H 5 2
3 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +0.682S 1:28.059 10 CARLOS SAINZ RENAULT RS18 +1 VOLTA 52 1:34.934 17 302.3 KM/H 19 1
1:39.908 20 293.5 KM/H 20 1
4 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.936S 11 PIERRE GASLY TORO ROSSO STR13/HONDA +1 VOLTA 52

5 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.994S 3 MAX VERSTAPPEN 12 MARCUS ERICSSON SAUBER C37/FERRARI +1 VOLTA 52
RED BULL RACING TAG HEUER
6 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +1.150S 1:29.057 13 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO STR13/HONDA +1 VOLTA 52

7 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.900S 14 FERNANDO ALONSO MCLAREN MCL33/RENAULT +1 VOLTA 52

8 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +2.123S 15 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN MCL33/RENAULT +1 VOLTA 52

9 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2.238S 4 KIMI RÄIKKÖNEN
FERRARI
10 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2.382S 1:29.521 16 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS FW41/MERCEDES +1 VOLTA 52

11 PIERRE GASLY TORO ROSSO +2.382S 17 LANCE STROLL WILLIAMS FW41/MERCEDES +1 VOLTA 52

12 CARLOS SAINZ RENAULT +2.409S 5 ROMAIN GROSJEAN NC CHARLES LECLERC SAUBER C37/FERRARI DNF 38
HAAS FERRARI
13 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +2.581S 1:29.761 NC NICO HULKENBERG RENAULT RS18 DNF 37

14 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +2.583S NC KEVIN MAGNUSSEN HAAS VF-18/FERRARI DNF 8

15 NICO HULKENBERG RENAULT +2.727S 6 BRENDON HARTLEY
S. TORO ROSSO HONDA
16 LANCE STROLL WILLIAMS +2.817S 1:30.023

17 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +3.217S

18 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +3.343S 7 PIERRE GASLY
S. TORO ROSSO HONDA
19 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +3.822S 1:30.093

20 LANDO NORRIS MCLAREN RENAULT +3.992S AUSTRÁLIA
BAHREIN
2.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 8 SEBASTIAN VETTEL CHINA
FERRARI AZERBAIJÃO
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1:32.192 ESPANHA
MÓNACO
1 LEWIS HAMILTON MERCEDES 1:28.217 CANADÁ
FRANÇA
ÁUSTRIA
GRÃ-BRETANHA
ALEMANHA
HUNGRIA
BÉLGICA
ITÁLIA
SINGAPURA
RÚSSIA
JAPÃO
EUA
MÉXICO
BRASIL
ABU DHABI

2 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.461S 9 SERGIO PEREZ

3 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.833S FORCE INDIA MERCEDES PILOTOS
1:37.229
4 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +1.040S Q2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

5 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +1.281S 10 CHARLES LECLERC 1. L. HAMILTON 18 15 12 25 25 15 10 25 - 18 25 25 18 25 25 25 25 331
SAUBER FERRARI
6 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +1.296S 1:29.864 2. S. VETTEL 25 25 4 12 12 18 25 10 15 25 - 18 25 12 15 15 8 264

7 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.818S 3. V. BOTTAS 4 18 18 - 18 10 18 6 - 12 18 10 12 15 12 18 18 207

8 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +2.223S 11 ESTEBAN OCON
FORCE INDIA MERCEDES
9 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2.261S 1:30.126 4. K. RAIKKONEN 15 - 15 18 - 12 8 15 18 15 15 15 - 18 10 12 10 196

10 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +2.285S 5. M. VERSTAPPEN 8 - 10 - 15 2 15 18 25 - 12 - 15 10 18 10 15 173

11 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +2.293S 6. D. RICCIARDO 12 - 25 - 10 25 12 12 - 10 - 12 - - 8 8 12 146

12 NICO HULKENBERG RENAULT +2.427S 12 KEVIN MAGNUSSEN 7. S. PEREZ - - - 15 2 - - - 6 1 6 - 10 6 - 1 6 53
HAAS FERRARI
13 PIERRE GASLY TORO ROSSO +2.578S 1:30.226 8. K. MAGNUSSEN - 10 1 - 8 - - 8 10 2 - 6 4 - - 4 - 53

14 CARLOS SAINZ RENAULT +2.687S

15 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2.689S 13 CARLOS SAINZ 9. N. HULKENBERG 6 8 8 - - 4 6 2 - 8 10 - - - 1 - - 53
RENAULT
16 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +2.739S 1:30.490 10. F. ALONSO 10 6 6 6 4 - - - 4 4 - 4 - - 6 - - 50

17 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +2.771S 11. E. OCON - 1 - - - 8 2 - 8 6 4 - 8 8 - 2 2 49

18 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +2.870S 14 LANCE STROLL 12. C. SAINZ 1 - 2 10 6 1 4 4 - - - 2 - 4 4 - 1 39
WILLIAMS MERCEDES
19 LANCE STROLL WILLIAMS +2.998S 1:30.714

20 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +3.764S 13. R. GROSJEAN - - - - - - - - 12 - 8 1 6 - - - 4 31

15 DANIEL RICCIARDO 14. P. GASLY - 12 - - - 6 - - - - - 8 2 - - - - 28
RED BULL RACING TAG
3.ª SESSÃO TREINOS LIVRES HEUER 15. C. LECLERC - - - 8 1 - 1 1 2 - - - - - 2 6 - 21

PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 16 NICO HULKENBERG Q1 16. S. VANDOORNE 2 4 - 2 - - - - - - - - - - - - - 8
RENAULT
1 LEWIS HAMILTON MERCEDES 1:29.599 1:30.361 17. L. STROLL - - - 4 - - - - - - - - - 2 - - - 6

2 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.116S

3 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.455S 18. M. ERICSSON - 2 - - - - - - 1 - 2 - 1 - - - - 6

4 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.705S 19. B. HARTLEY - - - 1 - - - - - - 1 - - - - - - 2

5 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.823S 17 SERGEY SIROTKIN 20. S. SIROTKIN - - - - - - - - - - - - - 1 - - - 1
WILLIAMS MERCEDES
6 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +0.875S 1:30.372

7 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.489S

8 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +1.884S 18 FERNANDO ALONSO
MCLAREN RENAULT
9 CARLOS SAINZ RENAULT +1.914S 1:30.573

10 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +1.922S EQUIPAS

11 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +2.037S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

12 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2.161S 19 STOFFEL VANDOORNE 1. MERCEDES 22 33 30 25 43 25 28 31 - 30 43 35 30 40 37 43 43 538
MCLAREN RENAULT
13 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +2.431S 1:31.041 2. FERRARI 40 25 19 30 12 30 33 25 33 40 15 33 25 30 25 27 18 460

14 LANCE STROLL WILLIAMS +2.602S 3. RED BULL 20 - 35 - 25 27 27 30 25 10 12 12 15 10 26 18 27 319

15 NICO HULKENBERG RENAULT +2.625S 20 MARCUS ERICSSON 4. RENAULT 7 8 10 10 6 5 10 6 - 8 10 2 - 4 5 - 1 92
SAUBER FERRARI
16 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2.843S 1:31.213

17 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +3.009S 5. HAAS FERRARI - 10 1 - 8 - - 8 22 2 8 7 10 - - 4 4 84

18 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +3.032S 6. MCLAREN RENAULT 12 10 6 8 4 - - - 4 4 - 4 - - 6 - - 58

19 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +3.435S 7. FORCE INDIA - -1 - -15 -2 -8 -2 - -14 -7 -10 - 18 14 - 3 8 43

20 PIERRE GASLY TORO ROSSO +3.506S 8. TORO ROSSO HONDA - 12 - 1 - 6 - - - - 1 8 2 - - - - 30

Nota: Esteban Ocon penalizado 9. SAUBER FERRARI - 2 - 8 1 - 1 1 3 - 2 - 1 - 2 6 - 27
com 3 posições na grelha
por infração às regras 10. WILLIAMS - - - 4 - - - - - - - - - 3 - - - 7
da bandeira vermelha

PONTUAÇÃO 1.º 25 PTS 2.º 18 PTS 3.º 15 PTS 4.º 12 PTS 5.º 10 PTS 6.º 8 PTS 7.º 6 PTS 8.º 4 PTS 9.º 2 PTS 10.º 1 PT

12 WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - RALI GRÃ-BRETANHA

GRÃ-BRETANHA Acomitiva do WRC chegou a
terras de sua majestade com
CAAOMRPUEOBNRATOO três pilotos separados por 23
Quanto menos provas faltam, mais a emoção aumenta. pontos.Neuville,Tänak eOgier
O mundial de ralis está em polvorosa, com três pilotos eram os nomes que centravam
acirrados na luta por um título que cada vez mete mais a as atenções e a antepenúlti-
calculadora a funcionar. O Rali da Grã-Bretanha foi o mais ma jornada da época tinha contornos
recente capítulo de uma época emocionante do WRC. Ogier que, mediante os resultados, podiam ser
voltou às vitórias, Tänak fez uma exibição ao nível do que bastante decisivos para a decisão dos
tem mostrado e Neuville continua a liderar o mundial. Mas há respetivos títulos.
Vindo de três vitórias consecutivas, Tänak
muito mais para contar... era o piloto em melhor forma. Neuville,
desde a vitória na Sardenha, que não tinha
Martin Holmes com André Duarte conseguido uma prestação sólida ao nível
[email protected] de um piloto que está na discussão do
título e Ogier, em igual medida, tem estado
FOTOGRAFIA @WORLD/ A.LAVADINHO/ A.VIALATTE

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13

COMENTÁRIO
DO VENCEDOR

SÉBASTIEN OGIER

apagado das prestações limpas e demo- 89 Mas a partir da segunda classificativa Ott “Foi um grande fim de semana
lidoras, muito em parte por a Ford estar a Tänak impôs a normalidade a que nos para nós e com um misto de
perder a corrida de desenvolvimento para PE GANHAS PELOS PILOTOS DA TOYOTA tem habituado num passado recente. emoções. Estou muito orgul-
as suas rivais, mas também por mérito EM 2018. HYUNDAI GANHOU 60, FORD, Ganhou as três classificativas seguintes hoso por ter ganhado este rali
dos adversários. Neste cenário, o Rali da 41 E CITROËN, 26 e colocou o seu Toyota Yaris WRC na li- pela quinta vez, especialmente
Grã-Bretanha, este ano antecipado em derança da prova. porque sabemos quão desafi-
três semanas no calendário, era um palco Num ritmo rápido e consistente, foi con- ante e duro é mantermo-nos
que servia um espetáculo com várias solidando o primeiro posto e quando tudo na estrada e não cometermos
nuances muito sugestivas. parecia apontar para a sua quarta vitória erros nestas condições. Tive-
consecutiva no WRC 2018, o estónio aban- mos um começo muito difícil
donou com o radiador do seu Yaris WRC na sexta e pensámos que o rali
partido. Resultado, a liderança e os 41s de estivesse quase terminado,
vantagem esfumaram-se e com eles as mas depois lutámos com tudo o
hipóteses de um bom resultado. Estáva- que tínhamos. Sabíamos que o
mos na PEC16. (o piloto viria a regressar pódio estava dentro das nossas
à prova no dia seguinte e a terminar em possibilidades e quando o Ott
(Tänak ) teve o seu problema
a prova tornou-se uma grande
luta pela vitória. O Jari-Matti
(Latvala) estava determinado a
ganhar e foi muito rápido, o que
nos obrigou a reagir. Por sorte,
fui capaz de terminar o rali
com três especiais perfeitas
– especialmente a PEC22, na
qual estive o mais perto da
perfeição que consegui. Estou
contente por ter podido fazer
aí diferença. É um grande passo
na direção certa para o campe-
onato e coloca-nos de novo na
luta. Os últimos dois ralis serão
entusiasmantes e a intensidade
será maior do que nunca.”

A PROVA

Com 318,13 km ao cronómetro e 23 espe-
ciais a percorrer ao longo de quatro dias,
a emoção estava garantida. Esapekka
Lappi foi o primeiro a dar o ar de sua graça
ao vencer a Super Especial de abertura.

WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS

14 R A L I G R Ã - B R E T A N H A 1 2 D E 1 3

19º da geral). Quem agradeceu foi Ogier.
O piloto da
Ford, que teve problemas na caixa de velo-
cidades do seu Fiesta WRC na sexta-feira,
herdou o comando de um rali em que, em
condições normais, dificilmente venceria.
Ainda assim, ao contrário do que se po-
deria pensar, o francês não teve vida fácil,
dada a oposição de Jari-Matti Latvala, que
ainda passou pela frente do rali nas PEC20
e 21, com os dois separados por 0.2s. No
entanto, nas duas últimas classificativas
o piloto da Ford não facilitou, recuperando
da desvantagem e confirmando a sua
quarta vitória esta época. Um resulta-
do importantíssimo nesta fase decisiva
da temporada. Latvala fez o seu melhor
resultado do ano, ao juntar ao segundo
lugar a vitória na Power Stage (PEC20). O
finlandês, apesar de problemas de sub-
viragem com o seu Toyota Yaris WRC e
de ter visto o pára-brisas ser partido por
uma pedra, esteve sempre entre os mais
rápidos e parece estar a voltar às boas
exibições. A Toyota esteve em bom plano,
com Lappi a fechar o pódio e a igualar a
sua melhor prestação deste ano, o terceiro
posto na Alemanha.
Craig Breen, em Citroen C3 WRC, e Thierry

M/ MOMENTO F/ FIGURA

PODEMOS DIZER QUE HOUVE DOIS OTT TÄNAK
O primeiro quando Tänak desistiu com o O estónio mostrou que neste momento
radiador do seu Toyota Yaris WRC partido ninguém tem andamento para si, aliando
(PEC16) o que colocou Ogier na liderança. rapidez, consistência, numa sintonia perfeita
Até aí ninguém tinha tido andamento para com o Toyota Yaris WRC. Apesar de estar em
o estónio, que comandava desde a PEC2. terceiro no campeonato, quase nos poderia
O segundo quando Ogier teve a frieza fazer arriscar dizer que é o piloto em melhor
necessária para recuperar os 3.6s de condição para o conseguir. O radiador partido
desvantagem para Latvala na fase final foi um infeliz azar e não por uma saída de pista
do rali. ou batida.

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15

+/ MAIS

Neuville, em Hyundai i20 Coupe WRC, a Michel Nandan sobre a possibilidade COMPETITIVIDADE ‘roubou-lhe’ um triunfo que parecia
completaram o top 5. Porém, estes tive- de terem existido ordens de equipa para DO CAMPEONATO certo. Liderava desde a PEC2,
ram uma prestação na sombra dos mais privilegiar o belga, o diretor da Hyundai Quando a duas provas do final abandonou na PEC16. Até aí tinha
rápidos. Mas se para Breen foi a melhor Motorsport respondeu de forma curiosa: da época temos três pilotos sido o grande dominador da prova,
prova depois do terceiro posto no lon- “Bem possível.” Mads Ostberg terminou (Neuville, Ogier e Tänak) de três com seis vitórias em especiais
gínquo Rali da Suécia, em fevereiro, para em oitavo, depois de um pião na PEC22 o marcas diferentes (Hyundai, Ford e uma liderança com 41s de
o belga as coisas são bem diferentes. Na ter feito ceder lugar a Neuville e Paddon e Toyota) com possibilidade de vantagem. Faltou-lhe a estrelinha
primeira fase do evento britânico, apesar numa altura que estava com o mesmo serem campeões - separados por que teve em outras ocasiões,
de longe do ritmo de Tänak , era quem mais tempo do quinto classificado, Mikkelson. apenas 21 pontos – a competição mas é o piloto que mostra maior
próximo estava do piloto, ainda que com Nono lugar para o vencedor do WRC2, sai a ganhar. A nova geração de a rapidez e frieza na altura em
uma diferença de 32.9s. No entanto, a sua Kalle Rovenpera, seguido de Pontus Tide- carros de WRC é já uma fórmula que é mais preciso. Não depende
prova ficou condicionada por uma saída de mand, ambos em Skoda Fabia R5. vencedora e tem trazido a de si para ser campeão, mas não
estrada na PEC11 que o deixou preso numa Após o Rali da Grã-Bretanha, Neuville emotividade e imprevisibilidade temos dúvidas que tem grandes
valeta. Valeu a ajuda dos espectadores. mantém a liderança no campeonto, agora necessárias à disciplina máxima possibilidades de surpreender.
Mas se retirássemos os 50s perdidos com apenascomsetepontosdevantagempara do desporto automóvel. Com isso é
o incidente, o belga não aspiraria a melhor Ogier,quesuperouTänak naclassificação, o desporto que sai a ganhar e nós SÉBASTIEN OGIER
que o quarto posto, aquém do que se pede piloto que está a 14 pontos do francês. agradecemos. O francês fez aquilo que diferencia
para o líder do campeonato e que é quem Com diferenças tão curtas e um total de os campões... dos outros. Herdou
está na melhor posição para o conseguir. duas provas e 60 pontos em discussão, PERFORMANCE DE TÄNAK a liderança após o infortúnio de
Neuville ficou na frente dos seus colegas tudo pode acontecer. Nos construtores, a O piloto estónio tem sido a Tänak, foi surpreendido por um
de equipa, Andreas Mikkelsen e Hayden Toyota tem 20 pontos de vantagem face sensação desta reta final de Latvala determinado, soube dar a
Paddon, sexto e sétimo classificados, à Hyundai. O Rali da Catalunha, de 25 a campeonato. Venceu três ralis volta por cima, e teve a resposta
respetivamente. 5.7s separaram os três 28 de outubro, é o próximo destino da consecutivos (Finlândia, Alemanha necessária quando era preciso
pilotos da Hyundai. Quando perguntado caravana do WRC. e Turquia) e o quarto escapou-lhe para alcançar o quarto triunfo do
porque as corridas nem sempre ano. Com sete pontos a separá-lo
correm de feição. O radiador de Neuville e 60 em jogo, tudo
partido do seu Toyota Yaris WRC está em aberto.

