#2122 40
ANO 40
anos
29/08/2018
2,35€ (CONT.)
DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES >> autosport.pt
VETTEL VENCE GP DA BÉLGICA
LUTAF1
ACESA>> NOVAFORCEINDIABRILHOU
ENTREVISTA +
TRIUMPH BONNEVILLE
SÉRGIO RIBEIRO SPEEDMASTER
1200 PÁG. 32
“CEO DA HYUNDAI PORTUGAL
RALIS LEXUS
AJUDAM A
PROMOÇÃO NX 300H EXECUTIVE + PÁG. 42
DA IMAGEM
DA HYUNDAI
PÁG. 14
FINS DE SEMANA PERFEITOS
SIX SENSES DOURO VALLEY | SAMODÃES | DOURO
www.hoteisdecampo.pt
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I/ I N S TA N TÂ N E O SIGA-NOS EM EDIÇÃO
#2122
29/08/2018
f l> > a u t o s p o r t . p t
facebook.com/autosportpt twitter.com/AutoSportPT
FANTASIA Seria extraordinário para a modalidade e um enorme ‘boom’ para o WRC, mas as imagens são apenas desenhos realizados José Luís Abreu
pelo designer sul-coreano Taekang Lee, que adorava que se tornasse realidade a existência de um WRC da Ferrari.
DIRETOR-EXECUTIVO
S/ SEMÁFORO EM DIRETO
[email protected]
PARADO A ARRANCAR A FUNDO “Quando se vê todos os
acidentes que sucederam na M ais uma vez a Fórmula
Tal como disse Alonso, Fim de semana Grande prestação F1 e na IndyCar nos últimos 1 vai mudar de ope-
Hulkenberg não pode de Silverstone, dos dois Racing Point anos, podemos dizer que F1 rador em Portugal,
complicado para Force India em Spa. Do está sempre a tentar melhorar saindo da Sport TV,
falhar ‘tanto’ uma Miguel Oliveira. A luta 8 (falência) ao 80 em mas a IndyCar não está a fazer passando para a
travagem daquelas… continua em Misano... muito...”, Felipe Massa, a destacar nova Eleven Sports.
44 voltas… Não se conhecem ainda muitos
as diferenças… pormenores do que a empresa re-
O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES NA ERA DIGITAL presentada por Pedro Pinto, Diretor
“Eles (Ferrari) têm uma Não-Executivo da Eleven Sports
Siga-nos nas redes sociais e saiba vantagem de potência”, Toto Portugal, pretende fazer, mas para
tudo sobre o desporto motorizado no já a empresa garante que vai “ca-
computador, tablet ou smartphone via Wolff, que depois de vários anos ‘muito tapultar a produção em Portugal
facebook (facebook.com/autosportpt), à frente’ tem que se habituar a uma para um novo nível, oferecendo
twitter (AutosportPT) ou em nova realidade cobertura alargada nos seus ca-
>> autosport.pt nais e plataformas digitais”. Há dois
“O Halo provavelmente ajudou- anos, o Eurosport colocou de pé
me. Estou feliz pelo fato do um canal quase especificamente
halo estar lá”, Charles Leclerc, para a F1, e nem com gente muito
competente, e que sabe muito da
que ficou com a pintura do Halo bem poda, conseguiu rentabilizar a F1.
‘raspada’… Esta regressou à Sport TV, que tem
feito um bom trabalho, mas com os
“Precisava de mais um metro meios que tem, pouco mais pode
para liderar a corrida…”, fazer. Confesso que vejo a maioria
dos Grandes Prémios pela Sky F1
Esteban Ocon esteve perto de chegar (alguns in loco), e qualquer compa-
a Les Combes na frente… ração com o trabalho que faz a Sky
F1 é injusta. Compreendo e aceito
que seja difícil sequer chegar perto
do que fazem os ingleses, mas a
Eleven assegura que “Os portugue-
ses adoram a F1 e estamos muito
satisfeitos por poder oferecer aos
fãs toda a ação da F1 juntamente
com a nossa produção de elevada
qualidade. A nossa produção no
terreno, em todas as corridas, será
acompanhada por uma análise de
topo e a visão de uma equipa de
classe mundial, incluindo os me-
lhores comentadores e especia-
listas em Portugal. Vamos levar a
cobertura da F1 para outro nível e
as pessoas ficarão entusiasmadas
com o que vamos oferecer”, diz
Pedro Pinto. Se assim for, cá esta-
remos para aplaudir pois a maioria
não consegue chegar à Sky…
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MAIS
DIFÍCIL QUE
OESPERADO
Era esperado que a Ferrari fosse mais forte em Spa-
Francorchamps e Sebastian Vettel confirmou isso mesmo ao
vencer o Grande Prémio da Bélgica, reduzindo para 17 pontos
a sua desvantagem para Lewis Hamilton no Campeonato de
Pilotos, mas a formação de Maranello esteve perto de ver a
vitória fugir-lhe por entre os dedos
Jorge Girão
[email protected]
Tanto a ‘Scuderia’ como a nos-livres, a chuva apareceu mesmo tarde, dado não ter pneus preparados
Mercedes levaram para o ma- na qualificação, no início da Q3. para si.
jestoso circuito belga novas Todos os pilotos saíram para o derra- Depois de ter estado no topo da clas-
evoluções das suas unidades deiro segmento com pneus slicks, na sificação em todas as sessões de ati-
de potência, criando gran- tentativa de realizarem ainda uma volta vidade em pista, a Scuderia impedia
de expectativa sobre quem com a pista seca, mas a bátega de água que o finlandês pudesse lutar pela
seria mais competitiva nas longas abateu-se sobre o circuito belga ainda pole-position, ao passo que uma ges-
retas e nas curvas de alta velocidade antes de terem completado a volta de tão deficiente da energia do sistema
do traçado das Ardenas. Mas desde lançamento, tendo todos regressado à híbrido do carro do alemão, obrigava-o
os treinos-livres de sexta-feira que boxes, exceto os dois homens da Racing a realizar a sua última volta lançada
a ideia dominante era que o carro de Point Force India, que registaram um com as baterias descarregadas, não
Maranello mantinha a sua vantagem tempo inexpressivo. tendo como contrariar a pole-position
face ao Flecha de Prata, construindo a Foi então que na boxe da Ferrari rei- de Lewis Hamilton – a septuagésima
sua superioridade nos segmentos de nou a confusão, com o carro de Kimi da sua carreira e a quinta em Spa-
velocidade de pura. Raikkonen a ser reabastecido com Francorchamps.
Contudo, as condições climatéricas pouca gasolina, impedindo-o de estar Se a posição de Vettel não o impedia de
em Spa-Francorchamps são sempre em pista no final da Q3, quando a pista lutar pela vitória, uma vez que o circuito
imprevisíveis e, depois de ameaços estava em melhores condições, e Vettel belga permite ultrapassagens, Raikkonen
nas duas primeiras sessões de trei- a ser enviado para a pista bastante via-se prejudicado num fim de semana
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em que se mostrava bastante competitivo. O alemão levava no seu encalço os dois 52 Hamilton estava apostado em realizar
A posição na grelha de partida de Racing Point Force India, chegando o ‘undercut’ ao alemão, lançando-se
Raikkonen, que arrancou de sexto, os quatro lado a lado à travagem para Vitórias de Vettel, depois do seu triunfo numa volta de saída nos limites com
deixou-o exposto à carambola des- Les Combes. Sem muito espaço, do na Bélgica. Está apenas atrás todos os modos de potência da unidade
poletada por Nico Hulkenberg em La lado direito da pista, Esteban Ocon não de Schumacher (91) e de Hamilton (67) motriz do seu Mercedes no máximo. A
Source, pouco depois da partida. atacou os dois primeiros, mas Vettel Ferrari reagiu logo na volta seguinte,
O Campeão do Mundo de 2007 foi atingi- não deu hipóteses ao inglês, assumindo vendo-se obrigada a realizar uma troca
do por Daniel Ricciardo, que fora tocado definitivamente o comando da corrida. de pneus perfeita para não ver o seu
por Fernando Alonso, ficando com a asa A partir de então, o piloto da Ferrari foi piloto perder o comando para o inglês,
traseira do seu Ferrari danificada. O fin- ganhando tempo ao seu perseguidor, que estava no escape de Verstappen,
landês ainda voltaria à pista, depois de tendo chegado a ter uma vantagem ainda por parar.
passar pelas boxes, mas acabaria por de 3,9s quando estavam decorridas Os mecânicos de Maranello, sob enorme
abandonar, tal como Daniel Ricciardo. catorze voltas. pressão, perderam dois décimos de se-
Entretanto, no comando, e sem dar Foi então que o inglês passou a ganhar gundo para os seus rivais da Mercedes
conta do que passava atrás de si, Vettel tempo ao líder, diminuindo o tempo na operação da troca de pneus, mas
saiu muito bem da primeira curva de que o separava para Vettel para 3,2s era o suficiente para manter Vettel no
Spa-Francorchamps, colando-se à tra- na vigésima volta, entrando nas boxes comando.
seira do Mercedes de Hamilton, que para trocar os seus pneus supermacios Foi o mais perto que Hamilton esteve
mantivera o comando após o arranque. por macios. do seu rival, depois da partida, 1,7s,
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M/ MOMENTO F/ FIGURA
Travagem para Les Combes - Quatro carros Esteban Ocon - O francês tem o seu lugar na
lado a lado: Vettel, Hamilton, Pérez e Ocon. O Racing Point Force India em risco, mas isso
francês quase passou para a frente da corrida, não o impediu de realizar uma performance
mas no final foi o alemão a impor-se e a passar notável ao longo de todo o fim de semana.
a ditar o ritmo de corrida. Daí para a frente o Assinou o terceiro crono na qualificação e na
piloto da Ferrari não deu qualquer possibili- corrida, na travagem para Les Combes esteve
dade ao inglês, lançando-se para o seu quinto na luta para ascender ao comando. Acabou por
triunfo da temporada. Impressionante foi ver levar a pior entre os quatro pilotos em liça, ter-
os quatro carros a ocuparem toda a largura da minando a prova no encalço do seu colega de
reta de Kemmel a quase 350 Km/h sem que se equipa, em quinto. Ainda assim, Ocon mostrou
verificasse qualquer toque. a fibra de que é feito.
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PROVA AUTOSPORT.PT Velocidade máxima registada pelos RACING POINT FORCE INDIA iniciou o fim de semana com zero
sensores da FIA durante a corrida, Depois duma pausa de verão de pontos, ultrapassar a Williams nos
Eau Rouge e o assinada por Valtteri Bottas grande incerteza, a Force India, agora Construtores.
Raidillion são um dos - Racing Point Force India, chegou a
senão o maior - pontos 9 Spa e fez o que melhor sabe fazer, PIERRE GASLY
mais icónicos dos 68 ir mais além com os recursos que A vida corre bem ao francês. Na
anos de história do Número de corridas que a Ferrari tem. Na qualificação, aproveitando a semana que antecedeu o GP da
Mundial de Fórmula 1 levou para voltar a vencer em Spa- chuva da Q3, Esteban Ocon e Sérgio Bélgica foi confirmado pela Red
Francorchamps, onde é recordista, com 17 Pérez bateram dois Red Bull e um Bull para 2019, mas esperava
triunfos Ferrari por mérito próprio e na corrida ter um fim-de-semana difícil em
discutiram ambos a travagem para Spa-Francorchamps, face à falta de
Les Combes com Sebastian Vettel potência dos V6 turbohíbridos da
e Lewis Hamilton. Era evidente que Honda relativamente às suas rivais.
seria difícil manter as posições face Isso não foi um problema para Gasly
aos Red Bull e até Valtteri Bottas, que assinou o 11º da qualificação, o
mas Pérez ainda dificultou a vida que lançou para a luta pelos lugares
ao finlandês. Contudo, terminar em pontuáveis na corrida. O nono posto
quinto e sexto, dobradinha na prova no final das quarenta e quatro voltas
do segundo pelotão, na corrida de de prova, permitiu que o gaulês se
estreia da nova entidade foi um visse batido apenas por um carro
resultado muito positivo, até por com unidades de potência Renault, o
que permitiu à nova equipa, que de Max Verstappen.
-/ MENOS
passando a alemão a imprimir um pouco combustível nos seus mono- RENAULT a sua sexta-feira e, no limite o seu
andamento inalcançável para o seu lugares, arrancou de sétimo, mas não A equipa de Enstone teve um fim de semana. Apesar de todos os
perseguidor, esticando a sua vantagem teve dificuldades para ultrapassar um Grande Prémio da Bélgica esforços de Fernando Alonso, nenhum
para mais de cinco segundo ao fim de Romain Grosjean e os dois pilotos da dececionante que começou ainda dos carros de Woking passou da Q1
nove voltas. Racing Point Force India, vendo a ban- antes de os seus pilotos terem e a corrida do espanhol não durou
Sem argumentos para Vettel, o piloto deirada de xadrez no terceiro posto entrado em pista, quando decidiu que mais 300 metros, depois de ser uma
da Mercedes reduziu o andamento, dei- frente ao exército laranja, que pintou Nico Hulkenberg, apesar de ter de vítima de Hulkenberg. Vandoorne
xando que o piloto da Ferrari rumasse Spa-Francorchamps, a mais de trinta montar uma nova unidade de potência nunca conseguiu fugir ao último lugar,
para a sua quinta vitória da tempora- segundos de Vettel. no seu monolugar, teria ao seu dispor posição em que terminou. Pior para os
da e diminuísse a sua desvantagem Valtteri Bottas, que alinhou do décimo uma versão antiga, ao invés da versão homens de Woking foi ver Pierre Gasly
para dezassete pontos nas contas do sétimo lugar da grelha de partida por C do seu V6 turbohíbrido, por receio terminar em nono, usando as unidades
Campeonato de Pilotos, depois de al- ter montando a sua quarta unidade da eventual parca fiabilidade desta, de potência da Honda que a McLaren
guns momentos em que a Scuderia não de potência, foi subindo na classifi- o que não abona em nada o trabalho recusou para somar dois pontos num
esteve ao seu melhor nível. cação, ascendendo a quarto depois desenvolvido em Viry-Chatillon. circuito em que a potência é muito
Max Verstappen, depois de uma qua- de ter ultrapassado Sérgio Pérez na Depois, o novo fundo plano que a importante.
lificação em que a Red Bull colocou quadragésima volta. Renault levou para Spa começou
por funcionar, mas no sábado os NICO HULKENBERG
carros da equipa ficaram longe do La Source sempre foi uma curva
top 10, lançando Carlos Sainz para propensa a acidentes no arranque
uma corrida anónima até ao 11º, com do GP da Bélgica, mas normalmente
o alemão a terminar na traseira do são incidentes promovidos pela
McLaren de Alonso, provocando o seu ânsia de ganhar posições dentro de
abandono, o do espanhol e de Charles um pelotão ainda muito junto. Já
Leclerc. Hulkenberg simplesmente ‘esqueceu-
se’ de travar para a primeira curva
MCLAREN da corrida e quando se lembrou
A McLaren voltou a ter um fim de já era impossível deixar de entrar
semana de pesadelo, desta feita pela traseira do McLaren de Alonso,
em Spa-Francorchamps. Stoffel que passou por cima do Sauber de
Vandoorne viu o “seu Grande Prémio” Charles Leclerc. Um erro grosseiro
iniciar-se com problemas técnicos do alemão que prejudicou a prova de
no seu carro, o que condicionou toda mais quatro pilotos.
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UMAESTREIADESONHO
Há menos de um mês, a Force India lhes permitia voar nas retas de Spa- Com a pista seca e sem previsão de chuva na sétima volta, quando suplantou Ocon,
estava sob administração judicial Francorchamps, mas a chuva da Q3 para a tarde de domingo, seria difícil que e na décima, quando se superiorizou a
e as dificuldades financeiras pelas mostrou que havia mais que velocidade o duo da nova equipa pudesse manter as Pérez, mas então era já evidente que
quais passava impedia até que de ponta nos carros da Racing Point suas posições, mas ainda assim, Pérez o francês da Haas nada poderia fazer
os homens de Silverstone pudessem Force India. e Ocon estiveram na luta pela liderança quanto aos homens da Racing Point
construir as evoluções técnicas que Esteban Ocon e Sérgio Pérez estiveram na travagem para Les Combes. Force India, encontrando-se já a mais
tinha avaliado e validado para colocar num nível à parte dos seus adversários Com quatro carros lado a lado, e por de dois segundos do seu conterrâneo
no monolugar rosa. Era uma equipa com do segundo pelotão, imiscuindo-se na dentro na a aproximação à curva após a e a seis do mexicano.
futuro incerto, muito embora fossem luta das ‘Três Grandes’ e garantindo no reta Kemmel, Ocon não forçou a ultrapas- A única preocupação de Ocon e Pérez
diversos os interessados em assegurar o final da qualificação a segunda linha da sagem a Vettel e a Hamilton, acabando ao longo de toda a corrida acabaria por
controlo da formação que, até há poucos grelha de partida, com vantagem para por ser ver suplantado pelo seu colega ser Valtteri Bottas, em recuperação
dias, tinha bandeira indiana. o francês, ficando Romain Grosjean no de equipa, que estava por fora. desde o décimo sétimo lugar na grelha
Passadas algumas semanas, estrutura quinto lugar. Por seu lado, Max Verstappen viu-se de partida.
de Silverstone obteve o seu melhor resul- livre de Romain Grosjean logo na primei- O francês nada podia fazer quanto ao
tado da temporada, isto num circuito que ra volta, sendo inevitável que ultrapas- finlandês da Mercedes, mas o mexicano
sempre foi um terreno de eleição para si – saria ambos os pilotos da formação de ainda tentou colocar-se ao abrigo dos
a Jordan obteve a sua primeira vitória em Silverstone, o que acabou por se verificar ataques do homem dos ‘Flechas de Prata’.
Spa-Francorchamps, em 1998, e a Force Bottas foi obrigado a aplicar-se para ir
India garantiu a sua única pole-position buscar o Pérez, mas este teve mesmo de
também no circuito belga, em 2009. se vergar face ao seu adversário, termi-
A excelente prestação de Esteban Ocon nando no quinto lugar, o que significou
e Sérgio Pérez começou ainda na quali- vencer a corrida do segundo pelotão.
ficação, com ambos os pilotos a pas- Os pilotos da Haas, depois de uma sexta-
sarem à Q3, ditando a lei entre o segundo feira difícil, mostraram que a equipa
pelotão, tendo como principal rival a americana era a mais forte atrás da
Haas, ao passo que a Renault e a McLaren Racing Point Force India, tendo Grosjean
passavam por sérias dificuldades, não terminando no sétimo posto, com o seu
colocando qualquer carro no derradeiro colega de equipa, Kevin Magnussen no
segmento da sessão que definiu a grelha seu encalço.
de partida. Sem material para ir atrás dos quatro pi-
Os monolugares de Silverstone tinham lotos que terminaram à sua frente, Pierre
evidentemente, uma aerodinâmica que Gasly levou o seu Toro Rosso Honda até
ao nono posto, num circuito em que a
potência é absolutamente determinante,
batendo Marcus Ericsson, que fechou os
lugares pontuáveis.
AS VÍTIMAS E VILÕES >> autosport.pt
DE LASOURCE
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OGrande Prémio da Bélgica ficou que se disputa em Monza no próximo
marcado pelo acidente espoleta- fim-de-semana, e três pontos na sua A GUERRA DOS MOTORES
do por Nico Hulkenberg logo no superlicença.
início da corrida. O alemão travou Valtteri Bottas protagonizou igualmente A guerra dos motores é outro dos motivos de interesse da temporada
demasiado tarde para La Source, duran- um incidente no arranque, tendo sido deste ano do Campeonato do Mundo de Fórmula 1.
te o arranque, entrando pela traseira do Sergey Sirotkin a vítima. A Mercedes e a Ferrari levaram para o Grande Prémio da Bélgica
McLaren de Fernando Alonso adentro, Também na travagem para La Source, novas versões dos seus respetivos V6 turbohíbridos, ao passo que a
que passou por cima do Alfa Romeo o finlandês deixou a travagem para de- Renault tinha disponível uma evolução da sua unidade de potência,
Sauber de Charles Leclerc. O espanhol, masiado tarde, embatendo na traseira mas decidiu não a utilizar, dado considerar que era um risco ao nível
durante o seu voo, tocou ainda na tra- do Williams do russo. Este continuou da fiabilidade.
seira do Red Bull de Daniel Ricciardo, em pista sem grandes danos, mas o Este novo passo do V6 turbohíbrido francês estará ao dispor da
que foi projetado contra a asa posterior piloto da Mercedes teve de rumar à sua McLaren e da Red Bull a partir do Grande Prémio de Itália, que se
do Ferrari de Kimi Raikkonen. boxe para substituir a asa dianteira do realiza já no próximo fim-de-semana.