-/ MENOS

M-SPORT ‘À DERIVA’ de poder ser campeão. Começou
As coisas não estão fáceis no entre os mais rápidos, venceu
lado da M-Sport. A equipa, em duas especiais, mas uma saída
cooperação com a Ford na América, de estrada (PEC11) deitou tudo
tentou evoluir o motor do Ford a perder. A partir daí realizou
Fiesta WRC de Ogier para o Rali prestações intermitentes até ao
da Grã-Bretanha. No entanto, o final da prova, sem o necessário
trabalho não surtiu efeito e foram para recuperar. Foi quinto e fica a
obrigados a reverter o motor para ideia de que ajudado por ordens
as especificações antigas. Uma de equipa.
vez no evento britânico, Elfyn
Evans teve problemas de ignição e OSTBERG SEM EXPLICAÇÕES
Temu Suninen um acidente. Dado o Mads Ostberg confirmou em
elemento mais forte da estrutura Inglaterra que não estará no Rali
estar de saída e não haver da Catalunha ao volante de um
ninguém à altura para o substituir, R5, conforme esperado. O piloto
a M-Sport está a atravessar um não deu quaisquer explicações
momento difícil. A prová-lo está por esta decisão. Por outro lado,
a resposta de Malcolm Wilson veio a público que o norueguês
quando perguntado quais os parou na especial seis do Rali
planos da M-Sport para o WRC da Turquia devido a problemas
2019: “Todo as opções estão em técnicos no seu carro, algo que
aberto, mesmo deixar o WRC.” não corresponde ao que foi
reportado na altura: consequência
NEUVILLE AQUÉM DO EXIGIDO de danos causados pelo impacto
O belga deixou a desejar para com as pedras na estrada. Muitas
quem é o piloto que está perto perguntas sem resposta...

WRC/ TOYOTA GAZOO RACINGWORLD RALLYTEAM
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS RAPIDEZ E CONSISTÊNCIA

16 R A L I G R Ã - B R E T A N H A 1 2 D E 1 3

M-SPORT FORD WORLD RALLYTEAM
SENSAÇÕES AGRI-DOCES

Olhando para o resultado, as coisas até Suninen, que abandonou por acidente.
não correram mal à M-Sport. Sébastien Dado que Malcolm Wilson irá ficar sem
Ogier fez o que precisava, venceu, e de- a sua estrela, a equipa entra numa fase
pende de si para conquistar novo título. em que precisa com urgência de nomes
Está agora a sete pontos de Neuville capazes de rivalizar pelas vitórias. Poder-
quando há 60 em discussão, e sabemos emos dizer que, mais que o título deste
que é o piloto certo para reagir bem à ano, é com a solidez futura que estão as
pressão nos momentos decisivos. Esse é dores de cabeça da M-Sport. A mudança
de facto o grande ponto positivo do Rali de Ogier parece criar na M-Sport os prob-
da Grã-Bretanha para a atual estrutura lemas que a Citroen tem vivido: falta de
detentora de ambos os títulos. Mas pilotos ganhadores. Quase uma ironia do
os problemas existem e são bem mais destino. Mas se a renovação dos títulos
profundos do que podem aparentar à já parece difícil este ano, com Ogier na
primeira vista. Falamos de futuro. Se ex- estrutura, como será no futuro sem o
cluirmos Ogier, que vai deixar a equipa no francês? De facto esta será a grande
final da época, temos Elfyn Evans, que no questão que atravessa o pensamento do
rali teve problemas de ignição, e Teemu líder da M-Sport no momento.

É a equipa mais recente no WRC mas cada época. Está na luta pelo campeonato de
vez mais apresenta os resultados de um pilotos e dilatou a sua liderança nos con-
trabalho bem delineado, sob a batuta de strutores para 20 pontos face à Hyundai.
Tommi Mäkinen. No Rali da Grã-Bretanha No final, Tommi Mäkinen mostrava-se
foi a formação com melhor desempenho satisfeito pelo desempenho da sua
e a equipa que mais especiais venceu, 12. estrutura: “É bom ver duas das nossas
Quem mais se aproximou foi a Hyundai e equipas no pódio novamente e este resul-
Ford, com cinco cada. tado é bom para nós no Campeonato de
Colocou dois pilotos no pódio (Jari- Construtores. Obviamente que estamos
Matti Latvala 2º e Esapekka Lappi 3º) desapontados pelo que aconteceu com o
pela quarta prova consecutiva e apenas Ott no sábado. Isto torna a sua luta pelo
um problema com o carro de Ott Tanak título mais difícil, mas há ainda muitos
(radiador partido) impediu-a de muito pontos disponíveis e ele é claramente o
provavelmente ter saído vitoriosa da Grã- piloto mais forte neste momento, por isso
Bretanha. É a estrutura que apresenta isto pode ainda mudar tudo. Acredito que
melhor solidez nesta fase decisiva da nada ficará decidido até à Austrália.”

WRC2 E WRC3

O VOO DE ROVANPERÄ

A história do WRC2 no Rali da outubro. O campeonato continua a
Grã-Bretanha conta-se em poucas ser liderado por Jan Kopecky, ausente
palavras, tudo por ‘culpa’ de um piloto na Grã-Bretanha. Tidemand está na
que já é e será ainda mais um caso segunda posição e teve uma boa
sério no futuro. Kalle Rovanperä. Para operação em termos de campeonato.
se perceber bem do que falamos, o Ao ser segundo, recuperou bons
finlandês venceu 15 das 23 especiais pontos ao checo e está agora a 14,
e liderou a geral em todas elas. Ao quando faltam duas provas para o fim
volante do seu Skoda Fabia R5 deixou da temporada.
Pontus Tidemand, em carro igual, a
1m34.2s. O pódio foi fechado por Gus WILLIAMS DOMINA WRC3
Greensmith, que no seu Ford Fiesta No WRC3 o protagonista foi Tom Wil-
R5 ficou já a mais de dois minutos do liams em Ford Fiesta R2. O britânico
vencedor. Uma performance arrasa- foi o mais rápido em 15 especiais e
dora do piloto que conquistou assim apresentou um ritmo que ninguém
a sua primeira vitória no WRC2. Uma conseguiu acompanhar. Enrico
excelente prenda para a celebração Brazzoli foi segundo e Taisko Lario
dos seus 18 anos, cumpridos a 1 de terceiro, ambos em Peugeot 208 R2.

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17

HYUNDAI SHELLMOBISWORLD RALLYTEAM CITROËN TOTAL ABU DHABI WRT
A MEIO GÁS À ESPERA DE 2019

A Hyundai não teve a prova mais afor- Stage foi apenas 2º. Terminou em quinto e
tunada no Rali da Grã-Bretanha. Numa fica a ideia de que graças a ordens de eq-
altura crucial da época, a equipa parece uipa. Andreas Mikkelsen demorou tempo a
estar a perder gás e a carecer da fibra adaptar-se ao carro e ao rali e só no último
necessária para a conquista dos títulos a terço da prova os resultados começaram
que se propõe e para os quais está em boa a aparecer, como o provam as três vitórias
posição. 5º, 6º e 7º são lugares que sabem em especiais, mas aí já era tarde. Hayden
a pouco, mas que se coadunam com a Paddon também este sempre num ritmo
prestação da estrutura na antepenúltima dentro da posição em que terminou, 7º.
prova da época. Thierry Neuville teve um A Hyundai esteve aquém da prestação
início consistente, e era segundo a 32.9s desejada, viu a Toyota distanciar-se no
de Tanak quando na PEC11 uma saída de Campeonato de Construtores e Neuville
estrada o deixou preso numa valeta. Per- perder alguma vantagem no de Pilotos.
deu cerca de 50s e a partir daí demorou Ainda assim nada está perdido, mas a
muito tempo a ‘encontrar-se’, com a maio- equipa tem forçosamente que afinar já
ria dos tempos em especiais a situarem-se na Catalunha, se quer realmente abrir o
na segunda metade do top 10. Na Power champagne no final da época.

A equipa está certamente com os olhos pos- das dificuldades e por isso chamou Sébastien
tos em 2019 e nos louros que se vislumbram Loeb para os testes antes da prova.
no horizonte com o regresso de Sébastien Segundo pudemos apurar, a Citroën atravessa
Ogier. Na atualidade, o Citroën C3 WRC parece um momento de renovação do apoio com o pa-
capaz de se bater com os seus adversários, trocínio de Abu Dhabi e para o segurar os bons
mas neste momento a estrutura não conta resultados devem aparecer. Disso dependerá
com pilotos à altura de uma equipa que se também a opção por um terceiro carro, já que
quer ganhadora. No Rali da Grã-Bretanha tal torna-se essencial numa campanha com o
Craig Breen foi quarto, mas longe de um ritmo nível de competitividade do WRC.
que lhe permitisse lutar pelo pódio e Mads
Ostberg ficou num distante oitavo lugar. O
irlandês é oitavo no Campeonato de Pilotos e
a equipa está na última posição no de pilotos,
quase a 100 pontos da terceira classificada.
Um ano difícil para um estrutura que se
reforçou com o atual pentacampeão do mundo
para 2019 e que neste momento aponta as
agulhas ao futuro. A estrutura está ciente

HAYDEN PADDON TEMPOS DE INCERTEZA
COM FUTURO EM ABERTO NO RALI DA GRÃ-BRETANHA

Hayden Paddon é um nome com futuro incerto restabelecido. Em 2018 destaca a perfor- 2018 foi o último ano
para 2019. Há conversa com o AutoSport du- mance no Rali De Portugal como a melhor… do acordo em vigor com
rante o Rali da Grã-Bretanha, o piloto confes- e a pior. Na prova lusa, a primeira após uma o País de Gales para a
sou que em 2018 tem procurado restabelecer ausência de três meses, passou pela liderança realização do Rali da Grã-
a confiança, ser consistente e conseguir no primeiro dia, mostrando um excelente Bretanha. A isto juntam-
resultados sólidos. Depois de uma época de andamento, mas na última especial desse se duas novidades: a
2017 em part -time, dividindo o carro com Dani mesmo dia bateu e ficou de fora. prova desta temporada
Sordo, e em que esteve muito apagado face Com a presente época na sua reta final, é realizou-se três semanas
ao piloto que já mostrou ser - em parte por para o futuro que agora olha, e a Hyundai é antes do habitual; a nova
um fatídico início de época em Monte-Carlo, a casa onde quer estar (para isso também lei britânica permitiu a
com um acidente que o deixou abalado até ajuda o apoio da Hyundai Nova Zelândia), mas utilização de estradas
abril/maio desse mesmo ano, como o próprio não descarta nenhuma opção no seu objetivo públicas para especiais
referiu – esta época voltou e, aparentemente, de voltar a ter uma temporada completa do rali. Como em todas
as mudanças, há sempre vantagens e inconvenientes. Os inscritos estrangei-
no WRC. “Estamos obviamente ros reduziram ligeiramente com a antecipação no calendário da prova. Em
a falar sobre isso aqui (ndr.: na contrapartida, as condições meteorológicas foram melhores para todos os
Hyundai) e estamos muito felizes envolvidos: público, pilotos e equipas. O rali correu sem problemas, mas para
apesar da situação (ndr.: de estar o futuro a única ponta solta é a necessidade de novo acordo com o País de
a part-time).” Mas para 2019 o Gales para manter uma prova desenhada nos moldes atuais.
seu objetivo é aumentar o ritmo e
voltar a lutar por vitórias e pódios,
por isso… tudo pode acontecer.

WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS

18 R A L I G R Ã - B R E T A N H A 1 2 D E 1 3

CITROËN ENTRA NUMA NOVA ERA

AHappy Hour para a imprensa an- é ter dois bons pilotos e que possam lutar somente o campeonato com dois carros se nos queremos manter ao melhor nível.
tes do arranque do Rali da Grã- na frente”, explicou. não iremos ter a melhor chance em ter- Vocês sabem o quão importante é estar
Bretanha foi a primeira oportu- Mas o AutoSport desconfia que a incerteza mos de campeonato de construtores, mas ao melhor nível, em termos de chassis
nidade para Pierre Budar, diretor tem a ver com o patrocínio de Abu Dhabi: também admito que com o Sébastien na especialmente. Nunca devemos parar
da Citroën Racing, explicar as negocia- “Estácertamenterelacionadocomonosso equipa a prioridade será o campeonato de desenvolver um chassis eficiente em
ções com Sébastien Ogier publicamente. orçamento, isso é certo. É claro que temos de pilotos. Agora se podermos ter um todas as superfícies.
“Estamos muito felizes com o próximo de assegurar apoios para poder ter um terceiro carro lutaremos pelo título de Com certeza essa será a nossa prioridade,
ano. É um contrato por dois anos, mas terceiro carro sem comprometer o nível construtores.” manter a evolução no chassis e ao mes-
as negociações não foram fáceis. Agora, dos outros carros. Não vos posso dizer O Citroën C3 WRC continuará a ser o carro mo tempo trabalhar no motor porque o
o Sébastien é pentacampeão do mundo exatamente quando teremos a resposta. da equipa francesa, a qual está bem ciente motor é algo que podemos estar sempre
e tem outras expectativas. Ele quis jun- As discussões ainda estão a decorrer.” da necessidade da sua evolução. “Agora a melhorar. A aerodinâmica também será
tar-se a uma equipa que fosse capaz de Nesse sentido, a pergunta tornou-se ób- temos um carro que funciona muito bem algo que vamos considerar mas é bastante
ajudá-lo novamente a chegar ao título de via: se não sabem se vão ter dois ou três em termos de chassis e motor. A perfor- difícil conseguir uma boa evolução em
pilotos. Tivemos que responder a todas carros isso pode significar que se vão mance do carro é bastante elevada, mas termos aerodinâmicos. As nossas priori-
as suas questões para que ele tivesse concentrar no campeonato de pilotos e estamos convencidos que ainda temos dades permanecem no chassis e motor”,
todas as condições para poder novamente não no de construtores? “Se fizermos que o desenvolver em todos os aspetos frisou Pierre Budar.
lutar pelo título no próximo ano. Todo
o tipo de questões estiveram em cima
da mesa e obviamente que os aspetos
técnicos foram um dos motivos princi-
pais das discussões. Foi necessário ter
todas as respostas e que a equipa tivesse
condições para proporcionar todos os
desenvolvimentos necessários de modo
a que se possa manter ao mais alto nível.
Estou convicto que ele nos vai pressionar
para sermos ainda melhores”, começou
por dizer Budar que não quis ir ainda mais
longe relativamente ao restante line up da
equipa. “Não posso dizer mais por agora,
vão ter de esperar um pouco mais“, disse
Budar que deixa em aberto a possibilidade
de haver três carros para toda a época:
“Digamos que ainda não está definido,
ainda temos que confirmar o segundo
piloto e se pudermos ter um terceiro carro
tudo faremos para isso. Mas a prioridade

OGIER E LOEB NO WRC 2019?

Oito anos após deixar a Citroën, coisa com ele (Loeb). Estamos a
Sébastien Ogier regressa a uma casa tratar disso passo a passo. Primeiro
que bem conhece para a próxima época. iremos fechar o nosso line up de
A equipa francesa está apostada em pilotos e o programa para a equipa
regressar aos bons resultados e por e então veremos se podemos fazer
isso foi buscar o melhor piloto para o alguma coisa (com Loeb) mais tarde.”
fazer. Ainda assim, o desejo do atual O pluricampeão francês continua a
diretor da equipa, Pierre Budar, seria acompanhar o trabalho da estrutura e
ir mais longe e, para gaudio de muitas esteve, inclusive, nos testes pré-Rali
adeptos, ter novamente Loeb presente da Grã-Bretanha. Ainda este ano estará
em alguns ralis no próximo ano. Conta à partida da terceira e última prova do
com uma dupla como Ogier e Loeb, seu programa com a equipa, o Rali da
ainda que apenas ocasionalmente, Catalunha no final do mês. A prioridade
seria um grande estímulo para a da Citroën é, para já, um nome para
equipa, que centraria em si todas as o segundo carro que, ao que parece,
atenções, e para a competição. ficará entregue a Esapekka Lappi.
“Para nós seria a cereja no topo do Quanto a Craig Breen não temos a
bolo, se conseguíssemos fazer alguma certeza do seu futuro.

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19

COMO VI C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
O RALI
RALI GRÃ-BRETANHA 11 DE 13
ANDRÉ DUARTE
04/10 A 07/10/2018
O Campeonato do Mundo de
LATVALA Ralis atravessa um período 1 419,06 KM 318,13 KM 1.º DIA 2.º DIA 3.º DIA
DE SAÍDA de muito boa saúde. Sem um
DATOYOTA? domínio demasiado evidente de DISTÂNCIA 23 TROÇOS
qualquer das partes, são várias
Falámos com Timo Jouhki, o super- as equipas e pilotos a poderem PROVA EQUIPA
agente do WRC que ao longo dos vencer, o que só aumenta o elan TEMPO/DIF.
anos tem sido o responsável pelo em redor da competição. No 1. S. OGIER / J. INGRASSIA
destino de muitos pilotos, promessas Rali da Grã-Betanha assistiu- 2. J. LATVALA / M. ANTTILA FORD FIESTA WRC 3:06:12.5
e confirmações, durante o Rali da se a uma superioridade de 3. E. LAPPI / J. FERM TOYOTA YARIS WRC +10.6
Grã-Bretanha, e ele deu-nos a sua Ott Tanak, confirmando que 4. C. BREEN / S. MARTIN TOYOTA YARIS WRC +35.1
opinião sobre o atual mercado de está a atravessar um grande 5. T. NEUVILLE/ N. GILSOUL CITROËN C3 WRC +1:10.4
pilotos de ralis, numa altura em momento de forma, assumindo- 6. A. MIKKELSEN / A. JAEGER HYUNDAI I20 COUPE WRC +1:14.4
que se acertam as formações de se no momento como o maior 7. H. PADDON / S. MARSHALL HYUNDAI I20 COUPE WRC +1:15.9
2019, e as realidades emergem para candidato às vitórias em 8. M. OSTBERG / T. ERIKSEN HYUNDAI I20 COUPE WRC +1:18.4
lá da especulação da imprensa. todos os tipos de piso. Para tal 9. K. ROVANPERÄ / J. HALTTUNEN CITROËN C3 WRC +1:21.6
Este célebre manager de pilotos contribui também o afinado 10. P. TIDEMAND / J. ANDERSSON ŠKODA FIESTA R5 +9:14.7
tem atualmente sob a sua alçada Toyota Yaris WRC. Sébastien ŠKODA FIESTA R5 +10:48.9
Teemu Suninen, Kalle Rovanpera Ogier foi um afortunado vencedor,
e Jari-Matti Latvala. Se os dois herdando o primeiro lugar com ABANDONOS PE VENCEDORES DE PE
primeiros estão seguros na M-Sport o infortúnio do piloto estónio, CAUSA
e Skoda, respetivamente, conforme posição que soube defender SUNINEN T. PE TÄNAK O.
nos confidenciou, é Latvala quem e confirmar. Neste momento LÍDERES OGIER S.
suscita mais interesse pela definição a M-Sport está refém da sua PEC9 ACID. PEC1 LATVALA J. 6
inerente ao seu futuro. O finlandês capacidade de evolução do Fiesta LAPPI E. PEC2 - 15 MIKKELSEN A. 5
estrou-se na alta roda do mundial em WRC e por isso a experiência do TANAK O. PEC16 - 19 LAPPI E. 4
2002, precisamente no Rali da Grã- francês em fazer a diferença nas OGIER S. PEC20 - 21 NEUVILLE T. 3
Bretanha, prova que venceu em 2011 alturas decisivas é um trunfo LATVALA J. PEC22 - 23 OSTBERG M. 2
e 2012. É indiscutivelmente um piloto essencial. Da parte da Hyundai, OGIER S. 2
rapidíssimo, mas a sua consistência uma saída de estrada sentenciou 1
aliada a quebras de forma em vários a prestação de Thierry Neuville,
momentos da sua carreira, têm-no que foi quinto. O belga ainda Monte Carlo
impedido de conquistar um título que lidera o campeonato, mas tem Suécia
a sua capacidade fazia antever já há de fazer bem mais para o poder México
muito poder ter acontecido. conquistar. França
Na Toyota desde 2017 nunca Os três candidatos ao título Argentina
conseguiu assumir-se com resultados de pilotos parecem estar em Portugal
condizentes com a sua condição. três estágios de performance Itália
Por tudo isto o seu futuro levanta diferentes: Tanak confiante; Ogier Finlândia
dúvidas. No entanto, a permanência competente; Neuville apagado. Alemanha
no WRC parece estar garantida, Com duas provas pela frente, Turquia
apenas não se sabe onde. “Isso será todos precisam estar no pleno Grã-Bretanha
comunicado em breve”, afirmou Timo das suas capacidades e serão Espanha
Jouhki,, acrescentando: “O Jari-Matti os pequenos detalhes a fazer Austrália
vai pilotar em algum lado, algo que a diferença. Até lá, e enquanto TOTAL
será lançado, acredito, em cerca de matemática permitir, todos
duas semanas”. Resta esperar para podem sonhar. PILOTOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
ver, mas tudo parece apontar para um
mudança de camisola. 1. THIERRY NEUVILLE 10+4 25+2 8+3 15 18+5 25+4 25+5 2 + 2 18 + 1 0 + 5 10 + 2 189

2. SÉBASTIEN OGIER 25+1 1+4 25+0 25+3 12+4 - 18+4 10 12 + 5 1 + 4 25 + 3 182

3. OTT TÄNAK 18+0 2+1 0+5 18+1 25+2 0 2+3 25 + 5 25 + 4 25 + 3 0 + 4 168

4. ESAPEKKA LAPPI 6+0 12+5 0 8+5 4 10+5 15 - 15 + 3 0 15 + 1 104

5. JARI-MATTI LATVALA 15+2 6+0 4+4 0 0 0 6 15 + 3 0 18 + 2 18 + 5 98

6. ANDREAS MIKKELSEN 0+3 15+3 12+2 6 10+3 0 2 1 8 10 8 83

7. DANI SORDO - - 18+0 12 15 12+3 - - 0 - - 60

8. CRAIG BREEN 2+0 18+0 - - - 6 8 4 + 1 6 + 2 0 12 59

9. HAYDEN PADDON - 10+0 - - - 0 12 12 - 15 6 55

MARCAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

1. TOYOTA GAZOO RACING 18 + 15 12 + 8 8+6 18+8 25+6 12+4 15+6 25 + 15 25+15 25+18 18+15 317

2. HYUNDAI SHELL MOBIS 10 + 4 25 + 15 18+12 15+12 18+15 25+6 25+12 12 + 4 18+8 15+10 10+8 297

3. M-SPORT FORD WORLD 25 + 8 6 + 4 25+4 25+10 12+10 18+15 18+4 10 + 8 12+10 12+8 25+4 273

4. CITROEN TOTAL 12 + 6 18 +10 15+10 6+4 8+4 10+8 10+8 18 + 6 6 6+4 12+6 187

WRC2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

1. JAN KOPECKY 25 - - 25 - - 25 - 25 25 - 125

2. PONTUS TIDEMAND - 18 25 - 25 25 - - - 0 18 111

3. GUS GREENSMITH - - 18 - 18 4 - 15 0 0 15 70

4. KALLE ROVANPERÄ - - 10 - 0 - - 12 18 - 25 65

5. LUKASZ PIENIAZEK - 2 - 10 - 18 10 - 8 - 8 56

WRC3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

1. EMIL BERGKVIST - 18 - 15 - 10 - 18 - 25 - 86

2. TAISKO LARIO 15 4 - - - - 18 6 25 - 15 83

3. DENNIS RÅDSTRÖM - 25 - 12 - 25 - N - 18 - 80

4. JEAN-BAPTISTE F. 0 12 - 25 - 2 25 15 - 0 - 79

5. ENRICO BRAZZOLI 25( - - - - - 12 - 18 - 18 73

20 WTCR/
CHINA
CHINA
FEZ BEM
AOS AUDI
A Taça do Mundo não parou e pelo segundo fim de semana
consecutivo foi para a pista para encontrar os mais rápidos,
desta vez na estreia do renovado circuito citadino de Wuhan. A
tendência dos Audi dominadores manteve-se, mas agora foram
os homens da WRT a sorrir

Fábio Mendes Na segunda sessão ainda vimos alguns seira de Oriola. Um forte acidente entre BENNANI NÃO DESPERDIÇOU
[email protected] piões e erros típicos da descoberta de um Giovanardi e Coronel obrigou à entrada
traçado citadino, ainda sem a aderên- do Safety Car, mas no recomeço pouco NA CORRIDA 2
Depois de Ningbo, a Taça do cia ideal e completamente desconheci- se alterou e Vernay venceu com facilida-
Mundo de Turismos foi até do para a maioria (exceto Rob Huff que de, seguido de Oriola e Shedden, que con- No domingo a Qualificação 2 voltou a ser
Wuhan, capital da província de conhecia a primeira versão), mas tudo seguiu ultrapassar Ehrlacher. Destaque dominada pelos Audi, mas desta feita foi
Hubei, muito ligada à indústria decorreu sem problemas com Giovanardi para Guerrieri, com uma excelente recu- Gordon Shedden, companheiro de equi-
automóvel com várias fábricas a regressar à pista tal como Coronel, que peração, e para o sexto lugar de Aurélien pa de Vernay, a fazer a pole, ele que teve a
de marcas europeias e asiáticas, também teve um forte acidente no TL1. Comtet, à frente de um surpreendente companhia no top 5 de Fréderic Vervisch,
tal como a Hyundai, Peugeot e Honda, Foram seis os Audi no top10, com Fréderic Ceccon, sétimo. Fora dos pontos ficavam Denis Dupont, Jean-Karl Vernay e Esteban
entre outras. Vervisch na frente, seguido de Oriola e os Hyundai. Depois da corrida, Ehrlacher Guerrieri. A pole para a corrida 2 (com
Para este fim de semana tínhamos poucas Gordon Shedden. Nesta sessão nem os foi desclassificado pois largou antes das grelha invertida) ficava novamente para
novidades em relação à jornada anterior, Hyundai nem os Honda tinham lugar nos luzes vermelhas se apagarem. Mehdi Bennani, repetindo a façanha da
sendo que as mudanças de maior desta- 10 primeiros. A tendência para o fim de semana passada.
que eram os novos lastros. Os Hyundai semana estava encontrada. Mas ao contrário da semana passada,
passaram a ser os mais pesados com 60
kg, seguidos dos VW que perderam peso VERNAY DOMINADOR NO SÁBADO
em relação a Ningbo (20 Kg de lastro) tal
como os Honda (10 kg). Os Audi, Cupra, Para sábado estavam agendadas, como
Peugeot e Alfa Romeo ficavam com las- habitualmente, a primeira qualificação
tro 0 para enfrentar o pequeno e sinuoso e a corrida 1, que foram dominadas por
traçado chinês, que já recebia provas do Jean-Karl Vernay. O piloto da WRT es-
CTCC, mas que foi alterado para receber teve imparável na sessão de qualifica-
o WTCR com a introdução de mais uma ção e fez a pole para a primeira corrida,
reta para favorecer as ultrapassagens. seguido de Oriola que continuava forte
e de Denis Dupont, com vontade de re-
AUDI FORTE DESDE INÍCIO petir o pódio de Ningbo. Tínhamos cin-
co Audi no top 10, um Cupra (Oriola), um
O fim de semana começou de forma algo Honda (Yann Ehrlacher em sétimo), um
atribulada com a primeira sessão de trei- Alfa Romeo (Kevin Ceccon em oitavo) e
nos livres a demorar pouco mais de duas os dois Peugeot. Os Hyundai ficaram no-
horas. Um acidente com o Alfa de Fabrizio vamente arredados das luzes da ribalta.
Giovanardi obrigou a demoradas repara- Na corrida, Vernay não desperdiçou a pole
ções nas barreiras, levando à interrup- e ficou na liderança da prova enquanto
ção da sessão. No final foi Pepe Oriola o atrás de si tínhamos muita luta. Ehrlacher
mais rápido, com cinco Audi no top 10 e largou estranhamente bem e conseguiu
os Hyundai longe dos melhores tempos. recuperar várias posições, ficando na tra-

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21

Marreiros eNuno Batista
Campeões deGTem Espanha

C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O Pedro Marreiros e Nuno Batista
asseguraram em Jarama o título
Bennani não deixou escapar a liderança nas primeiras curvas, até se dar o grande CORRIDA 1 AUDI 20 VOLTAS absoluto no Campeonato de Espanha de
da corrida no arranque e manteve-se na acidente do fim de semana. Um toque de 1 JEAN-KARL VERNAY CUPRA +4.913 GT, bem como, logicamente, na categoria
frente, seguido de Comte, que servia de Vernay atirou Comte contra as barreiras 2 PEPE ORIOLA AUDI +5.513 C2. Ao volante de um Porsche 911 GT3
tampão para Oriola e Berthon. Mais atrás numa secção mais sinuosa e foram vários 3 GORDON SHEDDEN HONDA +9.813 Cup, os pilotos da Veloso MotorSport
John Filippi errava completamente uma os pilotos a não evitarem o toque. Huff e 4 YANN EHRLACHER AUDI +10.070 inscreveram os seus nomes no livro de
travagem e levava Thed Björk na frente, Mato Homola ficaram fora de combate e 5 FRÉDÉRIC VERVISCH PEUGEOT +11.102 honra da competição espanhola.
acabando com a corrida de ambos. Ma o Safety Car, do português Bruno Correia, 6 AURÉLIEN COMTE ALFA ROMEO +11.531 A dupla lusa assegurou um terceiro
Qing Hua, que largou de segundo,perdeu voltou a entrar em pista. 7 KEVIN CECCON HONDA +17.044 e quarto lugar em termos absolutos,
muitas posições e a meio da prova to- Shedden aguentou a liderança no reco- 8 ESTEBAN GUERRIERI AUDI +17.556 resultados que garantem já o título
cou em Huff prejudicando o piloto do VW. meço da prova, sob forte pressão dos Audi 9 NATHANAËL BERTHON AUDI +18.307 absoluto à dupla portuguesa e à Veloso
A última volta foi de cortar a respiração, da Comtoyou, enquanto Vernay recebia 10 AURÉLIEN PANIS Motorsport: “Estou muito satisfeito
com Comte a fazer um ataque final agres- a notícia que teria de cumprir um Drive com a nossa conquista. Conseguimos
sivo a Bennani e a temporariamente ficar Through. CORRIDA 2 VOLKSWAGEN 18 VOLTAS um resultado extraordinário e cumprir
na frente, mas um erro pouco depois vol- Dupont tentou passar Shedden, mas cho- 1 MEHDI BENNANI PEUGEOT +0.478 um objetivo muito desejado e algo
tou a entregar o primeiro lugar ao mar- cou com conjunto de pneus que marcava 2 AURÉLIEN COMTE AUDI +0.618 improvável no início do ano: o título
roquino, tudo isto sob o olhar atento de uma curva, tocando ainda com Shedden, 3 NATHANAËL BERTHON CUPRA +5.115 absoluto no Campeonato de Espanha
Berthon que tinha passado Oriola e se- que apesar disso manteve o primeiro pos- 4 PEPE ORIOLA AUDI +5.516 de GT. As coisas não começaram fáceis,
guiade perto alutaque terminousegun- to. Vervisch passou para segundo e o 5 JEAN-KARL VERNAY AUDI +5.988 já que tivemos pouco tempo nos
dos depois, quando passaram a linha de Safety Car foi obrigado a regressar à pista. 6 FRÉDÉRIC VERVISCH AUDI +6.489 treinos livres para recordar uma pista
meta. Bennani venceu, seguido de Comte, No recomeço, Shedden conseguiu no- 7 AURÉLIEN PANIS HONDA +10.229 onde eu já não corria desde 2002 e o
Berthon, Oriola e Vernay. vamente manter a liderança enquanto 8 MA QING HUA AUDI +11.585 Nuno desde 2010. Muitas paragens
Guerrieri ficou à mercê de Oriola (que era 9 DENIS DUPONT HYUNDAI +12.176 devido a bandeiras vermelhas e muito
SHEDDEN SUOU MAS VENCEU por sua vez pressionado por Berthon) e 10 YVAN MULLER tráfego deixaram-nos pouco ou
longe dos Audi do top 3. A luta Berthon nenhum tempo para rodar. Fruto disso
Na corrida 3, Shedden teve de suar muito, vs Guerreri animou últimas voltas (com CORRIDA 3 AUDI 23 VOLTAS a minha qualificação não correu bem,
mas conseguiu levar a vitória para casa. Oriola já para trás) na cada vez mais som- 01 GORDON SHEDDEN AUDI +0.558 mas felizmente conseguimos inverter
O britânico desistiu da corrida 2 devido a bria pista de Wuhan o que realçava as faís- 02 FRÉDÉRIC VERVISCH AUDI +5.018 o rumo das coisas na corrida inicial,
um toque que o atirou contra as barrei- cas que vinham do escape de Guerrieri 03 DENIS DUPONT HONDA +8.475 onde recuperamos até perto do pódio
ras, danificando a coluna de direção do que se tinha partido e raspava no asfalto. 04 ESTEBAN GUERRIERI AUDI +8.813 absoluto. Na segunda corrida e apesar
seu Audi, e havia dúvidas sobre se pode- Na frente Gordon Shedden mantinha-se 05 NATHANAËL BERTHON CUPRA +9.827 de alguns sobressaltos e de um handicap
ria estar presente na última prova do fim líder e vencia a corrida 3 do fim de semana 06 PEPE ORIOLA HONDA +11.047 de paragem superior, conseguimos um
de semana. Mas a WRT fez um excelente à frente de Vervisch e Dupont, enquan- 07 MA QING HUA ALFA ROMEO +11.296 pódio final e com as prestações menos
trabalho e o piloto conseguiu estar em pis- to Guerrieri conseguiu manter o quarto 08 KEVIN CECCON VOLKSWAGEN +12.304 felizes dos nossos adversários, garantir
ta para defender o seu primeiro lugar de posto no final. 09 MEHDI BENNANI HYUNDAI +13.905 desde já o título. Uma palavra final para
Dupont e Vervisch, que atacaram muito 10 THED BJÖRK a Veloso Motorsport que a exemplo de
todas as outras jornadas, também nesta
CAMPEONATO esteve a um nível elevadíssimo, sendo
uma ajuda incrível nesta conquista.” ”
1 GABRIELE TARQUINI /BRC RACING TEAM HYUNDAI 241 referiu o piloto português.