O germânico, o espanhol e o monegas- seu monolugar, aproveitando o Safety- Mas foi entre a Mercedes e a Ferrari que se centraram todas as
co abandonaram imediatamente, ao Car despoletado pelo outro incidente atenções, dado estarem envolvidas numa batalha intensa por ambos
passo que o finlandês e o australiano para evitar perder muito tempo. os títulos.
desistiriam no decorrer da prova, tendo Ambos os pilotos foram chamados Desde o Grande Prémio do Canadá que se tem vindo a assistir a ligeiro
o erro grosseiro de Hulkenberg sido aos Comissários Desportivos após a ascendente da unidade de potência de Maranello, mas esperava-se
responsável pelo desaparecimento da corrida, tendo Bottas admitido ser o uma resposta dos homens de Brixworth já em Spa, depois de terem
corrida de 25% do pelotão. culpado pelo toque. Ainda assim, isso dominado o panorama desde o início da ‘Era Turbohíbrida’.
O piloto da Renault foi ouvido pelos não evitou que tivesse sido penalizado Tantos os pilotos da Mercedes como da Ferrari mostraram-se
Comissários Desportivos, que não ti- com cinco segundos ao seu tempo satisfeitos com as novidades técnicas, verificando-se um equilíbrio
veram dúvidas em lhe aplicarem uma de prova, o que não teve reflexo na entre as duas equipas.
penalização de dez lugares na grelha de sua classificação, mantendo o quarto No entanto, tanto na qualificação, enquanto a pista esteve seca,
partida para o próximo Grande Prémio, posto. como na corrida, ficou bem patente que a ‘Scuderia’ continua a deter
uma vantagem face aos Flechas de Prata, tendo Hamilton mostrado-
se impotente para contrariar o ascendente de Vettel.
No entanto, Toto Wolff considera que a desvantagem da Mercedes
face à Ferrari não se deve apenas a motores, admitindo também que a
capacidade de tração à saída das curvas lentas do SF71-H é superior à
do Mercedes W09 EQ Power+.
A COROA QUE PODERÁ
TER SALVO LECLERC
Charles Leclerc foi uma das vítimas aparentemente o dispositivo
inocentes do esquecimento de de segurança introduzido este
Nico Hulkenberg, tendo visto ano para proteger a cabeça dos
o McLaren de Fernando Alonso pilotos poderá ter impedido que
passar por cima do seu Alfa Romeo o capacete de Leclerc tenha sido
Sauber. O Halo do monolugar do atingido pelo pneu do McLaren do
monegasco apresentou danos espanhol.
causados por um dos pneus do Esta foi a primeira vez, desde o
carro do espanhol. início do ano, que o Halo poderá
A FIA está a conduzir uma ter tido uma parte ativa num
investigação ao sucedido, mas incidente.
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DEFORCEINDIAARACING
POINTFORCEINDIA
Omês de agosto foi de grande ativi-
dade para a Force India. Apesar de Racing Point Force India pudesse con- Contudo, está ainda por decidir se a em garantir um carro para o seu pro-
termos estado até à sexta-feira tinuar no Campeonato do Mundo de Racing Point Force India poderá aceder tegido o mais rapidamente possível.
passada na pausa de verão. A 7 Fórmula 1 deste ano. ao dinheiro gerado pelo FOM no futuro, Uma das possibilidades seria colocar
de agosto a estrutura de Silverstone foi Para isso, Lawrence Stroll e os seus par- uma vez que a equipa norte-america- Ocon no lugar de Stoffel Vandoorne, que
adquirida por um consórcio de investi- ceiros tiveram de garantir à FIA que na está convencida de que não seria continua a não agradar aos homens da
dores liderado por Lawrence Stroll, pai manteria os postos de trabalho, pagaria justo que a estrutura agora detida por McLaren. Este acordo entre a Mercedes
de Lance Stroll, mas a sua participação aos fornecedores da Force India as dívi- Lawrence Stroll pudesse ver imediata- e a formação de Woking poderia ter
na restante temporada não estava ainda das desta e ainda a apresentação de um mente os seus cofres reforçados, en- também o beneplácito da Renault que
assegurada. plano financeiro para a estrutura sem quanto a formação de Gene Haas teve continua interessada no gaulês, podendo
Face à difícil situação legal que Vijay que o dinheiro dos direitos comerciais da de esperar dois anos. conferir um desconto no fornecimento
Mallya e Subrata Roy vivem no seu país, FOM fosse uma parcela imprescindível. dos motores à formação inglesa, caso
o canadiano teria de esperar pela deci- Depois de todas as garantias, a Racing IMPACTO NO MERCADO DE PILOTOS tenha a possibilidade de colocar o jovem
são de treze bancos para poder prosse- Point Force India foi aceite pela entidade de 21 anos num dos seus carros em 2020.
guir com a Force India, tendo decidido federativa, o que resultou no desapareci- Com a entrada de Lawrence Stroll na O belga, a passar por uma temporada
criar uma entidade completamente nova mento da Force India, que foi excluída do equipa de Silverstone, que agora passa bastante difícil e alguns azares, pode-
para gerir a formação, que foi fundada Campeonato de Construtores, mantendo a ter bandeira inglesa, é lógico que o seu ria não abandonar a F1, uma vez que o
como Jordan há 18 anos, depois de ter os seus pilotos, Sérgio Pérez e Esteban filho, Lance Stroll, passará para a Racing seu manager, Alessandro Alunni Bravi,
adquirido todas as instalações, ferra- Ocon, os seus pontos. Point Force India, deixando vago o seu é agora um dos responsáveis da Alfa
mentas, carros, contratos com funcio- A nova entidade, na prática, iniciou a lugar na Williams. Romeo Sauber, o que lhe poderá garantir
nários e fornecedores, deixando de parte sua atividade a meio da temporada, Será difícil que isso aconteça até ao GP um volante na equipa de Hinwil.
a licença para tomar parte na F1. apresentando-se no GP da Bélgica com de Itália, devendo ser uma realidade a Para poder rumar à formação helvética,
Porém, isto não era garantia de que a zero pontos. tempo da prova seguinte, a realizar em Vandoorne ocupará o lugar de Marcus
Para que todo este plano fosse avante, Singapura, dentro de duas semanas e Ericsson, que no entanto, continua com
todas as restantes equipas tiveram de meia. Para a entrada do canadiano o aliados no seio da Alfa Romeo Sauber,
aceitar os moldes desta operação. sacrificado deverá ser Esteban Ocon, uma vez que a Longbow, consórcio que
Estas também acederam às pretensões uma vez que Sérgio Pérez, graças aos salvou a equipa o ano passado, conti-
de Lawrence Stroll em manter o direito seus muitos apoios mexicanos, parece nua a ter uma forte posição no seio da
aos prémios financeiros da FOM, que estar de pedra e cal na nova equipa. estrutura.
eram detidos pela Force India, quando, O francês, que há menos de um mês A Williams poderá recorrer a Robert
normalmente, uma nova equipa tem de estava seguro na Renault, está em risco Kubica para ocupar o lugar deixado vago
esperar dois anos para se qualificar para de perder o seu volante e ficar sem lugar por Stroll, isto se a Mercedes não deci-
o efeito, como acontece com a Haas, que para se manter na Fórmula 1 na próxima dir levar Ocon para a equipa de Grove.
se estreou na Fórmula 1 na temporada temporada. Os dias após o Grande Prémio de Itália
de 2016. No entanto, sendo piloto da esfera da deverão ser decisivos.
Mercedes, Toto Wolff está empenhado
>> autosport.pt
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C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
GP DA BÉLGICA PROVA 13 DE 21 PROVA TEMPO
SPA-FRANCORCHAMPS VOLTAS
VOLTA MAIS RÁPIDA
26/08/2018 GERAL
VEL. MÁXIMA
7,004 KM 44 308,052 KM SEXTA SÁBADO DOMINGO GERAL
BOX
PERÍMETRO VOLTAS DISTÂNCIA TOTAL 1 SEBASTIAN VETTEL FERRARI SF71H 1:23:34.476 44 1:46.644 2 313.1 KM/H 10 2
2 LEWIS HAMILTON MERCEDES W09 EQ POWER+ +11.061S 44 1:46.721 3 322.3 KM/H 1 2
3 MAX VERSTAPPEN RED BULL RB14/TAG HEUER +31.372S 44 1:46.946 4 314.2 KM/H 9 2
TREINOS LIVRES GRELHA DE PARTIDA 4 VALTTERI BOTTAS MERCEDES W09 EQ POWER+ +68.605S 44 1:46.286 1 320.2 KM/H 3 2
Q3
5 SERGIO PEREZ FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +71.023S 44 1:48.080 7 318.1 KM/H 4 2
1.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 1 LEWIS HAMILTON 6 ESTEBAN OCON FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +79.520S 44 1:48.078 6 312.7 KM/H 12 2
MERCEDES
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1:58.179 7 ROMAIN GROSJEAN HAAS VF-18/FERRARI +85.953S 44 1:48.283 8 307.7 KM/H 16 2
1 SEBASTIAN VETTEL FERRARI 1:44.358 8 KEVIN MAGNUSSEN HAAS VF-18/FERRARI +87.639S 44 1:47.937 5 313.0 KM/H 11 2
2 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.151S 2 SEBASTIAN VETTEL 9 PIERRE GASLY TORO ROSSO STR13/HONDA +105.892S 44 1:48.588 9 309.8 KM/H 14 2
FERRARI
3 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0.318S 1:58.905 10 MARCUS ERICSSON FERRARI SF71H +1 VOLTA 43 1:48.694 11 309.2 KM/H 15 2
4 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.360S 11 CARLOS SAINZ RENAULT +1 VOLTA 43 1:48.670 10 320.4 KM/H 2 2
5 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.366S 3 ESTEBAN OCON 12 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS FW41/MERCEDES +1 VOLTA 43 1:49.113 14 314.5 KM/H 7 2
FORCE INDIA MERCEDES
6 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +1.200S 2:01.851 13 LANCE STROLL WILLIAMS FW41/MERCEDES +1 VOLTA 43 1:49.287 16 316.5 KM/H 6 2
7 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.428S 14 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO STR13/HONDA +1 VOLTA 43 1:48.756 12 314.5 KM/H 8 2
8 NICO HULKENBERG RENAULT +1.593S 4 SERGIO PEREZ 15 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN MCL33/RENAULT +1 VOLTA 43 1:48.956 13 310.1 KM/H 13 3
FORCE INDIA MERCEDES
9 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +1.811S 2:01.894 NC DANIEL RICCIARDO RED BULL RB14/TAG HEUER DNF 28 1:49.242 15 317.7 KM/H 5 1
10 CARLOS SAINZ RENAULT +1.852S NC KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI SF71H DANOS FURO 8 1:54.320 17 304.4 KM/H 17
11 PIERRE GASLY TORO ROSSO +1.942S 5 ROMAIN GROSJEAN NC CHARLES LECLERC SAUBER C37/FERRARI ACIDENTE 0
HAAS FERRARI
12 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +2.029S 2:02.122 NC FERNANDO ALONSO MCLAREN MCL33/RENAULT ACIDENTE 0
13 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2.196S
14 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2.199S 6 KIMI RÄIKKÖNEN NC NICO HULKENBERG RENAULT RS18 ACIDENTE 0
FERRARI
15 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +2.574S 2:02.671
16 LANCE STROLL WILLIAMS +2.607S Nota: Bottas penalizado em 5 segundos devido a incidente com Sergey Sirotkin
17 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +2.654S 7 MAX VERSTAPPEN
RED BULL RACING
18 LANDO NORRIS MCLAREN RENAULT +3.006S 2:02.769
19 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +3.009S AUSTRÁLIA
BAHREIN
20 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +3.094S CHINA
AZERBAIJÃO
2.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 8 DANIEL RICCIARDO ESPANHA
RED BULL RACING MÓNACO
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 2:02.939 CANADÁ
FRANÇA
ÁUSTRIA
GRÃ-BRETANHA
ALEMANHA
HUNGRIA
BÉLGICA
ITÁLIA
SINGAPURA
RÚSSIA
JAPÃO
EUA
MÉXICO
BRASIL
ABU DHABI
1 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI 1:43.355 9 KEVIN MAGNUSSEN
HAAS FERRARI
2 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0.168S 2:04.933 Q2 PILOTOS
3 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.448S 10 PIERRE GASLY 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
TORO ROSSO HONDA
4 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.691S 1:43.844 1. L. HAMILTON 18 15 12 25 25 15 10 25 - 18 25 25 18 231
5 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.774S 2. S. VETTEL 25 25 4 12 12 18 25 10 15 25 - 18 25 214
6 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +0.895S 3. K. RAIKKONEN 15 - 15 18 - 12 8 15 18 15 15 15 - 146
7 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +1.307S 11 BRENDON HARTLEY 4. V. BOTTAS 4 18 18 - 18 10 18 6 - 12 18 10 12 144
TORO ROSSO HONDA
8 CARLOS SAINZ RENAULT +2.126S 1:43.865 5. M. VERSTAPPEN 8 - 10 - 15 2 15 18 25 - 12 - 15 120
9 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2.182S
10 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2.267S 12 CHARLES LECLERC 6. D. RICCIARDO 12 - 25 - 10 25 12 12 - 10 - 12 - 118
SAUBER FERRARI
11 NICO HULKENBERG RENAULT +2.398S 1:44.062 7. N. HULKENBERG 6 8 8 - - 4 6 2 - 8 10 - - 52
12 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +2.462S 8. K. MAGNUSSEN - 10 1 - 8 - - 8 10 2 - 6 4 49
13 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +2.580S 13 MARCUS ERICSSON 9. F. ALONSO 10 6 6 6 4 - - - 4 4 - 4 - 44
SAUBER FERRARI
14 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +2.723S 1:44.301 10. S. PEREZ - - - 15 2 - - - 6 1 6 - 10 40
15 PIERRE GASLY TORO ROSSO +2.725S 11. E. OCON - 1 - - - 8 2 - 8 6 4 - 8 37
16 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +2.798S 14 FERNANDO ALONSO
MCLAREN RENAULT
17 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +2.982S 1:44.917 12. C. SAINZ 1 - 2 10 6 1 4 4 - - - 2 - 30
18 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +3.096S 13. P. GASLY - 12 - - - 6 - - - - - 8 2 28
19 LANCE STROLL WILLIAMS +3.115S 15 SERGEY SIROTKIN 14. R. GROSJEAN - - - - - - - - 12 - 8 1 6 27
WILLIAMS MERCEDES
20 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +3.141S 1:44.998 15. C. LECLERC - - - 8 1 - 1 1 2 - - - - 13
3.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 16. S. VANDOORNE 2 4 - 2 - - - - - - - - - 8
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 16 LANCE STROLL 17. M. ERICSSON - 2 - - - - - - 1 - 2 - 1 6
WILLIAMS MERCEDES
1 SEBASTIAN VETTEL FERRARI 1:42.661 1:45.134 18. L. STROLL - - - 4 - - - - - - - - - 4
2 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.063S 19. B. HARTLEY - - - 1 - - - - - - 1 - - 2
3 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0.137S 17 VALTTERI BOTTAS 20. S. SIROTKIN - - - - - - - - - - - - - 0
MERCEDES
4 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.803S Q1
5 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +1.387S 18 NICO HULKENBERG
RENAULT
6 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +1.818S
7 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2.302S EQUIPAS
8 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +2.680S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
9 NICO HULKENBERG RENAULT +2.803S 19 CARLOS SAINZ 1. MERCEDES 22 33 30 25 43 25 28 31 - 30 43 35 30 375
RENAULT
10 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +2.824S 1:44.489 2. FERRARI 40 25 19 30 12 30 33 25 33 40 15 33 25 360
20 STOFFEL VANDOORNE
11 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2.875S MCLAREN RENAULT 3. RED BULL TAG HEUER 20 - 35 - 25 27 27 30 25 10 12 12 15 238
1:45.307
12 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +3.153S 4. RENAULT 7 8 10 10 6 5 10 6 - 8 10 2 - 82
13 CARLOS SAINZ RENAULT +3.264S
14 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +3.426S 5. HAAS FERRARI - 10 1 - 8 - - 8 22 2 8 7 10 76
15 PIERRE GASLY TORO ROSSO +3.521S 6. MCLAREN RENAULT 12 10 6 8 4 - - - 4 4 - 4 - 52
16 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +3.598S 7. TORO ROSSO HONDA - 12 - 1 - 6 - - - - 1 8 2 30
17 LANCE STROLL WILLIAMS +3.841S 8. SAUBER FERRARI - 2 - 8 1 - 1 1 3 - 2 - 1 19
18 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +3.969S Nota: Bottas, Hulkenberg, Sainz e Vandoorne 9. FORCE INDIA - -1 - -15 -2 -8 -2 - -14 -7 -10 - 18 18
partiram do fim da grelha devivo a trocas de
19 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +4.281S 10. WILLIAMS MERCEDES - - - 4 - - - - - - - - - 4
elementos das suas unidades motrizes
20 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +4.400S
PONTUAÇÃO 1.º 25 PTS 2.º 18 PTS 3.º 15 PTS 4.º 12 PTS 5.º 10 PTS 6.º 8 PTS 7.º 6 PTS 8.º 4 PTS 9.º 2 PTS 10.º 1 PT
12 ERC/
CAMPEONATO DA EUROPA DE RALIS
RALI BARUM ZLIN C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
BRUNO
MAGALHÃES
MANTÉM-SE
EM2º
Bruno e Hugo Magalhães mantiveram na Republica
Checa o segundo lugar no Europeu de Ralis, classificação
que deverão manter até final do ano, apesar de ser
provável que não disputem mais provas…
João Freitas Faria sificativa citadina num espetáculo que 1º JAN KOPECKY/PAVEL DRESLER SKODA FABIA R5 2:07:47.2
[email protected] dura mais de 4 horas e em que Bruno
FOTOGRAFIA oficiais Magalhães não foi além do 13º posto 2º ALEXEY LUKYANUK/ALEXEY ARNAUTOV FORD FIESTA R5 + 7.5
depois de também ter perdido algum
Bruno e Hugo Magalhães es- tempo a ultrapassar o húngaro Norbert 3º DANI SORDO/CARLOS DEL BARRIO HYUNDAI I20 R5 + 53.6
tiveram na passada semana Herczig. A madrugada veio trazer razão
em Zlin, naquela que foi a sua aos homens da meteorologia e num 4º MIROSLAV JAKES/PETR MACHU SKODA FABIA R5 + 53.9
sexta participação no ERC ápice as classificativas tornaram-se
deste ano, uma deslocação ainda piores armadilhas com piso muito 5º NIKOLAY GRYAZIN/YAROSLAV FEDOROV SKODA FABIA R5 + 1:13.2
que esteve para não aconte- mais escorregadio, e muita lama.
cer devido à falta de apoios, mas novo O sábado chegou com dupla ronda 6º FABIAN KREIM/FRANK CHRISTIAN SKODA FABIA R5 + 1:58.2
‘milagre’, a que nem sequer foram por quatro troços cronometrados e
alheios o apoio e a colaboração dos Bruno Magalhães considerou, “sem 7º JAROMIR TARABUS/DANIEL TRUNKAT SKODA FABIA R5 + 2:14.0
organizadores checos, permitiu que a dúvida, um dos dias mais difíceis da
ARC Sport se metesse ao caminho, para minha carreira nos ralis, sobretudo de 8º CHRIS INGRAM/ROSS WHITTOCK SKODA FABIA R5 + 2:27.8
uma longa viagem de quase 3000 km. manhã. As afinações que escolhemos
As ambições para o evento eram come- não foram as ideais e as condições que 9º BRUNO MAGALHÃES/HUGO MAGALHÃES SKODA FABIA R5 + 5:25.8
didas pois “Sabíamos que nesta prova enfrentávamos dificultaram tudo ainda
os pilotos locais, perfeitos conhecedo- mais. De tarde, fizemos alterações ao 10º LAURENT PELLIER/GEOFFREY COMBE PEUGEOT 208 T16 + 7:03.1
res da prova, eram favoritos. Sabíamos nível da suspensão que nos deu um
o que nos esperava. Procurámos fazer pouco mais de confiança e melhorámos ERC: 1º ALEXEY LUKYANUK, 149; 2º BRUNO MAGALHÃES, 113; 3º NORBERT HERCZIG, 62; 4º FABIAN KREIM, 55;
um rali com cabeça, sem correr riscos um pouco, no entanto, andámos longe
desmedidos e amealhar o maior núme- da performance que desejávamos”. O 5º SIMOS GALATARIOTIS, 50; 6º NIKOLAY GRYAZIN, 49; 7º GRZEGORZ GRZYB, 40; 8º JAN KOPECKY, 38; 9º CHRIS
ro de pontos. Entrámos cautelosos mas piloto do Skoda rodou maioritariamen-
cientes dos nossos objetivos”. Depois te entre o 8º e o 15º lugar nas provas INGRAM, 34; 10º GIANDOMENICO BASSO, 30. ERC JUNIOR U28: 1º FABIAN KREIM, 113; 2º CHRIS INGRAM, 93; 3º
duma semana em que o piso seco es- especiais e concluiu o segundo dia de
teve seco e houve temperaturas de 30 competição no 10º posto. NIKOLAY GRYAZIN, 91. ERC JUNIOR U27: 1º MARTINS SESKS, 132; 2º TOM KISTENSSON, 73; 3º DIOGO GAGO, 67.
graus, tudo mudou com o aparecimento O domingo, contudo, trouxe à luz a dura
das primeiras chuvas e isso dificultou realidade deste projeto limitado em ERC2: 1º TIBOR ERDI, 155; 2º SERGEI REMMENIK, 114; 3º JUAN C. ALONSO, 72. ERC3: 1º MARTINS SESKS, 127; 2º
imenso a tarefa da caravana. termos orçamentais.