2 THED BJÖRK / MRACING YMR HYUNDAI 234

3 YVAN MULLER / MRACING YMR HYUNDAI 234

4 PEPE ORIOLA / CAMPOS RACING CUPRA 207

5 JEAN-KARL VERNAY / LEOPARD LUKOIL TEAM AUDI 205

6 ESTEBAN GUERRIERI / M. MOTORSPORT HONDA 199

7 NORBERT MICHELISZ / BRC RACING TEAM HYUNDAI 195

8 FRÉDÉRIC VERVISCH / COMTOYOU AUDI 192

9 YANN EHRLACHER / MÜNNICH MOTORSPORT HONDA 178

10 ROB HUFF / SÉBASTIEN LOEB RACING VW 162

CLÁSSICOS/

22

PÚBLICOESTORILCLASSIC
REGRESSOU
EM FORÇA
AOESTORIL

O Autódromo do Estoril esteve bastante bem composto de
público, que respondeu positivamente a um bom evento. O
Estoril Classics Week foi um grande certame, com muitos
motivos de interesse e que curiosamente juntou adeptos de

todas as latitudes: F1, Motos e Ralis...

José Luis Abreu de Portugal Histórico, e o respetivo
[email protected] Slalom na reta da meta do Autódromo
FOTOGRAFIA Rui Reis, João da Câmara do Estoril foram pontos altos, o Concurso
Manoel, oficiais, e ACP/Paulo Maria de Elegância do ACP emprestou ‘Glamour
Vintage’ ao evento, e finalmente a pre-
Aexperiência do ano passado sença de figuras como Stig Blomqvist,
foi interessante, mas o Estoril Miki Biasion, e ainda Wayne Gardner,
Classic Weeks deste ano su- Phil Read e Freddie Spencer, estes das
biu muito de nível, já que juntar motos, ajudou a levar muita gente ao
vários eventos numa semana Estoril, sendo que os autógrafos foram
totalmente dedicada aos clás- aos milhares.
sicos, foi ouro sobre azul. Os jardins do Por fim, boas corridas dos CSS Group 1 e
Casino Estoril, o Autódromo do Estoril, Iberian Historic Endurance.
a Serra de Sintra e as estradas por onde Foram dois bons dias de emoções para
passou o Rally de Portugal Histórico junta- o público que marcou presença, seja nas
ram muita gente, que não deu por perdido bancadas ou no paddock, com corridas de
o seu tempo. Bem antes pelo contrário. todas as categorias presentes no Estoril
Apesar de poucos, os Fórmula 1 Históricos Classic, num evento bastante bem promo-
deram um bom espetáculo, as World vido pela Câmara Municipal de Cascais, a
Grand Prix Bike Legends e os seus pilo- Associação de Turismo de Cascais, MCE
tos míticos estiveram em pleno, o Rally e Race Ready.

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23

STIG BLOMQVIST “O ENTUSIASMO
DOS PORTUGUESES CONTINUA IGUAL”

Stig Blomqvist, Campeão do Mundo de
Ralis de 1984, foi outro dos antigos pilotos
presentes no Estoril Classic, e depois
de ter regressado aos troços de Sintra,
não com o Ford RS 200 de 1986, mas
com um Audi Sport Quattro S1 de 1985,
encantou os adeptos: “É sempre bom
voltar a Portugal. Nunca tive muita sorte
aqui, mas sempre gostei desta prova. Foi
especialmente bom voltar a Sintra e ver
que o entusiasmo das pessoas continua
exatamente igual e foi também uma
excelente oportunidade para trazer a
Portugal um carro que me diz muito, já que
foi com este mesmo chassis que fiz o Rali da Argentina de 85, onde a Audi utilizou pela
primeira vez o Audi Sport Quattro E2”, recordou Blomqvist. Bem, na verdade, estivemos
sentados com ele mais de uma hora, por isso dentro de algum tempo... temos entrevista.

MIKI BIASION “OS PILOTOS DOS GRUPOS B
TIVERAM MUITA SORTE”

Miki Biasion foi um dos cabeças de cartaz do Estoril Curiosamente, também guiou o Audi Sport Quattro S1
Classics Week, um nome que diz muito aos adeptos reservado a Stig Bolmqvist, e gostou: “Guiar este Audi foi
portugueses. O piloto foi protagonista de vários como se tivesse recuado 32 anos no tempo, só foi pena
momentos históricos, entre eles as três vitórias tê-lo guiado apenas no Estoril. Tive de imediato um bom
consecutivas no Rali de Portugal, em 1988, 1989 e feeling, tem uma potência incrível, mas ao mesmo tempo
1990, sempre com o Lancia Delta Integrale, para além, é muito fácil de conduzir. Depressa tive boas sensações
claro, dos dois títulos Mundiais de Ralis (1988 e 1989). com o carro. Gostei mesmo muito”, começou por dizer
Em Portugal, teve como missão guiar o Lancia Delta Biasion, que gosta muito de Portugal: “O Rali de Portugal é
Integrale, carro que decidiu não colaborar na noite de um dos meus favoritos, tive sempre bons resultados aqui.
Sintra, mas que ainda assim permitiu ao italiano rodar no Tenho muito boas recordações desta prova. Sou muito feliz
Slalom do Estoril. aqui, os portugueses adoram os ralis, gostam de mim e eu
gosto deles. É muito bom para mim sempre que regresso a
Portugal, gosto muito de cá vir.”
Como é a tua vida hoje em dia, perguntámos: “A minha vida
agora são ralis históricos, mas a minha atividade principal
passa por reconstruir Lancia Delta, tenho um workshop em
Itália, tomo conta das ‘velhas senhoras’ como este Delta”,
disse, recordando depois como tudo começou e a época
de ouro: “Felizmente quando comecei a guiar não havia
circuitos por perto, pelo que me apaixonei logo pelos ralis,
depressa me tornei profissional e dessa forma foi mais fácil
ter uma boa carreira. Os pilotos que tiveram a oportunidade
de competir com os Grupos B tiveram muita sorte. A era dos
Grupos B foi a melhor de sempre, foi fantástico ter aqueles
extraordinários e potentes carros.”

CLÁSSICOS/

24 E S T O R I L C L A S S I C S W E E K

OS FÓRMULA1
EOSEU PEDIGREE…

Os Fórmula
1 Históricos
regressaram
ao Estoril, e
voltaram a

empolgar
o público. Para

isso, basta
fazerem-se

ouvir...

C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O

CORRIDA 1 TYRRELL 012 20:52.844
1º MARTIN STRETTON
2º JAMIE CONSTABLE TYRRELL 011 +44.834
3º MARK HAZZEL
4º PATRICK D´AUBREBY WILLIAMS FW07B +1:04.765
5º MARK MARTIN
6º FRANK LYONS MARCH 761 +1:30.963
7º PHILIPPE BONNY
8º JUDY LYONS HESKETH 308 C +1 VOLTA
9º JONATHAN KENNARD
10º MICHAEL LYONS MCLAREN M26 +1 VOLTA

TROJAN T103 +1 VOLTA

SURTEES T59 + 4 VOLTAS

BRABHAM BT37 + 8 VOLTAS

WILLIAMS FW07B + 12 VOLTAS

José Luis Abreu Mark Hazzel foi terceiro, na primeira cor- Surtees T59 de 1971. Michael Lyons pilo- CORRIDA 2 21:13.662
[email protected] rida e segundo na outra, pilotando um tou o Williams FW07B com que Carlos 1º JAMIE CONSTABLE TYRRELL 011 +42.195S
Williams FW07B, que foi Campeão do Reutmann e Alan Jones correram em 2º MARK HAZZEL WILLIAMS FW07B +54.780S
SelhedisserqueMartinStretton Mundo de Fórmula 1 em 1980 nas mãos 1980, e, por fim, Jonathan Kennard rodou 3º PATRICK D´AUBREBY MARCH 761 +1 VOLTA
(Tyrrell 012-Benetton) ven- de Alan Jones. Patrick D´Aubreby pilotou com o Brabham BT37 que pertenceu a 4º FRANK LYONS MCLAREN M26 +1 VOLTA
ceu a primeira corrida da um March 761, que pertenceu a Rodrigo Graham Hill e a Carlos Reutmann, que 5º PHILIPPE BONNY TROJAN T103 +2 VOLTAS
F1 Classic no Estoril com Gallego, piloto luso que foi Campeão do ‘fez’ quarto no GP do do Canadá de 1972. 6º MICHAEL LYONS WILLIAMS FW07B
44.834s de avanço para Jamie Mundo de Históricos em 2004. Foi quarto Com pedigree, ‘soa’ doutra forma… 7º JUDY LYONS SURTEES T59 +3 VOLTAS +11 VOLTAS
Constable (Tyrell 011) e que e 3º nas duas corridas, respetivamente. 8º MARTIN STRETTON TYRRELL 012
Jamie Constable (Tyrrell 011) venceu a Frank Lyons guiou o McLaren M26 com
segunda com 42.195s de avanço para que James Hunt venceu o GP da Grã-
Mark Hazzel (Williams FW07B +) é ca- Bretanha de 1977 em Silverstone. Mark
paz de não lhe dizer muito, mas se a isso Martin pilotou um Hesketh 308C que
acrescentar que o vencedor da primei- também pertenceu a James Hunt, em
ra corrida correu com um monolugar 1975. Philippe Bonny rodou num Trojan
ex-Martin Brundle, de 1984 e 1985, e o T103 com que Tim Schenken correu em
vencedor da segunda, o Tyrrell 011 de 1974 em seis Grandes Prémios conse-
Jamie Constable, foi guiado no passado guindo como melhor resultado dois 10º
por Michele Alboreto entre 1981 e 1983, lugares.
a ‘coisa’ já altera um pouco, pois dá-nos Judy Lyons, a única mulher que corre nos
outra perspetiva. F1 históricos, marcou presença com um

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25

DIOGO FERRÃO

“O PÚBLICOADERIU
MASSIVAMENTE”

WORLD GP BIKE LEGENDS Diogo Ferrão, responsável máximo da
Race Ready era no final do dia de domingo
REIS DASFoi uma clara mais valia a participação um homem feliz pelo extenuante fim
de semana que tinha colocado de pé.
Convicto que a aposta foi ganha, só já
espera pelo próximo: “Julgo que foi um
fim de semana de grandes corridas em
que o público aderiu massivamente ao
evento. O Estoril Classic é fruto de uma
equipa que tem vindo a trabalhar ao longo
de quase um ano para o colocar de pé.
Penso que fomos bem-sucedidos, criando
um evento apelativo que solidificou este
ano a sua imagem no automobilismo
de clássicos nacional e internacional,
sendo cada vez mais procurado tanto
por público como por concorrentes. O
incremento de pessoas que nos visitaram
ao longo dos dois dias, mais vinte
por cento que em 2017, é prova disso
mesmo. Não posso deixar de agradecer
à Associação de Turismo de Cascais, ao
Turismo de Portugal, à Câmara Municipal
de Cascais, ao MCE e ao Autódromo do
Estoril pelo apoio imprescindível que nos
deram. Agora é preciso pensar na edição
de 2019”, afirmou com regozijo Diogo
Ferrão, o responsável máximo da Race
Ready.

dos homens da World GP Bike Legends DUAS RODAS
no Estoril Classic. Pilotos como Wayne
Gardner, Phil Read, Freddie Spencer,
Alexandre Laranjeira, Nuno André e
Hermano Sobral, entre outros, levaram
o público ao rubro. A repetir...

José Luis Abreu do motociclismo, tal como Steve Baker, também Campeão
[email protected] do Mundo, no caso de Road Racing, quando venceu o título
de 1977 da Formula 750.
F oi muito interessante a vinda a Portugal da caravana Raymond Roche, foi Campeão do Mundo em Superbikes,
das World GP Bike Legends, competição que trouxe Pier Francesco Chili, Niall Mackenzie, Jurgen Van Der
a Portugal alguns ‘gigantes’ da competição mundial Goorbergh, entre outros, marcando igualmente presença
das duas rodas. Freddie Spencer, três vezes Campeão o piloto português Hermano Sobral, que alinhou com um
do Mundo, e Wayne Gardner, Campeão do Mundo de 500cc ‘wildcard’. Um privilégio para ‘Maninho Sobral’ poder ro-
em 1987, foram os anfitriões de uma corrida, disputada em dar em pista com tantos campeões. Os resultados foram
motos atuais, tendo igualmente participado outras lendas o que menos interessou...

FERRARI 500 MONDIAL VENCE BEST OF SHOW

Um júri internacional de especialistas observou ao pormenor mais de 50
automóveis de grande prestígio, que este ano se apresentaram a concurso,
e elegeu o Ferrari 500 Mondial de 1955, como o Best of Show do Concurso
de Elegância ACP. Um Ferrari de cor azul, com traços de Pininfarina e que
tem o dom de fazer sonhar. Foram cerca de 50 carros de diferentes épocas,
únicos e que valem muitos milhões, pela sua beleza e raridade. Divididos em
várias categorias, dos anos 20 aos anos 70, disputaram o ‘Best of Show’.
Para lá do vencedor, desfilaram preciosidades como um Bentley 4 1/4L de
1937, o Horsch 853a Sportcabriolet (1939). Na categoria dos Sport pós-
guerra, marcaram presença três importantes modelos da Ferrari: o primeiro
Ferrari vendido em Portugal, um 166MM de 1950, um 195 Inter de 1951 e
finalmente um 500 Mondial de 1955, este o vencedor do concurso.

CLÁSSICOS/

26 E S T O R I L C L A S S I C S W E E K

ESTORIL CLASSIC/IBERIAN HISTORIC ENDURANCE

PILOTOS E
CAVALHEIROS

O Iberian Historic Endurance
visitou o Estoril num fim de
semana de festa, com Pedro
Bastos Rezende, no Porsche

911 3.0 RS, a vencer a primeira
corrida e o Ginetta G10 dos
britânicos James Guess e
James Hilliard a triunfar na
segunda

José Luis Abreu Longe da discussão do pódio, Francisco Cruz levou o BMW 323i a um triunfo con- terceiro, mas caiu muito na classificação
[email protected] Albuquerque galgou posições do nono fortável sobre o Porsche 911 ST da du- na segunda metade da contenda.
lugar da grelha até ao quarto posto e ga- pla Christian Gardavot/Cláudio Roddaro Barbot e Bastos Rezende aproveitaram o
OAutódromo do Estoril voltou a rantiu o triunfo da classe H-1975 com o (Porsche 911 RS). Safety Car para cumprir a paragem obri-
receber a fantástica caravana seu Lotus Elan 26R da ASM Team, ter- Ginetta vence segundo confronto gatória nas boxes, mas foram penalizados
do Iberian Historic Endurance, minando na frente da dupla Allen Tice/ Na segunda corrida triunfou o Ginetta com um Stop & Go. O Ginetta G10 caiu pro-
uma competição em que se po- Chris Conoley (Marcos 1800 GTS) e de G10 dos britânicos James Guess e James visoriamente para terceiro, deixando a luta
dem ver um leque de viaturas Hipólito Pires/Tiago Raposo Magalhães Hilliard. Pedro Bastos Rezende largou da pela vitória a ser virtualmente discutida
muito interessantes, de beleza (Shelby Mustang). pole mas foi rapidamente ultrapassado por Barbot e Bastos Rezende, mas depois
inegável a que se juntam corridas dispu- Na categoria H-1971 triunfou o Ford Escort por Carlos Barbot e pelo Ginetta do duo de cumprida a penalização de ambos, o
tadas, sem toques à mistura, o que de- RS 1600 de Miguel Ferreira/Francisco britânico, que no final da primeira vol- Ginetta G10 voltou à dianteira.
monstra bem o respeito e cavalheirismo Carvalho, quinto da geral, na frente do ta já liderava a corrida. Vindo de trás, o Bastos Rezende caiu para o terceiro lu-
que existe entre todos os concorrentes, Ford Escort MK1 de Mário Silva/Gonçalo Porsche 911 3.0 RS de Carlos Sena Brizido gar da geral, mas ainda venceu a clas-
isto num fim de semana em que todos Monteiro Gomes. Na classe H-C, Jorge e João Pina Cardoso chegou a rodar em se H-1976. Carlos Barbot manteve-se
tiveram a oportunidade de experimentar em pista, foi penalizado à posteriori, e
o novo asfalto do Autódromo do Estoril e foi segundo.
reviver as sensações oferecidas pela mí- Francisco Albuquerque foi quarto, ven-
tica Curva do Tanque. cendo nos H-1965, na frente do Shelby
Na primeira corrida foi o Porsche 911 3.0 Mustang de Hipólito Pires/Tiago Raposo
RS de Pedro Bastos Rezende a impor-se, Magalhães. O pódio da classe ficou com-
num duelo em que inicialmente estive- pleto pelo Lotus Elan 26R de Mark Martin,
ram ainda envolvidos Carlos Barbot, em que ultrapassou perto do fim o Marcos
Merlyn MK4, e o Ginetta G10 de James 1800 GTS do duo Allen Tice/Chris Conoley.
Guess e James Hilliard. Bastos Rezende Jorge Cruz voltou a vencer na categoria
rodava na fase inicial da corrida atrás H-C, no oitavo lugar da geral, na frente
destes e assumiu a liderança depois do do Lotus Seven de João Mira Gomes, ter-
período de paragem obrigatória nas boxes. ceiro da H-GTP. Na classe H-1971, a vitó-
Com o desenrolar da corrida, o carro ger- ria coube ao BMW 2002Ti de Simplício
mânico conseguiu cavar uma vantagem Pinto/Márcio Pinto.
de cerca de 15 segundos, repetindo o triun-
fo já alcançado em rondas anteriores, so-
mando mais uma vitória na categoria
H-1976. Logo atrás, Barbot e o duo britâni-
co discutiram até à bandeirada de xadrez
o segundo lugar, com o raríssimoGinetta
G10 - que perdeu a segunda velocidade
durante a corrida - a levar a melhor so-
bre o seu oponente.

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27

DUAS BOAS CORRIDASESTORILCLASSIC/CSSGROUP1
Fernando Gaspar e Fernando Mayer Gaspar, pai e filho, venceram as duas corridas
da CSS Group 1, que tiveram como palco a edição de 2018 do Estoril Classic

de vencida a classe 1052 sem gran-
des sobressaltos.

José Luis Abreu O Ford Escort RS 2000 de Carlos Dias Datsun 1000 de Veloso Amaral por 15 TROFÉU MINI DISCUTIDO À DÉCIMA
[email protected] Pedro caiu para o fim do pelotão ain- milésimos.
da na primeira volta, tendo realizado A segunda corrida não teve muita his- Deram espetáculo os 10 concorrentes
N a primeira corrida do dia, uma corrida brilhante de trás para a tória na frente, mas teve diversas lu- do Troféu Mighty Mini, inseridos nas
dominada pelos mais rá- frente até ao quarto lugar final. tas no meio do pelotão. Largando da corridas do CSS Group 1. Nos treinos,
pidos da classe H81- Luís Pedro Liberal viu a concorrência pole-position, Fernando Mayer Gaspar Luís Sepúlveda e Duarte Aguiar man-
2000, Fernando Soares e sucumbir na classe H81-1600 e aca- viu-se surpreendido na primeira volta tiveram a veia dominadora das rondas
Fernando Gaspar travaram bou por ter um triunfo mais fácil do por Ricardo Pereira, no entanto, uma anteriores e selaram as pole-position
uma acesa luta pela primei- que se antevia. Tomás Arriaga, em volta depois o futuro vencedor já ti- para as duas corridas.
ra posição durante as voltas iniciais, Datsun 1200, teve uma vitória folga- nha retomado à liderança da corrida. Na primeira corrida, Sepúlveda e
até que Soares foi penalizado com um da na Production Cup, o que não de- Assim no comando, Mayer Gaspar Aguiar prosseguiram a sua senda de
drive through, por falsa partida, aca- monstra com precisão o equilíbrio de conseguiu uma margem de vanta- vitórias, mas não tiveram a vida faci-
bando por dar de bandeja o triunfo da uma categoria em crescimento, com gem para os Ford Escort de Pereira litada pelos mais diretos adversários.
corrida e na classe a Gaspar. Apesar sete Datsun ex-troféu, que propor- e de Filipe Martins, que geriu com à Rodrigo e Macedo de tudo fizeram para
da penalização, o Ford Escort RS 2000 cionaram várias lutas interessantes vontade até ao final. tentar roubar a posição de primazia ao
ainda terminou no segundo lugar. no segundo pelotão. O Volkswagen Golf de Rafael Cerveira Mini vencedor, com quatro trocas de
A vitória na categoria 1052 foi discu- Pinto repetiu o triunfo na classe H81- posição em nove voltas, e o triunfo só
tida ao metro, com os dois primei- 1600, o mesmo sucedendo a Tomás lhes escapou por menos de dois dé-
ros a cortarem a linha de meta pra- Arriaga que completou um fim de se- cimos de segundo. O Mini Cooper di-
ticamente lado a lado. O Peugeot 104 mana em pleno na Production Cup. vidido por André Pinto e Jorge Setas
ZS de Francisco Cardoso superou o Desta vez Francisco Cardoso levou completou o pódio.
No segundo embate do fim de semana,
António Gago quebrou a hegemonia
do Mini Cooper de Sepúlveda/Aguiar,
ao ultrapassar o favorito ao triunfo na
quarta volta para depois aguentar a
pressão final do carro vencedor da pri-
meira corrida, que nunca se deu como
vencido. A discussão pelo terceiro lu-
gar do troféu foi ainda mais animada,
com José Dias e Nelson Rego a troca-
rem de posições ao longo da corrida,
com Dias acabar por levar a melhor
sobre Rego por escassos 0.113s.

CLÁSSICOS/

28 E S T O R I L C L A S S I C S W E E K

RALLY DE PORTUGAL HISTÓRICO João Vieira Borges/João Serôdio embraiagem, o que ditou a ‘formatação’
(Porsche 911 Carrera 3.2) ven- do pódio.
ÀS TRÊS ceram o Rally de Portugal Destaque ainda para o quarto lugar de
FOI DE VEZ Histórico com 44.8s de avanço Paulo Marques/João Martins (BMW
face a Michel Decremer e Patrick 1600) e o sétimo de Jorge Coelho/Ivo
João Vieira Borges e João Serôdio estrearam-se a vencer Lienne (Opel Ascona), com Yves Tavares (Peugeot 205 GTI), as restantes
o Rally de Portugal Histórico. Depois de um terceiro Deflandre e Jennifer Hugo (Porsche 911) duas duplas lusas do top 10.
lugar em 2016, um segundo em 2017, finalmente, em a fecharem o pódio. Desta forma, na 13ª Como é tradição no Rally de Portugal
2018, a primeira vitória na prova do ACP edição do Rally de Portugal Histórico, os Histórico, Sintra voltou a ser o gran-
concorrentes nacionais desempataram de momento da prova, este ano com
José Luís Abreu o número de vitórias, passando a so- o regresso do Slalom do Autódromo
[email protected] mar sete face aos seis dos estrangeiros, do Estoril a rivalizar. Na Lagoa Azul,
FOTOGRAFIA InterSlide/Paulo Maria sendo que desde de 2015 uma dupla lusa Peninha e Sintra foram aos milhares os
não vencia. espetadores que ladearam os troços,
Para João Vieira Borges e João Serôdio aproveitando também para ver as pas-
este é o seu primeiro triunfo na pro- sagens do brutal Audi Sports Quattro
va do ACP, que foi construído de for- S1 pilotado pelo Campeão do Mundo de
ma gradual. Os homens do Porsche 911 Ralis de 1984, Stig Blomqvist.
Carrera 3.2 começaram por terminar o No autódromo, e com bancadas reple-
primeiro dia no lugar mais baixo do pó- tas de espetadores, o Slalom encer-
dio, chegaram ao segundo lugar após rou definitivamente o Rally de Portugal
a SS6 (Préstimo), e depois ao topo de- Histórico e foi ponto alto do Estoril
pois da SS13 (Salto). Vieira Borges e João Classics Week. Os 47 pilotos que partici-
Serôdio realizaram uma prova muito param na recriação da especial espetá-
consistente, aproveitando dois erros de culo que em tempos fez parte do Rali de
Philippe Fuchey na SS13. A partir desse Portugal, fizeram as delícias do público.
momento, os homens do Porsche geri- O Slalom contou também com a parti-
ram a prova até final. cipação de dois antigos Campeões do
Enquanto isso, atrás de si, Yves Mundo de Ralis. Miki Biasion pilotou
Deflandre também fez uma prova em um Lancia Delta Integrale semelhante
ascensão, chegando ao lugar intermé- aos com que venceu três vezes o Rally
dio do pódio depois de Michel Decremer de Portugal (1988, 89 e 90), enquanto
perder terreno devido a problemas de Blomqvist teve a seu cargo o Audi.

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29

JOÃO VIEIRA BORGES
E JOÃO SERÔDIO
ESTREIAM-SE A VENCER

“Como calculam, é um momento de felicidade muito grande,
um terceiro, um segundo e agora a tão desejada vitória. O rali é
aquilo que sabemos, muito puxado, anda-se à ‘séria’, preparámos-
nos ao máximo, preparámos o carro até à exaustão, de maneira
que este ano estávamos com a estrelinha, e correu tudo bem. O
segredo teve a ver com o trabalho, de preparação, que fazemos
antes da prova, porque não trabalhando não há hipótese nenhuma
de se conseguir ganhar um rali deste tipo. É preciso correr
tudo muito bem”, começou por dizer João Vieira Borges. Quando
lhe perguntámos que trabalho se faz a resposta sai célere:
“Reconhecer troços que se fizeram antigamente, andar-se por
esse país fora. No nosso caso fizemos 1900 km desde 6ª feira às
sete da tarde, até domingo à meia noite, entre vales e serras, e
fazer 50 km numa serra não é a mesma coisa do que fazê-lo numa
autoestrada. É cansativo, mas tem que ser feito. Agora, para o
futuro e de uma maneira mais desportiva, vamos tentar ganhar
mais vezes. Tivemos aqui uma coincidência interessante no meu
caso, porque este ano faço 40 anos de carta, são os 70 anos da
Porsche, é muito interessante, ainda mais porque passámos para
a frente do rali ao 13º troço, e esta é a 13ª edição do Rally de
Portugal histórico, são coincidências que não têm explicação, mas
aconteceu”, disse João Vieira Borges.
Já para João Serôdio: “Foi uma boa prova, já vai na sétima em
conjunto com o João, o ano passado fizemos segundo, há dois
anos terceiro e agora a vitória. É uma prova longa, dura, mas
trabalhámos muito, cada vez mais conhecemos os truques. Acho
que a vitória é merecida”. Perguntámos sobre como se vence
uma prova destas: “Os truques passam por ter o carro afinado e
nesse aspeto a Garagem João Gomes deixa-nos sempre o carro
impecável. Depois, ir conhecendo um pouco os troços. Sintra faz-se
muitas vezes, temos que manter as médias, há zonas do percurso
mais difíceis, e essas vamos conhecendo e vamos gerindo, e é por
aí”, concluiu João Serôdio.

C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O

POS EQUIPA CARRO TEMPO/DIF.
1 JOÃO VIEIRA BORGES/JOÃO SERÔDIO
2 YVES DEFLANDRE/JENNIFER HUGO PORSCHE 911 CARRERA 3.2 (1985) 239,4
3 MICHEL DECREMER/PATRICK LIENNE
4 PAULO MARQUES/JOÃO MARTINS PORSCHE 911 (1972) +44,8
5 CHRISTOPHE BAILLET/ANTÓNIO CALDEIRA
6 DOMINIQUE HOLVOET/GUY DESMET OPEL ASCONA (1979) +104,0
7 JORGE COELHO/IVO TAVARES
8 DANIEL REUTER/ROBERT VANDEVORST BMW 1600 (1969) +155,6
9 JACQUES EVRARD /CHRISTIAN BERNARD
10 PHILIPPE FUCHEY/CHRISTOPHE HAYEZ PORSCHE 911 CARRERA (1976) +225,0

TOYOTA CELICA GT (1971) +232,4

PEUGEOT 205 GTI (1984) +476,9

PORSCHE 914/6 (1970) +491,8

PORSCHE 911 (1972) +587,5

PORSCHE 911 SC (1978) +691,8

r/30
RALIS - MOTORSHOW

MOTORSHOW

AUTOCLÁSSICOPORTO 2018

ENORME
SUCESSO!
Como habitualmente, não faltou adrenalina, espetáculo
e muita paixão pelos motores na 16ª Edição do Motorshow

Autoclássico Porto. Como sempre, o público não faltou
à chamada

Naturalmente, Ari Vatanen, FOTOGRAFIA João Lavadinho Barbosa, o grande vencedor da edição C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
o convidado de honra, teve deste ano do “Troféu Piloto Motorshow”.
sobre si a maioria dos ‘ho- à prova organizada pela Xikane: “Dá Tirando partido dos mais de 600 cv de 1º MÁRIO BARBOSA (CITROËN DS3 WRX) 1M17,787S
lofotes’, e voltou a distribuir muito trabalho fazer um festival como potência do Citroën DS3 WRX com que 2º “MULTICLIMA” (MITSUBISHI LANCER) A 1,860S
simpatia. Conhecido por ser este, mas têm de ser feitos para manter tem participado em algumas provas do 3º JOÃO NOVO JR. (CITROËN DS3 WRX) A 1,925S
um dos expoentes máximos a família dos automóveis unida. É im- Campeonato FIA Europeu de Rallycross 4º JOAQUIM SANTOS (FORD FOCUS WRX) A 2,474S
da geração dos ‘finlandeses voadores’, portante para o desporto, para Portugal, e com uma condução precisa e ‘cirúrgica’ 5º TIAGO PRATA (WESTFIELD AERO) A 4,205S
o nórdico mostrou ser ainda capaz de para fazer permanecer este desporto contra o cronómetro, o piloto de Paços (...)
transformar simples momentos de vivo. Foram três dias de muito ‘calor de Ferreira bateu os mais de 60 adver-
descontração e prazer ao volante em humano’ e parece que saio daqui ainda sários que animaram a competição, com tinha os pneus nas melhores condições
momentos mágicos e verdadeiramente mais jovem e de alma rejuvenescida!” carros de diversas disciplinas como os e tive que ser muito preciso na condução,
inesquecíveis. No último dia do certame, não houve Ralis, a Velocidade, o Off Road e até o procurando não cometer erros. Esse foi,
O incansável finlandês brindou todos Benfica/Porto que demovesse os fer- Todo-o-Terreno. afinal, o segredo deste triunfo, para além
os presentes com uma simpatia sem vorosos adeptos do automobilismo de Na Super Final, que decidiu o nome do de conseguir uma boa afinação de set
paralelo, que resplandeceu ao longo dos estarem presentes no maior evento ibé- vencedor e à qual já só tiveram acesso os up e de um excelente trabalho global
três dias, fazendo cintilar ainda mais a rico que junta automóveis desportivos 16 pilotos mais rápidos do fim de semana, da minha equipa, a DM Motorsport”.
emoção de todos os que acorreram ao e clássicos. As bancadas que circunda- Barbosa acabou por se superiorizar ao A completar o pódio final, também me-
Motorshow Autoclássico Porto, tor- ram o novíssimo traçado de 1,5 km, em piloto com pseudónimo ‘Multiclima’, rece referência o terceiro lugar de João
nando a edição de 2018 num momento estreia na zona exterior da Exponor, num Mitsubishi Lancer. A vantagem Novo Jr., um jovem de apenas 16 anos,
único. No final, deixou um grande elogio estiveram repletas de entusiastas que de 1.860s sobre o piloto do Mitsubishi que mostrou todo o valor e potencial,
não arredaram pé e que ficaram até ao Lancer não espelha as dificuldades por
último momento para aplaudir Mário que passou o vencedor que é agora tam-
bém o recordista de triunfos no ‘Troféu
Piloto Motorshow’, com quatro vitórias.
Segundo o piloto, “a vitória foi difícil, mas
muito saborosa. Na Super Final já não

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ao volante de um Citroën idêntico ao Num certame pelo qual passaram inú- Porto 2018, com um ambiente único e pista, que se revelou do agrado da maioria
do vencedor. meras caras conhecidas da família das memorável. dos pilotos. Não podíamos estar mais
Noutras categorias, os duelos em pis- quatro rodas, como Rui Madeira e Pedro A par de todas as atividades, o Motorshow satisfeitos com a resposta dos muitos e
ta foram também sempre cerrados, Salvador, ficou provado que tudo pode também viveu do ‘casamento’ perfeito bons pilotos que responderam à chama-
para gáudio do público que vibrou com mesmo acontecer! A edição de 2018 foi com o Autoclássico, mostra ibérica de da, do público que se entusiasmou e foi
a atuação dos mais rápidos. Se Mário pródiga em sensações intensas, com veículos clássicos e feira de automobilia, incansável a apoiar as exibições, e, claro,
Barbosa registou o triunfo também na uma grande variedade de atuações em traduzindo-se o sucesso desta relação com a aposta de trazer Ari Vatanen, que
Categoria ‘4x4’, na Categoria 2WD a vi- pista, onde também brilharam os drifts no registo de cerca de 40.000 visitantes. excedeu todas as expetativas, com o seu
tória foi parar às mãos de Tiago Prata, no de um Camião Racing e de um Kartcross, Para Pedro Ortigão, o responsável má- notável talento, popularidade, simpatia e
extremamente eficaz Westfield Aero. Já tão impressionantes como as acrobáti- ximo da Xikane (promotor do evento), grandiosidade que demonstrou como ser
nos ‘Clássicos’ o lugar mais alto do pódio cas manobras do pioneiro do freestyle “o balanço só pode ser extremamente humano, durante os três dias do even-
foi conquistado por Joaquim Costa, em em Portugal, Paulo Martinho, de moto, positivo, pois apesar de ter sido a 16ª to”. Agora é só esperar pela edição do
Ford Escort, e na Categoria ‘Feminino’ carro ou em veículos por si improvisados. edição, funcionou como um ano ‘zero’, Motorshow Autoclássico Porto 2019. E a
foi Filipa Sanguedo, com um Opel Adam Tudo valeu para colorir o Motorshow na sequência da total reformulação da contagem decrescente já começou…
R2, que colheu os louros.
Mas não foram só os motores que fize-
ram as pulsações acelerarem. Numa
prova de emoções fortes também um
inédito e inolvidável momento marcou
esta 16ª edição, quando António Dias,
um dos grandes animadores do ‘Tro-
féu Piloto Motorshow’, finalizou a sua
atuação apelando ao sentimento, com
um pedido de casamento surpresa à
sua futura esposa, que assistia à sua
prestação da bancada!