Na sexta-feira, contudo, o S. Pedro Sendo o primeiro na estrada e sem TOM KRISTENSSON, 68; 3º EFFREN LLARENA, 65.
conteve-se e dezenas de milhar de dispor de batedores, como a genera-
espetadores puderam à noite presen- lidade dos seus adversários, a equipa escolha de pneus e a sua opção acaba- nona posição em que viria a chegar
ciar a super-especial de Zlin, uma clas- nacional teve que arriscar bastante na ria por não ser a mais acertada: “Fomos a Zlin, conquistando 2 pontos que o
penalizados troço a troço com isso. A deixam 51 na frente do seu mais direto
chuva trocou-nos as voltas e, numa perseguidor no campeonato e deve-
prova onde cometer erros era algo fá- rão, em princípio, garantir que repita
cil de acontecer, tivemos de fazer as em 2018 o bom resultado alcançado a
coisas com muita calma e sem correr época transata, o vice-campeonato.
riscos para garantir que chegávamos Melhorar a atual pontuação deverá
ao final do rali. Foi uma prova muito ser quase impossível pois o piloto de
dura e traiçoeira e sendo os primeiros Lisboa não prevê possibilidades de se
na estrada sem qualquer referência poder deslocar aos dois últimos ralis do
das condições que íamos encontrar, ano. Sobra assim tempo para melhor
fomos ainda mais penalizados. Tenho configurar a próxima temporada com
pena mas pelo menos fica a satisfação os ambicionados meios para poder fa-
de termos trazido até ao final o carro zer frente a adversários muito melhor
sem qualquer dano.” apoiados. O ERC 2018 regressa à estrada
Fruto da desistência dum adversário, entre 21 e 23 de setembro com o Rali
Bruno Magalhães ainda ascendeu à da Polónia.
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13
KOPECKY MANTEVE REINADO ALOÍSIO MONTEIRO COM PROVA DIFÍCIL
Jan Kopecky manteve o seu reinado num rali em que venceu as cinco últimas edições em
que participou. O piloto oficial da Skoda perdeu bastante tempo com furos mas a sua
experiência e velocidade em Zlin permitiram-lhe retomar o comando e vencer com todo o
mérito.
Alexey Lukyanuk, segundo, também esteve muito tempo na frente mas desta vez soube
conter o seu ímpeto e privilegiar a conquista de pontos para o campeonato e para a sua
caminhada para o merecido título europeu.
Dani Sordo conquistou por pouco o lugar mais baixo do pódio, ao piloto local Miroslav
Jakes, que surgiu endiabrado neste rali, em que Nikolay Gryazin, quinto, também esteve
em excelente plano. Os pilotos mais jovens estiveram em evidência pois Fabian Kreim foi
sexto, beneficiado pela desistência na última classificativa de Filip Mares, seu adversário
no campeonato júnior. Tibor Erdi correu sozinho no ERC2 e o letão Martins Sesks com o seu
Opel Adam R2 dilatou o seu avanço no ERC3 e ERC Junior U27.
Em estreia absoluta na República Checa, troço, e já não entrámos para o último.
Aloísio Monteiro não teve uma prova Esta foi uma prova extremamente difícil,
nada fácil, e chegou mesmo a ter uma com o asfalto muito sujo e irregular. Com
ligeira saída de estrada. Regressou, a chegada da chuva, ficou tudo coberto
prosseguiu em prova, mas perto do de lama, e as coisas tornaram-se ainda
final foi surpreendido por um problema muito mais complicadas. A experiência e
técnico no Skoda, na penúltima especial o conhecimento do terreno são fatores
do rali, sendo obrigado a abandonar. absolutamente fundamentais para fazer
“Penso que foi um problema elétrico um bom rali”, disse Aloísio Monteiro, que
relacionado com a bomba de gasolina. espera poder estar presente no Rali da
O carro começou a falhar no penúltimo Polónia entre 21 e 23 de setembro.
E/14
ENTREVISTA
SÉRGIO RIBEIRO
SÉRGIO RIBEIRO
OS RALIS AJUDAMCEODAHYUNDAIPORTUGAL
IMENSO A PROMOÇÃO
DAIMAGEM DAHYUNDAI
Sete meses depois de ter anunciado oficialmente o seu projeto no
CPR, a Hyundai tem cumprido o que se propôs: "dar espetáculo e
trazer emoção ao desporto automóvel". Numa altura em que a equipa
está bem encaminhada para chegar aos títulos, fizemos um balanço
do projeto com Sérgio Ribeiro, CEO da Hyundai Portugal
ENTREVISTA José Luís Abreu c/Gonçalo Cabral/16 Válvulas
[email protected]
FOTOGRAFIA @World+/Ricardo Oliveira
>> autosport.pt
15
AHyundai é mes- do que estamos a ver, e por isso queremos trada no CPR?
mo uma pedrada mais, e para o tentar saber, nada melhor Sim, para balanço final falaremos depois
no charco dos ra- do que falar com o responsável máximo, do Algarve, mas sim, estamos bastante
lis nacionais, não só Sérgio Ribeiro, CEO da Hyundai Portugal. satisfeitos. Os nossos estudos de noto-
ao fazer regressar, Disse na apresentação do Team Hyundai riedade e de retorno mediático - e te-
após cinco anos de Portugal, no início deste: "Temos vindo mos vários - têm tido resultados muito
ausência, um dos à procura de projetos ambiciosos para a bons. De facto, nós temos como marca,
seus mais desta- nossa marca, que sejam sólidos e que tra- complementarmente, feito uma série de
cados pilotos de gam à marca emoção e competitividade" iniciativas paralelas para dar um cariz di-
sempre, Armindo Trouxe mais ou menos do que esperava? ferente, e diria mais fora da caixa, à nossa
Araújo, bem como As expetativas que tínhamos a este ní- participação, para aumentar ainda mais
colocar a seu lado vel, nesta aposta dos ralis, foram desde já o retorno e a divulgação da marca e do
o atual Campeão em título, Carlos Vieira. perfeitamente atingidas. Nós quisemos Team Hyundai Portugal, dos seus patro-
Quando chegámos a Fafe, todos sem ex- posicionar-nos logo desde o início, embo- cinadores, dos seus pilotos, etc. Portanto,
ceção puderam testemunhar que o Team ra entrando pela primeira vez, quisemos de facto estamos satisfeitos, e os resulta-
Hyundai Portugal vinha mesmo para fa- posicionar-nos a um nível competitivo de dos de retorno são muito bons, e até aci-
zer diferente, e passados todos estes me- topo, logo neste primeiro ano e como está ma das nossas expetativas. Posso desde
ses, não restam dúvidas a ninguém que a demonstrado temos conseguido fazê-lo. já dizê-lo. E há margem para crescer, pois
equipa veio acrescentar muito à compe- Acho que fomos de facto ambiciosos, qui- estamos ainda a começar, e há segura-
tição, não só em termos desportivos, mas semos marcar a a diferença em vários mente muito mais a fazer.
também por tudo o que tem feito a nível aspetos no panorama nacional dos ralis, Temo-lo visto nas provas do Campeonato
de imagem e promoção do campeonato. e confesso que sou da opinião que te- de Portugal de Ralis. Tem gostado do que
Neste momento, e quando faltam apenas mos vindo a contribuir para divulgar um vê ou acha que a competição tem poten-
duas provas para o fim da competição, pouco mais o Campeonato de Portugal cial para alcançar outros níveis?
tudo está bem encaminhado para que de Ralis, e portanto a resposta objetiva à Eu tenho estado praticamente em todas
Armindo Araújo seja campeão, logo no vossa pergunta é sim, estamos bastan- as provas, e tenho gostado. Temos gostado
primeiro ano após o seu regresso, mas te satisfeitos, e as expetativas estão a ser do entusiasmo dos adeptos dos ralis, do
do nosso ponto de vista, e julgamos que totalmente alcançadas. ambiente em geral, do espetáculo em si,
também dos adeptos, todos os interes- Ainda não é o momento para fazer o ba- que é proporcionado, mas confesso que
sados neste fenómeno, o que queremos lanço final, mas está contente com o re- acho que a modalidade, e em particu-
saber é como vai ser o futuro. Gostamos torno proporcionado com esta vossa en- lar o Campeonato de Portugal de Ralis,
E/
ENTREVISTA
16
SÉRGIO RIBEIRO
está ainda muito pouco divulgado. Nós porque o Armindo nunca tinha conduzi- Carlos (Vieira), o contrato é um mero de- decisão sem falar um com o outro, e como
que acompanhamos os ralis podemos do um R5, nunca tinha guiado o Hyundai, sígnio legal, que tem de existir, mas não falamos todas as semanas isso é a parte
ter uma ideia diferente, mas para o pú- estava há muitos anos afastado dos ralis, é o mais relevante. mais fácil da questão. Tudo a seu tempo,
blico em geral ainda é uma modalidade havia uma série de comentários. Eu con- Nós para já estamos focados nas duas agora é o momento de nos concentrarmos
muito pouco divulgada. fesso que, embora respeitando todas as provas que faltam no campeonato deste no campeonato, que ainda não está mi-
Há pouco interesse e pouca divulgação opiniões, nunca tive o mínimo de dúvidas ano, eu e ele, não vamos tomar nenhuma nimamente garantido. Não nos podemos
dos media mais generalistas e, na minha relativamente a essa matéria, nunca nos
modesta opinião, há muito a fazer por par- passou, sequer, isso pela nossa mente.
te das entidades responsáveis para a co- Ouvimos, com certeza, pois temos respei-
bertura do campeonato nos vários meios to por todas as opiniões, mas nunca nos
de comunicação social. Essa cobertura assolaram essas dúvidas. Até agora está,
tem que ser bastante superior, acho que de facto, a correr tudo bem, estamos na
isso é perfeitamente possível e alcançá- frente, temos boas hipóteses de vencer o
vel, e o exemplo do Rali da Madeira é se campeonato, mas ainda há duas provas
calhar um bom 'benchmark' para aquilo difíceis pela frente. Mas estamos con-
que podemos fazer no resto das provas. fiantes, não podemos esconder a nossa
O impacto que tem um Rali da Madeira confiança, e como é evidente, o Armindo
na região devia ser semelhante para as (Araújo) e o Luís (Ramalho) têm todo o
provas de Portugal Continental e para os nosso apoio e confiança, portanto nada
Açores. E portanto acho que há imensa disto nos está a surpreender.
coisa a fazer, acho que há um potencial Mas temos que ser conscientes que es-
muito grande para o fazer. As entidades tamos numa boa posição, mas ainda não
responsáveis talvez tenham um caminho ganhámos o campeonato. Temos duas
pela frente com muitas possibilidades, do provas pela frente e muitas equipas e pi-
meu ponto de vista. lotos competentes a concorrer connosco,
E a Hyundai está disponível para dar o e portanto estamos muito focados em fa-
seu contributo, se assim for solicitado? zer o resto do campeonato, e é evidente
Sim, já o temos feito, temos tomado a que o nosso desafio é vencer.
iniciativa, não estamos à espera de nin- Sabemos que o acordo com o Armindo é
guém para ir fazendo coisas diferentes por um ano. Como estão as coisas para
e ir apostando na divulgação da moda- a próxima temporada? Vamos conti-
lidade. Portanto estamos perfeitamente nuar a ter o Team Hyundai Portugal com
disponíveis para isso. o Armindo Araújo? Em que ponto estão
Um dos pilotos escolhidos para o vos- as coisas?
so projeto é o Armindo Araújo. Faltam Eu posso responder a uma coisa em parti-
duas provas, tem uma boa vantagem no cular, não está minimamente dependente
CPR. Presumo que esperasse este nível se ganhamos o campeonato ou não. Nós
de brilhantismo, ao fim ao cabo foi para quando escolhemos o Armindo e chegá-
isso que o convidou... mos a acordo, não era subjacente no con-
Como deve imaginar, não estou nada sur- trato de um ano se íamos vencer o cam-
preendido. Na altura havia várias pessoas peonato ou não. Não tem nenhum peso
que conversavam comigo, e ainda havia nessa questão e também devo confessar
algumas pessoas que tinham dúvidas, que com os nossos pilotos, o Armindo e o
“A COMPONENTE EMOTIVA QUE O DESPORTO AUTOMÓVEL
TRAZ É A CEREJA NO TOPO DO BOLO QUE NOS AJUDA,
DE FACTO, AO NEGÓCIO PROPRIAMENTE DITO”
>> autosport.pt
17
distrair nem podemos facilitar. Estamos tir no Hyundai i20 R5 do Team Hyundai ralis, como em quase tudo na vida, seja to, neste caso, o Carlos Vieira, portanto,
em permanente contacto, e a seu tempo Portugal, tendo já a seu lado o ‘Jet’ qual for a opção que nós tomemos, seja reforço, não estamos agarrados a tabus,
essa questão será analisada e discutida Carvalho. Como vê, uma vez mais que- por um piloto A ou piloto B, seja por es- achamos que esta pode ser perfeitamen-
entre nós... remos fazer algo diferente, escolhemos truturas técnicas juntas ou separadas, te uma solução para o futuro, mas pode-
Já muito se falou do que sucedeu com uma jovem promessa dos ralis para esta haverá sempre, prós e contras, aplausos e remos também mudar se acharmos que
o Carlos Vieira, são coisas que podem oportunidade e achamos que esta opção críticas. É a lei da vida. Nós temos a nossa há soluções melhores.
acontecer nos ralis. Pode-nos dar pistas vai trazer mais um fator de interesse para opinião, esta opção das estruturas técni- Há partilha de dados com a Hyundai
de como poderá ser o futuro caso o Carlos esta prova, um fator de interesse para os cas separadas teve algumas opiniões con- Motorsport?
não possa regressar em 2019? Antes dis- entusiastas dos ralis. Quanto à questão de trárias, mas nós também somos fiéis às Há o acompanhamento por parte da
so, poderão recorrer a soluções pontuais roubar pontos ou não eu relembro o lema nossas opiniões e temos ideias próprias, Hyundai MotorSport, desde o início, mes-
como na Madeira ou outras? que nós elegemos este ano, que é: “Os ralis mas isso não significa que não se possa mo antes do campeonato começar, e eles
O ano de 2019 ainda está longe, neste mo- pelos ralis”. Portanto, não estamos, since- mudar. Está tudo em aberto em relação estão presentes nas provas todas e por-
mento a nossa prioridade e aquilo que es- ramente, vocacionados para fazer contas a isso para a próxima época. Para já e já tanto têm o aconselhamento e interven-
tamos focados é que o Carlos recupere de cabeça, nem para fazer jogadas táticas que perguntam se estamos satisfeitos, ção técnica em ambos os casos. Nós temos
totalmente. O Carlos entrou na semana para roubar pontos. “Os ralis pelos ralis”, eu estou plenamente convencido que se um contacto permanente com a estrutura
passada no centro de reabilitação, vamos os carros na rua, os pilotos na rua e ve- o Carlos Vieira não tivesse tido o infortúnio da Hyundai Motorsport.
deixar que ele continue a sua recuperação nham daí. Para o Algarve, mais uma vez, que teve, nós estávamos agora a discutir A Hyundai tem trabalhado muito bem a
total, ver os resultados, e depois logo ve- a seu tempo, falamos. os dois primeiros lugares do campeona- comunicação no CPR. É da opinião que a
remos. O importante é que o Carlos recu- Sabemos que foi vossa opção montar o to, tal como eu tinha dito que era o nosso competição merecia um promotor que
pere totalmente. É com isso que estamos projeto Team Hyundai Portugal com in- desafio deste ano, ou seja, nesta altura, aumentasse ainda mais as potenciali-
preocupados, não estamos a fazer con- dependência total das estruturas téc- eu tenho a certeza que existiria mais um dades dos ralis em Portugal?
tas de cabeça, nem alarmados com o que nicas, de modo, até, a promover ainda piloto envolvido na luta pelo campeona- Sinceramente, acho! Eu sou claramente de
possa acontecer de futuro, estamos sim mais competição entre os vossos pilo- opinião que o Campeonato de Portugal de
focados na recuperação do Carlos, isso é tos. Entendem que é um bom caminho Ralis merece uma promoção muito mais
que é fundamental. ou pode mudar no futuro? forte e que traga os ralis para a primei-
Para Amarante/Baião posso dizer que Nós não estamos, em nada, agarrados a ra página do panorama do desporto em
convidámos o Diogo Gago para compe- tabus. Já percebemos também que nos Portugal. Mais uma vez, nós temos exce-
lentes equipas, muitos pilotos e propor-
cionamos um grande espetáculo.
Temos muitos jovens com imenso po-
tencial e talento, há que tirar partido de
tudo isto. A Hyundai está e vai continuar
a dar o seu contributo. Para lhe dar uma
ideia, a Hyundai tem permanentemente
staff e elementos da direção nas provas
a acompanhar, para estudar todos os de-
talhes que podemos melhorar. São depois
analisados e discutidos internamente,
apostamos imenso nas redes sociais em
eventos paralelos, há um enorme conjun-
to de coisas que se pode fazer e eu acho
que um promotor externo pode e deve ser
ponderado. É a minha opinião pessoal...
Tem havido marcas a apostar no despor-
to automóvel recentemente. Será um pa-
norama que está a mudar novamente ou
poderão ser casos pontuais?
Eu acho e espero que seja para continuar.
E espero que haja mais marcas a apostar
no desporto automóvel. Isso vai tornar
ainda mais competitivos os campeonatos,
vai trazer mais sponsors e vai aumentar
o retorno para todos, que no nosso caso,
como já expliquei, tem sido bastante bom.
Era de facto muito bom que mais mar-
cas investissem e se interessassem por
este desporto, em particular pelos ralis.
A Hyundai está a fazer a sua parte, que-
ríamos era ter mais concorrentes agora,
por isso espero que os nossos colegas das
outras marcas, de facto, agarrem mais
projetos nesta área, era bom para todos.
Quer-nos explicar melhor como o facto
de a Hyundai estar no WRC e no CPR se
reflete na mente de quem pondera com-
prar um carro novo?
“O CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS MERECE
UMA PROMOÇÃO MUITO MAIS FORTE”
E/
ENTREVISTA
18
SÉRGIO RIBEIRO
O facto de estarmos envolvidos no WRC e da para isso, o que posso garantir de cer-
no CPR reflete-se na mente de quem quer teza absoluta é que nós iremos fazer ainda
comprar um carro novo de muitas formas. mais do que estamos a fazer este ano.
A visibilidade destas duas competições Continuaremos no Campeonato de
traz consigo valor de competitividade, Portugal de Ralis, com aposta reforçada,
de excelência, de qualidade e de emoção e se houver outros projetos no desporto
à marca. Os ralis ajudam imenso a pro- automóvel em que nós nos possamos
moção da imagem da marca. envolver duma forma muito ambiciosa
A Hyundai, que tem produtos de grande e que traga um retorno elevado, para a
qualidade, com garantias sem paralelo marca e para os nossos patrocinadores,
no mercado, com modelos para todos os nós estamos disponíveis para analisar.
gostoseparatodosossegmentos, bene- O que nós não estamos muito disponíveis,
ficia imenso desta componente de apos- devo confessar, é estar de forma isolada,
ta nos ralis. com um apoio aqui ou ali, e isso tem sido
E já agora, não é só nos ralis, mas também um modelo que tem sido seguido durante
no WTCR em que os resultados no ano de muitos anos, por algumas entidades, mas
estreia são extraordinários, e portanto isto não acho que tenha sido isso que tenha
tudo contribui continuamente para a me- trazido aos ralis e ao desporto automóvel
lhoria da imagem da marca e progressiva- maior divulgação.
mente coloca-a ao nível da enormíssima Portanto, nós, a estar, estaremos de for-
qualidade dos seus automóveis. ma ambiciosa e forte, como quisemos
A Hyundai tem ganhado prémios inter- fazer este ano.
nacionais de design, de qualidade, fiabi- Para já é isto que podemos garantir, nos
lidade, etc, e esta componente emotiva ralis seguramente que iremos continuar
que o desporto automóvel traz é a cereja o nosso projeto, de forma ambiciosa na
no topo do bolo que nos ajuda, de facto, mesma. Outras oportunidades, depen-
ao negócio propriamente dito. de, mas sempre dentro deste âmbito que
Pedia-lhe, por fim, para deixar aqui umas lhes falei.
palavras de força para o Carlos Vieira...