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GANHAR Alexandre Melo
NO ‘BRAÇO’ [email protected]

Marc Márquez garantiu o triunfo na primeira visita do Mundial P ara aqueles que ainda tinham
de MotoGP à Tailândia. Em mais uma corrida muito intensa algumas dúvidas quanto à hi-
pótese de Marc Márquez poder
e de grande imprevisibilidade acabou por ser o mais prevísivel perder este título, pensamos
dos vencedores a saborear o champanhe da vitória. nós que o estreante Grande Prémio
da Tailândia encarregou-se de dissipar
A consagração do quinto título mundial em seis anos esses pensamentos. Quem assistiu ao
na classe maior pode já acontecer no Grande Prémio do Japão Grande Prémio, seja ao vivo ou pela
televisão, rapidamente ficou com a
que terá lugar no circuito de Motegi, propriedade da Honda sensação de já ter visto este filme em
qualquer lado.
ACOMPANHE TODA A INFORMAÇÃO Corrida muito intensa, diversas trocas
DIARIAMENTE EM MOTOSPORT.COM.PT de posições nos primeiros lugares e
um ‘grande pelotão’, qual Moto3, a
dar indícios de querer lutar pela vitó-
ria, tal como já sucedeu este ano em
Assen. Com a boa notícia de termos
nesta batalha a Yamaha, marca que
tem passado as ‘passas do Algarve’
neste ano de 2018.
Tudo muito bonito, mas com o desen-
rolar das voltas a disputa do primeiro
lugar ficou entregue aos principais
intervenientes do MotoGP de 2017

33

para cá. Falamos de Marc Márquez e em 2017, tudo fez para levar para casa últimos tempos, tendo colocado três C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O
de Andrea Dovizioso. Na última mão a vitória, mas voltou a esbarrar na motos entre os cinco primeiros. Mave-
cheia de voltas, os dois pilotos trava- sua besta negra, Marc Márquez. Isto rick Viñales regressou aos pódios em MOTOGP (HONDA) 39M55.722S
ram uma luta sem quartel que durou num fim de semana amargo para a Buriram ao ser terceiro. O espanhol foi 1º MARC MÁRQUEZ (DUCATI) + 0.115S
até aos últimos metros. Mais uma Ducati, pois para além da derrota de um espetador atento da luta Márquez/ 2º ANDREA DOVIZIOSO (YAMAHA) + 0.270S
batalha histórica e que fez relembras ‘DesmoDovi’, a insígnia de Borgo Pani- Dovizioso e esperou ansiosamente por 3º MAVERICK VIÑALES (YAMAHA) + 1.564S
outras ‘guerras’ recentes entre estes gale perdeu muito cedo Jorge Lorenzo. deslizes destes, que acabaram por não 4º VALENTINO ROSSI (YAMAHA) + 2.747S
dois pilotos. O espanhol sofreu uma violenta queda acontecer, para sonhar com algo mais. 5º JOHANN ZARCO
Desta feita a vitória sorriu a Marc Már- na segunda sessão de treinos livres Atrás do catalão ficaram Valentino Rossi
quez que já encomendou as faixas de e terminou aí a sua passagem pela e Johann Zarco, dois pilotos que tam- CAMPEONATO 271 PTS
campeão do mundo de MotoGP pelo Tailândia, pois ficou com hematomas bém muito precisavam desta injeção de 1º MARC MÁRQUEZ 194 PTS
quinto ano nas últimas seis épocas. no tornozelo direito e pulso esquer- confiança. Veremos agora se nas quatro 2º ANDREA DOVIZIOSO 172 PTS
O espanhol somou a sétima vitória do para além de ter contraído uma rondas que faltam disputar estaremos 3º VALENTINO ROSSI 146 PTS
do ano e tem o palco montado para a pequena fratura no braço esquerdo. perante uma melhoria consistente por 4º MAVERICK VIÑALES 130 PTS
celebração em Motegi, casa da Honda, Problemas que juntam-se às lesões parte da Yamaha ou apenas algo fruto 5º JORGE LORENZO
tal como sucedeu em 2016, mas aí no pé direito que já trazia da queda das circunstâncias ideais.
de forma inesperada. Um título que, sofrida no Grande Prémio de Aragão
diga-se, será inteiramente merecido e impossibilitaram a sua presença a
para um binómio que tem marcado 100% na Ásia.
de forma profunda esta década da No campo oposto esteve desta vez a
classe maior. Márquez viveu um fim Yamaha. Competitiva desde os treinos
de semana de sonho na Tailândia, pois livres a marca de Iwata realizou um
juntou ao triunfo a pole position. dos melhores Grandes Prémios dos
Já Andrea Dovizioso teve de conten-
tar-se com o segundo lugar. O piloto da
Ducati, que parece ter reencontrado a
forma que lhe permitiu lutar pelo título

34 M O T O 2 TAILÂNDIA

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MAIS LONGE que restam realizar para garantir o seu
primeiro título mundial.
Miguel Oliveira foi terceiro no Grande Prémio da Tailândia e pelo quarto evento consecutivo Quanto a Miguel Oliveira, depois de
viu a sua diferença aumentar face ao líder do campeonato e vencedor em Buriram, estar impossibilitado de lutar pelo
triunfo, tentou minimizar as perdas.
Francesco Bagnaia. Há 100 pontos ainda em jogo e os dois pilotos estão separados por 28. Porém, o luso, que se deparou com
Apesar do objetivo título mundial estar mais distante tudo ainda é possível até à última alguns problemas no travão dianteiro
bandeira de xadrez... em Valência da sua KTM, não conseguiu nas últimas
voltas resistir a Luca Marini, autor de
Alexandre Melo circuito de Buriram, desconhecido Bagnaia iriam lutar pelo triunfo até uma ponta final de corrida de grande
[email protected] para a maioria do pelotão, o piloto luso aos últimos metros da contenda, como nível, e caiu para o terceiro lugar, na-
garantiu o quinto posto da grelha de já sucedeu em Brno e no Red Bull Ring, quele que foi o seu nono pódio do ano.
A o contrário do que já su- partida, tendo mesmo ficado à frente mas na verdade no miolo da corrida o “Gostava de ter obtido a vitória, mas
cedeu por inúmeras vezes do rival Francesco Bagnaia. piloto da Sky VR46 aumentou o ritmo e não foi possível. Em alguns momentos
esta temporada, desta feita As perspetivas para a corrida eram foi embora. Uma fuga para a vitória que tive problemas com o travão dianteiro.
Miguel Oliveira não partiu portanto muito animadoras. Na pri- Miguel Oliveira não conseguiu acom- A moto derrapava muito a entrar e a
para uma corrida de Moto2 meira fase da mesma, disputada de- panhar em ritmo. Durante uma mão sair das curvas. O muito calor que se
prejudicado por ter reali- baixo de um ritmo muito intenso e cheia de voltas, Francesco construiu fez sentir também não ajudou. Ainda
zado uma qualificação modesta. No de bastante calor, Oliveira lutou pelo uma vantagem confortável que permi- restam disputar quatro corridas,
primeiro lugar junto de Francesco tiu gerir os acontecimentos até ao fim. eventos em que o ano passado con-
Bagnaia e tendo o privilégio de ter O protegido de Valentino Rossi somou seguimos obter grandes resultados.
bem perto de si o seu colega de equipa a sétima vitória do ano e a partir deste Não vamos desistir”, garantiu o piloto
na Red Bull KTM Ajo, Brad Binder. momento precisa apenas de terminar português.
Pensávamos nós que Oliveira e em segundo todas as quatro corridas Com o segundo posto de Luca Marini, a
Sky VR46 obteve a primeira dobradi-
nha em Moto2 e conseguiu um impor-
tante ‘triunfo psicológico’ sobre a Red
Bull KTM Ajo numa fase muito impor-
tante da época e onde os pontos estão
muito caros. Atrás de Miguel Oliveira
ficou Brad Binder. O sul-africano reali-

35

M O T O 3 TAILÂNDIA

DIFERENÇADODETALHE

A temporada de 2018 do Mundial ambos estavam a lutar pelo pódio e campeonato.
de Moto3 está a ser marcada pelos Bezzecchi, autor da pole, preparava- No lugar-tenente desta batalha está
muitos problemas, nomeadamente se para ganhar pontos a Jorge Fabio di Giannantonio, companheiro
quedas em momentos cruciais, Martín, atual líder do campeonato. de equipa de Jorge Martín na
dos pilotos que estão a lutar pelo O resultado desta carambola foi que Gresini. Com uma corrida sólida, o
título. Falamos de Jorge Martín e o transalpino ficou fora dos pontos, futuro piloto da Speed Up em Moto2
Marco Bezzecchi. enquanto Martín saltou, nos últimos garantiu a segunda vitória do ano e
O estreante Grande Prémio da metros, para quarto e dilatou a em Moto3.
Tailândia voltou a ser palco de vantagem no topo do campeonato Num pódio 100% italiano, palavra
um desses momentos, sendo num fim de semana onde nunca ainda para Lorenzo Dalla Porta e
que desta feita o prejudicado foi esteve confortável numa pista que Dennis Foggia, que ficaram com
Bezzecchi e veremos se não deu um desconhecia. a segunda e terceira posições,
passo atrás decisivo nesta batalha Os dois pilotos estão agora respetivamente. No caso de Foggia
pelo cetro mundial. separados por 26 pontos o que este foi o seu primeiro pódio na
Na última curva da derradeira significa que à falta de quatro categoria e que surgiu após uma
volta ao circuito de Buriram, Grandes Prémios para a conclusão da extraordinária recuperação, pois o
Marco Bezzecchi envolveu-se numa época Jorge Martín precisa apenas homem da Sky VR46 partiu do 25º
queda com Enea Bastianini quando de ser segundo no que resta do lugar.

C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O

MOTO3

1º FABIO DI GIANNANTONIO (HONDA) 38M10.789S
+ 0.135S
2º LORENZO DALLA PORTA (HONDA) + 0.466S
+ 0.980S
3º DENNIS FOGGIA (KTM) + 1.084S

4º JORGE MARTÍN (HONDA)

5º GABRIEL RODRIGO (KTM)

CAMPEONATO

1º JORGE MARTÍN 204 PTS

2º MARCO BEZZECCHI 178 PTS

C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O 3º FABIO DI GIANNANTONIO 175 PTS

4º ENEA BASTIANINI 133 PTS

5º ARÓN CANET 118 PTS

MOTO2 (KALEX) 39M00.009S
1º FRANCESCO BAGNAIA (KALEX) + 1.512S
2º LUCA MARINI (KTM) + 1.651S
3º MIGUEL OLIVEIRA (KTM) + 1.808S
4º BRAD BINDER (SPEED UP) + 6.260S
5º FABIO QUARTARARO
259 PTS
CAMPEONATO 231 PTS
1º FRANCESCO BAGNAIA 157 PTS
2º MIGUEL OLIVEIRA 132 PTS
3º BRAD BINDER 126 PTS
4º LORENZO BALDASSARRI
5º ÁLEX MÁRQUEZ

zou um exercício sólido e praticamente
sempre junto do português.
Fabio Quartararo, mais discreto nas
últimas corridas, deu um ‘ar da sua
graça’ e foi quinto aos comandos da sua
Speed Up. Nota negativa para a Marc
VDS que viu Álex Márquez e Joan Mir
abandonarem devido a quedas. O mes-
mo aconteceu a Lorenzo Baldassarri,
piloto que havia conquistado a pole
position para o 15º evento da tem-
porada.

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MOTO GUZZI

» V7 III STONE DE 2018

ESTILO CLÁSSICO INTEMPORAL

Num estilo clássico intemporal a Moto Guzzi V7 III
distingue-se pela simplicidade das suas linhas e pelo seu
acabamento sóbrio, quase espartano, onde sobressai o seu
motor V2, transversal, tão característico da marca

Pedro Rocha dos Santos nas motos neoclássicas atuais. O farol quatro pistons e na traseira por um disco para proporcionarem uma condução des-
[email protected] redondo e o mostrador único, também de 260 mm com pinça de duplo piston. A contraída e cheia de torque nos regimes
redondo, complementam o look vintage distribuição de peso é de 46% na frente e de maior utilização, graças a um binário
Aopção de tons predominante- e minimalista de outrora da V7 Stone III. 54% atrás e inclui uma nova geometria de máximo de 55 Nm às 4.600 rpm. Também
mente mate, em quase todos As jantes de liga com seis braços bifur- direção que garante maior estabilidade em o conforto de utilização da V7 Stone III é
os seus elementos, confere-lhe cados, em forma de diapasão, são de belo curva e maior manobrabilidade a baixa proporcionado por uma nova embraiagem
uma imagem de rebeldia e de efeito e também de acabamento negro velocidade. seca com monodisco de 170 mm que ga-
alguma agressividade, reali- mate. A V7 Stone III monta jante de 18” O motor da V7 Stone é o tradicional V2 rante suavidade nas passagens de caixa.
dade que equilibra e contrasta à frente com pneu 100/90 e jante de 17” transversal com 744 cc, dos poucos que As novas cabeças de motor da V7 inte-
com o seu estilo mais clássico e sóbrio. atrás com pneu de 130/80, ambos de piso ainda mantêm o arrefecimento a ar, com gram novos pistons e cilindros e a injeção
O depósito de combustível da V7 Stone de estrada. O guarda–lamas dianteiro é a exposição das duas cabeças de cilindro eletrónica é assegurada por um sistema
é um dos elementos que mais contribui tambémumapeçaminimalistaecontribui a permiti-lo, tornando efetivo o seu arre- da Marelli gerido por uma nova centralina.
para a imagem “seventies” do conjunto. para a imagem desportiva da V7 Stone. As fecimento. O V Twin transversal da Guzzi Os escapes integram um novo sistema
O seu desenho, estreito na zona onde duas ponteiras de escape elevadas com debita 52 cv às 6.200 rpm, suficientes de isolamento e um novo catalisador que
encaixam os joelhos e a alargar por cima acabamento negro mate reforçam o look
das cabeças do motor em V, parecendo clássico desportivo da V7. O guarda-la-
envolver as mesmas, fazem-nos recordar mas traseiro tem um recorte que segue
as desportivas dos anos 70, sobretudo a a linha da roda, envolvente e clássico da
célebre Moto Guzzi Le Mans III. Marzocch, e sobre o mesmo está colocado
Apesar de não ser uma desportiva, dentro o conjunto de farol traseiro oval, piscas e
do que hoje em dia caracteriza o segmento, suporte de matrícula.
as suas linhas transmitem a aparência O quadro é um típico duplo berço, tubu-
das desportivas de há 40 anos. O banco lar em aço, e o braço oscilante integra a
da versão III da Stone está agora mais transmissão por veio, do lado direito, com
rebaixado na zona do condutor e segue dois amortecedores Kayaba com ajuste
de forma harmoniosa as linhas do de- de pré-carga de mola e de acabamento
pósito. As tampas laterais com rasgos negro. Na dianteira encontra-se uma
fazem também lembrar as da versão Le suspensão tradicional de 40 mm com
Mans dos anos 70. A suspensão com fo- foles, sem possibilidade de ajuste. A tra-
les confere-lhe o look retro tão na moda vagem na dianteira está assegurada por
um disco de 320 mm com pinça Brembo de

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38

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garante a conformidade com o Euro 4. com as suspensões a atuarem de forma
A nível da eletrónica a V7 Stone III opta satisfatória, mesmo em mau piso, e a tra-
pelo essencial e disponibiliza para maior vagem a ser eficiente e justa para o regime
segurança do condutor ABS de dois ca- de utilização que é suposto imprimir-se
nais e controle de tração de dois níveis numa moto com as características da
e um terceiro em modo desligado para Moto Guzzi V7 III Stone.
condução livre e sem intervenções (como Nota final muito positiva para a Moto Guzzi
alguns de nós apreciamos). V7 III Stone que, a celebrar os 50 anos do
A posição de condução da V7 Stone III é primeiro modelo da marca, se posiciona
perfeitamente natural, com os punhos e num segmento cada vez mais disputa-
as peseiras colocadas no “sítio certo”. As do como uma opção de excelência para
vibrações que são transmitidas a estes quem procura uma moto de estilo clássico
dois elementos são mínimas apesar de ser e intemporal para as suas deslocações
um dois cilindros em V com arrefecimento diárias, sendo segura, confortável e de
a ar, e apenas os retrovisores acusam condução fácil.
alguma falta de clareza na imagem. A Apersonalização da V7 III Stone ao gosto
altura do banco de apenas 770 mm ga- de cada um é também possível graças
rante sempre que, uma vez parados, os a uma extensa lista de acessórios op-
nossos pés possam estar perfeitamente cionais que a marca disponibiliza. A
assentes no chão, tornando a V7 Stone III Moto Guzzi V7 III Stone tem ainda como
muito abrangente e segura seja qual for a opção a possibilidade de utilização de
estatura do seu utilizador. uma APP Multimédia que permite a
A condução é suave, com uma entrega de ligação dos nossos smartphones via
potência sempre disponível nos regimes bluetooth à moto para podermos con-
baixo e médios. Aquilo que mais nos sur- trolar uma série de funcionalidades e
preendeu foi a precisão da caixa de velo- obter informação. A Moto Guzzi V7 III
cidades da nova V7 Stone III, a contrastar Stone está disponível em quatro op-
com a versão de efeito “clank” da sua ções cromáticas - preto, azul elétrico,
irmã V9 anteriormente por nós ensaiada. verde camuflagem (a versão ensaiada)
Gostámos do comportamento em curva, e amarelo elétrico – e o seu PVP é de
precisa e fácil de colocar nas trajetórias, 9.434.00 euros.