O Carlos (Vieira) não precisa de palavras
públicas da nossa parte. Desde a primeira
hora, no primeiro fim de semana, as horas
de sono quase não existiram.
Eu tenho acompanhado diariamente a
evolução dos acontecimentos e a recu-
peração do Carlos.
A parte mais difícil já passou, agora es-
tamos em contacto permanente, e o
Carlos sabe bem que tem toda a Hyundai
Portugal, desde o início, com ele, com toda
a força, para que a recuperação seja rá-
pida e total.
Eu tenho que dizer isto, liga-nos ao Carlos
(Vieira), ao Armindo (Araújo), ao Jet (Jorge
Carvalho), ao Luís (Ramalho), para além
duma relação profissional, uma relação de
proximidade e de amizade que extrava-
sa todo o projeto desportivo, e como tal,
o Carlos Vieira, como grande campeão,
e pelo que, sinceramente, mais me inte-
ressa, como o grande ser humano que é,
vai ultrapassar com mestria este desafio.
Eu podia mandar-lhe um abraço daqui,
mas como tem que ser forte e sentido,
prefiro dá-lo ao vivo e a cores. Reservo-
me para a privacidade desses meus con-
tactos com o Carlos.
A parte mais difícil já passou, e ele sabe
que tem um enorme conjunto de pessoas
a torcer por ele e vai tudo correr bem...
Para 2019 poderemos esperar alguma
novidade extra a nível competitivo, ou
a Hyundai aponta para já apenas para
os ralis?
Eu sei que por vezes esta mensagem é di-
fícil de passar, mas o que lhe disse atrás é
verdade, nós ainda não estamos preocu-
pados com 2019, não estamos a olhar ain-
DIOGO GAGO COM A HYUNDAI >> autosport.pt
EM AMARANTE/BAIÃO
19
Diogo Gago vai ter a oportunidade de correr pela primeira vez com um
R5, já que o Team Hyundai Portugal vai-lhe possibilitar a oportunidade JORGE CARVALHO “É BOM
de correr no Rali Amarante-Baião, enquanto Carlos Vieira prossegue REGRESSAR ÀCOMPETIÇÃO”
para a sua total recuperação, no Hyundai i20 R5 da equipa. Jorge
Carvalho regressa ao banco do lado direito. Eis a oportunidade tão Pela primeira vez depois do seu acidente no Rali Vidreiro, e
esperada por Diogo Gago, um dos mais promissores pilotos da cena depois de completamente restabelecido, quem vai regressar
portuguesa dos ralis, para guiar o i20 R5 oficial na próxima prova do ao banco do lado direito do Hyundai i20 R5 do Team Hyundai
CPR: “Esta oportunidade significa muito para mim. Há vários anos Portugal é Jorge Carvalho, que vai estar ao lado de Diogo Gago,
que me bato para chegar a um nível mais alto e fico muito grato pela na estreia do jovem algarvio com um R5 nos ralis: “É bom
escolha. Vai ser uma oportunidade única, tem um valor simbólico regressar à competição e só tenho pena que não seja já ao lado
enorme, pelo que agradeço à Hyundai Portugal, ao Carlos Vieira e à do Carlos (Vieira). Mas sei que vai ser também muito bom ditar
Sports & You por acreditarem nas minhas capacidades. Estou muito as notas a um piloto talentoso como o Diogo Gago e nunca é de
contente e agradecido” prossegue. mais enaltecer a decisão da Hyundai Portugal de lhe dar uma
Quanto a objetivos, Diogo Gago quer acima de tudo tirar o máximo oportunidade, numa demonstração prática de como bem fazer
proveito da experiência: “Quero desfrutar da oportunidade e aprender o a promoção dos ralis em Portugal”, realça o navegador.
máximo. Não vou olhar a resultados, porque o objetivo é chegar ao final,
embora sem descurar naturalmente a melhor classificação possível. É
a primeira vez que irei guiar um carro tão competitivo como é o Hyundai
i20 R5 e vai ser somente nesta prova. Por isso, reforço, o objetivo é
desfrutar e aprender o máximo possível."
CARLOS VIEIRA “CONSIDERO ARMINDO ARAÚJO LUTA PELO TÍTULO
O DIOGO (GAGO) UM DOS MAIS “FALTAM DUAS GRANDES FINAIS...”
PROMISSORES TALENTOS
EM PORTUGAL” Enquanto no Team Hyundai Portugal surgem grandes novidades, Armindo
Araújo mantém-se concentrado no objetivo de dar sequência ao trabalho
Carlos Vieira, piloto oficial do Team Hyundai Portugal no que tem vindo a fazer, e bem, neste seu ano de regresso. Depois de cinco
CPR, está a cumprir um programa de fisioterapia, no Centro anos afastado das competições, está neste momento na liderança
de Reabitação do Norte, em Valadares, Gaia, rumo à sua do campeonato, quando faltam apenas duas provas, tendo as portas
recuperação total, na sequência da saída de estrada durante o abertas para a reconquista do cetro e para o juntar aos quatro seguidos
Rali Vidreiro, em junho último. que obteve entre 2003 e 2006: “Já estamos na liderança há algumas
Enquanto o Campeão Nacional em título recupera, o Team provas, sempre dissemos que este regresso teria como objetivo sermos
Hyundai Portugal decidiu dar uma oportunidade a Diogo Gago: Campeões Nacionais, voltámos para lutar pelo título e é isso em que nos
“Considero o Diogo (Gago) um dos mais promissores talentos temos focado desde a primeira prova.
dos ralis em Portugal. Fico muito satisfeito pelo facto de a Desde cedo percebemos o carro que tínhamos em mãos. Havia trabalho
Hyundai Portugal dar uma oportunidade ao mais alto nível a a fazer, mas a partir daí fomos testar, resolvemos os problemas e
uma jovem promessa. Quase todo o meio dos ralis em Portugal conseguimos apresentar-nos nas provas seguintes com bons resultados.
fala da falta de oportunidades a valores que despontam neste Obtivemos uma sequência de três vitórias seguidas que nos catapultou
desporto a nível nacional. A Hyundai proporciona-as”, enaltece para a liderança do campeonato. O Hyundai não teve qualquer problema
o campeão nacional em título. técnico que nos obrigasse a desistir, temos feito uma abordagem às
provas e ao campeonato que passa por amealhar pontos em todas as
provas e atacar quando temos que atacar, no fundo, estamos a fazer o
que achamos ser a melhor gestão para podermos vir a ser campeões
nacionais. Neste momento, não sabemos se o vamos ser, estamos a lutar
para isso, temos tido uma forte uma forte oposição de vários pilotos
e agora com a aproximação do final do campeonato, diria que faltam
duas grandes finais, nas quais esperamos ser campeões. Mas nunca se
sabe...”, disse Armindo Araújo.
D/20
DRIFT
DRIFTMANIA
ACROBACIAS
DE RODAS NOCHÃO
Depois de o Drift ter nascido nos anos 60 no Japão, andar de lado e depressa tem-se
espalhado por todo o mundo, e apesar de já existir há muito em Portugal, timidamente, a
modalidade tem vindo a desenvolver-se. Este fim de semana fomos espreitá-la a Pinhel...
Por definição, o Drift é uma téc- me sensação de espetáculo e emoção. a desenvolver-se e depois de um ano de agrado pelo Clube. Depois de já ser
nica de derrapagem contro- Só que, o cronómetro refletia-se e quan- de 2017 com alguns altos e baixos, o responsável por projetos como a criação
lada, com um carro de tração do a Audi inventou a tração total nos ra- Campeonato de Portugal de Drift res- do Museu da Miniatura Automóvel em
traseira em constante contra lis, em que o seu Quattro passou a andar surgiu este ano com bem mais vigor, Gouveia, do Slalom Sprint em Figueira de
brecagem e sob perfeito domí- muito mais para a frente do que para os e depois de se ter realizado no início Castelo Rodrigo e da Cápsula do Tempo
nio do piloto. Se em qualquer lados, alguns japoneses que se queriam de junho um evento organizado pelo Guarda 2050, realizou em Pinhel, em
outra disciplina dos desportos motori- era divertir insistiam em levar os seus Clube Automóvel do Minho no Circuito 2016, a primeira Taça de Portugal de Drift,
zados, a ideia é andar mais para a fren- potentes carros para as serras circun- de Guilhabreu, agora foi a vez do Clube convidando alguns dos melhores pilo-
te o mais rapidamente possível face às dantes de Tóquio, onde havia boas es- Escape Livre e Pinhel. tos da modalidade para uma demons-
circunstâncias, no Drift a ideia passou tradas e muitos ganchos, e por aí o Drift A solicitação da Câmara Municipal de tração ou exibição, criando um espetá-
por destacar o que nos ralis são falhas, já era Rei e Senhor (ler em separado). Pinhel ao Clube Escape Livre para or- culo marcante para o público.
andar de lado e com o carro atravessado. Hoje em dia, já há até escolas de Drift, ganizar algo que pudesse ser marcante O sucesso foi imediato, com milhares
Como é lógico, os ralis não se tinham e em Portugal há cada vez mais gen- no campo do desporto automóvel e se de pessoas a aderirem. O vencedor da
desenvolvido da mesma forma se des- te a fazer acrobacias de rodas no chão. constituir como um cartaz turístico e um Taça foi o piloto Marcos Vieira. Em 2017,
de o seu nascimento o espetáculo e a No nosso país a modalidade tem vindo motivo de visita foi recebida com gran- o Clube Escape Livre deu mais um pas-
emoção não fizessem parte da ementa. so, no caso, além fronteiras, e realizou o
Especialmente nos anos 70, quando já C/ C A L E N D Á R I O Drift de Pinhel – Taça Ibérica que contou
se começaram a ver carros com potên- também com pilotos espanhóis.
cias apreciáveis, o espetáculo cresceu DATA PROVA ORGANIZADOR Em 2018, o Clube Escape Livre organi-
exponencialmente, e com o tipo de car- zou com sucesso este Drift de Pinhel –
ros da altura - de tração traseira - a an- 22/23 SETEMBRO CIRCUITO DE REGUENGOS DE MONSARAZ TRIAL VOZ REGUENGOS ASSOCIAÇÃO Taça Internacional, onde além dos pilotos
darem tão depressa era inevitável que portugueses e espanhóis se juntaram
estes tivessem que andar muito de lado 20/21 OUTUBRO CIRCUITO DE FÁTIMA CENTRO CULT. E RECREATIVO DO OLIVAL também os franceses. Este ano, o calen-
e isso fez crescer nas pessoas uma enor- dário terá mais três provas.
17/18 NOVEMBRO A DESIGNAR
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D/
DRIFT
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DRIFTMANIA
OQUEÉODRIFT?
DE TÓQUIO PARA O MUNDO Drift ou drifting é uma técnica de os veículos e participantes, a fim de
condução que consiste em fazer as realizarem os seus treinos no traçado da
Foi nos anos 60 que alguns jovens japoneses tornaram popular uma atividade que há muito curvas em derrapagem controlada, prova, com vista à qualificação.
se expandia nas montanhas dos arredores de Tóquio, por exemplo no Monte Akagi. Eles fazendo com que a traseira do carro se A segunda fase é a de Qualificação,
ainda não o sabiam, mas estavam a fazer nascer o ‘Drift’. solte e percorra a parte exterior da curva, esta obrigatória e na qual os pilotos
Qualquer serra com uma boa estrada serpenteada e cheia de ganchos era um bom enquanto a parte da frente percorre fazem as suas voltas no traçado para
palco para que os jovens pusessem a traseira dos seus potentes carros a mexer, e ali se o interior, com o máximo de ângulo e avaliação dos juízes, com o objetivo de
começou a fazer história, bem como a nascer uma espécie de arte de condução automóvel. velocidade possível, controlando o nível atingirem a pontuação necessária para
E claro, o que começou nestes percursos, onde os jovens podiam dar azo às suas de derrapagem e fazendo o carro andar se qualificarem e, assim, passarem para
capacidades de Drift, mais ou menos em segurança, pelo menos sem chatear muita literalmente de lado. a fase seguinte. A avaliação é efetuada
gente, depressa se expandiu para as cidades e quem lá vivia começou a não achar graça Considera-se que este tipo de tendo em consideração a velocidade,
nenhuma. Era giro, mas também muito perigoso. Nem o famoso cruzamento de Shibuya em competição tem três fases, ainda que a linha de drift, o ângulo de drift, a
Tóquio, escapava... estas possam variar de prova para prova proximidade aos clipping-points e o
Para que se perceba um pouco melhor a penetração que este tipo de condução teve entre e país para país, consoante descriminado espetáculo dado pelo piloto (fumo dos
os jovens, esta até chegou a Hollywood, com a série de filmes Velocidade Furiosa. Nesta nos respetivos regulamentos. pneus, agressividade nas transições,
saga americana, criada em 2001, tudo gira à volta de corridas de rua ilegais, assaltos, e A primeira fase é a de Treinos Livres, etc…).
muita ação e espetáculo. E já lá vão oito filmes em 17 anos. com horário de pista aberta a todos A terceira e última fase consiste nas
Como era de esperar, o fenómeno depressa cruzou o Oceano Pacífico, chegou aos Estados
Unidos, cresceu, atravessou o Atlântico e chegou também à Europa, em primeiro lugar pelo
Reino Unido.
Tendo em conta a sua ilegalidade inicial, não se demorou muito a ‘oficializar’ a coisa, e foi aí
que a modalidade Drift nasceu e se desenvolveu, tendo hoje em dia inúmeros campeonatos
e exibições por todo o mundo. São habitualmente disputados em circuitos fechados -
muito pouco em pistas ou autódromos, embora aí seja bem mais seguro - mas também
em circuitos improvisados, dentro de localidades, onde o público pode aceder bem mais
facilmente.
Nascido a 30 de janeiro de 1956, o japonês Keiichi Tsuchiya é ainda hoje considerado o Rei
do Drift. É ele o editor da revista Best Motoring, e é fácil de adivinhar o que ele faz a cada
ensaio de carro novo que publica...
Apesar de ainda jovem, o Drift é uma modalidade que, pelo espetáculo e emoção que
empresta, muito tem crescido nos últimos anos.
A TÉCNICA DO DRIFT Basicamente, colocamos um carro de tração traseira a
derrapar quando aceleramos até ao ponto da traseira
Hoje em dia é quase impossível ao comum dos mortais E se nas estradas do dia a dia isso era perigoso, foi por do carro se ‘solte’ e queira passar a frente. A arte do
dos condutores perceber o que sentia quem guiava, causa dessa dança coreografada que os ralis ganharam Drift é precisamente antecipar essa transferência de
por exemplo, nos anos 70, em que praticamente todos fama e se desenvolveram tanto. massas, fazendo de imediato o movimento de contra
os carros eram de tração traseira. Hoje, na era do Hoje são muito poucos os que ainda preferem conduzir brecagem (as rodas viradas no sentido contrário para
politicamente correto, o que os bons costumes dizem é um tração traseira, mas sem exceção todos os que onde se dirige o carro) sempre ligeiramente antes da
que o carro é para ser levado de um ponto para o outro dão muita importância ao prazer de condução o fazem. deriva da traseira seguinte e ajustando a pressão do
em segurança, mas no passado, apesar tudo se fazer Qualquer carro de tração traseira, com um mínimo de acelerador para que a dianteira nunca ultrapasse a
ainda muito mais devagar, não era muito difícil os carros potência apreciável, permite explorar a arte do Drift. traseira do carro. O acelerador tem que estar sempre a
'dançarem' de traseira. Mas é preciso muita sensibilidade e muito treino. ser doseado, de acordo com a potência de cada carro.
Pode parecer fácil, mas não é, pois a latitude entre um
bom Drift e um pião é mínima...
>> autosport.pt
23
Finais, ou Batalhas, na qual os pilotos
qualificados irão disputar as batalhas
num sistema de eliminação de um contra
um, em que cada batalha tem duas
mangas e nas quais os pilotos trocam
de posições de Líder e Perseguidor. As
batalhas são designadas conforme as
tabelas de Top 32, Top 16, Top 8, meias-
finais e finais.
Tanto o carro quanto o piloto devem
estar preparados para realizar o
efeito. Os carros usados para o efeito
são leves e possuem tração traseira,
além de terem outros requisitos como
alta potência, um bom sistema de
refrigeração do motor, suspensão
reforçada e pneus ajustados.
DRIFT
EM PINHEL
GRANDE
ESPECTÁCULO
Tal como se esperava, foram aos E as batalhas confirmaram essa dos melhores e André Silva começou aí
milhares os espetadores que deram igualdade, apenas quebrada por um a desenhar um fim de semana que vai
um colorido diferente à zona industrial inspirado André Silva, que na final bateu ficar para sua memória.
de Pinhel, onde o Município de Pinhel Diogo Correia, ficando Nelson Rocha em Venceu a Taça Internacional - recorde-
e o Clube Escape Livre delinearam o terceiro e Filipe Vieira em quarto. se que o ano passado tinha ganhado
percurso da 2ª prova do Campeonato Embora tivesse vindo a Portugal para a Taça Ibérica - e bateu Paulo Nunes,
de Portugal e a Taça Internacional participar na Taça, também o francês Sebastien Farbos e Rui Pinto que se
de Drift. Espetáculo e competição Sebastien Farbos se inscreveu na prova classificaram por esta ordem.
proporcionados por 38 pilotos no de Pinhel do Campeonato e demonstrou O troféu Daniel Saraiva, que o Clube
Campeonato e 16 na Taça que levaram o a sua grande categoria, embora não Escape livre instituiu e que recorda o
público ao rubro. traduzida em resultados. Infeliz no piloto de Drift da região desaparecido
André Silva na Classe Pro, Pedro fim de semana esteve Firmino Peixoto, prematuramente e que premeia o Fair
Sousa em Semi Pro e Hélder Neto nos piloto de créditos firmados mas que Play entre os pilotos, foi entregue a
Iniciados foram os mais espetaculares, um toque com outro piloto afastaria, Vítor Dias.
e por isso arrecadaram a maior prematuramente, da luta pelos lugares No final Rui Ventura, presidente do
pontuação, subindo ao lugar mais da frente. Município de Pinhel, demonstrou a sua
alto dos respetivos pódios, na cidade Rui Pinto, embaixador do Drift de Pinhel, satisfação referindo que se tratou de
Falcão. esteve aquém das suas possibilidades “uma aposta ganha para Pinhel e para o
Nos treinos e qualificação já se podia mas animou o público presente com a território e uma mais-valia desportiva e
perceber um pouco as tendências, sua pick up Nissan. económica para o concelho”.
ficando a saber-se que os melhores Nos iniciados Hélder Neto ganhou Já Luís Celínio, presidente do Clube
pilotos na anterior prova, Diogo Correia confirmando a boa prestação de Escape Livre, sublinhou: “É um orgulho
e Nelson Rocha, iriam ter de se aplicar Guilhabreu, enquanto Paulo Pereira sermos os primeiros a trazer uma prova
a fundo face a uma concorrência mais terminou à frente de Daniel Azevedo. de automóveis de um Campeonato
forte liderada pelo jovem André Silva, A noite de sábado acolheu a Taça de Portugal para o distrito. Vamos
a estrear um bonito e potente BMW. internacional e uma das maiores continuar a trabalhar com a FPAK e
Havia que contar ainda com Filipe enchentes da zona industrial de Pinhel. o CAM, promotor do Campeonato,
Vieira, Sérgio Gomes, João Gonçalves ou Depois do reconhecimento da pista, para melhorar todos os aspetos
Ermelindo Neto. as batalhas foram ditando a escolha organizativos”, disse.
V/24
VELOCIDADE
COMO OSKIAPICANTOGTCUP
VLOGUES
PODEM
REVITALIZAR
O DESPORTO
MOTORIZADO
Distanciarem-se do cinzentismo ou da formatação associada ngenheiro informático, rosto da o início de cada prova. Mais do que o tom,
aos canais de comunicação tradicionais, premiando antes plataforma CarOnline.TV e piloto informal, e a qualidade dos vídeos — bem
a autenticidade, originalidade e espontaneidade dosdo Kia Picanto GT Cup. Em cerca editados, mas pouco polidos —, nos vlo-
conteúdos, é o que leva ‘YouTubers’ como Hugo Marcos de 18 meses, o multifacetado Hugo gues (diminutivo de vídeo-blogue) até
Marcos conseguiu atrair mais de agora publicados há um denominador
Ea apostarem em vlogues para criarem uma relação mais comum, transversal a todos os conteú-
interpessoal com o seu público. O resultado é notório no 43 000 subscritores para o seu dos do canal: a crueldade do que é dito.
número de visualizações dos conteúdos e na interação canal de YouTube. Uma legião de fãs que
gerada, com comentários que ultrapassam as centenas lhe trouxe uma notoriedade inesperada, FIDELIZAÇÃO PELA HONESTIDADE
de unidades, inclusive nas publicações exclusivamente mas determinante para conseguir rea-
dedicadas aos bastidores do Troféu Kia Picanto GT Cup. lizar vários sonhos, incluindo o que lhe “Não há filtro. Tal como acontece com
Foi sobre esta forma alternativa de atrair audiências para o fugiu das mãos em 2014, quando as le- a maioria dos restantes pilotos, o meu
automobilismo que falámos com o fundador do CarOnline.TV sões provocadas por um acidente de bi- projeto é garantido pelo apoio dos pa-
trocinadores. Mas eles aceitam e sabem
cicleta impossibilitaram-no de apanhar perfeitamente que a única forma disto
Luís França um avião até Silverstone, rumo às finais funcionar passa por ser sempre muito
[email protected] internacionais da GT Academy — o con- honesto com o público. No YouTube, tu
FOTOGRAFIA Vasco Estrelado e Nuno Organista curso no qual, antes dele, Hugo Araújo crias um relacionamento com as pes-
soas em que elas acham que te conhecem
ou Miguel Faísca brilharam, elevando o há imenso tempo. Há uma proximidade
que transmite a ideia de estarmos todos
nome do desporto motorizado (e do ‘ga- à roda de uma mesa, numa conversa de
café. E só a consegues alcançar falando
ming’) nacional. descontraidamente e manifestando a tua
opinião sincera sobre o objeto do teu vídeo
Desde maio, aquela que até aqui era uma e de tudo o que se passou ou está a acon-
tecer no momento”, revela Hugo Marcos.
plataforma centrada em conteúdos sobre Foi por isso que, logo na prova inaugural do
Troféu, na Rampa da Falperra, o piloto do
automóveis de produção em série conta Kia Picanto GT Cup nº 18 não teve proble-
com conteúdos exclusivos sobre os bas-
tidores do novo Troféu monomarca do
automobilismo português, num seria-
do que aborda temas tão diversos como
o custo do equipamento de competição
ou o simples processo de verificações
administrativas e técnicas que marcam
>> autosport.pt
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Há muito que as corridas de automóveis lutam contra tenimento que existe hoje, o facto de tudo
outras propostas de entretenimento e o desfasamento o que era Fórmula 1 e MotoGP ter passado
de uma geração que olha para os veículos de quatro para os canais de televisão privados fez
rodas como um mero meio de transporte, aplicando com que deixasse de haver essa cultura
o mesmo desinteresse quando se fala em corridas automobilística nas gerações mais re-
centes, levando-me a concluir que estas
pessoas não estão a consumir o desporto
automóvel pelos chamados meios tradi-
cionais”, salienta.
Hugo achou, por isso, que “poderia ser in-
teresse fazer um seriado que mostrasse o
outro lado das corridas e o que acontece
nos bastidores, colocando em evidência
o que uma pessoa como eu tinha de fazer
para participar num Troféu de iniciação e
acessível como o Kia Picanto GT Cup. Isso
significava dá-lo a conhecer não tanto na
perspetiva do resultado das corridas, por-
que haverá outros meios mais indicados
para fazê-lo com enfoque nesse aspeto,
mas antes por intermédio do lado da pre-
paração, dificuldades e contingências de
uma pequena equipa, composta por uma
ou duas pessoas, com a missão de trata-
rem de toda a logística do carro e tudo o
que isso implica”, refere.
HugoMarcosquisaindadeixaremevidên-
cia as suas próprias descobertas enquanto
piloto e “as diferenças entre alguém que
faz uma corrida esporádica e um piloto
que participa num campeonato completo
ao volante de um carro próprio, mas com
um orçamento muito limitado, tendo, por
isso, de assegurar, de alguma forma, a sua
integridade ao longo da época”.
mas em admitir que “as rampas são uma gravados com o telemóvel, e por isso de série Kia Picanto GT Cup passava preci- QUEBRAR O GELO
seca”, depois de se ver obrigado a dige- qualidade discutível, mas que acabam por samente por transmitir essa experiên-
rir cerca de 60 minutos de espera entre a conseguir imensa tração, e outros com cia, quase em primeira mão, de algo que Para aproximar o público e fomentar uma
descida do comboio de carros até à linha produção ‘Hollywoodesca’, mas que não eu nunca tinha feito, que era um Troféu relação com o carro, criou um espaço na
de partida e o início efetivo da sua última funcionam, porque a malta está cansada de Velocidade, com rampas e circuitos à decoração do Kia Picanto GT Cup reser-
subida cronometrada. “As saídas de es- do teatro à volta da televisão e quando mistura, e onde, logo na estreia, fiquei a vado exclusivamente para assinaturas
trada de concorrentes de outras catego- veem um conteúdo, de certa forma, mais saber uma coisa sobre a qual não tinha e dedicatórias — um sinal de apreço ao
rias provocaram alguns atrasos ao longo amador, mas muito focado na opinião a mínima ideia — o tempo que um piloto projeto que, revela, “é muitas vezes feito
do fim de semana e dei por mim a passar e no desabafo, as pessoas acabam por fica à espera antes de correr com o carro!”. por pessoas que acompanhavam o canal,
mais tempo vestido dentro do carro do criar uma ligação muito particular com mas nunca tinham ligado ao desporto mo-
que propriamente ao volante”, explica. o mesmo. No fundo, é isso o que eu ten- ATRAIR NOVAS GERAÇÕES torizado, e que acabam por se interessar
A honestidade, na forma e no conteúdo, é to passar, até porque não sou ator e não pelo projeto porque deixaram a sua marca
essencial para fidelizar o público, adian- tenho essa capacidade de passar uma Para Hugo Marcos, o impacto desta co- nele”. Um interesse que tem vindo a cres-
ta: “O YouTube é um bocadinho a verda- imagem que não corresponde à realida- municação distinta dos meios tradicio- cer com o desenrolar das corridas, “com
de. Ou seja, às vezes derrapas em vídeos de”, garante. “Todo o conceito por trás da nais tem sido muito positivo, cumprindo malta que vem mais para assinar o carro,
o objetivo a que o engenheiro informático vê-lo em pormenor e tirar uma fotografia,
se tinha proposto quando decidiu arran- do que propriamente com um interesse
car com este projeto — primeiro, por via cego em conhecer o piloto. Claro que de-
de um ‘crowdfunding’ que acabou por pois dão sempre dois dedos de conversa
ficar aquém das expectativas, e depois comigo, mas já vêm ao meu encontro com
pela iniciativa de empresas privadas que o pretexto de assinar o carro, quebrando
acreditaram no potencial e viabilizaram desde logo o gelo associado ao primeiro
financeiramente a ideia. contacto”, indica.
“Analisei os custos associados e o facto de “Ver as pessoas a ligarem-se ao carro
o Kia Picanto GT Cup ser uma ótima for- porque deixaram a sua assinatura em
ma de um amador se iniciar no desporto algo que não se vê ao longe ou em anda-
motorizado, e pensei que seria giro tentar mento acaba por ser giro”, adianta, o que
trazer novamente a malta mais nova para demonstra a importância de se criarem
o mundo das corridas. Na minha opinião, relações de proximidade entre os obje-
além da maior oferta cultural e de entre- tos e as pessoas, mesmo que o universo
lhes seja desconhecido ou desinteres-
sante à partida.
Ainda assim, continua a haver uma par-
V/
VELOCIDADE
26
KIA PICANTO GT CUP
Apaixonado por automóveis e jogos As gravações são feitas ao
de computador relacionados com final do dia de trabalho ou
a matéria, Hugo Marcos criou o ao longo do fim de semana e
CarOnline.TV em Março de 2017. O ocupam, em média, entre três
nome é uma homenagem à sua filha, a cinco horas. A edição, feita
com a dição em inglês a assemelhar- autonomamente, sem a ajuda
se a “Caroline” — a tradução anglo- de terceiros, num programa
saxónica de “Carolina”. Desde para o efeito, pode ultrapassar
então, não tem parado de crescer. outras cinco horas
Já publicou 229 vídeos, sendo que
11 destes foram dedicados ao Kia Para os vlogues, Hugo Marcos
Picanto GT Cup. O que mais interesse utiliza “duas câmaras Sony” e
reuniu deu-se na estreia na Rampa
da Falperra, com 23 mil visualizações, “algumas Go Pro” para fazer
com a média dos restantes a andar os vídeos em modo ‘selfie’ e
à roda das 12 mil visualizações. captar uma série de detalhes e
Números importantes para medir
o retorno do investimento feito dinâmicas dos carros
pelos patrocinadores, mas também
o interesse em torno do projeto.
Assegura que o crescimento do canal
foi sempre orgânico e que deixou de
partilhar os vídeos em fóruns e grupos
porque, infelizmente, “o Facebook é
uma das maiores plataformas de ódio
online”. Fá-lo apenas na sua página
pessoal e nas restantes redes que
opera, nomeadamente o YouTube,
o Instagram e o site próprio com o
mesmo nome do canal. “No YouTube,
acontece o contrário. É muito raro. Até
podem não gostar, mas fazem uma
crítica construtiva e não um deita-
abaixo completo só porque disse
qualquer coisa que não gostaram
sobre a marca de automóveis
favorita”. Natural de Lisboa, tem 36
anos e é um antigo vencedor da GT
Academy portuguesa (2014).
cela dos 43 000 subscritores que não se que este conceito de vlogue de corrida é cionais está em tentarem “replicar o mes-
interessa por carros de competição, e engraçado e que as pessoas comentam mo conceito em diversas plataformas,
consequentemente pela série. “Tenho um dizendo-me que dão por elas a ver os epi- em que a expectativa e comportamento
canal disperso, que tanto aborda automó- sódios e a desejarem-me sorte, ficando dos públicos são distintos”, Hugo Marcos
veis de produção em série, como clássicos com vontade de fazer uma experiência explica que “num vlogue conta-se uma
ou viaturas elétricas. Existem públicos e semelhante no futuro e perguntando-me, história que segue os três princípios do
targets muito específicos e nem sempre desde logo, quanto é que essa ‘perninha’ cinema: há uma introdução, a apresenta-
as pessoas que gostam de transforma- poderá custar”. ção de um conflito e uma resolução. Não
ção automóvel apreciam a competição funcionaria na escrita jornalística, como
automóvel, apesar da relação que existe ERRADO REPLICAR CONCEITOS não funcionaria na televisão. O conteúdo
entre os dois universos. No entanto, noto Comentando que o erro dos meios tradi- feito para a televisão deve ser transmiti-
>> autosport.pt
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Cada vídeo do CarOnline.TV tem uma duração
aproximada entre 10 e 18 minutos, o tempo
“confortável” para a maioria das pessoas, assegura
Hugo Marcos. O Youtuber e piloto do Kia Picanto GT
Cup considera que o segredo para um bom vlogue
é “a presença de um tom informal, a transmissão
de pequenos blocos de informação e o cuidado em
apresentar diversos ambientes numa sucessão de
imagens ritmadas”
do na televisão, porque está demasiado distinta: “Quando ligas a televisão estás à definido um processo de trabalho (ver A estreia no mundo
polido. É por isso que, quando ligas uma esperadeumdeterminadotipodeconteú- caixa) que lhe permite evitar ter “dema- do YouTube surge
câmara, adotas naturalmente um deter- do. Por exemplo, um erro de edição num siados brutos”, filmando “quase tudo” ao com um convite para
minado comportamento, que depois tem vídeo é algo que passa de forma relati- primeiro ‘take’. Apesar de contar com um participar num outro
de ser corrigido para o YouTube porque vamente descontraída no YouTube, mas pequeno guião com os dados mais rele- canal relacionado
as referências que tens presente são to- o mesmo já não acontece com um erro vantes sobre o carro que se encontra a en- com a temática
das da televisão. Ajustas-te ao que tens factual. Na televisão, a exigência de ambos saiar num dado momento, contribuindo dos automóveis.
internamente plantado como algo bem é enorme e não acredito, desde logo, que para que a mensagem seja clara e sucin- Divergências na
feito, e isso nem sempre é válido”, nota. a questão estética fosse tão perdoada”. ta, salienta que todo esse esforço poderá criatividade
Além do tom e da forma, a tolerância do Com a missão de criar novos conteúdos cair por terra caso não consiga despertar levaram-no a seguir
público nas duas plataformas é também todas as semanas, Hugo Marcos tem já a curiosidade do público ao ponto deste outro caminho
querer carregar no vídeo e ver o que ele
esconde. “Se o título não for apelativo, pouco presos ao que sabem fazer e não
ninguém vai ver o teu conteúdo. Tem que estão, a meu ver, a apostar no digital com
ser mais sensacionalista. É como a capa força suficiente. O que fazem é um pouco
de um livro. Uma boa capa, ou seja, uma por obrigação. Vejo algumas empresas
boa imagem e um bom título são meio ca- no Facebook em que, além de uma ga-
minho andado para que as pessoas vejam leria de imagens, publicam um pequeno
o teu vídeo. A malta não adivinha o que vídeo de 30 segundos, mas com o tal dis-
se encontra ali, portanto, se não tiverem curso formal imposto. Sempre que se uti-
vontade de clicar, vão acabar por passar lizam os mesmos autores, ou sempre que
para outra coisa qualquer”. os autores que produzem os conteúdos
Umaliçãoquetambémpodeseraprendida mais sérios nas revistas não se encon-
pelos promotores e os meios de comuni- tram dispostos a falarem publicamente
cação tradicionais: “Penso que a maioria noutro formato, este desfasamento irá
dos meios não soube, nem se encontra a permanecer inalterado. A revista bri-
ajustar-se às novas realidades. Estão um tânica Top Gear é um bom exemplo do
que deve ser feito, tendo ido buscar para
o seu canal de YouTube um Chris Harris
que já dominava no digital. Entretanto
ele passou a ter uma presença, ainda
que esporádica, na televisão e no papel,
mas a verdade é que a revista continua
a ter as mesmas pessoas que já escre-
viam a maioria dos conteúdos. Não acho,
de todo, que a mesma pessoa tenha de
fazer formatos distintos, até porque está
provado que na maioria das vezes isso
não resulta”, conclui.
N/28 DTM/MISANO Para a história fica a primeira visi-
NOTÍCIAS ta do DTM ao circuito de Misano,
uma pista rápida entrecortada
ESTREIAS, com algumas curvas mais lentas
CORRIDAS À NOITE e complicadas que foi palco para duas
E...ALEX ZANARDI! corridas noturnas que colocaram vários
problemas aos pilotos, nomeadamente,
Foi um fim de semana de estreias no DTM: Circuito de de referências da pista em termos de fez uma bela corrida, mas o desgaste
Misano Marco Simoncelli, no regresso a Itália do DTM, travagens e de trajetórias. Para piorar a dos pneus acabou por fazê-lo perder a
e corridas noturnas. Evento que teve Alex Zanardi como situação, muitos dos 19 pilotos que esti- segunda posição para Robert Frijns (Audi
piloto convidado do DTM e da BMW, com um M4 DTM veram em pista nunca tinham estado no RS5 DTM), fechando o pódio da primeira
adaptado à sua condição de duplo amputado. E, já agora, traçado italiano. corrida de Misano. Alex Zanardi terminou
duas noites de chuva que vieram baralhar de forma total Para a Mercedes, continuou o domínio a primeira corrida em último, posição
com mais uma pole position assinada
o resultado final de ambas as corridas por Paul di Resta – a 11ª da temporada e a
9ª consecutiva – na primeira corrida, que
José Manuel Costa culminou na terceira vitória da temporada
[email protected] para o ex-piloto de Fórmula 1. A primeira
corrida foi algo atribulada e atirou para
LEIA E ACOMPANHE TODAS a lista de abandonos o líder do campeo-
AS NOTÍCIAS EM AUTOSPORT.PT nato, Gary Paffett, depois de um toque
com outro piloto que partiu a direção do
Mercedes C62 Coupe AMG. Ora, com a
pole e a vitória, Paul di Resta embolsou
28 pontos contra os zero pontos de Pafett.
Ficou assim a liderança do campeonato
“pendurada” por um simples ponto, en-
quanto ao terceiro lugar da competição
ascendeu Edoardo Mortara. O italiano
10 HORAS GP3 ANTHOINE HUBERT
DE SUZUKA DESTACA-SE NO CAMPEONATO
ÁLVARO
PARENTE Nikita Mazepin e David Beckmann dividiram os segunda posição e iniciou uma perseguição ao líder
NO PÓDIO triunfos nas duas corridas do fim de semana da que chegaria até a volta 8. Um erro em Les Combes
GP3 Series. No campeonato, Anthoine Hubert deu a Beckmann uma vantagem de dois segundos,
Álvaro Parente terminou as 10 Horas de Suzuka, a terceira etapa do voltou a dilatar a sua margem face a Callum uma margem suficiente para vencer a corrida
Intercontinental GT Challenge, no segundo posto. Um resultado que foi o Ilott. Hubert lidera agora a competição com 158 (primeira vitória na GP3) à frente do seu colega de
culminar de uma recuperação notável protagonizada pelo trio do Mercedes- pontos, mais 26 que Ilott, que soma 132. Nikita equipa, fazendo uma dobradinha para a Trident.
AMG GT3 nº 43. Mazepin é agora terceiro, com 125. Nas equipas, a Esta é apenas a terceira prova de Bekcmann
A Mercedes dominou a corrida, que terminou com uma dobradinha. O carro ART Grand Prix soma 450 pontos, bem mais que a na Tridente depois de ter chegado da Jenzer
nº 888 de Raffaele Marciello, Maro Engel e Tristan Vautier venceu na frente Trident, que tem 294 e a Campos Racing, com 105. Motorsport.
de Lewis Williamson, Maxi Gotz e Álvaro Parente, com a Absolute Racing Na primeira corrida o triunfo foi para David Na segunda corrida, Nikita Mazepin venceu
a assegurar o lugar mais baixo do pódio com o nº 6, o Audi de Markus Beckmann, que liderou do início ao fim, depois depois de um conjunto de boas ultrapassagens,
Winkelhock, Christopher Haase e Kelvin van der Linde. de ter conquistado a sua primeira pole na GP3. O assegurando desta forma a sua terceira vitória de
O carro da Mercedes-AMG Team Strakka Racing arrancou do 12º lugar da alemão teve uma boa largada e foi ajudado por 2018. Mazepin passou a fase final da corrida a gerir
grelha de partida, e com um ritmo intenso e consistente, assente numa Pedro Piquet que, com um erro, atrasou grande bem a vantagem para o seu colega de equipa na
estratégia acertada e num bom trabalho de boxes, o trio do Mercedes-AMG parte da concorrência na curva 1. Quem não foi ART Grand Prix, Anthoine Hubert, com Callum Ilott a
GT3 foi subindo na classificação, chegando aos lugares do pódio: “Foi um fim afetado por isso foi Ryan Tveter que saltou para a cimentar um belo 1-2-3 para a equipa francesa.
de semana duro, depois de uma qualificação que não nos correu bem. Desde
cedo impusemos um ritmo muito competitivo, o que nos permitiu ascender
a segundo. Era impossível ir mais além, mas é um excelente resultado e
ajudámos a Mercedes-AMG a destacar-se no comando do Campeonato
de Construtores de GT3 do Intercontinental GT Challenge, o que é muito
importante”, sublinhou Álvaro Parente.
>> autosport.pt
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de que largou para a segunda corrida. carros. Para esta segunda prova, a pole grelha de partida. Num pelotão com opi- C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O
Esta voltou a ser realizada debaixo dos position ficou nas mãos de Loic Duval, niões divididas, os pilotos largaram para
22 pontos de luz artificial permanente seguido de Edoardo Mortara que, assim, a corrida com pneus de chuva e de seco e 1ª CORRIDA: 1º PAUL DI RESTA (MERCEDES-AMG
que receberam o incremento de quatro prolongou o recorde da Mercedes que em entre estes últimos estava Joel Eriksson, C63 DTM), 32 VOLTAS; 2º ROBIN FRIJNS (AUDI
zonas de iluminação nas curvas 4, 5 e 14 13 das 14 corridas disputadas teve sempre piloto sueco oriundo dos monolugares RS5 DTM), A 1.973S; 3º EDOARDO MORTARA
e na saída das boxes, e dos faróis dos 19 dois carros nas duas primeiras linhas da que terminou as 24 Horas de Le Mans em (MERCEDES-AMG C63 DTM), A 2.144S; 4º LOIC
segundo lugar com a Audi, foi campeão do DUVAL (AUDI RS5 DTM), A 2.931S; 5º NICO MÜLLER
Masters de F3 em 2016 e vice-campeão (AUDI RS5 DTM), A 3.663S
de F3. O piloto de Bart Mampaey (equipa 2ª CORRIDA: 1º JOEL ERIKSSON (BMW M4 DTM),
RBM), arriscou muito com a saída em 57’19.154; 2º EDOARDO MORTARA (MERCEDES-AMG
slicks, mas acabou recompensado. Uma C63 DTM), A 1.817; 3º RENÉ RAST (AUDI RS5 DTM),
enorme chuvada acabou por o forçar a A 6.493; 4º ROBIN FRIJNS (AUDI RS5 DTM), A
trocar para pneus de chuva, numa altura 16.879; 5º ALESSANDRO ZANARDI (BMW M4 DTM),
em que a maior parte do pelotão já tinha A 47.316
parado uma vez para trocar para slicks
e foi forçado a regressar às boxes para ficou em pista e só fez uma paragem, e
montar os Hankook azuis. mais habituado aos controlos manuais
Contas feitas, quase dezena e meia de do BMW M4 DTM, realizou excelentes
pilotos perderam uma volta para Edoardo tempos e conquistou, brilhantemente,
Mortara – que ficou com o comando da o quinto lugar final. Posição obtida na
corrida devido a um mau arranque de frente de Paul di Resta, que aproveitou
Loic Duval – enquanto Joel Eriksson ficou mais uma corrida desastrada do seu
na volta do líder e já com borrachas para colega de equipa, Gary Paffett (voltou a
piso molhado. Mortara e Frijns adiaram não pontuar) para lhe roubar o comando
até á insanidade a paragem nas boxes, do campeonato com um sexto lugar que
estratégia defraudada já que o comando pontuou como quinto (já que Zanardi não
foi herdado por Eriksson que levou o BMW pontuava). São agora nove os pontos que
M4 DTM até à linha de meta sem mais os separam, o que adiciona mais interesse
problemas, conquistando a sua primei- à próxima prova do DTM, a realizar-se já
ra vitória na competição. Mortara ficou no fim de semana de 8 e 9 de setembro
em segundo e René Rast terminou em no Nürburgring.
terceiro.