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CONCORRÊNCIA INDIAN SCOUT SIXTY / 999 CC TRIUMPH BONNEVILLE T100 BLACK / 900 CC FT/ F I C H A T É C N I C A

HARLEY DAVIDSON IRON / 883 CC nd CV 55 CV 744 CC

nd CV POTÊNCIA POTÊNCIA CILINDRADA

POTÊNCIA 246 KG 213 KG 52 CV

245 KG PESO PESO POTÊNCIA

PESO 11 990€ 10 500€ 22 L

10 890€ PREÇO BASE PREÇO BASE DEPÓSITO

PREÇO BASE 179 KG

PESO

9 434€

PREÇO BASE

MOTOR TIPO BICILÍNDRICO EM V A 90º,
REFRIERAÇÃO A AR, 4 TEMPOS, 2 VÁLVULAS
CILINDRADA 744 CC POTÊNCIA MÁX. 52 HP @
6.200 RPM BINÁRIO MÁX. 54.7 NM@ 3.600 RPM
EMBRAIAGEM SECA MONOPLACA ALIMENTAÇÃO
INJECÇÃO ELECTRÓNICA WEBER MARELLI CAIXA
VEL 6 VEL. TRANSMISSÃO POR VEIO CHASSI E
SUSPENSÕES QUADRO DUPLO BERÇO EM AÇO
COM ELEMENTOS DESMONTÁVEIS SUSPENSÃO
DIANTEIRA MARZOCCHI TRADICIONAL DE 40
MM NÃO AJUSTÁVEL 130 MM CURSO SUSPENSÃO
TRASEIRA 2 AMORTECEDORES KAYABA AJUSTÁVEIS
EM PRÉ-CARGA DE MOLA 116MM DE CURSO TRAVÕES
E PNEUS TRAVÕES DIANTEIROS 1 DISCO DE 320
MM PINÇA BREMBO 4 PISTONS COM ABS TRAVÕES
TRASEIROS DISCO DE 260MM COM ABS PNEU
DIANTEIRO 100/90-18 JANTES 6 BRAÇOS EM LIGA
TUBELESS PNEU TRASEIRO 130/80-17 JANTES EM
LIGA TUBELESS ELETRÓNICA E ELETRICIDADE
BATERIA 12 V LUZES DIANTEIRAS FAROL REDONDO
COM LUZ NÃO LED LUZES TRASEIRA FAROL OVAL COM
LUZ NÃO LED PAINEL INFO MANÓMETRO REDONDO
MULTI INFORMAÇÃO CONTROLE TRAÇÃO SIM 2
NÍVEIS RIDE BY WIRE NÃO MODOS DE MOTOR
NÃO OUTROS ABS DUPLO CANAL DIMENSÕES
COMPRIMENTO 2.185 MM LARGURA 800 MM
ALTURA 1.115 MM DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 1.445
MM DISTÂNCIA AO SOLO 182 MM ALTURA DO
BANCO 770 MM RESERVA 2.5 LITROS CONSUMOS
N.D. NORMA EMISSÕES EURO 4

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ALLENBERG Guilherme Ribeiro
TEQUILLA [email protected]

E FÓRMULA 1 FOTOGRAFIA Facebook Allen Berg Racing Schools
Há pilotos que têm passagens prática ou totalmente
despercebidas pela Fórmula 1, e Allen Berg foi um deles. No Para muitos pilotos o seu sonho
entanto, não queria dizer que não tivesse algum talento, como máximo é chegar à Fórmula 1.
Nem todos têm talento para lá
mostrou nas fórmulas de promoção, mas chegou à F1 numa chegar mas, em muitos casos,
equipa que mal tinha dinheiro para dois carros, por isso não é trata-se de falta de dinheiro e
de oportunidades. E, dos que
de admirar que mal se tenha visto… lá chegam, seja através do talento, do
dinheiro ou de uma coincidência de
CONHEÇA ESTA E MUITAS
OUTRAS HISTÓRIAS EM AUTOSPORT.PT

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vários fatores, nem todos se aguentam cada de 80 com ambições a competir Foi, sem dúvida, um início de carreira Ford da prestigiada Graeme Lawrence
por muito tempo, porque a exigência na Europa. Nascido em Vancouver a 1 meteórico e, em 1982 Berg repetiu a Racing, vencendo três provas e alcan-
e a procura são tão altas naquela dis- de agosto de 1961, Berg começou ain- sua aposta neste último campeonato. çando mais três pódios para conseguir
ciplina que a concorrência é extrema. da adolescente nos karts e não tar- Infelizmente, agora ao volante de um uma autoritária vitória neste campeo-
Quando perdem um lugar na Fórmula dou a conquistar títulos. Primeiro na Ralt RT4/81-Ford da Doug Shierson nato, com 104 pontos. Agora o objetivo
1, a maioria dos pilotos reconverte-se categoria júnior e depois nos séniors, Racing os resultados não apareceram, e de Allen Berg era arranjar um lugar na
noutras disciplinas, ou opta por deixar em 1980. Nesse mesmo ano estreou- só com a troca para um March 82ª-Ford Europa, e o título na Oceania conseguiu
o desporto. Mas há alguns destes ho- -se na Fórmula Ford Canadiana e, em é que Allen começou a inverter a ten- chamar as atenções de alguns mana-
mens que encontram um nicho aonde 1981, venceu o Campeonato Canadiano dência negativa, mas ainda assim não gers ingleses, entre os quais o antigo
desenvolver a sua carreira. Foi o que e o Campeonato Norte-Americano, conseguiu fazer mais do que 10º no cam- mecânico e depois sócio de Ron Dennis
fez Allen Berg… no México. ao mesmo tempo que se estreava na peonato. No entanto, nesse inverno, o na Rondel, Neil Trundle, que tinha uma
Allen Berg foi, juntamente com Jacques Formula Atlantic, com um quinto posto canadiano foi disputar o Campeonato de equipa na F3 Inglesa. A mudança para a
Villeneuve Sr., uma das grandes pro- no final do campeonato e dois pódios, Formula Pacific (sucessor das Tasman Europa precisou de alguma adaptação,
messas canadianas do início da dé- sendo coroado Rookie do Ano. Series) ao volante de um Ralt RT4/82- tal como é habitual em casos seme-

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lhantes, e a Neil Trundle Racing era uma rer com os pneus permitidos por este tesanal e a equipa nunca pensou que provas de turismos, mas estava tam-
equipa pequena, embora a combinação campeonato e não pelo standard britâ- durasse muito, por isso não tinha feito bém disposto a enveredar pelos ralis,
Ralt RT3/82-Toyota fosse tudo menos nico, por isso, ao ser o melhor dos “in- planeamento de consumo. e em 1986 iria disputar grande parte do
má. Porém, desde cedo se observou gleses”, Berg foi tecnicamente vence- Campeonato Alemão. Porém, naquele
uma tendência: duas jovens promessas dor em Silverstone. E, no final do ano, BREVE TRECHO NA FÓRMULA 1 dia, a falta de segurança dos Grupo B
estavam alguns furos acima dos res- foi quinto no G.P. de Macau). ficou novamente patente, e Surer ter-
tantes. Chamavam-se Martin Brundle Em 1984 Eddie Jordan reforçou a aposta Apesar das boas prestações na F3 minaria ali a sua carreira, enquanto
e Ayrton Senna da Silva. Gradualmente, em Allen Berg, que com o Ralt RT3/84- Inglesa e de ter ganhado o Prémio de o navegador Daniel Wyder teve me-
o canadiano foi-se imiscuindo na luta Toyota acreditava ter legitimas ambi- Melhor Piloto Canadiano de 1984, tor- nos sorte e ficou preso dentro do car-
pelos pontos, tendo pela primeira vez ções ao título. No entanto, cedo se per- nou-se rapidamente percetível que ro quando este se incendiou. A Arrows
conseguido tal desiderato em Thruxton, cebeu que os novos motores VW eram Allen não era assim tão talentoso quan- não tardou a atrair o piloto da Osella
e na prova seguinte estava já ao volan- mais potentes, e muitas das equipas to se esperava, e em 1985 não conse- Christian Danner, campeão em título
te de um carro semelhante, mas ins- trocaram de propulsor a meio da épo- guiu um volante competitivo, nem na F3 de F3000, para a sua equipa, deixando
crito pela Eddie Jordan Racing. Pois é, ca, mas Jordan tinha contrato com a nem na F3000. Talvez a mudança para a pequena escuderia italiana em busca
a equipa precisava de um segundo pi- Toyota e não o pôde fazer. Ainda as- a Endurance pudesse ter dado outra de um piloto. Tudo indicava que esse ho-
loto consistente para, se possível, aju- sim, Berg brilhou e andou regularmen- alma à carreira de Berg, porque coin- mem fosse Alain Ferté, mas Allen Berg
dar Brundle a roubar pontos a Senna, te na luta pelos pontos e pelos pódios, cidia com o seu estilo, extremamente conseguiu reunir alguns sponsors ca-
e Jordan considerou que Berg estaria conseguindo 11 pódios e duas poles, regular e consistente. No entanto, ele nadianos, o que lhe permitiu estrear-
à altura. De facto, o canadiano não de- mas nunca concretizando numa vitó- estava focado nos monolugares e, além -se na F1 no Grande Prémio dos EUA.
siludiu, e começou a ser presença re- ria. Mais uma vez, a sua extraordinária de algumas provas de Fórmula Pacific, Certamente, poucos pilotos passaram
gular nos pontos e a lutar pelos pódios, regularidade foi compensada com um decidiu experimentar a Fórmula K no de um campeonato mexicano à F1, mas
muito graças aos motores Toyota pre- segundo lugar no campeonato, com México. Uma escolha peculiar, mas que as credenciais obtidas em Inglaterra
parados pela Novamotor usados pela 67 pontos. E, nesse ano, estreou-se lhe trouxe três vitórias e mais dois pó- também contaram um pouco.
equipa irlandesa, conseguindo o seu no Mundial de Endurance ao disputar dios em cinco corridas, acabando vice- A Osella estava a fazer experiências
primeiro pódio em Silverstone. Berg os 1000 Km de Mosport ao volante de -campeão. Ainda assim, em 1986 estava com o seu carro, depois de o FA1F-Alfa
não conseguiu ajudar Brundle, mas a um Lyncar MS83-Cosworth do Grupo novamente sem lugar… Romeo se ter mostrado muito pouco
regularidade deu-lhe o quinto posto C2, partilhado com Costas Los, mas a Em meados da temporada, o conceitua- competitivo. Berg estreou o FA1G em
no campeonato, com 32 pontos (numa dupla abandonou depois de liderar a do piloto da Arrows, Marc Surer, sofreu França e o FA1H em Inglaterra, mas não
das provas coincidentes com o Europeu classe por grande parte da prova, sem um pavoroso acidente no Rali Hessen, demorou a que os homens de Verolengo
de F3, Brundle e Senna preferiram cor- gasolina. O carro era de construção ar- ao volante de um Ford RS200 de Grupo se apercebessem que quanto mais mo-
B. O suíço era presença habitual em

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dificações, pior. Nem Ghinzani nem Berg do o G.P. do Canadá foi cancelado para mente no campeonato Trans-Am, e em mas em 1996, com a Coca-Cola Team,
foram competitivos e a equipa arrasta- a temporada de 1987, os potenciais pa- 1989 teve a oportunidade de disputar as só conseguiu ser quarto e vencer uma
va-se pelos últimos lugares, raramente trocinadores retiraram-se de imediato. 24h de Daytona com um Porshce 962C, prova, afirmando mais tarde ter cons-
terminando as provas graças à péssima dividido com Bernard Jourdain, Oscar ciência de uma má escolha das equipas.
fiabilidade do motor Alfa Romeo turbo TENTATIVAS NA ENDURANCE Manautou e Andrés Contreras, mas Porém, com a Corona Racing em 1997
V8. E, em Itália, Berg cedeu o lugar a abandonaram perto do final da prova. tudo se combinou para dar certo e Berg
uma jovem promessa, Caffi. Allen nunca Berg sonhou sempre com a F1 e, nos Sem grandes perspetivas, Berg foi re- venceu duas provas e o campeonato
conseguir entrar no top 10 e foi batido anos seguintes, correu esporadica- comendado a Richard Lloyd, que fazia com algum à vontade. Mantendo-se na
consistentemente em qualificação e mente, sempre à espera de um pos- correr Porsches no WSC/WEC. Deste equipa, 1998 não foi um ano bem-su-
performance por Ghinzani, mas há que sível contrato. Em 1987, disputou os modo, o canadiano estreou-se final- cedido, mas Allen estava já ocupado a
dizer que o financiamento da Osella era 1000 Km de Silverstone pela Kremer mente nas 24h de Le Mans, ao lado testar os novos carros de Indy Lights
tão baixo que a equipa mal tinha tempo Racing ao volante de um Porsche 962C, de Bruno Giacomelli e John Watson, Panamericana, ao mesmo tempo que
de testar ou de arranjar peças novas, e partilhado com Volker Weidler e Kris terminando em 11º, e depois iria fazer era convidado pela Dick Simon Racing
que Berg não deixava de ser segundo Nissen, mas abandonou cedo. No fi- uma prova do Campeonato Japonês para correr no campeonato IRL em 1999.
piloto em relação a Ghinzani, que já ti- nal desse ano, já a pensar num futuro de Sport-Protótipos, mas o seu co- Infelizmente, faltou reunir cerca de 25%
nha uma relação longa com a equipa. nos Sport-Protótipos, Berg testou um lega de equipa destruiu o carro nos do budget necessário e a grande opor-
Não que Berg se queixasse, aliás, o ca- Jaguar XJR-9 do campeonato IMSA, e treinos. Como o piloto, apesar de a te- tunidade de Berg voltar aos grandes
nadiano sempre elogiou a equipa pelo a operação norte-americana da TWR lemetria mostrar ter sido um erro de palcos ficou perdida. Deste modo, as-
profissionalismo com que, naquelas esteve prestes a contratá-lo para as pilotagem, processou Lloyd, este deci- sinou pela Canel’s team para continuar
circunstâncias, tudo fazia. Os seus es- principais provas do calendário, in- diu abandonar as operações no Japão na F3 Mexicana nesse ano, conseguindo
forços ainda atraíram a atenção de al- cluindo Le Mans, quando a direção da e concentrar-se no WEC, convidando mais alguns sucessos, mas em 2000 os
gumas pessoas na Fórmula 1, mas era equipa decidiu que queria exclusiva- Berg para correr as últimas duas pro- promotores do campeonato decidiram
preciso (ainda) mais dinheiro e, quan- mente um piloto dos EUA. Assim, em vas com Manuel Reuter. Desta vez, hou- “dar um aviso” à equipa e ao piloto, já
1988, Allen apenas correu ocasional- ve azar por parte de Berg, que sofreu que não estavam interessados em mais
um acidente de mota, partindo uma vitórias estrangeiras. Já Tommy Byrne
mão, o que acabou com a temporada de dizia que o desporto mexicano tinha ca-
1990. E, com as novas regras do Grupo racterísticas muito… peculiares.
C, Richard abandonou o WEC, deixan- Assim, Berg ficou sem volante em 2000,
do Berg sem volante para 1991. A ca- só regressando na segunda metade da
minho dos 30, Allen decidiu “emigrar” época na Indy Lights Panamericana
para os turismos, alinhando no DTM – também conhecida como Formula
com um BMW M3 da pequena Tauber de las Americas – conseguindo mais
Motorsport, mas a equipa estava longe uma vez resultados de relevo. E, em
de ser competitiva e o piloto raramente 2001, decidiu criar a sua própria equipa,
saiu dos últimos lugares. juntamente com o mexicano Peregrino
Guerrero, inscrevendo dois carros na
VIVA MEXICO Indy Lights e dois na F3 Mexicana. Berg
esteve impecável na primeira catego-
Quando a carreira de Allen Berg parecia ria e dominou o campeonato ao volante
estar definitivamente encerrada, eis que do seu Lola T96-Chevrolet, vencendo
a Marlboro interveio, convidando-o para quatro provas e o título com enorme
representar as suas cores… no México. autoridade. Em todas as categorias sul-
Pois bem, Berg já se tinha dado bem por -americanas em que alinhou, Berg foi
lá em 1985, e a década de 90 foi um pe- pelo menos uma vez campeão.
ríodo de ouro do desporto motorizado Mal conseguiu o título, Allen Berg reti-
mexicano, com pilotos profissionais, rou-se de imediato para se concentrar
muitos patrocinadores e dinheiro em na gestão do seu projeto. Lançou-se
abundância, grelhas completas, etc… também no treino de pilotos na escola
Berg foi correr para a F2 Mexicana, que de Fórmula X, no México, rapidamente
usava carros muito similares à Formula tornando-se instrutor-chefe e sócio da
Atlantic, e de imediato foi terceiro em escola, mas a experiência acabou quan-
1992. Mostrando a sua facilidade de do o canadiano não mais viu o dinheiro.
adaptação, Berg venceu o prestigiado Pouco tempo depois, Berg regressou
título em 1993 ao volante de um Ralt ao Canadá, criando uma nova equipa, a
RT40-Chrysler, vencendo três provas Scuderia Fortia, para correr na Formula
e ficando na folha de recordes como o Atlantic, o terceiro degrau na hierarquia
único estrangeiro a vencer aquele cam- dos Champ Cars. A equipa teve resul-
peonato. Em 1994, voltou a vencer três tados de relevo, mas os patrocinadores
vezes, mas foi vice-campeão, e ainda eram poucos e obrigaram Berg a re-
triunfou na última ronda do campeona- duzir as operações para campeonatos
to local de Protótipos, aonde encontrou menores, antes de encerrar o projeto e
um jovem de 16 anos bastante aguer- tornar-se consultor de várias equipas
rido… Juan Pablo Montoya. na F.Atlantic. Atualmente, Allen Berg
Em 1995, Berg decidiu deixar a Formula possui uma conceituada escola de pi-
Atlantic para se dedicar à Fórmula 3 lotagem no Canadá, mas trabalha com
local, com monolugares bem mais se- outras, como instrutor e como consultor
melhantes aos europeus. Assinando técnico ou de marketing. Uma carreira
pela Montana Team, venceu duas pro- aventurosa, sem dúvida.
vas nesse ano e terminou em terceiro,