Palavra para a excelente corrida de Alex
Zanardi que, usando a sua experiência,
FÓRMULA 2 CAMPEONATO Racing superou bem o tráfego que lhe também ele partindo da pole na corrida
AINDA MAIS EQUILIBRADO foi aparecendo pela frente e não se de Spa-Francorchamps, numa contenda
intimidou com a entrada do Safety Car, em que Lando Norris esteve muito bem.
Nyck de Vries e Nicholas Latifi repartiram Na primeira corrida, Nyck de Vries reiniciando bastante bem a corrida para Nyck de Vries teve um começo de corrida
as vitórias nas duas corridas da Fórmula ofereceu um bom show aos adeptos garantir dessa forma a sua terceira fantástico, ultrapassando os seus rivais e
2, num fim de semana que permitiu a holandeses que viajaram para Spa- vitória na temporada, batendo o brasileiro subindo para o terceiro lugar, após partir
Lando Norris reduzir para apenas cinco Francorchamps para ver Max Verstappen, Sergio Sette Câmara, piloto da Carlin, por da oitava posição da grelha.
pontos a margem que o separa de George podendo também apoiar o seu piloto da 3.1s. Precisou de mais cinco voltas para chegar
Russell, isto quando faltam apenas três Fórmula 2, ao triunfar na Feature Race, O líder do campeonato, George Russell, a Luca Ghiotto, que era segundo, mas
eventos e um total de seis corridas. convertendo a sua pole position numa completou o pódio, depois de segurar o nessa altura já Latifi se tinha afastado,
Alex Albon é terceiro no campeonato, mas vitória dominadora. seu rival na luta pelo título, Lando Norris, assegurando dessa forma a quarta vitória
a 22 pontos de Norris e 27 de Russel. O piloto da Pertamina Prema Theodore na derradeira fase da corrida. da época para a DAMS.
Na segunda, Nicholas Latifi assegurou De Vries começou a baixar o ritmo, devido
a sua primeira vitória na temporada, aos pneus, e foi passado por Lando Norris
na reta de Kemmel, com DRS, com o piloto
britânico a terminar em segundo, 10
segundos atrás de Latifi.
Alex Albon também passou de Vries e
ainda atacou Norris, mas este defendeu-
se bem. Já de Vries teve ainda que se
defender de Markelov no final da corrida.
George Russell não conseguiu andar na
frente e terminou atrás de Ghiotto, em
sétimo.
>>motosport.com.pt M O T O G P INGLATERRA
SILVERSTONE
NÃOSABE
NADAR
Pela primeira vez desde 1980 um Grande Prémio do Mundial
de MotoGP foi cancelado. E tal como nesse já longínquo ano
foram as más condições climatéricas a ditarem esse desfecho.
Desta vez não foi a neve, mas sim uma tremenda carga de
água que caiu no domingo, dia das corridas, e deixou muito
molhada a pista de Silverstone, impossibilitando assim a
realização da 12º ronda da temporada de 2018. Para isso
também ajudou e muito o péssimo sistema de drenagem do
novo asfalto do circuito britânico
ACOMPANHE TODA A INFORMAÇÃO Alexandre Melo
DIARIAMENTE EM MOTOSPORT.COM.PT [email protected]
Todos nós sabemos que no Reino
Unido a pauta é dominada por uma
grande instabilidade meteorológi-
ca. Chegamos mesmo ao cúmulo
de ter no mesmo dia as quatro estações
do ano, algo que é muito difícil de encon-
trar em outros locais do globo. Isto apesar
do verão de 2018 estar a fazer uma pausa
nessa regra, pois tem sido o mais quente
por terras de Sua Majestade desde 1976.
Mas no passado fim de semana a ordem
natural das coisas foi reposta. A instabli-
dade climatérica foi levada ao extremo
e em pleno mês de agosto, sim, o mês
que todos idealizam como de sol e praia.
Durante todo o fim de semana a chuva
foi uma constante o que atrapalhou os
planos dos pilotos e equipas. Porém o
que não estava nas cogitações foi a má
drenagem do novo asfalto do circuito de
Silverstone.
Um problema que foi sendo maquilhado,
mas não muito bem durante o dia das
qualificações e que no dia das corridas
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borrou a pintura toda. A chuva foi tanta ceu o aplauso dos pilotos, pois os riscos de imprensa Mike Webb, onde também seguinte, o Grande Prémio de San Marino
e a ineficácia da drenagem emergiu no de acontecer algo de muito sério eram estiveram presentes Loris Capirossi, e da Riviera de Rimini que decorrerá entre
meio da tempestade deixando à vista de muito elevados. E para isso já bastou a representante da Dorna na Direção de os dias 7 e 9 de setembro no circuito de
todos um circuito de Silverstone comple- violenta queda de Tito Rabat durante Corrida, e Franco Uncini, delegado de Misano.
tamente alagado e a naufragar à vista dos a última sessão de treinos livres e que segurança da Federação Internacional
milhões que aguardavam ansiosamente, deixou o piloto espanhol com graves de Motociclismo e também membro da OLIVEIRA SORRI
no circuito ou em casa, por notícias sobre fraturas na perna direita. Um infortúnio Direção de Corrida.
o programa das corridas. Na retina fica o que pode muito bem ter custado o resto Da parte do diretor do circuito de Em termos de distribuição de pontos o
Safety Car, o BMW M5, a não evitar umas da época ao piloto da Avintia Racing que Silverstone, Stuart Pringle, vieram as fim de semana de Silverstone ficou em
atravessadelas enquanto percorria a tem agora pela frente um longo processo inevitáveis desculpas e o anúncio que branco devido ao que foi acima expli-
pista britânica a fim de perceber quais de recuperação. será feita uma análise ao sucedido. “A cado. E se existe alguém que possa ter
as condições do tenebroso asfalto. “Em situação de chuva extrema o circuito primeira coisa que posso fazer é pedir saído ‘vencedor’ de todo este imbróglio
No dia anterior, e já antevendo o pior, a não era seguro, pois existia muita água desculpa a todos os fãs que vieram ao essa pessoa poderá ter sido Miguel
Direcção de Corrida liderada por Mike em alguns locais. Fizemos todos os es- circuito e esperaram pelas corridas du- Oliveira. Isto porque a passagem pelo
Webb já tinha alterado os horários das forços para realizar as corridas. Claro que rante seis horas e por um espetáculo circuito britânico, muito confuso em
corridas passando o MotoGP para o fim a última medida era cancelar o evento, que pagaram para ver e tal não sucedeu. termos climatéricos, não estava a ser
da manhã e sendo mesmo a corrida inau- a segurança continua a ser a principal Com base na informação do serviço de a mais fácil para o piloto luso.
gural do programa, algo que não é nada prioridade. Tudo tentámos para começar meteorologia britânica todos nós acre- Durante os treinos livres, o homem
usual. Porém, nem essa ação teve algum as corridas logo pela manhã, mas não foi ditávamos que existia uma boa possibi- da Red Bull KTM Ajo sentiu algumas
valor, pois tudo foi sendo atrasado. Os três possível. Mesmo quando chovia menos, a lidade de competir. Contudo, tal não foi dificuldades em rodar no pelotão da
Warm-Up ainda foram realizados, mas pista estava muito molhada. Estudámos possível. Estou muito dececionado, pois frente e a ‘coisa’ piorou na qualificação
após algumas reuniões, nomeadamente com as equipas e o promotor do Grande não foi um grande dia para Silverstone. onde não foi além do 23º posto, pior
com os pilotos (Comissão de Segurança), Prémio diferentes opções como por Vamos analisar de forma detalhada o qualificação do ano, e viu o seu rival
foi tomada a decisão de cancelar a 12ª exemplo passar as corridas para o dia que aconteceu e logo comunicaremos na luta pelo título, Francesco Bagnaia,
prova da temporada de 2018, o Grande de segunda feira, mas tal não foi possível. as conclusões.” obter a pole position. Um cenário que
Prémio da Grã-Bretanha. No final foi tomada a decisão de cancelar A verdade é que para a história fica o pri- estava longe de ser o ideal e obrigaria
Venceu e bem a segurança o que mere- o Grande Prémio”, disse em conferência meiro Grande Prémio anulado no Mundial mais uma vez o piloto português a uma
desde 1980, ano em que o Grande Prémio grande recuperação e desta vez numa
da Áustria foi cancelado, no Salzburgring, pista com condições muito traiçoeiras.
devido a um forte nevão que caiu em Felizmente os interesses portugueses
pleno mês de abril no dia anterior ao ficaram defendidos com a anulação do
das corridas. evento. A luta continua em Misano,
Depois da tempestade em Silverstone onde Bagnaia, líder do campeonato
espera-se que venha a bonança na ronda com três pontos de avanço, irá jogar
em casa.
>>motosport.com.pt
TRIUMPH
» BONNEVILLE SPEEDMASTER 1200 DE 2018
CHARME E ESTILO NUMA COMBINAÇÃO NEO-CLÁSSICA PERFEITA
A Triumph Speedmaster de 2018 é o resultado de uma
simbiose perfeita entre um estilo marcadamente clássico,
que invoca um passado histórico da marca, e tecnologia
contemporânea
Pedro Rocha dos Santos colocação das peseiras na frente da moto adequado quando nas várias situações entre carros parados é no entanto pena-
[email protected] e sobretudo o guiador com os punhos de condução que fomos experimentando, lizado pelo peso da moto e pela grande
ovalados praticamente paralelos ao de- sobretudo naquelas em que fomos obri- dimensão do seu pneu dianteiro. O calor
ATriumph Bonneville pósito, transmitem-nos uma sensação de gados a “frear” o ímpeto da Speedmaster. intenso de um dia de verão era ainda mais
Speedmaster nasceu em viagem no tempo e de estarmos sentados Um dos aspetos de referência da acentuado pelo ar quente que subia do
Hinkley em 2002, então com numa cruiser do passado. Na nossa opi- Bonneville Speedmaster, e que contri- motor quando parados, realidade que
motor de 790 cc, com arrefe- nião a Bonneville Speedmaster é a mais bui enormemente para o fluir suave das depois em andamento e em estrada não
cimento a ar, tendo passado clássica de todas as Triumph do momento. suas linhas clássicas, são os escapes que nos incomoda.
para 865 cc em 2005. Em 2008 Minimalista em termos do que dispomos a Triumph desenhou para este seu mo- Já a circular em auto-estrada aproveitá-
viu ser introduzida a injeção electrónica. visualmente à nossa frente, com todos delo. Os dois coletores seguem uma linha mos para experimentar o cruise control
A Speedmaster era inspirada no mode- os comando bem colocados nos punhos, perfeitamente paralela com o quadro, num que, com apenas um botão, funcionava na
lo americano de então que se chamava onde inclusivamente localizamos um bo- cromadoquecontrastacomoacabamento perfeição, desligando-se de imediato com
Bonneville America, que desde 1965 uti- tão de um bem-vindo “cruise control”, “escovado” do motor, onde as ponteiras um simples acionar do travão ou do ace-
lizava essa designação nas Bonneville também revelador de que, apesar do aparentam ser uma extensão de maior lerador. A falta de proteção aerodinâmica
que comercializava no continente nor- aspeto minimalista, a Speedmaster tem volume dos mesmos, não se percebendo obrigava-nos a circular a uma velocidade
te-americano. uma série de atributos contemporâneos onde entram e saem do elemento catali- máxima de 120/130 Km/h para não se
A nova Bonneville Speedmaster de 2018 em termos de eletrónica. Ou seja, pode- zador, dando a sensação de saída direta do tornar demasiado cansativo, até porque
herda o novo motor de 1200 cc a injec- mos contar com Acelerador Eletrónico motor. Muito bem conseguido e de efeito a posição com os pés para a frente faz
ção e de binário elevado, já conhecido na “ride by wire” e com dois modos de motor, estético excelente. com que o nosso corpo naturalmente se
Bobber que ensaiámos anteriormente, e Road e Rain - este último é também bem Considerando estas primeiras observa- posicione mais direito e para trás, realidade
que define o caráter da Speedmaster. O vindo tendo em conta o binário elevado ções, fruto da reação ao primeiro contacto, que provoca maior pressão do vento no
bicilíndrico paralelo de 8 válvulas e DOHC, do motor - controlo de tração, que pode visual e físico, com a Speedmaster pas- nosso tronco e nos obriga a um maior
de arrefecimento líquido, debita 76 cv às ser colocado em off, e uma embraiagem sámos a rodar na mesma. Primeiro em esforço de aperto das mãos nos punhos
6.100 rpm e um binário considerável de 106 deslizante assistida mecânicamente que cidade, depois em autoestrada e final- para, pelo facto de serem quase paralelos
Nm logo às 4.000 rpm, ou seja, mais 42% facilita enormemente o seu acionamento. mente em estrada nacional com curvas ao depósito, evitar um maior deslize sobre
de binário que a versão de 2015. Os consideráveis 245 kg da Speedmaster mais ou menos pronunciadas. os mesmos.
Quando nos sentamos pela primeira vez são controláveis por dois travões de disco Em cidade o centro de gravidade baixo A caixa é excelente e, ao contrário daquilo
na Speedmaster temos a sensação de na dianteira, com 310 mm e pinças Brembo da Speedmaster dota a mesma de um que se pode esperar numa cruiser, as
estarmos montados numa moto ver- com ABS e de duplo piston, complemen- maior equilíbrio a baixa velocidade e a passagens são suaves e precisas e gra-
dadeiramente clássica. A posição baixa tados por um disco de 255 mm na trasei- embraiagem assistida diminui o esforço ças ao enorme binário do bicilíndrico da
do assento, a apenas 705 mm do solo, a ra que conferem um nível de segurança da sua continua utilização. O zig-zaguear Speedmaster, a necessidade de passar de
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caixa é menos necessária pois podemos em rodar ao limite pelas estradas da Roca. e neutra e o limite da inclinação é-nos
circular a baixas velocidades em 6ª e sair Assim sendo as ultrapassagens faziam-se transmitido pelo roçar do nosso calçado
apenas com o rodar do punho. As sensa- com enorme facilidade, metendo uma no alcatrão.
ções são excelentes e em estrada aberta mudança abaixo ou com o simples rodar Como tínhamos ensaiado a Bobber Black
a experiência quase que nos transporta do punho, graças ao grande binário do na semana anterior era impossível não
para outros cenários de filmes clássicos motor. A Speedmaster, uma vez metida fazermos comparações entre os dois
tipo Easy Rider e, tal como o Peter Fonda, natrajetóriaemcurva,mantém-seestável modelos, até porque ambos partilham
a rodar sem destino… Nota máxima para
o aspeto “cool” da Speedmaster e para as
sensações de “Rebelde sem Causa” que
nos provoca.
Final de percurso em autoestrada e
entramos na nacional, uma das nossas
preferidas em termos de teste do compor-
tamento das motos em curva, em direção
ao Cabo da Roca. Primeiro aviso, a traseira
da Speedmaster não gosta de estradas
com mau piso e avisou na primeira tampa
de esgoto rebaixada que no caminho que
se seguia haveria que evitar as mesmas.
A frente no entanto comportava-se nor-
malmente, até bastante benevolente na
absorção das imperfeições do piso da
estrada nacional. Os travões de bom tato
e eficientes permitiam entradas em curva
em segurança, embora mantendo uma
atitude algo conservadora tendo em conta
o tipo de moto. Como era dia de semana,
o trânsito era normal e não corríamos o
risco de ter os habituais “turistas” das
duas rodas que ao fim de semana teimam
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alguns elementos na sua ciclística. Aliás, tem as peseiras numa posição normal
se pegarmos numa Speedmaster e lhe e recuada com um guiador quase reto
retirarmos a almofada do banco do pen- e a Speedmaster tem as peseiras na
dura, ficamos praticamente com uma frente do quadro e um guiador de maio-
Bobber. As diferenças estão nalgumas res dimensões e recuado. O depósito
caracterísiticas, e claro, nalguns elemen- da Speedmaster comporta 12 litros de
tos que fazem diferenciar um modelo do combustível e o da Bobber apenas nove.
outro. Por exemplo, a posição de condu- Também as suspensões têm maior curso
ção é totalmente diferente pois a Bobber na Speedmaster e estão reforçadas na
CONCORRÊNCIA INDIAN SCOUT - 1.133 CC TRIUMPH BOBBER - 1.200 CC traseira para poder suportar o pendura. A
decoração faz também a diferença, com a
BMW R NINE T - 1.170CC N.D. CV 77 CV Bobber a optar pelos tons mais escuros e
agressivoseaSpeedmaster por um look
110 CV POTÊNCIA POTÊNCIA mais clássico e descontraído.
Para tornar mais difícil a decisão de
POTÊNCIA 247 KG 228 KG compra de uma Triumph Bobber ou de
uma Speedmaster a Triumph disponi-
222 KG PESO PESO biliza ainda dois kits de transformação
da Speedmaster : O Kit “HIGHWAY” e o
PESO 13 990€ 13 200€ kit “ MAVERICK”
O Kit “Highway” é constituído por ma-
16 668€ PREÇO BASE PREÇO BASE las laterais em tela preta encerada, vidro
pára-brisas ajustável, barras cromadas
PREÇO BASE de proteção do motor, banco conforto do
piloto e banco mais confortável a condizer
para o pendura também, encosto para o
pendura e porta-bagagens.
Já o kit “Maverick”, ao estilo Bobber, in-
clui assento monolugar em castanho,
elemento decorativo do guarda-lamas
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FT/ F I C H A T É C N I C A
1200 CC
CILINDRADA
76 CV
POTÊNCIA
12 L
DEPÓSITO
245,5 KG
PESO
14 550€
PREÇO BASE
MOTOR TIPO BICILÍNDRICO PARALELO, REFRIG.
LÍQUIDA, 4 TEMPOS, SOHC, 4 VALVE CILINDRADA
1200 CC POTÊNCIA MÁX. 76 HP @ 6100
RPM BINÁRIO MÁX. 106 NM@ 4000 RPM
EMBRAIAGEM MULTIDISCO EM BANHO DE ÓLEO,
ASSISTIDA ALIMENTAÇÃO INJECÇÃO ELECTRÓNICA,
MULTIPONTO CAIXA 6 VEL. CHASSIS E
SUSPENSÕES QUADRO TUBULAR DO TIPO
BERÇO DUPLO EM AÇO SUSPENSÃO DIANTEIRA
KYB 41MM COM 90MM DE CURSO SUSPENSÃO
TRASEIRA KYB MONO-SHOCK AJUSTÁVEL EM
PRÉ-CARGA DE MOLA TRAVÕES E PNEUS TRAVÕES
DIANTEIROS 2 DISCOS DE 310MM PINÇA
BREMBO 2 PISTONS E ABS TRAVÕES TRASEIROS
DISCO DE 255MM PINÇA DE 1 PISTON E COM ABS
PNEU DIANTEIRO 130/90-16 JANTES DE RAIOS
PNEU TRASEIRO 150/80-16 JANTES DE RAIOS
ELETRÓNICA E ELETRICIDADE BATERIA 12 V
LUZES DIANTEIRAS LEDDIURNO LUZES TRASEIRA
LED PAINEL INFO LCD CONTRASTE AJUSTÁVEL MULTI
INFORMAÇÃO CONTROLE TRAÇÃO SIM, COMUTÁVEL
RIDE BY WIRE SIM MODOS DE MOTOR ROAD
E RAIN OUTROS EMBRAIAGEM DESLISANTE
E ASSISTIDA DIMENSÕES COMPRIMENTO
2195 MM LARGURA 770 MM ALTURA 1040 MM
DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 1510 MM DISTÂNCIA
AO SOLO 91 MM ALTURA DO BANCO 705 MM
RESERVA N.D. CONSUMOS N.D.