+44

SDAELPÃAORIS José Manuel Costa sobre as mais importantes novidades
[email protected] que estiveram em Paris.
AUSÊNCIAS VS NOVIDADES: QUEM PESOU MAIS? Posso dizer-lhe que a grande estrela foi
Alternando com Frankfurt, Paris um alemão, no caso, o novo Série 3, carro
Uma dúzia de construtores destacaram-se pela ausência é a capital do automóvel por fundamental para a BMW. Não está ra-
no Salão de Paris, o segundo mais importante do estes dias, com destaque para dicalmente diferente, mas a casa bávara
as marcas francesas, que não recentrou o carro no condutor e promete
calendário anual de certames ligados ao automóvel, mas a deixaram de revelar muitas muito na luta com o Mercedes Classe C
mão cheia de novidades que surgiram, nomeadamente, os novidades, já todas elas dadas e com um dos rivais inesperados, mas
a conhecer pelo seu AUTOMAIS em www. eleitos pela BMW, o Alfa Romeo Giulia.
modelos eletrificados e a nova geração do BMW Série 3, automais.autosport.pt. Mas o enorme Para mim, outra estrela do certame
acabam por deixar o “jogo” empatado “elefante na sala” foi a ausência de muitas gaulês foi o Kia e-Niro – que agora até
marcas do certame gaulês, nada menos tem uma publicidade com o Robert...
que uma dúzia delas decidiram não se De Niro! – que apesar de um estilo um
representar. Entre elas não podemos nadinha sensaborão, envergonha alguns
deixar de destacar a Volkswagen, to- dos rivais, particularmente no que toca
das as marcas do grupo Fiat Chrysler á autonomia de quase 500 quilómetros.
Automobiles, Opel, Mazda, Mini, Nissan, Além disso é um SUV, a carroçaria da
Volvo, enfim, ausências notadas, mas moda, é espaçoso, bem equipado e de
que acabaram por ser olvidadas pelas qualidade. Um caso sério, acredito eu!
novidades apresentadas. Entre os meus modelos favoritos, está
Seria impossível dar-lhe a conhecer, o Mercedes GLE simplesmente porque
em detalhe, tudo o que surgiu em Paris ao contrario do anterior GLE, este está
e por isso convidamo-lo a visitar o nosso bem desenhado, é proporcional e os
site na internet onde poderá ler tudo elementos que fazem recordar-nos o

>> autosport.pt/automais

45

OS PROTÓTIPOS

O mais belo e que merecia chegar à produção em série é o Peugeot e-Legend. Surgiu
em Paris como um veículo elétrico e autónomo, evoca o 504 Coupé, e foi desenhado,
pensado e criado para provar que o carro do futuro por ser muito interessante, tendo
sido exibido em Paris, 50 anos depois do 504 Coupé ter feito o mesmo caminho.
Também elétrico e totalmente autónomo, o Renault EZ-Ultimo está nos antípodas.
Parece um casulo, é ultra eficiente e destina-se ao transporte autónomo VIP entre o
aeroporto e hotel ou como carro de um sistema de “car sharing” via aplicação. Com 5,8
metros de comprimento, tem autonomia para 500 quilómetros.
O K-ZE da Renault fez girar muitas cabeças, pois o protótipo de um pequeno SUV
elétrico destinado às grandes cidades (do tamanho do Twingo), está muito bem
conseguido. Parte de uma enorme ofensiva da Renault na mobilidade elétrica, estará á
venda já em 2019, na China, em 2021 na Europa, e oferece 250 km de autonomia.
O Forease é uma espécie de antevisão do futuro da Smart que, como todos sabem,
será uma marca puramente elétrica dentro de pouco tempo. Feito com base no
fortwo EQ cabrio, o Forease é uma espécie de prenda da Smart pelos seus 20 anos.
Descapotável, é “uma solução de mobilidade elétrica sem complicações.”
Para uns é lindo, para outros nem por isso, mas na forma de protótipo a Porsche
confirmou que o Speedster vai voltar à gama 911. O modelo apresentado foi feito em
cima da atual gama destacando as formas do passado. A Porsche vai produzir, apenas,
1948 exemplares do 911 Speedster, que será o canto do cisne da atual geração 991.
O PB18 e-Tron é uma espécie de antevisão do sucessor da segunda geração do
desportivo R8. Criado e desenhado numa parceria entre o Audi Design Loft em Malibu,
Califórnia e a Audi Sport em Neckarsulm, Alemanha, o PB18 e-Tron é descrito pela
Audi como o “o superdesportivo do futuro”. Impressionante do ponto de vista do
estilo, o PB18 e-Tron não deixa de causar impacto com os 770 CV de potência e as
performances de cortar a respiração. Equipado com a última geração de baterias
sólidas, será muito mais leve, ajudando nesse desígnio a utilização da fibra de carbono
e o alumínio bem como outros materiais leves. Com quatro rodas motrizes, a Audi
reclama menos de 1550 quilos para o PB18 e-Tron.
Veio do Vietname, tem como base a plataforma e as mecânicas da BMW e tem como
responsável pelo estilo a Pininfarina. David Beckham esteve no espaço da Vinfast,
funcionando como embaixador da marca. Para já a gama, ainda em protótipo, tem
um SUV com base no X5 e um uma berlina com base no Série 5. Os protótipos eram
modelos já muito perto da produção em série que começará já em março do próximo
ano, com as vendas a arrancarem no final do verão de 2019.

primeiro Classe ML, estão lá todos. Tem a interior (Faurecia) e design (Pininfarina)
enorme vantagem de ter uma suspensão de absoluta qualidade, acredito que o
inovadora, sente-se bem com sapato de sucesso será grande. Ainda por cima os
gala ou de galochas, e um aspeto bonito. carros têm, mesmo, muito bom aspeto.
O seu estilo vai fazer correr muita tinta Nota de rodapé para modelos como o
e acredito que não sirva a toda a gente, Audi e-Tron, o primeiro modelo elétri-
mas o DS3 Crossback é um modelo que co da Audi; a estreia do A1 e do Q3 da
não podia deixar de estar nas minhas casa de Ingolstadt; o regresso do Toyota
escolhas. Todos acreditam que este Camry e do nome Corolla; o primeiro
SUV compacto tomará o lugar do atual CR.-V da Honda com motorização híbrida;
e já cansado DS3, apresentando-se com o Hyundai i30 Fastback N e a divulga-
versões para todos os gostos, até uma ção dos produtos N de personalização
E-Tense totalmente elétrica. Será a base para a Hyundai; o novo Lexus UX – im-
do futuro Peugeot 208 e do Opel Corsa e portantíssimo para o desenvolvimento
por isso é um caro importante. Para a DS da marca na Europa; as novidades da
e para o PSA Group. Mas o estilo... Skoda, com o Kodiaq a ter uma versão
Não faço a mínima ideia se chegará al- desportiva; e o novo Jimny. Deixamos
gum dia a Portugal, mas o lançamento da ainda nota do novo Toyota RAV4, do Seat
VinFast tem de ser destacado. E começar Tarraco, dos Porsche Macan e Speedster,
com uma berlina que tem por base o Série do Peugeot 508 SW, do Mercedes A35
5 e um SUV que utiliza a plataforma do AMG, do Lamborghini Aventador SVJ,
X5, é de se lhe tirar o chapéu. Os carros da do Kia Proceed, enfim, uma série de no-
VinFast não vão ser baratos – nada mes- vidades que poderá ficar a conhecer no
mo!!! – mas sendo produtos que têm como nosso site na internet www.automais.
base plataformas, mecânicas (BMW), autosport.pt, onde encontrará, também,
uma vasta galeria de fotos.
E para responder à pergunta que coloquei
no início: quem pesou mais, ausências
ou as novidades, claramente digo que
foram as novidades porque quem não
está... esquece!

+

VOLKSWAGEN em couro com costuras em vermelho. Ainda assim,
seriam bem vindos mais alguns detalhes no interior que
» POLO 2.0 TSI 200 CV GTI demarcassem e caraterizassem ainda mais a versão
face ao modelo normal.
COMPROMISSO IDEAL
AO VOLANTE
Com um motor 2.0 TSI de 200 cv o novo Polo GTI é de guiar e... querer mais.
Fizemo-nos à estrada na sua companhia. Conheça o resultado O Polo GTI é um modelo que segue o ADN de atuais
desportivos da Volkswagen: potente e equilibrado. Ao
André Duarte lha do radiador em forma de favo de mel, com um friso volante, um gosto. O Polo GTI chega-nos às mãos com
[email protected] vermelho que se prolonga por toda a sua largura, esten- um motor a gasolina 2.0 TSI de 200 cv, caixa automática
dendo-se até aos faróis. DSG de 6 velocidades e tração dianteira. Para gerirmos
EsteticamenteoVolkswagenPoloGTImune-sede No global, prima pela simplicidade, com sugestivos toques este potencial temos quatro modos: Eco, Normal, Sport
detalhes subtis que o permite diferenciar-se do estéticos que nos permitem circular no dia a dia sem e Individual. No modo Eco temos um modelo que, ainda
modelo normal. No fundo, uma descrição que os sermos o centro das atenções... a não ser que a carroçaria que com corpo, responde sem um puro vigor desportivo.
mais conhecedores saberão reconhecer como surja no bonito vermelho do presente ensaio, ou noutra Uma faceta que muda de imediato se mudarmos para
tratando-se de um exemplar... muito diferente. tonalidade igualmente apelativa. o modo Sport. Aí a nossa audição fica desperta, com a
A começar, temos de imediato a visível sigla GTI sonoridade proveniente da dupla ponteira de escape
na grelha dianteira e tampa da bagageira. Mas, exceção INTERIOR a invadir-nos o habitáculo, num som cheio, que pro-
feita ao óbvio, há outros detalhes mais discretos a apre- Quando no habitáculo, percebemos que a tónica de duz um misto de envolvência e artificialidade, quase
ciar. Desde logo, quando olhado da lateral, as pinças de apontamentos aplicada ao exterior se mantém. O inte- oriundo de um jogo de consola, como se estivéssemos
travão a vermelho a sobressaírem das bonitas jantes de rior respeita a versão normal, com alguns pormenores em casa, tranquilamente, a disputar um troço de ralis
18” Brescia (opcional 410€), que constituem um inegável GTI: bancos desportivos Clark, (com padrão em xadrez ou num circuito.
prazer visual. e faixas em vermelho, percorridos por pespontos em EmregistoSportcontinuamos a marchae deimediato
Depois, os pára-choques e spoilers exclusivos e a gre- igual tom); pedais em alumínio; volante multifunções sentimos o adensar da harmonia, que nos impele a
querer mais. A disponibilidade de potência, com 320
Nm de binário a partir das 1500 rpm, tem o condão de
se fazer sentir de forma muito notória, mas, ao mesmo
tempo, com um laivo de progressividade, sem nunca
levarmos verdadeiramente um ‘empurrão’ nas costas,
ou nos assustarmos. Da meta dos 100 km/h são 6,7s
que nos separam. Um prazer senti-los... e repeti-los.
É um modelo que se percebe potente, mas ao mesmo

com grande eficácia, fruto de uma afinação de chassis >> autosport.pt/automais
e suspensão a preceito, talhada para a performance,
mas com o benefício de, apesar da natural rigidez, nos 47
proporcionar conforto. A direção é muito direta e apenas
os travões dão a impressão que poderiam ser mais FT/ F I C H A T É C N I C A
reativos quando a eles recorremos em situações de
maiores euforias ao volante. 2.0 / 200 CV
A caixa automática DSG de 6 velocidades é um gosto e
se recorrermos às patilhas no volante para a troca de GASOLINA
relações, nem sentimos a sua passagem, sendo esta a
melhor opção para quem queira explorar e extrair todo 6,7 S
o sumo deste GTI.
0-100 KM/H

5,9 L / 6,7 L (AUTOSPORT)

100 KM

134

G/KM- CO2

32 728€

PREÇO BASE

PRAZER AO VOLANTE / MOTOR /
COMPORTAMENTO DINÂMICO /
BARULHO / ESTÉTICA EXTERIOR

INTERIOR POUCO DEMARCADO DA
VERSÃO NORMAL E QUALIDADE DE
ALGUNS PLÁSTICOS

MOTOR GASOLINA, 4 CIL. EM LINHA,
INJEÇÃO MISTA, DIRETA/INDIRETA, TURBO,
INTERCOOLER, 1984 POTÊNCIA 200 CV /
4400-6000 RPM BINÁRIO 320 / 1500-4400
RPM TRANSMISSÃO DIANTEIRA, AUT. DSG
DE 6 VEL. SUSPENSÃO TIPO MCPHERSON
COM MOLAS HELICOIDAIS À FRENTE E EIXO
DE TORÇÃO COM MOLAS HELICOIDAIS ATRÁS
TRAVÕES DV/D PESO 1355 KG MALA 305 LT
DEPÓSITO 40 LT VEL. MÁX. 237 KM/H

tempo nos permite explorar e dar largas à imaginação BALANÇO FINAL
com alguma civilidade, tirando igual prazer. Impressiona
a forma como o eixo dianteiro - com diferencial eletró- O Volkswagen Polo GTI é o ideal
nico - traciona em resposta às nossas solicitações com para fazer as delícias de quem
o acelerador, agarrando o Polo de uma forma que sur- queira um modelo para ‘brincar
preende, e nos faz arriscar um pouco mais a cada volta. às corridas’, mas também ro-
Permite-nos abordagens em curva a ritmos elevados, dar a ritmos calmos com con-
sempre com a segurança de que a frente nunca irá sumos brandos, dentro da ótica
fugir, e que a traseira a irá acompanhar a rigor. Tudo de um desportivo, com alguma
isto vivido com o nosso corpo perfeitamente instalado discrição estética e espaço inte-
nos bancos desportivos que prestam excelente apoio. rior. Equilibrado e percetível nas
Ao mesmo tempo, é um modelo que se faz às curvas reações, transmite uma grande
confiança e prazer ao volante, com
uma potência de respeito, que se
permite explorar sem exigir do
condutor dotes de verdadeiro pi-
loto. Em suma, uma proposta que
deixa o sorriso no rosto e a certeza
de que foram 32.728€ totalmente
justificados.

E/ Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma informação atual, rigorosa abordagem e de análise dos factos noti-
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 de Janeiro, tomóvel disputadas em território nacional e de qualidade, opinando sobre tudo o ciosos, com total abertura à interatividade
ESTATUTO Lei da Imprensa, publica-se o Estatuto e no estrangeiro, relata acontecimentos que se passa na área do automóvel e dos com a sua comunidade de leitores. 4. O
EDITORIAL Editorial da publicação periódica AutoSport: ligados à competição automóvel, bem como automobilistas, numa perspetiva plural, re- AutoSport pratica um jornalismo pautado
1. O AutoSport é um semanário dedicado temas que versam o automóvel como bem cusando o sensacionalismo e respeitando pela isenção, sem comprometimentos
ao automóvel e aos automobilistas, nas de consumo, tanto na área industrial como a esfera da privacidade dos cidadãos. 3. ou enfeudamentos, tendo apenas como
suas mais distintas vertentes: desporto e comercial. O AutoSport pauta as suas opções edito- pressuposto editorial facultar a melhor
competição, comércio, indústria, segurança 2. O AutoSport está comprometido com riais por critérios de atualidade, interesse informação e a melhor formação aos seus
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