NORMA EMISSÕES EURO 4
traseiro, guiador mais baixo e reto, cole- a Triumph Speedmaster é das motos suspensões de melhor desempenho. Não Do ponto de vista da atual gama de mo-
tores de escape com acabamento negro clássicas contemporâneas existentes no é uma moto para todos os dias nem para tos neoclássicas disponíveis no merca-
e ponteiras da Vance & Hines também mercado mais atrativas que conhecemos, grandes trajetos ou viagens. É uma moto do a Speedmaster passa a ser uma das
negras. Ou seja, o Kit “Maverick” trans- se não a mais. A sua estética retro é de cheia de charme e estilo que os mais ou- referências incontornáveis e uma séria
forma a Speedmaster praticamente numa facto irresistível e as suas linhas sedu- sados e certamente não “casados”, admi- competidora num segmento que começa
Bobber Black. toras não deixam ninguém indiferente, tirão estacionar na sua sala, em vez de na a ser altamente disputado. A Triumph
Além dos kits referidos a Triumph dispõe independentemente da idade ou sexo. garagem, pois esteticamente é uma peça Speedmaster está disponível em Portugal
ainda de uma extensa lista de acessórios e Comparativamente à Bobber parece-nos de design maravilhosa. Tecnicamente nas seguintes cores: Jet Black (preto),
equipamento para poderem personalizar ser uma opção algo mais abrangente, uma tem tudo o que de mais sofisticado hoje Cranberry Red (encarnada ) e Fusion
ao máximo a Speedmaster e criarem o vez que permite levar pendura e uma em dia existe pelo que parece-nos uma White e Phantom Black (bicolor em bran-
vosso próprio estilo. escolha mais inteligente, pois comporta combinação perfeita para um segmento co e negro com friso a dourado, a versão
Para concluirmos podemos afirmar que um depósito de maior capacidade e umas específico de mercado. ensaiada) e o seu PVP é de 14.550 euros.
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PEDRO QUEIROZ Pedro Queiroz Pereira, mais co- prestava serviço militar em Angola.
PEREIRA nhecido por Pêquêpê no meio Filho de um industrial do cimento, Pedro
do desporto motorizado na- Queiroz Pereira (ou apenas Pêquêpê)
(PÊQUÊPÊ) cional, foi um piloto de gran- mudou-se para o Brasil depois da re-
de destaque no panorama au- volução de 74, devido à onda de nacio-
BRILHANTE, tomobilístico português dos nalizações de que o país foi alvo, dando
NA PISTA anos 80. Ex-piloto e atual empresá- aí sequência à sua carreira no automo-
rio, Pedro Queiroz Pereira era um dos bilismo, que já tinha arrancado algum
EFORADELA mais destacados empresários nacio- tempo antes em Angola. No AutoSport
nais, presidente do Conselho de Ad- Histórico vamos recordar a bela carrei-
Tinha 69 anos e foi um dos mais destacados e ecléticos ministração da Semapa, da Navigator ra de um piloto que tinha uma enorme
pilotos portugueses dos anos 80. Pedro Queiroz Pereira, (antiga Portucel) e da cimenteira Secil. paixão pelos automóveis, correndo em
Tinha uma fortuna estimada em mais tudo o que tivesse rodas, quer fosse o
ou Pêquêpê, morreu na passada semana vítima dum de mil milhões de euros. Morreu na pas- mais potente carro da Stock Car Brasil,
ataque cardíaco. Recordemos a sua rica carreira, tão sada semana, vítima de ataque cardía- ou o pequeno MG Metro de troféu.
co, que teve como consequência uma Foi, tal como o seu irmão Mêquêpê,
extensa que vamos dividi-la em duas semanas no forte queda, quando passava férias em Manuel Queiroz Pereira, um destaca-
Autosport Histórico Espanha, em Ibiza, nas Ilhas Baleares. do piloto em Portugal, correu nos ralis
Foi, durante muito tempo, forte ‘ocu- e velocidade (até fez uma ‘perninha’
José Luís Abreu e Filipe Fernandes (Fifé) pante’ das páginas do AutoSport, fruto no TT), chegando mesmo a correr na
[email protected] da sua longa carreira no desporto mo- Fórmula 2.
torizado, que começou quando ainda Foi na sua passagem de vários pelo
FOTOGRAFIA Photo XTROD/José Nogueira
CONHEÇA ESTA E MUITAS
OUTRAS HISTÓRIAS EM AUTOSPORT.PT
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Brasil que conheceu Ayrton Senna, de A CARREIRA ção, tudo o que lhe era possível pilotar, também a estrutura da Fórmula Ford, o
quem se tornou grande amigo. Tudo fazia-o e por isso alinhou em diver- Team Nescafé, pois tínhamos três carros,
aconteceu quando numa corrida da O ‘bichinho’ já estava lá, mas foi no início sos troféus monomarca, com mode- um para o Pêquêpê, outro para o Miguel
Stock Car no Brasil realizou uma por- dos anos 70 que Pedro Queiroz Pereira los tão diferentes como o MG Metro, o Villar e um terceiro que emprestávamos
tentosa exibição em pista, com pneus começou a correr, em Angola, para onde Toyota Starlet, o Toyota Corolla GT e o aos convidados.
slicks numa circuito ainda molha- foi devido à tropa. Corria o ano de 1972 Citroën Visa. Esta foi também a fase do projeto BMW
da, surpreendendo um ‘tal’ de Ayrton quando surgiu o chamamento do ser- Quem com ele privou durante largos M3 da Baviera, o importador BMW da
Senna, que comentava a prova para viço militar, que conseguiu conciliar anos foi Filipe Fernandes, o conhecido altura, e aí, em termos de BMW, eu era
a TV Globo. com as corridas, estreando-se com um Fifé. O ‘Presidente’ dos ‘penduras’ conhe- o Team Manager do Pêquêpê.
Desde esse momento construíram Chevrolet Camaro Z28, que trouxe pos- ceu Pêquêpê ‘noutras vidas’: “Conheci-o Na fase do Toyota Corolla, em algumas
uma amizade que durou até à morte de teriormente para Portugal. em 1973, eu era fotógrafo. Sempre o provas não era permitido participar em
Senna, em Imola, em 1994. Foi também Não demorou muito tempo até que re- achei uma excelente pessoa. Eu tinha mais do que duas competições diferen-
muito por causa de Pêquêpê que Senna gressasse ao nosso país, ainda em 1972. uma empresa de fotografia quando na tes, e como o Pêquêpê corria em três
faria de Portugal a sua segunda casa. A primeira competição que fez em solo altura só havia a Foto Ávila. Entretanto (Toyota, BMW e Fórmula Ford) acabá-
Foi com exibições como a que susci- nacional foi o Rali das Camélias desse o Pêquêpê em 1980 convida-me para ir mos por emprestar o Toyota e o Fórmula
tou a curiosidade de Ayrton Senna que mesmo ano, com um Opel 1904 SR, onde trabalhar com ele, para ir tomar conta Ford a vários convidados.
Pêquêpê construiu o seu belo palma- foi navegado por Portela de Morais. Fez da sua equipa de Stock Cars. Estive com As coisas foram evoluindo e fomos cam-
rés, que ostenta como maior destaque bem menos de três dezenas de ralis em ele de 1980 e 1983 a trabalhar nos Stock peões em 1987 e 1988 no Nacional de
os dois títulos de Campeão Nacional de Portugal, sendo que, essencialmente, Cars no Brasil. Entretanto eu vim para Velocidade. Depois lutámos pelo títu-
Velocidade que obteve em 1987 e 1988, disputava o Rali das Camélias e o Rali Portugal, ele ficou lá mais tempo, com lo em 1989 até que o Pêquêpê teve um
aos comandos do seu inesquecível BMW de Portugal. os seus negócios e a sua vida, que es- grande acidente na Rampa de Portalegre,
M3 da Poligrupo. Apesar de também ter vencido nes- tava estabelecida no Brasil. Ele vinha a momento em que ele decidiu de imedia-
ta disciplina, por exemplo, o Rali das Portugal só para fazer corridas”, come- to retirar-se das corridas.
Camélias de 1986 na geral, bem como çou por explicar Fifé, prosseguindo: “Em Ainda nesse mesmo ano, em 1989, abri-
outros triunfos na classe, foi claramente Portugal havia uma estrutura, Pêquêpê mos a Luacar, que chegou a ser um dos
nas pistas que obteve os seus maiores Racing, em que estavam mecânicos principais concessionários BMW do país.
êxitos, começando logo em 1973 com a trabalhar a tempo inteiro só para os Estive com ele até 1990, pois o Pêquêpê
o Chevrolet Camaro Z28, inscrito pelo carros de corrida, que nessa altura já deixou de correr e depois disso ele par-
Team Mocar Angola, quando venceu a eram muitos. O Mestre Raimundo era ticipou apenas em alguns eventos au-
corrida de Turismo do Circuito de Vila o Chefe de Oficina, ele que tinha sido, tomobilísticos de marcas, corridas VIP,
Real, batendo Ernesto ‘Néné’ Neves. antes, o homem que esteve à frente etc…”, recordou Filipe Fernandes.
Mudou-se para o Brasil em 1975, depois do Departamento de Competição da Esta é a primeira parte da nossa home-
da revolução e da nacionalização das General Motors. Em Portugal começá- nagem a Pêquêpê, na próxima sema-
empresas da família, e no país irmão mos a ter uma estrutura mais a sério na, novamente no AutoSport Histórico,
deu continuidade à carreira automobi- em 1986, na altura do Toyota Corolla do vamos recordar a sua passagem pe-
lística em disciplinas tão diversas como Troféu Toyota Consagrados. Os mecâ- los Ralis, bem como recordar algu-
os Stock Cars ou a Fórmula 2. nicos passaram a ficar a tempo inteiro mas das mais marcantes histórias
Tendo disponibilidade para isso, e sendo na empresa. Em 1987 passámos a ter de Pêquêpê.
um grande apaixonado pela competi-
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70 80 colegas de equipa. Pêquêpê era muito se os custos de ter vindo toda a estru-
metódico e profissional em tudo o que tura da competição, e há um pormenor
1972-1979 1980 fazia na vida, era muito exigente em interessante, é que os Stock Car Brasil
tudo o que se metesse. O melhor que eram movidos a etanol, combustível
OS PRIMÓRDIOS STOCK CAR BRASIL fez foi na Stock Car Brasil, e apesar que não existia em Portugal. Foi a pri-
de nunca ter vencido qualquer corri- meira vez que a Stock Car saiu do Brasil,
Em Angola (1972) começou a correr com “Quando cheguei ao Brasil a equi- da, conseguiu vários pódios e andava e o vencedor foi Paulão Gomes. Houve
um Chevrolet Camaro Z28 que trouxe pa já estava formada, era o Emerson normalmente nos quatro primeiros”, um grande acidente na primeira volta e
para Portugal. Ano em que se iniciou Fittipaldi, o Wilson Fittipaldi, o José recordou Fifé. vários pilotos ficaram de imediato pelo
também nos ralis, nas Camélias, com Carlos Pace e o Pêquêpê. Lembro-me caminho”, recordou.
um Opel 1904 SR. Venceu diversas ve- que era a única equipa que tinha um 1982
zes, como em Vila Real (1973), com o re- segundo carro para cada um dos pilo- 1983
ferido Chevrolet do Team Mocar Angola tos. Não foram campeões nesse ano, CARAVANA DOS STOCK CAR PARA POR-
(corrida de Turismo). Foi para o Brasil porque desistiram em imensas provas. TOYOTA STARLET
(1975) e correu na Stock Car e Fórmula 2. O Pêquêpê andava ao nível dos seus TUGAL
“Sendo Pêquêpê um piloto que queria
“Em 1982, Pêquêpê levou a Caravana dos correr em tudo o que fosse possível, os
Stock Car para Portugal, o que mostra- primeiros troféus que disputou foram o
va bem o seu empreendedorismo. Em Toyota Starlet em 1983 e o MG Metro, no
Portugal fez-se penas uma corrida, para mesmo ano. Tendo em conta que manti-
a qual Pêquêpê convidou vários portu- nha os negócios no Brasil, Pêquêpê deu
gueses: o seu irmão Mêquêpê, Ernesto maior primazia ao troféu MG Metro, e
‘Néné’ Neves e o Mário Silva. Imaginem-
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1 1987 Team Formula Ford Nescafé
2 1985 Troféu Toyota Consagrados
7 3 1982 Pêquêpê
4 Pêquêpê com Ni Amorim
5 Pêquêpê e Rufino fontes
6 1982 Rali das Camélias, Opel Kadett GT/E
7 1987 Campeão de Turismo, BMW M3
8 1984 Rali de Portugal, Opel Kadett GT/E
9 1987 Team Formula Ford Nescafé
10 1989 Vice-Campeão de Turismo, BMW M3
11 1984 Rali de Portugal, vitória na Classe A7
8 11
neste troféu fez apenas quatro ou cinco 1984 também aderiu. Aos comandos do equipa, a Auto Boavista. O segundo pilo-
provas”, disse Fifé. Toyota Corolla GT, o piloto luso ven- to era António Simões, ainda hoje líder
TROFÉU VISA ceu a competição na frente de António da ASM Team, que venceu a competição,
1983 Rodrigues, Álvaro Parente, Rui Lages com Mário Silva em segundo. Pêquêpê foi
“O Troféu Visa começa por ser de Ralis, e Adriano Barbosa. No ano seguin- quinto nessa competição. Paulo Longo,
MG METRO nos primeiros anos, só depois rumando te (1986), nesta mesma competição, Pedro Leite Faria, Hermano Sobral, Luís
às pistas, Rampas e a primeira etapa da Pêquêpê venceu novamente o troféu, Figueiredo e Silva, entre outros, são ou-
“Este é também o ano do MG Metro, Volta a Portugal (ralis), e Pêquêpê, sendo na frente de António Rodrigues, António tros nomes conhecidos deste Mini Troféu
competição organizada pela British este um novo Troféu, decidiu também Barros, Adriano Barbosa e Ni Amorim”. de Fórmula Ford, realizado neste ano, pois
Leyland, com Pêquêpê a vencer o disputá-lo. Pêquêpê foi quinto classi- foi apenas composto por três provas”.
troféu. Seguiram-se João Vasco (2º), ficado na competição”. 1985
Carlos Marta (3º), João Zilhão (4º), 1986
Quina Falcão (5º) e Rui Lages (6º)”. 1985 FÓRMULA FORD
Com Pêquêpê corriam pilotos como FÓRMULA FORD
João Vasco Madeira Rodrigues, tio do TROFÉU TOYOTA CONSAGRADOS “Em 1985, a Fórmula Ford reapareceu
atual candidato às eleições do Sporting em Portugal (primeira fase foi nos anos “Em 1986, Pêquêpê voltou a correr na
clube de Portugal, Pedro Madeira “A exemplo do que sucedeu com os 70) e claro, Pêquêpê entrou também na Fórmula Ford. Depois de ter ‘aprendi-
Rodrigues. anteriores troféus, o Trofeú Toyota competição, formando para o efeito uma do’ a competição quis voar mais alto no
Consagrados nasceu em 1985 e Pêquêpê
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segundo ano, pois achava que um títu- nem sequer precisava de ir à Rampa do Pêquêpê a ser quarto classificado na 1988
lo de Fórmula Ford ficava bem no seu Caramulo, última prova da competição. competição, atrás de Pedro Leite Faria,
currículo. Começou a época com duas Foi Campeão Nacional pela primeira vez, Luís figueiredo e Silva e Pedro de Mello BAJA GUADIANA SAGRES 500
vitórias no Circuito do Estoril, mas em na frente de António Rodrigues, Jorge Breyner.
Jarama não conseguiu bater o Pedro Petiz e Rufino Fontes”. “Em 1988, foi no- Ainda em 1988, Pêquêpê, António “Para além das pistas e dos ralis,
Matos chaves, e isso funcionou como vamente Campeão, numa competição Rodrigues, Antonio Albacete Jr., Jesús Pêquêpê participou também, por uma
uma espécie de ponto de viragem no que foi bastante mais renhida pois tudo Pareja, Cosme Domecq e José Ángel única vez, no todo o terreno, ao correr
troféu, já que depois disso o Pêquêpê se centrou numa luta entre Ni Amorim Sasiambarrena disputaram o ETCC, na Baja Guadiana Sagres 500 de 1988.
não voltou a vencer corridas e logo na e Carlos Rodrigues, que tinham ambos Campeonato da Europa de Turismos, Num Mitsubishi Pajero e com Carlos
fase decisiva da competição. O triun- dois bons e potentes Ford RS 500, muito com a equipa Camac Racing, uma for- Simões de Almeida ao lado, Pêquêpê,
fo foi para o Pedro Matos Chaves com mais que o BMW M3. Mas o campeão foi mação espanhola, sempre no BMW M3. a meio do percurso de 400 Km, mar-
Pêquêpê em segundo”. Pêquêpê, pois foi bastante mais regular Pêquêpê fez poucas provas, pois como cado por uma enorme intempérie, teve
e embora o Ni Amorim tenha chegado se percebe eram vários os pilotos na vários problemas com o carro e aban-
1987 e 1988 à última prova em boa posição para ser equipa e existiram algumas confu- donou a meio do traçado. Eu estava
Campeão, o título foi para Pêquêpê”, sões. Ainda assim, foi 12º em Monza a tirar tempos no meio do percurso,
NACIONAL DE VELOCIDADE/TURISMO recordou Fifé. e no Estoril”. e Pêquêpê pára e diz-me que estava
farto daquilo, para eu passar para o
“Pêquêpê foi convidado pela Baviera 1987
para integrar a equipa oficial da BMW.
Ao lado de Jorge Petiz, no mítico BMW FÓRMULA FORD
M3 com as cores da Poligrupo, Pêquêpê
venceu sete das 12 provas. Quando ain- “Em 1987, na Fórmula Ford nasceu
da faltavam duas provas para o final, ele e Team Formula Ford Nescafé, com
ACRÓNIMO 9 >> autosport.pt
Porquê Pêquêpê
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Pêquêpê é um acrónimo formado pelas iniciais do seu
nome, Pedro Queiroz Pereira, tal como sucedeu com o 1 1985 Troféu MG Metro
seu irmão, Mêquêpê, ou Manuel Queiroz Pereira. Tudo 2 1986 Opel Manta GT/E, Rali das Camélias
isto, para que o pai, também Manuel Queiroz Pereira, 3 1987 Campeão de Turismo, BMW M34
que era um grande empresário português, não saber 4 1986 Troféu MG Metro
que os seus filhos disputavam corridas. 5 1979 Rali de Portugal, Opel Kadett GT/E
6 1980 Stock Cars Brasil
Percurso 7 1984 Rali de Portugal, Opel Kadett GT/E
8 1987 Campeão de Turismo, BMW M3
1980 Stock Cars Brasil 9 1988 Campeão de Turismo, BMW M3
1983/1984 Troféus Visa, Toyota Starlet e MG Metro 10 1987 Team Formula Ford Nescafé
1985 Fórmula Ford e Troféu Toyota Consagrados 11 1985 Troféu Toyota Consagrados
1987 Campeonato Nacional deVelocidade/Turismo –
Campeão; Team Formula Ford Nescafé
1988 Campeonato Nacional deVelocidade/Turismo –
Campeão; Team Camac Racing ETCC;
Baja Guadiana Sagres 500
1989 Campeonato Nacional de Velocidade/Turismo –
Vice-Campeão
2006 Prémio Carreira FPAK
8
7
volante. Eu lá fiz quase todo o resto 90 10
da prova, até muito perto do final onde 11
tive que desistir, por motivos óbvios. O 1990 - 2018
Pêquêpê já estava longe dali, tinha ido
embora na carrinha de assitência...” MERECIDA DISTINÇÃO
1989 “A partir daí, Pêquêpê só voltou a sen-
tar-se num carro de competição em
NACIONAL DE VELOCIDADE/ corridas VIP, organizadas por algumas
marcas, que juntavam pilotos de reno-
TURISMO me, para ‘matar o bichinho’ da compe-
tição. Em 2006, a FPAK decidiu atribuir-
“Num ano em que o Ni Amorim foi -lhe um merecido Prémio Carreira por
Campeão Nacional de Velocidade, tudo o que Pêquêpê fez pelo desporto
Pêquêpê terminou pela primeira vez motorizado em Portugal. Muito mere-
em três anos no segundo lugar, deci- cido, sem dúvida…”, disse Fifé.
dindo colocar depois um termo à sua Para a semana, as melhores histórias
carreira nos automóveis, na sequên- da carreira de Pedro Queiroz Pereira,
cia do grande acidente que teve na Pêquêpê.
Rampa de Portalegre, onde destruiu
por completo o BMW M3, depois de
capotar violentamente na última es-
querda da rampa. Esse acidente as-
sustou-o muito, quando vínhamos de
helicóptero para Lisboa ele disse-me
logo que não queria fazer mais corri-
das…” recordou Fifé.
+42
LEXUS Filipe Pinto Mesquita o efeito “boomerang” das linhas frontais
[email protected] a tornar-se mais evidente, como noutros
» NX 300H EXECUTIVE + modelos da Lexus. Para isso, o desenho
Numa altura em que os motores dos indicadores de mudança de direção
E PORQUE NÃO? diesel estão a ser “bombardea- sequenciais foi fundamental, tal como os
dos” e algumas marcas lutam faróis LED que, com uma nova disposição,
No reino dos SUV premium, a Lexus não tem vida fácil, batendo, desesperadamente, tornaram o visual mais agressivo e des-
mas o renovado NX 300h entra em campo com elevada o pé para manter a sua sobre- portivo. Mas, atrás também há novidades
vivência, a Lexus não convi- com novos grupo óticos em forma de L. Já
e legítima dose de confiança. Se está com aquele ve com esse problema. Há muito que o lateralmente o SUV apresenta um formato
olhar desconfiado por ser a gasolina, fique a saber construtor abraçou a tecnologia híbrida descendente de trás para a frente muito
que a associação de uma motorização elétrica, que faz (motor a gasolina e elétrico) e sabe tirar pronunciado e, bem se poderá dizer, que
dele híbrido, faz pode ser surpreendente e não só nos partido dessa “ciência”. O aperfeiçoado os plásticos dos guarda-lamas dianteiros
NX 300 h é bom exemplo e promete recu- e traseiros eram dispensáveis “queimam”
consumos… perar terreno para os SUVs alemães que uma imagem mais nobre que é compen-
ainda dominam a categoria, na vertente, sada pelas discretas barras cromadas
LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE premium. no tejadilho.
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT Os seus trunfos começam logo na ima- A atualização do NX também teve re-
gem exterior recondicionada, que não percussões no habitáculo, as quotas de
abdica das raízes orientais. A grelha-as- habitabilidade continuam a impressionar,
sinatura fusiforme aumentou o impacto sobretudo, nos lugares traseiros (com
visual, passando a representar melhor a bancos reclináveis) onde três pessoas
identidade da marca (alguns pormenores viajam quase confortavelmente, mas
colam-se ao coupé desportivo LC), com onde, para duas, há espaço de sobra sob
>> autosport.pt/automais
43
qualquer ângulo, sendo que os 555 litros da FT/ F I C H A T É C N I C A Neste caso, não saem goradas porque o NX tor, que nem a desmultiplicação virtual
bagageira (com portão elétrico) dão para 300h é um bom companheiro de viagem, proporcionada pelas patilhas no volante
levar muita “tralha” no fim-de-semana ou 2.5 / 197 CV em qualquer tipo de estrada, à exceção conseguem disfarçar.
nas férias. Depois é possível encontrar um de caminhos particularmente sinuosos, Um seletor com três modos de condu-
écran de infoentretenimento maior (de 7 HÍBRIDO (GASOLINA + ELÉTRICO) onde, como é natural, o Lexus não se sen- ção – Eco, Normal e Sport – permitem
passou para 10,3’’), que integra, de série, o te no seu habitat primário. O conforto ajustar o tipo de condução à estrada ou
sistema Lexus Premium Navegation. Em 9,2 S é sempre nota dominante, mesmo se o estado de espírito do condutor, sendo que
vez de um painel multimédia tátil, a Lexus construtor japonês optou por não equipar ao carregar no modo EV (Veículo Elétrico),
continua a insistir no “touch pad”, que não 0-100 KM/H omodelocomsuspensãoadaptativa,oque o NX 300h explora todo o seu potencial
sendo a solução ideal, tem funcionalidade não prejudica verdadeiramente o prazer ao de híbrido, que recarrega a bateria por
melhorada, com o controlo do rato a ser 5,2 L / 7,8 L (AUTOSPORT) volante em diferentes situações uma vez regeneração em desaceleração ou na
agora mais fácil. O painel de controlo da que o acerto da suspensão se apresenta travagem, apesar do sistema ser muito
climatização, agora instalado no centro 100 KM como excelente compromisso para ritmos sensível ao peso no acelerador. Sempre
da consola superior e integrando quatro rápidos ou lentos, bom piso ou alcatrão que pode, o sistema de funcionamento do
comutadores, é também agora mais fá- 121 irregular.O pisaré sempre“nobre”,o que NX 300h privilegia o modo elétrico (EV),
cil de lidar e intuitivo. Já as patilhas que acompanhado pela posição elevada de mas com o seu peso e se a pressa for algu-
operam o sistema seletor de velocidades G/KM- CO2 condução, como mandam as regras dos ma, a maior parte do tempo será passada
não têm utilização prática funcional, não SUV, eleva a sintonia com a estrada. a gastar gasolina e não eletricidade. Feitas
tanto pelas suas reduzidas dimensões, 59 310€ Com motorização híbrida (motor tér- as contas, apesar de tudo, o SUV Premium
mas porque estão associadas à caixa de mico de 155 cv e motor híbrido de 105 da Lexus oferece consumos moderados:
velocidades de variação contínua E-CVT, PREÇO BASE kW), com potência de 197 cv há margem longe dos 5.2 l/100 km de média oficiais,
que é tudo menos desportiva. suficiente para praticar uma condução mas dentro dos 7.8 l/100 km reais. Nada
Sempre que nos sentamos ao volante de QUALIDADE DE CONSTRUÇÃO/ fluída e alcançar boas prestações dinâ- mau, para um carro que a maior parte do
um SUV Premium as expetativas sobem. HABITABILIDADE/CONSUMOS micas, mais em matéria de rapidez (9.2s tempo tem um motor2.5litrosa gasolina
dos 0-100 km/h) do que em velocidade em ação. E por falar em custos e apesar
DIREÇÃO PESADA/RUÍDO máxima (180 km/h). Em todo o caso, a do seu tamanho, destaque para o paga-
COM CAIXA E-CVT EM ESFORÇO caixa E-CVT continua a ser um “pau de mento de apenas Classe 1 nas portagens
dois bicos” pois se é uma excelente opção (desde que associado à Via Verde). Nota
MOTOR 4 CIL., INJ. DIRETA, TURBO, 2494 CM3 para ritmos moderados de passeio, onde mais negativa merece a direção, pouco
POTÊNCIA (COMBINADA) 197 CV/5700 o motor não esteja em esforço, não inibe assistida, e o primeiro ataque ao pedal de
RPM BINÁRIO (MOTOR COMBUSTÃO) 210 um ruído excessivo pelo esforço do mo- travão demasiado intenso.
NM/4200-4400 RPM (MOTOR ELÉ.) 279 NM
TRANSMISSÃO DIANTEIRA, CX. AUT.E-CVT.
SUSPENSÃO MCPHERSON À FRENTE COM
MOLAS EM ESPIRAL E DUPLO BRAÇO
TRINAGULAR ATRÁS TRAVAGEM DV/D
PESO 1915 KG MALA 555 (1600) LITROS
DEPÓSITO 56 LITROS VEL. MÁX. 180 KM/H
+44
MITSUBISHI
» ASX 1.6 DI-D INSTYLE CONNECTED EDITION
MUDAR, SEM REVOLUCIONAR
O Mitsubishi ASX recebeu há pouco tempo uma ligeira
operação de cosmética, mantendo intactos valores como
a qualidade de construção e bom compromisso entre
conforto e dinamismo. Só lhe falta uma imagem mais
“descontraída” e “cool”…
Filipe Pinto Mesquita da consola central (com acabamento desilude, permitindo, com a possibili- arranque em subida a apresentarem-se
[email protected] em preto), aos painéis de interruptor dade de configuração de rebatimento na primeira linha do auxílio ao condutor
das portas com acabamento em pra- dos bancos traseiros 60/40, oferecer e a tornarem as viagens mais seguras.
AMitsubishi optou por não cor- teado e à mudança da localização de maior versatilidade e funcionalidade. O maior isolamento de ruídos e vibra-
rer riscos e hoje, ao ritmo das alguns pequenos compartimentos de Na versão Instyle Connected Edition, o ções, num esforço bem-sucedido dos
mudanças, isso talvez seja arrumação, que obrigaram a redese- ASX apresenta um nível de equipamen- técnicos nipónicos, é a primeira sensa-
mais penalizador do que be- nhar a consola inferior. to bem composto, mas não é a referên- ção detetável quando o ASX ganha vida
néfico. Os números de vendas, Em todo o caso, o conforto, otimizado cia no segmento, com sistemas como o em estrada e já depois de descobrir que
confirmá-lo-ão ou não, mas o com os magníficos estofos em pele e cruise control (de comandos não muito a posição de condução sobre-elevada
rejuvenescimento da imagem do ASX alcântara (exclusivos da versão Instyle) intuitivos), o sistema de travagem de reforça a ideia de estarmos ao volante
não é mais do que circunstancial, com ajudam a refinar o ambiente a bordo, emergência e o sistema de ajuda ao de um SUV, onde a visibilidade é sem-
pequenos retoques que lhe dão maior que convive bem com quatro passa-
vivacidade e encanto, mas ficam longe geiros, mas onde o quinto já não pode
de o revolucionar. A usufruir das mesmas regalias de es-
nova grelha frontal, com aplicações em paço. Pode, contudo, desfrutar do teto
cromado à frente, o desenho do novo panorâmico com luzes LED (de gosto
pára-choques traseiro com farolim de discutível), que aumenta a sensação de
nevoeiro horizontal em LED integrado, liberdade e dá um toque mais arejado
o friso cromado que se estende por ao habitáculo.
quase toda a tampa da bagageira e A conectividade a bordo está garan-
os faróis Led diurnos e as jantes de tida através do sistema Multimedia,
liga leve 18’’, a que se juntam ainda os com écrã de 6,1’’, que, não sendo o úl-
plásticos frontais à cor da carroçaria timo grito em termos de tecnologia, se
representam os elementos revistos. mostra sempre intuitivo e permite o
No habitáculo, a Mitsubishi aponta para emparelhamento com o smartphone
um novo design do painel central, mas e sistema de navegação com facilidade.
só com olho clínico se consegue desco- Já a bagageira de 416 litros (exten-
brir as diferenças para o do modelo an- sível até um máximo de 1193 litros)
terior, exceção feita aos acabamentos não impressiona, mas também não
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45
FT/ F I C H A T É C N I C A
1.6 / 114 CV
GASÓLEO
11,2 S
0-100 KM/H
4,6 L / 6,5 L (AUTOSPORT)
100 KM
119
G/KM- CO2
31 250€ PREÇO BASE
27 500€ (EM CAMPANHA)
QUALIDADE DE CONSTRUÇÃO/
COMPROMISSO ENTRE CONFORTO
E RIGIDEZ
DESIGN E HABITÁCULO POUCO
INOVADORES
MOTOR 4 CIL., INJEÇÃO DIRETA,
TURBODIESEL, 1560 CM3 POTÊNCIA 114
CV/3600 RPM BINÁRIO 270 NM/1750
RPM TRANSMISSÃO DIANTEIRA,
CX. MANUAL DE 6 VEL. SUSPENSÃO
MCPHERSON À FRENTE E MULTIBRAÇOS
ATRÁS TRAVAGEM DV/D PESO 1380 KG
MALA 406 LT DEPÓSITO 60 LT VEL.
MÁX. 182 KM/H
pre um ponto forte. Animado com o já 114 cv oferecidos são mais do que su- gem das curvas, sem excessivo ador- tão de “experiência de condução”, que
conhecido motor 1.6 DI-D de injeção ficientes para uma utilização rotineira nar da carroçaria e com estabilidade outros SUV já apresentam por forma
direta, o ASX move-se sem grande e descomprometida, gerando empatia garantida, à custa não só dos sistemas a tornar ainda mais “pessoal” a rela-
esforço, respondendo com decisão e perfeita com a precisa caixa manual de auxiliares de condução, sempre sob vi- ção entre o condutor e o veículo e vive
imediatismo nos primeiros metros, 6 velocidades, cujo escalonamento se gilância, mas, sobretudo, devido ao bom harmonicamente com a direção que
fruto do binário de 270 Nm disponível mostra adequado à maioria das neces- compromisso de afinações de suspen- transmite bom “feeling” na condução.
logo a partir das 1750 rpm. Mas a ver- sidades e ajuda a conter os consumos são encontrado, baseado no equilibrado Mesmo sem “alma” verdadeiramente
dade é que o motor também esgota a que, em condições reais, dificilmente acerto de molas e amortecedores. Este inovadora em muitos aspetos e algum
energia cedo (a partir das 3600 rpm) baixam dos 6,5 l/100 km de média. equilíbrio, entre o conforto e rigidez arrojo que pode ser encontrado na con-
e sempre numa curva descendente de No plano dinâmico, o renovado ASX (necessária para ritmos mais elevados), corrência, o preço de campanha (27.500
entrega de potência. Em todo o caso, os mantém a postura correta na aborda- faz esquecer a necessidade de um bo- €) possa ajudar a nivelar o “jogo”.
+
DACIA comprometa a segurança, tal como se abusar do ritmo
numa estrada de curvas e esquecer que a família “vai
» DOKKER TCe 115 STEPWAY lá atrás”! Provavelmente, ela reclamará mesmo antes
do ESP se mostrar solicito para controlar o ímpeto do
O PRECONCEITO? ARRUMA-SE NA MALA! condutor! Os consumos não assustam, com médias
reais de 7,9 l/100 km (longe das 5,7 l/100 km anun-
“Despreconceitualizar”! Sim, é verdade, a palavra não existe, mas bem poderia ser ciadas), mas a utilização do modo ECO dá uma ajuda
inventada pela Dacia, que com o Dokker Stepway apresenta um veículo despido de importante para os baixar.
preconceitos e importantes trunfos, como espaço gigante, equipamento de série completo Já a direção poderia ser mais transparente e, sobretudo,
e preço “low cost”. Se acha que não era capaz de comprar um “furgão” de cinco lugares mais leve, mas se está a contar usar o argumento da sua
para viajar com a família e com ele aparecer aos amigos, então está na altura de arrumar o fraca assistência para justificar a inscrição no ginásio,
preconceito contra este tipo de veículos. Já agora na mala, pois lá cabe mesmo tudo… no fim das férias, é melhor pensar noutra desculpa
pois a questão está longe de ser verdadeiramente
Filipe Pinto Mesquita 115, a gasolina, cuja injeção direta e o turbo ajudam a problemática! Já no que toca à suspensão e aos tra-
[email protected] debitar 115 cv, as viagens tornam-se facilmente “alegres”, vões, nada há a apontar. O conforto de rolamento, em
desde que não se esperem milagres. Com uma subida qualquer piso, mesmo com eixo de torção atrás, está
Vamosdiretosaoassunto:sesesentouaovolante de rotação linear, este Dokker responde de forma rápida garantido, o mesmo se passando com a eficiência do
do Dokker e a frase“Shiiii!Quechatice!Vouter aos estímulos do acelerador, só não o “cola” ao banco! sistema de travagem, que não é por ter tambores atrás
que guiar um furgão” lhe passou pela cabeça, Mas também, convínhamos, não foi pensado para isso! que denota fragilidade.
é natural que vá ter uma agradável surpresa. Com ótima visibilidade e posição de condução correta Mas, esta é a perspetiva dinâmica de uma viatura,
Evidentemente que conduzir este combi não (apenas o seletor da caixa manual de 5 velocidades que, pela sua configuração, está longe de estar entre
é a mesma coisa do que um automóvel de di- poderia estar colocado em posição mais elevada, o que as preferidas e ser considerada primeira opção na
mensões compactas, mas, na realidade, as diferenças facilitaria as engrenagens, ainda assim, precisas) é em hora de comprar um novo automóvel. Talvez tudo
são menores do que inicialmente o seu cérebro (traído autoestrada que o Dokker se sente mais à vontade, se resuma a um preconceito pois para quem tem
pelo preconceito social da tipologia da carroçaria de desde que não confrontado com ventos laterais fortes, amplas necessidades de espaço, o Dokker tem ar-
furgão) pode ser levado a pensar. Com um motor TCe aos quais a carroçaria alta é mais sensível. Nada que gumentos de sobra para convencer. Senão vejamos:
cinco espaçosos lugares, com acesso facilitado aos
lugares traseiros por portas deslizantes (ainda que
pesadas), uma enorme bagageira de 800 litros que
facilmente se transformam em 3000 litros (com o
rebaixamento dos bancos traseiros) e que até dá
para transportar uma bicicleta de adulto em conjunto
>> autosport.pt/automais
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FT/ F I C H A T É C N I C A
1.2 / 115 CV
GASOLINA
10,8 S
0-100 KM/H
5,7 L / 7,9 L (AUTOSPORT)
100 KM
130
G/KM- CO2
15 500€ PREÇO BASE
16 110€ (VERSÃO ENSAIADA)
PREÇO/EQUIPAMENTO/
FUNCIONALIDADE
PESO DAS PORTAS LATERAIS/VIDROS
TRASEIROS DE ENTREABRIR
MOTOR 4 CIL., INJ. DIRETA, TURBO, 1198 CM3
POTÊNCIA 115 CV/4500-5000 RPM BINÁRIO 190
NM/2000-4000 RPM TRANSMISSÃO DIANTEIRA,
CX. MANUAL DE 5 VEL. SUSPENSÃO MCPHERSON À
FRENTE E EIXO DE TORÇÃO ATRÁS TRAVAGEM DV/T
PESO 1227 KG MALA 800 LT DEPÓSITO 50 LT VEL.
MÁX. 175 KM/H
com todas as malas e restantes tralhas das férias! longitudinais, computador de bordo, volante em couro retrovisores traseiros. O “badge” Stepway nas portas
De trás para a frente, também há elogios a considerar. (regulável em altura) com comandos, faróis de nevoeiro, dianteiras confirma que se trata da linha de equipamento
Claro que, numa viatura considerada “smart buy” (com- sistema regulador/limitador de velocidade, retrovisores mais “energética” e as jantes flexwheel 16‘’ em dark
pra inteligente) ou “low cost”, não se pode esperar uma elétricos e muitos outros itens. Apenas a câmara de metal “aproveitam” o balanço para dar a este Dokker
exímia qualidade de materiais ou plásticos nobres. Ainda marcha-atrás (150 €) e o pneu sobressalente (90 €) um ar mais “cool”.
assim, não há falhas graves a registar e o desenho de fazem parte dos opcionais a considerar. Resumindo, se procura um veículo espaçoso, familiar, ver-
todo o tabliê, painel de instrumentos e consola central O facto de se tratar da versão topo de gama, “Stepway”, sátil, com excelente equipamento e que a isso tudo alie um
está perfeitamente integrado nos cânones das viatu- também lhe oferece um visual exterior mais radical e, preço interessante, o Dokker Stepway pode perfeitamente
ras modernas. O equipamento de série, nesta versão definitivamente, mais atrativo. Para isso contribuem a ser uma opção a ter em conta. E até esta versão a gasolina
Stepway,incluisistemaMultimédiaMEDIANAVEvolution incorporação dos faróis de nevoeiro no pára-choques pode ser a melhor opção (se não for um “devorador” de
com cartografia do país, retrovisor para crianças, mesas e as proteções inferiores dianteiras e traseiras em cro- quilómetros) face à diesel, equipada com o motor dCi 90
para os passageiros traseiros, ar condicionado, barras mado, na mesma cor das barras do tejadilho, capas dos (menos potente e mais cara 2.800 €).
E/ Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma informação atual, rigorosa abordagem e de análise dos factos noti-
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 de Janeiro, tomóvel disputadas em território nacional e de qualidade, opinando sobre tudo o ciosos, com total abertura à interatividade
ESTATUTO Lei da Imprensa, publica-se o Estatuto e no estrangeiro, relata acontecimentos que se passa na área do automóvel e dos com a sua comunidade de leitores. 4. O
EDITORIAL Editorial da publicação periódica AutoSport: ligados à competição automóvel, bem como automobilistas, numa perspetiva plural, re- AutoSport pratica um jornalismo pautado
1. O AutoSport é um semanário dedicado temas que versam o automóvel como bem cusando o sensacionalismo e respeitando pela isenção, sem comprometimentos
ao automóvel e aos automobilistas, nas de consumo, tanto na área industrial como a esfera da privacidade dos cidadãos. 3. ou enfeudamentos, tendo apenas como
suas mais distintas vertentes: desporto e comercial. O AutoSport pauta as suas opções edito- pressuposto editorial facultar a melhor
competição, comércio, indústria, segurança 2. O AutoSport está comprometido com riais por critérios de atualidade, interesse informação e a melhor formação aos seus
e problemática rodoviária. O AutoSport o exercício de um jornalismo formativo e informativo e qualidade, procurando apre- leitores, seguindo sempre as mais elemen-
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